revista potência - edição 93 - julho de 2013

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PAINÉIS FOTOVOLTAICOS Empresas se organizam e projetam crescimento nos negócios no Brasil para os próximos anos. SEGURO E ÁREAS CLASSIFICADAS Empresas seguradoras demonstram rigor com indústrias que não cuidam de suas áreas classificadas. ENTREVISTA Maria Carolina Fujihara, do GBC Brasil, comenta o trabalho do Green Building Council no País e alerta: “Precisamos combater a cultura do desperdício”. JULHO’2013 ANO 9 – Nº 93 • POtêNciA CADERNO ATMOSFERAS EXPLOSIVAS Programa Inova Energia, lançado pelo governo federal em abril, destina R$ 3 bilhões para que empresas do setor eletroeletrônico invistam em inovação. Foco principal está nas áreas de Smart Grid, energias renováveis e veículos elétricos. ANO 9 93 ElétricA, ElEtrôNicA, ilumiNAçãO E ENErgiA

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Page 1: Revista Potência - Edição 93 - julho de 2013

painéis fotovoltaicosEmpresas se organizam e projetam crescimento nos negócios no Brasil para os próximos anos.

seguro e áreas classificadasEmpresas seguradoras demonstram rigor com indústrias que não cuidam de suas áreas classificadas.

entrevista Maria Carolina Fujihara, do GBC Brasil, comenta o trabalho do Green Building Council no País e alerta: “Precisamos combater a cultura do desperdício”.

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Programa Inova Energia, lançado pelo governo federal em abril, destina R$ 3 bilhões para que empresas do setor

eletroeletrônico invistam em inovação. Foco principal está nas áreas de Smart Grid, energias renováveis e veículos elétricos.

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sumário | Potência| 3

Empresas seguradoras demonstram rigor com indústrias que não cuidam adequadamente de suas áreas classificadas. Situação tem levado muitas plantas a operarem sem seguro.

SEguroS E ÁrEaS ClaSSifiCadaS

1016

4 Ponto de Vista

6 Ao Leitor

6 Cartas

8 Holofote

42 Espaço Abreme

48 Economia

50 Vitrine

52 GTD

54 Opinião

57 Link Direto

58 Agenda

• Foto: Dreamstime • Capa: Márcio Nami

10 Entrevista Maria Carolina Fujihara fala sobre o trabalho do Green Building Council

no Brasil e alerta sobre a necessidade de se combater a cultura do des-

perdício no País.

16 Matéria de Capa Empresas do setor eletroeletrônico aprovam o Programa Inova Energia

lançado pelo governo federal em abril. Expectativa é que iniciativa cola-

bore para alavancar os investimentos em inovação no País.

26 Mercado Empresas ligadas ao setor fotovoltaico se organizam para estimular os

negócios no Brasil e projetam crescimento nos próximos anos.

46 radar Atenta às oportunidades no exterior, KRJ avança no mercado dos Emira-

dos Árabes Unidos e incrementa vendas para o Oriente Médio.

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CADERNO ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

36

100% SEGURO * 100% SEGURO * 100% SEGURO * 100% SE

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Page 4: Revista Potência - Edição 93 - julho de 2013

Beth Brididiretora de redação [email protected]

Filiada ao

Circulação e t i ragem auditadas

E X P E d i E N T E

a n o I X • n º 9 3 • J u l h o ' 1 3

Publicação mensal da Grau 10 Jornalismo e Comuni-cações Ltda, com circulação nacional, diri gida a indús-trias, compradores corporativos, distribuidores, varejis-tas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharia e insta ladores que atuam nos segmentos elétrico, eletrônico e de iluminação; geradoras, trans misso ras e distribuido-ras de energia elétrica. Órgão oficial da Abreme - Asso-ciação Brasileira dos Re vendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos.

Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. Po-tência não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios, informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço Abreme são de responsabilidade da Associação. Não publicamos matérias pa-gas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da Grau 10 Editora, as-sinada pela jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.

Redaçã[email protected]

diretora de redação: Beth BridiEditor: Marcos Orsolonrepórter: Paulo Martinsfotos: Ricardo BritoJornalista Responsável: Beth Bridi (MTB nº 17.775)

Conselho [email protected]

Beth Bridi, Francisco Simon, José Luiz Pantaléo, Mauro Delamano, Nellifer Obradovic, Paulo Roberto de Campos e Roberto Said Payaro.

[email protected]

diretor Comercial: Edvar LopesCoord. de atendimento: Cléia TelesContato Publicitário: Silvana Ricardo e Christine Funke

Produção Visual e Grá[email protected]

Chefe de arte: Sérgio Ruizdesigner gráfico: Márcio Nami

Atendimento ao [email protected]

Coordenação: Paola Oliva

Administraçã[email protected]

gerente: Edina Silvaassistentes: Bruna Franchi e Ana Claudia Canellas

impressão

Prol Editora

Redação, Administração e PublicidadeSede Própria:Rua Afonso Braz, 579 - 11º andarVila Nova Conceição - 04511-011 - São Paulo-SPPABX: (55) (11) 3896-7300Fax redação: (55) (11) 3896-7303Fax publicidade: (55) (11) 3896-7307Site: www.grau10.com.br

Fechamento Editorial: 22/08/2013Circulação: 30/08/2013

diretores: Habib S. Bridi (in memorian)

Elisabeth Lopes Bridi

ISSN 2177-1049

4 | Potência | ponto de vista

Sem motivospara pânico

Mesmo os economistas mais críticos à conduta do Governo

Federal diante dos rumos da economia brasileira não acreditam

que é situação para que se instale um clima de pessimismo ge-

ral. Alguns acham, até, que o pior já passou, mas a sociedade

reluta a acreditar diante de tantas notícias negativas, dos impas-

ses e das declarações desencontradas.

Muitos pregam a volta da inflação para 2014, sem bases

para esta afirmação. Outros, em uma contínua desvalorização

do Real diante do dólar, sem previsão de trégua. A verdade é

que é muito difícil numa economia de mercado capitalista acer-

tar uma previsão, pois as expectativas são velozmente mutáveis.

O Governo precisará ter uma alta dose de competência para

se comunicar com o mercado. É esse clima que mais contribui

para que o otimismo ou o pessimismo se instalem. E ambos são

muito perigosos, quando exagerados. Talvez um bom exercício

seja olhar o passado do Brasil. Temos um passado comprova-

do de crescimento duradouro, que transformou a economia e o

País. A base de consumo nunca foi tão elástica. Talvez estejamos

em um ciclo de ajustes, após esse longo período de expansão.

Um país desenvolvido ou em desenvolvimento, mesmo que

gigante como o Brasil, não consegue permanecer tantos anos

em curva acentuadamente ascendente. Talvez tenha chegado a

hora de uma estabilizada e de registrarmos crescimentos mais

modestos, tímidos, mas que não devem ser encarados como o

fim do mundo.

Há muito já se previa que o Brasil daria uma freada. O cré-

dito bateu recorde, o consumidor agora está endividado. Existem

grandes gargalos na oferta de produtos. Se continuasse crescendo

em ritmo acelerado, já se previa um colapso no abastecimento.

E ainda temos o custo Brasil, as privatizações que não decolam,

os leilões atrasados, uma política de saúde muito polêmica, uma

reação às manifestações de rua um tanto quanto nebulosa. Isso

contribui para uma situação de apreensão geral na economia,

muito mais do que os próprios indicadores econômicos.

Não estamos mais no paraíso. Mas estamos muito longe do

inferno. Cautela e trabalho, arrojo e determinação talvez sejam

as palavras de ordem para atravessar este momento. Av. Ibirapuera, 2033 – 14º andar – CEP 04029-100 - São Paulo, SP • Tel (11) 5056.8900 | Fax (11) 5051.0067 / 5051.4122 • VENDAS 0800 161819 | [email protected]

Experiência, tradição e presença nos principais setores da economia.Uma empresa 100% brasileira, que acredita que o futuro é agora.Por isso a Nambei investe constantemente em tecnologia de ponta, produzindo uma completa linha de fi os e cabos elétricos para qualquer tipo de instalação: comercial, industrial ou residencial, com a mais alta qualidade e segurança para sua obra.

QUALIDADEANOS A FIO

nambei_anuncios2013_21x28.indd 2 2/1/13 3:55 PM

Page 5: Revista Potência - Edição 93 - julho de 2013

Av. Ibirapuera, 2033 – 14º andar – CEP 04029-100 - São Paulo, SP • Tel (11) 5056.8900 | Fax (11) 5051.0067 / 5051.4122 • VENDAS 0800 161819 | [email protected]

Experiência, tradição e presença nos principais setores da economia.Uma empresa 100% brasileira, que acredita que o futuro é agora.Por isso a Nambei investe constantemente em tecnologia de ponta, produzindo uma completa linha de fi os e cabos elétricos para qualquer tipo de instalação: comercial, industrial ou residencial, com a mais alta qualidade e segurança para sua obra.

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Page 6: Revista Potência - Edição 93 - julho de 2013

6 | Potência | ao leitor cartas

PARA ENVIAR RELEASES E INFORMAÇÕES [email protected]

FALE DIRETO COM A DIRETORA DE REDAÇÃ[email protected]

PARA ENVIAR OPINIÕES/CRÍTICAS E SUGESTÕ[email protected]

PARA [email protected]

PARA RECEBER A REVISTA OU ALTERAR [email protected]

Fale com a Revista Potência

Marcos Orsolon, editor

Desde que foi lançada, em 2004, a revista Po-

tência tem acompanhado a evolução do setor

eletroeletrônico nacional. Em nossas páginas,

temos publicado reportagens abrangentes que

procuram retratar o momento vivido pelo setor, os proble-

mas que atrapalham o seu desenvolvimento, os avanços con-

quistados pelas indústrias, as novas tecnologias que revolu-

cionam os mercados, enfim, publicamos de tudo um pouco.

Também procuramos dar voz às reivindicações do empre-

sariado do setor, esteja ele ligado à indústria ou ao comércio.

E, entre estas reivindicações, um tema recorrente tem sido a

necessidade de o governo dar mais apoio para que as empre-

sas invistam em inovação no Brasil.

Na matéria de capa dessa edição trazemos uma boa no-

tícia nesse sentido. Ela trata do Plano Inova Energia, um am-

plo programa elaborado pelo governo federal que destina R$

3 bilhões, através do BNDES, Finep e Aneel, para que as em-

presas do setor desenvolvam projetos em áreas estratégicas,

como a de Smart Grid, energias renováveis e veículos elétricos.

Além de oferecer crédito a taxas mais atraentes e prazos

elásticos para pagamento, o Inova Energia também se carac-

teriza por induzir a aproximação entre o meio acadêmico e a

indústria, de modo que a cooperação entre as partes favoreça

o desenvolvimento tecnológico no País.

E a reação ao programa tem sido altamente positiva. Em

sua fase de inscrições, o Inova Energia recebeu um volume

de projetos que supera a marca de R$ 12 bilhões, eliminando

qualquer dúvida quanto à sua utilidade e abrangência. Agora,

as partes envolvidas estão analisando os planos de negócios

desses projetos para fazer a seleção final dos mesmos, que

deve ser divulgada no final desse ano.

Mais que dinheiro, o plano traz uma nova perspectiva para

as empresas do setor. Uma perspectiva em que o apoio go-

vernamental pode representar um marco para a inovação no

setor eletroeletrônico nacional. E com a inovação vem mais

competitividade no cenário interno e externo, novos negócios

e, principalmente, um quadro mais favorável às empresas ins-

taladas no País. Que assim seja!

Ponto para a inovação

Redes subterrâneas“Parabéns à diretoria e aos executivos da revista

Potência pelo formato e qualidade dos textos e, em

particular, pela matéria de capa da edição 92 (Redes

Subterrâneas de Energia), pois abordou de forma clara

todos os aspectos positivos da implantação e dos avan-

ços registrados na última década pelas Redes Elétricas

Subterrâneas em nosso País, e que há muitos anos fo-

ram implantadas por toda a Europa e Estados Unidos,

de modo que as sociedades de lá usufruem de todos

estes benefícios apontados na matéria.

Mas estamos avançando...”

Adilson Valera Ruiz | diretor da Plastibras | Cuiabá | MT

Redação responde: Agradecemos seus comentários. Nossa re-

dação está sempre pronta a acompanhar os temas que contribuem

para o desenvolvimento do setor e do Brasil.

Público-alvo“Solicitamos orientações pertinentes para passar a receber

a bem escrita revista Potência, que conhecemos durante a feira

Construsul, em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul. Na ocasião

nos aconselharam a mandar esta mensagem. Temos um exemplar

em mãos e só não sabemos se empresas de pequeno porte, que

se dedicam a instalações elétricas prediais estão no alvo, muito

embora os assuntos das edições tenham nos interessado sobre-

maneira. Aguardamos orientações”.

Juvenal de Castro O. Oliveira | Engenheiro de Instalações | Porto Alegre | RS

Redação responde: Prezado Juvenal, com certeza a revista é fei-

ta também para profissionais do seu ramo de atuação. Aguardamos

o envio de seu cadastro, conforme solicitado por e-mail, para que

sua empresa passe a receber a publicação mensalmente.

Page 7: Revista Potência - Edição 93 - julho de 2013
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8 | Potência | holofoteNotícias do Setor

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ção

Centro de formaçãoA Schneider Electric lançou em Eusébio (CE) o Programa Schneider na

Comunidade. A iniciativa busca promover a inclusão digital e a capacitação

profissional dos jovens da comunidade onde funciona uma fábrica da com-

panhia, adquirida da Microsol em 2009.

“Mais do que um movimento de mobilização, o programa Schneider

na Comunidade é o símbolo do nosso compromisso com Eusébio e com

o Ceará, que abraçou a ambição da Schneider Electric de viver em um

mundo em que todos possam fazer mais usando menos recursos do

nosso planeta”, afirma o vice-presidente da divisão de TI e voluntário

Jesús Carmona.

Em uma sala construída e equipada especialmente para o programa, a

empresa promoverá um curso que conta com dois módulos (“Tecnologia e Co-

munidade” e “Tecnologia no Trabalho”) inspirados no Programa Intel Aprender,

que desenvolve habilidades de alfabetização digital em mais de doze países.

Foto: Divulgação

Novo comando

A Fluke nomeou uma nova dire-

tora Geral, a executiva Poliana Lanari.

Poliana possui sólida experiência na

direção geral de grandes empresas e

forte histórico de construção de equi-

pes e impulsionar crescimento, caracte-

rísticas que devem contribuir para ala-

vancar os negócios da Fluke no Brasil.

O principal desafio da nova direto-

ra geral será manter o crescimento con-

tínuo, reforçando a solidez conquistada

pela companhia nos 15 anos de atu-

ação no mercado brasileiro. As metas

da Fluke Corporation para o Brasil são

bastante ambiciosas e a expansão geo-

gráfica, assim como o desenvolvimento

de novos distribuidores, serão os prin-

cipais pilares para este crescimento.

Antes de ingressar na Fluke, Po-

liana Lanari foi diretora da Spinner,

fabricante de produtos e sistemas

com tecnologia em radiofrequência,

comandando inclusive o início das

operações da empresa no Brasil. Tam-

bém acumulou posições de importân-

cia na Koerich Telecoms, Draka Ca-

bles e Alcatel. A executiva assume a

posição ocupada anteriormente por

Fernando Kozik.

Guia de BolsoO Programa Casa Segura está lançando um Guia de Bolso, disponível online, para orientar a população sobre o fun-

cionamento básico de uma instalação elétrica residencial e os cuidados com a segurança. Por meio de imagens, ilustrações,

diagramas e uma arte visual leve, o guia informa sobre os principais componentes de uma instalação elétrica residencial,

as potências dos equipamentos mais típicos em uma casa, o custo de uma instalação em 110 e 220V, o detalhamen-

to da conta de luz, os componentes do quadro elétrico, o fio terra e o uso correto dos benjamins, entre outros

aspectos. O guia está disponível no endereço: http://migre.me/fv84k. O Programa Casa Segura é uma ini-

ciativa de conscientização e orientação do Procobre sobre os riscos de acidentes causados por instalações

elétricas inadequadas e o impacto destas instalações no consumo excessivo de energia, na desvalorização

das edificações e na segurança dos imóveis.

Destinação corretaO Programa de Logística Reversa de Pilhas e Baterias Portáteis mantido

pela Abinee desde novembro de 2010, em atendimento à Resolução Conama

401/2008, já coletou 420 toneladas de pilhas e baterias, por meio de mais de

1.100 postos de recebimento espalhados em todo o Brasil. O programa prevê

o recebimento das pilhas e baterias portáteis usadas, entregues pelo consumi-

dor ao comércio, e seu encaminhamento, por meio de transportadora certifi-

cada, a uma empresa que faz a reciclagem e destinação final ambientalmente

adequada desse material.

Desta forma, a GM&C, empresa de logística contratada pelos fabricantes e

importadores legais, cumpre todas as exigências para o transporte dos produtos.

Em seguida, as pilhas e baterias coletadas são encaminhas à Suzaquim In-

dústrias Químicas, localizada em Suzano (SP). Os custos do transporte dos ma-

teriais levados aos postos de recebimento, bem como da destinação final, são

de responsabilidade das empresas participantes do programa (Alfacell, Bic, BRW,

Carrefour, Duracell, Elgin, Energizer, Eveready, Kodak, Panasonic, Philips, Quali-

tá, Rayovac, Pleomax, Sieger, SJC Ceras). A operação contempla todas as pilhas

e baterias portáteis comercializadas no País.

Se forem regulares, a Abinee notifica a marca responsável para que assuma

seu passivo, porém, se forem ilegais, as autoridades de órgãos como o Ibama,

Polícia Federal, Receita Federal e o próprio Ministério do Meio Ambiente são in-

formados para que adotem as medidas cabíveis.

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Holofote | Potência | 9Notícias do Setor

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ção

Centro de Desenvolvimento

Com o intuito de aprimorar a tecnologia LED, a FLC está construindo em

sua sede, na cidade de São Paulo, o Centro de Desenvolvimento e Inovação

LED, programado para ser inaugurado em novembro de 2013.

O complexo contará com salas especializadas de treinamento, showroom

e laboratório de pesquisa e desenvolvimento, que proporcionará um espaço

interativo de experiências e encontros sobre LED - onde profissionais, clien-

tes e consumidores poderão ampliar seus conhecimentos sobre a tecnologia,

desde características elétricas básicas até complexos dados fotométricos da luz.

O espaço contará com equipamentos sofisticados e precisos, além de en-

genheiros e técnicos dedicados ao desenvolvimento de produtos e pesquisas

sobre componentes e soluções tecnológicas para novos nichos de mercado.

Crescimento sustentávelRafael Paniagua é o novo presidente da ABB Brasil. Com vasta experiência

no mercado de Energia e Automação, ele iniciou a trajetória na empresa em

1994. Ocupou diversas posições estratégicas na Espanha, nos Estados Unidos

e vinha respondendo pela Divisão de Produtos de Potência na Espanha. “Mi-

nha missão é dar continuidade na implementação da estratégia da empresa

de crescer de maneira sustentável, garantindo a lucratividade da ABB no País”,

afirma. A região da América do Sul fica sob a responsabilidade de Enrique

Santacana, que também é responsável pela América do Norte.

Eficiência energética

A Osram Brasil anunciou a im-

plantação de melhorias nas instala-

ções de sua fábrica, localizada em

Osasco (SP), com o intuito de ampliar

a eficiência energética da unidade.

A planta, que possui 40 mil metros

quadrados de área, é a única da com-

panhia em atividade na América do Sul

e já possui capacidade de gerar a ener-

gia que consome nos horários de pico,

das 18:00 às 21:00h. Recentemente, a

unidade iniciou o processo de moder-

nização do sistema de iluminação de

toda a área externa da fábrica.

Segundo o presidente da Osram

Brasil, Everton Mello, no ambiente ex-

terno, o projeto prevê a substituição de

39 luminárias de vapor de sódio por

modernas luminárias de LED do mo-

delo HPMSL, constante no portfólio

de produtos produzidos pela própria

companhia. Estas luminárias incorpo-

ram tecnologia de ponta com o uso

de LEDs e irão proporcionar 60% de

economia de energia, ampliar a vida

para 50.000 horas, além de proporcio-

nar uma luz completamente branca e

de excelente reprodução das cores.

Adicionalmente, os sistemas de

geração de ar comprimido e ar con-

dicionado foram modernizados, pro-

porcionando economia de energia e

maior segurança na operação.

“Essas ações fazem parte da políti-

ca global de sustentabilidade do Gru-

po Osram e seguem o posicionamen-

to geral da companhia, que sustentou

72% de sua receita do ano fiscal de

2012 em um portfólio de soluções ver-

des (produtos de tecnologia mais efi-

cientes, incluindo os com tecnologia

LED). Em conjunto, as medidas inter-

nas devem reduzir a emissão de CO2

em 366 toneladas e gerar R$ 720 mil

de economia por ano, o que reforça

nossa preocupação em eliminar gas-

tos desnecessários de energia e, con-

sequentemente, com a diminuição dos

custos operacionais”, explica Mello.

Pré-AutomaçãoO conceito de Pré-Automação segue conquistando abrangência em vários

pontos do País. Em Cristalina (GO) está em construção o primeiro edifício pré-automatizado da região utilizando produtos Finder. O Residencial Pedras Cristalinas contou com a CED Engenharia Domótica, integrador oficial Finder, para realizar projeto e instalação de pré-automação. As duas torres do em-preendimento contam com o diferencial deste conceito, também conhecido como Infraflex Finder, uma inovação que promove a união de soluções sim-ples com produtos Finder e a sugestão de uma instalação elétrica inovadora. Desta forma, o imóvel é entregue totalmente preparado e o usuário decide

como e quando realizar um upgrade ou a melhoria em sua instalação elétrica.

Foto:

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ção

Plugues e tomadasDesde o dia 9 de agosto está valendo a norma ABNT NBR 16188:2013 - Plugues e

tomadas para uso doméstico e análogo - Adaptadores providos de protetor e/ou filtro

de linha - Requisitos específicos, que foi elaborada pelo Comitê Brasileiro de Eletrici-

dade (ABNT/CB-03). Publicada no dia 9 de julho de 2013 pela Associação Brasileira

de Normas Técnicas, a norma estabelece os requisitos mínimos exigíveis de desem-

penho e segurança para adaptadores de plugues e tomadas providos de protetores

e/ou filtros de linha com tensão nominal não superior a 250Vc.a. e corrente nominal

de até 20A destinados para uso doméstico e análogo, tanto interno como externo.

Page 10: Revista Potência - Edição 93 - julho de 2013

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10 | Potência | entrevistaMaria Carolina Fujihara

Entrevista a Paulo Martins

No mundo, 40% da energia gerada é consumida pe-los edifícios. Cientes das implicações desse fato,

cada vez mais os profissionais da área da construção civil procuram adotar uma postura proativa. Hoje, é possí-vel afirmar que a eletricidade tor nou-se alvo de atenção constante por par-te de arquitetos, engenheiros, lighting designers, agentes do governo, ONGs e também dos consumidores.

A busca é por tecnologias e siste-mas mais eficientes, de forma a redu-zir o consumo de energia. A tecnolo-gia LED (light-emitting diode) assumiu uma posição de destaque no campo da iluminação, enquanto aparelhos eletrodomésticos e eletrônicos pre-cisam aliar desempenho com econo-mia. A própria arquitetura tem evoluí-do, gerando as chamadas construções verdes (ou inteligentes).

Em 2007, esse movimento ganhou um reforço de peso no País com a cria-ção do Green Building Council Brasil, Organização Não Governamental que visa fomentar a indústria de construção sustentável, atuando por meio de par-cerias com o governo, empresas e en-tidades setoriais, de forma a promover e divulgar as melhores práticas.

Entre outras ações, o Green Buil-ding Council é responsável pela pro-moção da certificação LEED (Leader-ship in Energy and Environmental De-sign), um sistema internacional de cer-tificação e orientação ambiental para edificações. O intuito dessa iniciativa é incentivar a transformação dos proje-tos, obras e a operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade.

A entidade realiza ainda aquele que se tornou o principal evento so-bre construção sustentável na Amé-rica Latina, o Greenbuilding Brasil -

Conferência Internacional e Expo. A quarta edição aconteceu no mês de agosto, em São Paulo (leia mais a respeito no próximo número da re-vista Potência).

É justamente sobre o despertar da indústria da construção civil para a nova realidade e o trabalho do Green Building Council que abordamos nesta entrevista com Maria Carolina Fujihara, coordenadora técnica do GBC Brasil.

Na opinião da porta-voz, ainda é possível perceber traços da cultura do desperdício no Brasil, até pelo fato do País sempre dispor de recursos natu-rais abundantes.

Entretanto, a executiva defende a adoção de novas posturas por parte da sociedade. “O mundo está mudan-do, e se não tivermos consciência de que nossa atuação local influencia na atividade global, não sobreviveremos a este processo”, alerta Maria Carolina.

Que relação é possível estabele-cer entre o uso de energia elétrica e a sustentabilidade de uma edifi-cação?O consumo de energia elétrica de uma edificação está diretamente relaciona-do com a sustentabilidade. Os edifí-cios consomem hoje no Brasil cerca de 42% de toda a energia gerada, e no mundo, cerca de 40%, segundo dados da UNEP (Programa das Nações Uni-das para o Meio Ambiente). Se pen-sarmos em toda a cadeia de geração e

É preciso combater a cultura do desperdício

distribuição de energia, veremos que este é um setor de extrema relevân-cia para a sustentabilidade, pois to-das as formas de utilização das fontes de energia, sejam elas convencionais ou alternativas, agridem em maior ou menor intensidade o meio ambien-te. Além disso, a geração de energia está relacionada diretamente com a demanda da mesma, ou seja, se pos-suímos edificações antigas, obsoletas, que necessitam de muita energia para se manterem ativas, necessitaremos

aumentar a fonte de geração cada vez mais. Caso mantivermos nossos padrões de consumo energético con-forme os números atuais, necessitare-mos construir mais usinas como Belo Monte por ano para atender esta de-manda crescente de energia elétrica. Desta forma, se torna essencial cons-truir edificações energeticamente efi-cientes, para reduzir a demanda de energia atual e não corrermos o ris-co de passar por um “apagão” nova-mente. Não é à toa que a certificação

Page 11: Revista Potência - Edição 93 - julho de 2013

entrevista | Potência | 11Maria Carolina Fujihara

LEED tem um foco enorme nas ques-tões energéticas, sendo esta a área que possui mais pontos para certificação.

Quais são as principais ações de eficientização energética pratica-das na construção civil?Existem diversas formas de reduzir o consumo energético das edificações. A mais simples e básica, que deveria ser aplicada a todos os projetos do mun-do, é a arquitetura passiva, ou bio-climática. Esta tipologia arquitetônica

se preocupa com a incidência de sol, ventos, sombra, entorno, carga térmica dos elementos de fechamento, ventila-ção cruzada e natural, além de diver-sos outros requisitos básicos de proje-to, que devem ser pensados durante seu desenvolvimento, para melhorar o atendimento às condições climáticas do local de implantação. Quando se tem um projeto que respeita e é condizen-te com o clima local, com certeza isso influenciará drasticamente no seu con-sumo de ar condicionado, iluminação,

automação e qualquer consumo ener-gético do edifício.

Quais são os principais produtos e tecnologias disponíveis para pro-mover a eficiência energética em uma edificação?O mercado atual de fornecedores é bastante amplo e possui uma gama imensa de produtos com menor con-sumo energético e sistemas com maior eficiência. Existem desde lâmpadas LEDs até elevadores com frenagem re-

Page 12: Revista Potência - Edição 93 - julho de 2013

12 | Potência | entrevistaMaria Carolina Fujihara

generativa que produzem energia, ao invés de consumir, quando são aciona-dos os freios. Também podemos citar lâmpadas e equipamentos eletrônicos eficientes, geração de energia renová-vel in loco por meio de placas fotovol-taicas, turbinas eólicas ou até mesmo aquecimento solar de água, utilização de sistemas de automação que ligam e desligam as luminárias conforme a presença, incidência luminosa ou qualquer outra necessidade em geral e medição e verificação dos sistemas periodicamente.

Quais são os principais benefícios proporcionados por essas ações?Além da redução da conta de energia elétrica, reduz-se a demanda geral de energia, fazendo bem ao meio ambiente.

Quanto custa fazer a eficientização energética de uma edificação?Pode variar muito. Os sistemas mais tecnológicos podem custar um pouco mais caro no início, mas o retorno do investimento não tarda a acontecer. De-pendendo novamente das abordagens

implantadas, o retorno pode acontecer em cerca de três a cinco anos. A partir daí, todo o seu consumo é lucro.

Existe financiamento específico para essa tarefa?Existem iniciativas de diversos setores para a construção sustentável de uma forma geral, inclusive linhas de finan-ciamento específicas. Em relação à eficiência energética, o Brasil possui o Plano Nacional de Eficiência Energéti-ca, coordenado pelo Ministério de Mi-nas e Energia, que entre outras abor-dagens prevê a redução do consumo energético em 10% até 2030, com in-centivos para as edificações que bus-carem eficiência. O BNDES possui li-nhas de crédito específicas para isso.

Quais as dificuldades de implantar a cultura da sustentabilidade no se-tor da construção?A principal dificuldade ainda é o pré-conceito da maioria dos profissionais do setor em relação aos Green Buil-dings. Outro ponto de atenção é a fal-ta de conhecimento sobre as principais

práticas sustentáveis hoje vistas no mer-cado. É por conta deste cenário que o GBC Brasil vem trabalhando na capa-citação dos profissionais da área, for-necendo os cursos de MBA em Cons-truções Sustentáveis, além de trabalhar constantemente com a mídia para dis-seminar cada vez mais estas práticas importantes no mundo de hoje.

Como tem evoluído a capacitação de profissionais para atuar nes-sa área?Acreditamos que a capacitação de pro-fissionais de toda a cadeia é fundamen-tal para a adoção de práticas sustentá-veis. Para isso foi criado o Programa Nacional de Educação, que já alcançou mais de 47 mil profissionais com cur-sos de curta duração, online e MBAs em parcerias com instituições de ensino. O programa está presente em 15 cidades brasileiras que, consequentemente, são as que têm apresentado maior cresci-mento e destaque em empreendimen-tos sustentáveis. Além disso, por meio de diretrizes que serão traçadas pelos projetos-piloto do Referencial Casa, um novo curso de MBA está sendo lançado. Trata-se do MBA em Cidades, Bairros e Condomínios Sustentáveis. A saber, o Referencial GBC Brasil Casa® é espe-cífico para certificação de residências sustentáveis. O trabalho tem o objetivo de criar parâmetros nacionais de sus-tentabilidade para residências unifami-liares ou multifamiliares, de baixo, mé-dio e grande porte, que buscam viabi-lidade econômica, redução do impacto ambiental e a conscientização de todos os envolvidos no setor, além de suprir a demanda crescente do setor residen-cial. Existem nove projetos-piloto e, ain-da este ano, alguns serão finalizados.

Voltando a falar sobre a certifica-ção LEED, como estão os números no Brasil e no mundo?Em junho ultrapassamos a marca de 100 empreendimentos com o selo

A visão do setor está se modificando e

percebendo a importância das práticas

sustentáveis nas construções.

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14 | Potência | entrevistaMaria Carolina Fujihara

Não é necessário diminuir os padrões de

vida, mas é essencial ter maior consciência

coletiva e ficar atento às mudanças pelas

quais o mundo está passando.

Quais os quesitos a serem atendi-dos dentro da área de energia para obter a certificação LEED?Para a certificação LEED para Novas Construções (LEED NC) são três pré- requisitos obrigatórios de atendimen-to: comissionamento fundamental dos sistemas instalados, desempenho energético mínimo mais eficiente em 10% do que a ASHRAE 90.1 e gestão fundamental de gases refrigerantes. Os créditos tratam de otimização do desempenho energético em até 48% em relação à ASHRAE, podendo ga-nhar até 19 pontos, geração de energia renovável no local, comissionamento avançado, gestão avançada de gases refrigerantes, medição e verificação das instalações e compra de RECs (cer-tificados de energia renovável). É im-portante lembrar que a arquitetura e a escolha de equipamentos têm influên-cia direta sobre o consumo energético.

Quais os benefícios de obter a cer-tificação LEED?Além de reduzir drasticamente os im-pactos ambientais da construção ci-vil, que atualmente são a geração de 70 a 80% dos resíduos, consumo de cerca de 47% da energia total gerada, consumo de cerca de 30 a 50% dos recursos naturais e consumo de cer-ca de 30% da água potável, o empre-endimento ganha grande eficiência energética com redução do consumo em até 30%, redução do consumo de água em até 50% e redução da gera-

ção de resíduos de até 80%, além de redução de custos em manutenções em toda a vida útil do prédio. Outro ponto importante é que um empre-endimento certificado tende a ter au-mento em seu preço de revenda em torno de 10% a 20%.

Em sua opinião, que motivação predomina no Brasil: financeira ou ambiental?Ambas estão interligadas. Não existe sustentabilidade se não há viabilida-de econômica.

A cultura do desperdício ainda é forte no País? Como mudar isso?De certa forma sim. Acredito que sem-pre tivemos abundância de recursos, nunca tivemos que racionar nada, como a Europa, por exemplo, que já passou por duas guerras mundiais, fa-zendo com que os brasileiros tivessem essa cultura do desperdício bastante enraizada. Vivemos num país abun-dante de recursos naturais, vegetação nativa, energia limpa, agricultura e pecuária intensiva. Mas acredito que o mundo está mudando, e se não ti-vermos consciência que nossa atuação local influenciará na atividade global, não sobreviveremos a este processo de mudança. Não é necessário diminuir os padrões de vida ou voltar a viver em comunidades independentes, mas é es-sencial ter maior consciência coletiva e ficar atento às mudanças pelas quais o mundo está passando.

LEED no Brasil. Mais precisamente, possuímos hoje 109 já certificados e 769 registrados, em processo de certi-ficação. Em termos mundiais, já foram certificados mais de 15.000 empreen-dimentos e mais de 60.000 estão em processo de certificação.

Como tem caminhado a evolução dessa certificação?Cada vez mais percebemos a evolu-ção por meio dos números. No Bra-sil, nos primeiros meses de 2013, o número de empreendimentos que buscavam o selo aumentou cerca de 40%, em relação ao mesmo período de 2012. Ou seja, cada vez mais, a visão do setor está se modificando e percebendo a importância das práti-cas sustentáveis nas construções, pois o setor de construção civil é um dos que mais utilizam e transformam re-cursos naturais. Portanto, se adquirir essas práticas o impacto certamen-te será reduzido, além da certeza de redução de custos operacionais em longo prazo.

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16 | Potência | Matéria de CapaPlano Inova Energia

Investir em inovação no Brasil nunca foi tarefa fácil. Embo-ra o País tenha cases de sucesso para apresentar ao mundo, com destaque para a construção de Itaipu e para as áreas de etanol e biodiesel, o fato é que a maior parte das empre-

sas afirma ter dificuldades para destinar recursos para a pesquisa e desenvolvimento.

Geralmente, as multinacionais acabam optando por fazer estes aportes em outras regiões, onde já possuem laboratórios montados e a cultura da inovação se mostra mais presente. As companhias na-cionais, por sua vez, cobram mais estímulo por parte do governo, seja através de isenções fiscais ou de linhas de crédito mais atrativas.

Nesse contexto, um fato novo acaba de surgir na área de energia e promete elevar não apenas o nível das discussões, mas principal-mente o volume dos investimentos em inovação. Foi o lançamento, no âmbito do governo federal, do Plano de Apoio à Inovação Tec-nológica no Setor Elétrico, ou simplesmente Plano Inova Energia.

Como explica Caio Torres Mazzi, coordenador Técnico do Ino-va Energia, este programa surgiu no contexto do Inova Empresa, um amplo plano de investimentos em inovação do governo federal que prevê a articulação de diferentes ministérios e grande aporte de recursos para estimular o desenvolvimento da inovação no Brasil.

No caso específico do Inova Energia, a sua estruturação envol-veu Finep, BNDES e Aneel, sendo que as duas primeiras entidades, a princípio, irão disponibilizar para o programa R$ 2,4 bilhões (R$ 1,2 bilhão cada). A Agência Nacional de Energia Elétrica colocou à disposição outros R$ 600 milhões.

Um ponto relevante é que este programa não começa do zero. Ele foi inspirado no Programa PAISS (Plano BNDES-FINEP de Apoio

Plano Inova Energia, lançado pelo governo federal, pode elevar investimentos em pesquisa e desenvolvimento a um novo patamar no setor eletroeletrônico brasileiro.

Por Marcos Orsolon

Incentivo à

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Matéria de Capa | Potência | 17Plano Inova Energia

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18 | Potência | Matéria de CapaPlano Inova Energia

à Inovação dos Setores Sucroenergé-tico e Sucroquímico), implantado em 2011, que também previa a utilização conjunta de instrumentos reembolsá-veis e não reembolsáveis do BNDES e da Finep.

“O Inova Energia é a terceira roda-da de programas conjuntos de fomen-to. Sua inspiração original foi o PAISS, que trouxe bons resultados no setor sucroalcooleiro, o que nos faz acredi-tar que o programa de fomento pode ser um modelo interessante de atua-ção”, comentou Maurício Neves, supe-rintendente do BNDES, no lançamento do Inova Energia, ocorrido em primeiro de abril de 2013, durante a AbineeTec, em São Paulo.

Para ter uma dimensão da força do PAISS, entre 2012 e 2015 ele deverá so-mar R$ 3,1 bilhões em investimentos voltados à inovação. Em 2010, o setor sucroalcooleiro havia investido R$ 114,1 milhões. “É um resultado que nos faz parar para pensar, dado que nenhum instrumento novo foi criado pelo BN-DES ou pela FINEP”, analisou Maurício Neves, lembrando que o programa de apoio conjunto não pressupõe a cria-ção de nenhum instrumento novo de

crédito ou financiamento por parte das entidades de fomento, sejam eles reem-bolsáveis ou não. O que há de novo é o processo, a lógica de funcionamento.

“Serão utilizados os instrumentos padrão da Finep para o Inova, como o crédito reembolsável do Inova Brasil, a Subvenção Econômica e financiamen-tos não reembolsáveis para projetos cooperativos entre Instituições Cientí-ficas e Tecnológicas (ICT) e empresa”,

explica Caio Torres Mazzi, destacando alguns pontos positivos do Inova Ener-gia: “Ele prevê a interlocução entre di-ferentes agentes atuantes no setor de energia, o que permite congregar di-ferentes aspectos sobre o setor. Além disso, o programa proporciona um efeito sinérgico importante, na medida em que direciona diferentes instrumen-tos de apoio financeiro para temáticas específicas”.

Este é um programa que mostra que ciência, tecnologia e inovação têm de atuar como eixo estruturante do programa de desenvolvimento sustentável do País.Marco Antonio Raupp | MCTI

Programa faz parte de um plano maior de estímulo à inovação

Antes de nos aprofun-darmos no Inova Energia, vale uma explanação so-

bre o Inova Empresa, que pode ser conside-rado como um gran-de guarda-chuva, sob

o qual fazem (e fa-rão) parte vários programas que colocam a ino-vação no centro

das atenções.Grosso modo, o

Inova Empresa é um grande progra-ma de investimentos, que atinge dire-tamente vários setores da economia, como o de petróleo, saúde, energia e sucroalcooleiro. Para a sua estrutura-ção, o Ministério da Ciência, Tecnolo-gia e Inovação atuou como o principal articulador e formulador, envolvendo outros dez ministérios, além de empre-sas, como a Petrobras, e as agências reguladoras, como a Aneel.

“Este é um programa que mostra que ciência, tecnologia e inovação têm de atuar como eixo estruturante do

programa de desenvolvimento susten-tável do País. É um plano robusto, sem precedentes e com valores muito altos. São R$ 32,9 bilhões para 2013 e 2014. Destes, R$ 28,5 bilhões são diretos do governo federal, sendo operados pelo BNDES e pela Finep. E com o apoio de entidades como a Agência Nacio-nal do Petróleo (ANP), Aneel e Sebrae, que vão oferecer mais R$ 4,4 bilhões para esse esforço em torno da inova-ção no Brasil”, afirmou Marco Antônio Raupp, ministro da Ciência, Tecnolo-gia e Inovação, durante o evento de

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20 | Potência | Matéria de CapaPlano Inova Energia

lançamento do Inova Energia.Raupp completou: “A nossa estra-

tégia para inovação se baseia em três pontos: ampliação dos investimentos; maior apoio a projetos de risco tecno-lógico e o fortalecimento das relações entre ICTs e empresas”.

Glauco Arbix, presidente da Finep, também destacou na ocasião que o

Brasil tem boas chances de se tornar uma potência global na área energéti-ca, e que o Inova Empresa, através de seus vários programas, pode ajudar, e muito, nessa caminhada.

“No caso da área de energia, a par-tir das descobertas do pré-sal, junta-mente com a nossa competitividade no etanol, se nós investirmos em pesqui-

sa, teremos condições de transformar o País numa potência global. Mas, insisto, temos que investir e elevar o padrão dos nossos projetos, da nossa pesquisa, daquilo que é desenvolvido dentro das empresas. A tecnologia é chave para nós”, destacou Arbix, ressaltando que não haverá falta de recursos para quem quer desenvolver tecnologia no Brasil.

Não haverá falta de recursos para quem quer desenvolver tecnologia no Brasil.Glauco Arbix | Finep

Inova Energia é estruturado em torno de áreas temáticas

Como foi colocado anteriormente, o Plano Inova Energia é um programa destinado a aprimorar a coordenação das ações de fomento à inovação e à integração dos instrumentos de apoio disponibilizados por Finep, BNDES e

Aneel, com o objetivo de desenvolver o setor de energia.

No entanto, até pela abrangência desse mercado, os organizadores do programa selecionaram algumas áreas temáticas para direcionar os empreen-dedores interessados em inscrever seus projetos. Esta, aliás, é uma formatação que vale para todos os programas que fazem parte do Inova Empresa.

“Todo ‘Inova’ tem um edital com áreas temáticas, escolhidas a partir de um diagnóstico feito pelas partes en-volvidas. No caso do Inova Energia, as equipes das três instituições (Finep, Aneel e BNDES) se juntaram, mapea-ram o setor, conversaram com vários

players e identificaram onde que, do ponto de vista tecnológico, olhando para a frente e projetando o futuro, existem janelas de oportunidades para a inserção, dado que pesquisa, desen-volvimento e inovação não são objetos de curto prazo”, explica Maurício Ne-ves, acrescentando que, após este pe-ríodo de análise, foram definidas três áreas temáticas: Smart Grid e Transmis-são em Ultra Alta Tensão (UAT), ener-gias alternativas (solar fotovoltaica, ter-mossolar e eólica) e veículos elétricos, híbridos e convencionais eficientes.

Máximo Pompermayer, superinten-dente da Aneel, justifica a seleção das áreas. “A rede elétrica inteligente abre caminhos para várias outras coisas, inclusive interação com a área de fon-tes renováveis, a questão da eficiência energética e os veículos elétricos. Mas especificamente nessa área de redes

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22 | Potência | Matéria de CapaPlano Inova Energia

elétricas inteligentes temos um espaço muito grande para a inovação e mes-mo para a pesquisa e desenvolvimen-to tecnológico. As fontes alternativas também se constituem em uma área promissora e com grande espaço para evolução. Assim como a de veículos elétricos”, avalia o executivo.

Pompermayer também cita que a iniciativa reforça a preocupação das entidades envolvidas em discutir as-suntos de grande relevância para o se-tor elétrico. Além disso, lembrou que os investimentos em inovação podem ajudar o Brasil a reduzir a dependên-cia tecnológica que possui em vários setores da economia, entre eles, alguns na área de energia elétrica.

Sem contar que os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e ino-

vação podem abrir oportunidades in-teressantes às empresas estabelecidas no Brasil, ou que estudam a possibi-lidade de entrar no mercado brasilei-ro. Pompermayer cita que na parte de equipamentos para Smart Grid, por exemplo, há uma grande oportunidade para estruturarmos uma indústria para produzir localmente e não apenas im-portar os vários dispositivos e equipa-mentos que envolvem uma rede elé-trica inteligente.

“Não estamos propondo a reinven-ção da roda, mas acho que tem muito espaço aqui para uma estruturação da indústria nacional em torno desses vá-rios dispositivos e equipamentos que essa rede elétrica demanda. Obvia-mente, em parceria com empresas e instituições que estão mais à frente em

relação a isso, mas fazendo a devida transferência tecnológica e o desenvol-vimento nacional”, completa.

Os investimentos em inovação podem ajudar o Brasil a reduzir a dependência tecnológica que possui em vários setores da economia.Máximo Pompermayer | Aneel

Empresas do setor reagem bem ao planoA julgar a repercussão entre as em-

presas do setor elétrico, o Inova Ener-gia já pode ser considerado um suces-so. E isso pode ser confirmado no nú-mero de inscrições, que foram finali-zadas no dia 03 de maio. Segundo os organizadores do programa, ao todo, 373 empresas e Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) se inscreveram no programa, com projetos que geram uma demanda de R$ 12,3 bilhões.

O montante é praticamente três ve-zes maior que o previsto inicialmente pelas entidades de fomento, que não descartam a possibilidade de ampliar o volume de dinheiro para atender às solicitações. Mas essa decisão será to-mada apenas após a conclusão da eta-pa de seleção dos planos de negócios que foram apresentados para cada pro-jeto, prevista inicialmente para novem-bro desse ano. Até porque, há a pos-sibilidade de parte dos projetos serem desconsiderados por não atenderem às exigências do plano.

Fabián Yaksic, gerente de tecnolo-gia da Abinee, entende que o interesse

das empresas do setor eletroeletrônico no Inova Energia decorre da própria carência de estímulos à inovação no País. “Trabalhamos há muito tempo na questão da inovação e da necessidade das empresas trabalharem a inovação. E quando o governo sinalizou que ha-veria recursos, e são recursos consi-deráveis, de R$ 3 bilhões para a parte de energia, as empresas tiveram uma repercussão extremamente favorável. Tanto, que num prazo relativamente curto desde que o Inova Energia foi lançado (cerca de um mês), um núme-ro grande de projetos foram apresen-tados”, destaca.

O executivo da Abinee cita que ainda há um percurso a ser percorrido, onde os planos de negócios apresenta-dos pelos interessados no final de julho deverão ser analisados pelos responsá-veis do programa, até que, em 28 de novembro, sairá o resultado final dos planos de negócios com os recursos. Devido ao grande número de projetos inscritos, há ainda a possibilidade des-ta data ser revista.

Ao todo, 373 empresas

e Instituições Científicas

e Tecnológicas (ICTs) se

inscreveram no programa.

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Plano trará resultados favoráveis ao setor como um todo, alavancando os projetos de inovação.

Fabián Yaksic | Abinee

“O programa estabelece que até 90% será feito com recursos da Ane-el, Finep ou BNDES, dependendo do projeto. E 10% com recursos próprios das empresas. Acredito que isso trará resultados muito favoráveis para o se-tor como um todo, porque vai possi-bilitar que se alavanque os projetos de inovação de forma considerável. Será muito positivo”, avalia Yaksic.

Para Caio Torres Mazzi, o Inova Energia poderá representar um mar-co no desenvolvimento de inovação no setor energético nacional, pois, além de possibilitar a integração de instrumentos de apoio financeiro de instituições que já tinham forte exposição aos setores abarcados, o programa está focado em temas que estão na vanguarda tecnológica do setor elétrico.

“A resposta inicial do setor ao pro-grama, apresentando grande demanda de recursos, indica que ele provavel-mente será efetivo em enfrentar muitos desafios dessa indústria”, afirma Mazzi.

Seguindo a mesma linha de racio-cínio, Fabián Yaksic entende que, a partir da execução do programa e dos projetos, é possível caminharmos para um novo patamar de inovação no setor, pelo menos na área de energia. “Acho que o programa pode ser um divisor de águas. As empresas vão sentir que temos recursos para trabalhar de for-ma sustentável na inovação de energia. Será uma ação muito positiva a partir de 2014”, ressalta. Fo

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Na parte de medição inteligente, por exemplo, Marcos Leão, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Itron, acredita que o Inova Energia será fun-damental para estimular o desenvol-vimento de produtos e soluções sob medida para a realidade brasileira. Ele lembra que a iniciativa complementa a Resolução 502/2012, que regulamenta a medição inteligente para consumi-dores residenciais, primeiro passo para a concretização do conceito de Smart Grid no Brasil.

“A implantação das redes elétricas inteligentes permitirá maior moderniza-ção, confiabilidade e eficiência no forne-cimento de energia e maior conscienti-zação e participação do consumidor no gerenciamento do sistema elétrico e de seu próprio consumo. Ainda nesse sen-tido, possibilitará iniciativas como o uso da geração distribuída ou cogeração de energia e a adoção da tarifa branca, que aperfeiçoarão o perfil do consumo de energia no Brasil e seus impactos finan-ceiros e ambientais”, explica o executivo.

A diretoria da Light também reco-nhece a importância do Inova Energia para o setor elétrico e, em especial, para os projetos de Smart Grid das con-cessionárias, uma vez que agrega os esforços da Aneel, Finep e BNDES no mesmo programa, aproximando ainda os ICTs, fornecedores de equipamen-tos e de sistemas de software. “Diver-sos projetos de inovação, implantação e ampliação de fábricas deverão ser viabilizados no Programa Inova Ener-gia”, avaliam os executivos da Light.

Programa estimula a inovação de caráter sistêmico

Hoje, os processos de inovação exigem a estruturação de ecossistemas, o compartilhamento de especialidades entre empresas.Luciano Coutinho | BNDES

O caráter sistêmico tem sido apon-tado como um ponto altamente positi-vo do programa. Não que as iniciativas isoladas, sejam de indústrias ou de ICTs, sejam malvistas. Ao contrário, elas con-tinuam sendo bem-vindas e apoiadas, tanto pelo governo, quando pelas en-tidades de fomento. “Mas entendemos que o grande potencial, a renovação sis-têmica, é a junção de atores. Existe um estímulo grande para a parceria no âm-bito do programa de fomento à inova-

ção como esse”, declara Maurício Neves.Luciano Coutinho, presidente do

BNDES, completa: “O Inova Energia re-servará R$ 3 bilhões para a promoção da inovação empresarial, sendo que o destinatário, o ator desse processo, é a empresa privada em conjugação com parceiros. Porque, hoje, os processos de inovação exigem a estruturação de ecossistemas, o compartilhamento de especialidades entre empresas”.

Caio Mazzi vai além e afirma que a

estruturação de parcerias entre empre-sas e Instituições Científicas e Tecno-lógicas possibilitará a integração entre pesquisa básica e aplicada e a efetiva introdução de novos produtos no mer-cado. “Desse modo é que se alcançará a sistematicidade pretendida”, destaca.

As empresas que apresentaram pro-jetos também nutrem uma expectativa positiva em relação aos possíveis resul-tados do programa e seu perfil colabo-rativo entre os vários agentes envolvi-

Objetivos do Plano Inova

EnergiaApoiar o desenvolvimento e a di-fusão de dispositivos eletrônicos, microeletrônicos, sistemas, solu-

ções integradas e padrões para implanta-ção de redes elétricas inteligentes (smart grids) no Brasil;

Apoiar as empresas brasileiras no desenvolvimento e domínio tec-nológico das cadeias produtivas

das seguintes energias renováveis alter-nativas: solar fotovoltaica, termossolar e eólica para geração de energia elétrica;

Apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento de integrado-res e adensamento da cadeia de

componentes na produção de veículos elétricos e híbridos a etanol, e melhoria de eficiência energética de veículos auto-motores no País;

Aumentar a coordenação das ações de fomento e aprimorar a integra-ção dos instrumentos de apoio fi-

nanceiro disponíveis.

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dos. “A Itron acredita que o Inova Ener-gia vai impulsionar a área de pesquisa no setor energético no Brasil uma vez que proporciona a integração de em-presas com interesses comuns, mas que, sozinhas, dificilmente teriam oportuni-dade e recursos financeiros para inves-tir em projetos de tamanha magnitude”, comenta Marcos Leão, gerente de Pes-quisa e Desenvolvimento da empresa.

Leão observa ainda que, mais do que nunca, as distribuidoras no Brasil terão que buscar melhores níveis de eficiência e isso só é possível por meio de tecnologia.

“Modernização em um sentido mais amplo só pode ser alcançada com par-ceria entre distribuidoras, empresas de tecnologia, órgãos reguladores, etc. Esse tipo de colaboração acelera o ciclo de inovação e guiará a inovação de manei-ra muito mais rápida do que qualquer companhia poderia conseguir sozinha”, completa Leão.

A Itron inscreveu o projeto Plata-forma Integrada de Medição Antifraude no Inova Energia. A proposta é desen-volver uma rede inteligente de medi-ção centralizada de energia com foco na identificação de perdas não técni-cas via sistema. “Na prática, a princi-

pal vantagem é a proteção de receita das empresas distribuidoras de energia elétrica através da redução dos custos de operação e detecção de perdas não técnicas (fraudes), resultando em uma tarifa mais barata para os consumido-res”, explica Leão.

Já a Light inscreveu o projeto “Me-dição e Automação Integradas – Li-ght”. Na verdade, a companhia já vem desenvolvendo uma estratégia de ino-vação em Smart Grids por meio de recursos do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento do Setor Elétrico e de recursos próprios. Assim, o projeto inscrito no Inova Energia consiste em dar continuidade às ações do Programa Smart Grid com foco em telemedição, automação nas redes subterrâneas com comunicação RF Mesh e nas redes áre-as com comunicação GPRS.

Segundo a direção da empresa, foi desenvolvido um Plano de Negócios de dez anos para a implantação da tecnolo-gia com protocolo aberto a dois milhões de medidores inteligentes, mil religado-res de rede aérea de distribuição e quatro mil câmaras subterrâneas, possibilitando o compartilhamento da mesma rede in-teligente por sistemas de telemedição e automação de redes de distribuição.

O fomento e a seleção de Planos de Negócio no âmbito do Inova Energia se destinarão a cadeias produtivas

ligadas a três linhas temáticas:

Redes Elétricas Inteligentes (Smart Grids) e Transmissão em Ultra-Alta Tensão (UAT)

Geração de Energia através de Fontes Alternativas

Veículos Híbridos e Eficiência Energética Veicular

Linhas temáticas do

Plano Inova Brasil

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“O objetivo do projeto é, portanto, a aplicação em larga escala dos produtos resultantes dos projetos de P&D, com ênfase na redução de perdas e inadim-plência”, afirma a direção da Light, des-tacando que, para o desenvolvimento do projeto, foram firmadas parcerias com diversas empresas e ICTs, como o CPqD, LacTec, CAS Tecnologia, Ele-tra e Axxiom.

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26 | Potência | mercadoPainéis Fotovoltaicos

Indústria em formação

Setor de energia fotovoltaica

ainda engatinha no Brasil,

mas empresários acreditam

no seu crescimento nos

próximos anos.

Reportagem: Paulo Martins

A energia hídrica constitui a base da matriz elétrica brasileira e assim deve-rá continuar por tempo

indefinido. Mas, graças a condições naturais privilegiadas, o País pode se dar ao luxo de manter um modelo di-versificado, no qual várias fontes se complementam conforme a disponibi-lidade maior ou menor de cada uma.

A energia solar é um exemplo de aproveitamento possível. E, beneficia-do por um altíssimo índice de radiação, o Brasil finalmente começa a de-

senvolver sua indústria fotovoltaica. Se o número de empresas que importam e comercializam módulos fotovoltaicos já é relevante, por enquanto, apenas dois fabricantes tiveram a iniciativa de produzir localmente esses módulos.

Ainda é preciso resolver sérios pro-blemas estruturais para que a atividade deslanche, mas as perspectivas são po-sitivas, por conta da tendência mundial de queda do custo da tecnologia e do crescente reconhecimento da

importância das fontes de energia lim-pa em todo o planeta.

No momento, a produção de ener-gia solar fotovoltaica no País é bastan-te modesta. Segundo dados da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elé-trica e Eletrônica), até 2012, os siste-mas fotovoltaicos conectados à rede elétrica no Brasil geravam entre 1,4 e 1,5 Megawatt-pico (MWp).

Mercado pequeno Até o

momento, Brasil possui apenas duas

fábricas de módulos fotovoltaicos.

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Temos uma política distorcida que só atrapalha, a ponto de ser mais vantajoso importar do que produzir no Brasil.Carlos Evangelista | VIS Technology

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10Em 2012, foram instalados 2MWp. Ou seja, a base acumulada ao final do ano passado chegou a 3,5MWp. Para 2013, a expectativa é que a capacida-de instalada atinja 30MWp. Apesar de partir de uma base pequena, o cres-cimento não deixa de ser substancial.

No cenário internacional, os núme-ros impressionam. Em 2012, o parque fotovoltaico global totalizava 100GW instalados. Segundo o relatório “Está-dios Solares - Opção Sustentável para a Copa 2014 no Brasil”, a capacidade de vendas do mercado fotovoltaico mundial passou de 176MWp, em 1999, para 14.200MWp em 2009. Ou seja, um crescimento de 7.968%, em dez anos. A

venda de módulos fotovoltaicos, espe-cificamente, aumentou 140%, somente no período compreendido entre o fim de 2008 e o fim de 2009.

O relatório em questão foi elabo-rado pela Universidade Federal de Santa Catarina e Instituto para o De-senvolvimento das Energias Alterna-tivas na América Latina (Ideal) para a Agência de Cooperação Técnica Alemã - GTZ.

Apoio ao desenvolvimento tecnológico

Quando um País detém controle total sobre a produção de determinado bem, desde a matéria-prima até a manufatura em si, a tendência é impulsionar também outras cadeias produtivas e favorecer os campos da pesquisa e da inovação.

Neste caso específico, partindo do ponto que o Brasil possui grandes reservas de silício e um potencial solar inesgotável, promover o desenvolvimento da indústria fotovoltaica é um passo fundamental para consolidar o País na posição de lideran-ça no universo das energias renováveis e, mais do que isso, para garantir sua autono-mia energética por tempo indeterminado.

Esse processo proporcionaria também um avanço significativo para a indústria eletroeletrônica como um todo, pois o silício é vital ainda para a fabricação de componentes eletrônicos, especialmente semicondutores, o que lhe dá um forte viés estratégico, pois poucos países no mundo dominam completamente essa cadeia de produção. Vale lembrar que os semicon-dutores são utilizados largamente em qua-se toda a indústria de produtos elétricos/

eletrônicos de alto valor agregado. E mais: num momento em que a palavra de ordem é agregar valor, a indústria fotovoltaica é um campo fértil também para o desenvolvimento local de soluções tecnológicas inovadoras.

Nesse aspecto, a VIS Technology é uma das empresas brasileiras que têm se desta-cado. Um rastreador solar inteiramente na-cional (solar tracker) foi desenvolvido pela equipe e logo chamou atenção do merca-do. Assim, o projeto foi adquirido por outra companhia, que adaptou o mesmo para uso em uma grande usina solar com módulos geo-referenciados.

O sistema eletromecânico posiciona os painéis solares perpendicularmente em relação ao Sol, de forma a obter o máximo da radiação solar. O diferencial da solução é a orientação geo-referenciada, não de-pendendo das condições climáticas ou vi-sibilidade para se orientar. Ele baseia-se na posição aparente do Sol, apontando direta-mente para o mesmo quaisquer que sejam as condições climáticas.

A empresa já se dedica ao desenvolvi-mento de novos projetos. “Uma das ideias

envolve a instalação de usinas solares comunitárias nos pequenos e médios mu-nicípios, através da qual vários usuários podem usufruir dos recursos proporcio-nados por uma usina solar fotovoltaica”, revela Carlos Evangelista, diretor da VIS.

“Essa ideia não é uma invenção nos-sa, mas é absolutamente nova no Brasil. Foi adaptada à nossa regulamentação e às tecnologias disponíveis no País e possibi-lita que qualquer cidadão, tenha ele capa-cidade de investimento ou não, esteja ele localizado em local de muita insolação ou na sombra, possa utilizar a tecnologia fo-tovoltaica para converter energia solar em energia elétrica. É a abundância da energia solar levada a todos os cidadãos igualmen-te. Isso sim que é luz para todos”, projeta Evangelista.

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A Alemanha, a propósito, é a maior produtora de energia solar do mundo. Japão, República Tche-ca e Bélgica também se destacam no ranking dos principais geradores, embora possuam extensão territorial muito menor e condições climáticas menos favoráveis que o Brasil. Ana-lisando essa conjuntura, é impossível não se indignar com o fato de que essa fonte ainda não alcançou uma participação mais significativa na nos-sa matriz elétrica.

“O Brasil detém um dos maiores índices de irradiação solar do mun-do. O lugar menos ensolarado do País recebe 40% mais energia que o lugar mais ensolarado da Alemanha”, com-para Arthur Ribeiro, coordenador da EnerSolar+Brasil/Feira Internacional de Tecnologias para Energia Solar, realizada em julho em São Paulo (SP).

Na opinião do executivo, o custo da energia solar no Brasil é o maior entrave do setor. “Faltam políticas que incentivem a inovação tecnológica e que reflitam no desenvolvimento de um parque industrial nacional e no aumento da oferta de equipamentos solares”, analisa.

De fato, o custo da geração solar fotovoltaica ainda é bem mais alto que outras fontes. Alguns agentes do setor estimam que esse preço possa chegar a R$ 300 o megawatt- hora (MWh). Só para ter ideia da discrepân-cia, vale lembrar que no Leilão de Energia A-5/2012, realizado em dezembro passa-do, o preço médio dos projetos contratados foi de R$ 93,46/MWh, no caso da fonte hí-drica, e de R$ 87,94/MWh, para a eólica.

Os agentes do mercado solar acre-ditam que a realiza-

ção de leilões exclusivos de energia fotovoltaica no ambiente regulado po-deria fazer o preço cair - como acon-teceu com a fonte eólica -, além, claro, de estimular a demanda. Entretanto, pode ser que a realização desse de-sejo tenha de esperar um pouco mais.

O Leilão A-3/2013, previsto para outubro, de fato será aberto à fonte solar (fotovoltaica e heliotérmica). Entretanto, o páreo será duro. Serão negociados contratos na modalidade

‘por quantidade’ para empreendi-mentos hidrelétri-cos e na modalida-de ‘por disponibili-dade’ para empre-endimentos de gera-ção a partir de fonte eólica, solar, termelé-trica a gás natural e a biomassa.

Além disso, tam-bém poderão par-ticipar do leilão os empreendimentos de geração que utilizem

como combustível principal a bio-massa composta de resíduos sólidos urbanos e/ou biogás de aterro sani-tário ou biodigestores de resíduos ve-getais ou animais, assim como lodos de estações de tratamento de esgoto, que serão enquadrados como empre-endimentos termelétricos a biomassa.

Para Carlos A. F. Evangelista, dire-tor da VIS Technology, empresa que atua no desenvolvimento de projetos na área de energias renováveis, com-petir com as fontes hídrica e eólica é uma missão ingrata, neste momento.

“É a mesma coisa que fazer uma luta de MMA e colocar juntos os pe-sos pesado, médio e pena. A energia solar é peso pena, ainda. Provavel-mente algumas empresas entrega-rão propostas, mas do jeito que está configurado o leilão, dificilmente elas conseguirão competir com um preço factível”, acredita Evangelista.

Conforme defende o Grupo Se-torial de Sistemas Fotovoltaicos da Abinee, a realização de um leilão es-pecífico proporcionaria uma série de oportunidades ao Brasil.

Construções sustentáveis A princípio, qualquer tipo de edifício pode receber módulos fotovoltaicos e gerar a própria energia.

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Patrocínio Master

Apoio Institucional Realização

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Afinal, um aumento substancial da demanda poderia colocar o País na vi-trine da área solar (até por conta do período de retração do mercado mun-dial) e reforçaria sua posição já privile-giada na cadeia de energias renováveis.

Também atrairia empresas compe-titivas no nível global, promovendo a cadeia produtiva local e benefician-do o consumidor final. Serviria ainda de incentivo a fabricantes locais de módulos fotovoltaicos, inversores, es-truturas metálicas, cabos, disjuntores

e quadros elétricos – principais itens que compõem os sistemas. Isso sem falar na possibilidade de desenvolvi-mento da indústria de semicondutores e componentes eletrônicos.

Além do custo ainda relativamente alto, existem outros ‘inconvenientes’ que atrapalham a massificação da tec-nologia fotovoltaica. Como o retorno pode demorar alguns anos, o investi-mento acaba ‘concorrendo’ com outras prioridades mais imediatas do consu-midor, como a compra de eletrodo-

mésticos, eletrônicos e até automóveis.Conforme destaca a Abinee, um

dos entraves para o desenvolvimento do setor no Brasil é a falta de linhas de financiamento que permitam que o sistema fotovoltaico seja pago com o custo evitado do consumo de energia elétrica do domicílio. Segundo cálculos da associação, as linhas de crédito di-reto ao consumidor final precisam de prazos superiores a dez anos e juros inferiores a 8,5% para efetivar a viabi-lidade dos sistemas.

Estimativa do custo de investimento em sistemas fotovoltaicos

- referência no Brasil (R$/kWp) (1)Potência Painéis (2) Inversores Instalação e montagem Total

Residencial (4-6kWp) 4,88 1,25 1,53 7,66Residencial (8-10kWp) 4,42 1,09 1,38 6,89Comercial (100kWp) 3,81 0,92 1,18 5,91Industrial (≥1.000kWp) 3,50 0,66 1,04 5,20

Notas: (1) Calculado a partir de referências internacionais (US$ 1 = R$ 1,75), com acréscimo de 25% de tributos nacionais. (2) Painéis fixos, que não acompanham o movimento do Sol.

Fonte: EPE

O mercado fotovoltaico aposta ainda em outro artifício para crescer e se desenvolver com mais vigor: o net metering. Esse regime permite que o consumidor instale geradores em sua propriedade (painéis solares fotovoltaicos, por exemplo) e produ-za sua própria energia - ainda que parcialmente.

Quando a geração de energia for maior que o consumo no local de uso, o saldo positivo de eletricidade (ener-gia excedente que é injetada na rede) servirá para abater o consumo nesse mesmo local ou em outro ponto (com mesmo CNPJ OU CPF). Esse abatimen-to virá na fatura do mês subsequen-te. Para tanto, basta comunicar a dis-tribuidora de energia local, que após uma vistoria com a devida aprovação do sistema instalado, já configura o

cliente como mini ou micro produtor de energia. A microgeração engloba a produção de 0 a 100kW, enquanto e minigeração vai de 100kW a 1MW.

Existe a expectativa de uma boa adesão a esse sistema. Entretanto, nin-guém contava com um empecilho: a incidência de ICMS sobre a energia excedente que o consumidor injetar na rede. O fato caiu como um balde de água fria no setor. “Isso está desincentivan-do o investimento em geração distri-buída no mercado fotovoltaico. Sem contar que também são cobrados PIS e Cofins”, confirma Carlos Evangelista.

De qualquer forma ele ainda acre-dita que esse sistema poderá alavan-car o mercado de energia fotovoltaica e diz que é preciso ter paciência, pois o net metering ainda é uma experi-

De graça O Sol pode oferecer a energia necessária para alimentar pontos de iluminação nas vias públicas.

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Telhados e até lagos podem receber painéis

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ência de poucos meses. Segundo o executivo, alguns estados já estariam estudando uma possível modificação na legislação, para que o ICMS dei-xe de ser cobrado. “Os governos es-tão sensíveis ao problema, mas não é algo que se muda da noite para o dia. Depende-se de resoluções, leis ou decretos. Estamos em uma fase de

ajustes”, reconhece Evangelista.Para o executivo, é importante

criar e manter canais de comunicação entre a sociedade, meio acadêmico, governo e a indústria. “Algumas leis ou resoluções, por vezes, são adequa-das do ponto de vista regulatório, mas sofríveis para incentivar o desenvol-vimento do mercado, criar demanda

e estimular a indústria nacional. Sem um incentivo adequado estamos fada-dos a sermos meros usuários de tec-nologia vinda de fora ou comprado-res de equipamentos produzidos no exterior”, alerta Evangelista.

Sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica

no BrasilInstalados até 2012 = 1,4 a 1,5MWp

Instalados em 2012 = 2MWpAcumulado 2012 = 3,5MWpEstimativas 2013 = 30MWp

Fonte: Grupo Setorial de Sistemas Fotovoltaicos – Abinee

Bahia Estádio de Pituaçu é o primeiro da América Latina a contar com geração fotovoltaica.

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O mais importante é que já acon-teceu o start do programa, abrindo a possibilidade para que praticamente todo tipo de propriedade venha a se tornar uma usina elétrica em escala reduzida.

“A energia solar fotovoltaica tem duas características que a torna ver-sátil para instalar quase em qualquer lugar: como o sistema é modular, pode começar pequeno e ir crescendo, sem a necessidade de um projeto grande e complexo desde o início. Além dis-so, é possível produzir e consumir no mesmo local”, defende Evangelista.

É possível instalar desde um pe-queno número de painéis sobre o te-lhado das residências até fazer par-ques geradores de maior porte, ocu-pando a cobertura de edificações como shop pings, supermercados, uni-versidades e aeroportos, por exemplo.

Os módulos fotovoltaicos também podem cobrir fachadas de prédios e até mesmo ser instalados em estrutu-ras flutuantes sobre lagos ou às mar-gens de estradas. É possível ainda construir pequenos sistemas isola-dos para alimentar o bombeamento

Conforme retratado frequente-mente pela imprensa, as dificuldades de se produzir no Brasil são enormes.

Oportunidades Módulos fotovoltaicos podem ser instalados no telhado de shoppings, supermercados e estádios, na cobertura de estacionamentos, na fachada de prédios e até sobre lagos.

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de água, a irrigação de plantações, estações repetidoras e unidades de backup de telecomunicações.

Outra tendência que vem ganhan-do força é a instalação de usinas so-lares fotovoltaicas sobre a cobertura de estádios de futebol. Em Belo Ho-rizonte (MG), por exemplo, o Minei-rão, que receberá jogos da Copa do Mundo FIFA 2014, conta com 6 mil módulos, que representam 1,42MWp de potência instalada - energia sufi-ciente para atender ao consumo de 900 residências.

As motivações para adoção do sis-tema fotovoltaico são diversas. O sis-tema pode ser bastante útil em locais onde a rede elétrica convencional não chega ou como fonte complementar onde ainda se usa combustíveis caros e poluentes, como óleo diesel.

Carlos Evangelista conta que a VIS Technology fechou recentemen-te um contrato interessante no inte-rior de São Paulo. A empresa ficará encarregada de projetar, montar e operar uma miniusina fotovoltaica de 150kWp de potência dentro de um condomínio industrial. “Os objetivos

A alta carga de impostos, as defici-ências na infraestrutura básica e a burocracia são verdadeiros testes de

sobrevivência para os empresários. No setor eletroeletrônico a situa-

ção é ainda mais complicada em de-

desse cliente são diminuir a conta de luz das empresas e transmitir a ima-gem de ambiente sustentável”, enu-mera o executivo.

Indústria brasileira ensaia primeiros passos

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O Brasil já se destaca

na produção do silício, um

dos elementos importantes

para a fabricação dos

módulos fotovoltaicos.

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terminados nichos, por conta de espe-cificidades que resultam em uma total falta de competitividade.

Na opinião dos especialistas, a fa-bricação de módulos fotovoltaicos está entre aquelas que não dispõem de in-centivos suficientes. “Muito pelo contrá-rio. Temos uma política distorcida que

só atrapalha, a ponto de ser muito mais vanta-joso importar do que produzir no Brasil”, lamenta Carlos Evan-gelista.

Uma das dificul-dades para produzir módulos fotovoltai-cos no País é a indis-ponibilidade local de insumos. É o caso de

vidros e plásticos especiais, que pre-cisam ser importados.

A história por trás do silício, que serve de matéria-prima para a produ-ção de células fotovoltaicas, é um cla-ro exemplo das nossas deficiências.

O Brasil possui amplas reservas desse elemento e até se destaca na produção do chamado ‘silício grau metalúrgico’ (99,5-99,9% de pure-za). Entretanto, as células fotovol-taicas exigem o uso do ‘silício grau solar’, mais puro (99,999-99,9999%). A transformação do grau metalúrgi-co em grau solar exige uma grande e dispendiosa capacidade industrial, que hoje o País simplesmente não tem. O mais grave é que exportamos silício grau metalúrgico a menos de três dólares o quilo e importamos si-

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34 | Potência | mercadoPainéis Fotovoltaicos

lício grau solar a trinta dólares o qui-lo, em média.

O consumo de silício na indústria solar fotovoltaica em 2009 foi superior a 100.000 toneladas, e as perspectivas de crescimento do consumo do silí-cio de grau solar (SiGS) indicam um consumo superior a 200.000 toneladas em 2020, representando um mercado de aproximadamente US$ 5 bilhões, mesmo considerando taxas de cres-cimento mais modestas que as atuais (27% ao ano). Em tempo: o Brasil é hoje um dos maiores produtores mun-diais de silício grau metalúrgico, com capacidade de produção de aproxi-madamente 200 mil t/ano.

Um dos motivos que desestimu-lam os investimentos em grande es-cala no setor fotovoltaico nacional é a pequena demanda. Entretanto, há quem defenda que esses investimen-tos deveriam ser feitos antes mesmo do mercado estar maduro.

“O País precisa de empreendedo-res externos e internos, empresários que acreditem na inovação, corram riscos e tenham visão de mercado, e não de empresas que apenas querem subsídios, esperando colher os frutos de um mercado maduro, e que só de-cidam investir quando este já estiver explodindo de oportunidades”, alfi-neta Evangelista.

A carência de mão de obra espe-cializada sempre foi outro problema sério para o setor. Finalmente o mer-cado reagiu e começam a surgir cursos de graduação e especialização. Além disso, muitos estrangeiros estão vin-do para o País em busca de trabalho, atraídos pelo potencial do mercado.

Quanto ao futuro do Brasil nesta área, segundo os especialistas, a ten-dência é surgirem novos fabricantes, ainda que com linhas de produção pe-quenas, mais para atender à demanda local com pronta-entrega e participar de licitações do que para competir mundialmente. É esperar para ver.

Neste momento, o País conta com apenas duas fábricas de módulos foto-voltaicos: a Tecnometal, de Campinas (SP) e a AGA Brasil, que começou a produzir em junho último na cidade de Eusébio (CE), na Região Metropo-litana de Fortaleza.

Por enquanto a AGA dedica-se à produção de painéis solares Modelo MC60 (policristalinos) com tecnologia canadense DAY4 e à distribuição de produtos importados da empresa ita-liana BS Energie.

A capacidade de produção atu-al é de 1MWp/mês. A programação para 2014 é elevar este número para 6MWp/mês. Os principais clientes da empresa são os instaladores e os dis-tribuidores.

David Banon, diretor Comercial da companhia, destaca que o merca-do promissor levou a AGA a produ-zir módulos fotovoltaicos no Brasil. De acordo com ele, as vendas vão bem, considerando o atual momento por qual passa o País. “Falo por mim,

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Massificação Em todo o mundo, tendência é de queda dos preços dos módulos fotovoltaicos, o que pode favorecer a disseminação dessa tecnologia.

como profissional com experiência na Europa e aqui no Brasil: as empresas podem esperar o melhor”, anima-se.

Sobre as dificuldades encontradas pela AGA em sua experiência no Bra-sil, Banon cita basicamente os proble-mas que todo empresário já conhece bem: altos impostos, falta de incenti-vo, de legislação e também de mão de obra especializada. “Temos de formar pessoal”, destaca o executivo.

O potencial do mercado brasileiro atraiu recentemente mais um player de peso, a chinesa Yingli, uma das maiores fabricantes de módulos fo-tovoltaicos completamente integrada verticalmente. A empresa abriu escri-tório em São Paulo neste ano, mas, por enquanto, não prevê instalação de fábrica no País.

Através da marca Yingli Solar, a companhia atende aos mercados eu-ropeu, asiático e americano, entre ou-tros. No Brasil, um dos contratos pre-vê o fornecimento de painéis para o Estádio do Maracanã.

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Sem sem seguroEmpresas que não cuidam adequadamente de suas áreas classificadas enfrentam dificuldades para firmar contratos com as companhias seguradoras. Reportagem: Marcos Orsolon

O setor de áreas classifi-cadas vive um momen-to de forte evolução no Brasil. Depois de anos

sendo tratado de forma indevida, com negligências de toda ordem, o mer-cado vem se organizando e cresce o número de empresas interessadas em fazer um bom trabalho nesse setor, tornando suas plantas mais seguras e eficientes.

Mas a que se deve este fenômeno?Na verdade, não há apenas um mo-

tivo. Este segmento foi se organizando aos poucos no País, de forma gradativa. De um lado, os próprios agentes do se-tor se mobilizaram para criar e publicar normas técnicas alinhadas ao que há de mais moderno no mundo. De ou-tro, o mercado tem sofrido a influência, benéfica, de Leis, Portarias e Normas Regulamentadoras mais recentes, que induzem as empresas e profissionais a seguirem estas normas.

Agora também notamos uma in-fluência nessa área que, de certa for-

ma, tem surpreendido algumas com-panhias. São as empresas seguradoras que, desde 2007, quando o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) deixou de ter o monopólio em sua área de atu-ação, passaram a adotar uma postu-ra diferente em situações em que um eventual seguro envolve indústrias com áreas classificadas.

Em outras palavras, muitas dessas empresas passaram a negar o seguro para plantas que apresentam riscos. E com a negativa, muitas indústrias “cor-rem” para regular a situação para não ficarem “descobertas”. Ou seja, há um novo estímulo para avanços no setor de áreas classificadas.

Mas por que a quebra de monopó-lio do IRB na parte de resseguros le-vou a esta mudança nas diretrizes das seguradoras?

Para responder a esta questão, é preciso entender a importância do res-seguro nesse contexto. Quando o se-guro envolve grandes valores, como é o caso de uma indústria ou plataforma

de petróleo, por exemplo, o risco não é absorvido apenas por uma companhia. Em geral, a seguradora transfere parte desse risco para outras companhias, de forma a reduzir suas responsabilidades. Grosso modo, é como se ela fizesse um contrato de “seguro do seguro”, uma medida que visa diluir os riscos.

“Uma seguradora não vai bancar sozinha um seguro de R$ 10 ou R$ 20 milhões. Ela vai ressegurar, porque tem um limite. Pode ocorrer, por exemplo, de ela ter um limite de R$ 3 ou R$ 4 milhões e o valor que passar disso ela faz o resseguro”, explica Paulo Roberto de Campos Castro, executivo da Paulo Castro & Associados, que foi diretor do Bradesco e fundador da Bradesco Pre-vidência Privada.

Ocorre que no Brasil, até 2007, o IRB detinha o monopólio dessa área de resseguros. Mais que isso, o Instituto, criado em 1939, ressegurava pratica-mente tudo o que aparecia, mesmo em situações de grande risco. Uma situa-ção bastante cômoda para as indústrias

seguranca,seguranca,

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que precisavam de uma apólice, mes-mo sem dar a devida atenção a suas áreas classificadas.

Mas a situação mudou. Em 2007 teve início a abertura do mercado bra-sileiro de resseguros e o IRB entrou em uma nova fase, se tornando “ape-nas mais um player no mercado”. Com isso, suas políticas internas foram revi-sadas e as taxas para aceitação de ris-cos, atualizadas.

“O IRB passou a ficar com 60% do resseguro. Agora, esse percentual pas-sou para 40%. E tem um detalhe: hoje, o IRB não é obrigado a assumir os 40%. Ele pode dizer que não aceita o risco. Ele mudou, é mais um competidor no mercado, não sendo obrigado a acei-

tar tudo como ocorria no passado”, co-menta Paulo Castro, que completa: “O ressegurador vive desse resseguro, mas ele quer saber o tamanho do risco de cada operação”.

O fato é que a quebra de mono-pólio tornou o mercado mais exigen-

te. Segundo Castro, hoje o mercado de Londres, na Inglaterra, é que tem sido utilizado pelas seguradoras para fazer o resseguro. “E o mercado de Londres não aceita risco, ele não tem obrigação de aceitar o risco. O IRB tinha, pois era o único ressegurador”, observa.

As multinacionais já entendem que não vale a pena correr o risco de ficar sem seguro.

Paulo Roberto de Campos Castro | Paulo Castro & Associados

Vivemos um período de transição no mercadoAo adotar uma postura mais caute-

losa frente os riscos que envolvem as áreas classificadas, as seguradoras têm provocado mudanças importantes no comportamento das indústrias, ou pelo menos em parte delas. Isso porque para não ficarem sem seguro, muitas acabam optando por investir nas correções ne-cessárias, seguindo todas as etapas, o que inclui o estudo de classificação de área e a adoção das medidas para ga-rantir a redução e o controle dos riscos.

“O que precisa ser entendido é que é um direito da corretora não aceitar fa-zer o seguro de uma empresa que não é segura, que não segue as normas. Por isso, muitas empresas estão sendo indu-zidas a fazer este trabalho de adequação para atender as exigências das segura-doras”, explica Ivo Rausch, gerente da

Project-Explo. Na opinião de Rausch, o setor passa hoje por um período de transição, onde as próprias segurado-ras têm investido para se preparar me-lhor para atender a este tipo de cliente, especialmente no momento de fazer a inspeção nas plantas fabris.

“É complicado passar este tipo de conhecimento. Mas algumas segurado-

ras já vêm se preparando desde 2007. As grandes empresas, principalmente as multinacionais, estão trazendo este treinamento, pois já têm essa consciên-cia no exterior”, destaca Rausch, pon-derando que o processo ainda está em evolução: “Às vezes, nos deparamos com exigências descabidas feitas pelas seguradoras em determinadas empre-sas. Nesse momento é que percebemos que o processo está em evolução. Mas há a tendência das seguradoras terem cada vez mais profissionais treinados para essa área, justamente para con-seguir identificar qual empresa pode segurar e qual não pode”.

Segundo Rausch, os efeitos no mer-cado são visíveis em função da atua-ção das seguradoras, inclusive com o aumento de consultas e contratação de serviços. “Já tivemos alguns traba-lhos gerados em função de exigências de seguradoras. Algumas vezes porque a empresa sequer tinha um estudo de classificação de área. Mas também tive-

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Marcelo rizi andrade Oliveira Baptista Lima

pereira santos da Rocha filho, foi o primeiro.

APOIO patrocínio

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mos casos pontuais de exigências ab-surdas que foram feitas. Nos casos em que há exagero, o importante é que do lado do segurado exista o conhecimen-to técnico para contra-argumentar. Isso vale para seguradora, Ministério do Tra-balho, auditorias da ISO, etc”, orienta.

Um aspecto a ser considerado, é que nem sempre os exageros e absur-dos ocorrem por má fé. Há também desconhecimento e má interpretação das normas técnicas. Rausch alerta que é preciso ter cuidado na interpretação e cita como exemplo de exagero um

caso que vivenciou recentemente numa fábrica de tintas. Na ocasião, havia a constatação de que para fazer a manu-

tenção no ambiente com área classifi-cada deveriam ser utilizadas ferramen-tas de um material não faiscante, feitas de ligas que não geram centelhas. Só que este é um material bem mais caro, inviável para a empresa em questão.

“Ao analisar a situação, notamos que, para efetuar a manutenção, a empresa para o processo, limpa o chão e mede o ambiente para garan-tir que não há mais risco de explosão. Apenas depois disso é que a área é liberada para que o eletricista possa trabalhar. Ou seja, ela elimina a área classificada antes de fazer a manuten-ção. E se não tem mais área classifi-cada, não precisa da ferramenta es-pecial”, esclarece.

É um direito da corretora não aceitar fazer o seguro de uma empresa que não é segura.

Ivo Rausch | Project-Explo

Há empresas trabalhando sem seguroSe a maior rigidez por parte das

seguradoras tem levado algumas em-presas a regularizarem sua situação, há também uma fatia do mercado que ain-da não se sensibilizou com a situação e, mesmo sendo alertada sobre os ris-cos de explosão, não toma as devidas providências.

Via de regra a situação tem se mos-trado melhor nas grandes empresas nacionais e, principalmente, nas multi-nacionais que trazem a cultura da se-gurança seguida por suas matrizes. “As multinacionais já têm isso organizado, pois sabem que uma explosão pode

levar a um incêndio e à destruição de sua empresa. Elas entendem que não vale a pena correr o risco de ficar sem seguro”, afirma Paulo Castro.

De outro lado, persiste em uma faixa do mercado a sensação de que os aler-tas são “exagerados” e que os riscos não são tão grandes. “Muita empresa acha que estamos exagerando, que há muita fantasia nisso tudo. Isso porque nunca tiveram problema. Mas isso não signi-fica que elas estejam seguras”, comen-ta Nelson López, presidente da ABPEx.

O resultado é que essas empresas são inspecionadas pelas seguradoras -

que identificam os riscos e explicam o que deveria ser feito para elimin á-los ou controlá-los -, mas se negam a fazer o seguro. “O pior de tudo é que este pes-soal fica sem cobertura, mas permanece tranquilo, mesmo sabendo que há ris-co de explosão”, lamenta Paulo Castro.

Para Nelson López, outro proble-ma é que muitas empresas apresentam falhas graves de comunicação entre o setor financeiro, que é o responsável pela contratação do seguro, e o depar-tamento de segurança, de engenharia, que é o responsável pela implantação de soluções seguras.

100%SEGURO

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Apoio Institucional:

| Potência | 41Seguros e Áreas Classificadas

CADERNO AtmOsfERAs ExplOsivAs • CADERNO AtmOsfERAs ExplOsivAs • CADERNO AtmOsfERAs ExplOsivAs • CADERNO AtmOsfERAs ExplOsivAs

I N F O R M E P U B L I C I TÁ R I O

A Project-Explo é a mais tradicional empresa especializada em Atmosfe-ras Explosivas do país. Há mais de 25 anos oferece soluções e presta servi-ços de alto nível em todo o Brasil e América Latina, apresentando solu-ções práticas e eficientes para preven-ção, proteção, controle e eliminação de riscos de explosões. Para maiores detalhes ou informações, contate-nos através do www.project-explo.com.br ou pelo tel. 11 5589-4332.

Soluções eficientes

“Às vezes fico surpreso de ver que o departamento financeiro não sabe nem que o sistema ressegurador bra-sileiro não é mais monopólio do IRB. E, por isso, continua com a postura de sempre: ‘seja qual for o risco, ele será segurado pelo IRB’. Mas a reali-dade é outra. E ele fica sabendo disso apenas quando contata uma segura-dora que faz a inspeção do risco na empresa e não aceita fazer o seguro”, lamenta López.

Outro argumento usado pelas em-presas que insistem em não se adequar, é que elas não dispõem de recursos para investir nos ajustes necessários. Pensando nisso, a ABPEx conseguiu aprovar uma linha de crédito junto ao BNDES em novembro de 2012, com condições especiais de taxas e prazos. Algumas empresas já tiraram proveito da iniciativa, mas ainda há bastante es-paço para evolução.

A steute traz ao mercado brasileiro o Ex RC 2580, um novo sensor magnético certificado para a utilização em zonas com risco de explosão 1 e 21, de acordo com a ATEX. Por ter grau de proteção IP 69K e corpo em aço inoxidável, é adequado para utilização em indústrias alimentícias e em temperaturas que vão de -40°C a 70°C.

AutomationWireless Meditec

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www.steute.com.br

// SENSORES PARA AMBIENTES EXTREMOS

Apoiador:

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Carlos Soares Peixinho | Diretor Colegiado Abreme | [email protected]

Associação Brasileira dos Revendedorese Distribuidores de Materiais Elétricos

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Refletindo sobre o contexto das mudanças.

Operamos em um país que deve chegar a duzentos e cinquenta milhões de habitan-tes em algumas décadas. Nossos recur-

sos naturais ainda se encontram em grande parte inexplorados. Esta combinação, disponibilidade de mercado consumidor e fatores de produção, devem sempre representar oportunidades de bons negócios e investimentos.

Os efeitos da migração da população das áreas agrícolas para os centros urbanos em nos-so país se fazem sentir mais do que nunca. As recentes manifestações nas ruas, que surpreen-deram a todos, com desdobramentos ainda des-conhecidos, colocam o Brasil em outro momento distinto da recente euforia vivida quando o PIB crescia a mais de sete por cento ao ano baseado em uma economia de consumo.

A competição por atração de capital e inves-timentos entre os países é cada vez mais evidente.

Atualmente observamos a economia dos Estados Unidos sendo considerada entre as me-lhores oportunidades de investimento. Mesmo tendo originado a maior crise econômica das últimas décadas, os Estados Unidos oferecem ambientes de negócios com forte atração de ca-pital baseados no tamanho do mercado, moeda forte, juros baixos, respeito às regras, estímulo ao empreendedorismo e inovação, entre outros.

Os desafios do ambiente internacional e a competição sobre oportunidades de investimen-tos se agravam, assim como os gargalos internos de nossa economia e infraestrutura.

Do lado positivo, a retomada do crescimento dos Estados Unidos, a manutenção do mercado comum europeu e do euro, bons indicadores eco-nômicos no Japão e Alemanha, devem realimentar os motores da economia mundial juntamente com a China (também passando por processo de rees-

truturação) especialmente na demanda por nossas commodities agrícolas e minerais.

O crescimento da classe média brasileira de-monstrou o potencial do país além dos recursos naturais. A necessidade e urgência de reformas na saúde, educação, tributos e previdência social parecem estar atingindo um consenso semelhante ao que resultou há quase duas décadas no Plano Real, que serviu de base para o crescimento do país verificado nos últimos anos. Trata-se, por-tanto, da necessidade de continuar as reformas.

Não podemos conviver com escolas de meio período, programas pedagógicos defasa-dos, má gestão dos recursos nas cadeias de en-sino. Como dizem os especialistas, precisamos de duas ou mais gerações até que o problema educacional seja resolvido. É tempo demais. Portanto, não se pode continuar protelando a implantação da reforma na educação.

Somente com cidadania, pessoas saudáveis que estudam e se aprimoram, atingiremos um patamar de melhoria contínua que não admite retrocesso. Do ponto de vista dos negócios, este é o único ambiente possível para atingir produ-tividade e vantagem competitiva.

Uma palavra sobre a indústria. O termo país industrializado já foi usado para definir o grau de desenvolvimento de uma sociedade. Depois, se utilizou o termo emergente. Hoje parece mais apropriada a definição de país avançado. Para que o Brasil seja um país avançado, precisamos da in-dústria. Qual é o perfil da indústria do terceiro mi-lênio? Há necessidade de diversificação da matriz energética, sustentabilidade na utilização dos recur-sos, eliminação de resíduos tóxicos, absorção de mão de obra qualificada, fontes de financiamentos economicamente viáveis e boas práticas de gestão.

O desenvolvimento requer a integração entre

o mundo acadêmico e a atividade econômica. A universidade deve ser celeiro de empreendedo-rismo, urbanismo, inovação, pesquisa, desen-volvimento e geração de patentes.

Estamos servindo a um mercado inserido nas transformações tecnológicas, com deman-das por máxima eficiência, equilíbrio e ética na utilização de recursos, bem-estar das pessoas e respeito ao meio ambiente; conciliados com retorno atrativo aos investidores.

Rua Oscar Bressane, 291 - Jd. da Saúde04151-040 - São Paulo - SP

Telefone: (11) 5077-4140Fax: (11) 5077-1817

e-mail: [email protected]: www.abreme.com.br

Membros do ColegiadoRoberto Said Payaro Nortel Eletricidade Suprimentos Industriais S/AFrancisco Simon Portal Comercial Elétrica Ltda.José Jorge Felismino Parente Bertel Elétrica Comercial Ltda.José Luiz Pantaleo Everest Eletricidade Ltda.Roberto Varoto Fecva Com. de Mat. Elétricos e Ferragens Ltda.Paulo Roberto de Campos Meta Materiais Elétricos Ltda.Marcos Sutiro Comercial Elétrica PJ Ltda.

Conselho do ColegiadoNemias de Souza Nóia Elétrica Itaipu Ltda.Carlos Soares Peixinho Ladder Automação Industrial Ltda.Daniel Tatini Grupo Sonepar

Secretária ExecutivaNellifer Obradovic

Associação Brasileira dos Revendedorese Distribuidores de Materiais Elétricos

FUNDADA EM 07/06/1988

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P E R F I L D O A S S O C I A D O A B R E M E

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Foto: Divulgação

Fundada em 1963, a Alumbra é uma em-presa 100% nacional especialista na fa-bricação e comercialização de materiais

elétricos e de iluminação. Com sede em São Ber-nardo do Campo (SP), numa área de 20.000m² que conta com duas fábricas e cinco armazéns logísticos, a empresa possui sistema de gestão da qualidade certificado, desde 1994, pela IS0: 9001:2008, e, ao longo dos 50 anos de mercado, tem desenvolvido produtos que conferem con-forto, segurança e economia aos consumidores.

A Alumbra tem posição de destaque entre as principais empresas do setor e orienta os negócios visando atender a vários níveis de pú-blico-alvo: lojistas, distribuidores, atacadistas, eletricistas, engenheiros, projetistas, arquitetos, designers e consumidores de todas as classes

sociais. A sua política de qualidade prevê que os consumidores devam ter suas necessidades atendidas em todos os aspectos.

A multiplicação dos produtos e soluções que a empresa oferece aos mercados de mate-riais elétricos, iluminação, comando e proteção industrial, é a maior prova de que a Alumbra elevou seu índice de crescimento anual. Para se manter competitiva, a empresa aposta em duas estratégias: ampliar e melhorar constantemente o mix de produtos e oferecer soluções de alta qualidade, tecnologicamente evoluídas e que respeitem o meio ambiente. Também entende que, hoje, além de qualidade e confiabilidade, os consumidores buscam produtos de alta per-formance, tecnologia, segurança e ótima relação custo x benefício.

Materiais elétricosCom mais de 10 linhas de produtos para

o segmento de materiais elétricos, a Alumbra produz e comercializa uma ampla gama de so-luções para instalações elétricas em baixa ten-são, incluindo interruptores, tomadas, plugues, conectores, canaletas e acessórios que tornam a instalação bonita, segura e confiável.

A empresa entende a importância de ofe-recer uma proposta diferente para cada tipo de necessidade dos projetos elétricos e de decora-ção, por isso oferece linhas de interruptores e tomadas como Bliss, com 17 opções de cores de placas para harmonizar, contrastar ou realçar a decoração dos ambientes; e a Inova, que permite o ajuste e nivelamento das placas de interrupto-res e tomadas à superfície da parede através de

ALUMBRA

50 anos de mercado

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P E R F I L D O A S S O C I A D O A B R E M E

Associação Brasileira dos Revendedorese Distribuidores de Materiais Elétricos

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um sistema exclusivo de presilhas serrilhadas que substituem os tradicionais suportes, com rapidez e economia.

Há ainda as linhas Allegra, que conta com 12 opções de cores de molduras, a Ravelo, a Siena, a Bari e a tradicional.

IluminaçãoRecentemente, a Alumbra ampliou os negó-

cios ao lançar produtos e soluções em ilumina-ção. A proposta central é oferecer a luminosidade adequada para cada tipo de ambiente ou projeto. Hoje, a empresa também concentra esforços para comercializar uma grande família de lâmpadas compactas, miniespirais, tubulares, halógenas e de vapores de alta pressão.

A companhia conta também com a linha Su-perled, com produtos de última geração como lâmpadas, acendimento instantâneo, excelente luminosidade com menor consumo de energia, proporcionando melhor rendimento em relação às demais lâmpadas. Disponíveis nas versões MR, AR, PAR, A19, Fitas e Mangueiras lumino-sas, e refletores de LED. As Luminárias decora-tivas para Lâmpadas Eletrônicas e de LED, as Luminárias de Alto Rendimento e as Luminárias de emergência completam o mix que a Alumbra oferece aos clientes e consumidores.

IndustrialA Alumbra também investe em soluções

para a área industrial. Entre os destaques está a linha de comando e proteção Smart Tec, que representa uma nova geração de produtos e soluções industriais da empresa, destinada às instalações que necessitam de maior nível de proteção, controle de energia, segurança e desempenho.

São disjuntores termomagnéticos em caixa moldada, de 6 a 630A, que suportam altas cor-rentes de curto-circuito e têm capacidade de ope-ração em altas temperaturas, além de contatores de potência, blocos de contato auxiliar e relês térmicos, que são dispositivos destinados a ma-nobra e proteção de motores em geral, evitando danos ou a queima dos mesmos. As chaves de partida magnética e disjuntores-motor comple-tam o mix de dispositivos de comando e prote-ção, que tem como proposta principal garantir

a integridade e segurança dos circuitos, redes elétricas, aparelhos e, sobretudo, a vida humana.

Todos estes produtos e soluções fazem par-te da atividade de uma empresa que demonstra postura consciente, correta e que entende que a responsabilidade socioambiental é a forma de se pensar no futuro do planeta. Em todas as linhas, a Alumbra garante uma produção ecologicamente responsável, além de oferecer diversos produtos que geram economia de energia, sejam residen-ciais ou comerciais. No dia a dia da indústria, a Alumbra economiza água ao máximo e trata to-dos os efluentes. Recicla os resíduos plásticos, faz coleta seletiva, gerencia a energia utilizada. Não emite gases ou substâncias que poluam o ar, tampouco poluição sonora.

Os métodos de comunicação da empresa e estratégias de marketing também evoluíram ao longo dos anos. A propaganda “boca a boca”, que foi eficiente no começo de sua história, deu lugar a campanhas publicitárias de nível nacio-nal, na TV, rádio, internet, revistas especializadas e promoção no ponto de venda, onde, através de parcerias com lojistas, garantimos que os pro-dutos ganhem posição de destaque na gôndola.

Por fim, é uma empresa de 50 anos que se renova a cada dia através de muito trabalho, e que faz parte da vida, da casa, dos negócios e dos pro-jetos de seus consumidores através de uma pos-tura sólida e consistente. Hoje, esses consumi-dores podem encontrar na Alumbra uma empresa nacional, com padrões de qualidade equivalentes aos das melhores empresas do mundo.

MeRCaDO empresa é especialista na fabricação de materiais elétricos e itens de iluminação.

iNFORMaçãO Trabalho de divulgação e informação é essencial para o sucesso da empresa.

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46 | Potência | RadaRComércio Internacional

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O sucesso de uma indús-tria depende de diver-sos fatores. Boa gestão, qualidade e diversidade

de produtos, política de preços ade-quada e bom nível dos colaboradores são alguns desses aspectos. Mas há outros, como a definição da política de vendas, que pode estar direcionada exclusivamente ao mercado domésti-co, às exportações, ou que mescla as duas modalidades.

A KRJ, que há dez anos desenvol-ve e produz conectores elétricos, op-tou pela última alternativa. Tradicional fornecedora do mercado nacional, a empresa tem deflagrado diversas ações para incrementar as vendas para outros

Oportunidades no exteriorKRJ avança no mercado dos Emirados Árabes Unidos e

incrementa vendas para países do Oriente Médio. Reportagem: Marcos Orsolon

países. E, a julgar pelos resultados, a estratégia tem dado certo.

De acordo com o engenheiro Ro-berto Karam, diretor Comercial da com-panhia, o volume total de exportações da empresa já corresponde a cerca de 25% das vendas. Os destinos variam entre países da América Latina, Europa e Ásia. E as ações em busca de novos mercados não param, sendo que um foco importante tem sido os países do Oriente Médio.

Atualmente, a KRJ exporta produ-tos para os Emirados Árabes Unidos, Jordânia e Líbano. E, segundo Karam, a empresa trabalha forte para ampliar a participação de seus produtos nesses mercados. “Nosso objetivo é levar so-

luções e melhorias para a rede elétrica desses países”, declara o executivo, re-velando que os itens mais comercializa-dos para esta região são os conectores da família KLOK e da família KATRO.

O trabalho com foco no Oriente Médio teve início em 2010 e ele foi mo-tivado, em grande parte, pelas caracte-rísticas similares das redes elétricas de alguns dos países da região com as re-des instaladas no Brasil. Como explica Karam, diante dessa realidade “a KRJ vislumbrou a oportunidade de negó-cios e foi atrás dos potenciais mercados e compradores”. O resultado deste tra-balho é que, para 2014, a companhia estima exportar cerca de US$ 2 milhões para os países do Oriente Médio.

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RadaR | Potência | 47Comércio Internacional

A KRJ vislumbrou a oportunidade de negócios e foi atrás dos potenciais mercados e compradores.Roberto Karam | Diretor Comercial

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Obviamente, para entrar em qual-quer mercado é preciso estar prepa-rado, principalmente no que tange às características técnicas dos produtos ofertados. Por isso, foi necessário que a KRJ investisse em testes de labora-tório credenciado e de acordo com as normas internacionais antes de iniciar as exportações para esta região. Em alguns casos, também foram feitas pe-quenas modificações nos produtos, de acordo com a demanda e a necessida-de dos clientes.

Um exemplo deste trabalho ocor-reu em maio, quando um grupo de engenheiros da empresa jordaniana IDECO - Irbid Electricity estiveram no Brasil para fazer a homologação indus-trial da KRJ para torná-la apta a forne-cer para a Jordânia.

“Eles vieram conhecer a empresa, os processos produtivos e de qualida-de, assim como a equipe de desenvol-vimento, além de estreitar o relaciona-mento com a nossa equipe de vendas”, comenta Roberto Karam, acrescentan-do que, na oportunidade, também foi realizada uma visita à Câmara Árabe, entidade a que a KRJ está associada.

Outro fato relevante para os planos da companhia que acaba de ocorrer, foi sua aprovação como fornecedora de conectores para via aérea pela DEWA - Dubai Electricity & Water Authority, empresa responsável pela distribuição de energia em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Conforme revela Karam, a aprovação é resultado de mais de dois anos de teste em campo dos conectores PT e KLOK, que até o presente momento atenderam a todas as especificações técnicas neces-sárias ao mercado local, sem apresentar nenhuma dificuldade de funcionamento ou problema de ordem técnica.

O engenheiro explica que os co-nectores PT e KLOK apresentam dife-

renciais competitivos importantes. O KLOK, por exemplo, é fabricado em liga de alumínio com um acabamento superficial inibidor da corrosão galvâ-nica, permitindo conexões com con-dutores de cobre ou alumínio no ran-ge de 16 a 400mm2, utilizado em co-nexões de equipamentos e acessórios para rede de distribuição elétrica de média e baixa tensão. Em função de seu projeto eletromecânico, apresenta grande confiabilidade elétrica graças ao conceito de conexão por efeito mola que alia facilidade de aplicação e pos-sibilidade de reutilização, sem afetar a estrutura dos condutores aos quais es-tavam conectados.

Já o conector PT pode apresentar mínimas perdas de energia devido ao conceito de conexão por efeito mola. Normalmente, ele pode ser aplicado em condutores de alumínio, sólidos ou encordoados, e possui graxa anti-óxida como fornecimento regular nos componentes montados do conector, que tem função de limpeza de óxi-dos durante a aplicação do conector e proteção do contato elétrico con-tra corrosão.

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48 | Potência | economiafinanças & investimentos

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Apoio ao esporte

A fim de estreitar o relacionamento com um de seus principais públicos- alvo, a SIL anunciou o patrocínio da Série C do Campeonato Brasileiro de Futebol, com base na Lei de Incenti-vo ao Esporte. O marketing esportivo tem sido uma importante ferramenta de divulgação da marca, em um canal de comunicação que ‘fala’ diretamente aos profissionais especificadores.

A ação envolve a instalação de pla-cas estáticas nos estádios durante os jogos da série, com a transmissão de algumas partidas por emissora de TV a cabo. “A marca SIL já é reconhecida no meio esportivo graças à paixão dos consumidores e instaladores pelo fute-bol e ao apoio que a empresa direcio-na ao esporte”, afirma Rodrigo Morelli, supervisor de Marketing da SIL.

Este ano a SIL já patrocinou a série A dos Campeonatos Paulista e Carioca. No rádio, a empresa patrocina os seg-mentos de futebol da Rádio Bandeiran-tes, em São Paulo, e Rádio Tupi, no Rio de Janeiro. Outros destaques são os pa-trocínios ao programa esportivo Cartão Verde, transmitido pela TV Cultura; e ao Torneio Internacional de Seleções de Futebol Feminino.

Para Morelli, essas são ações que trazem um retorno positivo para a em-presa, tanto institucional como merca-dológico.

Vendas de iluminação

As vendas no varejo de produtos de iluminação apresentaram crescimento de 3% em julho, na comparação ao mês de junho. Os dados foram apura-dos pelo Instituto Anamaco de Pesqui-sas em todos os estados do País para a pesquisa mensal Abilux/Anamaco.

Os demais segmentos do setor da construção avaliados pelo instituto apresentaram um aumento no volume de vendas que variou de 7% a 12%.

Capacidade fabril

Além dos produtos de iluminação, ‘me-tais’ também apresentou aumento - um crescimento de 4%.

Os lojistas das regiões Centro-Oes-te e Nordeste foram os que registra-ram melhor desempenho nas vendas de produtos de iluminação em julho. Para o mês de agosto as perspectivas são de que as vendas permaneçam nos mesmos patamares das verifica-das em julho.

A Forjasul Eletrik, empresa de ma-teriais elétricos da Tramontina, tem planos ousados de crescimento para os próximos anos. E, para dar suporte aos avanços, a companhia tem inves-tido constantemente na melhoria dos seus processos fabris e na ampliação da capacidade produtiva. Uma das últimas ações nesse sentido foi a aquisição de um forno de indução da marca Induc-totherm, já em operação na fábrica de Carlos Barbosa, no Rio Grande do Sul.

O novo equipamento se junta aos

outros dois fornos que a Forjasul Ele-trik possui nessa unidade fabril, e sua instalação eleva a capacidade de pro-cessamento de alumínio para 3.500 toneladas por ano. “Nos últimos anos temos incrementado os investimentos no parque fabril para assegurar e apri-morar a qualidade dos produtos, além de ampliar nossa capacidade de pro-dução”, declara Roberto Aimi, diretor da Forjasul Eletrik, acrescentando que o forno atenderá às demandas de to-das as divisões da empresa.

Balança deficitáriaDados da Abinee apontam que, no acumulado de janeiro-junho de 2013, o dé-

ficit da balança comercial de produtos do setor eletroeletrônico atingiu US$ 17,72 bilhões, 10% acima do ocorrido no mesmo período de 2012 (US$ 16,16 bilhões).

O maior déficit ocorreu com os países da Ásia (US$ 13,0 bilhões), sendo US$ 7,5 bilhões com a China e US$ 5,5 bilhões com os demais países daquele conti-nente. Para o ano de 2013, é esperado que o déficit atinja US$ 35,5 bilhões, 9% superior ao ocorrido em 2012 (US$ 32,5 bilhões).

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Foto: Dreamstime

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Passeio ciclísticoEm comemoração aos seus 90 anos, a Lorenzetti patrocinou a primeira edição do passeio ciclístico no-

turno Night Riders. O evento ocorreu dia 17 de agosto e teve como cenário os principais pontos turísticos do centro de São Paulo. “Para a Lorenzetti, o patrocínio ao evento foi fundamental para a disseminação do uso das bicicletas como meio de transporte, ação positiva para o desenvolvimento de São Paulo, além da fomen-tação do ciclismo como prática esportiva”, afirma Alexandre Tambasco, gerente de Marketing da companhia.

Encontro políticoO presidente da Abinee Humberto Barbato participou no

último dia 16 de agosto, em São Paulo, da reunião do Fórum Nacional da Indústria da CNI. O evento, coordenado pelo presidente da CNI Robson Braga de Andrade, contou com a presença do ministro da Fazenda Guido Mantega, que con-versou com líderes empresariais sobre as perspectivas para a economia neste segundo semestre.

Na ocasião, Barbato apresentou ao ministro os da-dos do setor eletroeletrônico, que, após obter de-sempenho modesto no primeiro semestre, espera por melhores resultados para o decorrer do ano. “As expectativas são melhores do que vinham acontecendo, mas as indústrias ainda demons-tram precaução em relação aos rumos da econo-mia”, afirmou o presidente da Abinee.

Esta impressão do setor eletroeletrônico vai ao encon-tro das perspectivas apresentadas por Mantega, que acredita em recuperação para o segundo semestre. De acordo com o ministro, os leilões de concessão de obras de infraestrutura, a inflação, que começa a dar sinais de estabilidade, e a ex-pansão do crédito deverão contribuir para este desempenho.

AquisiçãoA ABB anunciou a aquisição da empresa francesa de

software Newron System. A intenção é expandir sua abran-gência de mercado e seu portfólio de automação predial. As partes concordaram em não divulgar os termos da transação.

A Newron System, localizada em Toulouse, desenvolve soft-wares para soluções de automação predial e faz suas vendas através de distribuidores e instaladores. O software permite que dispositivos, como controles de persianas e luzes, se comuni-quem uns com os outros, além do gerenciamento centralizado.

A aquisição reforça a estratégia da ABB no crescente mer-cado de automação predial, que é de expandir seu alcance de mercado e portfólio para parceiros. O software Newron System complementa a linha de produtos da empresa, adicionando soluções de automação flexíveis ao portfólio. A empresa será integrada à divisão de Produtos de Baixa Tensão (LP) da ABB.

“As soluções do software de automação predial premium da Newron System vão ganhar alcance mundial através da rede de vendas da ABB”, afirma Hans-Georg Krabbe, chefe da unidade de negócios de Wiring Accessories, que acrescenta: “Estamos comprando software avançado e know how. Essa aquisição irá ampliar nossa oferta em soluções de automação predial”.

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50 | Potência | vitrineProdutos e soluções

DurabiliDaDe e eficiênciaCom a proposta de oferecer ao mercado uma ampla linha de produtos com qualidade e eficiência energética, a Sylvania

apresenta as novas lâmpadas Led TUB 8, com opções de 9 e 18W, em 100 e 240V. Com vida mediana de 30 mil horas, elas são

indicadas especialmente para lugares de difícil manutenção. Além disso, têm design moderno, compacto e são substitutas das

lâmpadas fluorescentes T8 16 e 32W.

automação residencialCom gabinete feito em material ABS autoextinguível, a linha iTouch da

Sob-Brasil é indicada para automação residencial, sendo dividida em três op-

ções: IShape, STD, e CSF. O IShape tem como característica a flexibilidade, já

que aceita vários tipos de painéis na parte frontal: plástico, vidro ou com toque

integrado às funções do painel. A versão STD é mais simples, uma vez que não

necessita de painel, mas sim de um equipamento com display e função de toque

integrado ao painel. O CSF é mais semelhante às aplicações tradicionais, com

cores coordenadas e painel frontal fechado, podendo ser equipado com botões.

TermômeTro infravermelhoO termômetro infravermelho TI-410 é o mais novo lançamento da Ins-

trutherm. O aparelho vem com câmera digital integrada com resolução de

640x480 pixels, laser duplo que facilita a visualização do alvo ou local du-

rante a medição, ajuste de emissividade, função de gravador de vídeos em

AVI, fotos em JPG, entrada para cartão MicroSD de até 8 GB, soquete para

Termopar tipo K e bateria recarregável, além de medir temperatura e umi-

dade do ar. O equipamento é de fácil manuseio, com display LCD colorido,

controles de data e hora e desligamento automático.

Page 51: Revista Potência - Edição 93 - julho de 2013

vitrine | Potência | 51Produtos e soluções

Controle de líquidosA Finder apresenta a Série 72, que oferece soluções

para controle de líquidos. Um dos destaques da linha é o

modelo Tipo 72.11 (foto), que possui sensibilidade fixa de

150kΩ e funções de enchimento ou esvaziamento selecio-

náveis por jumper com tempo de retardo fixo de 1 segun-

do. O modelo possui acessórios como sensor de alagamen-

to, eletrodos suspensos ou haste e porta eletrodos. Outros

itens que compõem a linha são os modelos: Tipo 72.01;

Tipo 72.42 e os Tipos 72.A1 e 72.B1.

linha aDesivaDaA Dutoplast apresenta ao mercado as cana-

letas equipadas com fita dupla face para fixação.

Graças à fita, a instalação das peças pode ser

feita sem a necessidade de quebrar ou furar as

paredes. A novidade envolve as linhas Duto-X,

Dutopop, Dutopiso e as canaletas 15x15; 15x22;

22x22; 30x30; 30x50; 50x50; 50x35; 80x35;

22x30; 30x38,5 e 40x40mm.

nobreaks senoiDaisA APC by Schneider Electric anuncia o lançamento dos nobreaks bivolt senoidais

APC Smart-UPS BR 1000VA e 1500VA voltados a ambientes de TI de pequenas e mé-

dias empresas, para potências de até 1.000VA e 1.500VA, respectivamente. Os equipa-

mentos são recomendados para a proteção de energia de equipamentos em ambien-

tes corporativos, como servidores de rede, terminais de computador e centrais PABX.

Eles têm design moderno, em formato torre, e são construídos em gabinete metáli-

co robusto. Possuem estabilizador, filtro de linha e minidisjuntor rearmável (modelo

1.000VA), além de um software de gerenciamento de suas características funcionais e

dos eventos que ocorrem na rede elétrica. A linha possibilita ainda a expansão da au-

tonomia por meio de um conector para módulos de baterias externas.

Page 52: Revista Potência - Edição 93 - julho de 2013

52 | Potência | GTDGeração, Transmissão e Distribuição

Foto: Divulgação

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imeSmart Grid

A AES Eletropaulo implantou um programa de capacitação de eletricistas em redes inteligentes, como parte do projeto Smart Grid em Barueri, Região Metropolitana de São Paulo. O objetivo é prepa-rar esses profissionais para o futuro do setor elétrico, que abrange uma nova forma de operar o sistema de distribuição de energia.

Na primeira fase, cerca de 100 colaboradores participaram de dois cursos, com carga horária de 8 e 16 horas, ministrados por profissionais qualificados da própria distribuidora.

“Ao investir em tecnologia Smart Grid, a AES Eletropaulo também tem foco no desenvolvimento profissional de seus colaboradores, não só devi-do à exigência de qualificação para trabalhar dentro desse novo conceito de distribuição de energia, mas tam-bém para valorizar talentos internos”, afirma Maria Tereza Vellano, diretora Regional da AES Eletropaulo.

Além dessas turmas, o programa de capacitação da distribuidora

possui mais três etapas que contemplarão en-

genheiros, técnicos de operação e ges-tores até 2015. No total, cerca de mil

profissionais passa-rão por treinamentos.Este é o primeiro Pro-

jeto de Rede Inteligente (Smart Grid) completo do País. Na área de concessão da AES Eletropaulo está sendo implantado inicialmente no município de Barueri e parte de Var-gem Grande, beneficiando 250 mil habitantes e terá um sistema integra-do ao Centro de Operações e Medi-ção da concessionária. O investimen-to é de R$ 70 milhões e está progra-mado para conclusão em 2015.

Capacidade ampliada

A Usina Termelétrica do Terminal Portuário de Pecém (UTE Porto) aumen-tou sua capacidade de geração de ener-gia para 15,25MW, com funcionamento em Paralelismo Estendido com a Con-cessionária Coelce. A Distribuidora Cum-mins Diesel do Nordeste (DCDN) exe-cutou o projeto e a instalação dos cinco grupos geradores a gás natural fabrica-dos pela Cummins Power Generation.

“Anteriormente, a usina tinha 5,25MW, e com a ampliação de 10MW, sendo cinco máquinas de 2MW, a po-tência total da usina foi para 15,25 MW. Atualmente a DCDN faz a operação e manutenção de toda a usina”, explica Luiz Antonio Trotta Miranda, diretor -executivo da empresa.

Novo CEOA BRIX, plataforma eletrônica pioneira no Brasil de negociação de energia

elétrica, informou que Levindo Santos é seu novo CEO. O executivo assume o posto com a missão de liderar a nova fase de desenvolvimento da BRIX, que inclui a participação de agentes do mercado financeiro em contratos bilaterais de derivativos de energia com liquidação financeira.

Santos tem sólida experiência no universo financeiro, com passagens por instituições como HSBC, Morgan Stanley e Banco Pactual, entre outras. Com a contratação do executivo, a BRIX e seus acionistas reforçam o compromisso de oferecer uma plataforma segura, avançada e transparente para a negocia-ção de energia elétrica no País, garantindo o aporte dos recursos financeiros necessários a esses novos desenvolvimentos.

De acordo com o novo CEO, “a entrada de agentes do setor financeiro na plataforma aumentará a liquidez nas negociações de energia elétrica e tornará mais fácil o gerenciamento de portfólio para os agentes do Mercado Livre por meio de estratégias de hedge”.

O processo de obtenção das aprovações necessárias junto às autoridades competentes para o início da segunda fase da plataforma está em andamento. Estarão disponíveis os mesmos produtos já comercializados na plataforma du-rante a primeira etapa: “Energia Convencional” (a preço fixo), “Energia Conven-cional” (a PLD + Prêmio) e “Energia Incentivada” (a preço fixo), para diferentes períodos – mensais, trimestrais, semestrais e anuais até 2015, com entrega em todos os submercados brasileiros.

Ao todo, a UTE Porto está operan-do com oito grupos geradores. Os equi-pamentos foram adquiridos mediante convênio entre a Secretaria da Infraes-trutura do Estado e a Secretaria Especial dos Portos no valor de R$ 17,6 milhões.

Os grupos geradores foram fabrica-dos pela Cummins Power Generation em sua unidade na Inglaterra, e fun-cionam a gás natural. Cada conjunto tem potência individual de 2.000kW. Com a ampliação, o Sistema Elétrico do Porto do Pecém, administrado pela Cearaportos, proporcionará segurança integral na oferta de energia elétrica de reserva e de emergência demandada pelos diversos empreendimentos que ali se instalam.

Page 53: Revista Potência - Edição 93 - julho de 2013

GTD | Potência | 53Geração, Transmissão e Distribuição

Foto: Dreamstime

Microgeração de energia

Fábrica de torres

A Alstom inaugurou sua pri-meira fábrica de torres eólicas na América Latina. Instalada em Ca-noas (RS), a unidade terá capacida-de para produzir 120 torres de aço por ano, o suficiente para fornecer aproximadamente 350MW de eletri-cidade. A fábrica abastecerá a região sul da América Latina, um merca-do que atualmente está em franco crescimento.

“A posição geográfica da planta nos permite estar próximos de nos-sos clientes, e possibilita importante interação com outros países, como Argentina, Chile e Uruguai. Temos um longo e sólido histórico nos mercados eólicos da América Lati-na, e continuamos investindo na re-gião para atender às crescentes de-mandas de energia”, afirma Marcos Costa, presidente da Alstom Brasil.

Balanço positivoA Energisa registrou lucro líquido consolidado de R$ 107 milhões (R$ 0,45 por

Unit ou R$ 0,09 por ação) no primeiro semestre de 2013, contra R$ 125,5 milhões em igual período do ano passado. Já a geração operacional consolidada de caixa (EBITDA consolidado) foi de R$ 345,6 milhões e o EBITDA Ajustado Consolidado totalizou R$ 367,2 milhões no período, ante os R$ 343,1 milhões registrados no pri-meiro semestre de 2012.

Mantendo a política de remuneração aos acionistas, a companhia iria anteci-par, a partir de 21 de agosto, mais um dividendo do exercício corrente, no mon-tante de R$ 28,5 milhões, que somado aos dividendos já distribuídos em 3 de ju-nho deste ano (R$ 40 milhões), totalizam R$ 68,5 milhões, ou seja, o mesmo valor pago em igual período do ano passado.

Correção de harmônicasA ABB fechou um contrato da ordem de R$ 4 milhões para o fornecimen-

to de 38 filtros ativos, modelo PQFM, incluindo serviços de comissionamento e materiais para instalação, para parques eólicos localizados em Sant’Ana do Livramento (RS), que têm participação da Eletrosul. Os equipamentos devem ser instalados no segundo semestre deste ano.

Os filtros ativos serão instalados dentro das torres dos aerogeradores para realizar a correção de harmônicas, ou seja, frequências distorcidas da rede, que afetam o nível de tensão no ponto de conexão do parque eólico ao Sistema In-terligado Nacional, controlado pelo Operador Nacional do Sistema. Eles têm a capacidade de monitorar a corrente de linha em tempo real analisando a frequên-cia distorcida e injetando uma corrente em frequência oposta, com a finalidade de cancelar o efeito harmônico.

Essas distorções são causadas por cargas elétricas não lineares que podem afetar o desempenho de outros equipamentos, além de cau-sar superaquecimento de cabos, motores e transformadores, danos a equipamentos sensíveis e envelhecimento precoce da instalação. O filtro é flexível, podendo se adaptar facilmente às mudanças da rede, através de configurações do seu software.

A Caixa Econô-mica Federal deu iní-

cio ao projeto Geração de Renda e Energia Renovável nos empre-endimentos do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) Morada do Salitre e Praia do Rodeadouro, em Juazeiro (BA).

Com recursos do Fundo Socioam-biental Caixa (FSA), os empreendimen-tos já começaram a receber sistemas

de microgeração eólica e solar. Até novembro, o projeto piloto vai receber um investimento de R$ 6,2 milhões.

A energia gerada vai abastecer as áreas comuns de cada condomínio. O excedente de eletricidade será vendido à concessionária local ou a consumi-dores livres. O retorno da venda dessa energia irá constituir um fundo que será revertido para o condomínio e para os

próprios moradores, na forma de um bônus de até R$ 110 por família.

Os moradores também foram trei-nados e capacitados para instalar os equipamentos. Serão beneficiadas cerca de mil famílias com renda de até três salários mínimos. A iniciativa será modelo para instalação de equi-pamentos de energia solar em outras unidades do programa MCMV.

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58 | Potência | agendaAgosto/Setembro 2013

Ev

En

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Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Exposição Data/Local: 27 a 29/08 – São Paulo – SP

Informações: (11) 2129-6303 / www.expogbcbrasil.org.br

Fenasucro – 21ª Feira Internacional de tecnologia sucroenergéticaData/Local: 27 a 30/08 – Sertãozinho – SP

Informações: www.fenasucro.com.br

14ª Edição Energy summitData/Local: 11 a 13/09 – Rio de Janeiro – RJ

Informações: (11) 3017-6808 / www.energysummit.com.br

1º Workshop Internacional: Automation upDate Data/Local: 16/09 – Joinville – SC

Informações: (11) 4126-3232 / www.beckhoff.com.br

Intersolar south America Data/Local: 18 a 20/09 – São Paulo – SP

Informações: (11) 3824-5300 / www.intersolar.net.br

Power-Gen BrasilData/Local: 24 a 26/09 – São Paulo – SP

Informações: www.powergenbrasil.com

Comandos ElétricosData/Local: 28/08 – Rio de Janeiro – RJ

Informações: (21) 4105-4435 / www.serae.com.br

sistemas de Gestão da EnergiaData/Local: 02 e 03/09 – São Paulo – SP

Informações: (11) 3017-3600 / www.abnt.org.br

Energia solar FotovoltaicaData/Local: 10 e 11/09 – Porto Alegre – RS

Informações: (21) 3872-0355 / www.ambienteenergia.com.br

subestação de Média e Alta tensãoData/Local: 16 a 18/09 – Uberlândia – MG

Informações: (34) 3210-9088 / www.conprove.com.br

Qualidade da Energia ElétricaData/Local: 16 a 18/09 – São Paulo – SP

Informações: (11) 5031-1326 / www.barreto.eng.br

Compensação de reativos em sistemas ElétricosData/Local: 23 e 24/09 – Uberlândia – MG

Informações: (34) 3210-9088 / www.tllv.com.br

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