revista portugal inovador_edição fevereiro 2013_edição 38

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Portugal Inovador Página Exclusiva 61 Quando surgiu, em 1986, a Ferneto tinha como objectivo dar seguimento à actividade do seu fundador, Carlos dos Santos - a panificação e paste- laria. A ideia, na altura, era comer- cializar produtos para estas áreas, mas, com a entrada do irmão, Pedro Neto, que tinha maior apetência para a mecânica, iniciou-se um novo pro- cesso – a adaptação e melhoria de equipamentos, só possível graças ao conhecimento, enquanto utilizador, do fundador. Graças a esta flexibilidade, a Ferne- to acabaria por começar a produzir equipamentos de raiz para a indús- tria da panificação e pastelaria. À medida que os anos foram passando e a empresa foi crescendo em volu- me de negócios, “foi-se construindo uma imagem cada vez mais sólida, suportada em três premissas fun- damentais – a assistência técnica, a proximidade ao cliente e o conhe- cimento na área de padaria e pas- telaria. Hoje, qualquer vendedor da Ferneto, para além da formação em termos de equipamentos e assistên- cia técnica, passa duas a três se- manas a fazer pão. Isso permite-lhe “entender melhor as necessidades do nosso cliente”, assim como, “res- peitar a exigência da sua actividade”, explica o administrador da Ferneto, António Neto. Esta postura de “proximidade e respeito pelo cliente” levou a que a empresa partisse, em 1998, para a exportação. O ponto de partida foi o mercado venezuelano, ao qual se seguiu Moçambique. Em 2000, a estratégia de internacionalização da empresa volta a estar em cima da mesa, com o intento de “alargar de forma consistente a nossa presença internacional. Isso implicou uma re- volução interna, um grande desafio, mas que deu frutos”. Hoje a Ferneto está presente em mais de 50 países, com filiais em Angola, Moçambique, Cabo Verde e Espanha, e a consti- tuir no Brasil. Os mercados principais incluem ainda vários países na Euro- pa, América e Ásia. Todo este investimento fora de por- tas não levou a que a Ferneto desin- vestisse em Portugal. Pelo contrário. “Somos líderes nacionais e continu- amos a ter espaço para crescer, não por crescimento do mercado interno, mas pelo aspecto que mais privile- giamos, estejamos em Portugal ou noutro país qualquer – a proximidade ao cliente e a preocupação constan- te com o seu desempenho. Temos uma equipa permanente de oito co- merciais no mercado nacional e uma assistência técnica permanente”, atenta António Neto. De referir que, para além do core business, a Fer- neto alargou a sua actividade a no- vas áreas – a detergência e a área alimentar, através da produção. O grupo conta, actualmente, com 115 colaboradores em Portugal e cerca de 300 em todo o mundo. Com tudo isto em conta, as expec- tativas para o futuro mantêm-se po- sitivas. No entanto, como ressalva o administrador, “não nos interessa duplicar a facturação, interessa-nos que o percurso seja crescente mas consistente”. O histórico que temos, a nível nacional e internacional, aponta nesse sentido. E isso faz-se com proximidade e presença”. Em 2012, o crescimento da Ferneto su- perou os 8%. Graças a uma postura que privilegia a proximidade e o respeito pelo cliente, a Ferneto, sediada em Va- gos, tem conseguido atingir mercados espalhados por todo o mundo. Proximidade e Respeito

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Page 1: Revista Portugal Inovador_edição Fevereiro 2013_edição 38

Portugal Inovador

Página Exclusiva 61

Quando surgiu, em 1986, a Ferneto tinha como objectivo dar seguimento à actividade do seu fundador, Carlos dos Santos - a panificação e paste-laria. A ideia, na altura, era comer-cializar produtos para estas áreas, mas, com a entrada do irmão, Pedro Neto, que tinha maior apetência para a mecânica, iniciou-se um novo pro-cesso – a adaptação e melhoria de equipamentos, só possível graças ao conhecimento, enquanto utilizador, do fundador.Graças a esta flexibilidade, a Ferne-to acabaria por começar a produzir equipamentos de raiz para a indús-tria da panificação e pastelaria. À medida que os anos foram passando e a empresa foi crescendo em volu-me de negócios, “foi-se construindo uma imagem cada vez mais sólida, suportada em três premissas fun-damentais – a assistência técnica, a proximidade ao cliente e o conhe-cimento na área de padaria e pas-

telaria. Hoje, qualquer vendedor da Ferneto, para além da formação em termos de equipamentos e assistên-cia técnica, passa duas a três se-manas a fazer pão. Isso permite-lhe “entender melhor as necessidades do nosso cliente”, assim como, “res-peitar a exigência da sua actividade”, explica o administrador da Ferneto, António Neto. Esta postura de “proximidade e respeito pelo cliente” levou a que a empresa partisse, em 1998, para a exportação. O ponto de partida foi o mercado venezuelano, ao qual se seguiu Moçambique. Em 2000, a estratégia de internacionalização da empresa volta a estar em cima da mesa, com o intento de “alargar de forma consistente a nossa presença internacional. Isso implicou uma re-volução interna, um grande desafio, mas que deu frutos”. Hoje a Ferneto está presente em mais de 50 países, com filiais em Angola, Moçambique, Cabo Verde e Espanha, e a consti-tuir no Brasil. Os mercados principais incluem ainda vários países na Euro-pa, América e Ásia.Todo este investimento fora de por-tas não levou a que a Ferneto desin-vestisse em Portugal. Pelo contrário. “Somos líderes nacionais e continu-amos a ter espaço para crescer, não por crescimento do mercado interno, mas pelo aspecto que mais privile-giamos, estejamos em Portugal ou

noutro país qualquer – a proximidade ao cliente e a preocupação constan-te com o seu desempenho. Temos uma equipa permanente de oito co-merciais no mercado nacional e uma assistência técnica permanente”, atenta António Neto. De referir que, para além do core business, a Fer-neto alargou a sua actividade a no-vas áreas – a detergência e a área alimentar, através da produção. O grupo conta, actualmente, com 115 colaboradores em Portugal e cerca de 300 em todo o mundo.Com tudo isto em conta, as expec-tativas para o futuro mantêm-se po-sitivas. No entanto, como ressalva o administrador, “não nos interessa duplicar a facturação, interessa-nos que o percurso seja crescente mas consistente”. O histórico que temos, a nível nacional e internacional, aponta nesse sentido. E isso faz-se com proximidade e presença”. Em 2012, o crescimento da Ferneto su-perou os 8%.

Graças a uma postura que privilegia a proximidade e o respeito pelo cliente, a Ferneto, sediada em Va-gos, tem conseguido atingir mercados espalhados por todo o mundo.

Proximidade e Respeito