revista podiu
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Esta é a primeira edição da revista Podium, que nasceu de um projeto experimental do curso de Jornalismo e, com muito orgulho, chega agora às suas mãos. Enquanto estudantes, antenados nas novidades do mercado, notamos a falta de um veículo especializado em esporte na nossa região,e com grandes eventos se aproximando, é ótimo teruma cobertura totalmente local, não? Foi com essepropósito que nasceu esta publicação: informarvocês sobre as novidades do mundo desportivo,com foco regional.TRANSCRIPT
Podium1
A história de Vivinho, autor do gol mais importante do Uberlândia Esporte Clube
pág. 6
Basquete de Uberlândia em busca do segundo título nacional
pág. 21
Uberlândia como subsededa Copa de 2014
Conheça os investimentos necessários e as vantagens que a cidade representa para as seleções do exterior. - Pág. 14
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Edição:Érica Goulart
Revisão:Gustavo Marinho
Produção e Reportagem:Alanna Guerra, Amanda Célio, Caroline Aleixo, Érica Goulart, Fernando Garcia, Gustavo Marinho, Lana Arantes e Márcia Carvalho
Diagramação:Guilherme Borges
Imagem da Capa:Divulgação
Jornalista Responsável: Paulo Henrique Souza – MTB 5928 JP – MG
Impressão: Gráfica Hebrom
Tiragem: 3.000 exemplares
Contatos:(34) [email protected]@podium3
programapodium.blogspot.com
Esta publicação foi desenvolvida como parte do projeto experimental de conclusão do curso de Comunicação Social - Jornalismo, no Centro Universitário do Triângulo - Unitri, Uberlândia, no segundo semestre de 2011, sob orientação do professor Paulo Henrique Souza.
Sejam bem-vindos!
Esta é a primeira edição da revista Podium, que nasceu de um projeto experimental do curso de Jornalismo e, com muito orgulho, chega agora às suas mãos. Enquanto estudantes, antenados nas novidades do mercado, notamos a falta de um veículo especializado em esporte na nossa região, e com grandes eventos se aproximando, é ótimo ter uma cobertura totalmente local, não? Foi com esse propósito que nasceu esta publicação: informar vocês sobre as novidades do mundo desportivo, com foco regional.
Em nossas pesquisas, descobrimos muitos esportes diferentes e equipes de grande talento que levam o nome da cidade para todo o país, mas, que por dificuldades na divulgação do trabalho que realizam, custam a encontrar apoiadores e patrocinadores e, por isso, podem acabar se extinguindo. Então, vocês vão encontrar aqui matérias que vão muito além da tabela do futebol!
Nesta primeira edição, conheçam esportes como o Biribol, o mergulho, o futebol americano, o hóquei de linha e a equitação, todos praticados na região. Vocês também vão ler sobre atletas que são estrelas locais, como Vivinho, do Uberlândia Esporte Clube, Valtinho, do basquete Unitri/Universo e o nadador Ruiter. E para estrear, nossa matéria de capa apresenta os investimentos que estão sendo feitos e os benefícios que virão caso Uberlândia seja subsede, ou Centro de Treinamento, recebendo uma seleção durante a Copa do Mundo de 2014.
Boa leitura!Redação Revista Podium
PARA OS MELHORES!
expediente
Você conhece a história do gol mais importante da do Verdão?
Uberlândia forma profissionais na equitação
Preconceito contra as atletas do fisiculturismo
Você conhece o Biribol?
Saiba como funciona a Lei de Incentivo ao Esporte
O hóquei está ganhando admiradores
Sem apoio, meninas do futsal temem que o time acabeMovimento nos bares aumenta em dias de jogos, mas será que o lucro também é maior?Basquete uberlandense quer o bicampeonato brasileiroCanoa afundada motivou o desenvolvimento de um esporte na cidadeConheça Ruiter, um talento paraolímpicoUm balanço dos jogos Pan-AmericanosParque do Sabiá: saúde e esporte gratuitosUma das maiores pistas de atletismo do país está em UberlândiaRapel alia prática esportiva à conscientização ambientalNúmero de mulheres fanáticas por futebol está aumentandoGarota de dez anos é pré-convocada para as Olimpíadas de 2016
Você certamente já as viu em filmes.Confira como as líderes de torcida estão ganhando espaço no país
Uberlândia poderá abrigar uma seleção em 2014
Futebol americano: muitas conquistas em três anos
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: Kés
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Um ídolo que jamaisserá esquecido
Equitação: Uberlândia forma atletas profissionais
Vivinho foi autor do gol mais importante da história do UECFernando Garcia
Lana Arantes
O maior ídolo do
Uberlândia Esporte Clube começou
tarde nos gramados, ao contrário da
maioria dos jogadores, que “nascem”
dentro de um campo de futebol.
Welves Dias Marcelino, Vivinho, como
é conhecido, iniciou a carreira em
1982, aos 21 anos, nesse mesmo ano
fez um teste e foi contratado pelo UEC.
Foi em 1984 que sua trajetória
no futebol foi notada. Defendendo o
Verdão, levantou um dos títulos mais
importantes da história do time, a Taça
CBF, e marcou o único gol do primeiro
jogo da final contra o Clube do Remo,
no dia 28 de março de 84. O confronto
aconteceu no Parque do Sabiá, com
público de mais de 70 mil pessoas. O
segundo jogo foi em Belém do Pará,
onde o time garantiu o título com um
empate em 0 a 0 e conquistou o mais
rico troféu de sua galeria. Vivinho foi
o responsável por marcar o gol mais
importante da história do verdão: o
do título do Campeonato Brasileiro
da série B também em 1984. Hoje, o
ex-jogador vive no Rio de Janeiro e é
professor de uma escolinha de futebol
no núcleo do Vasco.
Sua última visita à cidade
foi em setembro deste ano, quando
participou da inauguração do Centro
de Treinamento Ninho do Periquito
e do jogo de confraternização entre
os times máster do Vasco e do UEC.
Apesar da vitória dos cariocas, o
que menos valeu no confronto foi o
placar, já que a intenção do jogo era
homenagear o ex-atacante Vivinho,
que atuou pelas duas equipes e se
tornou ídolo de ambas.
Quem acompanhou a
trajetória de Vivinho foi o radialista
esportivo Wander Thomaz. Para ele,
o UEC colhe frutos até hoje graças à
conquista de 84. “O Uberlândia Esporte
Clube faz parte de um grupo seleto de
campeões brasileiros”, afirma.
A equitação é mais
que o aprendizado de montar um
animal, envolve o hipismo (corrida
de obstáculos), provas de tambores,
baliza, laço e até mesmo a apartação
de gado. Em Uberlândia, existem
apenas dois lugares de treinamento: o
Camaru e o SELAR, onde se formam
profissionais no esporte, responsáveis
por levar o nome da cidade para
todo o país. “Uberlândia tem grande
capacidade de manter o esporte
e comportar competições de nível
nacional, apesar da pouca divulgação
da modalidade”, afirma o treinador
Djair Nunes. A atleta profissional
Amanda Macedo, 16 anos, é uma das
representantes da cidade na categoria
esportiva. “Na infância, nunca fui fã
de bonecas. Adorava bichos. Quando
fiz nove anos e ganhei de presente
de aniversário o meu primeiro cavalo,
percebi que poderia fazer daquele
hobby uma atividade de verdade”,
conta. Os pais de Amanda, Cidelmar
e Léa Macedo, incentivaram a filha
a praticar o esporte mesmo sendo
predominantemente masculino e
perigoso. “O prazer de vê-la bem,
fazendo algo que adora, é o que nos
faz esquecer o medo de que ela se
machuque”, conta o pai de Amanda.
Para os iniciantes, o Camaru
oferece aulas na escolinha de
equitação. A única exigência é que
a idade mínima da criança seja de
quatro anos. Não precisa possuir um
cavalo próprio, já que a escola aluga
os animais.
Time que consagrou UEC Campeao Brasileiro da serie B em 1984.
Font
e: C
anal
UE
C
A atleta Amanda Macedo, 16 anos, em treino
Cré
dito
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soal
ficha técnica
atuou:
Nome completo:Welves Dias Marcelino
Data de nascimento:10 de março de 1961 (50 anos)
Local de nascimento:Uberlândia – MG
Altura:1,80 m
peso:72 kg
Apelido:Vivinho
Informações profissionais: Clube Atual: aposentado
Posição:Ponta-direita
• 1982 – 1986: Uberlândia Esporte Clube• 1986 – 1990: Vasco da Gama• 1990 – 1992: Botafogo• 1993: Atlético Paranaense• 1995: Goiás• 1996: Fortaleza• 1997: Uberlândia
O medo de machucar com o esporte é superado pelo fato de você gostar do que faz e aprender que é capaz de lidar com os animais”.
Amanda Macedo, atleta
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Falta de patrocínio impede fisiculturista de participar de competiçõesMárcia Carvalho
Dalila Fernandes foi
campeã mineira de fisiculturismo
pela Confederação Brasileira de
Musculação (NABBA) em 2010,
categoria Figure, e vice campeã
em 2011. Em apenas dois anos de
competição, a atleta conquistou quatro
títulos. A uberlandense de 26 anos
encantou-se pelo esporte ainda na
adolescência.
A rotina de treinamentos e a
dieta balanceada são essenciais para
manter o corpo com baixo percentual
de gordura e boa definição muscular.
O objetivo do esporte é alcançar a
melhor forma através dos treinos de
musculação. De acordo com a atleta,
o fisiculturismo feminino é alvo de
preconceitos e a falta de patrocínio e
os próprios prêmios são consequência
disso. “Pra mulher é mais difícil.
Em um campeonato masculino, os
prêmios são altos. O maior que já vi
em uma disputa feminina foi R$ 600
reais”, conta a atleta.
No título estadual de 2010,
Dalila disse ter recebido somente
prêmios em suplementos. “Eu
participo por amor ao esporte e nunca
tive um patrocínio. Todos os gastos
com competições saem do meu
bolso”, explica. No ano passado, Dalila
classificou-se para o campeonato
brasileiro, mas não pôde participar
devido aos altos custos da viagem.
Para 2012, ela espera ser
novamente campeã. “Intensificarei
os treinamentos para o campeonato
mineiro que deve acontecer entre
março e abril do ano que vem. Vou
juntar dinheiro ou fazer uma rifa.
Quero continuar competindo e espero
chegar mais longe”, declara Dalila,
que espera um dia poder viver outra
realidade para a modalidade.
O povo brasileiro é
apaixonado por futebol. Dificilmente
encontramos alguma pessoa que
não goste de esporte ou que não
tenha um time do coração. Embora
tudo isso seja comum, sem nenhuma
novidade, aqui em Uberlândia um
grupo de amigos resolveu ‘inovar’, e
radicalmente. Numa brincadeira que
começou em 2007, nasceu a 1ª equipe
de futebol americano do Triângulo
Mineiro. Fundado oficialmente em 21
de novembro de 2008, o Uberlândia
Lobos completou três anos em grande
estilo. Atualmente com 60 jogadores,
com idades de 16 até 40 anos, o
time já disputou várias competições,
consagrando-se campeão da 1ª Taça
da República e vice-campeão do 1º
Minas Bowl (campeonato mineiro) e
do 1º, 2º e 3º Desafio do Triângulo.
Recentemente disputou o Torneio
Touchdown 2011 (campeonato
brasileiro) ao lado de 15 equipes. E,
embora não tenha subido ao pódio, o
torneio serviu de motivação. É o que
garante Jeovanir da Silva, 26 anos,
jogador e atual presidente do Lobos. “A
nossa principal conquista nesses três
anos foi disputar esse campeonato,
que é o maior torneio nacional de
futebol americano”, disse Tickim, como
é conhecido pelos companheiros de
clube.
O estudante Fabrício
Gomes, 30 anos, foi um dos principais
fundadores da equipe, ao lado de
Jeovanir e Paul Erich. Ele lembra que
até agora a principal conquista foi
a Taça da República, disputada em
Uberlândia com outras três equipes. “O
torneio, disputado
no Poliesportivo
Luizote de Freitas,
foi um dos mais
marcantes”, conta
Fabrício.
P a r a
conciliar trabalho e o estudo com
a prática esportiva, os treinos são
realizados aos finais de semana.
Segundo o vice-presidente do Lobos,
Paul Erich Silva, de 31 anos, os
treinos acontecem em um dos campos
do Parque do Sabiá, e as partidas
oficiais no Poliesportivo do Luizote.
Para o atleta, a equipe cresceu muito
e realizou um bom trabalho nesses
três anos. “A gente já é conhecido
no cenário nacional e agora estamos
estruturando melhor o grupo,
administrando a parte burocrática e
regularizando toda a equipe. Com
o CNPJ em mãos, pretendemos
captar recursos da iniciativa privada e
melhorar ainda mais o time”, destaca,
acrescentando que até agora somente
a prefeitura contribuiu, cedendo o
campo para treinos e jogos.
Campeã Mineira NABBA 2010 Categoria Figure.2º. Lugar Torneio Duelo de Gigantes.2º. Lugar Torneio superman.Vice-campeã Mineira NABBA 2011.
Em três anos, Uberlândia Lobos já soma importantes conquistasÚnica equipe de futebol americano do Triângulo Mineiro, recentemente disputou o Campeonato Brasileiro da modalidadeGustavo Marinho
Equipe mineira (ao fundo) disputa torneio no Poliesportivo Luizote de Freitas
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“Nós colocamos o time em nível nacional e isso fortaleceu muito o nosso grupo”.
Tickim, presidente do Uberlândia
Lobos
Uberlândia Lobos conta hoje com 60 jogadores
Cré
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Genuinamente brasileiro, Biribol é praticado em CatalãoGustavo Marinho
Você certamente conhece
o voleibol: esporte praticado dentro
de uma quadra, dividida por seis
jogadores em cada lado da rede, no
qual o Brasil foi campeão nos Jogos
Pan-Americanos deste ano, em
Guadalajara, no México. Mas, por
acaso, você já ouvir falar em Biribol?
Ele também é um esporte, muito
semelhante ao vôlei, só que praticado
dentro d’água.
Numa piscina de oito metros
de comprimento por quatro de largura
e um metro e meio de profundidade,
duas equipes, com duas ou quatro
pessoas, se enfrentam em busca dos
12 pontos para alcançar a vitória em
dois ou três setes. Genuinamente
brasileiro, o esporte surgiu em Birigui,
interior de São Paulo, na década de
50, mas só foi registrado em 1968
pelo criador, Dario Miguel Pedro. Em
Catalão, no sudeste de Goiás, há 110
km de Uberlândia, um grupo de amigos
se reúne praticamente todos os fins de
semana para praticar o esporte.
O empresário Rogério
Nogueira é o dono da piscina onde os
amigos goianos praticam, há dois anos
o Biribol. Ele conheceu o esporte em
Barra Bonita (SP). Ao todo, Nogueira
tem 50 amigos na lista de jogadores.
“Geralmente a gente joga com dois
ou três times, sendo que são quatro
atletas para cada lado”, diz. Quem não
perde uma partida é o dentista Gabriel
Tadeu Júnior, que pratica o esporte
desde criança e teve o primeiro con-
tato em Arararaquara (SP). Com 33
anos ele destaca: “Até quem não sabe
nadar consegue jogar tranquilamente”.
Partida de Biribol na casa de Rogério Nogueira
O Biribol surgiu com a prioridade de socializar, promover interação e quebrar preconceitos. Hoje, além da descontração, o esporte já ganhou competição. Em 1999, surgiu a Liga Nacional de Biribol (LNB), criada por três ex-atletas da modalidade, inserindo-a nos jogos regionais e abertos do interior do estado de São Paulo. Atualmente, a liga atende a equipes de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás e organiza etapas da Copa Brasil de Biribol em diversas cidades.
SAIBA MAIS...
Burocracia e falta de informação barram projetos esportivosMárcia Carvalho
A Lei de Incentivo ao
Esporte permite que empresas e pes-
soas físicas invistam parte do que
pagariam de Imposto de Renda em
projetos aprovados pelo Ministério do
Esporte.
Entre 2007 e 2010, a lei dis-
ponibilizou R$ 430 milhões em recur-
sos para o desenvolvimento de novos
programas esportivos em todas as
regiões brasileiras. Mais de 800 mil
pessoas foram beneficiadas em cerca
de 90 diferentes modalidades.
Podem receber o benefício
projetos educacionais e sociais, e mo-
dalidades esportivas pouco difundidas.
Os programas devem ser cadastrados
através de um formulário eletrônico
disponível na página do Ministério na
internet. Os recursos são depositados
direto na conta da entidade.
Mas quem procura
incentivo esbarra na bu-
rocracia e na dificuldade
de ser aprovado. O atleta
e acrobata Clovison El-
bert, 39 anos, desistiu de
enviar o projeto e hoje
trabalha com palestras e
apresentações ligadas ao
esporte, com patrocínio
da Lei Rouanet, de incen-
tivo à cultura. “Eu desisti assim que
soube que precisava enviar meu pro-
jeto para uma federação, não pude me
cadastrar como atleta individual, não
tenho a mesma liberdade que
tenho na lei Rouanet”, afirma
Elbert. Depois de aprovado o
projeto, é preciso captar o re-
curso, diferente do incentivo
do Esporte que é depositado
direto em conta. A Lei Roua-
net já aprovou 1,3 mil projetos, destes
apenas 657 conseguiram captar algum
recurso. Em nota, o Ministério do Es-
porte explicou que somente pessoa
jurídica pode inscrever projetos e que
desconhece qualquer tipo de dificul-
dade no processo do cadastramento.
Já o projeto “Craques do Fu-
turo”, categoria de base do Uberlândia
Esporte Clube, conta pela quarta vez
consecutiva com aprovação de pro-
jetos. O presidente do UEC, Everton
Magalhães, diz que é preciso estar
em dia com a documentação. “Manter
esse incentivo durante os quatro anos
não foi fácil. Tivemos que regularizar
tudo. É necessário estar com a docu-
mentação em dia”, relata Magalhães
ao dizer que sem o apoio financeiro
seria impossível viabilizar o projeto.
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Equipe de Biribol de Catalão reúne-se geralmente aos sábados e joga por cerca de duas horas
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Clovison só conseguiu incentivo governamental pelo Ministério da Cultura, como acrobata
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Categorias de base do UEC
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Cheerleading ainda é incomum no Brasil
Hóquei conquista espaço em Uberlândia
Caroline Aleixo
Lana Arantes
O cheerleading é
uma modalidade tradicional dos
Estados Unidos que aos poucos tem
conquistado espaço em outros países.
No Brasil, foi introduzida em 2008 pela
Comissão Paulista de Cheerleading.
Embora competições e campanhas
de divulgação sejam realizadas por
todo o país, pouca gente sabe que
não se trata apenas de belas garotas
animando uma torcida, mas de um
esporte que demanda dedicação e
disposição física das atletas.
Segundo o presidente da
União Brasileira de Cheerleaders
(UBC), Wendel Dantas, o esporte
ainda sofre preconceito devido aos
filmes hollywoodianos da década
de 80, nos quais as cheerleaders
eram retratadas como garotas lindas,
sensuais, burras e fúteis. “Esse é
ainda o maior preconceito encontrado
no Brasil. Os filmes
dos anos 90 não
apresentam mais
esse foco, a não
ser quando se
trata de comédias.
Fora isso, o cinema
já apresenta o
cheerleading como
esporte”, diz. Outro
problema é a falta
de investimento
financeiro para
intensificar a divulgação. “Com a
Copa e as Olimpíadas no Brasil, o
governo e as empresas talvez passem
a enxergar o esporte de outra forma.
Eu gostaria muito que o cheerleading
ganhasse importância e popularização
como ocorreu no Chile. A diferença
é que lá houve um investimento em
massa”, desabafa Wendel.
Segundo a Comissão
Paulista existem oito equipes em
São Paulo e cerca de 20 no resto do
país. Uma delas é coordenada pelo
coreógrafo Euler Consoli, na capital
paulista, que já treinou mais de 300
garotas. Atualmente, são em torno
de 60, dentre elas, as “Panteras da
Fiel”, atuais animadoras de torcida
do Corinthians. Uma delas é Flávia
Barbosa, que com apenas 18 anos e
há um ano e meio na equipe, concilia
a vida profissional e acadêmica com
o cheerleading. Após um jogo do
Campeonato Paulista em 2010, ela
se encantou com a apresentação
das meninas no Pacaembu e juntou
o gosto pela dança com o amor pelo
Corinthians. “A torcida sempre nos
aplaude após as apresentações,
nas redes sociais recebemos muitos
elogios em relação às danças. As
pessoas têm curiosidade e interesse
em saber como funciona. Sinal de
que o trabalho está sendo bem feito”,
ressalta.
Moradores do Bairro
Aparecida, time Lobo-Guará, e
Umuarama, time Sabiás, praticam
e competem em um esporte pouco
explorado no Brasil: o Hóquei em
linha. Os atletas treinam em quadras
de cimento, parecidas com as arenas
do Hóquei no gelo. O objetivo do jogo
é fazer gols lançando um disco de
plástico, o puck, entre as balizas nas
extremidades da quadra, usando o
stick (espécie de taco).
Em Uberlândia, foi fundada
há 16 anos a Liga Uberlandense
de Hockey e Patinação. Segundo o
presidente da liga, Gustavo Menezes
Cardoso, a dificuldade na divulgação
do esporte é a maior complicação
e acredita que isso acontece por
ser uma atividade cara. “O material
completo de hóquei tem, em média,
o custo de R$ 1000 para o esportista,
já que é necessário o uso de patins,
capacete, cotoveleiras, luvas,
joelheiras, caneleiras, stick e puck”,
explica.
Mesmo com altos custos
e sendo considerado perigoso,
admiradores como Tiago Henrique
se mantêm fieis ao esporte. “Eu me
envolvi com a prática porque achava o
máximo ver o domínio sobre os patins.
E pensei, eu quero aprender também”,
conta. Há dois anos tendo aulas com
o tio e a equipe de iniciantes, Tiago
incentiva aqueles que não conhecem a
atividade. “O hóquei te dá a leveza de
estar sobre rodas, mas acrescenta a
emoção de ter de fazer gols”, conclui.
Para quem quer aprender o jogo, são
realizadas aulas para iniciantes na
Praça Sérgio Pacheco, aos finais de
semana, com duração de 30 minutos
cada.
Filmes de Hollywood da década de 80 retratavam as cheerleaders como símbolos sexuais, burras e fúteis
A modalidade esportiva prepara o jovem para o fu-turo, desenvolvendo quali-dades necessárias à vida prática, como solução de problemas, administração de limites, de tempo e de valores”. Wendel Dantas, presidente da UBC Flávia Barbosa em apresentação no Pacaembu
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Aulas de Hóquei para iniciantes na praça Sérgio Pacheco Crédito: Divulgação
Panteras da Fiel no Estádio do Pacaembu durante partida Corinthians X Cruzeiro pelo Campeonato Brasileiro de 2011
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Uberlândia poderá abrigar Centro de Treinamento da Copa de 2014
Caroline Aleixo e Érica Goulart
Segunda maior cidade
e economia de Minas Gerais,
localização estratégica, estádio de
primeira, diversos centros esportivos e
rede hoteleira abrangente são alguns
dos requisitos que levou a cidade de
Uberlândia, no Triângulo Mineiro, a ser
cogitada como Centro de Treinamento
de Seleções (CTS), ou subsede
da Copa de 2014. A possibilidade
foi levantada pelo prefeito Odelmo
Leão com o Governo do Estado de
Minas, que defenderam o município
como forte candidato pela estrutura
privilegiada e proximidade com as
cidades que receberão os jogos.
O pedido foi feito há mais
ou menos dois anos e, de acordo
com o diretor geral da Fundação
Uberlandense de Turismo, Esporte
e Lazer (Futel), Antônio Carrijo,
Uberlândia já passou pela primeira
etapa das avaliações, cumprindo
todas as exigências. “Primeiro
procuramos a Confederação Brasileira
de Futebol, o Ministério do Esporte
e a Federação Mineira de Futebol e
nos colocamos à disposição. Quando
eles falam em CTS, eles procuram
por um estádio, e o Parque do Sabiá,
hoje, é o terceiro maior do país”, diz.
Agora, devem ser consideradas as
condições técnicas do campo, que já
foram providenciadas no ano passado
com as pequenas reformas no Estádio
Municipal João Havelange, como
melhorias no vestiário, elevadores,
portões, lanchonetes, bilheterias,
monitoramento de segurança e
cadeiras restauradas para mais de
50 mil pessoas. Segundo o diretor
da Futel, Uberlândia espera pela
confirmação do Comitê Organizador
Local (COL) e a escolha de alguma
seleção para usar a cidade como
subsede.
Atualmente, um book está
sendo produzido com todas as cidades
do país que concorrem à chance de ser
subsede e, nesse aspecto, Uberlândia
é privilegiada pela localização. “Se
pegarmos uma nação como o Brasil,
de dimensão continental, uma cidade
localizada bem no centro é ótima
posição estratégica para a seleção
se deslocar para jogos em qualquer
parte do país”, é o que informa Basileu
Tavares, Executivo de Captação de
Eventos do Uberlândia Convention &
Visitors Bureau (UC&VB).
Do ponto de vista turístico,
há diversas expectativas devido às
possibilidades. Uberlândia é uma
cidade com turismo de negócios
muito forte, área que deve sofrer
baixa no período da Copa, o que
pode ser suprido caso abrigue uma
seleção. “Dependendo da delegação
que se hospedar aqui, a gente vai
conseguir uma movimentação ainda
mais expressiva. De acordo com o
país, poderemos ter o movimento
intenso de torcedores que viajam para
acompanhar os jogos, mas, se for uma
equipe de menos expressão, essa
movimentação não vai ser a mesma”,
completa Tavares. Ele ressalta que
é importante visualizar o período
como de grandes oportunidades. “O
intuito de Uberlândia não é só receber
jogadores, mas também empresários,
pessoas que queiram fazer negócios
com empreendedores brasileiros”,
declara.
O município tem recebido
muitos investimentos voltados à
melhoria da infraestrutura física.
Obras como a construção
do Parque Aquático, que faz parte do
Complexo Esportivo Virgílio Galassi,
reformas no Parque do Sabiá, no
estádio, no aeroporto e novos viadutos
em vias mais movimentadas, têm
atraído o interesse de investidores,
empresários e dirigentes esportivos,
como é o caso dos órgãos vinculados
à CBF e FIFA, por exemplo.
Se for escolhida como
CTS da Copa, a cidade mineira terá
capacidade para comportar vários
eventos esportivos grandes, além de
ganhar maior destaque no segmento
econômico. “Visibilidade internacional
e, acima de tudo, a vinda de
estrangeiros que vão acompanhar sua
seleção, o que será economicamente
muito bom para a cidade”, destaca
Antônio Carrijo. Para isso, o governo
municipal tem buscado contato com
seleções de grande porte.
Basileu Tavares afirma que
os hoteis, por exemplo, também já têm
passado por reformas e expansões
há alguns anos, mas por causa do
aumento do turismo de negócios e
não pensando única e exclusivamente
na Copa. “A maior preparação que
a cidade precisa é a qualificação,
pelo menos funcionários bilingues,
que saibam o básico do inglês. Isso
tem acontecido no Estado através
de parcerias do governo com órgãos
como o Senac e o Sebrae, que tem um
projeto para que pequenas e médias
empresas possam também trabalhar
na Copa”, completa Tavares.
“Com certeza vai gerar
muitos negócios, quanto a isso não
há dúvidas, vai gerar uma certa
movimentação, mas o
que não pode acontecer
é as pessoas tornarem
isso uma especulação,
uma justificativa para
tudo, começarem a fazer
grandes investimentos
que possam gerar
prejuízos depois da Copa,
ficando ociosos”, conlui o
executivo do UC&VB.
No mês de agosto, a cidade
recebeu a visita do administrador da
seleção australiana de futebol, Gary
Moretti, dos representantes do Núcleo
de Relações de CTS e do Comitê
Organizador da Copa do Mundo de
2014. Eles puderam conhecer mais
detalhadamente o complexo do
Parque do Sabiá e alguns hotéis, além
de terem recebido material institucional
que retrata o que há de mais atrativo
em Uberlândia.
Moretti mostrou muita
satisfação com a infraestrutura, posição
estratégica e entusiasmou-se com
a receptividade dos uberlandenses.
A cidade ainda deve receber outros
representantes de seleções até
novembro de 2013, quando serão
divulgadas as escolhidas para CTS da
Copa.
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dito
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ção
O administrador da seleção australiana de futebol visitou a cidade e mostrou satisfação com a infraestrutura e posição estratégica
INVeSTIMeNToS
visita
Para receber uma seleção, os hoteis precisam ser cinco ou seis estrelas
Gary Moretti e dirigentes esportivos em visita a Uberlândia, em agosto
Cré
dito
: Div
ulga
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Equipe de futsal de Uberlândia passa por dificuldadesMesmo com pouco incentivo, equipe sobrevive buscando representar a cidadeAlanna Guerra
Há 12 anos Uberlândia
tem uma equipe de futsal feminino que
representa bem a cidade. No último
mês, as meninas foram campeãs da
Copa Uberaba, invictas, com goleira
menos vazada e artilheira.
Mas o time já viu dias
melhores. Hoje, por falta de incentivo,
as dificuldades são muitas. A técnica
Juscelina Domingues explica que
atualmente a Fundação Uberlandense
do Turismo, Esporte e Lazer (Futel)
patrocina o time nos Jogos do Interior
de Minas (JIMI) e sede o espaço para o
treino. A própria treinadora trabalha na
secretaria de saúde e treina as atletas
voluntariamente. “A gente treina de
três a quatro vezes por semana, antes
treinávamos de segunda a sexta,
eu era contratada da Futel e agora
trabalho em outra secretaria e presto
um trabalho voluntário para não perder
a equipe”, conta.
O time representa Uberlândia
em vários campeonatos da região,
mesmo com pouco incentivo. A
treinadora acredita que o futsal
feminino da cidade está na contramão
do restante do país, pois, segundo ela,
no Brasil, o esporte está crescendo
e recebendo apoio. “Aqui, se não é a
gente que faz força para manter, já era
para ter acabado. Meninas jogando
tem bastante, mas infelizmente a
própria prefeitura e os empresários
não têm apoiado muito”, completa
Juscelina.
A equipe é chamada de
Seven porque quando começaram
eram apenas sete atletas treinando.
Hoje já são entre 15 a 20 mulheres. O
número é irregular porque várias delas
trabalham e por isso não são presença
constante no time. Michele Silva Alves,
28 anos, é a mais velha e mais antiga,
joga desde que a equipe surgiu, e para
ela não existe esporte melhor do que
o futsal. “Jogo desde os treze anos,
prefiro jogar que fazer qualquer outra
coisa, deixo tudo para poder vir treinar,
pois esse é o segredo para ganhar
os campeonatos”,
afirma a atleta.
É com força
de vontade que o
time sobrevive. As
jogadoras, para
participar da maioria
dos campeonatos,
precisam tirar de
seus bolsos o
dinheiro das viagens.
Michele ressalta
que está ficando
difícil participar das
competições. “Nós
trabalhamos muito para poder juntar o
nosso dinheiro e participar”, finaliza.
O que é necessário para receber uma Seleção: A cidade deve ser próxima de um aeroporto que possa receber aviões de cerca de 120 passageiros
e permita voos noturnos. O tempo de deslocamento aeroporto-hotel não pode passar de 60 minutos de
ônibus.
O Centro de Treinamento precisa ter um campo com medidas oficiais e em excelentes condições,
SPA, piscina e área fitness, sendo que o time não pode demorar mais de 20 minutos, de ônibus, para
fazer o trajeto de ida e volta para o hotel.
Hotel com classificação de cinco a seis estrelas, disponibilizando pelo menos 55 quartos com
ar-condicionado ou aquecedor, considerando o clima em junho e julho. Com restaurante estilo bufê que
atenda no mínimo 55 pessoas e tenha uso exclusivo da seleção, além de sala para coletivas de imprensa
com estilo cinema e capacidade para mais de 100 pessoas.
Estrutura do estádio João Havelange é diferencial da cidade
Cré
dito
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tavo
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Meninas do Seven em treino
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Podium20 Podium21
Bar e futebol. Combinação
usual aos amantes do esporte
preferido pelos brasileiros. Para
acompanhar os campeonatos e jogos
do time de coração, opção é o que não
falta na cidade. Mas bar lotado nem
sempre quer dizer dinheiro no caixa.
Para o comerciante Denes Camargo,
a dificuldade é fazer os torcedores
consumirem. “Tivemos muito problema
com torcedores exaltados, agora não
fazemos mais questão de transmitir
futebol. O cliente fica duas horas e
acaba consumindo pouco”, conclui.
Já para o gerente de bar
Alberto Wolfart a realidade é outra.
Ele conta que o movimento maior
ocorre de terça a domingo e que
busca inovar no atendimento, fazer
promoções, além de trasmitir diversos
campeonatos para atrair o maior
número de torcedores. “O movimento
aumenta. Podemos dizer que temos
12% a mais de lucro quando estamos
passando algum jogo”, afirma Wolfart.
O bar que ele gerencia fica no bairro
Santa Mônica e possui dois telões e
410 lugares.
Entre os torcedores, a maioria
prefere assistir jogos nos bares. “O
pessoal é animado. Eu venho com
os amigos, gosto do clima. Quando
o time do amigo perde, é muito bom.
Posso brincar e criticar à vontade”, diz
o vascaíno Célio Lourenço. Ver uma
transmissão completa do time também
é atrativo para o corinthiano Leandro
Higino. “Eu não tenho TV paga com
canal de esporte, e o bar é minha
melhor opção”, comenta.
Torcedores lotam bares em dia de jogosMaior movimento nem sempre representa lucro para os estabelecimentos
Márcia CarvalhoMovimento em bares aumenta nos dias de jogo
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valh
o Unitri/Universo na busca pelo bicampeonato brasileiroEquipe se concentra na competição nacional para ganhar mais um título Fernando Garcia
O maior basquete da
Unitri/Universo entrou em quadra
novamente. Já estão na bagagem
11 campeonatos mineiros, um sul-
americano e um brasileiro. Agora,
o objetivo é repetir a dose de 2004
e conquistar o bicampeonato na
competição nacional.
Começou em novembro um
dos campeonatos mais esperados do
ano e só em maio vamos conhecer o
campeão brasileiro da Liga Nacional
de Basquete. São 16 equipes
integrando a competição e, além da
UNITRI/UNIVERSO, Brasília, Franca,
Paulistana e Flamengo também são
favoritas ao título.
Na competição, a equipe de
Uberlândia conta com quatro jogadores
da cidade que têm entre 18 e 19 anos:
Salsicha, Carioca, Henrique e Dida.
Além dos grandes ídolos da torcida,
que são os americanos Robert Day
e Robby Collum, e o mais experiente
do time, o meia armador Valtinho. Já
a comissão técnica é composta pelo
treinador Chuí e pelo assistente técnico
Rodrigo Carlos da Silva. Para o técnico
Chuí, o bicampeonato está próximo.
“Estamos trabalhando fortemente para
mais essa temporada, que será árdua,
principalmente nos jogos fora de casa,
por conta da distância e do cansaço,
mas são jogadores determinados e
vencedores que darão o melhor dentro
de quadra”, afirma.
“Além dos treinos pesados
que estamos fazendo, o basquete
exige uma concentração especial,
principalmente nos jogos que vamos
disputar fora de casa. Temos uma
longa caminhada, mas estamos
trabalhando muito para levar mais
esse troféu”, ressaltou o meia armador
Valtinho, que está confiante em mais
esta temporada.
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Valtinho na conquista do campeonato nacional em 2004
tÍtuLos
• Dez vezes campeão Mineiro (1998, 99, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2010) • Campeão da Taça Sérgio Santos (1998) • Campeão da Super Copa Caixa (1998) • Bicampeão do Torneio “Dr. Eugenio Pimentel Arantes” (1998 e 1999)• Bicampeão da Copa Caixa Centro Oeste (1998 e 1999) • Bicampeão da Super Copa Caixa (1998 e 1999) • Campeão do Torneio Cidade de Las Palmas , na Espanha (2001) • Campeão da Copa Centro-Sul (2004) • Campeão Nacional (2004) - CBB • Campeão Sul Americano (2005) • Vice-campeão Nacional (2005) • Vice-campeão Sul-Americano de Clubes Campeões (2005) • Campeão da Copa Joaquim de Oliveira (2005) • Terceiro colocado da Liga Sul-Americana de Clubes (2006) • Campeão Torneio Encestando Una Sonrisa, no Chile (2006)
Podium22 Podium23
Talento paraolímpicoRuíter mora na cidade de Uberlândia e treina no UTC diariamente Amanda Célio
Ruíter Gonçalves Silva
nasceu com uma má formação no
braço esquerdo e, por isso, não tem
uma das mãos. Essa seria uma triste
história se Ruiter não se apoiasse no
esporte para superar os obstáculos.
Ele deixou a cidade natal de Catalão
e mudou-se para Uberlândia para
intensificar os treinos e buscar mais
resultados na natação e se consolidar
como atleta paraolímpico. Aos dois
anos de idade teve seu primeiro
contato com a água e não parou
mais. Hoje, é integrante do Comitê
Paraolímpico Brasileiro e é dono de
várias medalhas. Em 2010, conquistou
sua primeira medalha de bronze. No
ranking brasileiro, está em quarto lugar
na modalidade de nado peito e sétimo
na modalidade 50 metros livres. Para
o nadador, o que começou como
hobby, hoje tornou-se profissional e
essencial, pois não imagina sua vida
sem a natação. A afinidade com a
água mudou não só a rotina do atleta.
Ruíter acredita que sua qualidade de
vida melhorou, tem a oportunidade de
conhecer pessoas novas e conviver
com diferentes costumes. “Convivo
com pessoas diferentes do mundo
inteiro, assim pude fazer novas
amizades, mas sei que todas estão ali
por um mesmo objetivo, que é vencer
seus limites”, afirma.
Atualmente, Ruíter, aos
19 anos, conta com uma empresa
apoiadora que aposta no seu talento.
Essa contribuição tem ajudado muito
no seu desenvolvimento, mas a falta
de recursos continua sendo sua
maior barreira. O atleta tem Gustavo
Maciel Abrantes, Técnico da seleção
Brasileira Paraolímpica de Natação,
como treinador e maior incentivador.
Maciel é idealizador do projeto “Nado
Paralelo”, do qual Ruíter faz parte.
Nesse ano, o nadador
conquistou o segundo lugar na
Travessia dos Fortes no Rio de
Janeiro, o recorde brasileiro da prova
200 medley, além da participação no
Open Internacional de Natação no
Maria Lenk, nadando como membro
da seleção brasileira, voltando para
casa com quatro medalhas de bronze.
Ainda esse ano vai disputar a última
etapa do Campeonato Brasileiro em
São Paulo e a expectativa é baixar
mais os tempos e buscar novos
recordes e medalhas. Para o nadador,
a mão não faz falta e sua maior fonte
de superação não está no braço, mas
em vencer todos os seus medos.
Canoa afundada vira sonho de mergulhador Por Lana Arantes
O nome “Recanto do
Mergulhador” é bem sugestivo. É o
espaço destinado à prática de mergulho
em Uberlândia. Localizado na Represa
de Miranda, aproximadamente a
30 minutos do perímetro urbano
da cidade, o local é destinado
principalmente ao mergulho recreativo.
O empresário e mergulhador, Eduardo
Henrique, conta como se interessou
pela atividade. “Por causa de uma
canoa afundada, eu e uns colegas
tivemos que contratar mergulhadores
para localizarem os nossos materiais
desaparecidos na represa”. A partir
desse episódio, Eduardo passou
a ter aulas de mergulho e hoje é
credenciado pela ADS - Association
Scuba Diving. É ela que regulamenta
o esporte, garantindo aos associados
a possibilidade de ministrarem aulas.
Hoje Eduardo dá aulas
para mergulhadores. Cada turma
possui no máximo seis alunos. O
curso básico tem duração de quatro
dias, sendo dois para a teoria, um
para o aprendizado do equipamento
em piscina e um de mergulho
propriamente. Já o curso avançado,
para mergulhadores mais experientes,
tem duração de duas semanas. Neste,
o mergulhador recebe orientações de
como usar a bússola e aprende sobre
técnicas de busca e recuperação de
materiais imersos. Os alunos ganham
um kit contendo dez imagens digitais
da aventura em águas doces e não
precisam ter equipamentos próprios,
porque no local são alugados todos
os materiais: nadadeiras, máscara,
snorkle, neoprene (macacão de
mergulho), cinto de lastro, cilindro de
ar, colete equilibrador (para controlar
a flutuação), reguladores octopus e
lanterna de mergulho (para ser usada
à noite).
O esporte também promove
eventos de proteção ao meio
ambiente. Eventualmente é realizado
o Clean Up Day (Dia de Limpeza), que
conta com a ajuda de mergulhadores
voluntários de todos os níveis de
aprendizado para limpar materiais e
detritos jogados no fundo da represa.
Após a “faxina das águas”, existe uma
confraternização para celebrar a ação
de responsabilidade social.
Recanto do Mergulhador
CoNFIrA AS MoDALIDADeS DAS AULA De MerGULho:
MerGULho LIVre: o mergulho é realmente livre, sem o uso do cilindro de ar, apenas o snorkle;open water: o mergulho é feito junto com o instrutor. O cilindro de ar é item obrigatório;advanced: este curso avançado permite mergulhar até 30 metros da superfície;MerGULhADor De reSGATe (reSCUe diver): o mergulhador recebe instruções sobre resgate de objetos nas águas e também sobre como agir em casos de emergência, como fazer massagem cardíaca e perceber os sinais vitais de um praticante;nitrox: o mergulho tem a intenção de aumentar o “ tempo de fundo” do mergulhador (capacidade pulmonar);VIDA MArINhA: permite conhecer as espécies animais, como os peixes.BATISMo: Nesta categoria especial, o praticante aprende os comandos básicos para quem nunca mergulhou.
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Instrutor Eduardo ministra aulas de mergulho
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O nadador Ruiter treina até 10 horas por dia
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Parque do Sabiá alia esporte à saúde
O Brasil nos jogos Pan-Americanos
População que pratica esportes no local aprova investimento do poder públicoGustavo Marinho
Érica Goulart e Amanda Célio
A busca pelo aumento da
qualidade de vida leva, diariamente,
dez mil pessoas ao Parque do Sa-
biá, no Bairro Tibery, Zona Leste de
Uberlândia. Cartão postal da cidade,
o parque conta, hoje, com 1,85 mil-
hão de metros quadrados, sendo um
bosque de 350 mil metros quadrados
de área verde. Além disso, são diver-
sas opções para a prática esportiva,
como uma pista de cinco quilômet-
ros para caminhada, seis academias
ao ar livre, piscinas, pista de skate e
quadras de areia para futebol e vôlei.
Durante a semana, os campos são uti-
lizados para a Iniciação Esportiva da
Fundação Uberlandense do Turismo,
Esporte e Lazer (Futel) e aos finais de
semana são emprestados para a co-
munidade.
A estudante Natália Amâncio
Bellório, 23 anos, pratica atividades
físicas no parque de duas a três vezes
por semana. “Aqui também podemos
contar com atividades extras e gra-
tuitas, como ginástica, alongamento,
dança de salão e até a ‘Corrida da
Lua’, que acontece uma vez por mês”,
lembra. Ela aprova a iniciativa do
poder público em investir no esporte.
“É uma atitude correta, inclusive com a
reforma no parque a tendência é con-
tinuar a melhorar, já que vão ser con-
struídos banheiros novos na pista de
caminhada e um posto avançado do
Corpo de Bombeiros”, destaca.
Maria Aline, de 26 anos, tam-
bém costuma visitar o parque. “Prati-
car exercícios físicos em contato com
a natureza relaxa o corpo. O parque é
o principal ponto onde as pessoas se
reúnem para descansar”, ressalta.
Para o diretor geral da Fu-
tel, Antônio Carlos Carrijo, a prática
de atividades físicas no parque tem
contribuído para evitar doenças. “A
qualidade de vida deve ser prioridade
em qualquer administração pública,
já que principalmente o esporte pode
evitar doenças. Atualmente temos
desenvolvido diversos programas es-
portivos, como o Agita Uberlândia. Ao
todo, 18 locais recebem o programa”,
disse o diretor acrescentando que o
parque está passando por ampliação.
De acordo com o especialista
em saúde pública, Dr. Anwar Safatle,
o esporte realmente é fator primordial
na qualidade de vida. “A prática do
esporte provoca no ser humano uma
elevação do nível de endorfina cer-
ebral, substância que dá o poder da
felicidade. Então, quando a pessoa
está feliz, tende a manter a sua saúde
em harmonia. Os exercícios físicos
ainda combatem a massa gordurosa,
que causa o entupimento das artérias
e aumenta a pressão arterial”, explica.
Academia ao ar livre no Parque do Sabiá
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LoNDreS 2012
MeTA
UBerLANDeNSe
Devido ao desempenho no Pan, o Brasil já tem garantida a participação de 104 atletas nos Jogos
Olímpicos do ano que vem. Entre os esportes com vagas conquistadas estão: basquete, boxe, ciclis-
mo, futebol, ginástica artística, natação, taekwondo, atletismo, triatlo, pentatlo, hipismo e handebol.
O desafio agora é mostrar evolução nas Olimpíadas de Londres, visto que as próximas serão reali-
zadas aqui. No entanto, a meta traçada é modesta: 15 medalhas. Segundo Marcus Vinícius Freire,
superintendente executivo do Comitê Olímpico Brasileiro, “a meta é bem realística”.
Agora, quem promete fazer bonito em Guadalajara é Letícia Lucas Ferreira, única paratleta mineira
selecionada para disputar o Parapan-americano. O principal objetivo é bater o recorde na prova
nos 200m medley, além de participar das provas: 50m (Livre/Costas/Borboleta) e 100m peito. Ela
também representará o Brasil nas para-olimpíadas de Londres.
Podium26 Podium27
Uberlândia é destaque no Atletismo
Rapel como forma de conscientização ambiental
A cidade conta com uma das cinco melhores pistas de atletismo do país, mesmo assim o esporte ainda precisa de incentivo
Praticantes vêem o esporte como maneira de interagir com a natureza e superar limites
Alanna Guerra
Érica Goulart
Uma pista que se destaca
nacionalmente está em Uberlândia.
Ela é classificada como classe A e
está entre as cinco melhores do país.
O local poderia treinar mais de 40
atletas, porém o interesse ainda é
pequeno. “O atletismo em Uberlândia
é carente de pessoas interessadas,
tanto para praticar como para apoiar”,
é a avaliação do Coordenador de
atletismo do Serviço Social de Indústria
,SESI, Eduardo de Deus.
Atletas de várias cidades
do país treinam no Centro Nacional
de Treinamento em Atletismo, CNTA,
instalado em Uberlândia desde o final
de 2009. O Centro existe como um
suporte para os clubes. Os atletas que
são considerados destaque recebem
convite para integrar as equipes
formadas no CNTA. Atualmente, sete
atletas do SESI de Uberlândia fazem
parte das formações do Centro.
O coordenador Eduardo
explica que existe um projeto de
inclusão social que forma bons atletas
gratuitamente e visa competições.
Não há uma seleção para os que
querem participar, basta ter interesse
e procurar o clube. Lá, irão passar por
avaliação médica e, estando aptos,
começam a se integrar ao grupo.
O SESI cobre todas as despesas
de competições, como uniformes,
passagens, hospedagem e comida.
Essa estrutura beneficiou
a formação do campeão juvenil de
Salto Triplo do Brasileiro Interclubes,
Mayky Ferreira, 18 anos, nascido
em Uberlândia. Ele competiu em
Porto Alegre pelo SESI em junho.
Há cinco anos treina no clube e, por
ser destaque, ano que vem participa
do Interclubes Juvenil e do Brasileiro
Interestadual. “Agora eu estou focado
para buscar índice para o campeonato
mundial juvenil, que acontecerá em
Barcelona, na Espanha”, diz.
São duas horas diárias de
treino: força na academia, preventivo
na piscina e na areia e trabalhos
específicos de atletismo na pista, que
fazem parte da rotina dos atletas. Para
suprir todas essas necessidades, o
coordenador reforça a necessidade
de apoio financeiro. “Precisamos de
mais dinheiro, para ajuda de custo
e manutenção pessoal do atleta”,
ressalta.
O rapel pode ser definido
como uma técnica de descida de
paredões, prédios, cachoeiras,
cânions e outras estruturas, ou
pode ser considerado um esporte
radical. No entanto, Douglas Abraão,
esportista e instrutor, prefere tratar a
atividade como uma prática voltada
para a interação com a natureza, a
superação de valores e trabalho em
equipe. “O que acho mais importante
é fugirmos desta visão de que
esporte está associado a competição,
recordes e números”, declara. O
Triângulo Mineiro possui hoje mais de
3.000 cachoeiras catalogadas, além
de pontes, rios e represas propícias
para diversas práticas de aventura.
Mesmo assim, ainda há poucos
praticantes fixos. “O interesse é um
fator fundamental, mas não basta.
Encontramos resistência e dificuldade
pelo histórico de acidentes na região e
pela falta de conhecimento e confiança
do público”, afirma Douglas.
Por isso, é importante pensar
em segurança. “O principal para se
praticar este esporte é o conhecimento,
pois assim você escolherá os
equipamentos certos, utilizará técnicas
corretas e saberá como proceder em
situações diversas”, diz o instrutor.
O rapel é uma modalidade que não
possui restrições, pode ser praticada
por qualquer pessoa, desde que
respeite suas limitações. Douglas
conta ainda que existem meios de
adaptar a prática às particularidades
de cada um.
Pista de Atletismo em Uberlândia é uma das maiores no país
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O instrutor Douglas Abraão é um dos fundadores da ONG Trilhas Interpretativas, que liga o esporte ao meio ambiente
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Podium28 Podium29
Cresce número de mulheres interessadas por futebolNo país do futebol, 80% das brasileiras torcem para algum time e 30% acompanham jogos e campeonatos pela TV ou em estádios Caroline Aleixo
Expressões machistas
como “futebol é coisa para macho” e
“mulher não entende nada de futebol”
estão cada vez mais ultrapassadas.
Duas pesquisas realizadas para avaliar
o perfil do público feminino relacionado
ao futebol mostram que o interesse
das mulheres em acompanhar o
esporte tem aumentado.
Em 2009, um levantamento
realizado pela empresa de consultoria
Sport + Markt em 21 países, incluindo o
Brasil, mostrou que 38% dos amantes
de futebol são mulheres. A empresa
brasileira de pesquisa e inteligência
de marketing feminino, Sophia Mind,
realizou em 2010 uma pesquisa
mais detalhada com os seguintes
resultados: 80% das brasileiras de 18 a
60 anos torcem para algum time. 42%
não tiveram influência de outra pessoa
para escolher o time do coração e
apenas 25% foram influenciadas pelo
pai, na infância. 30% acompanham
jogos e campeonatos, sendo que 74%
assistem pela TV, por causa do medo
da violência entre torcidas.
O ouvidor da Confederação
Brasileira de Futebol (CBF), Ronald
de Almeida, reconhece que é
importante que mulheres frequentem
mais os estádios. “A presença das
torcedoras nas partidas é um dos
fatores fundamentais para dinamizar
a economia do futebol em geral e,
sobretudo, para ensejar mais paz nos
estádios e, por certo, mais charme e
beleza, como vemos nos torneios de
hipismo, tênis, vôlei, golf e fórmula 1,
dentre tantos outros esportes de alto
nível”, diz.
A advogada Viviane Espín-
dula, de Uberlândia, vai a São Paulo
sempre que pode para assistir aos
jogos do Corinthians. Ela é mãe de
dois filhos e conta que a paixão pelo
time começou a partir de um profes-
sor de cursinho que era palmeirense
e tirava muito sarro. Viviane começou
a se inteirar de tudo sobre o rival do
Palmeiras, apaixonou-se pelo clube e
se considera uma torcedora assídua.
“Na Justiça do Trabalho, se você per-
guntar pela Viviane, as pessoas ficarão
em dúvida sobre a qual você se refere,
mas se você perguntar pela Viviane
Corintiana, vão saber te falar quem
é. É essa minha identidade! Para eu,
que sou apaixonada pelo meu time, é
muito bom”, afirma a advogada.
A torcedora fanática do Cru-
zeiro, Mariana Bremgartner, também é
um bom exemplo de mulher amante do
futebol. Com 21 anos, ela acompanha
todos os jogos do time, o Campeonato
Brasileiro e algumas partidas de clubes
do exterior. Mariana é estudante de
Publicidade e foi influenciada por um
professor e alguns amigos a criar um
blog esportivo, que hoje atinge cerca
de 100 visualizações diárias.
Para as duas, a aceit-
ação das pessoas é tranquila, mas
acreditam que há muito espaço a ser
conquistado ainda. “Observamos mui-
tas mulheres empenhadas e dotadas
de conhecimento sobre futebol. É fácil
perceber isso não só no jornalismo es-
portivo, mas também em comissões de
arbitragem”, destaca Mariana. É o que
a advogada Viviane também defende.
Para ela, o preconceito diminuiu muito,
e a mulher não precisa mais apenas
gostar de casa, filhos, costura e moda,
também pode curtir futebol e prati-
car atividades que antes eram exclu-
sivamente realizadas pelos homens.
“No futebol, há uma interação com a
população em geral. Hoje existem mul-
heres que entendem do esporte mais
que muitos homens. Há uma evolução
de cultura, e a mulher deixou de ser
reconhecida como sexo frágil, passan-
do a ser valorizada por sua inteligência
e habilidade”, desabafa.
Mariana exibe sua camisa do Cruzeiro Esporte Clube
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Há uma evolução de cultura, e a mulher deixou de ser reconhecida como sexo frágil, passando a ser valorizada por sua inteligência e habilidade”.
Viviane espíndula, advogada
Viviane com seus dois filhos, todos torcedores do Corinthians
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Podium30 Podium31
Araguarina épré-convocada para Olimpíadas de 2016Érica Goulart
Ainda tão novinha, mas
já uma grande batalhadora. Lauara
Ribeiro Maria nada desde pequenina.
Com apenas dez anos de idade, ela já
ganhou vários prêmios, entre eles as
medalhas de ouro nos 50 m Livres e 50
m Costas no Trofeu Joana Maranhão,
em 2010. Ela também se destacou na
Copa Minas, conquistando medalhas
de ouro em três modalidades.
Porém, a grande realização
do momento foi a participação no XL
Festival Sudeste Mirim de Natação,
realizado no Rio de Janeiro, no qual
foi a campeã mineira. A brilhante
performance técnica a colocou entre
os 25 melhores nadadores brasileiros
e a garota, que está cursando o sexto
ano, foi pré-convocada para os Jogos
Olímpicos de 2016 pela Confederação
Brasileira de Desportos Aquáticos.
A garota é apaixonada pelo
esporte e garante que não se sente
sobrecarregada. “Mesmo quando
preciso treinar mais, por causa de
alguma competição, eu entro na água
e nem vejo o tempo passar”, afirma. A
mãe, Maria José, também assegura
que cuida para que a dedicação à
natação não atrapalhe o desempenho
de Lauara na escola. “Acho muito
importante que ela tenha uma boa
formação e não deixo de acompanhar
as notas, as tarefas, e cobrar que ela
também tenha bons resultados na
escola”, declara.
Lauara, ao centro, com colegas que ganharam ouro na Copa Minas
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