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COLUNNA SC 435 ASTONDOA 80 GLX PERSHING 74 PERFIL! TRÊS BARCOS COM TUDO E UM POUCO MAIS REDE DE VAREJO E ATACADO NÁUTICO COMEMORA 30 ANOS REGATTA R$ 14,00 · Ano 07 · Edição 35 · 2012 · www.perfilnautico.com.br REFENO: DE RECIFE A FERNANDO DE NORONHA, UMA REGATA CHEIA DE CHARME CABINES REVELAMOS CADA METRO QUADRADO DO ESPAÇO MAIS PARTICULAR DO BARCO ÁREA ÍNTIMA

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Edição 35 Revista Perfil Náutico

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Colunna SC 435 aStondoa 80 GlX PERSHInG 74

PERFIL! TRÊS BARCOS COM TUDO E UM POUCO MAIS

REDE DE VAREJO E ATACADO NÁUTICO COMEMORA 30 ANOS

REGATTA

R$ 14,00 · Ano 07 · Edição 35 · 2012 · www.perfilnautico.com.br

REFENO: DE RECIFE A FERNANDO DE NORONHA, UMA REGATA CHEIA DE CHARME

CABINESREVELAMOS CADA METRO QUADRADO DO ESPAÇO MAIS PARTICULAR DO BARCO

ÁREA ÍNTIMA

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Editorial

Conselho DiretorAldo Alfredo Malucelli [email protected] Alberto Gomes [email protected]é “Juca” Kolling [email protected] Alfredo Malucelli [email protected]

Depto. de JornalismoEditor e jornalista responsável Marcelo Fabiani (Buda) — DRT-PR/ [email protected]

RevisãoJoão Batista Ribeiro Colaboram nesta Edição Angelo Sfair, Amanda Kasecker, Bala Blauth, Carolina Schrappe, Dhelyo Pereira Rodrigues, Ita Kirsch, Jorge Nasseh, Karen Riecken, Luiz Alfredo Malucelli, Rafaella Malucelli, Ricardo Amatucci e Thaís Zago. Edição de Arte e Projeto GráficoEduardo Zuchowski

Impressão e AcabamentoGráfica CoanDistribuição ExclusivaFC Comercial Distribuidora Ltda.

Central de PublicidadeComercial (41) [email protected]é “Juca” Kolling (41) [email protected]

Rua Jorge Cury Brahim, 712, Pilarzinho, 82.110-040, Curitiba – PR.Fone (41) 3331-8300Fax (41) 3331-8305

Revista Perfil NáuticoRádio Mix Curitiba - 91,3 MHz91 Rock Web www.91rock.com.br

Artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista.As imagens sem créditos foram fornecidas para divulgação.Revista Perfil Náutico, ano 7, n° 35, é uma publicação da Editora CANAL/mid, divisão de mídia do Grupo CANAL/com. Todos os direitos reservados.

Fale com a gente Redação [email protected] TécnicoEnvie sua pergunta [email protected]@perfilnautico.com.brPerfil Náutico na Internetwww.perfilnautico.com.br

P assamos toda essa edição da Perfil Náutico pensando em descanso. Não porque queríamos estar em casa com os pés para o alto se escondendo os últimos ventos mais gelados de 2012. Nossa cabeça esteve bem mais próxima da água e do sol. E claro, para aproveitar

bem esses presentes da natureza, um bom descanso entre um dia e outro vem muito bem a calhar.

O tema principal da edição 35 é a área mais íntima das embarcações, as cabines e suítes. Chegamos ao andar de baixo, onde os ambientes são planejados para que a noite seja tão ou até mais prazerosa do que o dia. Passeamos por embarcações, das menores às mais luxuosas, que nos apresentaram soluções interessantes para quem se preocupa com o pleno prazer a bordo.

Como até mesmo descansando pensamos no mar, já estamos nos preparando também para a Refeno, a tradicional regata entre Recife e Fernando de Noronha, que chega a sua 24ª edição, com largada marcada para 13 de outubro. Você vai ler uma reportagem especial sobre a Refeno, com direito a apreciar as atrações turísticas que marcam toda a região. Antes disso tiramos uns dias para o turismo, em águas azul-turquesa, areias brancas, sol, hotéis de alto luxo, iates e grifes na ilha caribenha de Aruba, localizada nas Antilhas Holandesas. Fomos também ao Mato Grosso do Sul, para mergulhar em Bonito e conhecer os mitos da Lagoa Misteriosa.

Do Mundo Náutico, trazemos a segunda parte da matéria sobre o Nauticap, equipamento que permite a você controlar o barco por meio do seu iPad; apresentamos um robô da Hulltimo, capaz de deixar os cascos das embarcações brilhando e mostramos o Condomínio Águas Claras Residencial e Marina no interior do Paraná, às margens do Rio Iguaçu.

E na seção Perfil destacamos três embarcações — Colunna 435, Pershing 74 e Astondoa 80 GLX — e também a Regatta, loja náutica que comemora 30 anos expandindo ainda mais suas atividades. S

Chegamos ao andar de baixo da embarcação, sua área mais íntima. Cabines e suítes de encher os olhos e relaxar o corpo

A arte do descanso

Boa leitura e bons ventos

Marcelo Buda

É tempo de VIVeR

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SESSA MARINE BRASIL - [email protected]

LINhA YAcht C68 - C54 - FLY54 - FLY45 - C44 | L INhA cRuISER C40 - C36 | L INhA KE Y L ARGO KL36 - KL28 So le - KL27

c BORGES BOAtS: MANAuS – w w w.cborges.com.br – (92) 8112 6026DIREct JEt NÁutIcA: PAR Á – w w w.d i rec t j e t .com.br – (91) 3249 2916

REGAt tA YAchtS: BAhIA | MINAS GER AIS | SÃO PAuLO | R IO DE JANEIRO – w w w.regat tayachts .com.br – (11) 5538 3434 Sc YAtchS: PAR ANÁ | SANtA cAtARINA | R IO GR ANDE DO SuL – w w w.scyatchs.com.br – (48 ) 3222 0052

VILL A NÁutIcA: BR ASíLIA | GOIÁS – w w w.v i l l anau t i ca .com.br – (61) 3223 0201 – (62) 3225 8576

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Índice

PerfilColunna 435O modelo de 43,5 pés do estaleiro Colunna traz opções de cabine fechada e HT

Pershing 74Embarcação é o primeiro modelo offshore a ter um flybridge

Astondoa GLX 80Projetada para o mercado mundial, mas com características do clima brasileiro

RegattaA mais completa e moderna rede de lojas náuticas do país comemora 30 anos

CapaSeu segundo larA área íntima tem se tornado uma prioridade cada vez maior dos estaleiros, que tentam fazer das cabines verdadeiras casas em alto-mar

LeitorNewsConstrutorNáuticoDécorEstiloEsportePlaneta ÁguaGourmetCulturaClick

RefenoConfira as atrações turísticas na região da Refeno, tradicional regata que chega a sua 24ª edição com largada em outubro

O robô da limpezaChega ao Brasil o Hulltimo, um robô francês para limpeza dos cascosNautcapConheça como funciona o equipamento que possibilita automatizar a embarcaçãoResidencial MarineEm São Jorge d’Oeste, região de Salto Osório, no sudoeste paranaense, surge o Condomínio Águas Claras Residencial e Marina

Turismo – Bonbini ArubaUma pequena ilha de 31 km cercada por um visual único, com a sombra e a água fresca do sul caribenhoMergulho – Bonito (MS)A Lagoa Misteriosa reabriu com algumas restrições para o mergulho

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Canal1416120124126128146154158160162

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Mundo Náutico104

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Nesta Edição130

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Visite o espaço Lagoon no estande BeneteauTransamérica Expo Center - São Paulo28 de setembro a 3 de outubro

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O Seminário “Tudo sobre Construção Náutica”, realizado no dia 9 de agosto na sede da Acobar (Associação Brasileira de Construtores de Barcos e seus Implementos), marcou o pontapé inicial para uma série de cursos de capacitação profissional na área náutica a serem oferecidos, a partir de novembro, em todo o Brasil. O engenheiro Ricardo Paragon iniciou a palestra falando sobre instalações e montagem de motores. Em seguida, o engenheiro Roberto Brener mostrou os tipos de circuitos elétricos em embarcações. Por último, o engenheiro e vice-presidente da Acobar, Jorge Nasseh, falou sobre técnica e prática de laminação em materiais compostos. j

Após a aquisição de 75% das ações do estaleiro pelo grupo chinês SHIG Weichai, a Ferretti anunciou seu novo presidente, Tan Xuguang, e seu novo diretor, Ferruccio Rossi. O fundador, Norberto Ferretti, foi nomeado presidente honorário e continuará atuando no desenvolvimento dos novos barcos de todas as marcas do grupo.

No Brasil o cenário permanece o mesmo, com Marcio Christiansen na cadeira de CEO do Ferrettigroup Brasil. Segundo Christiansen, a nova gestão continuará o trabalho de expansão em mercados-chave, sendo o Brasil considerado um deles, e ampliará o investimento em novos produtos e soluções inovadoras.

O estaleiro catarinense Schaefer Yachts conquistou o Top of Mind, entregue em agosto, em Florianópolis, pelo jornal A Notícia e pelo Instituto Mapa, vencendo na categoria Executivo, criada nesta 18ª edição do prêmio. A empresa foi a mais lembrada do setor náutico por diretores de 150 empresas de Santa Catarina. Márcio Schaefer, presidente da Schaefer Yachts, que conquistou também o Top de Marketing em 2011, concedido pela Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing de Santa Catarina (ADVB/SC) festejou o prêmio: “Nossa satisfação é principalmente pelo caráter espontâneo da premiação. Completamos duas décadas em novembro e este reconhecimento vem afirmar que estamos no caminho certo.”

Cursos de capacitação profissional

Grupo Ferretti é da SHIG Weichai

MAIS uM PRêMIO PARA A SCHAEFER YACHTS

A empresa mais lembrada do setor náutico

Tan Xuguang assume a presidência da Ferretti

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Foi realizado este ano, pela quinta vez desde que foi criado em 2004, o Cruzeiro em flotilha “Costa Leste”. Organizado pela Associação Brasileira de Velejadores deCruzeiro (ABVC), teve a participação de 23 veleiros, que partiram do Iate Clube do Rio de Janeiro (correalizador), chegaram a Salvador

e fizeram a festa final no Aratu Iate Clube. Antes passaram por Búzios, Vitória, Abrolhos, Santo André, Ilhéus e Camamu. O ponto alto da viagem foi o mergulho autônomo realizado em Abrolhos até para quem não tinha credenciamento (Fun Dive), além do encontro com baleias jubarte no trajeto.

O navegador Amyr Klink é uma das atrações como palestrante do painel “Liderança e Motivação – O Futuro É Agora”, durante a 18ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, que acontecerá no período de 11 a 14 de setembro de 2012, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP). Klink ficou conhecido pelas suas expedições marítimas. Hoje mora em Paraty (RJ), onde mantém uma escola de navegação para jovens carentes. Além de escrever livros, faz palestras sobre planejamento e empreendedorismo no meio empresarial. j

Sinônimo de motivação

PRODuçãO NáuTICA EM SCOs primeiros frutos da parceria entre a Schaefer Yachts e o Projeto Pescar apareceram no dia 16 de agosto, em Biguaçu (SC), durante a formatura da primeira turma do Curso de Iniciação à Produção Náutica. Foi um ano de intensas atividades que transformaram alunos em vulnerabilidade social da região de Biguaçu em pessoas aptas para o mercado de trabalho na indústria náutica catarinense. “Esta é a primeira experiência do Projeto Pescar no mundo náutico e os resultados são surpreendentes”, afirma a orientadora do projeto, Paula Costa. “Hoje todos são capazes de trabalhar no polo catarinense do setor trazendo toda a experiência de vida proporcionada pelo Pescar.” O curso foi realizado no Centro de Design da Schaefer Yachts, em Biguaçu.

Cruzeiro Costa Leste

Participação de 23 veleiros

Amyr Klink, conhecido pelas expedições marítimas

Parceria entre a Schaefer Yachts e o Projeto Pescar

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Em setembro tem São Paulo Boat Show. O mais importante salão náutico do ano chega a sua 15ª edição em 2012. Será realizado entre 28 de setembro e 3 de outubro, exatamente o período em que se registra um grande aquecimento de vendas no setor.

Considerado o maior salão indoor da América Latina, esse ano o evento terá proporções ainda maiores, aproveitando o espaço de 40 mil metros quadrados e sete pavilhões do Transamérica Expo

Center, que cresceu 25% em relação a 2011 e conta agora com 3.900 vagas de estacionamento.

As principais novidades e oportunidades de negócios do mercado náutico estarão esperando, de acordo com a previsão dos organizadores, a visita de 40 mil pessoas que, atraídas por mais de 200 embarcações e acessórios náuticos, 150 expositores, áreas de alimentação e pelo Espaço dos Desejos, deverão visitar o salão durante seis dias.

A BORDO DO PARATY EM FOCOParaty (RJ) vai receber dezenas de fotógrafos na oitava edição do Paraty em Foco, evento que acontece entre os dias 26 e 30 de setembro. Para embarcar no festival, a Photo Travel, escola de fotografia de Ary Amarante, em parceria com o Atlantis Enterprise, preparou um passeio especial a bordo de um catamarã de 75 pés que conta com oito suítes privativas e climatizadas. A embarcação, que costuma levar mergulhadores para viagens focadas na atividade debaixo d’água, desta vez vai mudar o roteiro e a fotografia será o tema também no Enterprise, que sediará eventos durante os dias do festival.

São Paulo Boat Show 2012Bellagio 54, nova linha da Cimitarra em parceria com o estaleiro italiano Rio Yachts

Passeio especial no Atlantis Enterprise

Entre os estaleiros e representantes, neste ano o salão terá áreas separadas para os nacionais e para os estrangeiros, que apresentarão seus barcos consagrados, as novidades e os lançamentos para o verão brasileiro. A próxima edição a Perfil Náutico traz uma reportagem especial sobre os principais lançamentos da temporada 2012/2013, muitos deles que serão mostrados ao público pela primeira vez no São Paulo Boat Show 2012. S

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ANTES E DURANTE A REFENO: vElA, TURISMO NáUTICO, CUlTURAREGIONAl E MUITO MAIS · POR KaREN RIEcKEN E RIcaRdO amatuccI

RECIfEjNORONhA

ESPECIAL REfENO

A Refeno é o objetivo de muitos velejadores que colocam e consideram a regata como seu primeiro grande desafio em sua carreira na vela oceânica de cruzeiro. Para tanto, todos esses velejadores prepararam seus veleiros para chegar a Recife para a tão esperada e desejada largada, que nesse ano acontece no dia 13 de outubro.

Vindos do sul, do norte ou até mesmo do leste, os desafios podem ser grandes e até se mostrarem muito duros para marinheiros de primeira viagem. Desde encontrar uma boa tripulação até complicados preparativos que surgem a cada instante, conforme vai chegando a data de zarpar do porto. Cada milha percorrida, cada suor gasto durante um perrengue no mar, cada dificuldade durante uma travessia, cada pequeno detalhe vai preparando mais e mais

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Quando chegam a Recife, essas embarcações ancoram no Cabanga Iate Clube ou nos locais próximos ao Marco Zero para prepararem seus veleiros, com água, combustível, alimentos, além de reparos e adaptações necessárias às travessias.

No tempo livre, tantos velejadores juntos, de diversas culturas e nacionalidades, animados e ansiosos, transformam tudo numa grande e agradável festa. Quando as fainas mais pesadas a bordo viram uma grande diversão, como lavar roupas e tirar sarro do barco vizinho ou limpar tanques, costurar velas, lavar convés e outras tantas tarefas comuns para quem veleja em veleiros de cruzeiro e vive no mar. Mas também podemos contar com uma mão amiga e companheira quando o assunto é sério.

Chega o grande momento, depois de dias de preparação, festas, reuniões, estudos, vistorias, investimentos financeiros e pessoais, é dada a largada em frente ao Marco Zero da cidade de Recife (PE). Com uma plateia belíssima, muita música e aplausos para cada barco que se apresenta, o check-in exigido pela organização mais parece um desfile de corajosos aventureiros que preferiram chegar a Noronha de uma forma mais gratificante para que mereçam toda a beleza que o arquipélago irá oferecer durante os poucos dias que lá passarão.

Profissionalmente, alguns veleiros, como o Mistralis, aproveitam o longo caminho desde o Rio de Janeiro até Recife-Noronha para levar alunos e tripulantes que desejam fazer parte de uma verdadeira

tripulação e vivenciar essa rotina que pode ser muito rica e proveitosa. Nos últimos cinco anos a Mistralis desenvolveu uma metodologia em que todos os tripulantes a bordo participam e aprendem durante as travessias, sentindo na pele a verdadeira sensação de soltar as amarras e navegar de um ponto ao outro com um objetivo pleno e bem traçado: chegar com o veleiro a Recife para participar então da Refeno.

Na edição passada, o Mistralis largou de Recife com uma nova tripulação e seu destino já traçado. Desta vez participando da maior e mais cobiçada regata de cruzeiro do Brasil, cerca de dez tripulantes

cada um dos participantes que irão desafiar as 300 milhas náuticas que separam Recife do arquipélago de Fernando de Noronha. Um desafio que todo velejador deve um dia experimentar e sentir a emoção do que realmente é velejar!

Uma maneira encontrada para incentivar a complicada e longa navegação até Recife foi a formação de grupos que passaram a se unir na costa sul-americana com veleiros de diversas nacionalidades. A fim de se apoiarem durante a navegação na costa do nordeste brasileiro, que pode ser complicada em alguns pontos, eles aprenderam a contar uns com os outros, criando um ambiente harmônico rico em

troca de experiências e companheirismo. Ao longo do caminho, vindo do sul, por exemplo, o Crucero de la Amistad, que tem sua origem em Buenos Aires, junta-se com o Cruzeiro Costa Leste, que sai do Rio de Janeiro, alcançando a quantidade de mais de 50 veleiros.

Veleiros da Refeno vistos do forte Praia do Leão, em Noronha, no mar de fora

Castro (de chapéu), o criador da Refeno, e Léo em 1984

A VIAgEM QUE DEU ORIgEM à REfENO fOI fEITA EM 1984 A BORDO DO ODySSEUS

ESPECIAL REfENO

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Veleiros como o Mistralis aproveitam o longo caminho desde o Rio de Janeiro até Recife

Festa de premiação da edição de 2011 da Refeno

comandante. Conforme o vento foi aumentando e ao cair da noite, subiram a genoa 2 e rizaram a mezena; foi o suficiente para cansarem um pouco a tripulação. A partir daí, o pessoal foi se organizando e tomando

a bordo dos 52 pés de aço passaram aproximadamente 48 horas navegando e aguardando ansiosamente avistar no horizonte os primeiros sinais do belo arquipélago de Fernando de Noronha.

A bordo do Mistralis, nas primeiras horas da noite, já era possível ver muitas luzes de navegação, o jantar já foi feito, macarrão, com alguma coisa fácil de misturar com o balanço do barco. Suco nunca falta a bordo e muito papo na troca de turno que acontece de duas em duas horas. É sempre assim, nas primeiras horas, todos ficam no convés. Demora um pouco para os tripulantes descansarem em seus devidos horários, por conta da ansiedade. Inicialmente, como ventava pouco, o balão assimétrico foi alçado por ordem do

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os seus horários. Assim deve ter acontecido com os outros veleiros também.

As horas seguiram tranquilas e o vento aumentando mais a cada momento e a chegada à ilha foi se aproximando com o cansaço e a ansiedade por um bom banho e terra firme. Houve a famosa aposta de “Quem avistar Noronha primeiro ganha um chocolate!’’ Mas só isso? Acredite, um chocolate no mar pode valer muito! Depois de aproximadamente 44 horas de navegação, o Mistralis foi um dos veleiros a ancorar no limite demarcado pela organização assim como tantos outros que saíram de diversos países “apenas’’ para participar da Refeno. Todos passaram lá cerca de quatro dias, tempo suficiente para conhecer boa parte

do arquipélago. Tripulantes do Mistralis participaram ainda do projeto Velejando e Pedalando, que rodou praticamente toda a ilha em quatro dias, mergulhando, fazendo trilhas e pedalando em locais aos quais só se chega desta maneira ou caminhando. A volta foi realizada direto para Recife, onde reencontraram outros velejadores que seguiram viagem para o sul, parando em belos locais, como Abrolhos e Caravelas. Outros, saindo de Noronha, seguiram para o norte participando da regata Noronha-Natal, com planos de seguir até o Caribe e assim seguem os cruzeiristas da vela oceânica, aguardando janelas de vento e preparando seus veleiros para ficarem o mais pronto possível para suas próximas jornadas.

VELEjADORES DE DIVERSAS CULTURAS E NACIONALIDADES TRANSfORMAM TUDO NUMA gRANDE E AgRADáVEL fESTA

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veleiros. Este ano a Refeno completa sua 24ª edição. Hoje são mais de cem veleiros todos os anos. O Cabanga Iate Clube, que recebe os participantes de braços abertos, fica lotado com muitos veleiros e catamarãs amarrados lado a lado. Um nó. Para sair em direção à largada, a movimentação começa – acredite – por volta das quatro e meia da manhã. Alguns preferem já ficar no Pernambuco Iate Clube, o PIC, que fica mais próximo da linha de largada e com menos veleiros, para evitar estresse no dia da partida.

A travessia até Fernando de Noronha é praticamente inteira com vento de lado (través de bombordo). Normalmente basta ajustar as velas e esperar Noronha aparecer na proa. Uma dica para a chegada é passar

bem próximo à ilha, aproveitando as rajadas de vento que descem a encosta (vento catabático). Quando isso acontece, ele acelera e pode fazer a diferença entre ganhar ou perder a regata. Ficar atento ao local do barco do júri, que deve ser deixado por bombordo, também é importante. O entusiasmo com a chegada após muitas horas de navegação facilita perdê-lo de vista e isso pode significar fazer um ou dois bordos a mais na chegada. Antes de cruzar a linha final, é recomendável contatar a Comissão de Regatas e avisar que está prestes chegar, confirmando o nome do veleiro e o horário. Isso facilita a organização e impede algum engano quanto à posição final da embarcação.

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Ponto de desembarque em Noronha

No caminho para a Refeno, pausas para a natureza

REfENO ChEgA A SUA 24ª EDIÇãOA viagem que deu origem à Regata Recife-Fernando de Noronha, a Refeno, foi feita em 1984 a bordo do Odysseus. Tripulavam o veleiro Maurício Castro, Leonardo Veras e seu filho, Léo, Torreão e um marinheiro do Cabanga, Abdias. No ano seguinte, 1985, Maurício Castro, resolveu promover com alguns amigos um cruzeiro com destino à ilha, desta vez com seis barcos. Em um deles, o Kalahari, estava presente o jornalista João Lara Mesquita. Esse cruzeiro ganhou o nome de Cruzfafeno ou Cruzeiro em Flotilha ao Arquipélago de Fernando de Noronha.

Em 27 de setembro de 1986, foi realizada a primeira regata, agora com o nome que marcaria sua história,

Refeno, tendo sido dada a largada em frente ao Recife Palace Hotel, na praia de Boa Viagem. Organizada por Maurício Castro, então diretor de vela do Iate Clube do Recife, a competição contou com a participação de 25

EM 27 DE SETEMBRO DE 1986 fOI REALIzADA A PRIMEIRA REgATA COM O NOME REfENO

ESPECIAL REfENO

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Atobás em Abrolhos

Farol de Abrolhos, no estado da Bahia

ESPECIAL REfENO

Se chegar a Fernando de Noronha pelo mar já é uma experiência deslumbrante, a viagem até Recife para participar da Refeno é diversão garantida. Para a maioria que vem do sul do país, de veleiro ou mesmo de carro, uma típica viagem passa por muitas cidades interessantes. Algumas são grandes centros, outras pequenas e

pitorescas. Nesse roteiro, quase todas estão na orla e são polos náuticos importantes.

DO SUL AO NORDESTE PELA COSTA DO BRASILDe Florianópolis a Recife, cada parada tem suas atrações com produtos típicos: artesanato, bebidas, gastronomia, além de lugares e paisagens que mexem com nossos sentidos. Mercados de peixe e especiarias, arquitetura histórica e praias com paisagens deslumbrantes. Todas são boas opções para quem tem tempo para gastar e quer conhecer cidades cheias de opções de lazer.

Para quem vem pelo mar, depois de Cabo Frio e Búzios, a parada é em Vitória, no Espírito Santo, com sua localização estratégica antes do sul da Bahia, onde um descanso é quase obrigatório. Para chegar

lá, porém, é preciso passar pelo temido Cabo de São Tomé. Esse local é extenso e raso, cheio de bancos de areia e onde a costa faz uma curva abrupta. Por lá passa uma corrente marítima que vem do norte, contra o sentido no qual se deseja ir. O mar, vindo de águas mais profundas logo ao lado, chega a este local raso e se houver um vento forte ele cresce e as ondas ficam muito altas numa região muito rasa. Um perigo para o navegador. Em Vitória, o iate clube é acolhedor e a parada permite reparos, abastecimento de água

e diesel além da reorganização do veleiro. Próximo ao clube há lavanderias, supermercado e até um shopping center. Um passeio interessante em Vitória é o Convento da Penha. Um dos mais antigos do Brasil, foi fundado em 1558 e fica no alto de um penhasco rodeado por mata atlântica.

Saindo do Iate Clube do Espírito Santo, muitos velejadores aproveitam para conhecer o Arquipélago dos Abrolhos. Situado entre Vitória e a próxima parada já no sul da Bahia (que pode ser em Camamu ou em Ilhéus), é lá que fica o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, com seus ninhais de atobás e o radiofarol, sob o comando da Marinha do Brasil. Na época da subida para a Refeno, entre julho e agosto, é a época de reprodução e amamentação das baleias jubarte. Elas aparecem desde o norte de Vitória até a Baía de Todos os Santos. Um espetáculo da natureza ao alcance

de qualquer turista, mesmo para quem não veleja: da cidade de Caravelas, saem barcos para a observação, fotografia e até para mergulho autônomo em Abrolhos.

ChEgANDO A SALVADORHá muitas opções de marinas na capital baiana. As mais comuns são no Terminal Náutico da Bahia (Tenab) por sua localização estratégica, bem na entrada da baía, ou no Aratu Iate Clube, mais afastado, mas a melhor

NEM Só DE VELA VIVE A REfENOCHEGAR ATé RECIFE PARA PARTICIPAR DA REGATA já é UMA AvENTURA EMOCIONANTE, RECHEADA DE CUlTURA E PONTOS TURíSTICOS. vElEIROS vÊM DE TODOS OS CANTOS DO BRASIl E SE ENCONTRAM PARA SEGUIR ATé FERNANDO DE NORONHA, COM TEMPO PARA qUE OS TRIPUlANTES SAIAM POR TERRA PARA CONHECER E vIvER AlGUNS DOS MUITOS ATRATIvOS DE CADA REGIãOPOR RIcaRdO amatuccI

O CLIMA ESPECIAL DA REfENO COMEÇA BEM ANTES DE SE ChEgAR A RECIfE

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Casa da Cultura em Recife, onde antigamente funcionava um presídio

Obras de Francisco Brennand no Parque das Esculturas em Recife

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opção para quem quer deixar o veleiro por lá e voltar para sua cidade, retornando mais tarde para a Refeno.

O Tenab localiza-se em frente ao Mercado Modelo e atrás dele fica o Elevador Lacerda, porta de entrada para o Pelourinho. Ou seja, enquanto o veleiro estiver por lá, os passeios são feitos a pé com facilidade. O Mercado Modelo possui muitas lojas com artesanatos e lembranças, mais baratos que nas lojas no Pelourinho. Já as ladeiras históricas do Pelô – como é carinhosamente chamado pelos baianos – são charmosas e levam a igrejas centenárias cuja visita é imprescindível. Por lá o almoço é no Restaurante do Senac, com comida típica de primeira, confiável, em self-service. Um verdadeiro showroom da culinária local com qualidade cinco estrelas e preços módicos. Da Bahia, o roteiro segue direto para Maceió e de

lá para Recife, as pernas mais longas desse trajeto. Cada uma das paradas dessa viagem oferece passeios pitorescos, nas cidades ou praias, e com uma grande variedade de bares, lojas, restaurantes e até “baladas” para os mais animados. Nas grandes cidades, a atração são os pontos históricos, como museus, igrejas e conventos. Nos lugarejos, as ruas de terra, sossego e a população alegre e receptiva.

A gastronomia é um prazer à parte nesse roteiro. Seja nas moquecas capixabas ou baianas, seja ainda nas lagostas do sul da Bahia, o prazer na hora de conhecer os diferentes sabores é intenso. Picolés e caipirinhas de frutas pouco conhecidas mais ao sul, como umbu, cupuaçu e cacau são inesquecíveis. E tudo a preços convidativos principalmente para quem vem da região centro-oeste onde tudo é mais caro.

histórica, seu centro com museus e prédios próximos da zona portuária proporciona passeios a pé. O museu-oficina do artista Francisco Brennand, cujas obras decoram o Marco Zero

(local de partida da Refeno), é uma visita obrigatória. Em 1971, o artista começou a reconstruir uma velha cerâmica fundada pelo seu pai em 1917. As ruínas deram

início a um colossal projeto de esculturas cerâmicas que durou mais de 34 anos de trabalho. Somadas ao acervo de obras de arte e coleções de armas e apetrechos antigos, hoje nos permitem um dia inteiro de visita, respirando arte.

Ainda no Recife, a visita à Casa da Cultura é outra excelente opção de passeio. São mais de 200 lojas de artesanato oriundo de mais de 150 municípios de Pernambuco: rendas, redes, algodão, madeira, figuras de cerâmica do Mestre Vitalino, bonecas de pano, imagens sacras e muito mais. O pitoresco é que o local foi construído como uma cadeia de Pernambuco em 1867. As celas estão distribuídas em três andares, com escadaria, pisos, grades, paredes originais, e hoje cada uma delas abriga uma loja. Uma das celas está conservada para visitação, inclusive com as inscrições dos encarcerados. Estando por lá, não deixe de

RECIfEA CHEGADA à CAPITAl PERNAMBUCANA MERECE PASSEIOS DEMORADOS

j

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jRecife ao fundo, vista de Olinda

Uma das famosas ladeiras por onde passa o carnaval

ESPECIAL REfENO

visitar dois locais. O primeiro, a loja do artista de cordel Severino Borges, que produz xilogravuras utilizadas na produção de camisetas, bolsas, azulejos decorativos, entre outras peças originais e únicas. E, o segundo, o restaurante Maria Bonita. No segundo piso, é lá que você deve almoçar. Na verdade é quase um boteco, com poucas mesas espremidas numa das antigas celas, com suas toalhas de plástico e cozinha minúscula, mas com uma comida regional absolutamente divina. Peça um ossobuco chamado regionalmente de Chambaril. Um achado.

As casas, igrejas e ladeiras históricas de Olinda formam um conjunto arquitetônico colonial declarado Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Unesco, em 1982.

É uma das cidades mais antigas do Brasil e por lá podemos respirar história e cultura. Olinda passou por uma invasão holandesa, e já foi capital de Pernambuco, numa época que suas casas assobradadas tinham dobradiças de bronze e as igrejas chaves de ouro e dobradiças de prata nas portas. Hoje é famosa pelo carnaval com os famosos bonecos de Olinda, o frevo e o maracatu. E também pelas lojas e pelo artesanato. Muitos artistas têm seus ateliês por lá, que somados às pousadas e repúblicas estudantis emprestam ao centro velho um charme especial e boêmio.

A visita também deve ser demorada e incluir os conventos, igrejas e museus, como o Museu de Arte Contemporânea que abriga um acervo com os

OLINDA é UMA DAS CIDADES MAIS ANTIgAS DO BRASIL E POR Lá PODEMOS RESPIRAR hISTóRIA E CULTURA

OLINDABEM AO lADO DE RECIFE, SUFICIENTE PARA IR DE TáxI

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36 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 37

j

Abençoada pela natureza, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade

Natureza deslumbrante de tirar o fôlego

AVISTAR A ILhA PRINCIPAL APóS 50 hORAS DE NAVEgAÇãO é UMA SENSAÇãO DE ESTAR ChEgANDO AO PARAíSO

ESPECIAL REfENO

principais nomes das artes plásticas do século 19.Para almoçar, vá ao charmoso – e famoso –

restaurante Oficina do Sabor, que fica no alto de Olinda. Especializado nos gerimuns (um tipo de abóbora) recheados com os mais diversos sabores, o cardápio também traz diversas opções de frutos do mar. Reserve com antecedência um lugar na varanda com vista para Recife. Ali são apenas três mesas. Comece degustando uma caipirinha de frutas vermelhas ou de pitanga. Depois experimente o gerimum recheado com lagostim ao molho de manga com arroz de coco. Inesquecível.

fERNANDO DE NORONhAO DESTINO FINAl NãO PODERIA SER MElHOR

Chegar a Noronha acompanhado de golfinhos saltando na proa do veleiro é uma situação comum. Avistar a ilha principal após 50 horas de navegação é uma sensação de estar chegando ao paraíso. E acredite: é mesmo. Independente da posição na regata, do

primeiro ao último lugar, todas as tripulações ficam maravilhadas com Noronha. Mesmo na quinta ou sexta vez que se chega, é sempre como se fosse a primeira. Natureza deslumbrante com praias, penhascos, pássaros, golfinhos e paisagens de tirar o fôlego uma após outra. j

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j

Noronha recebe de braços abertos os veleiros da Refeno Mergulhos em águas cristalinas

DURANTE A REfENO A OCUPAÇãO NA ILhA é INTENSA: MAIS DE CEM EMBARCAÇõES COM MéDIA DE SEIS A OITO PESSOAS A BORDO

ESPECIAL REfENO

ANCORAR EM NORONhA ExIgE ALgUNS CUIDADOS Como a área é restrita e demarcada pelo ICMBio, você vai ter vizinhos perto necessariamente. Manter uma boa distância ente os veleiros é importante. Com o fundo de pedras, a âncora pode arrastar. Por isso certifique-se de estar bem ancorado. A profundidade média no local é de 15 metros, portanto você deve ter de três a seis vezes essa medida preferencialmente de corrente. Previna-se.

É comum as tripulações se acomodarem em pousadas para a permanência na ilha, que em geral é de quatro dias. Isso é tempo suficiente para conhecer Noronha e não perder tempo dormindo até tarde. Durante a Refeno a ocupação na ilha é intensa com mais de cem embarcações com uma média de seis a oito pessoas a bordo, mais os que vão de avião encontrar amigos e parentes que chegam de veleiro. Essa imensa massa faz com que as pousadas fiquem lotadas, por isso é bastante aconselhável fazer sua reserva antecipadamente.

ESTADIA E TRANSPORTE Nos anos 80 o governo financiou a compra de casas pré-fabricadas de madeira para que os ilhéus pudessem abrir pousadas. Por isso a maioria delas é bem simples e parecida nas acomodações. Elas são classificadas em um, dois ou três golfinhos, de acordo com sua categoria, embora entre um e dois golfinhos não exista uma diferença significativa. As pousadas que ficam no bairro Vila do Trinta costumam ter preços mais acessíveis que as mais próximas de alguma praia ou do centro histórico. Outra dica é reservar também com antecedência um buggy para os passeios. Você pode alugar e dividir com mais três amigos. Sem isso você perde muito tempo e deixa de conhecer locais mais afastados. Táxis ou transportes coletivos são caros e demoram em se achar. Normalmente as pousadas conhecem e indicam quem aluga um buggy, mas lembre de ficar com o celular do dono para qualquer emergência. É comum não haver macaco nem estepe nos veículos. Combine para que o proprietário te encontre com o carro na praia logo na chegada e de deixá-lo lá também na saída. Isso é bem comum e facilita a vida de quem vem pelo mar. Se chegar de avião, vale o mesmo para o aeroporto.

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jPôr do sol em Noronha, imagem obrigatória

De qualquer ângulo, um lugar para não esquecer jamais

CENTENAS DE PESSOAS SE REúNEM TODAS AS TARDES PARA VER O PôR DO SOL. ChEgUE CEDO E gARANTA UM BOM LUgAR

ESPECIAL REfENO

PROgRAMAS OBRIgATóRIOSVisitar e curtir as praias, assistir a uma palestra do Ibama sobre as tartarugas, fazer snorkel nas águas límpidas, visitar as ruínas e prédios históricos e por fim ver o pôr do sol no forte do Boldró, de onde se avista o sol caindo atrás do Morro Dois Irmãos. Todo mundo que vai a Noronha tem essa foto e ninguém pode ficar sem ela. Centenas de pessoas se reúnem todas as tardes para ver o sol cair. Por isso chegue cedo e pegue seu lugar.

Certamente você vai acabar fazendo tudo isso sem problemas porque são os programas mais famosos por

lá. Mas reserve tempo para outros, menos badalados, tão inesquecíveis quanto. Um deles é o passeio dos golfinhos. Barcos de passeio saem para avistamento de bandos de mais de 150 golfinhos nadando e pulando à sua volta. É impressionante. Na entrada da Cacimba do Padre, próximo ao famoso Morro Dois Irmãos, há uma barraca onde você pode – e deve – comer um peixe assado na folha de bananeira feito na hora.

gASTRONOMIAUm dos mais famosos (e caros) restaurantes da ilha é o da Pousada do Zé Maria, com boa comida. Menos afamado e com direito a lagostas graúdas e preços mais acessíveis é o restaurante Ekológicus. Mas o passeio por Noronha deve passar obrigatoriamente pelo restaurante Tubalhau, perto do porto. Lá, Leonardo Veras, conhecido como o Léo do Tubalhau, vai

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Passeios de barco por Noronha são obrigatórios

POUSADAS NA VILA DO TRINTA TêM PREÇOS MAIS ACESSíVEIS QUE AS MAIS PRóxIMAS DE ALgUMA PRAIA OU DO CENTRO hISTóRICO

ESPECIAL REfENO

recebê-lo muito bem e contar a história da Refeno. Ele começou com ela. Em 1984 tinha 18 anos e estava se preparando para prestar o vestibular. Optou por interromper os estudos e velejar para Noronha com seu pai e Maurício Castro. Acabou ficando por Noronha. Terminou os estudos e abriu um restaurante

especializado em carne de cação tratada à moda de bacalhau e nunca mais voltou. Experimente o bolinho de tubalhau e a tubalhoada. Se fechar os olhos, vai jurar que é bacalhau. S

Se for a Noronha de avião, pague antecipadamente a taxa de preservação ambiental (TPA). Você pode gerar o boleto pela internet no site www.noronha.pe.gov.br. Caso contrário, pagará uma taxa extra na saída (tem que apresentar o boleto antes do embarque). O mesmo site traz os telefones de todas as pousadas de Noronha.Quando sair para passear, leve uma mochila com bastante água, protetor solar e boné. O calor é intenso nessa época. Reserve duas ou três camisetas e bermudas para usar e jogar fora. O pó da terra vermelha das estradinhas em Noronha no buggy aberto mancha a roupa. Ao deixar o buggy parado, levante os bancos para a frente. Isso evita o acúmulo de poeira de dia e de sereno durante a madrugada.

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O andaR dE BaIxO, quE COMPORta as áREas dE dEsCansO vEz MaIOR dOs EstaLEIROs, quE tEntaM FazER das CaBInEs

dOs BaRCOs, tEM sE tORnadO uMa PRIORIdadE Cada vERdadEIRas Casas EM aLtO-MaR Por AmAndA KAsecKer

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Vinte, trinta, cinquenta, oitenta pés. O tamanho não importa. Do menor ao maior barco, uma das tendências que vêm surgindo mais fortes a cada dia é a de priorizar não apenas a área de lazer, mas também a área de

descanso. Tornar a lancha o seu segundo lar.Para isso, o andar de baixo das embarcações vem

sendo cada vez mais bem pensado e alguns projetos levam muito tempo para chegar ao que cada estaleiro considera como o ideal. Conforto, aproveitamento de espaço, praticidade e beleza. Ao pesquisar a “fórmula“ que cada estaleiro utiliza em sua lancha, vemos que esses são os elementos prioritários.

Nos barcos menores, de 20 a 30 pés, a criatividade acaba sendo um elemento bastante importante também, já que o espaço é bastante reduzido. Já nos barcos acima de 80 pés, vemos cabines luxuosas, com espaços muitas vezes maiores do que o de vários apartamentos, e ainda cozinhas completas e equipadas com todos os eletrodomésticos e até espaço para lavanderia.

No fim, vale tudo para conseguir o glamour e o conforto que os clientes – e seus bolsos – esperam encontrar. Tânia Ortega, proprietária da Tutto a Bordo, empresa especializada em decoração e design de interiores de iates, conta que a ideia é trazer uma continuação da casa do cliente para o mar. “Na realidade fazemos uma casinha em alto-mar com todo o conforto necessário, ou seja, uma continuidade da casa de cada cliente é levada para a embarcação.”

Tânia ainda explica que atualmente busca inspiração em feiras internacionais do setor, onde conhece tendências atuais da área e resgata novas formas de se

em bArcos menores, AbAixo de 30 Pés, com o bom AProVeitAmento dos esPAços, As cAbines Podem ser confortáVeis transformar um barco em um lar, buscando materiais e ideias diferenciadas, para levar cada vez mais luxo e conforto para o mar. Para 2012, ela indica que a grande tendência em decoração de iates é a ousadia dos materiais, desde que adequados para alto-mar. “O céu é o limite: cada barco e cada cliente têm histórias completamente diferentes, e nosso maior objetivo é fazer de seu barco seu segundo lar.”

Abaixo separamos para você, leitor, diversos barcos dos mais renomados estaleiros por tamanho. Em cada modelo, mostramos quais as prioridades e quais as soluções encontradas para deixar o convés inferior de cada lancha como se fosse sua própria casa.

e estética. “Desde sempre, dedicamos grande atenção ao design, que vemos como um sinal distintivo de cada produto e parte de nossa filosofia”, afirma Massimo Radice, responsável pelo projeto de implantação do estaleiro no Brasil. “A atenção ao detalhe, a busca pelo conforto, a escolha dos materiais, a definição das cores e das texturas tornaram-se códigos distintivos da Sessa Marine.”

Ainda de acordo com Radice, o processo para definição do design das embarcações da Sessa é bastante rigoroso, podendo durar até 15 meses. “Todos os barcos são planejados e desenhados em 3D pela equipe do renomado arquiteto Christian Grande, que gerencia j

de 20 A 29 PésO estaleiro Ventura possui dois barcos nesta categoria que merecem destaque. A V215, com 21,5 pés, não chega a ter um andar de baixo propriamente dito, mas uma cabine que cumpre este mesmo papel. Segundo o estaleiro, a V215 Cabin Comfort foi projetada pensando na praticidade de um barco bem pequeno possuir banheiro e uma cabine ventilada e iluminada.

Neste caso, o papel do estaleiro foi tentar dar mais praticidade e conforto para um possível pernoite no barco. Para este fim, os projetistas da Ventura colocaram uma cama de casal, que é adaptada em cima do vaso sanitário. A “suíte” é uma solução prática e bem pensada. Além disso, apesar de o projeto ser fixo e não permitir mudanças, o barco possibilita a instalação de acessórios como TV, DVD e aparelho de som para deixar a cabine ainda mais confortável.

Um pouco maior, a V265 Cabin Comfort, de 26,5 pés, também do estaleiro Ventura, foi projetada para ser o barco mais funcional da categoria, segundo a descrição. Com capacidade para 11 pessoas para passeio, a lancha comporta duas pessoas para pernoite. Com 13 metros quadrados, a cabine conta com um sofá que vira cama de casal, banheiro com porta, pia e lixeira integrada. Para dar uma sensação de maior amplitude, o truque foi dar boa ventilação e iluminação natural. O cliente que quiser também consegue incrementar a V265 com opcionais como TV, aparelho de som, geladeira e micro-ondas. Dentre os materiais que compõem a cabine estão acrílico e inox.

A italiana Sessa Marine acredita que um projeto de sucesso precisa levar em consideração vários pontos como conforto, acomodar o maior número de pessoas Soluções inteligentes, como a geladeira na cabine da Ventura 215 Aproveitamento de espaço na Ventura 265

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todo o processo de criação. Todos os ambientes são trabalhados com a técnica domock up, que simula os ambientes. Toda a cadeia de fornecedores está diretamente envolvida na busca das melhores soluções e no desenvolvimento dos materiais mais adequados e resistentes.”

Dentro deste padrão de qualidade, nesta categoria o estaleiro se sobressai com a sua linha Sport Open destaca a Key Largo 28 Sole. O modelo de 8,65 metros possui design arrojado e tem agradado muito ao público brasileiro. Mesmo sendo um barco de pequeno porte, a KL 28 Sole consegue ter cabines amplas e confortáveis.“Assim como as caminhonetes utilitárias esportivas SUV revolucionaram o mercado dos carros 4x4, aliando

a aventura das trilhas ao conforto e estilo dos carros mais sofisticados, queremos inserir um novo conceito no mercado de lanchas esportivas: a deck boat com

proa plana e cabine”, afirma Massimo Radice. “Produto que já atingiu grande sucesso na Europa nos anos anteriores.”

Neste barco, a Sessa investiu em um acabamento luxuoso, de linhas modernas. O piso é de teca, já os móveis levam acabamento especial, com madeira do rovere italiano, com estofados produzidos com materiais importados. O espaço aberto que caracteriza este barco ganha ainda mais sofisticação com a cabine, equipada de fábrica com refrigerador de 40 litros e banheiro reservado com lavabo.

de 30 A 39 PésO espanhol Astondoa aparece nesta categoria com duas embarcações: a Faeton 300 Fly Hybrid e a 380 HT. Segundo o estaleiro, “em cada embarcação Astondoa se combinam tecnologia, funcionalidade, beleza e, o mais importante, qualidade”. Para eles, o segredo para

se obter um bom produto final é a união de “artesãos experientes, tecnologia de ponta e uma seleção cuidadosa dos materiais”.

No convés inferior do modelo 300 Fly, que contém duas cabines e um banheiro, é possível perceber com facilidade o cuidado com que tudo foi projetado. Em uma das cabines, por exemplo, a cabeceira da cama é revestida com tecido; o teto é revestido de couro e a estrutura da cama é de madeira. As paredes são de fibra de vidro e o mobiliário de madeira, assim como o piso.

Para dar mais funcionalidade e praticidade, os principais objetivos dos andares de baixo dos barcos nesta categoria, o estaleiro ainda projetou a lancha para que fosse possível ter duas opções de acomodação: duas camas de solteiro que se convertem em uma cama de casal. Outros diferenciais são as luzes incandescentes de leitura direcionáveis na cabeceira da cama e a gaveta na barra da cama para acomodar bagagens.j

AcimA dos 30 Pés, As cAbines dos bArcos já Permitem mAis PriVAcidAde, inclusiVe com bAnheiro

Cabine da Key Largo 28

Banheiro privativo na Phantom 300

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Uma boa cama de casal na Faeton 330 Fly

A cabine de hóspedes não fica por menos. Também são utilizados materiais como couro e madeira na cama de casal. Além das luzes de leitura, esta cabine também vem com armário com cabideiro e bancada de apoio. No banheiro, o maior destaque fica por conta do box dobrável para banho em duas lâminas de acrílico e acabamentos de aço inox.

Com pouco mais de 11 metros de comprimento total, a Faeton 380 HT será a primeira embarcação da Astondoa a ser produzida no Brasil, na fábrica que o estaleiro está instalando em Santa Catarina. Devidamente adaptada ao gosto do brasileiro, possui um diferencial que chama a atenção: a excelente utilização dos espaços.

Resultado de um projeto premiado em Gênova, Itália, como “melhor mini-iate em utilização de área útil”, a 380 HT possui bastante espaço no andar de baixo, tendo capacidade para oito pessoas pernoitarem.

A cozinha fica junto a uma sala de jantar localizada no convés inferior. Bem iluminada, ventilada e climatizada. Conta com uma grande geladeira duplex, forno micro-ondas, fogão e demais equipamentos embutidos nos armários. A sala de jantar, que possui um grande sofá em U revestido com couro, pode ser configurada para pernoite e acomoda até duas pessoas.

Na embarcação são dois camarotes privativos, um localizado na proa e outro à meia-nau. Ambos possuem

detAlhes de AcAbAmento, funcionAlidAde e PrAticidAde fAzem A diferençA quAndo o esPAço é limitAdo

duas camas de solteiro que se transformam em cama de casal. Com bom espaço de circulação e um pé-direito de 1,98 m de altura, os dormitórios garantem o conforto.

Outro barco da Ventura aparece nesta categoria: a V315 Premium, embarcação de 33 pés, lançada em 2011. Mesa que vira cama, targa invertida e cozinha completa são apenas algumas das novidades deste barco, que inicia a linha de produtos de luxo do estaleiro.

O barco foi desenvolvido seguindo as tendências mundiais que trazem um novo conceito de embarcações. A V315 Premium, traz a preocupação com o design. “Nesse barco oferecemos ainda mais conforto aos navegantes sem deixar de lado nossos maiores diferenciais: navegabilidade e desempenho”, destaca Marco Garcia, gerente-comercial do estaleiro.

Um dos pontos de destaque da V315 é o espaço da cabine, com um total de 25 metros quadrados

e o maior pé-direito da categoria, segundo o estaleiro: 1,90 m. Os sofás da proa transformam-se em uma ampla cama de casal, com 1,70 x 2,00 m. Já a cama à meia-nau mede 1,90 x 1,38 m. A mesa de jantar é rebatível e vira uma cama que acomoda confortavelmente uma criança. Eletrônicos opcionais como TV, DVD e aparelho de som compõem o kit da cabine, que possui ainda cozinha com pia e entrada para geladeira, adega, micro-ondas e fogão. Todas as cabines, até mesmo a suíte à meia-nau, são equipadas com armários de madeira.

O projeto permite alteração nas cores de estofamentos e madeiras, ajustando-se ao gosto do cliente. “É um projeto bastante funcional”, explica Garcia. “Todos os espaços foram pensados minuciosamente para proporcionar ao cliente conforto e praticidade.”j

Iluminação natural na Ventura 315

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Fino acabamento da Intermarine 42

Outro destaque desta categoria é a Phantom 300, considerada o maior sucesso comercial da Schaefer Yachts, com mais de 1,2 mil unidades vendidas. Com pé-direito na cabine de 1,80 m, o luxo – marca registrada da Schaefer Yachts – permeia todo o projeto.

“Tudo foi pensado para oferecer o máximo de conforto, potência e navegabilidade para uma embarcação deste perfil”, explica Márcio Schaefer, proprietário da empresa e projetista dos barcos da Schaefer.

Neste barco, Schaefer projetou uma cama de casal na cabine, além de um sofá-cama que pode ser transformado em outra cama para duas pessoas. A Phantom 300 pode ser equipada com motores entre 240 e 380 HP e possui tanque de 300 litros.

de 40 A 49 PésCom mais de 30 anos de experiência projetando e construindo iates, o estaleiro Aqua Yachts apresenta

nesta categoria a Acqua 400 HT. A lancha foi eleita a melhor de 38 a 40 pés, no Rio Boat Show. Segundo Paulo Roberto Leite, diretor-industrial da Aqua Yachts, um dos motivos pelo prêmio foi o aproveitamento da cabine interna, que foi concebida após longas pesquisas de mercado junto aos usuários. “Partindo destas informações, a equipe de projetos da Aqua Yachts incorporou um novo conceito de interior, com inovações que certamente atendem às necessidades dos clientes no Brasil.”

A amplitude da cabine, grande preocupação dos estaleiros, é possível graças a um conjunto de fatores: o salão com 2,10 m de pé-direito e com iluminação natural a partir de uma ampla claraboia no teto, porta mais larga, vigias laterais e dois vidros laterais blindados, com um metro quadrado de área. No entanto, Leite destaca como a maior sacada do projeto a integração total entre salão, cozinha e cabine de proa que, por meio de painéis deslizantes e acionadores

hidráulicos, transforma este grande salão com um sofá para oito pessoas em dois ambientes.

Ou seja, trata-se de uma cabine reversível, transformando parte da sala de estar em um quarto, contando com um sofá que se ergue automaticamente para completar a cama e uma divisória completamente embutida. A solução otimiza bastante o espaço útil da embarcação e adapta-se aos diversos perfis de usuários.

“Nele temos a cabine de proa com cama queen size, TV de 32 polegadas, ar-condicionado com comando independente de 16.000 BTUs, 1.200 litros de espaço em armários, pé-direito de 1,90 m e além disso, um salão com sofá para quatro pessoas, mesa de centro, cozinha com micro-ondas, geladeira, pia com água quente e fria, adega, cafeteira Nespresso, ampla bancada de trabalho, com gavetas e 500 litros de espaço em armários, todos com iluminação automática, forração antirruídos e amortecedores hidráulicos bidirecionais para impedir vibrações durante a navegação”, explica Leite. j

de 40 Pés PArA cimA, os bArcos já começAm A gAnhAr o climA de umA cAsA, com direito A receber conVidAdos com muito conforto

Cuidado nos detalhes da Aqua 400 HT

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Continuando a lista de atrativos citada pelo diretor-industrial, a lancha ainda possui um amplo banheiro com box equipado com coluna de spa, contendo seis duchas direcionais, vaso elétrico totalmente embutido e 300 litros em armários.

A suíte de meia-nau tem pé-direito de 2,00 m, uma cama queen size, ar-condicionado de 6.000 BTUs com comando independente, TV de 22 polegadas, com Blue Ray, banheiro com coluna de spa, vaso sanitário elétrico embutido e um espaço totalmente dedicado às mulheres, chamado Aqua Ella, com bancada, espelhos, amplos armários e secador de cabelo embutido.

Outra grande inovação no interior da Aqua 400 HT são as portas dos banheiros e cabines, dotadas de molas hidráulicas inteligentes, que podem permanecer abertas em três posições e fecham automaticamente quando a lancha entra em movimento, amortecendo qualquer vibração durante a navegação.

A vontade de fazer o melhor também esteve presente no estaleiro Sessa Marine ao criar a C40. “Este projeto surgiu de um desejo de criar um novo best-seller”, diz Massimo Radice, responsável pelo projeto de implantação da Sessa no Brasil. “A C40 trouxe para o mercado brasileiro a melhor relação entre custo e benefício, em uma embarcação que não faz concessões e que vem se destacando em termos de qualidade, estilo e design.” Um dos pontos-chave desse barco para conquistar o cliente é a otimização do espaço interno que lhe permite ter uma das maiores casas de banho em sua classe. Outro importante diferencial é que o barco possui uma cabine principal independente, além de uma cabine de popa com duas camas de solteiro que facilmente se transformam em uma cama de casal. O acabamento interno é todo feito com madeira no melhor estilo italiano. A cozinha completa também é destaque no projeto, composta por minibar, balcão de apoio, prateleiras e fogão.

cAdA estAleiro tem As suAs fórmulAs PArA AgrAdAr Ao cliente, umA delAs é deixAr A cAbine Ao gosto do ProPrietário

A iluminação é outro ponto forte na embarcação. A estrutura linear dá importância à luz, através dos painéis de vidro com grandes dimensões. A ótima iluminação natural estende-se por todo o barco, inclusive no banheiro e nos dois camarotes.

Um pouco maior, com 45 pés, a Sessa 45 Fly destaca-se por ter sido a primeira embarcação deste tamanho com três cabines. “A Fly 45 é um desses projetos que parecem simples, até mesmo óbvios. Mas, quando se olha para o produto finalizado (um iate espaçoso, iluminado, confortável, que consegue reunir necessidades geralmente conflitantes), revela-se, na verdade, um design altamente complexo.”

Para conseguir montar as três cabines com um bom tamanho, o estaleiro decidiu levar a cozinha para o deque superior. Desta maneira, todas as cabines são equipadas com camas de casal e têm à disposição dois banheiros com chuveiros individuais abaixo do deque.

Com quase 45 pés, a Intermarine apresenta a Intermarine 42. Segundo o estaleiro, é a menor embarcação da nova linha, mas traz todas as qualidades encontradas nos modelos maiores. O interior do barco é assinado por Karol de Paula, uma talentosa designer de interiores com longa experiência no mercado náutico.

A nova 42 é fruto da experiência do estaleiro e reúne não apenas tendências em design, mas j

Pé-direito elevado na Sessa C40 Cabine de convidados da Sessa 45 Fly

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também soluções desenvolvidas pela Intermarine que resultaram em vários ambientes confortáveis, práticos, requintados e muito luminosos.

As amplas janelas proporcionam máxima iluminação natural e uma vista privilegiada do mar em todos os ambientes. Com 13,7 m de comprimento total, a 42 acomoda quatro pessoas para pernoite, mais um tripulante, se o proprietário preferir uma cabine de marinheiro opcional no lugar de um paiol na popa.

Localizada no deque inferior, a bombordo (à esquerda), a cozinha da 42 é prática e muito arejada. Possui geladeira de 240 litros, cooktop de duas bocas, pia, bancada de trabalho, diversos armários e gavetas e é iluminada pelas amplas janelas do salão e do costado.

No deque inferior, a suíte máster fica na proa e a suíte de convidados à meia-nau, a boreste (à direita). A suíte máster possui cama de casal, amplos armários e grandes

janelas com vista para o mar. Seu banheiro, além de elegante, é bastante espaçoso e possui box fechado e separado, um diferencial em barcos desta categoria.

A suíte de hóspedes possui duas camas de solteiro, que podem ser convertidas em cama de casal, e grande janela com vista para o mar. O banheiro, funcional e elegante, possui acesso também pelo corredor do deque inferior.

A V410 Premium representa um marco para o estaleiro Ventura. Lançado no Rio Boat Show 2012, este barco é um projeto da Yamaha Motors Company fabricado na Ásia, na Europa e agora no Brasil, pela Ventura Marine. Para fabricar a V410 Premium, a Ventura construiu uma nova fábrica com 5 mil metros quadrados, para se encaixar nas diretrizes estabelecidas pela Yamaha para garantir seu padrão de qualidade.

O barco possui dois camarotes, sendo um máster e um à meia-nau, além de banheiro. Logo na entrada do salão, o barco possui cozinha integrada à sala,

para atender também a praça de popa. De acordo com o estaleiro, o projeto deste barco levou em conta principalmente o design, que é completamente diferente de qualquer outro barco existente no Brasil. Imponente, pomposa e robusta, a V410 é admirada por onde passa. O projeto prima pela estética e pelo desempenho da embarcação.

O barco possuiu itens que o tornam confortável e funcional, sendo de série aparelho de som, TV, DVD, geladeira, micro-ondas, adega, etc. Neste barco são utilizados os mais diversos tipos de materiais, como madeira, inox, Corian, acrílico e vidro.

de 50 A 60 PésAs lanchas dessa categoria são a partir de 15 metros. E dentro disso a Astondoa Fly 52 é um barco que tem características um pouco diferenciadas. A lancha possui em seu andar de baixo três cabines e uma cozinha j

VAle tudo PArA conseguir o glAmour e o conforto que os clientes – e seus bolsos – esPerAm encontrAr

Estilo futurista da Ventura 410

Linhas da Intermarine 60 combinam elegância e ousadia

Capa ÁREA íntimA

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60 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 61

supercompleta, que vem inclusive com lavadora de roupa. Alguns mimos diferenciados ainda são oferecidos, como a penteadeira na suíte máster à meia-nau.

Dos três camarotes, dois são suítes. A máster tem bom tamanho e fica à meia-nau. No local, teto e paredes são revestidos de couro, o mobiliário é de madeira e a cama tem medidas de 1,50 x 1,90 m. Como já foi dito anteriormente, também vem equipada com uma penteadeira com espelho.

Já a outra suíte também é decorada e revestida basicamente com os mesmos materiais, mas é um pouco menor e tem o diferencial de ter janela panorâmica a bombordo e a boreste. O banheiro também é um pouco

menor, com bancada de madeira, box dobrável e ducha de aço inox com regulagem de temperatura de água. Há ainda a cabine de hóspedes com duas camas de solteiro.

No geral, as cabines são um pouco menores do que as dos barcos desta mesma categoria, mas isso só acontece porque foi projetada uma boa cozinha com forno micro-ondas, muitos armários, fogão de mesa elétrico, geladeira biplex e uma lavadora de roupas embutida abaixo da escada.

A Intermarine também possui um modelo nesta categoria: a Intermarine 60. Segundo o estaleiro, a 60 traz inovações não apenas no design, mas também em seu interior. Possui três suítes que acomodam seis

nA cAtegoriA AcimA dos 60 Pés, os bArcos já são bAstAnte grAndes e o AProVeitAmento de esPAço já se tornA mAis fácil

pessoas em pernoite e dois tripulantes, um diferencial na categoria de barcos de 60 pés.

Projetada pela Intermarine, com a colaboração do estúdio Fernando de Almeida Yacht Design, que assina o interior da embarcação, a nova 60 possui linhas combinando elegância e ousadia, e as grandes janelas do salão, por seu formato dinâmico, trazem a sensação de movimento. As áreas internas da embarcação trazem como diferencial o requinte e o excelente aproveitamento dos espaços com mobiliário de linhas retas. A nova 60 conta com três amplas e confortáveis suítes, a principal à meia-nau, mais cabine de marinheiro. A embarcação de luxo também satisfaz os que apreciam a arte da gastronomia, com a cozinha integrada ao salão e um gourmet center na praça de popa.

O acesso aos aposentos íntimos é feito por uma escada no centro do salão. No deque inferior, a suíte máster ocupa toda a largura da embarcação e nela, além do banheiro com box fechado, há uma cama de casal

queen size e dinete (poltronas e mesa). Grandes janelas com vista para o mar complementam o ambiente com iluminação natural e beleza.

A suíte vip, na proa, também oferece muito conforto para um casal, com cama queen size, amplas janelas e banheiro. A suíte de hóspedes, localizada a boreste, possui duas camas de solteiro que se convertem em cama de casal, através de mecanismo deslizante. Também possui banheiro e amplas janelas com vista para o mar.

Outro diferencial da 60 está nos três banheiros da embarcação. Espaçosos e cuidadosamente planejados, todos têm box separado para banho, o que os torna ainda mais práticos e funcionais. A cabine de marinheiros acomoda dois tripulantes e possui banheiro privativo.

AcimA de 60 PésNesta categoria os barcos já são bastante grandes, de modo que o aproveitamento de espaço já se torna mais fácil de ser feito, e o grande destaque acaba sendo j

Na Sessa C68, a luz é elemento fundamental Cabine e banheiro unem-se através de uma parede de vidro

Capa ÁREA íntimA

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62 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 63

o luxo de cada barco, o design arrojado e os acabamentos e materiais utilizados.

O estaleiro Schaefer possui o modelo 620, o primeiro acima de 60 pés da fábrica catarinense. A lancha possui três camarotes e quatro banheiros, podendo acomodar até seis pessoas para pernoite. Conta ainda com sala de jantar e cozinha e tem duas versões de acabamento interno. A Pininfarina, um dos maiores estúdios de design do mundo, responsável pelo desenho de marcas como Ferrari e Maserati, assina uma das opções de design interno da Schaefer 620 Pininfarina, marcando a entrada da empresa no mercado brasileiro. “A experiência de cada empresa em seu respectivo mercado é a chave para o sucesso desta parceria e queremos nos provocar e buscar inovações”, comenta Márcio Schaefer.

A maior embarcação da Sessa Marine, que está há um ano no Brasil, é também o carro-chefe do estaleiro. A C68 foi lançada em 2010 na Europa e possui como principais características a otimização na divisão

dos espaços, a elegância na escolha dos materiais e principalmente as entradas e planejamento de luz, feitas através de amplas áreas envidraçadas.

Seu design inovador, com estilo próprio inspirado nos carros esportivos dos anos 30 e 40 e com um toque de modernidade, foi projetado para que o proprietário possa aproveitar da melhor forma e com o maior requinte o tempo com amigos e familiares como se estivesse em sua própria casa.

A espaçosa área interna pode ser adaptada para até quatro camarotes, acomodando confortavelmente 14 pessoas durante o dia e até sete pessoas para pernoite. A cabine principal, localizada na proa, destaca uma das características marcantes da C68, na qual a luz é elemento fundamental: a cabine e o banheiro unem-se através de uma parede de vidro formando assim um efeito de spa, evidenciado pela iluminação cromática do chuveiro. A cozinha também é um ponto de destaque no andar de baixo dessa embarcação. Completa e funcional, privilegia a ergonomia e a estética e vem equipada com uma magnífica adega, iluminada com LED, um exemplo notável do espírito refinado do iate.

A Intermarine também tem um modelo que entra nesta categoria. A Intermarine 75, de acordo com o estaleiro, foi concebida para atender o cliente que quer o máximo de design, espaço e conforto em uma embarcação. Possui quatro suítes, sem beliches, um diferencial do novo modelo, e duas cabines de marinheiro. Para o pernoite, acomoda oito pessoas e quatro tripulantes, e em passeios leva 25 pessoas.

As quatro suítes da embarcação estão no deque inferior. Todas muito espaçosas, arejadas, possuem amplos armários e todos os banheiros com box fechado; mais um diferencial da embarcação. A suíte máster, localizada à meia-nau, possui cama queen size, janelas, banheiro e closet. A suíte vip, na proa, possui cama queen size, grandes janelas e banheiro. As duas suítes de hóspedes possuem duas camas de solteiro cada uma e banheiros privativos.

Conforto. Esse é o principal conceito do design interior dos iates da Azimut, que possui um departamento especializado, com profissionais de design e arquitetura para elaborar os layouts internos de suas embarcações. As maiores atenções j

o grAnde destAque AcAbA sendo o luxo de cAdA bArco, o design ArrojAdo e os AcAbAmentos e mAteriAis utilizAdos

Amplos armários na Intermarine 75

Arranjo racional do espaço na Ferretti 870

Capa ÁREA íntimA

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64 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 65

na decoração são para criar espaços aconchegantes e adequar a luminosidade, segundo eles. “Lançamos tendências no mercado náutico e nossa expectativa através dessas novidades constantes é a possibilidade de transferir aos consumidores brasileiros a experiência inesquecível da navegação através de nossos produtos e serviços”, afirma Francesco Ansalone, diretor de marketing do Grupo Azimut-Benetti. “A nossa missão é construir a embarcação mais bonita, confiável, tecnológica, inovadora e assisti-la sempre em qualquer lugar.”

Na Azimut 88 o acesso aos camarotes já é diferenciado. Ele é feito por dois lugares diferentes. No salão principal, ao lado do lavabo, há uma escada que conduz somente à suíte dos proprietários. Para chegar à suíte vip e às duas outras suítes de hóspedes, o acesso é feito por uma escada ao lado da estação de comando.

O andar inferior abusa da iluminação natural, com sete janelas verticais em cada lado do casco, sendo quatro para a suíte dos proprietários e três para cada suíte de hóspedes. Apenas o camarote vip, na proa, utiliza janelas horizontais, todas muito grandes e com a função de levar a luz natural para dentro da embarcação. A área da tripulação está no mesmo andar, porém, em local oposto, na popa, com entrada por uma escada no deque traseiro.

Espaçoso e confortável, o novo projeto do Ferrettigroup, a Ferretti 870, foi elaborado para permitir o aproveitamento completo de todos os espaços a bordo. “Na Ferretti 870 nós mantivemos intocadas todas as forças de seu predecessor, particularmente o arranjo racional do espaço”, explica Alessandro Tirelli, gerente de marca da Ferretti Yachts. “O design do exterior melhorou consideravelmente, inspirando os modelos

A ideiA é leVAr o Ambiente dA cAsA PArA o mAr, ou sejA, umA continuidAde dA cAsA do ProPrietário é leVAdA PArA A embArcAção

mais recentes da marca e explorando ao máximo a superestrutura longa – uma solução que também nos permite modificar radicalmente o layout interior, beneficiando o conforto e o espaço a bordo. Todos os hóspedes podem aproveitar de soluções de layout inovadoras e brilhantes nesta embarcação de mais de 26 metros, assegurando excelente desempenho, navegação silenciosa e maior privacidade.”

O casco, em particular, apresenta não apenas duas amplas janelas na cabine principal, mas também grandes janelas circulares na cabine de hóspedes e duas janelas na cabine vip da proa, resultando em muita iluminação interna.

No quesito “acabamentos internos”, o projeto da Ferretti 870 é caracterizado pelo refinado carvalho, naturalmente tingido em tom de nogueira, que também pode ser encontrado em portas e gaveteiros, com topos laqueados e molduras reforçadas.

No deque inferior, o projeto explora ao máximo o espaço ampliado da embarcação, principalmente em benefício do layout interior, também graças ao posicionamento de todas as cabines em direção à popa – mais larga e, consequentemente, mais confortável. Para realizar esta mudança, não foi necessário fazer j

mudanças na casa de máquinas, nos dormitórios da tripulação e na garagem, no entanto, o resultado são cabines definitivamente maiores, principalmente a máster e a de hóspedes a bombordo.

O projeto da Ferretti 870 apresenta três cabines de casal (cujas camas podem ser separadas) e uma quarta cabine com camas de solteiro – todas com seu próprio banheiro e box de banho.

Em geral, a decoração do deque inferior faz um uso extensivo de madeira e couro para as camas e cabeceiras. O banheiro da cabine máster conta com duas cubas de Corian em uma superfície de mármore. O acesso ao chuveiro é feito por uma porta de vidro, enquanto a área do vaso sanitário é separada do resto do banheiro por uma porta deslizante.

As cabines de hóspedes também melhoraram consideravelmente, resultando no aumento de espaço disponível e janelas maiores, que proporcionam incrível luminosidade. A cabine vip na proa conta com duas janelas redondas, sob a qual – a estibordo – há um confortável sofá. A penteadeira encontra-se na parede a bombordo. Esta cabine também se destaca por suas superfícies de madeira, cabeceiras de couro e ventilador de teto.

Na Azimut 88, o andar inferior abusa da iluminação natural Suíte e cabine de convidados da Azimut 88

Capa ÁREA íntimA

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66 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 67

O andar de baixo da embarcação foi feito para relaxarCada estaleiro tem a sua fórmula para agradar ao cliente. E não importa o tamanho, seja na decoração seja no aproveitamento do espaço, criatividade é fundamental. S

áreA ÍntimA

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Capa ÁREA íntimA

Em embarcações maiores, a planta do andar de baixo pode ser maior do que muitos apartamentos

BanheirosDependendo da embarcação e seu tamanho, os banheiros podem ser privativos ou sociais. Normalmente as cabines máster e vip contam com banheiros privativos.

Cabine de hóspedesPodem ser uma ou mais, com banheiro privativo ou não. Com camas de solteiro ou de casal, acomodam os filhos da família ou convidados.

Cabine vipEm geral a cabine vip está situada na proa. Deve ter o pé-direito alto, suficiente para os hóspedes ficarem em pé sem se curvar. A iluminação normalmente é proporcionada por uma gaiuta logo acima da cama de casal e por vigias nas laterais.

Cabine principalA suíte do proprietário normalmente fica no meio da embarcação e ocupa toda a largura do barco. Tem a maior cama, closet, armários e também a maior visão, com grandes janelas em ambos os lados.

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68 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 69

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Após mais de 30 anos de mercado, o estaleiro paulista Colunna Yachts mostra como ainda é possível inovar. Em 2011 apresentou ao mercado a Colunna Sport Cruiser de 43,5 pés. Grande por dentro e por fora, a lancha acomoda até 16 passageiros e pode ser utilizada em água doce ou salgada, agradando a todos os públicos e necessidades. “A Sport Cruiser SC 435 Open foi lançada em 2011 com grande sucesso”, conta João Victor Eduardo Colunna, o precursor de toda essa história

de sucesso. “No momento em que a lançamos, começamos o projeto do mesmo barco na versão hardtop, que teve seu lançamento oficial em fevereiro de 2012.”

Com 18 anos, Eduardo iniciou a trajetória da Colunna quando, em 1981, idealizou, desenvolveu e fabricou seu próprio jet ski para um trabalho de conclusão do seu curso de projetos e design. Sozinho, ele desenvolveu o casco e moldou peça por peça do motor e do hidrojato, um dos primeiros desse tipo no país.

Os anos passaram e, além dos jet boats, Colunna lançou barcos que fizeram história, como a 235 Open e a 325 Sport Cruiser, para então chegar à 435. De acordo com Eduardo, essa embarcação foi desenvolvida pensando nos clientes que procuram qualidade aliada a performance, segurança e conforto. “Temos tudo isso reunido numa embarcação com design atual, muitas soluções funcionais e excelente custo-benefício”, conta.

GRANDE POR DENTRO E POR FORAEstaLEIRO COLunna YaChts InOva COM a sPORt CRuIsER 435 OFERECEndO aPROvEItaMEntO dE EsPaçO, quaLIdadE E BOM PREçO POr AmANdA KAseCKer

www.COLUNNA.COM.BRPERFIL COLUNNA 435

j

PERFILNÁUTICO 71

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72 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 73

cujo espaço é considerável: 4 metros quadrados. No mais, um sofá com espaço para seis pessoas, uma espreguiçadeira e assento duplo para o piloto. Quem senta ali também não se decepciona. “A performance de navegação deste casco é surpreendente“, fala Colunna. Econômica, possui quatro opções de motor a diesel, sendo três da Volvo e um da Mercruiser.

Além disso, o salão vem equipado com cozinha, muitos armários e iluminação diferenciada com LED. Na sala, logo se vê uma mesa e sofá para cinco pessoas.

A decoração é moderna e conta com móveis com acabamento de madeira nobre e estofados feitos com materiais específicos para uso náutico. “Todo o projeto de acabamento interno, tipos de materiais, tecidos, cores e decoração foram desenvolvidos por uma decoradora náutica com quem temos parceria, seguindo todas as tendências atuais“, explica Eduardo Colunna.

A parte externa não fica por menos. Para o próprio Eduardo Colunna, além do fato de o barco ter dois banheiros, outro grande diferencial está do lado de fora: a estação de churrasco na popa, perfeita para preparar um peixe ou uma carne para os convidados. Ela vem equipada com grill e uma pia e fica na plataforma,

É importante lembrar que a Sport Cruiser conta com dois modelos: um com proa aberta e o HT, que é fechada. E entre as duas a única diferença fica por conta da cobertura. Na disposição e nos espaços o barco é o mesmo. Para quem quiser incrementar o barco, a Sport Cruiser ainda conta com diversos itens opcionais que trazem mais conforto e sofisticação,

Sem revelar quantas unidades já foram vendidas, o diretor-presidente da Colunna mostra-se animado com as vendas deste modelo, que é o maior do estaleiro. “Estamos animados com as vendas deste modelo para o verão, possuímos diversos modelos de barcos, que se enquadram em todas as situações”, fala Eduardo Colunna. “Por sermos um estaleiro brasileiro, conhecemos as peculiaridades dos nossos clientes e buscamos desenvolver cada vez mais embarcações que se adéquam a todas as necessidades e estilos, com preço competitivo.”

A completAUma lancha completa. Essa poderia ser a melhor descrição para a SC 435, o mais recente lançamento da Colunna Yachts. Logo de cara se vê a ideia de espaço que o estaleiro queria passar para seus clientes. Com uma altura de 1,95 metro na entrada da cabine e 1,90 metro na suíte máster, a grande maioria das pessoas consegue ficar confortavelmente na cabine do barco.

Ao entrar na cabine, a melhor e maior surpresa: o barco possui duas suítes equipadas para conforto total dos passageiros. Em uma delas, as duas camas de solteiro ainda se transformam em cama de casal.

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O barco possui duas suítes, em uma delas as duas camas de solteiro ainda se transformam em cama de casal

Cozinha bem equipada e banheiro confortável

Grande por dentro e por fora, a lancha acomoda até 16 passaGeiros e pode ser utilizada em áGua doce ou salGada

PERFIL COLUNNA 435

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74 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 75

PERFIL COLUNNA 435

Europa e nos EUA, porém não se pode dizer que nosso mercado esteja em alta” afirma o diretor.

Outro ponto destacado por Eduardo é que, ao contrário do que muitos pensam, os estaleiros brasileiros não levam vantagem pelo fato de o governo ter aumentado os impostos para os produtos que vêm de fora. Isso porque, de acordo com ele, os impostos aqui no Brasil ainda são altíssimos e temos muito pouco incentivo. “Nossa indústria é praticamente artesanal e demanda muita mão de obra, deveríamos ter mais incentivos para podermos beneficiar a sociedade ainda mais, gerando mais empregos diretos e indiretos e divisas para nossa economia.” Porém, mesmo com as dificuldades, a Colunna Yachts vive ótima fase e pretende crescer ainda mais. Ainda para este ano, está sendo desenvolvido um novo modelo de embarcação para completar os espaços entre os modelos da linha.

como adega, DVD Blue Ray, ar-condicionado, TV de LED e farol com controle remoto.

excelente custo-benefícioEm resumo, o diretor-presidente da Colunna afirma que a 435 tem o melhor custo-benefício para este porte de barco no mercado nacional. Segundo ele, são três pilares que guiaram a idealização desta embarcação, e dentro deles está o bom preço, além da qualidade dos materiais e acabamentos e o aproveitamento do espaço, como já foi mostrado.

Apesar das expectativas do estaleiro serem as melhores, Eduardo Colunna vê que o país está um pouco afetado pela crise mundial. “A economia mundial está bastante afetada e acredito que o Brasil não é uma ilha sem sofrer consequências deste momento internacional difícil, claro que por aqui não está tão ruim como na

SC 435 OPEN E HT COMPRIMENTO TOTAL: 13,26 mBOCA: 3,95 mÂNGuLO V NA POPA (DEADRISE): 20ºCALADO COM PROPuLSãO: 0,70 mTANQuE DE COMBuSTÍVEL: 750 L + 180 L (reserva opcional) TANQuE DE áGuA: 200 L + 200 L (opcional) Pé-DIREITO NA ENTRADA DA CABINE: 1,95 mPé-DIREITO NO COCKPIT: 2,00 mPé-DIREITO DO BANHEIRO DA SuÍTE MáSTER : 1,95 mPé-DIREITO DO BANHEIRO SuÍTE SECuNDáRIA: 1,86 mMOTORIzAçãO RECOMENDADA: 2 x Mercruiser QSD 350 HP Diesel ou 2 x Volvo D6 370 HP ou 400 HPPESO DO BARCO SEM MOTOR: 7.800 kg

COMPRIMENTO TOTAL: 13,26 m

BOCA

: 3,9

5 m

ESPECIFICAçõES TéCNICAS

Ao lado do posto de comando, a passagem fechada para as cabines permite privacidade

Nos dois modelos, aberto ou HT, espaços internos e externos são valorizados

para incrementar o barco, itens opcionais como adeGa, dVd, blue ray, ar-condicionado, tV de led e farol com controle remoto

j

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SITE: www.colunna.com.brTELEFONE: (11) 4366-2800

SERVIçO

De projeto A negócioDepois de ser a pioneira dos jet boats no Brasil, a Colunna atualmente comercializa dois modelos deles que acomodam até seis pessoas com total segurança e comodidade. O estaleiro também teve uma parceria com o Instituto Ayrton Senna e produziu e comercializou o jet boat Senna. Além dos jet boats, a Colunna também possui em seu portfólio os modelos de barcos de 23,5 e 32,5 pés.

Reconhecido nacional e internacionalmente, o empresário Eduardo Colunna acumula a função de presidente da Acobar (Associação dos Construtores de Barcos e seus Implementos) há dois anos.

Do mar para a terra, a Colunna também está presente no setor automobilístico. A empresa fabrica peças de carros de competição na modalidade Stock Car para a Porsche, entre outras.

Localizada em São Bernardo do Campo, de frente para a Rodovia Anchieta, a Colunna Yachts possui uma área de produção de quase 10 mil metros quadrados que não para de se diversificar. S

“Será uma embarcação de 28 pés. O público-alvo para este novo modelo será o cliente exigente e já conhecedor de barcos, principalmente aqueles que possuem barcos entre 20 e 23 pés e querem subir um degrau, fazendo então um up-grade para 28 pés”, conta Eduardo Colunna. Ainda segundo ele, esta embarcação terá design moderno, excelente navegabilidade, layout de cabine e cockpit projetado para funcionalidade e conforto, com a qualidade de acessórios e excelente acabamento.

ainda este ano será desenVolVido um noVo barco para completar os espaços entre os modelos da linha

PERFIL COLUNNA 435

Na plataforma de popa há espaço para mergulhos e banhos de sol

Contact Condutores Elétricos Ltda. Rua Biguaçu, 685 - Bairro dos Municípios - 88337-450Balneário Camboriú, Santa Catarina. (47) 3366 3835 - www.csnautica.com.br

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78 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 79

Lançada em julho desse ano pelo Ferrettigroup, a Pershing 74 é uma embarcação capaz de unir design, velocidade e segurança. Isso porque ela é a primeira lancha offshore do mundo que conta com um mini flybridge e segundo comando. Inovador na estética

e na segurança, este modelo também se destaca por sua personalidade, iluminação e distribuição de espaços.

O modelo é uma evolução da Pershing 72, um barco que está diretamente ligado ao sucesso do

estaleiro no Brasil. A principal diferença, além do fly, é o design mais moderno e agressivo. O desenho é uma criação do designer Fúlvio de Simoni, em colaboração com o AYT (Advanced Yacht Technology) do Ferrettigroup e de toda a equipe de arquitetos e designers do Centro de Estilo do grupo.

Com estas características, a Pershing 74 adapta-se a vários tipos de clientes. “A embarcação

é voltada para o público que quer ter a tradição de uma marca conceituada italiana, com linhas modernas, atrelada a uma performance e a um desempenho

VELOciDADE E sEGuRANçA

j

a PERshIng 74 tEM uM PROjEtO InOvadOR E Lança uMa nOva tEndênCIa MundIaL.O PRIMEIRO MOdELO OFFshORE COM FLYBRIdgE. sEguRança PaRa navEgaR EM aLtas vELOCIdadEs POr ANgelO sfAIr

PERFILwww.FERRETTI.COM.BR

PERSHING 74

A primeira lancha offshore do mundo com um flybridge e segundo comando

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altos”, aponta Marcelo Moura, diretor de marketing do Ferrettigroup Brasil.

Apesar de ser uma nova embarcação, as características tecnológicas que fizeram da versão 72 um grande sucesso permaneceram. Entre elas está a porta entre o cockpit e o salão, que integra o exterior e o interior em um mesmo ambiente. A conjugação permite um melhor aproveitamento destes espaços, além de proporcionar aos tripulantes um contato maior com o mar.

As novas janelas laterais da Pershing 74 são maiores do que as da sua antecessora e dão uma nova cara para a embarcação, que utiliza artifícios tecnológicos de última geração. Desta forma, ela ganha uma personalidade única, com perfil mais esguio e aerodinâmico.

O modelo segue o padrão da linha Pershing, que, segundo o diretor de marketing do grupo, consiste em um barco de “alto desempenho, rápido deslocamento, linhas modernas e amplas, aliados ao máximo do luxo a bordo”. A embarcação será a segunda da linha a ser produzida em território nacional, além da Pershing 64.

De acordo com Marcelo Moura, a Pershing – que chegou ao Brasil em 2002 – é a segunda marca mais importante do Ferrettigroup, principalmente pelo perfil do brasileiro, que adora máquinas velozes na água.

potênciAA motorização leva a lancha de mais 22 metros de comprimento e 5,50 de largura a uma velocidade de 44 nós. São dois motores MTU Common Rail de 1.950 HP, com propulsão Searex e hélices de alta performance em superfície. Mesmo em altas velocidades, o conforto a bordo é grande.

o flybriDgeLançando uma nova tendência, o flybridge da 74 está praticamente camuflado. “A principal característica deste iate é a combinação de um sutil flybridge em j

O grande salão integrado à praça de popa é o ambiente mais movimentadoCabines e banheiros de fazer inveja a muitos apartamentos

PERFIL PERSHING 74

o modelo é uma eVolução da pershinG 72, um barco que está diretamente liGado ao sucesso do estaleiro no brasil

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82 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 83

j

COMPRIMENTO TOTAL: 22,66 mCOMPRIMENTO úTIL: 21,61 mLARGuRA MáXIMA: 5,50 mTANQuE DE COMBuSTÍVEL: 4.500 LTANQuE DE áGuA: 990 LMOTORES: 2 x MTU 12V 2000 / M94 – 1948 MHPPROPuLSãO: ZF SEAREX SR140SVELOCIDADE MáXIMA: 44 nósALCANCE: 280 milhas náuticasCABINES: 3BANHEIROS: 3CABINES DE TRIPuLAçãO: 1BANHEIROS DE TRIPuLAçãO: 1CAPACIDADE MáXIMA: 16

COM

PRIM

ENTO

TOT

AL: 2

2,66

m

BOCA: 5,50 m

ESPECIFICAçõES TéCNICAS

A casa das máquinas e os motores que impulsionam a Pershing 74

PERFIL PERSHING 74

uma embarcação offshore, apresentando mais segurança ao navegar”, explica Marcelo Moura. O acesso ao segundo comando se dá por uma escada hidráulica de fibra de carbono embutida no teto. A novidade aumenta

a segurança ao pilotar em altas velocidades e, como a aceitação dos clientes foi excelente, a partir de agora todos os próximos lançamentos da linha Pershing irão contar com este diferencial.

a pershinG – que cheGou ao brasil em 2002 – é a seGunda marca mais importante do ferrettiGroup

Por fora a lancha é imponente, do flybridge a visão é espetacular

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84 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 85

SITE: www.ferretti.com.brTELEFONE: (11) 3552-4000

SERVIçO

prestigiado estúdio Poltrona Frau. Os acabamentos de couro são fantásticos e foram projetados especialmente para combinar com o estilo da Pershing 74. Como é de costume nas criações da Poltrona Frau, os produtos são todos feitos à mão, o que garante uma qualidade superior.

ferrettigroupFundado há 44 anos pelos irmãos Norberto e Alessandro Ferretti, o grupo está em 72 países diferentes. No Brasil, o estaleiro atua desde 1991, por intermédio de Marcio Christiansen, acionista e CEO do Ferrettigroup Brasil. Em 2012, o grupo inaugurou seu novo estaleiro, localizado em Vargem Grande Paulista, em uma área de 145 mil metros quadrados, dos quais 42 mil são cobertos. Hoje são cerca de 600 funcionários – número que pode chegar a mil até o fim do ano.

“O Ferrettigroup apostou no Brasil desde o início, com a abertura de um estaleiro com capacidade de produção de 120 barcos ao ano”, afirma o diretor de marketing. “A Pershing é a segunda marca mais importante do Ferrettigroup Brasil e o que se espera é vender seis unidades da Pershing 74 em um ano”, completa. S

exterior confortável Na área externa há também uma passarela telescópica, uma escada hidráulica para entrar na água e garagem de popa. Nesta garagem, a plataforma de lançamento pode se transformar em uma rampa basculante com berço, o que facilita o lançamento de infláveis ou jet skis ao mar.

cAbines e DecorAçãoO modelo conta com uma cabine máster e outras duas cabines para convidados. No total, podem-se abrigar até sete convidados – já que uma das cabines é equipada com uma bicama. Além disso, mais dois tripulantes podem ser abrigados, graças à boa distribuição de espaços do projeto, que foca no conforto de quem está a bordo. O mobiliário é fruto de uma parceria com o

Uma verdadeira garagem para o bote e o jet ski

PERFIL PERSHING 74

no brasil, o estaleiro atua desde 1991, por intermédio de marcio christiansen, acionista e ceo do ferrettiGroup brasil

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uma boca larga, flybridge espaçoso, solário completo, churrasqueira e ambientes integrados. Observando estas características, podemos afirmar que a Astondoa 80 GLX é perfeita para navegar em águas tropicais. A embarcação faz

parte da linha que sofreu uma revitalização entre 2011 e 2012, substituindo a antiga 76. E, com a instalação da nova fábrica do estaleiro espanhol no sul do Brasil, o barco será produzido em série e deve estar com acesso facilitado para o mercado nacional.

A nova 80 GLX é um barco ultramoderno que parte do conceito bastante atualizado de explorar a área externa. A tecnologia aplicada foi da mais graduada, desde o desenvolvimento do projeto até os equipamentos e a motorização.

O cockpit, além de confortável, oferece recursos que facilitam o manuseio da embarcação. “O comando principal é bastante completo, com todos os recursos possíveis de tecnologia, e próximo ao assento do comandante tem um mouse bastante interessante que se comunica com todos os equipamentos do painel”,

DO jEiTiNhO bRAsiLEiRO

j

a astOndOa 80 gLx FOI PROjEtada PaRa atEndER O MERCadO MundIaL, Mas tEM CaRaCtERístICas quE sE EnCaIxaM PERFEItaMEntE nO CLIMa tROPICaL BRasILEIRO POr ANgelO sfAIr

PERFILwww.ASTONDOA.COM.BR

ASTONDOA 80 GLX

áreas externas extremamente valorizadas

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inflável e também aproveitar a parte da popa em um nível abaixo da água.

A cozinha é equipada com freezer, geladeira e uma adega refrigerada embutida no mobiliário. Ao mesmo tempo em que o cômodo faz ligação com a praça de popa, ele também se integra com a sala de jantar.

Adiante observamos esta sala de jantar que também faz as vezes de sala de TV. Mais à frente há um barzinho embutido, com um sistema elétrico eficiente. “Mesmo estando embutido, podemos acionar um sistema elétrico que faz com que o bar suba, e assim ganhamos essa área que anteriormente estava ocupada”, explica Linzmeyer. A televisão também é embutida na parte mobiliária, fazendo com que o ambiente fique bastante clean e agradável.

O espaço gourmet é muito bem distribuído. Além de fogão, churrasqueira, ice maker, refrigerador, ele possui também um projetor. “Como sua tela desce à frente da embarcação, quando se está parado, é possível passar um vídeo, filme ou algo do tipo”, sugere

o diretor. Já na proa observamos outra característica com apelo tropical: o solário com um recurso bastante interessante. Nele há uma formação de mesas e sofás que, aliados a um toldo, formam uma espécie de lounge, onde é possível desfrutar bons momentos com família ou amigos reunidos.

cAbinesAo todo são quatro suítes. O camarote de proa é muito funcional, espaçoso e elegante. À meia-nau, mais duas cabines, podendo ser consideradas másteres. Para estes ambientes há três opções de escolha, que buscam se adequar às necessidades de cada um: podem ser equipadas com uma cama de casal, duas camas

explica o diretor-comercial da Astondoa Group, Anderson Anthony Linzmeyer. Já o segundo comando fica localizado no flybridge e também é de fácil manuseio.

nAvegAçãoApesar de o luxo e o conforto serem características marcantes da embarcação, a navegabilidade não foi deixada de lado. O barco é movido por dois motores MAN de 1.550 HP cada, o que garante potência de sobra para navegar também em altas velocidades. E a grande boca, além de aumentar o espaço interno, colabora na parte funcional. “É uma característica da Astondoa ter a largura bastante grande”, aponta Linzmeyer. “Isso faz com que se ganhe na parte da estabilidade, criando uma embarcação que desliza, com uma navegação diferenciada.”

integrAção Dos AmbientesNa praça de popa encontra-se uma mesa de jantar e, logo ao entrar no salão principal, vemos uma cozinha bastante ampla – ligada diretamente com a praça. Este é um grande diferencial para o mercado brasileiro, já que a área é muito aproveitada em virtude do nosso clima. Outro recurso que se enquadra neste aspecto é a plataforma hidráulica, que permite submergir um

j

a Grande boca aumenta o espaço interno e colabora na parte funcional

A versão número um foi vendida para a Rússia e personalizada pelo proprietário

Potência para navegar em alta velocidade

Detalhe personalizado da decoração

PERFIL ASTONDOA 80 GLX

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90 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 91

de solteiro ou ainda com uma cama de solteiro e um beliche. O camarote principal é bastante amplo e muito luxuoso. Encontramos, por exemplo, um grande closet, um banheiro equipado com sauna a vapor e ainda há a personalização do ambiente. “Pode ser 8 ou 80”, diz Linzmeyer. “Da mais clássica à mais moderna, a decoração vai ao encontro do gosto e do perfil de cada cliente”, completa.

Há também a possibilidade de se ter um camarote para marinheiros. Neste caso, o ambiente comporta até três tripulantes neste espaço.

flybriDgeOutro grande diferencial desta embarcação é o seu flybridge. As embarcações da Astondoa têm como característica a grande boca, e o fly segue essa mesma tônica, sendo muito amplo. Em termos de comparação, a boca da 80 GLX é de 6,30 m e o fly chega a 6 m. Já o espaço interno fica no meio-termo, registrando 6,15 m.

Então cria-se um deque superior bastante aproveitável. Neste local, inclusive, é possível construir mais uma área de lazer para a embarcação. “Podemos instalar, por exemplo, uma banheira ou jacuzzi, que normalmente são as escolhidas por clientes de mercado tropical, mas no fly também se pode colocar um inflável ou um jet ski”, revela o diretor-comercial do estaleiro.

Características como estas fazem da embarcação um exemplar moderno e bastante agressivo. No fly ainda há um hardtop. “É um hardtop com teto elétrico para quem não quer tomar sol, o comandante também pode aproveitar o fly embaixo da cobertura, protegido dos raios solares”, explica Linzmeyer.

AstonDoA no brAsilPrestes a completar cem anos – sua fundação foi em 1916 –, a Astondoa é um dos estaleiros mais tradicionais da Europa. Além dos sete conceituados estaleiros na Espanha, o grupo ainda mantém complexo de marina e fábrica exclusiva de móveis. A Astondoa chegou

ao Brasil em 2010, quando iniciou seus estudos de mercado, participou do primeiro Boat Show em 2011 e logo apresentou produtos para o mercado brasileiro.

E o grupo escolheu o Brasil para inaugurar sua oitava fábrica, que será construída no sul do país. A escolha, de acordo com Anderson Linzmeyer, foi feita com base nas expectativas para o futuro. “Nos próximos dez anos, a Europa e os EUA ainda devem estar com a economia retraída, enquanto o Brasil é um mercado em franco crescimento que deve estar ainda mais forte”, prevê.

Segundo o diretor, o grande pilar de sustentação do grupo são os projetos sólidos com resultados a longo prazo. Quando chegou ao país, trabalhavam na gama de 38 pés; hoje, encontramos embarcações de 26 a 200 pés – divididas nas duas marcas do grupo: Faeton e Astondoa. A primeira trabalha com barcos entre 26 e 40 pés. O restante é representado pela Astondoa.

Durante esse período em que passaram a atuar no Brasil, houve uma adaptação da linha, que passou a incorporar a cultura do mercado latino. O primeiro case de sucesso é a Faeton 380, que será o foco da produção inicial da fábrica brasileira – com previsão de iniciar os trabalhos no final deste ano.

Por enquanto o grupo trabalha com importações e, apesar do custo mais elevado, apenas neste um ano e meio de atuação a procura foi satisfatória. Com base nesses dados é possível afirmar que o estaleiro tem trabalhado de forma consistente no que diz respeito ao desenvolvimento de novos produtos, inovação e agilidade. Outro foco da Astondoa é a personalização do produto. “Os clientes brasileiros que já possuem uma embarcação ou que têm barcos encomendados perceberam que podem ter produtos desenhados ao seu gosto”, aponta Linzmeyer. “Isso fez com que a j

decoração da mais clássica à mais moderna, ao Gosto do cliente

O camarote principal, bastante amplo e luxuoso

Closet da suíte máster, banheiro e quarto de convidados

PERFIL ASTONDOA 80 GLX

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92 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 93

SITE: www.astondoa.com.brTELEFONE: (47) 3046-1049

SERVIçO

será apenas nas embarcações de lazer, mas também nas técnicas, nas quais o estaleiro possui bastante know-how. São embarcações como da área de supply e transporte, por exemplo. “Iremos trabalhar com embarcações de lazer, embarcações técnicas e projetos de marinas; dessa forma, totalizamos os três principais focos com quais a Astondoa vai trabalhar nos próximos dez anos no Brasil”, finaliza. S

Astondoa começasse a ganhar um diferencial entre esses clientes.”

Atualmente o grupo trabalha com 29 embarcações, das quais sete já atuam no mercado brasileiro.

futuroO grupo já tem o desenho para os próximos cinco anos do que vai fazer no Brasil. “Voltei recentemente da Espanha, onde estávamos discutindo projetos para os próximos cinco ou dez anos”, revelou Linzmeyer. “Durante esse período haverá todo um desenvolvimento da operação Astondoa no Brasil, abrangendo inclusive a América do Sul.” E o foco não

COMPRIMENTO: 23,50 mBOCA: 6,30 mCALADO MáXIMO: 1,55 mTANQuE DE COMBuSTÍVEL: 5.800 LTANQuE DE áGuA: 1.550 LCAPACIDADE: 8+2CAMAROTES: 4+2BANHEIROS: 5+1MOTORIzAçãO: 2 x MAN V12 1550 HPVELOCIDADE MáXIMA: 33 nósVELOCIDADE DE CRuzEIRO: 28 nós

COM

PRIM

ENTO

TOT

AL: 2

3,50

m

BOCA: 6,30 m

o Grupo escolheu o brasil para inauGurar sua oitaVa fábrica, que será construÍda no sul do paÍs

ESPECIFICAçõES TéCNICAS

O flybridge com 6 metros de largura é amplo, com direito a banheira ou jacuzzi

Astondoa 80 GLX, moderna, luxuosa e tecnológica

PERFIL ASTONDOA 80 GLX

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94 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 95

uando os amigos Felipe Furquim e Paulo Veloso decidiram transformar seu hobby de velejar em atuação profissional, não imaginavam que a pequena loja de equipamentos para vela, instalada na Vila Madalena, se tornaria uma das maiores empresas do setor náutico no Brasil. Com um portfólio de produtos que inclui

Q embarcações, equipamentos e acessórios, tecidos especiais para casa e para barcos, objetos de decoração e movelaria, a Regatta oferece também serviços de assistência técnica e oficina mecânica para barcos.

Tendo Felipe Furquim como CEO da empresa e Paulo Veloso como diretor-administrativo, hoje a Regatta conta também com outros sócios: Marcelo Galvão Bueno como diretor da Regatta Yachts, Jonas Penteado e Gilberto Barth, este último sócio na

umA hisTóRiA DE PAixãO E VisãO

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jOvEns vELEjadOREs tRansFORMaM hOBBY EM nEgóCIO aO CRIaR a MaIs COMPLEta E MOdERna REdE EsPECIaLIzada EM náutICa dO País, quE COMEMORa 30 anOs EM 2012 POr ThAís ZAgO

PERFILwww.REGATTA.COM.BR

REGATTA 30 ANOS

Sessa C 36, uma das embarcações comercializadas pela Regatta

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divisão de tecidos. Entre tantos desafios, riscos e conquistas, todos concordam que o melhor investimento da Regatta está direcionado às pessoas. “É preciso ter um pessoal competente que conheça a área para atuar bem”, afirma Furquim. “Apesar da alta qualidade dos produtos, estamos convencidos de que nosso maior valor são as pessoas.”

No varejo, 11 lojas comercializam as mais diversificadas e conceituadas marcas mundiais de equipamentos náuticos, acessórios e produtos esportivos, representando com exclusividade algumas marcas como Harken, Jabsco, Rule, Teleflex, Aquapac, Obrien e Marine Bussines. Os produtos também estão disponíveis através do site e do departamento de televendas.

Na divisão Yachts, seis lojas exibem luxuosos e sofisticados modelos de embarcações novas e seminovas, sobretudo das marcas Sessa Marine, Regal, Real (Salvador) e Fishing.

A divisão de tecidos trabalha com material importado e nacional resistentes às intempéries do sol e da chuva, de fácil limpeza e manutenção, com cores e desenhos exclusivos, fibras e texturas inéditas, sendo no Brasil o distribuidor das marcas Ultrasuede, Sunbrella, Ultraleather, Batyline, entre outros. Sentindo a procura por artigos exclusivos para casa e barcos, recentemente abriram uma nova loja para atender a esta demanda.

De hobby A negócioA primeira loja, na Vila Madalena, vendia somente produtos para velejadores. “A loja começou quase sem investimento, porque não tínhamos dinheiro”, conta Furquim. “Éramos eu e o Paulo. No verão, corríamos juntos a Hollywood Vela, com etapas em diversas cidades e ganhávamos muitos prêmios, que depois vendíamos na loja. Quando acabava esta mercadoria, aproveitávamos o bom relacionamento com o mercado para pegar produtos consignados, e assim a coisa foi indo. Ficamos dois anos trabalhando sem lucro, foi muito duro.”

Com o tempo, a Regatta foi ganhando mais clientes e o espaço, que antes era suficiente, começou a ficar pequeno. Foi aí que os sócios concordaram em se j

Marcelo Galvão Bueno, Paulo Veloso e Felipe Furquim em foto atual; Paulo e Felipe em 1982, ano em que criaram a Regatta; e a primeira loja na Vila Madalena (SP) Na divisão Yachts, seis lojas exibem modelos de embarcações novas e seminovas

PERFIL REGATTA 30 ANOS

a primeira loja, na Vila madalena, Vendia somente produtos para Velejadores

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98 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 99

no Varejo, 11 lojas comercializam as mais diVersificadas e conceituadas marcas mundiais

mudar para uma loja maior em São Paulo, na Avenida Pedroso de Morais.

A marca continuou crescendo e se tornando mais sólida e conhecida, até que em 1987 abriu a primeira filial em Salvador. Logo em seguida vieram as lojas da Avenida dos Bandeirantes (SP), da Marina da Glória (RJ), de Ilhabela e de Angra dos Reis.

Hoje o mercado náutico vende 4.700 novas embarcações por ano e gera 24 mil empregos diretos e indiretos (fonte Acobar), que abastecem um setor de cerca de 185 mil embarcações de lazer, distribuídas em 700 marinas no litoral brasileiro. A Regatta contribuiu e contribui de forma acentuada para a consolidação destes números.

proDutos comemorAtivosPara comemorar os 30 anos, a Regatta traz ao mercado alguns produtos especiais, que estão sendo lançados ao longo do ano, desde fevereiro.

A bicicleta dobrável, sustentável e econômica é um deles. Toda de alumínio, a edição comemorativa é branca e adesivada com a marca dos 30 anos. Possui 18 marchas, amortecedor, pneus para mountain bike e é transportada facilmente em barcos e botes.

Outro lançamento é o bote G600, que chama a atenção pelo estilo e conforto. Com 6 metros, fundo em V de fibra de vidro e piso inteiro de teca, o modelo pode ser montado com motor entre 90 e 175 HP e tem capacidade para até dez pessoas. O banco de proa é em L, com compartimento para guardar equipamentos, console com banco e geladeira à meia-nau. Seus diferenciais vão desde as cores de tecido especial preto, até as luzes em LED e o T-Top.

regAttA teciDos especiAisSem abandonar as linhas de tecidos náuticos, a Regatta agregou à sua marca tecidos decorativos, fortalecendo ainda mais sua identidade com a linha de tecidos especiais e oferecendo com exclusividade tecidos como o Ultrasuede, camurça sintética que une a elegância à durabilidade; o Ultraleather, pelica sintética de toque inconfundível; e o Sunbrella,

PERFIL NáuTICO: Quais foram os marcos na história da Regatta?

FELIPE FuRQuIM: Foi um longo passo até nos tornarmos líder de mercado, e as principais mudanças que aconteceram nesse período marcaram muito. Primeiro foram as crises por que passamos, crises econômicas e políticas que o país sofreu, a abertura de importação e os novos planos econômicos. Durante o governo Collor, por exemplo, teve um período em que precisávamos apagar a luz, porque não tínhamos dinheiro para pagar a conta. Houve penhora de bens também. E, quando os planos passaram a acelerar o crescimento do país, não tínhamos estrutura para atender à demanda. Junto a esses fatos tiveram também as crises pessoais, que conseguimos atravessar graças à ajuda das pessoas que trabalharam conosco.

PERFIL NáuTICO: O que você tem a dizer sobre essas pessoas?

FELIPE FuRQuIM: Quando eu penso nas pessoas que trabalharam na empresa e que hoje são bem-sucedidas, eu fico muito contente. Tem pessoas que começaram conosco que não sabiam nem ler e hoje usam o computador e atuam de forma muito produtiva. Tem pessoas que continuam aqui desde o início. Tem também aqueles que viraram esportistas, ganharam medalhas. Enfim, isso me deixa muito feliz.

PERFIL NáuTICO: A Regatta é líder de mercado. A que você credita este título?

FELIPE FuRQuIM: A liderança se deu pelo tempo que estamos no mercado e pelo nosso conhecimento. Eu comecei vendendo produtos no balcão e hoje atuo tanto na venda quanto na administração da empresa.

PERFIL NáuTICO: Como você enxerga a sua empresa daqui a dez anos?

FELIPE FuRQuIM: Nesse processo de dez anos, queremos manter o crescimento da empresa, e no período de cinco anos o plano é abrir mais cinco lojas em formato de franquia, isso se o mercado permitir, é claro!

CONVERSA COM O CEO

PERFIL REGATTA 30 ANOS

Lojas Regatta: Marina Verolme, em Angra dos Reis (RJ), varejo, Paraty (RJ) e Av. Pedroso de Morais, em São Paulo (SP)j

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100 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 101

após 16 anos de atuação no seGmento de tecidos, a marca passou a inVestir em produtos exclusiVos para a casa

Apostando na criatividade, a Regatta Tecidos Especiais oferece uma cartela de cores ousada e moderna, resultado do know-how de mais de 15 anos de atuação no setor de tecidos para interior e exterior. “A Regatta acompanha de perto as necessidades que vão surgindo, quer em tecnologia, quer em exclusividade de cores, padrões, texturas inéditas, e temos um setor específico para o atendimento do segmento náutico”, declara Luciana Vieira, do departamento de marketing da Regatta Tecidos.

A área investe muito em pesquisas tecnológicas e de mercado, bem como em manter uma equipe qualificada e atenta às tendências mundiais, no que diz respeito a fibras, texturas, padrões e acabamentos diferenciados. “Nossas coleções são cuidadosamente escolhidas e desenvolvidas pelo departamento de criação e novos produtos”, informa Luciana. “A paleta de cor, seus dégradés e coordenados garantem uma variedade incrível de composições na decoração.”

tecido 100% acrílico com propriedades de reter 75% do calor solar, bloquear os raios ultravioleta e ao mesmo tempo ser repelente de água.

j

PERFIL REGATTA 30 ANOS

utilitários de melamina: voltados para área náutica e externa em geral

Interior da loja e almofadas decorativas da Regatta Casa

Fachada da loja Regatta Casa

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102 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 103

os teciDos oferecem prAticiDADe e DurAbiliDADe Alguns revestimentos são laváveis, repelentes de água, resistentes ao mofo, bloqueadores de raios UV e com propriedades antichamas, o que fazem da Regatta a única referência brasileira em tecidos especiais. Dentro desta linha que une beleza, conforto e tecnologia, destacam-se ainda os tecidos decorativos de linho para cortinas e estofados, sedas, veludos, texturas e jacquards exclusivos.

regAttA cAsAApós 16 anos de atuação no segmento de tecidos, a marca passou a investir em produtos exclusivos para a casa com um novo conceito de loja, a Regatta Casa.

“A Regatta Casa é um sonho de trazermos o que há de exclusivo e curioso para nossos clientes”, afirma Luciana. “A curadoria é feita pelo nosso próprio diretor, Gilberto Barth, que garante a diversidade de itens na loja.”

Além da linha de tecidos, a unidade reúne mobiliários para áreas externas e internas (sofás, poltronas, mesas, espreguiçadeiras), ombrelones com design exclusivo e uma infinidade de acessórios para decoração importados e nacionais, como louças, cerâmicas, utilitários, almofadas, luminárias, lanternas, baús e também uma linha de aromas. Entre os destaques, está uma linha exclusiva de louças, que reproduzem algumas das estampas mais concorridas da coleção de tecidos. Os

mesmos motivos estão presentes em jogos americanos, podendo compor, ainda, cadeiras e poltronas.

A loja exibe também uma sofisticada linha de móveis de fibras. A coleção de sofás e poltronas de bambu, fabricada na Indonésia, recebeu prêmios importantes em razão do desenho e funcionalidade do mobiliário.

No primeiro piso está em exposição um skiff, barco a remo de casco trincado (ripas de madeira), muito utilizado na Baía de Guanabara nas décadas de 50 e 60, que remete às origens da empresa. A loja também segue todos os padrões de acessibilidade, com banheiros adaptados e elevador para o primeiro piso. S

EQuIPAMENTOS E ACESSóRIOSWWW.REGATTA.COM.BRLojas em São Paulo, Ilhabela, Caraguatatuba, Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Paraty, Salvador, Recife e em breve em Balneário Camboriú. YACHTSWWW.REGATTAYACHTS.COM.BRLojas em São Paulo, Guarujá, Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Salvador. TECIDOSWWW.REGATTATECIDOS.COM.BRLojas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília. CASAWWW.REGATTACASA.COM.BRLoja em São Paulo.

SERVIçO

PERFIL REGATTA 30 ANOS

A Regatta Tecidos Especiais oferece uma cartela de cores ousada e moderna

PERFILNÁUTICO 1

sailor.indd 1 30/08/12 01:38

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104 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 105

O rObô da limpezanovo aparelho promete limpeza regular dos cascos da embarcação com respeito à natureza Por Amanda Kasecker

MUNDO NáuTICO

Um barco é como um carro. Não importa o tamanho, se navega no mar ou na água doce, ele necessita de cuidados comuns. Entre eles, um dos mais

importantes, é a manutenção, e isso inclui uma atenção especial ao casco. Sujeira, limo e os “hóspedes indesejados”, como as cracas, podem, dentre outras coisas, prejudicar o desempenho do barco e aumentar o consumo. Isso porque estas sujeiras aumentam o peso da embarcação, afetam a hidrodinâmica do casco e, consequentemente, diminuem o desempenho. Depois de apenas alguns meses na água, de acordo com as caracteríticas do clima e da água, o acúmulo pode aumentar o atrito entre 10 e 15%. Para lanchas, o resultado é um consumo maior

de combustível e para veleiros uma perda significativa de desempenho.

O ideal, como nossa mãe já dizia, é prevenir e fazer uma manutenção periódica, até porque bastam poucas semanas para a maioria dos barcos navegar com o casco sujo. Pensando nisso, foi criado um novo jeito de fazer essa limpeza: com um robô da empresa francesa Hulltimo, que, segundo o fabricante, foi criada para resolver esses problemas.

Após profunda pesquisa e desenvolvimento, a empresa lançou o primeiro robô para limpeza dos cascos dos barcos de recreio na

água: o Pro Hulltimo. O engenho promete uma limpeza mais regular de veleiros e lanchas, independente do tamanho ou design.

Segundo a Hulltimo, ele surge como uma nova solução de limpeza do barco eco-friendly, que ajuda a reduzir a poluição marinha e cumpre as rigorosas normas ambientais, além de ter a vantagem de a remoção da sujeira poder ser feita periodicamente.

O Pro Hulltimo, apesar de ainda ser novidade, já recebeu vários prêmios por essa inovação, incluindo Product Innovation of

a empresa francesa HulltimO criOu um nOvO jeitO para resOlver Os prOblemas de sujeira nOs cascOs

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Casco limpo é sinônimo de melhor desempenho e economia de combustível

O robô está ligado a um controle remoto sem fios com uma tela de alta qualidade

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PERFILNÁUTICO 107 106 PERFILNÁUTICO

the Year 2010, Innovation 2011 e Innovative Process 2011.

PREOCuPAçãO COM O MEIO AMBIENTEO equipamento promete ir de encontro à regulamentação ambiental atual. À medida que limpa o casco, os resíduos são filtrados e recolhidos em um compartimento especial. Além disso, ele utiliza nova tecnologia patenteada para limpar o casco, sem a necessidade de produtos químicos.

Dentre as leis de proteção ambiental cumpridas estão as diretivas comunitárias 2000/59/CE e 98/8/CE, que regem a eliminação de resíduos no mar e o uso de biocidas, a convenção internacional sobre o controle de sistemas antivegetativos nocivos nos navios e a Lei da Água Limpa dos EUA.

COMO FuNCIONAA limpeza pode ser realizada com o barco atracado em um porto ou ancorado em outro lugar. O serviço de limpeza Hulltimo está disponível a partir dos Pontos Oficiais de Serviço Hulltimo nos portos e marinas em todo o litoral. A operação é realizada por um profissional treinado. Não há necessidade de mover o barco, o trabalho é feito quando e onde quiser. O Pro Hulltimo pode ser operado a partir do cais ou a bordo do barco. O tempo de limpeza é de cerca de duas horas e meia para um casco de 60 pés. Segundo a fabricante, o robô é fácil de mexer e simples de configurar e usar. Está ligado a um controle remoto sem fios com uma tela de alta qualidade. Câmeras a bordo e iluminação LED permitem que o usuário monitore os movimentos e a eficácia da operação de limpeza em tempo real.

Para iniciar a operação de limpeza, o usuário coloca o

aparelho na água ao lado do barco. A tecnologia integrada permite que o equipamento encontre o equilíbrio correto e avance até o casco. Ao movê-lo para a frente e para trás e de um lado para o outro, o utilizador pode cobrir até mesmo os cascos mais complexos. Isso sem esquecer da linha de água, que é

completamente limpa por escovas rotativas. Com o controle remoto, o usuário ainda pode controlar tanto a posição quanto inclinação da escova principal, o que garante uma limpeza eficaz do casco, mesmo para os ângulos mais difíceis, tais como quilha e superfícies mais complicadas. S

MUNDO NáuTICO

Escovas rotativas e controle da escova principal limpam lugares de difícil acesso

a limpeza pOde ser realizada cOm O barcO atracadO em um pOrtO Ou ancOradO em OutrO lugar

Casco em V

Movimentovertical e lateral do robô

Casco em u

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108 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO 109

tecnOlOgia digital em embarcações parte 2Como funciona o nautcap Por Dhelyo Pereira Rodrigues

MUNDO NáuTICO

Como abordado no capítulo anterior, a tecnologia aponta para um sistema completamente digital, no qual tudo pode ser integrado em um único sistema. Esta abordagem

permite uma impressionante possibilidade para automatizar uma embarcação, trazendo facilidade, confiabilidade e segurança.

Em uma embarcação, temos vários níveis de necessidades que podem ser cobertos com uma rede digital, desde óbvias facilidades de comando, como acender luzes, até funções complexas de monitoramento da embarcação, podendo alertar o usuário sobre situações de risco que podem, em alguns casos, salvar a embarcação de naufrágio ou danos de alto vulto financeiro. Como proposta principal, o Nautcap integra e gerencia equipamentos, alarmes, sensores e dispositivos em uma rede CAN. Essa integração permite que todos os equipamentos possam trocar informações ou serem controlados e monitorados em uma única interface.

partes, em embarcações novas ou usadas. Ele pode ser utilizado junto com sistemas convencionais ou uma rede completamente digital pode ser implementada. Pode ser usado com toda a sua capacidade ou sensores e controles podem ser adicionados aos poucos.

Hoje em dia os equipamentos de ponta que equipam as embarcações já utilizam o padrão NMEA2000; com isso o Nautcap se integra perfeitamente a este conceito e estende em muito as possibilidades de automação da embarcação. Nada que já está instalado terá que ser alterado ou sofrerá interferência do novo sistema.

A maior vantagem do Nautcap é que pode ser implementado em

Vamos analisar um sistema completo para melhor entender as potencialidades. Implementações parciais obterão resultados intermediários, mas não menos interessantes. Primeiramente, temos uma rede de distribuição de energia em anel, ou seja, esta rede percorre toda a embarcação, com isso temos a energia o mais próximo possível do ponto de consumo. Esta rede permite uma

menor perda de energia e diminui o número de conexões de cabos, reduzindo os riscos de falha. Segundo, temos uma rede lógica através de um barramento CAN que interliga através do protocolo NMEA2000 todos os periféricos, como sensores, interruptores e acionadores, com o Nautcap. Em locais estratégicos, perto do consumo, temos módulos de um até seis circuitos de carga com as devidas proteções elétricas, chamados de boxes, que ativam dispositivos como lâmpadas, bombas, TVs, som, etc. Sensores também são ligados nesta mesma rede e informam ao Nautcap se algo está errado. E por fim temos uma rede Wi-Fi interna na embarcação e uma rede 3G para comunicação externa. Prioritariamente o Nautcap utiliza a rede Wi-Fi interna, caso não consiga se conectar passa para a rede 3G.

O projeto da rede lógica, como dissemos antes pode ser implementado em partes e é independente da rede de energia, assim podemos ter o sistema em

nada que já está instaladO terá que ser alteradO Ou sOfrerá interferência dO nOvO sistema

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O Nautcap integra e gerencia equipamentos, alarmes, sensores e dispositivos em uma rede CAN

Integração em um único sistema

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PERFILNÁUTICO 111 110 PERFILNÁUTICO

instalações convencionais ou totalmente digitais. A principal diferença é que em redes convencionais o comando parte de um único ponto, ou seja: o painel de distribuição.

Definido o projeto, os boxes são instalados entre a rede de energia e o ponto de consumo e interligados ao barramento de dados. Os sensores são então ligados ao mesmo barramento. Os acionadores, que são casos especiais de comandos, como chave geral, guincho e válvulas eletro-hidráulicas, são ligados na mesma rede lógica. Os interruptores de luzes e comandos simples também são ligados na rede. Desta forma tudo que pode ser comandado ou lido por um sinal elétrico pode ser feito pelo Nautcap.

Tendo todo o sistema instalado, o Nautcap é programado através do iPad em uma interface muito simples e direta e passará a identificar cada comando ou sensor pelo seu nome diretamente. O tablet passa a ser o resumo e a parte mais prazerosa para o usuário, comandando tudo na embarcação com um simples toque ou gerenciando e monitorando a embarcação de qualquer lugar do mundo. O aplicativo é dividido em quatro partes principais: comandos, painel de controle, localização e imagens. Nos comandos podem ser acionados luzes, TVs, som, ares-condicionados ou qualquer outro aparelho. No painel de controle poderão ser vistos todos os sensores ligados ao sistema. Na localização a embarcação é situada e apresentada no mapa. E na interface de imagens poderá ser solicitada uma imagem de qualquer uma das quatro câmeras ou entrar em tempo real em uma câmera e ver diretamente a imagem capturada por ela. Poderão ainda ser solicitadas imagens gravadas anteriormente. Lembrando que

tudo isso poderá ser feito de dentro da embarcação ou de forma remota, a quilômetros de distância.

Mesmo quando o usuário não está conectado via iPad, o Nautcap continua funcionando e monitorando a embarcação. Com um consumo extremamente baixo, o Nautcap poderá estar ativo por anos sem falhar nem deixar de monitorar a embarcação. Todas as suas funções, independe de o usuário estar conectado, e todos os comandos continuam funcionando normalmente. Outro ponto importante é que, como todos os dispositivos estão interligados por uma rede lógica única, eles se comunicam diretamente, independentemente do Nautcap, e isso é fundamental para a robustez

do sistema. Caso, por algum motivo, o Nautcap esteja fora do ar, nada para de funcionar ou, se um sensor ou interruptor falhar, todo o resto continuará funcionando normalmente.

As possibilidades com o Nautcap são imensas e sua flexibilidade até nos impede de prever todas as configurações possíveis. Sendo um sistema completamente desenvolvido para este fim, tudo foi minuciosamente pensado, desde a facilidade de operação até os planos de contingência em caso de falha. Sistemas dedicados podem ser desenhados para ter o máximo de aproveitamento da tecnologia e o Nautcap é a síntese de anos de experiência de sistemas embarcados. S

MUNDO NáuTICO

O Nautcap é programado através do iPad em uma interface muito simples e direta

tudO que pOde ser cOmandadO Ou lidO pOr um sinal elétricO pOde ser feitO pelO nautcap

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Conforto e lazer lado a ladoEmpreendimento alia o conforto e a segurança de um condomínio fechado com o prazer de aproveitar águas límpidas como as do Rio IguaçuPor Angelo Sfair

RESIDENCIAL MARINE

Empreendimento em São Jorge d’Oeste, sudoeste paranaense

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Localizado no município de São Jorge d’Oeste, região de Salto Osório, no sudoeste paranaense, da qual fazem parte outros municípios também afetados pelo lago da Usina Hidrelétrica de Salto Osório, o Condomínio Águas Claras Residencial e Marina está sendo construído

ao lado do Rio Iguaçu. A obra é uma realização da G4 Empreendimentos Imobiliários, que foi criada exclusivamente para tirar do papel esta ideia.

O maior atrativo da região é o generoso lago, que possui uma área total de 51 quilômetros quadrados de água límpida. “A área é propícia para a pesca e a prática de esportes náuticos – a vela ou a motor –, inclusive para competições profissionais, já que a área é extensa”, explica Rafael Thomas Rigoni, um dos proprietários da G4. Foi pensando neste diferencial que se chegou

O COndOmíniOOs grandes atrativos, de acordo com Rigoni, são a tranquilidade, o contato com a natureza, a segurança e muito conforto. “Boa parte dos proprietários devem usar o imóvel para os fins de semana, feriados e férias, já que estamos próximos dos principais centros da região.”

Dentro do empreendimento, as instalações facilitam os momentos de lazer, reunindo bar, loja de conveniência, escritórios para administração da marina, espaço para os pescadores prepararem peixes, entre outros. “Outra facilidade é que os serviços de manutenção preventiva ou corretiva em barcos, que normalmente demandam tempo e paciência, serão

executados por profissionais da própria marina”, explica o empreendedor. “Os usuários poderão deixar seus barcos nas vagas e aproveitar todo o seu tempo para passar com a família e os amigos sem se preocupar.” As ruas do condomínio serão todas pavimentadas, assim como uma ciclovia, que percorrerá toda a extensão do lago (aproximadamente 4 quilômetros). A região onde o condomínio está sendo construído é riquíssima em área verde e continuará assim mesmo com o projeto finalizado. O que garante isso é o fato de que 40% do imóvel é destinado à Área de Preservação Permanente e à Reserva Legal. Além destas opções de lazer, ainda há a marina. “Apesar de ser um empreendimento

à definição de que todos os lotes teriam vista para a represa e acesso à marina. Na entrada, uma portaria 24 horas irá garantir maior segurança para os moradores. Para as crianças, estarão disponíveis diversas praças e espaços de convivência para que elas possam se socializar com tranquilidade.

“O Águas Claras Residencial e Marina tem como meta fomentar o turismo local, gerando desenvolvimento social e econômico, mas sem esquecer a sustentabilidade”, revela Rigoni. O proprietário explica que as emissões de carbono da construção serão neutralizadas com as árvores nativas, que estão sendo preservadas.

O desenvolvimento do turismo e da economia local ao qual ele se refere seria alcançado com a exploração de diversas ações, como a realização de eventos esportivos, profissionais, de entretenimento e ecoturismo, entre outros. Já há parcerias em fase de estudo junto à prefeitura e à concessionária de geração de energia da região que preveem ações de cunho social e ambiental.

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Tranquilidade, contato com a natureza, segurança e muito conforto

Condomínio águas Claras Residencial e Marina, ao lado do Rio Iguaçu

A ObrA é umA reAlizAçãO dA G4 empreendimentOs imObiliáriOs, que fOi CriAdA exClusivAmente pArA tirAr dO pApel estA ideiA

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Ao todo, são 350 vagas: 103 secas e 247 molhadas

separado, a marina é ideal para aqueles que possuem ou sempre quiseram ter um barco, jet ski ou similar, mas que muitas vezes não podiam usufruir deste prazer por não ter acesso a local adequado para a prática destas atividades”, comenta Rigoni.

A mArinARigoni deixa claro que, apesar de serem projetos geminados, marina e condomínio são distintos. Ou seja, um proprietário de lote não terá direito imediato a uma vaga na marina; da mesma forma, um proprietário de barco poderá usufruir da marina sem a necessidade

secas, 84 delas podem conter embarcações de até 35 pés e as 19 restantes de até 28 pés. Já as vagas molhadas suportam barcos maiores, com até 40 pés.

lOtes e vendAsA primeira etapa do condomínio possuía 58 lotes para comercialização, 50% deles já estão vendidos. Nessa etapa, várias obras estão finalizadas, como a energia elétrica e o acesso com pavimentação asfáltica. Já a rede de água e a pavimentação interna estão com 80% das obras concluídas. Segundo o proprietário do empreendimento, a entrega da infraestrutura está prevista para a entrada desse verão, porém as casas já podem ser construídas.

“O condomínio possui 272 lotes, distribuídos em 11 quadras, sendo 131 que fazem frente para a água e os demais, denominados lotes altos, por estarem em um ponto que privilegia a vista para o lago, fazem divisa ao fundo com a mata da Reserva Legal”, comenta Rigoni. Os lotes têm em média 1.300 metros quadrados, variando entre 1.000 m² até 2.000 m². Os preços variam entre R$ 75 mil e vão até R$ 250 mil, dependendo do tamanho, da localização e da forma.

Para as vendas, a G4 estabeleceu uma parceria, escolhendo a Casaril Imóveis, de Francisco Beltrão

de possuir imóvel no condomínio. “A vantagem do condômino, obviamente, está no fato de estar fisicamente próximo da marina, podendo também usufruir do bar e dos demais espaços de conveniência.”

O projeto foi realizado pela empresa Marinas do Brasil e pela Biermann Arquitetos; ambas são empresas de Florianópolis que possuem ampla experiência no ramo. Inicialmente está prevista a terceirização dos serviços prestados pela marina – tais como oficina de barcos, bar e loja de conveniência –, todos administrados pelos proprietários do complexo. Ao todo, são 350 vagas, das quais 103 são secas e 247 molhadas. Dentre as vagas

A entreGA dA infrAestruturA está previstA pArA A entrAdA desse verãO, pOrém As CAsAs já pOdem ser COnstruídAs

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A marina é ideal para aqueles que possuem ou sempre quiseram ter um barco, jet ski ou similar

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(PR), para encabeçar as vendas. “A empresa, embora seja familiar, possui uma estrutura de vendas altamente organizada e profissionalizada”, afirma Rigoni. A Casaril atua diretamente nos mercados próximos, mas também possui parceiros em várias outras cidades.

G4 empreendimentOs imObiliáriOs A ideia de construir este projeto que inclui um condomínio e uma marina surgiu muito tempo atrás. O terreno pertencia às famílias que se associaram para construir o Águas Claras Residencial e Marina: Folda, Mezzomo, Giacomet e Rigoni. E foi desta junção que surgiu o nome da construtora.

“A proximidade com as margens do lago artificial da Usina de Salto Osório, associada ao relevo plano do local, levou minha sogra a sugerir a construção do empreendimento no início da década de 90”, revela Rigoni. No entanto, como precisavam de um parceiro construtor e pelo insucesso nas tentativas de encontrar uma sociedade ideal, o projeto não prosperou.

Foi então que, em 1997, as famílias resolveram que construiriam o empreendimento com recursos próprios. Dois anos depois, a G4 entrou com um pedido formal no IAP (Instituto Ambiental do Paraná) para conseguir a Licença de Instalação. Após vários anos em tramitação e toda a burocracia que um projeto deste demanda, enfim tiveram acesso ao documento, em setembro de 2010. A partir de então, o projeto começou a sair do papel. S

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No terreno que pertencia às famílias Folda, Mezzomo, Giacomet e Rigoni, surge o empreendimento

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A fibra de vidro tem demonstrado sua resistência, mas não está imune a avarias Um barco de 40 pés, por exemplo, consome cerca de um mês de trabalho para ser repintado

A qualidade final do trabalho depende muito da qualificação de quem o está executando

Ninguém gosta de gastar em consertos. Se o reparo é muito grande e acaba virando uma reforma, imprevistos, prazos absurdos, custos elevados, materiais errados, conflitos entre arquiteto, projetista e executor da obra são ainda maiores. Reparar um barco é ainda mais complexo. A fibra de vidro tem demonstrado ao longo dos anos sua resistência, mas não está imune a avarias de vários tipos, como as provocadas por encalhes,

colisões, situações extremas de mau tempo ou, em último caso, por defeitos de fabricação. Áreas invisíveis, cobertas por pisos ou

forros, fundo de paineiros e colagens em locais de difícil acesso podem apresentar problemas com o tempo e reparos de emergência podem ser necessários em locais distantes dos pontos que são a verdadeira causa.

Pequenos reparos, em geral, são fáceis e rápidos de serem

executados, mas a qualidade final depende da qualificação de quem está executando. Reparos em fibra de vidro são eficientes,

duradouros, virtualmente invisíveis e apresentam bons resultados. Existem três tipos importantes de possíveis situações de reparo: o cosmético, o estrutural e o catastrófico.

Barcos de fibra de vidro laminados de fábrica com gelcoat

Reparos Parte 1

Barcos de fibra de vidroPor Jorge Nasseh

cor e do brilho, bolhas e rachaduras longitudinais, transversais ou em forma de estrela. Todos poderiam ser evitados com medidas simples durante a fabricação, como a utilização de um medidor de espessuras, boa ventilação do molde, tempo adequado de cura e um sistema que permita ao operador estar sempre na mesma distância dos pontos do molde durante a aplicação do gelcoat. Entretanto não se pode descartar a baixa qualidade de alguns produtos utilizados na fabricação de gelcoat, que acabam escorrendo e deixando áreas descoloradas no casco. Na teoria parece simples fabricar gelcoat, mas na prática é possível encontrar lotes com padrões totalmente diferentes. Um dos maiores problemas pode ocorrer pela falta do uso de resina específica

tendem a amarelar, criar bolhas e trincas. Talvez o maior vilão deste problema seja a má aplicação do gelcoat, a camada mais externa de acabamento do casco. Os mais comuns são enrugamento, perda da

para a fabricação destes produtos. Muitos dos gelcoats utilizados na indústria são formulados com resinas de laminação e que não têm as propriedades cosméticas necessárias para um produto

reparada deverá ser lixada e polida até alcançar o brilho original. Se o local do reparo for pequeno, deve ser dada grande atenção para se utilizar o gelcoat da mesma cor, caso contrário será impossível manter o

mesmo acabamento. O problema é que nem sempre o gelcoat da mesma cor vai funcionar, pois o costado ou o convés do barco já passou por exposição à luz solar e sofreu desgaste. S

de alto acabamento externo. A qualidade do gelcoat e a sua aplicação são vitais para o perfeito acabamento superficial do casco. Qualquer falha em uma das etapas irá provocar desgaste prematuro e, consequentemente, um tom amarelado na superfície do casco.

No caso de desgaste, o procedimento mais comum é repintar a superfície externa com uma tinta à base de poliuretano com dois componentes, entretanto, muitos reparos são feitos com a própria reaplicação do gelcoat, o que representa um trabalho grande, pois todo este material precisa ser lixado e polido. Um barco de 40 pés, por exemplo, consome cerca de um mês de trabalho para ser repintado. O procedimento padrão é lixar toda a superfície e pintar novamente. Nos consertos com gelcoat, a superfície

Jorge Nasseh

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A Wider 42 é um verdadeiro playground para viver em mar aberto. Construído com a expertise de Marcos Wilson, um dos maiores especialistas mundiais no campo das corridas de iates, o barco oferece um excelente desempenho.

Ele foi projetado de acordo com as mais modernas técnicas de vácuo-

infusão de resinas de carbono e vinil-éster e outros componentes, produzidos por fornecedores líderes da Fórmula 1 e de equipes da indústria aeroespacial. Além do desempenho excepcional, a Wider 42 oferece o melhor do luxo, uma mistura de cruiser-desportivo de conforto e requinte, tecnologia e

excelência em design. Trata-se de um barco para aqueles que gostam de estar na água, mas também não abrem mão de privacidade. Ele pode se transformar rapidamente em uma plataforma para mergulhadores e banhistas, permitindo o dobro de espaço com as duas extensões laterais. www.wider-yachts.com

A Vicem Yachts, fabricante turca de megaiates clássicos de luxo, anunciou que a Sarasota Yacht & Ship foi nomeada sua distribuidora oficial para as Américas, que inclui Norte, Sul e América Central, assim como Canadá e Caribe. Gary Smith, sócio sênior da Sarasota Yacht & Ship assume como diretor de novas vendas e substitui Dave Mallach, que muito colaborou com sua dedicação e talento com a Vicem Yachts. A Sarasota Yacht & Ship tem escritórios em três locais do centro de Sarasota na Flórida (EUA), um deles na Marina Jack. A empresa vende iates novose usados, nacionais e internacionais e participa de salões náuticos importantes e eventos ao redor do mundo. www.sarasotayacht.com

Adrenalina e diversão

A Riva, ícone internacional do universo náutico de luxo e símbolo do brilho italiano, segue comemorando os 170 anos do estaleiro. Além disso, os eventos têm sido enriquecidos pela celebração dos 50 anos do lendário modelo Aquariva, o favorito de James Bond nos inesquecíveis

anos da era “Dolce Vita”. Nos dias 27 e 28 de junho, o cobiçado jantar de gala para proprietários de embarcações aconteceu na paisagem do dique de Saint Tropez. Em 1º de Julho, o passado e o futuro de Riva encontram-se na Parada Aquarama, um longo cortejo em frente ao Monaco Yacht Club

encabeçado pelo lançamento 63’ Virtus, que homenageia os 50 anos da Aquariva.

Sob o guarda-chuva do Ferrettigroup desde 2000, a Riva tornou-se ícone mantendo suas características e unindo tradição e design, em 11 modelos.www.ferrettibrasil.com.br

170 anos do ícone Riva

SARASOTA REPRESENTA VICEM YACHTS

Fabricante turca tem novo representante nas AméricasBarracuda 7 é um barco bastante estável

Cinquenta anos do lendário modelo Aquariva, o favorito de James Bond

A Wider 42 pode se transformar em uma plataforma para mergulhadores e banhistas

A Beneteau alterou o padrão de pesca esportiva com a Barracuda, que trouxe versatilidade e conforto. Depois do sucesso da Barracuda 9, chega a Barracuda 7. Com casco projetado especificamente para este modelo, que o torna bastante estável. O barco tem motor de 150 a 200 HP de popa e voa ao longo de uma velocidade máxima de 35 nós. Perfeito para seguir os cardumes de peixes ou ficar longe por algumas horas para explorar riachos. jwww.beneteau.com.br

Pescar de Beneteau

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A lancha Sea Gold 255 chega ao mercado com o desejo de levar ao público lanchas com design inovador e linhas arrojadas com uma proposta diferente das demais. Neste modelo, é privilegiado o maior aproveitamento externo da embarcação na categoria objetivando também maior segurança de quem navega. Para chegar a essa fórmula, a Sea Gold 255 foi projetada com

console central que permite o acesso ao deque e solário de proa por ambos os lados. Além disso, os degraus das escadas laterais são grandes e permitemo apoio de todo o pé ao subir ou descer. Seu cockpit é amplo e com boa circulação. Na popa a lancha dispõe de um solário sobre o capô do motor e uma excelente plataforma de popa para mergulhos, onde é possível a instalação de uma

churrasqueira. A cabine é confortável e possui pia, espaço para micro-ondas, espaço para TV, DVD, som e ainda uma mesa de centro que ao baixar vira cama.

A lancha é vendida diretamente pelo estaleiro e também está em processo de cadastramento de revendas para atender melhor em todo o Brasil. Swww.seagoldlanchas.com.br

Nova Sea Gold

A BoatingBrasil é uma administradora de embarcações de luxo e oferece serviços que visam a melhorias na conservação do patrimônio, otimização do uso das embarcações, melhor gestão dos custos e foco no retorno do investimento. O propósito é inovar através de um modelo comprovado na Europa e nos Estados Unidos, mas ainda raro na indústria náutica brasileira. Um serviço independente e especializado de consultoria, assessoria e suporte aos proprietários de embarcações de luxo. www.boatingbrasil.com.br

Pela primeira vez uma equipe da América Latina subiu ao pódio no Dong Energy Solar Challenge, o mundial de barcos solares. O mérito é da equipe Vento Sul, de alunos da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), que alcançou a sétima posição da categoria de que participou. A colocação ainda é dez posições melhor do que a obtida na última edição. www.barcosolar.ufsc.br

Conhecida pela elegância e tecnologia na área de acessórios náuticos, a Besenzoni apresenta um novo produto projetado para permitir um acesso fácil e confortável a bordo. Em vez da habitual fronteira que delimita o perímetro, o corredor vem com uma passarela com tecidos trançados, em quatro opções de cores diferentes.

O tecido é 100% reciclável e possui características excepcionais para suportar as ações da água e do tempo. www.besenzoni.it

Um novo utilitário que promete resolver o problema de abastecimento sob o balanço do mar, sem riscos de incêndio nem desperdício. Patenteado no Brasil, o MagiFlux é uma bomba de sucção que, ligada a uma mangueira especial, transfere líquidos de um recipiente ao outro com uma vazão de 10 litros por minuto. A bomba funciona sem eletricidade e, principalmente, sem precisar sugar o líquido no final da mangueira para iniciar a transferência. www.magiflux.com.br

Administradores de embarcações

Marca histórica

Mais espaço de caminhada

ABASTECIMENTO SOB O BALANçO DO MAR

O MagiFlux é uma bomba de sucção ligada a uma mangueira especial

Acesso fácil e confortável a bordo

Console central permite o acesso ao deque e solário de proa por ambos os lados

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Canal Décordecoração náutica e sofisticação a bordo

By Tânia Y A sala de estar da Ferretti 881 Hardtop, apresentada no último Rio Boat Show, foi decorada pela designer Tânia Ortega, proprietária da loja Tutto a Bordo, que possui um espaço na Tools & Toys – revendedora oficial da Ferretti no Brasil. Especialista em decoração de iates de luxo, ela utiliza apenas de materiais de alto padrão e desenvolvidos para sobreviver às condições climáticas em alto-mar.

www.tuttoabordo.com.br

Mostra Internacional de Cutelaria YSão Paulo foi palco da 1ª Mostra Internacional de Cutelaria. O evento teve como objetivo disseminar a arte da confecção de facas e instrumentos de corte e colocar os profissionais brasileiros em evidência no cenário internacional. Na mostra, artesãos exibiram suas peças, o público conferiu uma exposição e ainda pode participar de palestras, workshops e demonstrações de forja.

www.mostrainternacionaldecutelaria.com

À mão W O mobiliário da Pershing 74 é fruto de uma parceria com o estúdio Poltrona Frau. Os acabamentos de couro foram projetados especialmente para combinar com o estilo da lancha. O detalhe mais especial é que, como é costume nas criações da Poltrona Frau, os produtos são todos feitos à mão.

www.poltronafrau.com

Padrão Azimut Y O design interior de todos os barcos da Azimut é trabalhado para o conforto do cliente, dentro da sofisticação que a marca tem impressa. Os barcos menores são padronizados, mas, em iates acima de 140 pés, é possível personalizar os espaços com as matérias-prima de excelência que compõem a linha da Azimut. A fábrica possui um departamento especializado, com competentes profissionais de design e arquitetura para elaborar os layouts dos interiores dos iates. As maiores atenções na decoração são para criar espaços aconchegantes e adequar a luminosidade.

www.azimut.com.br

Toque diferente ZA brasileira Italian Coffe, conhecida por ser líder no mercado nacional em venda e locação de máquinas de café expresso, também está atacando em outra área. Os baristas e bartenders já podem conferir alguns acessórios que são indispensáveis para a preparação de receitas diferentes com aquele toque final no cardápio, tanto de sobremesa quanto de drinques.

www.italiancoffee.com.br

Design em 3D W A Yacht oferece aos seus clientes o Yachtique Styling Lounge, um local único onde os proprietários podem planejar e selecionar todos os detalhes do design interior e exterior do seu próprio iate. Com o auxílio de profissionais, ele pode escolher marcas, tecidos, acessórios, móveis e personalização das propostas. Todas as escolhas são colocadas em um sistema de projeção de alta tecnologia que permite aos clientes ver desenhos em 3D do interior e do exterior de seus iates.

www.yachtique.it

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ilo Ase-bikes O Grupo Speed Motors, representante oficial da Dafra em Santa Catarina, traz mais uma novidade ao mercado. São três modelos de bicicletas elétricas que percorrem grandes distâncias com economia. A bateria dura até 42 km por carga, e você tem a opção de assistência no pedal (PAS), em três níveis. A bateria é portátil, o que facilita ainda mais quando se percorrem grandes distâncias. O Grupo Speed possui lojas em Balneário Camboriú, Joinville, Itajaí e Blumenau. www.speedkawasaki.com.br

Gant A grife de moda e lifestyle Gant oferece em sua coleção outono-inverno diversas opções que mesclam conforto e sofisticação para quem procura praticidade e elegância no dia a dia. Tanto para pais mais descolados quanto para os tradicionais, a tendência é investir no estilo preppy, com paletós de tweed, calças de veludo e jaquetas mais esportivas.www.gant.com.br

Parceria Carioca Com o Brasil na crista da onda, a loja americana Macy´s chegou ao Rio de Janeiro e encomendou 30 mil peças da loja feminina Parceria Carioca, que serão comercializadas em Nova York. As peças vão de bolsas de lona náutica silcadas com desenhos da fauna e da flora cariocas a ícones das praias, como o famoso biscoito globo, entre outros.www.parceriacarioca.com.br

MykitaEntre a diversidade de modelos em óculos de design das mais renomadas grifes do mundo, a sugestão da butique Eric Gozlan Lunettes é o solar da grife alemã Mykita. Confeccionado com aço inoxidável, 0,5 mm de espessura e lentes com antirreflexo interno, o modelo Rolf está entre os destaques da coleção masculina da marca, conferindo estilo e conforto no momento de vestir o rosto. www.ericgozlan.com.br

Boss Audio Systems A Boss Audio Systems está chegando ao mercado brasileiro com lançamentos de sons automotivos e amplificadores de potência. Conhecida mundialmente por antecipar as tendências no setor, a Kop Indústria será a responsável pela marca no Brasil. Entre os lançamentos previstos para esse ano destacam-se os sons automotivos BV9555 e BV9965 com tela de toque motorizada de 7 polegadas.www.bossaudio.com

Adidas navyAdidas traz a tendência náutica em seus novos relógios esportivos da linha Originals. Monocromático, o modelo ADH2656 aposta na cartela de cores navy para se tornar sucesso. Com caixa e pulseira de poliuretano, os relógios têm um design clean, com todo o destaque para a logomarca gravada em branco no interior do mostrador.www.grupodumont.com.br

Canal EstiloPersonalidade e bom gosto

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Bonbini Aruba: One Happy Island!O lugar feito para receber turistas encanta os olhos e a alma Por Rafaella Malucelli

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Água azul-turquesa, areia branca, sol, hotéis de alto luxo, iates e grifes. A ilha de Aruba, localizada nas Antilhas Holandesas, é mais um pequeno paraíso de alto luxo do que apenas um destino turístico no Caribe.

Gastronomia sofisticada, praias incríveis, passeios de barco e lazer para toda a família. Tudo cercado por um visual único, com o direito à melhor sombra e à melhor água fresca do sul caribenho.

A pequena ilha de 31 quilômetros de comprimento possui uma população de aproximadamente 100 mil habitantes, e a sensação é de que todos ali vivem em função do turismo. A língua oficial, o papiamento, segundo os locais, é uma mistura de cinco línguas, mas se você não sabe se expressar nessa peculiar língua caribenha não é problema, ali se fala inglês, espanhol e holandês fluentes, e até arriscam o português para agradar a freguesia. Bem dispostos e alegres, a frase de ordem é: “Não se preocupe: aqui é uma happy island, resolvemos tudo para você!”

De fato nenhum problema é encontrado para aqueles que querem conforto e lazer. Inúmeros hotéis de luxo são encontrados na região mais badalada, o distrito de Palm Beach, que fica a 20 minutos do centro de Oranjestad, a capital de Aruba. As principais grifes hoteleiras instalaram-se por cerca de 15 quilômetros, como o Riu International, o Marriot, o Hyatt Regency, o Westin, entre outros. É lá também que estão os melhores restaurantes da região, shoppings, lojas de grife e artesanato, além de uma agitada vida noturna.

Grande parte dos hotéis possui a opção “all inclusive”, que oferece bebidas, todas as refeições e o direito de usufruir de tudo que o hotel oferece. A dica é o Riu Palace Aruba, o maior hotel daquela região, que – além dos restaurantes abertos o dia todo – possui gastronomia contemporânea, italiana e japonesa para os hóspedes, fazendo-se desnecessário deixar o hotel. Mas também vale a pena explorar os restaurantes de alta gastronomia que estão por toda a ilha e oferecem de cozinha internacional contemporânea a culinária étnica. Há também a opção de visitar os inúmeros cassinos anexos aos hotéis, mas que estão longe de oferecer o luxo e requinte que sugerem.

O submarino Atlantis chega a 40 metros de profundidade para a apreciação de peixes e corais

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tudo cercado por um visual único, com direito à melhor sombra e à melhor água fresca do sul caribenho

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As principais grifes hoteleiras instalaram-se em Palm Beach, como o Riu International, o Marriot, entre outros

pouco inusitada há o passeio no submarino Atlantis, que chega a 40 metros de profundidade e permite a apreciação de diversos peixes e corais diferentes dos avistados na prática do snorkel. Para quem não tem o curso de mergulho e quer saber qual é a sensação, a ilha oferece um trekking submarino, o Sea Trek. Com capacetes de mergulhadores é possível caminhar a 6 metros de profundidade.

Para os mais radicais, os fortes ventos da ilha são um convite à prática de windsurf, kitesurf e vela, que estão por toda a parte. As águas calmas também são uma ótima oportunidade para o SUP – stand up paddle.

O mar, o paraísoAinda em Palm Beach, em função do grande número de turistas, há uma gama enorme de atividades ao ar livre e principalmente náuticas. Ali é o lugar certo para fazer um curso de mergulho ou curtir com snorkel mesmo, pois as águas calmas e azuis-turquesa permitem visibilidade de até 30 metros em alguns pontos. Recheadas de corais e peixes das mais diversas cores e tonalidades, não é novidade que o mar do Caribe é um convite a um dos mais belos cenários subaquáticos do mundo.

Uma ótima opção é alugar um barco ou veleiro por conta ou então se juntar a alguns dos inúmeros

catamarãs que fazem um tour pelos principais pontos de snorkling e mergulho da ilha. Em águas rasas, pode-se avistar um número enorme de corais, cardumes e peixes que colorem o mar de forma inexplicável, com diversos pelicanos compondo o cenário em pontos como Catalina Bay e Arashi Reef. Em águas mais profundas, visita-se o famoso Antilla, navio naufragado da Segunda Guerra Mundial com toda a beleza que a fauna marinha formou em seu casco. As companhias de sailing oferecem esses tours em grupos exclusivos e até a romântica opção de velejar ao belíssimo pôr do sol de Aruba. Para aqueles que querem curtir o fundo do mar de forma um

OranjestadOranjestad é o coração da ilha, o centro e onde todo o resto acontece. Ali aportam os enormes cruzeiros de turismo que nas altas temporadas chegam a desembarcar cerca de 600 mil turistas. Comércio movimentado, shoppings e fast food. Para aqueles que chegam de barco, em Oranjestad também está a maior e mais requintada marina, a Renaissence Marina, logo em frente do hotel de mesmo nome e com refinadas lojas. Recebe barcos de até 60 metros de comprimento, com capacidade para cem embarcações.

A capital concentra o núcleo administrativo e político de Aruba que, por mais que tenha tido sua independência das Antilhas Holandesas em janeiro de 1986, continua parte do Reino dos Países Baixos, constituído por Holanda, Aruba e as Antilhas Holandesas, agora com cinco ilhas: Bonaire, Curaçao (onde fica a capital das Antilhas), St. Marteen, Saba e St. Eustatius. Aruba possui sua própria constituição e faz parte de uma monarquia constitucional, na qual o governador do país é nomeado pela rainha da Holanda. Além disso, há um governo próprio com o primeiro-ministro nomeado por eleições democráticas para o parlamento. As relações exteriores e a defesa ficam sob gestão do governo central holandês.

uma volta por ArubaA ilha arubana, mesmo pequena, com apenas 30 quilômetros de extensão, surpreende pelos diferentes cenários naturais que apresenta. Para conhecer melhor os contrastes, o ideal é alugar um carro, que sai uma média de 50 dólares, e se aventurar pela ilha.

Vale explorar os restaurantes de alta gastronomia que estão por toda a ilha

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uma ótima opção é alugar um barco ou então se juntar a alguns dos inúmeros catamarãs para fazer um tour pela ilha

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De Palm Beach, desça sentido sul da ilha até a Baby Beach, famosa praia de águas cristalinas, cercada por uma barreira de corais e pedras, esconderijo para diversos peixinhos que podem ser vistos com snorkels alugados por lá ou a olho nu mesmo. Por ser famosa, é uma praia que pode ficar muito cheia e movimentada para quem procura algo mais exclusivo. Valem também várias paradas nas praias que vão aparecendo no caminho, uma mais linda que a outra, quase desertas com tonalidades de azul de faltar o fôlego. Esse cenário de areia branca e água azul, com as famosas árvores watapana ou as divi-divi inclinadas em direção a sudoeste devido aos ventos locais, contrasta em muitos momentos com a aridez e a vegetação composta por cactos da região central da ilha.

Na volta opte por pegar o sentido nordeste, onde se encontra um cenário completamente fora do que se imagina de uma ilha do caribe: ambiente acidentado, desértico e com belíssimas formações rochosas. Nessa região, podem-se beirar os penhascos de carro, mas cuidado para não se perder, pois não há vias delimitadas e o caminho é bem acidentado. Há na ilha opções de

fazer um tour de jipe por esse lado mais selvagem de Aruba com muita emoção.

Aruba é o destino certo para as férias perfeitas com amigos, família e, principalmente, para uma viagem a dois. A temperatura média é de 27 graus durante todo o ano e quase nunca chove. Prepare-se para relaxar e ser bem atendido, além de gravar as mais belas imagens de cartão-postal em sua memória. É de fato “one happy island”. S

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É bonito mesmo!Mergulhamos em um dos lugares mais belos do Brasil. denunciado pelo próprio nome: Bonito, no Mato grosso do sul. Ops... Como assim? Mergulhar no Mato grosso do sul?!?! É isso mesmo, podemos mergulhar, e muito, em Bonito Por Carolina Schrappe · Fotos: Adriana Brandão

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TURISMO MERGuLHO

Desde 2003 a Lagoa Misteriosa estava fechada para visitação, e há quase um ano reabriu com algumas restrições para o mergulho. Desde então tinha vontade de voltar a mergulhar nesse lugar maravilhoso, onde inclusive ministrei cursos de mergulho livre.

O propósito da viagem para lá foi justamente verificar as condições de mergulho livre na lagoa, para que seja possível planejar cursos e treinos futuros neste local. Ao chegar lá me deparei com estrutura e logística surpreendentes para um lugar onde antigamente não existia praticamente nada. No acesso para a lagoa existe uma pequena trilha e uma escadaria de 70 metros, com mirantes de tirar o fôlego pelo caminho (e recuperar o fôlego durante a subida). No início da descida através das escadarias já é possível contemplar a água cristalina e incrivelmente azul da lagoa.

Para a prática do mergulho autônomo encontrei equipamentos de excelente qualidade e ótimas condições de uso, além de uma tirolesa instalada, que permite que o equipamento pesado possa ser levado de maneira mais fácil e logo após o mergulho ser içado novamente para a parte mais alta, poupando mergulhador e guia de levar todo este peso nas costas,

como ocorria anos atrás. Lá na beira da lagoa podemos contar com todo o equipamento de segurança disponível, incluindo kit de oxigênio DAN e materiais de resgate (que não foram usados ainda, e quiçá só para treinamento da equipe local). A Lagoa Misteriosa conta com um receptivo contendo guias treinados para receber o turista, estrutura adequada com banheiros limpos, além de toda a segurança para a prática do mergulho livre, recreativo (até os 30 metros) ou técnico (até os 60 metros).

Aquecimento relaxante antes de ir fundo

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mistériOs dA lAGOAApesar de possuir apenas duas espécies de pequenos peixes, lambaris e muçuns (uma espécie de enguia), a localização, árvores caídas no fundo, a cor da água, o relevo e a paz do lugar fazem desse mergulho uma experiência inesquecível.

O batismo é uma excelente opção para quem pretende ter a experiência do mergulho em águas calmas e cristalinas, mas não fez curso para isso. Existem várias versões para o “mistério” que dá nome ao local. Para nós mergulhadores, uma delas é a profundidade ainda desconhecida. A lagoa já foi explorada até os 220 metros sem que o fundo fosse avistado. Qual será sua profundidade real? Como será depois dos 220 metros? Será que existe algum ser vivo a esta profundidade? Estas são perguntas ainda sem resposta.

HistóriAs e versõesSão muitas as histórias contadas, como a de que a lagoa recebeu esse nome porque durante o inverno as pessoas do local podiam vislumbrar uma linda lagoa azul no meio da mata selvagem, e durante a época de verão ela desaparecia misteriosamente na vegetação. Isso ocorre até os dias de hoje por conta da proliferação de algas quando a temperatura da água chega aos 26 graus (no verão) cobrindo a superfície da lagoa e fazendo uma espécie de camuflagem que se mistura com a vegetação ao redor.

Outra versão é de que a lagoa era assombrada, pois no local se ouviam vozes que supostamente eram de pessoas que ninguém via. Uma lenda, já que o som ouvido é do vento, que desce em espiral batendo nas paredes da lagoa produzindo barulhos esquisitos, e também está relacionado à existência de ninhos de urubus que se acasalam no local emitindo sons confundidos com vozes humanas.

nAturezA em HArmOniAA Estância Mimosa, uma fazenda que até 1998 era destinada apenas à criação de gado, hoje é uma das maiores atrações turísticas da região. Fiz uma trilha pela mata avistando animais silvestres, como queixada (porco-do-mato), cotia, capivara, além de várias espécies de pássaros. Durante a caminhada

TURISMO MERGuLHOTURISMO MERGuLHO

existem váriAs versões pArA O “mistériO” que dá nOme AO lOCAl. pArA merGulHAdOres, umA delAs é A prOfundidAde AindA desCOnHeCidA

jA flutuação no Rio da Prata é uma das principais atrações de Bonito Surpresa no mergulho, ao encontrar um jacaré

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TURISMO MERGuLHO conheci e nadei em várias cachoeiras belíssimas. Após o passeio o turista é recebido com um almoço bem caseiro, pratos típicos da região, feitos no fogão a lenha e de incrível sabor. Sem contar, é claro, com as sobremesas que são impossíveis de resistir, principalmente o famoso doce de leite da Estância Mimosa. O local também possibilita um belo descanso em redes fabricadas com couro ou, para os mais ativos e que não querem perder tempo, uma cavalgada pela fazenda na parte da tarde.

A flutuação no Rio da Prata também é uma das principais atrações de Bonito. Neste passeio é possível fazer uma trilha e, logo após, uma flutuação que inicia na nascente do Rio Olho d’Água chegando até o Rio da Prata. Esse passeio leva cerca de duas horas em um rio de água cristalina, onde não é permitido o uso de nadadeiras para não tocar o fundo e prejudicar o meio ambiente. Fiquei impressionada com a quantidade, o tamanho e a variedade de peixes encontrados durante a flutuação, sem contar a surpresa de encontrar um jacaré que me fez compreender como é possível conviver em harmonia quando o ecossistema está bem equilibrado. Assim como na Estância Mimosa, também é servido um delicioso almoço caseiro.

COmO CHeGArPara chegar a este paraíso no meio do Brasil, existem várias opções. Pode ser voando pela Trip, que tem voos regulares, ou em voos fretados pela Tam ou Gol que chegam a Bonito. Outra opção é chegar pelas diversas companhias aéreas que pousam em Campo Grande, e de lá alugar um carro para dirigir até Bonito (mais 260 km). Para quem quer ir de carro a viagem é longa, mas a estrada está muito tranquila apesar dos 1.100 km de distância de Curitiba, ou 1.170 km saindo de São Paulo. A Acquanauta Centro de Mergulho – www.acquanauta.com.br – planeja este tipo de viagem para mergulhadores e acompanhantes que não mergulham (ainda).

Onde fiCArExistem diversas pousadas e hotéis na região de Bonito. Nós escolhemos ficar no Hotel Pousada Águas de Bonito, por ter um conceito muito interessante de integração com a natureza. Estão em constante

nA beirA dA lAGOA pOdemOs COntAr COm tOdO O equipAmentO de seGurAnçA dispOnível

Uma tirolesa permite que o equipamento pesado possa ser levado e içado novamente

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ampliação com a construção de mais dez apartamentos e a sala de reuniões, onde podem ser realizados pequenos eventos. Tem uma sala de TV com lareira, mesa para carteado e xadrez, espaço para leitura, onde se encontram várias publicações sobre Mato Grosso do Sul, além de livros de escritores regionais. Possui ainda uma área coberta de lazer superespecial com piscina e spa aquecidos, sauna seca, sala de jogos, sala de home theater, brinquedoteca, playground, sala de massagem, e todos estes ambientes com vista para o jardim.

pAsseiOs imperdíveisEstância Mimosa com trilhas, banhos de cachoeiras e almoço de fazenda. Flutuação no Rio da Prata, mergulho na Lagoa Misteriosa, Buraco das Araras e o Projeto Jiboia.

COndições ClimátiCAsBonito tem clima quente e chuvoso entre os meses de outubro e março. Já entre junho e agosto, o tempo é seco e mais frio (“frio” para o Mato Grosso do Sul, é claro). A época mais recomendada para visitar a cidade é entre os meses de dezembro e março – a época das chuvas. Para quem gosta de animais, nessa época a vegetação está verde e fica mais fácil de ver animais, pois há alimento de sobra.

Para mergulhar na Lagoa Misteriosa, o inverno é o mais recomendado. Lembra-se da visibilidade? É como mergulhar em água mineral! S

TURISMO MERGuLHO

Na Estância Mimosa o turista é recebido com um almoço bem caseiro, feito no fogão a lenha

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orte uma forte temporada frente à classe

Soto 40. “Somos uma tripulação que está há um ano correndo junto todos os campeonatos e estava na hora de conseguirmos esse pódio, estávamos sempre batendo na trave e agora conseguimos coroar esse trabalho”, comentou Samuel. “Mas o ano ainda não acabou. Tem a final do Sul-Americano e o mundial, que é o nosso grande objetivo.”

Agora, a classe considerada a Fórmula 1 da vela de oceano segue firme para a disputa da final do Sul-Americano que acontece em setembro em Buenos Aires. Mariano

Parada ganhou em Búzios do seu irmão Guilhermo, do Pisco Sour, porém na busca pelo título sul-americano é ele quem lidera e torna a disputa ainda mais acirrada. “É maravilhoso, é sempre bom ganhar de seu irmão mais velho”, diverte-se Mariano, que diz que em terra sabe que o irmão está contente por ele, porém na água vai ter briga. “Ele ganhou as duas etapas do Chile, eu ganhei as duas do Brasil e agora vamos decidir em casa.”

Em janeiro de 2013 a Soto 40 terá seu ápice, o primeiro campeonato mundial da classe, que acontece no Chile. Torben Grael, que velejou como tático do barco Mitsubishi/Energisa comenta que o crescimento da classe é expressivo. “Já com a participação de um barco europeu esse ano, vamos ter o mundial no ano que vem no Chile, e isso deve trazer mais barcos da Europa para cá. É possível que alguns fiquem por aqui depois do mundial para fazer esse evento espetacular que é a Mitsubishi Sailing Cup.” S

O comandante Mariano Cole Parada conquistou sua primeira vitória na Mitsubishi Sailing Cup aos poucos. Na primeira edição, em 2010, os argentinos ficaram em nono lugar, no ano passado em quarto e agora

chegaram ao topo do pódio na etapa final que aconteceu em Búzios de 9 a 12 de agosto. Finalmente, o primeiro circuito da classe Soto 40,

com barcos desenhados por Javier Soto Acebal, teve como vencedora a pátria de seu criador, Argentina. “Estamos muito contentes, cada regata é um aprendizado, somos uma equipe que vem trabalhando há

muito tempo e estamos evoluindo”, disse Mariano Parada.

Nos dois primeiros anos o título ficou nas mãos dos uruguaios do

Negra e agora a taça itinerante segue com o barco Patagônia. O terceiro lugar ficou com os chilenos do Claro. Em segundo lugar ficou o veleiro brasileiro Crioula, do comandante Samuel Albrecht, que vem fazendo

A vez dos argentinosdepois de três edições na batalha, o veleiro Patagônia vence a Mitsubishi sailing Cup, mas a disputa na classe continuaPor Rafaella Malucelli

Os argentinos chegaram ao topo do pódio na etapa final que aconteceu em Búzios de 9 a 12 de agosto

Agora a classe segue para a disputa da final do Sul-Americano, que acontece em setembro em Buenos Aires

O Patagônia soube aproveitar melhor os ventos e chegou em primeiro

Festa na água e depois em terra, especialmente no pódio

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Uma notícia triste foi dada após a etapa final da Mitsubishi Sailing Cup. Eduardo Souza Ramos, grande incentivador da vela brasileira anunciou sua aposentadoria no esporte após 50 anos de dedicação.

Eduardo foi responsável pelo desenvolvimento da vela monotipo de oceano, como a HPE25 e mais recentemente a Soto 40. Também foi grande incentivador da maior regata do país, a Semana de Vela de Ilhabela, da qual participa desde a primeira edição, vencendo

a primeira e muitas outras. Um esportista que fez tanto pela vela brasileira e que com certeza deixará saudades, mas, mais ainda, deixará um grande legado para o esporte.

Em e-mail enviado para a redação da Perfil Náutico, Eduardo comenta sua aposentadoria. “Chegou a hora. O ano foi fantástico, ganhamos Punta, Chiloé e a Semana de Vela de Ilhabela na classe Soto 40.” Em 50 anos de vela, Eduardo Souza Ramos tem uma coleção de títulos: 17 brasileiros, três sul-americanos, um

europeu, uma medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos, além de participar de duas olimpíadas. Eduardo foi presidente da Federação e da Confederação de São Paulo, criou um clube, uma classe de vela e diversos eventos, como Hollywood, Pré-Olímpica Atlântica e Mitsubishi Sailling Cup. “Participei nove vezes da Semana Vela de Ilhabela. Tudo isso, somado aos 68 anos de idade, me leva à aposentadoria. Obrigado por todo o apoio, carinho e divulgação nesta trajetória.”

A vela brasileira é que agradece tanta dedicação. Nós, da Perfil Náutico, desejamos que bons ventos continuem soprando a favor na vida de Eduardo Souza Ramos. j

Incentivador da vela aposenta-se

COPA SuzuKI JIMNY – 3ª ETAPA

O Aviso de regata da terceira etapa da Copa suzuki Jimny já está disponível. A competição, uma das maiores do calendário nacional, irá reunir os principais velejadores das classes OrC, C30, hPe, m-24.5 e BrA-rgs. A Copa acontece nos dias 22, 23, 29 e 30 de setembro, no Yacht Club de Ilhabela (YCI). O evento espera reunir nas águas do litoral norte paulista pelo menos 50 equipes. As inscrições custam r$ 80,00 por tripulante (exceto o tripulante mirim, isento do pagamento).

Eduardo Souza Ramos, ligação especial com o mar

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A America’s Cup World Series teve iniciada a sua segunda temporada no final do mês de agosto. A temporada 2012-13 começa com grandes expectativas, já que apenas nos treinos para a competição três veleiros capotaram em virtude de ventos fortes. Estão na disputa 11 catamarãs de 45 pés, totalizando 55 velejadores de 12 nacionalidades diferentes. A grande novidade desta temporada é a inclusão da equipe J.P. MorganBAR, capitaneada por Ben Ainslie. S

A Volvo Ocean Race voltará a ter um barco com tripulação exclusivamente feminina. A empresa florestal SCA anunciou que seu barco pilotado só por mulheres está confirmado para a próxima edição da competição, que será disputada em 2014-15. A equipe, inclusive, foi a primeira a confirmar sua participação.

Sendo assim, a maior regata de volta ao mundo volta a ter um barco apenas com mulheres, algo que não acontecia desde a edição de 2001-02. Já a última vez que uma mulher velejou, mesmo sendo ao lado de homens, foi Adrienne Cahalan, que

Mulheres na Volvo Ocean Race

Segunda temporada da America’s Cup

COPA DO BRASIL DE CANOAS HAVAIANASA Copa Brasil de Canoas havaianas, disputada no último dia 22 de julho, reuniu atletas de alto nível em várias categorias. Apesar do inverno, o sol prestigiou o evento, que teve grandes disputas. entre as classes mais acirradas estavam a OC1 Open masculino, vencida por Jean lopes, e OC2 mista, na qual dayone rossi e murilo ribeiro ficaram com o lugar mais alto do pódio.

Empresa florestal SCA anunciou a novidade

disputou uma perna apenas em 2005-06, pelo Brasil 1. A equipe da SCA junta-se agora às outras quatro equipes exclusivamente formadas por mulheres que já disputaram a Volvo Ocean Race. O barco Maiden, de Tracy Edwards, foi o primeiro (1989-90). Na temporada 93-94 foi a vez de Dawn Riley comandar uma tripulação feminina a bordo do barco Heineken. Já em 97-98, o EF Education, capitaneado por Christine Guilou, foi o terceiro barco feminino da história. E o último foi o Amer Sports, em 2001-02, da capitã Lisa McDonald – que na época ainda era Lisa Charles.

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Robert Scheidt entrou para a história do esporte brasileiro como o maior medalhista olímpico do país

O Brasil voltou dos Jogos Olímpicos de Londres com apenas uma medalha conquistada nas raias de Weymouth. Os favoritos Robert Scheidt e seu proeiro Bruno Prada foram os únicos a subirem ao pódio, levando o bronze na classe Star. Com este quinto pódio seguido, Scheidt entrou para a história do esporte brasileiro como o maior medalhista olímpico do

país. Além desta final, o país ainda classificou outros três atletas para a Medal Race.

As gaúchas Fernanda Oliveira e Ana Barbachan terminaram a competição na sexta colocação geral na classe 470. Fernanda, inclusive, tentou em 2012 sua segunda medalha, já que em Pequim (2008) ela levou o bronze ao lado de Isabel Swan. Além da Medal Race nas classes Star e 470 feminino, a classe RS:X também teve representantes brasileiros na final. Ricardo Winicki,

o Bimba, ficou com a nona colocação na prancha a vela. Modalidade esta que não estará presente no

Rio de Janeiro. Por decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) e da Federação Internacional da Vela (ISAF), o windsurfe será substituído pelo kitesurf. Pior mesmo para Patrícia de Freitas: a jovem praticante de prancha a vela foi aos Jogos de Londres, ganhou mais experiência e era esperança de medalha para o país que disputará as próximas Olimpíadas em casa.

Só Scheidt e Prada no pódioBrasil volta de Londres com apenas um bronze nos esportes náuticos, conquistado na vela por Robert scheidt e Bruno PradaPor Angelo Sfair

CanoagemNa canoagem o Brasil conquistou alguns bons resultados, mas ficou longe de medalha. O desempenho em Londres deixa os brasileiros esperançosos para 2016, já que esta geração que representou o país é bastante jovem e deve vivenciar o seu auge no Rio de Janeiro.

RemoA participação brasileira no remo começou com a péssima notícia do doping de Kissya Cataldo. A brasileira foi pega em um exame realizado meses antes, mas com resultado divulgado apenas durante os Jogos Olímpicos. Nas outras duas classes com representantes brasileiros, resultados apenas regulares. S

Bruno Prada e Robert Scheidt, a dupla de bronze do Brasil VELASTARBRONzE Robert scheidt e Bruno Prada470 FEMININO6º LuGAR Fernanda Oliveira e ana BarbachanLASER13º LuGAR Bruno FontesLASER RADIAL25º LuGAR adriana KostiwFINN19º LuGAR jorge zarifRS:X MASCuLINO9º LuGAR Ricardo “Bimba” WinickiRS:X FEMININO13º LuGAR Patrícia Freitas

CANOAGEMCANOAGEM DE VELOCIDADE INDIVIDuAL12º LuGAR Ronílson OliveiraCANOA DuPLA10º LuGAR Erlon silva e Ronílson OliveiraCANOAGEM SLALOM16º LuGAR ana sátila vargas

REMOSKIFF DuPLO PESO LEVE13º LuGAR Fabiana Beltrame e Luana BartholoSKIFF SIMPLES19º LuGAR anderson nocettiSKIFF SIMPLES18º LuGAR Kissya Cataldo

DESEMPENHO DOS BRASILEIROS EM LONDRES

Ana Sátila Vargas da canoagem e Anderson Nocetti do remo

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Durante três meses o veleiro Rainbow Warrior, do Greenpeace, navegou pelo Brasil para chamar a atenção para as causas ambientais do país. O barco passou por Manaus, Macapá, São Luís, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, entre outras cidades.

O objetivo da expedição era apontar soluções sustentáveis para os problemas do país e do mundo. Durante este período também aproveitou para divulgar a Campanha Desmatamento Zero – que trabalha para levar ao

Conheça o Rainbow Warrior 3veleiro do greenpeace faz expedições internacionais para chamar a atenção para os problemas ambientais do planetaPor Angelo Sfair

Congresso Nacional uma lei de iniciativa popular que impede o desmatamento no país.

A campanha foi um grande sucesso. Durante os três meses

1,4 milhão de assinaturas. Você pode conhecer o projeto e assinar a petição através do site da campanha: www.ligadasflorestas.org.br. Sempre que o navio ancorava

em águas brasileiras, mais de 70 voluntários pegavam suas canetas e pranchetas para coletar mais assinaturas. Este trabalho angariou sozinho mais de 20 mil nomes.

em que o Rainbow Warrior esteve atuando na divulgação, mais de 400 mil assinaturas foram coletadas. Para que o projeto seja encaminhado ao Congresso, porém, ele precisa atingir

Enquanto o trabalho ocorria de forma manual no Rainbow Warrior, pela internet a campanha também ia de vento em popa, conseguindo coletar quase meio milhão de assinaturas. Esta foi somente a primeira grande bandeira levantada pelo navio durante sua passagem pelo Brasil. Ao fim dos três meses, ele ancorou em 11 cidades diferentes e em cada uma delas o Greenpeace atuava com os principais problemas ambientais da região.

O veleiroO Rainbow Warrior 3 é um veleiro flex, movido a vento e diesel, que tem 58 metros de comprimento.

Movido a vento e diesel, o Rainbow Warrior 3 tem 58 metros de comprimento

Com mais de 800 toneladas, o veleiro pode chegar a velocidade de 15 nós

O veleiro navegou pelo Brasil para chamar a atenção para as causas ambientais do país

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a Seus dois mastros chegam a 54 metros de altura. A embarcação custou 23 milhões de euros, cerca de R$ 60 milhões de reais. Os recursos vieram da contribuição de três milhões de colaboradores.

O veleiro, que tem mais de 800 toneladas, pode chegar a velocidade de 15 nós (27 km/h). No total, mais de 30 pessoas de pelo menos uma dezena de nacionalidades formam a tripulação. Os marinheiros alternam sua escala de trabalho a bordo e em terra a cada três meses.

O barco possui 16 cabines. Com exceção de três delas – do capitão, do engenheiro-chefe e do subcomandante –, as restantes possuem 8 metros quadrados e estão equipadas com um beliche, chuveiro, pia, mesinha e armário.

Sustentabilidade a bordoTodo o veleiro foi projetado para ser o mais sustentável possível, a começar pela forma como se locomove. Quando os ventos estão bons, o veleiro pode operar com apenas 10% de sua capacidade para gerar energia e navegar a uma velocidade de 20 km/h.

Dentre as principais medidas sustentáveis está o esgoto, que recebe tratamento próprio antes de voltar para o oceano. Já a central de combustível conta com dispositivos que evitam o derramamento. Além é claro de aproveitar ao máximo os recursos da embarcação. A água que precisa ser aquecida, por exemplo, aproveita o calor gerado pelo motor para chegar às cabines com a temperatura ideal sem desperdício de energia. S

O barco foi projetado para ser o mais sustentável possível, a começar pela forma como se locomove

Na passagem pelo Brasil, o Rainbow warrior 3 aproveitou para divulgar a Campanha Desmatamento zero

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Paganini não é a mesma coisa.

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P 4 kg de coxão duro, paleta ou músculos cortados em pedaços (6 cm);P 1 kg de cebola passada no liquidificador; P 1 lata de purê de tomate puro; P 1 maço de cheiro-verde; P 2 folhas de louro; P ½ copo de vinagre de vinho; P ½ cabeça de alho picadinho; P 1 colher rasa (de sopa) de sal por quilo de carne (acertar no final); P 1 colher (de chá) de pimenta-do-reino; P 1 colher (de chá) de cominho; P pimenta-malagueta a gosto; P 1 pacote de bacon em fatias; P 1 kg de farinha de mandioca de Morretes (de Paranaguá ou Antonina não serve!); P 1 ½ kg de arroz amarelão; P 10 bananas-caturras maduras; P ½ litro de água mineral.

Como prepararPanela de barro, com tampa. Espalhar o bacon cortadinho no fundo da panela. Colocar a carne por cima, a água e os demais ingredientes (menos a farinha, o arroz e as bananas). Tampar a panela, vedando-a hermeticamente com massa feita de farinha de mandioca e água, de modo que não escape nenhum vapor.

Levá-la ao fogo e manter assim durante um mínimo de 12 horas. Se, ao abrir a panela, o barreado estiver meio seco, coloque mais água e deixe ferver mais um pouco.

Agora, o pirão. Com parte do caldo e da carne desfiada, já acertado o ponto do sal, faça um pirão com a farinha de mandioca. Sirva tudo muito quente, escaldante, fumegante. Inclusive o arroz.

Fatias de banana (frias), vinho tinto seco e uma soberba cachaça de Morretes completam o festim. Ganha um doce quem conseguir ficar de pé! S

Luiz Alfredo Malucelli é escritor, cronista, jornalista e gourmet twitter.com/euamopaganini - www.facebook.com/paganinigastronomia - www.paganinigastronomia.com.br

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Em comum, o apurado gosto pelas coisas boas da vida. Comer bem e estar com amigos é um estilo de vida para todos eles. Os sorrisos de todos em torno de uma mesa bem-servida, são momentos para guardar na memória.

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Paganini, o segredo dos chefs

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Os fotógrafos gaúchos Ita Kirsch e Bala Blauth lançam em setembro, em livrarias de vários estados brasileiros, o livro Costa do Brasil, no qual mais uma vez registram o seu olhar sobre a riquíssima paisagem nacional. A dupla rodou mais de 23 mil quilômetros do litoral brasileiro durante oito meses, por cenários de tirar o fôlego. As imagens manifestam em visões amplas e detalhistas o contraste entre materiais vivos e inorgânicos, natureza e presença humana. Contam uma cuidadosa e saborosa história de redescoberta do Brasil. Os textos de apresentação do livro são do jornalista e escritor Eduardo Bueno e do agrônomo e ecologista Arno Kayser. Eduardo Bueno fala sobre as ocupações humanas do território brasileiro e do fascínio que o litoral vem provocando em todas as sociedades que aqui vêm se desenvolvendo. Kayser explica a diversidade física e biológica da costa brasileira apresentada nas fotografias, conjuntamente com a diversidade cultural.

O audiolivro Tesouro do Sombrio, de Geannis Michail Platon, conta sobre as riquezas, os mistérios e os encantos de Ilhabela. Para quem gosta do mundo náutico e do digital, é uma escolha perfeita. O livro foi produzido após 40 anos de pesquisas na terra e no mar, que revelam que o Arquipélago de Ilhabela não é só um acidente geográfico, e sim um município de encantos e mistérios impensáveis. Nele, você faz uma viagem por toda a história da região, desde 1951 até os dias atuais, desvendando seus mitos, tesouros, lutas e desastres. Trata-se de uma obra de ficção inspirada em fatos reais, com relatos sobre a descoberta do famoso tesouro do Saco do Sombrio em Ilhabela e um forte conteúdo histórico, que retrata de modo fidedigno o modo de viver dos colonizadores europeus e dos índios que habitavam a região litorânea de São Paulo, seus costumes e folclores. S

COSTA DO BRASIL

TESOuRO DO SOMBRIO

Livros

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Fotografia de Ita Kirsch que ilustra o livro Costa do Brasil, de Ita Kirsch, Bala Blauth e textos de Eduardo Bueno. Paisagem selvagem da Praia dos Carneiros, em Pernambuco, a cinco quilômetros de Tamandaré (Pe). Cinco quilômetros de coqueiros que margeiam toda a sua extensão de água límpida e morna. a paisagem é moldada pelo estuário do Rio Formoso e por um paredão de arrecifes de um quilômetro de extensão. S

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