revista península nº8

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Revista este exemplar é seu Ano I - Nº 8 - fevereiro de 2010 www.peninsulanet.com.br Búzios O balneário mais charmoso do Brasil Eri Johnson Humor e irreverência Campanha dos gatos Controle de natalidade Carnaval Península Um show de alegria

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A Revista é uma ferramenta de interação e de comunicação para os moradores do condomínio Península.

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Revista

este exemplar é seu

Ano I - Nº 8 - fevereiro de 2010www.peninsulanet.com.br

BúziosO balneário mais

charmoso do Brasil

Eri JohnsonHumor e irreverência

Campanha dos gatosControle de natalidade

Carnaval PenínsulaUm show de alegria

Presidente Carlos Felipe Andrade de Carvalho

Vice-Presidente Sergio Lopes

Gerente Administrativo/Financeiro Jorge Leone

Gerente de Relacionamento Claudia Capitulino

www.peninsulanet.com.br [email protected]

21 3325-0342

Revista Península é uma publicação

Diretor ExecutivoPaulo Roberto de Mesquita

Diretora AdministrativaRebeca Maia

Diretor ComercialMarcio Ayres

ComercialVictor Bakker | [email protected]

Editora Responsável Tereza Dalmacio | [email protected]

EstagiáriaDebora Rolim

Colaboradores Cidinha Fernandes

Marcella Castro

Fotografia Bruno Leão

Revisão Giselle Martins

Diretora de Arte Tati Piqué | [email protected]

Rua Jornalista Ricardo Marinho, 360 / sala 243 Barra da Tijuca-RJ

[email protected] (21) 3471-6799 | 7898-7623

Correr, pedalar, caminhar, jogar bola, brincar, desenhar, navegar, dançar, desfilar. A oitava edição

da Península chega leve e energética, em sintonia total com o verão e exalan-do vitalidade, alegria, descontração e alto astral.

Este espírito livre que a natureza nos ofe-rece contagia cada adulto, jovem e crian-ça que aqui mora e nos leva a partilhar com o próximo esse espaço mágico, pro-jetado e mantido para gerar qualidade de vida para todos nós e para nossa família.

O verde mais lindo, o ar mais puro, a na-tureza sagrada e a mão do homem cui-dando, mantendo, ajudando a renovar a extensão do seu lar, o quintal de todos. Esta é a Península, a sua casa, a casa de muitos, o espaço para você correr, peda-lar, jogar, dançar, cantar, brincar, plantar, fazer o que a sua imaginação mandar... com alegria, respeito e em comunhão com a fauna e a flora desse lugar.

ASSAPE

Editorial

EDITORIAL E EXPEDIENTE

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 2010 3

SUMÁRIO

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 20104

Sumário

08 – Colônia de Férias

12 – Passeio Ciclístico

14 – Saúde em Casa | Acidentes Domésticos

20 – É de Casa

22 – Ensaio Esportivo

24 – Carnaval

27 – Curiosidade | Marchinhas

28 – Turismo | Búzios

30 – Cantinho do Morador

32 – Saúde e Sabor | Azeite

34 – Meio Ambiente | Controle de Gatos

40 - Caminhada

34

24

08

Armazém

ARMAZÉM

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 2010 5

Você sabia que, mais de 500 anos depois do descobrimento do Brasil, a mais anti-ga das práticas comerciais, o escambo,

ganha força novamente no mercado? Segundo o International Reciprocal Trade Association (IRTA), a troca de produtos e serviços movimen-ta, informalmente, quase 800 milhões de dó-lares por ano no país. E nós vamos aumentar, mesmo que timidamente, essa cifra.

Este espaço aqui é o seu Armazém, para ven-da ou troca de objetos entre os moradores da Península e também para os parceiros que prestam serviços aqui.

Vamos funcionar como um pequeno classifi-cado. Anuncie o seu produto. Faça um bom negócio sem sair de casa. Mais informações pelo telefone 3325-0342 ou pelo e-mail [email protected].

Quer aprender inglês sem sair da Península?Déborah Grossman é formada em Inglês/Português pela Universidade de São Paulo (USP) e possui especialização em Tradução. Oferece aulas para todos os níveis, reforço escolar e traduções. A professora é mora-dora do Atmosfera. Mais informações pelos telefones 3503-1560 / 8133-3362 ou pelo e-mail [email protected].

Aula de francês na sua casaVera Stassen, moradora do Fit, formada em Letras pela UERJ, morou na França por mais de 2 décadas e, hoje, de volta ao Brasil definitivamente, ensina a língua de Molière para todos os níveis, além de dar aulas de conversação e de reforço escolar. Ela oferece também os serviços de tradução e de versão. Os interessados podem ligar para os telefones 3594-2934 ou 7712-6655 ou escrever para o e-mail [email protected].

Curso de artesanatoSoraia Vieira, arte-educadora, moradora do Fit, ministra aulas de mosaico, modelagem em papel e cartonagem há 12 anos. As aulas são na própria casa do aluno, uma vez por semana, com 1h30 de duração. Os interessados devem ligar para 9845-9238 ou enviar e-mail para [email protected].

Sala de [email protected]

A Revista Península é um veículo de comunicação criado para você, morador, e por isso mesmo, é fundamental a sua participação para o sucesso

deste lançamento.

Sugira temas, nos envie sugestão de pautas, mande a foto que quer ver publicada. Participe, interaja, escre-va pra gente. Essa sala de estar é para receber você e saber o que gostaria de encontrar na sua Revista Península. Aponte o tema, e nós vamos buscar as in-formações que você deseja. Até o próximo encontro, e sempre com a sua participação.

SALA DE ESTAR E TELEFONES ÚTEIS

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 20106

Tele

fone

s út

eis

ABAM: 2232-4580Aeroporto Internacional: 3398-5050 / 0800-999099Aeroporto de Jacarepaguá: 3325-2833Aeroporto Santos Dumont: 0800-244646Água e Esgoto: 0800-282 1195Ambulância – Serviço de Remoção de Doentes: 192Bombeiros (CBMERJ): 193CEG: 0800-24 7766CET-Rio: 2508-5500Correios: 0800-570 0100Defesa Civil do Município do Rio de Janeiro: 199DETRAN – Atendimento ao Cliente: 3460-4042DETRAN – Disque Habilitação: 3460-4041DETRAN – Disque Vistoria: 3460-4040Disque Denúncia: 2253-1177

Enfoque – Dite sobre finanças, cotações entre outros: (11) 3957-5800

Folha Dirigida: 0800-055 4849Guarda Municipal da Barra da Tijuca: 2431-2851Polícia Civil: 3399-3217Polícia Federal: 2291-2142Polícia Militar do Rio de Janeiro: 190

Polícia Rodoviária Estadual: 3399-4857 2625-1530

Receita Federal: 055-78300-78300Telefonia Fixa - Oi: 103 31Telefonia Fixa - Livre (Embratel): 103 21Telefonia Fixa - TIM: 0800 7414TV por Assinatura – NET: 4004-8844TV por Assinatura – SKY: 4004-2884TV por Assinatura – TVA: 2223-6399TV por Assinatura – VIA Embratel: 106 99

PONTO DE VISTA

Falar a sério requer a disposição de parar, respi-rar fundo, sair da superfície e, gradativamente, acessar o mais íntimo do nosso ser. E aí, nos

deparamos com nossos medos, dúvidas, fragilidades e dificuldades. Porque alegria, satisfação, vitórias e conquistas, ninguém esconde. Só que a vida não é só isto, é isto também.

E como falar de nós mesmos, do ser integral que so-mos, sem retirar os véus da aparência, da falsa ima-gem, da frágil segurança e estabilidade que tanto nos esforçamos para demonstrar? Ao nos desnudarmos, estamos correndo riscos, o que significa que, depois disso, nada será como antes.

Falar a sério nos leva a uma autoanálise crítica, a prestar atenção aos sintomas que o nosso corpo

manifesta, a reconhecer e permitir os sentimentos que afloram em nós.

A partir daí, poderemos mobilizar as energias para a transformação, para as mudanças necessárias que vão tornar a nossa existência tão mais leve, quanto mais autêntica for.

A congruência entre o pensar, sentir e agir leva-nos ao estado de saúde físico e emocional, pois não há como separar mente e corpo.

E a proposta da psicoterapia é ajudar quem quer mes-mo “falar a sério”.

Cidinha Fernandes, moradora da Península, é terapeuta, possui especialização em Clínica Psicológica na

abordagem da Gestalt-Terapia, utilizando método fenomenológico e técnicas vivenciais.

Ah! Fala Sério!Por Cidinha Fernandes

ATIVIDADE | COLÔNIA DE FÉRIAS

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 20108

A alegria da meninada

A terceira colônia de férias do Matoso agitou as férias da meninada. No período de 11 a 29 de janeiro, cerca de 100 crianças com idades entre 4 e 12 anos pularam, brincaram e pintaram por toda a Península.

A diversão foi garantida: tênis, futebol, atividades lúdicas, artísticas e manuais. Passeios ao Jardim Botânico, ao Museu Aeroespacial e ao Bosque da Barra, além de concurso de fantasias, dia da reciclagem e trilha com piquenique coloriram as férias desses pequenos. E, para aliviar o calor... ufaaaa... muito banho de mangueira!

No encerramento, no último dia 29, confraternização e muito mais diversão.

As princesas Carolina, Mariana e Isabella se divertiram na colônia de férias e do que mais gostaram? Do banho de mangueira.

Pausa para o lanche. Hora de recarregar as baterias.

ATIVIDADE | COLÔNIA DE FÉRIAS

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 2010 9

Sempre juntas, seja no papo furado, nas travessuras ou nas atividades da

colônia de férias, essas meninas receberam o título de “as patricinhas de

Beverly Hills da Península”. Lindas de viver!

O banho de mangueira era o mais esperado.Um refresco para o calor de 40°.

A dupla que adora aventura, Joshua e Carlos Lucas,

observa tudo de cima e não perde nenhum lance.

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 2010 9

A dupla que adora aventura, Joshua e Carlos Lucas,

observa tudo de cima e não perde nenhum lance.

E no final... alegria... alegria e diversão!

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 201010

A oitava edição da Revista Península retrata bem a energia, o alto astral e o trabalho da Associação Amigos da Península nos quesitos integração, fra-ternidade e confraternização entre os moradores. Atividades infantis, esportivas e festivas estampam a alegria das famílias que aqui vivem.

Este porta-retrato gigante está em total sintonia com a essência do projeto Península: gerar qualida-de de vida em todos os seus aspectos. A interação homem e meio ambiente, nesta forma de respei-to e cuidado, é o melhor retorno para todos que colaboram, idealizam, promovem e trabalham na logística da ASSAPE.

É preciso fazer acontecer, esse é o nosso lema. É preciso fazer acontecer com sustentabilidade. É pre-ciso fazer acontecer em sintonia com você, morador.

Dia a dia, pensamos na segurança, no transporte, no meio ambiente, nas festividades, em soluções para os problemas que surgem; enfim, 24 horas, de domingo a domingo, 365 dias por ano, do faxi-neiro ao presidente, todos sintonizados em aten-

der e manter a Península como um polo de qua-lidade e excelência de serviços. Acreditamos em dividir tarefas e responsabilidades. Acreditamos no trabalho em equipe e na transparência. Acre-ditamos em nossa parceria. Sabemos também que há muito que fazer, que resolver, que solucionar, mas sentimos que percorremos o caminho certo, que estamos cercados de pessoas como você, que torce sempre pelo melhor possível.

A administração participativa, esse modelo que empregamos, nos faz corresponsáveis, nos faz vi-brar, trabalhar, torcer, criar, produzir com mais de-terminação e comprometimento.

Voltando à nossa edição, esta alegria estampada em tantos é nossa maior recompensa pelo tra-balho feito. Estamos juntos para as festas e para os problemas. E sempre com essa energia trans-formadora, do bem, do bom, da multiplicação de ideias de ações.

Forte abraço.

Sergio LopesVice-Presidente

DIVIDINDO ALEGRIAS

Acesse meu blog: www.osergiolopes.com.br, clique no link Península.

Sergio Lopes é empresário da área de Meio Ambiente, pai de 3 filhos, vice-presidente da ASSAPE e um apaixonado pela Península.

Blog da Vice-Presidência

Pedalar é preciso....

Ar puro. Verde por todo lado. E alegria no coração. Assim foi o Passeio Ciclístico na Península no feriado de São Sebastião. Famílias inteiras pedalaram e se divertiram em mais este evento promovido pela ASSAPE.

Mãe e filha. Amigas. Companheiras. Georgia e Elen participam de todas as

atividades da Península, sempre assim, juntas e felizes.

O médico Luis Augusto, um amante do

esporte, e sua filha Gabriela, já demons-

trando que filha de peixe, peixinho é.

As amigas inseparáveis Isabelle, Camila e Nathalia adoraram desbravar as ruas da Península em cima de duas rodas. É sempre

diversão garantida, afirmam as meninas.

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 201012

PORTA-RETRATO | ESPECIAL CICLISMO

“Andar de bicicleta é sentir a brisa no rosto, vencer

obstáculos, é a sensação de bem-estar, de interação com

os amigos e de contato com a natureza.”

A turma que participou do evento e mostrou que a atividade física é o

grande barato na Península. Até a próxima, galera!Nathalia, que estava passeando

com as amigas, foi a grande

ganhadora do Passeio Ciclístico e

levou uma bike novinha pra casa.

O nome dele é disposição e o sobrenome saúde e energia.

Assim é a vida do professor de educação física Walter, que não

para nunca.

O Passeio Ciclístico foi mais que uma atividade física numa manhã de sol,

foi um encontro de gerações. Pais, filhos, netos, amigos, famílias inteiras,

exercendo o direito máximo de levar a vida com amor e muita qualidade.

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 2010 13

PORTA-RETRATO | ESPECIAL CICLISMO

SAÚDE EM CASA | ARTIGO DR. MARCO DAIHA

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 201014

Acidentesdomésticos

Em nossa imaginação, para os filhos, os pais são perfeitos e estão acima de qualquer “lei”. Mesmo assim, o filho - também “perfeito”- pode

sofrer um acidente totalmente evitável, por isso, é im-portante avaliarmos a eficácia dos itens de segurança para esses pequenos tesouros em nossas casas.

Convivendo com a culpa Após o acidente de um filho, a culpa dos pais é normal e intensa nas primeiras horas. Em certas situações, podem durar anos ou a vida toda. Muitas vezes, a cul-pa se dá pela ausência dos pais no momento do aci-dente, mas esse sentimento se dissipa rapidamente com a forte presença deles no momento do atendi-mento médico e durante a recuperação da criança.

Os acidentes dentro de casaEntre os acidentes mais comuns, estão as quedas. Em casa, devemos seguir as orientações para com as crianças semelhantes àquelas reservadas aos idosos: os tapetes devem ter tiras emborrachadas antiderra-pantes e as escadas devem ter redes ou grades nas laterais que impeçam a passagem da criança. Estas redes de segurança são muito úteis, apesar de muitos pensarem que só podem ser instaladas em janelas, sua facilidade de instalação dá margem à criativida-de. Devemos evitar os pisos molhados e, em caso de reforma, atentar para os pisos com muitas saliências, pois facilitam os tropeços e, comumente, causam cor-tes em cabeça e membros.

Quando a criança começa a andar, os riscos aumentam muito. São extremamente comuns os traumatismos da cabeça em quinas e mesas. Nestes casos, não existe

Nesta edição, a coluna Saúde em Casa publica o artigo do cirurgião pediátrico Marco Daiha, morador do Quin-tas. O tema é de interesse da grande maioria das famílias: acidentes domésticos com crianças.

SAÚDE EM CASA | ARTIGO DR. MARCO DAIHA

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 2010 15

nada melhor para prevenir do que a supervisão direta, mas a utilização de protetores de silicone para quinas de móveis pode minimizar esse risco e, por serem ade-sivos, não estragam as superfícies onde serão colados.

Queimaduras elétricas também são comuns e as con-sequências podem ser drásticas, como a amputação desde as falanges dos dedos até as mãos, além do ris-co de parada cardiorrespiratória. Felizmente, a quan-tidade de dispositivos para ocluir as tomadas disponí-veis no mercado é muito grande e o preço atende até as camadas de renda mais baixa. A normatização de plugues e conexões elétricas mudou para melhor, os novos dispositivos impedem a criança de tocar na par-te desencapada do plugue. Mas ainda levará tempo para estar disponível em todos os lares.

Fios desencapados também são problemáticos, pois as crianças são muito curiosas. Ao colocar a mão em um fio desencapado, a descarga elétrica faz com que a mão se feche “em garra”, contraindo a musculatura e perpetuan-do o tempo de descarga até a intervenção de um adulto e, consequentemente, a interrupção do circuito elétrico.

Outras duas situações relacionadas às queimaduras merecem destaque. A primeira é o acidente com ferro elétrico e a segunda é o contato das mãos com o for-no quente. As crianças pequenas e, principalmente, os bebês, ao contrário dos adultos, ainda não têm desen-volvido o reflexo involuntário de retirar a parte do corpo quando este se encontra em contato com superfície quente. A criança chora, mas não tira a mão da fonte de calor, piorando cada vez mais a queimadura. Para prevenir estas lesões, os ferros elétricos devem ser guardados em locais altos e bem fixos, fora do alcance de crianças. Quem nunca viu um ferro quente sendo colocado para esfriar no chão? Mas existem no merca-do suportes próprios e decorados com essa finalidade.

Quanto ao forno quente, a medida mais eficaz são os portões de grades que se adaptam às portas, impedin-do a sua abertura. Mas a criatividade ganha espaço com o uso de anteparos na frente do forno, como cai-xas de papelão ou bancos que possam obstruir a pas-sagem dos pequenos. Modelos modernos de cozinhas planejadas utilizam o estilo de “cooktop”, onde o forno fica desvinculado dos queimadores e pode ser insta-

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 201016

lado sobre uma bancada ou em um móvel mais alto.O fogão também se torna perigoso durante a fervura de água ou com panelas ou frigideiras contendo óleo quente. Deve-se utilizar mais frequentemente as bo-cas traseiras, e os cabos das panelas devem estar sempre virados para o centro do fogão. É fundamental transmitir essas informações às empregadas domés-ticas e babás. Uma boa dica é deixar lembretes, de forma amigável, para que estejam sempre atentas.

O perigo também está nas áreas externas Para tranquilizar os pais que possuem piscina em casa, a prática da natação deve ser estimulada nos primeiros anos de vida, mas isso não é tudo. A criança

não percebe seus limites nem os riscos de um mer-gulho mais fundo ou de uma distância maior que sua capacidade. A melhor forma de prevenção é o moni-toramento e a visualização direta com orientação em 100% do tempo. As boias de braço são muito úteis para os menores, mas podem escorregar facilmente. Os coletes são mais seguros, mas a criança perde mobilidade e se defende menos de outros agentes. A colocação de redes de proteção e portões que limitem o acesso à área da piscina também são excelentes instrumentos de proteção. É importante ressaltar que crianças até 5 anos que já saibam nadar ainda neces-sitam de vigilância permanente.

Acidentes nos ambientes fora de casaEquipamentos de segurança para a prática de espor-tes radicais como capacetes, joelheiras, cotoveleiras, protetores bucais são absolutamente necessários, principalmente para o skate e para o ciclismo.

Várias casas de festas infantis oferecem brincadeiras como tirolesas, escaladas ou arvorismo. Comumente os monitores são adolescentes, e o uso dos equipa-mentos de segurança nem sempre é adequado. Antes de deixar seu filho entrar na fila de um entretenimento deste porte, verifique a segurança e se o monitor está adequadamente familiarizado com o equipamento e usando-o de maneira correta.

Cada vez mais, são lançados novos jogos infantis para festas, mas um deles merece destaque pela popula-ridade: o “futebol de sabão”. Um brinquedo inflável que simula uma quadra de futebol, utilizando água e sabão em pó, onde as crianças se lançam num fu-tebol escorregadio e que propicia as mais variadas contusões e fraturas, sem contar a abrasividade do sabão em pó, que provoca queimaduras de primeiro e segundo graus e reações cutâneas após longo tempo de exposição. Outro brinquedo perigoso está presente em alguns shoppings do Rio de Janeiro, e consiste em uma bola de plástico inflada com vento quente, dentro da qual a criança é colocada e, em seguida, a bola é lançada em uma piscina com bordas de encanamento de ferro. As crianças ficam correndo dentro das bolas (como ratos de laboratório) e, numa eventual queda, podem bater suas cabeças nas bordas, além do risco de síncope (desmaio) por falta de oxigenação adequa-da no interior da bola. Esse brinquedo foi amplamente utilizado nas férias do meio do ano de 2009, em pleno auge das contaminações por gripe H1N1.

O objetivo desse artigo não é apavorar os pais, mas alertá-los quanto aos riscos nem sempre perceptíveis.

Lembrem-se: ¨O melhor remédio para os acidentes do lar com crianças é a prevenção e a observação cons-tante dos filhos. ¨

SAÚDE EM CASA | ARTIGO DR. MARCO DAIHA

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Horário de funcionamento

da ASSAPE

De segunda a sexta – 8h às

19h (A associação não fecha

para o almoço, o funcionamen-

to é ininterrupto no horário des-

crito acima).

Sábados, domingos e feriados

– 8h às 19h (Nestes dias, a as-

sociação fecha das 12h30 às

14h para o almoço)

Passaporte / transporte (ônibus e balsa)

Os procedimentos para solicitar a carteirinha do transporte são:

Morador - Cadastro na ASSAPE. Levar 2 fotos 3x4 coloridas e atuais.

Funcionário doméstico de morador - Ficha de cadastro preenchida

com dados do funcionário e assinada pelo morador. Levar 2 fotos

3x4 coloridas e atuais.As carteirinhas são confeccionadas de segunda a sexta:

Carteirinhas solicitadas até as 12h são entregues a partir das 12h

do dia seguinte;Carteirinhas solicitadas após as 12h são entregues a partir das

17h do dia seguinte;Carteirinhas solicitadas sexta-feira são entregues na segunda-feira

a partir das 12h.Caso o morador ou funcionário não tenha foto, a ASSAPE confec-

ciona uma carteirinha provisória sem foto, com a validade de uma

semana. O prazo para confecção da carteirinha provisória é o mes-

mo da carteirinha definitiva.

Saiba maisINFORME ASSAPE

ReservasAs reservas das quadras de

tênis, de vôlei de areia, de

desporto, do campo de fute-

bol e dos quiosques, devem

ser feitas através do site

www.peninsulanet.com.br,

bastando para isso ser ca-

dastrado.As quadras, o campo e os

quiosques podem ser utiliza-

dos até as 22h.

Novidades no transporte

Está funcionando na Península um micro-

ônibus que atende MORADORES E FUN-

CIONÁRIOS, no horário das 6h às 23h,

nos dois sentidos, fazendo o trajeto:

CIRCULAR - saída - Portaria de Serviço |

Rua das Bauhíneas | Rua das Acácias |

Av. dos Flamboyants | Rua dos Jacaran-

dás | Av. dos Flamboyants | Portaria de

Serviço.Esse ônibus é importante para facilitar a

chegada ao Píer da Península. Com a uti-

lização da Balsa, fica mais fácil e rápido

acessar a Avenida das Américas.

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 2010 17

ConselheiroComunitário

Damos sequência à apresentação dos conselheiros comunitários da ASSAPE – Associação Amigos da Península. Nesta edição, é a vez da senhora Marcella Castro, advogada, gestora ambiental, casada e moradora do Excellence.

Revista Península: Como conheceu a Península?Marcella Castro: Não sou do Rio, nasci e morei em Goi-ânia até os 28 anos. Tive uma infância muito bacana e sempre tive muito contato com a natureza. Quando me mudei para o Rio, fui morar em Ipanema, mas quando me casei, queria morar num apartamento com cara de casa. Comecei, então, a procurar um apartamento com o conceito de loft. Nesta busca, conheci o Excel-lence que, em seu projeto original, era um condomínio de lofts. Foi aí que conheci a Península e, ao chegar aqui, me senti em casa, fiquei muito feliz de encontrar um paraíso desses dentro do Rio. O projeto do meu condomínio foi alterado e não mais seria um empre-endimento de lofts, mas a essa altura, eu já estava

completamente apaixonada pela Península e mandei tirar as paredes do meu apartamento.

Revista Península: Por que veio morar na Península?Marcella Castro: Como disse anteriormente, por me sentir em casa. Por poder caminhar por essa trilha e estar totalmente desconectada do caos urbano. Por poder ver as corujas, os quero-queros e os passari-nhos. E por último, por ter a esperança de que um dia eu possa ver essa lagoa despoluída, com muitas pe-queninas embarcações a vela e crianças se divertindo.

Revista Península: O que destacaria de melhor na Península?Marcella Castro: A sensação de estar numa cidade pe-

CONSELHEIRO COMUNITÁRIO | ENTREVISTA MARCELLA CASTRO

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 201018

quena que vai ficar melhor a cada dia, mas que vai continuar sendo o que é. Um lugar que pode ser cuida-do por aqueles que o amam e vivem aqui. Aqui, tenho a impressão de que o mundo é menos individualista.

Revista Península: Quando e como se tornou conselhei-ra comunitária?Marcella Castro: Sempre me envolvi com o dia-a-dia da Península, mesmo antes do meu apartamento ser en-tregue. Conversava muito sobre minhas opiniões com a síndica do meu condomínio, a Célia, que sempre me deu a maior força e me convidou para participar das reuniões que antecederam a transição da adminis-tração para a ASSAPE. Acompanhamos tudo e, com a criação do Conselho Comunitário, a Célia me indicou como representante do Excellence.

Revista Península: Quais são as funções do conse-lheiro comunitário?Marcella Castro: O Conselho Comunitário é um órgão de deliberação colegiada sobre normas gerais e dire-trizes relativas à gestão da ASSAPE. Nossa função é zelar para que sejam alcançados os objetivos sociais elencados no Estatuto Social da Associação.

Revista Península: Como é a relação do conselheiro comunitário com os moradores?

Marcella Castro: Os conselheiros comunitários são re-presentantes dos condomínios, ou seja, nós represen-tamos os proprietários e moradores. É uma relação de muita responsabilidade, pois devemos estar atentos aos interesses da associação e de seus associados, para que sejam sempre respeitados.

Revista Península: Qual a sua opinião sobre a adminis-tração da ASSAPE?Marcella Castro: A ASSAPE faz um trabalho muito bom. Sempre digo que estamos numa pequena cidade, na qual a ASSAPE é nossa “prefeitura”. É um trabalho muito difícil, estou sempre presente e convivo com os problemas que aparecem a todo o momento, afinal, seremos cerca de 20 mil habitantes vivendo e convi-vendo aqui num futuro muito próximo.

Revista Península: Como os moradores poderiam participar mais da vida da Península, contribuindo com sua administração? Marcella Castro: É só ter em mente que nós nos autoadmi-nistramos, somos uma associação e não devemos ficar esperando que as coisas aconteçam. Somos responsá-veis por nosso bem-estar e pelo aprimoramento de todas as benfeitorias que quisermos programar aqui. Para que a Península dê certo, temos que cuidar dela como nossa casa e lembrar que isso é um privilégio.

CONSELHEIRO COMUNITÁRIO | ENTREVISTA MARCELLA CASTRO

É DE CASA | ENTREVISTA ERI JOHNSON

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 201020

Eri Johnson:humor e

irreverência

A década de 80 trouxe muita coisa boa: a Cons-tituição Brasileira, o Rock in Rio, atores jovens, irreverentes e talentosos. Entre eles, o mágico

Eri Johnson, que chegou e mostrou a que veio. E nesse balaio, trabalhos marcantes como na novela “Hiper-tensão”, o inesquecível Lulu de “Barriga de Aluguel”, Adilson Gaivota de “Explode Coração”, Ligeirinho de “O Clone’ e Valdomiro de “América”. No cinema, no te-atro ou na TV, Eri empresta o seu talento à dramatur-gia brasileira e, com seus personagens divertidos, faz o brasileiro mais feliz.

Revista Península: Em que momento você percebeu que queria ser ator?Eri Johnson: No momento em que nasci.

Revista Península: Como foi essa decisão para a família?Eri Johnson: Foi maravilhosa, eles sempre apoiaram.

Revista Península: É verdade que você já pensou em

ser palhaço de circo? Eri Johnson: Sim, é verdade. E ainda acredito que um dia posso vir a ser!

Revista Península: Quem foi o grande incentivador da sua carreira? Eri Johnson: Muita gente. Minha família, meus amigos, mas, principalmente, DEUS.

Revista Península: Qual foi o maior desafio da sua carreira?Eri Johnson: Essa carreira é feita, até hoje, de grandes desafios. O próximo trabalho será mais um.

Revista Península: Você está em cartaz no Teatro dos Grandes Atores, aqui na Barra, com a peça “Eri pinta Johnson borda”, onde abre o seu baú e coloca o públi-co no túnel do tempo, relembrando quase 3 décadas de trabalho na televisão brasileira. São 75 minutos de gargalhada. Feliz com esse sucesso? Eri Johnson: Feliz, principalmente, por poder mostrar

Neste espaço, você vai sempre encontrar uma cara conhecida. Pode ser o seu vizinho, alguém que tenha um trabalho relevante, que se destaque em sua atividade e que resida aqui na Península. E na oitava edição, va-mos conversar com o Eri Johnson, um grande ator com quase 30 anos de carreira e muita história para contar.

É DE CASA | ENTREVISTA ERI JOHNSON

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 2010 21

ao público que a comédia pode ser feita com qualida-de e naturalidade.

Revista Península: Como foi a elaboração desse traba-lho, o ponto de partida?Eri Johnson: Pesquisando e observando. Senti uma ne-cessidade de o público me conhecer como meus ami-gos me conhecem. Apesar de não ser uma autobiogra-fia, em determinados momentos, eu falo de mim e da importância da minha família.

Revista Península: A comédia é a sua praia?Eri Johnson: Se a comédia não for minha praia, eu sou a praia dela. (risos)

Revista Península: Na mídia, sempre aparecem noti-nhas falando sobre sua vida pessoal, que está namo-rando fulana ou sicrana. Revele pra gente, está casa-do, apaixonado ou solteiríssimo?Eri Johnson: Estou livre e feliz.

Revista Península: Samba, suor e futebol, verdadeiros pra-zeres da multidão. Tudo isso é a cara do Rio, a sua cara. Como um carioca típico, fale pra gente desta paixão.Eri Johnson: Sou carioca, e o carioca é, naturalmente, feliz. Se eu não fosse carioca, ainda assim, seria feliz,

pois faço aquilo que amo.

Revista Península: O que mexe com você, que toca mais fundo, que sacode a sua alma?Eri Johnson: Quando penso nos meus pais e no meu irmão. Enfim, nas pessoas que eu amo e com quem não consigo mais encontrar pessoalmente.

Revista Península: Como você conheceu a Península e como é morar nesse espaço onde o verde é a gran-de moldura?Eri Johnson: Não me lembro como conheci, mas gosto muito de morar nesse lugar paradisíaco.

Revista Península: Para finalizar, deixe um recado para o nosso leitor.Eri Johnson: RIR É MUITO BOM. COM QUALIDADE, É MELHOR AINDA. “ERI PINTA JOHNSON BORDA” ESPE-RA POR VOCÊS.

Teatro dos Grandes Atores“Eri pinta Johnson borda”

Quintas, sextas e sábados | 21hDomingo | 20h

ESPORTE | ENSAIO FOTOGRÁFICO

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 201022

Vôlei

A frase acima é inspiradora e traduz bem o espírito desse jogo. Assim o maior técnico de vôlei de todos os tempos define bem o espírito de união dessa turma que salta, corre e levanta areia todas as quartas-feiras na Península. Aqui, ninguém esquenta banco, seja em grupo ou em dupla, o bate-bola rola até a hora em que

acabar a energia. Mas é claro que a amizade dessa turma cheia de saúde não fica restrita às linhas da quadra, ela se estende aos churrascos e às festas de confraternização.

“Não importa o tamanho do seu talento se você é incapaz de fazer parte de um grupo, de uma

comunidade, e se dá mais importância ao ‘eu’ do que ao ‘nós’.” Bernardinho

A sintonia da dupla Galileu e Aline está

em quadra e na paixão pelo esporte

desde a juventude.

Muito animado pela volta à quadra de areia, Galileu disputa a jogada com Walter, frequentador assíduo do

vôlei de quarta e fanático pelo esporte.

Essa seleção está unida há mais de 2 anos. Em pé: Castanheira, Suerda,

Leandro, Walter, Aline e Thiago. Agachados: Galileu, Toninho e Franklin.

Leandro salta para definir o ponto. Sob o olhar atento da experiência de 2

jogadores que migraram das quadras para as areias, Franklin e Toninho.

Ronaldo e Thiago: jogaram vôlei de quadra pela Seleção Brasileira de

Deficientes Auditivos, hoje, jogam pela Associação de Surdos de São Paulo.

Campeões na arena e na vida.

ESPORTE | ENSAIO FOTOGRÁFICO

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 2010 23

BAILE DE CARNAVAL | INFANTIL

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 201024

Luis Guilherme – “Morte” (troféu)

Carnaval Península

O Carnaval da Península passou e levantou a galera. A cidade maravilhosa ferveu com inúmeros blocos de rua e com os desfiles das escolas de samba. A Península não ficou de fora da festa e entrou no ritmo do Carnaval.

No último dia 07 a meninada evoluiu e exibiu muita animação no baile infantil. Recreação, pula-pula, cama elástica, entrega de kits do CNA e o tão esperado concurso de fantasias levantaram a galera.

Luiza – “Odalisca” (troféu)

Gustavo – “Spartacus” (Jogo CNA)

“Quanto riso, oh, quanta alegria, mais de 1000 palhaços”...

superheróis, cininhos, piratas, odaliscas no salão!

BAILE DE CARNAVAL | INFANTIL

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 2010 25

A festa é sua, a festa é nossa, é de quem chegar...

“Mas que calor, ô ô ô ô ô ôMande água pra ioiôMande água pra Iaiá...”

A inocência, a alegria e a beleza deram o

tom do Baile Infantil da Península.

“Ó abre alas que eu quero passar...”

Ricardinho puxa o samba-enredo desta turma que, nos

quesitos conjunto e animação, é nota 10.

BAILE DE CARNAVAL | GERAL

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 201026

Domingo de Carnaval na PenínsulaA alegria pediu passagem e contagiou todos. Samba no pé, sorriso no rosto e a vontade de brincar, se divertir e

ser feliz. Abram alas...a hora é de dançar e cantar!

Que paisagem mais belaé a Barra mostrando seu valor

É qualidade de vida, que jamais foi esquecidamorando em nossos corações

Criada por Carlos Carvalho

que esculpiu por aqui o seu amor

verdejantes matas, micos, gambás e gaviões

Vou pra Península

num céu crepuscular

é Carnaval, meu bem

eu vou me acabar

CURIOSIDADE | MARCHINHA DE CARNAVAL

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 2010 27

Marchinha de carnaval,tradição e alegriaPor Gabriel Gallindo

Quem, ao ouvir alguém cantando “Mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe eu quero ma-mar...” ou então a própria “Eu fiz tudo pra você

gostar de mim”, não se lembra imediatamente de Car-naval? Estas e tantas outras marchinhas marcaram toda uma geração e, até hoje, fazem sucesso quando cantadas durante a maior festa do Brasil.

Os primeiros blocos carnavalescos começaram a apa-recer no final do século XIX. As pessoas se fantasia-vam, decoravam seus carros, desfilavam pelas ruas das cidades... uma verdadeira festa! No início do sé-culo XX, as marchinhas já dominavam os salões de bailes durante o feriado, popularizando de vez esta mistura de um ritmo militar, melodia simples, forte apelo popular das letras irônicas, sensuais e engraça-das que chamamos de marcha de Carnaval.

Com letras atuais até hoje, as marchinhas falavam do dia-a-dia do carioca, de temas políticos, usando e abusando da ambiguidade, que fazia uma questão séria se tornar motivo de risadas. Podemos perceber isso claramente na marchinha “Daqui não saio” de Pa-quito e Romeu Gentil de 1950:

“Daqui não saio / Daqui ninguém me tira (bis)

Onde é que eu vou morar / O senhor tem paciência de esperar

Ainda mais com quatro filhos / Aonde é que vou parar (bis)”

Ou ainda em “Cabeleira do Zezé”, escrita por João Ro-berto Kelly e Roberto Faissal já em 1964:

“Olha a cabeleira do Zezé / será que ele é... / será que ele é...”

O auge das criações e da popularização do estilo musical foi entre décadas de 30 a 50, inflamadas pelo sucesso do rádio e do disco de vinil. Cantores famosos da época gra-vavam marchinhas e venciam muitos carnavais com elas: Dalva de Oliveira, Sílvio Caldas, Mário Reis eram alguns dos intérpretes de grandes criadores como Noel Rosa, Braguinha, Lamartine Babo e Ary Barroso.

Nestas 3 décadas de alta produtividade, foram feitas canções inesquecíveis, porém a época de ouro das marchinhas chegaria ao fim. A partir da década de 60, o samba-enredo começou a tomar o lugar das mar-chas no Carnaval como símbolo carioca, e as escolas de samba ditavam os sucessos da temporada. Alguns compositores como Chico Buarque, se arriscaram a escrever as suas marchinhas, porém nada comparado à chuva de composições feitas nas décadas passadas.

Em 1970, foi gravada a marcha “Bandeira Branca” de Max Nunes e Laércio Alves, o último sucesso do gêne-ro, já superado pelo samba-enredo. Uma composição romântica, de melodia e versos tristes, tornou-se, pa-radoxalmente, o último clássico do repertório carna-valesco: “Bandeira branca, amor / Não posso mais / Pela saudade que me invade / Eu peço paz...”

Mas não precisamos chorar a morte da marchinha, por-que ela permanece viva tanto na memória das pessoas quanto nas ruas do Rio de Janeiro na época dessa festa que para a cidade e traz alegria e diversão em contraste com a seriedade e a formalidade do trabalho cotidiano.

“TaíEu fiz tudo pra você gostar de mim

Ó, meu bemNão faz assim comigo, não

Você temVocê tem

Que me dar seu coração”(Joubert de Carvalho – 1930)

TURISMO | BÚZIOS

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 201028

Armação de Búzios

É a península mais charmosa do Brasil e, com 8 quilômetros de extensão e 23 praias, atrai turis-tas dos 4 cantos do planeta. Mas foi na década

de 60 que o pequeno povoado explodiu para o mundo, quando Brigitte Bardot desfilou por suas praias e se apaixonou pelo lugar. Na época, a atriz namorava o marroquino Bob Zaguri, que residia no Brasil, e hospe-dou-se na casa do russo André Mouriav, represente da ONU no Rio de Janeiro. Foi ela quem lançou o olhar da imprensa mundial sobre aquela vila de pescadores e, mais de 40 anos depois, esse fato é uma informação turística importante.

Mick Jagger, do Rolling Stones, é outro que foi fisga-do pelos encantos do lugar e, em 1976, tocou o seu violão para um grupo de garotos na praia do Canto. Algo inusitado e que também faz parte da história do município.

A caminho do mar

TURISMO | BÚZIOS

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 2010 29

Mas não foi apenas a passagem de Bardot e de outros famosos por Búzios que colocou a cidade nas páginas dos jornais do mundo, o caso Doca Street - uma tragé-dia passional que teve como vítima a socialite Ângela Diniz na praia dos Ossos - também acendeu os holo-fotes em direção a Búzios, precisamente às seis da tarde do dia 30 de dezembro de 1976.

Mas, independente desses acontecimentos, Búzios se consolidou como destino dos ricos, famosos e das pessoas que se deliciam com o estilo, o charme e a leveza do lugar. Há opções para todos os gostos: mer-gulho, pesca, voo livre, ecoturismo, esportes radicais,

balada, espaço vip, hotelaria 5 estrelas. A região ofe-rece um pouco de tudo. De programas culturais às pistas de boates famosas com DJ’s de Ibiza; de praias quase virgens ao metro quadrado de areia mais dispu-tado da cidade; de pequenos bistrôs a grandes bares e restaurantes.

Geribá, João Fernandes, Ferradura, Ferradurinha, Ar-mação, Manguinhos, Tartaruga, Ossos, Tucuns, Brava e Olho-de-Boi, esta última reservada para a prática do nudismo, cartões postais de tirar o fôlego.

Quer saber mais, visite o site www.buziosonline.com.br .

Os brasileirosde coração

CANTINHO DO MORADOR | VENEZUELANOS

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 201030

Este espaço também é seu. Aqui, você poderá publicar sua crônica ou poesia, contar algo relevante que fez, enfim, dividir com o seu vizinho um pouco da sua vida. Nesta edição, você vai conhecer a história de um “casal cidadão do mundo”, Libertad e Pedro, venezuelanos de origem e brasileiros de coração. Adoram

picanha, música brasileira, Carnaval e desfilar na Sapucaí. Casados há 17 anos, moradores do Bernini, eles têm muita história para contar.

Revista Península: Há quanto tempo vocês moram no Brasil?Pedro: Desta vez, estamos há 6 meses, desde agos-to. Mas já moramos no Brasil no período de 2005 a 2007, aqui mesmo na Península, no Condomínio Monet. Como trabalho numa multinacional do setor de petróleo, fomos para Malásia, mas acabei sendo transferido novamente para cá.

Revista Península: Do que vocês mais gostam aqui na Península?Pedro: Gostamos tanto daqui que, da outra vez, alu-gamos nosso apartamento no Monet e, quando volta-mos, alugamos aqui no Bernini. Tivemos até a oportu-nidade de morar na zona sul, que seria até mais perto do meu trabalho, além de outras opções aqui na Bar-ra, mas preferimos voltar para a Península. Além de ser muito tranquilo, de não haver muito barulho, o que sempre me impressionou foi o projeto a longo prazo.

Libertad: Aqui tem tudo, muitas atividades em um só lugar: quadra de vôlei de praia, futevôlei, quadras de tênis e a balsa. Também gosto muito de caminhar na trilha. Além de cada prédio oferecer serviços diver-sos, perto daqui, temos outros serviços e opções de lazer como shoppings e shows. Os eventos que são organizados pela ASSAPE como as festas juninas e a iniciativa da doação de brinquedos são muito legais. Outro ponto que considero importante e fundamental é a segurança, achei bem interessante o novo sistema de controle remoto.

Revista Península: Há muitos estrangeiros na Penínsu-la? Como é o relacionamento entre vocês?Libertad: Há, sim. Há um grupo grande de venezuelanos e também de outros países. Muita gente do ramo do pe-tróleo. O relacionamento é muito bom, e é rápido o reco-nhecimento de um estrangeiro, logo trocamos contatos. Pedro: Normalmente, quando se é estrangeiro, há este

reconhecimento rápido. Quando viemos em 2005, não escutávamos muito o espanhol como agora.

Revista Península: A Venezuela passa por um momen-to conturbado, tanto na política como na economia. Como vocês veem o governo de Hugo Chávez?Libertad: Nós não concordamos com o governo nem com a situação do país. Pedro: Sim. Estamos olhando de fora, mas sabemos que é um momento muito difícil. Perguntam-nos como podem viver o dia-a-dia? Quem pode sai, no entanto, quem não pode - que é o caso da maioria - tem de ficar. Eles vão se acostumando, aceitando as limita-ções impostas por um sistema autoritário. Lamento por tudo isso.

Revista Península: Vocês têm familiares morando na Venezuela?Libertad: Meus pais, irmãos, a família toda. É muito triste ver a situação deles. Cada vez que nos falamos, minha preocupação aumenta. Vivo perguntando a mi-nha mãe se quer sair do país, mas ela sempre respon-de a mesma coisa: “Aqui é minha vida, minha casa, não vou saber viver em outro lugar”. Recentemente, quando meu pai veio nos visitar no Brasil, num belo dia, foi ao supermercado comigo e a sua reação está marcada no meu coração. Ele ficou espantado com a fartura, com a quantidade e a variedade de arroz. Isso dói, aperta o coração.Os nossos pais trabalharam a vida toda e não podem comprar o que eu posso, por exemplo.É uma situação muito delicada. Não tem comida, não tem liberdade, não tem trabalho e ainda tem o racio-namento de energia. Vou contar outro episódio que aconteceu aqui em casa. Outro dia, eu e Pedro recebemos amigos vene-zuelanos para jantar. Meu marido, por engano, apagou a luz. A reação do casal foi impressionante. Exclama-ram: “De novo não, a luz outra vez!” Eles acharam que aqui no Brasil também tinha racionamento de ener-

gia. E esse engano do Pedro, de desligar o interruptor, levou segundos e, mesmo assim, houve essa reação forte. O povo anda assustado, cansado.

Revista Península: Mesmo estando fora da Venezuela, como é o relacionamento de vocês com o país?Libertad: Nós apoiamos muito a embaixada, sobretu-do em relação à nossa cultura. Fazemos tudo que ti-ver ao nosso alcance, independente do corpo político. É o nosso país.

Revista Península: Vocês já residiram em muitos paí-ses, conta um pouco desta experiência? Pedro: É interessante quando você muda de país, há certa dose de ansiedade para conhecer a nova cultura e os novos amigos. Aos poucos, começa a vivenciar as experiências daquele novo lugar e adquire o que há de melhor. Sabemos que todo país tem seus problemas, porém, o que fica são as experiências positivas. Por exemplo, no Peru, a cultura inca e a comida são incrí-veis. No Equador, ficamos em Quito, a capital do país que é bem pequena, onde tivemos um grande contato com a natureza, como o vulcão Cotopaxi, por exemplo. Aqui no Rio de Janeiro, gostamos muito da alegria do carioca e da música, somos apaixonados. Conhecemos muitas culturas diferentes: Malásia, China, Indonésia, Tailândia, Camboja e Austrália. Vamos pegando um pouco de cada lugar e guardamos os bons momentos.

Revista Península: Qual é a maior dificuldade que vo-cês encontraram nos países em que moraram?Pedro: O primeiro, com certeza, é o idioma. Nos casos em que não dominamos, é sempre difícil. Sobretudo, para entrar em contato com os serviços úteis como instalação de TV a cabo, da Internet e também para resolver burocracia. Coisas que, às vezes, parecem fá-ceis, se tornam-se extremamente complexas. Libertad: Tanto que, em certas ocasiões, pedimos para alguém falar por nós, pois não nos entendem, princi-palmente, quando é por telefone. (risos)

CANTINHO DO MORADOR | VENEZUELANOS

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 2010 31

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Azeite de Oliva: lendas, história e prazer à mesa

São várias as lendas que mostram o nascimento da oliveira. A mais conhecida conta que o fruto é o resultado de uma disputa por um pedaço de

terra entre os deuses Posêidon (deus do mar) e Atena (deusa da sabedoria). Neste embate, Posêidon fez nas-cer o mar quando usou a força de seu tridente numa rocha. Atena, por sua vez, fez brotar a oliveira da terra e, por isso mesmo, foi a vencedora da contenda, segun-do Zeus, ganhando a posse da terra. Daí em diante, os frutos dessa árvore serviriam de alimento, e deles seria extraído um óleo sagrado que alimentaria e fortificaria o homem, aliviando as suas dores e as suas feridas.

Lendas à parte, o azeite é pano de fundo da história universal. Os mesopotâmicos, por exemplo, usavam o óleo para untar o corpo na proteção contra o frio há mais de 6 mil anos. Entre os séculos VII e III a.C., os filósofos, os médicos e os historiadores perceberam que havia mais de um tipo de azeite de oliva. Data daquela época a sua primeira classificação e, é ainda nesse mesmo período, que foram feitas referências às propriedades terapêuticas desse alimento.

Hoje sabemos que mais da metade da composição do azeite é pura gordura monoinsaturada, contendo, ain-da pitadas de ômega-3 e substâncias antioxidantes, com destaque para os polifenóis, que protegem nosso coração. Além disso, apresenta boa concentração de

vitamina E, nutriente que afasta o risco de tumores.

Aprenda a escolher o melhor azeite:Extravirgem: Após uma única prensagem a frio da azei-tona, obtém-se o azeite extravirgem. Por causa disso, é o mais puro e sua acidez é de no máximo 1%. Após a prensagem, é apenas filtrado e conserva o sabor acentuado. Seu consumo é recomendado em saladas, queijos, pães ou em receitas que não necessitem ir ao fogo.

Virgem: Resultado da segunda ou terceira prensagem da azeitona. A acidez pode ser de até 2%, e seu sabor é menos acentuado em relação ao extravirgem e um pouco mais adocicado. É usado em pratos que neces-sitam ir ao fogo.

Refinado: Adquirido em outras prensagens ou com azeitonas que não obedeçam necessariamente às mesmas exigências dos azeites extravirgem e virgem, este tipo passa por processos de descoloração, deso-dorização e neutralização. É mais utilizado em frituras.

Puro: É uma mistura entre os azeites refinado e vir-gem. Como são menos concentrados, o sabor deste tipo é suave e ele também é mais barato.

PRAZER À MESA | AZEITE

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 201032

ACERVO CULTURAL

Viveu 104 anos e deixou um rico acervo para a humanidade. Estamos falando da escultora, desenhista, professora e pin-

tora Zélia Salgado, um dos principais nomes da escultura no Brasil. Parte do seu trabalho, cerca de 30 obras, está no acervo do Museu Nacional de Belas Artes, aqui no Rio.

Na Península, a escultura Dualidade, exposta no Lagoon Park, imprime mais beleza ao lugar e va-loriza ainda mais o acervo cultural da Península.

Na infância, a artista brincou com Roberto Burle Marx e Lucio Costa. Na sala de aula, teve como colega de classe Cândido Portinari. Especialistas garantem que Zélia Ferreira Sal-gado foi a primeira escultora de Arte Abstrata do país. Começou seus estudos com Henrique Bernadelli e, na sequência, ingressou na ENBA – Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Ja-neiro. Já na década de 30, mudou-se para Paris e passou a frequentar a Académie de La Gran-de Chaumière. Seis anos depois, vem a estudar com Othon Friesz, Robert Wlérick e Isaac Do-brinsky. No retorno ao Brasil, em 1947, começa a trabalhar com seu querido amigo Burle Marx. Já em 1950, monta seu próprio ateliê em Ipa-nema. Passa a integrar a Comissão Nacional de Belas Artes em 1962 e preside a seção bra-sileira da Association Internationale des Arts Plastiques, filiada à Unesco. Em 1953, partici-pa da 1ª Exposição Nacional de Arte Abstrata, realizada no Hotel Quitandinha. Um ano depois, começa a lecionar no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ.

Uma vida pontuada pela beleza, pela arte e pela total dedicação à formação de novos artistas.

A arte deZélia Salgado

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 2010 33

O programa CED (Captura, Esterilização e Devo-lução) para felinos de rua da Península foi im-plantado no final do ano passado. Para quem

não sabe, a superpopulação de animais é um proble-ma vivido pela maioria dos centros urbanos em todo o mundo. Entre os desafios, está o controle da popula-ção destes animais.

O problema, na Península, teve início a partir do aban-dono de gatos trazidos para as obras com o propósito de acabar com ratos.

Muitos moradores têm reclamado da proliferação dos felinos por toda a Península e com razão, pois o núme-ro de animais pode aumentar vertiginosamente, caso não seja feito o controle adequado das colônias.

Para que o controle aconteça, foi criada uma comis-são cuja finalidade é melhorar a vida dos gatos, por meio do apoio à captura, à esterilização e, posterior-

mente, à liberação do animal em seu meio. Sabemos que, cada vez mais, há casos de ninhadas envenena-das, de crias atropeladas ou vítimas de doença. Mas alertamos, isso é crime previsto na Lei Federal 9605, regulamentado pelo decreto 3179 em 21/09/99, ex-presso no artigo 32, que diz o seguinte: “aquele que praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar ani-mais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, sofre pena de detenção de 3 meses a 1 ano, e multa de R$ 500,00 a R$ 2.000,00.”

O nosso trabalhoO objetivo é o desenvolvimento da atividade chamada TNR (Trap-Neuter-Return), em português CED (Captu-rar-Esterilizar-Devolver), um método eficaz de controle das colônias de gatos e de redução da população fe-lina silvestre. O processo envolve a captura dos gatos de uma colônia, sua esterilização, identificação, des-

MEIO AMBIENTE | CONTROLE DE GATOS

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 201034

Controle da população de gatosPor Marcella Castro

parasitação e, por fim, a devolução do animal ao seu território de origem. O grupo voluntário e a ASSAPE fornecerão comida e abrigo aos gatos devolvidos, mo-nitorizando as colônias à procura de elementos novos. Este trabalho oferece uma série de vantagens tanto para as colônias como para a comunidade.

O nosso trabalho é paralelo e complementar ao tra-balho de outros voluntários. Os animais dóceis captu-rados e os filhotes desmamados são encaminhados ao Pet Shop Alvorada quando disponíveis ou são liber-tados novamente no seu meio, enquanto procuramos famílias que os queiram adotar.

Saiba por que é uma boa ideia devolver os gatos ao local onde foram encontrados. Por que esterilizar os gatos de uma colônia?

• Se todos os gatos forem esterilizados, não haverá mais ninhadas, e a população diminuirá com o tempo. Se, eventualmente, novos elementos da colônia forem rapidamente capturados e castrados ou entregues para adoção, o tamanho da colônia diminuirá drasti-camente com o tempo.

• Evita a criação de nova colônia não esterilizada. Re-tirar a maioria ou todos os gatos de uma colônia deixa o território aberto para ser novamente colonizado. Ga-tos novos e “inteiros” tomarão o lugar dos anteriores e os problemas antigos regressarão (efeito de vácuo). Esterilizar a colônia e deixá-la no seu território quebra este ciclo de repovoação.

• Redução drástica do barulho. A grande parte do ba-rulho proveniente de uma colônia fértil tem origem no acasalamento e nas lutas, comportamentos que são fortemente reduzidos com a esterilização.

• O odor torna-se muito menos intenso. Os machos “inteiros” marcam o seu território com urina carregada de testosterona, dando origem a um cheiro especial-mente forte e desagradável. Os machos castrados, ao contrário, marcam muito menos o território e, em mui-tos casos, deixam de fazê-lo por completo.

• Mantém-se o controle de roedores. Os gatos são um método natural e muito eficaz de controle da popula-ção de roedores, principalmente, devido ao seu chei-ro. Devolver os gatos ao seu território vai permitir que este controle se mantenha.

• Uma colônia mais saudável e menos visível. A esteri-lização, a alimentação regular e os abrigos adequados melhoram substancialmente a saúde da colônia. Uma vantagem disto é a redução do número de parasitas, tais como pulgas. Além disso, os gatos não ficarão mais perambulando em busca de comida e de parcei-ros nem para acasalar, fazendo com que se tornem também menos visíveis.

• A presença de um prestador de cuidados. Com o CED, haverá alguém responsável pela colônia, a fim de cuidar dela e tratar de quaisquer problemas que possam surgir com a vizinhança.

Outras informações: www.animaisderua.org, www.ambientebrasil.com.br

Pet Shop Alvorada: www.alvoradapetshop.com.br

MEIO AMBIENTE | CONTROLE DE GATOS

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 2010 35

Nesta seção, teremos sempre um advogado para tirar as suas dúvidas jurídicas. E nesta edição, Dr. Marcelo Guimarães - advogado, professor de 4 universidades cariocas, entre elas a PUC e a Cândido Mendes-, responde às mais variadas perguntas enviadas para o nosso e-mail. Ele é casado, tem 2 filhos e mora na Península há 3 anos. Vale lembrar que,

aqui, sempre divulgamos as perguntas, mas não o nome do morador quando este nos solicita o anonimato.

Revista Península: Mensalidades de cursos livres, acade-mias, cursos de idioma etc. podem sofrer reajustes no período inferior a 1 ano? E as mensalidades escolares? Dr. Marcelo Guimarães: No que tange a academias e cursos livres, por prestarem um serviço específico que não é tido como de primeira necessidade, não tem seu preço controlado pelo poder público, sendo livre a contratação. Desta forma, não estão adstritos a qualquer forma de controle, tabelamento ou limite, competindo a quem de interesse avaliar o preço a ser cobrado diante das regras da oferta e da procura. Com relação às escolas e cursos de idioma, o procedimento para o reajuste de mensalidades encontra-se regula-do através da lei 8170/91, na qual é determinada não só uma data base, mas também que todo aumento acima da inflação seja acompanhado de um planeja-mento pedagógico e econômico-financeiro. Este valor deve ser apresentado aos alunos, pais e responsáveis até 45 dias antes do início das matrículas. Caso os

pais não concordem, devem reunir pelo menos 10% de pais para negociar com a escola e, se ainda assim não chegarem a um acordo, podem procurar o Poder Judiciário.

Revista Península: Como funciona a questão dos horá-rios de silêncio nos condomínios? Dr. Marcelo Guimarães: O horário de silêncio é de or-dem legal e impera para todos independentemente de regulamento. Entretanto, o regulamento do condomí-nio pode prever situações especiais e, nestes casos, havendo infratores, o síndico deve aplicar a multa pre-vista na convenção de condomínio ou no regulamen-to. Em casos de abuso, a polícia pode ser acionada, no entanto, para fins judiciais, é importante que este abuso seja comprovado pelos vizinhos e que o infrator seja advertido pelo síndico pelo menos 2 vezes. No es-tado do Rio de Janeiro, a lei conhecida popularmente como Lei do Silêncio (LEI Nº 126, DE 10 DE MAIO DE

MUNDO LEGAL | ENTREVISTA MARCELO GUIMARÃES

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 201036

DúvidasJurídicas

[email protected]

1977) estabelece que, no período entre 22 e 7 horas, consideram-se prejudiciais à saúde, à segurança ou ao sossego públicos quaisquer ruídos que:I - atinjam, no ambiente exterior ao recinto em que têm origem, nível sonoro superior a 85 decibéis medi-dos na curva C do medidor de intensidade de som, de acordo com o método MB-268, prescrito pela Associa-ção Brasileira de Normas Técnicas;II - alcancem, no interior do recinto em que têm ori-gem, níveis de sons superiores aos considerados nor-mais pela Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Revista Península: Como definir responsabilidade? Quando ela é do condomínio? E do condômino? Dr. Marcelo Guimarães: No que tange, por exemplo, à responsabilidade por furto ou por roubo, a doutrina e a jurisprudência do STJ afirmaram entendimento no sentido de que, inexistindo cláusula expressa na con-venção relativa à guarda e à vigilância, não responde o condomínio por eventuais furtos ocorridos na gara-gem do prédio. Outra vertente interessante sobre a responsabilidade civil extracontratual do condomínio diz respeito às questões que envolvem terceiros, ou seja, aqueles que não são condôminos. A nosso ver, o

condomínio deve ser responsabilizado, notadamente, porque é desconhecido o agente que praticou o ato. O atual art. 938 do Código Civil (antigo art. 1.529) parece bastante claro neste sentido, estabelecendo a solida-riedade da massa condominial ao dispor que respon-de pelo dano proveniente das coisas que caírem ou forem lançadas do prédio aquele que habitá-lo. Vê-se, ademais, que a responsabilidade é objetiva, porque o dispositivo não contempla a necessidade de culpa, bastando, então, o nexo de causalidade entre o ato e o dano, esse entendimento também é adotado pelo STJ.

Revista Península: Como faço para adotar uma criança do Haiti? Dr. Marcelo Guimarães: Minha dica para quem real-mente quer adotar uma criança haitiana é procurar o consulado ou a embaixada do Haiti. O endereço da embaixada do Haiti no Brasil é: SHIS, QI 10, conj. 6, casa 16, Brasília, Distrito Federal. CEP: 70465-900. Telefone: (0xx61) 3248-1337 e 3248-6860. Fax: (0xx61) 3248-7472. E-mail: [email protected].

Dúvidas ou informações: Dr. Marcelo Guimarães. Telefone: 78454234. E-mail: [email protected]

MUNDO LEGAL | ENTREVISTA MARCELO GUIMARÃES

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 2010 37

Manga: doce, saborosa e com a cara do Brasil

Curiosidades

O Brasil é quinto maior produtor mundial da fruta. Na Índia, encontram-se mais de 1000 tipos de manga, já no Brasil, há cerca de 500 varieda-

des da fruta.

A manga atua no funcionamento intestinal, combate bronquites e tem função expectorante. Na culinária, é bastante apreciada como acompanhamento e ingre-diente de pratos exóticos.

MEIO AMBIENTE | FRUTAS DA ESTAÇÃO

REVISTA PENÍNSULA | FEVEREIRO 201038

Por Cláudio Henrique

Manga (Mangifera indica)Nome científico: Mangifera indica L.

Família: AnarcadiaceaeNome popular: Manga

Nome em inglês: MangoOrigem: Sul da Ásia

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A polpa da manga é suculenta, algumas vezes, fibrosa, com sabor bem característico e de cor que varia do amarelo-claro ao alaranjado mais escuro.

NutrientesVitamina A, vitaminas do complexo B (B1, B2 e B3), vitamina C, cálcio, ferro, fósforo, potássio.

Variedades encontradas na PenínsulaManga-rosa, manga-maçã, manga-espada e cora-ção-de-boi.

Contam-se cerca de 500 variedades espalhadas por quintais, praças, pomares e ruas do território nacio-nal, desde o Paraná ao extremo Norte, região onde a manga atinge o máximo em brilho na coloração, em aroma e em sabor. Aqui e ali, por toda parte, industria-lizada ou consumida ao natural - nas lambuzadas de cara inteira que são a marca da apreciação do fruto -, a manga vai confirmando o nome que lhe deram em sânscrito - amra, aquele que serve às criaturas.

A cultura da mangaA manga é uma das frutas mais procuradas no mun-do. A procura tem aumentado bastante nos mercados interno e externo, alcançando preços compensadores. Mas para que se tenha êxito na sua cultura, é preciso adotar práticas de cultivo adequadas, de modo que o produto atenda às exigências do mercado consumidor

ClimaA mangueira se adapta bem a áreas onde as estações seca e chuvosa se apresentem bem definidas. O pe-ríodo seco deve ocorrer bem antes do florescimento, de modo a permitir à planta um período de repouso vegetativo, e prolongar-se até a frutificação, para evi-tar os danos causados pela antracnose e o oídio. Após a frutificação, é benéfica a ocorrência de chuva, pois estimula o desenvolvimento dos frutos e impede sua queda.

SoloA mangueira vegeta tanto em solos arenosos quanto nos argilosos. Solos de baixadas, sujeitos a encharca-mento, e os pedregosos devem ser evitados. As áreas que permitem a mecanização são especialmente in-dicadas. O espaçamento deve ser de 10m entre ruas por 10m entre plantas. Outros espaçamentos podem ser usados, conforme as condições do solo e do ma-nejo da cultura: 9 x 9m, 9 x 6m, 10 x 8m, 8 x 8m, 8 x 5m, 6 x 6m, 5 x 5m.

CultivaresAs cultivares mais indicadas são as que aliam alta pro-dutividade a qualidades como coloração atraente do fruto, bom sabor, pouca fibra, etc.

Cláudio Henrique é biólogo eresponsável pela manutenção do Parque

Ambiental Professor Mello Barreto e da Avenida Via Parque, áreas associadas à Península.

Caminhando contra o vento...

Saem as bicicletas, entram os tênis. No domingo, 24 de janeiro, foi a vez dos corredores invadirem e desfilarem os corpos cheios de saúde e muita energia pelas ruas da Península. A largada foi divida em 2 pelotões, femi-nino e masculino, que percorreram um circuito com cerca de 3 km.

É dada a largada, os homens entram em ação e saem na frente.

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A preparação dos atletas com o alongamento coletivo antes da

corrida puxado pelo instrutor Clayton.

Superando todas as expectativas

que tinha para a corrida, Rosane

foi a primeira colocada entre as

mulheres. Parabéns, Rosane!

Para o morador do Green Lake, Marcos Novotny, segundo colocado da competição, correr é um esporte perfeito para a saúde.

PORTA-RETRATO | ESPECIAL CAMINHADA

PORTA-RETRATO | ESPECIAL CAMINHADA

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Primeira vez correndo na Península e já chegou ganhando. Luciana ficou em segundo lugar.

Casal que corre unido permanece unido até no pódio. Olha aí o

Osny e a Gizza que ficaram em terceiro lugar.A beleza de 2 gerações unidas pelo amor ao esporte. Olívia,

moradora do Mandarim, e sua filha Cristina.

E os grandes campeões: Rosane e Ofelio.

Cansados e felizes. Um clique dos nossos atletas.