revista península nº 6

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Revista este exemplar é seu Ano I - Nº 6 - Dezembro de 2009 www.peninsulanet.com.br Brincadeiras Do tempo da vovó Café Unanimidade nacional Cantinho do Morador O talento da nossa gente Arena Em campo, os nossos craques Natal Vem aí a festa da Península

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A Revista é uma ferramenta de interação e de comunicação para os moradores do condomínio Península.

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Page 1: Revista Península Nº 6

Revista

este exemplar é seu

Ano I - Nº 6 - Dezembro de 2009www.peninsulanet.com.br

BrincadeirasDo tempo

da vovó

CaféUnanimidade

nacional

Cantinhodo Morador

O talento danossa gente

ArenaEm campo,

os nossos craques

NatalVem aí a festa da Península

Page 2: Revista Península Nº 6
Page 3: Revista Península Nº 6

EDITORIAL E EXPEDIENTE

EditorialDezembro, época de comemorarmos e agrade-

cermos o ano que começa a se despedir.

Se olharmos para trás, contabilizamos ale-grias, encontros, crescimento, mudanças e parcerias.

A Revista Península vem na sua 6ª Edição e firma-se como um canal importante de informação, onde tive-mos a oportunidade de conhecer mais profundamen-te alguns vizinhos, a energia que circula nas áreas verdes, os trabalhos de preservação ambiental, enfim, um retrato vivo do espaço mais charmoso do Rio de Janeiro.

A nossa conexão também foi ampliada, ganhamos um novo portal, o Peninsulanet. Estamos ligados 24 horas por dia.

A ASSAPE completou um ano de existência, de muito trabalho e dedicação incondicional ao seu bem-estar. Temos muito para realizar e interagir com você, mas o canal está firmado, as portas abertas e a sintonia afinada.

Esperamos todos no dia 20 de dezembro para a nossa Festa de Natal e, desde já, desejamos um 2010 de muita paz, saúde e prosperidade.

Feliz Natal!Feliz 2010!

ASSAPE

Presidente Carlos Felipe Andrade de Carvalho

Vice-Presidente Sergio Lopes

Gerente Administrativo/Financeiro Jorge Leone

Gerente de Relacionamento Claudia Capitulino

www.peninsulanet.com.br [email protected]

21 3325 0342

Revista Península é uma publicação

Diretor ExecutivoPaulo Roberto de Mesquita

Diretora AdministrativaRebeca Maia

ComercialVictor Bakker | [email protected]

Editora Responsável Tereza Dalmacio | [email protected]

EstagiáriaDebora Rolim

Colaboradores Cidinha Fernandes Karen Montenegro

Marcella Castro

Fotografia Bruno Leão

Revisão Giselle Martins

Design e Projeto Gráfico Tati Piqué | [email protected]

Rua Jornalista Ricardo Marinho, 360 / sala 243 Barra da Tijuca-RJ

[email protected] (21) 3471 6799 | 7898-7623

REVISTA PENÍNSULA DEZEMBRO 2009 3

Page 4: Revista Península Nº 6

SUMÁRIO

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 20094

Sumário

08 É Natal

12 Cantinho do Morador

13 Ponto de Vista | Ser Mulher

14 Curiosidade | Brincadeiras de outrora

16 É de Casa | Margareth Molon

18 Entrevista | Conselheiro Carlos Fialho

20 Mundo Legal |Dr. Valdir Andrade

22 Acervo Cultural

24 Saúde em Casa | Dra. Maria Fernanda

26 Meio Ambiente

30 Esporte

34 Porta-Retrato

40 ASSAPE Responde

38 Blog do Vice-Presidente

40 O Prazer de um Bom Café

Page 5: Revista Península Nº 6

TELEFONES ÚTEIS

Tele

fone

s út

eis

Anjos do Asfalto | 2590-2121

Bombeiros | 193

Central da Prefeitura | 2503-3000

CET-Rio | 2226-5566

Controle de zoonoses | 3395-1595 /3395-2190

Crianças Desaparecidas | 2286-8337

Defesa Civil Estadual | 3399-4302

3399-4301/2293-1713

Defesa Civil Municipal | 199

Disque-intoxicação | 0800 722 6001

Light | 0800-210196

Patrulha Ambiental | 2498-1001

Polícia Civil | 3399-3040

Polícia Militar | 190

Samu - Ambulâncias | 192

TeleSaúde | 2273-0846

Vigilância Sanitária | 2503-2280

Page 6: Revista Península Nº 6

Sala de [email protected]

A Revista Península chega a sua 6ª edição e conta sempre com a sua participação, porque acre-ditamos que você é a nossa grande motivação

para buscar novidades, informações interessantes, registrar o que acontece aqui.

Sugira temas, pautas, mande a foto que quer ver publi-cada, participe, interaja, escreva pra gente. Essa sala de estar é para receber você e saber o que gostaria de encontrar na sua Revista Península. Até o próximo encontro, e sempre com a sua participação.

Dividindo para somar 1

A moradora do Paradiso, Gizza Ma-chado, parabeniza a nossa Revista e divide o seu talento com todos

os nossos leitores. O material dessa ar-tista abre a seção Cantinho Morador que você irá conhecer nesta edição.

Obrigada, Gizza, pela sua participação e parabéns pelo seu trabalho.

Equipe Revista Península

Dividindo para somar 2

Aproveite o período de festas para dividir com quem mais precisa e somar com a solidariedade. A AS-

SAPE colocou um contêiner na portaria principal para receber brinquedos usa-dos e em bom estado que serão distribu-ídos para crianças carentes. Participe!

SALA DE ESTAR

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 20096

Page 7: Revista Península Nº 6

Armazém

Você sabia que, mais de 500 anos depois do des-cobrimento do Brasil, a mais antiga das práticas comerciais, o escambo, ganha força novamente

no mercado? Segundo o International Reciprocal Tra-de Association (IRTA), a troca de produtos e serviços movimenta, informalmente, quase 800 milhões de dólares por ano no país. E nós vamos aumentar, mes-mo que timidamente, essa cifra.

Esse espaço aqui é o seu Armazém, para venda ou troca de objetos entre os moradores da Península e também para os parceiros que prestam serviços aqui.

Vamos funcionar como um pequeno classificado. Anun-cie o seu produto. Faça um bom negócio sem sair de casa. Maiores informações pelo telefone 3325-0342 ou pelo e-mail [email protected].

Música, alimento da almaPaulo de Carvalho, morador do Quintas, é profes-sor de violão e guitarra. O interessado em apren-der música pode ligar para o número 9123-0039 ou enviar e-mail para [email protected]. Se quiser conhecer um pouco mais sobre o trabalho do professor, acesse www.myspace.com/asus2.

uma excelente massa que não possui aditivos químicos nem óleo em sua elaboração. Ligue para (21) 8601-0790 e a Luiza mandará entregar em sua casa.

Linda de viver• Andrea Ballock, moradora do Mandarim, aparta-mento 205, é consultora Avon e consultora Natura. Vende beleza e charme, o que toda mulher adora. Se quiser conhecer a linha de produtos da Avon ou da Natura, ligue 2408–3967.

• Tereza Michalski, moradora do Monet, aparta-mento 905, informa que é consultora Natura (Na-tura Cosméticos). Aos interessados, o telefone para contato é o 3151-3421. A Tereza é professora de português e inglês, exerce essa nova função com muita alegria.

Inglês sem complicaçãoDéborah Grossman, moradora do Atmosfera, é for-mada em Inglês/Português pela Universidade de São Paulo - USP - com especialização em tradução. Oferece aulas para todos os níveis e reforço esco-lar, também faz traduções. Para contato, os telefo-nes são 3503-1560 / 8133-3362 ou pelo e-mail [email protected].

Pasta miaLuiza Castilho, moradora do Mandarim, acaba de abrir no Rio de Janeiro a Sabor do Cerrado, distri-buidora de massas artesanais recheadas e conge-ladas prontas para serem servidas.

A Sabor do Cerrado possui diversos tipos e sabores de massa com baixíssimas calorias e ingredientes nobres e importados. O produto é embalado a vá-cuo com atmosfera modificada, tendo 50% menos colesterol e 35% menos calorias. A massa Speciale possui dois deliciosos tipos de molhos: o pomodo-ro e o branco.

Você não precisa mais sair de casa para comer

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 2009 7

ARMAZÉM

Page 8: Revista Península Nº 6

Natal PenínsulaParticipe da festa,no dia 20 de dezembro,às 14 horas

Fotos de arquivo/Natal Península 2008Fotos de arquivo/Natal Península 2008Fotos de arquivo/Natal Península 2008Fotos de arquivo/Natal Península 2008

NATAL PENÍNSULA

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 20098

Page 9: Revista Península Nº 6

Natal,tempo de comemorar e confraternizar

O nascimento do menino Jesus nos convida a refletir e a festejar o Seu aniversário. E é com esse espírito de alegria e fraternidade que

a ASSAPE prepara mais um momento especial para você e sua família.

No domingo, 20 dezembro, a partir das 14 horas, a Pe-nínsula vai se transformar: recreadores, muitos brin-quedos, presentes, surpresas e o ponto alto da festa, a chegada do Papai Noel.

Solidariedade,Dividir com quem mais precisa

Vamos aproveitar esse momento de festa para proporcionar ao próximo um pouco mais de ale-gria e conforto. Por favor, leve para a nossa festa

uma lata de leite em pó ou um pacote de fraldas. Par-ticipe também doando brinquedos usados para crian-ças carentes. A ASSAPE colocou um contêiner próximo à portaria principal para receber a sua doação. Muitas vezes, o brinquedo que seu filho não usa mais vai ser a maior alegria em outros lares.

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 2009 9

NATAL PENÍNSULA

Fotos de arquivo/Natal Península 2008

Page 10: Revista Península Nº 6

Natal de Luz

Petrópolis, a cidade se ilumina para o Natal

Conhecer Petrópolis é viajar no tempo pelo Brasil Imperial. O município situado a 65 km do Rio de Janeiro e com população de pouco mais de 300

mil habitantes foi a morada do Imperador D. Pedro II em boa parte do século XIX.

Mas a história do lugar começou um pouco antes, quando o Imperador D. Pedro I, passou pela região. Isso aconteceu quando ele seguia o “Caminho do Ouro”, que o levaria a Minas Gerais. Nessa passagem, dormiu na Fazenda Padre Correia e encantou-se com a beleza do lugar e o com o clima refrescante.

Do primeiro olhar à compra da propriedade, foi uma questão de tempo. Anos mais tarde, com a abdicação e morte de seu pai, D. Pedro II herdou essas terras.

Já no século passado, em 1981, Petrópolis ganhou sta-tus de Cidade Imperial, orgulho para sua gente.

Passeando pela cidade, reconhecemos o tempo do Império, cujo conjunto arquitetônico é riquíssimo, com destaque para o Palácio Imperial (hoje, Museu Impe-

rial); a Avenida Koeler, ladeada por casarões e palace-tes; a fachada da Catedral de São Pedro de Alcântara; o Palácio de Cristal e o da Princesa Isabel.

Também merece visita a Casa de Santos Dumont, construída no Morro do Encanto, um chalé do tipo al-pino francês. Chama a atenção de todos a escada re-cortada em forma de raquete, o que obriga o visitante a sempre começá-la com o pé direito. Muitas outras surpresas o esperam.

Mas não é só a parte histórico-cultural da cidade que se destaca e encanta o turista. As festas de fim de ano irão iluminar Petrópolis. O Palácio de Cristal se trans-formará na cidade de Papai Noel, com atrações para várias idades. O presépio em tamanho natural será ou-tra atração à parte, além da apresentação de grupos teatrais, corais, concertos e exposição de artesanatos.

Desde 1º de dezembro, foram acesas mais de 1 mi-lhão de microlâmpadas pelas ruas do Imperador, nas Avenidas Koeler e Tiradentes e na Praça da Liberdade. O famoso Obelisco foi transformado numa gigantesca árvore de natal.

O Natal de Luz de Petrópolis é um sonho que nos faz ser criança novamente. Portanto, reúna a família e viva esse momento de magia.

NATAL DE LUZ | PETRÓPOLIS

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 200910

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Programe-se05 a 27/12 | das 9h às 18h

Weihnachtsmarkt: Feira de Natal que comercializa ob-jetos decorativos e produtos da culinária germânica.

As barracas trazem os nomes dos quarteirões petropolita-nos e das famílias alemãs que ajudaram a construir a cidade e mantêm, até hoje, vivas as tradições de seus antepassados. No Palácio de Cristal.

Quinteto Villa-Lobos19/12 – 19h

Apresentação do grupo ven-cedor do Prêmio Carlos Go-mes 2009 na Catedral São Pedro de Alcântara.

Abertura do Presépio de Natal

Logo após a apresentação do Quinteto Villa-Lobos, Pa-dre Jack faz a benção do tra-dicional presépio da Cidade Imperial.

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 2009 11

NATAL DE LUZ | PETRÓPOLIS

Page 12: Revista Península Nº 6

Esta é a nova seção da sua Revista Península. Aqui, você poderá publicar sua crônica ou poesia. E quem estreia este espaço é a moradora do Paradiso, Gizza Machado, administradora de empresas, com pós-graduação na FGV. Mas é pelas artes que seu coração bate mais forte: é cantora, compositora e poeta. Outras informações

no site www.bigg.com.br.

CANTINHO DO MORADOR | GIZZA MACHADO

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 200912

Cantinho do Morador

Ventos do infinitoTalvez eu precise de um pouco de ordem

talvez eu queira, na verdade, um pouco de desordem... para jogar fora o controle remoto da rotina,

que sufoca... reprime... e desanima qualquer vida.Talvez eu precise de um relógio e uma agenda

talvez eu queira, na verdade, ficar apenas admirando o tempo sentindo o vento... ouvindo música... olhando pro infinito... e descobrir dentro dos meus devaneios essa simples poeta

que chora, ri, levita e se inspira com as fantásticas mensagens enviadas pela vida.

Daniel Geller

Page 13: Revista Península Nº 6

Outro dia, fui surpreendida pela propaganda do livro: “Por que os Homens Amam as Mulheres Poderosas?”. Um guia para você deixar de ser

boazinha e se tornar irresistível.

Pensei, imediatamente, num conceito novo de bonda-de, que não tem nada a ver com o que aprendemos em casa, na escola e na igreja. Imagino que faça refe-rência ao fato de a maioria das mulheres estar sem-pre querendo agradar.

Ser “boazinha” parece estar ligado a uma baixa autoes-tima que acomete grande número de mulheres e que se apresenta como uma herança histórica e cultural.

A necessidade de ser amado, aceito, confirmado é muito forte no ser humano e, na mulher, isso se mani-festa mais claramente, talvez pela expectativa que se cria em torno dela desde cedo. Meninos temperamen-tais, desorganizados, são mais bem aceitos do que meninas introspectivas e reservadas. Para ser ama-da, a menina deve ser delicada, simpática, vaidosa, ordeira, solícita, prestativa, etc. etc.

A mulher foi e ainda é criada para dizer sim, para ser-vir, para ceder. Por muito tempo, o seu universo foi restrito ao lar e, hoje, apesar de atuar mais efetiva-mente no mundo que era dos homens, a mulher ainda carrega a herança cultural da dupla, ou tripla jornada, reassumindo seu papel original quando retorna ao lar.

O comentário sobre o livro sugere que irresistível é o oposto de boazinha. Irresistível seria, então, a mulher segura, que sabe dizer sim e também dizer não. Que faz escolhas conscientes e corre o risco de, às vezes, desa-

gradar. Que dá suporte, mas que também precisa dele.

Só nessa perspectiva se pode aceitar que ser irresistí-vel seja melhor do que ser boazinha.

E isso é o que nos deixa poderosas, quando conse-guimos ser transparentes, verdadeiras, comunicar o que pensamos, o que sentimos e o que necessitamos naquele momento específico. Ser assertiva é uma vir-tude que não exclui o carinho, a atenção, a delicadeza tão esperados numa mulher.

Quanto à “poderosa”, no sentido hierárquico, de autori-dade, duvido que algum homem goste de conviver com uma mulher desse porte. Mas, se o sentido é de com-petência, capacidade, inteligência cognitiva e emocio-nal - atributos desejáveis em todo ser humano -, é certo que uma mulher assim vem a somar na relação.

A mulher consciente de seu valor, que se ama e se admira, é livre para amar o outro, porque caminha junto com ele, ao seu lado, sem necessidade de se travestir para se afirmar perante o mundo. Ela é uma parceira amada, aceita, que sempre será confirmada pelos que vivem em torno dela e principalmente pelo homem que ama.

Essa mulher é naturalmente boa, irresistível e poderosa!

Cidinha Fernandes, moradora da Península, é terapeuta, possui especialização

em clínica psicológica na abordagem da Gestalt-Terapia,

utilizando método fenomenológico e técnicas vivenciais.

Por Cidinha Fernandes

Ser Mulher

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 2009 13

PONTO DE VISTA

Page 14: Revista Península Nº 6

A tecnologia é uma realidade em todos os setores da vida moderna, assim como é a globalização. Com a Internet, o quintal de casa rompeu fron-

teiras e continentes. Mas algumas coisas como ser criança, por exemplo, não mudam. Correr, brincar, in-ventar, viajar em histórias e diversões. Os mais velhos sempre falam com saudosismo dos tempos de outrora, mas se observamos bem, a essên-cia dos pequenos é a mesma: essas criaturinhas são observadoras, exploradoras, imaginativas, ativas, atu-antes e, hoje, informadas.Os brinquedos não são mais os mesmos: os bites e bytes fazem parte do universo infantil: games, bone-cas que falam, nadam, cantam. Desenhar com o mou-se, colorir no computador, andar de moto elétrica são apenas algumas mudanças nos objetos mágicos da

meninada.Mas será que os brinquedos de madeira, as bonecas de pano eram mais atraentes? Despertavam mais a criatividade? Difícil de responder, mas vamos viajar no tempo, lembrar das antigas brincadeiras e de como os nossos avós se divertiam. Tocos de madeira, pedrinhas, legumes e palitos para fazer animais e transformar esse universo numa grande floresta, era apenas uma questão de sonhar acordado. Leões, elefantes, patos e galinhas, a cria-tividade comandava a trupe e, por horas, crianças da vizinhança se divertiam a valer. Geralmente, essa via-gem era interrompida com o grito da mãe: “menino, vem almoçar!” Cinco Marias, cirandas, escravos de Jó, amarelinha, pião, passa anel, pula corda, pipa, bolinha de gude,

CURIOSIDADE | ANTIGAS BRINCADEIRAS

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 200914

Brincadeirasde criançaPor Tereza Dalmacio

Page 15: Revista Península Nº 6

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 2009 15

CURIOSIDADE | ANTIGAS BRINCADEIRAS

enfim uma gama de brincadeiras infantis que atraves-saram séculos.A molecada corria e brincava na rua, construía laços, escrevia suas histórias e levava essa bagagem lúdica como um tempero ao longo da vida. A segurança era outra, as cidades eram menores, mais casas do que apartamentos, mais simplicidade. Criança não sabia o que era depressão, ansiedade, comida light. Criança vivia um mundo mais mágico, bem ao personagem do Ziraldo, “Menino Maluquinho”. Toda família tinha uma figurinha como essa.Ontem era melhor do que hoje? Não necessariamen-te. A evolução ocorre em todos os setores, não só

no mundo infantil. E o que conta realmente é como estamos conduzindo os nossos filhos, se o amor é a base, se o respeito é o alicerce, enfim, o acolhimento, o sentindo da casa. No mais, brincar é brincar, é cor, magia, é crescer numa família que transmite seus va-lores que serão a linha de condução para a infância, adolescência e a vida adulta.Agora, que para muitos, o saudosismo bate forte, isso é verdade. E só chega assim porque a infância de pi-ques, de carinho de pai e mãe, de brincadeiras com irmãos e amigos, está presente na alma, latente como a chegada dos primeiros cabelos brancos.

A gatinha parda (gato mia)Faz-se uma roda, todos de pé. Uma criança é escolhi-da para ficar no centro da roda com os olhos vendados e com uma varinha na mão. As outras crianças come-çam a girar na roda e a cantar: - Ah, minha gatinha parda, que em janeiro me fugiu, quem roubou minha gatinha você sabe, você sabe, você viu? Todos se calam. A que está no centro da roda toca em alguém com a varinha. A que foi tocada deve miar como um gato, e a que tocou tentará descobrir quem mia. Se descobrir, diz o nome em voz alta e quem miou vai para o centro, recomeçando a brincadeira. Se não acertar, a que já estava no centro continua lá, recomeçando a brincadeira até adivinhar quem é.

Amarelinha 1ª etapa - O primeiro jogador joga a pedra na primei-ra casa e, com um pé só, pula a casa 1 e pisa na 2; depois, na 3 e 4 ao mesmo tempo; depois, na 5 com um pé só; e depois, no céu ( 6 e 7) com os dois pés ao mesmo tempo. Vira e volta, quando chegar na casa 2, pega a pedra na 1 e pula fora. Depois, joga a pedra na casa 2, pisa na 1 com um pé só, salta a 2 e assim por diante. Não pode pisar na linha senão é a vez do outro. 2ª etapa - Chutinho - Joga-se a pedra perto, antes da amarelinha, começa a chutar sem tocar nos riscos. Se errar, é a vez de outra criança.

3ª etapa - Joga-se sem pedra com os olhos vendados, então pergunta: - Pisei? E as outras crianças respondem sim ou não. Se pisar e disserem sim, é a vez de outra. 4ª etapa - De costas, joga a pedra por trás de si, sem ver ainda onde parou. Exclui-se a casa onde a pedra cair marcando um “x” com o giz. Vira e começa a pular igual à primeira eta-pa, porém na casa excluída, pode-se pisar com os dois pés.

Boca de forno ou seu mestre mandou Uma criança é eleita como chefe ou mestre. Ela deve-rá ser a única a dar ordens na brincadeira e os demais deverão cumpri-las. O mestre inicia a brincadeira dizendo: Mestre: - Boca de FornoCrianças: - FornoMestre: - Faz o que eu mando?Crianças: - FaçoMestre: - Se não fizer?Crianças: - Toma bolo

O mestre deverá ditar a ordem que deve ser a de tra-zer um objeto como um lápis, um batom, um caderno, uma folha de árvore ou revista etc. Se a criança não conseguir deverá pagar uma prenda que pode ser can-tar uma música, dançar, imitar um bicho etc.

Quer brincar?

Page 16: Revista Península Nº 6

Revista Península: Por que você escolheu a gastrono-mia como profissão?Margareth Molon: Trabalhava com moda, tinha uma loja de roupa, e a gastronomia era um hobby. Meu maior prazer é comer bem. Prestava muita atenção nas comidas que eram servidas e, depois, tentava re-produzir em casa. Então, resolvi estudar gastronomia. Me formei há três anos e, hoje, faço eventos, jantares temáticos e festas.

Revista Península: Na ceia de Natal, quais são os pra-tos que não deveriam faltar? Margareth Molon: Sou a favor da ceia tradicional, que tenha rabanada, peru, bacalhau, carne de porco, ten-der, porém que não seja exagerada para não haver

desperdício. Procuro servir esses pratos que fazem parte da tradição de forma diferente, colocando um molho, um tempero que dê um toque especial. Brinco também com as crianças, é uma época que elas gos-tam muito.

Revista Península: Qual seria o prato que agradaria mais às crianças no Natal?Margareth Molon: Para as crianças, faço bombinhas com glacê e biscoitos confeitados, que depois, elas pintam. Enfeitamos as árvores com os biscoitos ou entrego como lembrancinhas para os convidados.

Revista Península: Ao fazer uma ceia com muitos pra-tos, como fazer para não desperdiçar os alimentos?

É de Casa

Aqui, você vai sempre encontrar uma cara conhecida, pode ser o seu vizinho, alguém que tenha um trabalho rele-vante, que se destaque em sua atividade e que resida na Península. E quem aparece no É de casa da 6ª edição é a chef de cozinha Margareth Molon, casada, mãe de Manoel, de

oito anos, moradora do Excellence há três meses. Ela fala da profissão e nos ensina duas receitas de dar água na boca para as festas de fim de ano.

É DE CASA | ENTREVISTA MARGARETH MOLON

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 200916

Page 17: Revista Península Nº 6

Margareth Molon: Armazenar de maneira adequada os alimentos e depois congelá-los, sobretudo reapro-veitando esses alimentos. Por exemplo, com o peru, pode-se fazer uma salada de salpicão, com frutas ou iogurte.

Revista Península: Há alguma receita de Natal para o nosso clima tropical?Margareth Molon: Há uma receita de pudim de pane-tone que é super fácil de fazer e pode servir gelada. Para prato salgado há também uma receita de baca-lhau que qualquer pessoa pode fazer em casa e fica deliciosa.

Revista Península: O que você indicaria para a ceia de Ano Novo?Margareth Molon: Uma ceia leve com muitas frutas, frutos do mar e a lentinha, devido às superstições.

Revista Península: Qual a receita com frutos do mar que você sugere? Margareth Molon: Sugiro os ceviches, que são peixes

marinados no limão e temperos. Podem ser feitos com salmão ou peixes brancos de água salgada, como o namorado, e no tempero, usa-se a pimenta dedo-de-moça. Faz-se com, no mínimo, 1 ou 2 horas de antece-dência para ficar marinando na geladeira.

Revista Península: O que mais gosta no espaço da Pe-nínsula?Margareth Molon: Gosto muito da área das árvores fru-tíferas. Se pudesse, plantava em toda aquela área. E como não posso, minha varanda tornou-se uma bela hortinha. Aqui, tenho vários temperos, fresquinhos e orgânicos.

Revista Península: E qual o recado para quem deseja fazer uma bela ceia de Natal e de Ano Novo? Margareth Molon: O legal são as pessoas experimen-tarem não seguir uma regra, realizando um ceia de Natal proporcional ao número de pessoas para evitar o desperdício. Outro ponto importante é a conserva-ção dos alimentos.

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 2009 17

É DE CASA | ENTREVISTA MARGARETH MOLON

PUDIM DE PANETONE- 1 Panetone de 500 gr- 1 lata de leite condensado- 1 lata de creme de leite- 1 lata (medida) de leite- 100 gr de damasco seco picado (opcional)- 4 ovos- açúcar e água suficiente para caramelizar a forma

MODO DE PREPARO:Bata o creme de leite, o leite condensado, o leite e os ovos no liquidificador.Use uma forma de pudim com furo no meio. Faça um caramelo de açúcar e unte toda a forma, deixe um pouco de caramelo para jogar em cima do pudim de-pois de desenformar.Pique grosseiramente o panetone e coloque dentro da forma caramelizada, jogue o creme batido no liquidifi-cador por cima do panetone cobrindo bem, salpique o damasco se quiser. Coloque para assar em banho-maria em temperatura média por mais ou menos uma hora, deixe esfriar desenforme e sirva com mais calda por cima. Fácil e com uma apresentação muito bonita.

TARTAR DE SALMÃO- 300 gr de salmão- 1 colher (sopa) de alcaparra- 1 colher (sopa) de azeite de oliva- pimenta do reino branca- 1 colher de mostarda

- 1 cebola- 1 pitada de sal- folhas de endívias- salsinha para decorar- 1 punhado de endro

MODO DE PREPARO:Pique bem o peixe. Tempere com a mostarda, o azeite, o sal, a cebola bem picada, o endro e por último as alcaparras picadas. Misture bem. Leve à geladeira.Recheie as folhas de endívias com o tartar de salmão e polvilhe com salsinha bem picada.

BACALHAU ESPECIAL- 1 kg de bacalhau sem espinhas e dessalgado- 5 colheres de azeite- 200 gr de batata palha- 1 cebola- 8 ovos- salsinha para decorar

MODO DE PREPARO:Deixar o bacalhau de molho em água fria de véspera (trocar essa água algumas vezes). Refogue a cebola no azeite, junte o bacalhau desfiado refogue por mais alguns minutos até ficar dourado. Bata os ovos intei-ros e acrescente ao bacalhau refogado e continue me-xendo. Acrescente a batata palha e a salsinha para finalizar, sirva em seguida.

Page 18: Revista Península Nº 6

Revista Península: Como a Península entrou em sua vida?Carlos Fialho: Conheci a Península quando fui realizar um trabalho para o condomínio Excellence. Logo de-pois, apresentei a minha esposa. Adoramos o projeto, sobretudo pela qualidade de vida.

Revista Península: O que destacaria de melhor na Pe-nínsula?Carlos Fialho: A tranquilidade. Quando chego à noite, posso passear sossegado. Essa sensação de seguran-ça é muito boa. Você está dentro do Rio, mas parece que não está. A vista também é linda, a natureza e a vizinhança são ótimas. O ambiente em si é muito bom.

Revista Península: Quando e como se tornou conselhei-

ro comunitário?Carlos Fialho: Entrei para algumas comissões ao vir morar na Península. A síndica da época indicou-me para o Conselho Comunitário. Após sua saída, fiquei por 8 meses no cargo, mas como tenho dois negócios, não consegui conciliar as atividades com as de síndi-co. O atual síndico, então, solicitou que ficasse como conselheiro comunitário, e aceitei.

Revista Península: Quais são as funções do conselheiro comunitário?Carlos Fialho: Cada condomínio tem seu conselheiro que será indicado ou não pelo síndico. Representa-mos os moradores nas votações que acontecem na ASSAPE, em que são debatidos temas ligados à parte comum da Península como: segurança externa, lim-

Seguimos com a apresentação dos conselheiros comunitários da ASSAPE – Associação Amigos da Península. Nesta edição, é a vez do senhor Carlos Fialho, casado, pai de dois filhos, morador do Quintas há dois anos.

Conselho Comunitário

CONSELHEIRO | ENTREVISTA CARLOS FIALHO

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 200918

Page 19: Revista Península Nº 6

peza, meio ambiente, transporte e a manutenção da Península.

Revista Península: Como é a relação do conselheiro co-munitário com os moradores?Carlos Fialho: Quando há votação sobre um assunto importante na ASSAPE, transmitimos aos condôminos para que seja decido em conjunto nas assembleias. Mas os moradores também podem encaminhar su-gestões ou trazer problemas que estão acontecendo nas partes externas da Península. Encaminhamos para o vice-presidente que convoca uma reunião e, de-pois, informamos aos moradores o que foi deliberado.

Revista Península: Como você vê a ASSAPE?Carlos Fialho: Acredito que a ASSAPE foi um movimen-to legal. O trabalho está dando certo, mas há criticas. É difícil você fazer um trabalho que agrade a todos,

ainda mais em uma comunidade deste tamanho. Por exemplo, a revista foi um projeto da ASSAPE e ficou muito boa. Mas até hoje o shopping não saiu.

Revista Península: Como os moradores poderiam parti-cipar mais da vida da Península, contribuindo com sua administração? Revista Península: Quando houve a implantação da ASSAPE, muitas comissões se formaram como, por exemplo, a de transporte e a de segurança. Houve mobilização, o que foi bem legal. Porém, acredito que poderia haver mais participação dos moradores. Os condôminos são livres para levantar questões e en-caminhar para ASSAPE e ainda podem participar das reuniões, no entanto, para que não aglomere muita gente, foram criados os conselheiros, que em consen-so geral, representam os moradores.

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CONSELHEIRO | ENTREVISTA CARLOS FIALHO

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Revista Península: Ex-companheiro tem direito à meta-de dos bens, mesmo sem contribuir financeiramente?Dr. Valdir Andrade: No casamento realizado com co-munhão parcial de bens, assim como na união está-vel, os bens adquiridos na constância da união serão igualmente divididos entre o casal, mesmo que um deles não tenha participado financeiramente para a aquisição dos mesmos, consoante dispõem os artigos 1.658 e 1.660, I e II do Código Civil.

Revista Península: Ações judiciais sobre relacionamen-tos amorosos têm respostas no STJ?Dr. Valdir Andrade: À luz do art. 105 da Constituição Federal, compete ao STJ, dentre outros, julgar, em grau de Recurso Especial, decisões dos Tribunais

que contrariarem tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência. Neste caso, o STJ poderá ser instado a se manifestar em processos relativos a relacionamentos amorosos, em que a decisão proferida pelos Tribunais contrariar a lei federal que disciplina a matéria, ou negar-lhe vigência. A jurisprudência do STJ é farta na matéria. Portanto, tem respostas, sim.

Revista Península: Direito do Consumidor. Apresenta-ção do cheque pré-datado antes do prazo gera alguma ação contra o estabelecimento ou dano moral?Dr. Valdir Andrade: A Lei nº 7.357/85, que disciplina o cheque, não prevê a espécie de cheque pré-data-do, até porque a citada lei dispõe no art. 32 que “O cheque é pagável à vista. Considera-se não escrita

Nesta seção, teremos sempre um advogado para tirar as suas dúvidas jurídicas. E nesta edição, Dr. Valdir Andra-de, advogado, casado, pai de 5 filhos, responde às perguntas enviadas para o nosso e-mail. Vale lembrar que, aqui, sempre divulgamos as perguntas, mas não o nome do morador quando este nos solicita o anonimato.

MUNDO LEGAL | ENTREVISTA DR. VALDIR ANDRADE

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Mundo [email protected]

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qualquer menção em contrário”. No entanto, a nossa sociedade, há muito, aceitou a prática do cheque pré-datado, fomentando o mercado. A aceitação desse tipo de cheque pelo comerciante constitui um contrato tácito entre as partes, o qual deverá ser cumprido, sob pena de violação do princípio da boa-fé contratual. Logo, a apresentação do cheque, antes da data apra-zada, constitui um dano de ordem moral, conforme Súmula 370 do STJ, dando azo ao manejo de ação ju-dicial para reconhecimento e compensação pelo dano sofrido ao emitente.

Revista Península: Direito do Trabalho. O Trabalhador deve ser ressarcido das despesas com o advogado contratado?Dr. Valdir Andrade: A condenação ao pagamento de ho-norários advocatícios, na Justiça do Trabalho, resulta dos estritos termos da Lei 5.584/70, conforme enten-dimento cristalizado na Súmula 219/TST. Logo, quan-do não houver assistência sindical, não há que se fa-lar em pagamento da verba advocatícia. Em julgado recente, o Tribunal Regional do Trabalho, da 3ª Região, ao julgar o Recurso Ordinário nº 01595-2008-113-03-00-4, publicado em 21/09/2009, reformou decisão de 1º grau, condenando a empresa empregadora ao pagamento dos honorários advocatícios, mesmo con-

siderando que, na Justiça do Trabalho, a presença do advogado é desnecessária, tendo em vista o direito de peticionar da parte, autorizado pelo artigo 791 da CLT, sob a fundamentação de que não se pode negar ao empregado a contratação de advogado de sua con-fiança para patrocinar seus interesses. Assim, tem-se que a matéria não é unânime, decidindo o juiz da cau-sa na conformidade de seu entendimento.

Revista Península: O dinheiro de rescisão de contrato trabalhista é impenhorável?Dr. Valdir Andrade: O Código de Processo Civil dispõe no art. 649 sobre os bens que são impenhoráveis e, dentre estes, os vencimentos. Assim, o STJ, ao julgar o REsp. nº 978.689, em 06/08/09, por unanimidade, decidiu que é inadmissível a penhora dos valores re-cebidos a título de verba rescisória de contrato de tra-balho e depositados em conta corrente destinada ao recebimento de remuneração salarial (conta-salário), ainda que tais verbas estejam aplicadas em fundos de investimentos, no próprio banco, para melhor apro-veitamento do depósito. Assim sendo, a impenhora-bilidade ocorrerá desde que o valor financeiro esteja depositado em conta-salário, conforme se depreende do julgamento em tela.

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MUNDO LEGAL | ENTREVISTA DR. VALDIR ANDRADE

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Obras de Emanoel Araújo

Baiano de Santo Amaro da Purificação, nascido em 1940, Emanoel Araújo ganhou o mundo com as suas obras. Escultor, desenhista, cenó-

grafo, curador, museólogo e pintor. Ex-diretor da Pina-coteca de São Paulo, diretor do Museu Afro-Brasil e também responsável pela reforma do Museu de Arte da Bahia. Por onde passa, Emanoel imprime a compe-

tência, a qualidade e ganha a admiração e o respeito de todos.

Na década de 50, ainda em sua cidade natal, Emano-el Araújo aprendeu marcenaria com um grande mes-tre, Eufrásio Vargas, e trabalhou na Imprensa Oficial em linotipia e composição gráfica. Logo depois, entre 1960 e 1965, estudou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia.

ACERVO CULTURAL

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Acervo Cultural

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1970 – Salvador, BA - Recebe o prêmio Odorico Tavares.

1972 - São Paulo, SP - Recebe o prêmio de me-lhor gravador do ano da Associação Paulista de Críticos de Arte - APCA.

1981 - São Paulo, SP - É lançado o livro “O Cons-trutivismo Afetivo de Emanoel de Araújo”, pela editora Raízes, MWM.

1981/1983 - Salvador, BA - Diretor do Museu de Arte da Bahia.

1983 - São Paulo, SP - Recebe o prêmio de me-lhor escultor do ano da Associação Paulista de Críticos de Arte - APCA.

1984 - São Paulo, SP - Vive nessa cidade.

1988/1989 - Nova York (Estados Unidos) - Artis-ta visitante no The City College, City University of New York, onde leciona artes gráficas e es-cultura.

1992/2002 - São Paulo, SP - Diretor da Pinaco-teca do Estado.

1995/1996 - Brasília, DF - Membro convidado da Comissão dos Museus (1995) e do Conse-lho Federal de Política Cultural (1996), instituí-dos pelo Ministério da Cultura.

1999 - São Paulo, SP - Recebe menção espe-cial da Associação Brasileira de Críticos de Arte - ABCA.

2004 - São Paulo, SP - É curador e diretor do Museu Afro-Brasil, aberto nesse ano, com obras de sua coleção.

2005 - São Paulo, SP - Assume o cargo de secre-tário municipal de Cultura, ao qual renuncia em 10 de abril desse mesmo ano.

Fonte: Itaú Cultural

O Panorama da arte brasileira é bem mais rico com o trabalho de Emanoel Araújo. Linhas harmônicas, leves, imagens fortes. Das primei-ras xilogravuras às grandes esculturas, o seu trabalho prima pela beleza, pelo contraste de força das peças. Além de grande artista, é um multiplicador nos eventos de arte nacionais e internacionais. Sempre à frente, sempre pro-movendo, realizando.

No acervo cultural da Península, há duas escultu-ras de Emanoel Araújo expostas no Green Park.

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ACERVO CULTURAL

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Revista Península: Quais são os cuidados com a pele na alta estação?Dra. Maria Fernanda: O principal cuidado é com o ho-rário de exposição ao sol, evitar ao máximo, o período entre 10 e 16 horas. Sei que é bem difícil, por isso é importante tornar hábito a aplicação do filtro diaria-mente, sobretudo no verão. Hoje, há várias opções de filtro solar para diversos tipos de pele. As empresas estão investindo cada vez mais, já existem filtros com antioxidantes na formulação dos produtos, que refor-çam o sistema de autodefesa do DNA celular.

Revista Península: Qual o fator de proteção solar mais indicado?Dra. Maria Fernanda: O ideal é o fator 30. Depois disto há uma pequena diferença, ao invés de 94% de pro-teção, aumenta para 96, 97%, nenhum filtro chega a 100% de proteção. Apesar disto, recentemente, foi lançado o filtro com fator 90, acredito que, para pesso-

as muito claras ou que façam um tratamento de pele, seja recomendável o seu uso.

Revista Península: Dentre estas variedades, quais são os tipos recomendados para cada pessoa?Dra. Maria Fernanda: Para as crianças, existem filtros físicos, porque o filtro solar tem tanto componentes fí-sicos, como químicos. O físico age como uma barreira, bloqueando a radiação solar, e o filtro químico absorve a radiação. Em sua grande maioria, as duas composi-ções são encontradas nos produtos, mas quando não estão identificados como sendo físico ou químico - seja na embalagem, seja em sua composição-, o mais indicado para as crianças são os filtros físicos, pois não causam alergia na pele.

Revista Península: Com que idade pode iniciar o uso do protetor solar?Dra. Maria Fernanda: A partir do sexto mês de vida, as

No nosso quadro saúde, a entrevistada da 6ª edição é a doutora Maria Fernanda, dermatologista, moradora da Península há dois anos. Ela vai nos ensinar como cuidar da pele no verão.

Entrevista Dra. MariaFernanda

Por Debora Rolim

SAÚDE EM CASA | ENTREVISTA DRA. MARIA FERNANDA

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crianças podem utilizar o filtro solar, como disse ante-riormente, os mais indicados são os filtros físicos.

Revista Península: E para os adultos?Dra. Maria Fernanda: Os filtros para pele oleosa, nor-malmente, são em gel, mas há ainda o fluido e toque seco; já quem tem a pele normal, pode usar gel, cre-me ou fluido; e para aqueles com a pele seca tem em creme. Para os homens, recomenda-se o spray, pois eles têm mais pelo. É importante lembrar de passar no couro cabeludo e nas orelhas, pois são áreas com grande índice de câncer de pele. Isto serve para todos, não somente para os homens.

Revista Península: Recentemente, foi proibido o uso de bronzeamento artificial. Por que foi tomada essa me-dida pelo governo?Dra. Maria Fernanda: A radiação solar tem tanto os raios UVA quanto os raios UVB. A câmara de bronzea-mento artificial emite os raios UVA. Antigamente, acre-ditava-se que somente o UVB causava danos à pele. Hoje, já se sabe que além do fotoenvelhecimento da pele, o UVA também é um dos causadores do câncer de pele. As pessoas se bronzeavam nestas câmaras de forma indiscriminada, e não usavam nenhum tipo de filtro solar.

Revista Península: Existem protetores que contenham, em sua fórmula, proteção contra os raios UVA ?Dra. Maria Fernanda: Sim. Hoje a maioria dos filtros so-lares já tem proteção UVA e UVB, podemos identificá-la nas embalagem do produto.

Revista Península: O que poderia substituir o bronzea-mento artificial?Dra. Maria Fernanda: A opção saudável seriam os bronzeamentos a jato ou autobronzeamento. Produ-tos que, à medida que são reaplicados, adquirem um bronzeado homogêneo, sem causar malefício. É como se fosse uma maquiagem da pele. Importante con-sultar um dermatologista para que não ocorra reação alérgica. Agora, o bronzeador não deve ser usado nun-ca. Inclusive há vários bronzeadores com filtro fator 4

ou 8, no entanto, um fator menor que 15 não auxilia em nada para a proteção solar.

Revista Península: Quais os outros cuidados que pode-ríamos tomar para ficar com uma pele saudável?Dra. Maria Fernanda: Eu sempre digo que se for se ex-por ao sol, tem que se proteger e cuidar da pele.Antes de ser expor ao sol: Antes de começar a se bron-zear faça uma esfoliação corporal, é bom para remo-ver as células mortas. O que se deve evitar é o uso da bucha vegetal e do esfoliante diariamente, porque removem as camadas de gordura de lipídios que fun-cionam como uma barreira protetora. Portanto usar, no máximo, uma ou duas vezes por semana. Ao se expor ao sol: Ficar debaixo de uma barraca, usar óculos - é fundamental para proteger os olhos-, usar chapéu e lips labiais para quem tem uma pele bem sensível e, sobretudo, aplicar o filtro solar com fator 15, no mínimo. Pós-exposição solar: A Hidratação da pele é funda-mental não só com cremes corporais, mas também através da hidratação oral, ingerindo bastante água de coco e água. Outra dica é tomar banho frio, pois a água quente resseca a pele e o cabelo. Para o cabelo, existem sprays que contêm filtro solar e protetor de cor. Outro cuidado legal é fazer hidratação capilar com maior frequência no verão e evitar o secador. Para as pessoas que têm caspa piora muito. O sabonete deve ser suave, mas com base hidrante. Dê preferência aos sabonetes líquidos que ressecam menos a pele, além disto, não esfregar muito, dar mais enfoque para as áreas principais de higiene e o restante é fazer limpeza bem suave, para não agredir ainda mais a pele. Sempre lavar o rosto com o sabonete que controle a oleosidade indicado pelo dermatologista. Pode-se usar também água termal, são sprays em que há uma concentração bem grande de minerais. Podem ser usados pós-maquiagem para fixar, têm ação calman-te, hidrante e cicatrizante, bem confortante e agradá-vel. Até indico para deixarem na geladeira durante o verão.

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SAÚDE EM CASA | ENTREVISTA DRA. MARIA FERNANDA

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Todos nós temos ouvido muito falar sobre sustentabilidade. Mas o que é isso realmente?

Existem mais de 300 definições para sustentabi-lidade, e a mais conhecida é a definição dada pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento: “suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futu-ras de suprir as suas”. Não é um conceito isolado, mas uma conjunção de fatores, relacionados a aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da socie-dade humana, voltados para a garantia de um modo de vida seguro para a humanidade.

Quando aderimos a um modo de vida mais susten-tável, estamos tentando diminuir o impacto negativo gerado por nossas atividades e estilos de vida. Essa é uma atitude local, mas com efeitos globais, pois se cada um fizer a sua parte... Uma velha história que já

conhecemos. Mas por que não a colocamos em prá-tica? Talvez por comodismo, ou mesmo por falta de informações corretas. Acontece que tudo que consu-mimos tem uma história de extração, produção, con-sumo e descarte, que somadas, geram muitos gases do efeito estufa. Estes gases em excesso vêm causan-do alterações climáticas de forma drástica na Terra, o que pode tornar a vida muito difícil num futuro próxi-mo. Nossas atividades não estão causando apenas o aquecimento global, estamos poluindo nosso ar, água e a terra também. Estamos desperdiçando nosso limi-tado estoque de água, usando fontes não renováveis de energia, como o petróleo, e travando guerras insa-nas por causa dele.

Mudar a mentalidade em relação ao nosso estilo de vida, reduzindo nossa contribuição individual para o aquecimento global, e usar nosso poder como con-sumidores para encorajar mudanças sistemáticas podem salvar a humanidade de um futuro incerto e catastrófico. Adquirir um estilo de vida mais susten-tável significa adquirir: menos coisas descartáveis, menos tralha, menos lixo... Isso está diretamente rela-

MEIO AMBIENTE

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 200926

Meio AmbientePor um Natal mais

sustentávelPor Marcella Castro

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cionado à qualidade daquilo que compramos e, já que estamos em época de festas, que tal um Natal mais sustentável?

Curiosidade: Você sabia que na época das festas os aterros e lixões recebem até 30% a mais de lixo do que nos demais meses?

Dicas para um Natal mais sustentável:Repensando a “comilança”Os comes e bebes são os elementos principais de uma festa. No Natal, além de nos reunirmos (o que, pra mim, é o mais importante), costumamos servir quan-tidades excessivas de comida que são frequentemen-te desperdiçadas, se tornam uma parte gigantesca do lixo gerado nas festas, lançando uma quantidade enorme de metano na atmosfera (gás de efeito estufa, muitas vezes, mais poluente para o aquecimento glo-bal que o gás carbônico).

Não faça mais comida que o necessário e opte por fazer coquetéis e servir aperitivos, estes podem ser comidos numa mordida, além de propiciar uma bela decoração na sua mesa (use sua criatividade para criar canapés multicoloridos). Use ingredientes orgâni-cos locais, consumir alimentos locais poupa recursos necessários para transportar insumos por largas dis-tâncias e ajuda pequenas comunidades, aquecendo o mercado orgânico, o que pode tornar o preço mais acessível.

Se possível, faça compostagem dos restos de comida e doe os alimentos não consumidos para aqueles que necessitam.

Já bebeu vinhos orgânicos ou biodinâmicos? Pois bem, eles existem, são muito bons e não são mais caros. Para a produção de vinho, é necessária uma enorme quantidade de uva, mas para a produção de vinhos orgânicos, estas uvas não foram banhadas de pesticidas e fertilizantes. Melhor para a sua saúde e

para a saúde do planeta. Beba com moderação.

Brindes e PresentesA troca de presentes é um ato saudável, mas é im-portante avaliarmos o que representam esses obje-tos. Será que são realmente úteis e necessários, ou estamos apenas cumprindo um “protocolo”? Como eles foram produzidos? O que está por trás de produ-tos comprados por R$1,99? Por que queremos dar coisas? Talvez proporcionar momentos que sabemos que os presenteados irão gostar seja uma excelente opção. Ingressos, pacotes de massagem ou ginástica, vales-presente... Se você não sabe realmente de algo que aquela pessoa gosta ou está precisando, crie al-ternativas às opções ou dê um presente com o menor impacto ambiental possível e, se não tiver alternativa, em embalagens recicláveis.

Produção do EventoEvite o uso de descartáveis: copos, pratos, talheres e toalhas de mesa. Eles vão gerar uma quantidade enorme de lixo. Se for realmente necessário o uso de descartáveis, priorize os recicláveis.

Procure fazer arranjos naturais, use os próprios ali-mentos para ornamentar sua mesa e lembre-se: guar-danapos de tecido deixarão seu evento muito mais ba-cana e ambientalmente correto, além de muito mais elegante, e você estará poupando muitas árvores. Pode ter certeza de que lavá-los gastará muito menos água e energia do que produzir novos guardanapos de papel.

Agindo assim, certamente você estará gerando uma quantidade de resíduo bem menor, mas não se es-queça de que este resíduo pode ser reciclado, SEPARE SEU LIXO e envie os recicláveis para a cooperativa de sua confiança.

E não poderia deixar de lembrar, praticar o bem é uma das atitudes mais ambientalmente corretas, portanto: Deixe-se levar pelo espírito natalino! Boas festas!

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MEIO AMBIENTE

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BaratasEste inseto que provoca asco e medo passa a maior parte do tempo abrigado próximo aos alimentos e saem à noite para buscá-lo. Seus pratos preferidos são aqueles ricos em amido, açúcar ou gorduras. Po-dem alimentar-se também de celulose como papéis resíduos de lixo ou esgotos, entre outros. São encon-tradas em caixas de gordura, cozinhas, despensas, gavetas, interruptores de luz, aparelhos eletrodomés-ticos, rodapés, pias, dutos de fiação elétrica e locais

como garagens ou depósitos de papel e, principal-mente, caixas de papelão, entres outros.

São responsáveis pela transmissão de várias doenças, sobretudo gastroenterites, conjuntivites, infecções, pneumonias, alergias, e outras. Além de danificarem as leituras nos discos de computadores. A prevenção pode ser feita através da inspeção de caixas, da ma-nutenção de um ambiente sadio e limpo, especial-mente os eletrodomésticos que acumulem gordura e restos de alimentos como fornos e geladeiras.

Mas não pense que somente estas prevenções irão

Calor, maior umidade e aumento da vegetação são condições propícias para a reprodução das chamadas pra-gas de verão. Em seu habitat, elas não oferecem risco, mas quando encontradas no meio urbano, transmitem doenças e danificam estruturas. As mais comuns são: baratas, cupins, formigas e roedores.

A prevenção pode ser feita com cuidados simples mantendo o ambiente limpo, arejado, vedando fendas, frestas e rachadura e condicionando bem os alimentos. Seguem dicas para evitar o aparecimento destas pragas.

É importante ressaltar que o controle e a eliminação das pragas, quando detectada uma infestação, devem ser feitos por profissionais capacitados, de empresas especializadas que conheçam as técnicas de aplicação.

PRAGA DE VERÃO

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Pragasde Verão

Cuidado!

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acabar com as baratas, pois, estes insetos podem viver até 15 dias sem água ou alimento e 30 dias somente com água contida nos alimentos. É muito importante, portanto fazer a limpeza corrente e não apenas esporadicamente. Outra dica é colocar telas, grelhas, ralos do tipo “abre-fecha” que impeçam a en-trada através de ralos e encanamentos.

Cupins Alimentam-se, sobretudo, de celulose, destroem li-vros, papéis, madeiras ou materiais derivados como gesso. A presença de caminhos ou túneis em pare-des ou estruturas de madeiras sugerem que há cupins subterrâneos. Se houver pequenos grânulos da cor da madeira, podem ser cupins, já o pó fino que parece talco são feitos por broca.

O controle pode ser feito com produtos injetados em pequenos focos.

FormigasManter o ambiente limpo e consertar as falhas na es-trutura previne a proliferação de formigas. Uma dica

para que elas não tomem o rumo do açucareiro é co-locar saches com cravo-da-índia, pois não suportam o cheiro. Utilizar spray não é aconselhável, pois, ao perceberem o cheiro do inseticida, fogem para outro lugar dividindo a colônia, e piorando a infestação. As formigas também podem transmitir doenças ao pas-sarem por locais contaminados.

Mosquitos O principal é o Aedes, transmissor da dengue e da febre amarela. A água limpa e sombreada é o princi-pal meio de reprodução, os ovos depositados podem permanecer por vários meses, até um ano. O princi-pal cuidado que se deve ter é não deixar água limpa e parada exposta em: tanques, latas, caixas d’água, pneus e pratos de vasos para plantas. A maneira de prevenir é colocar areia em pratos, vasos de plantas, vedar caixas d’água, esvaziar e escovar as paredes internas de recipientes que acumulam água, guardar latas e garrafas emborcadas, limpar periodicamente calhas de telhados, marquises e rebaixos de banhei-ros e cozinhas e Jogar, quinzenalmente, desinfetante nos ralos externos das edificações e nos internos pou-co utilizados.

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PRAGA DE VERÃO

Dicas simples Colocar borra de café nos pratinhos, entre as folhas das plantas que acumulam água, como as bromélias. Regar as plantas 2 vezes por semana com uma solu-ção de água com água sanitária. Pode-se também co-locar somente água sanitária nos pratinhos da planta:Prato pequeno - 2 a 4 gotas; Prato médio - 8 a 12 gotas; Prato grande - 20 gotas.

No mais, é ficar atento ao local em que reside e acio-nar uma empresa de dedetização que sabe exatamen-te como proceder ao controle de pragas.

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Elenice Maia,Vanessa Santana, Heloísa Albuquerque, Mônica Rosas e Alcimara Meritello, esposas dos craques

Por Karen Montenegro

A peladaO ritmo de vida nas grandes cidades – com muito

trabalho e correria e pouco lazer – fez, ao longo do tempo, com que as pessoas fossem se iso-

lando. Das comunidades, num primeiro momento, e dos núcleos familiares, em seguida.

Em busca de mais qualidade de vida e de um espí-rito maior de integração familiar e comunitária, os moradores da Península seguem na contramão das tendências comportamentais contemporâneas. E isso tem sido possível graças ao esporte.

Terças, quintas e sábados são, na Península, dias de futebol. Os peladeiros reúnem-se todas as semanas para bater uma bolinha e jogar conversa fora. Para

agregar filhos e esposas, os jogos deram origem a no-vos eventos que não se limitam aos gramados e man-têm o clima de camaradagem buscado e conquistado pelo grupo em campo.

Um dos fundadores da pelada dos adultos e da infan-to-juvenil, o presidente da Comissão de Futebol Luis Claudio, morador da Península há três anos e pela-deiro há dois anos e meio, afirma que “a ideia partiu da necessidade de realizar eventos e atividades que reunissem e aproximassem os moradores, já que nem todos se conheciam. E deu certo. Com as peladas e os eventos criados a partir dela, está todo mundo intera-gindo, de 3 meses a 65 anos de idade”.

ENCONTRO | PELADEIROS

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 200930

Luis Claudio,

presidente da Comissão de Futebol

Atualmente, participam, só na pelada de

terça, cerca de 30 moradores, fora os

visitantes. A procura é grande, e as esposas

dos atuais titulares asseguram que mesmo

as brigas durante a partida são logo resol-

vidas, dentro ou fora de campo, e prevalece

a união.

Page 31: Revista Península Nº 6

Em c

ampo

Amigos, família, vizinhos... Cabe todo mundo no futebol da Península. Cabem também a alegria e a descontração. E aí é só correr para o abraço.

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 2009 31

ENCONTRO | PELADEIROS

ROBERTO FONTOURAComerciante, 46 anos

Morador da Península há um ano e jogador das peladas de terça-feira há dez meses, Roberto afirma que “o entrosamento é ta-manho que, além de jantares, chegamos a viajar juntos; o relacionamento em cam-po foi estendido para fora dele. O Próximo evento do grupo será a noite do crepe”.

CÁSSIO RENÊEngenheiro, 48 anos

“90% da minha decisão de vir para Pe-nínsula foi tomada em função do campo”, afirma Renê, morador há 3 anos e meio e peladeiro da Península. Para ele, a pelada é a oportunidade de encontrar um grupo que, como todo outro, possui virtudes e defeitos, mas no qual as afinidades so-bressaem. “A melhorar só a disposição de algumas esposas em deixarem os maridos jogarem todos os sábados, brinca Renê”.

NASIL CALDAS54 anos, empresário

Há três anos morador e jogador, Nasil faz parte da comissão de esporte e é o respon-sável pelas peladas de quinta. Em semana que sobra disposição, joga às terças, quin-tas e aos sábados. “A turma é unida, inte-grada. Eu vejo as peladas como a chance de uma atividade em família. Não só com os eventos fora do campo, mas também, porque às quintas, dá para jogar pai e fi-lho, quando a faixa etária permitida é de 18 anos para cima.”

LUCIANO MAIACoronel da Polícia Militar, 56 anos

Maia joga há um ano e três meses e, mes-mo contundido, não deixa de comparecer às peladas. Para ele, “hoje há estabilidade e integração no grupo - tanto como joga-dores, quanto como moradores - e o meu objetivo de mudança para a Península era esse. Além da segurança, integração e companheirismo.”

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ArenaESPORTE | ENSAIO FOTOGRÁFICO

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 200932

Há, na Península, um ar de arena, no qual seus gladiadores do século XXI demonstram sua força e sua explosão impressas nos esportes, seja ele futebol, futevôlei ou tênis. Há o embate, a força e, na modernidade, a alegria de encontrar o amigo, o vizinho, o parceiro de partida. A luta, aqui, é por um jogo que renove as energias e

descanse a alma.

Emcampo…

Os guerreirosem campo!

Elasticidade, força, destreza. Hugo em

combate.

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 2009

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Existe alguma ação da ASSAPE sobre o assunto Laudêmio?Resposta: A ASSAPE, em conjunto, com os incorpora-dores contratou o Dr. Nicodemus, advogado que obte-ve êxito na ação do Jardim Oceânico. A ação será para desconstituição do direito da União Federal cobrar o Laudêmio aos proprietários da Península.

Estou encontrando dificuldades em utilizar os ônibus de mo-rador/funcionários da Península, embora como moradora eu tenha este direito, já fui hostilizada por funcionários que jul-gam ser donos dos veículos. Peço providências.Resposta: A ASSAPE tem conhecimento sobre este tipo de incidente em alguns horários. Já foram instaladas câme-ras no interior dos veículos, desta forma já foram identi-ficadas 3 pessoas com conduta inadequada dentro do ônibus. Informamos aos seus contratantes, solicitando providências. Estas orientações devem ser passadas pe-los contratantes a seus funcionários e a ASSAPE fará a fiscalização para que tais problemas não mais se repitam.

Senhores, quando enfim teremos as escolinhas para nos-sos filhos? Resposta: A necessidade de efetuar todo e qualquer tipo de contratação de forma mais clara possível faz com que, às vezes, ocorra uma certa demora. Porém para janeiro já devemos ter as Escolhinhas de Futebol e de Tênis a pleno vapor, estaremos divulgando ainda este mês as datas de início. O que pode ser feito para eliminarmos o barulho terrível provocado pelas cigarras?Resposta: Seguindo orientação do biólogo Cláudio Henrique Pereira, a empresa ECOLAB iniciou neste mês um tratamento com produtos biológicos e alter-nativos para diminuir a proliferação desses insetos. Nos próximos dias já se perceberá a diminuição.

REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 200936

Você pergunta e a ASSAPE responde

?

ASSAPE RESPONDE

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ASSAPE RESPONDE

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REVISTA PENÍNSULA | DEZEMBRO 200938

INFORME ASSAPE

Informe ASSAPE Pelada dos Moradores

Atenção para o novo horário. A Península já possui horários reservados para pelada de moradores:

MASTER (acima 45 anos) Terças-feiras das 19h às 22h

ADULTOS (acima de 18 anos) Sábados e Domingos das 8h às 13hQuartas e Quintas-feiras das 19h às 22h

ADOLESCENTES (entre 14 e 17 anos) Sábados das 14h30 às 17h30

INFANTIL (entre 09 e 13 anos) Sábados das 17h30 às 19h

Olha a balsa aí, gente!A balsa da Península já é re-alidade. Para utilizá-la é ne-cessária a sua carteirinha, a mesma do ônibus.Horário: De terça a Domin-go, das 7h às 19h.

Gatos, lindinhos

Ajude a proteger e a cuidar dos felinos.

Desde a criação da ASSAPE, a Associação

alimenta os gatos que vivem na Península.

Em outubro, foi iniciado o programa de es-

terilização, no qual 40 animais já passaram

pelo procedimento cirúrgico. Se você gosta

de animais domésticos, adote um bichano.

Informações na ASSAPE.

Colônia de Férias

A meninada vai adorar. Vem aí

a 3ª Colônia de Férias do Mato-

so. Muita brincadeira, diversão,

passeios e tudo com total segu-

rança. Quer saber mais? Passe

na ASSAPE.

Turma do ChurrascoA ASSAPE já possui churrasqueiras para a utilização nos apoios.

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Com orgulho posso dizer que a ASSAPE completou um ano! A sua criação foi um sonho de todos os mora-dores e um processo de amadurecimento na gestão

da Península. Administramos uma estrutura complexa, com uma área equivalente ao Leblon. Hoje, residem na Península 1.700 famílias e, se considerarmos também os que ainda não moram aqui, podemos afirmar que temos um universo em torno de 15 mil pessoas que circulam em nossa área comum. Muitas vezes não percebermos essa grandiosidade, isso porque, contamos com nossos cola-boradores diretos, prestadores de serviços e um número enorme de moradores apaixonados pela Península que atuam como síndicos, conselheiros comunitários, mem-bros de comissões e tantos outros que de forma pontual participam da gestão. Sendo assim, por trás de tudo isso, exercemos um árduo trabalho logístico para que tudo fun-cione ordeiramente e qualitativamente, oferecendo uma rotina de modo a não interferir na sua vida ou na da sua família, garantindo o bem-estar.

Pois bem, temos certeza que a Península está crescen-do. Em 2008, a taxa média de ocupação era de 63% e tínhamos 12 condomínios instalados num total de 1.176 famílias. Atualmente, essa taxa subiu para 70,25%. Este aumento de mais de 7% em apenas um ano nos mostra que as metas da ASSAPE também precisam crescer, man-tendo a presteza, agilidade e eficiência no atendimento a cada morador. Daqui a pouco, em 2010, outros condomí-nios serão instalados, como Saint Barth, Saint Martin e Via Privillege e novas famílias chegarão a esse nosso espaço tão privilegiado.

Quando nós da ASSAPE nos responsabilizamos pela admi-nistração, assumimos o compromisso de priorizar a par-ticipação do morador na gestão e conferir transparência ao processo da administração em todos os níveis. Por isso foram criadas as Comissões, para que todos pudessem se envolver diretamente neste processo, desde a identificação dos problemas, passando pelas dificuldades na aprovação dos projetos, até o direcionamento de suas soluções.

Em um ano todos os conselheiros comunitários, comissões

e administração ASSAPE, evoluíram no conhecimento do processo, buscando a melhoria contínua. Erros acontece-ram, mas com certeza os acertos foram maiores.

Na última reunião do Conselho Comunitário realizada na primeira quinzena de dezembro, avançaram muitas ques-tões de gestão e otimização de recursos sem acréscimo de despesas aos moradores. Foi aprovada a melhoria da manutenção, do transporte, do sistema de relacionamento com as demandas dos moradores; a contratação de um advogado especialista em Laudêmio, que lutará por nossos direitos (sem custo direto); a contratação de supervisores de transporte, de manutenção e de atividades esportivas; o início da balsa, dentre outros. A reunião foi absolutamen-te participativa e proveitosa a todos e esperamos, em mui-to pouco tempo, sentirmos as diferenças.

Estas modificações aprovadas nos tornará mais ágeis nas decisões e soluções. Você terá a efetividade da pronta res-posta, do apoio permanente de seu conselheiro comunitá-rio e da ASSAPE.

É importante entendermos que administramos inúmeras atividades fundamentais e de interesses diversos, tais como: o transporte com mais de 8 mil usuários, a constru-ção e a manutenção de meio-fio, calçamento e quadras, a manutenção de praças, trilha ecológica, portarias, rede elétrica e quiosques, a recreação, o controle da população de animais, a montagem de eventos para todas as idades, a rede Peninsulanet, enfim, uma gama de atividades des-tinadas à coletividade que aumenta diariamente motivada pelo próprio crescimento da Península.

Afinal de contas, a ASSAPE foi criada por nós, com esta finalidade. É nosso trabalho serví-lo e, para isto, contamos sempre com a valorosa colaboração e participação de to-dos.

Neste fim de ano, desejo em nome de todos da adminis-tração ASSAPE, Um FELIZ NATAL, Felicidade e Sucesso a todos neste ano que se inicia.

Até a próxima!

Acesse meu blog: www.osergiolopes.com.br, clique no link Península. Sergio Lopes é empresário da área de Meio Ambiente, pai de três filhos, vice-presidente da ASSAPE e um apaixonado pelo planeta.

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BLOG DO VICE-PRESIDENTE

O seu conforto, o nosso trabalho. A sua participação e sua satisfação, a nossa recompensa...

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Um pouco de história

O café é originiário da Etiópia e ganhou o mun-do através do Egito e da Europa. Conta a lenda que um pastor chamado Kaldi, observando as

suas cabras, percebeu que elas ficavam mais ativas ao comer folhas e frutos do cafeeiro. Ele provou do fru-to e também se sentiu mais esperto. Essa informação correu o vilarejo e um monge da região, começou a usar a infusão para afastar o sono durante as orações. Bom, deixando lenda e histórias para trás, sabemos que o café impulsinou a nossa economia, ganhou o gosto popular e é consumido na grande maioria dos lares brasileiros. Segundo a Wikipedia, o café é a be-bida mais consumida no mundo, cerca de 400 bilhões de xícaras são servidas por ano.

De vilão a mocinhoA ABIC – Associação Brasileira da Indústria do Café informa em seu site que o café não é remédio, mas a comunidade médico-científica já considera a planta como funcional (previne doenças mantendo a saúde) ou mesmo nutracêutica (nutricional e farmacêutico). Isso porque o café não possui apenas cafeína, mas também potássio, zinco, ferro, magnésio e diversos outros minerais, embora em pequenas quantidades. O grão do café também possui aminoácidos, proteí-nas, lipídeos, além de açúcares e polissacarídeos. Mas, o principal segredo: possui uma enorme quan-tidade de polifenóis antioxidantes, chamados ácidos clorogênicos. Durante a torra do café, esses ácidos clorogênicos formam novos compostos bioativos: os quinídeos. É também nessa etapa, que as proteínas, aminoácidos, lipídeos e açúcares formam os quase mil compostos voláteis responsáveis pelo aroma ca-racterístico do café. É toda essa composição que faz do café uma bebida natural e saudável.

CAFÉ

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Café

Na edição passada, citamos Drummond, “A vida necessita de pausas”. Essa forma doce de olhar para si mes-mo e perceber que precisamos de um tempo para desfrutar a vida. A grande maioria dos moradores da Pe-nínsula têm essa visão e, por isso mesmo, escolheram esse espaço como morada. São pessoas que buscam

essa qualidade, essa forma leve de usufruir do que de melhor a vida oferece. Nessa edição, vamos falar de um delicioso grão, o nosso café.

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Simples ou sofisticadoO cafezinho tomado no balcão do bar ou em uma casa especializada é puro prazer. E para os amantes do re-quinte e de grãos especiais, os baristas - profissionais especializados em cafés de alta qualidade -, conse-guem oferecer aquela xícara perfeita, que exala o aro-ma da boa bebida e estimula os sentidos. O barista está para o café como o sommelier está para o vinho.

Cappuccino Bebida italiana, o cappuccino é preparado com café expresso e leite. Um cappuccino clássico consiste em um terço de café expresso, um terço de leite va-porizado e um terço de espuma de leite vaporizada. Variações populares do cappuccino como o café latte e o macchiato consistem basicamente na alteração destas proporções. O uso de chocolate em pó no ca-ppuccino é uma prática comum no Brasil, mas não faz parte da receita tradicional.

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CAFÉ

Gostoso e ainda faz bem, a combinação não podia ser mais

preciosa.

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Além da qualidade do café expresso, o elemento mais importante para a preparação do cappuc-cino é a textura e temperatura do leite. Quan-

do um barista vaporiza o leite para o cappuccino, cria uma “microespuma” ao introduzir pequenas bolhas de ar no leite, conferindo a ele uma textura aveludada, cremosa e brilhante, sem no entanto, deixá-lo com bo-lhas na superfície.

Simples como o famoso pingado, ou sofisticado com grãos especiais e receitas diferentes, o café é unani-midade nacional, e para fechar o tema, uma receita deliciosa e fácil de preparar.

CAFÉ

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PONCHE DE CAFÉ Ingredientes:

- 4 pedacinhos de chocolate meio amargo

- Açúcar a gosto

- 4 colheres de creme de leite

- 4 xícaras de café bem forte

- Chantilly, canela e cacau em pó

- Raspas de laranja

Modo de preparo:

Derreter o chocolate, o açúcar e o creme de leite em fogo brando. Juntar o café e levar ao fogo sem deixar ferver. Colocar em xícaras grandes. Guarnecer com chantilly e sobre ele colocar canela, cacau em pó e raspas de laranja.

Fontes: ABIC e Wikipedia

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