revista o engenheiro - 101

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Nº 101 | Dezembro de 2009 Publicação do SENGE-RS Assistência Técnica e Extensão Rural: SENGE-RS assume protagonismo Diretorias Regionais recebem apoio total PÁGINA 10 PÁGINA 6 PÁGINAS 8 E 9 PÁGINA 12 Retrospectiva 2009: um ano passado a limpo Retomada do Retomada do crescimento crescimento impulsiona a impulsiona a Engenharia Engenharia no Brasil no Brasil

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Retomada do crescimento impulsiona a Engenharia no Brasil

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Page 1: Revista O Engenheiro - 101

Nº 101 | Dezembro de 2009Publicação do SENGE-RS

Assistência Técnica e Extensão Rural: SENGE-RS assume protagonismo

Diretorias Regionais recebem apoio total

PÁGINA 10

PÁGINA 6

PÁGINAS 8 E 9

PÁGINA 12

Retrospectiva 2009: um ano

passado a limpo

Retomada do Retomada do crescimento crescimento impulsiona a impulsiona a

Engenharia Engenharia no Brasilno Brasil

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Dezembro 2009 | O ENGENHEIRO 3

EDITORIAL

SUMÁRIO

A crise econômica do fi nal de 2008 interpôs às organizações um sinal de alerta em escala planetária. A impressionante volatilização de ativos e a consequente retração dos mercados colocaram em cheque planos de desenvolvimento e expansão sem distinção de segmento. Iniciávamos naquele exato momento uma nova gestão a frente do Sindicato dos Engenheiros, munidos de ideias, coragem e força de vontade, ingredientes indispen-sáveis, porém insufi cientes para a superação dos desafi os inerentes à ação sindical. Neste sentido, o Planejamento Estratégico construído com ampla participação dos novos dire-tores, estabeleceu uma linha de prioridades para o futuro da entidade, para curto, médio e longo prazo. Com satisfação podemos afi rmar que o cronograma e as ações ali defi nidas encontram-se hoje em pleno andamento, com resultados já percebidos de maneira clara pela categoria. Alguns exemplos: ampliamos conquistas trabalhistas para os profi ssio-nais, com a participação cada vez mais decisiva em negociações e acordos coletivos; os planos de fortalecimento dos polos regionais vêm contribuindo em muito para o processo de descentralização proposto, com destaque tanto para a integração efi caz de novas e tradicionais lideranças, quanto para a presença do sindicato em toda a base territorial. Da mesma forma, é crescente a importância do SENGE-RS na abordagem das pautas de interesse da engenharia, da sociedade, e por consequência, da cadeia produtiva. Ampliam-se os serviços oferecidos aos sócios, o que favorece novas adesões.

Assim, considerando os indicadores macroeconômicos já disponibilizados, vislumbra-mos para 2010 um cenário de retomada do desenvolvimento para nossa atividade, a par-tir do revigoramento do setor privado da engenharia, para o qual o SENGE-RS volta-se com vigor. A lamentar, no entanto, o agravamento do quadro de penúria enfrentado pelo setor público no Rio Grande do Sul, onde o Governo do Estado, na busca do equilíbrio fi scal, reduz de maneira cada vez mais dramática sua capacidade de investimento. Resul-tado disso, o quase sucateamento de instituições como Emater-RS, Metroplan, Cientec, Fepam, entre outras, provedoras do conhecimento indispensável ao crescimento, nota-damente nas áreas da agricultura, transportes, logística, mobilidade urbana, pesquisa e desenvolvimento em C&T e meio ambiente. Como sempre, será compromisso do Sindicato dos Engenheiros assumir seu papel, oferecendo denúncia e propondo soluções, como por exemplo, a organização do Seminário de ATER Pública em outubro último em Gramado.

Superando difi culdades e priorizando o atendimento aos associados sob a forma de uma efi ciente plataforma de serviços, o Sindicato dos Engenheiros projeta-se ao futuro, munido de modernas ferramentas de planejamento e gestão corporativa. O lançamento em novembro de 2009 do novo Portal do SENGE-RS na internet, in-teiramente voltado à informação, à participação e aos serviços, consolida e ratifi ca a decisão de investirmos em tecnologia e comunicação, como forma de alcançarmos a dimensão que toda a categoria projeta para sua entidade. A edi-ção de nº 101 de O Engenheiro reproduz uma parte deste trabalho.

Boa leitura.

Entrevista ....................................................................................

Diretorias Regionais ....................................................................

Sustentabilidade ..........................................................................

Capa: Perspectivas 2010 na Engenharia .....................................

ATER .......................................................................................

Novo Portal .............................................................................

Retrospectiva 2009 .................................................................

Serviços ...................................................................................

Infraestrutura .........................................................................

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Publicação do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio Grande do Sul

DIRETORIAGestão 2008 - 2011

Diretor PresidenteJosé Luiz Bortoli de AzambujaDiretores Vice-PresidentesFermin Luis Perez CamisonJoel FischmannNelson Antônio BaldassoValery Nunes PugatchJosé Claudio da Silva SiccoPaulo Ricardo Castro OlianoDiretor AdministrativoJorge Luiz GomesDiretor Administrativo AdjuntoFlávio Abreu CalcanhottoDiretor FinanceiroNilo Antônio RigottiDiretor Financeiro AdjuntoNelso Volcan Portelinha

DIRETORESMiguel Antonio Pompermayer, Jorge Afonso Souto Severo, Rodrigo Zanella, Elton Luiz Bortoncello, José Homero Fi-namor Pinto, Julio Cesar Volpi, Lino Geraldo Vargas Moura, Marcos Fernando Uchôa Leal, Francisco Carlos Bragança de Souza, Pedro Augusto Loguércio Bittencourt.

REPRESENTAÇÃO JUNTO À FNEMarcos Newton Pereira e Córdula Eckert.

CONSELHO FISCALLuiz Inácio Camargo Gré, Rogério Corrêa Fialho, Lino Iva-nio Hamann, João Carlos Felix, Gilberto José Capeletto e Cléo José Tessele.

CONSELHO TÉCNICO CONSULTIVO Miguel Jorge Palaoro, Pedro Silva Bittencourt, Augusto Cesar Correa Franarin, Carmem Lúcia Vicente Níquel, Cló-vis Santos Xerxenevski, David Borile, David Turik Chazan, Jayme Tonon, Lilian Bercht, Jairo Antonio Karnas, Jorge Silvano Silveira, Mário Luiz Gerber, Marco Antonio Kappel Ribeiro, Rui Dick e Vinícius Teixeira Galeazzi.

DIRETORIAS REGIONAISRegião CentralJosé Vilmar Viegas, Luiz Antônio Rocha Barcellos e Wa-shington Luis Marques Lencina.Região Alto UruguaiGilberto Rodrigues Jaenisch e Luiz Pedro Trevisan.Região PlanaltoEdival Silveira Balen e Nildo José Formigheri.Região NoroesteLuis Carlos Cruz de Melo SerenoRegião SerraCedamir Poletto e Orlando Pedro Michelli.Região SulCláudio Marques Ribeiro, José Antônio Nunes Torrescasana Filho, José Francisco Lopes e Jorge Luiz Saes Bandeira.Região MetropolitanaArmando Luiz Rezende Junior, Augusto Portanova Barros, Carlos Carpena de Coitinho, Cezar Henrique Ferreira, Janice Ariane Heineck, João Carlos Bicca, Jorge Luiz Giulian Mar-ques, Luiz Alberto Schreiner, Luiz Carlos Dias Garcia, Mo-acir Fischmann, Paulo Carvalho Laydner e Roberto Arpini.Região LitoralAlceu Kras DimerRegião Fronteira SudoesteLeopoldo Pires Porto Neto, Lulo José Pires Corrêa e Mário Cezar Macedo Munró.Região Fronteira OesteMaria Rosane Renck

Jornalista ResponsávelFernando Antunes – Mtb 11.142

EstagiáriasBruna Garbin e Jamylle Moraes

Projeto Gráfi coMartins+Andrade

DiagramaçãoCarlos Ismael Moreira

ImpressãoGráfi ca Pallotti

Tiragem40.000 exemplares

SENGEAv. Erico Veríssimo, 960CEP 90160-180Porto Alegre/RSFone: (51) 3230-1600Fax: (51) [email protected]

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4 O ENGENHEIRO | Dezembro 2009

cos da gestão. Como providência inicial, abrimos as reuniões de diretoria, trans-formando-as em reuniões de trabalho semanais. Outra ação foi estimular o funcionamento de todas as instâncias do sindicato. Começamos com o Conselho de Representantes, depois implementa-mos o funcionamento do Conselho Téc-nico Consultivo, que até então não tinha

por hábito se reunir, e por fi m mobili-zamos também o Conselho Fiscal, para que se reunisse não apenas nas situa-ções previstas no regimento, mas tam-bém permitindo pró-atividade. Também realizamos o primeiro encontro entre diretores regionais, de forma a elencar prioridades por região e desenvolver ações mais focadas. Por fi m, remodela-

Como você avalia seu primeiro ano à frente do SENGE-RS? Foi possível cumprir o planejado até aqui?

Faço um balanço extremamente po-sitivo. Iniciamos a gestão com o plane-jamento estratégico, elaborado com a participação de todo o quadro diretivo do Conselho de Representantes, que defi niu as linhas estratégicas de atuação desde o começo da gestão. Tivemos, na sequência, a implementação de várias parcerias na qualifi cação profi ssional, como foi com a ABES (Associação Brasileira de En-genharia Sanitária e Ambiental), com o SEBRAE-RS (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), com a UFRGS e com a PUCRS. Também colocamos o sin-dicato no contexto dos temas relevantes para a engenharia e para a sociedade, o que nos rendeu solicitações e demandas de representação em variadas comissões e grupos de trabalho nas Câmaras Muni-cipais e na Assembleia Legislativa do Es-tado. Paralelamente, conseguimos manter as negociações que já realizávamos, com perspectivas de ampliação e melhoria na qualidade destas negociações em 2010. O crescimento destas demandas, inclusive, nos obrigou a trazer para nossos traba-lhos diários mais dois colegas de diretoria com tempo integral.

Você e sua diretoria assumiram propondo uma postura ética e trans-parente. Como isso pode ser percebido no cotidiano do sindicato?

Desde o primeiro momento a trans-parência e a ética são princípios bási-

Passada a crise econômica, o mo-mento é de expectativa no setor produ-tivo. Para o diretor presidente do Sindi-cato dos Engenheiros no Rio Grande do Sul (SENGE-RS), José Luiz Azambuja, é hora da categoria buscar qualifi cação para tirar melhor proveito da situação. Nesta entrevista, ele fala sobre como o sindicato pode ajudar os profi ssionais neste novo reposicionamento de mercado, e faz um balanço geral dos seus primeiros 18 meses de gestão.

ENTREVISTA

Qualifi cação, presença e representatividade farão o SENGE-RS crescer ainda mais em 2010

“A identidade visual refl ete este novo momento, mais interativo, mais

aberto e transparente”

Azambuja: “colocamos o sindicato no contexto dos temas relevantes para a

engenharia e para a sociedade”

mos todas as nossas ferramentas de co-municação e interação, a começar pelo portal (www.senge.org.br), que agora dispõe de um fórum de discussões, que serve como canal direto para livre ma-nifestação dos associados, assim como uma seção para dicas e esclarecimento de dúvidas frequentes. O conteúdo tam-bém foi ampliado na parte institucional e de notícias. Acrescentamos novas seções para sócios, empregos e oportunidades, acordos e convenções coletivas, palestras e textos técnicos e disponibilizamos uma biblioteca virtual. Ou seja, foi uma refor-mulação total para melhor atender aos nossos associados.

O SENGE-RS apresenta uma nova identidade visual, uma nova logomar-ca. Com que objetivos esta identidade foi pensada e criada?

Esta mudança se baseia numa pes-quisa de atualização de perfil dos enge-nheiros em todo o Estado, que o sindi-cato contratou junto à UFRGS. Um dos aspectos deste levantamento apontou que a marca “SENGE-RS” não dizia absolutamente nada a quase 80% dos entrevistados, o que nos surpreendeu e preocupou de forma alarmante. Estes

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resultados nos levaram a deliberar so-bre a necessidade de adotar uma políti-ca de comunicação. A identidade visual reflete este novo momento, mais intera-tivo, mais aberto e transparente. Jun-to a esta identidade e a nova postura comunicacional, ampliamos a presença no dia a dia dos profissionais represen-tados, que agora podem acompanhar e participar ativamente das atividades do sindicato.

Como esta participação interfere nas decisões tomadas pela diretoria?

Diversos produtos nasceram desta participação. Melhoramos alguns servi-ços e criamos novos, como o E-Pharma, que dá descontos em medicamentos, e o Plano odontológico Uniodonto. Também foi ampliada a Assistência Jurídica, que agora presta orientação gratuita em nos-sa sede. As sugestões dos colegas tam-bém são importantes para elaborarmos os cursos de aperfeiçoamento que temos oferecido, que têm agregado valor aos currículos.

A valorização da questão ambiental pode se tornar algo permanente nas políticas do sindicato?

Isto já se tornou realidade. Firmamos uma excelente parceria com a ABES para diversas palestras e cursos volta-dos para temas técnicos relacionados à questão ambiental. Implantamos ainda no dia a dia do SENGE-RS uma política de gestão sustentável, que aponta onde podemos melhorar nossas rotinas de uma forma mais condizente com a ideia de responsabilidade ambiental. Por fi m, a preocupação ambiental tem levado o sindicato a se manifestar publicamente sobre o tema em diversas discussões em âmbito regional, estadual e federal. A ideia é contribuir para que o SENGE-RS se torne referência na abordagem deste tema, o que já podemos ver nos convites que o sindicato tem recebido para com-por conselhos e grupos temáticos no Es-tado e municípios.

Este ano foram ampliadas as op-ções de qualifi cação profi ssional no SENGE-RS. O que a categoria pode es-perar daqui pra frente? Isto é momen-tâneo ou já faz parte de uma política consolidada do sindicato?

É uma questão consolidada. Enten-demos que a atuação sindical deve ser voltada para o conjunto dos interesses dos profi ssionais. Existem estudos que

dizem que um engenheiro precisaria re-ciclar os seus conhecimentos a cada seis anos, no mínimo, para se manter atua-lizado no mercado. E o sindicato pode e deve oferecer uma política de qualifi -cação permanente. Nós já dispomos, na sede do SENGE-RS, de diversos espaços que foram montados pensando nisto. Agora estamos consolidando convênios com diversas instituições de ensino, para sermos parceiros neste processo. Nos-sa intenção com este tipo de iniciativa é fortalecer a categoria não só com co-nhecimento, mas com organização. Estes cursos são uma forma de nos mobilizar-mos para que a engenharia continue a liderar o desenvolvimento do Brasil. A tão falada e buscada valorização profi s-sional só será realidade para os profi s-sionais competentes e qualifi cados, para isso estamos fazendo a nossa parte.

O sindicato pretende levar estas mesmas iniciativas para o interior? O que tem sido feito junto às diretorias regionais neste sentido?

No começo do ano realizamos a pri-meira reunião entre os diretores regionais do sindicato. Várias destas lideranças conseguiram operacionalizar as ativida-des que planejamos. Assim, realizamos em Bento Gonçalves, por exemplo, uma ação conjunta com outras entidades lo-cais da área tecnológica, onde tratamos da valorização profi ssional junto à pre-feitura da cidade. Desenvolvemos cursos em Rio Grande, como a palestra técnica sobre gerenciamento de custos em cons-trução civil, dentro da Semana Acadêmi-ca da FURG (Universidade Federal de Rio Grande). Proferimos palestras em diversas universidades, enfi m, a atuação do sindicato está diretamente vinculada à atuação dos diretores regionais. Espe-ramos que em 2010 possamos dar mais apoio a este trabalho e, dependendo dos

“A tão falada e buscada valorização

profi ssional só será realidade para

os profi ssionais competentes e qualifi cados”

resultados, é possível se pensar em am-pliar nossa presença no interior, até mes-mo com uma sede física em determinada região, porque não? Mas isto vai germi-nar, eu repito, a partir do trabalho que nossos diretores consigam realizar em suas localidades.

O Engenheiro: O que os engenhei-

ros podem esperar desta gestão para 2010?

A área da engenharia está muito aquecida. Com isto, estamos buscando uma intensa aproximação com as outras entidades da engenharia com vistas a alavancar o desenvolvimento do Esta-do. Hoje nós estamos num processo de construção com entidades do setor tec-nológico preocupadas com o desenvol-vimento sustentável do Rio Grande do Sul. Estas parcerias vão gerar muitas atividades, cursos e ações, que trarão enormes resultados à categoria dos en-genheiros. O ano de 2010 será um ano de maiores investimentos na qualifi ca-ção profi ssional, de busca da consolida-ção de produtos e serviços recém lan-çados, bem como novas possibilidades. Queremos ocupar os espaços políticos de participação da sociedade nos vários fóruns existentes, procurando contribuir com o nosso conhecimento técnico na construção de soluções viáveis para os inúmeros problemas que enfrentamos no cotidiano. E acima de tudo, vamos trabalhar na qualifi cação e ampliação das negociações coletivas de trabalho. Estas serão nossas prioridades para os próximos 12 meses, pois acreditamos que isto vai gerar um resultado positivo para o sindicato e para toda a categoria que representamos.

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6 O ENGENHEIRO | Dezembro 2009

O Sindicato dos Engenheiros no Rio Grande do Sul (SENGE-RS) registrou um aumento signifi cativo no número de associados no interior do Estado. Este crescimento se deve à maior atuação das diretorias regionais da entidade nas dife-rentes localidades, que buscaram identifi -car as necessidades da categoria, respei-tando as peculiaridades de cada região. Isto permitiu o desenvolvimento de ações de maior interesse.

A estratégia começou a ser plane-jada ainda durante o primeiro encon-tro entre as lideranças regionais da categoria, realizado no início de 2009, em Gramado. Por meio de suas dez regionais, o sindicato identificou pos-síveis parcerias que pudessem auxiliar nesta intensificação de ações fora da região metropolitana.

Fomentar os produtos e serviços que o sindicato dispõe aos associados tam-bém passou a ser prioridade. A criação do novo portal, a facilidade de acesso às informações e a velocidade em res-ponder aos engenheiros acelerou este processo. A Engenheira Química Sinara Toazzo, de Nova Bassano, por exemplo, recebeu informações sobre o SENGE-RS por meio da internet e resolveu se

Reconhecimento no interior

DIRETORIAS REGIONAIS

sindicalizar. “Trabalho em uma empre-sa de metalurgia em Caxias do Sul e não posso ficar me deslocando. Quando descobri que era possível fazer tudo via internet e correio, o processo ficou fá-cil”, revela.

Para o diretor da Regional Planalto, o Engenheiro Civil Edival Balem, profi s-sionais como Sinara fi cam mais interes-sados no trabalho do sindicato quando têm acesso à informação. Ele destaca o grande número de contatos que recebeu

depois de uma palestra sobre Previdên-cia Social com o Advogado do SENGE-RS, Dr. Renato Von Mühlen, realizada em Passo Fundo. “A palestra serviu não apenas para manter os colegas atualiza-dos com as novas regras estabelecidas pelo Governo Federal, mas mostrou que o SENGE-RS pode ser um canal de atuali-zação para todos os assuntos de interesse da categoria”, acrescenta.

Desenvolver parcerias com as univer-sidades para buscar uma aproximação com os futuros engenheiros do interior também faz parte do planejamento. Com isto, o SENGE-RS procurou aten-der convites de diversos cursos de gradu-ação do Estado, como ocorreu durante a Semana Acadêmica da Universidade Federal de Rio Grande (FURG), em que o presidente do SENGE-RS, José Luiz Azambuja, e o diretor da Regional Sul, o Eng. Civil Jorge Bandeira, realizaram uma palestra técnica para 200 alunos. “Temos 13 cursos de engenharia aqui na região, o que nos impõe o dever de levar a missão do sindicato para conhe-cimento desses futuros profi ssionais”, lembra Bandeira.

A atuação no meio universitário foi prioridade na Regional Sul. “Além das palestras já programadas, estamos em negociações com 12 cursos de engenha-ria, divididos entre a Universidade Fede-ral de Pelotas (UFPEL) e a Universida-de Católica (UCPEL)”, enfatiza o Eng. Agrônomo José Francisco Lopes, membro da diretoria regional.

O Sindicato dos Engenheiros no Rio Grande do Sul (SENGE-RS), por meio de assembleia, defi niu os valores da anuidade para 2010. Confi ra no quadro:

Assembléia Geral defi ne valores das anuidades para 2010

Para dúvidas e informações, acesse o site www.senge.org.br ou ligue para 3230.1600

Contribuição socialVencimento em 31/jan/2010:Sócio efetivo: R$308,00Sócio estudante e conveniado: R$30,80Sócio pensionista: R$154,00

Pagamentos após o vencimento:Multa de 2%, mais juros de 1% ao mês.

Contribuição Sindical:Vencimento em 28/fev/2010: R$139,50

Encontro em Gramado defi niu linha de atuação para o interiorNo detalhe: palestra em Passo Fundo

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Dezembro 2009 | O ENGENHEIRO 7

A gestão dos resíduos sólidos é um dos grandes desafi os ambientais do século 21. Estima-se que, nas metrópoles, cada pes-soa produza um quilo de lixo por dia. Se-gundo o Departamento Municipal de Lim-peza Urbana de Porto Alegre (DMLU), cerca de 80% deste volume se constitui de material reciclável ou reaproveitável.

Preocupado com a questão, o Sindi-cato dos Engenheiros no Estado do Rio grande do Sul (SENGE-RS) criou em 2009 uma política própria de gerencia-mento ambiental, que estabelece diretri-zes internas com o objetivo de reduzir os impactos que sua atividade causa ao meio ambiente.

O plano de ações surgiu a partir de um estudo realizado em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mesmo não identifi cando procedimentos rotineiros de grande im-pacto, o SENGE-RS optou por elaborar a política para servir como referência a em-presários, instituições públicas e privadas, bem como engenheiros interessados em se adequar às normas de sustentabilidade.

Entre as principais ações adotadas neste sentido estão a coleta seletiva, a redução do consumo de água e energia e a manutenção de registros periódicos de consumo, substituicao e adequacao de materiais de uso permanente e equi-pamentos, entre outras. Junto com estas medidas, a direção começa a realizar um forte trabalho de disseminação des-tas ações entre os funcionários, de forma que o sindicato comece 2010 totalmen-te comprometido e engajado com a nova prática.

Para o diretor administrativo do SEN-

Compromisso com o Meio Ambiente

SUSTENTABILIDADE

Primeira turma do curso de Energia Eólica em visita ao Parque Energético de Osório

GE-RS, Jorge Luiz Gomes, a instituição assumiu este compromisso para dar sua contribuição na preservação dos recursos e mostrar que é possível adotar políticas de gestão e produção mais sustentáveis. “O engajamento pessoal e institucional precisa ser cada vez maior para conseguir-mos reverter o quadro de degradação am-biental que estamos vendo progredir ano a ano em todo o mundo”, destaca.

Por uma engenharia sustentável

O Brasil se tornou protagonista na de-fesa do meio ambiente no cenário interna-cional. O País lidera as discussões sobre a redução de gases poluentes e já demons-tra boa vontade em assumir metas que di-minuam as causas do aquecimento global. Isto signifi ca que as indústrias brasileiras terão que buscar soluções para os próxi-mos anos, no sentido de desenvolver mé-

todos de produção menos agressivos.Neste contexto, o SENGE-RS pro-

curou desenvolver uma série de cursos e palestras voltados para a produção de energias limpas e empreendimentos sus-tentáveis. Para isto, buscou parceiros de vanguarda para a elaboração dos conteú-dos, como a Associação Brasileira de En-genharia Sanitária e Ambiental (ABES), a empresa Krebs Sustentabilidade, que trabalha com certifi cações Green Buil-ding de construções sustentáveis, além de professores da UFRGS e pesquisadores da Fundação de Ciência e Tecnologia do Estado (Cientec).

Segundo Gomes, a intenção é ampliar o leque de ofertas. Para tanto, a Gerente da área de cursos, Solange Rossetti, já começou a organizar o calendário 2010. “Contamos com a contribuição e suges-tões de colegas, empresas e usuários para a criação de outros cursos”, enfatiza.

Posicionamento

Ciente de seu compromisso com a ca-tegoria dos engenheiros e com a socieda-de gaúcha, o SENGE-RS também tem se posicionado em discussões públicas rela-cionadas ao meio ambiente. Como no caso do referendo do Pontal do Estaleiro Só, em Porto Alegre, que trouxe à tona um assunto de vital importância para a popu-lação: a forma como a cidade se relaciona com a orla do Guaíba. A entidade mani-festou-se contrária à exploração residen-

cial da área e defendeu o uso comum pú-blico dos territórios que margeiam o lago.

Em âmbito estadual, o sindicato se manifestou contrário a diversos aspectos do Projeto de Lei (PL) 154/2009, que propõe a reformulação da legislação am-biental do Rio Grande do Sul. A diretoria considerou que o momento é inconveniente para decidir sobre a proposta apresenta-da, que deve ser construída a partir de um amplo debate, com as devidas consultas aos órgãos e entidades técnicas e repre-sentativas de proteção ao meio ambiente. Pontal do Estaleiro Só, em Porto Alegre

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8 O ENGENHEIRO | Dezembro 2009

MATÉRIA DE CAPA

O Ministro da Fazenda, Guido Mante-ga, acredita que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresça 4,5% em 2010, o que para ele signifi ca o recomeço de um novo ciclo de crescimento. O cenário não poderia ser melhor para os engenheiros. Economistas dizem que o País já passou pelo pior período da crise. Agora é hora de investir no desenvolvimento. E para isso, é necessário contratar profi ssionais. Projetos nacionais como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), pro-gramas habitacionais, a descoberta do Pré-sal e a aposta no setor privado são os anfi triões da expansão do setor produtivo.

Dados do portal da engenharia da Universidade Federal do Paraná indicam que só os investimentos aprovados pela Petrobrás até 2013, dos quais o Pré-sal é um dos carros-chefes, vão exigir a qua-lifi cação de 207 mil pessoas em 185 ca-tegorias diferentes. Já se todas as obras previstas pelo PAC saírem do papel, vai faltar mão de obra especializada. Seriam necessários 20 mil novos engenheiros em quatro anos. Ou seja, para acompanhar o crescimento do Brasil, as universidades

A vez do setor produtivo

Copa, Pré-sal, PAC, aquecimento da

economia e 30 mil vagas de

emprego. Entenda porque 2010

é crucial para os engenheiros no Rio

Grande do Sul

Construção civil é o segundo setor que mais criou empregos no Estado: 210,3 mil vagas

precisam formar muitos e bons profi ssio-nais, em um curto espaço de tempo.

Para a engenheira e diretora da Fa-culdade de Engenharia da Pontifícia Uni-versidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Maria Cristina Felippetto De Castro, o país precisa de infraestrutura, e a indústria nacional necessita agregar valor tecnológico a seus produtos. “O ce-nário para as engenharias é muito bom, e há fortes indícios de que assim se manterá ao longo da próxima década. A hora da engenharia é agora. Nunca o país preci-sou tanto de engenheiros”, afi rma.

O Rio Grande do Sul pega carona no ritmo nacional. Em outubro o Estado al-cançou o segundo lugar no ranking na-cional em criação de empregos. Segundo informações do Cadastro Geral de Em-pregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2009, o segundo setor que mais criou empregos no RS foi a Construção Civil (210,3 mil), fi cando somente atrás do se-tor de serviços (481 mil), um número que supera o antigo recorde de 2007.

O presidente do Sindicato das Indús-

trias da Construção Civil (Sinduscon-RS), Paulo Vanzetto Garcia, explica que o Estado e o País têm aberta uma gran-de janela de oportunidade demográfi ca. “A maior parte da população está em idade produtiva, o que permite a constru-ção deste cenário favorável aos negócios, principalmente aos ligados à Construção Civil, impulsionada pelo mercado imobili-ário”, acrescenta.

Na opinião do empresário e presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Si-naenco-RS), Edgar Hernandes Cândia, o PAC do Governo Federal e o Défi cit Zero do estadual aqueceram a iniciativa priva-da e a área pública. “O setor da constru-ção civil é o que mais cresce, tanto nas classes de menor poder aquisitivo como nas de maior poder. Só não cresceu mais por falta de projetos. O Estado e o País, de modo geral, precisam urgente de pla-nejamento a curto e longo prazo”, avalia.

Com a preparação para sediar jogos da Copa de 2014, o Rio Grande do Sul co-meça a levantar soluções para problemas antigos como infraestrutura e transporte, o que signifi ca mercado garantido também na área pública. O engenheiro Jayme To-non, membro do Conselho Técnico Consul-tivo do Sindicato dos Engenheiros no Rio Grande do Sul (SENGE-RS), explica que existem vários problemas de saturação do tráfego e conservação das malhas rodo-viárias. “A engenharia deve estar presen-

O mercado está aquecido e é garantia de emprego para profi ssionais de todas as áreas da engenharia. Em tempos de investimentos fortes na infraestrutura do país, já faltam engenheiros para construção civil, mineração e indústria do petróleo. A carreira, que é hoje a segunda mais procurada pelos brasileiros, deve triplicar a oferta de novas vagas no mercado de trabalho já em 2010. Segundo especialistas, nos próximos cinco anos deve ocorrer um verdadeiro “boom das engenharias”.

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SENGE-RS e PUCRScriam especialização

Através de uma pesquisa rea-lizada pelo SENGE-RS em 2008, por meio de seus veículos de comu-nicação, mais de duzentos profi s-sionais engenheiros opinaram e de-ram sugestões sobre a necessidade de conteúdos que complementas-sem o conhecimento técnico ad-quirido na graduação. Diante das manifestações, o SENGE-RS pro-curou a reitoria da PUCRS, que designou uma equipe de professo-res para desenvolver um curso de pós-graduação voltado para a área de gestão estratégica de negócios.

Após seis meses de estudo e análises de mercado, foram defi -nidos quatro eixos para compor o curso. O primeiro módulo abor-da o estudo das ações e atitudes das pessoas nas organizações. Já o segundo, focado na gestão or-ganizacional, explora os conheci-mentos sobre as diversas formas e enfoques de gestão do cotidiano. O terceiro, voltado à área instru-mental, visa o controle operacio-nal, através da área de fi nanças, custos e mercado de capitais. Já o quarto e último módulo aprofun-da a parte estratégica e o desen-volvimento da visão sistêmica e espírito empreendedor.

O pós tem duração de 360 horas-aulas, distribuídas em 24 créditos, com dois encontros sema-nais. As vagas são limitadas e os candidatos associados no SENGE-RS terão preços especiais. As ins-crições começam em dezembro e o inicio está previsto para o mês de maio de 2010. Todas as informa-ções, bem como a forma de inscri-ção, podem ser obtidas no Portal do SENGE-RS ou no da PUCRS (www.pucrs.br/face/cursoslatosensu).

Só os investimentos aprovados pela Petrobrás até 2013 vão exigir a qualifi cação de 207 mil pessoas em 185 categorias

te nos projetos de execução e melhorias destas obras. A demanda por profi ssionais de nível superior e nível médio deverá au-mentar bastante. O mercado realmente é promissor”, acredita Tonon, que também trabalha do Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (DAER-RS).

Empresário do setor de pavimentação e presidente do Sindicato da Indústria de Estradas, Pavimentação e Obras de Terra-plenagem em Geral (Sicepot-RS), o enge-nheiro Athos Roberto Albernaz Cordeiro prevê que se todos os programas e projetos de nível federal saírem do papel, o governo deve contratar em torno de R$ 4 bilhões para melhorar as estradas do Estado até 2010. “Esses números seriam apenas para investimentos federais, fora os programas estaduais e as obras municipais para a Copa. Temos uma expectativa de chegar a 30 mil postos de trabalho formais na área da engenharia no Rio Grande do Sul. Hoje já temos mais de 12 mil postos e isso vai triplicar”, acredia Cordeiro.

As sequelas da crise

Mesmo diante de um quadro otimista para 2010, especialistas e empresários da engenharia acreditam que a crise deixará algumas sequelas devido às perspectivas de desemprego a curto e médio prazo. As contratações de profi ssionais liberais e o crescimento das terceirizações em 2009 é uma delas. A Embraer, por exemplo, que exporta aviões para o mundo todo, cortou cerca de 20% do seu quadro de funcio-nários no auge da crise, o que equivale a 4.200 profi ssionais demitidos, dos quais 300 eram engenheiros. Agora a empresa ensaia uma retomada da produção, po-rém sem a mesma força produtiva.

Para o presidente do Sinaenco-RS, Edgar Cândia, a crise no setor da enge-nharia veio muito antes da crise econô-mica. “O governo deixou de investir em infraestrutura e as empresas esvaziaram. Os profi ssionais migraram e, aos poucos,

estão voltando para o setor”, avalia. Já para o empresário Athos Cordeiro, do Sicepot-RS, a crise já está superada. “O Brasil é a bola da vez no exterior, todo o mundo quer investir aqui”, tranquiliza.

Graduações em alta

A área das engenharias voltou a ser a segunda mais procurada entre os cursos de graduação do País. Nos últimos cin-co anos, dobrou o número de engenheiros que se formam anualmente e a maioria dos formados já saem da faculdade traba-lhando ou com promessa de trabalho. Em alguns casos até sobram vagas, como nos setores naval e de minas.

O Rio Grande do Sul também viven-cia este crescimento. Segundo a diretora da Faculdade de Engenharia da PUCRS, Maria Cristina Felippetto, no vestibular de verão de 2008 os cursos da área ti-veram 38,7% mais inscritos do que em 2007. Em relação à 2006 o crescimento foi de 47,3%. “ A Engenharia Civil é a que tem mais inscritos no vestibular, se-guida pela Mecânica”, afi rma.

Nesta realidade que, de um lado mos-tra avanços e novas oportunidades, e de outro mostra a instabilidade deixada pela crise, os profi ssionais da engenharia precisam se qualifi car para as áreas que são cada vez mais específi cas, com espe-cializações e treinamentos setoriais que supram eventuais defi ciências e desatua-lizações da graduação.

Segundo o presidente do Sindicato dos Engenheiros no Rio Grande do Sul (SEN-GE-RS), José Luiz Azambuja, a evolução tecnológica das engenharias dá um salto de seis em seis anos em média. Ou seja, é muito provável que o que se aprende na faculdade hoje esteja ultrapassado em 2015. “Para não fi car para trás, o engenheiro precisa ter conhecimentos na área de gestão de processos e projetos e também ter fl uência em pelo menos uma língua estrangeira”, recomenda.

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ATER

Mais recursos, valorização profi ssional e fortalecimento das empresas públicas. Estas têm sido as bandeiras do Sindica-to dos Engenheiros no Rio Grande do Sul (SENGE-RS) na defesa da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) gaúcha. De janeiro até agora, o sindicato promo-veu intensas atividades para propor solu-ções ao sistemático desmantelamento que a Emater-RS/Ascar vem sofrendo nos últi-mos anos. Palestras junto às diretorias re-gionais, protestos em parceria com outros sindicatos e a organização do Seminário Estadual de ATER, durante o 26º Con-gresso Brasileiro de Agronomia, realizado no mês de outubro, em Gramado, marca-ram 2009 como o ano da luta pelo forta-lecimento da extensão rural no Estado.

As ações se justifi cam pelos números. Nos últimos quatro anos o orçamento da Emater-RS/Ascar está congelado, após so-frer uma brusca redução em 2006, quando passou de R$ 107 milhões para os atuais R$ 84 milhões. A falta de recursos culmi-nou na demissão de 400 funcionários da empresa em 2007, sendo que mais 100 de-missões ocorreram nos anos seguintes. A gravidade da situação é visível nos escritó-rios no interior. Em mais de 100 municípios a empresa não dispõe de profi ssionais com nível superior, o que desqualifi ca o serviço. Para simbolizar este sucateamento, enge-nheiros e demais trabalhadores, apoiados por seus sindicatos, soltaram 500 balões pretos durante a Expointer 2009 em soli-

Um ano de lutas pela ATER no RS

dariedade aos colegas demitidos.De forma propositiva, o SENGE-RS

elaborou um documento chamado “O Fu-turo da Assistência Técnica e Extensão Rural Pública”, que foi entregue a au-toridades estaduais e federais durante o seminário organizado pelo sindicato em Gramado. “Este trabalho deve ser enten-dido como um conjunto de propostas para viabilizar o fortalecimento da ATER Pú-blica no Estado”, ressalta o presidente do SENGE-RS, José Luiz Azambuja.

O presidente da Associação dos Servi-dores da Emater-RS/Ascar, Gervásio Pau-lus, parabenizou a iniciativa, e enfatizou que a difi culdade crucial da empresa estadual de ATER é de orçamento. “Não podemos fazer mais com menos”, protestou.

O encontro em Gramado também serviu para que a categoria conhecesse e discutis-se a edição da Lei 5665/09, que estabelece a Política Nacional de ATER (PNATER). Na ocasião, fi cou constatado que a propos-ta da União ainda apresenta carências e interrogações. “É necessário garantir um aporte de recursos orçamentários para as empresas estaduais de ATER, que atendem mais de 2,5 milhões de famílias no Brasil. A Lei precisa prever e fortalecer este siste-ma”, defende Azambuja.

A posição do presidente do SENGE-RS foi reforçada durante o seminário pe-los números apresentados pelo diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores da Assistência Técnica e do Setor Público

do Brasil (FASER), o engenheiro agrô-nomo Lino Moura. Segundo ele, mais de dois milhões de agricultores no país estão sem assistência técnica e extensão rural. “As tecnologias da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) não estão chegando a estas famílias por falta de ATER”, ressaltou.

Estudo do SENGE-RS serve de referência em outros estados

O documento “O Futuro da Assistên-cia Técnica e Extensão Rural Pública no RS”, elaborado pelo SENGE-RS com a contribuição de profi ssionais experientes da Emater-RS/Ascar, está servindo de referência para outros estados. “Temos recebido solicitações de todas as regiões do País, o que demonstra a seriedade com que nossa proposta foi recebida”, destaca Jorge Luiz Gomes, Diretor Administrati-vo do sindicato.

O estudo, que faz um balanço da ATER Pública no RS, relata o surgimento das empresas Ascar-RS e Emater-RS, bem como os desafi os que cada governo teve que enfrentar para manter os serviços de assistência e extensão aos pequenos agri-cultores do Rio Grande do Sul.

As peculiaridades da agricultura gaú-cha em relação ao solo, à água, clima, ecossistema e ao ambiente socioeconô-mico em que vivem os produtores, exigem constantes atualizações de conhecimentos e tecnologias. “É fundamental a necessi-dade de investimentos na ATER pública do Estado”, explica Gomes.

O documento foi entregue para re-presentantes do Ministério do Desenvol-vimento Agrário; do Ministério da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento; da Secretaria Estadual de Agricultura, Pe-cuária, Pesca e Agronegócio, e demais au-toridades presentes no 26º CBA, em Gra-mado. Uma versão impressa em forma de cartilha foi distribuída aos participantes.

Também foi aprovado no congresso a moção apresentada pelo sindicato em defesa da ATER Pública. Os conteúdos, tanto da moção quanto da cartilha, estão disponíveis no portal www.senge.org.br.

Mais de 300 profi ssionais participaram do Seminário Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural Pública, em Gramado

Na Expointer, balões lembram os 500 demitidos na Emater-RS

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O Sindicato dos Engenheiros no Rio Grande do Sul (SENGE-RS) agora dis-põe de um canal interativo de comunica-ção com seus associados. Já está dispo-nivel o novo portal do sindicato, que traz inúmeras novidades tanto para a catego-ria dos engenheiros quanto para o público em geral. Além de uma biblioteca virtual, fóruns de discussões, notícias atualizadas e informações completas sobre produtos e serviços, o site foi completamente re-paginado, com um layout mais leve, que permite ao internauta um contato com-pleto. Agora também já é possível soli-citar a emissão de guias de pagamentos, Anotações de Responsabilidade Técnica (A.R.T.), visualização de documentos das últimas conveções sindicais e outras fun-cionalidades, como por exemplo, a possi-bilidade de adesão de novos sócios.

Por meio de um cadastro gratuito, os associados que visitarem o portal terão

Novo portal permite interação dinâmica com o usuário

COMUNICAÇÃO

acesso a áreas restritas, onde é possível compartilhar artigos e publicações téc-nicas, bem como baixar documentos do acervo histórico do sindicato como notas das conveções, jornal O Engenheiro, bole-tins online e busca de notícias por meio de palavras-chave.

O técnico em processamento de dados Louvair Lima, coordenador de TI (Tec-nologia da informação) do SENGE-RS, explica o que considerou mais importante entre as mudanças do site. “Avaliamos to-das as necessidades possíveis do usuário distante da sede. Com isto, procuramos disponibilizar ferramentas que reduzam os deslocamentos dos associados, de for-ma que eles possam interagir com os pro-dutos e serviços do sindicato sem sair de casa”, revela.

Dentro de uma política de participa-ção e transparência, a área destinada ao fórum de discussões serve como importan-

te ferramenta de interação, onde o usuário pode dialogar com membros da direção do sindicato e expressar opiniões sobre diver-sos assuntos relacionados à engenharia.

Louvair acrescenta alguns itens sobre o planejamento do site. “Buscamos tra-zer uma navegação com botões, que fa-cilite, de forma mais intuitiva e natural, o acesso à informação. Também buscamos integrar informações na seção dúvidas frequentes, onde com certeza os usuários poderão sanar muitas questões online”, pontuou o coordenador.

De acordo com estudos relacionados à navegabilidade, realizados pelo Depar-tamento de Consummer Trends e Mídias Sociais da Escola Superior de Propagan-da e Marketing (ESPM), aproximar ho-mem e empresa por meio de serviços on-line é uma forma de contato direto para quem não possui tempo de deslocamento. Para Davi Neves, responsável pelo desen-volvimento do website, essa é uma forma de eliminar distâncias no mundo real.

O novo portal do SENGE-RS foi pla-nejado e detalhado durante oito meses antes de ser disponibilizado na internet. O layout e a programação foram desenvol-vidos pela DZ Estúdio. Para conhecer a nova ferramenta de comunicação do sin-dicato, basta acessar o endereço eletrôni-co www.senge.org.br.

www.senge.org.br

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saram a contar com a participação de cerca de 20 diretores. As contribuições de todos nas decisões demonstram o perfi l de transparência exigido pela categoria na condução da sua entidade representativa. As reuniões sistemáticas do Conselho Téc-nico Consultivo vêm propiciando ao SEN-GE-RS uma participação crescente nos debates junto à sociedade e à categoria. Nesta instância de caráter técnico, estão sendo abordados temas como meio am-biente, agricultura, legislação, mobilidade urbana, logística, Pontal do Estaleiro Só, recursos hídricos, energia, plano diretor, en-tre outros. Ainda no âmbito representativo,

A ação do SENGE-RS em 2009 al-cançou signifi cativos resultados. Amplia-mos a participação nas negociações dos acordos coletivos de trabalho em números e em representatividade. Obtivemos não só a reposição dos índices de infl ação, como também aumentos reais. Avançamos na melhoria das condições de trabalho e nas carreiras dos profi ssionais das empresas como CEEE, Corsan, Trensurb, CGTE,

CRM, e nos acordos com o Sinduscon-RS, Sicepot, Sinaenco, Sindihospa e Secraso.

As conquistas no setor privado e nas empresas de economia mista, lamenta-velmente, permanecem como meta nas empresas mantidas diretamente pelo te-souro do Estado. Os casos da Emater-RS, Fepam, Metroplan e Cientec, situações que demandam incansável dedicação por

O desafi o de fazer cadavez mais e melhor

Crescendo, inovando e enfrentando desafi os com trabalho e

transparência: 2009 foi um ano de muitas realizações. Confi ra os principais pontos desta trajetória

NEGOCIAÇÕES E CONQUISTAS

Compromisso e participação na toma-da de decisões foram responsabilidades assumidas pela atual diretoria do SEN-GE-RS desde a posse em junho de 2008. O desafi o sempre foi dar continuidade ao trabalho realizado pelos antecessores, sem deixar de projetar o futuro da enti-dade. O planejamento estratégico cons-truído coletivamente em agosto de 2008 reitera o caráter participativo proposto pelos novos dirigentes, e estabelece uma rotina de trabalho que contempla de for-ma efi caz a operacionalização da estrutu-ra do Sindicato.

As reuniões semanais da diretoria pas-

GESTÃO PARTICIPATIVA

parte do sindicato, permanecem em pauta de urgência para 2010. O arrocho salarial vigente, em que nem a infl ação é reposta há anos, decorrente da má vontade do Go-verno Estadual em oferecer solução, vem acarretando verdadeiro sucateamento des-tas instituições. Aliados à evasão dos pro-fi ssionais, os baixos salários e a falta de perspectiva vêm provocando não só o dé-fi cit de pessoal qualifi cado, mas a própria inviabilidade operacional das empresas.

A implantação do Plano de Carreira na CEEE em 2009 foi uma conquista obtida com participação decisiva do SENGE-RS. No entanto, a forma de distribuição do Programa de Participação nos Resultados (PPR), deveria ter obedecido a proporcio-nalidade salarial, que é uma luta do sindi-cato para todas as empresas. Na Corsan, mesmo num processo de negociação mais difícil do que em anos anteriores, o resul-tado fi nal do acordo trouxe avanços im-portantes não só em termos de reposição. Destaque para a criação do Programa de Demissão Incentivada (PDI), e expectati-va de implantação em curto prazo do novo Plano de Cargos e Salários. Nas tratativas com o Sescom na área pública (Cientec–Metroplan– Fepam), o Governo apresen-tou proposta de reposição parcelada de 5,44%. A questão encontra-se em fase de

análise pelo SENGE-RS e Semapi-RS. A penúria orçamentária verifi cada na Ema-ter-RS é reproduzida nas demais empresas. Assim como na extensão rural, também a ciência e tecnologia, mobilidade urbana e meio-ambiente, pautas permanentes nas promessas eleitorais de todos os governos, padecem de investimentos, e sofrem com o engavetamento diário de projetos vitais para o desenvolvimento do Estado. No caso específi co da Emater-RS, o processo de ne-gociação permanece em aberto. Resistindo ao sucateamento, o SENGE-RS atua para impedir que o futuro da instituição aponte para um quadro de inanição fi nanceira. As 500 demissões de 2007 e a ausência de profi ssionais em mais de 100 municípios assistidos materializam esta preocupação. Em conjunto com a ASAE e Semapi-RS, o sindicato propôs emendas ao Orçamento Estadual na Assembleia Legislativa.

Com as empresas do setor priva-do, representadas pelo Sinduscon-RS, Sicepot e Sinaenco, obtivemos reposição integral da infl ação, além de outros avan-ços importantes, como a possibilidade das empresas passarem a realizar aporte de recursos proporcional ao dos empregados engenheiros para o fundo previdenciário SENGEPREVIDÊNCIA. Na Trensurb, a partir da atuação direta do SENGE-RS, conquistou-se um bom acordo coletivo, e o pagamento do salário mínimo profi ssio-nal passou a ser respeitado pela empresa.

destaque à atuação das diretorias regionais que contam com apoio permanente do sin-dicato. Para enfrentar o aumento de de-manda das pautas, mais dois diretores fo-ram incorporados nas atividades executivas da entidade, que agora soma sete membros.

Reunião com o Sicepot

Reunião de diretoria

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goto produzido recebe tratamento, um dos piores índices entre as capitais brasileiras. O investimento de quase R$ 600 milhões representa a saudável recuperação da ca-pacidade de fi nanciamento externo por parte da Prefeitura. Porém, passado mais de um ano, o processo licitatório, continua trancado, retardando ainda mais a solução.

Justiça aos aposentados - O Senador Paulo Paim esteve no SENGE-RS para palestrar sobre a Reforma Previdenciária que tramita no Congresso Nacional. Paim defende há anos o fi m do Fator Previden-ciário e denuncia o impacto negativo que causa nos benefícios pagos pelo INSS. A luta de Paulo Paim recebe apoio dos Se-nadores Pedro Simon e Sérgio Zambiazi, bem como de sindicatos e trabalhadores por todo o país, pois visa acabar com a injustiça que corrói o poder aquisitivo e a qualidade de vida de uma parcela sig-nifi cativa da população. O SENGE-RS permanecerá atento ao posicionamento dos Deputados Federais e do Executivo no desfecho desta questão.

Código Florestal do RS - Trabalhar na defesa dos recursos naturais é tarefa de toda a sociedade, porém cabe aos enge-nheiros oferecer aporte tecnológico. A lei que cria o Código Estadual do Meio Ambiente, que tramita na Assembleia Legislativa, pretende regrar diversas ati-vidades. Deveria, no entanto, ter sido am-plamente discutida por todos os segmen-tos. Esta preocupação foi manifestada em ofício encaminhado pelo SENGE-RS em novembro ao presidente do legisla-tivo gaúcho. Votar o projeto como está pode comprometer de forma decisiva a sustentabilidade dos processos de desen-volvimento no Estado.

POSICIONAMENTO

O SENGE-RS vem assumindo cada vez mais o protagonismo na abordagem de temas de interesse da sociedade, como retribuição à confi ança que a coletividade deposita nas instâncias técnicas represen-tadas pelo sindicato.

Lei do Reuso d’água - A lei que criou e regulamentou a obrigatoriedade para que os prédios a serem construídos em Por-to Alegre adotem a reutilização de águas para determinados serviços, contou com efetiva intervenção técnica do SENGE-RS, tanto na Câmara Municipal quanto junto ao executivo.

Pontal do Estaleiro - O SENGE-RS en-trou em ação num momento importante para a comunidade da Capital, intervindo tecnicamente, indicando profi ssionais es-pecializados, e alertando para a necessi-dade de ampliação do debate. Defendeu a observância e a prevalência do Plano Di-retor de Porto Alegre para a resolução da polêmica. No desfecho do caso, valeu a li-ção: qualquer projeto deve contar obriga-toriamente com a participação de corpos técnicos qualifi cados em todas as etapas.

Plano Diretor de Porto Alegre - O SENGE-RS sempre defendeu a urgente necessidade de revisão do Plano Diretor de Porto Alegre. Participou ativamente dos trabalhos desenvolvidos na Câmara Municipal, defendendo a aplicação da tecnologia disponível para que o processo revisional ocorresse com absoluta funda-mentação técnica, amparada pela posição de todas as áreas, em favor da qualidade de vida na cidade.

Avaliações imobiliárias - O SENGE-RS sustenta que as avaliações prediais sejam prerrogativas profi ssionais de engenhei-ros e arquitetos, detentores do conheci-mento técnico indispensável para que os resultados não refl itam apenas a chama-da ótica comercial.

Programa Integrado Sócio-ambiental da Prefeitura de Porto Alegre - Desde o fi nal de 2008 o SENGE-RS acompanha com grande interesse a implantação do projeto. Atualmente, apenas 27% do es-

Pré-sal - Alinhado com a Associa-ção dos Engenheiros da Petrobrás, o SENGE-RS é membro efetivo do Co-mitê Gaúcho em Defesa do Pré-sal, onde atua para garantir que os recur-sos provenientes da exploração sejam preservados como patrimônio de todos os brasileiros.

Lei Geral de Ater - O SENGE-RS par-ticipa das discussões por mais recursos federais que tornem a viabilizar as ope-rações das empresas estaduais públicas de assistência técnica e extensão rural. Apesar da falta de vontade dos governos estaduais de fazer sua parte, é inadmis-sível que empresas como a Emater-RS tenham apenas 3% de suas receitas oriundas de Brasília, índice que já foi de 30% até a extinção da Embrater no Governo Collor.

Agilização na liberação de projetos na Prefeitura de Porto Alegre - Os pro-fi ssionais e as empresas de engenharia convivem com a morosidade da trami-tação dos projetos junto à Prefeitura de Porto Alegre. A dinâmica do mercado, aliada às modernas tecnologias disponí-veis deixam sem fundamentação lógica o longo tempo perdido. Entre os prejuízos causados, a demora no início da execu-ção dos projetos provoca a redução de investimentos, menos postos de trabalho, desaceleração no desenvolvimento da Capital, entre outros. O SENGE-RS e o Fórum das Entidades de Engenharia e Arquitetura vêm travando esta luta de longa data, e exigem uma ação corretiva por parte do Município.

Senador Paim no SENGE-RS

Fonte: Governo Federal

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AÇÕES INSTITUCIONAIS

26º Congresso Brasileiro de Agrono-mia em Gramado - Realizado no Rio Grande do Sul depois de 40 anos, teve a participação de mais de 1000 profi s-sionais e contou com o apoio ofi cial do sindicato.

Lei do Salário Mínimo Profi ssional - Entre inúmeras iniciativas, o SENGE-RS manifestou ofi cialmente ao superinten-dente da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) a preocupação do sindicato quan-to a necessidade de maior fi scalização da correta aplicação da Lei 4950-A, pois tem sido crescente o descumprimento da legislação por parte das empresas, tanto do setor público quanto do privado.

Atuação integrada - O SENGE-RS amplia sua participação em ações con-juntas com entidades do setor, tais como a Sociedade de Engenharia, o Sindicato dos Arquitetos e Sociedade de Agrono-mia. Marcamos presença em eventos, reuniões técnicas e seminários realiza-dos por associações de engenharia em diversos municípios do Estado. Da mes-ma forma, temos buscado desenvolver iniciativas em parceria com o CREA-RS e Mútua-RS.

Mais destaques - Pelo segundo ano con-secutivo, o sindicato participa de diversos grupos de trabalho do Fórum Democrá-tico de Desenvolvimento Regional, sen-do que o presidente do SENGE-RS, José Luiz Azambuja, é membro do conselho da entidade e vários diretores integram as comissões técnicas. Da mesma forma, merece destaque a efetiva participação da diretoria no Congresso Nacional de

Engenheiros, realizado em São Paulo. Na ocasião, foram eleitos os novos dire-tores da Federação Nacional de Enge-nheiros (FNE), da qual Azambuja passou a liderar a Regional Sul. O SENGE-RS esteve presente também no lançamento em São Paulo da Confederação Nacional de Trabalhadores Liberais Universitários (CNTU), nova entidade representativa de âmbito nacional.

Parcerias - O SENGE-RS fi rmou par-ceria com a Pontifícia Universidade Católica (PUCRS) e lançou o curso de especialização “Gestão Estratégica de Negócios”, voltado especifi camente para engenheiros que planejam aprimorar e até mesmo abrir seus próprios empreen-dimentos. A parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), além de viabilizar a implantação da Política Ambiental do SENGE-RS, vai desenvolver uma série de cursos e ati-vidades técnicas a serem ministrados no sindicato já em 2010. O destaque da parceria com o Sebrae-RS fi cou tanto com a realização de diversas palestras, quanto com o projeto de divulgação dos Programas de Apoio ao Empreendedo-rismo, voltados para a área de engenha-ria. O SENGE-RS também ampliou o número de estagiários colocados junto as empresas, através do serviço Bolsa Estágio, com ampliação dos convênios fi rmados com praticamente todas as universidades do Estado.

Cursos e palestras - Para oferecer co-nhecimento à Categoria, o SENGE-RS dinamizou ainda mais a realização de cursos e palestras em 2009. Em parceria com a Associação Brasileira de Engenha-ria Sanitária e Ambiental (ABES) foram realizadas nove palestras. Com apoio e

participação de outros importantes par-ceiros, o Sindicato promoveu dezenas de cursos tratando de temas como energia eólica, orçamentação, construções sus-tentáveis, planejamento e controle de custos, novas tecnologias e gerenciamen-to de projetos. Em 2009, mais de 1500 profi ssionais e estudantes participaram das palestras e quase 300 concluíram os cursos oferecidos, o que representa um crescimento de 96% sobre o ano anterior.

Celebração 67 Anos do SENGE-RS - Os eventos comemorativos dos 67 anos do sindicato concentraram-se no dia 26 de junho. Como referência sindical, a vice-presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Maria Rita de Assis Brasil proferiu a palestra “Desafi os para os Sindicatos de Profi ssionais Uni-versitários”. Na seqüência, o professor André Brayner de Farias, da PUCRS e da UCS abordou “Problemas da Ética no Brasil”. Na oportunidade, ao receber os cumprimentos de diversas lideranças polí-ticas, empresariais e sindicais, o SENGE-RS homenageou o CREA-RS pela passa-gem do seus 75 anos.

Mais de mil profi ssionais no CBA

Palestra de Marco Kappel Ribeiro

Maria Rita, vice-presidente do Simers

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SERVIÇOS

SENGE-RS amplia número de produtos e serviços

O SENGE-RS procura aprimorar constantemente os produtos e serviços que ofere-ce à categoria. Veja o que mudou em cada um deles e conheça as novas opções que o sindicato disponibilizou para você.

Unimed Porto Alegre e SENGE-RS fi rmam nova parceria

Buscando oferecer diferentes op-ções de planos de saúde para seus sócios e familiares, o SENGE-RS fi r-mou uma nova parceria com a Unimed Porto Alegre. Agora, além do plano Unimax, oferecido atualmente, o Uni-fácil passa a ser mais uma alternativa para os associados do sindicato.

O plano Unifácil é uma modalidade exclusiva para empresas. Atualmente, atende a mais de 32 mil usuários em núcleos específi cos localizados na Ca-pital, Cachoeirinha, Gravataí, Viamão, Esteio, Canoas, Osório, Tramandaí, Capão da Canoa e Torres. “O Unifá-cil é um plano economicamente aces-sível, mas com a grife e a qualidade Unimed”, afi rma o presidente do Con-selho de Administração da Unimed Porto Alegre, Márcio Pizzato.

Para mais informações, agende uma visita ao sindicato pelo e-mail [email protected] ou li-gue para (51) 3230.1600.

Espaços e aprimoramento profi ssional – Senge Offi ce

Parcerias com especialistas e profi ssio-nais com experiência para oferecer cursos e eventos voltados à capacitação profi ssio-nal. Oferece salas de trabalho que podem ser locadas para reuniões, três salas de trei-namento, com capacidade para 30 pessoas, um laboratório de informática com 12 es-tações de trabalho, um auditório com 126 lugares e um cyber café.

Previdência Privada

O sindicato disponibiliza aos associa-dos o SENGEPREVIDÊNCIA, um pla-no de aposentadoria complementar. Tem como característica principal a fl exibili-dade e taxas reduzidas. Para os engenhei-ros que trabalham em empresas de cons-trução e projetos, as convenções coletivas garantem, desde 2009, que as empresas contribuirão mensalmente com R$70,00, desde que o profi ssional aporte, no míni-mo, o mesmo valor por mês.

Saúde

O convenio com a Unimed garante ao asso-ciado planos assistenciais hospitalares e tam-bém o serviço SOS Unimed. E o que é melhor:

descontos diferenciados nas mensalidades.Já os convênios odontológicos com

Uniodonto e clínicas, permitem atendimen-tos para os sócios e seus dependentes dire-tamente nos consultórios credenciados.

Ainda na área da saúde, os associados e dependentes têm descontos de 15% a 60% na compra de medicamentos, através do E-Pharma, um sistema integrado de farmá-cias credenciado em todo o País. É só apresen-tar o novo Cartão do Associado SENGE-RS.

Assistência jurídica

O sindicato coloca à disposição dos associados para consultas advogados es-pecialistas em direito do trabalho, pre-videnciário, civil, tributário e societário. Promove também homologações de res-cisões de contratos e, em convênio com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado, fornece a primeira ou segunda via da Carteira de Trabalho e Previdência Social, tanto para os sócios como para os dependentes.

Outros serviços

Bolsa Emprego – Esse serviço facilita aos profi ssionais colocação no mercado de trabalho através de bancos de dados de currículos existentes.

Bolsa Estágio – Aqui o SENGE-RS atua como agente integrador direto, viabilizan-do a inserção dos sócios estudantes junto às empresas.Plano de Telefonia Móvel – Em parceria com a Vivo Empresas, o SENGE-RS ofe-rece para seus fi liados um plano especial e vantagens, como aparelho com baixo custo e tarifas diferenciadas.Cartão do Associado – Todo sócio em dia com suas obrigações sociais tem direito ao novo cartão, que permite o acesso a serviço e convênios.Boletim Online – Informativo eletrônico semanal. Para recebê-lo, basta efetuar cadastro no portal www.senge.org.br.

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Fortes, que alegou ser uma obra muito ex-tensa e inexequível no prazo exigido pela Fifa. Para tentar apaziguar o ânimo dos gaúchos, Fortes se comprometeu a incluir a Linha 2 do Metrô gaúcho no PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimen-to), que será lançado em abril de 2010.

O engenheiro Sicco concorda que os prazos são cada vez mais apertados, mas defende que se as verbas chegassem, o projeto sairia do papel. Como exemplo,

ele cita a cidade de Atenas, na Grécia, que concluiu a construção do metrô da Copa em três anos. O diretor do SENGE-RS ressalta ainda que sem esse meio de transporte, 50% mais rápido e menos po-luente, Porto Alegre perde em qualidade de vida. “O projeto da nova linha é o mo-delo estruturador do trânsito da capital”, completa.

O Secretário Municipal Extraordiná-rio da Copa, José Fortunati, acredita que

O projeto de ampliação do metrô de Porto Alegre, que começou a ser elabo-rado ainda em 1990, sofreu mais um re-vés em 2009. Esperançosa de que a tão sonhada Linha 2 pudesse sair do papel com a indicação da Capital gaúcha para sediar jogos da Copa do Mundo de 2014, a população viu o sonho mais uma vez ser adiado com a exclusão do projeto do chamado “PAC da Copa”, elaborado pelo Governo Federal.

A notícia foi um banho de água fria para os engenheiros da Trensurb, que há anos se dedicam a estudar e planejar a obra. O engenheiro eletricista da empre-sa e diretor vice-presidente do SENGE-RS, José Claudio da Silva Sicco, afi rma que o estado tem capacidade de fi nalizar todos os projetos previstos para o evento esportivo dentro dos prazos. “Esse seria um desafi o e uma oportunidade para a en-genharia brasileira mostrar sua qualidade ao Mundo. E nós a perdemos”, lamenta.

O projeto atual, realizado após es-tudos da Trensurb, Metroplan e EPTC, concluídos em 2006, prevê a ampliação na linha em 15,3 quilômetros, ligando a estação Mercado, no Centro Histórico, à confl uência das Avenidas Bento Gonçal-ves e João de Oliveira Remião, no bairro Agronomia. Estão previstas, neste trecho, 11 estações e cinco terminais de integra-ção com outros modais de transporte.

O empreendimento foi orçado em R$ 2,5 bilhões, verba considerada elevada demais pelo Ministro das Cidades, Márcio

o declínio do Governo Federal em apoiar o metrô faz do projeto dos Portais da Cida-de a solução mais viável para a mobilidade urbana de Porto Alegre. O empreendimen-to prevê três grandes terminais de ônibus ligando os principais pontos de fl uxo do trânsito, com linhas especiais que circula-rão por corredores exclusivos. O custo es-timado é de US$ 210 milhões, dos quais a prefeitura já dispõe de US$ 101 milhões, por meio de convênios de cooperação. “O governo fez a proposta de aumentar o sistema e incluir a Avenida Assis Brasil e Protásio Alves nas obras do portal, para isso disponibilizou mais 81 milhões de re-ais”, revela o secretário.

O RS e a Copa de 2014

Não é apenas o transporte de Porto Alegre que precisa de melhorias para a realização da Copa na Capital. O Comitê da Fifa que avaliou a candidatura gaúcha no começo do ano fez inúmeros aponta-mentos para ajustes e melhorias na re-gião metropolitana e arredores. Além do transporte urbano, é preciso melhorias na rede de energia e ampliação do aero-porto Salgado Filho e de mais quatro ae-roportos no interior do estado. Também foram apontadas necessidades de cons-trução do Aeromóvel para ligar o aero-porto ao Metrô, a construção da segun-da Ponte do Guaíba, a revitalização do Cais do Porto e as duplicações nas BRs e rodovias que dão acesso à capital. Algu-mas obras já estão em andamento, como o trecho entre Sapucaia e Gravataí e a Linha 1 do Metrô, entre São Leopoldo e Novo Hamburgo.

Segundo o Secretário Estadual Ex-traordinário da Copa, Paulo Odone, essas mudanças fi carão como “legado da copa”, nome do projeto criado pela secretaria. “Todos os investimentos, não apenas as obras, mas o conjunto todo, os empregos e a capacitação sejam sustentáveis. Pre-tendemos, com esse projeto, defi nir a sus-tentabilidade futura”, disse ele. O Estado ainda não fechou o orçamento das obras da copa, o que tem gerado preocupação no setor produtivo. Mas um levantamento prévio, que inclui obras federais, estadu-ais e municipais, estima que o Rio Grande do Sul necessite de R$ 8 bilhões se quiser fazer bonito em 2014.

Nem a Copa tira o Metrô do papel

Rede multimodal prevê integração entre linhas de ônibus e metrô

Linha I (Trem Metropolitano)

Linha Circular (Metrô)

LinhasTroncais Urbanas (Ônibus)

Linhas Troncais Metropolitanas (Ônibus)

Linhas Troncais Metropolitanas (Ônibus)

Estações

Terminal de Integração (Existente)

LEGENDA

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