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  • 2

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

     

    Introdução ao Controlo e Auditoria Interna Porto Setembro, 7-8 Francisco Albino, CIA, CCSA,

    CGAP

    Enquadramento de Práticas Profissionais de Auditoria Interna Lisboa Outubro, 12-13 Raul Fernandes

    Programas de Trabalho para Auditoria Interna Lisboa Março, 19-20 Joaquim Leite Pinheiro

    Auditoria Operacional Lisboa Abril, 16 -17 Joaquim Leite Pinheiro

    Auditoria Interna Baseada no Risco – Metodologia ERM Lisboa Maio, 4-5 Nuno Oliveira, CIA

    Auto-avaliação do Risco e do Controlo – Preparação para o Exame CCSA

    Lisboa Abril, 20-21 Domingos Sequeira, CIA, CCSA

    Orlando Sousa, CCSA

    Júlia Santos. CCSA

    Avaliação da Qualidade da Auditoria Interna Lisboa Novembro, 2-3 Domingos Sequeira, CIA, CCSA

    Avaliação da Performance da Auditoria Interna Lisboa A indicar A indicar

    Fraud Em Inglês Lisboa Maio, 29 Prof. Glenn Sumners

    Sistemas e Controlos Informáticos de Apoio à Auditoria Lisboa Setembro, 14 Pedro Cupertino, CISA

    Relatórios de Auditoria Lisboa Maio, 11-12 Domingos Sequeira, CIA, CCSA

    Amostragem para Auditoria Lisboa Dezembro, 14-15 Céu Almeida, ROC

    Normas Internacionais de Relato Financeiro para Auditores Internos

    Lisboa Novembro, 9-10 *

    João Nogueira

    Liderança e Comunicação em Auditoria Interna Lisboa Abril, 13 e 14 Filipa Oliveira 

    CIA Review – Part I Em Inglês Lisboa Maio, 25 Prof. Glenn Sumners, CIA, CPA, CFE

    CIA Review – Part II Em inglês Lisboa Maio, 26 Prof. Glenn Sumners, CIA, CPA, CFE

    CIA Review – Part III Em Inglês Lisboa Maio, 27-28 Prof. Glenn Sumners, CIA, CPA, CFE

    CIA Review – Part IV Em Inglês Lisboa Maio, 28 Prof. Glenn Sumners, CIA, CPA, CFE

    Preparação para o exame CIA – I Parte Lisboa Setembro, 21 Francisco Albino, CIA, CCSA, CGAP

    Preparação para o exame CIA – II Parte Lisboa Setembro, 22 Nuno Oliveira, CIA

    Auditoria Interna no âmbito de Basileia II – Preparação para o Exame CFSA

    Lisboa A indicar A indicar

    Seminários em parceria com o MIS Lisboa A indicar A indicar

    Auditoria de Instituições Públicas - Preparação para o Exame CGAP

    Lisboa Abril, 27-28 Francisco Albino, CIA, CCSA, CGAP

    Auditoria de Empreitadas de Obras Públicas Lisboa Março, 23,24 Março, 30, 31

    Nuno Costa

    Ricardo Saldanha

    As acções de formação aqui apresentadas serão objecto de posterior confirmação podendo vir a sofrer alterações.

        

    Plano de Formação e Certificação 2009

  • 3

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Índice

    Editorial: Risco, fraude, controlo interno e auditoria, Joaquim Leite Pinheiro

    3

    Audire: A Lanterna de Diógenes, Manuel Marques Barreiro,

    Consultor e Presidente do Conselho Geral IPAI

    5

    Entrevista Auditoria Interna - Caixa Geral de Depósitos,

    Dr. José Costa Bastos 8

    Auditoria de Sistemas: Análise de dados em auditoria Novas funcionalidades na nova versão do IDEA 8 - O PROJECT OVERVIEW, Drumond de Freitas – Equiconsulte

    12

    ARTIGOS Segurança de Informação: a quinta vaga?, Paulo F. Cardoso, CISA

    15

    A Gestão e a Auditoria Interna: Antecedentes Históricos, Fábio de Albuquerque, César Ribeiro, Tânia Mota.

    19

    A u d i t A u t o m a t i o n F a c i l i t i e s – M ó d u l o d e A n á l i s e d e R i s c o ( E n t e r p r i s e R i s k M a n a g e m e n t ) , Fernando Fernandes

    23

    A palavra ao CIA – Miguel Gomes, CIA 26 Notícias 28 Pesquisa Institutos de Auditoria Interna 31

    Pesquisa na Rede 32

    O Zé auditor, Miguel Silva 33

    Colabore.

    Propriedade e Administração IPAI – Avenida Duque de Loulé, 5 – 2º B – 1050-085 LISBOA Contribuinte nº 502 718 714; Telefone/Fax: 213 151 002 Correio electrónico: [email protected] Sítio: www.ipai.pt

    FICHA TÉCNICA

    Presidente da Direcção: Domingos Sequeira, CIA, CCSA Director: Joaquim Leite Pinheiro [email protected]; Coordenação de edição: Orlando Sousa, CCSA Redacção: Manuel Marques Barreiro; Raul Fernandes [email protected]; Conselho Editorial: Manuel Barreiro, Domingos Sequeira, Francisco Melo Albino, CIA, CGAP Colaboradores nesta edição: Manuel Barreiro, José Costa Bastos, Drumond de Freitas, Fernando Fernandes, Paulo F. Cardoso, Fábio Albuquerque, César Ribeiro, Tânia Mota, Miguel Silva, Miguel Silva Pré-impressão: IPAI Impressão e Acabamento: CEM Ano X – Nº 33 – TRIMESTRAL Janeiro/Março 2009 TIRAGEM: 1100 exemplares; Registo: DGCS com o nº 123336;

    Depósito Legal: 144226/99; Expedição por correio; Grátis

    Correspondência: IPAI – Avenida Duque de Loulé, 5 – 2º B – 1050-085 LISBOA Telefone/Fax: 213 151 002

    [email protected]; Visite-nos em www.ipai.pt

    Contacto para publicidade: [email protected] (Joaquim Leite Pinheiro)

    Alteração de endereços: [email protected] (Bombarda Azevedo)

    Nota: Os artigos vinculam exclusivamente os seus autores, não 

    reflectindo necessariamente as posições da Direcção e do Conselho 

    Editorial da Revista nem do IPAI. A aceitação de publicação dos artigos 

    na Revista Auditoria Interna do IPAI, implica a autorização para a 

    Missão Promover a partilha do saber e da

    prática em auditoria interna, gestão do

    risco e controlo interno.

  • 4

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Risco, fraude, controlo interno e auditoria

    Joaquim Leite Pinheiro, Director da Revista Auditoria Interna e Secretário Direcção do IPAI

    Editorial

    Onde estavam os auditores?

    As notícias sobre fraudes, riscos de insolvência,

    solicitação de ajudas, risco de nacionalizações

    passaram a fazer parte do léxico quotidiano da

    Comunicação Social, com destaque para notícias

    sobre algumas empresas que até, há poucos dias,

    eram uns ícones da indústria ou da área financeira. O

    caso Madoff passa a ser um caso menor, já que o

    caso das empresas em risco tem um impacto muito

    maior ao nível do emprego.

    Onde estava a SEC? E os auditores? Que deveriam

    ser prudentes e cautelosos nas auditorias realizadas e

    não cair em tentação.

    Em Portugal, os casos são, aparentemente, mais

    suaves, tanto na análise dos acontecimentos como as

    consequências para os reguladores.

    No caso dos Estados Unidos as personagens

    envolvidas nos escândalos tinham uma imagem

    construída de responsabilidade social e um estatuto

    de notoriedade na comunidade onde se inseriam.

    Alguns dos que continuarem a gerir empresas não

    tiveram dúvida em manter um elevado nível de

    prémios de desempenho.

    Quem não viu os sintomas da fraude? Quem não quis

    ver? Quem ganha com as comissões de estudos de

    fusão e aquisição e defende um determinado modelo

    de economia de curto prazo e quem ganha as com as

    apreciações /rating das empresas ou mesmo com a

    determinação do preço alvo das acções (price target)?

    Como refere Stiglitz, no livro “os Loucos anos 90”, os

    analistas tinham vantagem imediata em fornecer

    preços alvos (price target) das acções com tendência

    para subir, fornecendo aos clientes informações pouco

    rigorosas ou, se quisermos, uma visão de curto prazo

    de modo a que efectuassem transacções.

    Os analistas trabalhavam para os bancos e, por isso,

    uma notícia boa sobre uma empresa poderia

    corresponder a um bom negócio para o referido

    banco. O mesmo se pode dizer das sociedades

    corretoras nas quais os proveitos dependem do

    volume de negócios em bolsa e da cotação das

    acções, numa lógica procura/oferta.

    A "Economia da Informação" representa uma mudança fundamental no paradigma que

    prevalece na Economia. Problemas da informação são vitais para se compreender não

    só a economia de mercado mas também a economia política e, na última parte desta

    aula, eu analiso as implicações das imperfeições na informação para o processo político.

    Joseph E. Stiglitz, Prémio Nobel da Economia 2001.

  • 5

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Temos de voltar aos valores essenciais: integridade,

    ética, discrição, objectividade, critérios justos de

    avaliação, equidade, conduta irrepreensível, espírito

    de escuta, saber trabalhar em equipa e voltar a ter

    liderança que desenvolva a gestão numa lógica de

    sustentabilidade e crescimento (lideres de

    comportamento), em protecção dos presentes e das

    gerações seguintes. Como alguém disse, gerir a terra

    como sendo um condomínio global e de pertença de

    todos.

    Back to Basics.

    O comportamento de certos gestores, com uma

    imagem de elevado conhecimento de cultura e da arte

    em geral, contrasta com o desempenho pouco

    eficiente na gestão corrente das empresas, visando o

    curto prazo, a recolha de prémios de gestão e

    distribuição de dividendos, em detrimento de uma

    estratégia de desenvolvimento e de sustentabilidade

    de longo prazo.

    Onde entram os auditores internos? Devem efectuar

    um diagnóstico claro da crise e alterar o respectivo

    paradigma – ajudar a gestão a operacional a mitigar

    os riscos, sem esquecer a responsabilidade que

    devem ter para os stakeholders.

    Qual a mudança fundamental que os auditores

    internos devem operacionalizar para cumprir um

    objectivo estratégico: fornecer valor à empresa.

    Neste capítulo o Instituto Português de Corporate

    Governance está a promover o debate público sobre o

    Código de Bom Governo, visando contribuir para a

    sistematização de um conjunto de boas práticas para

    a gestão das empresas.

    Tal documento poderá, ser mais tarde, adoptado

    formalmente pela CMVM.

    O IPAI deverá contribuir para melhorar o respectivo

    documento, com a experiência acumulada dos seus

    associados.

    Em contexto de crise, é fundamental aproveitar para

    melhorar o desempenho e contribuir para que as

    empresas consigam sair rapidamente da situação de

    dificuldade em que se encontram.

    O contributo fundamental é passar do problema para a

    solução e ajudar a implementá-la com sucesso e

    eficácia.

    È fundamental passar uma mensagem de optimismo

    (ver o copo “meio cheio”) e reconstruir o edifício

    começando pelas fundações e não pelo telhado,

    construindo com mais solidez, tanto nos aspectos

    relacionados com a definição da estratégia, na análise

    dos riscos operacionais, na gestão corrente e na

    identificação de fragilidade e sintomas de fraude.

    Novas oportunidades para os auditores internos e um

    papel relevante na ajuda para mitigar os riscos

    negativos, no apoio da permanente à gestão

    operacional, com uma metodologia de trabalho

    assente nos standards do IIA mas com uma postura

    de low- profile e fair-play.

    Mudar a forma de encarar as situações identificadas e

    saber responder a questões essenciais:

    O quê?

    Quando?

    Como?

    Porquê?

    Quem?

    Com que efeito?

    Que recomendação?

    Que benefício?

    Determinar claramente o focus do problema e, se

    possível, ter uma atitude proactiva de antecipar uma

    solução, melhorando o sistema de controlo e ajudando

    a mitigar o risco.

    o

    Pode comentar para [email protected]

    E d i t o r i a l

  • 6

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Audire

    Grande parte das razões do que está acontecendo no mundo financeiro estará por identificar e entender.

    Mas uma certeza, pelo menos, podemos ter

    quanto à génese do caos a que estamos

    assistindo, entre o espanto e a incredulidade: a

    ganância sem limites dos responsáveis máximos

    pela condução das organizações atingidas.

    Importa, pois, reflectir sobre a variável de

    contornos sempre nebulosos, tentando extrair

    contributos para o redesenho do actual

    paradigma de governo das sociedades.

    Para tentar situar esta temática e discorrer sobre

    ela, e de sinteticamente de acordo com uma visão

    muito pessoal, diremos que o estado a que se

    chegou se deve, entre muitas outras coisas:

    às remunerações variáveis dos

    administradores, indexadas aos

    resultados dos exercícios e fixadas pela

    sua “entourage” (“no seu labirinto”), que

    não pelos accionistas;

    à previsão de resultados de modo a que a

    sua superação pudesse justificar os

    obscenos prémios de desempenho ou de

    gestão;

    à criação ad hoc de fringe benefits

    acumuláveis; às inefáveis sinecuras e

    mordomias;

    A LANTERNA DE DIÓGENES

    Manuel Marques Barreiro

    Consultor em Auditoria e Gestão; Presidente do Conselho Geral

    IPAI

    Se o filósofo cínico da Grécia Antiga, visitasse, hoje e com o mesmo propósito, as empresas deste vasto mundo, encontraria certamente administradores honrados – ainda os há, felizmente – mas constataria, porventura, que são – infelizmente – a

    excepção que apenas serve para confirmar a regra.

  • 7

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    … ao recurso fácil ao seguro dos seus

    chorudos vencimentos e das escandalosas

    regalias em carteira, ficando, no entanto, a

    cargo das organizações sob o seu comando

    o pagamento dos prémios às seguradoras;

    a alguma displicência das agências de

    rating; à incompreensível ineficácia dos

    reguladores; ao inusitado afrouxamento dos

    órgãos de fiscalização e de controlo;

    à incapacidade interventiva das

    representações do mundo laboral; à pouca

    ou nula influência das assembleias-gerais

    de accionistas – mais preocupados, estes,

    com as mais-valias bolsistas e com os

    dividendos do que propriamente com a

    eficácia e sobretudo com a conduta ética

    dos administradores;

    à desinformação propositada, ou a

    mistificação das situações reais;

    à não obrigatoriedade de reposição, por

    parte das administrações, dos dinheiros

    delapidados nas empresas, aquando das

    monumentais fraudes conhecidas; à

    facilidade com que esses “magníficos”

    executivos de topo, transitam de empresa

    para empresa, sempre escovados de todo o

    “lixo tóxico” que no seu percurso foram

    produzindo e acumulado em proveito

    próprio.

    Diz a lenda que Diógenes andava pelas ruas de Atenas, com uma lanterna acesa em pleno dia, procurando um homem que merecesse o qualificativo de honrado.

    Se o filósofo cínico da Grécia Antiga, visitasse, hoje

    e com o mesmo propósito, as empresas deste vasto

    mundo, encontraria certamente administradores

    honrados – ainda os há, felizmente – mas

    constataria, porventura, que são – infelizmente – a

    excepção que apenas serve para confirmar a regra.

    É nossa convicção que, se alguma coisa tem de ser

    rapidamente feita no sentido de inverter o presente

    estado de coisas, o remédio que, segundo parece,

    está sendo preconizado, não interessa de todo em

    todo, porque não passará de um mero paliativo,

    eventualmente contraproducente e carregado de

    efeitos perversos, se não for uma prosaica e inócua

    tentativa de “tapar o sol com a peneira”.

    É precisa coragem para tirar as empresas deste

    páthos.

    É fundamental encontrar, com a urgência que se impõe, um novo paradigma para a conduta dos gestores responsáveis, ao mais alto nível, pelas organizações empresariais.

    Diógenes, de  John William Waterhouse, mostrando a sua  lâmpada, o  seu  barril  e  as  cebolas  das  quais  ele  se  nutria.  Fonte: http://pt.wikipedia.org/ 

    Pode comentar para [email protected]

    A u d i r e

  • 8

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Publicidade

    Agenda IPAI

    Conferência Anual de

    Auditoria Interna 2009

    19 Novembro de 2009 5ª Feira

    Fórum de Auditoria

    Interna 2009 17 Junho de 2009

    4ª Feira

  • 9

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Considera que a auditoria interna fornece valor à sua empresa?

    Inegavelmente, a auditoria interna (AI) cria valor

    para a Caixa Geral de Depósitos (CGD).

    A prova primeira de que esse valor é criado e

    reconhecido é a inserção orgânica e funcional da

    AI na estrutura da CGD e do Grupo.

    A Direcção de Auditoria Interna é um órgão de

    estrutura de primeiro nível que responde

    directamente à Administração, sendo responsável

    pela AI em todas as estruturas da CGD, incluindo

    sucursais, bem como pela AI a todas as filiais, em

    Portugal e no estrangeiro, numa perspectiva de

    grupo, ou seja, para avaliar os riscos relevantes

    para as contas consolidadas da CGD.

    Apesar de não ser medido de forma quantitativa,

    o valor acrescentado pela AI é reconhecido de

    forma generalizada pelas estruturas e unidades

    auditadas, muito em particular pela abordagem

    orientada para o apoio à correcção de

    deficiências e ineficiências detectadas.

    Efectivamente, mais do que “apontar o dedo”, a

    preocupação do auditor interno centra-se na

    recomendação de melhoria, comunicada, em

    primeira mão, ao auditado e com ele discutida,

    sem prejuízo de um reporting objectivo para os

    níveis hierárquicos apropriados.

    Entrevista Auditoria Interna

    Caixa Geral de Depósitos

    Dr. José Costa Bastos Director Central

    Inegavelmente, a auditoria interna (AI) cria valor para a Caixa Geral de Depósitos (CGD). A prova primeira de que esse valor é criado e reconhecido é a inserção orgânica e funcional da AI na estrutura da CGD e do Grupo.

  • 10

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Que tipo de auditorias são realizadas?

    As redes comerciais da CGD – Agências e

    Gabinetes de Empresas – são auditadas

    regularmente, quer presencialmente, quer à

    distância.

    As diversas funções desempenhadas

    centralmente são objecto de auditorias, quer

    globais – abrangendo todas as estruturas de um

    departamento –, quer transversais – abrangendo

    vários departamentos, nas componentes

    relevantes para um mesmo processo ou área

    funcional.

    Estas auditorias podem ser, também, presenciais

    ou à distância, baseando-se, estas últimas, na

    exploração de elementos de informação

    sedeados nos sistemas informáticos centrais.

    As Filiais, quer nacionais, quer no estrangeiro,

    são objecto de auditorias globais, em geral numa

    perspectiva das contas consolidadas da CGD e

    em complemento da AI própria, existente em

    algumas delas.

    Qual a formação dos auditores internos, nomeadamente, quantos auditores certificados (CIA’s, CCSA, CFSA, CGAP, CISA) existem na empresa?

    Os auditores internos da CGD têm formações

    académicas diversificadas. Como regra geral, o

    seu recrutamento é interno à CGD,

    preferencialmente entre empregados com

    experiência na rede de Agências.

    Para além da formação “on the job”, com o

    necessário enquadramento por auditores

    seniores, procura-se também que os novos

    auditores frequentem formação específica, quer

    em cursos de pós-graduação académicos, quer

    em outros de âmbito especificamente profissional,

    como por exemplo os ministrados pelo IFB e pelo

    IPAI.

    A formação sobre os processos internos da CGD

    é assegurada, sobretudo, através de e-learning,

    instrumento de formação que, na CGD, conta

    com uma ampla oferta.

    A equipa do departamento de AI da CGD não

    conta, ainda, com auditores certificados, quer

    pelo IIA, quer pelo ISACA. Mas é um objectivo de

    médio prazo, da política de formação, promover a

    certificação de um número relevante de auditores

    internos.

    Qual o impacto do SOX na estrutura de controlo interno e no funcionamento da Auditoria Interna?

    As principais consequências das alterações do

    quadro regulamentar da actividade bancária em

    matéria prudencial e de controlo interno tiveram

    impactes significativos na AI, os quais, aliás,

    ainda não terminaram.

    No caso da CGD, julgo serem de salientar,

    fundamentalmente, duas novas frentes para a AI.

    Em primeiro lugar, a validação pela AI dos

    modelos de avaliação de riscos de crédito e de

    mercado decorrentes da implementação do

    Acordo de Basileia II é uma actividade que requer

    know-how específico de que tradicionalmente os

    departamentos de auditoria interna não dispõem,

    e a que têm que aceder, quer por recrutamento

    de meios próprios, quer via outsourcing.

    E n t r e v i s t a A u d i t o r i a I n t e r n a C G D

  • 11

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Em segundo lugar, a validação dos

    levantamentos dos processos e os testes aos

    controlos identificados no âmbito da gestão do

    risco operacional, actividade que vem

    complementar a abordagem tradicional da

    auditoria ao controlo interno.

    Mais recentemente, o Banco de Portugal publicou

    nova regulamentação sobre os Sistemas de

    Controlo Interno das Instituições Financeiras

    (Aviso 5/2008), a qual obriga aquelas instituições

    a novos desafios, nomeadamente para as

    actividades de Auditoria Interna.

    Esta nova regulamentação da entidade

    supervisora prescreve um conjunto de requisitos

    de cumprimento obrigatório, nomeadamente ao

    nível da sistematização e maturidade dos

    processos de auditoria interna, sendo a

    orientação para o risco um factor preponderante,

    quer ao nível da avaliação dos controlos, quer ao

    nível do relato das deficiências de controlo interno

    identificadas.

    Qual a importância do Conselho de Auditoria e a articulação com a Auditoria Interna?

    A Caixa Geral de Depósitos não dispõe de

    Conselho (ou Comissão) de Auditoria.

    Considera importante que os Auditores tenham certificação em Auditoria (CIA, CCSA, CFSA, CGAP, CISA)?

    Apesar de a Direcção de Auditoria Interna da

    CGD não dispor de auditores certificados pelo IIA

    ou pelo ISACA, consideramos importante

    incentivar a preparação e apresentação aos

    exames requeridos para o efeito.

    As decisões de obtenção da certificação são

    individuais, mas a CGD dispõe-se a apoiar,

    incluindo com o financiamento de acções de

    formação, os auditores que quiserem fazê-lo.

    Qual a sua opinião sobre a divulgação, disponibilização dos relatórios de auditoria interna na página da empresa na internet?

    Não concordo com a divulgação/disponibilização

    dos relatórios de auditoria interna na página da

    empresa na Internet. Tal solução criaria,

    inevitavelmente, restrições à independência da

    função e limitaria o âmbito das matérias

    “abordáveis”.

    Os relatórios de auditoria interna visam informar

    os responsáveis pela empresa – tanto os

    responsáveis executivos, como os que têm

    funções de supervisão – sobre as deficiências

    encontradas, bem como promover a sua

    correcção pelos auditados.

    Ora estes objectivos podem e devem ser

    perseguidos com um adequado esquema de

    circulação interna dos referidos relatórios, com

    adequada transmissão de feedbacks e decisões,

    não se vislumbrando qual a vantagem que

    poderia advir da sua divulgação pública.

    Qual o desafio mais relevante do modelo de governação e da auditoria interna nos próximos tempos?

    No caso particular da CGD, os principais desafios

    situam-se, quer na resposta adequada às novas

    frentes de actividade de AI desencadeadas pelo

    Acordo de Basileia II, quer na implementação

    integral dos requisitos definidos no Aviso 5/2008

    do Banco de Portugal, quer, ainda, na

    necessidade de, em geral, reforçar a eficácia e a

    eficiência das acções de AI. …

    E n t r e v i s t a A u d i t o r i a I n t e r n a C G D

  • 12

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    … Para a actividade de AI nas empresas em geral,

    quer em Portugal, quer no resto do Mundo, e

    considerando algumas das questões que a actual

    crise veio colocar na ordem do dia, julgo que o

    desafio mais relevante para o modelo de

    governação e da auditoria interna, nos próximos

    tempos, será a questão da independência da

    função relativamente à gestão executiva.

    Ou seja, a questão de abranger no domínio do

    auditável, pela AI, os actos e as decisões dos

    responsáveis executivos da empresa, a todos os

    níveis.

    A figura da Comissão de Auditoria, em cuja

    dependência, funcional e hierárquica, se coloca a

    função de AI, será uma forma de resolver a

    questão, desde que a composição da referida

    Comissão assegure, de forma eficaz, o requisito

    de independência, nomeadamente, através de

    uma adequada composição – maioria de

    membros independentes – e da atribuição da

    presidência a um membro não executivo.

    Como analisa o relacionamento da auditoria interna com a auditoria externa na sua empresa?

    As relações são muito boas, quer com o Auditor

    Externo, quer com o Revisor Oficial de Contas.

    A complementaridade de funções entre AI e

    auditoria externa proporciona uma troca de

    informações regular entre os responsáveis, quer

    relativamente à avaliação dos principais riscos da

    actividade, quer quanto aos resultados dos

    trabalhos de auditoria.

    Já com o Revisor Oficial de Contas, a articulação

    da AI envolve, ainda, o acompanhamento do

    sistema de controlo interno e respectivos

    relatórios anuais.

    Como deve ser avaliada a auditoria interna? Key Performance Indicators (KPI’s) mais relevantes.

    Na CGD não há, ainda, um processo formal e

    sistemático de avaliação da qualidade de

    Auditoria Interna. No entanto, o desempenho do

    departamento de AI, é avaliado anualmente no

    âmbito de um sistema de gestão de desempenho,

    de carácter geral, aplicado a todos os

    departamentos da CGD.

    No âmbito desse sistema, são fixadas metas

    anuais para diversos objectivos, que podem ser

    transversais – v.g. cumprimento do orçamento de

    despesa – ou específicos da AI, abrangendo

    preocupações de eficácia – v.g. número de

    auditorias, grau de cobertura dos universos

    auditáveis – e de eficiência – v.g. número médio

    de auditorias por auditor, prazo médio de

    apresentação de relatórios.

    o

    E n t r e v i s t a A u d i t o r i a I n t e r n a C G D

    Pode comentar para [email protected]

  • 13

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    A automatização dos testes repetitivos em auditoria utilizando estas novas funcionalidades das ferramentas mais evoluídas na análise de dados é uma das formas de optimização dos escassos recursos colocados à disposição pelas organizações para as tarefas de auditoria e controlo.

    A nova versão do IDEA 8, ferramenta de análise e query de dados para auditoria, controlo e gestão, que se encontra actualmente em fase de lançamento em Portugal apresenta algumas novas funcionalidades muito interessantes para a análise e revisão do trabalho do auditor ou inspector.

    Uma das novas ferramentas designada por Project OverView é uma interface gráfica das acções executadas pelo auditor com o IDEA durante o projecto, incluindo a criação, eliminação, modificação, cruzamentos, adição e outras operações sobre as bases de dados.

    O Project OverView regista todas as interacções entre as bases de dados em análise existentes no projecto mantendo um diário em formato gráfico das mesmas.

    Esta informação registada pela funcionalidade Project OverView pode ser também visualizada, para além do formato gráfico referido, sob a forma analítica de tabela de operações ver Fig. 4.

    A partir da visualização da informação em formato gráfico, poderá ser gerado de forma muito simples e directa macros designadas por IDEA VisualScript através de uma mera operação de apontar e

    seleccionar ‘caixas’ utilizando o rato sobre o ambiente gráfico. Esta funcionalidade Project OverView tem a virtualidade de poder ser utilizada pelo auditor/inspector para apresentar de forma gráfica todo e desenvolvimento e a estrutura lógica do projecto em análise.

    Para exemplificar a forma como esta nova funcionalidade está disponível no IDEA vamos idealizar um pequeno teste para analisar os eventuais Clientes definidos na tabela mestre dos Clientes que ultrapassaram o limite de crédito e ainda outros testes.

    Teremos, assim, as seguintes 2 bases de dados Customer-Database1 e SalesTransaction (ver fig.1) que foram importadas para o ambiente IDEA. Da análise desta figura, que é um output do Project OverView do IDEA 8, temos uma visão geral dos testes realizados sobre as duas bases de dados iniciais (à esquerda da figura).

    Cada um dos rectângulos representa uma base de dados ou um output contendo o resultado do teste.

    … Pode comentar para [email protected]

    ANÁLISE DE DADOS EM AUDITORIA

    Novas funcionalidades na nova versão do IDEA 8

    O PROJECT OVERVIEW

    Drumond de Freitas – Consultor, EQUICONSULTE, SA

    Auditoria de Sistemas

  • 14

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Os testes realizados foram entre outros os seguintes:

    Sobre a base de dados Customer-Database1 foi

    retirada uma amostra aleatória cujo resultado está

    depositado no ficheiro SampleOfCustomers; foi feita

    uma extracção para obter clientes que têm limites de

    crédito elevado, cujo resultado está depositado no

    ficheiro Customers with High Credit Limit; sobre as

    vendas designadas por SalesTransactions foi

    realizada uma sumarização das vendas por Cliente

    guardadas no ficheiro Summarized Transaction; foi

    efectuada uma operação de Join deste último ficheiro

    com o ficheiro Customer-Database1 para cruzar o

    total do saldo das vendas por cliente com o

    correspondente limite de crédito existente no ficheiro

    de clientes obtendo o ficheiro Saldos dos Clientes.

    Finalmente sobre este ficheiro fez-se uma operação

    de extracção dos registos cujo valor do saldo é

    superior ao limite de crédito que se encontra

    depositado no ficheiro Clientes

    ExcederamLimCredito.

    Na Fig. 2 apresenta-se a janela na qual o IDEA permite ao auditor seleccionar as tarefas e operações que pretende automatizar gerando o IDEA todo o código de macro necessário à execução do teste em momentos futuros.

    Neste caso foram seleccionadas as tarefas para testar os clientes que excederam o limite de crédito que são as que se encontram realçadas na Fig.2.

    Na Fig.3 temos a forma como o IDEA apresenta aos utilizadores o VisualScript definido pelo utilizador na Fig.2. Como se vê a interface de criação das macros é totalmente gráfica não sendo apresentado ao utilizador qualquer linha de código de programação

    Deste modo o utilizador para automatizar os seus testes só necessita de interagir com o script através de uma caixa de diálogo semelhante à apresentada.

    Já não é mais necessário o auditor ter conhecimentos elementares sobre Visual Basic para automatizar com o IDEA. O processo de criar testes de execução automática é agora simples e directo.

    Fig. 1 - Output do Project OverView do IDEA 8

    Novas funcionalidades na nova versão do IDEA 8 - O PROJECT OVERVIEW

  • 15

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Fig. 2 - Caixas de selecção para automatizar um teste já executado no IDEA 8 – neste caso Clientes que excederam o Limite Crédito

    Fig. 3 - Aspecto do um Visual Script do IDEA 8 que executa o teste acima definido - Clientes que excederam o Limite

    Crédito

    Fig. 4 - Janela do Project OverView do IDEA 8 - Formato Tabela

    Notas Finais:

    A automatização dos testes repetitivos em auditoria utilizando estas novas funcionalidades das ferramentas mais evoluídas na análise de dados é uma das formas de optimização dos escassos recursos colocados à disposição pelas organizações para as tarefas de auditoria e controlo.

    A correcta selecção de uma ferramenta informática de análise e de query dos dados é essencial em auditoria.

    Novas funcionalidades na nova versão do IDEA 8 - O PROJECT OVERVIEW

  • 16

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    • Vaga de Governo da Segurança de Informação (2005-Presente)

    Resumo

    Jorge Augustín Nicolás Ruiz de Santayana [1863-1952],

    filósofo, poeta e humanista espanhol, no seu The Life of

    Reason (Santayana escreveu originalmente em inglês),

    afirma que: “O progresso, longe de basear-se na

    mudança, depende da retentividade. (…) Aqueles que

    não conseguirem relembrar o passado estão

    condenados a repeti-lo 1.” [9]. É indubitável a

    importância que o passado tem na aprendizagem do

    presente e no progresso futuro. Conhecer um pouco da

    ainda jovem história da segurança de informação, não

    de um ponto de vista dos marcos mais relevantes -

    tipicamente evoluções técnicas e tecnológicas -, mas da

    sua tendência de um ponto de vista organizacional, é

    essencial. O objectivo deste artigo é fazer essa breve

    apresentação histórica.

    1 Tradução livre do autor.

    1 Segurança de Informação – uma perspectiva histórica 1.1 Vaga Técnica

    Apesar da sua juventude, é já possível descrever

    cronologicamente a segurança de informação,

    distribuindo-a por vagas, de acordo com a sua

    caracterização. A primeira vaga, designada por

    ‘Vaga Técnica’, típica até ao início dos anos oitenta, é expressa por uma abordagem

    estritamente técnica da segurança de informação.

    Nesta fase, aspectos como a definição de políticas

    de segurança ou a sensibilização dos utilizadores

    eram questões ausentes, sendo a segurança de

    informação uma matéria praticamente exclusiva de

    técnicos especializados.

    Pode estabelecer-se um paralelo entre esta vaga e

    a chamada Gestão Científica, emanada a partir

    dos princípios definidos por Frederick Winslow

    Taylor, em 1911, no seu The Principles of Scientific

    Management [10], em que a eficiência foi levada

    ao seu expoente máximo, deixando ausente, no

    entanto, questões tidas hoje como basilares.

    Artigos Segurança de Informação: a quinta vaga? Paulo F. Cardoso, CISA

    Janeiro de 2009

  • 17

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    … Apesar de reconhecidamente desactualizadas, as

    abordagens da segurança de informação numa

    perspectiva técnica e da gestão com o objectivo

    quase exclusivo da maximização da eficiência, são

    ainda aplicadas em algumas organizações

    modernas.

    1.2 Vaga de Gestão

    A computação distribuída, com especial relevo para a Internet e para o comércio electrónico, trouxe à atenção da gestão de topo as questões da segurança de informação. Assim irrompeu, tendo prevalecido até meados dos anos noventa, a chamada ‘Vaga de Gestão’. Nesta fase, os primeiros departamentos e gestores dedicados a questões de segurança surgiram nos organogramas das empresas e os primeiros esboços de políticas de segurança, de procedimentos e de relato à gestão foram concebidos.

    1.3 Vaga de Institucionalização

    A quase completa ausência de dimensão humana das vagas anteriores – conhecem algum computador que tenha sido condenado por um crime informático? – e a necessidade de comparar e medir a segurança, rapidamente levou ao que se designou como a ‘Vaga de Institucionalização’.

    Num excelente artigo [12], von Solms caracteriza esta vaga como uma resposta a algumas questões chave da segurança de informação surgidas na época, que podem simplificar-se do seguinte modo:

    Como sabemos que não nos está a escapar nada no domínio da segurança?

    Como provamos a nossa preparação na área da segurança e como sabemos qual a preparação dos nossos parceiros?

    Como sabemos se as nossas pessoas não são os nossos piores inimigos no campo da segurança?

    Como sabemos como nos estamos a comportar face aos nossos concorrentes, aos objectivos e às boas práticas e padrões?

    As respostas a estas questões foram dadas através, nomeadamente:

    Da implementação de padrões e de boas práticas de segurança, como os controlos sugeridos na norma ISO/IEC 27002:2005 [3];

    Da certificação internacional no domínio da gestão da segurança de informação através de normas reconhecidas internacionalmente [2];

    Da proliferação pela empresa de uma cultura de segurança de informação;

    Da implementação de métricas para que, de modo continuado, se possam aferir alguns aspectos da segurança de informação.

    1.3.1 Sensibilização para a segurança de informação

    A sensibilização para as questões de segurança assumem nesta vaga importância vital e muitos especialistas tentam realçar que o envolvimento dos utilizadores como parte interessada na segurança das suas organizações os impele, não a procurar atalhos para explorar vulnerabilidades, mas a cumprirem e a ajudarem a cumprir as políticas de segurança em vigor [6, 5].

    Já em 1883, Auguste Kerckhoffs [7], apesar de aplicado no domínio da criptografia, defendeu que devemos evitar aquilo que hoje se designa na segurança de informação como ‘segurança através da obscuridade’, isto é, o facto de que a segurança não deve ser suportada no segredo (salvaguardando aqui a confidencialidade a que a informação deve estar sujeita).

    S e g u r a n ç a d e I n f o r m a ç ã o : a q u i n t a v a g a ?

  • 18

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    … 1.4 Vaga de Governo da Segurança de Informação

    Até meados da década de 2000 a Vaga de

    Institucionalização foi prevalecente, altura em que

    uma quarta vaga, designada por ‘Vaga de Governo da Segurança de Informação’ [13],

    surgiu de forma natural, devido à pessoal e directa

    responsabilização da gestão de topo [1] e ao forte

    desenvolvimento no domínio do governo das

    sociedades e nas áreas legais e regulatórias.

    A moderna definição de Governo das Sociedades

    (Corporate Governance) está alinhada com aquele

    que foi, talvez, o mais importante documento neste

    domínio, o ‘The Cadbury Report’ [11].

    Apesar de datar de 1992, serviu de sustentação

    para o importante ‘Principles of Corporate

    Governance’, da OCDE (quer na sua versão de

    1999, quer na revisão de 2004 [8]).

    Os dois relatórios servem de suporte ao recente

    padrão internacional de Corporate Governance de

    tecnologias de informação, o ISO/IEC 38500:2008

    [4]. Este padrão tem como objectivo fornecer um

    framework de princípios que a Gestão deve utilizar

    para avaliar, gerir e monitorizar o uso das

    tecnologias de informação dentro das suas

    organizações.

    Outros frameworks estão disponíveis, mas nenhum

    serve por si só os interesses de uma organização

    e cada um deles corresponde tipicamente a uma

    perspectiva diferente e incompleta de Corporate

    Governance de TI.

    É importante adoptar aquele ou aqueles que

    apresentam o ponto de vista mais adequado com o

    alinhamento do negócio e com as inerentes

    expectativas da gestão no que diz respeito à

    gestão do risco e, particularmente, à segurança de

    informação.

    2 Conclusão

    A consolidação de uma cultura de segurança de

    informação nas organizações, a natural

    incorporação da segurança de informação nos

    processos de negócio e na estrutura

    organizacional e ainda a sua utilização no

    processo decisório, torna evidente que

    caminhamos de forma acelerada para uma quinta

    vaga. Pelas especificidades que apresenta,

    designá-la-ei por ‘Vaga de Business as Usual’.

    Nesta vaga, a segurança de informação deixará de

    pertencer ao domínio da possibilidade ou da mera

    ferramenta de resolução de situações emergentes

    (nice-to-have), para passar a ser uma real

    necessidade e uma ferramenta capaz de dar

    tantas ou mais respostas que qualquer outro

    domínio da Gestão (need-to-have).

    S e g u r a n ç a d e I n f o r m a ç ã o : a q u i n t a v a g a ?

    S e g u r a n ç a d e I n f o r m a ç ã o : a q u i n t a v a g a ?

  • 19

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Figura 1 – As diversas vagas da segurança de informação Referências

    [1] Sarbanes-Oxley Act. http://news.findlaw.com/hdocs/docs/gwbush/sarbanesoxley072302.pdf, 2002.

    [2] ISO/IEC 27001:2005 Information Technology - Security Techniques – Information Security Management Systems - Requirements, 2005.

    [3] ISO/IEC 27002:2005 Information Technology - Security Techniques - Code of Practice for Information Security Management, 2005.

    [4] ISO/IEC 38500:2008 - Corporate Governance of Information Technology, 2008.

    [5] ADAMS, A., AND SASSE, M. A. Users Are Not The Enemy. Communications of the ACM 42, 12 (1999).

    [6] GOLLMANN, D. Computer Security. Wiley, 2006.

    [7] KERCKHOFFS, A. La Cryptographie Militaire. http://www.petitcolas.net/fabien/kerckhoffs/crypto_militaire_1.pdf, 1883. Journal des Sciences Militaires.

    [8] OECD. OECD Principles of Corporate Governance. http://www.oecd.org/DATAOECD/32/18/31557724.pdf, 2004.

    [9] SANTAYANA, G. The life of reason. http://www.gutenberg.org/files/15000/15000-8.txt, 1906.

    [10] Taylor, F. W. Principles of Scientific Management. http://www.gutenberg.org/dirs/etext04/pscmg10.txt, 1911.

    [11] UKSA. The Financial Aspects of Corporate Governance - The 'Cadbury' Report.

    http://www.uksa.org.uk/Corporate_Governance_Cadbury_1992.pdf, 1992.

    [12] VON SOLMS, B. Information Security - The Third Wave? Computers & Security 19 (2000), 615-620.

    [13] VON SOLMS, B. Information Security - The Fourth Wave. Computers & Security 25 (2006), 165-168.

    Pode comentar para [email protected]

    o

  • 20

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    No princípio era a predestinação e a força. Assim os

    reis justificavam perante os seus súbditos uma

    “inerente” capacidade de liderança, superiormente

    emanada.

    Falamos de tempos em que conceitos tais como

    utilidade social, aptidões e competências eram

    secundários – para não dizer inexistentes – no

    contexto de uma qualquer governação. Noutras

    células sociais, de reduzida dimensão, semelhantes

    cousas se passavam.

    Nas empresas de então, a generalidade das

    sucessões de topo concretizavam-se com exclusiva

    base no factor hereditário – pese o facto de a

    genética não representar, naquela altura, mais do

    que um sonho, reinventado anos mais tarde por

    Charles Darwin na suA Origem das Espécies.

    Entretanto, vem a Revolução Francesa provocar uma

    significativa mudança de valores. E o risco de perder

    a cabeça – literalmente falando – traduziu-se numa

    maior preocupação por parte dos líderes em serem

    percebidos pelo povo como fiéis depositários dos

    seus interesses, como “gestores” úteis e

    imprescindíveis ao bom governo das nações.

    Pouco passa até que uma nova revolução – desta

    feita Industrial e não política – viesse condenar ao

    insucesso, cada vez mais facilmente, os mais inaptos

    gestores.

    Nos tempos que correm, as organizações atingem

    cada vez maiores níveis de complexidades (tudo o

    que envolve pessoas sempre se revestirá de

    complexidades), ampliadas pelas necessidades

    oriundas dos ambientes interno e externo – cada vez

    mais alargados – em que actuam, tais como: a

    existência de uma cultura organizacional própria,

    coadjuvada pela cultura da sociedade em que se

    inserem, a natureza única de cada negócio, as suas

    múltiplas relações com o exterior, e etc.

    Todo um sem número de elementos que apenas se

    ajustam, no tempo e no espaço, a uma gestão

    sempre atenta e cada vez mais especializada.

    E é nesse contexto que decisivamente evoluiu a

    auditoria interna, acompanhando as mudanças que

    ali se verificavam.

    E de tal modo que nas organizações bem sucedidas

    dos nossos dias é cada vez mais profundo o

    relacionamento entre os gestores e os auditores

    internos, pese o necessário dever de independência

    que destes se espera.

    A Gestão e a Auditoria Interna:

    Antecedentes Históricos

    Fábio de Albuquerque, César Ribeiro, Tânia Mota.

    No princípio era a predestinação e a força. Assim os reis justificavam perante os seus súbditos uma “inerente” capacidade de liderança, superiormente emanada.

  • 21

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Por fim, ressalte-se que se por um lado a alteração

    do contexto histórico e social dos últimos (pelo

    menos) cinquenta anos vieram clarificar o papel e a

    importância da auditoria interna em tão feliz

    casamento, jamais se porá em causa, por outro, que

    a sua utilidade social terá sido, desde sempre, e

    assim seguirá sendo o motor único para o seu

    crescimento e reconhecimento como função

    incontornável no seio das organizações do futuro.

    1. A Auditoria Interna: Avanços mais recentes Apesar de a auditoria externa ser comummente

    referida como bastante anterior à auditoria interna2,

    existem fortes indícios que apontam para a ideia de

    que esta, à semelhança daquela, fosse também

    praticada desde as antigas civilizações (Morais e

    Martins: 2003, 60).

    Nos Estados Unidos, é certo que já há mais de

    cinquenta anos que a auditoria interna vem sendo

    adoptada por empresas de médio e grande porte

    como principal aliada dos órgãos de gestão, obtendo,

    contudo, maior reconhecimento apenas há cerca de

    vinte anos. Na Europa, a prática da auditoria interna

    foi iniciada pelo Reino Unido, sendo de perto seguido

    pela Alemanha. Em Portugal, segundo consta,

    apenas recentemente a auditoria interna passou a ser

    vista pelas organizações como imprescindível meio

    para a melhoria dos seus negócios. (Franco e Reis:

    2004)

    Se no princípio a detecção de fraudes era parte

    fundamental no trabalho dos auditores, actuando

    estes como verdadeiros “polícias” na defesa dos

    interesses dos detentores do capital, hoje tal vertente

    surge como uma decorrência natural das principais

    atribuições cometidas ao departamento de auditoria

    2 Apenas em 1941 foi criado, nos Estados Unidos, o Institute

    of Internal Audits (IIA); e em Portugal, muitos anos mais

    tarde, mais precisamente em 1992, o Instituto Português de

    Auditores Internos (IPAI).

    interna, e não como um dos seus principais

    objectivos.

    É por isso ponto assente que com o crescimento das

    organizações foi-se tornando deveras difícil para a

    gestão controlar cada uma das funções que

    sucessivamente lhe vinham sendo requeridas.

    E é nesse contexto que a auditoria interna emergiu

    como principal aliada da gestão de topo, avaliando,

    recomendando e monitorizando os vários riscos com

    que se confrontavam os objectivos estratégicos por

    esta traçados

    Tal nível de complexidade terá sido,

    indubitavelmente, o estímulo para o despertar da

    necessidade de concepção de um outro organismo

    que, directamente ligado aos quadros da gestão,

    prestasse a ajuda necessária para a melhoria dos

    seus negócios, identificando áreas problemáticas e

    sugerindo correcções, tendo para tanto o apoio

    necessário para o desenvolvimento dos seus

    trabalhos no interior da organização.

    Falamos, claro está, da função desempenhada pelos

    auditores internos.

    2. Fundamentos e finalidades

    Na óptica do Institute of Internal Auditors (IIA, 1999),

    a auditoria interna pode ser definida como (o

    sublinhado é nosso):

    Uma actividade independente, de avaliação objectiva e de consultoria, destinada a

    acrescentar valor e melhorar as operações de

    uma organização na consecução dos seus objectivos, através de uma abordagem

    sistemática e disciplinada, na avaliação dos

    processos da eficácia da gestão de risco, do

    controlo e da governação.”

    A Gestão e a Auditoria Interna: Antecedentes Históricos

  • 22

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    … Alguns dos aspectos contemplados naquela definição dizem

    respeito ao modo como a auditoria interna exerce a sua

    actividade com vista ao sucesso dos seus objectivos.

    Assim, na visão do IIA (1999), a auditoria interna é entendida

    como uma “actividade independente, de avaliação objectiva

    e de consultoria”, não importando todavia a forma como tal

    actividade é exercida, isto é, se através de uma relação

    contratual subordinada ou não.

    No que à metodologia de trabalho diz respeito, a referida

    definição expressa ainda que a auditoria interna, na

    condução dos seus interesses, vale-se-se de uma

    “abordagem sistemática e disciplinada”.

    Cumpre-nos então analisar outros dos aspectos

    contidos, implícita ou explicitamente, no conceito

    acima apresentado. Nesse sentido, ali percebemos

    ainda que:

    1. A auditoria interna é uma função de apoio à

    gestão;

    2. Partindo desse entendimento, para ser útil, os

    auditores têm de acrescentar valor à organização

    onde se inserem;

    3. Tendo em vista atingir tais fins, deve centrar o seu

    foco na eficácia do processo da gestão do risco,

    do controlo e da governação.

    3. Benefícios da auditoria interna para a gestão

    No contexto da estreita relação mantida com a

    Direcção da empresa, as funções cometidas aos

    auditores internos, e já atrás referidas, baseiam-se

    essencialmente:

    1. Na vigilância do sistema de controlo interno,

    mediante a identificação dos pontos fracos e

    executando tarefas de controlo, recomendando

    ainda acções correctivas sempre que julgue

    necessário;

    2. No apoio à implementação do processo da gestão de risco e outros relativos à governação, avaliando e recomendando o

    aperfeiçoamento dos mesmos, de modo a

    assegurar a consistência com os valores

    organizacionais e a concretização dos

    objectivos estabelecidos.

    Desse modo, iniciamos este ponto pelo entendimento

    de Barreiro (2007) acerca dos claros contributos da

    auditoria interna para a organização, reconhecendo

    naquela uma incontornável fonte de vantagem

    competitiva para esta, adentro da estratégia traçada

    pela gestão de topo. Refere o autor nesse sentido

    que:

    (…) se partirmos do princípio de que algumas

    daquelas variáveis3 traduzidas como: factores de

    risco, de fraude, de controlo interno, etc., bem como

    da ética no seu sentido genérico, se não forem

    devidamente atendidas e convenientemente

    tratadas, podem vir a pôr em risco, a estratégia.

    Paupério (2006), por sua vez, apresenta-nos mais

    clara e detalhadamente aqueles que considera os

    principais contributos da auditoria interna para a

    gestão, nas linhas seguintes:

    Potenciador de inovação: a auditoria interna

    permite que a gestão assuma mais riscos e

    aproveitar oportunidades;

    Mecanismo de optimização e de evolução

    qualitativa da gestão: permite identificar,

    questionar e melhorar ineficiências;

    Facilitadora da descentralização da gestão,

    delegação e autonomia das funções;

    Promove o alinhamento de todos os níveis da

    organização;

    A auditoria interna é um factor de conforto e

    garantia no controlo dos riscos;

    Exerce um papel relevante na criação e

    consolidação da confiança dentro da organização;

    3 Em causa, “variáveis de alguma vulnerabilidade existentes em todas as organizações”.

    A Gestão e a Auditoria Interna: Antecedentes Históricos

  • 23

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    4. A auditoria interna na visão dos gestores portugueses

    Pese a existência de claros indicadores favoráveis à

    mudança de mentalidades por parte dos gestores

    nacionais, no que toca aos benefícios oriundos de

    uma auditoria interna com competências bem

    definidas no interior da organização, a realidade apresentada por Sá (2008) é reveladora de que “a auditoria interna em Portugal está longe da maturidade”. Essa a conclusão extraída a partir de um inquérito

    conduzido pelo Instituto Português de Auditores

    Internos (IPAI) em parceria com a KPMG, e discutida

    pela referida autora.

    Recursos humanos insuficientes, falta de

    investimento e pouco envolvimento da gestão de topo

    são algumas das deficiências com que se depararam

    os investigadores num estudo que pretendia

    desvendar o actual cenário da auditoria interna no

    nosso país.

    Em cerca de metade das empresas portuguesas, o

    plano de acção do departamento de auditoria interna

    não apresenta um envolvimento directo dos gestores

    de topo, o que à partida indicia uma pouca

    importância atribuída àquela área pelos principais

    responsáveis da organização.

    Domingos Sequeira, vice-presidente do IPAI, em

    artigo publicado por Sá (2008), no Jornal de

    Negócios, justifica que “a gestão ainda não está

    muito envolvida e consciente da sua responsabilidade

    nesta matéria.

    A auditoria interna é considerada menor em algumas organizações, não por má fé, mas por falta de tradição, de sensibilidade e até por uma questão cultural”.

    Considerações Finais

    A intensa competitividade, a globalização, o advento

    das novas tecnologias, as mudanças de atitudes e

    expectativas de públicos diversos, entre outros

    factores, pressionam as organizações a conduzir e a

    gerir os seus compromissos em conformidade com os

    requisitos regulamentares a serem observados, de

    modo a cumprir com as pretensões e objectivos dos

    accionistas e outros destinatários. Os auditores,

    como principais aliados da gestão, aceitam

    atribuições cada vez mais amplas, destinando-se os

    seus trabalhos a um leque de utilizadores cada vez

    mais alargado.

    A mudança de paradigma passa, sob o nosso ponto de vista, por conduzir os trabalhos da auditoria interna como uma função de apoio à gestão, na identificação e controlo de riscos e na implementação de soluções, fazendo esquecer a antiga visão de auditores como “polícias” ou ainda como uma função conflituosa, desinteressante ou mesmo indesejada.

    o As referências bibliográficas podem ser consultadas no sítio do IPAI, em http://www.ipai.pt/gca/index.php?id=59

    Pode comentar para [email protected]

    A Gestão e a Auditoria Interna: Antecedentes Históricos

    Abril 2009 Formação Liderança e Comunicação em Auditoria Interna

  • 24

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Audit Automation Facilities – Módulo de Análise

    de Risco (Enterprise Risk Management)

    Fernando Fernandes (Director Projectos da WJPortugal)

    [email protected]

    D a n d o s e g u i m e n t o a o a r t i g o a n t e r i o r p a s s a m o s a a n a l i s a r o M ó d u l o d e A n á l i s e d e R i s c o , r e l e m b r a n d o q u e : O M ó d u l o d e P r o c e s s o s ( C a t á l o g o ) d o A u d i t A u t o m a t i o n F a c i l i t i e s p e r m i t e r e g i s t a r t o d o s o s F a c t o r e s d e R i s c o d e c a d a p r o c e s s o e a s s o c i a r o s A v a l i a d o r e s d e R i s c o .

    E x e m p l i f i c a m o s d e s e g u i d a o M ó d u l o d e A n á l i s e d e R i s c o :

    A s u a O r g a n i z a ç ã o e s t á p r e p a r a d a p a r a a c t u a r m e d i a n t e a s N o r m a s e R e g u l a m e n t a ç õ e s I n t e r n a c i o n a i s ? O A A F p e r m i t e - l h e c a l c u l a r o N í v e l d e R i s c o d a s U n i d a d e s A u d i t á v e i s / P r o c e s s o s

    d a s u a O r g a n i z a ç ã o .

    D e q u e F o r m a ? A t r a v é s d a a s s o c i a ç ã o e n t r e U n i d a d e s

    A u d i t á v e i s , P r o c e s s o s , F a c t o r e s d e R i s c o e

    A v a l i a d o r e s d e R i s c o .

    C o m o s e p r o c e s s a ? O G e s t o r d e R i s c o é o r e s p o n s á v e l p o r

    i n i c i a r e s s a A v a l i a ç ã o .

    C o m o é c a l c u l a d o o N í v e l d e R i s c o ? A p ó s r e s p o s t a a o s q u e s t i o n á r i o s p e l o s

    A v a l i a d o r e s d e R i s c o , o G e s t o r d o R i s c o

    f e c h a a a v a l i a ç ã o e s o l i c i t a o c á l c u l o d o

    R i s c o .

    O A A F c o n s i d e r a a s a v a l i a ç õ e s r e s p o n d i d a s , a s n o t a s d a s A u d i t o r i a s

    a n t e r i o r e s , o p e r í o d o d e e x e c u ç ã o d a s

    m e s m a s e o s I n d i c a d o r e s d e R i s c o / P e s o

    d a s U n i d a d e s A u d i t á v e i s .

  • 25

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    O s i s t e m a a s s o c i a a u t o m a t i c a m e n t e o s

    F a c t o r e s d e R i s c o p o r

    U n i d a d e / P r o c e s s o , e e n v i a

    q u e s t i o n á r i o s p a r a o s A v a l i a d o r e s d e

    R i s c o r e s p o n d e r e m e m t e r m o s d e

    ( I m p a c t e v e r s u s P r o b a b i l i d a d e ) d o s

    m e s m o s s u c e d e r e m n a s

    u n i d a d e s / p r o c e s s o s .

    Q u a i s a s V a n t a g e n s ?

    P e r m i t e u m c o n h e c i m e n t o e f e c t i v o d o

    N í v e l R i s c o d o s s e u s

    P r o c e s s o s / U n i d a d e s A u d i t á v e i s .

    A s U n i d a d e s A u d i t á v e i s d a s u a

    O r g a n i z a ç ã o f i c a m o r d e n a d a s e

    a g r u p a d a s p o r n í v e l d e R i s c o .

    P e r m i t e u m a A v a l i a ç ã o H i s t ó r i c a d o

    R i s c o n a s u a O r g a n i z a ç ã o .

    P e r m i t e P l a n e a r c o m m a i o r e f i c i ê n c i a

    a s p r ó x i m a s a c ç õ e s d o s e u

    D e p a r t a m e n t o d e A u d i t o r i a I n t e r n a ,

    m i n i m i z a n d o o s R i s c o d e C o n t r o l o

    I n t e r n o .

    P e r m i t e c r i a r r e l a t ó r i o s d e G e s t ã o d e

    A p o i o à D e c i s ã o .

    A u m e n t a a e f i c á c i a d a s a c ç õ e s d o s e u

    D e p a r t a m e n t o d e A u d i t o r i a I n t e r n a ,

    a n t e c i p a n d o a s o c o r r ê n c i a s ,

    m i n i m i z a n d o o s R i s c o s , a c t u a n d o n u m a

    ó p t i c a d e p r e v e n ç ã o .

    S a b i a q u e a n o v a r e l e a s e d o A A F , p e r m i t i r á : R e a l i z a r A u d i t o r i a s a o s p r o c e s s o s d a s u a O r g a n i z a ç ã o , e m T e m p o R e a l , e m i t i n d o a l e r t a s s e m p r e q u e o s l i m i t e s s ã o u l t r a p a s s a d o s .

    C r i a r u m a b a s e d e C o n h e c i m e n t o c o m s é r i e s h i s t ó r i c a s p a r a f u t u r a s A v a l i a ç õ e s d e R i s c o e

    A n a l i s e s E s t a t í s t i c a s .

    A u t oma t i o n   F a c i l i t i e s   –  Módu l o   d e  A n á l i s e   d e  R i s c o   ( E n t e r p r i s e  A u d i t   R i s k  Man a g eme n t )

  • 26

    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    … D e q u e f o r m a :

    P i l o t o Au t o m á t i c o ( R A D A R )

    Monitorizando a relação entre os Factores de Risco Vs Controlo Interno/Processos de Negócio.

    Q u a l é o O b j e c t i v o ?

    O b s e r v a r , m e d i r , a l e r t a r o s I n d i c a d o r e s d e R i s c o , e n c o n t r a n d o o s P C D ( P a d r õ e s C a r a c t e r í s t i c o s d e D e s v i o ) p a r a f u t u r a s

    A v a l i a ç õ e s d e R i s c o .

    E x e m p l o d e u m I n d i c a d o r d e R i s c o ( P r o c e d i m e n t o ) .

    U m a R e l a ç ã o s e m a n a l d o s d e p ó s i t o s e

    l e v a n t a m e n t o s n u m a U n i d a d e A u d i t á v e l ,

    p a r a o s q u a i s s e d e f i n i u u m l i m i t e s u p e r i o r

    e i n f e r i o r , e m i t i n d o “ A l e r t a s ” s e m p r e q u e

    o s l i m i t e s s ã o u l t r a p a s s a d o s .

    O q u e o A A F f a z ?

    O A A F e s t a b e l e c e u m p a r a l e l o e n t r e o s I n d i c a d o r e s d e R i s c o e a s O c o r r ê n c i a s d o s P r o c e s s o s d e N e g ó c i o , c o m o o b j e c t i v o d e m e d i r a p e r f o r m a n c e d o s

    C o n t r o l o s I n t e r n o s e c a l c u l a r o s v a l o r e s

    d a s s é r i e s ( O c o r r ê n c i a s ) a o l o n g o d o t e m p o , d e f o r m a , a o b t e r o s P C D e

    i n c r e m e n t a r a B a s e d e C o n h e c i m e n t o .

    O s d a d o s r e l a t i v o s à s I n c i d ê n c i a s ( F i n d i n g s ) e n c o n t r a d a s d u r a n t e o s t r a b a l h o s d e A u d i t o r i a e o s d a d o s

    f o r n e c i d o s p e l o R A D A R . O q u e f o r n e c e o R A D A R ? S é r i e s h i s t ó r i c a s o u s é r i e s t e m p o r a i s

    d o s v a l o r e s d e u m a v a r i á v e l

    ( O c o r r ê n c i a s ) a o l o n g o d o t e m p o ( P C D ) . Q u a i s a s V a n t a g e n s ? A p o i a r o D e p a r t a m e n t o d e A u d i t o r i a

    I n t e r n a n a t o m a d a d e d e c i s õ e s , c o m

    b a s e e m a n á l i s e s e x e c u t a d a s s o b r e a

    B a s e d e C o n h e c i m e n t o .

    P e r m i t e a c t u a r d e f o r m a p r e v e n t i v a .

    P e r m i t e u m a a n á l i s e p e r m a n e n t e d a

    e f i c i ê n c i a e e f e c t i v i d a d e d o s C o n t r o l o s

    I n t e r n o s .

    P e r m i t e u m a a n á l i s e d e c u s t o / b e n e f í c i o

    d e c a d a C o n t r o l o I n t e r n o .

    o

    Na próxima edição iremos abordar o Módulo de Planeamento, baseado no Risco, Planeamento à medida e replaneamento automático. Até lá.

    Eficácia, Controlo, Transparência, Flexibilidade e Rigor

    Ainda não é Subscritor da nossa Newsletter? Envie já um e-mail para: [email protected]

    A u d i t  A u t oma t i o n   F a c i l i t i e s   –  Módu l o   d e  A n á l i s e   d e   R i s c o   ( E n t e r p r i s e   R i s k  Man a g eme n t )

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    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Como define a sua experiência em auditoria interna?

    A minha primeira experiência em auditoria interna ocorreu em 1994 quando fui seleccionado para ingressar no departamento de auditoria interna de um grupo empresarial português.

    Tive a oportunidade e o privilégio de desenvolver trabalhos continuados, durante vários anos, em diversas áreas de actividade, desde a indústria, distribuição, imobiliária, telecomunicações, e numa grande diversidade de serviços.

    Actualmente, continuo a prestar serviços de auditoria interna e gestão de risco em negócios diversificados, tais como resorts turísticos, empreendimentos residenciais, gestão de activos imobiliários, operações turísticas diversas, seed and venture Capital, Joint-Ventures e gestão de participações financeiras.

    Tenho no entanto ainda muito para aprender. Tendo presente que o valor de cada um de nós depende do contributo e do valor que

    conseguimos acrescentar aos negócios, e que a experiência em auditoria interna é um factor facilitador na criação desse valor, defino-a como um pilar fundamental para o desenvolvimento da minha actividade profissional.

    Qual a principal motivação para efectuar a cert i f icação (CIA)?

    A principal motivação para efectuar a certificação prendeu-se com obtenção de maiores conhecimentos em auditoria interna, para além de um reconhecimento de competências profissionais.

    Trata-se de uma certificação que, como é sabido, é reconhecida internacionalmente, sendo também das poucas certificações (ou mesmo a única) que é global. Independentemente da obtenção da certificação, só a oportunidade de aprender, ao frequentar formação específica relacionada com as melhores práticas de auditoria interna, já por si justificou o “tempo ganho” com o processo de certificação.

    Miguel Gomes

    Tenho no entanto ainda muito para aprender. Tendo presente que o valor de cada um de nós depende do contributo e do valor que conseguimos acrescentar aos negócios, e que a experiência em auditoria interna é um factor facilitador na criação desse valor, defino-a como um pilar fundamental para o desenvolvimento da minha actividade profissional.

    A palavra ao CIA

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    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    … Que vantagens identif ica na sua função após a certif icação (CIA)? Na minha opinião a maior vantagem reside no facto de se tratar de uma certificação de competências profissionais para o exercício de uma função, reconhecida de forma global. Tendo em conta que a função de auditoria interna se está a tornar cada vez mais imprescindível na gestão das empresas, e que a globalização e a mobilidade de pessoas e recursos é uma realidade cada vez mais presente, não tenho qualquer dúvida de que uma certificação deste tipo assumirá cada vez maior importância no futuro. Não basta dizer que se sabe, o que as empresas e os gestores precisam é de pessoa com competências profissionais para responder aos diversos desafios das empresas. Penso que a certificação em muito contribuirá nessa escolha.

    Qual a importância que a cert i f icação CIA tem na sua empresa?

    Pela minha experiência, o que posso dizer é que a certificação é bastante reconhecida e valorizada pelas empresas. Para a organização em que presto serviços, em que a auditoria interna é uma das áreas de suporte à gestão, este tipo de certificação assume bastante relevância.

    Que importância tem a cert if icação CIA na valorização da auditoria interna, em Portugal?

    Sendo uma certificação profissional reconhecida internacionalmente, não tenho qualquer dúvida de que dará um forte incremento no desenvolvimento e valorização da auditoria interna em Portugal. Penso que cada vez mais, os gestores irão aperceber-se das vantagens e da importância da função de auditoria interna e da certificação (CIA).

    O que considera relevante para a preparação da cert if icação?

    No meu caso pessoal, a experiência profissional foi de facto uma grande ajuda para a obtenção da certificação. Em relação à preparação para o

    exame, penso que a formação organizada pelo IPAI é uma excelente forma de os candidatos aumentarem fortemente as probabilidades de passarem no exame. São acções de formação muito objectivas e orientadas para as matérias abrangidas no exame.

    O que achou mais interessante/dif íci l no exame (CIA)?

    O mais interessante foi confrontar aquilo que era fruto da minha experiência profissional com a resolução dos casos práticos apresentados no exame. Foi bastante interessante pôr em prática a minha experiência na resolução deste tipo de exercícios. Não menos interessante foram também os temas relacionados com as práticas profissionais de auditoria, cujo estudo me permitiu corrigir e melhorar alguns aspectos na minha actuação como profissional de auditoria interna.

    Que conselho dá aos colegas que se queiram cert if icar (CIA)?

    O conselho que dou é que, se têm motivação, não olhem para trás nem percam mais tempo. Agarrem a oportunidade e o desfio candidatando-se à certificação, porque tenho a certeza que o futuro dos profissionais de auditoria interna passará necessariamente por este tipo de certificações.

    Como aprecia o papel do IPAI na organização da cert if icação CIA em Portugal?

    Penso que os profissionais de auditoria interna têm muito a agradecer ao IPAI pelo apoio e desenvolvimento de iniciativas ao nível da formação profissional, bem como pelo contributo decisivo dos seus colaboradores directos para que o exame CIA fosse uma realidade em Portugal.

    o

    o Seja um CIA. Consul te o s i te do IPAI .

    A p a l a v r a a o C I A

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    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Como def ine a sua experiência em i toria

    Assembleia Geral Anual 2009 Decorreu no passado dia 4 de Março de 2009 a Assembleia Geral Anual do IPAI, tendo sido aprovado por unanimidade: 1. O Relatório e Contas e de actividade de 2008; 2. O Plano de Actividades e Orçamento para 2009. Podem consultar os documentos e respectiva acta em

    http://www.ipai.pt/gca/index.php?id=133

    Algumas fotos do evento:

    O Presidente de Direcção no uso da palavra

    O Presidente do Conselho Fiscal no uso da palavra

    Pode comentar para [email protected])

    Notícias

    Presidente do Conselho, Presidente da Direcção,

    Presidente da Mesa da Assembleia Geral e Presidente do

    Conselho Fiscal

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    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Novos associados

    Dulce Maria Guerra do Nascimento

    Tânia Isabel Germano Mota

    Adriana Luísa M.P.P. Gonçalves

    Mafalda Baptista

    António Xavier Costa Folgado

    Fernando Manuel Bento Pereira

    João Manuel Casa Nova Barão

    Rui Pedro E. Cupertino de Miranda

    Francisco Pedro Ricardo Torres

    Ana Mafalda Marques Martins

    Rui Miguel Vicente Constâncio

    António Eduardo Botas Grilo

    José Inácio Ramos Bonecas

    Cláudia Alexandra P.L. Cruz Grencho

    Maria da Conceição Sá D. Ribeiro Ferraz

    Daria Helena Pimpão Segura

    Pedro Miguel Vilhena Melo Machado

    Maria Manuela da Fonseca Louro

    Paulo Jorge Guerra Gonçalves

    Vítor Manuel Ramos Pires

    Nuno Miguel Bernardo de Morais

    Carla Maria T. Brito Santos Patrício

    António Manuel D. P. Santos Pinheiro

    Célia Maria Marques Pereira

    Marina Múrias de Mira Coelho

    Ana Sofia Faria e Novais

    Maria da Luz Claro

    Maria José C. M. Geraldes Freire

    Ana Cristina Trigo Relvas

    Cristina Maria Calado Martins

    Álvaro Manuel Miraldes Santos Ribeiro

    Lélio Manuel Vicente Sousa Branca

    Mónica Sandra Abreu Tomás

    Sara Carvalho Vicente Bernando

    António José Torres Pires

    Susana Alexandra Oliveira Martins

    Maria de Lurdes Rodrigues Fernandes

    Carla Isabel da Silva e Sousa

    Pedro Miguel Ribeiro Cunha

    Ricardo José Ramos Antunes

    Ana Maria dos Santos Marques

    Susana Maria F. Carneiro Madureira

    Manuel João Ribeiro

    Maria Inácia Nepomuceno Lucas

    Maria Georgina Madeira de Moura

    Maria de Fátima P. Cara-Linda Charuto

    Carla Filipa de Almeida Soares

    Maria Delfina dos Santos Reis

    António Vasco Guimarães da Silva

    Dora Manuela Antunes F. Nascimento

    Luís Manuel do Rosário Fortes

    Nuno Miguel Brás Pinto

    Joana Cristina Monforte Monteiro

    João Pedro Castelo Badalo

    Ana Paula Mourão Rodrigues

    José Duarte Direito Tomaz

    IIA Ranking de associados (CBOK 2006)

    Bélgica  1154 

    Bulgária  357 

    Chipre  276 

    Dinamarca  390 

    Espanha  1556 

    Estónia  135 

    Finlândia  584 

    França  2937 

    Grécia  456 

    Holanda  1741 

    Islândia  100 

    Itália  2531 

    Luxemburgo  325 

    Noruega  662 

    Polónia  520 

    Portugal  375 

    Reino Unido e Irlanda  7185 

    República Checa  886 

    Roménia  214 

    Suécia  542 

    Suíça  305 

    Turquia  554 

    N o t í c i a s

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    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Caneta Digital

    Seja simpático para as pessoas quando está a progredir pois irá encontrá-las quando estiver em queda.

    Wilson Mizner

    I respect faith, but doubt is what gets you an education.

    Wilson Mizner

    Um testemunho sobre o novo site do IPAI

    Assunto: RE: IPAI - Entrevista - CONFERÊNCIA

    Caros Colegas do IPAI,

    MUITOS PARABÉNS pelo vosso novo site.

    ADOREI....

    Gostei muito, quer pela informação que nos fornecem quer pelas cores fortes que possui ( a cor vermelha fica excelente), mas também sou suspeita, porque adoro o vermelho, que interpreto como uma cor de muita força, ambição, poder no bom sentido, liberdade ....

    Simplesmente, uma cor MUITO FORTE. A cor branca que é o fundo do site fica óptima...é a cor da PAZ, da HARMONIA. Duas cores que conjugam muito bem. Parabéns ao designer gráfico.

    Já me inscrevi para a área reservada, pois sou uma grande e recente admiradora do vosso Instituto, apesar de só ter um ano e meio de Associada. Agradeço-vos também pelo que sou hoje como Auditora (Júnior, se assim me posso designar) no meio hospitalar, pois tenho aprendido muito, mas muito convosco. BEM HAJAM. FELICIDADES para o IPAI e para todos os seus colaboradores. Com os melhores cumprimentos, Ana Mafalda Costa A Direcção do IPAI agradece todas as opiniões sobre o site e revista. O contributo dos sócios é essencial para melhorarmos. Amanhã faremos melhor com o contributo de todos.

    Biblioteca do auditor

    Livros para Venda

    The International Professional Practices Framework (IPPF) is the conceptual framework that organizes authoritative guidance promulgated by The Institute of Internal Auditors. IPPF guidance includes:

    Mandatory Guidance

    Definition of Internal Auditing Code of Ethics Standards Strongly Recommended Guidance

    Position Papers Practice Advisories Practice Guides

    Preço para sócios: 36,73 Euros; Preços para não sócios: 38,40 Euros; Acresce portes de correio: 4,00 Euros (Portugal Continental).

    Preço: 30 Euros; Portes de correio: 3,30 Euros (Portugal Continental).

    Para encomendar

    Enviar cheque a favor do Instituto Português de Auditoria Interna, com indicação do livro pretendido e morada para envio (ou utilizar o método de transferência bancária utilizando o NIB

    do IPAI, com informação através do correio electrónico [email protected])

    Igualmente, pode encomendar em http://www.ipai.pt/catalogo/detalhes_produto.php?id=4

    Não hesite em contactar-nos. Telef. / Fax 213 151 002

    (Dr. Bombarda Azevedo.

    N o t í c i a s

    Não podemos escolher as cartas que nos são distribuídas, a nossa liberdade reside em saber jogá-las.

    Randy Pausch

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    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Publicidade

    Pesquisa de Institutos de Auditoria - Europa

    http://www.iiabel.be/ Welcome to IIA Belgium The Institute of Internal Auditors - Belgium v.z.w. (IIA Bel) is the only professional body in Belgium dedicated to the profession of Internal Audit. You may use the different menus of the website to find out more about our Institute and the profession of internal audit

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    Auditoria Interna Janeiro/Março 2009 Nº 33

    Pesquisa em Blogues http://gesbanha.blogs.sapo.pt/202418.html Governo aprova criação Conselho Nacional de Supervisão da Auditoria

    Recolha em 20set08 -

    http://audijuris.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_09.html

    Setembro 22, 2004

    Tópicos do dia para um auditor (Extracto)

    Acabei de ler a revista de Auditoria Interna do IPAI, n.º 18-

    Set.2004. Em jeito de reflexão sobre os tópicos que mais

    retive e que deverão ser tidos em conta por todos os

    profissionais de auditoria e instituições de controlo, sublinho

    os seguintes:

    1. " O auditor é um estrangeiro para a entidade ou função

    auditada: é normal que as suas observações e

    recomendações sejam acolhidas com cepticismo pela

    entidade ou função auditada e pelos profissionais que a

    dirigem: O que sabe ele? Se quiser então que venha fazer!

    Julgam que são os maiores. E para mais, os riscos que ele

    assinala, são verdadeiros ou servirão apenas para justificar o

    seu emprego e para se pôr em evidência?"

    Olivier Lemant

    2. O GAO ( General Accounting Office ) recomenda que, em

    matéria de controlo de qualidade, os auditores participem,

    pelo menos uma vez em cada três anos, num programa de

    revisão de qualidade executado por uma entidade externa ao

    respectivo serviço.

    3. Sustenta também o GAO, em termos de acompanhamento

    das recomendações ( follow up ), que " uma das mais-valias

    do trabalho de auditoria não está nas recomendações feitas,

    mas sim na sua concretização eficaz". Para o efeito

    recomenda:

    - Alta qualidade das recomendações: as quais devem ser

    positivas no seu tom e conteúdo, bem dirigidas, credíveis e

    específicas;

    - Compromisso: devem promover a acção, acreditar nas suas

    próprias recomendações e na necessidade de mudança;

    - Acompanhamento da implementação: deve existir uma

    base consistente para a supervisão e acompanhamento das

    acções que garantam a sua continuidade;

    - Especial atenção para as recomendações mais importantes:

    o relatório de auditoria deve hierarquizar as recomendações

    formuladas.

    4. O Instituto Nacional de Auditoria Australiano, no seu

    manual de boas práticas, considera importante a realização

    de questionários periódicos a realizar junto das entidades

    auditadas, tendo em vista assegurar a melhoria continua do

    trabalho de auditoria em termos de eficácia e de eficiência.

    5.Uma Boa governação de auditoria sublinha:

    - O contributo do auditor é a sua perspectiva nova, a sua

    liberdade de espírito e a sua independência de julgamento;

    - O auditor interessa-se pelas dificuldades da entidade

    auditada, de modo a corresponder às expectativas criadas

    com a chegada da equipa de auditoria;

    - O auditor avalia os processos e os sistemas e não as

    pessoas;

    - O auditor trabalha com transparência, não esconde o que

    vai fazer e informa o que vai relatar;

    - (Num trabalho de auditoria) a relação auditor-auditado tem,

    essencialmente, por objectivo facilitar os trabalhos de auditor

    e de convencer o auditado da necessidade de respeitar as

    regras;

    - O relatório responsabiliza o auditor. A acção de auditoria

    não é um entendimento restrito "auditor-auditado";

    - O auditor deve reivindicar para sua acção a função auxílio e

    a profissão de especialista em identificação e resolução dos

    riscos negativos e disfuncionamentos;

    - O auditor é verdadeiro e credível e está ao serviço do

    diagnóstico de gestão;

    - O auditor deve estabelecer um clima de confiança e de

    cooperação, fazendo prova de que "sabe escutar".

    6. Pecados capitais da auditoria interna:

    - falta de cultura ética; - falta de benchmarking;- não saber

    trabalhar em equipa

    - não adopção dos princípios de Corporate Governance; -

    falta de plano de acção baseado em matriz de risco; - falta de

    perspectiva de negócio; desconhecimento dos riscos

    negativos; relatórios sem oportunidade; ausência de política

    de incentivos e de avaliação do desempenho; - ausência de

    conceitos de cidadania e de responsabilidade social; - falta

    de formação; - falta de formação em ética.

    Posted by audijuris at 03:23 PM

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