revista logÍstica 282 - abril 2014
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Sorters: automação na separação de pedidos; Transpaletes: o básico da movimentação; e Operação Sazonal: preparação para a PáscoaTRANSCRIPT
Transpalete: o básico da movimentação
Operação sazonal: preparação para a Páscoa
Sorters: automação na separação de pedidos
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Para solicitar edições anteriores que não estiverem esgotadas: [email protected].
Assinaturas: [email protected]
Circulação: Daniel Covo
Publicidade: [email protected]
Redação: Sylvia Schandert Thaís de Paula Gabriela MendonçaGuilheme Almada FegyveresAndreya Karyme Sarraf
Foto de capa: SSI-Schaefer
Editoração e edição de arte: Kátia O. Gomes e Gabriele Freire dos Santos
Revista LOGÍSTICA a 1a revista de Logística, Movimen-
tação e Armazenagem de Materiais, é uma publicação
mensal. Registro no Cartório de Títulos e Documentos
sob no 1086, em 16 de abril de 1980.
A Revista LOGÍSTICA é uma publicação do Grupo
A revista LOGÍSTICA não se responsabiliza pelos
conceitos emitidos nos artigos assinados ou entrevistas.
Não publicamos matérias redacionais pagas. Todos
os direitos reservados. Nenhuma parte do conteúdo
desta revista poderá ser reproduzida ou transmitida, por
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ISSN 1679-7620
Finalizam-se os prazos
Segundo o Banco Mundial, em um levantamento anual, o Brasil acaba
de perder 20 posições no ranking de eficiência da infraestrutura
logística e de transportes. Entre os 160 Países analisados, o País
caiu de 45º para 65º.
Más notícias para o País, mas muito condizente com o cenário atual,
onde raramente as coisas são entregues no prazo. Já estamos em Abril e
o evento mais comentado do ano está batendo a porta: a Copa do Mundo.
Como qualquer operação sazonal, a preparação para os jogos foi prevista e
iniciada há tempos. Quem se planejou bem só tem a comemorar, mas para
quem se atrasou, vai ficando cada vez mais difícil recuperar o ritmo em
tempo para a competição.
Mostramos nessa edição a importância do planejamento para operações
sazonais, destacando um evento que está por vir e que também altera, em
muito, o ritmo de alguns fabricantes e distribuidores: a Páscoa.
Outro destaque dessa edição fica a cargo dos sorters (sistemas automá-
ticos de classificação), cada vez mais presentes nas operações logísticas.
Também falamos sobre os diferentes tipos de transpaletes, um dos equi-
pamentos mais utilizados na movimentação de materiais, onde listamos
os diferentes modelos (entre manuais e elétricos) e suas vantagens na
movimentação horizontal.
Por fim, a Revista LOGÍSTICA esteve na MOVIMAT Nordeste, que ocor-
reu em Pernambuco e mostrou diversas novidades para o setor logístico,
principalmente soluções voltadas para atender as demandas da região que
não para de crescer.
Boa leitura e até Maio!
EDITORIAL
Reinaldo A. Moura
Diretor do Grupo IMAM
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R E P O RTAG E N S08
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Pessoas ou máquinas?
Novo CD da Fras-le
Publieditorial: Almi fala sobre condomínios logísticos
Carrinhos no e-commerce
Nova norma de segurança NR12
Logística sazonal: Páscoa
Especial: trasnpaletes
Logística de distribuição de alimentos
Missão Japão inspira criação de equipamento customizado
A importância do serviço de transporte
Garfos para movimentação especial
Cobertura MOVIMAT Nordeste
ano
35 • nú
mero
282 • Ab
ril 2014
Transpalete: o básico da movimentação
Operação sazonal: preparação para a Páscoa
Sorters: automação na separação de pedidos
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S E Ç Õ E S06 Mercado
10 Destaques internacionais
30 Serviços logísticos
58 Mobilidade
60 Literatura Técnica
66 Dez Pontos sobre...
C A PASorter na automação
S É R I E S 12 Segurança na MAM
20 Logística pelo Mundo
24 Supply Chain Managment
38 Tecnologia da Informação
44 Logística Reversa
52 Lean
56 Infraestrutura Multimodal
34
Í N D I C EN ú m e r o 2 8 2 | a b r i l 2 0 1 4
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CACHOEIRINHA BUSINESS PARK | ABL Total (m2): 29.348
LOG JUIZ DE FORA | ABL Total (m2): 52.000 LOG VIANA | ABL Total (m2): 60.000
LOG GOIÂNIA | ABL Total (m2): 78.000
Juiz de Fora · MG Viana · ES
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6 março 2014
MERCADO
Não acredito em automação! O pessoal do CD não está preparado.
Filial nova na região Sul
Com sua sede brasileira localizada em um galpão logístico na cidade de Cotia
(SP), a Hörmann tem sua primeira filial na região Sul, em Itajaí (SC). A decisão
da empresa vem após a operação brasileira registrar crescimento de 50% no
faturamento em 2013. www.hormann.com.br | (11) 3053-9353
Incorporação de empresaA Terex Latin America incorporou
a empresa Demag Cranes &
Components, ampliando, ainda mais
seu portfólio de produtos na região,
que passa a contar com soluções
completas para a movimentação de
materiais. Com esta transação, todos
os direitos e obrigações da Demag
serão sucedidos pela Terex.
www.terex.com.br | (11) 4082-5600
Nova fábricaA Truckvan, empresas de baús
e carretas customizadas, investe
aproximadamente R$ 8 milhões
em uma nova fábrica de baús de
alumínio. Localizada em uma área de
5.700 m² no bairro de Cumbica, em
Guarulhos (SP), a nova unidade, com
inauguração prevista para o início
do segundo semestre, aumentará a
produção de baús.
www.truckvan.com.br | (11) 2635-1133
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Marca novaA Aesa Empilhadeiras, especializada
em locação e venda de máquinas
novas e seminovas, agregou ao seu
portfólio uma nova marca. Agora a
fabricante espanhola AUSA passa a ser
representada pela empresa brasileira
com o objetivo de consolidar a marca
no País. Os destaques da nova linha
são as varredeiras e os dumpers.
www.aesaempilhadeiras.com.br | (11)
3488-1466
Fornecedora de pneusA Standard Tyres, localizada na Bahia,
foi escolhida como o fornecedora
de pneus e rodas para a nova
fábrica de empilhadeiras Toyota no
Brasil, em São Paulo. A planta fabrica
três modelos de empilhadeira a
combustão da série 8.
www.standardtyres.com.br | (11) 3719-0070
Armazem verticalA SSI Schaefer lança o armazém
vertical Logimat, solução em
armazenamento de modo compacto
e ergonômico. O sistema oferece
economia de 90% de espaço e
reduz a movimentação do operador
gerando uma performance melhor.
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Entreposto entre regiõesA Supporte Logística comemora
quatro anos como entreposto da Zona
Franca de Manaus em Uberlândia (MG).
A empresa realiza operações logísticas
completas para grandes empresas
como Pioneer, BIC, Hitachi, Copag, Souza
Cruz, Bramont, dentre outras.
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Novo armazém
O Porto de Paranaguá (PR) receberá
um novo armazém construído pela
produtora de papéis Klabin. O projeto
prevê uma área útil de estocagem de
17 mil m² e capacidade para guardar
até 80 mil toneladas de celulose. O
BNDES aprovou financiamento de
R$ 3,37 bilhões para o novo armazém.
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Filtro de combustível A Parker Hannifin apresenta
o Racor GreenMax, filtro de
combustível separador de água que
utiliza elemento filtrante ecológico
para motores a diesel. Seu design
modular permite a abertura e troca
do elemento filtrante, evitando o
descarte da carcaça metálica e copo
plástico do conjunto.
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Utilitário com opcional de porta econômicaO modelo Kangoo 2015 da Renault traz
a nova identidade visual da marca, além
de inovações no interior, com tecidos nos
bancos, freios ABS e airbag duplo. Agora
com a porta lateral mais econômica, que
aumenta a funcionalidade no dia a dia, o
veiculo oferece 800 kg de capacidade.
www.renault.com.br | (11) 2761-6200
Mais espaçoA DC Logistics Brasil pretende
abrir uma nova filial em Recife (PE).
Atualmente, a DC Logistics mantém
unidades nas cidades de Itajaí (SC),
Curitiba (PR), São Paulo (SP), Manaus
(AM), Porto Alegre (RS), Campinas
(SP), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES) e
Belo Horizonte (MG).
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8 abril 2014
AUTOMAÇÃO
Com certeza, você já se depa-
rou com essa antiga ques-
tão, que normalmente gera
muita discussão: investir em
pessoas ou máquinas?
Seja no ambiente empresarial ou
ainda em simples reuniões de amigos, al-
gumas frases comuns de se escutar são:
• “a mão de obra está se tornando
cada vez mais cara”;
• “a tecnologia está cada vez mais
acessível”;
Pessoas ou máquinas: onde apostar?Há 35 anos a IMAM realiza desenvolvimento profissional (“pessoas”), projetos de automação (“máquinas”) e recomenda onde investir
• “os sindicatos são indiretamente
responsáveis pela automação, pois
foram eles que aumentaram o custo
da mão de obra para as empresas”;
• “o homem será sempre necessário,
a automação nunca o substituirá”;
• “a falta de mão de obra qualificada
aumenta o ritmo da automação”;
• “investir em pessoas é muito melhor
que investir em máquinas”;
• “advogados oferecem a oportuni-
dade de entrar com ações trabalhis-
tas (devido a condições inseguras)
contra seus empregadores”;
• “a máquina irá substituir o homem
apenas nas atividades perigosas,
sujas e pesadas”.
Estas questões divergentes geram
dúvidas e por isso, a proposta deste
artigo é apresentar a realidade na
visão de uma das mais experientes
empresas de consultoria que atua com
projetos de automação e desenvolvi-
mento profissional.
Automação ganha espaço
para empresas que procuram
ter operações enxutas
maquinas ou pessoas.indd 8 25/03/2014 13:56:50
abril 2014 9
Projetos de Desenvolvimento Profi ssional e Automação
Imagine você fazendo parte de um
time que tem a oportunidade de reali-
zar, ao mesmo tempo, grandes Projetos
de Desenvolvimento Profissional (Pes-
soas) e também grandes Projetos de
Automação, nas áreas de Supply Chain,
Logística e Gestão Industrial.
Esse é o ambiente da IMAM Con-
sultoria, que desenvolve uma média de
100 projetos anuais e, com base nestas
experiências, avalia constantemente
esta relação da automação com o de-
senvolvimento profissional.
História e TendênciaEm 1982 Reinaldo Moura, funda-
dor do Grupo IMAM, publicou sua
dissertação de mestrado com o tema
“Flexibilidade: homem ou máquina”,
um comparativo entre os FMS -
Flexible Manufacturing Systems e
FSE - Fabricação Sem Estoques. O
desafio destes projetos que a IMAM
Consultoria enfrentou, nos seus pri-
meiros 25 anos, podiam ser descritos
como operações que buscavam con-
tinuamente a melhoria da qualidade
e produtividade, com grande esforço
técnico e comportamental das pes-
soas. Os conceitos como “Lean”,
liderança, trabalho em equipe, entre
outros, com ênfase em desenvolvi-
mento da mão de obra, geravam um
excelente resultado de curto, médio e
longo prazo.
Essa realidade perdurou no Brasil
durante anos, pois os elevados inves-
timentos em automação só se mostra-
vam viáveis se o empresário aceitasse a
justificativa dos investimentos a partir
de fatores qualitativos, tais como: sa-
tisfação do cliente, redução de erros,
imagem da empresa, entre outras.
Em resumo, era muito comum
um dirigente de alguma empresa se
deparar, principalmente no exterior
ou em empresas concorrentes, com
alguma solução mais automatizada.
Porém, quando ele solicitava um es-
tudo de análise de viabilidade deste
investimento, eram apresentados di-
ferentes cenários e, em 90% dos casos,
os vencedores eram aqueles baseados
na simplificação dos processos e na
capacitação da mão-de-obra.
A justificativa era óbvia: a empresa
conseguiria atingir seus objetivos nos
próximos 5 a 10 anos, sem a necessida-
de de grandes investimentos.
Mas nos últimos 10 anos observa-
-se uma forte tendência, destes es-
tudos, de viabilizar os investimentos
em automação (máquinas), reduzindo
significativamente a mão de obra
operacional, dando mais espaço a
uma mão de obra mais restrita, cara
e especializada.
PESSOAS + MÁQUINASForam principalmente os investi-
mentos em operações enxutas (produ-
tividade) que levaram várias organiza-
ções, que já iniciaram este processo há
muitos anos, a atingir um melhor nível
de desempenho operacional. E é neste
cenário, quando se projeta um cresci-
mento da operação, onde a automação
ganha mais espaço.
Isto não significa que a empresa
vai abrir mão de toda sua mão de obra
operacional, mas sim que vai diminuir
sua dependência de um grande contin-
gente da mesma, podendo investir em
treinamento e capacitação de um grupo
menor de pessoas que conseguirão re-
alizar um volume maior de operações.
Isto também não significa que a em-
presa irá seguir um processo de demis-
são, mas sim reduzir sua dependência
de contratação de novos funcionários
e dedicar mais tempo no treinamento
e capacitação dos atuais.
Conseguir viabilizar uma operação
logística ou de manufatura que integre
pessoas e “máquinas” é um desafio não
só técnico, mas que envolve todas as
áreas da organização.
Repense suas operaçõesA recomendação que a equipe de
projetos da IMAM Consultoria fornece
é: “repense seus projetos de desenvol-
vimento profissional e de automação,
pois o cenário dos últimos anos mudou
e estas novas oportunidades podem
dar a sua empresa uma vantagem
competitiva muito relevante”.
Vemos atualmente que a velha
questão pessoas vs máquinas deu lu-
gar a relação pessoas + máquinas.
Tendência é aliar mão de obra operacional com soluções automatizadas
Eduardo Banzato
é diretor da IMAM
Consultoria
Eduardo Banzato
é diretor da IMAM
Consultoria
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10 abril 2014
destaques internacionais
Sistema de reconhecimento de vozA Belgravium oferece um sistema de reconhecimento de
voz com uma plataforma operacional baseada no software
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Missouri (EUA). São 416 painéis que foram instalados
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12 abril 2014
SEGURANÇA NA MAM
Regras para operar empilhadeirasVeja quais as ações que o operador deve ter antes, durante e depois de usar o equipamento
Todas as empresas que
empregam operadores de
empilhadeiras devem asse-
gurar que os operadores do
equipamento sejam capa-
zes de executar as atividades exigidas.
Eles também devem ser treinados e
avaliados para determinar suas quali-
ficações. Os operadores também devem
ser regularmente reavaliados com
treinamento complementar aplicado
conforme necessário.
O treinamento deve incluir tanto
instruções em sala de aula quanto
exercício práticos específicos para os
tipos de equipamentos que o treinando
será autorizado a operar. O conteúdo
do programa devem incluir avaliação e
treinamento de reforço ou corretivo e
manutenção do registro de certificação
exigido do empregador.
Veja quais as ações que o operador deve ter antes, durante e depois
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Regras para operar empilhadeirasVeja quais as ações que o operador deve ter antes, durante e depois de usar o equipamento
Função do equipamentoOs operadores devem entender
como e onde cada tipo de empilha-
deira será usada. O manual de ope-
ração fornecido com a unidade cobre
as partes básicas do equipamento,
localização e função dos controles
e outras informações específicas
sobre aquela máquina. A função
do equipamento deverá cobrir no
mínimo as seguintes áreas: direção,
capacidade e peso da empilhadeira,
estabilidade do equipamento, con-
troles, visibilidade, equipamento de
proteção do operador, dispositivos
de sinalização sonoros e visuais
e acessórios.
DireçãoMuitas empilhadeiras são diri-
gidas pelas rodas traseiras e elas
podem se deslocar para o lado muito
rápido durante uma curva enquanto
avançam para frente. Esse movi-
mento é chamado “rabeadas”. Os
operadores devem estar cientes das
“rabeadas” e sempre verificar para
que a área do giro esteja livre antes
de virar.
Capacidade e pesoA capacidade e peso da empi-
lhadeira equipada estão exibidos na
placa de capacidade, que informa
peso e centro de carga. A capacidade
é a carga máxima que a empilhadeira
pode operar. O centro de carga é a
distância da face frontal dos garfos,
até o centro de gravidade da carga.
Também se assume que a localização
do centro de gravidade na direção
vertical não é maior que a dimen-
são do centro de carga horizontal
especificado.
Em empilhadeiras elétricas, a bate-
ria é parte do contra-peso. A placa de
capacidade dá o peso aproximado do
equipamento com a bateria instalada.
Também fornece os pesos mínimo e
máximo da bateria. Se a bateria for
trocada ou substituída, o peso deve
atender as especificações encontra-
das na placa de capacidade e ficar
adequadamente localizada dentro do
compartimento da bateria.
Para manter a
estabilidade, as
cargas precisam estar
dentro da capacidade
da empilhadeira,
centralizadas e com
o garfo abaixado
Veja quais as ações que o operador deve ter antes, durante e depois
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14 abril 2014
Operadores devem saber como executar
a inspeção no início de turno. Se algo
que afeta o uso do equipamento for
dectado, ele deve ser retirado de serviço
Estabilidade É importante lembrar que se as
empilhadeiras não forem operadas
adequadamente, elas podem tombar
o que resultará em sérias lesões ou
morte. Os operadores devem estar
cientes que uma empilhadeira, numa
curva, realmente tombará mais
fácil quando vazia do que quando
carregada com a carga abaixada.
Mas em todos os casos (carregada
ou descarregada) a estabilidade é
afetada pela superfície na qual o
veículo está trabalhando. A fim de
manter a estabilidade, é preciso que
as cargas fiquem dentro do limite de
capacidade da empilhadeira, centra-
lizadas e balanceadas, abaixadas em
deslocamento e sem inclinar o mastro
muito para frente ou para trás com a
carga elevada.
VisibilidadeEmpilhadeiras são projetadas para
elevar e movimentar cargas. Mas podem
existir casos em que a carga obstrui ou
reduz a visibilidade à frente do opera-
dor. Nesse caso, o equipamento deve
ser operado em ré. Contudo, existem
algumas tarefas em que é necessário
se deslocar à frente indiferente da
visibilidade. Isso acontece quando os
operadores estão entrando e saindo de
carretas, se deslocando em rampas, re-
tirando ou depositando cargas. Quando
for necessário se deslocar numa direção
onde a visibilidade está bloqueada, a
área deve estar isenta de pessoas e
outra pessoa deve auxiliar o operador.
AcessóriosExiste uma ampla gama de aces-
sórios para empilhadeiras. Todos os
acessórios exigem treinamento do
operador antes do uso. Fabricantes
de acessórios fornecem materiais
de treinamento que podem ajudar
os operadores a melhor entender as
características e limitações desses
produtos. Eles também devem estar
cientes de como os acessórios afetam
a capacidade da empilhadeira.
Inspeção no início do turnoOperadores de empilhadeira de-
vem saber como executar a inspeção
no início de turno. Se alguma coisa
que afeta o uso do equipamento for
detectada, o equipamento deve ser
imediatamente retirado de serviço
(equipamento identificado e chave
retirada). A falha deve ser reparada
por um mecânico treinado antes da
unidade ser colocada novamente em
serviço. Os itens a serem verificados
incluem equipamento de proteção do
operador; condição e desgaste do garfo,
condição e pressão do pneu, níveis de
óleos, níveis de combustível, condição e
nível de eletrólito da baterias, direção,
controles e instrumentais, verificação
geral de trincas, danos ou vazamentos,
funcionamento do freio e correto fun-
cionamento do mecanismo de elevação.
Reabastecimento e troca de bateria
Informações gerais de segurança
referentes aos combustíveis, gasolina,
GLP e diesel estão cobertas no manual
de operação. Deve-se exercer cautela
para garantir que os operadores sigam
as regras de segurança ao reabastece-
rem empilhadeiras.
Como no reabastecimento, as in-
formações gerais de segurança para
verificação, troca e carga de baterias
estão cobertas no manual de operação.
Desligando o equipamentoQuando o operador desliga o
equipamento, os garfos ou acessó-
rios devem ser totalmente abaixados
e inclinados para frente (as portas
dos garfos devem tocar o chão), os
controles devem estar na posição
neutra e o freio de estacionamento
acionado. Se o operador se afastar
mais de 7,5m do equipamento ou sair
do seu alcance de visão, o motor deve
ser desligado, a transmissão manual
se estiver equipada deve permanecer
engatada e a válvula do tanque de
GLP (se usar esse combustível) deve
ser fechada. É recomendado que os
equipamentos não estacionem em
rampas. Contudo, se a empilhadeira
precisar ser deixada numa rampa, é
preciso calçar as rodas para que não
se movimente.
Respeito aos limitesInstruir os operadores para movi-
mentarem apenas cargas seguramente
organizadas e estáveis dentro do
limite de capacidade do equipamento.
Os operadores nunca devem ser soli-
citados a movimentarem cargas mais
pesadas que o limite de capacidade da
empilhadeira. Ao movimentar cargas
longas, largas ou altas, é importante
verificar todas as passagens e estar
ciente que essas cargas podem afetar
as características de movimentação da
empilhadeira.
Ao remover uma carga, os gar-
fos devem ser colocados sob a mais
distante possível com o mastro ligei-
ramente inclinado para trás Deve-se
tomar cuidado quando a carga for
elevada pois ela não deve ser inclinada
para frente exceto quando estiver na
posição correta para ser depositada.
Ao empilhar, usa-se apenas uma incli-
nação para trás.
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16 abril 2014
armazenagem
A Fras-le inaugurou em
fevereiro, em Caxias
do Sul (rS), o Centro
Logístico Fras-le como
parte das comemora-
ções do seu sexagésimo aniversário.
a iniciativa duplicará a capacidade
de armazenagem de produtos e tri-
plicará a de expedição numa área to-
tal construída que passa de 3.400m²
para 6.600m². O objetivo é qualificar
ainda mais o atendimento aos merca-
dos nacional e internacional.
Com presença em mais de 100 pa-
íses, a Fras-le é uma das cinco maio-
res fabricantes mundiais de materiais
de fricção, com fábricas localizadas
no Brasil, estados Unidos e China e
centros de distribuição na argenti-
na, europa e estados Unidos, além
de operações comerciais nos esta-
dos Unidos, Chile, europa, méxico,
emirados Árabes e África do Sul que
permitem agilidade no atendimento
às demandas internacionais. Com
a aquisição estratégica da empresa
Fras-le inaugura centro logístico Novo CD foi lançado na comemoração dos 60 anos da empresa
Controil, em 2012, fabricante de com-
ponentes para freios e embreagens e
polímeros automotivos, a Fras-le am-
pliou ainda mais seu mercado de atu-
ação, levando aos seus clientes uma
gama maior de soluções. Com seis
décadas de atividade, a Fras-le é hoje
uma marca global.
Centro logísticoO objetivo do centro logístico é
unificar todo o processo de estoca-
gem, até então em três pontos diferen-
tes, sendo que o espaço destinado ao
mercado de reposição ficava na em-
presa, enquanto produtos destinados
à exportação e às montadoras eram
estocados em fornecedores terceiriza-
dos. “Trata-se de novo conceito em lo-
gística que visa consolidar e permitir
total gerenciamento do estoque, além
de garantir a competitividade no mer-
cado global”, explica alfredo Lorenzo-
ni, gerente de Logística da empresa. a
criação deste centro repercutirá em
ganhos em todo o processo logístico,
O CD duplicou a capacidade de armazenagem de produtos e triplicou a de expedição numa área total construída que passa de 3.400m² para 6.600m²
16 abril 2014
por meio da redução da movimentação
dos produtos, espera excessiva para
carregamento, dentre outras vanta-
gens. Com a gestão centralizada de
estoques, os produtos saem das linhas
de produção e são estocados direta-
mente ao lado, no Centro Logístico da
Fras-le. a expedição ocorre direto do
CD para o destino final.
Concebido dentro de um arrojado
projeto industrial, o Centro Logístico
ficou pronto em apenas 10 meses e
sem registro de acidentes. as questões
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abril 2014 17
Características operacionais Antes Após
Capacidade de expedição 100 t/dia 320 t/dia
Capacidade de recebimento/estocagem 150 paletes/dia 500 paletes/dia
Posições de estocagem 3800 posições 9500 posições
Pé direto da instalação 8 metros 12 metros
Número de funcionários 50 78
Número de docas 1 8
Tempo médio de carregamento/caminhão 2 horas 30 minutos
Envolvedora de filme stretch 1 3
Número de empilhadeiras 10 25
Centro LogístiCo da Fras-Le
kw/ano, representando uma redução
de aproximadamente 84%.
Outra ação sustentável é o uso
de iluminação dimerizável, ou seja,
a luminosidade da lâmpada varia
conforme a intensidade de luz que
o ambiente recebe naturalmente du-
rante o dia. Na forração da estrutura
foram utilizados materiais especiais
para proteção térmica e acústica,
visando propiciar maior conforto e
também isolar o eventual ruído que
possa afetar o entorno da empresa.
Padrões de segurança e equipamen-
tos modernos garantem proteção
contra riscos de sinistros.
de sustentabilidade e segurança rece-
beram especial atenção na construção
do novo espaço. O uso de lâmpadas
T5 fluorescente de alta eficiência, em
substituição às de vapor metálico, re-
presenta grande economia de energia
elétrica, passando do consumo esti-
mado em 697.268 kw/ano para 112.964
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18 abril 2014
PUBLIEDITORIAL
E mpresa do Grupo SGO, a
Almi é especializada em
locação, compra e venda
de galpões, além de ad-
ministração de Business
Park. Com sede em Contagem (MG),
conta com filial em Vitória (ES) e uma
unidade comercial em Goiânia (GO). Em
sinergia com seus clientes investidores,
a empresa prepara diversos lançamen-
tos em todo Brasil.
“São condomínios empresariais no
Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Norte.
Polos empresariais em todo o Brasil
em parceria com a nossa coligada VTO
Polos Empresariais, ambos com locali-
zação privilegiada, próximos aos prin-
cipais eixos de transportes do Brasil,
Tendências e perspectivasInvestimentos em novos condomínios logísticos estão em alta no País
contando ainda com uma infraestrutura
física de classe A ou A+”, revela Hélio
Penaforte, diretor comercial e de negó-
cios da Almi.
As operações logísticas exigem cada
vez mais eficiência, dado o perfil do
consumidor na atualidade. E este é um
dos papeis dos condomínios logísticos
que, uma vez localizados em regiões
estratégicas, tendem a trazer benefí-
cios para o locatário. “A tendência é
que o mercado atenda cada vez mais
as mudanças observadas no perfil de
cada cliente, oferecendo condomínios
bem localizados e soluções inovadoras”,
explica o diretor.
Outra preocupação importante
das empresas é sobre o quanto um
condomínio pode estar segurança.
Para atender a essa necessidade, Pe-
naforte explica que o condomínio pre-
cisa ter portaria dotada de mecanismo
de controle de acesso, como catraca
ou torniquete, cancelas e portões au-
tomatizados, sistemas informatizado
de identificação, eclusas e vigilância
24 horas.
A infraestrutura tamb ém precisa
ser pensada em termos de segurança
e ter predisposição para equipamentos
ou segurança eletrônica, como CFTV,
cerca elétrica, barreira eletrificada
e equipe de segurança qualificada.
“Além disso, a operação deve ser
compartilhada, pois várias empresas
atuando no mesmo ambiente em
Empreendimento em Cachoeirinha,
Rio Grande do Sul
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horários alternados dificultam ações
criminosas”, completa.
Perspectivas As expectativas da Almi são posi-
tivas para 2014, conforme relata Pe-
naforte: “o mercado de condomínios
logísticos cresceu aproximadamente
30% em 2013. A Região Sudeste con-
tinua possuindo mais de 75% dos
projetos em desenvolvimento, mas
num passado recente este número já
chegou a 90%. Tal diminuição ocorreu
em parte pelo crescimento de outras
regiões do país, como o Nordeste e o
Sul do país”.
Em 2013 as taxas de vacâncias
foram reduzidas na região de São
Paulo, enquanto a taxa de absorção
líquida - que mede a diferença do es-
paço alugado em relação ao devolvido
- pôde ser situada em um patamar
de 20%. Permanecem como fatores
determinantes na decisão de estar em
um condomínio logístico certas ten-
dências, como localização estratégica,
infraestrutura, segurança patrimonial
e gestão de qualidade.
“Pretendemos expandir e investir
nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste
e Norte do País. A região Sul tem o
maior IDH (Índice de Desenvolvimento
Humano) do Brasil e aparece na segun-
da colocação nacional em termos eco-
nômicos. Tal qual o Sudeste, com uma
boa produção industrial e um mercado
consumidor com forte poder aquisi-
tivo, a região Centro-Oeste cresceu
em relação aos demais condomínios
logísticos brasileiros nos últimos anos.
Os incentivos fiscais e a consequente
atração de indústrias de diversos seg-
mentos para a região é um dos fatores
que está gerando este movimento”,
revela o diretor comercial.
Copa do MundoA Copa do Mundo de 2014, que acon-
tecerá entre 12 de junho e 12 de julho de
2014, movimentará a economia do Brasil,
gerando oportunidades de negócios não
apenas para as grandes empresas, mas
também para as pequenas e médias em
diversos segmentos, que vão desde a
área têxtil, setor gráfico, tecnologia de
informação, comércio e outros.
“No mercado imobiliário, a copa não
influenciará os negócios, pois o período
é curto e não impactará a operação de
locação logística. A expectativa a nível
macroeconômico é de ampliação de
1,5 ponto percentual no PIB (Produto
Interno Bruto) - a soma das riquezas
produzidas no País - e a geração de
cerca de 250 mil empregos nesse pe-
ríodo de três anos. Acreditamos que
vários setores serão dinamizados,
proporcionando aumento de renda e,
consequentemente, mais consumo e
necessidade de armazenagem e logís-
tica”, comenta Penaforte.
A região Sudeste
concentra 75%
dos projetos de
desenvolvimento de
condomínios logísticos
Helio Penaforte: “o mercado de
condomínios logísticos cresceu
aproximadamente 30% em 2013”.
abril 2014 19
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20 abril 2014
Logística peLo mundo
geralmente não se encon-
tram operadores logísti-
cos na vanguarda absoluta
quando se trata da adoção
de novas tecnologias de mo-
vimentação de materiais. As margens
de lucro são pequenas e os clientes
raramente se comprometem ao tipo de
contrato de longo prazo que justifique
altos investimentos em tecnologia.
o céu é o limiteUm sistema óptico especial gerou melhorias drásticas de produtividade no centro de devoluções da Genco ATC
Em vez disso, é mais comum a
adoção de mais soluções consagradas,
como empilhadeiras, estruturas porta-
-paletes, blocagem, leitura de códigos
de barras e sistema de gerenciamento
do armazém.
A Genco ATC, um grande operador
logístico da América do Norte, incluiu
uma nova variável à fórmula conven-
cional de um centro de devoluções de
20.717 m² que opera em McDonough,
Georgia. Lá, a Genco ATC instalou um
sistema óptico especial patenteado de
localização em tempo real para rastrear
a movimentação das empilhadeiras,
operadores e paletes na instalação, bem
como a localização final no estoque de
cada palete. O sistema também eliminou
a leitura óptica manual das etiquetas
dos códigos de barras e dos IDs de
localização dos paletes.
Embora a maioria dos sistemas
RTLS (“real-time location system”,
sistema de localização em tempo real)
conte com a tecnologia de RFID (“radio-
-frequency identification”, identifi-
cação por radiofrequência), a Genco
ATC utiliza marcadores de localização
de códigos de barras 2D suspensos
pelo teto e aplicados nos paletes e um
sistema de tratamento de imagens por
câmeras montado em cima e na frente
de cada empilhadeira. A câmera monta-
da em cima tira múltiplas imagens por
segundo dos marcadores de localização
aéreos para calcular a localização em
tempo real de cada empilhadeira, além
da direção e da velocidade. A câmera
montada na frente lê a etiqueta do
código de barras do palete que está
nos garfos da empilhadeira e rastreia
o seu movimento ao longo do armazém
até o local exato de envio ao estoque.
O sistema tem uma acurácia de 2 cm.
O resultado foi um ganho de produ-
tividade de 47% nos paletes movimen-
tados por hora, desde que o sistema
foi instalado. Na verdade, o sistema é
tão acurado que a Genco ATC hoje está
usando um RTLS óptico como sistema
de navegação nos veículos automati-
camente guiados em outra instalação.
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abril 2014 21
Melhorando a produtividadeA Genco ATC é a maior operadora
de logística reversa e de processamento
de devoluções do setor para grandes
varejistas. Ela operou uma instalação
de devoluções no centro de Atlanta
para um único grande varejista durante
anos. Essa instalação foi relocada para
McDonough, Geórgia, com a ida dos
Jogos Olímpicos para Atlanta.
Naquela época, a Genco ATC ras-
treava os paletes em seu sistema de
gerenciamento de armazéns (WMS,
“warehouse management system”)
com a leitura de códigos de barras em
radiofrequência. O processo exigia a
leitura de um código de barras em um
palete, seguido por uma leitura óptica
do código de barras do local na estru-
tura porta-paletes. Com muita frequ-
ência, os operadores não concluíam
a transação: ou eles não escaneavam
o local de envio ao estoque, ou se um
local orientado pelo sistema já esti-
vesse cheio, eles não escaneavam sua
escolha alternativa.
Por consequência, foi incluído um
sistema baseado em papel como backup
para o sistema orientado por RF. Isso
melhorou a acurácia, porém fez pouco
para melhorar a produtividade, já que
exigia medidas adicionais. Os operadores
de empilhadeiras tinham que passar um
tempo preenchendo os registros em pa-
pel., que tinham que ser auditados, o que
também exigia tempo. Se as informações
dos registros não correspondessem com
as informações do WMS, os auditores
tinham que procurar o palete para cor-
rigir o sistema.
Em 2004, a Genco ATC lançou uma
iniciativa para melhorar a produtivida-
de. O objetivo era uma melhoria de 100%
em um período de cinco anos.
Durante os anos seguintes, a Genco
ATC fez um piloto de um sistema de lo-
calização em tempo real que usava uma
combinação de etiquetas de RFID ativas
e passivas. A etiqueta de RFID ativa era
usada para rastrear a empilhadeira e
a passiva era usada para rastrear o
palete. Com estas duas informações,
conseguiram rastrear onde a empilha-
deira estava ou esteve e onde o palete
era deixado.
Se tivesse êxito, o sistema iria au-
tomatizar o processo de captura dos
locais de envio ao estoque e eliminar a
necessidade de uma inspeção de qua-
lidade baseada em papel, melhorando
a acurácia. Na prática, a solução com
RFID fracassou. O sistema fazia um tra-
balho adequado de leitura da etiqueta
no palete, porém a combinação de metal
na empilhadeira e o aço nas estruturas
porta-paletes interferiam nas taxas de
leitura das etiquetas ativas. Além disso,
o sistema só conseguia rastrear a empi-
lhadeira 8 pés dentro do corredor e não
conseguia distinguir em que direção ela
estava voltada. Por volta de 2006, ficou
claro que a solução com RFID não deu
certo nesta aplicação.
Tratamento de imagens com câmeras
Em 2007, uma equipe da Genco ATC
conheceu uma solução para rastrear
com precisão empilhadeiras em prédios.
As câmeras especiais eram monta-
das em cima das empilhadeiras voltadas
para o alto para ler grandes códigos de
barras 2D instalados no teto. O proces-
samento das imagens no teto em tempo
real permitia rastrear a localização das
empilhadeiras e a direção do percurso
com precisão de centímetros em qual-
quer parte do prédio. Uma aplicação
mostrou que duas empilhadeiras em
rota de colisão podiam acionar um aler-
ta, como uma luz de advertência piscan-
te no final de um corredor, sinalizando
aos operadores para que reduzissem
a velocidade e ficassem alertas. Estas
informações podiam ser exibidas em
uma tela para os supervisores.
Logo após, a Genco ATC lançou
um piloto da tecnologia com algumas
empilhadeiras. Em 2008, o sistema
foi implementado em um total de dez
empilhadeiras. Os resultados foram
quase imediatos.
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22 abril 2014
Os operadores se adaptaram facil-
mente ao sistema.
Além da eliminação da necessida-
de de escanear os paletes e os locais
de envio ao estoque e de manter um
registro em papel, a Genco ATC usou
as capacidades de rastreamento visual
do sistema nas primeiras etapas para
repensar os seus processos.
Uma das capacidades de geração
de relatórios do sistema permite rever
o caminho da empilhadeira durante
um intervalo de tempo específico. A
Genco ATC usou estas informações
para reformular as práticas opera-
cionais e reduzir o tempo de trajeto
dos operadores e melhorar ainda mais
a produtividade.
Melhoria contínuaApós vários anos de uso desta tecno-
logia, as melhorias totais de produtividade
ao longo dos últimos anos aumentaram
em 47%. Mas os benefícios do sistema
não se limitaram apenas à produtividade
dos funcionários. O sistema levou a uma
economia adicional nos custos operacio-
nais de várias áreas-chave.
O sistema de localização em tempo real (RTLS) usado pela Genco ATC às vezes é confundido com outros siste-mas RTLS com RFID. Mas embora ele ofereça o mesmo grau de visibilidade em tempo real que um sistema por RFID, ele utiliza um sistema de reco-nhecimento óptico, uma tecnologia fundamentalmente diferente. Na verda-de, neste caso, ele substituiu o sistema baseado na RFID.
Para rastrear as empilhadeiras, são instalados códigos de barras 2D especiais no teto da instalação. (1) Estes códigos de barras agem como marcadores de localização. É incluída uma forma em ‘L’ escura na simbologia do código de barras.
A tecnologia de tratamento de ima-gens com câmera montada em cima de cada empilhadeira (2) lê os marcadores de localização no alto à medida que a empilhadeira vai passando. Com base nas imagens capturadas pela câmera e pelo ângulo em que as imagens são lidas, o sistema consegue calcular a posição e a velocidade exata de cada empilhadeira. A orientação da forma em ‘L’ no código de barras informa ao sistema em qual direção a empilhadeira está voltada e se o operador virou para a esquerda ou para a direita em um local.
Uma segunda câmera no mastro da empilhadeira (3) lê um código de barras 2D aplicado em cada palete (4) quando o detector de paletes do siste-ma determinar que o palete está sobre os garfos. A empilhadeira e o palete específico que está sendo carregado são rastreados ao longo do armazém. Combinado com um sensor de altura a laser na empilhadeira (5), o sistema captura automaticamente a localiza-ção da estrutura porta-paletes quando um palete é enviado para o estoque.
As duas câmeras são usadas para capturar o local de envio ao estoque. O sistema de localização da empilhadeira dá as coordenadas X e Y da localização do corredor e da estrutura porta-paletes. O sensor de altura no mastro da empilhadeira dá a coordenada Z ou o nível dentro da estrutura porta-paletes. A leitura do código de barras 2D confirma a identificação do palete que foi en-viado ao estoque ou retirado desse local. O sensor de paletes indica que um palete foi apanhado ou deixado e registra a data e hora de cada evento. Estas informações de horário e local atualizam o sistema de gerenciamento do armazém (WMS).
Como funCiona o RTLS da GenCo aTC?
2
3 4 5
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(*) Taxas de juros divulgadas pelo programa BNDES FINAME PSI sendo de 4,5% a.a. para as empresas com faturamento bruto até R$ 90 milhões. Para as empresas com faturamento superior a esse valor, a taxa será de 6,0% a.a.
Modelos das empilhadeiras Toyota disponíveis: 8FG25B – Mastros: 4,0 / 4,8 e 6,0 metros e 8FG30B – Mastros: 4,0 e 4,3 metros. (Códigos dos produtos Toyota no FINAME: 3132021 e 3132038).
A Toyota não se responsabiliza pelo processo de obtenção da linha de fi nanciamento pelo FINAME e nem pela manutenção das taxas de juros divulgadas bem como a disponibilidade e avaliação de crédito. Contate o seu banco para maiores detalhes das condições e taxas.
O programa BNDES FINAME PSI é fi nanciado com recursos do BNDES, de acordo com a legislação do BNDES, cláusulas e encargos contratuais. As condições estão sujeitas a alterações por atos de autoridade monetária, BACEN e BNDES. Para maiores informações sobre a obtenção e condições do FINAME acessar o site: http://www.bndes.gov.br.
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24 abril 2014
SUPPLY CHAIN MANAGEMENT
A segurança da cadeia de
suprimentos internacio-
nal continua a ser um
grande desafio para as
empresas globais. Estes
programas globais bem intencionados
buscam agregar transparência à mo-
vimentação internacional de produtos,
vinculando a troca de dados eletrônicos
entre os governos para melhorar a
avaliação de riscos e, em última análise,
reduzir a possibilidade de adulteração
entre o carregamento do produto na
origem e a chegada ao país de destino.
Estes programas adotam um mé-
Vulnerabilidade no processo logísticoEquipamentos reduzem o risco de roubos em toda a cadeia de suprimentos
todo comum de segurança da cadeia
de suprimentos internacional focando
nos componentes-chave dos controles
internos – desde o processo de elabo-
ração de pedidos até a distribuição dos
produtos. Entretanto, a maioria das
atividades entre estes dois pontos é exe-
cutada por parceiros comerciais que a
partir de então tornam-se responsáveis
pela segurança pessoal e patrimonial do
frete enquanto estiver em seu poder.
Como qualquer gerente de supply
chain sabe muito bem, este processo
estendido aumenta a vulnerabilidade
da cadeia de suprimentos e abre as
portas para adulterações e fraudes ao
longo dela, criando uma situação que
vai bem além do escopo dos controles
internos de uma empresa e dos pontos
de checagem de auditoria.
As empresas que incorporam novas
tecnologias junto com a participação
destas iniciativas criaram uma oportu-
nidade de se beneficiar com a redução
de seus próprios custos e riscos. E fe-
lizmente, novas tecnologias continuam
a ser introduzidas oferecendo maior
transparência em alguns momentos
críticos onde as necessidades de segu-
rança e a vulnerabilidade se encontram.
A van Z Backscatter passa por veículos estacionados ou em movimento
e pode ‘escanear’ o interior deles da mesma forma que se pode ver
o conteúdo de uma bolsa em uma máquina de raio-X em aeroportos
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abril 2014 25
Nova tecnologia para os portos
Uma nova tecnologia melhorada
já está disponível para a indústria
marítima para promover maior visibi-
lidade dos portos, instalações fora do
país e zonas de segurança. Destinados
aos mercados militar e civil, sonares
modernos de detecção de mergulha-
dores conseguem detectar nadadores
subaquáticos que se aproximam de
uma embarcação.
Novos recursos melhorados de
desempenho de alcance permitem ao
sonar detectar um mergulhador através
de uma “relação sinal-ruído” usando
compressão de pulsos ou “chirps”. Este
mesmo sistema pode ser adaptado para
sistemas fixos ou móveis, quer seja
para detecção subaquática próxima de
uma embarcação, quer seja próximo
às entradas e saídas de portos onde a
manobrabilidade é importante.
Para empresas que movimentam
produtos por águas internacionais onde
a pirataria ainda é uma grande ameaça,
os programas anti-intrusão podem ser
benéficos para alertar a tripulação
quanto às ameaças imediatas.
Vans de varreduraDesde a descoberta das bombas em
sapatos e explosivos líquidos, o mundo
dos recursos de raio X continuou a se
aprimorar. Os ‘scanners’ de raio X es-
tão em operação em mais de 150 países
atualmente, permitindo aos oficiais
de alfândegas procurarem explosivos,
armas, narcóticos e contrabandos de
uma forma não intuitiva.
Os ‘scanners’ de corpo são os pró-
ximos da fila, com o debate contínuo
sobre o quanto estas máquinas são
intrusivas. Contudo, o ‘scanner’ mais
interessante disponível atualmente no
mercado tem capacidades semelhantes
e está sendo conduzido pelas ruas dos
EUA – as vans de varredura.
A American Science & Engineering
(ASEI) é a desenvolvedora da Z Backs-
catter Van ou ZBV como é conhecida
no mercado. Os recursos da ZBV mon-
tados dentro de uma van conseguem
passar por veículos estacionados ou em
movimento e ‘escanear’ o interior dos
mesmos, da mesma forma que é possível
enxergar o conteúdo de uma bolsa em
uma máquina de raio X nos aeroportos.
A ZBV é uma poderosa ferramenta
de varredura de veículos em busca de
drogas, pessoas, corpos ou outros itens
ilegais, tornando-a uma técnica dese-
jada de programas de segurança para
as atividades policiais e de controle
de fronteiras.
Para os profissionais da cadeia de
suprimentos, o conhecimento dos por-
tos que utilizam esta ferramenta para
um objetivo mais forte do cumprimen-
to das leis será útil ao delinearem as
estratégias de avaliação de riscos por
rota comercial.
Segurança biométrica e de acesso
A identificação biométrica pela mão
ou impressão digital é um sistema há
muito tempo comprovado, porém não
amplamente usado em setores fora do
mercado farmacêutico ou similar.
A modernização dos mecanismos
hoje permite a leitura de uma mão in-
teira, capturando os dados da largura,
comprimento e tamanho da mão, da
palma e dos dedos. Os sistemas, que
podem ser implementados nas entradas
de portos ou nas passagens de entrada
para instalações de distribuição, não
precisam mais capturar a impressão
digital real, já que o tamanho exclusivo
da mão, vinculado a um código individu-
al, checa a identificação com acurácia.
Estes sistemas funcionam com as
mãos limpas ou sujas, o que permite
a fácil utilização em muitos setores. O
PIN exclusivo pode ser vinculado à folha
de pagamento ou usado para rastrear
funcionários ao se deslocarem de um
prédio para outro. Elevados a um novo
patamar de avanço da segurança e da
tecnologia, os recursos biométricos,
combinados com cartões inteligentes,
conseguem mover desde abertura de
portas até abertura de arquivos con-
fidenciais, permitindo maior confiden-
cialidade das informações exclusivas
da empresa.
Os gerentes das cadeias de supri-
mentos podem achar estes recursos
biométricos úteis nos elementos de
segurança de acesso e de TI.
Comece avaliando o risco O risco nas cadeias de suprimentos
globais continua a ser influenciado por
fatores externos, sendo a grande maio-
ria fora do controle dos profissionais do
segmento. As que utilizam os melhores
programas da categoria mantêm a
segurança de cargas no topo do foco
dos diretores executivos, vinculando o
risco aos outros objetivos da empresa,
tais como direitos de marca e de pro-
priedade intelectual.
Os profissionais da cadeia de su-
primentos e de segurança que focam
somente nas portas ou arquivos se
esquecem do objetivo mais importante
– a segurança dos negócios.
Trabalhando com equipes multidis-
ciplinares para garantir a identificação
de todas as ameaças, desde o supri-
mento até a falsificação de produtos, a
reputação da empresa será protegida,
além das pessoas, clientes, fornecedo-
res e contratados. O desafio é integrar
os programas de riscos de segurança
com os programas de gerenciamento
físicos e logísticos.
O risco dentro das cadeias de suprimentos globais continua a ser influenciado por fatores externos, sendo a grande maioria fora do controle dos profissionais do segmento
serie SCM.indd 25 25/03/2014 17:00:24
26 abril 2014
varejo
O abandono dos car-
rinhos é um dos
maiores problemas
do comércio eletrô-
nico. Por isso, sugiro
avaliarmos o problema sob o olhar do
cliente. o que o levaria a colocar um
produto na sacola e deixá-lo no caixa?
Talvez tenha visto algo na loja física
que o fez desistir? o que você gostaria
que o vendedor fizesse para te reter?
oferecesse um desconto? Facilitasse a
forma o pagamento?
Abandonos de carrinhos no e-commerce Um olhar sob o prisma do cliente revela os motivos para abandonar possíveis compras no comércio online
Bom, essas perguntas valeriam no
mundo físico, mas precisamos trazê-
-las para o nosso cenário online e enu-
merar os principais motivos:
1. Frete alto;
2. Política de trocas não clara;
3. Demora no tempo de entrega;
4. Poucas opções de pagamento;
5. Impossibilidade de salvar o carri-
nho para comprar depois;
6. Formulário de cadastro muito ex-
tenso;
7. Preço alto;
8. Mudança significativa no valor do
frete para o CeP consultado;
9. Impossibilidade de parcelamento;
10. Muitas páginas de finalização.
O que fazer para evitar o abandono
1. Política de frete. Um bom ges-
tor de e-commerce também é um bom
administrador multidisciplinar. então,
mesmo se for um empreendedor, fo-
que no aspecto financeiro do negócio.
Faça parceria com as transportadoras
carrinhos ecommerce.indd 26 25/03/2014 14:09:13
abril 2014 27
e pense em um valor justo de frete. O
consumidor ainda é muito tomado pelo
frete grátis e, para alavancar o negó-
cio, ele é realmente um fator decisivo
na compra.
2. Política de trocas. Poucas lojas
têm políticas de trocas realmente ho-
nestas, bem como respeitam o direito
ao arrependimento da compra. Vale
novamente pensar como o consumi-
dor se sentiria caso comprasse um
produto sem ver e não pudesse trocar.
E pior. Se não gostasse e não pudes-
se se arrepender. Claro que isso gera
custos de logística reversa, porém, a
experiência de uma compra honesta é
uma moeda de troca valiosa.
3. Prazos de entrega. Muitas ve-
zes as lojas trabalham com estoque
reduzido e informam um prazo maior
para a entrega. O consumidor do on-
line busca conveniência e até poderá-
preferir uma loja física. Novamente a
parceria com transportadoras ou cor-
reios pode fazer a diferença. Por isso,
na hora de fazer as contas e tomar
decisões, prazos de entrega e valor do
frete devem estar de mãos dadas.
4. Opções de pagamento. Geral-
mente são sempre as mesmas: transfe-
rência entre bancos (com um ou dois,
no máximo), boleto bancário e cartões
de crédito. O consumidor espera en-
contrar essas opções e, quando isso
não acontece ou o site apresenta uma
forma de pagamento não muito conhe-
cida, pode gerar a sensação de falta de
segurança e o abandono acontece.
5. Salvar o carrinho. Guardar os
itens que deseja para comprar depois
é o sonho de quase 50% dos consumi-
dores. Contudo, para muitas platafor-
mas, salvar estes itens e tirá-los da re-
serva é impossível. O que poderia ser
feito, neste caso, é colocar um botão
de “Whishlist” e perguntar ao cliente,
quando ele sai do checkout, se ele gos-
taria de salvar o carrinho.
6. Formulário de cadastro. A in-
formação a respeito do cliente no co-
mércio eletrônico vale ouro, e sempre
é verdadeira (exceto no caso das frau-
des). Com essa máxima, muitas lojas
abusam das informações de cadastro
e fazem o cliente desistir da compra.
Pense no básico e crie um formulá-
rio extra para quem desejar fazer um
perfil. Assim você cria uma área para
os seus clientes preferenciais. Outro
ponto importante para pensar é no bo-
tão de “entrar com as redes sociais”.
Lá você encontra tudo que gostaria de
saber a respeito do cliente e pula um
passo bastante chato.
7. Preço alto. O cliente pesquisa
online em buscadores de preços. Se o
seu produto é commodity, você pre-
cisará ser competitivo. Outras lojas
podem apresentar valores mais inte-
ressantes. Caso seu produto seja di-
ferenciado, deixe isso claro em toda
a experiência de compra.
8. Mudança no frete após digitar
o CEP. Algumas lojas colocam frete
grátis somente para alguns locais e
não deixam isso claro. Na hora da
compra mudam o prazo e o valor
do frete, e isso, consequentemente,
traz abandono dos carrinhos. Deixe
sempre sua política de pagamento
de fretes e prazos bem claras ao seu
cliente.
9. Não conseguir parcelar. O
cliente tem a sensação de que não
vai pesar no orçamento, mas não vê
o quanto isso torna o nosso dia a dia
mais caro. Parcelar gera um custo
adicional para a loja virtual. Além
disso, ele deseja frete zero, mesmo
que a conta não feche internamen-
te. Então, deixe-o parcelar e faça as
contas do valor de parcela mínima
que não impactará nos custos ope-
racionais.
10. Muitas páginas para finalizar.
O cliente tem a sensação de burocra-
tização quando passa por dezenas de
páginas para fechar a compra. Então,
use do impulso de compra e coloque
seu cliente quase dentro do che-
ckout. Quanto menor for o passo a
passo para finalizar, melhor. Use es-
tratégias de neuromarketing e faça o
cliente sentir prazer ao comprar.
Claro que nada disso é fórmula
mágica para resolver problemas de
abandono, mas pode ajudar, e muito,
na sua conversão. Sem esquecer as
estratégias de mobile e e-mail marke-
ting para a recuperação desse clien-
te e, com todas essas estratégias ali-
nhadas, as chances são bem maiores
de tornar a experiência agradável e
gerar fidelização.
Fátima Bana - Mestre
em comportamento
digital do consumidor
pela UCLA/USA.
Fátima Bana
em comportamento
digital do consumidor
pela UCLA/USA.
ATENDIMENTO É DETERMINANTE PARA A RETENÇÃO DE CARRINHO NO E-COMMERCE
A Forrester Research publicou um estudo sobre os motivos que levavam
os usuários a abandonar o carrinho no meio de uma compra virtual. Os
principais foram:44% Custos do produto e frete são muito caros41% Não estou pronto para comprar o produto27% Quero comparar o preço em outros sites25% O produto está mais caro do que estou disposto a pagar24% Guardei os produtos no carrinho para pensar depois* participantes responderam com mais de uma opção.
carrinhos ecommerce.indd 27 25/03/2014 14:09:26
28 abril 2014
segurança do trabalho
Proteção para equipamentosNorma regulamentadora no 12 recebe atualização visando a segurança dos usuários, mas gera controvérsia ao ser aplicada
ça. um estudo mostra que em 2007
os acidentes envolvendo maquinas
chegaram a 71.613, representando
12,23% dos acidentes de trabalho
ocorridos no País.
Projetados para garantir maior
desempenho, eles nem sempre têm
ferramentas mais atuais, essas má-
quinas acabam necessitando de atua-
lizações constantes e as mais antigas
acabam se tornando obsoletas. além
disso, muitas vezes um aspecto muito
importante é deixado de lado quando
se fala em equipamentos: a seguran-
É normal que, com o avanço
da tecnologia seja preciso
reciclar e modernizar os
equipamentos. só que isso
não se dá somente com
os eletrônicos, mas afeta máquinas
de diversos setores industriais. Com
NR12.indd 28 25/03/2014 14:12:53
os dispositivos de segurança como
prioridade. Por conta disso, cabe
a legislação garantir que aspectos
importantes sejam respeitados para
não causar nenhum dano ao cola-
borador. Mas as leis relacionadas
a segurança no trabalho datam de
1977. Portanto, são as normas regu-
lamentadoras (NR) que atualizam
esses cuidados com a segurança, de
acordo com as mudanças, inovações
e melhorias nas máquinas.
A mais recente delas é a NR12,
concluída em 2010. A normativa teve
como objetivo, não só atualizar os
dispositivos de segurança relacio-
nados à máquinas e equipamentos,
como tentar mudar a cultura em
relação a segurança. De acordo
com Lourenço Righetti, consultor da
ABIMAQ (associação brasileira da
indústria de máquinas e equipamen-
tos), antes da NR12 o texto era muito
interpretativo, gerando insegurança
para o fabricante, usuário e audi-
tor. A ideia da NR12 era justamente
eliminar essas interpretações e
melhorar conceitos, citando normas
técnicas. Lourenço participou, junto
a ABIMAQ, da comissão que criou as
novas diretrizes da norma.
A NR12 tem como conceito impe-
dir acidentes com trabalhadores e
deve ser aplicada durante todo o seu
período de utilização. Por utilização
entende-se desde a construção, trans-
porte, montagem, instalação, ajuste,
operação, limpeza, manutenção, ins-
peção, desativação até o desmonte da
máquina ou equipamento.
Entre os aspectos analisados
pela normativa estão o arranjo físico,
aspectos ergonômicos, sinalização,
manutenção, inspeção, preparação,
ajustes, reparos e dispositivos de
partida, acionamento e parada.
Acontece que, mesmo sem deixar
margem para interpretação, cada
caso é um caso e deve ser analisado
individualmente. As auditorias já ter-
minaram, mas ainda existem alguns
setores que precisam de mais tempo
como o de máquinas de panificação
e confeitaria.
Divergência Adaptar, porém, os equipamen-
tos para novas determinações pode
ser caro, trabalhoso e demorado.
Por conta disso, sua aplicação tem
sido contestada por parte das em-
presas do setor privado. Estima-se
que o investimento para tal adequa-
ção pode chegar a R$ 100 bilhões
para o setor.
Se por um lado essas mudan-
ças visam aumentar a segurança
no trabalho, o valor para garantir
isso pode ser alto. No caso de uma
máquina nova, com as novas consi-
derações, o custo de aquisição pode
subir entre 20% e 30%, de acordo
com Righetti. Além disso, passada
a auditoria, cabe a própria empresa
fiscalizar as correções.
Apesar das divergências, po-
rém, a NR12 deve ser vista como
mais um passo na garantia da se-
gurança no trabalho e na proteção
dos colaboradores.
Lourenço Righetti, da ABIMAQ: NR12
elimina interpretações diversas e se ba-
seia em normas técnicas
abril 2014 29
Quanto maior o desafio maior a produtividadeSoluções de disponibilidade na medida certa para sua empresa
TranspaleteirasElétricas
Empilhadeirasa Combustão
EmpilhadeirasPatoladas
EmpilhadeirasRetráteis
11 2431-6464www.retrak.com.br
Aluguel de Empilhadeira
Fabricadano Brasil
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30 abril 2014
SERVIÇOS LOGÍSTICOS
Operação inédita em terminalApós minucioso trabalho de
planejamento, a equipe do
TVV (Terminal de Vila Velha),
administrado pela Log-In Logística
Intermodal, recebeu e montou, no
decorrer de um dia, sobre trilhos,
dois guindastes do cliente VL!.
Integrado ao Complexo Portuário de
Vitória, o terminal é especializado na
movimentação de contêineres.
www.loginlogistica.com.br | (11) 2196-6889
Embalagem térmica A Polar Técnica lança a embalagem
térmica Fit Box, dedicada ao transporte
de hemoderivados, medicamentos,
além de outras aplicações produzidas
pela indústria farmacêutica. O produto
possibilita queda de até 50% no custo
do transporte e ocupa pouco espaço.
www.polartecnica.com.br | (11) 4341-8600
Expansão de operação
A Pacer assinou mais dois contratos com a Tok&Stok. A operadora logística é a
nova responsável pelo abastecimento das lojas da rede de varejo em design e
decoração em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Também realizará a gestão do
processo de armazenagem e controle de estoque das mercadorias.
www.pacer.com.br | (21) 3161-8600
Otimização e aumento de capacidadeA Girando Sol, marca de produtos
de limpeza, instalou o drive in da
Bertolini em sua nova fábrica em
Arroio do Meio (RS). A solução
permite otimizar o aproveitamento
do espaço físico, possibilitando o
aumento da capacidade de estocagem
e maior seletividade dos produtos.
www.bertoliniarmazenagem.com.br |
(54) 2102-4999
Modernização de frotaA TSA Cargo, com sede em
Guarulhos, começa o ano agregando
à sua frota dois Stralis HyWay e seis
Stralis 600 S 44 6x4 T. Além disso,
o grupo criou uma nova empresa,
a TSA Expressa, que terá sua frota
composta pelo modelos Stralis 600.
www.tsacargo.com.br | (11) 2461-6935
serviços logísticos_282.indd 30 25/03/2014 14:28:54
Operação logística para amortecedoresA Elog fechou contrato de três
anos com a KYB, fabricante
de amortecedores, para cuidar
de suas operações logísticas.
O acordo inclui transporte do
porto de Paranaguá para o CLIA
Elog em Curitiba, onde é feita a
liberação da carga e transferência
até o CD, local onde as cargas
são armazenadas e depois
distribuídas para os clientes.
www.eloglogistica.com.br |
(13) 3369-7000
Crescimento no setor de condomínios Segundo pesquisa da Colliers International Brasil, referente ao quarto
trimestre de 2013, devido à grande quantidade de entregas durante o ano, a
taxa de disponibilidade dos condomínios industriais apresentou aumento em
relação ao ano anterior, fechando em 17,67% ante 13,30%.
www.colliers.com.br | (11) 3323-0000
Ampliação de condomínioA Capital Realty ampliará seu Mega
Centro Logístico Itajaí, que ganhará
mais 35 mil m² de área total construída,
com 18 novos módulos distribuídos em
dois novos galpões. O investimento será
de aproximadamente R$ 50 milhões.
www.capitalrealty.com.br | (41) 2169-6850
Entrega para clientes regularesA Asia Shipping agora passa a
contar com um serviço de entrega
cargas embarcadas em contêineres
consolidados a partir do Porto de
Santos (SP). O serviço é válido para
clientes regulares situados em
um raio de até 150 km da Baixada
Santista, São Paulo e de Campinas.
www.asgroup.net | (55) 11 2179-1799
serviços logísticos_282.indd 31 25/03/2014 14:28:54
VLT levados da Espanha para BrasilA Mac Logistic, contratada
pela empresa espanhola Caf,
entrega mais 12 vagões, de
15 toneladas cada, do VLT
(Veículo Leve sobre Trilhos)
de Cuiabá. Esta é a quinta
remessa levada pela empresa
do Porto de Bilbao, na
Espanha, até a capital mato-
grossense.
www.maclogistic.com
(11) 5908-4050
Aumento de visibilidade
A Cascade, fabricante de acessórios
para empilhadeiras, começa a utilizar
o Adplat, painel de divulgação
comercializado pela Marksell,
fabricante de plataformas para
movimentação de cargas. O painel é
instalado na traseira de caminhões,
o que torna a visualização mais fácil.
www.marksell.com.br | (11) 4772-1100
Logística integrada agiliza entregasA Bandeirantes Logística Integrada projetou um sistema para realizar o
serviço em horários de pouca movimentação, com veículos adequados que
aproveitam os espaços e transportar as cargas do porto a capital, Grande
ABC e Região Metropolitana de Campinas.
www.ciaband.com.br | (13) 2101-5050
serviços logísticos_282.indd 32 25/03/2014 17:06:02
Treinamentosabril / maio 2014
Faça já sua inscrição: www.imam.com.br/inscricao ou ligue: +(11) 5575-1400
WORKSHOP LIDERANÇA DE ALTA PERFORMANCE A8 16/04 | 8h
WORKSHOP EM AUTOMAÇÃO DA LOGÍSTICA A7 29/04 | 8h
SEMINÁRIO TENDÊNCIAS E DESENVOLVIMENTO DE ARMAZÉM E CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO
A4 14/05 | 8h
DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS R 14 a 16/04 | 24h
EMBALAGEM: A BASE DA CADEIA LOGÍSTICA R1 14 e 15/04
REDUÇÃO DE CUSTOS E MELHORIAS NAS EMBALAGENS
R2 16/04
FORMAÇÃO DE GESTORES DE CUSTOS Y 23 a 26/04 | 32h
CUSTOS INDUSTRIAIS Y1 23 e 24/04
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS
Y2 25 e 26/04
PLANEJAMENTO E GESTÃO DO SUPPLY CHAIN C 5 a 9/05 | 40h
ESTRATÉGIAS E DECISÕES ATRAVÉS DE JOGOS C1 05/05
SUPPLY CHAIN GAME C2 06/05
S&OP (PREVISÃO DE DEMANDA, PLANEJAMENTO DE VENDAS E PRODUÇÃO)
C3 07/05
GESTÃO DE GARGALOS OPERACIONAIS C4 08 e 09/05
GESTÃO DE SERVIÇOS M 06 a 09/05 | 32h
LIDERANÇA E TOMADA DE DECISÃO M3 06 e 07/05
CUSTOMER SERVICE M1 08/05
EXCELÊNCIA NO ATENDIMENTO AO CLIENTE M2 09/05
PLANEJADORES E GESTORES DE CD F 12 a 17/05 | 48h
OTIMIZAÇÃO DO ESPAÇO DE ARMAZENAGEM F3 12 e 13/05
GERENCIAMENTO DAS OPERAÇÕES DE ARMAZÉNS F1 14 e 15/05
PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES F2 16 e 17/05
GESTORES DE TRANSPORTE E LOGÍSTICA H 13 a 17/05 | 40h
LOGÍSTICA TRIBUTÁRIA H3 13/05
GERENCIAMENTO ESTRATÉGICO DE TRANSPORTES E FROTAS
H1 14 e 15/05
COMO REDUZIR CUSTOS LOGÍSTICOS (TRANSPORTE, ESTOQUES, ENTRE OUTROS)
H2 16 e 17/05
FORMAÇÃO DE PLANEJADORES DA PRODUÇÃO P 13 a 17/05 | 40h
PPCP - PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
P1 13 a 16/05
MRP/MRP II - PLANEJAMENTO DAS NECESSIDADES DE MATERIAIS E RECURSOS DA MANUFATURA
P2 17/05
Visite o site de treinamentos do IMAM, nele é possível consultar o conteúdo, datas e outras informações.
LEVA VOCÊ MAIS LONGE...
As Trilhas Sequenciais Semanais permitem aos participantes optarem por apenas um curso de 8 horas ou outros relacionados (até 48 horas), na mesma semana.Participe de mais cursos da trilha semanal e pague menos.
Cursos282.indd 1 25/03/2014 13:41:02
34 abril 2014
AutomAção
O que fazer quando é
necessário separar
30 mil itens varia-
dos em uma hora?
Em algumas empre-
sas essa é a realidade. Empresas de
e-commerce, têxtil, cosméticas, entre
várias outras lidam com uma quanti-
dade enorme de produtos que devem
ser entregues ou estocados em pouco
tempo. Não é uma missão fácil e,
com certeza não será muito eficiente
apenas com trabalho manual. É por
isso que essas grandes empresas há
tempos contam com equipamentos
que auxiliam na movimentação, se-
paração, envio e estocagem desses
materiais. E, por conta da rapidez
e ganhos produtivos comprovados,
companhias menores também têm
aderido à automação.
Nesses casos, onde o volume mo-
vimentado e a velocidade são altos,
os pontos de entrega e os produtos
são variados, existe um equipamento
que se mostra a melhor, se não única,
saída para não sair no prejuízo e ga-
Separação de pedidos ágil Sorter ganha espaço em centros de distribuição que necessitam de rápida classificação e expedição de itens diversos
rantir os prazos: o sorter. “o sorter
é responsável pela tomada de decisão
sobre qual caminho as mercadorias
devem seguir. Normalmente, está
atrelado a classificação de diversos
tipos de produtos para diversos des-
tinos (rotas) na expedição de uma
fábrica ou centro de distribuição”,
explica Rodolfo Soares, executivo
comercial da Knapp. “utilizar um
sorter em um centro de distribuição
não está unicamente definido pela
quantidade de pickings, mas pela
variedade de produtos manuseados,
quantidade de pedidos e de produtos
por pedido, e não menos importante,
a quantidade de destinos a serem
atendidos em um determinado perí-
odo de tempo”, conclui Jaime michel,
diretor executivo da SDI.
No Brasil, o número de empresas
que utiliza a solução integrada com
outros sistemas automatizados só
aumenta. “observamos um consumo
crescente de sorter, com a proli-
feração de SKus (“stock keeping
unit”, unidade distinta mantida em
estoque), ou seja, maior variedade de
produtos, ampliação da diversidade
dos canais de venda e uma distribui-
ção mais fracionada e por demanda”,
comenta Henrique Sá, gerente de
marketing da Dematic.
“o país passa por um momento
onde a logística traz um diferencial
competitivo para as empresas. Falhas
na logística podem levá-las a difi-
culdades financeiras. Esse cenário,
casado com um perfil de consumidor
altamente exigente, coloca a intralo-
gística em evidência como processo
chave”, complementa Rodolfo.
Henrique da Dematic conta ainda
que o setor de sorters no Brasil está
em expansão, dada as necessidades
crescentes do mercado, onde apenas
a contratação de mais pessoas para
a separação de pedidos não atende
e não atenderá a demanda. o uso da
tecnologia para facilitar as atividades
das empresas e pessoas está crescen-
te em todo o mundo, e não é diferente
na área de automação logística.
A separação de pedidos pode ser
repsonsável por até 90% dos custos
de um centro de distribuição. Além
disso, uma pesquisa do Instituto de
tecnologia da Georgia aponta que
o deslocamento contempla 50% da
preparação de pedido. Esses números
apenas corroboram com o fato de que
uma solução é necessária para reduzir
o tempo de movimentação e separação.
Quando o volume movimentado e a velocidade são altos, os pontos de entrega e os produtos são variados, o sorter é a solução para garantir qualidade e prazos
sorters.indd 34 25/03/2014 17:19:06
abril 2014 35
A função do sorter é direcionar
os itens para os locais corretos. Nor-
malmente sua utilização se dá quando
os pedidos são encaminhados para
expedição, mas não se limita a isso.
Ele também é utilizado para enviar os
SKUs para sua área de armazenagem.
Esse equipamento tem diferentes
formatos, tamanhos e capacidades e
é customizado de acordo com uma
operação específica. O sorter, porém,
nunca será encontrado sozinho em
um CD, mas sempre acompanhado
de outros equipamentos de movimen-
tação, como miniloads, sensores e,
claro, os transportadores contínuos.
“Para assegurar a rentabilidade
de um sistema de classificação, o
projeto deve responder às necessida-
des específicas do cliente. É preciso
realizar um estudo para definir velo-
cidade, fluxo, dimensão do produto e
os resultados que se quer alcançar”,
conta Gorka Sudupe, diretor de ope-
rações no Brasil da Ulma.
Pedro Bertolucci, gerente de
desenvolvimento de projetos da SSI-
-Schaefer explica que as empresas
hoje buscam soluções integradas.
“Nossos clientes não adquirem so-
mente sorter, mas sistemas de sepa-
ração, preparação e movimentação
de pedidos”, comenta.
Como destacado, os sorters são
customizados de acordo com a opera-
ção, por isso é difícil definir a quantida-
de de “picking” que o equipamento faz
por hora, mas os mais básicos separam
cerca de 800 caixas por hora, enquanto
alguns modelos podem chegar a sepa-
rar 80 mil itens em uma hora. E por
itens, entende-se unidades, caixas, pa-
letes e encabidados, entre outros. Exis-
tem vários modelos de sorter, baseado
no tipo de operação. A indústria têxtil,
por exemplo, utiliza muito esse recurso,
mas precisa que um equipamento que
se adapte aos seus produtos que são,
em grande parte, peças em cabides.
Já empresas de entregas costu-
mam o utilizar o sorter para encami-
Sorters podem separar
até 80 mil itens por hora
sorters.indd 35 25/03/2014 17:19:19
36 abril 2014
nhar os pedidos às docas para expe-
dição. É o caso da DHL, por exemplo.
Em uma reportagem publicada em
Agosto de 2013 na revista LOGÍSTICA,
falou-se do novo hub da empresa no
aeroporto de Kentucky (Cincinatti/
EUA). A área tem capacidade para
separar cerca de 125 mil peças por
noite, sendo que os sorters instalados
no local conseguem classificar até 108
mil peças por hora, que são enviadas
a outros aviões.
ModelosAs empresas que fornecem essa
solução possuem equipamentos com
diversas configurações. A Knapp, por
exemplo, tem o modelo OSR DS que
desvia caixas para os flow racks (es-
trutura porta-paletes com rodízios)
por meio de shuttles, permitindo
consolidar o processo de expedi-
ção, bem como armazenar pedidos
prontos. Já o pocket sorter permite
operar itens soltos e encabidados
no mesmo sistema. Além desses a
empresa possui o shoe sorter, split
tray e cross belt, que são os modelos
com maior capacidade de separação.
Para classificação de encabidados,
eles contam também com as opções
trolley, adapter e trolley less.
O modelo FlexSort SC3 da De-
matic consiste em transportadores
contínuos, que possibilitam a saída do
produto para ambos os lados, classi-
ficando um número alto de itens para
vários pontos de entrega através de
opções de célula única, duplas, dois
andares ou quatro células de separa-
ção. Já o FlexSort SL2, possui sapatas
deslizantes e bidirecionais e o SWD,
é um sistema de desviadores de rol-
danas acionadas, que pode efetuar
transferências em até 90°. Os sorters
da Dematic podem separar desde 60
itens até 80 mil itens por hora.
O Sortrak, da SDI tem capacidade
de classificação de até 20 mil itens
por hora e realiza o “scan on the
fly” (leitura de código de barras em
Modelo FlexSort SC3 da Dematic permite separação para diversos pontos de entrega
Sorters da SDI classificam até 20 mil itens por hora
Modelo de sorter da SEE na classificação de caixas para expedição
sorters.indd 36 25/03/2014 17:19:38
abril 2014 37
Sorter agiliza a diStribuição de jornaiS
A Transfolha, operador lo-gístico que, entre outros, é responsável pela entrega do jornal Folha de S. Paulo, pos-sui um sorter para agilizar a movimentação dos papéis. Em Outubro de 2013 foi adquirido o shoe sorter da Hytrol. O equi-pamento tem capacidade para separar 110 itens por minuto e possui 40 saídas. A aquisição foi feita para suprir a demanda em crescimento da Transfolha. Desde a instalação do sorter, a empresa agilizou o processo de separação, ganhando em produti-vidade e redução de falhas. Antes de instalar o equipamento, a empresa se planejou, remanejou áreas internas e realocou estruturas porta-paletes. Por fim, reestruturou todo o layout da operação. Em complemento, aplicaram treinamentos específicos para apresentar aos colaboradores os novos processos e métodos. Toda vira-da operacional ocorreu sem a paralisação da operação anterior presente no mesmo espaço físico.
movimento), além de ler etiquetas
de RFID. O equipamento possui tec-
nologia de acionamento que permite
ao equipamento fazer curvas e ter
inclinações de acordo com a confi-
guração de sua instalação. Outros
modelos da SDI incluem o bombay,
tilt tray, dual tilt, push, hang sorter
e shoe sorter.
A SEE possui quatro tipos dis-
tintos de sorter: os empurradores
pneumáticos, de transferências,
desviadores de sapatas (shoe sorters)
e carrosséis de bandejas.
Os modelos da Ulma incluem shoe
sorter, cross belt sorter e surfing sor-
ter mini, feito especificamente para a
separação de pequenos componentes.
Para a classificação de grande
quantidade, a SSI-Schaefer conta com
o crossbelt, que tem capacidade para
separar até 10 mil itens por hora.
Por que investir?O sorter pode ser a solução para
separação alta de pedidos, mas deve-
-se analisar sua necessidade antes
de instalar. Para Pedro Bertolucci, da
SSI-Schaefer, existem outras tarefas
dentro de um centro de distribuição
(recebimento, armazenagem, se-
paração, conferência) que não são
influenciados diretamente por um
sorter, portanto ao se analisar a real
necessidade da implantação, deve-
-se também analisar se o gargalo
(problemas da operação) está em
qualquer outra dessas operações
citadas. Se isto for verdade, uma
análise mais profunda da operação,
dos problemas e das soluções pos-
síveis deve ser feito.
Além disso, a automatização deve
ser sempre precedida de uma otimiza-
ção de processos de forma a garantir
a eficiência e eficácia dos métodos
aplicados. Vê-se muitas vezes no
mercado o desejo de instalação de um
sorter buscando somente a automação
do processo sem que seja previamente
realizada a melhoria dos existentes.
Porém, ao adquiri-lo, os ganhos tam-
bém são significativos. “Estes sistemas
são equipamentos de altíssima produ-
tividade na classificação de pedidos, o
que gera uma redução significativa para
esta tarefa, portanto quando o custo de
mão de obra é muito elevado ou a falta
da mesma é um problema encontrado
pela empresa, um sorter torna-se um
atrativo com um bom retorno de inves-
timento”, conclui Bertolucci.Os bene-
fícios da automação incluem: redução
da mão de obra, dos erros e retrabalho,
aumento da performance, diminuição da
movimentação humana, agilidade, entre
outras coisas. Ulma: sorter é solução integrada em armazém automatizado
sorters.indd 37 25/03/2014 17:19:51
38 abril 2014
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
A simulação é a modela-
gem de um processo real,
por meio de um software
computacional, que nos
permite avaliar a melhor
solução operacional antes mesmo de
transformá-la em realidade.
No passado, era muito comum ver
os profissionais que se dedicavam ao
projeto de novas operações (engenhei-
ros, arquitetos, etc.) construindo ma-
quetes estáticas de fábricas, armazéns
Simule a realidadeAntes de investir muitos milhões em suas operações logísticas, já pensou em simular e economizar alguns destes milhões?
e centros de distribuição. Aqueles que
não podiam investir tanto na represen-
tação visual do modelo, se apoiavam em
desenhos técnicos, feitos em folhas de
vegetal e ilustrados com templates de
recursos operacionais.
Com o advento dos softwares de
desenho (ex.: AutoCAD), os projetos
ganharam melhor visibilidade (2D e
3D) mas ainda eram representados de
forma estática. Ou seja, para análise
de capacidades, filas, sazonalidades
e outras variáveis importantes na
operação, as equipes de projetos
tinham que recorrer à ferramentas
complementares, como softwares
de pesquisa operacional, planilhas
eletrônicas, etc.
E foi neste contexto que surgiram os
simuladores computacionais, agregan-
do as funções gráficas dos softwares de
desenhos com as funções analíticas que
propiciam uma visibilidade dinâmica
das operações.
Serie TI.indd 38 25/03/2014 14:54:39
abril 2014 39
Evolução dos simuladoresA equipe de projetos da IMAM
Consultoria desenvolve projetos com
simulação desde 1996 e, entre os vários
projetos que demandaram a técnica,
foram utilizadas as mais diversas solu-
ções disponíveis no mercado.
Flexibilidade de programação, visi-
bilidade “3D”, relatórios estatísticos de
desempenho, cenários “what-if”, fer-
ramentas de otimização, entre outras,
foram algumas das funcionalidades que
evoluíram muito nos últimos anos.
Atualmente, é o software FlexSim
que a equipe da IMAM Consultoria tem
adotado em seus projetos, pois o seu
grau de evolução, nas funcionalidades
obrigatórias e desejáveis, tem superado
as demais tecnologias.
A evolução da tecnologia é contí-
nua e, como profissionais responsá-
veis pelos projetos, devemos buscar
desenvolvê-los com a melhor tecnologia
disponível, mas claro, desde que a mes-
ma atenda as expectativas de retorno
sobre o investimento.
Metodologia Para desenvolver uma simulação,
identificar qual o real objetivo e seguir
uma metodologia bem estruturada
é fundamental considerar os quatro
passos a seguir:
• Passo1:Importarolayoutemformato
AutoCAD DFX ou DWG e adicionar
objetos para representar cada uma
das etapas do processo logístico,
fabril ou ainda administrativo;
• Passo2:Ligar,demaneiraaná-
loga aos softwares mais simples
de fluxogramas, cada um dos
objetos, por meio de conexões
que representam a sequência do
processo;
• Passo 3: Detalhar cada objeto
selecionado com os parâmetros
de processamento, tais como:
tempo do processo; sazonalidades;
estatísticas; qualidade, opções de
visualização, etc.
• Passo4:Avaliaros indicadorese
preparar um painel de instrumen-
tos para facilitar o processo de
análise e tomada de decisão.
• Passo5:Executaromodeloeretor-
nar para o passo 1.
Evolução das fErraMEntas no planEjaMEnto dE opEraçõEs
A evolução do planejamento de operações é apresentada aqui a partir das diferentes estratégias de visualização do projeto
Projetos em prancheta eram a realidade no Brasil até os anos 1980;
Maquetes representavam, em escala reduzida, a realidade 3D das operações;
Softwares de projeto como o CAD, com formatos de visualização 3D já foram uma grande evolução;
Softwares de simulação são hoje as mais avançadas soluções para planejamento e visualização dinâmica da operação.
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40 abril 2014
SAZONALIDADE
“Há situações que não dá
para prever”. É muito
comum ouvir isso, e é
verdade. Imprevistos
acontecem e qualquer
operação logística tem que estar pre-
parada para enfrentá-los. Mas al-
gumas situações não só podem ser
previstas, como também recebem um
planejamento adequado e adiantado.
Natal, Dias das Crianças e Páscoa são
De tempos em temposOperador logístico, processo automatizado e mão-de-obra treinada são fatores críticos para atender a demandas sazonais
alguns exemplos de operações sazo-
nais que são previamente planejadas.
No caso da Páscoa, só em 2012
foram produzidas 18 mil toneladas de
ovos, com cerca de 80 milhões de uni-
dades vendidas.
A Top Cau, por exemplo, se prepa-
ra para a época com pelo menos um
ano de antecedência. Com a data se
aproximando, a empresa está fabri-
cando 100 mil ovos por dia em sua fá-
brica em São Paulo (SP), além de con-
tar com 700 funcionários extras para
a ocasião.
Operação logísticaNão precisa dizer que para produ-
zir essa quantidade de ovos no prazo é
preciso se preparar muito bem. Além
do número, trata-se de alimentos pe-
recíveis que podem derreter caso não
tenham o armazenamento correto.
operações sazonais.indd 40 25/03/2014 14:59:06
abril 2014 41
4 Transportador
leva o produto
para a embalagem final
6 Palete é
protegido com
filme strech
5 Caixa é
marcada e
pesada, para seguir
para expedição
No caso da Top Cau, o processo logístico começa
junto com a campanha de páscoa. “Nesse período é fei-
to um cronograma de produção que determina quais
ovos serão feitos em determinadas fases”, explica Ger-
son Colchesque, gerente de logística da empresa.
O chocolate propriamente dito não é fabricado no
mesmo local, portanto todos os dias pela manhã um
caminhão traz o produto derretido, que é transferido
para tanques com capacidade para 150t a 170t.
Na área de produção, a primeira etapa pela qual o
chocolate passa fica em uma sala climatizada com ar-
-condicionado. Lá estão as pingadeiras que despejam o
produto já nos moldes de ovo de páscoa. Já o tamanho
do molde é definido pelo SKU (“stock keeping unit”, uni-
dade distinta mantida em estoque) que está sendo pro-
duzido no dia.
Assim que os moldes são preenchidos, eles passam
para a centrífuga. Um colaborador os coloca no equi-
pamento que fica girando em todas as direções por 15
a 20 minutos, para garantir que o chocolate seja espa-
lhado por igual, enquanto endurece.
Eles então são transferidos manualmente para um
transportador contínuo que passa por um túnel de res-
friamento e termina de endurecer o chocolate. Saindo de
lá, os ovos continuam no mesmo transportador, que leva
até a maior área da produção, onde os colaboradores que
desmoldam e preparam os produtos para a expedição.
O desmolde é feito manualmente e o chocolate se-
gue fechado pelo transportador. Quando há brinque-
dos ou bombons dentro do ovo, o chocolate é colocado
em moldes abertos e a linha de produção acomoda co-
laboradores em uma área para fazer a colocação do
conteúdo e fechamento do ovo.
A linha então segue para a área onde diversos co-
laboradores vão embalar cada ovo. Primeiro o papel
alumínio, então o ovo é pesado para ver se está na gra-
matura correta. Caso esteja abaixo do peso, é colocado
um contrapeso. Depois, coloca-se a base, a embalagem,
a fita de cetim para fechar e o gancho para ser pendu-
rado nos mercados.
Depois de embalados, os ovos continuam no trans-
portador. No final da linha existe um equipamento mon-
ta-caixa. Um braço puxa a vácuo o papelão aberto e faz
a montagem, evitando que o trabalho manual. A única
função do colaborador é colocar a colmeia (divisória in-
terna) que acondiciona até 15 ovos. A caixa é colocada
em outro transportador onde há uma balança para ver
se está no peso correto. Caso haja um ovo a menos, a
balança vai acusar e o transportador vai parar. “A caixa
é marcada com lote, validade, data e hora de fabricação
e desce para a área de paletização”, comenta Gerson.
1 Pingadeiras
colocam o
chocolate no molde
2 Centrífuga
gira o molde
para que o chocolate
espalhe de maneira
homogênea
3 Depois do
desmolde,
ovos seguem no
transportador para
serem embalados por
papel alumínio
LOGÍSTICA PASSO-A-PASSO
operações sazonais.indd 41 25/03/2014 14:59:30
quada (entre 15°C e 20°C), até que eles
sejam enviados aos clientes. Quando
o pedido é feito ele é faturado e sepa-
rado para distribuição e carregado no
caminhão. Quem transite para a FM o
que deve ser separado e quando é a Top
Cau. Depois, outro operador logístico, a
JSL, faz o transporte até o cliente final
em caminhões com baú refrigerado.
Logística reversaApesar de ter uma boa estimativa
da quantidade que será enviada e ven-
dida ao cliente final, essa conta não é
exata e passado o período de Páscoa,
esses ovos que restaram precisam de
uma destinação adequada. “Após o tér-
mino da produção, de acordo com o que
foi acordado com os clientes, monta-se
uma equipe que vai até o local, conta,
verifica os produtos, faz a nota de devo-
lução e o transporte de volta à fábrica.
Quando fecha a venda já está previsto
se vai ter devolução”, explica Gerson.
Durante o período de “entressa-
fras” a Top Cau continua produzindo
outros tipos de chocolates como table-
tes e bombons normalmente, inclusive
para outros players do mercado (que
a empresa não pode divulgar). E, en-
quanto a produção de 2014 segue a
todo vapor até 20 de Abril, a Páscoa de
2015 já está sendo planejada. Afinal, no
ano que vem, começa tudo de novo.
No final do transportador, um co-
laborador coloca as caixas em paletes
e, com um transpalete manual e o leva
para ser embalado com filme strech.
Com a única empilhadeira existen-
te no local, os paletes são transferidos
para o caminhão e encaminhados para
o centro de distribuição.
Centro de distribuiçãoPara facilitar a operação, a Top Cau
contratou um operador logístico para
armazenar a produção. A escolhida foi
a FM Logistic. Ela é a responsável por
manter os ovos em temperatura ade-
Gerson Colchesque, gerente de logística da Top Cau: Empresa fabrica 100 mil ovos por dia
Sem deSperdíCio
Por se tratar de um produto muito frágil, alguns ovos não se mantêm ilesos durante a produção. Muitas vezes enquanto ocorre o desmolde ou a embalagem eles acabam se que-brando. Por conta disso, eles têm de ser retirados e não podem mais ser embalados. Mas isso não significa que eles serão jogados fora. Pelo contrário, os ovos quebrados são encaminhados para uma área onde serão derretidos novamente e reen-viados ao tanque. O mesmo ocorre com os chocolates que retornam por meio de logística reversa.
42 abril 2014
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44 abril 2014
LOGÍSTICA REVERSA
Além da reciclagem, os fa-
bricantes de eletrônicos
como a Samsung têm per-
cebido que o reparo de
produtos danificados e a
reutilização de materiais dos itens obso-
letos ou danificados – ao invés de sim-
plesmente descartá-los – é um caminho
ecológico de ótimo custo-benefício para
fazer negócios. O preço mais elevado
dos itens da nova tecnologia como telas
O renascimento da remanufaturaEmpresas descobrem as vantagens de recuperar produtos e implementam características sustentáveis em seus processos
de LCD e plasma, tem levado ao “re-
nascimento” da remanufatura, com os
fabricantes de eletrônicos encontrando
meios para disponibilizarem seus pro-
dutos novamente no mercado para ge-
rarem um faturamento adicional.
Essa linha de pensamento é relativa-
mente nova tanto para as empresas de
eletrônicos e quanto para os consumido-
res. Agora os produtos usados e rema-
nufaturados estão nas prateleiras das
lojas, próximas de produtos novos como
uma opção perfeitamente aceitável. Há
alguns anos era difícil encontrar uma
situação assim, mas hoje é normal com-
prar produtos remanufaturados, na ver-
dade, até se tornou um ponto de vendas
em alguns casos, pois os produtos rema-
nufaturados são vistos como respeito ao
meio ambiente (mais verdes).
A restauração também satisfaz as
necessidades da empresa em diminuir
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abril 2014 45
custos. Embora um dispositivo remanu-
faturado não traga todo o valor de mer-
cado, ele ainda pode gerar faturamento
para ajudar a reduzir a despesa opera-
cional. Se, por exemplo, um fabricante
de produtos eletrônicos puder remanu-
faturar e vender um aparelho com 70 a
80% do custo original, isso faz sentido
e deveria ser considerado. Caso contrá-
rio, o custo benefício não existe e a des-
pesa não pode ser justificada.
Outro exemplo de logística verde
vem dos trilhos: a fabricante de lâmi-
nas de barbear Gillette compra aço de
alta precisão de trilhos desgastados e
usa para manufaturar seus produtos.
Essa parceria permite que as ferrovias
disponham do aço desnecessário de
forma ambientalmente amigável e com
custo efetivo, enquanto ajuda a Gillette
a reduzir os custos de compras e evita
as emissões de carbono que resulta-
riam da nova produção do aço. Toda
empresa deveria praticar a logística
reversa sustentável.
Meio de transporte O transporte é outro importante
aspecto do meio da logística rever-
sa para um processo sustentável. A
execução da logística reversa requer
grandes volumes de transporte, que
carregam todos os riscos ambientais
da poluição, emissões e aumento da
impressão de carbono.
Para retificar tanto as ineficiências
operacionais quanto ambientais de seu
processo de devolução, os clientes po-
dem iniciar uma devolução, imprimir
uma etiqueta, solicitar a retirada da em-
balagem e rastrear a devolução on-line.
O processo tradicional de executar a
devolução de peças de serviço envolve
múltiplos passos e meios de transporte,
que se somam a operações ineficientes
com impacto ambiental desnecessário.
Alcançar uma cadeia de suprimentos reversa e sustentável é prioridade para muitas empresas
Normalmente, um técnico de cam-
po acionado para consertar uma co-
piadora, um computador ou um equi-
pamento médico, recebe uma peça de
reposição de um estoque de campo e
executa o serviço no local com pelo
menos uma peça para devolver. As pe-
ças substituídas são geralmente des-
pachadas a um centro de distribuição,
depois ao fabricante para reparo e por
último devolvido ao CD onde é estoca-
do e reutilizado.
Esse não e um método eficiente ou
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logistica reversa_01.indd 45 25/03/2014 15:10:05
verde, pois esse processo requer di-
ferentes etapas de transporte é mais
caro para o fabricante e aumenta as
emissões de carbono. Um técnico na
casa de um cliente reparando uma TV
de tela plana, por exemplo, pode retirar
a PCI danificada da TV, descobrir de
onde foi enviada a peça de reposição
e determinar o que fazer com a peça
danificada. Se a PCI puder ser repara-
da, o técnico a envia para remanufa-
turar. Caso apenas seus componentes
puderem ser reutilizados, o técnico os
encaminhará para o fabricante.
Despachar um produto de volta
para o armazém ou para remanufatura
apenas para descartá-lo é um pesadelo
de sustentabilidade por utilizar frete
desnecessário. As empresas que pro-
curam minimizar o impacto de suas
operações de devolução precisam unir
tecnologia e processos para criar uma
cadeia de suprimentos sustentável.
A descrição de um cicloVários fatores, incluindo abroda-
gens como logística reversa, compre-
endem todo o ciclo do carbono de uma
empresa, desde a manufatura de em-
balagens até a retirada do produto, seu
novo beneficiamento e sua redistribui-
ção, conforme a necesidade.
Áreas de domínio da logística reversa
matérias-primas seguras e
sustentáveis
resíduos de manufatura de peças de reposição
envio de peças de reposição
estocagem de resíduos
operações de reparo,
estocagem e resíduos
disposição de embalagens,
resíduos, peças antigas
e produtos obsoletos
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TENDÊNCIAS E DESENVOLVIMENTO DE ARMAZÉM E CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO
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48 abril 2014
movimentação
Sempre necessáriosA Revista LOGÍSTICA traz um especial com empresas que fabricam e comercializam um dos equipamentos mais utilizados na movimentação de materiais: os transpaletes
Indispensável em qualquer operação,
o transpalete é um carrinho destina-
do ao transporte de cargas paletiza-
das que, em sua versão elétrica, é
equipado com uma bateria. Sua ver-
são manual é indicada para locais onde
há movimentação de itens com pouco
peso e que não exige rapidez, já que, por
mais que seja hidráulico, o transpalete
manual exige o uso da força do operador.
em situações onde o centro de distribui-
ções tem dimensões maiores e os paletes
precisam ser erguidos com frequência, a
versão mais indicada é a elétrica.
Devido a sua importância, o trans-
palete tornou-se tema para esta re-
portagem especial que contou com a
participação dos principais fabricantes e
revendedores do equipamento no Brasil.
Conheça algumas particularidades de
equipamentos encontrados no mercado.
Independente da versão, manual ou elétrica, transpaletes são indispensáveis em centros de distribuição
HÁ QUEM PENSE QUE ERROS DE ENTREGA SÃO INEVITÁVEIS. NÓS PENSAMOS DIFERENTE.A operação efi ciente de armazéns e centros de distribuições é o diferencial para satisfação e rentabilidade do cliente. Por isso, muitas marcas líderes de mercado confi am nos sistemas de triagem BEUMER e Crisplant como o coração de sua cadeia de suprimentos. Através de uma visão operacional e analítica, o BEUMER Group fornece sistemas de manuseio de material completamente automatizados que se encaixam perfeitamente no processo de seu negócio. Com velocidade, capacidade e precisão excepcionais, a nossa tecnologia faz toda a diferença para sua marca, seus clientes e seus resultados. Para mais informações, visite www.beumergroup.com
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abril 2014 49
ArtamaTranspalete Manual
A Artama comercializa os modelos hidráulico padrão, galvanizado
a fogo e pantográfico com torre alta. Todos possuem largura entre 530
e 680 mm e têm capacidade para cargas de até 2.5 t.
Transpalete Elétrico
A empresa tem os modelos elétricos EH 1000, com capacidade de
até 1 t e, e o EH 1500, que suporta até 1.5 t. Ambos têm altura máxima
de elevação de 1.600 mm e largura total de 755 mm.
Belenus Transpalete Manual
A Belenus oferece transpaletes manuais de 2 t e 3 t. O mais procurado por seus
clientes é o modelo DB-685-1150-1N com capacidade de 2 t. Este equipamento têm
roda simples de Nylon e é ideal para operações de pequeno porte.
Transpalete Elétrico
Indicado para uso em operações de movimentação intensa de materiais, o trans-
palete elétrico comercializado pela empresa tem capacidade para 2 t. O sistema de
tração elétrico conta com controlador Mosfet, assegurando deslocamentos seguros.
Já o sistema de reversão automática evita acidentes.
HÁ QUEM PENSE QUE ERROS DE ENTREGA SÃO INEVITÁVEIS. NÓS PENSAMOS DIFERENTE.A operação efi ciente de armazéns e centros de distribuições é o diferencial para satisfação e rentabilidade do cliente. Por isso, muitas marcas líderes de mercado confi am nos sistemas de triagem BEUMER e Crisplant como o coração de sua cadeia de suprimentos. Através de uma visão operacional e analítica, o BEUMER Group fornece sistemas de manuseio de material completamente automatizados que se encaixam perfeitamente no processo de seu negócio. Com velocidade, capacidade e precisão excepcionais, a nossa tecnologia faz toda a diferença para sua marca, seus clientes e seus resultados. Para mais informações, visite www.beumergroup.com
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50 abril 2014
CrownTranspalete Manual
A série PTH 50, da Crown é composta por transpaletes manuais com
capacidade para até 2.3 t. O equipamento tem diversas opções de garfo
e acessórios, como um encosto para cargas. O modelo da Crown tem
alta durabilidade, ultrapassando um milhão de ciclos de acionamento da
bomba hidráulica.
Transpalete Elétrico
A Crown fabrica os modelos WP3000, WT3000, PE4500, PR4500,
PC4500 e RT3500. Todos eles têm tecnologia embarcada que provê acesso
exclusivo, identificação do operador e controle total da máquina por meio
da leitura dos controladores. Os modelos têm capacidade para até 3.6 t
e opções de operador embarcado ou a pé.
JungheinrichTranspalete Manual
A Jungheinrich oferece os modelos de transpaletes manuais de 2 t a 3 t
(com versões especiais com balança, inox, galvanizado, etc). O modelo mais
comercializado pela empresa é o ERE 225, pois oferece conforto e segurança.
Transpalete Elétrico
A empresa também trabalha com transpaletes elétricos com capacidade
de 1.6 t a 3.5 t com operador a pé e de 2 t a 3.7 t, com operador embarcado.
Nos modelos estão disponíveis tecnologias que amortecem impactos, pro-
tegendo assim a carga e o operador de frequentes balanços e solavancos.
LindeTranspalete Elétrico
A Linde, que faz parte do Grupo Kion, fabrica e comercializa os transpale-
tes elétricos com operador a pé nos modelos T18 BR e T20, cujas capacidades
são 1.8 t e 2 t. Ambos são ideais para transporte horizontal, carregamento
e descarregamento de paletes. Outro modelo oferecido é o EWR20 Br, um
transpalete elétrico com operador a bordo, cuja capacidade é de 2 t.
Lintec Transpalete Elétrico
A Lintec tem três modelos de transpalete: LET15, LET15S, LTE20. O
primeiro deles tem capacidade de carga de 2 t. O segundo tem menor ca-
pacidade de carga (1.5 t). Por fim, a LTE20 suporta cargas de até 2 t, mas
sem elevação. Todos os modelos são com operador embarcado.
movimentação_transpaletes.indd 50 25/03/2014 15:17:32
abril 2014 51
PaletransTranspalete Manual
Os modelos manuais são os mais comercializados pela Paletrans, com
uma média de 60 mil unidades por ano, e têm capacidade para até 3 t. Outros
modelos incluem o transpalete balança, com operador a pé, que pode pesar
as cargas que são movimentadas, evitando sobrecarga (a capacidade é de 2
t). O terceiro modelo diferenciado é o fabricado em inox, utilizado em larga
escala pela indústria farmacêutica e alimentícia.
Transpalete Elétrico
Os modelos elétricos são o TE 18, com capacidade para 1.800 kg para
operador a pé e TE25, com capacidade para 2.5 t e velocidade de 12 km/h.
SaurTranspalete Manual
A Saur comercializa os transpaletes manuais nos modelos PMS 2500-
520 (garfos mais estreitos) e PMS 2500-680 (garfos mais largos), podendo
haver variação das rodas em nylon ou poliuretano. Ambos têm capacidade
para movimentar 2.5 t e rodas menores duplas (sistema tandem). A largura
externa dos garfos e de 520 ou 680 mm com pesos de até 95 kg.
StillTranspalete Manual
Com operador a pé, o modelo TX da Still tem capacidade de carga de até
2.5 t e sistema hidráulico compacto e conta com um kit de rodas simples ou
tanden de nylon ou poliuretano.
Transpalete Elétrico
A empresa oferece duas versões. O modelo EGU tem capacidade de 1.8
e 2 t, e freio eletromagnético atuando no eixo do motor de tração. O modelo
ERX tem capacidade de 2,75 t e sistema de regeneração de energia.
Toyota Transpalete Manual
A Toyota (TMHM) oferece a linha LHM com uma capacidade de de até
2.3 t. Composta por dez modelos BT Lifter e dois modelos BT Pro Lifter, a
gama é indicada para operações de alta movimentação de paletes.
Transpalete Elétrico
Já a linha de transpaletes elétricos LWE, têm capacidade de 1.4 a 2.5 t,
são equipadas com baterias cujas capacidades de 225 Ah/300 Ah e motor
elétrico com tensão 24 V. Por serem compactas e ágeis, são indicadas para
ambientes onde o espaço é limitado.
movimentação_transpaletes.indd 51 25/03/2014 15:18:01
52 abril 2014
lean sem fronteiras
52 abril 2014
eliminação de qualquer tipo de perda
(desperdício) em um processo (e não
projeto/programa) de melhoria contí-
nua para sempre, ou seja, eternamen-
te ou com perenidade.
se isto está sendo revisado pela
própria criadora, imagine nas de-
mais empresas que, ao primeiro
sintoma de uma falta de matéria-
Caixa de ferramentasAplicação do lean estende-se
além das fábricas: para hotéis,
hospitais, CDs, entre outros
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DO IMAM
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SETUP RÁPIDO (SMED)
MAPEAMENTO DE VALOR
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POKA-YOKE
CÉLULAS DE MANUFATURA
GRUPOS DE MELHORIAS
MANUTENÇÃO PREVENTIVA RÁPIDA
CONSERVAÇÃO PRODUTIVA TOTAL
LEAN LOGISTICS E LEAN OFFICE
ta, no Japão, e que alastrou-se para o
ocidente a partir dos anos 1980. mas
os riscos de um fornecimento global
– devido aos desastres, tais como
tsunamis, terremotos, atentados etc,
fizeram com que as líderes repensas-
sem sua estratégia de estoques ten-
dendo a zero e fonte única.
o conceito por trás do lean é a
A filosofia do lean encon-
tra-se bastante difun-
dida, mas não necessa-
riamente compreendida
e aplicada em muitos
ambientes; até mesmo no automobi-
lístico que foi a sua origem.
É sabido que sua origem foi na
metade do século passado na toyo-
serie lean.indd 52 25/03/2014 15:18:57
A revista LOGÍSTICA e os consul-
tores da IMAM Consultoria apresen-
tarão a partir desta edição uma ferra-
menta para seu melhor conhecimen-
to, aplicação ou revisão daquela ideia
abandonada por resistência do tipo
“aqui é diferente” ou porque a pes-
soa que era o padrinho/coordenador
não está mais na empresa.
Lembre-se: tudo e todos mudaram
nos últimos anos e sua empresa não pode
estar alienada
da Realidade Atual (uma metodologia
utilizada pela IMAM Consultoria).
Identifique então as propriedades de
cada ferramenta e aplique até remo-
ver este gargalo para outro recurso e
assim sucessivamente num processo
de melhoria contínua (kaizen em ja-
ponês e agora no mundo todo).
Com um adequado diagnóstico
entendemos onde estamos e onde
queremos chegar. A partir desta
etapa, uma robusta metodologia
para gerenciar o projeto é de funda-
mental importância no processo de
integração das pessoas, comprome-
tendo as mesmas em relação à filo-
sofia e atividades “lean”.
-prima aumentam seus estoques de
segurança como uma “pseudo” pro-
teção de suas operações, ao invés
de atacar as causas dos problemas
de desabastecimento.
O que fazer então?Permanecer só com o conheci-
mento da filosofia não basta, e en-
golir o “boi” por inteiro não é possí-
vel. Temos que fatiá-lo! E para tanto
a aplicação das “ferramentas” que
compõem as técnicas devem ser en-
caradas como os próximos passos.
Por onde começar? Faça um diag-
nóstico com especialistas. Não copie
o modelo de outras empresas. Cada
“caso é um caso”, até mesmo entre
filiais de uma mesma corporação.
Avalie onde estão os recursos que
restringem a capacidade de gerar
lucro líquido, realize um diagnóstico
sistêmico por meio da ARA – Árvore
Reinaldo A. Moura
é fundador do
Grupo IMAM
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54 abril 2014
abastecimento
A sapore, que atua há 21
anos no mercado de re-
feições coletivas, forne-
ce alimentos prontos ou
semi-prontos para 1100
restaurantes internos que mantém em
empresas clientes no brasil. sua ope-
ração é terceirizada e conta com 1800
fornecedores e diversos parceiros lo-
gísticos ao longo do País. Para se ter
uma ideia de sua operação logística,
Aperfeiçoamento contínuoEmpresa foca na padronização na preparação de alimentos para otimizar entrega em seus clientes
mensalmente, a sapore precisa que
seus parceiros transportem, no total,
oito milhões de unidades de pão fran-
cês, 850 t de arroz, 350 t de feijão, 200
t de batata in natura, 170 t de batatas
pré-fritas, 8630 mil litros de leite e
900 t de carne bovina, entre outros.
no Rio Grande do sul, a empresa
parceira é a Lugar das carnes, que
começou como frigorífico, mas que se
desenvolveu como operador logístico.
no Paraná, a sapore trabalha com a
coopercarga. em são Paulo, com a
LogFrio (onde mantém uma operação
que movimenta 30 milhões de alimen-
tos). na bahia, a empresa parceira é
a boni Logística, que também se de-
senvolveu a partir de um frigorífico.
em manaus quem integra a operação
logística é a Procargo.
“estamos em diversos estados do
País. temos centros de distribuição no
aperfeiçoamento-sapore.indd 54 25/03/2014 15:23:08
abril 2014 55
Rio Grande do Sul; Paraná, que tam-
bém atende a Santa Catarina; em São
Paulo, considerado o principal CD da
empresa, também atende Rio de Ja-
neiro, Espírito Santo e Mato Grosso;
Bahia e, ainda neste semestre, tere-
mos um CD em Pernambuco e outro
no Ceará”, comenta Maike Raiter, di-
retora de suprimentos da Sapore.
As entregas da rede, que podem
ser feitas diariamente, são agendadas,
de acordo com o tamanho do restau-
rante instalado nas empresas clientes.
Todos os operadores com os quais a
Sapore trabalha usam caminhões tri-
partidos para levar os alimentos con-
gelados, frios e secos. Dessa forma,
apenas um caminhão é necessário na
entrega, o que reduz a emissão de CO2.
Os alimentos entram nos caminhões
devidamente embalados e chegam
prontos ou pré-prontos para o con-
sumo, garantindo sua padronização,
qualidade e higiene.
No restaurante, os alimentos são
finalizados em frigideiras basculantes.
Um local com 40 m², por exemplo, con-
segue atender 850 refeições por dia e
diminuir a distância percorrida pelos
funcionários dentro do recinto para
levar cubas e panelas do fogão para a
pia. Toda essa padronização é alcança-
da com o IOS (Inteligência Operacional
Sapore), programa desenvolvido inter-
namente com foco no aperfeiçoamen-
to contínuo de processos, colaborado-
res e produtos.
Foco na otimizaçãoA Sapore mantém uma área dedi-
cada apenas ao desenvolvimento de
inovações que proporcionem melho-
rias aos seus processos, como emba-
lagens mais adequadas que precisam
estar de acordo com o tamanho dos
alimentos. Atualmente, a intenção é
sempre entregar alimentos mais pre-
parados nas unidades, com qualidade
e frescor e em embalagens ainda mais
resistentes e com tamanhos menores.
Por isso, a empresa desenvolveu
o IOS. “Até 2005 enfrentávamos pro-
blemas em relação a insatisfação dos
colaboradores das empresas. Havia
Padronizar a forma de preparar e transportar alimentos reduziu custos e desperdício
falta de padronização. Hoje temos for-
necedores que seguem nossas especi-
ficações. Por isso, focamos na redução
do consumo de água, gás e energia elé-
trica. Também conseguimos reduzir os
espaços ocupados por nossos restau-
rantes em nossos clientes”, comenta a
diretora da Sapore.
O processo também diminui o des-
perdício de alimentos, pois são envia-
dos ao balcão em pequenas porções
de acordo com seu consumo. Levando
em consideração que a Sapore investe
R$ 45 milhões mensalmente em ali-
mentos, uma operação mais enxuta e
econômica possibilita investimentos
em outras áreas e em inovações. Além
disso, a empresa também atende Mé-
xico e Colômbia, o que provoca a ne-
cessidade de manter uma operação
continuamente otimizada.
“Com o projeto controlamos inter-
namente a qualidade e padronizamos a
produção de alimentos, além de formar
sólidas parcerias com os fornecedores.
Com isso, podemos determinar que to-
dos os bifes tenham 120 gramas em to-
das as empresas que atendemos, evitan-
do o desperdício. Com isso diminuímos
o trabalho e o tamanho das cozinhas na
‘casa’ dos clientes”, afirma a diretora.
Maike Raiter: “Mantemos uma área
responsável por inovações que busca
constante renovação de nossos processos
e formas de otimização”.
aperfeiçoamento-sapore.indd 55 25/03/2014 17:38:05
56 abril 2014
Financiamento
FINAME
Empilhadeiraelétrica patolada
· Capacidade de 1200 a 1660 Kg· Sistema de apoio em quatro pontos e várias opções de mastro.
Empilhadeiraelétrica retrátil
· Capacidade de 1700 e 2000 Kg· Sistema de duplo pedal que possibilita maior produtividade, segurança e conforto.
Transpaleteira elétrica com operador embarcado
· Capacidade de 2750 Kg · A robustez e desempenho que se espera de uma transpaleteira. Linha L
Linha R
Linha EWRLinde Material Handling Brasil(11) [email protected]
Linha NacionalAtende todas as suas necessidades,até na condição de financiamento.
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TRANSPORTE MULTIMODAL
De um governo que não se
tem pautado pelas reais
necessidades do País – e
que prefere investir a fun-
do perdido recursos em
obras em outros países –, não se pode
esperar que tenha um comportamen-
Zalp: uma das promessas da SEP Zonas de Apoio Logístico Portuário (Zalp) permitirão um gerenciamento do fluxo de carga com origem e destino aos portos
to irrepreensível em ano de Copa do
Mundo de Futebol e eleições. Por isso,
é plenamente justificável a descon-
fiança que se tem de que dificilmente
levará adiante em 2014 as licitações
dos arrendamentos portuários.
É pena porque se trata de um pro-
grama que deve trazer amplos benefí-
cios ao setor produtivo e àqueles que
vivem em função da atividade portuá-
ria. É um programa que exigirá inves-
timentos da ordem de R$ 17 bilhões,
gerando emprego e renda. Sem contar
que, sem a execução desse programa
Porto de Paranaguá (PR),
recebe cargas cada vez
mais diversificadas
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Financiamento
FINAME
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Para o Porto de Santos, o que se prevê é que a Zalp já esteja funcionando até final de 2016, fazendo a interligação com o Planalto paulista
tos nos portos de Santos e do Pará per-
mitam um aumento de capacidade de 48
milhões de toneladas por ano, com um
investimento avaliado em R$ 3 bilhões.
Outra promessa da Secretaria Es-
pecial de Portos (SEP) é a implantação
de zonas de apoio logístico portuário
(Zalp), áreas que estarão interligadas
funcionalmente e permitirão um ge-
renciamento do fluxo de carga com
origem e destino aos portos. Para o
Porto de Santos, o que se prevê é que
a Zalp já esteja funcionando até final
de 2016, fazendo a interligação com o
Planalto paulista.
Ao mesmo tempo, a SEP tem anun-
ciado um investimento de R$ 25 bi-
lhões em cinco anos para ampliar a
rede de armazenagem privada, com
financiamento a empresas a juros de
3,5% ao ano. Como mais armazéns
significam menos caminhões nas ro-
dovias, a SEP espera que esse investi-
mento seja suficiente para evitar con-
gestionamentos gigantescos como os
que ocorreram em 2013 e em fevereiro
de 2014 em direção ao Porto de Santos.
Os números anunciados impressio-
nam, mas não representam a solução
dos problemas. Até porque o governo,
tradicionalmente, tem se mostrado mau
gestor e nem sempre o Ministério dos
Transportes, por exemplo, consegue exe-
cutar 30% das obras previstas em seu or-
çamento. Se a SEP fugir desse padrão de
ineficiência, já terá alcançado um feito
sem precedentes. É o que se espera.
em tempo hábil – e que já está a de-
morar além da conta –, dificilmente,
o sistema portuário escapará de uma
situação de colapso.
É de lembrar que, nos últimos dez
anos, a movimentação dos portos na-
cionais cresceu 80% em tonelagem e as
previsões oficiais são de uma taxa mé-
dia de 5,7% ao ano, com a movimentação
anual de mais de 2,2 bilhões de tonela-
das. A estimativa é que os arrendamen-
Milton Lourenço
é presidente da
Fiorde Logística
Internacional e diretor
do Sindicomis
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58 abril 2014
MOBILIDADE
Serviço de videoconferênciaA 2S oferece o serviço de videoconferência Presence
que não exige investimento em infraestrutura ou
a instalação. O sistema é compatível com diversos
dispositivos móveis (notebook, tablet, iPhone, iPad ou
smartphone) com acesso à Internet, utilizando qualquer
plataforma (iOS, Android, Mac e Windows).
www.2s.com.br | (11) 3305-1200
Controle logísticoA Buonny Projetos e Serviços oferece ao mercado o
Portal Buonny , uma união de ferramentas e soluções que
integradas auxiliam e gerenciam todo o controle logístico,
assim como administrativo, financeiro e operacional. O
acesso é feito sem restrição de navegador (browser) ou
sistema operacional (Windows, Linux e Mac).
www.buonny.com.br | (11) 3443-2575
Impressões por meio de QR CodeA Simpress formatou uma solução que libera impressões
por meio de QR Code. Para utilizá-lo, basta ter a solução
implantada no servidor de impressão e instalar um app nos
tablets e smartphones dos usuários (com Android ou iOS). Por
meio do dispositivo móvel, é só posicionar a câmera do celular
no QR Code para conseguir acesso a impressão enviada.
www.simpress.com.br | (11) 3611-4391
Cloud computingA GS1 fechou parceria de colaboração com a Clavis
Technology – provedora de soluções baseadas em nuvem
para inteligência de e-commerce e qualidade de dados
– com o objetivo de garantir a qualidade de dados em
serviços de monitoramento.
www.gs1br.org | (11) 3068-6229
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abril 2014 59
Leitores de identificação recebem atualizaçãoA Cognex Corporation anuncia o lançamento do
software DataMan® 5.2, com recursos ampliados de
ajuste e script, bem como novo modo de teste para seu
popular DataMan das séries 300 e 503 de leitores de
código de barras. www.cognex.com | (47) 8804-0140
Coletor de dados recebe aprovaçãoO coletor de dados i.roc Ci70-Ex acaba de ser certificado
pelo Inmetro e Anatel. O equipamento é uma versão da
série i.roc da empresa ecom instruments, projetado e
desenvolvido junto à Intermec by Honeywell.
www.intermec.com.br | (11) 3711-6770
Novo serviço de classificação de mercadoriasA DHL Express lança o serviço de Classificação Fiscal de
Mercadorias. Trata-se de um processo de definição do
código NCM (nomenclatura comum do Mercosul) para que
a remessa seja tributada conforme as normas brasileiras de
importação. www.dhl.com.br | (11) 3611-2994
Novo sistema reduz tempo para liberar cargaA Abtra (Associação Brasileira de Terminais e Portos
Alfandegados) lança o Pedido de Embarque Eletrônico
(Pem-e), com a promessa de diminuir o tempo de espera das
filas de caminhões e navios nos principais portos do Brasil.
www. abtra.com.br | (13) 3222-7330
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60 abril 2014
LITERATURA TÉCNICA
Sistema de monitoramentoA BlueTec Automação, empresa da Sascar, oferece em seu catálogo o ForkLog, sistema de monitoramento e telemetria capaz de registrar tudo o que acontece com veículos de movimentação interna de industrias, armazéns, portos, entre outros segmentos. www.bluetec.com.br | (19) 3213-5502
Carga e descargaA Kopron oferece em seu catálogo seu sistema de carga e descarga composto por abrigo de doca, porta seccional e niveladora de doca. Além disso, a empresa também oferece galpões em lona, marquises e coberturas, coberturas em painéis solares, entre outros. www.kopron.com.br | (11) 4525-2520
Supply ChainA Id Logistics apresenta em seu catálogo soluções globais de supply chain. Oferece serviços de gerenciamento de centro de distribuição (armazenagem, recebimento, e expedição, preparação de pedidos); montagem de kits; abastecimento de linha de produção; transporte; gestão do fluxo; automação de processos; entre outros serviços. www.id-logistics.com.br | (11) 4178-8400
Palete verdeA Green Pallet mostra em seu folder paletes 100% recicláveis, laváveis e higienizáveis, produzidos em monobloco, o que confere mais resistência por não ter emendas. O produto é indicado para diversos segmentos, como o automotivo, metal mecânico, farmacêutico, alimentício, petroquímico, entre outros. www.greenpallet.com.br | (51) 3469-8029
Plataformas elevatóriasA Dhollandia oferece plataformas elevatórias em seu catálogo, que podem ser utilizadas no transporte de cargas, de carros de corrida e alimentos, por exemplo. O equipamento está disponível nas versões retrátil e dobrável em alumínio ou aço, entre outras. www.dhollandia.com.br | (19) 3838-8180
Veículos especiaisA Carryon traz em seu folder o Club Car, veículos especiais indicados para distribuidores e atacados, granjas e agropecuárias, obras, manutenções e operações, indústrias, segurança, entre outros segmentos. O carrinho tem três opções de motorização: elétrica, gasolina e diesel. www.carryon.com.br | (11) 3858-6060
Literatura tecnica 282.indd 60 25/03/2014 15:26:51
abril 2014 61
Missão de estudos
Em outubro de 2013, José e
Marcos Furlan (pai e filho)
embarcaram rumo ao Japão
como participantes da Mis-
são técnica da iMAM ao País
com o objetivo de atualizar conceitos,
métodos e técnicas de gestão da manu-
fatura, comprovando “in-loco” o modelo
de sucesso de administração japonês.
os executivos são diretores da Auto
Peças Furlan, empresa fundada há 40
anos e que atua no mercado de auto-
-peças em são José do Rio Preto e Região
e tem, entre seus principais clientes,
lojas, concessionárias, autocenters, ofi-
cinas mecânicas, funilarias, garagens e
consumidor final. sua linha de produtos
conta com aproximadamente 40.000
itens em estoque.
Com a bagagem que trouxeram, já
começaram a implementar kaizens em
Inspiração orientalParticipante da viagem técnica de estudos ao Japão, Auto Peças Furlan implementa melhorias baseadas nas melhores práticas
algumas áreas da empresa. um destaque
é o Projeto Carrinho, que melhorou a
agilidade no carregamento de caminhões,
segundo Antônio Carlos dos santos, cola-
borador da área de Carga e descarga da
empresa. os carrinhos são usados para
transportar caixas plásticas de peças da
produção até os veículos de transporte.
As caixas transitam entre matriz e filiais
e os carrinhos – feitos sob medida para
a operação – substituem os transpaletes
ou até mesmo o “jeitinho manual” usados
até então para essa operação.
“Não precisamos mais utilizar o
transpalete para movimentar os paletes.
Gastávamos muito tempo encaixando-os
e desencaixando-os, sem falar no tempo
para levantar o palete do chão – para
isso era necessário acionar a alavanca
seis vezes. outra vantagem é que tam-
bém não é preciso usar a empilhadeira
elétrica para carregar o caminhão e, já
que o carrinho tem rodinhas, a empi-
lhadeira não precisa mais empurrar os
paletes para dentro do baú. o próprio
motorista leva o carrinho até o fundo
baú”, afirma Antonio.
de acordo com o colaborador, toda
vez que era necessário descarregar o
caminhão com paletes era preciso subir
o transpalete por um elevador até a
altura do caminhão, encaixá-lo no palete
e manobrar em cima do elevador para
desencaixar e pegar o próximo palete. isso
sem falar em quantas vezes tinham que
acionar a alavanca do transpalete. “Como
agora há um carrinho com rodinhas,
ganhamos o tempo gasto com manobras
do transpalete e ficou mais fácil para
manobrar os estoques do térreo”, diz.
outro colaborador da empresa, John
Kennedy, também destaca as vantagens
do equipamento: “A agilidade melhorou
muito depois da implantação dos car-
rinhos nos setores de separação e ex-
pedição para matriz e filiais. Antes,
cada caixa cheia de peças prontas
para serem enviadas à matriz eram
colocada em um palete e arrastada até
a área demarcada, pois esse processo
era mais rápido do que utilizar um
transpalete para essa atividade, já que
havia dificuldade de manobra na área
de trabalho. Hoje, os carrinhos têm
o tamanho das caixas plásticas e são
mais rápidos e fáceis de manobrar até
o local onde estão separando as peças
por estoque. Como na matriz tem seis
estoques diferentes eram necessários
seis paletes, que foram substituídos por
seis carrinhos. o processo ficou bem
mais eficiente”, finaliza.
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62 abril 2014
OPINIÃO
Questão amplamen-
te noticiada pelos
meios de comunica-
ção, a logística bra-
sileira é apontada
como um dos maiores gargalos para
o crescimento e o desenvolvimen-
to do país e de diversos setores da
economia. Isso porque uma logística
eficiente e otimizada envolve a esco-
lha do melhor modal de transporte
(ou combinação de modais), capaz
Os desafios do transporte As dificuldades enfrentadas e da importância de ferramentas analíticas de planejamento
de transportar o maior número de
mercadorias com segurança, mínimo
custo e menor tempo possível, vari-
áveis um tanto quanto complexas de
serem equacionadas.
O transporte é uma das princi-
pais funções logísticas, pois repre-
senta uma parcela significativa dos
custos para fazer com que produtos
cheguem das empresa ao mercado
consumidor, atendendo às priorida-
des de entrega. Tem, portanto, papel
fundamental na qualidade do serviço
que é prestado ao cliente. Dessa for-
ma, o transporte é fator crítico para
que seja atingido o objetivo logístico:
produto certo, na quantidade certa,
na hora certa, no lugar certo e ao
menor custo possível.
As companhias brasileiras vêm
buscando atingir esse objetivo em
suas operações, a fim de obter dife-
renciais competitivos. As transpor-
tadoras contratadas pelas indústrias
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abril 2014 63
tem papel-chave nesse contexto e
precisam, cada vez mais, investir em
profissionalização e em formas de
aperfeiçoar seu negócio e garantir
melhor planejamento e controle para
que os objetivos logísticos sejam cum-
pridos de modo satisfatório. A regra
é que não haja impactos aos clientes
no recebimento de suas mercadorias,
pois, dependendo do setor, atrasos na
entrega de produtos podem significar
prejuízos gigantescos.
Qual a saída então para tantos de-
safios? Planejamento é, sem dúvida, a
palavra que aparece em primeiro lugar
na lista nesse contexto, e uma ferra-
menta analítica de planejamento será,
claramente, uma importante aliada.
As empresas precisam utilizar todo o
seu core business no transporte e se
convencer de que lidar com tamanha
complexidade não pode ser feito de
modo caseiro.
De que forma, afinal, é possível
garantir qualidade de entrega tendo
que considerar tantos fatores como
origem da mercadoria, destino, pra-
zo de entrega, tipo de caminhão, tipo
de monitoramento, melhor rota, ex-
periência do motorista, capacidade
de cada veículo, regras de geren-
ciamento de riscos, limites de valor
a serem transportados por veículo,
etc.? Sem uma ferramenta analítica
de planejamento adequada, não é di-
fícil imaginar a quantidade de falhas
e ineficiências a que uma operação
está sujeita.
Cada empresa deve, portanto, anali-
sar quais efeitos a logística de transpor-
te tem para seus negócios. Se a ocor-
rência de problemas e falhas estiver im-
pactando as operações a ponto de gerar
prejuízos e insatisfações irremediáveis
junto aos clientes, é hora de considerar
o investimento em sistemas analíticos
que permitam realizar um planejamen-
to mais estruturado e eficiente.
O planejamento sempre é a primeira ação a ser tomada quando se trata de resolver problemas logísticos
Oscar Porto,
matemático e Diretor
de Negócios da Gapso
abril 2014 63
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64 abril 2014
ACESSÓRIOS PARA EMPILHADEIRAS
Alguns tipos de movimen-
tação exigem soluções
específicas por conta
de seu conteúdo ou até
mesmo do espaço onde
é manuseado. Esse é o caso da Chan-
don, também conhecida como Moët
Hennessy do Brasil. A doca onde
ocorre o recebimento das caixas de
uva só permitem que o caminhão seja
descarregado de um lado. Portanto,
era necessário que o caminhão fizes-
se manobras para estacionar ou eram
utilizados alongadores de garfos para
retirar as caixas, sendo que estes ne-
cessitavam de troca constantemente,
pois precisavam ser retirados para
outras operações.
Descarga unilateralChandon utiliza garfos telescópicos da Saur e tem ganho de 30% no tempo de movimentação
Desta maneira, o recebimento
das uvas era demorado. Além dis-
so, os profissionais envolvidos na
atividade estavam mais expostos a
acidentes e a carga ficava por mais
tempo exposta à condições adversas,
podendo comprometer a qualidade da
matéria-prima.
Foi por isso, então, que a Chandon
buscou junto a Saur, empresa que
fornece acessórios para movimen-
tação, uma solução para agilizar a
descarga de caixas de uvas. O garfo
telescópico descarrega caminhões
somente por um dos lados. Isso é pos-
sível devido ao fato deles avançarem
e, assim, alcançarem toda a largura
da carroceria. Ou seja, o equipamento
acoplado à empilhadeira fica posicio-
nado em um dos lados e deste local
consegue fazer a descarga de ambos
os lados, sendo necessário apenas
abrir uma das laterais da carroceria.
Luciano Paulo Scomazzon, ge-
rente de produção da Chandon,
conta sobre as vantagens que o novo
acessório trouxe: “Ficamos impres-
sionados quando vimos o desempe-
nho dos Garfos Telescópicos, enfim
havíamos encontrado a solução para
o nosso problema. Tivemos um ganho
de tempo aproximado de 30%, em
relação ao processo antigo utizando
os sobregarfos”.
Além de operar com os garfos
estendidos, cujo comprimento atinge
2.350 mm o equipamento pode ainda
trabalhar normalmente com os gar-
fos recolhidos em 1.350 mm, o que
torna sua utilização muito prática.
Operando desde novembro de 2013
na Chandon, o equipamento, segun-
do Marcio Koch, gestor de negócios
da Saur, combina a agilidade dos
garfos convencionais curtos com
a possibilidade de alcançar cargas
distantes, o que traz como resulados
principais a agilidade e a segurança
na operação.
Outra vantagem dos garfos teles-
cópicos é que possuem pouco peso
agregado a empilhadeira, por isso po-
dem ser acoplados em empilhadeiras
contrabalançadas e empilhadeiras
retráteis de menor capacidade. Tam-
bém é ideal para estocar produtos em
estruturas porta-palete com dupla
profundidade.
Garfos telescópicos permitem o
recebimento das caixas de uva
por uma só lateral do caminhão
acessorios para empilhadeiras.indd 64 25/03/2014 15:34:44
abril 2014 65
MOVIMAT
Retomada do NordesteApós 15 anos, chega a nova era das feiras de logística no Nordeste
Em 1999, a IMAM iniciou o
processo de regionalização
da feira MOVIMAT, que
acontece anualmente no 2º
semestre em São Paulo.
A primeira região escolhida para isso
foi o Nordeste, em especial a cidade de
Recife, seguida pela região Sul (Caxias
do Sul, Porto Alegre e Joinville). Ambas
aconteciam no 1º sementre de cada ano.
Foi assim que há 15 anos, iniciava-se
o ciclo de levar conteúdos e soluções
em logística e equipamentos de mo-
vimentação e armazenagem à outras
regiões do País.
Salvador, na Bahia, em 2001, rece-
beu a última edição da MOVIMAT que
encerrava momentaneamente este
ciclo (MOVIMAT Regional), para focar
seus esforços na edição nacional, que
anualmente ocorre no mês de setembro.
Em 2014 inicia-se a nova era das
feiras de logística no Nordeste. A Reed
Exhibitions, maior empresa de feira
de negócios no mundo, que assumiu a
realização da MOVIMAT em 2012, além
de reforçar a feira nacional, inaugurou
em março uma nova fase da feira no
Nordeste, agora no Cone Multimodal,
na região de Suape, em Recife.
A dificuldade de expansão de even-
tos, por parte de promotores de feiras,
em função das limitações do tradicional
Centro de Convenções (Cecon), em
Olinda, fez com que a Reed, sob a dire-
ção dos Srs. Juan Pablo de Vera e Paulo
Otávio Pereira de Almeida, investissem
em uma arrojada iniciativa.
Ainda em 2012, logo após a aqui-
sição da MOVIMAT, estabeleceu o
Nordeste como região estratégica,
em especial, Recife. A opção dos gal-
pões modulares do Cone se mostrou
uma solução interessante, pois está
localizada na região do Cabo Santo
Agostinho, que inclui o importante
Porto de Suape, estaleiros e demais
operadores logísticos, ou seja, um
forte polo logístico no Nordeste.
O evento inaugurou um grande
galpão que será destinado a locação,
mas desde já inicia-se um novo ciclo
na região, pois o novo espaço foi
desenhado para, no futuro, ser um
centro de exposições. Assim, essa ex-
periência de utilização do Cone para
grandes eventos foi inaugurada com
a MOVIMAT.
Com isso, a Reed reforça o es-
pírito de pioneirismo que foi marca
da MOVIMAT desde 1980, quando a
mesma estava sob direção da IMAM.
Parabéns a Reed e toda sua equipe que
retomam este importante evento no ca-
lendário de feiras e de desenvolvimento
da logística brasileira.
Da esquerda para direita: Eduardo Banzato, diretor do IMAM,
Paulo Otávio de Almeida, diretor da REED, Reinaldo A. Moura
e José Maurício Banzato, fundadores do IMAM
Vista aérea da MOVIMAT Nordeste 2014
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10 PONTOS SOBRE...
1. Avalie a quantidade de SKUs. O sistema pick to light funciona melhor para empresas que trabalham com um grande número de SKUs no armazém.
2. Adapte a solução para sua equipe, que deve ser composta por colaboradores diversificados (novatos, experientes). Dessa forma, a adaptação será mais fácil.
3. Examine o armazém para encontrar o melhor ajuste. Antes de implementar um sistema, garanta que a instalação atenda aos requisitos de espaço.
4. Reestruture a operação. Se estiver implementando AS / RS (“Automated storage / retrieval system”, sistema de estocagem / recuperação automática) com o sistema pick to light, o armazém pode exigir reestruturação.
5. Selecione metas de desempenho. A maioria das empresas implementam pick to light para aumentar a produtividade, reduzir trabalho e proporcionar precisão.
6. Analise o processo existente para avaliar o retorno sobre o investimento. Use estatisticas e métricas de processos atuais para comparar com novas propostas de pick to light.
7. Avalie os softwares de WMS existentes para integrá-los com o pick to light. Se não se integrarem corretamente, precisarão de correções para a entrada de dados.
8. Considere a velocidade e os níveis de precisão. Ao instituir o pick-to-light, você pode esperar um elevado número de separações.
9. Pesquise e entreviste potenciais fornecedores. Peça referências, em seguida, contrate o que for mais adequado.
10. Escolha um sistema que possa crescer. Não é necessário equipar todo o CD com a tecnologia pick to light. Ao invés disso, implemente a solução em uma ou duas áreas.
Pick to lightConheça os princiais pontos críticos para implementar um sistema de separação por luz avançado
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