edição 282 - set/ dez 2012

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Envelopamento fechado. Pode ser aberto pela ECT www.acm.org.br | Nº 282 | Set/Dez 2012 Conquista em 2012 Escola de Governança e Cidadania Ativa A ACM CONCLAMA os médicos catarinenses para uma grande UNIÃO DE FORÇAS, capaz de vencer os desafios que cercam o exercício ético da MEDICINA e a qualidade da SAÚDE em Santa Catarina, para que o NOVO ANO que nasce seja de vitórias e TRANSFOR- MAÇÕES. Médicos unidos para vencer desafios do novo ano! 2013 Associação Catarinense de Medicina Rod SC 401 Km 04,3854 - Saco Grande Florianópolis SC- CEP 88032-005

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Médicos unidos para vencer desafios do novo ano

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012

Conquista em 2012

Escola de Governança e Cidadania Ativa

A ACM CONCLAMA os médicos catarinenses para

uma grande UNIÃO DE FORÇAS, capaz de vencer os

desafios que cercam o exercício ético da MEDICINA e

a qualidade da SAÚDE em Santa Catarina, para que o

NOVO ANO que nasce seja de vitórias e TRANSFOR-

MAÇÕES.

Médicos unidos para vencer desafios

do novo ano!

2013

Associação Catarinense de MedicinaRod SC 401 Km 04,3854 - Saco Grande

Florianópolis SC- CEP 88032-005

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EditorialInformativo da Associação Catarinense de Medicina - ACM

Expediente

DiretoriaPresidente: Dr. Aguinel José Bastian Júnior

Vice- presidente: Dr. Rafael Klee de Vasconcellos

Secretário Geral: Dr. Sérgio Marcos Meira

Diretor Fincanceiro: Dr. Fernando Graça Aranha

Diretor Administrativo: Dr. Esdras Camargos

Diretor Científi co: Dr. Amberson Vieira de Assis

Diretor de Publ. Científi cas: Dr. Ademar José de Oliveira Paes Junior

Diretor de Patrimônio: Dr. André Mendes Arent

Diretora de Previdência e Assistência: Dra. Rejane Gomes

Diretor de Defesa Profi ssional: Dr. Eduardo Nobuyuki Usuy Junior

Diretor das Regionais: Dr. Roberto Amorim Moreira

Diretora Sócio-Cultural: Dra. Concetta Esposito

Diretor de Esportes: Dr. Marcos Lázaro Loureiro

Diretor do Dept. de Convênios: Dr. Gianfranco Luigi Colombeli

Diretora de Comunicação: Dra. Eliete Magda Colombeli

Vice DistritaisSul: Dr. Renato Lopes Matos

Planalto: Dr. Cristian Luis Schenkel de Aquino

Norte: Dr. Luiz Fernando da Silveira Lobo Cicogna

Vale do Itajaí: Dr. Carlos Roberto Seara Filho

Centro-Oeste: Dr. Ramiro Solla Camina

Extremo- Oeste: Dr. Jorge Alberto Hazim

Delegados junto à AMBDr. Genior Simoni

Dr. Murilo Ronald Capella

Dr. Jorge Abi Saab Neto

Dr. Remaclo Fischer Junior

Dr. Carlos Gilberto Crippa

Dr. Théo Fernando Bub

Dr. João Nilson Zunino

Dr. Almir Adir Gentil

Dr. Luiz Carlos Espíndola

EdiçãoTexto Final - Assessoria de Comunicação

Jornalistas

Lena Obst (Reg. 6048 MT/RS)

Denise Christians (Reg. 5698 MT/RS)

Impressão: Gráfi ca Darwin

Tiragem: 4.000 exemplares

Rodovia SC 401, Km 4,Bairro Saco Grande- Florianópolis/SCFone/Fax: (48) 3231- 0300

Únicos e Insubstituíveis

“2013 - Médicos unidos para ven-cer desafi os”. Essa é a capa da nossa Revista da ACM, última edi-ção de 2012, que também simbo-liza a primeira de 2013.

Unir os médicos em torno de uma causa de valor é uma tarefa de primeira grandeza. Esse conceito é corrente e qualquer liderança médica concorda com essa tese. O confl ito conceitual, no entanto, reside na escolha das causas.

Não nos apercebemos de um fe-nômeno que silenciosamente vem nos tirando a voz nas últimas duas décadas. Cada vez mais envolvidos nas batalhas por números e indicado-res com que as sucessi-vas tabelas e classificações hierarquiza-das nos atro-pelam, aca-bamos não vendo que deixamos de defender nos-sa dignidade.

Por primeiro o médico tem que proteger seu ofício e defender suas hipocráticas prerrogativas com os olhos no código de ética e as mãos no seu paciente. A relação médico--paciente é essencialmente de con-fi ança e dela surge algo insuperá-vel: nossa inigualabilidade. Trocar a sagrada anamnese por uma lista padrão de exames complementa-res e descontar tempo da consulta pra equilibrar o pagamento injusto das operadoras é uma frágil atitu-de egoísta que em nada nos ajuda. Somos únicos e insubstituíveis no julgamento da pessoa doente que em nós confi a, também devemos ser únicos e indemovíveis na per-cepção por vezes mercantilista de

quem nos contrata. A força do mé-dico vem da pessoa que ele cuida. A força da classe médica vem do somatório dessas forças. Nesse prisma nossa profi ssão é única e transcende as relações comerciais, porque a conduta com essa pauta leva necessariamente à cobrança cidadã do direito à saúde e ao dis-curso forte em relação à ética e ao valor humano.

Em 2013 vamos resgatar alguns conceitos que não sabemos ao cer-to quando perdemos. Vamos estu-dar cidadania, vamos nos engajar por mais verba para a saúde pública e vamos gritar mais alto pelo ade-

quado fi nan-ciamento do SUS. Vamos ser mais in-transigentes com o respal-do ético do nosso labor, vamos recu-perar nossas v e r d a d e s h u m a n i t á -rias e vamos aprofundar

ainda mais o abissal conhecimento do corpo humano. Também vamos acolher com mais tempo e tolerân-cia, vamos defender a qualidade do ensino médico no Brasil e vamos deixar nossa mão mais tempo sobre o doente.

Assim resgataremos a dignidade do médico, esse insubstituível ar-tista da homeostase e incansável combatente da dor.

Conscientizados, fortaleceremos as Entidades Médicas confi ando a elas a guarda e a atitude repre-sentativa do somatório de tantas singularidades.

Aguinel José Bastian Junior Presidente

nas batalhas por números e indicado-res com que as sucessi-vas tabelas e classificações hierarquiza-das nos atro-pelam, aca-bamos não vendo que deixamos de defender nos-

e vamos gritar mais alto pelo ade-quado fi nan-ciamento do SUS. Vamos ser mais in-transigentes com o respal-do ético do nosso labor, vamos recu-perar nossas v e r d a d e s h u m a n i t á -rias e vamos aprofundar

“Nossa profi ssão é única e transcende as relações

comerciais, porque a conduta com essa pauta leva necessariamente à

cobrança cidadã do direito à saúde e ao discurso forte

em relação à ética e ao valor humano”

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Falta de recursos humanos nos hospitais do Estado coloca em risco a vida dos catarinenses

ALESC divulga relatório sobre situação de hospitais catarinenses

A Comissão de Saúde da ALESC – Assem-bleia Legislativa do Estado de Santa Ca-tarina, presidida pelo deputado estadual e médico Volnei Morastoni, protocolou na Secretaria de Estado da Casa Civil o rela-tório elaborado após as visitas aos hospi-tais da rede pública estadual, relatando a gravidade do quadro vivido no setor. Nas visitas fi cou clara a insatisfação dos fun-cionários. Eles se sentem abandonados pelo Governo do Estado e estão fazendo um pedido de socorro.

De maneira resumida, a Comissão fez as seguintes constatações:

Instituto de Cardiologia

Falta de funcionários e fechamento da Emergência. O Centro Cirúrgico e unidade

A falta de médicos e profi ssionais da saúde nos 14 hospitais da rede pú-blica estadual, em especial no Insti-tuto de Cardiologia de Santa Cataria e no Infantil Joana de Gusmão, colo-ca em risco a vida dos catarinenses. Os médicos catarinenses, através do COSEMESC vêm denunciando o quadro vivido no setor e cobrando respostas da SES desde os primei-ros meses de 2012. Apesar de re-conhecerem os trâmites legais que envolvem a contratação de pessoal para os hospitais, após concurso público realizado pelo Estado, as representações médicas destacam a necessária vontade política e urgência no chamamento de no-vos profi ssionais para as unidades hospitalares, através de um regime emergencial, ultrapassando as bu-rocracias em defesa da saúde dos catarinenses.

O grave diagnóstico e o caos vivido pelos médicos e pacientes nessas unidades de saúde foram os temas centrais de diversas reuniões entre

as entidades médicas e em audi-ências na Secretaria de Estado da Saúde. Para participar das discus-sões foi convidado o promotor de Justiça Marcílio de Novaes Costa, do Ministério Público de Santa Ca-tarina, que vem contribuindo com a categoria na busca de saídas para o problema enfrentado nos hospitais, pela carência de recursos humanos, que resulta em prejuízos no atendi-mento nas emergências, em leitos fechados, cirurgias suspensas e longas esperas para consultas com especialistas.

Outra importante ação das entida-des médicas foi o “Abraço à Saúde” promovido pelo COSEMESC no dia 16 de outubro, no Hospital Infantil Joana de Gusmão. A iniciativa de-monstrou que os médicos estão unidos na defesa da assistência à saúde de qualidade para a popula-ção que necessita do atendimento, valorizando os profi ssionais que atuam na rede pública, protegendo a vida dos catarinenses.

Diversas reuniões entre ACM, CREMESC e SIMESC foram realizadas para discutir a grave situação da saúde em Santa Catarina

“Abraço à Saúde” reuniu dirigentes das entidades da classe e médicos na emergência do Hospital Infantil Joana de Gusmão

de UTI semi-intensiva estão fechados e dos 15 leitos, só 10 estão em funcionamento. Pacientes são acomodados em cadeiras nos corredores, falta de equipamentos, falta de médicos especialistas e falta servi-dores no setor administrativo. A direção do Instituto já solicitou à Secretaria da Saúde nove cardiologistas, seis anestesistas, 50 técnicos de enfermagem, 15 enfermeiros e 10 técnicos administrativos.

Hospital Regional de São José

A recente contratação de 500 novos fun-cionários amenizou o problema de falta de pessoal, mas ainda existem muitas difi cul-dades no período noturno. Também faltam médicos para algumas especialidades. O Regional conta com sete salas cirúrgicas,

mas só quatro funcionam. Tem 12 leitos de UTI abertos e seis fechados, que precisam de equipamentos para funcionar.

Maternidade Carmela Dutra

Conta com 103 leitos, mas 35 estão fe-chados. Faltam médicos obstetras e pe-diatras, e precisam ser contratadas pelo menos mais 30 enfermeiras. O Hospital atende 2.500 pessoas por mês, reali-za cerca de 400 partos por mês e oito cirurgias ginecológicas por dia. Têm pacientes há quatro anos esperando por uma cirurgia de reconstituição de mama. Faltam materiais simples, como copos plásticos, fi ta adesiva, canetas e até assento para os vasos sanitários uti-lizados pelos funcionários.

Crise na Saúde

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Crise na Saúde - Posicionamento da ACM

O que assistimos nos hospitais pú-blicos de Santa Catarina é o exemplo mais concreto e duro de MISTANÁSIA. A morte miserável de pessoas pobres. O Poder Público não tem o direito de optar, nem a prerrogativa de elencar prioridades quando os direitos funda-mentais da cidadania estão em pauta. É dever do Estado PARAR TUDO em prol das necessidades essenciais. DEVE suspender campanhas, realocar recur-sos de investimentos de outra ordem, enxugar seus recursos humanos admi-nistrativos e consequentes cabides de emprego e CUMPRIR a missão primeira de um governante democrático: aten-der o CIDADÃO nas suas necessidades mais essenciais: SAÚDE, SEGURANÇA PÚBLICA e EDUCAÇÃO.

Enquanto isso não for feito estamos diante da condição inegável de FALÊN-CIA DO ESTADO, passível de interven-ção por parte da sociedade civil orga-nizada e do poder público federal. As Entidades Médicas notifi caram o Esta-do de Santa Catarina, na fi gura de sua Secretaria de Estado da Saúde, sobre a iminente inviabilidade ética de funcio-namento das emergências dos hospi-tais públicos e consequente interdição das mesmas pelo Conselho Regional de Medicina de SC.

Não cabe ao cidadão discernir sobre os momentos da administração públi-

Mistanásia - A Morte Miserável

ca, atribuir responsabilidade a essa ou àquela gestão porque no prisma do povo o governo é único, com pro-jetos e responsabilidades continua-das, que não podem ser restringidas às marcas divisórias dos 4 anos de governo, tão convenientemente usa-das como DESCULPA pra não fazer ou por não ter feito. Na ótica do cidadão valem mais os projetos de Estado do que os projetos de Governo.

Na mesma medida, não cabe ao poder público se escusar atribuindo as falên-cias aos seus predecessores, mesmo que isso seja fato. Ao pleitear a função de dirigir o Estado, a equipe que o faz assume a realidade como ela é e herda as benesses e as mazelas. Qualquer en-tendimento diferente é puro casuísmo e assunção de incompetência.

Sem relegar Segurança Pública e Edu-cação, me cabe opinar sobre a Saúde. As Entidades Médicas representadas pelo Conselho Superior das Entidades Médicas – COSEMESC – têm reitera-damente denunciado as carências de recursos humanos nos hospitais da rede pública em Santa Catarina, seja por meio das cartas de “apelo ao go-vernador” publicadas ativamente na imprensa, seja através dos “Boletins do COSEMESC” veiculados pelos si-tes das Entidades Médicas. A greve dos servidores - ocorrida nos meses

de novembro e dezembro de 2012 - é um direito constituído do traba-lhador e expõe o desmantelamento das estruturas públicas da saúde. Não defendemos a desassistência e enal-tecemos os que se desdobram enfren-tando a precariedade e atendendo os doentes, mas penalizar primariamente o servidor público pelos prejuízos de uma greve tão indesejada é BATER NO MAIS FRACO. Nós médicos apoiamos o direito de greve dos funcionários da saúde DESDE QUE RESPEITADO O DE-VER DE MANTER OS ATENDIMENTOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA.

Finalizando, se MISTANÁSIA pode ser defi nida como a morte miserável dos excluídos e, se como cidadãos não pactuamos com o processo de “reifi -cação“ (transformação em coisa) e “na-difi cação” do indivíduo, combatemos explicitamente a impunidade e concor-damos que a responsabilidade do Es-tado (na fi gura de seus representantes eleitos) transcende a linha do tempo, só temos uma retórica coerente: cobrar do poder público constituído a respon-sabilidade pela desassistência e pelas mortes de nossos irmãos catarinenses abandonados na doença.

Aguinel José Bastian JúniorCidadãoMédicoPresidente da Associação Catarinense de MedicinaDiretor Geral da Escola de Cidadania da ACM

Contextualizando MISTANÁSIA

No meu entendimento, o processo de exclusão do ser humano muito bem descrito pelo jurista Danilo Porfírio de Castro Vieira é cruel e apresenta uma sequência fácil de acompanhar: primeiro ele perde a individualidade numa so-ciedade em que os bens são produzidos e consumidos em MASSA, passando portanto por uma primeira expropriação: a da individualidade. Isso é a MASSIFICAÇÃO. Massifi cada, a pessoa não é mais indivíduo. Seu talento intrínseco para qualquer tarefa é desvalorizado, sua arte é inferiorizada e a consequente possibilidade de substituí-lo no mundo de produção e consumo em massa expropria a pessoa mais uma vez, transformando-a em COISA. Esse processo, concei-tuado, chama-se REIFICAÇÃO.

Reifi cado (transformado em coisa), torna-se objeto e passa a ser tratado como tal nos seus direitos constitucionais mais básicos. Existe uma diferente e preconceituosa realidade para essa PESSOA que não consegue consumir (cha-mada de “pobre”) e que, ao ser transformada em “nada”, pode morrer sem assistência aos olhos dos demais. A isso chamamos MISTANÁSIA. A morte miserável de CIDADÃOS que o sistema equivocadamente classifi cou como “coisas”, destituídos de tudo, reconceituados e transformados em “NADA”.

Texto publicado no Blog e Coluna do Jornalista Moacir Pereira – Diário Catarinense

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Médicos destacam posicionamento do Presidente da ACM

Crise na Saúde

“Meus cumprimentos pelo texto. Sempre pensei escrever algo assim, que nada mais é que expor a verdade. Me faltou coragem e capacidade para fazê-lo. E você conse-guiu fazer isso para nós médicos, para os pacientes e para os nossos governantes. O conteúdo do texto vai direto ao assunto, não destila ódio ou qualquer tipo de ranço. Mos-tra a consciência de um cidadão em busca de seus direitos básicos e demonstra muito bem que nossa posição na sociedade é uma questão de momento: somos ao mesmo tem-po médicos e pacientes e, quiçá, governan-tes. Com 43 anos de exercício da medicina e professor universitário, me senti pequeno frente à seriedade com que o tema foi abor-dado por você. Tenha certeza que, após seu texto, ninguém mais vai ter um olhar míope sobre a situação da saúde. Parabéns e peço permissão para divulgar o texto pelos meios que disponho. Um abraço”.João Batista Bonnassis

“Gostaria de expressar gratidão e admira-ção pela postura ética e responsável que o presidente tem demonstrado à frente da ACM. Atitudes como a sua são exemplares e me inspiram a continuar batalhando como médico no dia-a-dia do SUS, apesar de to-dos os pesares. Obrigado por nos represen-tar tão bem”.Marcus Maciel

“Excelente! Nosso Presidente da ACM não é doutor, é Médico - se coloca no lugar do pa-ciente e sente na alma o que àqueles sentem no corpo; parabéns ao amigo por clamar neste deserto”.Alfredo Martins

“Parabéns. Muito oportuno e corajoso seu po-sicionamento”.; Lygia Bruggemann Peters

“Parabéns pela postura oportuna e corajosa. É criminosa a precarização dos serviços de saúde no Estado. Parabéns ao Moacir Perei-ra pela visibilidade dada à notícia, realmen-te é um grande jornalista. Para a imagem da classe médica, foi grandioso você não ter se omitido, foi um demonstração de lide-rança, que as entidades médicas têm forte compromisso com a saúde da população e deve participar na mediação deste conflito, trazendo todos ao bom senso, parando de penalizar os que não podem se defender, os que dependem exclusivamente do SUS, a própria imprensa está inconformada com o que está ocorrendo e está lhe apoiando. Parabéns por sua bravura”.Guilherme Genovez

“Admirável o seu posicionamento, ético, co-rajoso e de extremo bom senso. Cresce cada vez mais minha admiração por você, um cole-ga que orgulha a minha classe. Obrigada por não se acomodar e “gritar” por nós, que temos vontade de falar isso, mas às vezes não temos coragem. Teu chamado, teu grito de alerta me comoveu. Forte abraço. Chega de conversa, quero atitude! Quero trabalhar com dignida-de. É uma falta de respeito para com todos os profi ssionais da Saúde. Meu amor à profi ssão, minha ética estão acima de tudo, mas tá difi -cil... Não quero obras para uma minoria, quero direito à saúde digna, moradia e trabalho para quem não tem. Até os noticiários de TV me embrulham o estômago. Por favor, senhores eleitos, vocês não chegaram aí sozinho, façam valer os votos depositados. Dignidade para o nosso povo! É o mínimo”. Emarise Paes de Andrade

“Parabéns Presidente, você conseguiu traduzir o pensamento da absoluta maioria dos médi-cos que atuam nas unidades da Secretaria de Saúde. O desatendimento aos pacientes não pode continuar”.Nívio Pascoal Teixeira

“A nota da ACM foi de uma precisão, coerên-cia, oportunidade (senso de momento), sem igual. A ACM, involuntariamente, candidata--se à posição de defensora da ética e da moral, que outras entidade deveriam estar incorporando mais a fundo e com maior pe-netração no meio médico. A linguagem de contundente aproximação à realidade desta nota desperta a atenção para a coerência das lideranças que estão compondo esta admi-nistração. A expressão da realidade aproxima inevitavelmente o médicos desta entidade com a qual passa a se identifi car porque esta traduz a realidade da saúde e indiretamente, das condições de trabalho dos profi ssionais médicos. Parabéns à ACM, em mantendo-se nesta linha de coerência com os fatos e de aproximação estreita com a realidade vivida pelos médicos, não há como não ser consi-derada a nossa casa, a nossa voz”.Osvaldo Cordeiro Oliveira

“Gostaria muito de ver esse e-mail enviado ao nosso governo para que se saiba que se existe uma classe atenta aos desvelos da saúde, so-mos nós, os médicos. Apesar das humilhações frequentes a que somos submetidos, de per-cebermos salários ridículos do SUS e cia e de comentários como os do nosso ILUSTRE Ex-Pre-sidente de que medicina é sacerdócio, ainda estamos de pé e não desistiremos dos nossos ideais apesar de tudo e de todos. Valeu!”. Regina Celia Cecchini

“Meus efusivos parabéns pela lucidez, cora-gem e honradez com que materializou nossa revolta como cidadãos e médicos. Sua alma extravasou tudo que gostaríamos de ter es-crito e, talvez por motivos que não cabem aqui elencar, não o fi zemos. Por essência, somos crédulos! E mais uma vez esperamos que os homens que detêm o Poder no Esta-do, mortais como todos os que estão sendo levados pela MISTANÁSIA, abram seus olhos para enxergar, seus ouvidos para escutar e suas mãos para dar um BASTA nestas mortes miseráveis; senão quando acordarem de seu torpor...pode ser tarde demais! Com seu tex-to minha esperança se renovou...Nem tudo está perdido! Nós médicos, temos a obriga-ção e o dever inalienável de lutar pela VIDA e não podemos admitir que ELA se torne uma moeda de troca! OBRIGADA”.Suzana Maria Menezes de Almeida

“Parabéns, presidente. Simplesmente lúcida e brilhante a matéria”. Lúcio Suplici

“Prezado Aguinel, expresso o meu apoio fren-te ao seu manifesto. Esperamos que a Asso-ciação Catarinense de Medicina manifeste-se sempre, publicamente a favor dos cidadãos e em direito a uma saúde pública e privada de qualidade”. Silvana G. Santucci

“Gostaria de parabenizar pelo excelente texto apresentado e ratifi car o desejo de uma ação urgente do ministério para com o descaso apresentado pelo estado e federação para com a saúde do cidadão”.Daniel Amaral de Faria

“Ainda bem que temos cidadãos conscientes e dignos, nesta nossa sociedade alienada e irresponsável! Perfeita a sua consideração! Su-giro-lhe que continue suas observações, para que nossa sociedade adquira as qualidades que lhe são necessárias, para sua evolução e aperfeiçoamento! Obrigado”.Basilio Brozoski

“Parabenizo o colega pelo texto, tão claro e transparente, que difi cilmente há refutação ou justifi cativa. Acreditemos na coragem pelo Estado inapto, da aceitação da incom-petência e, a posterior força para alterar o curso desta tragédia que vivemos dia a dia. Grande abraço e força”. Raphael Silva Remor de Oliveira

“Perfeito!”.Andrei Lewandowski

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Protesto Nacional dos Médicos alcança destaque sem precedente na imprensa brasileira

SC paralisou atendimento entre os dias 15 e 19 de outubro

Médicos cobram soluções da ANS

Planos de Saúde

As entidades médicas nacionais denunciam o quadro de desequilibro na área da saúde suplementar no país. Os problemas existen-tes se acumulam e comprometem, sobre-maneira, a assistência oferecida aos cerca de 50 milhões de brasileiros que fazem uso dos serviços contratados junto a operadoras de planos e seguros de saúde. Duas pesquisas recentes, realizadas pelo Instituto Datafolha, testemunham a insatisfação que pontua en-tre os médicos que atendem os convênios e a população que faz uso destes planos.

Entre os dias 24 de setembro e 26 de outubro de 2012 foram veiculadas mais de 700 matérias sobre o protesto dos médicos contra os abusos dos planos de saúde no país, distribuídas em cerca de 150 veículos impressos e online. Com esse espaço, a estimativa das entidades médicas nacionais é de que o tema tenha alcançado aproximadamente 10 milhões de leitores em todo o Brasil.

Tal repercussão demonstra efetivamente

a força dos médicos quando mobilizados por suas causas e desafi os. “O protesto nacional contra os abusos das operado-ras de planos de saúde colocou em evi-dência os problemas enfrentados pelos médicos e pacientes. Além dos avanços alcançados em negociações realizadas em diversos estados, alcançamos a sim-patia e solidariedade da população quan-to aos problemas da assistência na saúde suplementar”, avaliou o coordenador da Comissão Nacional de Saúde Suplemen-

tar (COMSU), Aloísio Tibiriçá. O Protesto Nacional de Outubro pela primeira vez unifi cou uma agenda nacional, na qual os estados iniciaram ao mesmo tempo as negociações com os planos de saúde. Além dos resultados práticos conquista-dos em alguns estados, como reajustes nos valores das consultas e procedimen-tos, o movimento rearticulou as Comis-sões Estaduais de Honorários Médicos e mobilizou também diversas sociedades de especialidades em torno do assunto.

A partir do dia 10 de outubro médicos de todo o Brasil paralisaram os atendimentos dos planos de saúde que não aceitaram negociar e/ou adotar a CBHPM (Classifi cação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos) como balizador de remu-neração dos procedimentos e consultas médicas. Integrando a mobilização nacional da categoria, o COSEMESC (Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina) orientou os médicos catarinenses a também aderirem à ação, não aten-dendo os planos de saúde que ainda não fi rmaram acordo, entre os dias 15 a 19 de outubro. O protesto ocorreu na Semana do Médico, para chamar a atenção pela falta de respeito das operadoras com o trabalho médico.

Vitória do movimento

A mobilização dos médicos catarinenses obteve importante vitória: foi fi rmado acordo entre o COSEMESC e o plano de au-togestão da Eletrosul, que em ofício se comprometeu em adotar de imediato a CBHPM vigente e implantar escalonamento para a classifi cação plena até o ano de 2014.

Quadro geral dos acordos em Santa CatarinaPlanos que ainda não fi rmaram acordo com os médicos

Agemed, planos de saúde regionais e os seguintes planos de autogestão do grupo Unidas: Assefaz, Brasil Foods, Capesesp, Cassi, Celos, Conab, Correios Saúde, Elos Saúde, Embratel, Fassincra, Funservir, Geap, Petrobrás, Proasa, Pró-Saúde Alesc, Saúde Caixa, Sesef, Tractebel Energia.

Planos que já têm acordo com os médicos

Cooperativas Médicas (Unimed), SC Saúde e Eletrosul

A percepção generalizada dos que acom-panham o tema é de que a saúde suple-mentar caminha a passos largos para seu estrangulamento. Com a estabilidade econômica e o aumento do poder aqui-sitivo da população, o volume de clientes dos planos e seguros de saúde cresceu signifi cativamente. Por outro lado, inú-meros relatos nos levam a questionar se as redes assistenciais (lista de médicos conveniados, leitos e laboratórios dispo-níveis) acompanharam essa evolução.

As representações médicas entendem que a Agência Nacional de Saúde Suple-mentar, órgão responsável pelo acom-panhamento e regulação do setor, deve repassar os dados que possui à socieda-de e se não os detiver deve tomar provi-dências junto às empresas da área para que sua disponibilização seja feita o mais rápido possível. Estes gestos seriam en-tendidos como compromisso da ANS com o interesse coletivo, sendo uma postura contrária injustifi cável diante do país.

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Rod. BR 101, Km 185 - Tijuquinhas - Biguaçu/SC

| [email protected]: (48) 3285.0000

Formaturas, casamentos, jantares e festas em geral.

Page 9: Edição 282 - Set/ Dez 2012

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Notícias Médicas

Em Brasília, no dia 4 de dezembro, a AMB lançou o projeto “Salve Saúde – O futuro promete. Chegue bem lá”. O objetivo da iniciativa é reduzir a inci-dência de doenças crônicas não trans-missíveis na população brasileira. Tam-bém apoiam a causa as especialidades médicas que compõem o Conselho Científico da AMB e a Associação Bra-sileira de Cirurgiões-Dentistas (ABCD). Na ocasião, foi apresentado o site: www.salvesaude.com.br, que pretende tornar-se referência e fonte de infor-mação confiável a respeito dos hábitos que podem contribuir para o bem-es-tar e a longevidade das pessoas.

“Queremos levar conteúdo baseado em evidência científica escrito e chancelado pelas sociedades de especialidades. O

Os maiores desafios enfrentados pe-los prestadores de serviços de Saúde – médicos e hospitais – em 2012 vol-taram-se principalmente para o finan-ciamento o do setor. Segundo o presi-dente da Associação Médica Brasileira (AMB), Dr. Florentino Cardoso, havia uma expectativa que a regulamenta-ção da Emenda Constitucional 29 iria colocar mais recurso na saúde, mas isso efetivamente não ocorreu.

Para a AMB, há três grandes problemas na saúde pública: o subfinanciamen-to, a corrupção e a gestão “politizada e politiqueira”. Contudo, o presidente da entidade afirma que o pior dos pro-blemas está na falta de investimento. “Por exemplo, não adiantava nada não

AMB lança projeto “Salve Saúde”

Médicos esperam mais investimento e melhor remuneração

Brasil espera, a partir de 2030, a diminui-ção da população com pico de envelheci-mento em 2050. Graças aos avanços da medicina, desejamos que os brasileiros envelheçam mais saudáveis e quem já desenvolveu doenças crônicas não-trans-missíveis que consiga controlá-las melhor e viver com mais qualidade. Tenho convic-ção que chegaremos bem ao futuro”, disse Florentino Cardoso, Presidente da AMB.

O site Salve Saúde valoriza e está aber-to à contribuição das sociedades de especialidades. “Os médicos podem enviar novas informações a qualquer momento. Além disso, é possível co-locar vídeos e relatos de experiências inspiradoras de pessoas que se bene-ficiam com a adoção de hábitos mais saudáveis”.

ter corrupção, ótima gestão, se não ti-ver dinheiro. O Brasil investe na saúde pública, em termos de percentual do PIB, menos do que a Argentina, Chile, Uruguai e alguns países africanos”.

Para tentar reverter esse quadro, a AMB, em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), lançou uma campanha de coleta de assinatu-ras este ano, para validar um projeto de iniciativa popular que obrigue a União a investir pelo menos 10% da receita corrente bruta em Saúde. “O projeto tem tido o apoio de várias ins-tituições, tanto da área médica, quanto de outros profissionais de saúde e de outras áreas também, reconhecendo que é fundamental que a saúde públi-

ca seja melhor financiada”. A expecta-tiva, segundo Dr. Florentino é de que, em 2013, sejam levadas ao Congresso Nacional mais de 1,5 milhão de assi-naturas para que o projeto entre em votação.

No que se refere ao relacionamento com as operadoras, em 2012, a remu-neração dos prestadores foi uma das maiores dificuldades enfrentadas. Os médicos fizeram muita pressão para que as operadoras aceitassem conver-sar, chegando a um resultado positivo, mas que, para a categoria, ainda não foi suficiente. Segundo o presidente da AMB, existe uma tendência à me-lhoria da remuneração, mas ainda está aquém do que os médicos gostariam.

Rod. BR 101, Km 185 - Tijuquinhas - Biguaçu/SC

| [email protected]: (48) 3285.0000

Formaturas, casamentos, jantares e festas em geral.

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Ex-Presidente da ACM é homenageado pela Assembleia Legislativa

Novos membros imortalizados pela Academia de Medicina de Santa CatarinaCinco novos médicos foram imortalizados pela Academia de Medicina do Estado de Santa Catarina (ACAMESC). A solenidade de posse aconteceu no Centro de Eventos ACM, na noite de 30 de novembro, quando outros três médicos também passaram a fazer parte da Academia como membros eméritos. Foram empossados como membros titulares os Drs. Mário Wolowski Mussi, João Ghizzo Filho, Arary Cardozo Bittencourt, Elci Luiz Bonamigo e Paulo Zeni, que passaram a ocupar, respectivamente, as cadeiras 09, 41, 31, 32 e 42. Foram empossados como membros eméritos os médicos Hamilton Rogério Sanford Vasconcellos, Mario Antonio do Nascimento e o terceiro presidente da Academia Catarinense de Medicina, Dr. Nelson Grisard.

O ex-presidente da ACM, cirurgião pediátrico Euclides Reis Quaresma, recebeu o título de Cidadão Catarinense na noite de 25 de outu-bro passado, no Plenário da Assembleia Legis-lativa de Santa Catarina (ALESC). A indicação da homenagem foi feita pelo deputado esta-dual Jailson Lima, que aproveitou o momento para destacar as inúmeras virtudes e ações re-alizadas pelo homenageado, hoje Presidente da Unicred do Brasil, Diretor Superintendente da Quanta Previdência Unicred, ex-presidente da Unicred Central de Santa Catarina e da Uni-cred Florianópolis. Na vida associativa, presi-diu a ACM na gestão de 1987/1989, foi pre-sidente da Unimed Florianópolis e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátri-ca., além de chefe do Serviço de Cirurgia Pe-

diátrica do Hospital Infantil Joana de Gusmão, onde exerce suas atividades médicas.

A cerimônia em homenagem a Euclides Qua-resma foi prestigiada por familiares, colegas e amigos, a quem ele especialmente agradeceu. “Esta é uma noite muito especial para mim, porque hoje me torno, de maneira formal e ofi cial, o que já sou de coração e de mente há muitos anos: um cidadão catarinense. Esta terra que me acolheu e que é repleta de diver-sidades, onde as diferenças são respeitadas, preservando o estilo de cada lugar. Hoje sou catarinense no coração porque escolhi para viver neste pedaço do sul, pequeno e bonito, feito de afeto, praias e paisagens e pessoas maravilhosas. Muito obrigado a todos”.

Euclides Reis Quaresma, ex-presidente da ACM recebe o título de Cidadão Catarinense das mãos do médico e deputado estadual Jailson Lima

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Escola de Governança e Cidadania Ativa ACM

Programação realizada em 2012

Dia 10 de agosto“A Cidadania Ativa na Construção da De-mocracia”

João Henrique Blasi – Desembargador

Dia 12 de setembro “O Processo Político no Século XXI”

Moacir Pereira – Jornalista e Escritor

Dia 19 de setembroDebate com candidatos à Prefeitura de Florianópolis no 1º turno

Elson Pereira, Cesar Souza, Gean Lourei-ro, Janaina Deitos, Angela Albino e Gilmar Salgado

Dia 26 de setembro “Judicialização das eleições”

Rodrigo Collaço – Magistrado

Rompendo paradigmas já no 1º semestre de atividadesPalco das principais lutas da categoria médica em Santa Catarina, a ACM mais uma vez demonstrou sua força e visão de futuro e lançou a primeira Escola de Governança e Cidadania Ativa no es-tado. A ACMEC iniciou suas atividades no dia 10 de agosto de 2012, numa parceria entre a Asso-ciação Catarinense de Medicina, a Associação dos Magistrados Catarinenses e a Associação Catarinense do Ministério Público. A meta é for-mar lideranças através de discussões e refl exões sobre temas como ética política e transparência, democracia participativa, direitos humanos e pre-servação ambiental, entre tantos outros. O curso tem duração anual e as aulas, no primeiro semes-tre, foram semanais, ministradas por educadores de diversas universidades, empresas privadas, entidades associativas, órgãos governamentais, organizações de governança estadual, nacional e mundial. A certifi cação é conferida pela ACM, en-tidade que coordena e sedia as aulas.

No seu primeiro semestre de atividades, a AC-MEC realizou 12 sessões de aula, com pales-tras apresentadas por profi ssionais de diversas áreas e formações, que expuseram e debate-ram com os alunos, exercitando a interativi-dade e a participação democrática. As aulas aconteceram nas noites de quartas-feiras, com três horas de duração, compostas sempre de duas partes: exposição do assunto e debates entre palestrantes e alunos.

As atividades do segundo semestre do curso 2012/2013 serão iniciadas em 04 de março de 2013. A programação com temas e palestrantes será enviada aos alunos e disponibilizada no site da ACM. O primeiro curso da Escola, por ter ini-ciado em agosto/2012 será concluído em maio de 2013. A formatura da primeira turma deverá ocorrer no fi nal do mês de maio/2013.

Vagas para ACMEC podem ser reservadas e confi rmadas pelo e-mail: [email protected]

Dia 03 de outubro“O Estado Contemporâneo e as Transna-cionalidades”

César Luiz Pasold – Advogado e Professor

Dia 10 de outubro“História do Brasil e a Cultura Sócio-Polí-tica da Sociedade”

Danilo Cunha – Professor e Coordenador da ACMEC

Dia 17 de outubro“Análise das Políticas Públicas para a Saú-de no Brasil”

Florentino Araújo Cardoso Filho – Presi-dente da Associação Médica Brasileira

Dia 24 de outubroDebate com candidatos à Prefeitura de Florianópolis no 2º turno

Rodolfo Pinto da Luz – Professor e candi-dato a Vice-Prefeito

Dia 31 de outubro “Moralidade Pública: Princípio Constitu-cional após a Carta Magna de 1988”

Eduardo Goeldner Capella – Advogado

Dia 14 de novembro “Século XXI: quem somos, como estamos, em que mundo vivemos? Opções da Ci-dadania”

Danilo Cunha – Professor e Coordenador da ACMEC

Dia 21 de novembro “Cidadania e Ecologia Política – Fragmen-tos de uma visão sistemática”

Itamar Bevilaqua – Advogado e Professor

Dia 28 de novembro “Segurança – Aspectos Humanos, Opera-cionais e Jurídicos”

Ildo Rosa – Delegado Federal

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Primeira aula da ACMEC foi Ministrada pelo jornalista e escritor Moacir Pereira

Coordenador da Escola, o educador Danilo Cunha ministrou duas aulas no 1º semestre

Debate entre os candidatos à PMF no 1º turno foi um dos destaques da programação

Alunos e convidados especiais participaram ativamente das palestras e debates

O presidente da AMB, Florentino Cardoso Filho falou sobre os dilemas da saúde

Delegado Ildo Rosa encerrou as aulas da Escola em 2012 falando sobre segurança

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Escola de Governança e Cidadania Ativa ACM

“A Escola de Governança e Cidadania Ativa da ACM é importante na medida em que abre a possibilidade de se efetivar o exercício da ci-dadania em classes sociais que farão a diferença e provocarão resultados de larga abrangência na sociedade. O conhecimento dos direitos políticos que permitem ao cidadão intervir na direção dos negócios públicos do Estado, participando de modo direto (ao votar) ou indireto (ao concorrer a um cargo público) na formação do governo e na sua administração, torna real a mudança de paradigmas que o mundo contemporâneo clama, a fi m de termos uma sociedade mais justa e igualitária. Com efeito, o fato de a Escola ser uma iniciativa da ACM e ter como um dos principais enfoques a questão da saúde, que é um dos direitos sociais garantidos constitucionalmente, valida e torna imprescindível sua existência”.

Eunice Schlieck - Advogada

“A Escola de Governança e Cidadania Ativa da ACM é uma iniciativa extremamente inovadora e traz a possibilidade de refl etir e discutir criticamente, num grupo multidisciplinar, sobre todos os aspectos (políticos, econômicos, sociais, culturais, ambientais...) que infl uenciam na nossa qualidade de vida e das futuras gerações. É signifi cativo que tenha sido acolhido pela ACM, pois, no fundo, diz respeito à saúde da sociedade como um todo, do corpo e da alma. É um espaço importante de troca de conhecimento que deveria ser replicado em muitos ou-tros meios. Apesar do aparente crescimento econômico, atravessamos um momento de crise política e social, onde falta a noção de coleti-vidade e o compromisso com o futuro. É necessário o amadurecimento da sociedade brasileira. E isso só será viável através da educação”.

Maria Regina Weissheimer - Arquiteta e Urbanista do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

“A iniciativa da ACM, em criar a Escola de Governança e Cidadania Ativa é extremamente importante, porque é a forma que a sociedade poderá discutir os problemas sociais e comportamentais e começar traçar novas linhas de pensamento e ação”.

Lucy Crichton - Professora de Inglês, palestrante e escritora

“Não posso deixar de elogiar a ACM pela sua feliz iniciativa. Estamos todos precisando de cidadania, sem esquecer que cidadania é, acima de tudo, humanidade, e isso envolve evitar o lucro exagerado, cobrar muito dinheiro por alguns minutos de atenção, seja a um paciente, num consultório médico, ou a um cliente de escritório de advocacia, engenharia, ou qualquer outro profi ssional liberal. Devemos lembrar que uma diarista precisa trabalhar um dia inteiro, com serviço pesado para ganhar 80 ou 90 reais, um professor também é muito mal re-munerado pela responsabilidade que tem. Por isso, acho que a escola é muito importante, todos precisam entender o real signifi cado de cidadania e agir de acordo”.

Eraldo Joaquim Viviani - Juiz aposentado, advogado e empresário

“Considero a abertura da escola um evento de envergadura e de responsabilidade enorme, além de ser em época extremamente oportuna, vem somar com o movimento pela moral e pela ética, desencadeado em todo o país. Louvo a iniciativa da ACM e a escolha dos temas. Acho que todo o cidadão deveria participar deste, ou de algum curso similar a este, por isso eu e minha esposa estamos inscritos”.

Antônio Gomes Fulco - Auditor e Consultor

Elogios à iniciativa da ACM “A minha impressão sobre a Escola de Governança e Cidadania Ativa da ACM é a mais positiva possível, na medida em que diz respeito à consciência da responsabilidade política e social das pessoas através das palestras e cursos abertos. É motivo para elogiar a ACM, pelo exemplo que a Associação Médica dá às demais entidades representativas de profi ssões, incitando a saudável proliferação das ações de Educação Política, especialmente as organizadas para haver continuidade no processo de formação e informação para a Cidadania Ativa”.

César Pasold – Advogado e Professor

“Feliz, oportuna e excepcionalmente positiva a decisão da Associação Catarinense de Medicina de instalar a Escola de Governança e Ci-dadania Ativa. Abre espaço preciso para os associados, os profi ssionais da saúde e toda a comunidade debaterem sobre um dos maiores desafi os do novo tempo: a quebra desta tendência do isolamento e de atuação individualista para uma forma consciente e efetiva de participação. Um projeto pioneiro e inovador até pela feliz caracterização do nome: Cidadania Ativa. Santa Catarina tem mais de 6 milhões de habitantes, mas tem um número reduzido de verdadeiros cidadãos e percentual inexpressivo dos que exercem a Cidadania Ativa”. Moacir Pereira – Jornalista e Escritor

Alunos destacam a importância dos debates

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Responsabilidade solidária:o trabalho em equipe em clínicas e hospitais

A responsabilidade do cirurgião-chefe, tal como a de todo e qualquer médico, obe-dece ao art. 14, § 4º, do Código de Defesa do Consumidor, ou seja, é subjetiva (exce-to quando constitui elemento de empresa, como já dito). Dessa forma, o cirurgião-che-fe apenas responde pelo dano decorrente de erro anestésico se, de alguma forma, concorreu para o resultado. Se não houver, durante todo o processo cirúrgico, nenhum conduta sua que possa ser classifi cada como causa do dano, não pode haver de sua parte responsabilidade.

Raciocínio semelhante pode ser aplicado no exame da responsabilidade clínica mé-dica frente ao erro anestésico. Se o médi-co-anestesista integra o corpo clínico do estabelecimento, com subordinação, atua como verdadeiro preposto e a clínica res-ponderá solidariamente, na forma do art. 34 do Código de Defesa do Consumidor.

No entanto, se esse vínculo de subordina-ção não existe, haverá de se invocar aquele precedente do STJ citado há pouco (REsp 1019404), da relatoria do Min. João Otávio de Noronha: deve-se identifi car quais as obrigações do médico-anestesista e quais as obrigação da clínica ou hospital. Se a clínica ou hospital cumpre todas as suas obrigações, como fornecimento adequado de instalações, medicamentos e equipe de enfermagem, e o erro decorre unicamente da imperícia do anestesista que não tenha vínculo com a unidade hospitalar, o hospi-tal é isento de responsabilidade.

Veja-se que, nesse caso, o médico-anes-tesista é contatado pelo cirurgião-chefe para compor a equipe médica, mas não é empregado da clínica, ou seja, não osten-ta o status de preposto.

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina já en-frentou o tema da responsabilidade da equi-pe-médica, tendo decidido, na ocasião, não haver responsabilidade solidária do médico--chefe pelo erro cometido pelo anestesista.

Jaime Luiz VicariDesembargador do TJSC

O jornal ACM News está publicando em capítulos importante artigo do desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Jaime Luiz Vicari, autorizado especialmente para a divulgação pela Associação Catarinense de Medicina aos seus associados. O documento é de extrema importância para o conhecimento dos médicos, pelas destacadas informações e refl exões nele contidas.

No caso enfrentado pela Corte catarinen-se (Apelação Cível n. 2006.017541-5, rel. Des. Francisco Oliveira Filho, julgada em 4/07/2006), o paciente, ao submeter--se a uma cirurgia de catarata, teve o seu olho perfurado pelo anestesista, no ato em que procedia à anestesia. O evento resultou em infecção no globo ocular, o que acabou exigindo a sua retirada.

Diante desses fatos, o paciente propôs a ação contra o médico-chefe, o anestesista e o Hospital. O TJSC decidiu haver respon-sabilidade objetiva do Hospital e subjeti-va do médico anestesista, condenando-os solidariamente à reparação do dano. Mas, por outro lado, reconheceu não haver res-ponsabilidade do médico-chefe, haja vista não ter havido, no caso, a demonstração da existência de nexo causal entre a sua conduta e o dano, motivo por que ele não poderia ser responsabilizado pelo ato do anestesista integrante da equipe-médica.

Quanto à responsabilidade do hospital, vale aqui a mesma ressalva que fi zemos acima: se o médico não é preposto seu, somente haverá responsabilidade do estabelecimento hospitalar caso se lhe possa imputar algum serviço defeituoso. Do contrário, responde apenas o médico.

Com relação ao tema da responsabilida-de pelo trabalho médico em equipe, pa-rece-nos assistir razão a Sérgio Cavalieri Filho quando aponta que a “concepção unitária da operação cirúrgica” não é mais absoluta em face da moderna ciência médica. Como bem diz esse civilista, “as múltiplas especialidades da Medicina e o aprimoramento das técnicas cirúrgicas permitem fazer nítida divisão de tarefas entre os vários médicos que atuam em uma mesma cirurgia. […] embora a equipe médica atue em conjunto, não há, só por isso, solidariedade entre todos os que a integram. Será preciso apurar que tipo de relação jurídica há entre eles. Se atuam como profi ssionais autônomos, cada qual

em sua especialidade, a responsabilida-de será individualizada, cada um respon-dendo pelos seus próprios atos, de acor-do com as regras que disciplinam o nexo de causalidade […]. A responsabilidade será daquele membro da equipe que deu causa ao evento” (Programa de Responsa-bilidade Civil. 8. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2009. p. 374).

Se a cirurgia foi realizada dentro dos mais estritos padrões médicos, não se pode im-putar ao cirurgião a responsabilidade por um erro cometido pelo anestesista que trabalha autonomamente. A questão está no nexo causal. Se o cirurgião não contri-buiu para o resultado, se sua conduta não é considerada causa do evento danoso, não há responsabilidade de sua parte.

Mas, a par de tudo o que foi dito, vale aqui o aforisma “cada caso é um caso”.

Não é despropositado supor a existência de equipes médicas que trabalham para um cirurgião, por integrarem uma sociedade ou por trabalharem para um mesmo hospital.

Aí a relação entre médico-chefe e médi-cos-auxiliares equipara-se a do emprega-dor ou comitente com seus empregados ou prepostos, caso em que aqueles, “ain-da que não haja culpa de sua parte, respon-derão pelos atos praticados” por estes (Có-digo Civil, art. 933 c/c art. 932, inciso III).

O tema é palpitante e parece estar longe de uma resposta unânime.

Os parâmetros delineados abrem por-tas ao aprofundamento da questão. A riqueza dos fatos da vida não permite que se chegue sempre a um mesmo resultado de julgamento. A falsa ideia de igualdade real é a base de toda a in-justiça. Por isso, é com prudência e ra-zoabilidade que se deve examinar caso por caso, levando-se sempre em conta as diferenças existentes entre eles na busca da solução justa.

Última Parte

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Homenagem

Há cerca de 30 anos, numa ida a Porto Ale-gre, Peter convidou-me para conhecer sua mãe. Numa tarde sombria, chegamos ao apartamento de d. Rosette Erna Cappel Gol-dberg, uma senhora tipo mignon, simpática, de cabelos brancos bem penteados e ele-gantemente trajada. Recebeu-nos sorriden-te, beijou o fi lho e acomodou-nos num sofá. Enquanto servia um café colonial, falava de maneira pausada:

-“Otto, meu marido, era um famoso gineco-logista em Essen, na Alemanha, onde Peter nasceu. Por causa da perseguição nazista, fugimos para a Holanda e de lá para o Brasil. Kurt Albert, meu fi lho mais velho, tinha 10 anos e Peter apenas dois. Chegamos a Petró-polis, no Rio de Janeiro, e depois migramos para Quatro Irmãos, no interior do Rio Gran-de do Sul. Nesta cidade, ele fez o curso pri-mário. Depois foi para Passo Fundo, onde fez parte do secundário, concluindo-o na escola onde fez o colegial: Colégio Estadual Júlio de Castilhos, em Porto Alegre. Otto exerceu vá-rias funções, até que conseguiu validar o di-ploma de médico quando já morávamos aqui em Porto Alegre. Ele era um homem de valor, competente, tinha uma grande clientela. Seu exemplo despertou em Peter a vocação para a medicina. Quando ele foi aprovado no ves-tibular da Faculdade de Medicina da UFSC, telegrafou ao pai dando a notícia. Otto rece-beu o telegrama no consultório. Informado da excelente novidade, tirou o guarda-pó, vestiu o paletó, passou pela sala de espera sorridente e informou às senhoras que pre-cisava sair. Explicou-lhes, emocionado, que seu fi lho passara no vestibular de medicina e que iria festejar. As clientes o abraçaram, aplaudindo sua euforia”.

Freud, o pai da psicanálise, disse certa vez que “o sonho é a realização de um desejo”.

Dr. Otto sonhou e realizou o seu desejo.

Peter Goldberg viveu a medicina desde que nasceu. Embalado pelo exemplo do pai, aqui chegou em 1960. Ingressou na facul-dade e se graduou em 1965, na primeira turma de médicos de nossa Universidade. Como aluno, destacou-se pela inteligência, pela memória privilegiada e pela disciplina, tendo sido presidente do Centro Acadêmico Djalma Moellmann. Revelou, principalmen-te no Internato de Pediatria, grande aptidão para a assistência à criança. Buscando a es-pecialização, foi aceito e fez residência no Serviço de Pediatria do Hospital dos Servi-

Medicina Catarinense perde Peter Goldberg

dores do Estado do Rio de Janeiro, coman-dado pelo renomado pediatra Luiz Torres Barbosa. Certa noite, foi convidado pelo dr. Octávio de Freitas Vaz, um dos maiores ícones da Cirurgia Pediátrica nacional, para ajudá-lo numa operação. Ao término, seu desempenho foi tão bom que dr. Vaz não hesitou em afi rmar que ele deveria ser ci-rurgião, aduzindo que pretendia criar a re-sidência de cirurgia pediátrica com apenas uma vaga. Aceitando o desafi o, Peter foi o primeiro residente de Cirurgia Pediátrica do afamado hospital.

Depois de três anos no Servidores, transfe-riu-se para Criciúma, onde foi pioneiro da especialidade.

Após 5 anos no sul do Estado, em janeiro de 1973, convidei-o para trabalhar no Hos-pital Infantil Edith Gama Ramos, o nosso velho hospital . Ele aceitou e se transferiu para a capital. Mais tarde, por concurso, na UFSC, foi admitido como professor auxiliar de ensino de cirurgia pediátrica, atingin-do na carreira, depois de 15 anos, a posi-ção de professor adjunto IV. Embasado na competência profi ssional, na capacidade de ensinar, na austeridade e sendo devoto dos princípios éticos, cultivava, além disso, uma característica: o relacionamento fácil com os colegas e os amigos.

Em 1970, por concurso, recebeu da AMB e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pedi-átrica, o Título de Especialista em Cirurgia Pediátrica. Fez 67 cursos de formação, atu-alização e aperfeiçoamento, participou de 63 conclaves científi cos, entre congressos e jornadas, apresentou 61 trabalhos nestes eventos, e foi palestrante, a convite, em 41 vezes. Foi autor de 12 capítulos de livros. Dos seus títulos, deve-se destacar: no Hos-pital Infantil, no velho e no novo, o Joana de Gusmão, foi cirurgião pediátrico e preceptor da Residência Médica, presidente do Centro

de Estudos Miguel Salles Cavalcanti e chefe do Centro Cirúrgico, tendo ocupado tam-bém, em diversas oportunidades, a chefi a do serviço de cirurgia pediátrica.

Como atividades associativas, foi presidente da Regional da Zona Carbonífera, Secretário Geral da ACM e seu Delegado junto à AMB, presidente da Sociedade Catarinense de Ci-rurgia Pediátrica, vice-presidente e Membro Titular da Comissão de Ensino e Título de Especialista da Sociedade Brasileira de Ci-rurgia Pediátrica. Durante cerca de 10 anos, por indicação desta entidade nacional, re-presentou o Brasil no Comitê de Diretores da Revista de Cirurgia Infantil, que congrega 5 países do cone sul da América. É, também, “surgical fellow” da Academia Americana de Pediatria. Foi alvo de expressiva homenagem por parte dos pediatras de Joinville quando, na ativação do Hospital Materno Infantil Je-ser Amarante Faria, foi inaugurado o “Centro Cirúrgico Dr. Peter Goldberg”.

Peter se caracterizou por ser um homem educado, afável, ansioso, culto, poliglota, um emérito contador de piadas, descon-traído, amigo e irmão. Bom fi lho e irmão, marido zeloso e um pai exemplar. Quem confi rma estes atributos são os seus amigos e Laise, sua mulher, que lhe deu Cláudia, psicóloga, e Cynthia, médica, verdadeiros orgulhos do casal.

A escritora americana Anais Nin disse: “cada amigo representa o nascimento de um mundo em nós, um mundo novo que sem o amigo provavelmente não existiria”. Este é o meu sentimento e de todos os nossos ex-residentes, principalmente os especialistas do nosso serviço e grandes amigos Euclides Reis Quaresma, Edevard José de Araujo, José Antonio de Souza, Mauricio José Lopes Pereima, Johny Ca-macho, Rodrigo Feijó, Eliete Magda Colom-belli e Walberto de Souza Filho. Quando do seu acolhimento como Membro Titular da Academia, em 2003, ao usar da palavra dis-se ao fi nal: “Peter Goldberg, os acadêmicos sentem-se recompensados e orgulhosos em receber-te em sua confraria, princi-palmente porque tua presença acrescenta mais qualidade à entidade”.

Peter Goldberg deixou o nosso convívio em 21 de setembro. Em seus últimos momen-tos, esteve rodeado de familiares e amigos. Completaria 75 anos em 22 de novembro. Com certeza, essa data foi comemorada “lá em cima” junto com seus pais e amigos que se despediram antes dele.

Descansa em paz.

Murillo R. CapellaCirurgião pediátricoEx-presidente da ACM

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Agenda Científica

43ª Jornada Catarinense de DermatologiaInício: 15 de março de 2013

Fim: 16 de março de 2013

Local: Hotel Mercure

Telefones: (47) 3056-9500 e (47) 3056-9500

Endereço: Avenida Atlântica, 2010, Balneário Camboriú, SC

XV Latin American Thyroid Congress –

LATS 2013

Início: 27 de abril de 2013

Fim: 30 de abril de 2013

Local: Costão do Santinho Resort Golf SPA

Telefones: (48) 3261-1000 e (48) 3261-1000

Endereço: Estrada Vereador Onildo Lemos, 2505, Florianópolis, SC

XIV Congresso da Sociedade Brasileira

de Cirurgia da ColunaInício: 27 de abril de 2013

Fim: 30 de abril de 2013

Local: Costão do Santinho Resort Golf SPA

Telefones: (48) 3261-1000 e (48) 3261-1000

Endereço: Estrada Vereador Onildo Lemos, 2505, Florianópolis, SC

13º Congresso Regional de VideocirurgiaInício: 15 de maio de 2013

Fim: 18 de maio de 2013

Local: Atlântico Búzios Convention & Resort

Telefones: (22) 2620-8850 e (22) 2620-8850

Endereço: Estrada da Usina, 294. Morro do Hu-maitá, Armação dos Búzios, RJ

VI Congresso Catarinense de Ginecolo-

gia e ObstetríciaInício: 19 de setembro de 2013

Fim: 21 de setembro de 2013

Local: Centro Eventos ACM

Telefones: (48) 3231-0707 e (48) 3231-0707

Endereço: Rod. SC 401 - Km 04, 3854, Floria-nópolis, SC

XIX Congresso da Sociedade Brasileira

de Diabetes

Início: 9 de outubro de 2013

Fim: 11 de outubro de 2013

Local: CentroSul

Telefone: (48) 3251-4000

Endereço: Av. Gustavo Richard, 850, Florianó-polis, SC

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ADMINISTRAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO

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ADMINISTRAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO

Agenda da Diretoria ACM

Outubro/2012Dia 02

Reunião do COSEMESC (Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina), na sede do CREMESC (Conselho Regional de Medicina)

Dia 05

- Reunião com pró-reitor da UNISUL

- Reunião da coordenação da ACMEC (Escola de Governança e Cidadania Ativa ACM)

Dia 09

Reunião do COSEMESC na sede da ACM

Dia 10

- Abertura do VIII Congresso Brasileiro de Queimaduras, no Majestic Palace Hotel, em Florianópolis

- COSEMESC é recebido na ALESC (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) para divulgar Movimento Nacional por Mais Recursos Para a Saúde

Dia 15

- Início do movimento de paralisação do aten-dimento aos planos de saúde que desrespei-tam os profi ssionais da medicina e seus clien-tes em Santa Catarina (até 19/10)

- Entrega do Título de Cidadão Catarinense ao ex-Presidente da ACM, Euclides Reis Quaresma

Dia 16

Movimento Abraço ao Hospital Infantil Joana de Gusmão

O Jornal ACM divulga aos médicos catarinenses a AGENDA DA DIRETORIA, com o intuito de permitir uma total transparência das ações da

gestão da entidade associativa. O objetivo desta seção do informativo da ACM é ainda o de manter o médico de Santa Catarina permanen-

temente informado sobre as principais ações desenvolvidas em sua defesa e que muito necessitam de sua participação e opinião.

Dia 19

- Jantar em comemoração ao Dia do Médico, na sede da ACM

- Abertura e Mesa Redonda no I Simpósio de Urgência e Emergência

Dia 26

Assembleia de Delegados da AMB (Associação Médica Brasileira)

Dia 29

Abertura do XVI Congresso Sul Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dia 30

Coquetel de premiação às Entidades de Classe Catarinense

Novembro/2012Dia 02

Abertura do 12º Congresso Brasileiro de Ado-lescência

Dia 05

Reunião Extraordinária de Diretoria da ACM

Dia 09

Homenagem da Academia de Odontologia ao médico Ernesto Damerau

Dia 16

Abertura do Congresso Catarinense de Clínica Médica

Dia 21

Reunião do COSEMESC com a Secretaria de Es-tado da Saúde

Dia 28

Reunião do Conselho Fiscal ACM

Dia 30

- Solenidade de admissão de membros da Aca-demia de Medicina de Santa Catarina

- Formatura do Curso de Medicina da FURB

Dezembro/2012Dia 01

Assembleia Geral da ACM

Dia 10

Reunião do Conselho Consultivo da ACM

Dia 13

Reunião de Diretoria Plena da ACM

Dia 14

- Participação na Colação de Grau da UNISUL Pedra Branca

- ACM representada nas seguintes formaturas de medicina: UNIVILLE, UNISUL TUBARÃO, UNI-VALLI, UNESC

Dia 15

ACM representada das seguintes formaturas de medicina: UNOESC e UNOCHAPECÓ.

Dia 21

Formatura do Curso de Medicina da UFSC

Abraço à Saúde teve a participação dos diretores da ACM, na tarde de 16 de outubro, em frente ao Hospital Infantil Joana de Gusmão

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