revista linux 2

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  • 8/2/2019 Revista Linux 2

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    XXFFCCEE 44..44Descubra o gestor dejanelas leve mais "bem-parecido" que existe

    Entrevista comDaro RapisardiO programador do Linex e do Debian

    fala-nos do cenrio espanhol e do

    exemplo que este para o mundo.

    ZZeenniittyyA interaco do shell scriptcom o utilizador atingeoutros nveis

    LLaazzaarruussUma linguagem poderosanum ambiente agradvel

    FFAAIIInstalao automatizadaem massa

    IInnssttaallaaoo ffcciill ccoomm oo AAuuttoommaattiixxGGnnoommee ccoomm aa ccaarraa ddoo MMaacc OOSS XXAAddaappttaannddoo--ssee aaoo GGIIMMPP

    JJooggoossPorque o pingum tambmgosta de se divertir

    Jogos: Frets on Fire, Second Life Book Review: Python in a Nutshell

    www.re

    vista-l

    inux.c

    om

    Fev / Mar 07 :: Nmero 2

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  • 8/2/2019 Revista Linux 2

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    Revista Linux

    Nmero 2 :: www.revista-linux.com3

    Finalmente est concludo o se-

    gundo nmero da Revista Linux.Desde o lanamento do projectoem Dezembro passado, s huma concluso a que todos po-demos chegar fazia falta umarevista deste gnero na lnguade Cames e todo o projecto um sucesso!

    Desde o incio do projecto, o fe-edback foi muito e em vrios sa-bores. Chegaram felicitaes,

    sugestes e crticas e todas es-tas positivas, que nos incenti-vam a continuar.Rapidamente nos apercebemosque o projecto tambm deixoumarcas a nvel internacionalcom a elevada quantidade de re-ferncias exteriores e ao feed-back de leitores estrangeiros,na sua maioria brasileiros. Umadvida que foi colocada pelosleitores no portugueses foi sepoderiam participar na criaode artigos. Tal como a nossa ln-gua falada um pouco por todoo planeta, a RL pretende chegara todos os cantos do mundo, as-sim, para que no haja mais d-vidas, deixamos claro que qual-quer pessoa que fale portuguspode contribuir com a criaode artigos embora estes sejamadaptados para portugus euro-peu pela nossa equipa por umaquesto bvia de identidade.

    Os nmeros tambm nos deixa-ram muito satisfeitos! Foi incr-vel ver a quantidade de downlo-ads do primeiro nmero, queatingiu, at concluso destetexto, 5315 downloads. Mais im-pressionante foi o trfego do si-te oficial que, na lista dos aces-sos por pas, o primeiro da listatem sido, estranhamente, os Es-tados Unidos da Amrica, esta

    contagem exclui trfego geradopor bots.Logo a seguir esto Portugal,

    Coordenador de Projecto/EditorJoaquim Rocha

    Colaboradores PermanentesDuarte Loureto, Joaquim Rocha, Lus Rodrigues,Pedro Gouveia, Ruben Silva, Valrio Valrio

    Colaboradores

    Cristiano Lopes, Pedro Ferreira, Pedro SalgueiroRevisoresHelena Grosso

    WebsiteLus Rodrigues, Joaquim Rocha, Pedro Gouveia

    DesignJoaquim Rocha, Ruben Silva

    Contacto: [email protected]

    Linux uma marca registada de Linus Torvalds.A mascote Tux foi criada por Larry Ewing.

    A Equipa

    Brasil, Espanha e outros pases

    latinos!Esta a prova que a RL conse-gue difundir o Linux e o softwa-re livre alm fronteiras.

    Mas chega de sorrisos, falemosdas novidades. Para comear,embora no seja completamen-te novo, foi criado um frum dediscusso onde o leitor pode ti-rar dvidas, dar sugestes e par-ticipar numa comunidade activa.

    Esperamos que todos se inscre-vam e faam deste o local dediscusso relacionada com Li-nux em portugus.A partir deste segundo nmero,a RL ter sete novas seces:novidades no mundo do Linux,um artigo sobre jogos open sour-ce, um artigo sobre jogos comer-ciais, dicas (artigos curtos maseficazes), um espao com revi-ews de livros, uma lista de even-tos relacionados com Linux eopen source e uma lista de em-

    presas que oferecem solues

    open source sobre Linux emPortugal. Quanto a esta ltimaseco, qualquer empresa nascondies anter iores po-de enviar um emai l [email protected] e pe-dir para fazer parte da lista.

    Despeo-me com um srio obri-gado aos leitores e a todos osque apoiam a RL e ajudam nadifuso do mundo livre!

    Joaquim Rocha

    Editorial

    Com o apoio do Ncleo deEstudantes de EngenhariaInformtica da Universidade devora.

    www.neei.uevora.pt

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    Revista Linux

    Nmero 2 :: www.revista-linux.com 4

    NNmmeerroo 22

    XFCE 4.4Para quem gosta de um am-biente leve mas apelativo vi-sualmente pode j ver as no-vidades da nova verso doXFCE.

    pag. 28

    ZenityAprenda a embelezaros seus scripts atra-vs de dilogos GTK.

    pg. 8

    FAIA poderoso e clssi-co Debian instala-do em massa e demodo automtico!

    pg. 14

    Tema de Capa

    DDoo PPhhoottoosshhoopp

    ppaarraa oo GGIIMMPPSaiba o que um designer de longadata do Adobe Photoshop dizsobre o uso e mudana para o TheGIMP!pg. 17

    AAuuttoommaattiixxSe acha que o Ubuntu poderia serainda mais simples de usar, entoacha bem pois o Automatix vemfacilitar ainda mais a sua vida.

    pg. 20

    MMaacc OOSSlliinnuuXXA aparncia do Mac OSlinuX junta-se funcionalidade do Gnome epotncia do Linux!pg. 23

    LazarusPrograme para vrias plata-formas de forma agradvel erpida com uma sintaxe ba-seada em Pascal.

    pg. 32.

    Frets on FireEste jogo open source vaimudar forma como olha (ecomo segura) para um teclado!

    pg. 46

    Second LifeOs gatos tm sete vidas masagora todos podemos ter duascom este "grande" jogo!

    pg. 49

    EntrevistaDaro Rapisardi fala-nos

    sobre o sucesso do Linex naExtremadura de Espanha eda sua vida volta do Linux!

    pg. 36Novidades do Kernel

    Dicas

    Book Review

    Kernel Pan!c

    Solues Open Source

    Eventos

    FSWC 3.0Estivemos presentes na FreeSoftware World Conference 3.0,este ano em Badajoz, e conta-mos como foi este grande evento.

    pg. 43

    55

    3311

    4411

    5544

    5577

    5588

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    Revista Linux :: Kernel

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    Novidades do

    Kernelseco administradapor Lus Rodriguessta a segunda parte doartigo sobre a interface do

    Kernel Video4Linux2. Pa-ra os leitores que no leram oartigo introdutrio, aconselh-vel que o faam antes de come-ar este, pois os dois comple-mentam-se. O artigo introdutrioencontra-se na edio nmero 1da Revista Linux.

    Este artigo ir apresentar a es-trutura do V4L2 e o processo deregisto de dispositivos. Antes de

    comear, necessrio referirdois recursos que so indispen-sveis para quem pretende es-crever controladores de vdeo.

    A especificao da API V4L2:Este documento cobre a API daperspectiva do user-space ( es-ta API que os controladoresV4L2 implementam). O controlador vivi que estem: drivers/media/video/vivi.c. um controlador virtual que gerapadres de teste mas que nocomunica directamente com o

    hardware. Este cdigo serve deexemplo de como os controlado-

    res V4L2 devem ser escritos.

    Todos os controladores de v-deo necessitam de incluir o hea-der, onde se localiza muita da in-formao necessria:

    #include

    ,

    Quando estiver a pesquisar nosheaders procura de informa-

    o, dever tambm ter em con-ta o include/media/v4l2-dev.h,dado que este define muitasdas estruturas que necessitarpara trabalhar.Provavelmente, o controladorde vdeo ter seces para lidarcom as interfaces PCI e USBno sendo, no entanto, essa par-te examinada em detalhe nesteartigo. Existe tambm uma inter-face interna i2c, que ser discuti-da noutro artigo desta srie. Porfim, existe a interface para o sis-tema V4L2, que construda

    volta da estrutura video_device(que representa um dispositivo

    V4L2). A anlise do contedodesta estrutura ser o tpico dealguns artigos; neste, apenasser dada uma viso geral.

    O campo name da estruturavideo_device o nome do tipode dispositivo e ir aparecer noslogs do kernel e no sysfs. O no-me geralmente igual ao nomedo controlador.Existem dois campos que des-

    crevem o tipo de dispositivo aser representado.O primeiro (type), aparentemen-te ficou na API Video4Linux1 epode ter um dos seguintes valo-res:

    VFL_TYPE_GRABBER: Indicao dispositivo que captura a ima-gem (inclui cmaras, placas sin-tetizadoras, etc); VFL_TYPE_VBI: para dispositi-vos que enviam informao nointervalo de video blanking; VFL_TYPE_RADIO: para dis-

    E

    Imagemorig

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    Wouw

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    Revista Linux :: Kernel

    Nmero 2 :: www.revista-linux.com 6

    positivos de rdio; VFL_TYPE_VTX: para disposi-tivos de vdeo texto.

    Se o seu dispositivo suporta

    mais funcionalidades do que asdescritas acima, dever registaroutro dispositivo V4L2 para ca-da funcionalidade suportada.O segundo campo, chamadotype2, uma mscara de bitsdescrevendo as capacidades dodispositivo em maior detalhe.Pode conter qualquer um dosseguintes valores:

    VID_TYPE_CAPTURE: o dis-positivo pode capturar dados de

    vdeo; VID_TYPE_TUNER: pode sin-tonizar diferentes frequncias; VID_TYPE_TELETEXT: podeler dados de teletexto; VID_TYPE_OVERLAY: podefazer overlay dos dados de v-deo directamente para o framebuffer; VID_TYPE_CHROMAKEY:uma forma especial de overlayonde os dados de vdeo so

    mostrados apenas quando o fra-me buffer contm pixiels deuma dada cor; VID_TYPE_CLIPPING: podecortar dados de overlay; VID_TYPE_FRAMERAM: usamemria localizada no dispositi-vo de frame buffer; VID_TYPE_SCALES: pode re-dimensionar vdeo; VID_TYPE_MONOCHROME: um dispositivo monocromtico; VID_TYPE_SUBCAPTURE:pode capturar subreas de umaimagem; VID_TYPE_MPEG_DECODER:consegue descodificar MPEG; VID_TYPE_MPEG_ENCODER:consegue codificar MPEG; VID_TYPE_MJPEG_DECODER:consegue descodificar MJPEG; VID_TYPE_MJPEG_ENCODER:consegue codificar MJPEG.

    Outro campo inicializado por to-

    dos os controladores V4L2 ominor. Geralmente, tem o valor -

    1, o que implica que o subsiste-ma Video4Linux aloca o nmeroem tempo de execuo.Existem trs conjuntos de apon-tadores para funes na estrutu-

    ra video_device. O primeiro omtodo release(). Se um dispo-sitivo no tem este mtodo akernel ir imprimir uma mensa-gem de aviso. O mtodo release() importante, dado que as refe-rncias para a estrutura vide-o_devicepodem ficar em mem-ria depois da aplicao de vdeofechar o descritor de ficheiro. Lo-go, no seguro limpar os da-dos alocados at que o mtodorelease() seja chamado.

    A estrutura video_device con-tm uma estrutura file_operationcom os apontadores de funesusuais. Os controladores de v-deo necessitam das funesopen() e release(). Nalguns ca-sos, dependendo do dispositivo,podem tambm existir read() ewrite(). Na maioria dos dispositi-vos de vdeo, existem outrosmodos de transferir dados, mui-

    tas vezes ser necessrio imple-mentar poll() e mmap(). Todosos dispositivos V4L2 necessi-tam do mtodo ioctl(), no entan-to, podem utilizar o video_ioctl2()que fornecido pela subsistemaV4L2.O terceiro conjunto de mtodos,armazenados na prpria estrutu-ra video_device, compem o n-cleo da API V4L2. Existem algu-mas dzias abrangendo vriasfuncionalidades, desde configu-raes a streaming.Finalmente, um campo bastantetil para conhecer desde o in-cio, o debug. Pode atribuir-lheestes dois valores separados ouem conjunto dado que umabitmask: 4L2_DEBUG_IOCTL eV4L2_DEBUG_IOCTL_ARG, fa-cilitando-lhe assim a tarefa deperceber o que est a falhar nacomunicao entre a aplicaoe o dispositivo.

    Registo de dispositivosde Vdeo

    Assim que a estrutura video_de-vice estiver preenchida o dispo-

    sitivo deve ser registado na Ker-nel com:int video_register_device

    (struct video_device *vfd,

    int type, int nr);

    Aqui, vfd a estrutura de vdeo,type o mesmo valor que estno campo type da estrutura vide-o_devicee nr o minor number.O valor de retorno deve ser zeroou um nmero negativo que indi-

    ca que alguma coisa no funcio-nou como esperado. O leitor de-ve estar atento a que mtodosdo dispositivo podem ser chama-dos imediatamente a seguir aoregisto do dispositivo: no invo-que o mtodo video_register_de-vice() enquanto no estiver tudopronto.O registo do dispositivo podeser anulado com a chamada:

    void video_unregister_device

    (struct video_device

    *vfd);

    open() e release()

    Todos os dispositivos V4L2 ne-cessitam de um mtodo open(),que geralmente tem o seguinteprottipo:

    int (*open)(struct

    inode *inode, struct

    file *filp);

    A primeira coisa que o mtodoopen() tem a fazer localizar odispositivo interno que corres-pondente a um dado inode. Nes-ta fase, deve ser feita a iniciali-zao e activao do hardware.A especificao V4L2 define al-gumas convenes relevantes.Todos os dispositivos V4L2 po-dem ter mltiplos descritores, oobjectivo possibilitar a capturade vdeo por uma aplicao en-quanto outra configura o disposi-tivo.O mtodo open() no deve fa-

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    Revista Linux :: Kernel

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    zer alteraes aos parmetrosde operao que esto grava-dos no hardware. Isto , deveser possvel executar uma apli-cao de linha de comandos

    que configura a cmara e de se-guida executar uma outra quecaptura uma imagem sem alte-rar os parmetros de configura-o. Um controlador V4L2 devetentar manter as configuraesat uma aplicao explicitamen-te os modificar.O mtodo release() limpa os re-cursos. Dado que os dispositi-vos de vdeo podem ter mlti-plos descritores de ficheirosabertos, o release() deve decre-mentar um contador antes de fa-zer algo radical. Se um descritorestava a ser utilizado para trans-ferir dados, pode ser necessriodesligar o motor DMA e/ou lim-par outros dados.

    No prximo artigo iremos come-ar o longo processo de solicitaras capacidades e modos deoperao dos dispositivos.

    Os artigos apresentados nesta seco so traduesautorizadas de artigos relacionados com o kernel doLinux do jornal online Linux Weekly News -

    http://www.lwn.net .

    Sobre esta seco

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    Revista Linux :: Prtico

    Nmero 2 :: www.revista-linux.com 8

    Zenityhell script uma das fer-ramentas mais teis e po-derosas em ambientes Li-

    nux, permitindo automatizar mui-tas tarefas que por vezes so

    bastante complicadas de efectu-ar manualmente. Ao usar shellscript, torna-se por vezes neces-srio alguma comunicao en-tre o utilizador e shell script, se-ja para apresentar informaocomo para adquirir dados. Mui-tas vezes esta interaco feitaem modo de texto atravs daprpria linha atravs do uso doscomandos echo e read.

    Os olhos tambm comemExistem vrias ferramentas quepermitem apresentar caixas dedilogo, permitindo assim o di-logo entre um shell script e o uti-lizador. Estas caixas de dilogopodem ser apresentadas emmodo de texto como o casodo dialog ou recorrendo aoGTK+ para apresentar os dilo-gos em modo grfico, como ocaso do xdialog ou do gdialog.

    Com o uso do gdialog e do xdia-

    log pode-se criar facilmente uminterface grfico para um shellscript de forma a que o utiliza-dor possa inserir dados que porsua vez sero usados no script

    ou mesmo usado para apresen-tar informao ao utilizador.

    O zenity uma evoluo tantodo xdialog como do gdialog, per-mitindo apresentar ao utilizadorcaixas de dilogos a partir deuma linha de comandos, possibi-litando uma fcil interaco en-tre um shell script e o utilizador.A instalao deste ser simplesdado que dever haver pacotes

    para as principais distribuies.Se o seu sistema for baseadoem Debian instale o programaexecutanto numa consola, comosuper-utilizador, o seguinte co-mando:$ apt-get install zenity

    O zenity permite apresentar aoutilizador um vasto nmero decaixas de dilogo, tornando pos-svel apresentar calendrios, en-trada de dados, erros, informa-

    es, seleco de ficheiros, listade opes, notificaes, barras

    de progressos, perguntas, avi-sos e barras de escalas.

    Utilizao

    Trabalhar com o zenity muitosimples, bastando apenas fazeruma chamada ao zenity numa li-nha de comandos com os argu-mentos correctos para se espe-cificar qual o tipo de dilogo equal a informao que se preten-de apresentar ou perguntar aoutilizador. Para se especificarqual o tipo de dilogo que sepretende apresentar basta pas-sar ao zenity um dos seguintes

    argumentos:

    --calendar Display

    calendar dialog

    --entry Display

    text entry dialog

    --error Display

    error dialog

    --info Dis-

    play info dialog

    --file-selection

    Display file selecti-

    on dialog

    --list

    S

    Imagemorig

    ina

    ldaau

    toria

    de

    Evan

    Leeson

    por Pedro Salgueiro

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    Revista Linux :: Prtico

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    Display list dialog

    --notification Display

    notification

    --progress Display

    progress indication dia-

    log--question Display

    question dialog

    --warning Display

    warning dialog

    --scale Display

    scale dialog

    --text-info Display

    text information dialog

    Associado a cada uma destasopes, existem outras opesque permitem especificar qual a

    informao que se pretendeapresentar na caixa de dilogo.Para saber quais as opes dis-ponveis para cada um dos tiposde caixas de dilogo, basta fa-zer zenity --help-. Porexemplo, para ver as vrias op-es do calendrio, basta fazerzenity help-calendar

    Usage:

    zenity [OPTION...]

    Calendar options

    --calendar Display

    calendar dialog

    --text Set the dialog

    text

    --day Set the calendar

    day

    --month Set the

    calendar month

    --year Set the

    calendar year

    --date-format Set the

    format for the returneddate

    A forma como zenity integradonum shell script muito sim-ples, bastando apenas fazeruma chamada ao zenity para fa-zer aparecer uma caixa de dilo-go. Para haver uma verdadeirainteraco entre o shell scriptem causa e o utilizador, neces-srio que de alguma forma oshell script saiba qual foi a ac-

    o que o utilizador fez perantea caixa de dilogo, para issobasta usar o resultado de sadado zenity.

    O resultado proveniente de ca-da caixa de dilogo varia deacordo com o tipo de caixa dedilogo em questo. As caixasde dilogo podem devolver doistipos de dados, retornando parao STDOUT a informao que foi

    preenchida ou seleccionada pe-lo utilizador e devolvendo comovalor de retorno 0 ou 1, indicadoassim se o utilizador pressio-nou, respectivamente, o botoOK ou CANCEL.

    No caso das caixas de dilogo

    #!/bin/bash

    PASSWORD=`zenity --entry --hide-text --title

    "Password" --text "Fornea a sua password:"`

    VALOR_RETORNO=$?

    if [ $VALOR_RETORNO -eq 0 ]

    then

    echo "O utilizador pressionou o boto OK"

    fi

    if [ $VALOR_RETORNO -eq 1 ]

    then

    echo "O utilizador pressionou o boto CANCEL"fi

    Teste Password

    do tipo calendar, apresenta-do um calendrio ao utilizador e devolvido para o STDOUT adata que o utilizador escolheu.

    Quando escolhida uma caixa

    de dilogo do tipo

    file-selecti-on, apresentado ao utilizadoruma caixa de dilogo onde sepode navegar pelo sistema de fi-cheiros e escolher um ficheiro,sendo a path do ficheiro devol-vido atravs STDOUT.

    A caixa de dilogo do tipo en-try serve para pedir ao utiliza-dor algum tipo de informao dotipo texto, sendo esta devolvidaatravs do STDOUT.

    Quando se pretende solicitarao utilizador para escolher umaopo de uma dada lista, sousadas as caixas de dilogo dotipo list. A opo selecciona-da ser devolvida atravs doSTDOUT.

    Em todas estas caixas de dilo-go, quando o utilizador pressio-na o boto Ok, o valor de retor-

    no do zenity 0, no caso de serpressionado o Cancel, o zenityir retornar com o 1.

    As caixas de dilogo do tipo er-ror, info, notification, pro-gress, warning servem ape-nas para mostrar informao aoutilizador, no permitindo a in-troduo de quaisquer dados.Nestas caixas de dilogo ape-nas devolvida a informao seo utilizador pressionou no botoOk ou Cancel atravs do va-lor de retorno do zenity.

    A caixa de dilogo text-info ser-ve tambm para apresentar in-formao ao utilizador, no entan-to, tem a particularidade de per-mitir que o utilizador a edite,sendo este novo texto devolvidopara o STDOUT.

    Para alm da especificao do

    tipo da caixa de dilogo, tam-bm possvel definir o ttulo, otamanho e o icon da caixa de

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    Revista Linux :: Prtico

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    #! /bin/bash

    FILE_ORIG=`zenity --title="Escolha o ficheiro

    origiem" --file-selection --separator=" " --

    filename=.~/`

    if [ ! $? -eq 0 ]

    then

    zenity --error --text "Operao cancelada

    pelo utilizador." --title "Cancelado"

    exit 1fi

    FILE_SAVE=`zenity --title="Escolha o ficheiro de

    destino" --file-selection --save filename=~/`

    if [ ! $? -eq 0 ]

    then

    zenity --error --text "Operao cancelada

    pelo utilizador." --title "Cancelado"

    exit 1

    fi

    RESULTADO=`cp $FILE_ORIG $FILE_SAVE 2>&1`

    if [ $? -eq 0 ]

    then

    zenity --info --text "Ficheiro copiado com

    sucesso" --title "Copia efectuada"

    else

    zenity --error --text "$RESULTADO" --title

    "Erro a copiar o ficheiro"

    fi

    Teste Cpia de Ficheiros

    Imagem 1

    dilogo, usando-se para isso osargumentos --title, --width,--height e --window-icon, res-pectivamente.

    Exemplo PrticoUm exemplo muito simples douso do zenity, pedir ao utiliza-dor para introduzir dados na for-ma de texto e indicar qual o bo-to que o utilizador pressionoue qual o texto introduzido. Nestecaso, o texto aparece sob a for-ma de password (escondido) -ver caixa Teste Password.

    Neste exemplo podemos veruma simples chamada ao zenitypara mostrar uma caixa de dilo-go do tipo entry. Esta chama-da ir resultar numa janela como ttulo Dados, dando origem caixa de dilogo da imagem 1.

    Depois do utilizador ter pressio-nado em Ok ou em Cancel, ainformao preenchida pelo utili-zador fica alocada na varivel$PASSWORD. Uma aplicao

    termina sempre com um valorde retorno. Num shell script, avarivel $? tem sempre o valorde retorno da aplicao que ter-minou imediatamente antes, po-dendo-se assim guardar este pa-ra que possa ser usado mais tar-de. Neste caso foi usada a vari-vel $VALOR_RETORNO.

    Assim, com estas duas vari-veis consegue-se saber facil-

    mente qual o boto que o utiliza-dor pressionou e qual a informa-o preenchida.

    Outro exemplo simples do usodo zenity uma pequena aplica-o para copiar ficheiros, apre-sentando ao utilizador uma cai-xa de dilogo a perguntar qual oficheiro que quer copiar e outraque pergunta qual o nome donovo ficheiro (ver caixa TesteCpia de Ficheiro).

    Neste exemplo encontram-se

    duas chamadas ao zenity, umapara apresentar uma caixa dedilogo ao utilizador para esco-lher o ficheiro que vai ser copia-do e outra perguntar qual o local

    e o nome para o novo ficheiro.Na primeira chamada ao zenity,o caminho do ficheiro escolhidopelo utilizador ser devolvido pe-lo STDOUT, ficando este na va-

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    Revista Linux :: Prtico

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    rivel $FILE_ORIG. Estas caixade dilogo pode ser vista naimagem 2.

    Neste exemplo encontram-seduas chamadas ao zenity, umapara apresentar uma caixa dedilogo ao utilizador para esco-lher o ficheiro que vai ser copia-do e outra perguntar qual o locale o nome para o novo ficheiro.Na primeira chamada ao zenity,o caminho do ficheiro escolhidopelo utilizador ser devolvido pe-lo STDOUT, ficando este na va-rivel $FILE_ORIG. Estas caixade dilogo pode ser vista naimagem 2.

    A segunda chamada ao zenity

    recebe como argumento a op-o --save que far com que ozenity apresente uma caixa dedilogo do tipo file-selectionum pouco diferente da caixa dedilogo anterior. Com esta op-o, a caixa de dilogo serigual janela que apresenta-da quando o utilizador pede pa-ra gravar um ficheiro, podendoesta ser vista na imagem 3. Talcomo na primeira chamada ao

    zenity, o nome do ficheiro ser

    guardado numa varivel, fican-do neste caso na varivel$FILE_SAVE.

    Para alm do nome dos fichei-ros que so guardados e que se-ro usados mais tarde, tam-bm usado o valor de retornono zenity para verificar se o utili-

    Imagem 2

    Imagem 3

    zador cancelou a operao emalguma das caixas de dilogo.No caso da operao ter sidocancelada pelo utilizador, serapresentada uma outra caixa de

    dilogo a informar que o utiliza-dor cancelou a operao, usan-do para isso uma caixa de dilo-go do tipo error, resultando nacaixa de dilogo visvel na ima-gem 4.

    Depois do utilizador ter seleccio-nado os dois ficheiros, feitauma simples cpia dum para ooutro, redireccionando oSTERR para o STDOUT de for-ma a podermos apanhar algum

    erro que possa aparecer duran-te a cpia do ficheiro. Se a c-pia for feita com sucesso, apresentada ao utilizador umacaixa de dilogo do tipo info ainformar que a cpia foi feitacom sucesso, caso contrrio se-r apresentada uma caixa dedilogo do tipo error a informaro utilizador que houve um errodurante a operao e qual o er-ro, visvel na caixa de dilogo

    da imagem 5.

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    Nmero 2 :: www.revista-linux.com 12

    Neste pequeno guia sobre o ze-nity mostrei que bastante sim-ples criar dilogos com o utiliza-dor atravs de um interface gr-fico amigvel e fazer uma inte-

    raco bastante simples comum shell script que, por sua vez,poder fazer interagir com ou-tras aplicaes, permitindo fazerferramentas bastante teis.

    Imagem 3

    Imagem 4

    Pedro Salgueiro Licenciado em Engenharia Informtica pela Uni-versidade de vora em 2003. Nesta mesma universidade fez o Mes-

    trado em Engenharia Informtica em 2005.

    colaborador no Departamento de Informtica da Universidade devora e membro do Centro de Investigao em Tecnologias de Infor-mao da Universidade de vora (CITI-UE) onde participa activa-mente no projecto Alinex.

    tambm bolseiro de Investigao Cientifica em 2003 com o projecto "ABC - AcessoInteligente a Bases de Conhecimento Jurdicas" e em 2005 com o projecto "FLOW -Controlo Avanado de Processos com Fenmenos de Transporte".

    Sobre o autor

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    Revista Linux :: Prtico

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    FAIAI (Fully Automated Ins-tall) uma aplicao cujafuno a instalao total-

    mente automtica de uma ou dedezenas de mquinas Debi-an/Debian based de acordocom um perfil definido. O leitor,no decorrer da utilizao de sis-temas Debian ( referido unica-mente Debian mas refere-se atodos os sistemas Debian Ba-

    sed) j precisou, provavelmen-te, de reinstalar a sua mquina

    diversas vezes. As razes po-dem ser as mais dspares: porcarolice, para alterar o particio-namento ou, simplesmente, por-que sim. Se fosse um adminis-trador de sistemas e lhe pedis-sem para instalar um conjuntode mquinas, como o faria? Co-mo instalaria e configuraria umconjunto de mquinas todas se-melhantes em termos fsicos

    (no estritamente necessriomas til para salientar a ideia)sem passar pela penosa tarefa

    de instalar drivers, configu-rar keyboards,configurar placade vdeo vezessem fim? Comopouparia tempo?A soluo apre-senta-se actual-mente pelo nome

    de FAI. A aplica-o foi desenvol-vida por Tho-mas Lange e omanual indispen-svel (1).

    O FAI sendo umaaplicao comple-xa necessita parao seu correcto fun-cionamento de:Um servidor

    DHCP, um servi-dor TFTP, um mir-ror Debian, Um ser-vidor FAI e o clien-te que ser instala-do.

    O cliente, por sipouco necessita pa-ra ser instalado.Uma placa de rede,memria, processa-

    dor e disco. O in-cio da instalao ocor-

    re quando o cliente efectua bootvia pxe (Pre-boot eXecution En-vironment), assume-se neste ex-emplo que o faz. O leitor pode,se desejar, utilizar uma disquetede arranque ou um cd por formaa obter o mesmo resultado, ca-so tivesse executado boot viapxe.

    No incio do processo FAI, ou

    seja, de instalao, solicitadoum IP ao servidor de DHCP e,caso o cliente possua um macaddress autorizado, este -lheatribudo. Aps ip atribudo, solicitado um kernel via TFTPque, quando executado, montavia nfs um sistema de ficheirosdo servidor FAI, e executa umconjunto de scripts de configura-o e instalao do cliente. Pa-rece fcil, certo?

    Os passos necessrios para co-locar este projecto em marchacomeam pela execuo das ta-refas:1 :: Instalao e configuraodo DHCP;2 :: Instalao e configuraodo FAI;3 :: Anlise de requisitos e esco-lha de pacotes para instalao(Proxima vez).

    Como root o utilizador instala ospacotes dhcp3-server, mknbi,tftp-hpa, rsh-server e wget.

    $ apt-get install dhcp3-server$ apt-get insta l l mknbit f tp-hpa rsh-server wget

    Se a instalao ocorrer sem pro-blemas, configuramos o servi-dor dhcp.

    Em /etc/dhcp3/dhcpd.conf, co-pie a configurao da caixa

    F

    Imagemorig

    ina

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    toria

    de

    Tracy

    Byrnes

    por Pedro Ferreira

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    Revista Linux :: Prtico

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    Configurao 1.

    A linha host implica que s sejaatribudo o ip ao endereo macdefinido. Isto por forma a evitarque por acaso uma mquina ar-

    ranque via PXE boot e seja ins-talada.

    Em /etc/hosts, colocamos a se-guinte linha:

    # o ip do cliente a instalar e onome192.168.2.101 maquina-teste

    Para instalar e configurar o FAI.Como root, escreva numa con-sola:

    $ apt-get install fai fai-kernels

    A aplicao FAI possui dois fi-cheiros de configurao/etc/fai/fai.conf e /etc/fai/make-fai-nfsroot.conf . Com algumapercia possvel juntar os doisficheiros referidos num nico e o que o leitor ir fazer, portan-to em /etc/fai/fai.conf colocamosas directivas espressas na caixa

    Configurao 2.

    Se surgirem dvidas relativa-mente ao significado das vari-veis, aconselho o leitor a ler omanual.Uma leitura atenta aos ficheirosinstalados por omisso permite

    verificar quais as variveis definidasem /etc/fai/make-fai-nfsroot.conf.

    Em /etc/fai/make-fai-nfsroot.confcolocamos unicamente o conte-do da caixa Configurao 3.

    Para o leitor terminar a configu-rao da aplicao FAI, ne-cessrio configurar a sour-ces.list, ou seja, /etc/fai/sour-ces.list o leitor coloca o mirrorque pretende utilizar.

    deb http://192.168.2.251/mirrors/debiansarge main contrib

    Temos ento terminda a configu-rao de dois dos trs passos.Portanto, chega a altura de exe-cutar os comandos.

    # fai-setup# /etc/init.d/nfs-kernel-server reload

    O comando fai-setup executaum conjunto de tarefas de confi-

    gurao e cria o ambiente deinstalao em /usr/lib/fai/nfsroot,ambiente utilizado pelos clientesdurante a sua instalao. O out-put do comando semelhante

    ao seguinte:Creating FAI nfsroot can take along time and willneed more than 230MB diskspace in /usr/lib/fai/nfsroot.Creating nfsroot for sarge usingdebootstrapdpkg: base-passwd: dependencyproblems, but configuringanyway as you requestbase-passwd depends on libc6(>= 2.3.2.ds1-4); however:Package libc6 is not installed.dpkg: base-files: dependencyproblems, but configuringanyway as you request:Creating base.tgz

    Por esta altura, falta unicamentedizer quais os clientes que se-ro instalados e como.

    Os clientes, para conseguiremmontar via nfs o ambiente de

    instalao e os scripts de confi-gurao,tm de estar referenciados em/etc/exports.Em /etc/exports colocar:

    /usr/local/share/fai (async,ro)/u sr /li b/ fa i/ nfs roo t (async, ro,no_root_squash )

    Para finalizar, a configurao doservidor FAI excutar# fai-chboot IFv por forma a criar o sistema dearranque via PXE.

    filename /boot/fai/pxelinux.0;

    # dns em 192.168.2.1

    # gateway 192.168.2.1

    # server name o ip do servidor fai ou um nomesubnet 192.168.2.0 netmask 255.255.255.0 {

    option domain-name fai_teste.pt;

    option domain-name-servers 192.168.2.1;

    server name 192.168.2.100;

    option routers 192.168.2.1;

    option root-path option root-path

    "/usr/lib/fai/nfsroot,rsize=8192,wsize=8192,acregm

    in=1800,acregmax=1800,acdirmin=1800,acdirmax=1800"

    ;

    }

    # o hardware ethernet do cliente a instalar.

    # o fixed-address o desejado pelo leitor dentroda gama definida.

    host maquina-teste { hardware ethernet

    00:0B:CD:A9:AA:77 ; fixed-address 192.168.2.101

    ;}

    Configurao 1

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    Revista Linux :: Prtico

    Nmero 2 :: www.revista-linux.com 16

    installserver=192.168.2.100

    # O nosso mirror Debian, imaginamos que possuimos um mirror na nossa rede

    interna.

    mirrorhost=192.168.2.251debdist=sarge

    NFSROOT_ETC_HOSTS="192.168.2.100"

    FAI_DEBOOTSTRAP="sarge http://192.168.2.251/mirrors/debian"

    FAI_DEBOOTSTRAP_OPTS="--arch i386 --exclude=pcmcia-

    cs,ppp,pppconfig,pppoe,pppoeconf,dhcp-client,exim4,exim4-base,exim

    4-config,exim4-daemon-

    light,mailx,at,fdutils,info,modconf,libident,logrotate,exim"

    # um kernel que exista em /usr/lib/fai/

    KERNELPACKAGE="/usr/lib/fai/kernel/kernel-image-2.6.10_i386.deb"

    # extra packages which will be installed into the nfsroot

    NFSROOT_PACKAGES="expect"

    # a string encriptada pode ser obtida pelo comando openssl passwd

    FAI_ROOTPW="56hNVqht51tzc"

    # o user anonymous deve existir no servidor

    LOGUSER=anonymous

    # protocolo para guardar os logs

    FAI_LOGPROTO=ftp

    LOGSERVER=192.168.2.100

    FAI_LOCATION=192.168.2.100:$FAI_CONFIGDIR

    Configurao 2

    packages="module-init-tools dhcp3-client

    ssh file rdate hwinfo portmap

    bootpc rsync wget rsh-client less dump

    reiserfsprogs usbutils

    ext2resize hdparm smartmontools parted

    raidtools2 lvm2

    dnsutils ntpdate dosfstools cfengine cvs

    jove xfsprogs xfsdump

    sysutils dialog discover mdetect libnet-

    perl netcat libapt-pkg-perl"

    Configurao 3

    (1) http://www.informatik.uni-koeln.de/fai

    Ver na Web

    Pedro Ferreira licenciado em Engenharia Infor-mtica pela Universidade de vora.Trabalhou na PT-Comunicaes em projectosde monitorizao, controlo e deteco de even-tos de sistemas e redes informticas. Participana comunidade de desenvolvimento FAI e de plu-

    gins para o Nagios. Actualmente desempenhafunes de docncia. um acrrimo utilizador do Alinex.

    Sobre o Autor

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    Revista Linux :: Tema de Capa

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    De um programa comercial, condecorado pormuitos como o rei das ferramentas grficas,para uma soluo open source que pretendevingar neste ramo, em apenas alguns passos.

    Os protagonistas

    Adobe Photoshop

    Actualmente o lder de mercado de edi-tores grficos, sendo considerado o stan-dard na indstria. Desenvolvido desde 1987,teve trs anos mais tarde o lanamento da ver-so nmero 1 apenas para Mac. A nomen-clatura manteve-se coerente at ver-so 7, aps a qual foram lanadas maisduas verses a CS e a CS2, sendo esta altima. Esta mudana deve-se a uma integrao

    da Adobe do Photoshop na chamada Creati-ve Suite, da a sigla CS. Mais recente-mente, em Dezembro passado, foi pelaprimeira vez lanada uma verso betado Adobe Photoshop para os possu-dores da verso anterior, CS3. Estaverso tem a sua release final naprimavera do corrente ano.

    Alguns estudos revelam que a apli-cao que mais utilizadores de Li-nux gostariam de ver portada.

    O preo desta aplicao ronda os600.

    The Gimp

    Comeou por ser um projecto acadmico e oseu nome originalmente derivava de GeneralImage Manipulation Program. Em 1997, tor-nou-se parte do GNU Project e actualmen-te Gimp provm de GNU Image Manipu-lation Program.

    O seu nvel de funcionalidades espantoso: fun-es de brushes, gradients, masks, layers, trans-

    parncias, efeitos e filtros, macros via scrip-ting, entre muitas outras.

    Est disponvel para plataformas Li-nux, Windows, MacOS X, Solaris e

    trata-se de um projecto sob licen-

    a GPL.

    As diferenas

    primeira vista, e apsnavegar um pouco nosmenus de uma e outraaplicao, conseguimosencontrar algumas seme-lhanas entre elas. Oproblema reside na ver-dadeira utilizao, quan-

    do se comea a trabalhare no conseguimos fazero mesmo com o The

    Gimp devido a noencontrarmos o

    que precisa-mos. O The

    Gimp utiliza umanomenclatura algodiferente do Pho-toshop para os me-nus e os seus

    items. Alm disso, a lo-calizao de cada um

    destes items tambm noajuda, estando no s em lo-

    cais diferentes, como agrupadosde forma distinta.

    O utilizador mais experiente tambmno conseguir contornar estas diferenas atra-

    vs de teclas de atalho. Tambm estas diferem nasua grande maioria.

    As chamadas "blending options" dos layers em

    Photoshop tambm no esto presentes e todosos efeitos inerentes tm que ser obtidos de uma

    Do Photoshop para

    o GIMPpor Ruben Silva

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    Revista Linux :: Tema de Capa

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    forma alternativa.

    A prpria aplicao difere na dis-posio das vrias janelas. NoThe Gimp as janelas da aplica-

    o so independentes enquan-to que no photoshop estas en-contram-se always on top esempre dentro da janela princi-pal.

    Os filtros disponveis tambmno so equivalentes.

    possvel obter resultados se-melhantes atrves de uma ououtra aplicao, no entanto, ocaminho a percorrer muito di-

    Teste com o GIMP Teste com o Photoshop

    ferente. Pode-se ler que o TheGimp no pretende ser um clo-

    ne do Photoshop. Pergunto-meporqu. uma aplicao est-vel, altamente produtiva e extre-mamente funcional, e o TheGimp tem potencial para atingiressas metas. Porque no tentaraproximar o The Gimp do produ-to da Adobe, criando uma aplica-o mais fcil de usar e de inte-grar por parte dos utilizadoresactuais do Photoshop, atrandomais utilizadores para o FOSS.

    Como migrar

    extremamente frustante tentarutilizar o The Gimp aps anosde utilizao intensiva de AdobePhotoshop. Copiar, apagar, mo-ver, tudo feito atravs de ata-

    lhos ou menus diferentes.

    A primeira soluo passa pormudar estes menus to diferen-tes para uns mais familiares, epara isto existe o Gimpshop (1),um plug-in para o The Gimp quealtera os menus de forma a es-tes serem mais parecidos comos presentes na aplicao daAdobe. Tambm permite optarpor uma disposio das janelassemelhante ao Photoshop.

    Segundo passo, as teclas de

    atalho, tambm se torna uma ta-refa facilitada, j que todas ascombinaes se encontramguardadas num ficheiro na direc-toria do The Gimp. fcil encon-trar na internet ficheiros parasubstituir o original. O ficheiroaqui referido (2) no inclua oshortcut para a aco de apagare, ao tentar edit-lo atravs daconfigurao do Gimp, tambmno foi possvel introduzir a te-cla delete. Deste modo, edita-

    mos o ficheiro em causa (me-nurc) e na linha correspondente

    colocamos Delete como tecla:

    (gtk_accel_path"/edit/edit-clear" "Delete")

    No caso das blending optionsou layer effects, a instalao demais um plug-in (3) permite co-brir um pouco essa lacuna. Ape-sar de no o fazer de formaexemplar, j uma boa ajuda.

    Existe ainda mais um plug-inque se pode revelar til nestamigrao. O PSPI (4) que pre-tende possibilitar o uso de plug-ins do Photoshop no Gimp.

    Aps tudo isto, teremos um TheGimp muito mais parecido com

    o Photoshop... Ou no? Nadamelhor que testar o produto finalcom a elaborao de um tutorial(5) destinado para Photoshopem ambas as aplicaes.

    Teste

    Bem, o teste bastante conclu-sivo: no possvel, mesmoaps esta srie de modifica-es, obter um resultado seme-lhante seguindo passo a passoum tutorial escrito para Pho-toshop.

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    Revista Linux :: Tema de Capa

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    No entanto, seguramentemais fcil realizar algo como nafigura 1 no The Gimp aps asmodificaes do que anterior-

    mente. Esta imagem foi realiza-da sem consultar nenhum tutori-al nem de Photoshop nem deGimp.

    Concluses

    No posso dar o meu ponto devista quanto utilizao doGimp sem uma prvia experin-cia em Photoshop, contudo,creio que algumas dificuldades

    podero surgir. Vejamos, por ex-emplo, um caso de teclas deatalho: para apagar necess-rio fazer CTRL+k, ao invs do in-tuitivo Delete.

    Depois de realizar alguns tutori-ais em ambas aplicaes eaps a adaptao do Gimp, pos-so dizer que no se pode utilizaro Gimp como se fosse o Pho-toshop, mas podemos sim explo-rar as suas funcionalidades pr-prias de uma forma mais intuiti-va e prtica aps a migrao,visto que o ambiente se tornamais familiar ao utilizador dePhotoshop.

    O The Gimp tem funcionalida-des fantsticas por explorar,mas antes de l chegarmos preciso estar vontade no bsi-co.

    Constatei uma falta ao nvel detutorials de qualidade, deixo asugesto para que os leitorescriem tutoriais e os postem nofrum da Revista Linux.

    Figura 1

    (1) http://www.plasticbugs.com/

    (2) http://epierce.freeshell.org/gimp/gimp_ps.php

    (3) http://registry.gimp.org/plugin?id=6988

    (4) http://www.gimp.org/~tml/gimp/win32/pspi.html

    (5) http://effectica.com/showthread.php?t=4459

    Ver na Web

    Ruben Silva vice-presidente do NEEI,aluno finalista da Licenciatura em Enge-nharia Informtica na Universidade devora. o responsvel pela criao do website

    da Delta aLANtejo|06 e actualmente faz tambm parteda seco informativa da Associao Acadmica daUniversidade de vora onde executa funes de desig-ner entre outras.

    Ruben Silva , a partir desta edio, a colaborador per-manente da Revista Linux.

    Sobre o autor

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    Revista Linux :: Tema de Capa

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    Imagemorig

    ina

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    eTopsy

    Qur'e

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    AutomatixUbuntu (1) conhecidocomo uma das distribui-es mais User-Frien-

    dly do mundo Linux devido sua facilidade de instalao, aoseu poderoso sistema de reco-

    nhecimento de hardware e pelasimplicidade e organizao dosseus interfaces grficos.No entanto os utilizadores princi-piantes neste mundo, ao instala-rem o Ubuntu (ou o irmo Ku-buntu) deparam-se com diver-sos problemas, como por exem-plo a falta de codecs (devido aofacto de serem proprietrios eno poderem ser distribudos li-vremente), plugins, fontes detexto entre outras aplicaes.

    Existe, no entanto, o instaladorde pacotes do Debian (2), o Sy-naptic (3), que pode resolver al-guns destes problemas. Porm,para a maioria dos utilizadoresprincipiantes no mundo Linux, oSynaptic no muito sucinto efcil de usar, por vezes as des-cries dos pacotes so muitotcnicas, o que leva os utilizado-res principiantes a terem dificul-dade em encontrar o pacote

    que necessitam.Felizmente apareceu o Automa-

    por Valrio Valrio

    tix (4), que veio simplificar a vi-da dos utilizadores principiantesno Ubuntu, mas tambm dosmais experientes.O Automatix um interface grfi-co escrito em Python (5) e Bash

    (6), que permite instalar de for-ma automtica e simplificada di-versas aplicaes. Atravs deum conjunto de scripts, o Auto-matix faz download dos pacotesseleccionados, satisfazendo deforma automtica todas as de-pendncias dos mesmos, bas-tando ao utilizador escolher oque pretende e esperar pelo fimda instalao. O Automatix per-mite ainda remover de formasimples os pacotes que foram

    instalados por ele.

    Verses

    Existem duas verses do Auto-matix: a verso base, tambmconhecida como Automatix2,que contm todas as aplicaesestveis, e a verso especial, oAutomatix2 Bleeder, quem con-tm programas que ainda noso suficientemente estveis pa-

    ra figurarem no Automatix2. Denotar que o Automatix2 Bleeder

    s funciona na verso 6.10 doUbuntu (ubuntu,Kubuntu,Xubun-tu) e que algumas operaes re-querem instalao manual porparte do utilizador.

    Instalao do AutomatixAutomatix2 (base)

    Existem duas formas de instalaro Automatix, a mais fcil e naminha opinio melhor, consisteem descarregar o pacote da p-gina da aplicao (7), abrir o pa-cote e seleccionar a opo deinstalao. A outra forma in-cluir no ficheiro sources.list(/etc/apt/sources.list) do ubuntu,o repositrio do automatix (7) edescarregar e instalar o pacotepor apt-get. Esta forma de ins-talao muito mais complica-da e demorada, e na minha opi-nio no traz vantagens a utiliza-o da aplicao.

    Automatix2 Bleeder

    aconselhvel possuir o Auto-matix2(base), antes de proceder

    a instalao do Automatix2 Blee-der, ou seja, antes de instalar o

    O

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    Revista Linux :: Tema de Capa

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    Automatix2 Bleeder, certifique-se que j correu pelo menosuma vez o Automatix2, de formaa adicionar o repositrio do Au-tomatix no ficheiro sources.list

    do Ubuntu.Satisfeitos todos os requisitosanteriores basta correr o seguin-te comando num terminal:

    $ sudo apt-get install

    autmatix2bleeder

    Aquando da concluso do pre-sente artigo, as principais aplica-es que podiam ser instaladoscom o Automatix2 Bleeder eramos seguintes: Instalao de drivers para pla-cas grficas ATI. Instalao das ltimas driversbeta para placas grficas Nvidia. Instalao do Xgl/Beryl (s pa-ra placas grficas Nvidia). Instalao de capacidades deimpresso simplificada de PDF. Instalao do GnomeTweakUI. Instalao de scripts de optimi-zao para o Gnome.

    Utilizao do Automatix

    Terminada a instalao da apli-cao, dever encontrar o Auto-

    matix no menu Applications -->System Tools (Aplicaes -->Ferramentas do Sistema) noUbuntu, e em Main Menu -->System no Kubuntu.

    A primeira vez que correr o Au-tomatix, este pedir permissesde root para actualizar a sua lis-tas de pacotes e, automatica-mente, incluir os repositriosdo Automatix no seu ficheirosources.list.Sempre que o Automatix inici-ado, pedida a senha de root etambm mostrada uma adver-tncia ao facto de constituir cri-me instalar alguns codecs pro-prietrios sem pagar aos seusactores, porm, a lei s se apli-ca a quem vive nos Estados Uni-dos da Amrica, e como esta-mos na Europa e por c as leisso mais abertas, podemos ig-norar este aviso.Iniciada a aplicao, temos dis-ponvel uma interface grficamuito agradvel, com as aplica-es dispostas por temas e compequenas descries sucintasdas mesmas.

    Para instalar aplicaes bastaescolher as mesmas e em segui-da pressionar o boto Start.Poder ser pedida de novo a se-

    nha de root, em seguida apare-cer uma barra de progressoda instalao e poder escolher-se a opo de ver um terminalonde esto a ser processadas

    as instalaes seleccionadas ea satisfao automtica das de-pendncias requeridas por cadaaplicao a instalar, a partir des-te momento e at ao fim da ins-talao, no necessitar demais nenhuma interaco porparte do utilizador.Da prxima vez que correr o Au-tomatix, notar que agora exis-tem duas tabs na interface grfi-ca, uma com as aplicaes quepuderam ser instaladas, e outracom as aplicaes que foraminstaladas atravs do automatix.Remover uma aplicao instala-da com o Automatix muito f-cil, basta proceder da mesmaforma que na instalao: selecci-onar a aplicao e pressionar oboto Start, note que pode se-leccionar ao mesmo tempo apli-caes para instalao e pararemoo, e correr o programasem qualquer problema, todos

    os conflitos so tratados peloAutomatix.O Automatix dispem tambmde um ficheiro de Log, onde fi-cam registadas todas as acesda aplicao. A este pode ace-der atravs do menu do Automa-tix em View --> Activity Log.Apesar de no haver registosde problemas durante a instala-o de aplicaes com o Auto-matix, pelo menos nas ltimas

    verses estveis da aplicao,o Automatix cria backups de to-dos os ficheiros de configuraoque altera durante a instalaode aplicaes, se as coisas cor-rerem mal podemos sempre vol-tar a trs.Os autores da aplicao reco-mendam que quando se est ausar o Automatix no se faamais nenhum tipo de actualiza-o ou instalao, pois estas po-dem comprometer o bom funcio-

    namento do Automatix e de to-do o sistema. Essas actualiza-Escolha de programas a instalar no Automatix2

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    es ou instalaes devem serfeitas depois do Automatix termi-nar todas as tarefas.

    Aplicaes Recomenda-

    dasO Automatix sem dvida o pri-meiro programa a instalar, logoque se termine a instalao doUbuntu, pois permite deixar onosso sistema Linux totalmenteconfigurado em poucos minu-tos. A Revista Linux recomendaas seguintes aplicaes presen-tes no Automatix, a todos os uti-lizadores de Ubuntu:

    AUD-DVD codecs - Codecs deudio e vdeo. Beagle Um poderoso motorde pesquisa interna. Brasero Programa para edi-tar e gravar CD/DVD. Extra Fonts Tipos de letra al-ternativos. Flashplayer Plugin do AdobeFlash Player para o Firefox. Google Earth O j bem co-nhecido Google Earth na suaverso Linux. Google Picasa Um aplicaopara gerir a sua biblioteca de fo-tografias digitais. MPlayer & FF plugin O famo-so Mplayer e a sua plugin parao Firefox. Multimedia Codecs Diversoscodecs de udio e vdeo. OpenOffice Clipart Novos cli-parts para o OpenOffice.org Skype Software de voz so-bre IP.

    SUN JAVA 1.5 JRE Plugindo Java para o Firefox. Wine - Software que permitecorrer aplicaes Windows noLinux.

    Escolha das drivers de placas grficas no Automatix2 Bleeder

    (1) http://www.ubuntu.com/

    (2) http://www.debian.org/

    (3) http://www.nongnu.org/synaptic/

    (4) http://www.getautomatix.com/

    (5) http://www.python.org/

    (6) http://www.gnu.org/software/bash/

    (7) http://www.getautomatix.com/wiki/index.php?title=Installation

    Ver na Web

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    ina

    ldaa

    utoria

    de

    Darren

    Hes

    ter

    por Joaquim Rocha

    aparncia dos ambientesde trabalho divide os utili-zadores de computado-

    res: h quem adore o KDE,quem ache o Gnome genial eat quem goste do Explorer doMicrosoft Windows, mas quasetoda a gente acha o look do Ap-ple Mac OS X simplesmente lin-do!Este artigo compreende vriospassos que aproximaro a apa-rncia do Gnome do Mac OSX. Existem muitos tutoriais a ex-plicar como fazer isto, mas to-dos aqueles que estudmos pa-reciam estar incompletos. Nopossumos um Mac nem temosfcil acesso a um para ver ocomportamento deste, as op-es por defeito, etc., logo, a

    transformao que apresenta-mos aqui baseada nalgumas

    capturas de ecr e vdeos queobservmos deste sistema ope-rativo. De todos os temas que vi-mos, presentes nas capturas deecr, escolhemos aquele quenos pareceu mais atractivo. Es-ta transformao foi testada noUbuntu 6.10 usando o Gnome2.16 (figura 1), embora possafuncionar em qualquer distribui-o que use o Gnome comogestor de janelas e em qualquerverso deste. Podamos ter usa-do o Beryl para facilitar a trans-formao e adicionar funcionali-dades, mas optmos por no ofazer, j que assim, restringia opropsito deste artigo ao seuuso.

    Tema

    Comecemos ento por fazer

    download do tema T-ish (1).Aps a sua obteno, na barrade menus do Gnome, v a Siste-ma -> Preferncias -> Tema, cli-que em instalar tema e esco-lha o tema que acabou de fazerdownload. Finalizada a instala-o , escolha o tema da listaque dever ter o nome T-ish-Aquastyle Modified by Jay (mo-difiquei alguns aspectos do te-ma T-ish Aquastyle CST (2) quepareceram menos correctos).

    Como o leitor pode verificar, osbotes minimizar, maximizar efechar mudaram para a versocolorida estilo semforo, mascontinuam direita. Para os ali-nhar esquerda como num ver-dadeiro Mac, necessrio ir ao

    menu gconf-editor. Para isso,abra uma consola ou pressione

    A

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    Revista Linux :: Tema de Capa

    Nmero 2 :: www.revista-linux.com 24

    Alt+F2 e digite gconf-editor. Jneste, aceda rea Apps->Metacity->General, e do lado di-reito, o nome button_layout de-ver ter o valor menu:minimi-ze,maximize,close, clique nestecom o boto direito, escolhaEditar Chave e escreva clo-se,minimize,maximize:menu (fi-gura 2).

    Painel Superior

    Outra caracterstica nica do lo-ok do Mac OS X o painel detopo de cantos redondos. A ni-ca maneira que conhecemos deconseguir isto no Gnome pormeio de uma imagem com fun-do da barra, que dever ter, ob-viamente, a mesma altura e omesmo comprimento.Decidimos poupar trabalho ao

    leitor e, com a ajuda do GIMP,fazer esta imagem (3) em vrioscomprimentos (800, 1024, 1280e 1600) que devero correspon-der resoluo do computadordo leitor.Para colocar a imagem comofundo do painel superior do Gno-me, clique com o boto direitodo rato e escolha Proprieda-des. Assegure-se que o tama-nho do painel marca 24 pixis e

    no separador

    Fundo

    clique emImagem de Fundo e escolha aimagem mencionada anterior-

    mente.

    A transformao do painel supe-rior continuar na transforma-o do painel inferior mais adi-ante.

    cones

    Como deve ter reparado, os co-nes ainda no so os correctosmas existem muitos conjuntosde cones do Mac OS X que po-de arranjar na web. Aps fazerdownload destes (4), v de no-

    vo janela de escolha de tema,clique em Detalhes do Temae, no separador cones, cliqueno boto Instalar. Escolha o fi-cheiro que acabou de fazer

    download ou simplesmente ar-raste este para cima da lista doscones. Se os cones novos noficaram seleccionados de imedi-ato, escolha OS X na lista decones e ter os famosos conesaplicados ao Gnome.

    Como o leitor deve ter reparado,o cone da barra de menus doGnome continua a ser o doUbuntu, a mudana deste me-

    nos directa que as anteriores.Primeiro que tudo, necessriofazer download do cone da ma- (5). Como este tema do OSX baseado no Tango, l queest o cone do Ubuntu que apa-rece na barra de menus. Assim,temos que substituir o conestart-here.svg na pasta do Tan-go pelo cone da ma. pru-dente fazer primeiro um backupdo antigo. Para isso, escrevamnuma consola o comando:$ cp /usr/sha-re/icons/Tango/scala-

    ble/places/start-he-

    re.svg .

    Figura 1

    Figura 2

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    Revista Linux :: Tema de Capa

    Nmero 2 :: www.revista-linux.com25

    E substitumos ento o mesmocone pelo da ma do Mac:$ cd PASTA_DO_DOWNLOAD_DA_MA

    $ sudo cp apple.svg /usr/

    share/icons/Tango/scalable/

    places/start-here.svg

    Por fim, reiniciamos o painel doGnome:$ killall gnome-panel

    No se assuste se certos com-ponentes do painel ficarem foradeste e em pequenas janelas,da prxima vez que entrar noGnome estes estaro de novono stio certo.

    Se tudo resultou como planea-do, a barra de menus do Gno-me dever parecer-se como na

    figura 3.

    Fontes

    As fontes tambm contribuempara o aspecto do ambiente detrabalho e o melhor que asfontes do Mac OS X so livres(licena freeware), podendo fa-zer download destas (6) e us-las em vez das fontes de origemdo Gnome.

    Para passar a usar as fontes doOS X, aps ter feito downloaddo ficheiro abra uma consola e

    mude para a pasta onde este seencontra:$ cd PASTA_DO_FICHEIRO_DAS_

    FONTES

    Uma vez na pasta, comeamospor descompactar o ficheiro emudar para a pasta a que ested origem:$ unzip Fonts.zip

    $ cd Fonts

    De seguida, criamos uma pastattf-osx (ou outro nome sua es-colha) dentro da pasta das fon-tes truetype:$ sudo mkdir /usr/share/

    fonts/truetype/ttf-osx

    Finalmente, copiamos os fichei-ros com a extenso ttf e TTF pa-

    ra a pasta criada:$ sudo cp *.ttf

    /usr/share/fonts/truetype/

    ttf-osx/

    $ sudo cp *.TTF

    /usr/share/fonts/truetype/

    ttf-osx/

    Para usarmos estas fontes noGnome basta, na prxima vezque iniciar a sua sesso, ir aomenu Sistema->Preferncias-

    >Fonte e mudar a Fonte deAplicao, Fonte do Ambientede Trabalho e a Fonte do Ttulo

    de Janela para a fonte LucidaGrande.

    Fundo de Ambiente de

    TrabalhoEste passo muito simples, bas-tando para isso fazer downloadde uma das imagens de fundode ambiente de trabalho do MacOS X (7) e, de seguida, no ambi-ente de trabalho, clicar com oboto direito do rato e escolhera ltima opo Alterar o Fun-do da rea de Trabalho. Umavez na janela de escolha dos

    fundos do ambiente de trabalho,clique em Adicionar Papel deParede e escolha a imagem quedescarregou anteriormente.

    Painel Inferior

    H diversas formas de simular opainel inferior do Mac OS X noGnome, umas com mais suces-so que outras. A maneira maissimples ir s propriedades dopainel de fundo do Gnome e au-mentar a altura deste, removertodos os componentes e adicio-nar cones atravs da selecoe arrastamento destes do menudo Gnome para o painel inferior.Pode tambm mudar a cor defundo e a opacidade deste (nomenu Propriedades do painel).Esta forma, embora simples,no tem os efeitos de zoom queo original da Apple tem, por issovamos usar as gDesklets. O pro-

    grama gDesklets o equivalen-te Gnome ao SuperKaramba doKDE, ou seja, disponibiliza ouso/criao de pequenos progra-mas ou applets dos quais sedestacam calendrios, desperta-dores, relgios e... uma barrade atalhos estilo Mac OS X(StarterBar)! Se ainda no tiveras gDesklets instaladas, bastaexecutar, numa consola:$ sudo apt-get install

    gdesklets

    Antes de comear a transforma-

    Figura 3

  • 8/2/2019 Revista Linux 2

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    Revista Linux :: Tema de Capa

    Nmero 2 :: www.revista-linux.com 26

    o do painel inferior, neces-srio finalizar a do painel superi-or. Comeamos ento pela re-moo de todos os atalhos paraaplicaes deste (no nosso ca-so o firefox, a consola, etc.),pois passaro para a starterbar. Clique no cone a removercom o boto direito do rato e es-colha Remover do Painel.Aps remover os atalhos, va-

    mos adicionar a pesquisa de fi-cheiros no canto superior direitocomo num verdadeiro Mac OSX. Para isso, na barra de menusdo Gnome, clique em Lugarese arraste o menu Pesquisa deFicheiros ou Pesquisar para opainel superior. Para o posicio-nar no canto superior direito, cli-que com o boto do meio do ra-to no cone e arraste-o para a di-reita. Caso este no passe paraa direita da data ou de outroscones, dever clicar nestes lti-mos com o boto direito do ratoe tirar a opo Trancar no Pai-nel. Depois, j dever poder ar-rastar a pesquisa para onde sepretende.

    J que vamos transformar o pai-nel inferior numa barra de ata-lhos, temos de transferir a listade janelas do painel inferior pa-ra algum stio. Podemos optar

    por duas formas: adicionamosuma lista de janelas ou adiciona-

    mos um selector de janelas. Pa-ra qualquer uma das formas, cli-que com o boto direito no pai-nel superior e escolha a opoadicionar ao painel, depois esco-lha Lista de Janelas ou Selec-tor de Janelas, conforme dese-jado.Dever adicionar tambm umAlternador de reas de Traba-lho no painel de superior para

    poder alternar entre estas, casouse esta funcionalidade.

    Como j foi mencionado, asgDesklets imitam o painel inferi-or do Mac OS X com a sua star-ter bar, mas o nico problema que as janelas ou qualquer

    elemento do Gnome se sobre-pe s desklets, logo, uma jane-la maximizada apareceria por ci-ma da starterbar impossibilitan-do o seu uso... A forma mais di-

    recta para resolver esta questo ter um painel do Gnome semcontedos e com um compri-mento mnimo num dos cantosinferiores e que seja suficiente-mente alto para que as janelasmaximizadas no cubram astarterbar. Vamos ento come-ar por remover todos os con-tedos do painel inferior como fi-zemos anteriormente para osatalhos do painel superior. Deseguida, clique de novo com oboto direito no painel e escolhaPropriedades, retire a opoExpandir, escolha uma alturade 95 pixis, mude para o sepa-rador Fundo, escolha a opoCor Slida e mova o slider doestilo para a extrema esquerda.Pode ainda ligar a opo Bo-tes de Esconder para poderesconder o painel quando qui-ser uma rea de trabalho maiorpara uma aplicao. Por fim, fe-

    che a janela de propriedades ecom o boto do meio do rato cli-que no painel e arraste-o o mxi-mo para a direita.

    Agora, escolha as gDeskletsque esto em Apl icaes->Acessrios do menu do Gnome

    Aparncia final

    Aparncia final com a starterbar em aco

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    Revista Linux :: Tema de Capa

    Nmero 2 :: www.revista-linux.com27

    e, na parte esquerda da janelaque surge, escolha a pasta Toolbar/Launchers e clique na deskletStarterBar do lado direito. De-pois, no menu Ficheiro, esco-

    lha

    Executar desklet escolhida

    e posicione-a a meio do ecr naparte de baixo. Clique com o bo-to direito do rato na Starter-Bar, escolha a opo Configu-rar desklet e desligue a opoMostrar Legendas.Para adicionar atalhos Star-terBar basta arrastar uma apli-cao dos menus do Gnome pa-ra cima desta. Pode ainda clicarcom o boto direito do rato numatalho e escolher a opo Editstarter... para editar atributosdo atalho como o cone desteou a aplicao a executar.

    Pode tambm escolher um rel-gio estilo Mac OS X nas gDes-klets seleccionando a deskletOS X Clock na pasta Time/Analog.

    O seu ambiente de trabalho de-ver estar mais esteticamente

    apelativo assemelhando-se aum Mac OS X. Esperamos queeste novo look agrade ao leitoro suficiente para no comprarum Mac e aproveitamos paradeixar um outro tutorial famosona web (8), caso o leitor acheque este no cumpre o seu pa-pel. Pode ainda usar o Beryl (9)para os famosos efeitos de som-bra, alternador de aplicaes,entre outros. Quanto aos utiliza-

    dores do KDE, a melhor opodever ser usar o baghira (10),cujo propsito unicamentetransformar o KDE com o estiloe funcionalidade do Mac OS X.

    (1) http://www.revista-linux.com/~jay/oslinux/tish-aquastyle-cst2.tar.gz

    (2) http://www.gnome-look.org/content/show.php?content=34779

    (3) http://www.revista-linux.com/~jay/oslinux/barra

    (4) http://nekohayo.googlepages.com/icons

    (5) http://www.revista-linux.com/~jay/oslinux/apple.svg

    (6) http://www.osx-e.com/downloads/misc/macfonts.html

    (7) http://lxvweb.tripod.com/

    (8) http://www.taimila.com/ubuntuosx.php

    (9) http://www.beryl-project.org

    (10) http://baghira.sourceforge.net/

    Ver na Web

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    Revista Linux :: Novidade

    Nmero 2 :: www.revista-linux.com 28

    XFCE 4.4por Pedro Gouveia

    XFCE um ambientegrfico para linux. O prin-cipal objectivo ser rpi-

    do e leve, mas ao mesmo tem-po permite ter um aspecto apela-

    tivo. Saiu no dia 21 de Janeiro anova verso 4.4 esperada hdois anos, da qual j se pode fa-zer o download no site oficial(1). As antigas verses mostra-vam um ambiente grfico ape-nas leve, nesta nova verso te-mos no s um ambiente grfi-co leve mas tambm um ambi-ente user-friendly.

    Aconselho o instalador grfico

    que muito simples, prtico eeficaz, a nica desvantagem que preciso compilar o progra-ma (no se torna numa grandedesvantagem j que o XFCEsendo leve apenas demora cer-ca de 10 minutos a compilar).

    O XFCE destaca-se pelas suasferramentas poderosas como opainel que permite uma persona-lizao infinita e o gerenciadorde ficheiros que foi agora com-

    pletamente renovado.A nova verso j nos permite ter

    cones no ambiente de trabalhoe escolher de entre dois gruposde cones: as janelas minimiza-das, ou os atalhos normais lagnome, e claro, tambm per-

    mitido desactivar os cones parater um ambiente mais simples.

    O novo gestor de ficheiros oThunar, que vem substituir o ob-soleto Xffm. O Thunar foi escritode raz criando um gestor muitosimples e igualmente leve. Su-

    porta todas as funes espera-das de um gestor de ficheiros,

    O

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    Revista Linux :: Novidade

    Nmero 2 :: www.revista-linux.com29

    mas permite tambm a instala-o de plugins que tornam aaplicao muito verstil. OXFCE4.4 permite um fcil manu-seamento/acesso a dispositivos

    removveis. Apenas basta inse-rir o dispositivo e ele aparecerno ambiente de trabalho(se tiveros cones activos) ou ento nopainel lateral do Thunar.

    O Mousepad um editor de tex-to muito bsico e super simples.No um grande editor de textoe algo primitivo. A grande van-tagem reside no seu arranquerpido. O Xfwm4 continua a sero gestor de janelas do XFCE.

    Esta nova verso possui novascaractersticas, tais como jane-las transparentes, sombras emuito mais. O Xfwm4 porta umpainel de opes muito curioso,o Window manager tweaks,que proporciona muitas opesavanadas, permitindo persona-

    lizar ainda mais o XFCE: pode-mos ento ter o painel transpa-rente, a barra das janelas.. etc..bastando activar o composite naxorg.conf.

    O Painel, que a ferramentaprincipal do XFCE, foi tambmcompletamente rescrito. Agorapodemos personalizar ainda

    mais o painel. Depois de se ins-talar o xfce-goodies, ficamos ra-pidamente com todos os pluginsdo painel instalados, permitindoter um monitor de bateria de por-ttil, um plugin de notas, etc.. Oplugin mais poderoso talvez oxfce4-xfapplet-plugin que permi-te correr os applets do gnome

    no painel XFCE. Os nossoscompromissos so geridos peloOrage que substitui o Xfcalen-dar.

    Com este novo programa, pode-mos programar todos os nossoscompromissos, configurar cron-metros para vrios dias e tam-bm marcar compromissos repe-

    tidos de uma s vez. A consoladisponibilizada no XFCE4.4 juma consola com um bom cdi-go, bastante estvel e super-r-pida. Para alm das caractersti-cas bsicas de uma consola, es-ta permite ter separadores, per-sonalizao da barra de ferra-mentas e permite agora transpa-

    cones no XFCE

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    Revista Linux :: Novidade

    Nmero 2 :: www.revista-linux.com 30

    (1) http://www.xfce.org

    (2) http://forum.xfce.org/

    (3) http://wiki.xfce.org/

    rncia real, que pelo menos nomeu desktop no funcionou.O XFCE traz tambm o autos-tart que permite iniciar progra-mas com o incio de sesso e,

    claro, uma das mais poderosasferramentas do XFCE os ata-lhos do teclado.

    Existem tambm algumas distri-buies de linux que utilizam oXFCE com gestor de janelaspor defeito como o Xubuntu e oZenwalk. Aparecem agora tam-bm alguns utilitrios muito le-ves para o XFCE, como o Xf-burn que um gravador de cd'sainda com muito poucas funcio-

    nalidades em relao a outrosgravadores de cds. O Xfmedia um utilitrio que focado na re-produo de msicas e vdeos,mas ainda est em desenvolvi-

    mento. O Xarchiver um fron-tend para abrir ficheiros compri-midos: 7z, zip, rar, tar, bzip2,gzip, arj and rpm.

    O XFCE tem tambm um comu-nidade muito boa, com um f-rum (2) muito activo e um wiki(3) muito funcional.

    O site tem um novo design mui-to simples e comprimido e aomesmo tempo com toda a infor-

    mao que necessitamos muitoacessvel.

    Se para o leitor um ambientegrfico tem de ser bem rpido e

    fcil de personalizar, ento vaiapaixonar-se pelo XFCE.

    Ver na Web

  • 8/2/2019 Revista Linux 2

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    Revista Linux :: Dica

    Nmero 2 :: www.revista-linux.com31

    uer este artigo avisar to-dos os Navegantes (leia-se,Netavegantes) des-

    te mar que o Open-source pa-ra os mais importantes portosde paragem! Assim, e com vista

    a atingir o nosso objectivo, con-vidamos o leitor a embarcar nu-ma viagem guiada que prometeser interessante.

    Comeando pelo mesmo pasde onde partiram to ilustres na-vegantes, Portugal, partimosjustamente do nosso porto, aRevista Linux (1), de onde o lei-tor pode descarregar a melhorrevista sobre Linux e Open-sour-ce do nosso pas e participar no

    frum onde pode deixar a suadvida comentrio ou opiniosobre os mais variados assun-tos relacionados com o Open-sour-ce e em particular sobre o Linux.

    Continuando a nossa viagem pa-ramos agora nas comunidadesGlp (2), Gildot (3) e Startux(4). No primeiro o leitor pode en-contrar no s noticias recentessobre o mundo Gnu/Linux como

    documentao e tutoriais sobreos mais diversos assuntos, bemcomo um frum onde pode colo-car qualquer dvida, no segun-do pode encontrar essencial-mente artigos de opinio sobreo que se vai passando nestemundo com especial enfoqueem assuntos nacionais. O lti-mo foi remodelado recentemen-te e tem agora a forma de wikicom alguns artigos esclarecedo-res e a promessa de muitosmais no futuro.Deixando agora o nosso pas e

    entrando em guas (leia-se sti-os) internacionais comeemospor ir ao Distrowatch (5), onde oleitor poder ver informao so-bre todas (ou quase todas) asdistribuies de Linux existentesbem como um ranking das maispopulares. Est l o bem portu-gus Alinex falado na ediopassada (ainda no est no topmas temos esperana).

    Prosseguindo nas infindveisguas internacionais passamosagora pelas comunidades Linux-questions (6) e Linuxforums (7)onde pode partilhar e encontrarajuda para algum problema queencontre durante a sua estadia

    (que se espera longa) no Gnu/Li-nux, no se esquea que de cer-teza j algum esteve com omesmo problema que o leitor!No vamos parar, mas se o lei-tor tem um computador porttilpasse no porto Linux-laptop (8)ou em rota alternativa emTuxmobil (9).

    Passamos agora na casa doGnu (10), na casa do Linux (11)

    e no Sourceforge (12) onde po-de encontrar todo o software li-vre que alguma vez imaginou.

    Termina aqui a nossa viagemsome-se no stio Linux Counter(13) que conta quantos somos eveja como somos muitos!No se esquea de visitar os si-tes da distribuio que utiliza,numa volta rpida passamos noUbuntu (14), Fedora (15),Gentoo (16) e Alinex (17).No se esquea de navegarsempre num barco seguro e li-vre, o Firefox (18).

    At a prxima e fiquem Free asin freedom!

    1 http://www.revista-linux.com/2 http://www.gnulinux-portugal.org/3 http://www.gildot.org/4 http://www.startux.org/5 http://distrowatch.com/6 http://www.linuxquestions.org/7 http://www.linuxforums.org/8 http://www.linux-laptop.net/9 http://tuxmobil.org/10 http://www.gnu.org/11 http://www.linux.org/12 http://sourceforge.net/

    13 http://counter.li.org/14 http://www.ubuntu.com/15 http://fedora.redhat.com/16 http://www.gentoo.org/17 http://www.alinex.org/18http://www.mozilla.com/en-US/firefox/

    Ver na Web

    Q

    Aviso aosNavegantes

    Cristiano Lopes estudante do3 ano de Engenharia Informticada Faculdade de Cincias e Tec-

    nologia da Universidade Nova deLisboa.

    Sobre o autor

    Imagemorig

    ina

    ldaau

    toria

    de

    Jo

    oLopes

    por Cristiano Lopes

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    Revista Linux :: Programao

    Nmero 2 :: www.revista-linux.com 32

    ma linguagem de progra-mao um mtodo paraexpressar instrues de

    forma a que um computador asconsiga interpretar. compostapor um conjunto de regras sin-tcticas e semnticas que o pro-gramador tem de respeitar de

    forma a que um compilador con-siga gerar o cdigo para o com-putador.

    praticamente incontvel o n-mero de linguagens de progra-mao. Neste artigo, vamosanalisar um ambiente de desen-volvimento para a linguagemObject Pascal.

    O Lazarus uma ferramenta dedesenvolvimento Livre e Open

    Source para o compilador FreePascal. Este ambiente de desen-volvimento bastante estvel epermite a criao de aplicaesgrficas e de uma linha de co-mandos. Actualmente corre emLinux, *BSD, MacOSX e Win-dows. Contm um editor de cdi-go, um editor de janelas, um de-buger e est completamente in-tegrado com o compilador Free-Pascal.

    Instalao

    Descarregue os pacotes fpc, fp-clib e lazarus (1). Para tal, cli-que em Download Lazarus, se-guido de Lazarus Linux DEB,descarregue todos os pacotesDeb para o compilador Free

    Pascal e para o Lazarus.

    Mude para o directrio onde os

    ficheiros foram guardados e deseguida para o super utilizador(comando su) e escreva:

    $ dpkg -i fp*.deb

    laz*.deb

    Se no tiver j instalado, vai sernecessrio instalar os pacotesde desenvolvimento para as bi-bliotecas GTK e pixbuf:

    ULazarus

    Lazarus a correr em Apple Mac OS X.

    por Lus RodriguesImagemorig

    ina

    ldaau

    toria

    de

    Kar

    lEsc

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    h

  • 8/2/2019 Revista Linux 2

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    Revista Linux :: Programao

    Nmero 2 :: www.revista-linux.com33

    $ apt-get install

    libgtk2.0-dev

    $ apt-get install

    libgdk-pixbuf-dev

    Neste momento, deve estar tu-do pronto para comear a pro-gramar.

    IDE para criar aplicaesgrficas

    Inicie o lazarus com o comandostartlazarus. Inicialmente, algu-mas janelas aparecero no am-biente de trabalho: a JanelaPrincipal no topo, o ObjectInspector esquerda, o Editorde Cdigo e a primeira janelada aplicao Form1 a ocupar

    o restante.Na Janela Principal, por baixoda barra de menus, encontra-seum conjunto de abas. Seleccio-ne a aba standard (se no esti-ver seleccionada) clicando como rato. Encontre o icon Button(um rectngulo com 'OK'), cli-que neste e de seguida na jane-la Form1. Um rectngulo como nome button1 ir aparecer.Repita o processo e um rectn-

    gulo com o nome button2 sercriado.

    Agora, clique no Button1, a ja-nela Object Inspector mostraras suas propriedades. Perto dotopo, est uma propriedade como nome de Caption com o va-lor Button1, clique nesta e mu-de para Pressione, carregue

    ENTER para actualizar o botona Form1. Agora clique na abaEvents da Janela ObjectInspector para ver os vrioseventos associados a este ob-jecto. Seleccione a caixa direi-ta de OnClick, um boto com(...) escrito ir aparecer. Ao cli-car neste boto, o editor de cdi-go ser aberto e o cursor sercolocado num pedao de cdigocomeado por:

    procedure

    TForm1.Button1Click(

    Sender: TObject);

    begin

    {agora escreva:}

    Button1.caption :=

    'Pressione Outra Vez';

    {o editor termina

    sempre o procedimento

    com}

    end;

    Pressione F12 para seleccionara janela Form1.

    Agora edite as propriedade doButton2 e mude a sua Captionpara sair. Clique na abaEvents, escolha OnClick epressione o boto (...) para ser

    levado para o editor de cdigocom:procedure

    TForm1.Button2Click(

    Sender: TObject);

    begin

    {agora escreva}

    Close;

    {o editor termina

    sempre o procedimento

    com}

    end;

    Pressione F12 para ver a janelaForm1.

    Vamos agora compilar o cdigo.Para tal, pode escolher a opo'Run' do menu 'Run' ou entopressionar F9. O programa irser compilado e depois executa-do.

    Uma janela com mensagens docompilador ir aparecer e, pas-

    sado um breve instante, a jane-la Form1 aparecer sem a gre-lha com pontos. Esta a janelada sua aplicao, pode agora in-teragir com esta pressionandonos botes.

    Pressione o boto com o textoPressione, repare que o textomudar para Pressione OutraVez. Pressione o boto Sairpara fechar a aplicao, a jane-

    la fechar-se- e a janela

    Form1

    inicial ir reaparecer com as gre-lhas de pontos pronta a aceitaredio.

    Dever salvar agora o seu pro-jecto seleccionando a opo'Save As' do menu 'Project'.

    Pode ainda tentar uma aplica-o mais complexa. Abra o pro-jecto que salvou, na janelaForm1, clique no botoPressionar para o seleccionar,seleccione o evento OnClick e

    Lazarus a correr em Microsoft Windows

  • 8/2/2019 Revista Linux 2

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    Revista Linux :: Programao

    Nmero 2 :: www.revista-linux.com 34

    edite o cdigo deste evento:

    procedure

    TForm1.Button1Click(

    Sender: TObject);

    {usa a propriedade Tag,

    colocado-a a 0 ou 1}

    begin

    if Button1.tag =0then

    begin

    Button1.caption :=

    'Pressione Outra Vez';

    Button1.tag := 1

    end else

    begin

    Button1.caption :=

    'Pressione';

    Button1.tag := 0

    end

    end;

    Salve o seu trabalho, recompilee corra. O boto Pressionar iralternar entre as mensagensPressione e Pressione OutraVez.

    Utilizando a IDE para criar apli-caes para a Consola

    Muitos programadores comea-ram a programar em Pascal an-

    tes de existirem ambientes grfi-cos, muitos outros necessitamde utilizar a linguagem para de-

    senvolver aplicaes de modode texto para tarefas de controlodo sistema.

    O Lazarus tem o ambiente idealpara aprender Pascal e para de-senvolver programas em modode texto, permitindo a utilizao

    de todas as funcionalidades daIDE.

    Para criar uma aplicao de con-sola no Menu Pincipal seleccio-ne a opo 'New Project' do me-nu 'Project' e escolha 'Program'ou 'Custom Program'. O Laza-rus no criar os ficheiros asso-ciados a uma aplicao grficanem mostrar a janela ObjectInspector, no entanto, abrir oEditor de Cdigo com o esquele-to do programa.

    Pode compilar/executar exacta-mente como uma aplicao gr-fica (opo 'Run' do menu 'Run'ou F9).

    As mensagens do compiladoriro aparecer na janela de men-sagens e por fim:'Project "Project1"

    successfully built.:)'.

    Para executar o programa, abra

    (1)http://www.lazarus.freepascal.org

    Outros tutoriais de Lazarus:

    http://lazarus-ccr.sourceforge.net/index.php?wiki=LazarusTutorial

    http://www.vivaolinux.com.br/artigos/verArtigo.php?codigo=2564

    http://wiki.lazarus.freepascal.org/Lazarus_Tutorial/pt

    Ver na Web

    uma consola, mude para o direc-trio onde o cdigo est guarda-do e execute:./project1

    Como no prtico sair do Edi-tor e abrir um terminal para cor-rer a aplicao, existe a possibi-lidade de executar uma aplica-o de consola directamente apartir da interface do Lazarus.Seleccione a opo 'Run Para-meters' do menu 'Run' e active'Use launching application'. Ca-da vez que correr o programa,uma consola ir aparecer com otexto que foi escrito/lido (proce-dures readln e writeln). Quandoo programa terminar aparecerno ecr a messagem Press En-ter, enquanto no pressionar oboto 'OK' a sada do programaficar disponvel.

    Pode utilizar o Lazarus para tes-tar os exemplos de Pascal quevm nos vrios livros de progra-mao. Pode, por exemplo, utili-zar este cdigo:

    Program Shell;uses classes, unix;

    var S: longint;

    begin

    S := shell ('/bin/ls

    -la *.p*'); //lista

    .pp, .pas, .php, .png

    etc no directrio corrente

    writeln ('O programa

    fechou com o estado: ',

    S)

    end.

    Lazarus a correr em Linux

  • 8/2/2019 Revista Linux 2

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  • 8/2/2019 Revista Linux 2

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    Revista Linux :: Entrevista

    Nmero 2 :: www.revista-linux.com 36

    Imagemorig

    ina

    ldaa

    utoria

    de

    So

    fa

    Extremadura espanhola,regio que faz fronteiracom o Alentejo, era em

    2002 a segunda regio mais po-bre da Unio Europeia: a regiovive do trabalho rural, da agricul-tura e possui ainda muito poucaindstria, em muito parecidacom o Alentejo relativamente afauna e flora. Neste momento conhecida em todo o mundo co-mo o maior caso de sucesso demigrao para tecnologiasOpen Source.

    Em 2002 antes da criao do Li-nEx existiam muito poucos com-putadores nas escolas, contri-buindo em muito para a info-ex-cluso da populao daquela re-gio. Como a Espanha umpas regionalizado, a Junta daExtremadura decidiu deixar depagar licenas de software e co-mear a investir no Open Sour-ce.

    O LinEx nasceu em 2002, sen-

    do submetido a um perodo detestes durante 2003 e passando

    A

    Entrevista comDaro Rapisardi

    a uma verso final em 2004,nessa altura foi instalado em to-das as escolas secundrias da

    regio num total de 95.000 com-putadores. A Junta da Extrema-dura deixou de pagar licenasde Software e com o dinheiroque poupou consegui equiparas escolas com novos computa-dores. Graas adopo do Li-nEx a Extremadura espanholapassou de uma das regiescom menor nmero de computa-dores nas escolas, para a re-gio da Unio Europeia commais computadores por aluno

    existe um computador para ca-da dois alunos na escolas da Ex-tremadura espanhola. At aoVero, estar pronto o LinExSP, destinado a administraopblica. Nessa altura, toda a ad-ministrao pblica vai passar ausar Software Open Source,passando assim o LinEx a con-tar com cerca de 120.000 insta-laes.

    Os milhares de euros que sepoupam anualmente em licen-

    as permitiram tambm dotar aregio de uma rede de bandalarga. Como a regio muito po-

    bre e fica longe das principais ci-dades espanholas, nenhumaempresa queria correr o riscode investir nesta tecnologia semuma certeza de retorno. Actual-mente, quase toda a regio estcoberta pela rede de banda lar-ga implementada pela junta daExtremadura. A adopo deSoftware Livre e as boas infra-estruturas de rede da regio per-mitiram a criao de muitas em-presas de TI na regio e a renta-

    bilizao das j existentes. Note-se que para todos os concursospblicos de compra de hardwa-re para a regio o hardware de-ve ser completamente suporta-do pelo LinEx, o que j levou al-gumas empresas a desenvol-ver drivers de propsito para po-derem vender o seu hardwarena regio.

    O LinEx, quando comeou a ser

    desenvolvido em 2002, tinhadois programadores, presente-

    Entrevista conduzida porValrio Valrio

  • 8/2/2019 Revista Linux 2

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    Revista Linux :: Eventos

    Nmero 2 :: www.revista-linux.com37

    mente, so cinco, contando comcerca de vinte pessoas para cer-tificao, controlo de qualidade,documentao, entre outras ta-refas.

    Feita a apresentao, passe-mos entrevista com Daro Ra-pisardi um dos programadoresdo LinEx.

    Revista Linux: Quando e emque ocasio comeou a utili-zar Linux?Daro Rapisardi: Comecei a uti-lizar o Linux no ano de 2000.Nessa altura nem sequer era in-formtico, estava a terminar oterceiro ano da Licenciatura emEconomia na Universidade deBuenos Aires. noite trabalha-va como porteiro num hotel parapagar os estudos e a comida.Como as noites eram longas eaborrecidas, lia muitos manuaisde Linux, j que o tema me inte-ressava. Tinha um porttil muitovelho (um Pentium 100) que utili-zava para experimentar algu-mas coisas. No final desse ano,

    abandonei Economia e o traba-lho no hotel, e entrei para Infor-mtica e para um trabalho detcnico Linux numa consultora,com a premissa de dedicar-mesempre ao Software Livre, queera o que me apaixonava na in-formtica. Sem o Software Livrenunca me teria apaixonado pelaInformtica, provavelmente hojeseria economista.

    RL: Como ser programadorprofissional em FOSS? Podecontar-nos como a sua roti-na diria?DR: Bom, durante o dia em sino fao muito trabalho, levanto-me bastante tarde, por volta 10,11 horas, e passo o dia a organi-zar trabalho, a responder ao e-mail e a ler muitas coisas que te-rei de colocar em prtica maistarde. O trabalho do dia sobre-tudo a resoluo de temas rpi-

    dos, pequenas correces no Li-nEx e conversas com os compa-

    nheiros de trabalho. Uma vezem conversa com um programa-dor do Gnome, ele comentavaque o programador de SoftwareLivre passa mais tempo discutin-

    do problemas por e-mail, do quea programar, e em parte ver-dade.

    RL: A adopo do Software Li-vre na Extremadura desenvol-veu a indstria local, faz ideiade quantas novas empresasnasceram desde que foi cria-do o LinEx?DR: No tenho dados oficias so-bre a criao de novas empre-sas, mas desde que estou naExtremadura, desde 2004, nas-ceram pelo menos 10 empresasdirigidas por jovens, que se dedi-cam directamente ao SoftwareLivre. O que me chama mais aateno no a criao de no-vas empresas, mas a transfor-mao das existentes. Como aJunta s contrata solues deSoftware Livre, muitas das ve-lhas consultoras tiveram deadoptar um modelo novo de ne-

    gcio. Com a diferena de men-talidades dos consultores exis-tentes, foi necessrio contratarnovos trabalhadores. Posso con-tar como exemplo que a maioriados meus amigos esto a traba-lhar em Mrida, que uma cida-de pequena com cerca de50.000 habitantes. Um dosmeus amigos trabalhava em Ma-drid e agora trabalha em Mridapara uma empresa de Software

    Livre, que vende solues paraa Junta da Extremadura; outroamigo trabalha em Mrida comoprofessor de LinEx num colgioprivado. Estamos a falar de jo-vens de 20 e poucos anos quesaam da universidade e iam tra-balhar para Madrid, hoje em diaesto a voltar s suas cidades,onde j podem trabalhar no quemais gostam, isto antes no erapossvel.

    RL: O que acha que seria ne-cessrio para uma regio Por-

    tuguesa implementar uma sis-tema similar ao da Extremadu-ra e abandonar os sistemasproprietrios?DR: Abandonar os sistemas pro-

    prietrios uma questo quevai mais alm das fronteiras, hbem pouco tempo pensava-seque os sistemas livres eram spara gente pobre. Na Argentinapensava-se assim ( e infelizmen-te ainda se pensa), e na Espa-nha antes do LinEx aparecertambm se pensava assim. Porsorte h pases ricos como a No-ruega, Alemanha e Frana queesto a implementar com muitosucesso o Software Livre, e noo fazem para poupar dinheiro,mas sim porque o mais correc-to. Existindo sistemas livres,abertos, baratos e que respei-tam os standarts, parece imoralgastar dinheiro pblico numa so-luo fechada, cara e propriet-ria, do ponto de vista moral no tico, e do ponto de vista raci-onal no faz nenhum sentido. como se eu fosse almoar a El-vas e o empregado do restau-

    rante me oferecesse bacalhaudourado importado da Argenti-na, o que seria mais caro, maiscomplicado de comer (os argen-tinos so complicados) e no se-ria to saboroso, e acima de tu-do prejudicaria a indstria nacio-nal.

    RL: Quais foram os principaismotivos para derivar o LinExde Debian e no de outra Dis-

    tribuio Linux?DR: Foram muitos, o Debian mais do que uma distribuio, oDebian um ecossistema ondeos principais projectos deSoftware Livre se encontram eaprendem a conviver, um cata-lizador que nivela o ritmo frenti-co que caracteriza o desenvolvi-mento de Software Livre. Istopermite-nos contar com milha-res de pacotes prontos e dispo-nveis para usar, pacotes esses

    que passam por um controlo dequalidade rigoroso, tanto na par-

  • 8/2/2019 Revista Linux 2

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    Revista Linux :: Entrevista

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    te tcnica como na legal. Contarcom uma base como o Debiangarante a liberdade dos pacotese a estabilidade dos mesmos,por outro lado no controlado

    por nenhuma empresa, o quedeu mais transparncia e tran-quilidade na hora de fazer o Li-nEx.

    RL: O LinEx usa o Anacondacomo instalador do sistema,quais foram as razes paraoptaram pelo instalador doRed Hat em vez do padro doDebian?DR: Bom, a resposta simplese talvez no muito convincentepara algumas pessoas, mas arazo principal para usar o Ana-conda, prende-se com o factodo Anaconda ser grfico, coisaque o instalador do Debian naaltura no era. De qualquer for-ma, o LinEx 2006 foi o ltimo ausar o Anaconda, a partir da pr-xima verso pblica vamos usaro instalador do Debian que j grfico ( e muito estvel).

    RL: Quais foram as principaismodificaes que tiveram defazer ao Sistema Base Debianpara o criar o LinEx?DR: Um pouco de tudo, com apremissa de manter sempre asbibliotecas e os Tollchains daverso estvel do Debian. Par-tindo disso, fizemos algumasmodificaes, que so quase to-das backports das versesmais recentes dos programas,

    posso referir alguns dos

    ports

    : Kernel: O kernel actualiza-separa ter um suporte parahardware maior. s vezes, issotraz alguns inconvenientes: porexemplo, um kernel mais novorequer outras coisas, como oUdev, o que leva a mudar todoo mecanismo de deteco dehardware ao mudar o kernel.

    OpenOffice.org: Temos de

    cumprir com certos requisitosda administrao pblica, como

    o formato OpenDocument, sdisponvel a partir do OpenOffi-ce.org 2. Portar o OOo2 para oDebian Sarge no foi assim tofcil, porque no podamos

    usar o Java ( necessrio para oOobase) por causa de um com-promisso com a FSF, e tambmno podamos usar o gcj j querequeria o gcc 4 ( o Sarge usa ogcc 3.3). Tambm tnhamos decolocar suporte para assinatu-ras digitais no OOo, o que foimuito complicado pois nenhumadistribuio ainda o tinha conse-guido. Cumpridos todos os ob-jectivos devolvemos todos osnossos avanos a comunidade

    Debian.

    Escritrio Gnome: Em linhasgerais, tratava-se de ter umaverso do Gnome estvel comum conjunto de aplicaes quesejam estveis e que cumpramcom as necessidades legais daJunta da Extremadura.

    Aplicaes educativas: Existeuma equipa de pessoas perma-

    nentemente a atender as neces-sidades da comunidade educati-va, a fim de termos sempre dis-ponveis as ltimas verses dasaplicaes utilizadas em institu-tos e colgios.

    RL: Qual a abordagem queconsidera melhor na instala-o? Algo como o Anaconda,ou um sistema como o Ubun-tu implementou desde o Dap-per em que possvel iniciali-zar como Live CD e procedera uma instalao