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ABRIL DE 2012 R$ 7,90 | Nº 52 ABRIL DE 2012 ANO 6

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Edição 52 da revista InteRural

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Page 1: Revista InteRural

3 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

Continuação da capaVai mandar junto com a capa

Nº 52 | A

BRIL DE 2012 | A

NO

6

R$ 7,90 | Nº 52 ABRIL DE 2012

ANO 6

A Forrageira Autopropelida 7350 da J&D Silagens faz isso.

Juliano Resende Bernardes(34) 9664-7000 / (34) 9219-7000 / (34) 9935-6000

[email protected]

(34) 3210-1500 | [email protected]

Délcio Vieira Tannús Filho(34) 9971-1829

[email protected]

Capa 52.indd 1 31/03/2012 15:02:23

Page 2: Revista InteRural

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Nº 52 | A

BRIL DE 2012 | A

NO

6

R$ 7,90 | Nº 52 ABRIL DE 2012

ANO 6

A Forrageira Autopropelida 7350 da J&D Silagens faz isso.

Juliano Resende Bernardes(34) 9664-7000 / (34) 9219-7000 / (34) 9935-6000

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(34) 3210-1500 | [email protected]

Délcio Vieira Tannús Filho(34) 9971-1829

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Capa 52.indd 1 31/03/2012 15:02:23

O corte do milho para silagem sempre foi um grande vilão no processo de fabricação de comida para armazenamento. Tra-tores quebrando, facas sendo afiadas diariamente, ensiladei-ra estragando, e ainda toda fazenda parando suas atividades para se concentrar apenas na época de fazer silo.A J&D Silagens pode cortar sua planta de milho muito mais rápido, com mais uniformidade, mais barato. Tudo isso irá refletir pra você produtor com uma silagem de melhor quali-dade para seu rebanho.

Vantagens:• Rapideznocortedemilhoparasilagem• Uniformidadedocortedaplantadocomeçoaofinalda

lavoura• Oferecemosplataformadecostade6m• Confiança,agilidadeeinovaçãonaregiãogeográfica.• Disponibilizamos04forrageiras• Transportecorteecompactaçãodasilagem

Rendimento• 100toneladashora• Excelentecusto/benefício

Antecipe sua reserva!

Juliano Resende Bernardes Délcio Vieira Tannús Filho

[email protected] [email protected]

(34) 9664-7000 / (34) 9219-7000 / (34) 9935-6000 (34) 9971-1829

1000 toneladas de silo por dia?A Forrageira Autopropelida 7350 da J&D Silagens faz isso.

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O corte do milho para silagem sempre foi um grande vilão no processo de fabricação de comida para armazenamento. Tra-tores quebrando, facas sendo afiadas diariamente, ensiladei-ra estragando, e ainda toda fazenda parando suas atividades para se concentrar apenas na época de fazer silo.A J&D Silagens pode cortar sua planta de milho muito mais rápido, com mais uniformidade, mais barato. Tudo isso irá refletir pra você produtor com uma silagem de melhor quali-dade para seu rebanho.

Vantagens:• Rapideznocortedemilhoparasilagem• Uniformidadedocortedaplantadocomeçoaofinalda

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O corte do milho para silagem sempre foi um grande vilão no processo de fabricação de comida para armazenamento. Tra-tores quebrando, facas sendo afiadas diariamente, ensiladei-ra estragando, e ainda toda fazenda parando suas atividades para se concentrar apenas na época de fazer silo.A J&D Silagens pode cortar sua planta de milho muito mais rápido, com mais uniformidade, mais barato. Tudo isso irá refletir pra você produtor com uma silagem de melhor quali-dade para seu rebanho.

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O corte do milho para silagem sempre foi um grande vilão no processo de fabricação de comida para armazenamento. Tra-tores quebrando, facas sendo afiadas diariamente, ensiladei-ra estragando, e ainda toda fazenda parando suas atividades para se concentrar apenas na época de fazer silo.A J&D Silagens pode cortar sua planta de milho muito mais rápido, com mais uniformidade, mais barato. Tudo isso irá refletir pra você produtor com uma silagem de melhor quali-dade para seu rebanho.

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expediente editorialwww.interural.com

Diretor Comercial Mário Knichalla Neto

[email protected]

Conselho Editorial Gustavo Ribeiro

Paula Arruda

Mário Knichalla Neto

Editor Chefe Gustavo Ribeiro

[email protected]

Redação Gustavo Ribeiro

e Colaboradores

Revisão Aline Defensor

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Paginação Wilson Vilela

www.wilsonvilela.wordpress.com

Coordenação editorial Paula Arruda

34 9174-1377

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Consultoras de vendas Liliane Franklin

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Marcella RIbeiro

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Muriell Paes Leme

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Financeiro Ludmilla Pádua

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Jurídico Breno Henrique Afonso de Arruda

Capa Agência ML

Pré-Impressão CTP Xpress Digital

Impressão Gráfica Brasil

Tiragem 10.000 exemplares

Anúncio e assinaturas 34 3210 4050

Endereço

Rua Rafael Marino Neto, 600 - Jardim Karaíba - Ubershoping - Loja [email protected] 3210-4050

Artigos assinados não refletem necessariamente a opinião desta revista, assim como declarações emitidas por entrevistados.

É autorizada a reprodução total ou parcial das matérias, desde que citada a fonte.

“Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta vos será aberta! Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra;

e a quem bate a porta será aberta.” Mateus 7,7-8

Envie sua sugestão de pauta, dúvida ou reclamação para [email protected]

Sua opinião constrói uma revista melhor!

Caros amigos, Chegamos à edição nº 52 da InteRural, a Revista do Agronegócio. E acredite, a

cada edição buscamos mais inspiração para trazer para você conteúdo diversificado e de qualidade.

Fomos buscar para nossa matéria de capa um dos maiores casos de sucesso na criação de Senepol no Brasil: a história de formação, evolução e consolidação do Ita Senepol, do pecuarista e empresário Itamar Netto. Nessa matéria vocês encontrarão uma enciclopédia do Senepol, uma grande oportunidade para conhecer e saber por que essa pode ser a raça do futuro da pecuária de corte nos trópicos.

“Nos dias cotidianos é que se passam os anos”. É com essa frase do grande Millôr Fernandes, que partiu e deixou o Brasil menos inteligente, que nós vamos fa-lar do aniversário de 50 anos da Cooperativa Agropecuária de Uberlândia, a CALU. A empresa em 2012 comemora seu cinquentenário e está preparando uma edição especial do InterCalu. Você confere toda essa trajetória de sucesso aqui na InteRural.

Nesta edição de Páscoa, período no qual comemoramos o espírito de vida nova, renovação e de recomeçar, que destacamos a nova presidência da ABCB Senepol. Falando em Páscoa, não seria possível produzir os deliciosos ovos de chocolate sem produção de leite. Como exemplo de produção de leite e genética com profissionalis-mo, analisamos tudo que é feito em um criatório de excelência, as Fazendas Valinhos e Java Pecuária.

Desejo a todos vocês uma ótima leitura, que possam adquirir novas informa-ções e transformá-las em conhecimento, melhorando, assim, os trabalhos desen-volvidos em suas propriedades. É com muito carinho e dedicação que entregamos a vocês mais esta edição.

Convido a todos para uma leitura sem rédeas.

Gustavo Ribeiro

Na Páscoa, a semana é santa, mas o trabalho é duro. Gustavo Ribeiro

Editor

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índice

76

Ita SenepolUma trajetória de sucesso embasada

no pioneirismo e na aposta pelo Senepol

Cooperativa completa meio século de existência

Calu 50 Anos

Dois grandes criatórios e uma oferta imperdível de animais superiores

Java Pecuáriae Fazenda Valinhos

INterUrAl NewS

Revista InteRural.......................................... 14

AgrICUltUrA

Agricultura Verde ........................................ 16Mulheres nas cooperativas ................... 18Crescimento Agronegócio ...................... 20Dia de campo .................................................. 24

PeCUárIA

Alimentação diferenciada ...................... 32Suplementação Mineral ........................... 34Interpretação de análise química ....... 36Vaca de alta produção leiteira ............... 40Digestibilidade da Fibra ............................ 42

merCAdo

Mapa e Bndes ................................................. 46Crescimento do PIB .................................... 48Efeito USDA ..................................................... 50Declaração do Imposto de Renda ....... 52Atuação dos especuladores .................. 54

oVINoCUltUrA

Exportações de carne ............................... 58

Pet

O Fila Brasileiro ............................................. 60

gIrolANdo

Exposições no Brasil .................................. 64

Seleção, seriedade e segurança .......... 66Girolando prepara novas ações ........... 68Fertilização in vitro ..................................... 70

brAhmAN

Jurados ExpoZebu 2012 ............................ 72Ranking da Brahman Paulista ............. 72

SeNePol

Teste de Performance a Pasto .............. 74Estância Goudard ......................................... 90Assembleia Eleitoral 2012 ....................... 93

gIr leIteIro

Gir Leiteiro na ExpoZebu 2012 .............. 96Programa de MelhoramentoGenético em Tapira ..................................... 97José Francisco Junqueira Reis .............. 98Silvio Queiroz Pinheiro ............................. 98ExpoZebu 2012 .............................................. 98

eqUINoS

4ª Etapa Campeonato Mineiro .............. 100Team Peaning ................................................ 104

eVeNtoS

Top Genética ................................................... 108Fazenda Grotadas ........................................ 110Novos Enfoques ............................................ 114Supremacia da Raça .................................. 116

eSPAço goUrmet

Dos pampas para o mundo .................... 124

pág.

26pág.

118pág.

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InteRural InteRural News

dia de Campo CAtO Clube Amigos da Terra promoveu no último dia 15 o “Dia de Campo – CAT”. O evento foi realizado nas Fazendas Bom Jardim, de Daniel Lopes, e na Fazen-da Alvorada, de propriedade de Luciano Mendonça. O evento foi uma oportunidade para os produtores de Uberlândia e região conhecerem as novas tecno-logias e técnicas de manejo atualizadas para a pro-dução de soja e milho. Depois das apresentações do Dia de Campo, o CAT ofereceu um grande churrasco aos participantes. A equipe InteRural registrou tudo que aconteceu naquela manhã produtiva.

Prova de ApartaçãoCelar O Celar, em Uberlândia-MG, foi palco da 4ª Etapa do Campeonato Mineiro de Apartação. Com a casa cheia e sob os olhares atentos dos juízes, competidores e cavalos de diversas partes do Brasil mostra-ram suas habilidades na pista de provas do Celar. O evento ainda sorteou um carro 0 km para os par-ticipantes, tornando o evento ainda mais atraente. Confira as fotos e os resultados do evento.

Ita SenepolA nossa matéria de capa desta edição traz para o nosso leitor uma verdadeira bíblia sobre a raça Senepol. Protagoniza-da por um entusiasta da raça, o Sr. Itamar Netto, proprietá-rio da Fazenda Bom Jardim, em Porteirão-GO, uma verdadeira referência na criação de Sene-pol. Nas próximas páginas, você irá compreender por que o gado vermelho pode ser uma solu-ção para o futuro da pecuária de corte nos trópicos.

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50 Anos CAlUA Cooperativa Agropecuária Ltda. de Uberlândia completa em 2012 50 anos de cooperativismo. Para comemorar esse meio século de vida, a diretoria da CALU está preparando um megaevento. O Parque de Exposições de Uberlândia, CAMA-RU, mais uma vez é palco do INTERCALU, um evento para os produtores mostrarem o seu trabalho e fazerem negócios. Os 50 anos serão comemorados de forma especial e você, amigo leitor, fica a par de tudo que vai rolar no INTERCALU em primeira mão.

leilão elite grotadas“Para a nossa alegria”, Liliane Franklin, acompanhada pelo jornalista da InteRural, Gustavo Ribeiro, prestigiaram o Leilão Elite Grotadas, promovido pelo Sr. Tomáz de Aquino. Foram três dias de evento no Parque de Exposições de Lagoa da Prata, disponibilizando através de leilões, shopping de animais e feira, a melhor genética Gir Leiteiro da atualidade. Representantes do governo, criadores e entusiastas de diversas regiões marcaram presença. O evento foi um grande sucesso, difundindo genética Grotadas por todo o Brasil. Confira essa grande festa nas próximas páginas.

leilão Supremacia da raçaA Fazenda Nossa Senhora do Carmo, de Germano No-vais Franco, realizou a 1ª Edição do Leilão Virtual Su-premacia da Raça. O evento foi transmitido pelo Agro-Canal e teve como leiloeira a Nova Sat. O evento ofertou vacas em lactação, bezerras, novilhas e prenhezes da raça Girolando e Gir Leiteiro de genética superior. Con-fira a cobertura do leilão no caderno de eventos.

Novos enfoquesUberlândia, nos dias 16 e 17 de março, sediou o XVI Curso Novos Enfoques na Produção e Reprodução de Bovinos. Um evento que abordou a cadeia produtiva da carne e do leite. Palestrantes reconhecidos internacionalmente, grandes empresas do setor e diversos produtores puderam trocar experiências e tirar suas dúvidas. Uma grande oportunidade para aperfeiçoar técnicas de manejo, conhecer novas práti-cas do mercado e trocar informações. Uma verdadeira lição de casa para quem vive da bovinocultura.

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InteRural Agricultura

Essa é a proposta do “Ano Embrapa para uma Agricultu-ra Mais Verde”, plano de ação da empresa para 2012, que foi lançado no dia 14 de março, em Brasília. O evento contou com a presença do ministro da Agri-cultura, Pecuária e Abasteci-mento, Mendes Ribeiro Filho. “A Embrapa terá mais impor-tância para o país ser o maior produtor de alimentos do mun-do”, disse o ministro.

O foco do plano de ação está baseado em quatro pilares: “Fortalecendo a Gestão”, “For-talecendo a Pesquisa, o De-senvolvimento e a Inovação”, “Fortalecendo e Consolidando a Transferência de Tecnologia” e “Fortalecendo a Transparên-cia e a Eficiência na Gestão”.

Segundo o diretor-presi-dente da Embrapa, Pedro Arra-

es, o momento é bastante pro-pício para concentrar esforços em ações voltadas para uma agricultura mais verde. “De-terminados acontecimentos e eventos previstos para este ano são bastante oportunos como a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sus-tentável, a Rio +20; a demanda internacional de conhecimen-tos e tecnologias agrícolas tropicais, fortalecida pela pre-sença de um brasileiro na Or-ganização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano, que assu-miu o posto de Diretor Geral da Organização, ano passado; e a demanda por conhecimentos e dados vinculados ao novo Código Florestal, que está em processo final de aprovação”, ressalta.

embrapa apresenta ações para 2012 com foco na agricultura verdeFortalecer e reconhecer as ações em benefício de uma agricultura mais sustentável

FortAleCeNdo A geStão

Nesse pilar estão contem-pladas ações mais estratégicas para empresa como a criação do Programa Agropensa. A proposta é constituir um nú-cleo de inteligência estratégica da agricultura brasileira, coor-denado pela Embrapa Estudos e Capacitação, para produzir e difundir conhecimentos e es-tratégias para a agricultura do futuro.

A criação da Secretaria de Negócios da Embrapa é uma outra ação prevista para este ano. O objetivo é aumentar a capacidade da empresa em ne-gócios públicos e privados de interesse do governo brasileiro.

Também estão previstos para este ano os lançamentos da Embrapa Internacional, o que segundo Arraes, tornará mais flexíveis os mecanismos disponíveis para fortalecer a pesquisa, e do Projeto Embra-pa Verde, que prevê ajustes na infraestrutura e processos das unidades que já desenvolvem pesquisas de alta relevância ambiental. «Essas mudanças e ajustes vão possibilitar colo-car a Embrapa na vanguarda da implementação de ações sustentáveis, incluindo o cum-primento ao novo Código Flo-restal», explica.

A consolidação do Sis-tema de Avaliação das Unida-des e a expansão do Sistema de Avaliação de Talentos são outros pontos fundamentais desse pilar. Os sistemas vão

FoTo

S DI

VULG

Ação

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21 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

possibilitar maior qualidade às avaliações. No primeiro, serão levados em consideração cri-térios universais de avaliação. O segundo sistema, já adota-do em algumas Unidades da empresa, tem como objetivo o desempenho individual por resultados, o que qualifica e alinha melhor os resultados às metas da empresa.

FortAleCeNdo A PeSqUISA, o

deSeNVolVImeNto e A INoVAção

O lançamento de novos portifólios de PD&I em temas de grande importância es-tratégica para a agropecuá-ria brasileira é um dos focos desse pilar. A prioridade para 2012 são os temas “Inovações para o Setor Sucro-alcooleiro e Energético” e “Geotecnologias Aplicadas ao Monitoramento da Agricultura”.

Outro grande lançamen-to é o do Programa Conserva Brasil, que terá como missão conservar a longo prazo a bio-diversidade nacional. “Preten-demos fortalecer ainda mais a utilização da biodiversidade em prol da agricultura bra-sileira, focando nas coleções de espécies de interesse da agropecuária”, explicou Ar-raes. Segundo ele, até 2020, o programa terá sob sua tutela

a maior coleção brasileira de germoplasma para uso futuro pela agricultura.

FortAleCeNdo A trANSFerêNCIA de

teCNologIA

Nesse pilar, as ações que dizem respeito a Transferên-cia de Tecnologia (TT) serão intensificadas. A nova Políti-ca de TT, em processo final de elaboração, está em vistas de ser internalizada e implantada. A proposta é balizar as ações da empresa na área, refletindo as mudanças significativas do setor nos últimos anos.

Além disso, está previsto o lançamento do Programa de Intercâmbio de Conhecimen-tos e Transferência de Tecno-logias, com foco especial na in-clusão produtiva, em apoio ao Programa Brasil sem Miséria. A ideia, segundo o presidente, é organizar portfólios de tec-nologias locais e regionais para consolidar as ações de inter-câmbio de conhecimentos e TT desenvolvidas pelas unidades da empresa, visando benefi-ciar os públicos atendidos pelo programa.

Outra ação a ser intensi-ficada é o estímulo às Alianças Estratégicas Regionais, em que o foco principal é o fortale-cimento das parcerias locais e regionais.

FortAleCeNdo A trANSPArêNCIA

e A eFICIêNCIA NA geStão

O portal da transparência é um dos principais pontos desse pilar. Ele será desenvolvido de acordo com o que o governo fe-deral estabelece e contará com um sistema de resolução de con-flitos entre a empresa e os públi-cos com que ela se relaciona.

O lançamento da formação de lideranças também está pre-visto. “Vamos criar um modelo de gestão capaz de identificar, desenvolver e preparar talentos para que oportunamente pos-sam preencher vagas em cargos gerenciais, criando uma cultura em que a empresa saiba a lide-rança que deseja e o empregado os caminhos que devem seguir para alcançar os objetivos ge-renciais”, destaca Arraes.

Aumentar a eficiência na operação das unidades descen-tralizadas no Parque Estação Bio-lógica, em Brasília, também é uma das metas. Arraes explica que a proposta é criar um Parque Tec-nológico com governança ino-vadora e participativa, visando a desburocratização dos processos para atender as demandas com maior rapidez e eficiência.

As informações são da Secretaria de Comunicação da embrapa, adaptadas pela equipe AgriPoint.

“A embrapa terá mais importância para o país ser o maior produtor de alimentos do mundo”

mendes ribeiro Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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BR 262 - K� 514 – C���� P����� 81 – L��- MG(37) 3421-3777 (37) 9104-9398 [email protected]

Page 20: Revista InteRural

22 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 201222 | Interural - a revIsta do agronegócIo | MarÇo de 2012

FoNte: mAPA

No dia 8 de março, o mun-do inteiro celebrou o Dia Inter-nacional da Mulher. Em 2012, a celebração tem significado especial para o cooperativismo de gênero já que a Organização das Nações Unidas (ONU) tam-bém celebra o Ano Internacio-nal das Cooperativas. Organi-zadas em grupo e com muita dedicação, as mulheres entram na realidade cooperativista e colaboram para o desenvolvi-mento da família e das cidades

em que as cooperativas estão instaladas.

Desde 2003, o Ministé-rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pro-move ações de capacitação, divulgação, geração de renda e organização cooperativista e associativista com base no de-senvolvimento sustentável. As ações são realizadas por meio do Programa Coopergênero: Integrando a Família Coope-rativista que treinou, até hoje, cerca de 40 mil mulheres. Nes-se período, o Mapa sensibilizou

InteRural Agricultura

mulheres têm forte atuação nas cooperativasMinistério da Agricultura tem programa específico para evolução do cooperativismo de gênero no país

gestoras, lideranças e associa-das sobre as perspectivas de gênero e realizou campanhas educativas.

O Coopergênero foi um trabalho pioneiro no Ministério e é um programa que busca co-locar as mulheres em igualdade de oportunidade nas coopera-tivas e associações rurais. “O foco são as pessoas e as ações buscam a quebra de paradig-mas provocados pela herança cultural”, diz Vera Daller, dire-tora do Departamento de Coo-perativismo e Associativismo (Denacoop) do Mapa.

O programa teve uma óti-ma aceitação e obteve resulta-dos concretos como, por exem-plo, agregar valor aos produtos das cooperativas e contribuir para a diminuição da violência doméstica. “Quando há uma valorização do trabalho da mulher, a relação entre o casal passa a ter muito mais respei-to”, completa Vera.

Programas em cooperati-vas de todas as regiões brasilei-ras são apoiados pelo Ministé-rio da Agricultura. Projetos em São Paulo, Alagoas, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Pernambuco, entre outros estados. Essas ex-periências mostram iniciativas que mudaram o papel das mu-lheres. “Os projetos fazem as mulheres deixarem de ser co-adjuvantes para tornarem-se protagonistas”, diz Daller.

os projetos fazem as mulheres deixarem de ser coadjuvantes para tornarem-se protagonistas”

Vera daller Diretora do Departamento de Cooperativismo e Associativismo (Denacoop) do Mapa

Page 21: Revista InteRural

Interural - a revIsta do agronegócIo | MarÇo de 2012 | 23

Page 22: Revista InteRural

24 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

No acumulado dos dois anos, o crescimento se

consolida em

13,51%

Em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio bra-sileiro estimado pelo Centro de Estudos Avançados em Econo-mia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, com o apoio financeiro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), cres-ceu o dobro do PIB nacional calculado pelo IBGE. Enquanto o agronegócio avançou 5,73% (a preços reais), totalizando R$ 942 bilhões (em reais de 2011, ou seja, descontada a inflação),

a economia como um todo se expandiu 2,7%, indo para R$ 4,143 trilhões, segundo o IBGE. Com isso, a participação do agronegócio no PIB nacional aumentou de 21,78% em 2010 para 22,74% em 2011.

Os resultados atuais do PIB do Agronegócio, no entanto, devem ser ligeiramente altera-dos no final deste mês, quando o IBGE divulgará volumes de produção pecuária referentes ao último trimestre de 2011 que

são considerados na estimativa do PIB feita pelo Cepea.

Os responsáveis pelos cálculos, o professor da Esalq/USP Geraldo Barros e os pes-quisadores Dra. Adriana Fer-reira Silva e Dr. Arlei Luiz Fach-inello, destacam a importância de se ter esse crescimento superior a 5% após um ano em que o agronegócio já havia crescido 7,36%. No acumulado dos dois anos, o crescimento se consolida em 13,51%.

InteRural Agricultura

Agronegócio cresce o dobro da economia geral em 2011Perspectiva continua positiva para o ano de 2012

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25 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

Variação mensal do PiB do agronegócio nacional (cePea/cna (%)

2010/2011 insumos Básico(a) indústria distribuiçãoagronegócio

global(B)

Janeiro 1,09 1,33 0,19 0,60 0,72Fevereiro 1,07 1,37 0,31 0,69 0,80

Março 1,15 1,11 0,44 0,59 0,75Abril 0,84 0,92 0,33 0,45 0,59Maio 1,12 1,07 -0,11 0,41 0,51

Junho 1,17 1,10 0,15 0,48 0,63Junho 1,01 1,05 0,01 0,43 0,54

Agosto 1,00 1,06 0,08 0,48 0,58Setembro 1,04 0,86 -0,14 0,27 0,40outubro 0,55 0,17 0,14 0,17 0,21

Novembro 0,34 0,20 -0,45 -0,17 -0,09Dezembro 0,32 0,01 -0,30 -0,08 -0,07

acum. no ano (2011) 11,42 10,83 0,66 4,38 5,73obs.: (A) Somente a agropecuária; (B) Todo o Agronegócio da Agropecuária

2010/2011Pecuária

insumos Básico(e) indústria distribuição

Janeiro 1,24 1,09 0,38 0,73Fevereiro 1,23 1,10 0,44 0,79

Março 0,75 0,32 0,02 0,22Abril 0,38 -0,25 -0,31 -0,22Maio 0,96 0,51 -0,01 0,30

Junho 1,01 0,67 -0,08 0,30Junho 0,84 0,68 -0,31 0,18

Agosto 1,38 1,45 0,07 0,76Setembro 1,19 0,99 -0,27 0,32outubro 1,02 0,65 -0,28 0,14

Novembro 0,54 0,42 -0,53 -0,12Dezembro 0,69 0,88 -0,57 0,08

acum. no ano (2011) 11,82 8,85 -1,44 3,52obs.: (E) Somente a agropecuária; (F) Todo o Agronegócio da Agropecuária - Fonte: CEPEA-USP e CNA

2010/2011Pecuária

insumos Básico(c) indústria distribuição

Janeiro 0,99 1,50 0,16 0,54Fevereiro 0,97 1,57 0,29 0,64

Março 1,42 1,70 0,51 0,75Abril 1,14 1,79 0,43 0,73Maio 1,22 1,47 -0,12 0,46

Junho 1,28 1,41 0,18 0,55Junho 1,11 1,31 0,06 0,54

Agosto 0,76 0,78 0,08 0,36Setembro 0,95 0,76 -0,12 0,26outubro 0,25 -0,18 0,21 0,19

Novembro 0,21 0,04 -0,44 -0,20Dezembro 0,09 -0,61 -0,26 -0,14

acum. no ano (2011) 11,16 12,31 0,98 4,74obs.: (C) Somente a agropecuária; (D) Todo o Agronegócio da Agropecuária - Fonte: CEPEA-USP e CNA

Para os consumidores, no entanto, a alta nos preços dos produtos agropecuários pesaram no bolso, superando a inflação geral da economia. Conforme dados do IBGE, o grupo alimentação e bebidas, que representa 26% do IPCA, foi o que exerceu o maior impacto sobre a inflação no ano pas-sado, ainda que tenha crescido menos que em 2010.

Considerando-se de forma ponderada todas as ca-deias e segmentos e dos dois setores, os pesquisadores do Cepea destacam que, de janeiro a agosto, o agronegócio man-teve taxas mensais oscilantes, mas sempre positivas; em se-tembro e outubro, apesar de desacelerar, o setor ainda cres-ceu. Já nos dois últimos meses, houve inversão na tendência

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InteRural Agricultura

expansionista, mesmo com a desvalorização do Real frente ao dólar ajudando a minimizar as perdas no faturamento com as exportações do agronegócio devido aos recuos dos preços internacionais.

Com base nos dados dis-poníveis até então, constata--se relativo equilíbrio entre os desempenhos dos setores agrícola e pecuário. O primei-ro cresceu 5,57% e o segundo, 6,14. Já quando são analisados os segmentos que compõem o agronegócio, nota-se nítida vantagem para os segmentos de insumos e primário ("den-tro da porteira" ou básico). Já a indústria, tanto na agricultura quanto na pecuária, teve baixo desempenho, chegando mes-mo a ser negativo na pecuária - o único segmento a acumular queda no ano. A distribuição teve crescimento intermediá-rio, de 4,74% na agricultura e de 3,52% na pecuária.

Os pesquisadores do Ce-pea chamam a atenção para o fato de que a alta dos insumos pressionou a margem de lucro

dos produtores rurais, em es-pecial no segundo semestre, quando os preços agropecuá-rios perderam ritmo. Na agri-cultura, o aumento na renda do produtor (+12,31%) se sobrepôs ao crescimento dos insumos (+11,16%), o que significou cer-to alívio ao segmento primá-rio. Entre as culturas, o maior destaque foi o desempenho do algodão, que registrou alta de 106,64% em seu faturamento. O café e o milho também acumu-laram crescimento significativo em 2011, ambos em torno de 34%. Na soja, a expansão foi de 17% e, na cana-de-açúcar, de 8,66%. Conforme os pesquisa-dores, essas culturas represen-tam, em média, 65% do valor bruto da produção agrícola.

Já nas atividades primá-rias da pecuária, o crescimento não foi suficiente para superar a alta dos insumos (taxas de 8,85% e 11,82%, respectivamen-te), prejudicando a renda apro-priada pelos produtores. Com preços em forte crescimento, a atividade avícola foi o destaque do ano: crescimento de 30%.

As atividades leiteira e de pro-dução de ovos também finali-zaram 2011 em alta de 9,85% e 16,67%, respectivamente. Já a bovinocultura e a suinocultu-ra, ambas para corte, recuaram ligeiramente no ano: 0,45% e 2,82%, nessa ordem.

No segmento Industrial, 10 das 13 indústrias analisa-das fecharam o ano em baixa, com destaque para o recuo da indústria de calçados (taxa de -11,58%) e do açúcar (-10,76%). Em sentido contrário, destaca-ram-se as indústrias de café, óleos vegetais e outros ali-mentos que, no ano, cresceram 13,44%, 12,06% e 10,49%, res-pectivamente.

Para o início de 2012, o professor Geraldo Barros res-salta que as preocupações se-guem relacionadas ao cenário internacional, especificamen-te quanto ao desempenho da economia europeia e às impor-tações da China. Para ele, no entanto, ainda que haja recuo no crescimento das exporta-ções do agronegócio brasilei-ro, não deverá ser de grandes proporções. Além disso, sob a ótica do mercado interno, ele espera demanda firme, o que poderá compensar possíveis perdas advindas do mercado externo.

Conforme os pesquisadores, essas culturas representam, em média, 65% do valor bruto da produção agrícola.

exPANSão doS ProdUtoS

Algodão 106,64%Café/milho 34%.

Soja 17%Cana de 8,66%

As atividades leiteira e de

produção de ovos também

finalizaram 2011 em alta

respectivamente. 9,85% e 16,67%

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Por gUStAVo rIbeIro

O Clube Amigos da Terra de Uberlândia realizou no dia 15 de março o “Dia de Campo – CAT”. O evento aconteceu na Fazenda Bom Jardim, capita-neada por Daniel Lopes, e na Fazenda Alvorada, de Luciano Mendonça, e reuniu dezenas de produtores para discutir as novidades do mercado de soja e milho em 2012.

A ideia de fazer o Dia de Campo em duas fazendas foi pela possibilidade de abordar duas culturas diferentes em um mesmo evento. Como as fazendas citadas acima fazem

fronteira uma com a outra, foi possível transitar sem dificul-dades entre as duas lavouras e conhecer as principais novi-dades do mercado destinadas para os produtores de soja e de milho.

O Dia de Campo teve início às 8h. Os participantes foram recebidos com café da manhã e o material a respeito do evento. Logo em seguida, os monitores direcionaram os produtores de estande por estande para co-nhecer as novidades de cada um. Os representantes de cada empresa apresentavam seus produtores e os produtores ti-ravam suas dúvidas.

Depois de muita infor-mação e esclarecimentos, às 12h30 foi oferecido um chur-rasco completo para os parti-cipantes, um momento de con-fraternização e entretenimento que contou com música e muita descontração.

Estiveram presentes as principais corporações de bio-tecnologia vegetal, desenvolvi-mento de sementes e indústria química de defensivos, entre elas as empresas ouro: Pionner, Dekalb, Du Pont, Yoorin, HAF, Agroeste, Sementes Agroceres, Dow AgroSciences, Agromen Tecnologia, Arysta LifeScience, Tradecorp. E as empresas prata:

InteRural Agricultura

dia de Campo – CAtClube Amigos da Terra reúne as principais empresas do setor para discutir as novas tendências para a agricultura em 2012

FoToS CLÉCIo DUARTE

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PresidenteAndré de Almeida Santos Machado

Vice-PresidenteFernando Leite Ferraz

diretor técnico Edinaldo Antônio de Oliveira

diretor de PesquisaHumberto Guimarães Cardoso

diretor AdministrativoDaniel Rodrigo Lopes

AtUAl dIretorIA

Sementes Van Ass, Coodetec, Capital, Protec, Futura, Cargil, Safra e Nidera. O Dia de Campo – CAT teve apoio da Associação de Plantio Direto no Cerrado (APDC) e do Sindicato Rural de Uberlândia.

De acordo com André Machado, produtor de soja e presidente do CAT, promover eventos como o Dia de Campo é importante para agregar infor-mações para o produtor. “Nós conseguimos reunir todas as empresas concorrentes em um único lugar, mostrando todas as tecnologias existentes hoje no mercado. Isso dá um parâ-metro muito importante para o produtor, para que ele possa identificar quais os melhores produtos e a melhor estratégia a ser empregada em seu negó-cio”, afirma.

Para Daniel Lopes, que produz milho, soja e algodão na Fazenda Bom Jardim e é Di-retor de Pesquisa do CAT, são vários fatores que fazem do Dia de Campo um evento fun-damental para os produtores. “Aqui nós temos as competi-ções de defensivos, de híbridos e vários experimentos de di-versas regiões. É uma chance de os produtores conhecerem as novas variedades e terem a oportunidade de escolher a que se adapta melhor ao seu plantio e à sua região. Além de possibilitar a confraternização entre os participantes, troca de informações e de experiências, isso tudo é muito importante”, destaca Daniel.

Segundo André, “o evento atingiu todas as metas. Nosso objetivo é no ano que vem fazer um Dia de Campo ainda melhor do que esse. Trazendo inova-ção, oportunidade e conheci-mento para o produtor”, conclui o presidente do CAT.

Clube Amigos da terra

O CAT de Uberlândia é uma associação com mais de 1500 membros formada em março de 2000. O clube sur-giu da necessidade de vários produtores, empresas e insti-tuições de criar um canal de comunicação para discutir ob-jetivos em comum e propor-cionar maior interação entre os produtores rurais. Além de desenvolvimento de campos experimentais para obtenção de resultados regionais, maior troca de informações entre produtores e as empresas do setor, fornecimento de infor-mações mercadológicas e me-teorológicas, difusão de novas tecnologias e fortalecimento da classe.

Nós conseguimos reunir todas as empresas concorrentes em um único lugar, mostrando todas as tecnologias existentes hoje no mercado”

André machado

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InteRural Capa

de CooperativismoNa festa de aniversário da Calu quem ganha presente é o cooperado

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Por gUStAVo rIbeIro

A Cooperativa Agropecu-ária Ltda. de Uberlândia (Calu) foi fundada em 24 de maio de 1962 por um grupo de aproxi-madamente 40 produtores de leite da região que viram no Cooperativismo a saída para enfrentar as dificuldades de comercializar a produção lei-teira.

Desde o início, a Calu in-vestiu no mercado regional e, de lá para cá, a Cooperativa só registra crescimento.

A Cooperativa tem hoje um nome forte no merca-do. Comercializa mais de 50 produtos lácteos, entre leite

pasteurizado e longa vida, io-gurtes, bebidas lácteas, quei-jos, manteiga e requeijão em cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, São Paulo, Goi-ás, Rio de Janeiro, Distrito Fe-deral, além de outros estados do Norte e Nordeste do Brasil.

A Calu foi uma das pri-meiras indústrias responsá-veis por gerar empregos na cidade. Hoje emprega cerca de 350 colaboradores. São aproximadamente 3 mil pro-dutores cooperados, dos quais cerca de 1 mil fornecem leite à Cooperativa. Indiretamente a Cooperativa gera mais de 4 mil empregos na região, em toda sua área de atuação.

A Cooperativa conta com a matriz em Uberlândia e qua-tro filiais: em Monte Alegre de Minas, Tupaciguara, Gurinhatã e Ituiutaba.

Além da industrialização de lácteos, a Calu atua ainda no setor de lojas agropecuá-rias (abertas aos cooperados, colaboradores e comunidade em geral), nas quais comer-cializa produtos agropecuá-rios, lácteos e vestuário, além de oferecer assistência vete-rinária e agrônoma por meio da Área de Desenvolvimento e Assistência Técnica da Coo-perativa (DAT). A Cooperativa conta ainda com a fabricação de rações e suplementos mi-

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InteRural Capa

nerais.O Presidente da Calu,

Cenyldes Moura Vieira, credi-ta todo o sucesso da empre-sa ao trabalho prestado por seus colaboradores e por todo empenho do conselho ad-ministrativo em fazer a cada dia uma cooperativa melhor. “Me sinto agraciado por Deus por fazer parte dos 50 anos da Calu. Em um país com tan-tas turbulências econômicas, uma empresa que perdura por 50 anos é porque realmente possui um histórico de traba-lho sério e compromissado. Toda essa trajetória vitoriosa é devido à participação de cada um que por aqui passou”, con-clui Cenyldes.

A credibilidade da Calu foi conquistada ao longo dos anos e está refletida nos prê-mios acumulados: 12ª vez consecutiva Top

Of Mind em Uberlândia; Prêmio Top Of Quality da

Ordem dos Parlamenta-res do Brasil;

Prêmio Ulysses Guima-rães - oferecido pela Or-dem dos Parlamentares do Brasil;

Prêmio Dr. Oswaldo Cruz de Educação e Respon-sabilidade Social – ofe-recido pelo Instituto Brasileiro de Educação e Responsabilidade Sani-tária (Ibrasi), instituição não governamental vol-tada para as questões e

temas ligados à legisla-ção sanitária e às ciên-cias ambientais, e pela Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino;

Top 100 Aitmap 2008 - Mérito Empresarial In-dústria de Laticínio – ofe-recido pela Associação de Imprensa e Cultura do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Aitmap);

Selo Amigos da Juven-tude – pela segunda vez consecutiva, o prêmio foi oferecido pela Prefeitura de Uberlândia, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento So-cial, por dar oportunidade aos jovens de ter acesso ao mercado de trabalho.

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O InterCalu é uma feira pioneira na região. Em suas primeiras edições, era feita de forma itinerante e funcio-nava como “Dia de Campo”, com concursos leiteiros. Hoje o evento abrange diversos se-tores e movimenta toda cadeia produtiva. Há quatro anos, o InterCalu passou a ser con-centrado dentro do Camaru, ganhou corpo, agregou valor e hoje é uma das maiores do país.

A Calu em 2012 comple-ta 50 anos de dedicação total aos seus cooperados e às ci-dades em que a empresa atua. Ao longo dessa meia década de existência a cooperativa cresceu muito e vai continuar crescendo, pois o projeto de construção da nova fábrica já está pronto.

Para comemorar o cin-quentenário da empresa, os diretores da Calu estão a todo vapor preparando a 12ª edição da InterCalu. Dentro da fei-ra será realizada uma gran-de festa em comemoração ao

12º InterCalu

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especiais da Calu, que são vo-cês, associados.

O InterCalu acontece do dia 06 ao dia 09 de maio, no Camaru, e vai movimentar o agronegócio da região. São es-perados para a feira mais de 3.000 visitantes, que terão a oportunidade de adquirir ani-mais através do shopping de animais e da feira de tourinhos Gir, Girolando e Holandês, que acontece no dia 08. As crian-ças da rede pública também vão marcar presença no even-to. A Calu está preparando uma ação social com apresentações teatrais, que serão oferecidas para os alunos das escolas de Uberlândia.

A feira contará também com exposição de mais de 200 animais e julgamento da raça Girolando.

Uma megaestrutura está sendo montada no Camaru para atender os visitantes da melhor forma. São esperadas 70 empresas, que montarão estandes oferecendo produtos com condições especiais e ne-gociação direta com os produ-tores.

De acordo com o Diretor

InteRural Capa

aniversário da instituição, com homenagens aos parceiros e colaboradores, presença de re-presentantes de cooperativas, autoridades e os convidados

Geral da Calu, Cássio Vinícius Vieira, as expectativas para o evento são as melhores. “Nos-sa perspectiva é crescer 50% na comercialização de gené-tica e 30% em negociação de

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animais, consolidando a co-operativa como referência na região”, ressalta.

Cássio deixa uma suges-tão aos produtores. “Produ-tor, traga anotados os dados do seu negócio. Quanto você gastou com insumos, ração, produtos veterinários, sêmen entre outros no ano passado, para que você possa analisar sua oportunidade de negócio. Atualize seus gastos passados com o rebanho atual e faça de fato negócios saudáveis e pre-cisos, é uma força simples e segura de maximizar seus lu-cros”, conclui o diretor.

oPortUNIdAde em dobro

Além dos preços e condi-ções especiais que os partici-pantes da InterCalu encontra-rão, a diretoria preparou algo especial que vai tornar o even-to ainda mais atraente. Trata--se do sorteio de um carro Fiat Mille Way 0 km. Estará parti-cipando quem comprar acima de R$1.000,00 (acrescentar: na feira instalada no parque de ex-posições) e preencher o cupom. O sorteio será feito no último dia da feira do evento.

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InteRural Pecuária

FoNte: SebrAe

A metodologia de um pro-jeto implantado pelo Sebrae proporcionou o aumento de 20% na produção leiteira do re-banho de um produtor rural em Fartura, São Paulo, em três me-ses. O pecuarista Welder Lu-ciano Corrêa afirma que capta 650 litros de leite por dia com 27 vacas em lactação, ordenhadas duas vezes ao dia. A partir das orientações que recebeu por meio do Projeto Qualyleite, ele passou a fornecer aos animais

uma alimentação de acordo com a produção individual. O rendimento obtido antes da ini-ciativa, segundo o criador, era de 520 litros diários.

Conforme o Sebrae-SP, o incremento também se deve a uma estratégia do National Re-search Council (NRC), que ava-lia os requerimentos nutricio-nais utilizados na formulação de dietas de vacas em lactação. Na aplicação das regras, a dieta é balanceada com ingredientes, como pasto de boa qualidade, milho, polpa cítrica, farelo de

soja e mineralização.Segundo o consultor em

Agronegócios da entidade, Edu-ardo Noronha Viana, outros dois fatores também estão associa-dos à boa nutrição do rebanho.

O primeiro é a melhoria da qualidade do leite e o aumento na quantidade de sólidos pre-sentes, que bonificam o pro-dutor em até R$ 0,11 por litro. O segundo está ligado à melhoria dos índices reprodutivos que indiretamente reduzem o cus-to de produção e aumentam a produtividade – explica.

Alimentação diferenciada faz produtor de São Paulo aumentar em 20% a produção de leiteCom 27 vacas em lactação, pecuarista passou a obter 650 litros por dia três meses após implantar metodologia

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José Nélio de Souza SalesVeterinário, doutor em reprodução animal

A maioria das forragei-ras tropicais não apresenta quantidades necessárias de nutrientes essenciais para o crescimento, desenvolvimento e reprodução de bovinos. Essa deficiência nutricional aumen-ta à medida que as forrageiras completam seu ciclo de cresci-mento. Dessa forma, nas fazen-das de gado de corte é neces-sário realizar a suplementação mineral, que irá suprir os mine-rais deficientes nas forrageiras. Quando a suplementação não é realizada ou é conduzida de forma incorreta, os animais podem apresentar deficiência crônica de minerais, que resulta em subfertilidade do rebanho

(Kunkle, 2001). Os minerais podem exercer

diferentes efeitos sobre a repro-dução de bovinos. A deficiência de cálcio pode reduzir a motili-dade progressiva dos esperma-tozóides. A baixa disponibilidade de fósforo pode reduzir a fertili-dade (ciclos irregulares), aumen-tar a incidência de cistos folicula-res e do grau de anestro. Outros minerais importantes que exer-cem efeito sobre a reprodução são o sódio e o potássio, que, em situações de carência, re-duz a motilidade progressiva e o número de espermatozóides vivos. Além disso, a deficiên-cia destes minerais aumenta as perdas gestacionais. O selênio apresenta papel importante na mobilização das defesas imu-nológicas. A deficiência desse mineral predispõe à ocorrência

de doenças reprodutivas após o parto (retenção de placenta, en-dometrite e metrite). Além disso, a baixa disponibilidade desse mineral reduz a concentração espermática, aumenta o número de espermatozóides mortos ou defeituosos. O cobre e o zinco são importantes para a reprodução.

A deficiência de zinco alte-ra a secreção de hormônios no sistema endócrino e a carência de cobre aumenta a perda ges-tacional, reduz a atividade ova-riana e aumenta a incidência de retenção de placenta. Outros minerais também podem agir na reprodução como enxofre, manganês e cobre. A carência desses minerais reduz a ferti-lidade de fêmeas bovinas. No entanto, alguns cuidados de-vem ser observados para o for-necimento da suplementação

InteRural Pecuária | Artigo

A importância da suplementação mineral na eficiência reprodutiva de vacas de corte

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mineral, segundo proposto por Valee et al. (1998):

a) estado fisiológico do animal: a condição fisiológica do animal (novilha em cresci-mento, vaca nos pós-parto re-cente com bezerro ao pé, vacas secas, primíparas) influencia sua demanda nutricional. A exigência nutricional em or-dem crescente seria: vacas secas em estado de mantença, bois em terminação, novilhas em crescimento, vacas no final de gestação e, por fim, vacas no pós-parto recente em lactação.

b) tipo de pastagem: a composição química e a diges-tibilidade da espécie forrageira é outro fator importante a ser levado em consideração durante a escolha da suplementação mi-neral. Geralmente, as gramíneas adaptadas a solos de baixa ferti-

lidade, como o gênero Brachiaria, apresentam composição mine-ral mais deficiente. Neste caso, a exigência mineral é maior, sendo necessário que o núcleo forneci-do aos animais em pastejo seja mais completo (maior número de minerais) e em maior con-centração. As gramíneas mais exigentes em qualidade de solo, como as do gênero Panicum, apresentam composição mine-ral mais adequada às necessida-des dos animais, podendo a su-plementação ser mais simples.

c) época do ano: no perío-do seco, além da queda de con-sumo e digestibilidade das gra-míneas, as concentrações dos minerais presentes nas gramí-neas diminuem. A ingestão de matéria seca também reduz em função da menor concentração de proteína e energia nas for-

rageiras. Essa condição pode influenciar a eficiência repro-dutiva em vacas na estação de monta após esse período.

Dessa forma, a suplemen-tação mineral em rebanhos bovinos é extremamente ne-cessária para aumentar a efi-ciência reprodutiva de vacas de corte, pois os níveis de fósforo, sódio, zinco e cobre presentes nas forrageiras são insuficien-tes na maioria das regiões do Brasil. O cálcio e magnésio em geral, estão presentes em ní-veis adequados nas forrageiras. O potássio, ferro e manganês apresentam concentração nas forrageiras acima das exigên-cias nutricionais de bovinos.

Fonte: Este texto é parte integrante da apostila do curso online “Manejo reprodutivo de bovinos de corte” do ReHAgro.

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InteRural Pecuária | Artigo

Fernando rati Engenheiro AgrônomoEquipe ReHAgro

A interpretação das aná-lises de solo e o cálculo da adubação para a cultura do milho podem variar de acor-do com o método de análise e com os procedimentos de in-terpretação utilizados. Os ní-veis de nutrientes detectados e os coeficientes utilizados em cada análise dependem gran-demente da região do país, do tipo de solo analisado, e da metologia de análise utili-zada pelo laboratório. Assim, é muito importante sempre consultar um profissional da região e obter informações junto a entidades de pesquisa, universidades locais, coope-rativas, empresas de consul-toria técnica ou o engenheiro agrônomo de sua confiança.

Passos para a correta in-

terpretação e decisões com base na análise de solo:

1. Verificando a CtC a ph 7,0Quando é verificada a CTC

(capacidade de troca catiônica), indiretamente, está se medin-do a atividade e a quantidade de argila presente no solo, e principalmente, a quantidade e qualidade da matéria orgânica-deste solo. É recomendado que você saiba quais são os valores médios da CTC a pH 7,0 da sua região, para que possa ter um padrão de comparação.

2. Verificar a saturação de ba-ses (V%) deste solo

Existem controvérsias a respeito do valor considerado ideal para a saturação de bases na cultura do milho. Na práti-ca, percebe-se que o valor que apresenta menor possibilidade de erros, é V% = 60. Para o cál-culo da quantidade percentual de Cálcio e Magnésio, que deve

Interpretação de análise química do solo para a cultura do milho

ser utilizada na correção do solo, é importante considerar as pesquisas regionais, a CTC a pH 7,0, a quantidade de argi-la e, principalmente, a matéria orgânica do solo. Nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Ca-tarina e parte do Paraná, por exemplo, onde a CTC é elevada, os solos são menos intemperi-zados, ou seja bastante ativos. Nestes solos, grande parte do alumínio existente pode pas-sar para a fase disponível fa-cilmente. Desta forma, nestes solos, favorecidos pela peque-na redução de pH/aumento de H+ no solo, é possível trabalhar com saturações de bases mais elevadas. Já no caso de solos do Cerrado, saturações de base mais elevadas (acima de 50%) podem contribuir para a indis-ponibilização de micronutrien-tes como o Mn, Zn, Fe e o Cu.

3. Valores de AlumínioÉ importante que, antes de

se fazer o cálculo da calagem, se verifique os valores abso-lutos e relativos (%) de Alumí-nio presentes no solo. No Rio Grande do Sul e Santa Catarina existe grande quantidade de Alumínio no solo. Desta forma, mesmo com saturações de ba-ses acima de 60%, o excesso de Alumínio ainda pode prejudicar o crescimento das raízes do milho. Em solos mais intem-perizados, como é o caso do Cerrado, quando a saturação de Alumínio está próxima a 40%, geralmente este mineral já se encontra indisponível, não cau-sando problemas para a cultu-ra. Nos solos com histórico de

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41 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

plantio direto, com alto teor de matéria orgânica, é comum en-contrar altos teores de Alumí-nio trocável, porém, sem causar danos às raízes, uma vez que o mineral se encontra complexa-do pela matéria orgânica.

4. CalagemNos locais em que se uti-

liza o método de saturação de bases para o cálculo da quanti-dade de calcário, se o V% (satu-ração de bases) for inadequado para a região, recomenda-se a calagem. A quantidade de cal-cário a ser aplicada é calculada utilizando-se a seguinte fór-mula:NC = (V2-V1) x T----------------PRNTOnde:NC = necessidade de calcário

toneladas/ha;V2 = saturação de bases para a regiãoT =CTC a pH 7,0;PRNT = Poder Relativo de Neu-tralização. Total do Calcário, dado em percentual.NC = (V2 - V1) x T

Para a definição de qual o tipo de calcário que se deve utilizar, observe a relação Cál-cio/magnésio: Ca/Mg > 3, dê preferência

para calcário dolomítico; Ca/Mg < 3, dê preferência

para calcário calcítico; Ca/Mg = 3 em áreas acima

de 3 anos de cultivo, com níveis médios de cálcio e magnésio, usar calcário em que a relação Ca/Mg seja próxima a 3/1;

Relação Ca/Mg de áreas

novas e/ou com valores muito baixos, usar, prefe-rencialmente, calcário do-lomítico. As relações entre os nutrientes passam a ser cada vez mais importantes quanto mais estes estive-rem no limite. No caso da utilização do método SMP existe uma tabela específi-ca para o cálculo da quanti-dade de calcário a ser apli-cada.

5. Interpretação do valor do ph do solo

O pH do solo serve como um indicativo da situação do solo. A faixa de pH ideal pode ser considerada entre 4,5 a 7,5, sendo que valores abaixo ou acima desta faixa, podem cau-sar danos à cultura. Solos com pH abaixo de 4,5, provavelmen-

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te, possuem baixos teores de Cálcio e Magnésio, altos teores de Alumínio, e grande capa-cidade de fixação de Fósforo. Solos com pH acima de 7,5 pos-suem altas restrições quanto à disponibilidade de micronu-trientes. Há ainda o pensamen-to errôneo de que devem-se procurar híbridos que se adap-tem a pH baixos, quando o cor-reto é resolver este problema por meio da correção do solo através da seleção do corretivo.

6. NitrogênioConsiderando-se os te-

ores de matéria orgânica e os teores de Nitrogênio do solo, a regra básica é que a quantida-de necessária de nitrogênio a ser aplicada para a produção de um saco (60 kg) de milho, varia entre 0,75 kg até 1,2 kg. Nos casos de plantio de milho após feijão, soja precoce bem adubada ou coberturas de solo que forneçam Nitrogênio para o sistema, como por exemplo o nabo forrageiro, e em condi-ções favoráveis de precipitação e temperatura, a quantidade de Nitrogênio aplicada poderá ser mais baixa. Nos plantios de milho após gramíneas, como aveia e trigo, este nutriente estará em baixa disponibilida-de no solo, sendo necessária a aplicação de doses mais altas. Isso, principalmente, porque durante as fases iniciais de de-senvolvimento da cultura do milho, os microorganismos se utilizarão do Nitrogênio conti-do no solo como fonte de ener-gia para decompor essa aveia ou trigo concorrendo, assim, com a cultura do milho. Pode--se considerar como um va-lor médio a aplicação de 1 kg de N por saco de 60 kg que se deseja produzir. Na prática, o que ocorre é que a necessida-de de Nitrogênio aumenta com o acréscimo da produtivida-

de. Assim, a cultura necessita cerca de 0,7 kg a 0,8 kg N por saco de grãos produzidos para produtividades até 6.000 kg por hectare. Ao redor de 0,8 a 1,0 kg N por saco de grãos para produ-tividades entre 6.000 e 7.500 kg por hectare, e assim por dian-te. Entretanto, estas taxas de absorção por nível de produti-vidade não fixas podem variar conforme o híbrido, manejo, condições ambientais, etc. Mas, servem como parâmetro bási-co. Já no caso da safrinha, de-vido às peculiaridades de clima e aos residuais deixados quan-do o milho safrinha é plantado após a cultura da soja, a quan-tidade de Nitrogênio necessária é geralmente menor, cerca de 0,3 kg de N por saco de milho que se deseja produzir. Porém, num patamar de produtividade menor quando comparado com a safra verão.

7. FósforoAo interpretar a análi-

se de solo para o cálculo de quantidade de Fósforo, devem ser observados alguns fato-res: a) Qual o extrator utilizado: Mehlich ou Resina? Os valores de interpretação da análise são diferentes para os diferentes extratores. Caso isso não seja observado, pode-se classificar o teor de Fósforo errôneamen-te; b) Quantidade de argila; c) O histórico da área quanto à aplicação de fosfatos naturais. Caso o produtor tenha aplicado fosfatos naturais recentemen-te, os teores de Fósforo podem ser superestimados quando o extrator utilizado for o Mehlich. Isto também ocorre quando a saturação de bases é elevada. Depois de observados esses fatores, podem-se utilizar ta-belas estaduais para o cálculo da recomendação de Fósforo de acordo com a produtividade desejada.

8. PotássioO Potássio não é retido

pela matéria orgânica, não é fixado no solo como o Fósforo (com exceção de alguns so-los do Rio Grande do Sul que possuem argila 2:1), não lixivia como o Nitrogênio e está dis-ponível no solo na maioria dos casos. Assim, pode ser tratado como prontamente disponível. Na CTC a pH 7,0, o ideal é que a quantidade de Potássio apre-sente 5% de saturação. Alguns técnicos consideram que se a CTC a pH 7,0 for maior que 8,0 cmolc/dm , a quantidade ideal de Potássio deve ser de 3% a 4%. Caso a CTC a pH 7,0 for me-nor que 8,0 cmolc/dm , a quan-tidade ideal é de 5%.

9. enxofre e micronutrientesA dinâmica do Enxofre

no solo é bastante similar à do Nitrogênio e os níveis críticos, geralmente, estão nas cama-das inferiores entre 20 a 40 cm. Apesar de o milho não ter alta necessidade de Enxofre, é importante observar os te-ores deste nutriente, uma vez que teores muito baixos po-dem apresentar restrições a produtividades mais altas. Já os micronutrientes requerem uma amostragem bastante re-presentativa no solo. Alguns técnicos recomendam que a melhor forma de visualizar re-almente a quantidade de Mi-cronutrientes em uma área é por meio da análise foliar. No caso dos micronutrientes, o ex-trator utilizado também é mui-to importante no resultado final da análise. Sugere-se, nestes casos, informar-se como de-vem ser retiradas as amostras e, também, sobre a qualificação do laboratório. Hoje, no Brasil, existem laboratórios de análise de solo credenciados por meio de um selo de qualidade. Infor-me-se antes.

InteRural Pecuária | Artigo

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InteRural Pecuária | Artigo

Projeções que há algu-mas décadas eram conside-radas utópicas, hoje são rea-lidades. Nos EUA discute-se, atualmente, o manejo geral de rebanhos de 40.000 libras (18.200 kg ou 17.600 litros) por lactação.

A atual recordista mun-dial da raça Holandesa, Ever--Green-View My 1326-ET, produziu em 2010, 31.793 litros, ou seja, a média foi de 87 litros/dia (em 365 dias), com uso de somatotropina.

São números fantásticos, ainda mais quando compa-rados com a lactação da vaca original, o Bos primigenius, espécie extinta em 1627, cuja lactação, talvez, tenha alcan-çado uns 500 a 600 litros, su-ficientes para as necessidades da cria.

O que era primordialmen-te um animal selvagem – os

Vaca de alta produção leiteira:

onde estarão os limites?agravado com o fornecimento de dieta que resulte em acido-se de rúmen e posterior lami-nite.

Medidas preventivas fundamentais são a seleção para aprumos e o controle das doenças podais, através do correto uso de pedilúvio e o casqueamento semestral do rebanho.

Outro problema que sur-giu com a vaca de alta pro-dução é o deslocamento do abomaso, coisa muito rara de acontecer há, apenas, pouco mais de uma década atrás.

Enfim, surgiram mais problemas da reprodução, dis-túrbios digestivos e metabóli-cos, agravamento de mastites, etc., a ponto de se questionar a continuidade no melhora-mento do mérito genético para aumento da produção de leite. Esse questionamento poderia até ter fundamento, porém, apenas, quando não são ofere-cidas as condições essenciais para a expressão desse mérito genético: condições que propi-ciem o permanente bem-estar do animal.

Lamentavelmente, nas nossas condições de produ-ção, o pleno entendimento do conceito de bem-estar da vaca leiteira ainda é algo mui-to restrito, não amplamente difundido no meio produtivo. Por outro lado, vem surgindo, de modo crescente, a preo-cupação do consumidor em relação a esse aspecto. Princi-palmente na Europa ocorrem manifestações e movimentos de consumidores em prol de uma exploração leiteira etoló-

romanos usavam os touros do Bos primigenius nos comba-tes dos espetáculos circen-ses – tornou-se a “ama da humanidade”. A vaca original, ancestral de todas as raças européias atuais (Bos taurus), apresentava um úbere peque-no, escondido e protegido na região inguinal, que, no pico, talvez produzisse uns 5 litros de leite/dia.

Ao compararmos a ilus-tração da fêmea do Bos primi-genius com a foto, abaixo, da atual recordista mundial (con-formação classificada “exce-lente”, posando com as patas dianteiras sobre o tradicional montículo, e que, pelo fenóti-po, bem poderia ser um animal de alguma feira ou exposição nacional), observamos uma grande transposição de massa corporal para o trem posterior, decorrente do melhoramento genético para aumento da pro-dução de leite, desenvolvido ao longo dos séculos e intensifi-cado nas últimas décadas.

A garupa ampla e larga da moderna vaca leiteira tornou--se necessária para possibili-tar a sustentação de um úbere de grande tamanho e com um peso que pode exceder os 50 kg, antecedendo a ordenha. Como consequência, e adi-cionando-se a massa devida ao incremento da capacidade gástrica, aumentou considera-velmente a carga sobre o trem posterior. Em decorrência, a vaca de alta produção pode ter a sua locomoção dificulta-da sobre pisos que não sejam totalmente adequados, predis-pondo-a à claudicação, o que é

roberto Frenzel mühlbach

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45 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

gicamente correta, e isso, pro-vavelmente, não demorará a chegar até nós.

A viabilidade econômica do sistema intensificado e o bem-estar da moderna vaca de alta produção necessitam estar muito bem amparados pelas mais eficazes práticas de manejo, o que deverá ser uma busca contínua por parte do produtor de leite profissionali-zado, interessado na explora-ção desse tipo de animal.

Assim, as dietas reque-rem um balanceamento de acordo com programas de for-mulação de rações, de modo a atender às exigências nutri-cionais de tais lactações, de-vendo os alimentos serem for-necidos na forma de dieta total misturada, otimizando o con-sumo e diminuindo as perdas.

Os animais devem per-manecer alojados em insta-lações com controles da tem-peratura, da umidade e da circulação do ar, com acesso permanente à água da melhor qualidade possível. O piso deve ser construído com o devi-do planejamento para a diária limpeza e escoamento dos de-jetos, garantindo higiene, con-forto e segurança na locomo-ção e na manifestação do cio.

No caso de um “free--stall”, por exemplo, tudo deve ser planejado de acordo: pé direito, área de circulação, nú-mero e dimensionamento das baias, posicionamento da bar-

ra de treinamento, sistema de contenção, estrutura da cama, etc., de modo a estimular que a vaca fique deitada, com total segurança, quando lhe aprou-ver e pelo tempo que desejar (até 12 horas diárias).

Segundo várias pesqui-sas, a vaca que expressa gran-de produção não se encontra estressada nem adoentada devido a essa sua capacidade, pelo contrário, ela alcança a alta produção, exatamente por estar saudável, com um míni-mo de estrésse.

Esses estudos vem de-monstrando que tanto a sele-ção genética, quanto o mane-jo, nutrição e o ambiente são fatores que afetam a saúde e o bem-estar da vaca de alta pro-dução, de modo que as doen-ças não seriam consequência, unicamente, de um alto nível de produção, porém tal nível poderia ser um dos fatores de risco no desenvolvimento das mesmas.

Portanto, há um aspecto multi-fatorial decorrente da interação entre predisposi-ção genética, manejo e fatores ambientais para determinar o desenvolvimento, ou não, da maioria das doenças que po-derão afetar a moderna vaca de alta produção.

Assim, é grande o desa-fio para um produtor de leite manejar um rebanho de alta produção, explorando todo o seu potencial e mantendo um desempenho reprodutivo satisfatório. Isso exige muita competência e conhecimento, além de assessoramento per-manente por parte de um téc-nico especializado em nutrição de ruminantes e de um médi-co-veterinário clínico, cujas remunerações deverão ser de-corrência da rentabilidade que tais assistências garantam ao empreendimento.

Os argumentos a favor da alta produtividade também incluem os benefícios advin-dos da otimização no uso dos recursos escassos não reno-váveis (terra, água, combus-tíveis fósseis e fertilizantes) e da diminuição, por unidade de produto, da emissão dos gases causadores do efeito estufa (os ruminantes eructam anual-mente 80 milhões de tonela-das do gás metano, produzidas principalmente pelos animais alimentados com volumosos de baixa qualidade).

Assim, a filosofia que rege a pesquisa para o avan-ço da produtividade dos reba-nhos, em países como os EUA, respalda-se na redução do impacto ambiental que é obti-do pelo aumento da produção, com menos animais.

Concluindo, e consta-tando as grandes mudanças nas últimas décadas, lembro--me que quando realizava o meu doutorado, em meados dos anos 70, perguntei ao meu orientador, Prof. Werner Kau-fmann, qual seria, na sua opi-nião, o nível máximo de produ-ção que um rebanho comercial poderia alcançar no futuro, ao que ele, enfaticamente, res-pondeu: “cerca de 13.000 litros por lactação, porque, acima disso, a produção será fisioló-gicamente insustentável”.

Pois bem, atualmente, re-banhos com produção média de 45 litros/dia não são mais coisa de outro mundo...

Autor: Roberto Frenzel Mühlbach, Engº Agrº, Mes-tre em Zootecnia pela UFRGS, Dr. sc. agr. pela Universida-de Christian Albrecht de Kiel, Alemanha, Professor Associa-do, aposentado, Departamento de Zootecnia da Faculdade de Agronomia, UFRGS. Colabora-dor do MilkPoint

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CBT Fazenda Floresta | 2011/2012

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mais.Os níveis de bactérias têm efeito sobre a qualidade do leite.

O processo de coleta, corretamente higienizado, contribui

enormemente para melhoria do sabor, vida útil e segurança

alimentar do produto final disponibilizado para consumo.

Com melhores práticas de higienização da ordenha, armazenamento

e transporte, seu leite vale mais. Com a linha DTA LAT da Politriz você

pode atingir melhores níveis na performance de qualidade do seu leite.

Seu uso correto e combinado alterna acidez e alcalinidade, reduzindo

consideravelmente os níveis de bactérias totais (CBT).

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48 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

InteRural Pecuária

NIColA wAlker, lAllemANd ANImAl NUtrItIoN. *reSUmo

Atualmente, devido aos crescentes custos da alimen-tação, um dos objetivos-cha-ve dos produtores é otimizar o valor da dieta. A microflora ruminal é responsável pela degradação da fibra e pela eficiência dos processos que interferem em vários fatores e determinam toda a eficiên-cia alimentar e rentabilidade para os produtores.

Leveduras vivas tem sido empiricamente utiliza-das para melhorar a produ-tividade, saúde e bem-estar, através da otimização dos processos fermentativos do rúmen. Atualmente, com a aquisição de maior conhe-cimento sobre os efeitos da levedura viva no rúmen e sa-bendo que cada cepa é única e exerce diferentes ativida-des, cepas específicas têm sido selecionadas. A cepa Saccharomyces cerevisiae I-1077 foi selecionada por sua habilidade de melhorar as condições, fermentação e funções ruminais. Os maiores benefícios desse suplemento natural são a estabilização do pH ruminal, reduzindo o risco de uma acidose rumi-nal subaguda e o aumento dos sólidos do leite e produ-ção leiteira, através da me-lhora da eficiência alimentar. Este efeito está relacionado à digestão de fibras – espe-cialmente pela melhora na utilização das frações menos degradáveis da fibra.

Ação da levedura Viva no rúmen:digestibilidade da Fibra e Valor dietético*

Fig. 1: Fungos colonizam a parede da fibra, abrindo sua estrutura.

A Importância da Fermentação ruminal

O rúmen é uma grande câmara fermentativa, conten-do 50 bilhões de protozoários e 500.000 bilhões de bacté-rias. Um dos tipos mais im-portantes são as bactérias de-gradadoras de fibras, as quais possibilitam aos ruminantes o aproveitamento das forra-gens. Há também uma signi-ficante população de fungos, os quais desempenham papel fundamental na digestão de fibras (atividade das grandes celulases e hemicelulases), ajudando a abrir as partículas de fibra e facilitando o acesso das bactérias (Figura 1). Dessa forma, juntos, bactérias celu-lolíticas e fungos estão aptos a degradar a fibra da planta, tanto enzimática como meca-nicamente.

Esses microrganismos são essenciais para a produ-ção de ácidos graxos voláteis (AGVs), o combustível para os bovinos. A dieta animal terá um efeito direto na população mi-

crobiana ruminal e no processo fermentativo, afetando o perfil dos AGVs e pH ruminal, com efeitos na saúde (acidose) e de-sempenho das vacas: uma die-ta rica em forragem favorecerá os microrganismos degrada-dores de fibra e um pH ruminal mais elevado, enquanto dietas concentradas promoverão as bactérias ácido-lácticas, dimi-nuindo o pH.Fibras constituem a parede celular da planta e são compostas por pectina, hemi-celulose, celulose e lignina. O principal fator da digestibili-dade do alimento (forragem ou ração completa) é seu teor de lignina, um componente indi-gerível que impede os micror-ganismos ruminais de acessar as frações de hemicelulose e celulose da fibra. Hemicelulose, celulose e lignina compõem a fração FDN (fibra em detergen-te neutro) do alimento.

Cada fração possui diges-tibilidade variável, e através da melhora da digestibilidade, podemos aumentar o potencial leiteiro do alimento.

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Como a levedura específica do rúmen fortalece a digestão da fibra

Tem sido demonstrado que a levedura específica do rúmen SC I-1077 atua em dife-rentes níveis no processo de di-gestão das fibras e como resul-tado melhora a degradação da fibra por vários macanismos:

SC I-1077 incrementa o nú-mero de microrganismos fibrolíticos no rúmen.

SC I-1077 estimula a ati-vidade enzimática (hemi-celulase, celulase) dessas bactérias fibrolíticas e dos fungos.

SC I-1077 utiliza o oxigênio residual do rúmen e esta-biliza o pH, criando condi-ções ideais para a micro-flora fibrolítica.

SC I-1077 ainda provê al-guns dos nutrientes e co-fatores (Vitamina B, ami-noácidos...), os quais são essenciais para o desenvol-vimento dessa microflora.

Isto incrementará tanto mecânica quanto enzimatica-mente a atividade digestiva dos fungos através dos tecidos lig-nificados da planta, “expondo” as frações digeríveis da planta (hemicelulose e celulose), que serão digeridas pelos micror-ganismos celulolíticos, os quais são ainda estimulados pelos efeitos da levedura viva (Fig. 2).

Diversos estudos in vivo, realizados com diferentes die-tas, confirmam os efeitos sig-nificantes da SC I-1077 na di-gestibilidade da fibra, com uma média no aumento da degrada-bilidade da FDN em torno de 11 %, na ração total. Além disso, a adição da levedura viva melho-rou o valor dietético, por dispo-nibilizar o potencial oculto da fibra.

Abrindo o potencial da fibra

Fig. 2: A levedura viva

melhora a degradação da

fibra estimu-lando vários

mecanismos de ação de bac-térias e fungos

ruminais.

excelentes resultados em variadas silagens

Recente estudo desen-volvido na Universidade de Portugal (Guedes et al., 2007) demonstrou uma relação entre a qualidade inicial da forragem (digestibilidade da fibra) e o au-mento da degradabilidade pro-movida pela atividade da cepa SC I-1077 no rúmen. Aqui es-tão apresentadas as principais conclusões do experimento:

1. O uso de SC I-1077 na dieta fortaleceu sistematica-mente a degradabilidade da fração FDN da fibra (hemiceli-lose, celulose e lignina).

2. Esse aumento da de-gradação da fibra é tão mais significativo quanto menor for a degradabilidade inicial da fibra, variando de 4.3 % de aumento na digestibilidade para forra-gens de alta qualidade até 24 % para forragens constituídas por fibra de baixa qualidade, com maiores teores de lignina.

3. As concentrações de AGV no rúmen aumentaram em torno de + 17.5% mmol/l em 4 horas, demonstrando o au-mento na utilização da ração.

4. Foram observadas estabilização do pH e decrésci-mo na concentração de lactato, mesmo em condições não aci-dóticas.

Fig. 4: efeito da levedura viva

SC I-1077 na de-gradação da FdN

em 40 silagens de milho dife-

rentes (guedes et al., 2007)

CoNClUSÕeS

As pesquisas concluíram que a levedura específica do rú-men SC I-1077 “pode incremen-tar a energia metabolizável disponível de forragens de má qualidade, bem como o poten-cial glucogênico da dieta, sendo que ambos vão aumentar a efi-ciência produtiva do gado”. Es-sas melhoras na digestibilidade podem aumentar o teor de pro-teína microbial para suportar o aumento de produção leiteira e percentual de gordura do leite.

A levedura específica do rúmen representa uma solu-ção natural e promissora para otimizar as rações e as forra-gens, resultando em uma maior energia disponível do alimento para maior produção leiteira ou de carne.

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InteRural Mercado

mapa e bndes anunciam r$ 500 milhões para médio produtor ruralTaxa de juros é de 6,25% ao ano, menor do que as praticadas no crédito rural convencional, com prazo de amortização de até oito anos

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Men-des Ribeiro Filho, e o presidente do Banco Nacional de Desenvol-vimento Econômico e Social (Bn-des), Luciano Coutinho, anuncia-ram o aporte de R$ 500 milhões ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pro-namp) para financiar o médio agricultor rural que utilizar o re-curso para investimento. A for-malização da parceria foi nesta segunda-feira, 12 de março, na sede do banco, no Rio de Janeiro.

Com a medida, o governo beneficia os produtores rurais com renda bruta anual de até R$ 700 mil que hoje tem dificul-dade de acesso ao crédito rural, com taxa de juros de 6,25% ao ano, menor do que as praticadas no crédito rural convencional, e prazo de amortização de até oito anos, incluídos três anos de carência. O financiamento será limitado a R$ 300 mil por benefi-ciário, por ano agrícola. O recur-so é para o ano-safra 2011-2012.

O ministro da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, e o pre-sidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), Luciano Couti-nho, participaram do encontro na sede do Banco (Foto: Gerên-cia de Imprensa/BNDES)

O ministro Mendes Ribeiro destacou que a adesão do Bn-des ao Pronamp permitirá maior capilaridade ao programa, que

é operacionalizado por meio de agentes financeiros. “O médio de hoje é o grande de amanhã. O Bndes repassando esses recur-sos para os demais bancos vai permitir a capilaridade ao pro-grama”, salientou o ministro.

O programa será opera-cionalizado pelo Bndes sob a “modalidade indireta”, que con-siste naquelas operações onde os agentes financeiros cre-denciados junto ao banco são os responsáveis pela análise e concessão do crédito. A medida cumpre um importante papel como programa intermediário entre os beneficiários do Pro-naf, cujo limite de renda para enquadramento é de até R$ 110 mil/ano e àqueles atendidos pe-las condições gerais do Crédito Rural. “O Bndes está totalmente engajado em contribuir para o desenvolvimento da agropecu-ária brasileira e considera es-tratégica essa parceria com o Mapa”, afirmou Coutinho.

A estimativa é de que o público potencial de enquadra-mento no Pronamp seja entre 250 mil e 300 mil agriculto-res, incluindo aqueles que, pela evolução da renda, deixaram ou deixarão naturalmente de ser beneficiários do Pronaf. No ano passado, o governo deu um grande passo em direção a essa categoria de produtores ao as-segurar que até 10% dos recur-sos obrigatórios do crédito rural sejam direcionados ao Pronamp.

o Pronamp beneficiáriosProprietários rurais, pos-seiros, arrendatários ou parceiros que tenham, no mínimo, 80% de sua renda bruta anual originária da atividade agropecuária ou extrativa vegetal e possu-am renda bruta anual de até R$ 700 mil

modalidadeInvestimentos

limite de crédito

r$ 300 mil por beneficiário, por ano agrícola

encargos financeirosTaxa efetiva de juros de 6,25 % a.a.

Prazos de reembolsoAté 08 (oito) anos, inclu-ídos até 03 (três) anos de carência

luciano Coutinho é presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes)

O Bndes está totalmente engajado em contribuir para o desenvolvimento da agropecuária brasileira e considera estratégica essa parceria com o Mapa

luciano Coutinho

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52 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

InteRural Mercado

FoNte: mAPA

O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária, que é a soma das riquezas geradas pelo setor, cresceu 3,9% em 2011 sobre o mesmo período do ano anterior. Em valores correntes, chegou a R$ 192,7 bilhões. O percentual ficou acima do PIB da economia que, em igual período, cresceu 2,7%, segundo dados do IBGE divulgados nesta terça-feira, 6 de março. Os dados mostram ainda que no período, a indús-tria cresceu 1,6% e os serviços 2,7%.

Na avaliação do coor-denador de Planejamento Estratégico do Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento (Mapa), José Garcia Gasques, o bom desempenho do PIB da Agropecuária reflete os resultados positivo de pro-dutos como o algodão, café, cana-de-açúcar, milho e soja. Também deve ser considera-da a evolução dos preços agrí-colas que foram favoráveis no ano passado.

O quarto trimestre de 2011 foi o melhor do ano, com crescimento do PIB Agropecu-ário de 8,4%, ante 1,4% do PIB brasileiro. A variação da in-dústria foi negativa (0,4%) e do segmento de serviços o cresci-mento foi pequeno (1,4%). Para Gasques, o aumento da pro-dutividade na agricultura e os

Agropecuária registra o melhor índice de crescimento do PIbDesempenho reflete os resultados positivo de produtos como o algodão, café, cana-de-açúcar, milho e soja

VArIAção do PIb dA AgroPeCUárIA

2009 2010 2011

-3,1%

6,3%

3,9%

bons desempenhos de produ-ções específicas, como laranja, mandioca, fumo e feijão foram preponderantes para esse de-sempenho no trimestre.

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54 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

InteRural Mercado

efeito USdA no mercado da sojaPor rAFAel rIbeIro de lImA FIlhoZootecnista e analista de mercado da Scot Consultoria

O Departamento de Agri-cultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou no dia 9 de março o relatório de oferta e demanda mundial de grãos.

Os números, mais uma vez apertados para a soja, me-xeram com os preços no mer-cado mundial.

Segundo o USDA, a pro-dução mundial de soja deve ser de 245,1 milhões de toneladas. Isto significa 7,2% menos que o colhido na temporada anterior.

Lembrando que os países do hemisfério Norte já colhe-ram a safra 2011/2012 e, no he-misfério Sul, a colheita está em andamento.

Os estoques finais mun-diais em 2011/2012 estão es-timados em 57,3 milhões de toneladas. O menor desde 2008/2009.

A relação estoques finais versus consumo está estimada em 22,0%, ou cinco pontos per-centuais abaixo do verificado na safra passada. Veja a figura 1.

Esta relação pode ser ex-pressa de outra maneira, ou seja, em número de dias que os estoques atenderiam.

Neste caso, considerando os estoques finais e o consumo estimados para 2011/2012, te-ríamos disponibilidade de soja para o abastecimento de apro-ximadamente 81 dias, frente a 98 dias em 2010/2011 (figura 2)

Preço dA SoJA No merCAdo INterNo

A quebra de produção no

tAbelA 1

Produção de soja no mundo e principais produtores em milhões de toneladas.

Soja Mundo EUA Brasil Argentina China

2010/2011 264,2 90,6 72,0 49,0 13,5

2011/2012 245,1 83,2 68,5 46,5 13,5

Variação -7,20% -8,20% -4,90% -5,10% 0%

Fonte: USDA / Scot Consultoria - www.scotoconsultoria.com.br

FIgUrA 1.Estoques finais de soja (mundiais), em milhõesde toneladas, e relação estoques finais versus consumo, em %.Fonte: USDA / Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

FIgUrA 2.Estoques finais de soja no mundo, em dias de abastecimento.Fonte: USDA / Scot Consultoria - www.scotoconsultoria.com.br

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Brasil e na Argentina somada à boa demanda mundial cola-boraram para a valorização da soja.

No mercado mundial, a soja esteve cotada acima de US$13,0 por bushel nas pri-meiras semanas de março. Um bushel de soja corresponde a aproximadamente 27,2 quilos.

No mercado brasileiro, nem mesmo a colheita em an-damento foi capaz de derrubar os preços do grão. Até então, mais da metade da soja foi co-lhida no país e os preços subi-ram semana a semana desde janeiro.

Em Paranaguá, no Paraná, a saca de 60 quilos está 13,5% mais cara na comparação com o início de 2012. Em relação ao mesmo período do ano passa-do, o agricultor está recebendo 11,2% a mais por saca de soja (figura 3).

FINAl

Além dos números do USDA, tivemos o sexto levan-tamento de safra brasileira de

FIgUrA 3.Preço médio da soja em Paranaguá-PR, em R$/saca de 60kg.Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

grãos, da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), re-visando para baixo os números de produção de soja no Brasil.

A expectativa é de que sejam colhidas 68,7 milhões de toneladas em 2011/2012. Serão 6,5 milhões de toneladas a me-nos que o colhido em 2010/2011.

O cenário apertado para a soja deve garantir preços em patamares elevados para o grão este ano.

Bom para o agricultor, que além do aumento dos custos de

produção, está colhendo menos por área nesta temporada em função do clima seco em boa parte das regiões produtoras.

Para o pecuarista e/ou granjeiros, a valorização da soja representa aumento dos preços do farelo de soja e, consequen-temente, dos demais concen-trados proteicos.

De olho na soja! Na tem-porada 2012/2013, em início de plantio nos Estados Unidos, a cultura deve perder área para o milho outra vez.

InteRural Mercado

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58 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

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InteRural Mercado

Com a aproximação do prazo para a entrega da De-claração de Ajuste Anual da Pessoa Física (“DIRPF”), os produtores rurais enfrentam algumas questões relativas às informações que devem ser prestadas ao fisco, em vista do

Imposto de Renda (“IR”) inci-dente sobre o resultado de suas atividades .

No âmbito da atividade rural, o imposto incidirá apenas sobre o resultado positivo da atividade exercida pela pessoa física, apurado sob o regime de

caixa, que deve ser escritura-do em Livro Caixa ou em livros contábeis, a critério do produ-tor.

Cada produtor deve apu-rar individualmente seus resul-tados de atividade rural, ainda que a exploração da terra seja

declaração do Imposto de renda Pessoa Física 2012 e o Produtor rural

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em conjunto com outros pro-dutores em razão de co-pro-priedade ou contrato. Assim, cada produtor de uma mesma unidade rural deve manter contabilidade/livro caixa indi-vidual em relação à sua parcela de despesas, de receitas, de in-vestimentos e demais valores integrantes da atividade rural mantida em conjunto.

O mesmo se aplica às par-cerias rurais. Como já discuti-do em outro artigo publicado nesta revista, nos contratos de parcerias rurais os parceiros dividem os riscos do negócio, na proporção estipulada no contrato, não sendo estabeleci-da remuneração fixa a título de aluguel. Deste modo, os resul-tados de cada parceiro devem ser apurados na proporção dos riscos assumidos no respectivo contrato de parceria . Em ha-vendo mais de um contrato de parceria para um mesmo imó-vel, deve-se apurar, separada-mente, cada um dos resultados aplicável a cada um dos contra-tos celebrados no decorrer do ano calendário.

A venda de imóvel rural também é englobada no resul-tado da atividade do produtor. Se a venda incluir as benfeito-rias, além da terra nua, e se os custos destas benfeitorias já tiverem sido deduzidos como custos/despesas da atividade rural, o valor de sua alienação deverá ser oferecido à tributa-ção como resultado da ativida-de rural. Por outro lado, se os custos destas benfeitorias não tiverem sido utilizados ante-riormente para a dedução do resultado da atividade, o seu valor integrará o custo de aqui-sição para fins de apuração de ganho de capital e o resultado da venda será tributado sepa-radamente do resultado da ati-vidade rural.

Produtos recebidos em

pagamento de arrendamento devem ser considerados ren-dimentos para todos os efeitos. O valor a ser atribuído deve corresponder ao preço de mer-cado aplicável para os produ-tos ou o respectivo preço ofi-cial (o que for maior), relativo ao mês de recebimento. Como rendimento, os pagamentos se sujeitam ao carnê leão, se a fonte pagadora for pessoa físi-ca, ou se sujeitam ao IR retido na fonte, se decorrentes de pa-gamentos realizados por pes-soa jurídica.

Os empréstimos efetua-dos pela pessoa física especifi-camente para a atividade rural, desde que comprovadamen-te sejam utilizados com esta destinação, não são justificam acréscimo patrimonial, e não integram o valor a ser compu-tado para a incidência do im-posto.

Os adiantamentos de va-lores ao produtor rural, para entrega futura, não devem ser incluídos no resultado tributá-vel do mês de seu recebimento, se os produtos ainda não fo-ram entregues ao comprador. Deste modo, os valores devem ser apenas declarados em re-sultado de atividade rural não tributável. Assim que realizada a entrega dos produtos, a im-portância relativa à antecipa-ção deve ser computada como rendimento no respectivo mês de entrega. Em havendo devo-lução de valores antes da en-trega do produto, o resultado da venda deve ser reduzido do im-porte devolvido. Se a devolução ocorrer posteriormente, será considerada despesa.

Por fim, consideram-se despesas de custeio da ati-vidade rural os serviços que lhe forem necessários, assim considerados os que contri-buem para a sua realização, tais como: as operações de arma-

zenagem de produtos agrícolas; a guarda, a criação e a engorda de animais; e a assistência téc-nica, dentre outras atividades. Referidas atividades deverão ser realizadas no próprio imó-vel rural, ressalvada a hipóte-se em que seja estritamente necessária a realização fora da circunscrição do imóvel e des-de que exista contrato forma-lizando a operação e atestando que a mesma se destina a refe-rida atividade rural.

(Para maiores informações, contate Fialdini Advogados – www.fialdiniadv.com.br)

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Nas últimas três edições da revista, tratamos sobre a importância de utilizar a Bol-sa de Mercadorias e Futuros (BM&F) para executar o hedge (proteção) agrícola.

Diferentemente dos úl-timos meses abordaremos outro tipo de player (agente) do mercado financeiro; o es-peculador, também conhecido como trader.

Segundo o dicionário Mi-chaelis, especulação é uma “operação comercial que visa não apenas ao lucro ordinário do ramo, mas, sobretudo aos das flutuações con¬junturais do preço das mercadorias, ou se faz por uma transação que envolve riscos incomuns con-tra uma chance de lucro muito grande.”

Desta forma, o especula-dor pode ser desde um produ-tor rural, que por conhecer bem o mercado que está inserido, deseja fazer uma “aposta” no preço futuro do milho, soja ou café. Também pode ser alguém que nunca pisou numa lavoura

e deseja embolsar um lucro por meio do spread (a diferença, em um determinado período, entre o preço mais alto e o mais baixo de um produto).

O especulador leva em consideração a dinâmica do preço da commoditie, num horizonte temporal mais bre-ve que o hedger. O objetivo do especulador é gerar uma diferença positiva entre o preço que comprou e o pre-ço que vendeu, muitas vezes utilizando apenas gráficos e ferramentas estatísticas, sem se preocupar com fatores fun-damentais como: oferta, de-manda, custos, modificações climáticos, etc.

A crítica mais comum fei-ta aos especuladores é o fato de causarem impactos nos preços das commodities na BM&F sem o “lastro da produ-ção”, não produzindo assim ri-queza para economia. Ou seja, muitas vezes ocorrem oscila-ções nos preços “descolados” do mercado físico, espantando os produtores que desejam fa-

zer o hedge do mercado finan-ceiro.

O ato de produzir ou espe-cular não garante o sucesso do negócio, haja vista que ambos os agentes incorrem de certos ris-cos. Os produtores precisam dos especuladores para gerar liqui-dez nas commodities e os espe-culadores necessitam dos produ-tores para que os preços estejam alinhados a produção real.

Concluo minha partici-pação nesta edição ressaltan-do a importância real não só dos produtores, mas também dos especuladores. Ambos os agentes assumem riscos, a di-ferença entre um e outro está na temporalidade do negócio e expectativa. O produtor rural possui um horizonte temporal maior e utiliza o mercado para evitar prejuízos com a expec-tativa de queda do preço da commoditie. Já o especulador, realiza suas operações num espaço menor de tempo, com o intuito de utilizar a expectati-va para saber se comprará ou venderá.

Atuação dos especuladores

InteRural Mercado

gabriel Silveira Pena

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O balanço de exportações de carne ovina do Uruguai em 2011 mostra duas caras bem contrapostas. Por um lado, conseguiu-se um novo recor-de em matéria de dólares ge-rados: US$ 84,3 milhões. Esse valor representa 7% a mais que em 2010 e supera 4% o recor-de anterior, obtido em 2009. No entanto, quanto ao volume exportado, experimenta uma nova redução com relação ao ano anterior, representando o menor volume dos últimos seis anos.

As exportações de carne ovina somaram 17,3 mil tonela-das peso carcaça em 2011, 12% a menos que em 2010 e 46% a menos que em 2009. A obten-ção de um preço médio excep-cional de exportação explicou como, diante de uma baixa nos volumes exportados, igual-mente se alcançou um recorde em matéria de dólares gerados.

O preço médio de expor-tação chegou a US$ 4.870 por tonelada peso carcaça, o que representa 21% a mais que em 2010 e 90% a mais que a média obtida em 2009. Também su-pera amplamente a média de 2008 (US$ 2.861 por tonelada) e, assim, consegue-se o valor máximo da história de expor-tação desse produto no Uru-guai.

A União Europeia (UE) e

InteRural Ovinocultura

Balanço de exportações de carne ovina do Uruguai em 2011:

Pouco volume muitos dólares

o Brasil voltaram a ser os des-tinos mais importantes para a carne ovina uruguaia. Nessa ocasião e diferentemente do ocorrido em 2010, a UE liderou o mercado, com 39% do valor e 36% do volume total exportado. O Brasil foi o segundo destino em importância, representan-do 36% em valor e 29% em vo-lume.

A primeira diferença des-tacada que se observa nos re-sultados de 2011 é a crescente participação da China na im-portação de carne ovina. Esse país ocupou o terceiro lugar, com 10% dos dólares gerados e 18% em volume, pas-sando à frente dos países ára-bes que, de forma conjunta, ocupa-ram o terceiro lugar em 2010. A China foi o único destino que aumen-tou os volumes importa-dos em 160% com rela-ção ao ano anterior: passou de 1,2 para 3,1 mil toneladas peso carcaça.

Em ma-téria de pre-ços, a im-p o r t a nte m e l h o ra da mé-dia re-flete os

aumentos em todos os merca-dos, sem exceção, destacando--se novamente o Brasil como o destino de maior valor para a carne ovina uruguaia, com um preço médio de US$ 6.186 por tonelada peso carcaça. A UE está em segundo lugar no ranking dos preços pagos pe-los mercados, com uma média de US$ 5.269 por tonelada peso carcaça.

A reportagem é do El País, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.

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InteRural PET

made in brazilo Fila brasileiro faz parte da história deste país e traz em seu comportamento traços do povo brasileiro

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dA redAção

O Fila Brasileiro é uma conquista nossa, um cão da terra, da nossa terra. O próprio nome do animal define sua ori-gem. Fila Brasileiro é uma raça de cão de grande porte desen-volvida aqui no Brasil e a pri-meira raça brasileira a ser re-conhecida internacionalmente.

A origem deste canino está ligada à colonização do país, quando os europeus leva-ram seus animais de trabalho para desbravar a nova nação. Os animais trazidos pelos co-lonizadores cruzaram-se e surgiu um cão que herdou ca-racterísticas importantes de três conhecidas raças. A gran-de e forte estrutura óssea dos Mastiffs ingleses, a pele sol-ta, as orelhas baixas, os olhos tristes e o faro aguçado dos Bloodhounds e a resistência e o temperamento violento dos Buldogues, de acordo com a de-finição do Dr. Paulo Santos Cruz na publicação “Grande Livro do Fila Brasileiro”.

Esta não é a única defini-ção para a origem da raça, são várias as hipóteses que suge-rem cruzamentos entre algu-mas raças europeias que origi-naram o FB. Só podemos dizer que a descendência do Fila Bra-sileiro é um tanto quanto obs-cura e indefinida. O que sabe-mos fielmente é que ele está aqui, entre nós, trabalhando em fazendas, fazendo a guarda, to-caiando onças, cercando bois, sendo fiel aos donos tanto na guarda das residências metro-politanas, como na companhia.

A raça Fila Brasileiro tem suas origens nas fazendas. Um cão rústico, de trabalho, ágil e forte. Este mesmo cão foi adap-tado à cidade, tornando-se um excelente cão de guarda, pre-servando suas características.

Um cão Fila, dentro das

características do padrão origi-nal, é dotado de lealdade e cora-gem. Apresenta temperamento equilibrado e não recuará dian-te de um tiro ou qualquer ame-aça ao seu território.

O Fila Brasileiro teve seu apogeu nas décadas de 1970 e 1980, quando era a raça na-cional com maior número de registros. Nessa mesma épo-ca, começaram a ocorrer as primeiras mudanças em seu padrão oficial (1984). A mais marcante foi a decisão dos cria-dores da época de abrandar o temperamento agressivo, que, de certa forma, era exaltado no padrão anterior.

Padrão da RaçaO Fila Brasileiro é um típico

molosso. Possuidor de uma po-derosa ossatura, sua figura re-tangular e compacta é harmo-niosa e proporcional. Apresenta, aliada a uma bem desenvolvida massa muscular, grande agili-dade concentrada e facilmente perceptível. Seu porte e andar

quase felino são suas caracte-rísticas físicas mais marcantes. Possui grande vigor, é hábil na-dador e muito resistente a mu-danças climáticas.

Dotado de coragem, de-terminação e valentia notáveis, o Fila Brasileiro é um cão sere-no, que se destaca pela obedi-ência, docilidade, fidelidade e devoção extremas aos donos, cuja companhia procura insis-tentemente. Além disso, é ex-tremamente tolerante com as crianças. No entanto, é arredio com estranhos, não admitindo maiores intimidades.

A pelagem é formada por pelo baixo, macio, espesso e bem assentada. São permitidas todas as cores sólidas, tigradas de fundo nas cores sólidas, com rajas de pouca intensidade até os fortemente rajados, poden-do ou não apresentar máscara preta. Em todas as cores permi-tidas, admitem-se marcações brancas nos pés, peito e ponta da cauda.

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InteRural PET

hIgIeNe

O cão, bem como o local onde vive e dorme, deve estar sempre limpo – um conjunto de medidas profiláticas, higi-ênicas e sanitárias deve ser tomado pelo proprietário para impedir que haja alguma dis-seminação de moléstias entre os animais. E canis mal desin-fetados ajudam as larvas dos parasitas a encontrarem con-dições propícias à sobrevivên-cia até se instalarem no hos-pedeiro, o cão. Pisos e paredes devem ser lavados com água sanitária, derivados de amoní-aco, e enxaguados com cloro todos os dias; jogar óleo de eu-calipto diluído para evitar mos-cas. Verificar as instalações semanalmente para combater parasitas (pulgas, carrapatos,

aranhas) e outros hospedei-ros. No caso de o cão viver em grama e/ou terra, mantenha a grama sempre bem aparada. Molhe a terra com uma solução de água e cal a 1% uma vez por mês. Os utensílios de comer e beber devem ser lavados com água e sabão, enxaguados bem e secos.

bANhoS

Os banhos em excesso são desaconselháveis. Além de não eliminarem o problema do mau cheiro, de que se queixam alguns proprietários, eles po-dem causar séria irritação na pele, principalmente quando se empregam sabão e xampus inadequados. Devem ser dados com sabonete neutro após as vacinas. No verão uma vez por mês e no inverno a cada dois

meses, ou quando realmente se fizer necessário. Enxague bem o animal, evitando a per-manência de qualquer resquí-cio de sabão. Posteriormente, enxague-o com uma toalha. Deve ainda ser escovado para a retirada do pelo solto. Outro banho que deve ser dado no cão é o banho de sol, que esti-mula o organismo a produzir a vitamina D, indispensável para a fixação e absorção do cálcio e, consequentemente, para a for-mação de ossos e dentes fortes. Procure expô-lo ao sol durante alguns minutos diariamente, evitando o período mais quen-te do dia (das 10 horas até as 15 horas).

referências bibliográficas: http://www.filabrasileiromg.com.br/ http://www.spfila-brasileiro.com.br/

Cuidados que devem ser tomados

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InteRural Girolando

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O mês de março marca o início das competições da raça Girolando em todo o país. A 49ª EXPASS (Exposição Agropecu-ária e Industrial de Passos/MG) abriu o calendário de exposi-ções de 2012. O evento aconte-ceu do dia 20 de março a 1º de abril no Parque de Exposição Adolpho Coelho Lemos. O jul-gamento da raça Girolando foi feita nos dias 30 e 31 de março. A escolha dos grandes campe-

ões e campeãs da feira ficou a cargo da jurada da Associação Brasileira dos Criadores de Gi-rolando Tatiane Tetzner.

No ano passado, a raça teve 7.266 animais julgados em 47 exposições realizadas em todo o país. A expectativa é de que esse número seja maior em 2012 devido à grande procura pela oficialização dos eventos. A principal feira da raça, a ME-GALEITE, já tem data definida

Cresce número de exposições de gIrolANdo No brASIl

para 2012 e vai reunir as maio-res raças leiteiras do país. A ex-posição ocorrerá de 1º a 8 de ju-lho, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). São espera-dos mais de 2 mil animais para as competições de julgamento e concurso leiteiro. A feira ain-da conta em sua programação com leilões, fórum de debates, palestras e lançamentos.

Outras 12 exposições também já confirmaram que terão julgamento da raça Gi-rolando nas seguintes datas: 38ª Exposição Agropecuária de Araxá/MG (11 a 13 de abril); 43ª Expo Agro de Itapetininga/SP (26 a 27 de abril); EXPO-BM – Barra Mansa/RJ (11 a 12 de maio); Cooprata (18 e 19 de maio); 42ª Divinaexpo – Divi-nópolis/MG (25 a 26 de maio); 32ª Exposição Agropecuária de Atibaia/SP (25 a 26 de maio); 1ª FENALEITE – Patos de Mi-nas/MG (25 a 26 de maio); 42ª EXPOAGRO/ 6ª Exposição In-terestadual do Gado Girolan-do de Franca – SP (25 a 26 de maio); SuperAgro 2012 – Belo Horizonte/MG (08 a 09 de ju-nho); 10ª EXPO GIROLANDO DO VALE DO PARAÍBA - 30ª FAPIJA – Jacareí/SP (12 a 13 de julho); 39ª EXPAJA E 2ª EXPOSIÇÃO RANQUEADA DO GIROLANDO – Jataí/GO (13 a 14 de julho); 39ª Exposição Agropecuária de São João da Boa Vista/SP (13 a 14 de julho).

No ano passado, a raça teve

7.266 animais julgados

em 47 exposições realizadas em

todo o país.

Page 67: Revista InteRural

69 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

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Girolando 5/8, 3/4 e 1/2 sangue.

bhz

bet

o

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70 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

InteRural Girolando

Como ComeçoU

A origem da Girolando w remonta a 1984, quando o tradi-cional pecuarista Antonio Melo Carvalho (o “Antoinzinho Ben-to”) dividiu sua fazenda Santa Maria, em Cássia – sudoeste de MG, entre os 7 filhos. Um dos re-tiros dessa fazenda, o Retiro da Barra, ficou com o filho Roberto, que recebeu a recomendação: “o melhor é comprar uns be-zerros, deixar engordar no pas-to e vender boi gordo. Leite dá muito trabalho”.

O conselho foi seguido, mas, passado algum tempo, o

encarregado, Geraldo Oliveira, pediu: “sô Roberto, o sr. podia comprar uma ou duas vacas velhas do seu irmão, pra gente ter um leitinho”.

Resumindo: foram adqui-ridas quatro vacas holandesas velhas do irmão Luiz Antonio, que, felizmente, tinha um dos melhores plantéis HPB da re-gião. “Sô Roberto, vamos pre-cisar dum tourinho, senão as vacas não vão parir de novo”. Chegou Apolo, tourinho Gir que iniciou a produção de ½ sangue.

Desta forma, há cerca de 27 anos, começou a história do Girolando no Retiro da Bar-

ra, que já tinha sido o núcleo de produção de leite de Caracu (na década de 50, para vender o creme para a “Aviação” de São Sebastião do Paraíso) e de Ho-landês (por volta de 1970).

A partir de 1997, a criação de Girolando com a visão de consolidar o 5/8, passou a ser o foco, com o registro de todos os animais com tipo e caracte-rização compatíveis com a raça.

Seleção e mANeJo

O trabalho da RBC é dire-cionado para a obtenção de ani-mais que expressem a síntese

Seleção, seriedade e segurança

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do que se busca no Girolando: flexibilidade. Ou seja, combinar produção de leite e rusticidade para o clima tropical. Animais com genética para responder com alta produção com mane-jo intensivo; mas que também sejam adaptados a manejo ex-tensivo, sem as conseqüências danosas que afetam raças lei-teiras européias.

O manejo considera ainda que o exagero de precocidade é prejudicial para o desenvol-vimento e a vida produtiva. Assim, busca-se o primeiro parto entre dois anos e meio e três anos, preservando a saúde e a longevidade.

A realidade da expressiva maioria de criadores e produ-tores de leite no Brasil agra-dece muito mais e responde melhor a essa flexibilidade e longevidade, do que aos extre-mos de produção e precocida-de.

CrUZAmeNtoS “CrIAtIVoS” PArA obter o 5/8: touros 3/8 em vacas 7/8 ou hpb”.

Uma das maneiras uti-lizadas pela RBC para obter o 5/8, além do cruzamento tradicional de touro HPB em vacas ¼ HPB, é o uso de tou-ros 3/8 HPB em vacas 7/8 ou HPB. E o resultado superou as expectativas. Hoje, a RBC conta com touros 3/8 que já demonstraram sua capacida-de de transmitir alta produção e sistema mamário de muita qualidade para as filhas, que competem em nível de igual-dade com as filhas de touros HPB provadíssimos.

Destaque para o RBC Rit-mo, o primeiro 3/8 contratado por uma central (Alta Gene-tics) e também o RBC Corisco, do qual a fazenda estocou mais de 500 doses de sêmen para uso próprio.

“A grande vantagem que percebo é que, além de ser um meio alternativo de obter o Gi-rolando, acelerando o cresci-mennto da raça, é uma forma de minimizar os riscos da con-sanguinidade”, afirma Betinho Melo Carvalho, gerente da RBC.

Seleção de reProdUtoreS Sabendo que a carência

de touros é o principal proble-ma para consolidação do Giro-lando como raça pura, a RBC tem dado cuidadosa atenção para selecionar e ofertar bons reprodutores. A seleção come-ça ao planejar os acasalamen-tos, com base no conceito am-plo de genética, consideradas na ascendência a vocação lei-teira, a morfologia e o binômio sanidade - longevidade. Fala o Betinho: “são avaliados os quesitos GENÉTICA, GENÉTICA E GENÉTICA – Família é tudo!”

Após o nascimento, os bezerros são avaliados pela morfologia (geral e particular-mente do sistema reprodutor) e sanidade. A avaliação andro-lógica é feita por volta dos 18 meses e os que são aprovados em todas as fases são oferta-dos como reprodutores.

Hoje a RBC possui 6 tou-ros em central: os ¾ RBC Barão (ABS Pecplan) e RBC Redator (ABS Pecplan); os 5/8 RBC Singelo – Puro Sintético (CRV Lagoa), RBC Arquiteto (CRV Lagoa) e RBC Caratê (ABS Pe-cplan); e o 3/8 RBC Ritmo (Alta Genetics).

leIlão rbC 2012

O Leilão RBC 2012 conta-rá com 60 lotes, dentre eles 20 lotes de convidados especiais, com animais criteriosamente selecionados de seu plantel. A oferta de altíssima qualidade genética estará junto com va-

cas e novilhas recém-paridas, no auge de sua produção.

Entre os destaques, esta-rá a oferta inédita de prenhez sexada de fêmea da melhor Gi-rolando 5/8 do Brasil (RBC Bi-gorna, Grande Campeã Nacio-nal da MEGALEITE 2011) com Lion Império Itaúna, o líder ab-soluto do sumário EMBRAPA / Girolando 2011: PTA de 313 kg e confiabilidade de 80%.

CoNVIdAdoS: Antonio de Pádua Martins (Faz. Luan-da – São João Batista do Gló-ria), João Miareli (Faz. Bethânia - Ibiraci), José Eduardo Melo Carvalho (Faz. São Sebastião – Cássia), Luiz Antônio Melo Car-valho (Faz. Sta. Maria – Cássia), Paulo Ricardo Massimiani (Faz. Córrego Branco - Capetinga) e Serra Branca Agropecuária Ltda (Oliveira).

PremIAçÕeSEmbora não esteja entre

as metas produzir campeões de pista, a Girolando RBC, para mostrar o resultado do seu trabalho, participa das prin-cipais exposições do Sudeste brasileiro. Assim, conseguiu alguns prêmios muito expres-sivos, como o Grande Cam-peão Nacional ¾ em 2005 (RBC Redator), vários campeões e campeãs de categorias, na MEGALEITE e em outras mos-tras de destaque e, no ano pas-sado, a Grande Campeã Nacio-nal 5/8, RBC Bigorna.

Essas premiações nos trazem muita satisfação, por ver a genética RBC reconhe-cida por jurados de grande conhecimento e experiência, e aplaudida por tradicionais e novos criadores.

“Mas, sinceramente, para nós a premiação máxima é a satisfação e o reconhecimen-to dos adquirentes de animais RBC”, completa Roberto Melo Carvalho.

Mas, sinceramente, para nós a premiação máxima é a satisfação e o reconhecimento dos adquirentes de animais RBC

roberto melo Carvalho

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InteRural Girolando

O diretor da Girolando Eugênio Deliberato Filho par-ticipou no dia 10 de março de reunião no Escritório Técnico Regional da associação em Jacareí (SP) para definir no-vos projetos e ações que de-vem ser executados este ano na região. O encontro contou com a presença dos criadores e representantes da Girolando no Estado, Adriano Ribeiro de Oliveira e Pedro Luiz Dias, do técnico da entidade Samuel Silva Bastos e da secretária do escritório Márcia Geraldo.

De acordo com Pedro Luiz Dias, a reunião com os

representantes segue orien-tação da Diretoria no sentido de agilizar o atendimento aos associados e solucionar dúvi-das que possam surgir no re-gistro dos animais, bem como oferecer oportunidades de contatos entre os criadores da região, para troca de experi-ências e boas práticas de ma-nejo e criação. "O crescimento do número de associados foi outro item debatido que, além de mostrar o acerto da deci-são da Diretoria em constituir esse Escritório Regional, mos-tra que é preciso continuar investindo no Girolando, pois

as oportunidades de negócio são igualmente crescentes", diz Dias. Desde a inauguração do ETR de Jacareí, em 2011, o número de novos associados cresceu mais de 20%.

Os associados da região, em breve, passarão a receber informações sobre mostras, feiras e atividades que o ETR está preparando em conjunto com a Diretoria em Uberaba e parcerias institucionais.

Além de Jacareí, a Giro-lando conta com escritórios em Goiânia (GO), Itaperuna (RJ), Recife (PE) e a sede em Uberaba (MG).

girolando prepara novas ações para atender criadores de São Paulo

O número de novos associados cresceu mais de

20%

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Para acompanhar a for-te demanda pela genética da raça leiteira Girolando, quase cem técnicos e jurados de todo o Brasil estiveram presentes na cidade mineira de Uberaba de-batendo as inovações nas áreas de certificação de qualidade e de julgamentos dos animais.

O primeiro evento da de-batido foi o “3º Seminário de Revisão, Atualização e Harmo-nização dos Critérios de Jul-gamento da Raça Girolando”. O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Gi-rolando, José Donato Dias Filho, fez a abertura oficial do even-to no dia 13 de março às 8h, no Anfiteatro das Faculdades As-sociadas de Uberaba (FAZU). Além dos técnicos e jurados, a solenidade contou com a pre-sença do diretor administrati-vo Fundagri/FAZU, Fábio Melo Borges, da diretora geral da FAZU, de Dionir Dias de Oliveira Andrade, de diretores da Giro-lando e de representantes das empresas Parceiras Master da associação.

O Seminário teve pales-tras técnicas e aulas práticas sobre julgamento. Entre os pa-lestrantes, esteve presente o coordenador do Colégio de Ju-rados das Raças Zebuínas da ABCZ, Mário Márcio Souza da Costa Moura, que ministrou uma palavra sobre ética. Outros temas a serem abordados são: o Novo Regulamento do Servi-ço de Registro Genealógico da Raça Girolando e Relatório de Exposições; Regimento Interno do Colégio de Jurados da Raça Girolando; Regulamento de Ex-posições, Eventos e Ranking

Julgamento e Atualização téCNICA do gIrolANdo

2011/2012; Código de Ética do Expositor de Girolando; Revisão dos Critérios de Julgamento da Raça Girolando. Na quarta-fei-ra, ocorrerão as aulas práticas sobre julgamento de animais nos currais da fazenda-escola da FAZU.

Outro evento da semana é a “Atualização Técnica Nacional 2012”, cujo tema será “Certifi-cação de Qualidade”. As pales-tras e aulas práticas vão de 15 a 17 de março, também nas de-pendências da FAZU. Durante o evento, haverá a apresentação do novo sistema de identifica-ção da raça que a Associação Brasileira dos Criadores de Gi-rolando está implantando. No novo sistema, cada animal será identificado por meio de foto-grafia no banco de dados da entidade. A imagem fotográfica dos bovinos registrados subs-tituirá a marcação a fogo, que

era realizada pelos técnicos no momento do Registro Genealó-gico de Nascimento do animal. Durante a Atualização Técnica Nacional 2012, os técnicos terão aulas práticas de fotografia com o instrutor do SENAC, Maurício Farias.

A programação da Atua-lização Técnica Nacional 2012 incluirá, entre outros assun-tos: Identificação animal com a utilização de brincos e bottons; estratégias de cruzamentos e acasalmentos com touros Giro-lando; padrão racial; como fun-ciona o novo Sistema Integrado de Gestão de Dados da Girolan-do – PureGH, permitindo que os criadores realizem uma sé-rie de serviços pela internet. A atualização Técnica é realizada a cada dois anos.

Os dois eventos que serão realizados pela Girolando con-tam com a parceria da FAZU.

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AltA geNetICS do brASIl ltdA - eqUIPe AltAembryo

Ao longo de anos, diversas técnicas foram desenvolvidas com intuito de ampliar o nas-cimento de animais genetica-mente superiores, tendo em vista aumentar o ganho gené-tico dos rebanhos.

Dentre as biotecnologias, algumas merecem destaque, como a Inseminação Artificial (IA), Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), a Transfe-rência de Embrião (TE) e a Fer-tilização in vitro (FIV).

Dentre as técnicas su-pracitadas a FIV, mais recen-temente tem recebido grande atenção por parte dos veteri-nários, investidores e envolvi-dos no meio rural, passando por

eminente crescimento em sua utilização (Viana et al., 2010), onde uma das etapas da FIV é o uso da técnica de aspiração folicular intravaginal orientada por ultrassonografia (OPU) vi-sando à recuperação de oócitos para serem fertilizados in vitro (Hafez & Hafez, 2004).

Entretanto, para o suces-so dessas e de outras técnicas a elas associadas, é necessário considerar a viabilidade eco-nômica aliada à boa qualidade dos resultados obtidos. Assim, matrizes de genética superior devem ser criteriosamente se-lecionadas para serem doado-ras de oócitos; o acasalamento deve ser realizado com o touro ideal pensando no objetivo de negócio aplicado; e os produtos nascidos devem ser criados e

recriados com muito critério para terem a chance de ex-pressarem todo seu potencial genético.

O programa Alta Embryo da Alta Genetics do Brasil Ltda tem como objetivo disponibili-zar aos clientes prenhezes ori-ginadas dos mais conceituados rebanhos comerciais do Brasil aliado a ótimo custo/benefício. São matrizes rigorosamente selecionadas e acasaladas com os melhores touros provados das raças de leite e corte, pro-movendo rápida evolução ge-nética para o criador.

Fazenda conceituada no quesito melhoramento gené-tico de Senepol, a Fazenda Tu-fubarina, de propriedade do Sr. Gustavo Rezende, localizada em Monte Alegre de Minas-

InteRural Senepol

Fertilização in vitro e transferência de embriões: Ferramenta de peso no progresso genético

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-MG, é um exemplo de fazen-da parceira da Alta Genetics do Brasil Ltda no programa Alta Embryo. Em entrevista, Sr. Se-bastião Pires, proprietário de uma pequena, porém focada, fazenda em Santa Salete, São Paulo, demonstrou satisfação em adquirir prenhezes de Se-nepol da fazenda Tufubarina através do programa Alta Em-bryo. “Precisava adquirir ani-mais de ótimo desempenho e de excelência genética para proliferação segura do reba-nho. Minha fazenda é peque-na, preciso de rentabilidade”. Acrescenta ainda – “não com-prei um produto, mas sim um programa seguro, responsável e de qualidade”. Confira parte da entrevista no site da Alta Genetics e acesse vídeos.

Serviço confiável e de alto benefício, o programa AltaEm-bryo alia fazendas com altíssi-mo rigor de seleção genética, como a Senepol Tufubarina, parcerias com laboratórios que prezam pela excelência do serviço prestado e inúmeros procedimentos focados na re-dução de custos do produto fi-nal, dentre elas, a não necessi-dade de compra de receptoras, já que estas são selecionadas dentro do rebanho do próprio do cliente.

Concluindo, ao utilizar a FIV como ferramenta de ace-leração do progresso genético, o criador tem a oportunidade de andar a passos largos rumo a excelência genética. Basta certificar-se que a doadora e o touro do acasalamento são indivíduos geneticamente dife-renciados e que haja viabilida-de econômica nos custos desse procedimento, características plenamente atendidas no pro-grama AltaEmbryo.

Para maiores informações acesse o endereço eletrônico http://www.altagenetics.com.

br/novo/Servicos/AltaEm-brio/Default.aspx ou ligue para Rodrigo Peixoto, gerente de produto AltaEmbryo no telefo-ne (34)3318-7771.

reFerêNCIAS bIblIográFICAS HAFEZ, B.; HAFEZ, E. S. E. Re-produção animal. 7ed. Barueri:

Manole, 2004. 513p. VIANA, J. H. M.; SIQUEIRA, L. G. B.; PALHÃO, M. P.; CA-MARGO, L. S. A. Use of in vitro fertilization technique in the last decade and its effect on brazilian embryo industry and animal production. Acta Scientiae Veterinariae, v. 38, p. 661-674, 2010.

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A 5ª edição São Carlos Brahman Special foi realizada no dia 19 de março no Broa Golf Resort, na cidade paulista de Itirapina. A Quinta exposição do Ranking Nacional da Raça Brahman 2011/2012, a 5ª São Carlos Brahman Special é um evento integrado Brahman e Quarto de Milha.

Durante a exposição, foi realizada a festa de entrega dos melhores do Ranking da Asso-ciação Paulista dos Criadores

de Brahman. Agropecuária Le-opoldino e César Tomé Garetti são os primeiros e segundos colocados, respectivamente, nas categorias Melhor Cria-dor e Melhor Expositor. Wil-son Lemos de Moraes Júnior é o terceiro Melhor Criador do Ranking e Luis Carlos Monteiro, o terceiro Melhor Expositor.

Miss Lince Vida 666 é Me-lhor Fêmea Adulta, seguida por Akita da Canaã e Miss Lince 613. Na categoria Melhor Fêmea

Jovem, Miss W2R POI 404 é a vencedora, seguida por Bebel da Canaã e Dandy da Canaã. O Melhor Macho Adulto é Mister Lince Faraó, seguido por Mister Ivam da Canaã e Noel da Canaã. Amozon da Canaã é o Melhor Macho Jovem, Heinz da Canaã, o segundo e Mister W2R POI 505, o terceiro.

FONTE: Associação dos Criado-res de Brahman do Brasil.

ranking da brahman Paulista foi entregue durante São Carlos brahman Special

definidos jurados do brahman para expoZebu 2012

Ademir Jovanini Augusto Filho, Luís Renato Tiveron e Rodrigo Ruschel Lopes Can-çado são os jurados selecio-nados para compor a Comis-são Tríplice responsável pelos julgamentos da raça Brahman durante a ExpoZebu 2012.

A feira de gado zebuíno é a maior do mundo, e acontece de 28 de abril a 10 de maio, no Parque Fernando Costa, em Uberaba/MG.

A comissão foi definida no dia (13) de março pela Asso-ciação Brasileira dos Criadores

de Zebu (ABCZ) da seguinte forma: dois jurados foram se-lecionados de uma lista de sete nomes encaminhada para a entidade pela Associação dos Criadores de Brahman do Bra-sil (ACBB) e um jurado foi indi-cação da ABCZ.

InteRural Brahman

associação dos criadores de Brahman do Brasil

Praça Vicentino Rodrigues da Cunha, 110 São Benedito

CEP: 38.022-330 - Uberaba (MG) | (34) 3336-7326 www.brahman.com.br

[email protected]

Patrocínio do caderno Brahman:

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FoNte: SeNePol CmI

Será realizado na Fazenda CMI o primeiro teste de performance a pasto da raça Senepol, com su-pervisão da Embrapa e Geneplus. Poderão participar desta prova os

animais machos PO, POI e PC (PC serão avaliados separadamen-te) nascidos entre 01/07/2011 a 31/12/2011, com peso de entrada de 180Kg a 330Kg.Convidamos todos amigos criado-res que participem deste teste iné-

dito na raça. As inscrições ficarão a cargo de Lu-cas Nascimento Silva, zootecnista do GENEPLUS, que as receberão via e-mail: [email protected]. Em caso de dúvida, entrar em contato: (67) 3368-2181 e (67) 8121-9034.

teste de Performance a Pasto

A AVAlIAção Será dIVIdIdA em dUAS etAPAS:

Prova 1 (animais nascidos de 01/07/2011 a 30/09/2011) De 23 a 25/04/2012 – Recepção dos animais; 25/04/2012 – Pesagem de entrada - início da adapta-

ção; 20/06/2012 – Pesagem inicial - início efetivo da prova; 15/08/2012 – Pesagem intermediária 1; 10/10/2012 – Pesagem intermediária 2; 05/12/2012 – Pesagem intermediária 3 e exame an-

drológico; 30/01/2013 – Pesagem, avaliação final e exame andro-

lógico - final da prova.

Prova 2 (animais nascidos de 01/10/2011 a 31/12/2011) De 02 a 04/07/2012 – Recepção dos animais; 04/07/2012 – Pesagem de entrada - início da adapta-

ção; 29/08/2012 – Pesagem inicial - início efetivo da prova; 24/10/2012 – Pesagem intermediária 1; 19/12/2012 – Pesagem intermediária 2; 13/02/2013 – Pesagem intermediária 3 e exame an-

drológico; 10/04/2013 – Pesagem, avaliação final e exame andro-

lógico - final da prova.

InteRural Senepol

associação Brasileira dos criadores de BoVinos senePol

Rua Martinesia 303, sala 602Aparecida

Cep: 38400-606 - Uberlândia - MG | (34) 3210-2324 ou (34) 9962-4357

[email protected] e [email protected]

Patrocínio do caderno senepol:

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InteRural Capa

Ita SenepolUma trajetória de sucesso embasada no pioneirismo e na aposta pelo Senepol

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Por gUStAVo rIbeIro

A paixão pela terra já atra-vessa meio século. Tudo come-çou em 1953, quando o senhor Simonides Netto em sociedade com dois cunhados adquiriu uma pequena propriedade no estado do Goiás e iniciou a ati-vidade de agricultura. Traba-lhou por muitos anos na lavoura cultivando arroz, banana entre outras culturas. Simonides de-dicava-se integralmente ao tra-balho, e colheu os frutos de ta-

manho empenho. Pouco tempo depois adquiriu uma proprieda-de maior e passou a associar a agricultura à pecuária.

Itamar Netto, filho de Si-monides Netto, quando ainda era apenas uma criança já se interessava pelas atividades no campo. Aos oito anos de idade já trabalhava na fazenda com o pai, dirigia a caminhonete dentro da propriedade, andava a cavalo, conhecia o manejo no curral sempre vistoriado por Simonides e o peão da fazen-

da. Esse contato precoce com as atividades rurais despertou em Itamar amor pelo negócio, sentimento que ele carrega até hoje, e que vai perdurar por toda vida.

Em 1973, a família abriu uma empresa de material de construção em Uberlândia, chamada TERRAÇO, uma em-presa familiar que era tocada por Itamar e seu irmão, tra-balharam durante anos nessa nova atividade, sempre conci-liando com o agronegócio. ‘

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Foi na Fazenda Bom Jar-dim em Porteirão, pequeno mu-nicípio no interior de Goiás que Itamar encontrou o nicho ideal para criar e plantar. Na Fazenda Bom Jardim a agricultura sem-pre foi o carro chefe, mas a pe-cuária sempre esteve inserida no contexto da fazenda. Depois de alguns anos tocando a Fazenda Bom Jardim, Itamar incentiva-do pelo filho Leonardo adquiriu uma propriedade em São José do Xingu, no Mato Grosso. Nesse mesmo período seu filho estava terminando o curso de zootecnia em Uberaba. “Em 1994 quando meu filho estava terminando a faculdade, ele me questionou: ‘pai se a gente ficar com apenas essa propriedade no estado do Goiás vamos ficar para trás, pe-quenos no negócio. Precisamos expandir as fronteiras’. Isso me despertou o interesse de ir para o Mato Grosso e adquirir uma pro-priedade maior”, afirma Itamar.

Na Fazenda em São José do Xingu Itamar e Leonardo foca-ram os trabalhos no cruzamen-to industrial, utilizando animais

nelore, cruzados com raças eu-ropeias disponíveis na época, que era o Simental e o Red An-gus. “Com a formação acadê-mica do Leonardo, começamos a fazer vários experimentos com cruzamento industrial para produzir o sonho de qualquer pecuarista, que é ter bezerros precoces, para mandar mais cedo para o frigorífico”, destaca Itamar.

De acordo com Itamar, eles conseguiram obter sucesso nesses cruzamentos industriais, no entanto, apenas utilizan-do Inseminação Artificial, pois, como os touros eram de origem europeia eles não iam bem a pasto em clima tropical.

Com isso, Itamar e Leo-nardo passaram a procurar no mercado algum animal que con-seguisse fazer o cruzamento industrial a pasto. “Foi quando tomei conhecimento da raça Se-nepol, que trazia uma proposta diferente, pois ela é oriunda de uma região de clima tropical como o Brasil. Então ao ir à bus-ca de informações, eu realmente

Um horizonte de oportunidadestive a certeza que havia encon-trado o animal que iria satis-fazer a minha demanda de ter animais precoces capazes de reproduzir a campo”, pondera.

O primeiro conhecimento com a raça Senepol foi em 2005 numa fazenda em Uberlândia, e logo em seguida na Feicorte em São Paulo.

Pouco tempo depois foi constatar em um grande cria-tório do Brasil toda essa pro-posta que o Senepol prometia. A Agropecuária Nova Vida foi o berço do Senepol no Brasil, capitaneada pelo pioneiro Sr. João Arantes, que foi o primei-ro a trazer a raça pra o Brasil. “Na Fazenda Nova Vida eu pude constatar pelo volume de ani-mais que lá existia livres e cria-dos a pasto, em um clima quen-te, pude verificar e ter a certeza que essa raça realmente fun-ciona”, conclui Itamar.

Depois dessa visita, Ita-mar estava decidido a dar ini-cio ao trabalho com o Senepol. Adquiriu então duas novilhas e duas vacas POI, para produ-zir animais em alta escala uti-lizando as tecnologias de TE e FIV. “Iniciamos com quatro doadoras, hoje o plantel conta com 30 doadoras e uma produ-ção média de 250 animais POI por ano”.

“Eu me recordo até hoje do primeiro animal POI nas-cido na fazenda, a nossa 001, chamada Preciosa, ela até hoje está no nosso plantel. Nascida na véspera do natal de 2006. Ela é o talismã da Bom Jardim”, declara Itamar demonstrando um carinho especial por esse animal.

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O gado Vermelho

origem da raça SenepolO SENEPOL tem sua ori-

gem desde 1918 na IlhA de SAINt CroIx situada no mar do CARIBE de clima tropical, como resultado de um cruza-mento natural entre as raças N’ dAmA AFrICANo , e o red Pol INglêS.

Essas duas raças foram levadas para a ILHA no início de sua colonização com a explora-ção da cana de açúcar, onde os trabalhadores africanos leva-ram seus animais N’ DAMA para produção de leite, e os Senhores de Engenho levaram seus ani-mais RED POL para produção de carne.

Estes animais cruzaram espontaneamente entre si du-rante 100 anos, e por um pro-cesso de seleção natural da sobrevivência dos indivíduos mais fortes, surgiu o SENEPOL, um TAURINO adaptado ao cli-ma quente e seco da ILHA, vi-vendo numa região de escassa disponibilidade de água e ali-mentos.

Criando características para sobrevivência, o SENEPOL adquiriu de forma natural a rusticidade do N’ DAMA AFRI-CANO que aquele ambiente exigia, bem como a precoci-dade geneticamente impressa pelo RED POL INGLÊS.

O SENEPOL foi trazido para o BRASIL no ano 2000 pelo criador pioneiro Sr. JOÃO ARANTES no estado de Ron-dônia, onde os animais tiveram total adaptabilidade ao nosso clima, reforçada pela abun-dância das pastagens de Bra-quiarão proporcionando-lhes melhor desenvolvimento do que em sua terra natal.

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redPoll

N dama

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PorqUe SeNePol?

A Rusticidade do SENEPOL é uma característica dominante de sua completa adaptação ao clima tropical brasileiro, tan-to para as regiões quentes do Centro Oeste, Norte e Nordeste, quanto para com o clima tem-perado e frio da região Sul do Brasil.

Sua capacidade de adap-tação à nossa adversidade cli-mática favorece obter um re-sultado pleno dos Touros em monta natural a campo nas horas mais quentes do dia sem nenhum sinal de fadiga ou can-saço.

Já no campo, sua capaci-dade de conversão alimentar atua de forma excelente, prin-cipalmente no período de seca, ocasião em que os animais pastam em palhadas e soquei-ras de lavoura, conservando sempre estável o seu estado corporal.

A pelagem zero do SENE-POL herdou da genética do N’ DAMA AFRICANO uma alta den-sidade de pelos curtos por cm ²

rUStICIdAde

PreCoCIdAdeA precocidade do SENEPOL tem origem em

sua puberdade aos 13 meses de idade com seu aparelho reprodutivo totalmente pronto à repro-dução, a partir daí, seu desenvolvimento até a idade adulta tem um ritmo acelerado permitindo iniciar os trabalhos de machos e fêmeas a partir dos 18 meses de idade.

Os tourinhos reprodutores tornam-se aptos à monta natural com 18 meses de idade, já as no-vilhas podem ser estimuladas à produção de em-briões para transferência ( T.E e F.I.V) aos 14 me-ses de idade, e aos 18 meses em gestação própria.

em sua pele, como um dispositi-vo de defesa natural dificultado às picadas da conhecida mosca africana “ tse tse” que transmi-te a doença do sono, permitin-do aos animais uma proteção e uma tolerância maior ao ataque de nossos conhecidos ectopa-rasitas tais como, o carrapato e a mosca do chifre.

Padronizada na cor ver-melha, caráter mocho por na-tureza, pelagem zero como o nelore, casco preto, são carac-terísticas marcantes de um animal totalmente adaptado às nossas condições climáticas, permitido que seu desempe-nho seja de grande produtivi-dade em todos os sentidos.

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lIbIdo SexUAlEm razão da característica de precoci-

dade, esta se estende a grande libido sexu-al dos Touros, cuja CE (circunferência es-crotal) atinge acima de 30 cm, permitindo o inicio dos trabalhos de monta natural aos 18 meses para até 25 vacas, entretanto, ao atingir a idade adulta, possui capacidade de cobertura a campo até 50 vacas.

PAdroNIZAçãoA padronização da raça

SENEPOL é marcante desde os animais POI até os cruzamen-tos, onde até as pessoas mais experientes em apartação não conseguem com facilidade se-lecionar os animais, pois na grande maioria o padrão é o

mesmo seja nas matrizes, no-vilhas ou touros,

Em virtude do grande poder de transmissão das ca-racterísticas genéticas da raça SENEPOL, os bezerros produto de seu cruzamento apresen-tam uma padronização predo-

minante na cor amarelo claro ao vermelho, e homogeneida-de no tamanho, proporcionan-do assim uma padronização parelha dos animais, elimi-nando por completo o animal recessivo, ou seja, o conhecido “refugo”.

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doCIlIdAde de mANeJoSeu temperamento dócil

favorece para uma excelente conversão alimentar cientifica-mente comprovada em testes de prova de desenvolvimento bovino, que em regime de con-finamento obtém o maior ga-nho de peso médio diário com-parado com demais raças.

A docilidade natural da raça é transmitida integral-mente a todos seus descen-dentes, independente se POI ou por cruzamento, favorecendo a lida, tanto no pasto como no curral, de um animal pacífico na convivência com os peões que já afirmam sobre aposentado-ria da conhecida vara de ferrão.

CrUZAmeNto INdUStrIAlO SENEPOL em cruzamento com

o Nelore atesta sua precocidade no peso ao desmame dos bezerros macho em média de 230kg, e quando tratados para engorda em regime de confina-mento terminam aos 16 meses com peso de 18@.

Em regime natural de pastagem para engorda, os machos cruzados tem grande poder de conversão alimentar alcançando o peso de 18@ aos 22 me-ses de idade apenas com suplemento de sal mineral.

As fêmeas produto de cruzamen-to com o Nelore acentua sua precoci-dade sexual permitindo sua utilização como receptoras de embriões aos 14 meses de idade com peso de 350kg.

Recentes experimentos de cru-zamento do SENEPOL com raças lei-teiras, sobretudo com o Holandês, tem demonstrado bons resultados na pro-dução de leite das fêmeas cruzadas, e excepcional resultado nos machos cruzados, atribuindo-lhes o valor nor-mal de mercado, eliminando assim a tradicional figura do “gabiru leiteiro” de valor irrisório.

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reSUltAdoS eCoNÔmICoS FAVoráVeIS.

qUAlIdAde e SAbor dA CArNe

FACIlIdAde de PArtoO bezerro SENEPOL puro ou de cruzamento com qualquer

raça tem como característica dominante de nascer com peso médio de 37kg, favorecendo assim o trabalho de parto de va-cas jovens ou de porte pequeno

Todo esforço produtivo para a produção de um animal que satisfaça o sonho de consumo do criador em poder produzir um animal rústico e precoce, totalmente a pasto, conduz também para a satisfação da expectativa geral do consumidor:“ COMER O SUCULENTO BIFE NO PRATO NOSSO DE CADA DIA” é encontrado na raça SENEPOL.

Este suculento bife é o resultado de uma carne macia obtida pela capacidade de retenção de água em sua musculatura, decorrente de um processo natural de reserva do organismo do SENEPOL, adquirido em função da pequena disponibilidade de água existente no país de origem de sua formação.

A ausência de gordura entremeada na carne do SENEPOL proporciona o sa-bor aliado à saúde, decorrente do baixo índice de colesterol existente em seu teci-do musculoso, produzindo assim o saboroso churrasco, marca registrada e predi-leta do paladar do consumidor brasileiro.

Toda atividade pro-dutiva requer de seus in-vestidores em qualquer que seja o segmento, uma necessidade constante em produzir o máximo com o menor custo, pois, a conquista dos merca-dos se tornam cada vez mais competitivos, exi-gindo a eficácia total na produção.

Hoje, no mundo glo-balizado em busca de aprimoramento constan-te para o incremento da produção de alimentos para satisfazer a deman-da crescente de consumo, o segmento da pecuária de corte encontra na raça SENEPOL, condições fa-voráveis para produzir em menor tempo, volu-mes maiores de carne que os meios ate então explo-rados.

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loNgeVIdAdeOutra carac-

terística marcan-te da raça SENE-POL diz respeito à longevidade de seus animais com histórico de pro-dutividade plena, tanto de machos quanto de fême-as aos 18 anos de idade, desta for-ma, a continui-dade produtiva de cada indivíduo chega ao dobro do tempo que os demais bovinos alcançam. loNgeVIdAde - VACA DE 12 ANOS COM CRIA AO PÉ

exPANSão dA rAçA A marca ITA SENEPOL con-

tou com a credibilidade de vários criadores de vários estados da federação como: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Bahia, Dis-trito Federal e Pará, que deram continuidade em nosso trabalho de expansão de novas fronteiras da raça SENEPOL.

Nesta oportunidade Ita-

mar destaca algumas parce-rias de grande responsabili-dade que estão de acordo com os princípios da Ita Senepol para com os criadores: JOSE RODRIGUES E ALEXANDRE RODRIGUES – SENEPOL DA ARIS em UBERLÂNDIA MG, ROBSON NETTO RODRIGUES – SENEPOL R3 em BOM JESUS

DE GOIÁS , CARLOS ROBERTO CARNEIRO E LEONARDO GAL-VÃO NETTO - SENEPOL DA TERRA em SÃO JOSE DO XINGU MT, que vem lutando com todo esforço e dedicação auxiliando na divulgação e extensão dos grandes benefícios que a raça SENEPOL pode proporcionar aos novos criadores.

Robson, Carlos Roberto, Leonardo e Alexandre

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Compromisso Ita Senepol“Como produtor rural há

40 anos juntamente com minha esposa Sandra companhei-ra de todas as horas, vivemos um ciclo de grandes mudanças nas condições econômicas e produtivas em nosso país e no mundo. Quando optamos por acreditar e investir todo nos-so esforço na produção da raça SENEPOL, foi inicialmente por amor ao trabalho, à terra e ao campo, dedicando incansavel-mente na divulgação da des-coberta de uma nova opção de melhoramento da atividade pecuária.

Hoje, nossa missão princi-

pal é divulgar os resultados ob-tidos com nosso trabalho fiel e comprometido com a VERDA-DE E REALIDADE DOS FATOS, lição nº 01 dos ensinamentos de meu querido e saudoso pai, SI-MONIDES NETTO, onde deixou este legado de conquista para meus filhos e meus netos.

A marca ITA SENEPOL pri-ma, sobretudo pela qualidade genética e fenótipa de nossos animais, produzidos através da indicação de um acasalamento técnico processados pela em-presa PROGENIE, que dispõe de um vasto banco internacional de dados genéticos de todos os

animais da raça SENEPOL que deram origem ao rebanho de maneira geral; permitindo-nos dar continuidade crescente ao melhoramento constante deste grandioso animal.

Finalizando nossas pala-vras, colocamos à disposição de todos os nossos amigos lu-tadores da pecuária, o nosso convite, aliado ao desprendi-mento, para informar e dispo-nibilizar toda nossa experiên-cia e nossos melhores animais, pois nossa missão nunca será a de colecionador, e sim de cria-dor”.

Itamar Netto

InteRural Capa

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A TECNOSHOW COMIGO será realizada em uma área de 60 hec-tares, onde estarão abrigados ex-positores de diversos segmentos como máquinas e equipamentos agropecuários, insumos (semen-tes, defensivos etc), plots agríco-las com vários experimentos, ins-tituições financeiras, de pesquisa e ensino (Embrapa, Faculdade de Rio Verde, Secretaria de Agricul-tura do Estado de Goiás), animais de diferentes raças e espécies, ve-ículos, entre outros.

A Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoes-te Goiano (COMIGO) está em ritmo acelerado nos preparativos para a 12ª edição da TECNOSHOW COMI-GO, que será realizada no período de 9 a 13 de abril, no Centro Tec-nológico COMIGO (CTC). Promovi-da desde 2002, a feira é o principal evento de tecnologia rural do Cen-tro-Oeste brasileiro e atrai mais de 70 mil visitantes durante os cinco dias de realização. A expectativa este ano é superar o total de R$ 500 milhões de negócios realiza-dos em 2011, valor 138% superior ao volume registrado em 2010, além de ultrapassar o número de expositores da edição anterior, que chegou a 400 empresas partici-pantes.

O sucesso do evento se deve à preocupação da feira em propor-cionar o que há de mais moderno em geração e difusão de tecnolo-gias, demonstração de máquinas, de implementos, de insumos, de animais e novidades ao produtor rural de todo o Brasil.

O visitante poderá participar também de palestras com reno-

mados especialistas e profissio-nais do segmento do agronegócio nos vários auditórios localizados no CTC. Além disso, estão pre-vistas dinâmicas de máquinas, Circuito Ambiental, entrega do 5º Prêmio de Gestão Ambiental Rural COMIGO e outras atividades.

Em entrevista, o presidente da COMIGO o Sr. Antonio Chava-glia afirma:

“Estamos na 12ª edição da Tecnoshow e a sustentabilidade desta feira é cada dia maior. As pessoas que nos visitarem, seja ele pequeno, médio ou grande criador/produtor, vai com toda certeza obter informações váli-das e terá contato com as mais modernas tecnologias disponíveis para atividade do agronegócio. Temos a honra de convidar todas as pessoas ligadas a atividade

agrícola ou pecuária que desejam evoluir significativamente em seu negócio, que venha até a feira, pois temos a certeza que este visitante vai ter como aperfeiçoar muito os seus conhecimentos , e cada dia acrescentar um ganho maior no seu negócio.

“A raça Senepol tem partici-pado assiduamente da Tecnoshow e veio para contribuir muito com o desenvolvimento da pecuá-ria, porque ela está trazendo algo novo, com resultados muito posi-tivos. Por esse motivo temos dis-ponibilizado grande apoio ao Se-nepol, verificando que, a evolução genética da raça contribui com ganhos muito significativos para a atividade pecuária valendo a pena o pecuarista visitar à feira, para constatar de perto o que estamos afirmando”, conclui Chavaglia.

teCNoShow ComIgo 2012de 09 a 13 de abrilVoltada para a geração e a difusão de novas tecnologias agropecuárias, feira deverá atrair mais de 70 mil visitantes

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Veterinária responsável pela consultoria técnica da Ita Senepol atesta na prática a eficiência da raça

A Força doSenepol

Duas palavras definem a raça Senepol: produtividade e precocidade.

InteRural Capa

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93 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

Ao iniciar os trabalhos no ITA SENEPOL, nossa equipe duvidava de tudo isso que relatei, mas hoje temos convicção que a raça é um investimento certeiro e que ainda vai mostrar muito para o Brasil e para o mundo”

thAISA CAmPoS mArqUeSmédICA VeterINárIA/UFlA; meStrANdA em Pro-dUção ANImAl/IF goIANo

O mercado, em busca de uma maior eficiência na produ-ção de carne bovina, chegou ao cruzamento industrial. A raça Senepol é uma das opções para a produção desse sistema, pois sua heterose é traduzida em velocidade no ganho de peso e menor idade ao abate. Isso sem falar na qualidade da car-ne: “macia, magra e suculenta...realmente deliciosa”!

Duas palavras definem a raça Senepol: produtividade e precocidade.

O manejo dos animais pu-ros e dos seus cruzamentos é facilitado pela docilidade e pelo padrão mocho da raça. O pêlo curto e muito aderido à pele leva a uma menor infestação

pelo carrapato e pela mosca--do-chifre, o que é refletido em melhor ganho de peso, já que o animal geralmente não se es-tressa quanto à presença des-ses ectoparasitas. Portanto, há redução no ciclo de produção tanto a pasto quanto confinado.

Além disso, a precocidade sexual da raça Senepol é uma característica repassada para a geração meio-sangue, tendo fêmeas aos 14 meses aptas à reprodução. Essa alta fertili-dade induz a uma menor idade ao primeiro parto, redução do intervalo entre partos e, con-sequentemente, do período entre as gerações. As fêmeas meio-sangue Nelore x Senepol utilizadas como receptoras são mais aleitadas e desmamam bezerros mais pesados em re-lação às receptoras Nelore. Os machos Senepol também são precoces, iniciando os traba-lhos por volta dos 16 meses.

A adaptabilidade da raça ao clima tropical

possibilita que os touros

c u b r a m as va-

c a s

mesmo durante o dia, gerando uma maior taxa de prenhez ao final da estação de monta.

Após o parto, as mães apresentam excelente habili-dade materna, tendo o bezerro com baixo peso ao nascimen-to. Este é saudável e esperto, salientando sua rusticidade e seus grupamentos muscula-res definidos logo nos primei-ros meses de vida. A bezerrada meio-sangue Nelore x Senepol produzida é muito padronizada; uniforme na conformação de carcaça e na pelagem, que pode variar de vermelha a amarela.

Todas as características da raça Senepol podem ser desfrutadas por muitos anos, pois são animais longevos. Para tanto, a seleção de matrizes para produção de touros

POI é um novo nicho de mercado, já que atende todo o território brasileiro, poden-do ser utilizado a campo para coberturas para produção de bezerros de cruzamento indus-trial, mesmo diante das nossas diversas condições climáticas.

Na propriedade ITA SENE-POL pode-se visualizar todas essas características, aliado a cuidados no manejo sanitário, nutricional e reprodutivo que todas as raças bovinas reque-rem para um desempenho pro-dutivo satisfatório e rentável.

“Ao iniciar os trabalhos no ITA SENEPOL, nossa equipe duvidava de tudo isso que rela-tei, mas hoje temos convicção que a raça é um investimento certeiro e que ainda vai mos-trar muito para o Brasil e para o mundo”.

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Por gUStAVo rIbeIro

Com excelência na pecu-ária, a Goud Senepol objetiva trazer ao mercado o avanço da genética do Senepol. Buscando sempre a melhoria contínua de qualidade, percorrendo o ca-minho da excelência, a Goud Senepol se propõe, sem medir esforços, a atuar para a melho-ria da genética, do aprimora-mento, da seleção e reprodução do gado Senepol. Iniciando o projeto pela qualidade das doa-doras adquiridas de alta perfor-

mance reprodutiva e fenótipos característicos da raça.

o deSPertAr de Um gIgANte

Apesar de recente, a his-tória da Estância Goudard é repleta de acontecimentos. A propriedade, antes de intensi-ficar seus trabalhos com a raça Senepol, criava bovinos da raça Brahman. E consorciado com a pecuária bovina, Gilmar, pro-prietário da Estância, cria por hobby e por paixão cavalos da

raça Manga Larga. Na Estância Goud, que

está localizada dentro do pe-rímetro urbano de Uberlândia, são criados cavalos Manga Lar-ga e Senepol. Gilmar conheceu o Senepol através do amigo Ricardo Carneiro. Desde o pri-meiro contato, ficou encantado com a raça e passou a se dedi-car quase que exclusivamente a ela. Inicialmente, adquiriu cin-co doadoras com o objetivo de fazer Fecundação In Vitro (FIV) e Transferência de Embriões (TE). Pouco tempo depois, em

InteRural Senepol

A estância Crescendo com o

Senepolgoudard

Page 93: Revista InteRural

95 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

CoNheçA oS ProdUtoS goUdArd

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“Continuar forte com Senepol. Em 2011 fizemos 150 animais via sistema FIV e TE, para 2012 queremos fazer em torno de 200 animais Senepol”.

gIlmAr

2007, comprou mais duas do-adoras na Feicorte 2007, sendo que uma delas é a CH25K RE-DEEMER, vaca que pertenceu ao Texano Rob Brown, conside-rado o geneticista do século na área de bovinocultura. Depois comprou animais de outros criadores, tendo assim uma genética variada e aberta para melhoria de seleção.

Hoje a Estância conta com um encarregado, um vaqueiro e um caseiro com sua esposa, além de dois seguranças no-turnos. Mas, dependendo da demanda, a fazenda contra-ta terceiros para executar as outras atividades. O controle financeiro, as planilhas e pro-gramas ficam sob a respon-sabilidade do filho de Gilmar, Rafael, o outro filho, Gustavo, termina sua formação em eco-nomia na UFU neste semestre.

APoStA No SeNePol

O foco da Goud Senepol é definitivamente o gado ver-

melho. “Atualmente na Goud temos os trabalhos voltados para o melhoramento genéti-co da raça Senepol. Buscamos cada vez mais a melhoria con-tínua dessa genética. Na Estân-cia mantemos apenas doado-ras para aspiração, novilhas e garrotes para comercialização. Fazemos a transferência de embriões nas receptoras que ficam na Fazenda Palma da Ba-bilônia, também de nossa pro-priedade, na rodovia Uberlân-

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InteRural Senepol

dia - Prata, km 32. Lá, além de fazer nossas próprias barrigas, também trabalhamos com par-cerias, fornecendo receptoras para outros criadores de Sene-pol”, destaca Gilmar.

De acordo com Gilmar, o Senepol veio para modernizar a pecuária do futuro. “O Senepol é perfeito para o cruzamento industrial. O touro é um taurino que cobre a vacada a campo. Mesmo em pleno sol, com mui-to calor, ele corre atrás e é im-placável, confirmando 95% de prenhez. A demanda de touros Senepol está acima da disponi-bilidade que os criadores pos-suem atualmente. Busco a cada ano aumentar minha criação

para atender esse mercado”, ressalta.

trAbAlho de Seleção

A raça Senepol ainda não conta com as tradicionais pis-tas de julgamento, no entanto participa ativamente de expo-sições, mostrando suas qua-lidades. A Goud Senepol par-ticipa com frequência dessas feiras, tanto das regionais como da Feicorte em São Paulo, con-siderada a maior feira de gado de corte da América Latina.

A Estância Goudard cons-tantemente vem adquirindo novas genéticas para atua-lizar e melhorar seu plantel.

A seleção dos touros usados nos cruzamentos é criterio-sa, usando sempre raçadores comprovados dentro da raça e tendo como base o ranking da Embrapa e o sumário Senepol.

As metas da Estância Goudard para 2012 já foram traçadas. “Continuar forte com Senepol. Em 2011 fizemos 150 animais via sistema FIV e TE, para 2012 queremos fazer em torno de 200 animais Senepol. Também temos como objetivos sermos reconhecidos como criadores, com fundamental importância para o crescimen-to da raça, e sermos referência na melhoria da genética Sene-pol no Brasil”, conclui Gilmar.

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FoNte: AbCb SeNePol

No dia 17 de março de 2012, foi realizada a Assembleia Elei-toral da ABCB Senepol, o então Presidente Sr. Ricardo Pereira Carneiro, abriu oficialmente a Assembleia e passou a palavra ao membro do comitê eleitoral Pedro Crosara, que solicitou aos associados presentes que não despacharam seus votos via Correios, que fossem até a mesa para validarem seus votos.

O Comitê Eleitoral, com-posto pelos Associados: Gustavo Vieira, Pedro Crosara Gustim e José Wilson Resende, iniciaram então os procedimentos eleito-rais, conforme rege o estatuto social da ABCB SENEPOL.

Dos 97 associados, 94 es-tavam em condições de voto. Foram contabilizados 42 votos, sendo, 28 via Correios e 14 votos presenciais, sendo desconside-rados 08 votos por estarem em desacordo com o estatuto da ABCB SENEPOL. Assim sendo, a chapa única inscrita, denomi-nada COLIGAÇÃO passou a ser a nova gestora da Associação, ob-tendo 100% de aprovação dos 42 votos apurados.

O então ex-Presidente Ri-cardo Pereira Carneiro, anun-ciou o nome do presidente, o Sr. Gilmar Goudard e, oficializaram este momento com uma foto-grafia. O Presidente recém apre-sentado agradeceu o apoio, to-mou posse da palavra e fez seu primeiro discurso aos presentes, posteriormente apresentou seus diretores e os membros do CDT (Conselho Deliberativo Técnico) e Conselho Fiscal. Lembrando-

Assembleia eleitoral 2012Nova diretoria promete não medir esforços para contribuir com o crescimento do Senepol

-se da responsabilidade para com os criadores/sócios da As-sociação pela expressiva repre-sentatividade apurado na urna.

Seu vice Presidente Sr. Jai-ro Lima também usou a pala-vra para agradecer o apoio dos sócios e enalteceu o trabalho desenvolvido em conjunto. Pre-sidente e Vice, desde a Feicorte 2.011 formaram uma chapa de coligação atuando forte para o continuo crescimento da raça Senepol. Ao final foi realizado um almoço comemorativo.

Page 96: Revista InteRural

98 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

Page 97: Revista InteRural

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Page 98: Revista InteRural

100 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

InteRural Gir Leiteiro

associação Brasileira dos criadores de gir leiteiro

Av. Edilson Lamartine Mendes, 215 Parque das Américas - Uberaba/MG -

(34)[email protected]

www.girleiteiro.org.br

Patrocínio do caderno girolando:

Os criadores de Gir leitei-ro vão realizar 15 leilões da raça gir durante a Expozebu em 2012. Dois leilões são tradicionais, como o Tradição do gir leiteiro, que irá para sua 21ª Edição e o lei-lão da Epamig, que realizará a 55ª edição.

Durante a ExpoZebu 2011, foram realizados 44 leilões, com faturamento total de R$ 53,131 milhões e 1.491 lotes comerciali-zados. Apesar da diminuição no número de leilões em 2012, a ex-pectativa da ABCZ (promotora do evento) é bastante positiva, uma vez que o mercado vem se mos-trando bastante aquecido para as raças zebuínas nos últimos anos.

Em 2011, os leilões de zebu-ínos promovidos no Brasil repre-sentaram 78% dos negócios de genética para a carne, com 739 eventos e receita de R$ 575,4 mi-lhões, de acordo com o Anuário DBO.

A 78ª ExpoZebu será rea-lizada entre os dias 28 de abril e 10 de maio, no Parque Fernando Costa, em Uberaba/MG, com o patrocínio máster da Coca-Cola, Banco do Brasil, Tortuga, Nestlé e Vale Fertilizantes, e com o apoio do Ministério da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento, Governo de Minas, Cemig e CNA.

gir leiteiro terá 15 leilões durante a expoZebu 2012No ano em que a ExpoZebu completa sua 78ª edição, a feira contará com a realização de 38 leilões, que ofertarão o que há de melhor da genética zebuína das raças nelore, gir, tabapuã, brahman, guzerá, sindi e gir leiteiro, além de jumentos pêga e marchador

29/4 - herdeiros do gir leiteiro (virtual) 20h30 - Grelhados Zebu leiloeira: Programa/Remate

1/5 - 11º kubera, Sta. bárbara e mutum gir leiteiro 13h - Tatersal Leilopec leiloeira: Programa/Leilopec

berço da Índia 20h - Centro Eventos RKC leiloeira: Programa /Remate

2/5 - 2º elite do leite gir leiteiro 13h - Tattersal ABCZ leiloeira: Programa /Remate

4º excelência da raça - gir leiteiro 20h - Centro Eventos RKC leiloeira: Programa /Remate

3/5 - gir leiteiro Puro de origem 13h - Centro Eventos RKC leiloeira: Programa /Remate

2º Seleção de ouro do gir leiteiro 20h - Tatersal Leilopec leiloeira: Leilopec/Programa

4/5 - 3º genética Provada Fazenda mutum 13h - Tattersal Leilopec leiloeira: Leilopec/Programa

Fazenda Figueira raridades do gir leiteiro 20h - Centro Eventos RKC leiloeira: Programa /Remate

5/5 - leilão de liquidação do Plantel mAAb gir leiteiro 10h - Tatersal ABCZ leiloeira: Leilopec

ProgregIr 20h - Tattersal Leilopec leiloeira: Leilopec/ Programa

6/5 - 21º tradição gir leiteiro 20h - Centro - Eventos RKC leiloeira: Programa/Leilopec

7/5 - 55º leilão de gir leiteiro da ePAmIg 09h - EPAMIG leiloeira: Djalma Tiveron

4º Confiança 20:00 - Faz. Nova Trindade leiloeira: Programa/ Remate

8/5 - Caminho das Índias 20h - Tatersal ABCZ leiloeira: Programa/ Remate

CoNtAto leIloeIrAS:leilopec: (34) 3326-5000 Programa/remate: Central reservas (43) 4009-7070

AgeNdA de leIlÕeS de gIr leIteIro dA exPoZebU 2012

CALABoRoU: PUBLIqUE E ABCZ

Page 99: Revista InteRural

101 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

O Programa Nacional de Melhoramento Genético do Gir Leiteiro, executado pela AB-CGIL - Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro e EMBRAPA Gado de Leite está sendo implementado no mu-nicípio mineiro de Tapira.

O coordenador opera-cional do programa, André Rabelo Fernandes, esteve no município para uma visita à Fazenda de propriedade do Sr. José Adriano, na região do Tamboril, para acompanhar a execução do programa no município, uma vez que o re-

ferido produtor foi o primeiro a participar e já possui animais nascidos na propriedade.

Segundo André, Tapira já conta com 4 propriedades par-ticipando do PNMGL com po-tencial de dobrar este número até o final deste semestre.

“O programa tem por finalidade avaliar o desem-penho de touros Gir Leiteiro, com o intuito de comprovar a sua superioridade genética. O PNMGL implanta nas proprie-dades parceiras um programa de melhoramento genético onde o produtor recebe gratui-

tamente o sêmen de Gir Leitei-ro, bem como todo o acompa-nhamento e controle leiteiro de suas matrizes. Em troca o produtor fornece os dados de produção dos animais” - ex-plica.

No estado de Minas a EMATER é a parceira da ABC-GIL para auxiliar na captação de rebanhos com o perfil para produção de leite.

Para participar do pro-grama ou obter mais infor-mações, estre em contato com a ABCGIL: (34) 3331-8400 ou [email protected]

o Programa de melhoramento genético do gir leiteiro chega a tapira

Page 100: Revista InteRural

102 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

O mérito ABCZ existe desde 1977, é um reconhecimento oficial outorgado pela Associação a pes-soas que tenham trabalhos e ações reconhecidamente dedicadas ao de-senvolvimento da atividade pecuá-ria baseada nas raças zebuínas.

O Senhor José Francisco Jun-queira Reis, Fundador e Sonhador da ABCGIL – Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro, recebe este

ano, durante a ExpoZebu, a Comen-da ABCZ, na categoria nacional.

A cerimônia de entrega da comenda será realizada durante a abertura da exposição, no dia 3 de maio, às 10h, na área central do Par-que Fernando Costa, em Uberaba (MG).

A ABCGIL parabeniza o criador José Francisco Junqueira Reis e co-memora a merecida homenagem.

Presidente da AbCgIl, Silvio queiroz Pinheiro participará do Conselho editorial do Pró láctea

Silvio Queiroz Pinheiro – Presidente da ABCGIL, aceitou o convite para fazer parte do Conselho do Pró Láctea (Pro-grama apresentado pelo Canal do Boi).

O Programa tem como ob-jetivo levar ao produtor rural, informações sobre os elos da cadeia produtiva do leite.

A colaboração dos con-selheiros se dará no sentido de orientar a Produção do pro-grama a buscar temas que ala-vanquem a atividade, apontem problemas e soluções e que sejam um bom canal de comu-nicação com os elos da cadeia produtiva do leite, principal-mente o produtor rural.

expoZebu 2012Vagas para o Concurso leiteiro já foram preenchidas

Poucas horas após a abertura das inscrições para o Concurso Leiteiro da ExpoZebu 2012 todas as 108 vagas foram preenchidas. A raça gir teve 73 fêmeas inscritas. A guzerá terá 27 matrizes na disputa. Já a raça indubrasil conta com 5 inscritas e a sindi com 3.

A ABCZ receberá até as 17h30 desta quinta--feira (01/03) inscrições para a lista de espera. O Concurso Leiteiro será realizado de 3 a 6 de maio, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG).

José Francisco Junqueira reis receberá o mérito AbCZ

Page 101: Revista InteRural

103 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

Page 102: Revista InteRural

104 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

FoNte: ANCA AdAPtAdo PelA eqUIPe INterUrAl

Foi realizado no dia 17 de março de 2012 no Centro de Eventos CELAR em Uberlândia a 4ª Etapa Campeonato Mineiro de apartação, com transmissão ao vivo via internet.

Foram conhecidos tam-bém os campeões e Reservado Campeões do estado das Minas

Gerais que já garantiram sua participação no Campeonato Nacional deste ano.

Em um ambiente muito familiar, alegre e descontraído e com a presença de 156 compe-tidores, o campeonato foi uma verdadeira festa, com musica sertaneja e muita interativida-de. No sábado houve o sorteio de um carro zero km. De todos os participantes foram sortea-

dos na 1ª fase 10 pessoas.Desses 10, um seria o ga-

nhador. Roberto Carlos Botelho Junior foi o felizardo, e levou para casa um Ford Ka 0 km com o patrocínio do Haras Dan Dan, Jarana Agropecuária S/A (Ha-ras Soledade), FH Cutting Horse e WV Leilões.

Essa iniciativa dos patro-cinadores veio a incentivar os participantes e na oportuni-

associação dos criadores de caValos do camaru

Av. Edilson Lamartine Mendes, 215 Parque das Américas - Uberaba/MG -

(34)[email protected]

www.girleiteiro.org.br

Patrocínio do caderno equinos:

InteRural Equinos

4ª etapa Campeonato mineiroEvento foi marcado pela disputa acirrada entre os participantes e sorteio de um carro 0 Km

Cavalo vencedor da 3ª etapa do Mineiro de Apartação em Uberlândia. Blue Boonsmal. Registro: P099979 - Proprietario Haras Dan Dan

Page 103: Revista InteRural

105 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

dade foi informado que para o próximo Campeonato Mineiro terá mais um carro zero km.

Fazendo uso da palavra Flávio Humberto Agradeceu a todos os participantes, em es-pecial a Neto Pozzi e demais companheiros que fizeram dessa edição do Campeonato Mineiro um grande espetáculo.

Agradecimento especial ao Senhor Fábio Pozzi, pro-prietário do Haras Soledade por suas infinitas colaborações com o esporte e com o fomento do Quarto de Milha e Paint Hor-se para todo Brasil. Lembrando também ao grande parceiro da ANCA, o senhor Décio Gonza-ga Júnior, do Centro de Repro-dução Gonzaga pela parceria e trabalhos prestados para essa associação.

Anca e Campeonato Mi-neiro, apartando emoções!

FoTo

S LU

CIAN

A SA

NToS

Gustavo Santos Souza - 2º colocado categoria Jovem - Haras FH CUTING HORSE - Ituiutaba - MG

Carro sorteado entre competidores Ganhador - Junio Botelho - São Paulo

Ataides De Deus Vieira Pozzi e sua filha - 3º colocado categoria No-Pro - Haras Soledade - Uberlandia - MG

Familia unida até no Team Penning. Mario Augusto, Dr. Adelmo e Maria Marcia

Page 104: Revista InteRural

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InteRural Equinos

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Page 106: Revista InteRural

108 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

A primeira etapa do 5 Cir-cuito de Team Penning, pro-movido pela Associação dos Criadores de Cavalo do Camaru (ACC), aconteceu no dia 10 de março, em Uberlândia, no Par-que do CAMARU.

A etapa foi vencida pelo trio de Araguari: Zezim, Preto e Juliano. O 2º lugar ficou para Uberlândia e o 3º para Uberaba. Mais de 700 pessoas compare-ceram ao CAMARU para acom-panhar de perto a competição marcada por muita animação e por uma acirrada disputa. Confiram abaixo a classificação completa do evento.

Próxima prova de Team Penning da ACC será realizada no dia 14 de Abril, no CAMARU.

Para mais informações procure a Associação dos Cria-dores de Cavalo do Camaru: (34) 3331 – 8400.

ACC realiza no Camaru Prova de

team Penning

team Penning - ACC - Associação dos Cavaleiro do Camaru

1ª etapa 5º Circuito - Classifição Final livrePos. Competitor A Competidor B Competidor C Categoria

1 Juliano Zezin Preto Livre2 Lucas Abdala Jau Natalia Livre3 Elaine Cristina Pedro Antonio Eduardo Faria Livre4 Leo Vitor Marcílio Livre5 Rodrigo Belizario Rafael Belizario Pitiula Livre

team Penning - ACC - Associação dos Cavaleiro do Camaru

1ª Etapa 5º Circuito - Classifição Final - Iniciante1 Tigrin Gustavo Henrique Pedro Paulo Iniciante2 Fernando Martins Amanda Luís Martins Inciante3 Gustavo Henrique Sidiney Pedro Paulo Iniciante4 Mario Junior Igor Gama Paula Oliveira Iniciante5 Guilherme Helen Gleissom Iniciante

Cavaleiros na primeira etapa do Team Penning 2012 - ACC - 292 Inscrições

Marcio Ivan-Tailandia Colors HE - Romualdo Martins Gabriela Marques - Hail Stone Playboy Hard

Rafhael Rodrigues - Filrst Sunn Pep RE

InteRural Equinos

Page 107: Revista InteRural

109 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

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Page 108: Revista InteRural

110 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

Page 109: Revista InteRural

111 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

Page 110: Revista InteRural

112 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

FoNte: roSImAr SIlVA - gIrbrASIl

O 4º Leilão Top Genética, realizado segunda-feira, dia 5 de março, na churrascaria do Porcão, na capital federal, abriu bem a temporada de lei-lões elite do gir leiteiro nacional. Segundo Evandro do Carmo Guimarães, um dos promotores do evento, “considero que para o primeiro leilão elite do ano, foi bom”. Para ele, “o mercado reagiu bem e fizemos boas mé-

dias”.

médiasPor falar em médias, o lei-

lão faturou R$ 571.800,00, com média de R$ 23.825,00. O late mais valorizado do leilão foi o da Zara Fiv Alta Estiva, oferta-do por José Mário Abdo, em que Eduardo da Costa comprou 50% da doadora por R$ 60 mil. A vaca Zara é cria de Sílvio Quei-roz, presidente da Abcgil, e é fi-lha de CA Sansão na Rara Alto Estiva.

O maior comprador foi André Oliveira Martins, que desembolsou no leilão R$ 82.800,00 e o maior vendedor foi Evandro Guimarães, das Fazendas do Basa, que faturou na noite de segunda-feira R$ 225.600,00. A

basaO estreante em Leilões de

gir leiteiro Evandro Guimarães vendeu seis lotes e atingiu mé-dia de R$ 28.200,00. Lola Fiv de Brasília, novilha ofertada pelo

InteRural Eventos

top genética fatura maisde meio milhão em brasíliaLeilão dos criadores Evandro Guimarães, José Mário Abdo, João Cruz Reis Filho e Aníbal Vercesi Filho, abre a temporada de leilões elite do Gir Leiteiro com média de R$ 23 mil

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113 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

Basa, atingiu a segunda maior valorização, sendo adquirida pelo criador mineiro de Parao-peba, Eurípedes José da Silva, por R$ 55.200,00.

Segundo Evandro do Car-mo Guimarães, o Basa, “apre-sentei ao mercado Brasileiro cinco vacas do meu plantel de doadoras filhas de grandes Ma-triarcas e acho que foram bem recebidas, agradeço a confian-ça dos compradores e espe-ro que eles possam desfrutar dessa genética preciosa do gir leiteiro brasileiro”.

doadorasEvandro se refere à FB Do-

méstica (FB Radiano X FB Sa-fadeza – 6.572 quilos de leite). Doméstica produziu nas Fazen-das do Basa, em controle oficial, 9.610 quilos de leite. O deputado cearense Francisco Feitosa de Albuquerque Lima compra a fi-lha de FB Doméstica, Gruta Fiv do Basa.

A segunda doadora do Basa é Alazã Cal, cujo controle oficial é de 11.2014 quilos ajus-tados e na primeira lactação. Ela é filha de CA Sansão na Pra-teada da Cal – 10.80 quilos de leite. Carlos Jaco Qallauer, do Rio Grande do Sul, comprou a filha de Alazã Cal, Galhofa Fiv do Basa. Wallauer é um dos proprietários da vaca Prateada da Cal.

Garoa Fiv Mutum, 9.755

quilos de leite, é a terceira vaca com filhas no leilão Top Gené-tica, filha de Edra Fiv Mutum – 7.667 quilos de leite - com CA Sansão. André Oliveira Martins, de Minas Gerais, comprou a fi-lha de Garoa Fiv Mutum com Vaidoso da Silânia, a novilha Goiabada Fiv do Basa. André comprou também a novilha Granna do Basa, filha de Major dos Poões na Helen Fiv de Bra-sília, que produziu 13.813 quilos de leite/ajustada na primeira lactação. Helen é filha de Rotina de Brasília, 15.264 quilos de lei-te, com o CA Sansão.

Fontana de OG, 11.299 quilos de leite/ajustada, filha de Bem Feitor Cal na Ronda da Cal, 7.446 quilos de leite, pro-duziu com Fardo Fiv Mutum a novilha Gliter Fiv do Basa, que foi adquirida pelo criador Paulista Antônio Carlos Can-to Porto Filho. Antônio Carlos comprou também a Gafe Fiv de Brasília, filha de CA Sansão com Fábrica de Brasília, que produziu nas fazendas do Basa em controle leiteiro oficial a marca de 10.988 quilos de lei-te. Fábrica é filha de Modelo de Brasília na Tática de Brasí-lia, que tem lactação de 13.123 quilos de leite na primeira lac-tação/ajustada

luzíadaPor fim, Evandro destaca a

vaca União TE de Brasília, 15.011

quilos de leite, que produziu com o touro CA Sansão a novi-lha Lola Fiv de Brasília, vendida para Euripedes José da Silva. Lola é neta de Luzíada de Brasí-lia, mãe de Unão de Brasilia.

gado bomEvandro diz que outras

tantas filhas de “grandes ma-trizes do gir leiteiro nacional também produziram filhas excepcionais, as quais, com o tempo, vamos mostrar para o Brasil e algumas nos vamos disponibilizar para o mercado com muito prazer”. Ele infor-ma que promverá a 1ª Tempo-rada de Vendas das Fazendas do Basa, de 31 de março a 7 de abril, em que serão ofertadas aproximadamente 100 netas das grandes matriarcas, “filhas das nossas doadoras com tou-ros provados”.

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da redação com colaboração do Portal girbrasil

O Parque de Exposições de Lagoa da Prata, no Centro--Oeste mineiro, nos dias 9,10 e 11 de março recebeu criadores e investidores que vieram dos quatro cantos do Brasil para comprar o melhor Gir Leiteiro da atualidade.

A Fazenda Rancho Fundo das Grotadas, capitaneada por Tomáz de Aquino, foi a idealiza-dora do evento. De acordo dom Tomáz, “o leilão ofereceu gran-des animais de consagrados criatórios brasileiros, animais de elite, controlados oficial-

mente e de pedigree garantido”. Além da qualidade indiscutível dos animais, Tomáz viabilizou rotas de frete, tornando o even-to ainda mais atraente.

Sexta-feira, dia 09, du-rante todo o dia, os criadores tiveram a oportunidade de ad-quirir touros e tourinhos em negociação direta na feira de tourinhos. A oferta de 50% de 10 animais teve faturamento de R$ 16.250,00, média de R$ 3.250,00.

elIte grotAdAS

Dia 10, a partir das 14h, aconteceu o Leilão Elite Grota-

das e Convidados, com trans-missão ao vivo pelo Canal Ter-ra Viva e assessoria de Rafael Veloso da G Leite. A leiloeira responsável pelas negocia-ções foi a Terra Leilões. Foram ofertados 37 lotes de fêmeas, prenhezes e bezerras. Sendo 10 oriundos da Fazenda Grota-das e os demais de convidados especiais. “Tivemos 90% de liquidez no leilão, a média de preços foi muito boa, surpre-endeu, superando as nossas expectativas”, ressalta Tomáz.

O faturamento total do Leilão Elite Grotadas foi de R$ 847.800,00, com uma exce-lente média de R$ 22.913,51.

InteRural Eventos

Fazenda grotadas promove grande evento em lagoa da PrataA qualidade dos animais e o prestígio de Tomáz de Aquino fizeram do evento um grande sucesso

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O destaque do evento foi a venda da Clipéia Villefort, descendente direta de C.A Sansão, que traz na sua linha baixa a consagrada Restinga. Um exemplar único do Gir Lei-teiro, com toda caracterização e padrões da raça, um show de animal que foi vendido por R$ 48.000,00.

Dentre tantos investido-res, destacamos o criador Mar-cos Valadares Mascarenhas Diniz, da Fazenda Varginha, em Curvelo-MG. Marcos foi o principal investidor no leilão Elite Grotadas, levando para o seu plantel quatro animais de muita qualidade pelo valor total de R$ 121.400,00. Marcos também participou do leilão ofertando uma dose de sêmen do touro Radar dos Poções.

O criador paulista José Antonio Bordin, da Fazenda Araquá, foi um dos convida-dos especiais do leilão. Bordin ofertou 50% de uma das doa-doras de maior valor genético da Araquá. Cartagena de Bra-sília, com produção oficial pela ABCZ acima de 10 toneladas de leite, acumula ainda o título de Campeã do torneio leiteiro da Feileite 2011, com média diária de 45,183 kg e pico acima de 46kg/dia. Lactação de 10.374 kg em 344 dias. “Um leilão muito agradável, bastante mo-vimentado, com uma liquidez boa, ótimo valor médio dos animais, presenças de lideran-ças políticas, enfim, um grande evento. O Tomáz está de para-béns”, declara Bordin.

goVerNAdor

Um dos sinais do suces-so do evento foi a presença de Alberto Pinto Coelho, vice--governador e governador em exercício do estado de Minas Gerais, na companhia do pro-curador Geral de Minas. Tomáz,

Adriano Okano, de São Paulo, também prestigiou o leilão Grotadas

Encontro de Assessores Roberto Horta Leite Gir, Rafael Veloso G Leite e Marcelo Solé - Solé Assesoria se encontraram no leilão Grotadas

Grandes e importantes criadores prestigiaram o leilão grotadas, Alberico de Souza Cruz, José Ricardo Fiúza Horta e José Afonso Bicalho

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emotivo como sempre, disse que além dos bons negócios, pode comprovar como os cria-dores de Gir estão unidos em Minas Gerais, prestigiando eventos da raça e valorizando essa união.

leIlão de ProdUção

O leilão de produção de domingo teve início às 11h, com o apoio da Estância Bahia e transmissão ao vivo pelo Terra Viva. Tomáz de Aquino; Paulo Roberto Andrade Cunha, Fazenda Genipapo, Uberlân-dia-MG; José Antonio Bordin, Fazenda Araquá, Charqueada--SP; e João Machado Prata Ju-nior, Fazenda Aprazível, em Uberaba-MG, assessorados pela G Leite ofertaram 80 ani-mais registrados e controlados em 46 lotes. O leilão foi mais uma vez um sucesso e mes-mo sendo realizado no mesmo horário de mais dois leilões virtuais de Gir, foi o que obteve maior liquidez e faturamento.

O faturamento total foi de R$ 279.120,00, com média de R$ 4.896,00. O maior com-prador desse leilão foi Miguel Bernardes, de Lagoa da Prata, comprando R$ 43.200,00.

João Machado, da Fazen-da Aprazível, ficou muito satis-feito com o evento. “Vim para Lagoa da Prata e prestigiar o amigo Tomáz é um prazer. O leilão de Elite foi muito bom, sucesso absoluto, média acima das expectativas de qualquer pessoa que estava presente. Esse sucesso é devido primei-ro pela qualidade dos animais que ele conseguiu aglutinar e, segundo, pela amizade e pres-tígio que o Tomáz tem no meio. Estou muito satisfeito de ter participado junto a ele deste grande evento e sempre esta-rei presente nos eventos Gro-tadas”, conclui.

InteRural Eventos

José Coelho Vitor e Mariângela Mundin foram convidados especiais do leilão. José Coelho comprou o lote de Mariangela

Segundo o promotor do evento, mais de 300 pessoas presenciaram o leilão elite

Marcos Valadares Mascarenhas, de Curvelo (MG), ao lado Tomáz, foi o maior comprador do

leilão elite

Salim, criador e professor da Puc Minas, onde gerencia a prova de produção de leite de novi-

lhas Gir, também prestigiou o evento

Pinto Coelho, governador em exercício de Minas, Tomáz de Aquino e o procurador geral de Justiça do

Ministério Público mineiro, Alceu José Torres Marques

Virgilio Villefort, vendedor no leilão Grotadas, também concedeu entrevista direto do recinto

em nome dos convidados

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117 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

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118 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

dA redAção

Nos dias 15 e 16 de março de 2012, aconteceu em Uber-lândia-MG o XVI Curso Novos Enfoques na Produção e Re-produção de Bovinos. O evento foi um grande sucesso e contou com a participação de pecua-ristas de toda a América Latina.

Diversos palestrantes de renome internacional aborda-

ram temas atuais na produção e reprodução de bovinos de leite e corte, dentre eles a ferti-lidade de vacas leiteiras de alta produção, um assunto recen-temente muito discutido e cada vez mais polêmico. Pesquisas têm sido conduzidas tentando responder às perguntas: Alta produção de leite é compatível com reprodução? As taxas de gestação destas vacas ao lon-

go do ano estão de fato dimi-nuindo ou a baixa fertilidade de vacas de alta produção de leite pode ser associada a falhas no manejo e a ineficiência dos téc-nicos e produtores em suprir as necessidades nutricionais para a alta produção?

Discussões acerca do ma-nejo dos animais desde o seu nascimento. Como fazer uma vaca ter uma média anual sa-

InteRural Eventos

xVI Curso Novos enfoques na Produção e reprodução de bovinos Seminário discutiu assuntos atuais no manejo de bovinos de corte e leite

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119 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

tisfatória de produção? O que fazer para ter animais longevos? As vantagens e desvantagens do confina-mento. Avaliações sobre custo x benefício. Como tratar as principais doenças dos rebanhos? Enfim, foi um evento repleto de informa-ções, e quem esteve presen-te com certeza voltou para casa munido de novos me-canismos para melhorar seu sistema de produção.

As modernas instala-ções do Center Convention, equipadas com fones indi-

viduais, datashow e muita tecnologia, possibilitaram aos participantes apren-der com conforto e assistir a diversas palestras sem exaustão.

Diversas empresas do agronegócio marcaram pre-sença com estandes, apro-veitando a oportunidade para divulgar seus produtos e tirar dúvidas dos partici-pantes. Vale a pena conferir as palestras na íntegra no site da Conapec e obter in-formações úteis para a vida toda.

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120 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

InteRural Eventos

No dia 11 de março, os cria-dores de todas as regiões do país tiveram a oportunidade de adquirir genética superior da raça Girolando. A Fazenda Nos-sa Senhora do Carmo, em Pra-ta-MG, capitaneada por Ger-mano Novais Franco, realizou o 1º Leilão Virtual Supremacia da Raça. O evento contou com a participação especial de Luis Fernando Dela Corte, da Fazen-da Araras, em Morrinhos-GO.

O Supremacia da Raça ofertou 25 vacas Girolando em lactação, 20 novilhas prenhas, 40 bezerras de FIV, 20 animais

Supremacia da raçaFazenda Nossa Senhora do Carmo aumenta sua cartela de clientes, comercializando genética superior para todo o Brasil

especiais para pista, além de prenhezes. A leiloeira respon-sável foi a Nova Sat Leilões e a transmissão feita pelo Agro-Canal. O evento foi um grande sucesso e a genética Nossa Se-nhora do Carmo foi difundida para os quatro cantos do Bra-sil. Para Germano o resultado foi muito satisfatório. “Quero agradecer muito a todos pelo prestígio e dizer que para nós, da Fazenda Nossa Senhora do Carmo, é um grande orgulho ter nossa genética espalhada pelo país. Agradecer imensamente a todos os compradores e dese-jar a eles sucesso com os ani-mais, que eles tragam muitos frutos. Agradecer a todos que estiveram presente no Casa Bela Eventos, que foi o ponto de encontro, e agradecer também aos que estiveram prestigian-do pelo AgroCanal durante a transmissão do leilão. O nosso muito obrigado a todos”.

O leilão teve 58 animais vendidos, um faturamento to-

tal de R$ 291.840,00 e média de R$ 5.032,00. O grande destaque foi a venda da doadora Amiréia FIV Bradley, que foi arrematada por R$ 22.080,00 por Eire Ênio de Freitas e Filhos de Prata-MG. Outro destaque foi a venda de uma aspiração de uma das principais doadoras da Fazen-da Nossa Senhora do Carmo, Diaria FIV Vazz por R$ 8.640,00 para Luiz Pereira do Nascimen-to de São Gabriel da Palha-ES.

Os diversos compradores do Leilão Supremacia da Raça, além de todos os pecuaristas do Brasil, em junho terão mais uma oportunidade de adquirir gené-tica N. S. do Carmo. Germano Franco, juntamente com Sal-vador Marck Markowicz Neto, da Fazenda São Paulo e con-vidados especiais vão realizar durante a MegaLeite um grande leilão, em que serão disponibi-lizados o que há de melhor em seus plantéis, entre doadoras de embriões, animais de pista e para torneio leiteiro. A leilo-eira será a Programa Leilões e a transmissão ficará a cargo do Terra Viva, tudo assessorado pela dupla Celso Menezes e Boi.

“Quero aproveitar para convidar todos para o 1º Leilão Celeiro da Raça e convidados, dia 05 de julho de 2012, às 14h, durante a MegaLeite. Aguardo todos lá, será um grande evento e queremos contar com a parti-cipação de todos”.

“Fazenda Nossa Senho-ra do Carmo, produzindo o que há de melhor do Girolando e Gir Leiteiro”.

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Page 119: Revista InteRural

121 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

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Page 120: Revista InteRural

122 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

Por gUStAVo rIbeIro

O Girolando é caracteriza-do como produtor de leite pela sua funcionalidade e sua fácil adaptação ao clima tropical.

As fêmeas girolando, pro-dutoras de leite por excelência, possuem características fisio-lógicas e morfológicas perfeitas para a produção nos trópicos (capacidade e suporte de úbe-re, tamanho de tetas, fatores intrínsecos à lactação, pigmen-tação, capacidade termo-regu-ladora, aprumos e pés fortes, conversão alimentar, eficiência reprodutiva, etc.) atribuindo um desempenho muito satisfatório economicamente.

FAZeNdA VAlINhoSDaniel e Magnólia da Sil-

va são os proprietários da Fa-zenda Valinhos que há muitos

anos aposta na produtividade do Girolando. Em 1994, a Fa-zenda Valinhos deu um grande salto em seus negócios, quando adquiriu o primeiro botijão de sêmen e deram inicio aos tra-balhos de acasalamento dire-cionado, utilizando os melhores touros do mercado. Tantos anos de aprimoramento dos animais da Fazenda Valinhos, fez com que Daniel e Magnólia, sejam proprietários de um plantel re-ferência na produção de Giro-lando.

A Fazenda Valinhos tem produção hoje de 2600 litros de leite/dia, em um sistema semi--intensivo de produção. Além do trabalho de melhoramento genético com suas matrizes, através do processo de FIV das principais doadoras,oferecendo ao mercado o melhor da genéti-ca Valinhos.

A procura por animais com genética superior não é mais uma tendência de mer-cado, mas sim uma realidade que pode ser facilmente com-provada através dos números que apontam uma valorização considerável dos indivíduos avaliados como geneticamen-te superiores. É um mercado consistente, em forte expansão e que tem na raça Girolando, aquela que reúne as melho-res condições de aproveitar as grandes oportunidades desse pujante mercado.

Para produzir genética de ponta antes de tudo é necessá-rio gostar do que faz. “Acima de tudo, ser um apaixonado pela arte de seleção e pelo trabalho de melhoramento genético do rebanho. É fundamental estar bem informado, atento as ino-vações e principalmente ter um

dois grandes criatórios e uma oferta imperdível de animais superiores

InteRural Eventos

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123 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

objetivo de seleção bem esta-belecido. É necessário também ter uma equipe competente, composta por profissionais preparados e que estejam ver-dadeiramente envolvidos nas atividades de manejo e sinto-nizados com o processo de me-lhoramento do rebanho”, avalia Magnólia.

JAVA PeCUárIAA veterinária Daniella

Martins da Silva, juntamente com o Engenheiro Agrônomo Paulo Melo, são os responsá-veis pelos trabalhos na Java Pecuária.

A Java Pecuária é oriunda da união dasFazendas Jataí de (Paulo Melo), que já criava Gi-rolando e produzia leite através de animais Girolando e da Fa-zenda Valinhos, de propriedade da família de Daniella, forman-do a Java Pecuária, cujo slogan é “Unidos por uma Raça”.

A Java Pecuária se dedica incansavelmente a seleção e ao aprimoramento genético da raça Girolando. “Temos uma fi-losofia de seleção marcante que consiste na identificação de in-divíduos superiores sempre nos pautando em informações de pedigree, tipo e acima de tudo, produção. Dentro desse contexto, procuramos selecio-nar doadoras ½ sangue, prove-nientes das mais consagradas linhagens da raça Holandesa, com o objetivo de produzir in-divíduos da raça Girolando re-almente superiores e de alto valor genético”, declara Paulo Melo.

Na fazenda não há rele-vante produção de leite, são produzidos em torno de 600 litros/dia, sendo que a multipli-cação da genética é o foco prin-cipal da fazenda.

É com essa genética que tanto a Java Agropecuária, quanto a Fazenda Valinhos, dis-

putam e conquistam títulos em diversas pistas de julgamen-tos espalhadas pelo país. Toda equipe é apaixonada pelos jul-gamentos e acreditam que é uma grande ferramenta para melhorar a forma de trabalho.

“Gostamos bastante de participar de pistas, participa-mos das principais exposições no Brasil, achamos isso im-portante, pois é uma forma de divulgarmos nosso trabalho, nosso processo de seleção, e de avaliarmos como está sen-do a evolução do tipo funcional de nosso rebanho”, afirma Da-niella.

“Temos uma convicção muito forte de que a conforma-ção é o argumento da produção, dessa forma animais morfo-logicamente superiores serão certamente aqueles mais pro-dutivos e mais longevos dentro do rebanho”, ressalta Paulo.

PArCerIAS de reSUltAdoTer bons parceiros é uma

garantia de bons resultados. Não adianta concentrar todas as decisões e tarefas nas mãos de apenas um, pois já dizia o ditado, “duas cabeças juntas, pensam melhor que uma”. E quando esse parceiro é alguém de sua total confiança? Alguém

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124 | Interural - a revIsta do agronegócIo | abrIl de 2012

InteRural Eventos

próximo a você que te entende melhor que ninguém? Pode--se dizer que é a fórmula para o sucesso, quando avaliamos o desempenho do trabalho fami-liar desenvolvido na Java e na Valinhos.

De acordo com Daniella por as fazendas estarem situ-adas no mesmo local, facilita nas tomadas de decisões e no julgamento das tomadas de decisões. “Trocamos bastante ideias entre nós, lógico cada um com o seu jeito de criar e proje-tos... nós da Java Pecuária tam-bém trabalhamos na Semex, portanto fazemos todo a parte de acasalamento da Fazenda Valinhos. Acompanhamos todo o trabalho na fazenda, desde a produção de leite até a parte sanitária do rebanho, fazemos isso primeiro porque temos um AMOR MUITO GRANDE PELO QUE FAZEMOS e também, toda atividade para ser bem sucedi-

da tem que estar aos olhos do dono”, conclui.

A SEMEX é a principal parceira das duas fazendas. Todos os trabalhos de biotec-nologia são desenvolvidos em parceria com a empresa. “Tra-balhamos na raça Holandesa apenas com touros provados e temos como principal parceira a SEMEX, onde encontramos touros de alta confiabilidade e valor genético e uma prova altamente condizente com o que vamos ver no animal nas-cido. Já na raça Gir e Girolan-do usamos touros provados e também em teste de progênie, touros estes vindos de exce-lentes matrizes acasaladas com os melhores reprodutores. A importância deste criterio-so processo de seleção é que usando animais geneticamen-te superiores, com certeza fa-remos animais geneticamente superiores também, onde uma

geração tem que ser obrigato-riamente melhor que a outra”, pondera Paulo.

merCAdoO agronegócio como um

todo vive um ótimo momen-to. Em 2012 a produção bra-sileira de grãos deve chegar a 157,8 milhões de toneladas. Estimulada pelo fortalecimen-to da demanda doméstica e crescimento das exportações, o mercado de leite deve conti-nuar crescendo em 2012. Essa é a previsão da Leite Brasil, asso-ciação que representa os pro-dutores brasileiros.

O setor fechou 2011 com uma produção total próxima de 31 bilhões de litros, um modes-to crescimento de 1% em rela-ção ao ano de 2010. Para 2012, o volume deve subir para 32,3 bilhões de litros, um avanço de 4%.

“A pecuária leiteira in-questionavelmente vive um de seus momentos mais con-sistentes. Temos uma forte valorização do preço do leite, que já extrapola a casa do real na maioria das bacias leiteiras e com uma forte tendência de estabilização dos preços, o que obviamente, confere ao produ-tor um cenário mais confiável para a definição de suas estra-tégias de atuação, sejam elas relacionadas à expansão da produção, ou a investimentos na propriedade ou ate mesmo a adoção de novas tecnologias”, avalia Magnólia, otimista com as perspectivas de mercado.

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4º leilão Virtual Fazenda Valinhos, Java Pecuária e Convidados

A primeira edição do Lei-lão Virtual das Fazendas Vali-nhos e Java Pecuária surgiu da própria cobrança natural dos assessores, criadores e admi-radores do trabalho das pro-priedades que afirmavam que estava na hora de comparti-lhar com o mercado os fru-tos desse criterioso processo de seleção. A primeira edição nasceu desse compromisso de ofertar o que se tem de melhor e foi um sucesso total. Ani-mais vendidos para diferen-tes estados da federação, para os mais diferentes sistemas de produção e que atenderam plenamente as expectativas dos mais exigentes criadores. Daí em diante Daniella, Mag-nólia, Paulo e Daniel fizeram um acordo para organizar um leilão anual, que acontece todo mês de abril e que tem a marca da seriedade e do compromis-so de criadores que acreditam na raça girolando como a op-ção mais viável para produção de leite nos trópicos.

Em 2012, o leilão chega a sua quarta edição, mais uma vez será uma oferta imperdível de animais superiores. O 4º Lei-lão Virtual Fazenda Valinhos, Java Pecuária & Convidados, acontece dia 22 de abril, do-mingo, a partir das 14:00 horas, com transmissão ao vivo do AgroCanal. A leiloeira é a Nova Sat Leilões e a assessoria é fei-ta por Boi e Celso Menezes. As empresas SEMEX, Agroceres, DeLeval, Cooprata, Boostin e CCM são as patrocinadoras desse grande leilão que vai ofertar genética de resultados comprovados.

“O leilão está recheado de

CoNVIdAdoS eSPeCIAIS

Pedro Ananias – Fazenda Congonhas Ildo Ferreira Jerônimo Gomes Ferreira - Fazenda Morada Corintiana José Antônio da Silveira - Agropecuária Xapetuba Luciano Gouvêia Filgueiras – Fazenda Baixada Rodolfo Engel Cauhy - Fazenda Guanabara ESTÂNCIA BERRANTE – Girolando 2R Ronaldo Parreira Sábia – Fazenda Alvorada

qualidade do começo ao fim. Ele está dimensionado para aten-der as diferentes demandas do mercado. Serão ofertados ani-mais jovens de FIV, novilhas inseminadas, bezerras de pista, prenhezes das principais do-adoras e vacas em produção”, destaca Daniella.

Serão ofertados 50 lotes, incluindo os lotes dos convi-dados especiais. Uma oportu-nidade única para adquirir 120 fêmeas girolando registrado. Animais de muita produção e genética.

A equipe da Java e Vali-nhos esperam mais uma vez realizarem um grande evento.

“As expectativas são as melho-res possíveis e por essa razão é que estamos disponibilizando aquilo que tem de melhor den-tro de nosso criatório. Dessa forma contamos com a parti-cipação de todos os produtores, criadores, amigos e entusias-tas da raça Girolando para nos prestigiarem nesta 4ª edição do leilão. O IV Leilão Valinhos e JAVA Pecuária foi muito bem preparado para atender o nos-so exigente mercado Girolando, certamente será uma edição muito especial!!!Contamos com a sua participação!

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InteRural Eventos

Confira alguns destaques do leilão da Fazenda Valinhos

PAISAgem ArISteU VAlINhoS 3/4 - Animal do time de pista da Valinhos, muito bem caracterizada dentro do Girolando ¾ . Sua parte produtividade é o seu destaque, um arqueamento de costelas invejável!

boNdAde FIV wIldmAN VAlINhoS 3/4 Animal de destaque no Girolando ¾, filha

de uma das grandes doadoras ½ - Bandeira Paladino, novilha com futuro promissor em produção! Já está com prenhez positiva de

três meses com Aristeu.

lINdA beZerrA 5/8 PS Filha da Imagem Curi-matã Valinhos x Thor

ou Vilão – livre escolha, bezerra está com 30 dias,

com um futuro de pista promissor!

grINAldA FIV SAmUelo VAlINhoS 5/8 Bezerra tirada do time de pista da Valinhos de 2012,

filha de Carícia Paladino Morada Corintiana, com um dos principais touros holandeses da Semex – SAMUELO. Ótima conformação, bons aprumos,

angulosidade e uma caracterização leiteira formi-dável, são suas principais características!

Prenhez da Alemanha barbante morada Corintiana x windbrook – O principal touro

holandes para conformação, produção, úbere e aprumos, grande raçador da bateria Semex,

touro que está sendo usado nas principais doadoras do brasil!!!

Previsão de parto: 24/Julho/2012

glorIA bAtIlA VAlINhoS PS Animal de destaque no Girolando PS, aos

24 meses já está com prenhez positi-va de quatro meses do Falcon, um dos

grandes touros 5/8 da raça, filho da Laranja x Morty.

ArIANA FIV teAtro VAlINhoS 1/4 – Be-zerra Girolando ¼, filha da doadora destaque ½ - Esportiva Chairman Kathiavar – com um dos maiores raçadores GIR do mercado – Tea-tro da Silvania. Futura doadora para produzir

excelentes animais Girolando 5/8.

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Confira alguns destaques do leilão da Java Pecuária

JoVIANA CUrImAtã JAVA 5/8 PS – filha de umas das vacas mais bem conceituadas no mercado Girolando 5/8 – LAMA PRETA KAMUELA LHEROS, doadora consagrada que tem lactação superior a 14.000Kg de leite.

royAl belINdA te 1/2 - novilha ½ vinda de criatório conceituado de Carambeí, onde se

encontra o berço das doadoras Holandesas para fazer o ½, filha do conceituado Jaguar TE Gavião. Família materna com três gerações de lactação

acima de 10.000Kg de leite.Bezerra premiada nas pistas e do time de futuras doadoras!!!

ProgeNIe eSCANdINAVIA mergUlhão 3/4 – duas bezerras filhas de Escandinávia Mergulhão,

doadora destaque de nosso rebanho, com lactação ultrapassando 12.000Kg na 1ª cria. Uma

filha de Buckeye e outra filha de Final Cut, dois dos touros mais bem conceituados da SEMEX.

1/4 CASCAtA x teAtro – filha de nossa principal doadora ½ com o

Teatro, touro Gir que fez a diferença dentro do Girolando, excelente

oportunidade de adquirir a melhor base para fazer o Girolando 5/8!!!

AdrIA PArAmoUNt xAPetUbA 1/2 – novilha prenhe, filha

do conceituado Paramount com a doadora Oratória, vaca

Gir proveniente do criatório Calciolândia.

AtreVIdA JAgUAr JAVA 1/2 - animal de família inquestionável, filha de vaca holandesa

muito bem conceituada (ACB INTEGRITY SUKITA), do criatório de Arthur Patrus com um dos touros Gir mais respeitados no mercado – Jaguar. Novilha que tem um brilhante futuro,

com certeza doadora diferenciada no rebanho!!!

belA FIV Pombo da tropical 1/2 - novilha com prenhez positiva, filha de uma das

grandes doadoras Gir da Tropical Genética – FEITICEIRA e irmã de uma das grandes

doadoras ½ do mercado – CASCATA SUN UP MAMJ - de propriedade da JAVA

PECUÁRIA.

A Java Pecu-ária preparou uma oferta imperdível de novilhas ½ prove-nientes de famílias consagradas tanto da raça holendesa quanto da raça Gir Leiteiro. São animais que estavam sendo selecionados para serem as mães da nossa próxima gera-ção. São indivíduos que servem tanto para incrementar o time de doadoras de criadores tradicionais quanto para encabe-çar o elenco de doa-doras daqueles que estão iniciando suas atividades na raça.

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EspaçoGourmet

dos Pampaspara o mundo

A tradição secular de fazer churrasco mesmo com tantas mudanças na culinária mundial permanece simples e saborosa

Por gUStAVo rIbeIro

A carne sempre esteve na alimentação do homem desde o tempo das cavernas. Nessa época qualquer caça previa-mente assada na brasa era a garantia de sua sobrevivência.

Originário do Rio Grande do Sul, o churrasco surgiu no

século XVII, nas imensidões dos Pampas, quando essa parte do Brasil, disputada por caste-lhanos e paulistas, era ocupa-da por milhares de cabeças de gado selvagem, oriundas de Buenos Aires e de outras áreas da Argentina e do Uruguai.

A princípio, o churrasco, como o conhecemos, era ra-

ríssimo, pois naquela época não havia a preocupação com o comércio da carne bovina, mas sim com a obtenção de couro e de sebo. Para isso, realizavam--se as vacarias, as matanças de gado. Os vaqueiros, depois de correrem, cercarem e mata-rem os bois, cortavam o pedaço mais fácil de partir e o assavam

FoToS CLÉCIo DUARTE

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o Segredo do CheFe

Rodrigo de Paula há 25 anos faz churrasco para diversos tipos de público e número de pessoas. Para lidar com um mercado cada vez mais exigente, Rodrigo aconselha que seja utilizado apenas sal grosso como tempero, carvão de eucalipto e que a carne seja assa-da no mínimo a 60 cm da brasa. De acordo com o Chefe, o fundamental é privar pela qualidade da carne. “Se a carne for ruim, ninguém faz milagres. O tempero para a carne bovina e suína não tem segredo, utilizamos somente o sal grosso. Usar temperos e condimentos prontos pode causar alergia nas pessoas, além de provocar flatulências”, ressalta Rodrigo. Depois de um conversa descontraída com o chefe a respeito do churrasco, tivemos a oportunidade de testar na prática o que ele propôs na teoria. E amigo leitor, realmente Rodrigo tem razão. O tempero estava ideal, possibilitando sentir o real gosto da carne. O tempo que ela foi assada estava ideal e a maciez impecável, hon-rando os tradicionais churrascos gaúchos.

inteiro num buraco aberto no chão, temperando-o com a própria cinza do braseiro.

A fórmula não poderia ser mais simples. O homem do campo, que vivia na região dos Pampas criando gado bovino, não tinha muito tempo para preparar as suas refeições. Um belo dia resolveu assar alguns pedaços de carne, em fogo feito no chão e espeto de pau, tem-perada única e exclusivamente pelo sal grosso que oferecia aos animais como complemento alimentar. Estava descoberto o churrasco, iguaria que se espa-lharia por todo o país.

A humanidade evoluiu e o preparo da carne também, recebendo inúmeros molhos e temperos das mais variadas ervas. Mas foi no Rio Grande do Sul, há algumas centenas de anos atrás, que o gaúcho criou o seu prato predileto, o chur-rasco, ganhando a preferência nacional e a admiração inter-nacional.

ChUrrASCo PArA oS

AmIgoS dA terrA

Durante o Dia de Campo do CAT, os organiza-dores proporcionaram aos participantes um delicioso churrasco, preparado especialmente pelo Chefe Rodrigo de Paula Pinto e sua equipe. A preparação do chur-rasco do CAT começou às 9h30 e a equipe preparou 150 kg de carne para os 300 convidados que degustaram o tradicional churrasco ouvindo uma boa música sertaneja.

PrAto PrINCIPAl

ChurrascoContrafilé, Alcatra,

Lombo Suíno, Linguiça de Pernil, Coxinha e Tuli-

pinha de Frango.

AComPANhAmeNto

VinagreteTomate, cebola, cheiro verde, vinagre, azeite extravirgem, sal fino,

Ajinomoto, pimenta e pão francês.

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(67) 3232-1212BR 262, km 627

lado esquerdo - Miranda – MSe-mail [email protected]

Animais avaliados pelo

programa Melhor do Geneplus Embrapa

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