revista interural - junho de 2010

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InteRural - Revista do Agronegócio | Julho 2010 www.interural.com R$ 7,90 | Nº 28 | DEZEMBRO DE 2009 | ANO 3 R$ 7,90 | Nº 35 | JULHO DE 2010 | ANO 4 www.interural.com ANO 4 | JULHO DE 2010 | Nº 35 MASTITE VACAS LEITEIRAS Avanços na utilização de nitrogênio não proteico na nutrição PáGINA 56 PáGINA 62 PáGINA 86 Métodos de identificação para a tomada de decisão de controle e tratamento Entrevista com Roberto Leão VIDA DE LEILOEIRO InteRural Revista do Agronegócio Tropical Genética Tropical Genética PáGINA 40 Maior produtora de leite da raça Gir leiteiro no Brasil Maior produtora de leite da raça Gir leiteiro no Brasil

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Confira a edicao de Junho da Revista InteRural.

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InteRural - Revista do Agronegócio | Julho 2010www.interural.com

r$ 7,90 | nº 28 | dezembro de 2009 | Ano 3 r$ 7,90 | nº 35 | JULHo de 2010 | Ano 4

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w.interural.com

Ano 4 | JULHo

de 2010 | nº 35

MastiteVacas Leiteiras

Avanços na utilização de nitrogênio não proteico na nutrição

Página 56 Página 62 Página 86

Métodos de identificação para a tomada de decisão de controle e tratamento

Entrevista com Roberto Leão

ViDa DE LEiLOEiRO

Interuralrevista do A

gronegócio

Tropical genéticaTropical genética

Página 40

Maior produtora de leite da raça gir leiteiro no BrasilMaior produtora de leite da raça gir leiteiro no Brasil

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Na capa deste mês, apresen-tamos uma das melhores empresas de genética do país. Quem busca qualida-

de em produção leiteira e uma genética superior das raças Gir e Girolando, com certeza, já ouviu falar da tropical Genéti-ca. a empresa surgiu há cerca de dois anos com a união de duas grandes em-presas do agronegócio: Gama Pecuária, de Milton de almeida Magalhães Júnior e o filho, Milton Neto, e a curicaca agro-pecuária, dos irmãos Joaquim Lima e Vicente Nogueira. essa união trouxe em sua bagagem uma tradição na criação das raças Gir e Girolando de mais de 23 anos. Já foram várias conquistas em pis-ta, além de muitos leilões que compro-vam a qualidade dos animais produzi-dos pela empresa. De acordo com o resultado do controle oficial realizado pela associação Brasileira dos criado-res de Zebu (aBcZ), a tropical ocupa a posição de maior produtora de leite pro-

veniente de Gir leiteiro no Brasil. Foram produzidos, em média, mais de 1.400 litros de leite/dia, de 83 vacas ordenha-das, com produtividade de, aproximada-mente, 18 litros por vaca/dia. Nessa matéria, pode-se conhecer um pouco mais sobre a empresa, que já se progra-ma para o leilão do dia 30 de julho para efetuar ótimas compras. Por falar em ótimos negócios, quando lançarmos essa edição, a Megaleite 2010 já vai estar bem no fim, por isso, decidimos não colocar nada por enquanto aqui, para que, na próxima edição, a de agos-to, a interural venha recheada, com to-dos os resultados e acontecimentos ocorridos durante a principal feira leitei-ra do país. ainda nesta edição, várias ma-térias que dão uma volta pelo agronegó-cio, agricultura, pecuária, ovinocultura, mercado, enfim, tudo para que se possa ficar muito bem informado para realizar ótimos negócios nas propriedades.

Um caderno que já virou tradi-ção na revista é o espaço Gourmet. Nesta edição nos reunimos em clima de copa do mundo na agropecuária Águas cristalinas, há cerca de 30 km de Uber-lândia-MG. Wellington Vieira Pereira e sua esposa, Noely, preparam um deli-cioso cordeiro assado para a interural e seus convidados. Vale a pena conferir mais um agradável encontro entre ami-gos. Já no caderno de leilões, você fica por dentro do resultado dos principais leilões que movimentaram o mês de ju-nho. Preparamos uma bela revista, com matérias e reportagens escolhidas com muito critério e profissionalismo para que você, leitor, seja sempre muito bem informado. espero que goste e até a próxima edição.

renata Paiva, Diretora de Jornalismo interural

eDitoriaL

w w w . i n t e r u r a l . c o m

Direção geralMário knichalla [email protected] [email protected]

Editora e jornalista responsávelRenata Paiva Mtb 12.340 Mg

Diretor ComercialMário Knichalla Neto

RevisãoIvone Assis e Ione Mercedes

DiagramaçãoCarolina Messias da Silva

RedaçãoWolney Domingos [email protected]

Consultoras de VendaFabíola [email protected]

Lydiane [email protected]

Daiane [email protected]

Consultoria JurídicaBreno Henrique Alfonso de Arruda

Fotógrafos ColaboradoresClécio Duarte / Francisco César

ColaboradoresAgripoint / ReHagro

Pré-impressãoCTP Registro Digital

ImpressãoGráfica Brasil

InteRural Uberlândia - MGRua Rafael Marino Neto nº 600Bairro Karaíba, Ubershopping, loja 56 [email protected](34) 3210-4050

InteRural Itumbiara - GOAv. Beira Rio, 1001, sala [email protected]

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A revista InteRural é uma publicação mensal. Todos os anúncios, imagens e artigos publicados e assinados são de responsabilidade de seus autores. É estritamente proibida a reprodução parcial ou total sem autorização de seus autores.

exPeDieNte

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sUMÁrio

cLASSIFIcADOS

106 | Fique por dentro dos preços e realize

bons negócios nos classificados da InteRural

mAtérIA De cApA

AgrIcuLturA

NegÓcIOSpecuÁrIA

52 | Animais Trangênicos

62 | Mastite

OvINOSOvINOS

LeILÕeS

74 | Cédula de Produtor Rural com liquidação financeira

eSpAÇO gOurmet

70 | Mistura múltipla para ovinos

78 | Festa Junina Camaru

eveNtOS24 | InteRural News

76 | Cordeiro Assado

BrAhmAN66 | Feicorte 2010

30 | Ferramentas para melhorar a qualidade

do café

34 | Sistema de Combinação de Híbridos

Página 40

86 | Vida de Leiloeiro

90 | Leilã Xapetuba Agropecuária

94 | Leilã Junino de Leite

68 | Participações do Brahman em

Eventos

prODutOr De SuceSSO

48 | Moacir Inácio da Costa

80 | Encontro Ma Shou Tao Pecuária

Tropical GenéticaTropical GenéticaMaior produtora de leite da raça Gir leiteiro no Brasil

Maior produtora de leite da raça Gir leiteiro no Brasil

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Notas

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TAS

Brasil será um dos grandes exportadores agrícolas, diz OnU

Omundo vai precisar de muita carne, açúcar e soja nos próximos dez anos, e o Brasil vai suprir boa par-

te dessa demanda, de acordo com esti-mativas da Fao – agência para agricul-tura e alimentação das Nações Unidas. segundo a agência, a produ-ção de açúcar deve crescer 31% e co-locar o país na liderança do comércio internacional. o relatório da Fao tam-bém prevê que um terço da carne que vai abastecer o planeta sairá dos frigo-ríficos brasileiros. o relatório também aponta uma grande expansão da produção de soja no Brasil. Nos próximos dez anos,

o país poderá se tornar o maior expor-tador mundial do produto, superando os estados Unidos. além disso, o cres-cimento da produção agrícola, de um modo geral, deverá ser superior a 40% até 2019, o dobro da média mundial. isso deve acontecer porque, além de terra e água abundantes, a tecnologia no campo também tem evoluído mui-to. Para Francisco schardong, di-retor da Farsul, Federação da agricultu-ra do rio Grande do sul, “se tivermos uma política agrícola que nos ampare de modo mais permanente, vamos che-gar a esses valores de produção tran-quilamente”, prevê.

Censo mapeia gado confinado

Resultado de uma parceria com o centro de Defesa animal (cDa), da secreta-ria de agricultura Paulista,

e com o centro de estudos avança-dos em economia aplicada (cepea/esalq/UsP), o 1.º censo de confina-mento da associação Nacional dos confinadores (assocon) para o es-tado de são Paulo foi divulgado na segunda quinzena de junho. o levan-tamento mostra, por exemplo, que o noroeste paulista (mesorregião de araçatuba) concentra 40,4% do reba-nho confinado do estado. Logo atrás, com metade deste porcentual (21%), está ribeirão Preto e adjacências, seguido por são José do rio Preto (11,9%) e Bauru, com 10,1%. outras praças pesquisadas - araraquara, as-sis, campinas, itapetininga, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Vale do Paraíba, litoral sul e região metro-politana – somaram, juntas, 16,6%. “em um ambiente de altíssi-ma competição e margens cada vez

mais apertadas, saber o volume de ani-mais confinados e a forma como esse rebanho está produzindo é fundamen-tal para o pecuarista”, explica o pesqui-sador do cepea, thiago Bernardino de carvalho. raças. o censo mapeou, por um ano, 121 estabelecimentos rurais, em 645 municípios, e apontou, ainda, que, do rebanho de 342.297 animais confinados em 2009 no estado, a maioria pertence à raça nelore (36,4%) ou são anelorados (35,97%). outros

19,71% são fruto de cruzamento in-dustrial e apenas 2,04% são bovinos de raças leiteiras. Para o diretor do cDa, João carlos Hoppe, os números auxiliam também no controle de doenças. “o confinamento deixa os animais agru-pados e a concentração de animais favorece a transmissão de doenças. com este estudo, podemos identi-ficar com mais agilidade os locais afetados para um tratamento mais eficaz.”, declara Hoppe.

Levantamento foi feito em 645 municípios paulistas; Estado confinou em 2009 342 mil animais.

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Notas

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Brasil seguirá usando agrotóxico banidoApesar de vetos da Anvisa, produtos encontrados no feijão e no tomate

ganham aval do Ministério da Agricultura. Substâncias presentes nas la-vouras brasileiras estão relacionadas a problemas como câncer e

má-formação fetal agrotóxicos proibidos em vários países e já vetados no Brasil pelo Minis-tério da saúde devem continuar a ser usados em alimentos comuns da mesa do brasileiro, como arroz, feijão e toma-te. No final de 2009, a anvisa (agência Nacional de Vigilância sanitária) decidiu banir cinco agrotóxicos ligados a proble-mas como câncer e má-formação fetal: triclorfom, cihexatina, acefato, endossul-fam e metamidofós, estes três últimos encontrados em alimentos no país. Pela indicação do órgão do Mi-nistério da saúde, o uso seria diminuído gradativamente até que as substâncias fossem totalmente eliminadas no final do ano que vem. em março deste ano, no entanto, o Ministério da agricultura publicou uma portaria pela qual mantém o uso desses compostos, por meio do Plano Nacional de Manejo do risco de agrotóxicos. a ideia da pasta é só res-tringir a venda e impor mais limites na aplicação, em vez de eliminar as subs-tâncias. a medida é polêmica porque, pela lei, a palavra final sobre o tema é das pastas da saúde e do Meio ambien-te, e não da pasta da agricultura. No tomate, na alface e no ar-roz, a utilização desses agrotóxicos já é proibida, mas, como os produtos estão à venda no mercado, ainda são usados nesses alimentos. No caso do feijão e do pimentão, não há proibição, mas os compostos são achados em quantida-des acima dos limites legais, segundo pesquisas feitas pela anvisa.

DOEnÇaS nEUROLÓgiCaS Pesquisas recentes mostram a relação da exposição a essas substân-cias com doenças do sistema nervoso. em 2008, um estudo de uma universi-dade americana mostrou que 61% dos pacientes com Mal de Parkinson rela-taram contato com a aplicação desses produtos tóxicos. Neste ano, a academia

americana de Pediatria fez uma pesqui-sa com 1.100 crianças e constatou que as 119 que apresentaram transtorno de déficit de atenção tinham resíduo de organofosforado (molécula usada em

agrotóxicos) na urina acima da média de outras crianças. em 2009, foi usado 1 milhão de toneladas de agrotóxicos em lavouras do país. ou seja, 5 kg por brasileiro.

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Cetesb vai exigir cadastro de criadores de suínos no Estado de SP

Acompanhia ambiental do estado de são Paulo (cetesb) exigirá o cadas-tramento de granjas de

suínos instaladas em todo o estado para controlar os impactos da ativida-de sobre o meio ambiente. o cadas-tramento já ocorre com a atividade de avicultura. De acordo com a cetesb, a medida é parte obrigatória e anterior ao licenciamento dos criadouros. No entanto os critérios estão sendo dis-cutidos na câmara ambiental do setor de suinocultura, órgão da cetesb for-mado por representantes do estado e dos produtores. Não há prazo para a exigência entrar em vigor. Dados da cetesb apontam que um suíno com peso entre 16 e 100 quilos produz, diariamente, de 4,9% a 8,5% de seu peso em urina e fezes. o gerente da cetesb de ca-pão Bonito, Guilherme xavier de Bar-ros, que coordena o Grupo de trabalho de resíduos da câmara ambiental do setor da suinocultura, informa que deverá ser criado um manual de pro-cedimento para a atividade, discipli-nando, especialmente, a disposição de efluentes no solo, o uso de biodi-gestores para a geração de energia e a compostagem dos dejetos.

O objetivo é

controlar os impactos

da atividade sobre o

meio ambiente, mas

critérios ainda estão

sendo discutidos

Criadores de pássaros devem conhecer as particularidades da espécie e estar

atentos ao manejo desses companheiros.

Cuidados necessários para garantir a saúde dos pássaros

Quem opta por criar pássaros como animais de estimação precisa estar atento aos cuidados que as aves requerem. como no trato de qualquer animal de estimação, os cuidados de-vem primar pela nutrição, condições adequadas de higiene da gaiola, be-bedouros e controle da temperatura. De acordo com a médica ve-terinária da Vetnil, isabella Vincoletto, conhecer bem os hábitos do pássaro e ler a respeito da espécie, por meio de sites das associações de criadores, pode ajudar o dono a identificar altera-ções durante a criação. “É importante ressaltar que os donos devem estar atentos a algumas alterações, princi-palmente nas penas e no canto, além do temperamento e apetite das aves”. o uso de sementes balance-adas ou farinhadas de boa qualidade

é importante para a saúde dos pássa-ros, porém deve-se ter o cuidado de fazer uso de produtos formulados com vitaminas, aminoácidos e minerais, para a construção e a manutenção das estruturas orgânicas do animal, de forma que, na criação, seja atin-gido o máximo do potencial genético, explica Vincoletto. “como regra, um único alimento não é capaz de aten-der às exigências individuais de cada animal. Por isso, torna-se necessário suplementar a dieta das aves com produtos que garantem a sua nutrição em cada etapa da vida”. a veterinária ressalta que existem suplementos que auxiliam na manutenção do estado físico do pássaro, indicados nas mais diversas situações, principalmente nas relacio-nadas ao estresse.

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Para melhorar o fatura-mento obtido com suas lavouras, produtores de legumes e hortaliças de Jaboticatubas, na Grande Belo Horizonte, estão usando bandejas de isopor ou Pet, envoltas em filme PVc, como embalagem da merca-doria, sob orientação da emater-MG (empresa de assistência técnica e extensão rural do estado de Minas Gerais). a técnica permite, ainda, mais tempo de exposição dos pro-dutos no comércio e maior facilida-de na compra. o trabalho resultou na criação do Barracão do Produtor, local próprio para a classificação e

embalagem conjunta. entre os produtos embala-dos no barracão estão abóbora meni-na, brócolis, couve-flor, ervilha, nabo, pepino japonês, pimenta, pimentão, quiabo, rabanete, tomate cereja, va-gem e até cana-de-açúcar pronta para o consumo. o processo de embalagem é feito duas a três vezes por semana e, em seguida, as bandejas são transpor-tadas para a ceasa, em contagem, no entorno da capital mineira, onde são comercializados 95% da produção. o restante é vendido no comércio local. a embalagem também ajuda a preservar a qualidade dos produtos.

Embalagem dá valor a hortaliças

Fazendas da Bahia são autuadas por alimentação irregular de bovinos

o mal da vaca louca não che-gou ao Brasil, mas todo o cuidado é pouco. e o perigo pode estar no uso da cama de frango na alimentação dos bovinos. saiba o que está acontecendo na Bahia. Quatro propriedades na região de Feira de santana foram notificadas por colocarem na ração do gado a cama aviária, que, pelo lugar, é tam-bém chamada de pé-de-cocho. os criadores receberam a vi-sita dos fiscais da adab, agência de Defesa agropecuária da Bahia, e foram orientados a não usar mais a cama na alimentação do rebanho. a cama de frango é a cobertu-ra que sobra no chão das granjas de-pois que as aves são retiradas. como ficam ali restos de ração, os criadores utilizam a cama para reduzir a despesa com a comida do gado. Para alimentar o rebanho com este tipo de ração, feita à base de fa-relo de milho, soja e trigo, o produtor investe cerca de r$ 3,00 por dia por cabeça. Quando ele usa a cama de frango, o custo cai para menos de um terço. sai cerca de r$ 1,00 por animal. a questão é que o uso da cama de frango na alimentação de

bovinos está proibido no Brasil há oito anos. o principal motivo é evitar que chegue ao país o mal da vaca louca. a doença atinge o sistema ner-voso, principalmente de bovinos, e dei-xa os animais com o comportamento alterado. Daí vem o nome vaca louca. Na europa, ela tornou-se uma epidemia na década de 1990, porque a doença pode ser transmitida ao ser humano. a ração das granjas brasileiras ainda leva um pouco de farinha de car-ne. Quando o frango se alimenta nos cochos, ele, geralmente, desperdiça um pouco da ração que cai na cama. além disso, como o intestino do frango não aproveita integralmente o alimento, cerca de 30% da ração é descartada nas fezes. as aves não se contaminam, mas se a “cama” com restos da ração for dada aos bovinos, o ciclo pode se fechar. Por isso, a corren-te tem que ser interrompida. a preocupação existe porque ainda estão vivos, no Brasil, animais reprodutores que foram importados há dez anos dos países onde ocorreram focos da doença. Na fiscalização feita na Bahia, o primeiro teste para verificar se há proteína animal na ração é feito na

propriedade mesmo. o resultado fica pronto em dez minutos. o exame deve ser repetido em laboratório. só com o resultado final a lei pode ser aplicada na propriedade. o Ministério da agricultura considera que os animais de reprodu-ção que vieram de países onde ocorre-ram focos e que estão vivos no Brasil ainda oferecem perigo. se eles forem abatidos e se parte de suas vísceras for aproveitada como farinha de carne, isso poderá ir para a ração das aves. esse é o risco que precisamos evitar.

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Colheita mecanizada é até 50% mais barata do que a manual

Com a valorização dos trabalhadores rurais e a oferta de máquinas, colheita mecanizada é bem mais barata do que mão-de-obra

Muito se discute ainda sobre a mecanização das lavouras brasi-leiras. alguns críticos dizem que as máquinas expulsam os trabalhadores rurais e custam caro para os peque-nos produtores, mas esse argumento econômico não é mais verdadeiro, pelo menos para a cultura do café. com o aumento da escolarização do trabalhador rural, maior valorização da mão-de-obra e, ao mesmo tempo, um crescimento muito grande na oferta de máquinas, o que provoca concorrência e queda de preços, a mecanização da colheita acabou ficando mais barata do que pagar pela colheita manual. Nós estamos vivendo um fato novo e mais intenso, que é a valoriza-ção do homem do campo, porque hou-ve uma valorização efetiva do salário mínimo, a escolaridade da população está aumentando e estes trabalha-dores rurais que vão se qualificando procuram serviços diferenciados ao invés de simplesmente trabalhar na roça, com serviço braçal. anualmente, o preço da mão-de-obra vem subindo e o da mecanização é justamente o contrário. cada vez são mais máquinas que estão no mercado, o que gera a concorrência. o custo da mecanização é 30% a 50% menor do que a mão-de-obra — explica o professor Fábio Mo-reira da silva, da Universidade Federal de Lavras. as colhedoras automotrizes estão custando entre r$ 450 mil e r$ 500 mil, o que não é um preço barato. No entanto, para compensar o traba-lho destas máquinas seriam necessá-rios muitos trabalhadores e, nas atuais condições, o salário deles ao longo do tempo seria até 50% maior do que comprar uma colhedora. atualmente, além dos benefícios já conhecidos do uso das máquinas como a maior rapi-dez, a mecanização se tornou uma ne-cessidade porque não há mão-de-obra suficiente para colher todo o café pro-duzido no Brasil.

Hoje, a mecanização basica-mente se resume a atender à produção porque a mão-de-obra para atender à colheita do café está cada vez mais escassa na região. o sul de Minas deve colher em torno de 12 milhões de sacas de café e não existe um con-tingente de mão-de-obra, hoje, para colher todo este volume de produção. a mecanização tem sido o aporte do produtor para resolver essa questão de colheita — diz o professor. silva foi um dos palestrantes e organizador do simpósio Mecanização da lavoura cafeeira, que aconteceu na expocafé 2010, dia 15 de junho, na cidade de três Pontas, em Minas Ge-rais. Durante o evento, elei falou sobre o processo de mecanização da colhei-ta do café, que é relativamente novo na região, e explicou especialmente a colheita seletiva, em que se colhe ape-nas café cereja. Nós temos trabalhado com colheita seletiva, retirando preferen-

cialmente os frutos cereja, o que impli-ca em maior qualidade do café colhido e passando a colhedora duas vezes na lavoura. Para cada uma destas opera-ções existe uma regulagem específi-ca da máquina, como existe também o momento certo de entrar com a co-lhedora fazendo essa colheita seletiva. Divulgamos este trabalho há mais de cinco anos e já existem alguns produ-tores trabalhando com isso. os produ-tores devem estar atentos à regulagem de pressão, velocidade, agressão das varetas, número e posição das varetas. ele diz que, para a colheita mecanizada do café, o espaçamento entre plantas deve ser de 0,6 a 0,8 metros, o espaçamento entrelinhas mí-nimo de 3,60 metros, também se deve fazer um manejo do mato passando roçadora e trincha, deixar o solo mais uniformizado possível e deixar todo o atrito triturado para facilitar depois as operações de recolhimento do café do chão.

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Feno garante renda extra

A necessidade de diminuir os custos da produção leiteira levou uma fazenda de candeias, no sul de Minas Gerais, a investir no feno. a nova atividade se transformou em negócio rentável. Há três me-

ses, José eustáquio Bernardino de sena, dono da propriedade, começou a plantar a folhagem do tipo tifton-85, espécie que, segundo ele, é indicada pelas características nutricionais e por se adaptar bem ao clima da região. a Fazenda Boa Vista tem como principal negócio a produção de leite e a venda de gado leiteiro para leilões e fazendas. ao todo, são 1,6 mil animais, “o feno é muito usado na criação das bezerras e ajuda no desen-volvimento do animal de forma mais rápida e sadia, com ganho de peso. também contribui na dieta das vacas leiterias de alta lactação”, explica sena. a plantação é feita durante o ano todo, e a poda realizada a cada 25 dias. o processo de secagem é feito na própria plantação. Hoje, a produção de feno na fazen-da corresponde a 60 hectares. ela abastece a propriedade e é comercializada em alguns municípios da região. são vendidas, em média, cem toneladas de feno por mês.

governo investe na capacidade de armazenagem nas fazendas

Para dobrar a capacidade de armazenamento nas fazendas, o governo federal decidiu aumentar em 100% os recursos do Programa de incentivo à irrigação e à armazenagem (Moderinfra). o investimento faz parte do Plano agrícola e Pecuário 2010/2011, anunciado em junho pelo ministro da agricultura, Pecuária e abasteci-mento, Wagner rossi. o maior plano agrícola da história vai destinar r$ 100 bilhões para a agricultura empresa-rial financiar a nova safra. o Moderinfra terá r$ 1 bilhão para o próximo ciclo agrícola, destinado à construção, adequação e manutenção de armazéns. a intenção é ampliar de 15% para 30% a capacidade total de estocagem de produtos agrícolas nas propriedades rurais num período de cinco anos. “a possibilidade de manter uma quantidade maior da produção agrícola nas mãos dos próprios agricultores permite a escolha da hora mais adequada para a comer-cialização e, consequentemente, ganho de renda para o produtor”, explica o ministro Wagner rossi. ele enfatiza que os investimentos em armaze-nagem são cada vez mais importantes, já que o país vem batendo, gradativamente, recordes na produção de grãos. Na atual safra, a produção deve atingir 147 mi-lhões de toneladas. a capacidade estática de armazena-mento no Brasil, incluindo estabelecimentos públicos e privados, é de 123 milhões de toneladas.

Condições o produtor interessado na linha de financia-mento para construir armazéns em sua fazenda poderá contratar até r$ 1,3 milhão pelo Moderinfra, a juros de 6,75% ao ano. Quando se tratar de empreendimentos coletivos, o limite de financiamento sobe para r$ 4 mi-lhões. o prazo máximo de reembolso dos recursos para novas operações passa de oito para 12 anos, com três anos de carência.

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Mapa amplia crédito para avicultores e suinocultores

Os avicultores e suinocul-tores têm, desde o mês de junho, condições mais vantajosas para aces-

sar ao programa de Modernização da agricultura (Moderagro). o Ministério da agricultura (Mapa) incluiu a flexi-bilização no Plano agrícola e Pecuá-rio 2010/2011 com mudanças nos limites e prazos de financiamento de custeio e de investimento aos criado-res. segundo o secretário de Política agrícola do Mapa, edilson Guimarães, a medida deve auxiliar na moderniza-ção dos estabelecimentos. Na linha de investimento, o limite de r$ 300 mil por produtor - seja de ave ou suíno - foi mantido, mas o prazo de oito anos será ampliado para dez, com juros de 6,75% ao ano. o custeio para suinocul-tores e para não integrados de frango passa de r$ 250 mil para r$ 275 mil, com três anos de carência com prazo de dez anos. os integrados de frango receberam uma linha especial de cus-teio, que passa de r$ 40 mil para r$ 45 mil, e os de peru, de r$ 60 mil para r$ 65 mil. Guimarães informa que, para o custeio, os produtores disputarão re-cursos do crédito rural que somam r$ 75,6 bilhões para todas as culturas. Para investimento, o valor é de, apro-ximadamente, r$ 500 milhões. com a medida, o presidente da Ubabef, Fran-cisco turra, acredita que será possível atrair novos compradores, que cada vez exigem mais ações pela economia de energia e água. Para o presidente da abipecs, Pedro camargo Neto, a ati-tude é positiva em prol de dois setores importantes da economia.

Vendas de amendoim são aquecidas com Festas Juninas

e Copa do Mundo

Festa Junina e copa do Mun-do são eventos que têm aquecido as vendas de amendoim, tanto in natura quanto em snaks torrados e salgados. a associação Brasileira da indústria de chocolate, cacau, amendoim, Balas e Derivados (abicab) espera crescimen-to de 15% no faturamento em relação a 2009, com vendas de r$ 1,5 bilhão. somente o comércio de doces e aperitivos salgados à base de amen-doim, durante os meses de maio, ju-nho e julho, representa 28% do fatu-ramento total das indústrias do setor durante o ano, segundo a abicab. com os jogos e as comemorações da copa do Mundo, a movimentação no mercado é maior e impulsiona ainda mais as vendas no período. Por isso, estima-se, para este ano, um aumento de vendas 50% em relação ao mesmo período de 2009. Para atender a essa deman-da, a produção das indústrias será 60% de snacks de amendoim e 40% de doces à base de amendoim. con-siderando esses fatores, aliados ao crescimento da economia brasileira, o acréscimo esperado é de 20% em relação ao consumo do ano passado.

outro motivo para o otimismo no setor de amendoim são as exporta-ções, que vêm evoluindo a cada ano. em 2009, o volume de produtos in-dustrializados embarcados foi de 2,8 mil toneladas, superando o esperado em quase 700 toneladas e gerando uma receita de Us$ 86 milhões. Para 2010, espera-se que o valor cresça para Us$ 107 milhões. os produtos brasileiros mais valorizados no mundo são pé-de-mole-que, paçoca, amendoins temperados e confeitados, sendo que os dois pri-meiros, campeões de vendas no Bra-sil, estão sendo consumidos em ritmo crescente na américa Latina e no Ja-pão. tantos números positivos também resultam em geração de em-pregos. se, em 2009, foram criados mil novos postos de trabalho, a expec-tativa para 2010 é a criação de 1,5 mil novas vagas, totalizando 17,5 mil em-pregos no setor. estima-se que somen-te na indústria sejam criados mais de 2,5 mil postos temporários no período de abril a julho, além do varejo, que também deve demandar mais de 500 temporários durante as festividades.

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Agricultura é destaque na criação de empregos em maio

a agricultura foi um dos desta-ques na geração de empregos formais em maio. Dados do cadastro Geral de empregados e Desempregados (caged), divulgados no dia 21 de junho, pelo Mi-nistério do trabalho, mostram que foram criados 62.247 postos de trabalho no setor durante o mês passado - número 4,1% superior ao registrado em abril. a atividade apresentou a maior elevação do nível de emprego no período, com-parando-a com todos os setores analisa-dos. De janeiro a maio, a agricultu-ra acumulou saldo positivo de 119.683 novas vagas com carteira assinada, cres-cimento de 8,19% em relação aos cin-co primeiros meses de 2009. conforme avaliação do Ministério do trabalho, o aumento dos postos de trabalho da ati-

vidade em maio se deve a fatores con-junturais e a contratações nos setores de cana-de-açúcar e café na região sudeste. somando as atividades econô-micas, o emprego formal cresceu 0,88% em maio, quando foram criadas 298.041

vagas. o resultado é recorde para o mês em toda a série histórica do caged e con-firma a recuperação do emprego formal, processo iniciado no segundo semestre do ano passado, informa relatório do ca-ged.

grupo indiano lança complexo industrial de aditivos de fertilizantes em Mg

o presidente da NaQ Global, empresa indiana que atua na área de aditivos fertilizantes, avdhesh Mathur, realizou o lançamento de mais um com-plexo industrial, o segundo do Brasil, que será construído no Distrito indus-trial, em Uberaba. segundo o secretário de De-senvolvimento econômico e turismo de Uberaba, João Franco, inicialmente, a indústria funcionará por intermédio de um entreposto no Distrito industrial 2, disponibilizando seus produtos e serviços às empresas e propriedades agrícolas da região. “No 2.º semestre, o grupo iniciará a construção de sua fá-brica no Distrito industrial 3, conforme o que foi preestabelecido por seus re-presentantes com o município”, afirma. Fazem parte dos serviços NaQ Global equipes de técnicos agrícolas, químicos, engenheiros agrônomos e engenheiros químicos, para fornecer todo o suporte técnico e atendimento 24 horas nas plantas de fertilizantes. as equipes identificam as necessida-des e avaliam as oportunidades de me-

lhorias. Juntamente com o laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento, dili-genciam formulações específicas para cada cliente. o que atraiu o grupo a instalar uma indústria na cidade foi exatamente a presença de um dos maiores comple-xos industriais de fertilizantes da améri-ca Latina. além disso, segundo Franco, Uberaba está localizada em uma região estratégica, que conta com boa estrutu-ra logística. “Para quem atua de manei-

ra compartilhada ou com produtos que são adicionados ao fertilizante, nada melhor que estar posicionado aqui”, destaca o secretário. em contrapartida, além de pro-jetar a região para o mundo, a vinda da empresa para Uberaba vai ser fun-damental para gerar renda e empregos para o município. “serão cerca de 100 empregos diretos e ainda mais 50 indi-retos apenas nesta primeira fase das operações na cidade”, completa.

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Minas se prepara para o vazio sanitário da soja e do algodão

No período de 28 de junho a 1º de julho, profissionais da área de defesa sanitária vegetal do instituto Mineiro de agropecuária (iMa) partici-param de um treinamento preparató-rio para fiscalização do Vazio sanitário da soja e do algodão. o objetivo foi fiscalizar 80 propriedades de algodão e 655 de soja em todo o estado, para verificar se os produtores cumprem a legislação vigente. o treinamento aconteceu em Patos de Minas, região de grande concentração de lavouras da soja e do algodão. De 1º de julho a 30 de setem-bro, é proibido o plantio de soja em território mineiro, a não ser nas áreas de pesquisa científica e de produção de sementes genéticas autorizadas pelo iMa. o objetivo é evitar que o fungo causador da Ferrugem da soja se multiplique durante o final da en-tressafra. No período de 90 dias, os produtores não poderão manter plan-tas de soja vivas. todos os estados produtores de soja e algodão são obri-gados a estabelecer o Vazio sanitário, pois é uma exigência do Ministério da agricultura, Pecuária e abastecimento

(Mapa). Já o período do Vazio sani-tário do algodão acontece de 20 de agosto a 20 de outubro e é uma das medidas fitossanitárias para a preven-ção e o controle do Bicudo do algodo-eiro (espécie de besouro). este é o primeiro ano que vai ocorrer o vazio do algodão. em setem-bro de 2009, a secretaria de estado de agricultura, Pecuária e abasteci-mento de Minas Gerais (seapa-MG), por meio da resolução nº 1.021 es-tabeleceu a medida, que entra em vigor no segundo semestre de 2010. a finalidade é proteger a produção de algodão para prevenir possíveis pre-juízos ocasionados pela praga. Nes-se período, também não pode existir nenhuma planta viva de algodão em todo o estado. segundo o diretor-geral do iMa, altino rodrigues Neto, o período do Vazio sanitário é de extrema impor-tância, pois Minas, assim como outros estados, tem se destacado na produ-ção de soja e algodão. “o controle preventivo e o combate às pragas são essenciais para garantir a competitivi-

dade desses produtos nos mercados nacional e internacional”, informa. além disso, rodrigues Neto avalia que o Vazio sanitário é um alia-do do produtor, já que visa à preven-ção de pragas e possíveis perdas nas lavouras, além de uma diminuição do uso de agrotóxicos.

Soja e algodão De acordo com dados (refe-rentes a maio de 2010) do instituto Brasileiro de Geografia e estatística (iBGe), em Minas, há 15.619 hectares de área destinada ao cultivo de algo-dão, com uma produção estimada de 57.456 toneladas. a maior parte da produção do algodão está concentra-da nas regiões Norte, Noroeste e alto Paranaíba. Quanto à produção de soja, Minas Gerais é um dos maiores pro-dutores nacionais, com uma área de 1.020.281 hectares e produção de 2.926.410 milhões de tonela-das (dados informados pelo iBGe - maio/2010). as principais regiões pro-dutoras no estado são alto Paranaíba, Noroeste, Norte e triângulo Mineiro.

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Mais uma vez, o público lotou as dependências das palestras realizadas na agropecuária Boa Fé Ma shou tao. realiza-do a cada dois anos, o encontro Ma shou tao Pecuária teve mais de duas 2.500 pes-soas inscritas, com participação maciça das maiores empresas do setor, representadas em 50 estande, que colocaram ao alcance dos participantes alta tecnologia em produ-tos e serviços de diversas áreas, que iam desde biotecnologias de reprodução bovina a nutrição animal e implementos. a interu-ral esteve presente no evento e traz, no ca-derno de eventos, a cobertura do encontro.

inteRural participa de mais uma edição do Encontro Ma Shou Tao Pecuária

Tropical reúne amigos e parceiros para assistirem juntos o Leilão Gir leiteiro

e convidados a tropical genética realizou dia 17 de junho o Leilão Gir leiteiro e convidados. com transmissão do agrocanal, o Brasil pôde acompanhar animais da mais alta qualidade. Foram ofer-tados 33 lotes, sendo 09 prenhezes, 03 doadoras, 10 bezerras e 11 novilhas. o volume de vendas superou a expectativa dos organizadores e a média por lote foi r$ 12.322,00. a empresa reuniu amigos para assistirem juntos ao leilão em um salão de festa na cidade de Uberlândia–MG. a interural compareceu e traz os resultados no caderno de leilões.

Festa Junina do Camaru é prestigiada pela Revista inteRural

a tradicional Festa Junina do sindicato rural de Uberlândia, mais uma vez, foi realizada com su-cesso. cerca de mil pessoas, entre associados, fun-cionários, diretores e convidados, participaram dos momentos em comemoração aos santos do mês. o salão de festa foi improvisado no tatersal de elite que recebeu uma decoração típica com bandeirinhas e outros adereços. a interural esteve a caráter no even-to e até na quadrilha entrou. confira a cobertura no caderno de eventos.

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inteRural presente no Leilão Virtual da Fazenda

americana

a Fazenda americana de José sab Neto re-alizou no último mês um grande leilão da raça Gir, reunindo vários amigos e parceiros para assistirem juntos em um conceituado restaurante de Uberlân-dia. o Leilão contou não só com a qualidade da mar-ca Zs, mas também com lotes ofertados por amigos e grandes investidores da raça. a interural esteve presente no leilão e traz no caderno de leilões o re-sultado do pregão.

InteRural visita Tropical Leite

a revista interural esteve no último mês em algumas das propriedades da tropical Genética. o intuito foi colher informações e imagens para a confecção da matéria de capa desta edição. todos os proprietários da empresa estiveram presentes e nos receberam com a mesma cordialidade e amizade de sempre. os resultados dessa visita podem ser conferidos na matéria de capa desta edição.

Xapetuba agropecuária comemora o sucesso de seu 1° Leilão

Virtual girolando

a xapetuba agropecuária, uma das mais conceitua-das empresas do agronegócio do triângulo mineiro realizou no dia 20 de junho, seu primeiro leilão virtual de animais Girolan-do, reunindo uma grande seleção genética da raça. o leilão foi um sucesso e os organizadores já preparam os próximos. esse sucesso é o resultado do trabalho de mais de 25 anos da xapetuba, que começou com o senhor José antônio da sil-veira. a interural acompanhou o leilão da Fazenda xapetuba e traz os resultados do leilão no caderno de leilões.

inteRural visita agropecuária águas Cristalinas para a realização de mais uma edição do Espaço gourmet

Um caderno que já virou tradição na revista é o espaço Gourmet. Nesta edição, reunimo-nos em clima de copa do mundo na agropecuária Águas cristalinas, há cerca de 30 km de Uberlândia–MG. Wellington Vieira Pe-reira e sua esposa, Noely preparam um delicioso cordeiro assado para a interural e seus convidados. Vale a pena conferir mais um agradável encontro entre amigos.

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Notícias em Alta

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Notícias em alta é uma publicação da alta Genetics do BrasilJornalista responsável: Luiz M. Pereira | Fotografia: Francisco Martins

alta e Fazenda Perfeita União concretizam parceria

Um dos maiores criatórios da raça Guzerá de nosso país, a Fazenda Perfeita União acaba de fechar uma grande parceria com a alta Genetics, empresa Líder de Vendas no Bra-sil. responsável agora pela comercialização de sêmen dos touros Gobbo it, Pendulo it, Patola it e sueco it. Fundada em 1967 por Ângelo Frederico tonetto e aldo tonetto, a Fazen-da Perfeita União é pioneira desde sua origem na aplicação das mais modernas técnicas de seleção e criação. seus plantéis de Guzerá, Nelore e o cruzamento in-dustrial, tornaram-se ao longo do tempo referência de qualida-de e eficiência. atitudes pioneiras e investimentos voltados à agrope-cuária são a tônica do seu trabalho, como por exemplo, o uso de Provas em Ganho de Peso, coleta de embriões, Fecundação em Vitro e inseminação artificial, esta empregada a campo para a produção, através do cruzamento industrial, gerando o novilho precoce tão necessário e procurado pelos pecuaristas mais exigentes e de maior sucesso. Na seleção do guzerá todos os resultados práticos são avaliados por Programa de Melhoramento Genético e como exemplo de resultado temos a satisfação de produzir nos últi-mos anos, vários recordistas nacionais em ganho médio diário em Provas de Ganho de Peso e recordistas em Desenvolvimen-to Ponderal comprovados em exposições. “essa parceria vem para abrilhantar ainda mais a bateria de touros da raça Guzera da alta. conhecemos os cri-térios de seleção it embasados em fortes avaliações genéticas e características raciais e isso nos proporciona disponibilizar touros de extrema qualidade para nossos clientes.” avalia ra-fael oliveira, Gerente de produtos da raça Brahman, tabapuã e Guzerá. No dia 22 de julho acontece o 22º Leilão Virtual de Produção ( Guzerá it, ramenzoni e convidados), às 19:00 pelo agrocanal.

alta é soberana nas pis-tas de girolando

aconteceu na cidade de carmo de Minas/MG nos dias 04 a 06 de junho a xii exposição interestadual e 4º circuito interes-tadual rJ, MG e sP. com mais de 250 animais a qualidade do mo-derno Girolando se fez presente e impressionou os espectadores. a equipe alta esteve na região e pode conferir diversas progênies de touros da empresa. “Pudemos ver aqui em carmo de Minas excelentes ani-mais em pista. animais que confirmam cada vez mais o caminho correto dessa raça que vem se tornando a raça leiteira de nosso país.” comenta ricardo ramos – Gerente Distrital alta.além de ricardo ramos, a presença dos Gerentes regionais Paulo siqueira, túlio Marins e agustinho abrilhantaram o evento.

Foi realizado entre os dias 10 e 12 de junho, o ii Workshop de Produção e reprodução de Vacas de Leite. o evento aconteceu na cidade de ribeirão Preto, sP e reuniu os mais renomados pesqui-sadores da área no Brasil. Promovido pela ouro Fino saúde animal, o evento contou com a participação exclusiva de veterinários ligados a assistência de rebanhos especializados na produção de leite em vários esta-dos do país. a alta participou do evento com a montagem de um estande para exposição da marca, dos produtos da empresa e para atender participantes. Durante o Workshop, foram apresentados, no estande da empresa, os novos catálogos de produtos 2010, além da promoção de doses de sêmen de vários reprodutores. a empresa foi representada pelos gerentes distritais Glau-co Freire, Francisco Hermano e rodrigo Longo; pelos técnicos do departamento de leite, ricardo Bertola e Fábio Fogaça. Fogaça foi um dos palestrantes do evento, falando sobre o tema “Genoma, o futuro chegou”, onde abordou a utilização das provas genômicas na seleção genética.

alta participa do ii WorkShop de Produção e Reprodução de Vacas de Leite

alta lança catálogo de Leite nacional 2010

alta comercializa sêmen de grande Campeão da Feinco 2010

o departamento de caprinos e ovinos da alta Genetics anunciou nesta quarta-feira, 23 de junho, a disponibilidade de sêmen do re-produtor Diplomata 007. o reprodutor da raça Dorper foi o Grande campeão da FeiNco 2010, além de acumular várias outras pre-miações (clique aqui e conheça as demais premiações do reprodu-tor). segundo Felipe Meirelles, técnico de caprinos e ovinos da alta, Diplomata reúne característica de “Masculinidade, comprimento e evidente volume de musculatura de dorso e membros encontrados em poucos exemplares da raça” avalia.

a alta lança no dia 28 de junho o seu catálogo de Lei-te Nacional 2010. o material reúne os melhores reprodutores das raças Gir Leiteiro, Girolando, Guzerá e sindi que compõem a bateria de touros da empresa. além de fotos e do pedigree dos reprodutores, o ca-tálogo traz também comentários atualizados sobre os animais e apresenta ainda fotos de progênies, pais e mães, além de disponibilizar provas para consulta. o catálogo pode ser solicitado gratuitamente nos escritórios regionais da empresa, diretamente pelo telefone (34) 3318.777 ou ainda visualizado na aba catálogos do site da empresa (www.altagenetics.com.br). Há também a opção de pedi-los através do twitter (@altabrasil) ou ainda na seção “Fale conosco” do site.

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aconteceu durante mês de maio, em ijuí, rs, a 1º Feira Nacional de Produtos Lácteos. No evento, a progênie de touros alta foi destaque nas pistas. as progênies de touros da abteria da alta foram destaque durante o evento. Na raça Jersey, uma filha do touro Dunkirk foi campeã com mais de 46Kg de leite em 24 horas. enquanto um filha de Liberty foi campeã Vaca 3 anos sênior, campeã Vaca Jovem e Grande campeã da exposição. as duas fêmeas são de propriedade da cabanha Bogorny de selbach, rs. a raça Holandesa contou com a premiação de uma filha de Wildman que ficou em segundo Lugar no tor-neio Leiteiro Jovem, fêmea que também pertence a cabanha Bogorny, recém parida, deve disputar outras exposições ain-da em 2010. Para Valério avellar, representante da alta na re-gião, os resultados refletem a seriedade do trabalho de-senvolvido pela empresa “é gratificante ver nosso trabalho reconhecido nas conquistas de nossos clientes e claro, tes-temunhar a qualidade genética dos reprodutores da alta no melhoramento do rebanho brasileiro”, afirma Valério.

confira outros resultados conquistados em ijuí:• Filhas de Baxter: campeã Fêmea Jovem e campeã na 2ª categoria (agropecuária Garzella e agropecuária szam-berlan)• Filha de Minister: campeã 1ª categoria. (agropecuária Garzella e agropecuária szamberlan)• Filha de Wildman: campeã na 3ª categoria (agropecuária Garzella e agropecuária szamberlan)• Filha de Zesty: campeã na 7ª categoria. (agropecuária Garzella e agropecuária szamberlan)

Touros alta são destaque em ijuí

o concurso leiteiro da Fenasoja tem novo recorde: a vaca adulta asproleite odete 2402 Maxie, filha do reprodutor Maxie, produziu 76,665 quilos em três ordenhas. a fêmea já era recordista, quano na 16º edição da feira havia 67,310 quilos. a vaca pertence aos produtores Luiz roma-no e Joraci Borgony, clientes da alta Genetics. asproleite também venceu, na categoria Vaca adulta da 9ª exposição Feira regional de santo augus-to (expofesa), quando produziu 80,77 quilos de leite em três ordenhas.

Filha de touro alta produziu 76,6 quilos de leite em três

ordenhas durante a 17ª Fenasoja

Técnico alta julga raça holandesa na argentina

segundo os próprios expositores argentinos da raça Holande-sa, atualmente esse é o evento de melhor qualidade e quantidade de animais expostos, conseguindo nesse ano aproximadamente 250 ca-beças julgadas. Valendo ressaltar que não tem esse alto nível apenas nesta raça, mas também em implementos, nutrição, sementes e princi-palmente na atração da mídia para o setor da cadeia láctea. este ano os expositores argentinos através da acHa (associa-cion de criadores de Holando argentino) convidaram para julgamento o Gerente de Produto Leite da alta Genetics do Brasil - Fabio Nogueira Fogaça. o qual já esteve anteriormente neste mesmo evento julgando a raça Jersey. o evento foi realizado a 500 km de Buenos aires na cidade de são Francisco – província de córdoba. Uma das razões de ter acontecido nessa região é que nessa área do país situa-se a maior bacia leiteira e uma enorme concentração de produtores. o que pôde ser constatado que a MercoLactea reúne o que a argentina tem de melhor e comprova o trabalho de aprimoramento gené-tico que esta sendo feito pelos produtores argentinos. todos os animais que se consagraram nas diferentes categorias poderiam ter também um alto desempenho em qualquer exposição desta raça no Brasil. os produtores de leite argentinos são conhecidos por pro-duzirem a baixo custo e suas vacas produzem basicamente a pasto, dificilmente recebendo suplementação. No entanto, vários produtores que estavam presentes na exposição declararam que já estão ou estão em processo de projetos que direcionam diretamente para os sistemas intensivos de produção de leite. com vários deles querendo inclusive orientação de que rebanhos deveriam visitar no Brasil, para ter um idéia mais sólida do caminho que irão tomar se realmente mudarem o siste-ma de produção.

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R ealizado no dia 26 de maio, em Patrocínio/MG, o Qua-licafé, evento organizado pela Fundação café do

cerrado, reuniu especialistas do setor para apresentarem ferramentas para o aperfeiçoamento da produção de ca-fés de qualidade e cafés especiais. o caféPoint participou do evento e acom-panhou todo o conteúdo transmitido. cléia Junqueira, Barista do sindicato das indústrias de café do es-tado de são Paulo, expôs o aumento do consumo de café no Brasil e a impor-tância do profissional Barista, esclare-cendo que o consumidor brasileiro de café está mudando seus hábitos, au-mentando o consumo, principalmente, fora de casa. consumidores da classe c, de 15 a 25 anos, aumentaram seu consumo na ordem de 242% de 2003 a 2009, além de estarem variando as marcas de café, possibilitando a per-cepção da parte organoléptica (aroma, sabor residual etc.) da bebida. Um grande avanço em termos de qualidade foi conseguido por meio do PQc - Programa de Qualidade do café da abic - associação Brasileira da indústria de café. Uma das finalidades do Programa é informar a qualidade do café que está sendo vendido (tradi-cional, superior ou gourmet), além de permitir que o consumidor identifique o tipo de grão utilizado por marca e, com isso, escolher o sabor que mais lhe agrada. Hoje, 182 empresas pos-suem selo tradicional, 80 empresas, o selo superior, e 92 empresas o selo Gourmet. ao tratar de café expresso, cléia afirma que, para uma xícara de expresso perfeita, o café tem que ser de altíssima qualidade, devendo ser superior ou gourmet (nota de 6 a 10), além ser necessária uma boa máqui-na, bom moinho, moagem adequada e

a atuação de um bom barista. o baris-ta vive em busca da xícara perfeita.

cléia comentou que esse pro-fissional é responsável por:- aumentar as venda: uma vez que o cliente volta mais vezes à cafeteria depois de ter gostado da bebida que tomou;- aumentar o consumo: maior chance de novos negócios no futuro;- Fidelizar o cliente;- aumentar o lucro do empreendimen-to.

Ferramentas para melhorar qualidade do café brasileiro

Natália Fernandes, engenheira agrônoma e analista de Mercado do caféPoint.

Processamento pós colheita Para abordar a questão da tendência do processamento pós-colheita de café arábica no Brasil, reymar coutinho de andrade, gerente de negócios da Pinhalense Máquinas agrícolas, falou sobre a origem da produção de café, quando os grãos eram colhidos a mão, preparados em terreiros de terra e, além disso, havia excedente de mão de obra e baixa exi-gência em qualidade pelo comprador. Depois de um tempo, os ca-fés naturais passaram a ser processa-dos, a receber mecanização no terrei-ro, e a secagem passou a ser asso-ciada a secadores mecânicos. o foco de secagem era apenas extrair água do grão, época em que as pessoas buscavam secar café o mais rápido possível, fitando em quantidade e não em qualidade. com isso, a produção de café natural ganhou volume, até que se buscasse um diferencial para a produção de café no Brasil. surgiu, então, a técnica de despolpamento, que não conseguiu se desenvolver e alavancar no merca-do, seguindo, assim, para a fase do cereja descascado (cD). No início do

processo, tudo era difícil, havia resis-tência do mercado, que assegurava que o descascamento estragava o café. o mercado não pagava nada por esse tipo de café. a mudança começou com a valorização na qualidade, por meio de concursos, associações e premia-ções. os concursos da illy e o cup of excellence foram os precursores em qualidade. Daí, então, os produtores começaram a se interessar por esse tipo de produção e investiram no cD que possuía maior valor agregado. De-pois disso, os produtores perceberam que conseguiam agregar ainda mais valor se tomassem cuidados extras no pós-colheita. Hoje, o Brasil descasca o ce-reja, o passa e o verde, e é o único país com potencial e velocidade em adaptar seu processo às exigências do mercado. além disso, está havendo uma mudança no perfil de comerciali-zação. o produtor passou a ser expor-tador e, agora, vende cafés prepara-dos, em micro lotes especiais e com maior qualidade no mercado interno.

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outra mudança se refere à exigência do mercado. atualmente, os compradores e consumidores que-rem mais qualidade. a BM&FBovespa mudou seu contrato em função disso. Daqui para frente, a tendência é as exigências por qualidade aumentarem ainda mais.

É hora da valorização do café brasileiro?

Fazendo um convite à refle-xão, João Ferreira Júnior, trader de ca-fés especiais da expocaccer, começou sua palestra informando que a deman-da por qualidade está crescendo, e o Brasil está em evidência, sendo que o cD brasileiro é o alvo. a colômbia e países da amé-rica central estão com escassez de cafés de qualidade, e o Brasil tem capacidade para substituir os merca-dos a que eles atendiam. além disso, tem havido aumento de consumo de expresso, o que exige cafés naturais de qualidade e cD, oportunidade no-vamente para o Brasil. segundo Júnior, o Brasil pro-duz cerca de 5 milhões de sacas de cD, estando pronto para fornecer esse produto com escala e continuidade.

em 2013, a situação da colômbia e dos países centrais terá se normali-zado, mas o Brasil já terá entrado no mercado. em relação a oportunidades e posicionamento do mercado, a starbucks está entrando no mercado brasileiro, há possibilidade de entre-ga de cafés brasileiros na bolsa de Nova York, e a illy está com crescente demanda por cafés de qualidade su-perior. Por isso, é a hora de o Brasil entrar e preencher essa lacuna. o café nunca esteve tão na moda. segundo Júnior, para quem quer café bom, pode chegar. “É a nos-sa hora, é a oportunidade que precisa-mos para entrar nos blends dos cafés mais valorizados e emplacar o café brasileiro”, finalizou ele.

Qualidade na visão do marketing De acordo com Paulo Henrique Leme (PH), consultor em marketing es-tratégico no agronegócio café pela P&a Marketing internacional, a qualidade é a consistente conformidade com as ex-pectativas dos consumidores, ou seja, é percebida por meio da expectativa e percepção do consumidor. PH deu um exemplo de como isso se aplica, mostrando a figura de dois automóveis: um Fusca velho e uma Ferrari. De acordo com sua expla-nação, o proprietário do Fusca tem ex-pectativa baixa de que seu carro suba um morro e, se isso for conseguido, ele terá percepção alta, não havendo “la-cuna” de qualidade, pois seu objetivo foi atingido. Já o proprietário da Ferrari tem expectativa de um carro perfeito. se encontrar um furinho no banco, sua percepção de qualidade será horrível. Nesse caso, há uma lacuna: expectati-va alta e percepção baixa. isso mostra como a qualidade do produto é perce-bida pelo consumidor. Passando isso para o café, o consumidor internacional tem uma ex-pectativa em relação ao café brasileiro e, quando recebe outro tipo de café,

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desaprova. “esse paradigma em rela-ção aos cafés do Brasil tem que mu-dar”, afirma PH. Diante disso, fica claro que se deve saber qual a expectativa de seus compradores, qual a percepção de qualidade deles, como deixar a per-cepção igual à expectativa e, por fim, o mais difícil, como elevar essa relação expectativa/percepção. em sua tese de mestrado, PH trabalhou estudando o Programa de Qualidade do café (PQc) da abic, uma evolução do selo de Pureza, pois pure-za não significa qualidade de bebida. De acordo com ele, há um mo-delo dos 3 pilares da qualidade, que é uma forma de compreender melhor a complexidade do tema “qualidade”. o sinal de qualidade, ou seja, aquilo que o consumidor vê, pode ser um certifica-do ou uma marca. Desse modo, existe uma disputa na mente do consumidor para saber quem transmite melhor a qualidade, um certificado ou determi-nada marca. É claro que os dois podem caminhar juntos, mas, normalmen-te, a marca reflete o poder da indús-tria, e o certificado, principalmente a indicação geográfica, remete o poder à produção. Para entrar e ficar no mer-cado, o agente tem que conhecer as tendências de mercado, definir posicio-namento estratégico e fazer marketing para agregar valor ao seu produto. PH apresentou as principais tendências mundiais no agronegócio café, na ponta do consumidor, como: o expresso, máquinas domésticas, o solúvel, os cafés especiais e os cafés certificados. o expresso é a forma de pre-paro que mais cresce no mundo e em que se tem maior garantia de quali-dade. as máquinas domésticas estão levando a venda por dose para dentro de casa. o solúvel possui praticidade e baixo custo, sendo porta de entra-da para os mercados emergentes. No caso dos cafés especiais, o preço é 2 a 5 vezes maior que café de supermer-cado, porém tem crescimento persis-tente. É neste último mercado que há grande oportunidade para o Brasil. Para que o Brasil se insira no mercado da melhor forma possível, primeiro, é necessário saber onde o

Brasil pode estar, onde quer estar e como deve se posicionar. como num boneco de neve, em que a base está o café comercial, em maior quantidade, no corpo estão os cafés diferenciados (starbucks, illy, Nespresso, Dunkin’ Do-nuts e Mc café) e, na cabeça, os ca-fés especiais, acredita-se que a maior oportunidade é o crescimento do corpo do boneco. Diante de outros países con-correntes, o Brasil é o que menos in-veste em marketing, como já citado acima. o Brasil possui 14 regiões pro-dutoras, excelentes cafés de diversos sabores, porém ninguém lá fora sabe disso. a certificação de origem, como

o café do cerrado, permite rastreabili-dade, garante origem e transmite ca-racterísticas emblemáticas. PH afirma que o Brasil é a maior fonte mundial de cafés sustentáveis, mas precisa divul-gar isso. “Qualidade não anda sozinha, é preciso fazer qualidade e vender qua-lidade”. Para isso, é imperioso criar seu próprio mercado, seu espaço, ni-cho e marca. ele finaliza argumentando que, para a promoção dos cafés bra-sileiros no mercado internacional, é preciso colaboração entre os agentes (produtores, associações, cooperati-vas, certificadores e exportadores) e não competição.

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Sistema de Solução Completa Pioneer®

A Pioneer, empresa líder no mercado de sementes, bus-ca, por meio do seu pla-nejamento estratégico, de-

senvolver soluções integradas que se caracterizam como sendo um conjunto de ferramentas que possam melhorar a eficiência dos processos produtivos. Nesse cenário, as sementes as-sumem papel relevante diante do valor

agregado e foco nas soluções como veí-culo de tecnologia, desempenhando im-portante papel dentro das propriedades, pois garante os investimentos, a produti-vidade e a rentabilidade dos negócios. Por essa razão, e seguindo sua missão de melhor atender às necessida-des do mercado, a Pioneer, mais uma vez, inova, trazendo para o mercado o seu sistema de solução completa.

Entenda o que é o Sistema de Solução Completa:

o sistema de solução comple-ta está alicerçado em quatro pilares, que representam a combinação ideal entre genética, biotecnologia e serviços: siste-ma de combinação de Híbridos, Genes Nativos, tecnologia do Milho Bt e trata-mento de sementes industrial.

O Sistema de Combinação de Híbridos – SCH com base nos programas de melhoramento convencional e nos in-vestimentos realizados em estações de Pesquisas alocadas estrategicamente em diferentes regiões do País, a Pioneer desenvolve e posiciona a melhor combi-nação entre potencial produtivo, precoci-dade e defensividade, características ge-néticas presentes com diferentes doses em cada híbrido, de acordo com as mais variadas necessidades das principais re-giões produtoras de milho. Portanto, o maior volume de um determinado híbrido é definido pelo

seu perfil agronômico frente às caracte-rísticas que ele pode encontrar naquele ambiente e na referida época de plantio. Pequenos ajustes nos volumes dos híbri-dos podem ser realizados em função de condições microrregionais, por meio de consulta ao Departamento de Produto e tecnologia ou ao representante de Ven-das da Pioneer. Dessa forma, o sistema de combinação de Híbridos é uma das me-lhores ferramentas de gerenciamento de risco, pois oferece maior segurança e es-tabilidade produtiva para os produtores.

Autor: rafael barbieri Seleme / [email protected]

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Genes Nativos

Preocupada com a evolu-ção das doenças foliares, sobretu-do a Helmintosporiose (exserohilum turcicum), a Ferrugem Polissora (Puccinia polissora) e a Ferrugem tropical (Physopella zeae), que, na safra passada, afetaram muitas la-vouras em todo o País, a Pioneer de-senvolveu marcadores moleculares que permitem identificar e selecio-nar com maior precisão genes nati-vos de milho para os programas de melhoramento. com esta técnica, é possível introduzir uma nova carac-terística corrigindo uma deficiência do híbrido, sem afetar as demais. assim sendo, com o intuito de fortalecer e proteger o potencial produtivo de sua linha de produtos, a Pioneer, disponibilizará para a safra 2010/2011, mediante o sis-tema de solução completa, seus principais híbridos com a tecnologia de tolerância a Ferrugem Polissora e tropical. Futuramente, a Pioneer deverá disponibilizar ao mercado híbridos com a tecnologia de genes nativos para outras doenças de im-portância econômica da cultura do milho, como a Phaeosphaeria e cer-cospora.

Tecnologia do Milho Bt Para a safra 2010/2011, estima-se que cerca de 70% das lavouras de milho serão cultivadas com a tecnolo-gia do milho Bt (Yieldgard® e Herculex® i). a rápida adoção pode ser explicada, principalmente, pela facilidade e segu-rança no controle da lagarta do cartucho, considerada a prin-cipal praga das lavouras de milho do Brasil. contudo, para se explorar ao máximo os benefícios desta tecnologia, é conveniente considerar a utilização do milho Bt, quer seja Yieldgard® ou Herculex® i, como uma fer-ramenta dentro do MiP (Manejo integrado de Pragas). em outras palavras, quer dizer que as lavouras devem ser mo-nitoradas constantemente, já que lagartas remanescentes na palhada ou a ocorrência de forte pressão destes insetos pode determinar aplicações complementares de inseticidas registrados para a praga-alvo em questão e finalidade de uso. alerta-se que não deve ser usado inseticida a base de Bacillus thuringiensis. além disso, técnicos e produtores devem estar aten-tos em atender às orientações técnicas para plantio das

áreas de refúgio e respeitar as normas de coexistência. Maiores detalhes sobre a Norma de coexistência e a im-plantação das áreas de refúgio podem ser obtidos na área de biotecnologia do site www.pioneersementes.com.br

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Tratamento de Sementes Industrial (TSI) com o objetivo de proteger as sementes e plântulas contra o ataque de pragas e doenças, complementando o sistema de solução completa da Pione-er, mais um serviço é disponibilizado aos seus clientes: o tratamento de sementes industriais. em função da adoção de no-vas tecnologias, como o milho Bt, das pesquisas em novas moléculas, dos investimentos realizados em modernos tratadores e utilização de produtos com-provadamente eficientes e específicos para este fim, as principais característi-cas e benefícios do tratamento industrial são: considerar a entrada de novas tec-nologias como o Bt e inseri-lo dentro do manejo integrado de pragas, assegurar a dose correta de ingrediente ativo por se-mente, melhor cobertura destas e reduzir ao máximo o dano às sementes, garan-tindo qualidade por meio de um melhor estande inicial e uniformidade de plan-tas, o que pode maximizar os resultados da lavoura. contudo a tecnologia de se-

mentes industriais jamais deve ser considerada como única estratégia de controle de pragas. Portanto, é reco-mendado o monitoramento constante da lavoura para determinar eventual ne-cessidade de aplicação complementar, principalmente em áreas com histórico de forte pressão de insetos. Dessa forma, o uso do trata-mento de sementes industriais de forma associada à tecnologia do milho Bt re-presenta o que há de mais moderno em conveniência e comodidade, uma vez

que os produtores recebem as sementes prontas para plantar. Finalmente, o sistema de so-lução completa representa um marco dentro do mercado de sementes contri-buindo para o desenvolvimento tecnoló-gico da agricultura brasileira, da mesma forma que diversas outras tecnologias foram desenvolvidas pela Pioneer duran-te a sua história aqui no Brasil.® YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto company® Herc ulex é marca registrada e utilizada sob licença da Dow agrosciences.

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O eucalipto é uma árvore exó-tica e não pertence à flora natural do Brasil. esta plan-ta foi trazida ao país no iní-

cio do século passado, proveniente da austrália, onde existe mais de 600 espé-cies nativas de eucalipto. cada espécie apresenta características diferentes e é adequada para aplicações também dife-rentes. algumas espécies foram selecio-nadas e desenvolvidas geneticamente para as condições de clima e solo das diversas regiões do país. No início de sua cultura no Brasil, o eucalipto era visto como uma espécie que causava uma série de pro-blemas ao meio ambiente. Depois de muitos anos de pesquisas, estudos e experiência, comprovaram que a cultu-ra do eucalipto é como outra qualquer, tendo vantagens e desvantagens, mas

com um saldo final positivo, e suas ca-racterísticas, tanto de manejo como de utilização, nada fica devendo às madei-ras nativas. algumas áreas degradadas têm sido recuperadas com o plantio de eucalipto. Plantado de forma adequada e sendo bem manejado, esta espécie se transforma em um grande aliado da natureza. as florestas plantadas de eu-calipto são florestas renováveis, o que se torna de grande importância quando falamos de utilização de madeira aliada a preocupação e a preservação do meio ambiente. Na década de setenta, foram implantados mais de 2 milhões de hec-tares de eucalipto só no estado de Mi-nas Gerais. Neste estado, encontramos os maiores maciços florestais plantados de todo o planeta. estes plantios tinham

o objetivo inicial de atender, principal-mente, a necessidade de madeira para produção de carvão, destinado a side-rúrgica e a produção de celulose para indústrias de papel. a madeira proveniente do eu-calipto possui diversas aplicações e utilizações. algumas dessas aplicações são: lenha para queima em caldeira, le-nha para carvão, postes para transmis-são de energia e telefonia, dormentes para ferrovias, utilização em paisagismo e decoração, varas para lavouras de tomate, construções civis e ainda cons-truções rurais, como cercas, currais e porteiras. Várias dessas aplicações cita-das exigem alta qualidade da madeira e apenas uma espécie de eucalipto se destaca por possuir características como: alto desempenho, maior durabi-

Eucalipto

Eucalipto

Diversas aplicações e utilizações

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lidade, uniformidade da madeira, alta densidade (relação peso + dureza), má-xima resistência mecânica e ao ataque de fungos, brocas e cupins. esta espé-cie é eUcaLiPto citrioDora. De acordo com o departamen-to técnico da ceMiG (campainha de Mi-nas e energia), existem postes de eUca-LiPto citrioDora com mais de 30 anos de utilização e ainda se encontram em boas condições de uso. Levando-se em consideração suas inúmeras vantagens, podemos considerar o eUcaLiPto citri-Dora como sendo uma madeira nobre, utilizada também para produtos serra-dos e móveis, onde a alta qualidade da madeira é imprescindível, e ainda é utilizada para queima em caldeira, pos-suindo melhor poder calorífico do que as demais espécies. outras espécies de eucalipto possuem menor densidade e menor re-sistência da madeira, como o eucalipto Urophilla e o eucalipto Grandes. estas duas espécies, por exemplo, vem sendo utilizadas em larga escala para a produ-ção de lenha, utilizada para queima em caldeiras e produção de carvão.

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Tropical Genética

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Tropical GenéticaEmpresa oferece o melhor da genética

leiteira das raças Girolando e Gir Leiteiro em seu 4° Leilão Leite

Tropical GenéticaEmpresa oferece o melhor da genética

leiteira das raças Girolando e Gir Leiteiro em seu 4° Leilão Leite

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Quem busca qualidade em produção leiteira e uma genética superior das raças Gir leiteiro e Girolando, com certeza, já ouviu falar da tropical Genética. a empresa surgiu há cerca de dois anos, com a união de duas grandes empresas do agronegócio: Gama Pecuária, de Milton de almei-da Magalhães Júnior e o filho, Milton Neto, e a curicaca agropecuária, dos irmãos Joaquim Lima e Vicente Nogueira. essa união trouxe, em sua bagagem, uma tradição na produção de leite e na criação das raças Gir leiteiro e Girolando de mais de 23 anos. ao longo desses dois anos, a tropical produziu mais de 3 mil pre-nhezes, para vários estados do país. sempre com uma criteriosa seleção genética, com foco na produção lei-teira e na longevidade, buscando alta qualidade e sustentação eco-nômica, a fim de sempre manter a produção de animais de excelência.a missão dos pecuaristas sempre foi a mesma, “Vender a melhor genética e os serviços de reprodução bovina, com alta tecnologia e sustentabili-dade”. Para isso, a empresa conta com 27 funcionários, profissionais especializados e envolvidos direta-mente em todos os processos, aptos a atender ao cliente, tanto na cen-tral de receptoras como também em suas propriedades.Hoje, a tropical está setorizada em quatro propriedades, uma fazenda, que funciona como maternidade, onde são abrigadas apenas as re-ceptoras em fase final da gestação e recria das bezerras, com cerca de 250 receptoras em fase final de ges-tação; outra fazenda é a tropical Lei-te, onde os animais em lactação são ordenhados. Nesse caso, são dois centros de ordenha, um para o gado Girolando e outro para o Gir leiteiro. além de mais duas outras fazendas, uma específica para os animais que são levados em pista e a última é a central de receptoras.Na central, as 2 mil receptoras pas-sam por um rigoroso controle sani-tário, em um sistema de pastejo rotacionado, adubação química e or-gânica dos piquetes. são 700 hecta-res de pastagem de alta qualidade, e, para suplementação dos animais,

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na entressafra, são utilizadas forragens conservadas no processo de ensilagem e fenação.o cliente ainda conta, na central, com serviços de assessoria veterinária e acompanhamento reprodutivo das do-adoras, além de transferência de em-briões, exames de tuberculose e bruce-lose, inovulações, te convencional e a hospedagem de doadoras. o patrimô-nio genético da empresa é formado por mais de 1000 fêmeas, das raças Gir, Girolando e Holandesa, distribuídas em três fazendas, localizadas na cidade de Uberlândia (MG). Desse rebanho, des-tacam-se cerca de 100 animais, que são as doadoras de embriões.outro ponto de destaque no trabalho da tropical Genética é o alto valor gené-tico de suas doadoras. isso é fruto da utilização de reprodutores Gir Leiteiro e Girolando, avaliados em testes da em-brapa/aBcGil. a alta seletividade gené-tica dessas doadoras lhes confere lugar de destaque nacional em suas apre-sentações. Grande parte delas é, cons-tantemente, premiada em pistas de julgamento e nos torneios leiteiros, dos mais conceituados eventos nacionais, tornando a tropical, cada dia mais, co-nhecida e conceituada, pelo relevante melhoramento genético nas raças Gir

Leiteiro e Girolando e pela expressiva produção leiteira proveniente de um re-banho com alta qualificação genética.resultado dessa visível busca pela ge-nética superior foi um importante título conquistado recentemente. De acordo com o resultado do controle oficial, re-alizado pela associação Brasileira dos criadores de Zebu (aBcZ), a tropical ocupa a posição de maior produtora

de leite proveniente de Gir leiteiro, no Brasil. Foram produzidos, em média, mais de 1.400 litros de leite/dia, de 83 vacas ordenhadas, com produtivi-dade de, aproximadamente, 18 litros por vaca/dia. “esse resultado concreti-zou a nossa busca incessante: produzir genética com respaldo na produção de leite. sempre tivemos essa preocupa-ção, vender uma genética excelente

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de Gir leiteiro, mas também produzir leite desses animais, comprovando que nossos animais são, realmente, pro-dutivos”, explica Milton Neto, um dos proprietários da empresa. Para se tor-nar a referência que é hoje, a tropical contou com a ajuda de vários parceiros. Dentre eles, destaca-se a parceria com a empresa, líder em genética no Brasil, alta Genetics. No ano passado, juntos, compraram 10% do touro Vale ouro da silvânia. o touro é um dos melhores da raça Gir leiteiro e um dos mais usados, no Brasil, tanto para a construção do Gir Leiteiro moderno e produtivo como para a raça Girolando. além de ter sido o único touro melhorador para todas as características de úbere do sumário embrapa/aBcGiL 2009, garantindo a condição de número 1 para úbere. em consonância com o investimento em touros melhoradores de plantel, a par-ceria também se estende aos serviços de acasalamentos dirigidos, que são escolhidos na vasta bateria sêmens de touros das raças Gir leiteiro, Girolando e Holandesa da alta Genetics. recentemente, durante a expozebu 2010, outras grandes aquisições mar-caram os investimentos da empresa. Juntamente com a Fazenda engenho, adquiriram o animal Dolly te Kubera e, na mesma feira, juntamente com os pecuaristas Baianos; Perivaldo, o “Pitu”; e Gilberto, o “americano”, compraram Migalha te Palma.

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4° Leilão Leitea tropical, desde o último ano, vem realizando vários leilões para disponi-bilizar aos pecuaristas e investidores em genética tudo o que produz, para que se possa tornar uma oportunida-de ímpar de conferir a qualidade dos animais da seleção tropical. Pratica-mente, todos os estados brasileiros possuem a genética tropical.Para disseminar, ainda mais, seu tra-balho, a tropical realiza, juntamente com a Fazenda Morada corinthiana, no dia 30 de julho, o 4.° Leilão Leite. em busca do constante melhoramento genético, a corinthiana utiliza técnicas de FiV e ia, com foco na produtividade e na qualidade leiteira, acima da mé-dia. apostando, assim, há 16 anos, no aprimoramento genético do Gir leiteiro e na seleção de matrizes Girolando.além de toda a qualidade da raça Gi-rolando, em seu quarto ano, o leilão apresenta destaque para a raça Gir lei-teiro, que deverá ocupar cerca de 30 lotes do pregão.No último Leilão Leite, em maio 2009, a vaca atraÇÃo Ma MJ, de proprie-dade da Gama Pecuária, foi um dos

grandes destaques do remate, sendo arrematada pelos pecuaristas olavo de carvalho e emílio carlos teixeira, pelo valor de r$ 52 mil reais. o leilão alcan-çou uma média geral de r$ 4.560,00 reais. as bezerras foram vendidas em uma média de r$ 3.215,00 e as va-cas, r$ 6.682,00. Para a quarta edi-

ção, os pecuaristas prometem levar ainda mais qualidade ao leilão e, com certeza, apresentar vários outros des-taques.o 4° Leilão Leite acontece no dia 30 de julho, às 20h30, no camaru em Uberlândia e tem transmissão do agro-canal.

4° Leilão Leite

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Algumas doadoras que serão ofertadas prenhezes no 4° Leilão Leite

CASTAnHoLA HerdeIro mAmJrg: 9575Pai: Herdeiro de brasiliaMãe: Bandeja bela vistaLactação: 9.614, 41 kg em 380 dias

nIQUITA CUrICACAGirolando 1/4 sangueLactação: 7.432 kg em 298 dias

noVATA CUrICACAGirolando 1/2 sangueLactação: 8.501 em 277 dias

FAdA Te LedUC GAmAGirolando 1/2 sangueLactação: 7.482, 40 kg em 284 diasPai: LeducMãe: Graciosacampeã novilha júnior megaleite 2008

rendeIrA nICA mILLenIUm boA FÉ Nascimento: 05/12/2002rG: a 3053Pai: Millenium Hortencia alf Boa Fe - 0475Mãe: Nica Boa Fe - V 1061Lactação: 10.800 kg em 290 diasreservada Grande campeã Nacional Mega-leite 2008, Grande campeã expoagro2008, melhor úbere adulto expoagro 2008, melhor úbere adulto Megaleite 2008.

drACenA FAbIAn mAmJNascimento: 01/04/2004Pai: Washco aero Fabian - ax 109402Mãe: Brisa - e-1416Lactação: 7.826,19 kgGrande campeã e melhor úbere adulto: Pas-sos 2009, Prata 2009, Franca 2009. Melhor úbere adulto nacional Megaleite 2009

Venda de Prenhez Venda de Prenhez Venda de Prenhez

Venda de Prenhez Venda de Prenhez Venda de Prenhez

Bezerras FIV

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TORA

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Entrevista

Produtorde sucesso

Produtorde sucesso

Moacir inácio da Costa tem 57 anos, dos quais 35 foram dedicados a pecuária leiteira. casado e apaixonado pelos três filhos, nasceu na fazenda Barreirão, às

margens do rio Paranaíba, no município de tupaciguara (MG) e, hoje, na mesma

cidade, realiza um ótimo trabalho na seleção de animais Girolando voltados para

a produção.

Como inicia sua vida na pecuária leiteira? Nasci em uma fazenda às margens do rio Paranaíba, no município de tupaciguara. Meus pais eram viúvos e se casaram. Do meu pai vieram nove irmãos e da minha mãe mais um. após sua união, tiveram mais quatro filhos: eu, Maurício, Mauro e Mar-cion. Já nascemos respirando o ar da fazenda, mas, como eu precisava estudar, mudei-me para a cidade, em tupaciguara, onde estudei até a oitava série, de-pois fui para Belo Horizonte, onde fiz o ensino médio e cursei Medicina Veterinária, na Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG. Meu pai, já de certa idade, meus irmãos e eu, mais novos, decidimos que deveríamos correr atrás de trabalho. então, separamos um pedaço de chão e compramos juntos uns 50 bezerros. Foram vários anos de sociedade. trabalhamos também, em sociedade, com um nelorista do estado de Goiás. Nesse tempo, eu e meus irmãos estudávamos e trabalhávamos. como a propriedade do meu pai era próxima ao rio, foi inundada com a construção da usina. Meu pai recebeu uma indenização em 1978, não foi muita coisa, ainda mais dividido para 13 filhos, mas já foi uma ajuda para nós. a partir daí, fomos trabalhando cada dia mais, para nos sustentar e crescermos.

Além da Faculdade de medicina Veterinária, o que mais engrandeceu seu conhecimento para trabalhar com o leite? assim que me formei, trabalhei, por 10 anos, com a Nestlé, em ituiutaba-MG. trabalhei também, na mesma empresa, em araçatuba-sP, ibiá-MG, três co-rações-MG, Jataí-Go e no Mato Grosso. Nesse período, eu era responsável pelo trabalho de melhoramento genético da empresa, comprava tourinhos puros, de origem leiteira, nos estados do Paraná, são Paulo e Minas Gerais, que eram repassados aos pecuaristas, de todo país, fornecedores de leite da Nestlé, os quais somavam, cerca de, 13 mil fazendas. adquiri muito conhecimento, na escola, na vida, e, principalmente, nas empresas onde trabalhei. isso complementou a minha formação. Nessa época, foi quando conheci os grandes criadores de gado lei-teiro do país. Foi uma base extraordinária, pois conhe-ci toda a elite e também os pequenos produtores. ao longo da vida, vim fazendo história. es-tudei nos estados Unidos, alemanha, França e israel, sempre fazendo cursos voltados para o leite. Fui dire-

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tor da calu, do conselho fiscal da itambé, sócio-fundador da creditril, cooperativa de crédito de Produtores rurais e Livre admissão do triângulo Mineiro, em que fui presidente, e participo do conselho ad-ministrativo desde a sua fundação. Fui do conselho de administração da cooperati-va de Laticínios do estado de são Paulo e conselheiro da antiga associação brasilei-ra dos produtores de leite B. Participei, também, de várias outras associações, nas quais colaboro até hoje. Gosto muito de lutar pela classe. atualmente, ocupo os cargos de vice-pre-sidente da aproleit e sou um dos diretores do sindicato rural de Uberlândia.

e como foi o início de seu plantel? Meus irmãos e eu éramos só-cios, criávamos Nelore puro, mas a fa-zenda era pequena, e, como na região, começaram a surgir grandes empresas de leite, decidimos partir para esse ramo. Fizemos a inversão, fomos aos poucos saindo do corte e entrando no leite, por meio da inseminação artificial. segui, por algum tempo, um programa de melhoramento da embra-pa, o que também me deu uma excelen-te base. Mas há mais de 30 anos traba-

lho com inseminação. Já utilizei touros holandeses como Placamar Bootmaker e Valiant. Hoje, meu plantel acumula as melhores linhagens de Gir Leiteiro, como impressor de Brasília, Bem Feitor, Nobre, sansão etc.

o que realmente busca na raça? eu selecionei uma genética vol-tada para tipo, mas, sobretudo, acredito que um animal vale o quanto produz. tenho vários títulos em exposições, to-davia sempre busquei a eficiência do animal, pois nem sempre um belo zoo-técnico é um belo econômico. Já che-guei a produzir 7 mil litros de leite por dia, hoje estou com média de 5. Por 3 anos consecutivos estive entre os 100 maiores produtores de leite do Brasil, de acordo com o grupo agripoint. Busco animais com alta produ-ção de leite, bons de pista e com tem-peramento dócil. tenho no meu plantel 650 fêmeas selecionadas com esse cri-tério.

Qual o segredo do sucesso? Fazer um trabalho bem feito e saber lidar com o mercado. o Girolando é um animal que conduz características

fundamentais para o leite. Para se tra-balhar com esse animal, 100% é plane-jamento. sempre utilizei três premissas básicas, que chamo de Gas: Genética, alimentação e saúde. em consequência disso, o manejo é que deve fazer esse três itens funcionar harmonicamente. É o que eu defendo toda a minha vida, o animal mais econômico. tive a felicidade de sempre tra-balhar em equipe, nunca pensei apenas no “eu”, mas sempre no “Nós”. acredito que da mesma forma que selecionamos animais, temos que selecionar pessoas, e, com isso, formamos uma boa equipe.

Além da pecuária também tem um tra-balho voltado para avicultura, como fun-ciona? tenho, na minha propriedade, 4 pavilhões com frangos de corte, onde engordo, em média, 100 mil frangos por lote, geralmente, a cada 40, 45 dias. com a parte avícola da propriedade, uti-lizo a cama de frango, que é um adubo de primeira qualidade. aproveito para fazer essa rotatividade. Planto, também, um pouco de milho e sorgo, cerca de 110 hectares, mas apenas para consu-mo interno, para silagem.

Leilão Fazenda Panorama Depois de 35 anos, investindo na raça Girolando e participando de leilões apenas como convidado, Moacir inácio da costa decidiu realizar seu próprio leilão. No dia 7 de agosto, às 13h, ele recebe em sua propriedade amigos e interessados em ad-quirir o melhor de seu plantel. serão 300 fêmeas, sendo 110 vacas em lactação, 90 novilhas e 100 bezerras. todos, animais registrados na associação Brasileira dos criadores de Gi-rolando, sendo a maioria livro fechado. Mo-acir irá disponibilizar cerca de 230 animais de seu plantel, o restante será de amigos convidados a participar do leilão. a trans-missão será feita pelo canal terra Viva e a organização fica a cargo das leiloeiras interural Leilões e embral Leilões. como pecuarista Moacir sempre buscou animais voltados especificamente para produção, esse é o ponto forte do leilão. animais para produção, “todos os meus animais foram produzidos na minha propriedade e com todo cuidado para que se tornassem animais de alta produção de leite. Vou vender o que tenho de melhor”,

enfatiza Moacir. amigo, há anos, de Moacir, Jú-lio cesar Pereira, proprietário da Fazenda Pombo, diz que quem adquirir animais nes-se leilão, certamente, irá se beneficiar com a excelente genética do Plantel de Moacir, “Moacir é um dos pioneiros na região no que se trata de genética e animais produ-tores de leite. Foi um dos primeiros a tra-balhar com inseminação artificial, e a vida toda trabalha pelo melhoramento genético da raça. seus animais sempre obtiveram ótimas médias de lactação devido aos ex-celentes acasalamentos”, explica Júlio. outro grande parceiro de Moacir é a tropical Genética, que vem se desta-cando no mercado leiteiro nacional pelo criterioso trabalho de seleção que vem rea-lizando. Um dos proprietários da empresa, Milton Neto, comenta que a seleção de Mo-acir é realmente uma referência, “conhe-cemos Moacir com seu trabalho há muitos anos, meu pai é seu amigo pessoal e tem um carinho enorme por ele. seu plantel tem uma genética excelente e é própria para quem quer produção”, finaliza Milton.

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Semex participa da Mashoutao 2010 em Minas Gerais

N os dias 09 e 10 de Junho, aconteceu o maior encon-tro técnico de campo do Brasil central na fazenda

Boa Fé, do Grupo Ma shou tao. a 4.ª edição do evento reuniu cerca de 3 mil visitantes. com infraestrutura privilegia-da, o evento é considerado, pelo pú-blico e pela mídia, como um dos mais bem organizados eventos técnicos do país, trazendo, a cada ano, inovações em conforto e dinamismo das palestras e mostras comerciais. a seMex Brasil participou pela primeira vez do encontro por meio dos regionais semex triângulo Mineiro, sr. Paulo Melo e srta. Daniella Martins, que estiveram presentes juntamente com o supervisor técnico sr. arthur Pa-trus, divulgando de maneira intensiva os produtos, serviços e as inovações que a semex Brasil oferece aos produ-tores. o stand semex foi bastante visitado e houve a oportunidade de apresentar ao público todo o poder da

Semex

Genética Balanceada e Funcional. cria-dores de todas as partes do Brasil de-ram testemunhos valiosos sobre a qua-lidade e a funcionalidade dos animais. agradecemos todo o apoio

que nos foi dado pelo Grupo Boa Fé na pessoa do Jônada Ma e adriano camar-go e reafirmamos o compromisso de estabelecermos uma parceria efetiva com o Grupo Ma shou tao!

Semex é sucesso na intercalu em Mg No dias 18 a 21 de maio de 2010, a semex esteve presente no iN-tercaLU, um encontro de cooperados da cooperativa agropecuária Ltda. de Uberlândia. a feira contou com a pre-sença de diversas empresas e com mais de 300 animais da raça Girolan-do em pista para julgamento e, mais uma vez, a seMex lidera e mostra que FUNcioNa eM toDo LUGar! a seMex foi a empresa líder em vendas de sêmen e volta a ter po-sição de destaque dentro do mercado da cooperativa. técnicos e membros da cooperativa afirmam que a raça Gi-rolando e a genética canadense nas-ceram para caminhar juntas, visto que a qualidade dos animais é comprova-damente diferente e imbatível nas pis-

tas! o eng. agrônomo Paulo Melo e a Médica Veterinária Daniella Mar-tins estiveram nos quatro dias da feira e contam que ficaram impressionados com a grande aceitação e interesse dos produtores e técnicos da coope-rativa pela genética balanceada e fun-cional da semex! o supervisor técnico sudes-te, responsável pelas raças de Leite tropical, sr. arthur Patrus de campos Bello, esteve presente durante o even-to e assegura que ficou surpreso com a qualidade do evento e tamanha pai-xão dos técnicos e cooperados pela genética canadense. “com certeza, a parceria ca-LU-seMex está cada vez mais conso-

lidada e comprometida em promover a evolução genética do rebanho do triângulo Mineiro, gerando satisfação e trazendo resultados de sucesso aos produtores e cooperados” finaliza o eng. agrônomo Paulo Melo.

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Semex participa da Cooprata em Minas gerais

Nos dias 13 a 16 de maio/2010, foi realizada a 4.º semana de agronegócios da cooPrata, em Prata-MG. os re-gionais semex de Uberaba e Uberlândia, Paulo Melo e Daniella Martins, estiveram presentes em todas as atividades ocorridas durante a feira. o Diretor técnico de raças de Leite, Dr. claudio ara-gon, esteve presente no 12º Dia de campo, fazendo uma pa-lestra sobre “influência Genética sobre sólidos no Leite”, dia de campo que reuniu, aproximadamente, 800 produtores da região. Foi levada ao público uma palestra focada na parte teó-rica do assunto e, logo após, os participantes dirigiam-se para o lado externo da tenda, onde foi focado o assunto na prática. “tivemos a visita de diversos produtores em nosso stand, no qual tivemos a oportunidade de demonstrar o poder da Genética Balanceada e Funcional da semex!!!”, ressalta Daniella Martins.

REVELaÇÃO naCiOnaL... o touro que nasceu na Megaleite 2008, Diamante Negro Valinhos 5/8, de propriedade de Daniel da silva/Magnólia silva, Fazenda Valinhos, Monte alegre de Minas, agora com sÊMeN DisPoNÍVeL Para toDo o BrasiL!!!

dIAmAnTe neGro 5/8(Imagem Valinhos x Fausto Pólo de Itaúna)Lactação Imagem: 9972 Kg leite/305 dias

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Animais transgênicos: o começo de uma nova era?

Animais

Henderson ayres; Departamento de reprodução animal, FMVZ-UsP, são Paulo, BrasilFabiana Fernandes Bressan; Departmento de ciências Básica, FZea, UsP, Pirassununga, sP, BrasilJuliano rodrigues sangalli; Departmento de ciências Básica, FZea, UsP, Pirassununga, sP, Brasilroberta Machado Ferreira; Departamento de reprodução animal, FMVZ-UsP, são Paulo, Brasil

A tecnologia transgênica (ou transgenia) é uma fer-ramenta que permite a modificação genética de

animais ou plantas pela introdução de material genético de outra origem (DNa exógeno; como, por exemplo, genes provenientes de outros animais, plan-tas ou bactérias) no material genético destes organismos. o uso dessa técni-ca pode trazer muitos benefícios, den-tre quais, os mais almejados são o me-lhoramento da eficiência pecuária, a construção de modelos genéticos para o estudo de doenças, a fabricação de bioprodutos pela indústria farmacêuti-ca, ou ainda, a obtenção de melhorias ou maior conhecimento em diversos outros campos de pesquisa. o termo “animal transgênico” vem sendo empregado desde o início da década de 80. os camundongos fo-ram os primeiros mamíferos nos quais a transgenia foi conseguida com suces-so. Dentre os animais de produção, os suínos, os coelhos e os ovinos foram os primeiros a serem geneticamente mo-dificados, em 1985. a partir de então, animais transgênicos de diversas ou-tras espécies, como bovinos, caprinos, aves e peixes foram produzidos com sucesso e finalidades distintas. No campo agropecuário, a grande vantagem que se espera com a transgenia é o aumento da produ-ção animal, tal qual se objetiva com a seleção natural, porém, com intensi-dades maiores e prazos menores. em 1990, por exemplo, foram produzidos suínos com resistência à influenza e, em 1999, camundongos transgênicos para a produção da proteína alfa-lac-talbumina, o que possibilitou aumento

da produção de leite e suas progênies cresceram 8,7% mais rápido do que as de camundongos normais. além disso, já existem alguns animais de produção que produzem leite contendo enzimas (como a lactoferrina, lisozima humana ou lisostafina), que possuem a função esperada de proteger tanto os con-sumidores de leite quanto a glândula mamária dos animais que as produzem contra infecções bacterianas, como a mastite. outro exemplo de grande po-tencial para utilização da transgenia na pecuária é a possibilidade de produzir animais com musculatura dupla. essa característica naturalmente encontrada nas raças “Belgian blue” e “Piemontês” poderia ser reproduzida em outras ra-ças por meio da tecnologia de modifi-cação genética. essa proposta foi ide-alizada depois que cientistas, no final da década de 1990, conseguiram, em

laboratório, inativar o gene da proteína miostatina de camundongos, o que conferiu a estes animais a caracterís-tica de musculatura dupla, ou seja, o crescimento muscular desses animais foi de duas a três vezes maior, quando comparado ao de animais não modifi-cados. Mais recentemente, foram publicados estudos nos quais ovinos e bovinos foram modificados genetica-mente para serem, de certo modo, re-sistentes à encefalopatia espongiforme bovina (Bse, do inglês bovine spongi-form encephalopaty, popularmente co-nhecida como Doença da Vaca Louca. embora a resistência à doença ainda precise ser demonstrada, essa aborda-gem mostra que a transgenia pode ser uma importante aliada na erradicação da Bse nos animais de produção. Na medicina, a tecnologia de produção de animais transgênicos já é

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sugerida desde os anos 80, e seu valor tem se tornado cada vez mais evidente. Uma das primeiras aplicações propos-tas foi a utilização dos animais geneti-camente modificados para a produção de proteínas terapêuticas (remédios), as quais seriam extraídas principalmen-te do seu leite. independentemente da transgenia, a produção de remédios ou fármacos a partir de animais ou bacté-rias começou a ser realizada há muito tempo. Um exemplo clássico é a pro-dução de insulina, para o tratamento de pessoas diabéticas, que começou a ocorrer nos anos 20 por meio da ex-tração desta proteína de pâncreas de suínos. No começo dos anos 80, a in-sulina passou a ser sintetizada median-te cultivos de bactérias, o que resultou em preços mais acessíveis e maior dis-ponibilidade no mercado. Desde então, diversas outras proteínas, inclusive o hormônio de crescimento humano, têm sido obtidas com o uso de bactérias específicas. apesar dessa evolução, a utilização de animais transgênicos po-deria ser o próximo passo para intensi-ficar o potencial de produção de diver-sos fármacos. tomando-se novamente a insulina como exemplo, o uso de animais transgênicos que produzissem a insulina no leite permitiria que este fármaco fosse extraído do leite, purifi-cado, e chegasse ao consumidor com um preço muito inferior comparado aos produzidos pelos outros métodos mencionados. Um dos principais fato-res envolvidos no barateamento desses produtos seria o volume de produção, que aumenta muito nos animais trans-gênicos. Hoje, a produção e a extração de fármacos do leite de animais trans-gênicos, chamados de biorreatores, já estão bem estabelecidas. centenas de proteínas de interesse médico e farma-cêutico já estão sendo produzidas e testadas no mundo. o primeiro fármaco produzido e extraído do leite de biorrea-tores foi o atryn, lançado pela empresa norte-americana Gtc Biotherapeutics. o atryn é um agente anticoagulante (uma proteína anti-trombina recombi-nante) purificado do leite de cabras biorreatoras, necessário para pessoas com uma doença genética rara - a de-ficiência antitrombina hereditária - que as torna vulneráveis à trombose.

apesar das inúmeras aplica-ções da transgenia em modelos ani-mais, um grande fator limitante da téc-nica é sua baixa eficiência. a técnica de transgenia mais antiga, porém mais utilizada, é a microinjeção de DNa no pró-núcleo de embriões. No entanto, além de esse método ter alcançado pouco progresso, a taxa de nascimento dos animais é baixa, em parte, devido à grande perda gestacional desses em-briões, por razões ainda não totalmente compreendidas. De todos os embriões produzidos, 0 a 2% resultam em ani-mais nascidos vivos e com a modifi-cação desejada (transgênicos). além disso, a produção média dos animais vivos e transgênicos é também baixa. Uma técnica que vem apresen-tando grandes vantagens sobre as ou-tras é a de transferência nuclear (clona-gem), utilizando células geneticamente transformadas como doadoras de núcleo. Nesta técnica, os núcleos das células doadoras, como, por exemplo, fibroblastos, são introduzidos no oóci-tos que tiveram seu material genético retirado. os conjuntos oócito-célula são submetidos à fusão elétrica, para que suas membranas celulares se fundem, e, assim, o material genético da célula será utilizado pelo oócito como se fos-se seu. em seguida, a ativação química é realizada, a partir de quando se dá o início do desenvolvimento a embrião. Desde o nascimento da ovelha Dolly (que não é transgênica), a clona-gem vem sendo explorada como uma técnica mais eficaz de produção de animais transgênicos. Utilizada como ferramenta da transgenia, a transferên-cia de núcleos mostrou-se muito mais

eficiente do que a microinjeção em animais de produção. a grande vanta-gem da técnica é a possibilidade de manipulação e estudo da célula a ser clonada, antes da produção do animal transgênico. Deste modo, os pesqui-sadores podem estudar a integração do transgene nas células e escolher somente as células que apresentem a modificação e o genótipo desejado. o objetivo maior é evitar anomalias e problemas gestacionais, aumentando a sobrevivência de embriões, fetos e ani-mais nascidos. além disso, os animais gerados por clonagem de células mo-dificadas geneticamente serão todos transgênicos, pois portarão, em todas as suas células, a mesma modificação inicial que estava presente na célula doadora de núcleo; ao contrário de ou-tras técnicas, que podem produzir ani-mais mosaicos, que podem não passar suas novas características para a prole. De maneira geral, a transge-nia oferece novas possibilidades bas-tante atraentes. apesar dos desafios ainda serem intrigantes, os resultados já estão aparecendo. a aceitação dos produtos provenientes da engenharia genética deve, em pouco tempo, alcan-çar a total aceitação pública, tornando-se uma promessa de grande impacto benéfico nas necessidades humanas e animais, tanto médicas quanto de pro-dução. Desde que bem utilizada e com ética, a transgenia é mais uma técnica que vem para somar, que é capaz de gerar novos conhecimentos e ajudar a aumentar a produção de alimento e de fármacos, tornando o acesso a esses subprodutos mais viável a todos os ci-dadãos.

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Vacas Leiteiras

Avanços na utilização de Nitrogênio Não Proteico na nutrição de vacas leiteiras

Junio cesar Martinez; Doutor em ciência animal e Pastagens (esalq/UsP

Ouso do nitrogênio não proteico (NNP) na nutri-ção dos ruminantes data de muitos anos atrás, em

1879, na alemanha. a ureia é o NNP mais conhecido e começou a ser fabri-cada industrialmente em 1870, quando Bassarow promoveu sua síntese a partir do gás carbônico e da amônia. Mas foi no período de 1914 a 1918, devido à escassez de alimentos ocasionada pela primeira guerra mundial, que a alema-nha intensificou a utilização da ureia como fonte proteica na alimentação de ruminantes. o intuito do aumento na utilização de ureia visava a uma produ-ção intensiva e de baixo custo de carne e de leite. o NNP não é uma proteína. Possui características específicas: é deficiente em todos os minerais, não possui valor energético próprio; é ex-tremamente solúvel e no rúmen é ra-pidamente convertida em amônia, que, se fornecida em doses elevadas, pode ocasionar toxidez. isso acontece porque a proteína dietética é ampla-mente degradada no rúmen, gerando grande quantidade de amônia. esta é potencialmente incorporada pelos mi-crorganismos, principalmente os que degradam carboidratos estruturais, na forma de proteína microbiana. Porém, em muitas ocasiões, a amônia libera-da suplanta a capacidade de captura e metabolismo pelos microrganismos. o nitrogênio amoniacal do rú-men pode ser removido, além da fixa-ção na proteína microbiana, por difusão através da parede do rúmen ou do fluxo de fluido para o trato posterior, porém esta segunda via é quantitativamente menos importante. a amônia, absorvida através da parede ruminal, é imediata-mente transportada pelo sistema porta

para o fígado, onde é intensamente me-tabolizada, pois sua forma livre é imen-samente tóxica para o animal. o Nrc (1985) considera que a quantidade de nitrogênio reciclado, na forma de ureia para o rumem, é função do animal e das condições dietéticas e sugere a equação descrita abaixo para o cálculo da reciclagem total de nitrogê-nio:Y = 121,7 – 12,01x + 0,3235x2onde: Y = N - ureia reciclado (% do N ingerido); x = Proteína dietética ingerida. a reciclagem assume, portan-

to, grande importância para a manu-tenção dos níveis mínimos de N rumi-nal para que se observem ao menos, os níveis mínimos de produtividades sob baixos planos nutricionais. Para que haja funcionamento do rúmen sem comprometimento das atividades mi-crobiológicas básicas, há necessidade de, ao menos, 7% de proteína bruta (≈ 1% de N) na Ms ruminal. recomenda que, para que sejam observados níveis aceitáveis de digestibilidade ruminal da Ms, seja mantida uma concentração de amônia ruminal igual ou superior a 5 mg/dl.

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Niveis de proteína a dieta e sua relação com o balanço energético da vaca

Vacas leiteiras de alta produ-ção, no início da lactação, não conse-guem consumir quantidade de nutrien-tes suficientes para atender à elevada produção de leite, desta forma, tais animais entram em um balanço energé-tico negativo durante um período de ± 90 dias, quando as vacas perdem peso, isso acontece mais intensamente nos primeiros 21 dias pós-parto. Um experimento realizado com 45 vacas da raça Holandesa, por um pe-

ríodo de 120 dias pós-parto, em que os animais foram alimentados com duas dietas: 11,1 e 15,5% de proteína degra-dável no rúmen. os animais alimenta-dos com 15,5% de proteína degradável perderam duas vezes mais peso do que aqueles alimentados com 11,1% PDr, a concentração de ureia aumentou de 17,10 mg/dl para 22,40 mg/dl naqueles animais alimentados com 15,5% PDr. os autores afirmaram que o excesso de amônia produzido no rúmem precisa ser

transformado no fígado em ureia, e este processo requer um alto custo energé-tico, além de utilizar os intermediários do ciclo de Krebs (α-cetoglutarato), di-minuindo o metabolismo energético do animal bem como a gliconeogênese. Desta forma, este desajuste no meta-bolismo intermediário são mecanismos potenciais, os quais determinam como as dietas com alto teor de proteína de-gradável no rúmen podem alterar a per-formance reprodutiva dos animais.

Uréia para vacas em lactação com a finalidade de melhorar a utilização da ureia na alimentação dos animais, na década de 1970, foi desenvolvido, por pesquisadores de “Kansas state University” (eUa), um produto extrusado à base de amido do grão de milho e ureia, com equivalente proteico de 45%, denominado “starea”. o mesmo produto obtido pela extrusão de uma fonte de amido com a ureia e enriquecido com enxofre foi desenvolvi-do na década de 80, na Universidade Federal de Lavras, então, escola supe-rior de agricultura de Lavras, e foi bati-zado com o nome de amireia. assim, experimentos avalia-ram o desempenho de vacas leiteiras em lactação, alimentadas com dietas contendo diferentes fontes proteicas: farelo de algodão, farelo de soja, ami-reia, e concluíram que a ingestão de matéria seca e proteína, a produção de leite corrigida ou não para 4% de gor-dura, e o teor de gordura no leite não diferiram entre os tratamentos, suge-rindo a possibilidade da utilização de amireia na dieta de vacas leiteiras, sem problemas de desempenho e aceitabili-dade das dietas. essa é uma constatação im-portante, pois a composição do leite é um bom retrato do perfil nutricional da vaca. Quando o N ureico no leite, no inglês, “milk urea N (MUN)”, alcançam valores acima de 20 mg/dl, problemas patológicos podem ocorrer. essa tam-bém é uma constatação importante,

pois existe uma alta correlação (r2 = 0,918) entre o nitrogênio ureico no plasma, “blood plasma urea N” (BUN) e o MUN, podendo o MUN expressar a concentração de N no sangue e no plasma sanguíneo desproteinizado. os valores de BUN e MUN são influen-ciados pela hora da refeição e pela concentração de proteína na dieta. É observada menor variação quando as

vacas são mantidas confinadas. Para as análises do BUN, as amostras de sangue devem ser colhidas de 2 a 4 horas após a refeição da vaca. Para ter valores comparáveis, a amostragem de todas as vacas deve ser feita ao mes-mo tempo após a alimentação. os va-lores de MUN representam, em média, 85% dos valores de BUN, variando de 83 a 98%. Dividindo os valores de MUN

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por 0,85, obtém-se uma estimativa de BUN. os valores de MUN podem ser obtidos por meio das amostras que vão para os laboratórios de controle leitei-ro. É necessário que as amostras sejam devidamente acondicionadas para que os níveis de ureia no leite não sejam reduzidos pela atividade microbiana. eles podem ser diminuídos em 50%, se as amostras de leite ficarem em temperatura ambiente por 24 horas. a adição de um inibidor da fermentação ou a refrigeração logo após a colheita são necessários para obter resultados precisos a partir das amostras de leite. assim, a concentração de MUN pode servir como um guia para a identifica-ção de dietas que possuam excesso ou deficiência de proteína. o pesquisador Flávio Portela, Professor do Departamento de Zootec-nia da esaLQ, com a ajuda do Dr. Huber, professor nos estados Unidos, resumiu 19 comparações de nove experimentos em que a ureia foi adicionada de 0,4 a 1,8% da matéria seca, substituindo, total ou parcialmente, o farelo de soja, farinha de peixe e outros subprodutos. a ingestão de matéria seca não foi alte-rada com a suplementação de ureia na dieta em 14 comparações, aumentou em duas e diminuiu em três. a produ-ção de leite não foi afetada pela utiliza-ção da ureia em 17 comparações, mas foi afetada em duas. a percentagem de proteína no leite não foi afetada pela ureia em 14 comparações e aumentou em cinco, o que pode ser explicado pelo aumento na síntese de proteína micro-biana ao se fornecer ureia na dieta. outros experimentos demons-traram que, para vacas primíparas, 1% de ureia na dieta afetou negativamente a produção de leite, porém aumentou a percentagem de gordura no leite. as dietas continham ainda feno de alfafa e 35 a 42% de sorgo floculados a vapor. Quando a ureia é adicionada à silagem (30% de matéria seca), grande quantidade da ureia será hidrolisada a amônia durante a fermentação, obser-vando aumentos nos teores de amônia da silagem. esta hidrólise permite o aparecimento de um agente tamponan-te durante a fermentação, e as silagens com ureia contêm níveis mais altos de ácidos orgânicos.

Quando usar uréia? Vários fatores merecem ser mencionados na decisão do uso e do nível de ureia nas dietas das va-cas leiteiras:

1) nível de produção do rebanho (kg/lactação):- inferior a 5.450;- 5.451 a 6.800;- 6.801 a 8.180;- superior a 8.180.

2) preço da proteína.

3) preço recebido por litro de leite.

4) composição da ração de base, isto é, o nível de energia que fornece a ração.

5) degradabilidade da proteína dos ingredientes. as silagens pré-seca-das de gramíneas e leguminosas contêm proteína mais degradável, em geral.

6) estádio de lactação das vacas. a ureia é mais bem utilizada após 100 dias de lactação.

7) número de distribuição de con-centrado por dia. Quanto mais vezes se fornecer o concentrado durante o dia, melhor será a utilização da ureia.

o conselho de Produção animal do Quebec adotou um guia para auxiliar o produtor na definição do uso de ureia na alimentação das vacas leiteiras, em função do preço da proteína no mercado. embora se trate de um sistema relativamente complexo, é possível inter-relacionar o preço do leite, o preço do milho em grão, o preço do farelo de soja e o nível de produção do rebanho, para a tomada de decisão quanto ao uso ou não da ureia na alimentação de vacas leiteiras. No início de lactação, sobretudo para as vacas com produ-ção acima de 6.800 kg/lactação, a

ureia não se constitui em ingrediente ideal para se utilizar na mistura com grãos. ela é mais bem aproveitada se incorporada à silagem, na propor-ção de 5 kg de ureia por tonelada de silagem de milho (28 – 35% de Ms). Nesta situação, todo o suple-mento proteico sem ureia, como, por exemplo, o farelo de soja ou a fari-nha de peixe, deverá ser distribuído em complemento. esse guia é um guia apro-ximado para determinar se o preço da proteína é relativamente baixo, moderado e elevado. Para obter as informações, faça os seguintes cálculos: primeiramente, calcule a diferença entre o preço de 0,45 kg de farelo de soja e 0,45 kg de milho em grão, em seguida, subtraia este montante do preço de 0,45 kg de lei-te. se o resultado for 8 centavos de reais ou mais, o preço da proteína é relativamente baixo. se o resultado for entre 3 e 8 centavos, o preço da proteína é relativamente moderado. se o resul-tado for inferior a 3 centavos, o preço da proteína é relativamente elevado.

exemplos:

1ª situação, preço da proteína relati-vamente baixo: Quando o produtor estiver recebendo 16 centavos de reais por 0,45 kg de leite, o farelo de soja es-tiver custando 14 centavos e o milho 9 centavos, os passos são: 1) 14 - 9 = 5; 2) 16 – 5 = 11 centavos.

2ª situação, preço da proteína relati-vamente moderado: Quando o produtor estiver recebendo 16 centavos de reais por 0,45 kg de leite, o farelo de soja es-tiver custando 19 centavos e o milho 9 centavos, os passos são: 1) 19-9 = 10; 2) 16 – 10 = 6 centavos.3ª situação, preço da proteína relati-vamente elevado: Quando o produtor estiver

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recebendo 16 centavos de reais por 0,45 kg de leite, o farelo de soja es-tiver custando 25 centavos e o milho 11 centavos: 1) 25 – 11 = 14; 2) 16 – 14 = 2. Para os rebanhos de produ-ção de leite inferior a 5.450 kg, tudo indica que o lucro máximo será obti-do com a utilização de um concen-trado à base de ureia, completado, no início da lactação, com um suple-mento proteico sem ureia, como o farelo de soja. Para os rebanhos com pro-dução entre 5.450 e 6.800 kg, a mesma situação se configura, exce-to que é ainda mais importante que se forneça o suplemento proteico sem ureia no início da lactação. o concentrado de base poderá conter ureia. Para os rebanhos acima de 6.800 kg, tudo mostra que a utiliza-ção de concentrado sem ureia levará a uma melhor otimização do investi-mento em proteína, a qual é sempre dispendiosa, e nesse, nível de pro-dução, a quantidade de concentrado fornecida é, geralmente, elevada. conforme os conhecimen-tos atuais e aqueles dependentes das condições de preço, tudo apon-ta que rebanhos com produção de leite superior a 8.180 kg possam se beneficiar de concentrados com degradabilidade controlada. inde-pendentemente do nível de ureia na dieta de base (por exemplo, silagem de milho), é importante que o suple-mento proteico não contenha ureia, pois este suplemento é unicamente destinado às vacas no início de lac-tação, quando a ureia não é bem aproveitada. alguns cuidados básicos devem ser tomados quando a ureia está presente na dieta de vacas lei-teiras, entre eles, poderíamos citar alguns dos mais importantes: - os animais devem ser, inicialmente, adaptados ao consu-mo da ureia, desta forma, esta deve

ser fornecida em quantidades cres-centes na dieta, e, se caso os ani-mais permanecerem dois dias sem consumirem ureia em sua dieta, o processo de adaptação deve ser re-começado e, em hipótese alguma, usar em quantidades superiores às recomendadas. - a ureia deve ser misturada de forma homogênea aos alimentos, a fim de obter uma ingestão regular, e ser fornecida diariamente, sem in-terrupções. - Uma vaca de 550 kg de PV pode consumir até 200 g de ureia por dia sem problemas. - Não fornecer ureia aos ani-mais dissolvida em água para beber, ou nos “sopões”. - Quando a ureia se cons-tituir a principal fonte proteica, for-necer aos animais uma boa mistura mineral à vontade. - Quando se usa ureia, é importante administrar o enxofre (s) na proporção de uma parte deste elemento para cada 10 a 15 partes de nitrogênio, para se obter melho-res resultados. são indicados como fontes de enxofre, o sulfato de cálcio (17% de s) sulfato de amônio (24% de s), que se constituem em exce-lentes fontes deste nutriente. - os sintomas de intoxica-ção pela ureia se caracterizam por agitação, falta de coordenação, sali-vação intensa, tremores musculares, micção e defecção constantes, respi-ração ofegante e timpanismo. - Nos casos de intoxicação, utilizar duas garrafas de vinagre por animal como antídoto, logo aos pri-meiros sintomas. colocar o bico da garrafa no canto da boca e deixar o líquido descer, não puxar a língua do animal, porque iria para o pulmão e o asfixiaria. - No caso da utilização em vacas leiteiras de alta produção, fa-zer acompanhamento da concentra-ção de ureia no leite ou no plasma, evitando problemas reprodutivos.

Considerações finais a utilização de ureia reduz, de forma considerável, o custo das dietas utilizadas na alimentação de vacas lei-teiras. os estudos até hoje realizados mostram que dietas com PB ou PDr pouco acima do recomendável pelo Nrc – Gado de Leite, ou de fontes de NNP, não afetam o desempenho reprodutivo em animais de baixa e média produção de leite. em rebanhos de leite que utili-zam forragens tropicais suplementados com ureia ou uma fonte de proteína ver-dadeira, observa-se uma melhora no de-sempenho reprodutivo. conclui-se que a ureia pode ser bem aproveitada pela vaca, como são as fontes de proteínas verdadeiras. entretanto ambas necessitam de um correto balanceamento com fon-tes de carboidratos fermentescíveis, aliado à sincronização de degradação no rúmen entre as fontes de proteínas e de carboidratos, otimizando, desta for-ma, a produção microbiana e evitando a formação de excesso de amônia. Quanto maior for a degradabili-dade da proteína da ração, maior será a produção de amônia e, possivelmente, maiores serão as perdas urinárias de compostos nitrogenados na forma de ureia. Valores altos de MUN e BUN no leite e no sangue, respectivamente, indi-cam aumento das perdas de proteínas. além disso, vacas com concentrações elevadas de MUN e BUN sofrem maior estresse devido à conversão de amônia em ureia no fígado e à subsequente ex-creção urinária. altos níveis de MUN e BUN, também, têm impacto ambiental, por-que é um indicativo que mais nitrogênio está sendo excretado no esterco e na urina, contribuindo para o aumento de problemas na qualidade da água e do cheiro exalado pelos dejetos. os estudos com vacas de leite de alta produção (>8.500 kg/lactação) indicam que a elevação nos níveis circu-lantes de BUN acima de 19 a 20 mg/dl comprometem a fertilidade e as taxas de concepção.Maiores estudos serão necessários para melhor elucidar o exato mecanismo pelo qual altas concentrações de BUN afetam a fertilidade em vacas de alta produção.

Fonte:Geraldo tadeu dos santos, Fábio Luiz Bim cavalieri, elisa cristina Modesto. Palestra publicada nos anais do 2º simpósio internacional em Bovinocultura de Leite: Novos conceitos em Nutrição. UFLa, 2001, p. .199-228

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Mastite

Patrícia Vieira Maia, médica veterinária, pós-graduada em pecuária leiteira - Núcleo de qualidade do leite do reHagro

Adefinição de estratégias para controlar a mastite e alcançar índices ideais para produção de leite com ele-

vado padrão de qualidade só é possível pela identificação da existência do pro-blema, da dinâmica de infecção presen-te e dos agentes causadores de mastite em cada propriedade. Dessa forma, é essencial o uso de ferramentas de diag-nóstico da mastite no rebanho. Vários métodos de diagnóstico podem ser empregados com o intuito de acompanhar a dinâmica da infecção no rebanho. Geralmente, a mastite clínica é detectada por observações visuais dos próprios ordenhadores sobre as condi-ções anormais do leite e /ou do úbere das vacas por meio do teste da caneca de fundo escuro (Figura 1). Neste teste, é detectada a presença de grumos e/ou anormalidades no úbere. o califor-nia Mastitis test (cMt) e a contagem de células somáticas (ccs) são méto-dos empregados para o diagnóstico da mastite subclínica, na qual há infecção

da glândula mamária, mas não há alte-ração visível no leite. a forma e frequên-cia de realização e a organização dos dados provenientes desses métodos de diagnóstico são fundamentais para ge-rar informações úteis aos veterinários e

proprietários de rebanhos, no intuito de inferir sobre a real situação da fazenda. esses dados, por consequência, podem auxiliar na correta tomada de decisão, na resolução dos problemas, eventual-mente, enfrentados.

Erros mais frequentes no manejo nutricional de vacas leiteiras quando confinadas o ano

todo ou durante o período seco do ano

O uso de métodos de identificação da mastite na tomada de decisão de

controle e tratamento

Presença de grumos no teste da caneca de fundo escuro, mostrando um teste positivo para mastite clínica

as células somáticas presentes no leite são compostas por células da descamação do tecido mamário e leu-cócitos provenientes da circulação san-guínea. em um quarto infectado, aproxi-madamente, 99% das células presentes são células de defesa, que têm a função de combater agentes infecciosos e parti-cipar dos processos reparatórios da glân-dula após o término da infecção, e 1% são células da descamação. a contagem de células somáticas pode ser mensura-da em diferentes níveis, porém a ccs do tanque de expansão e a ccs individual do animal são as formas mais frequentes

e necessárias para o acompanhamento do status infeccioso dos rebanhos. a ccs do tanque é a referência mais comum para a identificação de pro-blemas de mastite. Geralmente, a ccs do tanque pode ser considerada como

bom parâmetro para detecção de proble-mas de mastite (tabela 1).Tabela 1. Prevalência estimada de infec-ção e perdas na produção de leite, asso-ciadas à alta contagem de células somá-ticas do tanque de expansão*.

Contagem de Células Somáticas do Tanque

*Perda de produção calculada como porcentagem da produção esperada a 200.000 cél. / mL.ccstQ = contagem de células somáticas do tanque de expansão.**Fonte: NMc, 1987.

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No entanto a ccs de tanque é influenciada pela ccs e produções individuais, e pode ser considerada somente como um indicativo de mastite subclínica, sendo que seus valores, geralmente, agregam pouco para a definição do real problema no rebanho. É muito difícil para o proprietário ou o consultor técnico reconhecer problemas emergentes de mastite mediante os aumentos lentos ou esporádicos da ccs de tanque. todavia análises semanais da ccs do tanque podem ser utilizadas como ferramenta para auxiliar nessa identificação, podendo ser empregada como forma de monitoramento.

o diagnóstico da mastite subclí-nica pode ser realizado pelo isolamento do agente infeccioso da glândula ou por meio da verificação da reação inflama-tória advinda da infecção. em acompa-nhamentos epidemiológicos, a fácil exe-cução do método diagnóstico e o custo acessível são de grande importância para permitir que avaliações rotineiras sejam realizadas. Nesse contexto, a ccs individual se torna um poderoso aliado! o cMt é um método fácil e con-

fiável para o diagnóstico de mastite sub-clínica. o reagente cMt é, simplesmente, um detergente associado a um indicador de pH (púrpura de bromocresol). o nível de reação entre o detergente e o DNa nu-cleico das células é a medida do número de células somáticas no leite. a relação entre os valores de ccs e cMt não é pre-cisa, devido ao alto grau de variabilidade de valores de ccs para cada escore de cMt (tabela 2). a reação de cMt deve ser lida dentro de 15 segundos após a

mistura do leite com o reagente, pois re-ações fracas desaparecem com o tempo. Frequentemente, ao se realizar o cMt em uma fazenda, determina-se o escore 2 como animal suspeito e o 3 ani-mal com infecção. No entanto, observan-do na tabela 2 e tendo como infectado o animal que apresente ccs > 250.000 cels./ml, o resultado “traço” já determina que o animal esteja infectado.Tabela 2. relação entre contagem de cé-lulas somáticas e escore de CmT.*

Contagem de Células Somáticas individual

Frascos para coleta de amostra de leite para contagem eletrônica de células somáticas e teste de cMt

tabela 2. relação entre contagem de células somáticas e escore de cMt.*

É um teste eficiente, quando se deseja um diagnóstico imediato. en-tretanto tem como limitações a elevada demanda de tempo e a necessidade de um profissional capacitado para a execução. Dessa maneira, torna-se um método relativamente caro e de difícil operacionalidade. o cMt é recomendado nas se-guintes situações:1. Detecção de mastite subclínica em vacas recém adquiridas de outros reba-

nhos;2. Determinação de qual quarto ma-mário se encontra infectado, quando a vaca apresenta alta ccs na amostra composta de leite, pelo método de con-tagem eletrônica;3. Detecção periódica da mastite sub-clínica do rebanho, quando não for pos-sível realizar a contagem eletrônica das células somáticas;4. avaliação da mastite subclínica após o parto (a partir da segunda semana),

para identificar infecções relacionadas com o período seco e avaliar a eficácia do tratamento de vacas secas ou mane-jo no pré-parto. equipamentos de contagem eletrônica de células somáticas possi-bilitam a análise rápida e em grandes volumes de amostras. o custo relativa-mente acessível dessa análise permite que criadores façam o acompanhamen-to individual dos animais, gerando in-formações essenciais para um eficiente

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programa investigativo. Para isso, a aná-lise deve ser realizada mensalmente nas propriedades. a amostra composta dos qua-tro quartos de cada vaca deve ser en-viada ao laboratório especializado. Por

meio dessa análise, não é possível detectar qual teto está afetado, e pode ocorrer também o efeito de diluição. isso acontece porque apenas um teto pode estar afetado e os outros três não, diluindo, assim, a contagem de células

somáticas do teto com infecção. a con-tagem eletrônica é um método bastante utilizado, prático e eficiente, por se tra-tar de uma análise direta da contagem de células somáticas e não uma análise indireta como o cMt.

Ações específicas para cada tipo de agente as mastites podem ser clas-sificadas quanto ao tipo de bactéria em dois grupos: contagiosa, causada principalmente por staphylococcus au-reus e streptococcus agalactiae, e am-biental, causada pelos coliformes (e. coli, Klebsiella, enterobacter e outros) e streptococcus ambientais (s.uberis, s.dysgalactiae). a mastite contagiosa caracteri-za-se por apresentar-se, sobretudo, na forma subclínica, tendendo a tornar-se crônica, ou seja, a ccs, geralmente, registra valores acima do considerado como infecção por, no mínimo, 2 me-ses consecutivos. É transmitida de um animal para outro durante as ordenhas. Medidas como o pós-dipping, tratamen-to de vacas secas, segregação e des-carte de vacas portadoras de mastite crônica, são necessárias para seu con-trole. a mastite ambiental apresen-ta-se, geralmente, na forma clínica, po-dendo ocasionar alterações como úbere inchado, febre, falta de apetite e levar o animal a óbito. em uma dinâmica de in-

fecção por patógeno ambiental, as no-vas infecções e a cura espontânea são elevadas. assim, a ccs será utilizada para obter as taxas de novas infecções e de vacas curadas. a contaminação ocorre entre as ordenhas, e medidas como o pré-dipping e o ambiente ade-quado na área de permanência dos animais são importantes para seu con-trole. É fundamental, portanto, para a determinação de práticas de controle, a identificação das bactérias causado-ras de mastite, permitindo que as ações sejam direcionadas de forma específica para cada rebanho. Para tanto, é preci-so que seja realizada a análise micro-biológica do leite, podendo ser feita no tanque ou individualmente (Foto 3). a coleta de amostra de leite de tanque, durante 3 dias consecutivos, aumenta a confiabilidade na determinação dos patógenos envolvidos na qualidade do leite de cada rebanho. a identificação de elevada prevalência de bactérias contagiosas (staphylococcus aureus e streptococ-

cus agalactiae) denota que a rotina de ordenha, provavelmente, não está adequada. Vacas infectadas por sta-phylococcus aureus devem ser os últi-mos animais a serem ordenhados, rea-lizando, assim, a segregação de vacas portadoras desse patógeno. o objetivo principal dessa medida é limitar a trans-missão da doença. a taxa de cura des-sa bactéria, com tratamento antibiótico, é sempre muito baixa. Dos animais tra-tados, geralmente, menos de 50% são curados. assim sendo, os animais por-tadores devem ser segregados e, poste-riormente, descartados. No caso de streptococcus aga-lactiae, é possível ficar livre dessa bac-téria no rebanho com o uso de antibió-ticos em animais em lactação. elevada taxa de cura, acima de 90%, pode ser alcançada com o uso de antibióticos, conhecido como Blitz terapia, que con-siste no tratamento durante a lactação de todos os animais positivos. se o exame de laboratório re-velar a ocorrência de mastite ambiental, é preciso focar na melhoria do ambiente em que os animais permanecem. É ne-cessário percorrer as instalações, pique-tes, observar se há acúmulo de barro, camas com umidade elevada e acúmulo de fezes. com a melhoria das condições de ambiente e critérios adequados de higiene pré-ordenha e o uso do pré-dipping, reduz-se, consideravelmente, a ocorrência dessas bactérias. Para a mastite causada por coliformes, uma boa opção de controle, evitando quadros graves da doença, é a vacinação do rebanho. a imunização contra mastite causada por coliformes pode reduzir a duração, a severidade de sinais clínicos e a reincidência nos pri-meiros 100 dias de lactação e aumentar a taxa de cura espontânea, embora não previna a ocorrência de infecções. o uso desta prática deve ser avaliado pelo ve-terinário responsável pelo rebanho. Na mastite causada por strep-

coleta de amostra individual de leite para análise microbiológica

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tococcus uberis, a maior prevalência observada ocorre quando os animais se deitam em piquetes muito contamina-dos com esterco seco. em sistemas de

freestall, isso pode ocorrer quando não se preocupa com a origem da areia e com a sua adequada reposição. assim, medidas como a retirada do esterco

seco e o uso de areia de origem conhe-cida e de boa qualidade e com reposi-ção periódica, são as que auxiliam no controle deste microrganismo.

Importância dos métodos de diagnóstico

Para uma correta atuação na prevenção e controle da mastite dentro de um rebanho, a identificação da exis-tência de problemas e a correta defini-ção destes são essenciais. a mastite é uma doença de causa multifatorial e a interação dos múltiplos fatores envolvidos tornam a doença bastante complexa. como regra, também em outras doenças, quanto mais cedo o diagnóstico de problemas relaciona-dos à mastite no rebanho, maiores são as chances de reversão e controle da situação. Perdas decorrentes de casos clínicos são rapidamente identificadas, porém perdas com a mastite subclínica são, geralmente, superiores e passam despercebidas em muitos casos. Por-tanto, é nesse sentido que uma investi-gação eficiente e rotineira da situação da mastite no rebanho é necessária e

fundamental para garantir um melhor status do rebanho com relação à doen-ça que mais prejuízo causa à atividade.

* as informações contidas neste texto

procedem da troca de conhecimentos trazidos pela experiência dos integran-tes do Núcleo de Qualidade do Leite do reHagro, do qual a médica veterinária Patrícia Vieira faz parte.

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Feicorte

C om estande sempre mo-vimentado, pista cheia e muito entusiasmo por parte dos criadores e expositores,

o Brahman demonstrou, durante a 16.ª Feicorte (Feira internacional da cadeia Produtiva da carne), realizada entre os dias 15 e 19 de junho, no centro de ex-posições imigrantes, em são Paulo-sP, o porquê de 2010 estar sendo conside-rado um ano histórico para a raça. além de se preparar para se-diar, no mês de outubro, pela primeira vez, o maior evento internacional da raça, o Brahman vem demonstrando um crescimento expressivo não só nas pis-tas de julgamento, como a da Feicorte, que este ano contou com a participação de mais de 300 animais, como também em comercializações e registros de ani-mais. Na Feicorte 2010, o estande da associação Paulista dos criadores de Brahman (aPcB) foi o grande ponto de encontro dos brahmistas. No local, os criadores puderam se encontrar para conversar, confraternizar e fazer negó-cios. entre os dias 16 e 19 de junho, a aPcB ofereceu churrasco aos criadores que estiverem prestigiando os julgamen-tos. o estande estava localizado no pa-vilhão da sustentabilidade, em frente à pista de julgamento da raça Brahman. os julgamentos começaram no dia 17 de junho. No primeiro dia, foram julgados os machos, enquanto que, no dia 18, foi a vez das fêmeas serem ana-lisadas pelos jurados ricardo Gomes de Lima, Fábio Miziara e Fábio eduardo Ferreira. os grandes campeões da raça Brahman foram conhecidos na tarde de sábado (19/06). a grande campeã foi caBr DHiFaLLa 899, do expositor Paulo de castro Marques. Já o grande cam-peão da feira paulista foi o touro Beer

Brahman à PaulistaNo ano em que o Brasil sedia, pela primeira vez, o Congresso Mundial

da Raça, o Brahman é novamente um dos grandes destaques da Feicorte 2010, maior feira indoor de pecuária de corte do mundo.

tiNaJas Poi 636, da interpar empreen-dimentos e Participações Ltda. Participaram da Feicorte ani-mais de 43 expositores dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do sul, são Paulo, Minas Gerais, Goiás, rio de Janei-ro e Paraná. após a Feicorte, o ranking da associação dos criadores de Brah-man do Brasil (acBB) manteve Paulo de castro Marques, na classificação final, como melhor expositor, e a agropecuá-ria Leopoldino, como melhor criador. Na tarde do dia 18 de junho, criadores de todo o Brasil puderam ad-quirir genética Brahman de criatórios renomados da raça, durante o Leilão território Brahman. a casa Branca agro-pastoril e a agropecuária Leopoldino (Brahman canaã) ofertaram nesse re-mate 28 fêmeas de alto valor genético e o resultado dos projetos de melhora-mento genético que acabam de obter os títulos de Melhor expositor (casa Bran-

ca) e Melhor criador (canaã) da expoze-bu 2010. Durante o leilão, também foi ofertada a genética dos criatórios dos pecuaristas Wilson roberto rodrigues, Luiz carlos Monteiro, José carlos Bumlai, José amauri Dimarzio, celso Lopes, ce-sar t. Gareti, Querença agropecuária, Grupo iMa, Paulo scatolin, ary Barbara e roberto Helcer. a leiloeira responsável pelo remate foi a Nova Leilões. o leilão foi oficializado pela acBB (associação dos criadores de Brahman do Brasil). assim como na expoZebu 2010, a acBB aproveitou a participação de pecuaristas de todo o Brasil durante a Feicorte, para divulgar o xV congres-so Mundial da raça Brahman. além de receberem material de divulgação com a programação do evento, os visitantes da feira foram convidados a participar do maior evento da raça, que este ano será realizado no Brasil, entre os dias 17 e 24 de outubro, em Uberaba.

estande

Foto: carlos Lopes

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a associação dos criadores de Brahman do Brasil também aprovei-tou a Feicorte 2010, para incentivar os criadores a efetivar as inscrições dos animais que irão participar do Pro-BraHMaN (ProGraMa BraHMaN De aVaLiaÇÃo De toUros). a expectativa é de que, aproximadamente, 20 touros participem da primeira fase da avalia-ção.

o programa será desenvolvido em parceria com pesquisadores da Uni-versidade estadual Paulista (UNesP), campus de Jaboticabal e Botucatu, e será o primeiro teste de progênie de touros Brahman, cujo objetivo principal é avaliar touros jovens, com base no de-sempenho produtivo e reprodutivo dos seus filhos. o teste de progênie em touros

da raça Brahman fornecerá informações valiosas a serem utilizadas na seleção de reprodutores de qualidade superior. a partir destes resultados, a associação disponibilizará avaliações genéticas acuradas de touros para a produção de carne, que permitirão a escolha e a utilização do sêmen de reprodutores de acordo com os objetivos de seleção de cada criador.

Comitiva chinesa comitiva formada por 30 pes-quisadores de importantes universida-des e instituições de pesquisa da chi-na, juntamente com empresários do se-tor pecuário, visitaram a 16.ª Feira inter-nacional da cadeia Produtiva da carne (Feicorte). Por volta das 14h, a comitiva participou de uma reunião no estande da associação Paulista dos criadores

de Brahman (aPcB), onde assistiram a um show de animais e à apresentação do programa igenity, sobre marcadores moleculares, pelo Dr. Guilherme Gallera-ni. No estande, eles foram recepciona-dos pelo presidente da associação dos criadores de Brahman do Brasil (acBB), José amauri Dimarzio, e pelo presidente da aPcB, Wilson roberto rodrigues.

o grupo conheceu os poten-ciais da raça Brahman para a produção de corte, uma vez que a raça pode ser utilizada pela pecuária chinesa nas re-giões sub-tropicais do país. além da Feicorte, a comitiva visitou, no Brasil, a esalq, em Piracicaba–sP; o instituto de Zootecnia, em Nova odessa–sP e a Fazenda Montreal, em são Pedro-sP.

Leilão Território Brahman Na tarde do dia 18 de junho, criadores de todo o Brasil puderam ad-quirir genética Brahman de criatórios renomados da raça, durante o Leilão território Brahman. a casa Branca agro-pastoril e a agropecuária Leopoldino (Brahman canaã) ofertaram, nesse re-mate, 22 lotes de alto valor genético e resultado dos projetos de melhora-mento genético que acabam de obter os títulos de Melhor expositor (casa Branca) e Melhor criador (canaã) da expozebu 2010. Durante o leilão, tam-bém foi ofertada genética dos criatórios dos pecuaristas Wilson roberto rodri-gues, Luiz carlos Monteiro, José carlos Bumlai, José amauri Dimarzio, celso Lopes, cesar t. Gareti, Querença agro-pecuária, Grupo iMa, Paulo scatolin, ary Barbara e roberto Helcer. a leiloeira responsável pelo remate foi a Nova Lei-lões. o leilão foi oficializado pela acBB (associação dos criadores de Brahman do Brasil). o valor total de vendas foi r$ 798.000,00. o lote de maior cotação foi vendido por r$ 158.400,00 e refere-se a 50% da posse da fêmea Fany da canaã. o lote foi comprado por adriano Massari. o maior comprador do leilão foi a casa Branca agropastoril e o maior vendedor o Brahman canaã. assim como na expoZebu 2010, a acBB aproveitou a participação de pecuaristas de todo o Brasil durante

a Feicorte para divulgar o xV congres-so Mundial da raça Brahman. além de receberem material de divulgação com a programação do evento, os visitantes

da feira foram convidados a participar do maior evento da raça, que este ano será realizado no Brasil, entre os dias 17 e 24 de outubro, em Uberaba.

Pista

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Brahman marca presença da 46ª Exposição agropecuária e industrial

de araguari - Mg

Entre os dias 09 e 13 de junho, com o intuito de divulgar e comercializar a raça na região os criatórios Brahman Pontal, Brahman sagarana, Uberbrahman (Uberlândia-MG) e rancho itália (araguari-MG) marcaram presença

na 46.ª exposição agropecuária e industrial de araguari-MG. a exposição foi um sucesso, assim como o espaço mon-tado para a raça Brahman. Um estande movimentado sagrou-se como uma das atrações da feira, em que vários negócios foram gerados, com a venda de touros para criadores da região. os anfitriões da raça ficaram satisfeitos com os resulta-dos e foram convidados a participar de várias outras exposições na região pelos presidentes de outros sindicatos rurais que esti-veram prestigiando a exposição. a montagem do estande ficou a cargo da still Mobile e ela eletro araguari, o paisagismo de i thiban Paisagismo, os con-

vidados e amigos que ali compareceram puderam degus-tar um delicioso cofffe break oferecido pela Delícias do Milho e café Mais sabor, ambos de araguari. a cachaça retiro Velho foi servida, não deixando de lado a tradição mineira em um clima de muita descontração. em destaque, a convivência harmoniosa de-monstrada pelos animais por estarem expostos em local anexo ao estande, de modo que os negócios aconteciam enquanto os animais eram apreciados.

Brahman irá participar do Camaru 2010

entre os dias 2 e 5 de setembro, a exposição de Uberlândia, o camaru, será palco do julgamento de animais representantes da raça Brahman de todo o Brasil. serão 240 animais que se apresentarão nas pistas em 4 dias de julga-mento. a competição do grande campeonato da raça será no dia 5, a partir das 9 horas, no parque de exposições. Durante a exposição, estão marcados alguns eventos para movimentar ainda mais a participação da raça na feira, como o encontro de criadores Uber-brahman, no dia 4 de setembro. Na oportunidade, será feita a entrega da pre-miação da primeira PGP – Prova de Ganho de Peso –, oficializada pela aBcZ de parceria do criatório Uberbrahman e associação Mineira do Brahman. Prova esta que foi aberta a criadores de todo o Brasil. No dia 05 de janeiro, a Fazenda Morro alto ii – Uberbrahman – fez a abertura oficial da 7ª Prova de Ganho em Peso a Pasto, contando com 51 animais, em teste, de diversos criatórios nacionais, den-tre eles: casa Branca agropastoril, Brahman Nossa senhora aparecida, Fazenda Querença, Brahman JLuz, rancho itália, estância Nova esperança, Brahman Nova Pousada, Brahman Muzzi, Brahman interpar, Paulo Jesus Frange e Uberbrahman. Na prova, entram os bovinos machos, com idade entre 180 e 303 dias de vida, obedecendo ao limite de 90 dias entre o animal mais novo e o mais velho. ao término da prova, são calculados os índices de desempenho dos animais, tendo como parâmetros a ponderação dos valores de Ganho Mé-dio Diário (GMD), do Peso calculado aos 550 dias (Pc550), do ePMUras, da circunferência escrotal (ce), da Área de olho de Lombo (aoL) e espessura de Gordura (eG).

Superagro 2010brahman participa do maior

evento mineiro do agronégocio realizada entre os dias 26 de maio e 6 de junho, a superagro 2010 apresentou a mais diversificada de suas edições, desde que foi criada em 2005. a feira contou com 8 eventos paralelos. além da 13ª edição da tra-dicional expocachaça, com marcas da bebida de Minas e de outros estados, do vinho e das cervejas artesanais nacionais e importadas, a superagro teve a exposição estadual agro-pecuária, comemorando sua 50.ª edição, a ii conferência de Defesa agropecuária e Feira agrotic, a expovet, o avicultor 2010, o ciclo de aulas técnicas e os encontros de Fru-ticultura e apicultura. Dentro dos destaques do evento, a raça Brahman, mais uma vez, supera-se. Fo-ram 250 animais em pista para julgamento, com 33 expositores de vários lugares do país. realmente um sucesso. a casa do criador foi disponibilizada para a associação Mineira do Brahman, onde os criadores poderão se en-contrar, confraternizar e discutir sobre a raça no mundo, Brasil e sobre o congresso mun-dial da raça Brahman em Uberaba–MG, no mês de outubro.

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Produção

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Mistura múltipla para ovinosJoão elzeário c. B. iapichini - Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento- itapetininga – sP, aPta s.a.a.Mauro sartori Bueno – Pesquisador cientifico iV, instituto de Zootecnia- aPta- saa -sPcristina Maria Pacheco - Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento- itapetininga – sP, aPta s.a.a.carlos Frederico de carvalho rodrigues - Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento- itapetininga – sP, aPta s.a.a.

Aovinocultura cresce, nos úl-timos anos, no estado de são Paulo, seja pelo aumen-to no efetivo dos rebanhos,

seja pelo aumento no número de pro-priedades envolvidas nessa atividade. as palhadas de cereais são pobres em proteína e podem ser utilizadas para ru-minantes em manutenção, quando devi-damente suplementadas com nitrogênio na forma proteica ou não. atualmente, têm-se usado as mistura múltipla (ureia, cloreto de sódio, ingrediente proteico e energético), para suplementar dietas pobres em nitrogênio. estas ficam à dis-posição dos animais e têm o cloreto de sódio como regulador do consumo. o cloreto de sódio pode ser utilizado para controlar o consumo de misturas múltiplas, pois os animais têm apetite específico para o sódio e não ingerem quantidades muito acima do requerimento (UNDerWooD e sUttLe, 2003). trabalhos realizados com blocos de mineral e ureia e outras formas de fornecimento de nitrogênio-não-proteico em dietas pobres em nitrogênio foram empregados para ruminantes com bons resultados (MaDriD et al., 1997; PUGa et al., 2001; ZaNetti et al., 2000; GaLLi-Na et al., 2004). a alimentação representa ele-vado custo em sistemas de produção de ovinos e caprinos, e o aproveitamento de alimentos alternativos, quando ade-quadamente tratados e tecnicamente orientados para o uso animal, não afeta o desempenho zootécnico e contribuiu decisivamente para a viabilidade econô-mica dessas atividades. Dos diferentes tipos de restos culturais, os resíduos gerados durante a colheita de grãos apresentam grande potencial como volumoso para ruminan-tes (raHaL et al., 1997), podendo ser utilizados como suplementação volumo-

sa na época de escassez de forragens nas pastagens e também como volu-moso exclusivo em confinamentos, em regiões ou propriedades em que este resíduo é abundante. entre os fatores que limitam a utilização dos restos de culturas, na sua forma in natura, para a alimentação de ruminantes, destacam-se a baixa dispo-nibilidade de compostos nitrogenados, os elevados teores de carboidratos fi-brosos, os altos teores de lignina e a baixa digestibilidade da matéria seca. esses fatores, em conjunto, restringem o consumo desses volumosos, que, por sua vez, resultam em baixo desempe-nho animal (VaN soest, 1994; JUNG & aLLeN, 1995). as palhadas de cereais são pobres em proteína e podem ser utili-zadas para ruminantes em manutenção, quando devidamente suplementadas com nitrogênio na forma proteica ou não. trabalhos realizados com blocos de mineral e ureia e outras formas de

fornecimento de nitrogênio-não-proteico em dietas pobres em nitrogênio foram empregados para ruminantes com bons resultados (MaDriD et al., 1997; PUGa et al., 2001; ZaNetti et al., 2000; GaLLi-Na et al., 2004). a finalidade da mistura múlti-pla é fornecer nitrogênio solúvel no rú-men para o crescimento das bactérias celulolíticas, aumentando a digestibili-dade da fibra e o aporte de energia para o animal. ruminantes, em geral, têm exi-gência mínima de 7% de proteína bruta na dieta, para que ocorra o adequado crescimento microbiano, a fermentação da fibra e a retirada de energia desta fração. Dietas fibrosas com conteúdo muito baixo de proteína bruta acarretam diminuição do consumo voluntário e do peso vivo dos animais. além dos aspectos nutricio-nais, a possibilidade do uso de resíduos de beneficiamento de cereais de inverno na alimentação dos ovinos pode resultar em melhor aproveitamento do potencial

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das propriedades rurais, tornando esse sistema mais uma opção para produto-res agregarem valores à produção, bem como desenvolver sistemas de produ-ção a pasto, utilizando-se também da suplementação concentrada por meio das misturas múltiplas. atentos a essa demanda tec-nológica e científica, a Unidade de Pes-quisa e Desenvolvimento de itapetinin-ga, órgão de pesquisa agropecuária da aPta (agência Paulista de tecnologia dos agronegócios / saa-sP), desenvol-veu o estudo “Níveis de cloreto de sódio na mistura múltipla para ovinos desla-nados santa inês, com palhada de tri-go”, em que foi avaliado o consumo de algumas formulações de misturas múl-tipla com intuito de fornecer nitrogênio para dietas pobres em proteína. atualmente, têm-se usado as misturas múltiplas ou “sal proteinado” (ureia, cloreto de sódio, ingrediente protéico e energético), para suple-mentar dietas pobres em nitrogênio. o cloreto de sódio pode ser utilizado para controlar o consumo de misturas múltiplas, pois os animais têm apetite específico para o sódio e não ingerem quantidades muito acima do requeri-mento (UNDerWooD e sUttLe, 2003), o que pode diminuir riscos de intoxica-ções, considerando que, na composi-ção da mistura múltipla, utiliza-se de 10 a 20% de ureia, e o animal inge-rindo e degradando lentamente esse nitrogênio de origem não proteica, associado a disposição de sal, esses riscos ficam bem mais amenizados. o experimento foi conduzido na Unidade de Pesquisa e Desenvol-vimento de itapetininga, no período de dezembro de 2009 a março de 2010. Foram empregadas 12 ovelhas da raça santa inês, desverminadas, com peso vivo inicial de 46,04 ± 5,00 kg, alojadas em baias individuais em chão batido de 4m², com cochos in-dividuais, bebedouro e alimentadas com palhada de trigo. tiveram à sua disposição a mistura múltipla (15, 20 e 25 % de Nacl) contendo 10% de ureia. Foram avaliados o consumo da mistura múltipla e de Ms da palhada e o ganho de peso dos animais. o deli-neamento experimental foi inteiramen-te casualizado, com três tratamentos e 4 repetições por tratamento.

o consumo da mistura múlti-pla foi influenciado pela concentração de cloreto de sódio na formulação. as ovelhas apresentaram uma diminui-ção linear significativa (P<0,05) na ingestão da mistura múltipla com con-centração de cloreto de sódio na for-mulação (tabela 1). o ganho de peso das ovelhas decresceu linearmente (P>0,05) com o aumento dos níveis de Nacl, devido à menor ingestão da

mistura múltipla (tabela 2). a inges-tão média diária de ureia foi 19,8; 13,6 e 10,8 g, para os tratamentos com 15, 20 ou 25 % de cloreto de só-dio. o consumo voluntário de Ms da palhada de trigo em gramas/dia, % do peso vivo e por unidade de tama-nho metabólico (tabela 1) decresceu linearmente (P<0,05) com o aumen-to da proporção de Nacl na mistura múltipla.

tabela 1 - consumo voluntário médio diário de palhada de trigo e mistura múltipla (MM). *-P<0,05

tabela 2 - Desempenho de ovelhas em manutenção alimentadas com palhada de trigo e mistura múltipla (MM) *-P<0,05

como conclusão do projeto, o consumo da mistura múltipla foi influenciado pela concentração de cloreto de sódio na formulação, mos-trando o efeito do cloreto de sódio (Nacl) como controlador da ingestão voluntária do sal proteinado. a mistura múltipla, contendo 15% de Nacl, pro-piciou ingestão adequada de nutrien-tes, podendo ser aconselhada para a formulação de Proteinados, inclusive, com ganhos de peso dos animais no período avaliado. com esse resultado, o produ-tor poderá manejar seu rebanho em sistema de produção intensivo, com o aproveitamento de resíduos de benefi-ciamento de cereais de inverno de cus-tos baixos, viabilizando, desta forma, os custos de produção da ovinocultu-ra, bem como oferecer outra alternati-va de alimentos, em períodos críticos de oferta de volumosos. a substituição de fontes de volumosos por resíduos de beneficiamento de cereais de inver-no poderá ainda incrementar a produ-ção ovina, uma vez que as matrizes po-derão manter a condição coroporal em

períodos que poderiam ocorrer perdas de peso e, com isso, apresentarem melhores condições corporais nas es-tações de Monta e, em consequência, obter maior produção de cordeiros por unidade de área e melhores índices zootécnicos em suas explorações pe-cuárias. como regra prática, pode-se utilizar essa mistura na ordem de 150 a 200 g/animal/dia, representando cerca de 0,4 a 0,5% do peso vivo. o produtor não deve se es-quecer da adaptação desses animais com a ingestão de metade da dosa-gem/animal, na primeira semana que antecede o fornecimento regular. caso seja interrompido o fornecimen-to da mistura múltipla, por mais de dois dias, há necessidade de refazer novamente a adaptação dos animais, uma vez que a ureia faz parte da for-mulação. É importante que o produtor tenha orientação técnica de profissio-nal habilitado e com conhecimento em nutrição animal, visando, assim, ao melhor resultado benefício/custo e efi-ciência na produtividade do rebanho.

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Formulação básica sugerida pela UPD itapetininga para manutenção corporal de fêmeas caprinas adultas vazias e ou secas.

Participaram também desse trabalho: Josiane aparecida de Lima, Luciana Gerdes, Diorande Bianchini e Fred-erico Fontoura Leinz.

referências bibliográficasGalina, M.a., Guerrero, M., Puga, c., Haelein, G.F.W., effect of a slow-intake urea supplementation on growing kids fed corn stubble or alfalfa with a balanced concentrate. small ruminant research, vol. 53, n 1-2, p. 29-38, 2004.iapichini, J.e.c.B.; Gerdes, L.; BUeNo, M.s.; rodrigues, c.F.c.; Bianchini, D.; Leinz, F.F. Níveis de cloreto de sódio na mistura múltipla para caprinos alimentados com palhada de trigo. in: reUNiÃo aNUaL Da socieDaDe BrasiLeira De ZootecNia, 43., 2006, João Pessoa- PB. anais... João Pessoa.Kaye.M.M., Fernandez, J.M., Williams, c.c., White, t.W., Walker, r.L. Differential reponses to an oral urea load test in small ruminants : species and breed effects. small ruminant resesearch, vol 42, n 3, p.209-215, 2001.Madrid, J., Hernandez, F., Pulgar, M.a., cid, J.M. Urea and citrus by-product supplementatin of straw-based diets for goats: effect on barley straw digestibility. small ru-minant research, vol. 24, n 3, p.149-155, 1997.National research council. Nutrient requiremt of sheep (Nrc). Washinghton : academic Press, 1985. 99p.Puga, D.c., Galina, H.M., Peréz-Gil, sangines, G.L., aguilera, B.a., Haelein, F.W., Baraja, c.r., Herrera, H.J.G. effect of a controlled-release urea supplementatin on feed intake, digestibility, nitrogen balance and ruminal kinetics off sheep fed low quality tropical forage. small ruminant reseach, vol 41, n 1, p. 9-18, 2001.reis, r.a. et al. a suplementação como estratégia de manejo de pastagem. in: Peixoto, a.M et al. (ed.).Produção de bovinos a pasto. Piracicaba: FeaLQ, 1997. p.123-150.Underwood, e.J., suttle, N.F. Los Minerales en La Nutrición Del Ganado. Zaragoza : acribia, 2003. 648 p.Zanetti , M.a.resende, J.M.L., schalch, F., Miotto, c. Desempenho de novilhos consumindo suplemento mineral proteinado convencional ou com ureia. revista Brasileira de Zootecnia, vol.29, n 3, p. 12-24, 2000.

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Cédula de produto rural com liquidação financeira

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Amaneira mais corriqueira de financiamento agrícola é a obtenção de recursos junto à instituição financeira, com a

respectiva promessa de pagamento em dinheiro, na data estipulada. No entanto o produtor também pode obter financiamen-to comprometendo-se a pagá-lo com parte dos produtos da lavoura, constituída jus-tamente com o dinheiro obtido no banco. somente na hipótese de não entregar os produtos é que a liquidação da obrigação passa a ser financeira. o instrumento jurídico de garan-tia dessa operação é a chamada cédula de Produto rural. tal documento é emitido pelo produtor rural e será a garantia de que o credor irá receber, futuramente, o produto gerado com seus recursos. a cédula de produto rural confi-gura título executivo extrajudicial. em sín-tese, isso quer dizer que quem estiver na posse de tal documento tem a garantia de recebimento do produto de forma rápida. Quem tem um título executivo, seja a cédu-la de produto rural ou, por exemplo, uma nota promissória, não precisará percorrer um longo caminho judicial na hipótese de inadimplência do devedor, sendo as defe-sas por parte deste muito mais restritas do que seriam num processo em que se fosse discutir a existência ou não da dívida. entretanto é aí surge a contro-vérsia, a cédula, normalmente, contém previsão de que, caso não seja entregue o produto previsto, a obrigação passará a ser de pagar os valores a ele correspon-dentes. a cédula de produto rural irá trans-mudar se, então, em cédula financeira, e a obrigação do produtor, que era de entregar produto, passa a ser de pagar valores.

Nesse caso, a cédula deve con-ter alguns requisitos para que seja con-siderada como título executivo, sob pena de ser descaracterizada como tal, o que tornará o processo de recuperação do cré-dito muito mais demorado. e nem sempre tais requisitos estão presentes. Valer dizer, muitas vezes, o credor entra com um pro-cesso judicial visando ao recebimento do valor, mas, por conta da irregularidade da cédula, acaba sendo obrigado a iniciar ou-tro processo cuja tramitação é bem mais lenta. a cédula de produto rural foi cria-da e regulamentada pela Lei n° 8.929/94, a qual estabeleceu que seria ela título exe-cutivo, facilitando, assim, a recuperação do crédito, desde que previstos determina-dos requisitos (sobretudo, na hipótese de vir a se converter em cédula financeira). Um dos requisitos, por exemplo, é que, na hipótese de liquidação financei-ra, a cédula deve conter “os referenciais necessários à clara identificação do preço ou do índice de preços a ser utilizado no resgate do título, a instituição responsável por sua apuração ou divulgação, a praça ou o mercado de formação do preço e o nome do índice”. exige-se, ainda, que os indicadores de preço sejam apurados por instituições idôneas e tenham divulgação periódica ampla e de fácil acesso. Mas, há que se dizer, tais exigên-cias fazem todo o sentido para a hipótese de liquidação financeira da cédula, já que o produtor não pode ser obrigado a quitar uma dívida cujo valor é obscuro, posto que não previstos os critérios de sua apuração. se a liquidação passou a ser financeira, seu valor deverá estar atrelado ao do pro-duto que, originalmente, deveria ser entre-

gue. Para que isso ocorra, é imprescindível a indicação da instituição responsável pela apuração e divulgação do preço des-se produto. tais exigências estão intrinse-camente ligadas ao conceito de título executivo. o título executivo implica um processo mais rápido justamente porque dispensa que o juiz se detenha sobre o valor devido. Portanto, o título deve ser lí-quido, ou seja, não se pode exigir maiores discussões quanto ao seu valor. Mas se a cédula não mencionar ao menos a instituição responsável pela apuração do preço, não se pode dizer que o valor que se pretende receber é pacífico e livre de controvérsia entre os contratan-tes. em suma, a cédula não será líquida e, portanto, não se estará diante de um título executivo. isso não significa, que o credor não terá direito a receber o valor, mas, sim, que terá que se valer, para tanto, de um processo judicial no qual o produtor tenha direito de se defender e debater os critérios utilizados para se chegar ao valor da dívida. Na prática jurídica, observamos diversas decisões judiciais que reconhe-cem que a cédula não preenche os re-quisitos legais para funcionar como título executivo e, consequentemente, dão razão aos produtores, determinando que o cre-dor inicie outro processo. Nota-se, assim, a importância da boa assessoria jurídica nesse tipo de operação.

(Para maiores informações, contate Fialdini Advogadoswww.fialdiniadv.com.br)

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Cordeiro Assado

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Cordeiro Assado Foi em clima de copa do mundo que a agropecuária Águas cristalinas,

há cerca de 30 km de Uberlândia-MG, recebeu-nos para mais uma edição do

espaço Gourmet. Wellington Vieira Pereira e sua esposa, Noely, preparam um

delicioso cordeiro assado para a interural e seus convidados.

Wellington é pecuarista e cria a raça Jersey há mais de um ano. em seu

plantel, tem, hoje, cerca de 1.200 animais, entre Jersey, gado de corte e recep-

toras neloradas, as quais fornecem para os principais criatórios da região, dentre

eles, a tropical Genética.

além da atividade de pecuária, na propriedade, Noely, há 5 anos, tomou

a frente no criatório de ovelhas. seu plantel já esteve em cerca de 2 mil animais,

mas, quando ela resolveu cuidar dos animais, selecionou-os e chegou a 300

animais. Dessa quantidade, 60 são animais Dorper Po.

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Ingredientes• 1 Pernil inteiro• 5 dentes de alho amassados com sal• 1 limão

Preparo o segredo é lavar bem a peça de cordeiro antes com limão, de-pois, temperar com alho e sal. Logo depois, em seguida, colocar a peça na churrasqueira bem quente. Depois, basta esperar o tempo certo, para deixá-la bem ou mal passado. Para finalizar, servir com uma bela salada de folhas com tomate e legumes.

Cordeiro Assado

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Festa Junina Camaru

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Festa Junina Camaru:

a tradicional festa junina do sindicato rural de Uberlândia, mais uma vez, foi realizada com sucesso. cerca de mil pessoas, entre associa-dos, funcionários, diretores e convida-dos, participaram dos momentos em comemoração aos santos do mês. o salão de festa foi improvisado no ta-tersal de elite, que recebeu uma deco-ração típica com bandeirinhas e outros adereços. De acordo com diretor do sin-dicato rural de Uberlândia, Zorival tava-res carneiro, que organiza o evento, a intenção é não só proporcionar um mo-mento de lazer aos participantes, mas também manter a tradição, que, anti-gamente, era comum nas fazendas, e, sobretudo, unir associados e famílias. entre as atrações, aconteceram qua-drilha, músicas e comidas e bebidas típicas. em meio à descontração, os participantes fizeram o uso moderado do tradicional quentão. também hou-ve o batizado de fogueira. “a festa foi muito boa, e é importante ressaltar o empenho de todos os colaboradores e também do presidente do sindicato Paulo Ferolla”, destacou Zorival.

Tradicional festa do Sindicato Rural de Uberlândia reúne vários associados

Fotos: Willian m

arques

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Ma Shou Tao

Sucesso em mais uma edição do Encontro Ma Shou Tao Pecuária

Mais uma vez, o público lo-tou as dependências das palestras realizadas na agropecuária Boa Fé Ma shou tao. realizado a cada dois anos, o encontro Ma shou tao Pecuária teve mais de 2.500 pessoas inscritas, com participação maciça das maiores em-presas do setor, representadas em 50 estandes que colocaram, ao alcance dos participantes, alta tecnologia em produtos e serviços de diversas áre-as, que vão desde biotecnologias de reprodução bovina a nutrição animal e implementos. também participaram grandes empresas de revenda de auto-móveis e máquinas agrícolas. este ano, a quarta edição do encontro Ma shou tao Pecuária levan-tou questões que foram do manejo reprodutivo das vacas leiteiras até dis-cussões sobre o cenário da produção leiteira atual e seus desafios. conside-rado o maior evento do gênero no Bra-sil, reuniu pesquisadores, pecuaristas, estudantes, profissionais da imprensa

e os jovens empreendedores do cam-po. “tivemos uma grata surpresa de ver este ano os filhos de produtores se interessando pelas coisas do campo. isso é muito importante, porque o Bra-sil, hoje, tem dificuldade de manter a juventude nas propriedades rurais devi-do ás dificuldades que eles vivenciam em família”, lembra o diretor executivo do Grupo Boa Fé – Ma shou tao, Jôna-dan Ma. o diretor ainda ressalta que o produtor rural precisa de maior incen-tivo por parte do Governo Federal para que continue fazendo o que faz melhor: produzir. Nos dias 9 e 10 de junho, o evento contou com onze palestras si-multâneas, e a bilheteria do evento foi beneficente, pois o Grupo Boa Fé – Ma shou tao é mantenedor do instituto Boa Fé de combate ao câncer. outra instituição beneficiada foi a santa casa de Misericórdia de conquista. Durante o encontro, os parti-cipantes tiveram, ainda, acesso a uma mostra de gado Girolando, raça que

tem se destacado com animais que chegam a ser comparados aos Holan-deses em produção de leite. segundo Jônadan Ma, as vacas Girolando che-gam a produzir cerca de 45 quilos de leite ao dia. a procura pela genética desses animais, que mesclam a rusti-cidade do Gir e a alta produtividade do Holandês, aumenta a cada ano dentro e fora do país. Por isso, a agropecu-ária Boa é – Ma shou tao realizará o seu terceiro leilão, durante a Megaleite 2010, reunindo convidados de reno-mados plantéis das raças Girolando e Holandesa PB do Brasil. serão 36 lotes de animais, destaques em produção, animais de pista, lotes de prenhezes e doadoras. o evento será transmitido pelo agrocanal, a partir das 19h00, e será realizado pela embral Leilões. o leiloei-ro encarregado de bater o martelo será aguinaldo agostinho e cláudio Gaspari-ni, e os comentários técnicos ficarão a cargo de Davi roberto oliveira (Boi).

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Momento certo

o encontro Ma shou tao Pecuária também aconteceu em um momento importante do se-tor leiteiro no país. os produtores chegaram ansiosos para trocar ideias e ter acesso aos pensamen-tos de personalidades experien-tes no mercado lácteo, como é o caso do presidente da Federação Pan-americana do Leite (Fepale), Vicente Nogueira Netto, que tam-bém é presidente da cooperativa agropecuária do triângulo Mineiro e alto Paranaíba (cotrial) e Dire-tor da confederação Brasileira das cooperativas de Laticínios (cBcL), que foi um dos palestrantes. “É um caminho sem volta. a fusão das co-operativas é, hoje, uma realidade necessária, e os produtores preci-sam se informar sobre como traba-lhar alinhados a elas. o mercado está cada vez mais exigente, mas a américa Latina tem uma importante oportunidade de se tornar a maior fornecedora de leite do mundo. o Brasil é a bola da vez”, explica Vicente Nogueira. o produtor que participou do evento teve oportu-nidade de entender como o setor lácteo brasileiro está se estruturan-do e como ficará com as grandes fusões e aquisições, com destaque para a Mega-cooperativa das cinco centrais. Para o diretor executivo do Grupo Boa Fé – Ma shou tao, Jônadan Ma, é salutar compartilhar informações para tornar o setor lei-teiro mais forte. “o que seria das pequenas e médias propriedades no Brasil se não fosse a renda obti-da pela produção do leite? É preci-so auxiliar os produtores a ter aces-so à genética de qualidade para aumentar seu potencial produtivo”, afirma. segundo Jônadan Ma, nes-se contexto, a raça Girolando tem sido uma opção rentável para os mais diferentes níveis de produção. “seja pequeno, médio ou grande produtor, o Girolando é a certeza de lucro pela sua rusticidade e alto potencial leiteiro”, ressalta.

Ma Shou Tao dá exemplo de estrutura

De acordo com o gerente de Marketing do Grupo Boa Fé – Ma shou tao, thiago Quirino, um dos principais aspectos do encontro Ma shou tao Pecuária é a capacidade de agregar parcerias. Várias empresas participa-ram com estandes no local do evento, tornando-o um verdadeiro “shopping de oportunidades”, assegura. a infraes-trutura do evento foi outro exemplo de eficiência do grupo, desde a disposição dos estandes, à dinâmica das pales-tras, que são simultâneas, até a preo-cupação com o bom atendimento aos visitantes, o evento é sempre elogiado pelos participantes vindos de todas as

partes do país. Participaram 50 empresas ex-positoras. Durante o encontro, o produ-tor teve acesso, além do conhecimento gerado pelas 11 palestras agendadas, a um leque de mecanismos úteis ao seu empreendimento, tais como máqui-nas e implementos agrícolas (tratores, colheitadeiras, armazenagem, irrigação e componentes – pneus, bombas etc.), além de fertilizantes, defensivos agríco-las, sementes, rações e suplementos minerais, defensivos e medicamentos veterinários, equipamentos e instala-ções para pecuária, produtos e servi-ços de informática.

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Mostrando que o setor leiteiro é forte no país e que está intimamente ligado à agricultura familiar, o 4º en-contro Ma shou tao Pecuária foi mar-cado pela presença maciça de jovens pecuaristas. atentos às palestras dis-tribuídas em onze estações, a nova ge-ração de criadores, além de diversos estudantes e dos criadores veteranos, compartilhou conhecimentos e apro-veitou para esclarecer dúvidas sobre vários assuntos que interferem dire-tamente na lucratividade da fazenda. Um dos temas que mais chamaram a atenção foi a utilização dos dejetos bo-vinos como fonte de lucro ou mesmo economia para a propriedade. o zootecnista alexandre toloi,

da Gea Farm technologies/Westfalia, mostrou que aquilo que pode parecer descarte aos olhos do pecuarista es-conde boas oportunidades. segundo o zootecnista, o uso de dejetos bovinos, em um rebanho de 250 vacas, pode economizar, para o bolso do produ-tor cerca de r$ 50 mil ao ano, caso utilizado na adubação de pastagens, por exemplo. outra forma de utilização desses dejetos é como combustível para o fornecimento de energia por meio de biodigestores. essa alternati-va é uma das metas da própria agro-pecuária Boa Fé – Ma shou tao, se-gundo o diretor executivo Jônadan Ma. “o produtor precisa aprender a pensar na propriedade como um

todo e aproveitar tudo o que ela pro-duz. No caso dos dejetos, o seu uso ambientalmente correto pode contri-buir, inclusive, para diminuição dos gases de efeito estufa, uma vez que a fermentação ocorre na produção de energia reutilizável”, explica alexan-dre toloi. as energias renováveis são provenientes de ciclos naturais de conversão da radiação solar, que é a fonte primária de quase toda a energia disponível na terra. Por isso, são prati-camente inesgotáveis e não alteram o balanço térmico do planeta. No caso da biodigestão, há produção de bio-gás, um combustível renovável, produ-zido a partir dos resíduos agropecuá-rios, que são um tipo de biomassa.

Criadores aprendem como aproveitar dejetos bovinos no Encontro Ma Shou Tao Pecuária 2010

Outros enfoques Para dar exemplo de gerencia-mento no setor, o consultor da Milkon-sult, médico veterinário Mário sérgio Zoni, falou, em sua palestra, sobre os “enfoques Gerenciais da Pecuária Lei-teira do Grupo Boa Fé”. outro aspec-to demonstrado aos participantes foi o projeto Balde cheio, que tem sido exemplo de sucesso no setor. a técnica e os conceitos abordados pelos pesqui-sadores da embrapa Pecuária sudeste, engenheiro agrônomo artur chinelato de camargo, e engenheiro agrônomo andré Monteiro Novo foram divulgados durante o encontro.

a questão ambiental também esteve em pauta na palestra que infor-mou como direcionar a produção com menor impacto ambiental e maior sus-tentabilidade. o zootecnista Nelson Fer-

reira Júnior, da elanco, também abordou quais os meios disponíveis ao produtor para que ele consiga aliar aumento da produtividade leiteira e redução de im-pactos ambientais e econômicos.

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CADERNO ESPEC IAL DE LE I LÕES

Vida de Leiloeiro

Roberto Leão Na matéria desta edição, vamos conhecer um pouco da his-tória do leiloeiro roberto Leão. Um gaúcho de Porto alegre, que per-corre todo o Brasil, levando o seu trabalho e conhecimento aos mais diferentes recintos. a vocação para ser leiloeiro vem desde os tempos de criança, já que, na família, ou-tros membros desempenham a mesma função. Mas, sem dúvida, a grande influência que ele recebeu foi do pai, que também exerce a mesma profissão. “ainda menino, comecei a me envolver com leilões, tinha por volta de uns oito anos e ajudava no que podia nos leilões da trajano silva remates, lá no rio Grande do sul. com doze anos, co-mecei a fazer pista, foi nesta época que descobri que seria um leiloeiro, pois não conseguia desviar o foco dos leiloeiros e, durante o evento, tentava descobrir como eles condu-ziam os trabalhos de um leilão. com quinze anos, já trabalhava na parte de escritório e também fazia mane-jo. esta trajetória foi muito impor-tante para que desenvolvesse bem

meu trabalho de leiloeiro, porque afirmo que conheço um leilão rural em todos os seus ângulos”, lembra. Para roberto, o primeiro grande desafio aconteceu quando tinha 19 anos. Foi quando recebeu a responsabilidade de conduzir um grande leilão de recinto. “aquele momento está gravado em minha memória. Quando falo de minha tra-jetória profissional, lembro-me com clareza, de como foi bater o martelo pele primeira vez”, destaca roberto. Nessa mesma época, ro-berto Leão teve de tomar uma de-cisão importante na vida. Para se dedicar integralmente aos leilões, abandonou a faculdade de medici-na veterinária em Porto alegre. “Não me arrependo desta decisão e pen-so que fiz a escolha certa, pois me sinto muito feliz com a decisão que tomei, e, portanto, estou na carrei-ra há 17 anos. Já nasci com o gen de um leiloeiro rural nas veias. Foi impossível fugir dessa vertente”, co-menta roberto. Para ele, a profissão requer muita responsabilidade, às vezes,

está na batida do martelo o resul-tado de um ano inteiro, de todo um projeto longo e trabalhoso de um criador. “o ambiente de um leilão é muito contagiante, tudo que cerca o evento me contagia. e quanto maior e mais importante é o leilão, mais sobe a adrenalina. costumo dizer que, minutos antes de começar um leilão, eu me transformo. É verdade, quem me conhece ao longo de um dia sabe que, em cima de um púl-pito, sou diferente, mais arrojado, agressivo, no bom sentido de ra-ciocinar rápido”. Uma das caracte-rísticas do leiloeiro roberto Leão diz respeito à versatilidade, para atuar no remate de todas as raças. então, a revista interural quis saber como é o procedimento dele nos leilões presenciais e virtuais. “são comple-tamente diferentes, a começar pelo ambiente. Para nós profissionais, o virtual é mais difícil, pois não tem um clima quente, a emoção... É gos-toso trabalhar junto aos criadores, gosto de olhar nos olhos dos com-pradores e vendedores, pois neste momento sinto até aonde consegui-

“aí está a parte mais difícil da nos-sa profissão, pois, quanto mais o leiloeiro se destaca, mais é requi-sitado e mais tempo fica longe de casa e da família. Sem dúvida, aí

entra o sacrifício tanto nosso como da família, tem que haver a com-preensão e apoio, principalmente da esposa, mas nos momentos de folga, dedico o tempo a família”

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rei chegar. os virtuais surgiram com uma função diferente, de atingir um público maior e com a comodidade do lar, da fazenda ou ainda de um restaurante. acredito que esse mo-delo se encaixa mais em gado co-mercial. Quando o material é mais elitizado e necessita de um público e de uma atmosfera mais específi-ca, aí o leilão presencial é imbatível. os dois modelos têm suas finalida-des, e, hoje, são imprescindíveis”, avalia roberto. ele é casado com a jornalis-ta Daniele Gonçalves, que garante ser o grande amor de sua vida, e tem quatro filhos. “aí está a par-te mais difícil da nossa profissão, pois, quanto mais o leiloeiro se destaca, mais é requisitado e mais tempo fica longe de casa e da famí-lia. sem dúvida, aí entra o sacrifício tanto nosso como da família, tem que haver a compreensão e apoio, principalmente da esposa, mas nos momentos de folga, dedico o tempo a família”. segundo roberto, a agenda lotada de compromissos requer al-guns cuidados com a saúde, prin-cipalmente com a voz. De forma descontraída, brinca, se não fosse leiloeiro gostaria de ter sido jogador de futebol (risos). antes de finalizar a matéria, roberto Leão fez questão de fazer uma observação sobre o papel dos profissionais “em minha opinião, para um leiloeiro atingir seus obje-tivos, além da competência, que é fundamental, ele deve ser sindica-lizado e não deve abandonar a sua ética e respeito pelos criadores e colegas de trabalho”, complemen-ta. segundo roberto, a revista

interural está de parabéns por man-ter esse espaço, voltado à vida e ao trabalho de leiloeiros de animais. É uma forma de o Brasil conhecer um pouco mais dessa profissão, que tem uma gama de responsabilida-

de grande no setor do agronegócio. “Quero reforçar minha admiração pela revista interural e destacar que ela tem o respeito de leitores do todo o Brasil” Finalizou roberto Leão.

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Leilão arachás girolando reúne tradição e qualidade

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a realização do 1º Leilão arachás Girolando reuniu duas das mais tradicionais fazendas do municí-pio de araxá-MG. as fazendas congonhas e engenho acumulam, em sua trajetória, tra-dição e qualidade, e se uniram não só em busca da excelência da raça Girolando, mas também juntos, ofertaram, no dia 6 de junho, às 10 horas da manhã, por intermé-dio do agrocanal, os animais de ponta, já selecionados dentro de seus plantéis, para os pecuaristas e os investidores da raça Girolando.o evento foi marca-do pela reunião de animais da mais alta qualidade genética leiteira da região. Na oportunidade, foram colocados à venda 80 animais entre vacas, novilhas e bezerras com regime a pas-to e média de 25kg, resultado do aprimo-ramento genético do Girolando. Houve lan-ces de várias regiões do país, de criadores

Leilão Arachás

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interessados nos ani-mais de Minas Gerais. as vendas superaram a expectativa dos or-ganizadores. a média por animal foi de r$ 5.500,00, com desta-que para a prenhez do animal, Gemada da Genipapo, com acasa-lamento livre para touro Holandês. Destaques também para os com-

pradores suzana san-tos silva e Metra comér-cio de Madeira tratada. Para os promotores Leandro aguiar, antô-nio ananias, Gustavo aguiar e Pedro aguiar, o sucesso do leilão, de-monstra a seriedade e o profissionalismo com que é desenvolvido o trabalho nas fazendas congonhas e engenho.

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Leilão Xapetuba

Xapetuba agropecuária comemora o sucesso de seu 1° Leilão Virtual girolando

a xapetuba agropecu-ária, uma das mais conceitua-das empresas do agronegócio do triângulo Mineiro, realizou, no dia 20 de junho, seu pri-meiro leilão virtual de animais Girolando, reunindo uma gran-de seleção genética da raça. a mostra dos animais é o re-sultado do trabalho de mais de 25 anos da xapetuba, que começou com o senhor José antônio da silveira. Foram ofer-tados 133 animais, resultan-do em um faturamento de r$ 647.200,00, com média de r$ 4.866,16. o leilão foi transmi-tido pelo agrocanal. “FaNtÁsti-co! Um remate com 100% de venda e com compradores de vários estados. este resultado nos incentiva a ampliar a base genética e reforça nossa cren-ça na principal diretriz de sele-ção: QUaLiDaDe. trabalhar com doadoras de famílias conheci-das e de criatórios tradicionais do Gir Leiteiro e do Girolando é o grande diferencial do melho-ramento genético desenvolvido pela xaPetUBa. agradecemos muito a todos os parceiros, convidados e amigos”, disse thiago silveira. o animal destaque, andrômaca FiV Bradley da xa-petuba, animal de pista 3/4, Melhor Fêmea Jovem Prata 2010, foi comercializada por r$ 23.000,00 para Francisco rafael Gonçalves de Pouso ale-gre–MG, que comprou 11 lotes no total de 27 animais.

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a xapetuba agropecuária agradece a participação de todos, prin-cipalmente dos investidores do leilão:

• adelino José Pereira Neto

• andré sarmento Netto

• antônio Donizete Gomes da

silva

• cassimiro césar de castro

• Dílson cordeiro de Menezes

• Francisco rafael Gonçalves

• Gastão Vilela Franca Filho

• Gilberto Francisco ramos

Filho

• Jorge Papazoglu

• José carlos Freitas

• José roberto roland de oli-

veira

• Júlio cesar Pereira

• Lázaro dos reis Magalhães

• Leandro de aguiar

• Leonídio Henrique correa

Bouças

• Luiz Fernando rufato

• Ma shou tao

• Mário José carvalho

• Pedro ananias de aguiar

• rubens Lobato de Lima

• tomaz sérgio andrade de

oliveira Junior

• Wanderlei Fagundes

• West James Dias Lima Na oportunidade thiago silvei-ra fez uma avaliação do que representa o leilão virtual do ramo do agronegócio, “acredito que o leilão Virtual está se fir-mando cada vez mais como a principal modalidade de venda, oferece muita comodidade para o comprador, que não precisa se deslocar de casa ou da sua cidade. entretanto é necessário que se tenha uma recepção calorosa por parte do promotor para que ajude no desenvolvimento do leilão”, finaliza.

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Leilão Simental

Remate comercializou 30 fêmeas com média de R$ 60 mil a 15.ª edição do Leilão Pre-mium simental ocorreu dia 18 de ju-nho, em são Paulo, durante a Feicorte, e faturou o total de r$ 1.790.000,00 com a comercialização de 30 lotes de fêmeas, alcançando a ótima média de r$ 60 mil, alavancando o remate em 22%, em comparação com o resultado obtido na edição anterior, realizada em 2009. “Nosso leilão superou todas as expectativas dos promotores, pois conquistamos um aumento expressi-vo no faturamento, comprovando que o Leilão Premium é um palco maduro dos negócios da pecuária da raça si-mental”, comemoram antônio e rosalu Queiroz, um dos promotores do leilão, juntamente com ivan Zurita e Bob Zie-gert. Bob ressaltou que “outro item muito positivo é a uniformidade do lei-lão, que apresentou estabilidade nos valores das parcelas, o que comprova que os 30 lotes ofertados foram real-mente de alta categoria”, destacou Bob Ziegert. antonio Queiroz complementa que era uma manobra arriscada apos-tar em oferta de um leilão que fosse for-mado com animais apenas de genética 100% sul-africana, o que confirmou o sucesso do remate. “esta é uma gené-tica relativamente nova no mercado, no entanto superou as expectativas dos parceiros, um sinal de que a linhagem sul-africana veio para ficar, pois vem adquirindo adeptos em todo Brasil”.

animal mais valorizado o animal mais valorizado desta edição do 15.º Premium simental foi comercializado por ivan Zurita para o investidor Mário cuesta, que iniciou seu plantel por intermédio desse leilão, adquirindo a fêmea Lara da Zurita por r$ 336 mil. Lara é filha do touro Harrach em vaca Bar 5 isis 416r, da agrozurita, matriz que se encontra, atualmente, no canadá. Harrach foi Grande campeão no the royal agricutural Winter Fair em toronto/canadá, no ano 2005, e reser-vado Grande campeão no congresso Mundial da raça simental-calgary, no canadá, em 2006.

Leilao Premium Simental

Promotores bob ziegert, rosalu Queiroz, Luiz Antônio Queiroz e Ivan zurita

Foto: ricardo Godoy

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Leilão Junino

Leilão junino de Leite apresenta além de bons negócios palestra sobre lesões em cascos

bovinos para instruir pecuaristas Mês de junho não é só festa típica. também é época de realizar de bons negócios. oferecendo boas oportunidades, a interural realizou, dia 22 de junho, o leilão junino de gado leiteiro. o evento aconteceu no tatersal de elite do sindicato rural de Uberlândia. o local recebeu uma de-coração típica, destacando o tema do leilão. Foram colocados a venda 142 animais em 48 lotes, com os seguin-tes resultados: Vacas Girolando pre-nhes r$ 3.240,00; Vacas Girolando com cria ao pé r$ 3.480,00; Novilhas Girolando prenhes r$ 2.630,00; No-vilhas Girolando r$ 1.790,00; Novi-lhas Jersey r$ 2.030 e Bezerras Giro-lando r$ 1.040,00. antes do leilão, a interural, em parceria com a Pfizer saúde ani-mal, realizou uma palestra técnica com o tema “como identificar e tratar lesões de cascos em bovinos”. o pa-lestrante foi o veterinário Ângelo Mar-celo Wosniacki. o assunto despertou o interesse dos criadores presentes, uma vez que a doença é comum aos criatórios de bovinos de leite e corte. o aparecimento de proble-mas nos cascos podem ser por lesões causadas por laminites, úlceras de sola, brocas, traumatismos, postura defeituosa dos membros (defeito de aprumo), podridão do casco e perma-nência por longo tempo em pisos ás-peros (cimento), que, pelo desgaste excessivo, levam à formação de ferida de difícil recuperação, agravada mui-tas vezes por excesso de umidade. o animal com problema representa pre-juízo ao criador, uma vez que as le-sões levam à perda de peso, à queda na produção e alguns animais preci-

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sam ser descartados. Portanto é sem-pre bom estar alerta para os primeiros sintomas de apoio anormal dos cas-cos. Geralmente, aparece quando o animal começa a mancar. Por causa da dor, há uma mudança na posição de apoio, levando ao crescimento de uma unha ou das duas ou ao desgas-te excessivo. Durante a palestra os participantes receberam informações de prevenção e combate as doenças de cascos. entre as formas preventi-vas destacam a separação de doen-tes dos demais, pois as alterações podem ser contagiosas. realizar o casqueamento preventivo em vacas de leite é uma medida utilizada em algumas fazendas. Fazer a retirada de fezes, onde os animais passam a maior parte do tempo, o maior núme-ro de vezes possíveis durante o dia é uma das medidas de controle indica-das. o representante da Pfizer saúde animal, Paulo césar Franco Dutra, fez a exposição de dois novos medicamentos usados no tratamento das doenças de casco: o DraxxiN e o exceDe. De acordo com Paulo césar, a utilização dos medicamentos no tratamento dessas lesões entrega as melhores taxas de cura, quando com-paradas aos produtos disponíveis no mercado. exceDe pode ser utilizado em animais que estão produzindo lei-te para consumo humano, sem a ne-cessidade de descartar o leite. Drax-xiN tem como característica principal, além da alta taxa de cura, um período de quinze dias de efeito terapêutico. a palestra técnica está sendo levada a várias cidades do triângulo Mineiro e alto Paranaíba, recebendo uma média de 100 pessoas em cada apresenta-ção.

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Leilões

2° Leilão Virtual HarasTwo Brothers

Na terça-feira dia 15, o Haras two Brothers re-alizou o seu 2.° leilão virtual, obtendo a média de r$ 19.168,00. a maior venda deu-se com o ventre da stre-akin by eM (streakin six x shake it to eM), que saiu do haras two Brothers, para haras imperial, MG, no valor de r$ 24.000,00.

streakin By eM

Leilão 4F Corpus Christ

Dia 04 de junho, o Leilão 4F corpus christ, re-alizado pelo grupo Four Friends e convidados, obteve média de r$ 29.370,00. o animal mais valorizado do leilão foi a fêmea Biggest ease Jess (Jess Louisiana Blue x Biggest show), que saiu do Mario a. Goulart Marins, rJ para Francisco de assis dos santos, Ba no valor de r$ 40.500,00.

Biggest ease Jess

5º Leilão Virtual girolando Jovem alia qualidade e ótimos negócios

a interural Leilões realizou dia 24 de junho o 5º leilão Virtual Giro-lando Jovem. o remate foi transmitido pelo canal terra Viva, do grupo Bandei-rantes de comunicação. “Para a inte-rural, está sendo um grande orgulho e satisfação transmitir nossos leilões pelo terra Viva, um canal que une res-ponsabilidade, profissionalismo e uma grande audiência entre os produtores de todo o país”, explica Mário Knichalla Neto, diretor comercial da empresa. Naquela oportunidade, foram ofertados 139 animais distribuídos em 42 lotes. as vendas atingiram um exce-lente resultado, deixando os organiza-dores satisfeitos. as médias foram as

seguintes: Novilhas Gir r$ 6.400,00; Novilhas Girolando r$ 2.320,00; No-vilhas Jersey r$ 2.300,00 e Bezerras Girolando r$ 1.490,00. o promotor do leilão foi o ex-periente Paulo Henrique Machado Porto

(tão Porto), que reuniu animais de alta qualidade genética, da fazenda morro redondo do município de Passos-MG. Quem participou do leilão e efetuou ne-gócios teve a oportunidade de fazer o pagamento em 20 parcelas.

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Elite Quilombo

Leilão Liquidação Elite Quilombo supera R$ 11 milhões

a empresária e pecuaris-ta alice Ferreira recebeu mais de mil pessoas durante os leilões presencias Liquidação elite Quilombo, realizados nos dias 29 e 30 de maio na Fazenda Quilombo, em indaiatuba (sP). Nes-ses dois dias, foram vendidos 99 lotes por r$ 9.837.800,00. o leilão virtual, transmitido pelo canal rural no dia 31 de maio, arrematou 33 lotes por r$ 1.308.000,00. o volume comercializa-do atingiu o total de r$ 11.145.800,00. obela FiV aJJ foi o lote de maior cotação. a fêmea de propriedade da Quilombo, Fazenda Mata Velha, Di Gênio e aJJ foi vendida no primeiro dia para o condomínio ademir carlos Beli-natto, Luiz carlos Marino e João Zeferino Ferreira Velloso por r$ 1.248.000,00. obela é produto de Ludy de Garça e Fa-jardo da GB e possui uma série de títu-los conquistados nas mais expressivas exposições do país. entre os convidados, estavam os ex-governadores do estado de são Paulo orestes Quércia e Geraldo alcki-min, o ex-ministro da agricultura Pecu-ária e abastecimento, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, e o deputado federal abelardo Lupion. a partir de agora, alice Ferreira vai dedicar-se integralmente à pecuária de produção, com base na experiência e reputação conquistadas na genética de ponta. “É um novo desafio, onde co-loco toda a minha energia no modelo de negócio que há mais de 10 anos a Quilombo Perdizes tem produzido: ani-mais geneticamente provados a cam-po, com acasalamentos dirigidos para produção de matrizes e reprodutores superiores no trabalho de reprodução a pasto”, finaliza.

Fazenda Quilombo despede-se da genética de pista e continua no setor pecuário com investimentos direcionados para a produção de

tourinhos e novilhas premium na Fazenda Perdizes.

alice e ronaldo

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Leilão virtual da girgoiás fatura mais de R$ 200 mil

associação Goiana dos cria-dores de Gir (Girgoiás) realizou, no dia 25 de junho, às 20 horas, o Leilão Vir-tual Girgoiás, com transmissão ao vivo, para todo o Brasil, pelo canal terraviva. os convidados e parceiros que apoia-ram a iniciativa se reuniram em aná-polis, há 50 km de Goiânia. além de acompanhar a movimentação dos ne-gócios, o encontro também serviu para trocar ideias e experiências a respeito do desenvolvimento da raça Gir em todo o país. o leilão faturou mais de r$ 200 mil com a venda de 39 lotes, entre animais, prenhezes, aspirações, uma dose de sêmen do touro everest e uma obra de arte (um quadro). o leiloeiro foi cássio Paiva e a Leiloeira foi a interu-ral, de Uberlândia–MG. Mário Neto, da interural, comandou pessoalmente a mesa operadora do recinto. o objetivo do leilão foi arreca-dar fundos – com a venda dos lotes – para investimentos no teste de Progê-nie de Goiás, um programa executado pela Girgoiás, assogir e embrapa Gado de leite. “esse teste visa ao melhora-mento genético da raça em todo o Bra-sil, com prioridade para testar touros oriundos de linhagens alternativas e não testados anteriormente”, explica o presidente da associação Goiana dos criadores de Gir (Girgoiás), rosimar Jo-aquim da silva. os lotes foram doados por criadores de Gir de todo o Brasil. cerca 118 criadores estavam envolvi-dos nesse evento. o leilão da Girgoiás teve o apoio da Leiloeira interural, de cássio Paiva (leiloeiro), e da agência de comunicação Publique. todos os parceiros dispensaram os honorários. “temos a honra e o prazer de participar

Entidade Girista do Estado de Goiás promoveu leilão virtual pelo canal Terraviva

Leilão Girgoiás

deste leilão. Queremos, com o nosso trabalho, contribuir para o aprimora-mento da raça Gir em Goiás e no Brasil. e o teste de Progênie da Girgoiás é um caminho”, argumenta o empresário Má-rio Knichalla Neto, da interural. Para o criador goiano athos Magno, girista de longa data, proprie-tário da Fazenda Pirancanjuba–Go, a grande adesão dos criadores é reflexo do trabalho da Girgoiás, que se desta-ca pela seriedade, perseverança e com-

prometimento em prol da raça. “o teste de Progênie de Goiás conquistou o re-conhecimento de giristas de todo o país por ser um projeto sério, com propostas claras e objetivas”, comenta. “Fizemos uma grande mobilização nacional em favor do Programa de Melhoramento Genético da raça Gir em Goiás, reali-zado pela Girgoiás, assogir e embrapa Gado de Leite, e o leilão pela tV foi o grande resultado das doações feitas pelos criadores”, destaca rosimar.

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Tropical Genética

Tropical genética realiza mais um leilão virtual da raça gir

a tropical genética re-alizou dia 17 de junho o Leilão Gir leiteiro e convidados. com transmissão do agrocanal, o Bra-sil pode acompanhar animais da mais alta qualidade. Foram ofer-tados 33 lotes, sendo 09 prenhe-zes, 03 doadoras, 10 bezerras e 11 novilhas. o volume de vendas superou a expectativa dos orga-nizadores e a média por lote foi r$ 12.322,00. Destaque para o criador carlos Wallauer, da Fazen-da Belas artes, no município de rio Brilhante-Ms, que arrematou a prenhez da “Bela”, e também para a Fazenda calciolândia, do município de arcos-MG. Participou também do leilão o ex-jogador do atlético Mineiro, e, atualmente, no Benfica de Portugal, Éder Luis. o atleta vem demonstrando interes-se em investir no setor, uma vez que observou atentamente as ca-racterísticas dos animais da raça Gir. De acordo com Milton Neto da tropical Genética, a empresa tem a preocupação de oferecer somente animais de qualidade, pois os criadores estão cada vez mais exigentes, sempre querendo adquirir genética que garantirá lu-cro e boa produção. o leilão foi promovido pelo Programa Leilões, e o leiloeiro foi roberto Leão. ain-da de acordo com Milton Neto, o leilão da tropical também mar-cou a entrada de 04 novos cria-dores nos negócios da raça Gir. “Gostaria de cumprimentá-los e parabenizá-los, rodrigo almeida, Maria Luiza Borges, Hael Bren Luiz Ferreira e Vicente caetano”, des-tacou Milton Neto.

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Leilão Terra Boa

Terra Boa vende touros nelore com genética top avaliada pela anPC

Um dos grandes seleciona-dores de gado Nelore, José Luiz Nie-meyer dos santos, promoverá, dia 3 de julho, às 13 horas, no recinto Boitel, em araçatuba–sP, o 3.º Lei-lão terra Boa de touros Nelore. Para a ocasião, o criador apartou de seu rebanho 120 repro-dutores Po, prontos para entrarem em serviço, avaliados pelo Progra-ma Nelore Brasil, da associação Nacional de criadores e Pesquisa-dores (aNcP), todos com exame andrológico e medição de área de lombo de olho. “a alta qualidade dos animais ofertados é indiscutí-vel”, garante. o leilão terá ainda na sua oferta 10 bezerras Po FiV, também avaliadas pela aNPc, além de 200 machos para recria e engorda. a avaliação da aNcP calcu-la o Mérito Genético total (MGt) dos animais, permitindo ao criador dire-cionar a genética do seu rebanho para maior produtividade, visando atender à pecuária de ciclo curto, que é um dos objetivos do criatório, conforme explica o criador. os touros são presselecio-nados segundo a avaliação gené-tica expressa pela DeP (Diferença esperada da Progênie), que prevê a capacidade do reprodutor transmitir características desejáveis para seus

filhos. a fazenda utiliza essa tecno-logia desde 1992. “a terra Boa demonstra, nas avaliações, evolução genética para as principais características, tais como habilidade maternal (lei-te), crescimento pré e pós-desma-me, fertilidade e MGt”, afirma o pre-sidente da aNcP, raysildo Lobo. o Leilão de touros da terra Boa também contará com a parti-cipação de convidados especiais, que apresentarão para venda o me-lhor de seus rebanhos.

a terra Boa cria Nelore há 45 anos. É a 12.ª fazenda do Pro-grama Nelore Brasil, destacando-se como pioneira na seleção com sus-tentabilidade ambiental e responsa-bilidade social. Possui o certificado iso 14001 de Gestão ambiental, além de Global GaP e Global G. os cuidados com o ambiente vêm de longa data. Prova disso é o troféu de campeão de conservacionismo que a fazenda recebeu, em 1958, da secretaria da agricultura de são Paulo.

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Leilão Fazenda Santa Teresa No dia 27 de julho, a Fa-zenda santa teresa da proprietária anna Maria Borges e cunha campos realiza o Leilão Fazenda santa tere-sa.

os amigos, tropical Gené-tica, Morada corinthiana, Ma shou tao, olavo de carvalho, Marinês resende e Marcos amaral também fazem parte do leilão ofertando al-

guns lotes a altura dos animais da santa teresa. a transmissão será feita pelo terra Viva, às 20 horas e a organização fica a cargo da embral Leilões.

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LOTE 988 35 novilhotas girolando 3/4 e 7/8 Localidade: Uberaba – MG Valor: r$ a combinar

LOTE 989 31 novilhas girolando 3/4 e 7/8 Localidade: Uberaba – MG Valor: r$ a combinar

LOTE 995 Fabrica de ração extrusora Localidade: Uberlândia – MG Valor: r$ a combinar

LOTE 996 Fabrica de ração modelo inbra -Mx250 Localidade: Uberlândia – MG Valor: r$ a combinar

LOTE 1002 trator Massey Ferguson Localidade: Uberlândia – MG Valor: r$ 85.000,00

LOTE 1000 tanque de expansão 1.600 litros para 4 ordenhas etscheid Localidade: Uberlândia – MG Valor: r$ 11.500,00

LOTE 998 trator Ford 6610 Localidade: Uberlândia – MG Valor: r$ 28.000,00

Lote 1008Fazenda 1280 hectare santa Fé Minas para arrendamento Localidade: santa Fé Minas - MG Valor: r$ a combinar

LOTE 1009 Fazenda com área de 1460 ha em santa Fé de Minas Localidade: santa Fé Minas – MG Valor: r$ 3.000,00 há

LOTE 1010 Fazenda de 1280 ha em santa Fé de Minas Localidade: santa Fé Minas – MG Valor: r$ 3.000,00 há

LOTE 1011 Fazenda com 53 alqueires em tupaciguara Localidade: tupaciguara – MG Valor: r$ 45.000,00 o alqueire

LOTE 1013Novilha Gir Po Localidade: Uberaba – MG Valor: r$ 6.000,00 por animal

Lote 1014escavadora 320D Localidade: Goiania – Go Valor: r$ 200.000,00

Lote 96320 Novilhas Girolando 3/4 e 7/8 Localidade: Uberaba – MG Valor: r$ a combinar

Lote 96415 Novilhas Girolando 1/2 sangue Prenhas Localidade: Uberaba – MG Valor: r$ a combinar

Lote 962 962 equipamentos e Maquinas de açougues Localidade: Uberlândia – MG Valor: r$ 30.000,00

Lote 991991 Fazenda 100,5 hectares Localidade: Uberaba – MG Valor: r$ 3.000.000,00

Lote 979trator Valtra BM120 Localidade: indianopolis – MG Valor: r$ 75.000,00

Lote 978Plataforma para colher milho Localidade: indianopolis – MG Valor: r$ 15.000,00

Lote 1015 Fazenda 96 alqueires em capinopolis Localidade: capinopolis – MG Valor: r$ 4.500.000,00

Lote 984Fazenda 18 alqueires Localidade: Monte alegre – MG Valor: r$ 800.000,00

Lote 1016Fazenda 22.5 alqueires em Uberlândia Localidade: Uberlândia – MG Valor: r$ a combinar

Lote 1017Novilhas Gir Po Localidade: Votuporanga – sP Valor: r$ a combinar

Lote 1018 Fazenda de 303 alqueires Localidade: Joviania – Go Valor: r$ 60.000,00 alqueire

LOTE 980plantadeira semeato Ps 9/10-2F Localidade: indianopolis – MG Valor: r$ 35.000,00

rua rafael Marino Neto, 600 - Jardim KaraíbaUbershopping - Loja 56 - ceP 38400-384 Uberlândia - MG

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