revista interbuss - edição 76 - 08/01/2012

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REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 2 • Nº 76 8 de Janeiro de 2012 TRANSPORTE PÚBLICO SERÁ PRIORIDADE EM TODO BRASIL Lei federal inverterá a lógica de políticas públicas para trânsito e transportes a partir de abril TRANSPORTE PÚBLICO SERÁ PRIORIDADE EM TODO BRASIL

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 76 - 08/01/2012

Corretoras acreditam queencarroçadora caxiense leva vantagem na concorrência

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 2 • Nº 76 8 de Janeiro de 2012

TRANSPORTE PÚBLICO SERÁ PRIORIDADE EM TODO BRASIL

Lei federal inverterá a lógica de políticas públicas para trânsito e transportes a partir de abril

TRANSPORTE PÚBLICO SERÁ PRIORIDADE EM TODO BRASIL

Page 2: Revista InterBuss - Edição 76 - 08/01/2012

VOCÊ PEDIU, NÓS ATENDEMOS!

A GALERIA DE IMAGENS DOPORTAL INTERBUSS ESTÁ DE VOLTA!A PRIMEIRA ATUALIZAÇÃO SAIRÁ

NO DIA 21 DE JANEIRO. PARTICIPE!ENVIE SUA FOTO PARA

[email protected] SEMANA, NOVAS FOTOS! A CLÁSSICA GALERIA DE IMAGENS

DO PORTAL INTERBUSS, AGORA VOCÊ TEM ALTERNATIVA!Atenção: as fotos enviadas anteriormente a 01/01/12 serão descartadas e não valem para esta nova Galeria, porém podem ser reenviadas ao e-mail.

Page 3: Revista InterBuss - Edição 76 - 08/01/2012

PORTAL INTERBUSS Junto com você, sempre!

VOCÊ PEDIU, NÓS ATENDEMOS!

A GALERIA DE IMAGENS DOPORTAL INTERBUSS ESTÁ DE VOLTA!A PRIMEIRA ATUALIZAÇÃO SAIRÁ

NO DIA 21 DE JANEIRO. PARTICIPE!ENVIE SUA FOTO PARA

[email protected] SEMANA, NOVAS FOTOS! A CLÁSSICA GALERIA DE IMAGENS

DO PORTAL INTERBUSS, AGORA VOCÊ TEM ALTERNATIVA!

Page 4: Revista InterBuss - Edição 76 - 08/01/2012

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS

| A Semana Revista

Protestos em Teresina jádepredaram mais de 20 ônibusEstudantes estão protestando há dias por conta da integração tarifária no sistema de transporte dacapital piauiense 10

| Tira-Dúvidas - Mecânica de Pesados

Você já pode enviar suas dúvidas para o e-mail [email protected] e a Revista encaminhará a especialistas do setor de manutenção para esclarecê-las em nossa nova coluna quinzenal 22

| A Semana Revista

Ônibus no Rio vai a R$ 2,75 e pega usuários desurpresaPrefeito Eduardo Paes minimizou dizendo que população devese acostumar com essa data 07

A cada 15 dias você poderá tirar suas dúvidas sobre mecânica de ônibus aqui em coluna especial

Governo federal assina lei que valerá a partir de abril e cidades deverão adaptar projetos para trânsito etransportes que priorizam transporte individual para a priorização do transporte público

Lei federal inverterá lógica de políticas de transportes

Página 13

Page 5: Revista InterBuss - Edição 76 - 08/01/2012

ANO 2 • Nº 76 • DOMINGO, 8 DE JANEIRO DE 2012 • 1ª EDIÇÃO - 21h46

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraO movimento nas rodoviárias paulistanas 21

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

EDITORIALCampinas paralisada 6

SEU MURALA seção especial do leitor 23

COLUNISTAS Fábio Takahashi TanniguchiAndroid - Semana 6 18

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzAs diferenças entre os Sveltos 19

COLUNISTAS William Gimenes2012 - Uma nova etapa 20

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 24

| Colunistas

Conheça asdiferenças entre as gerações do Comil SveltoMarisa Vanessa N. Cruz faz a apre-sentação das diferenças entre as diversas versões do Svelto,fabricadas pela Comil Ônibus 19

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 16

Obs: A partir da próxima edição, o Diário de Bordo voltará a serpublicado semanalmente, como de hábito. Não percam!

| Deu na Imprensa

Dersa publica edital da construção de túnel entreSantos e GuarujáTúnel intramarino fará a ligação entre as duas importantescidades do litoral paulista 16

PÔSTERComil Svelto 14

Wesley Araujo

COLUNISTAS Adamo BazaniÔnibus pesa mais no bolso do trabalhador 26

Lei federal inverterá lógica de políticas de transportes

Página 13

TIRA-DÚVIDAS Mecânica de PesadosEnvie suas dúvidas! 22

Page 6: Revista InterBuss - Edição 76 - 08/01/2012

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe de Souza Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos a Guilherme Rafael pela colaboração na coluna de Mecânica e a Franz Hecher pela matéria so-bre a Caio.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

para [email protected] e faremos o ca-dastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado.

CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

A cidade de Campinas está viven-

do umas das suas maiores crises de todos

os tempos. Além da ingerência e da crise

política, falta dinheiro para quase tudo. A

saúde está uma lástima, fornecedores es-

tão com recebimentos atrasados e o trans-

porte está entrando na mesma onda. A

prefeitura deve mais de R$ 14 milhões em

subsídios de gratuidades às 5 concessio-

nárias da cidade. Há até empresa que já

está passando por dificuldades financeiras

pela falta desse repasse. O pior é que há

algumas semanas essa mesma prefeitura

que deve, multou algumas concession-

árias por não renovarem a frota e por não

terem número mínimo de veículos adapta-

dos para cadeirantes.

Como já estava sendo notado,

havia uma tolerância de ambos os lados,

pois no edital do InterCamp há vários

itens que não foram sequer citados ou

cumpridos ao longo do tempo, como a

necessidade de pelo menos 30% de ôni-

bus do tipo padron (com motor central ou

traseiro). Atualmente, a cidade conta com

apenas 31 ônibus desse tipo, numa frota

de 970 veículos, representando pouco

mais de 3%. Se for contar os articulados

nessa configuração, o número também não

é atingido. Vejam só: 91 dos articulados

são de motor central ou traseiro, com mais

31 padrons, totaliza-se 122 ônibus, dando

cerca de 12,5%. Apesar disso, a prefeitura

nunca fez questão do cumprimento dessa

exigência, porém as empresas estavam até

então renovando a frota sempre a mais do

que era exigido. Isso fez com que a idade

média despencasse rapidamente em pou-

cos anos. Agora, com essa crise na prefei-

tura, a cidade passou 2011 com apenas 20

novos ônibus.

A situação é bastante complicada

O transporte de Campinasvolta a entrar no buraco

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial

e já assusta a população. Por diversas

vezes o transporte da cidade passou por

crises e o usuário, como sempre, foi o que

mais sofreu. O último grave problema no

setor aconteceu durante o governo Fran-

cisco Amaral (1997-2000), onde as em-

presas simplesmente deixaram de investir

no setor e a frota envelheceu rapidamente,

por conta da tolerância do governo muni-

cipal para com os ‘perueiros’ que haviam

invadido a cidade na época. Houve re-

gistro de casos de queda de portas, perda

de rodas e outros acidentes com os ônibus

sucateados que estavam rodando. Com a

entrada do novo prefeito em 2001, a frota

começou a ser renovada e não parou mais

até 2009, sempre em grandes lotes.

A prefeitura de Campinas, ao in-

vés de fazer marketing político no ano

eleitoral, deveria cuidar mais da popula-

ção, como por exemplo tapando os bura-

cos das vias públicas que estão espalhados

por todos os cantos. Isso também prejudi-

ca o transporte pois os ônibus acabam so-

frendo mais quebras, prejudicando, como

sempre, o usuário.

REVISTAINTERBUSS Expediente

Page 7: Revista InterBuss - Edição 76 - 08/01/2012

• O [email protected] O prefeito Eduardo Paes afirmou na última quinta-feira que o aumento da passa-gem de ônibus no Rio era algo já esperado, que não pode pegar as pessoas de surpresa. “Todo primeiro dia de janeiro vai ter aumen-to da passagem de ônibus. Assim como terá o Réveillon de Copacabana, vai ter aumento da passagem de ônibus. Está estabelecido em contrato. Não tem objetivo nenhum de

Luciano Roncolato

Mais um reajuste

surpreender ninguém”, minimizou. O aumento dos coletivos com ar condicionado não foi avisado com an-tecedência. O reajuste dos ‘quentões’ foi di-vulgado menos de uma semana antes de ser aplicado. A passagem de ônibus comum — assim como o Bilhete Único Carioca — au-mentou 10%, de R$ 2,50 para R$ 2,75. Foi o segundo reajuste em nove meses. O designer Cícero Sydronio, 28, mora em Jacarepaguá e vai todo dia a Madu-

reira ou ao Centro estudar. Ele considera o aumento abusivo: “O transporte já é pre-cário, não há melhorias, e a população conti-nua levando o ônus”. Quem anda de ônibus também começou o ano com aumento de 6,64% nas linhas intermunicipais, também acima da inflação, de 6,3%. Mais reajustes virão: o Bilhete Único Intermunicipal subirá dia 15 para R$ 4,95. A passagem de trem aumenta para R$ 2,90 em 2 de fevereiro.

REAJUSTE • Ônibus convencional municipal do Rio de Janeiro: desde as primeiras mudanças no sistema, tarifa disparou na cidade

A S E M A N A R E V I S T ADE 2 A 8 DE JANEIRO DE 2012

REVISTAINTERBUSS • 08/01/12 07

Prefeito Eduardo Paes diz que todos devem saber que todo 1º de janeiro é dia de aumento

Ônibus no Rio vai a R$ 2,75 e assusta usuário

Page 8: Revista InterBuss - Edição 76 - 08/01/2012

• G1 [email protected]

08/01/12 • REVISTAINTERBUSS08

A S E M A N A R E V I S T A

Estudantes de Uberlândia protestam contra possível aumento de tarifa

G1

Um possível aumento na tarifa de ôni-bus urbano em Uberlândia gerou protesto na manhã da última sexta-feira (6) na Praça Tubal Vilela, no Centro. Cerca de 40 estudantes se re-uniram e usaram megafones, faixas e panfletos para chamar a atenção da população. Segundo eles, o aumento está pre-visto para entrar em vigor na próxima semana e vai passar de R$ 2,40 para R$ 2,60. “É um absurdo essa nova tarifa. Pagamos caro por um transporte público ineficiente, descon-fortável e sempre lotado”, disse a estudante Grabriela Araújo. O representante da Asso-ciação dos Usuários de Transporte Coletivo, Frank Barroso, informou que os manifestan-tes vão acionar o Ministério Público. “Vamos apresentar um abaixo-assinado para que o Ministério Público possa tomar uma posição. No ano passado eles nos receberam bem, mas faltou uma ação decisiva”, afirmou. De acordo com a assessoria de im-prensa da Prefeitura, o valor da tarifa de ôni-bus ainda está em negociação e não há valor, nem data para o reajuste.

Protesto

RECLAMAÇÃO • Estudantes protestam contra possível aumento da tarifa em Uberlândia

Suposta redução de frota nas ruas motivafiscalização da Prefeitura de Porto Velho

Denúncia

• Rondonotícias [email protected]

quantidade de passageiros por período, vi-mos que era possível realizar a redução. Se a linha tem quatro ônibus passa a ser apenas três”, esclarece. Segundo o coordenador municipal de Trânsito, Rogério Viana, a Semtran está verificando a situação de problemas relata-dos pelos usuários. “Se observarmos que esta redução está prejudicando a população fazemos uma reavaliação e podemos retor-nar a frota, especialmente, naquela linha que está sendo reclamada. Verificamos também a questão dos motoristas que não cumprem o horário e para isso estamos com equipes nas ruas, fiscalizando não só a em-presa que teve a redução, como a que não fez a solicitação”, disse. Autorização Fiscais da Semtran estiveram no terminal de ônibus da linha ‘4 de Janeiro’, no final da rua Calama e verificaram que

a empresa 3 Marias reduziu a frota sem autorização da prefeitura. “Na linha 204 B Guajará deveria estar com 14 ônibus, no entanto verificamos que apenas 10 es-tão circulando. Mediante esta constatação vamos entrar em contato com o pessoal do Tráfego para obrigar a empresa a trabalhar com a frota normal”, afirmou. No terminal ‘4 de Janeiro’ verifi-cou-se que duas rotas dos ônibus Guajará e Esperança da Comunidade estavam al-teradas. O responsável pelo setor foi noti-ficado pelos fiscais para que a empresa re-torne imediatamente ao quadro normal de horário e apresente o documento solicitan-do a redução de frota de acordo com análise do Índice de Passageiros por Km rodados (IPK). O usuário que se sentir lesado com a redução da frota de ônibus, ou observar algum tipo de irregularidade deve ligar para relatar suas reclamações e abusos no núme-ro: 0800 6475 100.

Diante de inúmeras reclamações de redução da frota de ônibus urbanos fei-tas por usuários de transporte coletivos que circulam da zona Sul e Leste para o cen-tro da cidade, a prefeitura de Porto Velho, através da secretaria municipal de Trans-portes e Trânsito (Semtran), esclarece que das duas empresas que prestam este tipo de serviço, somente a Rio Madeira apresentou um documento solicitando a redução e foi autorizada. João Marcos Mendes, secretário adjunto da Semtran, disse que a prefeitura autorizou a redução de 30% da frota, medi-ante um estudo que garantiu que a popula-ção não teria transtornos. “Neste período os alunos não vão para as escolas, por isso as empresas alegam uma diminuição con-siderável de passageiros e mediante com-provação através do sistema de bilhetagem um sistema que nos possibilita saber a

Page 9: Revista InterBuss - Edição 76 - 08/01/2012

MERCADO AQUECIDO • Ônibus em operação: vendas devem continuar em alta no Brasil

REVISTAINTERBUSS • 08/01/12 09

Copa do Mundo deverá aquecer mercado de ônibus no Brasil

Mercado

A produção brasileira de veículos totalizou 3,4 milhões de unidades no ano pas-sado. Isso representa um aumento de 0,7% em relação a 2010, conforme dados divul-gados ontem pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfa-vea). O destaque do ano, no entanto, ficou por conta dos segmentos de veículos comerciais leves e ônibus, que tiveram expansão sig-nificativa dos licenciamentos (13,8% e 22%, respectivamente), mostrando que as monta-doras já estão se preparando para a demanda provocada pelos eventos esportivos no País, principalmente a Copa de 2014. “O mercado para a Copa do Mundo deve ficar bastante aquecido, gerando uma demanda de cerca de 5 mil veículos pesados. Queremos 40% desse montante”, afirmou ao DCI o presidente da Volvo Bus no Bra-sil, Luiz Carlos Pimenta. Ele ressalta que as prefeituras já estão desenhando os seus cor-redores para abrigar o chamado BRT - que é traduzido para o português como Serviço de Ônibus Rápido. “Estamos disputando licita-ções”, diz Pimenta. O mercado de comerciais leves e ônibus é um bom termômetro de como anda a demanda de veículos para os eventos esporti-vos. De acordo com a Anfavea, o número de veículos comerciais leves, muito utilizados para transporte de mercadorias em grandes centros, chegou a 778,4 mil unidades licen-ciadas. Já o segmento de ônibus teve 34,6 mil veículos vendidos no ano passado. A Mercedes-Benz, que viu seu market share no segmento de ônibus enco-lher com a forte entrada de empresas como a MAN Latin America, comercializou cerca de 14,9 mil chassis em 2011, aumento de 4,1% do que no ano anterior. Já a MAN Latin America, subsidiária do Grupo Volkswagen, vendeu 11,1 mil ônibus no ano passado, au-mento de 48,1% na mesma base de compara-ção. A Volvo, que vem apresentando considerável crescimento nos últimos anos nesse nicho, comercializou 1,35 mil ônibus em 2011, aumento de 140,2% em relação ao ano anterior. “Tivemos um crescimento sig-nificativo no ano passado em razão do perío-do pré-eleitoral, pois em 2012 as prefeituras não poderão realizar licitações”, afirmou Pi-

• DCI [email protected]

menta. O gerente-executivo de Vendas de Ônibus da Scania Brasil, Wilson Pereira, afir-ma que os trabalhos já começaram dentro da montadora visando a demanda dos jogos da Copa. “Se tivermos um crescimento de 10% das vendas, para nós já será muito bom”, disse. Segundo dados da Anfavea, 1,39 mil chassis de ônibus da marca foram vendidos em 2011, aumento de 38,6% na comparação com o ano anterior. A Iveco também apresen-tou crescimento considerável em 2011, de 176,4%, totalizando 1,39 mil ônibus vendi-dos.

Comerciais leves A Volkswagen pode comemorar os números de 2011 no segmento de comerci-ais leves. A montadora comercializou 112,8 mil unidades no ano passado, crescimento de 17,2% em relação a 2010. Já a Mercedes-Benz licenciou 6,3 mil comerciais leves em 2011, aumento de 8% na mesma base de com-paração. Já a Iveco quase dobrou suas vendas no ano passado, passando de 3,4 mil unidades para 4,9 mil.

Veículos leves As vendas totais de veículos - leves e pesados - no mês de dezembro somaram

348,4 mil unidades, volume que representa um crescimento de 8,4% em relação ao mês imediatamente anterior, segundo a Anfavea. Na comparação com dezembro de 2010, houve queda de 8,7%. Esse total das vendas considera os negócios não apenas com veículos nacionais, mas também com os importados, que, mesmo com o aumento do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), tiveram aumento de participação no mercado interno, de 18,8%, em 2010, para 23,6% em 2011. As exporta-ções de veículos somaram US$ 12,3 bilhões no ano passado, crescimento de 16,8% em comparação a 2010, quando essa cifra era de cerca de US$ 10,5 bilhões. A demanda aquecida no Brasil se re-flete entre os vizinhos do Mercosul. Segundo a Associação de Fábricas de Automotores da Argentina (Adefa), as exportações totais da indústria local retrocederam 11,4%, para 35,5 mil unidades, em dezembro, mas ao longo dos 12 meses do ano passado acumularam alta de 13,1%, para 506,7 mil unidades. O mercado brasileiro absorveu 80% do total exportado pela Argentina e, 2011. O presidente da Anfavea, Cledorvi-no Belini, disse na última coletiva de impren-sa da entidade, em dezembro, que em 2012 a indústria deve crescer cerca de 5%.

Luciano Roncolato

Page 10: Revista InterBuss - Edição 76 - 08/01/2012

08/01/12 • REVISTAINTERBUSS10

A S E M A N A R E V I S T ACampanha na Internet

Vereador de Londrina quer proibir som alto dentro de ônibus urbano O vereador José Roque Neto (PR) propôs um projeto de lei proibindo som alto nos ônibus do transporte coletivo de Londrina. Com a popularização dos celu-lares com tocadores de música em alto-falante, é comum ver passageiros incomo-dados. “A consequência disso é a falta de tranquilidade aos demais cidadãos que utilizam o meio de transporte para se lo-comoverem aos seus trabalhos e residên-cias e são submetidos a estresses diários, falta de educação e de bem-estar por parte daqueles que utilizam esses aparelhos so-noros sem o fone de ouvido”, argumenta o vereador em sua justificativa. De acordo com o projeto, cartazes serão afixados nos ônibus avisando que só será permitido ouvir música com a utiliza-ção de fones de ouvido. A infração será passível de multa, além de permitir que o motorista ou co-brador ordedem o desligamento do apare-lho ou até a retirada da pessoa do veículo. A fiscalização caberá à Compan-hia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). “Essa lei garantirá que os infra-tores serão alertados para desligar o apa-

• Bonde [email protected]

NAS REDES SOCIAIS • Várias paródias de anúncios oficiais e outras campanhas massivas nas redes sociais pedem silêncio nos ônibus urbanos , e motivaram pedido em Londrina

relho. Caso não atendam a orientação, o responsável pelo veículo deverá pedir in-tervenção policial e o passageiro será obri-gado a descer do veículo. A proposta é uma resposta aos

apelos, principalmente nas redes soci-ais da Internet, e campanhas exigindo a abolição do uso de aparelhos sonoros ou musicais sem o devido uso do fone de ou-vido”, defende o vereador.

Revolta

Protestos já causaram depredação de mais de 20 ônibus em Teresina O vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (Setut), Marcelino Lopes, foi à Secretaria Estadual de Segurança na manhã da última sexta-feira (6). Ele deve se encontrar com o secretário após a reunião da cúpula da Segu-rança. “Viemos buscar o reforço da Segu-rança, não só para os funcionários mas tam-bém para os nossos usuários. Até agora não teve ninguém ferido, mas caso tenha, a res-ponsabilidade cairá sobre nós”, teme Lopes. Ele informou ao CidadeVerde.com que mais de 20 ônibus foram depredados -

• Cidade Verde / Correio do Brasil [email protected]

Reprodução

sem contar os que foram pichados - desde se-gunda-feira durante as manifestações contra o aumento da passagem e a forma de como a integração dos ônibus está sendo feita. Marcelino Lopes, afirmou que a quinta-feira (5) foi o pior dia de manifesta-ção. “Foram mais de dez ônibus depredados, fora o que foi incendiado. Os prejuízos são grandes. Um ônibus custa 280 mil e 98% das nossas linhas foram impedidas de circular”, pontua. De acordo com o vice-presidente do Setut, o Sindicato não pôde colocar os ônibus em circulação e mudar o trajeto das linhas é inviável. “Mudar a rota dos ônibus não é uma opção porque não tem efeito prático. Ao fazer

isso, estamos justamente deixando de atender as pessoas que estão nas paradas e impedidas de ir embora por conta da manifestação”.

As manifestações Centenas de estudantes e trabalha-dores saíram às ruas de Teresina (PI) para se manifestar contra a elevação do preço da pas-sagem de ônibus, que foi de R$ 1,90 para R$ 2,10. Desde a segunda-feira, os manifestantes realizam atos públicos diariamente, bloque-ando o tráfego de veículos das principais ruas da cidade. Além de atos, os manifestantes rea-lizarão seminários para elaborar um projeto de transporte público para o município.

Page 11: Revista InterBuss - Edição 76 - 08/01/2012

REVISTAINTERBUSS • 08/01/12 11

São Paulo

Kassab requisita garagem para evitar despejo de cooperativa Para evitar o despejo da conces-sionária de ônibus Consórcio Transcooper/Fênix, que transporta 13 milhões de passage-iros, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), requisitou a garagem ocupada pela empresa, localizada nas ruas Andresa e Vi-cente Amato Sobrinho, no Jaraguá. O imóvel de 102 mil metros quadra-dos pertence à empresa Patrimony Adminis-tradora de Bens S/A. A decisão assegura ao proprietário o pagamento de indenização pelo uso do imóvel, que corresponderá aos valores dos aluguéis. Os valores serão deduzidos dos pagamentos contratuais a serem feitos em fa-vor do Consórcio Transcooper Fênix. Segundo a SPTrans, a cooperativa Transcooper/Fênix possui um contrato de locação de um terreno no Jaraguá, onde ins-talou a garagem de serviços e manutenção da frota que opera no transporte público na ci-dade. De acordo com a SPTrans, o contra-to venceu, e a cooperativa fez uma oferta de renovação ou compra do terreno, mas o pro-prietário preferiu não negociar e solicitar o terreno de volta. A ação de desejo, segundo a S Trans, ocorreu por causa dessa não renova-ção do contrato. O G1 procurou a Transcoo-per/Fênix e advogados da Patrimony, que não se manifestaram. A decisão publicada no Diário Ofi-cial está embasada em pareceres da Procu-radoria Geral do Município e da Secretaria Municipal dos Negócios Jurídicos, além de relatório técnico da São Paulo Transporte. Os estudos demonstraram a neces-sidade de manutenção da garagem técnica operacional para a continuidade da prestação desses serviços à população bem como a in-

[email protected]

DESPEJO • Transcooper Fênix foi despejada e prefeitura paulistana requisitou o espaçoexistência de área similar na região que possa comportá-la. A requisição está embasada no ar-tigo V da Constituição Federal, segundo o qual, “no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de pro-priedade particular, assegurada ao propri-etário indenização ulterior, se houver dano”. A concessionária de ônibus e a pro-prietária do imóvel discutiram uma ação de despejo na Justiça à qual foi dada valor de R$ 501,3 mil. Em 19 de dezembro de 2011, o juiz da 2ª Vara Cível do Foro Regional de Nossa Senhora do Ó determinou expedição de man-dado de despejo, ficando autorizada a força policial e o arrombamento, se necessários. “Por causa do grave risco de com-

prometimento dos serviços de transporte coletivo público de passageiros, na hipótese da desativação da garagem da cooperativa, responsável pelo transporte de aproximada-mente 13 milhões de passageiros por mês, e em face da excepcional conjuntura, o go-verno municipal adotou medidas urgentes e especiais destinadas para evitar a descontinu-idade da prestação desses serviços na região”, informa a SPTrans. “Informamos ainda que fica assegu-rado ao proprietário o pagamento de indeni-zação pelo uso do imóvel, que corresponderá aos valores dos aluguéis hoje vigentes, os quais deverão ser deduzidos dos pagamentos contratuais a serem feitos em favor do Con-sórcio Transcooper Fênix.”

Luciano Roncolato

Escolares

Brasilândia receberá 3 novos ônibus Estudantes de Brasilândia em breve terão mais conforto durante o trajeto da casa para a escola. O Prefeito, Dr. Antônio de Pádua Thiago recebeu a informação, no final do ano passado, de que o município foi contemplado com três novos ônibus escolares avaliados, no total, em R$ 615.700,00.

• Jornal Agora MS [email protected]

Os veículos fazem parte do programa “Caminhos da Escola”, do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Governo Federal. Os novos ônibus devem com-por em breve a frota de veículos da Administra-ção Municipal de Brasilândia. O recurso é uma emenda nacional defendida pelo deputado federal Antônio Car-los Biffi, através da Comissão de Educação e

Cultura, em parceria com Senador Delcídio do Amaral. No total, foram viabilizados 58 ônibus que serão destinados para o transporte escolar para 20 municípios de Mato Grosso do Sul. “Foi uma notícia boa que recebemos, pois a bancada federal não mede esforços para ajudar o nosso município. Tenho certeza que os ônibus irão beneficiar os estudantes que moram em locais mais distantes”, disse o Prefeito.

Page 12: Revista InterBuss - Edição 76 - 08/01/2012

08/01/12 • REVISTAINTERBUSS12

A S E M A N A R E V I S T ATaboão da Serra

Prefeitura cancela entrega de ônibus novos por falta de licença A prefeitura de Taboão da Serra cancelou na última quinta-feira, dia 5, a en-trega de 10 ônibus circulares adaptados. Se-gundo a assessoria de imprensa da Prefeitura a entrega foi adiada por que a empresa Pira-juçara ainda não tinha licença para transitar com os novos ônibus pela cidade. A entrega dos ônibus foi agendada com a imprensa regional no dia anterior e a cerimônia contaria com a participação do prefeito Evilásio Farias e o secretário de transportes e mobilidade urbana Claudinei Pereira. O evento aconteceria no pátio do Pq. das Hortênsias. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, a nova data de entrega dos coletivos ainda não foi marcada.

Polêmica e protestos Usuários dos ônibus circulares de Taboão da Serra preparam uma manifesta-ção para a próxima sexta-feira, dia 6, às 16h na Praça Nicola Vivilechio, para prote-star contra o aumento de 9% nas passagens dos circulares, que passou de R$ 2,75 para R$ 3, desde o dia 1º de janeiro. Os moradores da cidade ficaram revoltados com o aumento da passagem. O protesto foi batizado, ironicamente, como

• O Taboanense [email protected]

2009 • Entrega de ônibus adaptados da Pirajuçara e da Fervima. 2012, evento foi cancelado“Occupy The Little Taboão Square”, uma menção clara a manifestação que começou nos Estados Unidos, em Nova Iorque, chamado de “occupy wall street”. A internauta Silvana Bueno con-vocou os internautas, através do Facebook, para um apitaço neste sábado, dia 7, às 16h, na Praça Luiz Gonzaga. “A tarifa do trans-

porte coletivo subiu de R$2,75 para R$3,00. Se você é um dos tantos que está indignado com esse valor, e com tantas outras maze-las do nosso município, vamos nos juntar e mostrar que não somos somente números na cidade. Para protestarmos usaremos api-tos, nariz de palhaço e cartazes pedindo a redução deste valor”, publicou.

Divulgação

Revolta

Estados e municípios poderão ter ajuda para comprar ônibus escolar O Projeto de Lei 2381/11, em análise na Câmara, estabelece que o Pro-grama Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate) incluirá modalidade de auxílio à ampliação e à renovação da frota de transporte escolar. Segundo a proposta, da deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), o programa destinará anualmente recursos para com-pensar estados e municípios que compra-rem ônibus escolares novos com verbas próprias. O apoio financeiro previsto será

• Câmara dos Deputados [email protected]

limitado aos recursos consignados na lei orçamentária anual para esse fim, que é a compra. A proposta acrescenta a medida à Lei do Pnate (10.880/04). Executado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o Pnate tem o objetivo de oferecer transporte escolar aos alunos da educação básica pública, residentes em área rural, por meio de assistência fi-nanceira suplementar aos estados e mu-nicípios. Professora Dorinha lembra que o Ministério da Educação conta, além do Pnate, com o programa Caminho da

Escola, criado em 2007 com o objetivo de renovar a frota de veículos escolares. “Infelizmente, o Caminho da Escola não está instituído por lei. Assim, a solução legislativa que encontramos foi criar uma modalidade de apoio à ampliação e renovação da frota no âmbito do Pnate”, explica.

Tramitação O projeto tramita em caráter con-clusivo e será analisado pelas comissões de Educação e Cultura; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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O eleitoral ano de 2012 começa com uma pequena revolução numa das áreas mais importantes para o dia a dia do cidadão co-mum, que irá às urnas em outubro escolher o prefeito da cidade em que mora. Uma lei federal publicada quarta-feira (4) inverte uma lógica não escrita mas praticada de que o uso de carro particular orienta políticas públicas em transportes. A partir de abril, quando a lei entrar em vigor, o transporte coletivo terá de ser o grande protagonista nas decisões governa-mentais sobre o deslocamento urbano das pessoas. Para desestimular o uso de carros e arrumar dinheiro para investir mais em ônibus, metrô e trem, estados e municípios poderão taxar a circulação de veículos em de-terminadas áreas, como fazem cidades como Londres e Estocolmo, por exemplo. Pela mesma razão – e também por motivos ambientais –, estados e prefeituras es-tão autorizados a montar um rodízio de carros, algo que, se já existe hoje em São Paulo, care-cia de um respaldo jurídico mais firme para sobreviver a contestações na Justiça, como agora acontece com a sanção da lei que cria a Política Nacional de Mobilidade Urbana. O preço das passagens de transporte público, especialmente de ônibus, também vai sofrer impacto com a nova lei – e para melhor, do ponto de vista dos cidadãos. A empresa que opera as linhas municipais terá de ser escolhida pela prefeitura por licitação, não mais por uma opção individual do pre-feito. Vencerá a concorrência quem oferecer o menor preço. A exigência de licitação vai tornar o processo mais transparente. Hoje, a empresa é escolhida só com base no desejo da prefei-tura, que fixa a tarifa periodicamente a partir de estimativas sobre quantidade de passage-iros e o custo para transportar cada um. Essa prática torna o processo mais sujeito a interesses políticos. Em São Paulo, por exemplo, o prefeito Gilberto Kassab, cujo mandato termina este ano e certamente ten-tará ver um aliado como sucessor, não prevê reajuste da tarifa. Fez o mesmo em 2008, quando se reelegeu, prometendo manter a tar-ifa congelada em 2009. Mas no ano seguinte subiu-a em 17%. Esse modelo desregulado permitiu

que, nos últimos dez anos, a tarifa de ônibus subisse 50% acima do índice de inflação cal-culado com base no custo de vida das pessoas de baixa renda, chamado de INPC. E deses-timula a eficiência das empresas operadores, porque se o custo de transportar um passage-iro cai, a tarifa pode baixar também. Outro ganho potencial para o usuário com a nova lei é a imposição de que em todos os pontos de ônibus e estações de trem e metrô e trem haja informações gratui-tas sobre itinerários, preços, horários e pos-sibilidade de integração com outros meios de transporte.

Problemas O objetivo da política de mobilidade urbana é aproximar governo federal, estados e prefeituras no planejamento e execução de ações de transporte público, definindo o que cada um faz e como podem agir em conjunto. Pelo texto, o governo federal está agora obrigado por lei a dar suporte a fi-nanceiro a investimento em metrô, algo que vinha sendo feito desde o segundo mandato do ex-presidente Lula mas por uma opção do próprio governo. Mas também há alguns problemas na lei resultante de projeto enviado pelo go-verno Lula ao Congresso em 2007 e que teve aval dos deputados em agosto de 2010 e dos senadores, em dezembro do ano passado. Al-guns estão apontados em estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o Ipea, a lei erra ao não prever fontes de financiamento estáveis e permanentes para investimento em trans-porte público, por exemplo. E, graças a uma decisão da presidenta Dilma Rousseff a pe-

dido da equipe econômica do governo, a lei publicada erra ao não atacar o que seria uma distorção do sistema de transporte coletivo atualmente: quem usa e paga subsidia quem usa e não paga. Essa é uma questão politicamente delicada de ser resolvida. Hoje, as tarifas de ônibus e metrô são definidas com base no fluxo de passageiros, mas há certas catego-rias de usuários que têm acesso livre (idosos, policiais militares, carteiros) ou com descon-to (estudantes). Consequência: o usuário comum, em geral pessoas de renda menor, paga uma tarifa fixada num valor que também cubra o custo de transportar idosos e estudantes de forma privilegiada. “Isso traz um caráter re-gressivo à política tarifária”, diz o estudo do Ipea. A lei votada no Congresso tentou resolver isso definindo que o custo do subsí-dio deveria ser pago por toda a sociedade, já que é ela, a sociedade em geral, que decidiu tratar de forma diferenciada policiais, car-teiros, estudantes, idosos. Para isso, deveria ser aprovada uma lei específica apontando a origem dos recursos que cobririam o subsí-dio. Essa proposta já fazia parte do texto original do projeto enviado pelo ex-presiden-te Lula ao Congresso. Mas acabou vetada da lei, quando sancionada por Dilma – que há quatro anos era chefe da Casa Civil, re-sponsável por formatar todos os projetos do governo – a pedido do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também já era minis-tro em 2007 e, na ocasião, assinara o projeto junto com o ministro das Cidades de então, Márcio Fortes.

Nova Lei Federal

Transporte público passará a ser prioridade em todo o país• Correio do Brasil [email protected]

CARROS E ÔNIBUS • Transporte público deverá nortear estudos de trânsito a partir de abril

Luciano Roncolato

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REVISTAINTERBUSSW E S L E Y A R A U J OC U R I T I B A / P R • V . C U R I T I B A

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Dersa publica edital de licitação do túnel ligando Santos-Guarujá A DERSA publicou no final de dezembro edital de licitação nacional para as empresas interessadas em participar do Pro-jeto Executivo para a implantação da ligação seca entre as cidades de Santos e Guarujá. O túnel imerso usará tecnologia inédita no Brasil e será construído em concreto armado com profundidade mínima de 21 metros. Sua extensão total será de 900 metros e a pista de rolamento terá três faixas em cada sentido. A previsão de início da obra será para o 1º semestre de 2013 e conclusão pre-vista para 1º semestre de 2016, a um custo de implantação estimado em R$ 1,3 bilhão. O futuro túnel ligará os bairros de Outeirinhos, em Santos, a Vicente de Carvalho, no Guaru-já, e permitirá, na sua inauguração, o tráfego de automóveis, caminhões, pedestres e ciclis-tas. A solução também será compatível com o sistema de VLT (veículo leve sobre trilhos) que será implantada na Baixada Santista. A decisão de implantar um túnel imerso, ligando Santos a Guarujá, foi tomada pelo Governo do Estado de São Paulo, após a realização de um amplo estudo técnico da DERSA. Batizado de “Projeto Prestes Maia”, entre fevereiro e agosto de 2011, o estudo avaliou as características das demandas lo-cais e regionais de tráfego, bem como alter-nativas construtivas para a transposição e suas respectivas relações de custos. Edital - Segundo Laurence Casa-

D E U N A I M P R E N S ATranspo Online

• Do Site da Transpo [email protected]

Reprodução

TÚNEL • Projeção de como será o túnel que ligará o Santos ao Guarujágrande Lourenço, diretor-presidente da DERSA, o que difere esse edital dos demais é que ele permite a entrada de empresas que ainda não dominam a técnica do túnel imerso, inédita no Brasil, mas permitirá que partici-pem assistidas por consultores externos com comprovada experiência no método. “Como as empresas contratadas serão brasileiras, ao final do projeto elas estarão certificadas na nova técnica”, complementou. Ligação por túnel - Os túneis imer-sos constituem uma alternativa interessante para a transposição secas de canais nave-gáveis, pois evitam as limitações de altura que surgem sempre que se opta pela con-strução de uma ponte. As principais vanta-gens em relação aos tradicionais (escavados)

estão no custo de implantação (mais baixo) e na diminuição da extensão, profundidade e rampas de acesso. Estes túneis são semelhantes a grandes tubos apoiados sobre o fundo do ca-nal. São compostos por várias “peças” (perfis de concreto ou de aço) que são construídas fora da água (em uma doca seca) e que, de-pois de prontas, são seladas e rebocadas flutu-ando até o local definitivo do túnel, onde são finalmente afundadas. Embaixo d’água, os perfis são co-nectados um a um e, depois, travados, de forma a garantir sua estanqueidade. Após a ligação de todos os segmentos (“peças”), o túnel é esgotado e a obra é finalizada, com a liberação para o tráfego.

Petrobras acha mais dois poços de petróleoTranspo Online

• Do site da Transpo [email protected] A Petrobras informou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocom-bustíveis (ANP) a existência de novos indícios de petróleo em dois poços, 3BRSA1024SPS e 4BRSA1026DBA. A notificação indica apenas a presença de indícios de óleo, e não sua pos-sível acumulação comercial. O primeiro dos poços fica no bloco S-M-1289, na Bacia de Santos (SP), com lâmina d’água de 297 metros. O segundo fica em terra, no Campo de Jandaia, na porção nordeste da Bacia do Recôncavo (BA). O campo de Jandaia foi descoberto em 2004 e iniciou a perfuração em março de 2005.

PETRÓLEO • Mais dois poços são encontrados pela Petrobras

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RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Implantação do Euro V exigiu mais tecnologia que a do Euro III, em 06 Diferente do que foi a introdução do Euro III, em 2006, onde para se chegar aos niveis de emissões de poluentes exigidos foram apertados alguns parafusos e feitos al-guns ajustes na eletrônica embarcada, no Euro V o buraco é bem mais embaixo. Antes de tudo, é preciso saber que entre diversos requi-sitos, o Proconve P7 (Euro V) exige a redução de 80% nas emissões de material particulado e de 60% nas emissões de óxidos de nitrogênio (NOx), em relação à legislação atual. Para chegar aos valores sugeridos na emissões de NOx e ainda obter menor consumo de com-bustível, os fabricantes tomaram dois rumos, mas ambos levam ao mesmo resultado.

EGR - Recirculação de Gases de Escape Esse sistema é usada pela MWM

Transpo Online

• Do Site da Transpo [email protected]

International, que vai para alguns modelos da Volkswagen Caminhões e por fabricantes de motores de baixa cilindrada (FPT), usados pela Iveco e Hyundai. Como o próprio nome diz, esse sistema recorre à recirculação dos gases emitidos pelo escapamento como forma de redução de HC e CO. Os materiais particu-lados são reduzidos através da alta pressão de injeção de combustível. A válvula EGR controla eletronica-mente o nível de recirculação dos gases de exaustão. Nesse sistema não há necessidade de outros aditivos, e as peças na linha de e-xaustão têm que ser construídas em aço gal-vanizado. Os gases de exaustão geram mais calor, e por isso essa opção exige redimen-sionamento no sistema de arrefecimento do motor.

SCR - Redução Catalítica Seletiva

Esse sistema cumpre exatamente os mesmos objetivos por outros meios. Nes-sa tecnologia é incluido o uso de ARLA 32 (Agente Redutor Líquido de NOx Automo-tivo) no escapamento do veículo para pós-tratamento dos gases de escape por redução catalítica seletiva (SCR). O ARLA 32, que é armazenado num reservatório específico no veículo, converte o NOx em Nitrogênio puro e em vapor de água, que são inofensivos à natureza, melhorando a qualidade do ar. As vantagens é que não interefere no arrefecimento do motor (maior durabilidade) e traz como desvatagem o fato de ter que levar um reservatório e gerar custo (e manutenão) com o aditivo. Ou seja, além de se preocupar se terá Diesel S-50 na rota, o operador deve ficar atento também sobre o fornecimento do Arla 32.

Correios perderam R$ 120 milhões com greveTranspo Online

• Do site da Transpo [email protected] Os Correios lucraram R$ 120 mi-lhões a menos do que poderiam este ano em consequência da greve dos funcionários da empresa que durou quase um mês. A previsão inicial era que a estatal fechasse 2011 com lu-cro líquido de R$ 1 bilhão, mas os 28 dias de paralisação farão com que esse número caia para R$ 880 milhões, antecipou à reportagem o presidente da empresa, Wagner Pinheiro. “A gente tinha uma expectativa boa de resultado, de cerca de R$ 1 bilhão de lu-cro, mas, infelizmente, por causa da greve, o resultado não vai ser tão grande quanto esperá-vamos”, afirmou Pinheiro. Ainda assim, o lu-cro líquido da estatal será superior aos R$ 827 milhões registrados em 2010. “Se não fosse a greve, poderia chegar a R$ 1 bilhão.” A greve também provocou um baque de R$ 150 milhões no faturamento dos Correios em 2011. A receita da empresa deve fechar o ano em R$ 14,7 bilhões, com base nos números apurados até a primeira quinzena de dezembro, segundo Pinheiro. Com a ausência do serviço, as pessoas e empresas recorreram as operadoras de lógistica para enviarem seus produtos. Só a JadLog, por exemplo, que opera com logística de cargas expressas fracionadas, registrou na época da greve aumento de 30% no número de

entregas e coletas de encomendas. A empresa notou que o incremento nas operações veio principalmente das entre-gas urgentes. Outro reflexo positivo da greve para as empresas de transporte é que elas sem-pre conquistam um número significativo de novos clientes. “Em torno de 15 à 20% das pessoas e empresas que atendemos acabam migrando para a JadLog e permanecem defini-tivamente conosco após este relacionamento provocado pela greve”, afirma Ronan Hudson, diretor da empresa. Novos Serviços - Em busca de me-lhores resultados em 2012, os Correios diver-sificarão seus negócios, com novos serviços. Um dos projetos prevê a criação de uma em-

presa de celular com a marca dos Correios. É o chamado operador virtual, modalidade aprovada recentemente pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Funciona da seguinte forma: as ope-radoras de telefonia vendem minutos no ataca-do para outras empresas, que prestam, com a sua marca, o serviço para o consumidor final. “Queremos iniciar esse serviço em 2012. Esse é um projeto que decidimos e que vamos dar andamento no próximo ano”, disse. Segundo Pinheiro, o projeto de operador virtual dos Correios consta no planejamento estratégico divulgado recentemente para toda a empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

RENAULT • Novos carros para distribuição começarão a ser entregues em breve

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Usando Android – Semana 06

Trazendo novamente bons aplicati-vos para Android. Aplicativos que vão além do que todos já conhecem que são aqueles que integram e fazem funcionar serviços do Google no Android. Vale lembrar que todos os aplicati-vos são encontrados na Android Market, loja de aplicativos para Android. Ao contrário dos usuários de produtos da Apple, quem opta pelo Android tem uma gama muito boa de aplicativos gratuitos. Afinal, é exatamente a filosofia do Google de facilitar o desenvolvi-mento de aplicativos que encoraja programa-dores a desenvolverem aplicativos gratuitos. Ter um Galaxy SII pode ser mais vantajoso que ter um iPhone, até mesmo na ponta do lápis. Portanto, vamos aos aplicativos des-ta semana:

MapLink Rodoviário Não sabe como ir de uma cidade a outra de carro? Não tem previsão do quanto vai gastar de combustível? E de pedágio? Quais são os postos de gasolina de bandeira confiável no meio do caminho? Será ne-cessário reabastecimento? São perguntas que o MapLink Rodoviário responde. Configurando o con-

sumo médio do seu veículo, o tipo de veículo e a capacidade do tanque de combustível, o aplicativo faz todo o restante. Simples assim.

Opera Mini O navegador Opera tem muitos fãs. Isso é um fato indiscutível. Sobre a maio-ria desses fãs, pode-se dizer que se apai-xonaram pelo navegador em sua versão para smartphones. Há duas versões para Android: a versão mobile, cheia de funcionalidades, mais pesada; e a versão mini, que compac-ta os dados antes de enviá-los ao aparelho, economizando a conta de 3G, e possui menos funcionalidades, com uma interface muito limpa. A versão mini é a que realmente diferencia o Opera dos outros navegadores para Android, graças à compactação de da-dos. De resto, você pode achar tudo em outro navegador disponível no Android Market.

Skype Todas as vantagens do Skype para o seu smartphone. Em um point de Wi-Fi livre (porque você não vai gastar sua banda de 3G fazendo ligações), basta entrar no aplicativo e poderá fazer ligações de apenas voz e de áudio e vídeo. E tudo isso com a já tradicional

vantagem de pagar nada ou quase nada.

Traffic Control Mais um jogo simples, que parece ridículo, mas prende o usuário. Basta colocar os carros numerados nas faixas de número equivalente. Ou seja, você tem que contro-lar o tráfego. No início, todas as faixas estão livres, mas as fases seguintes são acompan-hadas de obstáculos. Aí é preciso ter destreza para não deixar nenhum carro bater em outro.

TuneIn Radio Mais de 50.000 rádios no smartphone? Sim, é isso que o TuneIn promete. O serviço já existe pela internet (www.tunein.com) e possui também aplicativo no Android Market. Através do aplicativo, é possível ou-vir, pela internet, músicas de qualquer uma das mais de 50.000 rádios disponíveis de todo o mundo. Também é possível identificar rádios de sua região que estão cadastradas no serviço, através da localização do seu aparelho. E tudo isso gratuitamente, uma verdadeira mão na roda para os smartphones de hoje, que não são mais equipados com Rádio FM. Vale lembrar que, para não gastar toda a banda de 3G ouvindo música, recomenda-se usar o aplicativo conectado em uma rede Wi-Fi.

PARADA DIGITAL Fábio T. [email protected]

APLICATIVOS • Acima, à esqueda, o Opera Mini. Ao lado, o TuneIn Radio, ao lado direito, o Ma-pLink Rodoviário e à esquerda o Traffic Control

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A evolução do modelo Svelto A Comil, empresa gaúcha de Ere-chim, está se preparando para o lançamento de um novo Svelto, a partir do lançamento do modelo de piso baixo ano passado. Foram inúmeras reestilizações, mantendo sempre o mesmo nome. Fugindo dos modelos urba-nos da Caio e Marcopolo, o modelo Svelto é, atualmente, uma boa alternativa para o trans-porte urbano brasileiro. Por volta de 2008 eu acompanhei inúmeros entusiastas em seus blogs refe-rindo a um novo modelo urbano da Comil adquirido por uma cooperativa paulistana. A razão é que muitos jovens entusiastas não acompanharam as evoluções totais do Svelto, incluindo os primeiros modelos, pois só vi-ram o Svelto mais antigo de 1998 a partir do lendário “4 4100” da antiga cooperativa Nova Aliança, cujo ônibus rodou inicialmente na Bahia, e acharam o novo modelo de 2008 como se fosse a quarta geração do modelo. No final de 2009, o site Ônibus Brasil classificou inicialmente os Sveltos em quatro grupos, sendo o mais novo, de 2008, clas-sificado como Svelto IV. Mas participantes sulistas, que assistiram todas as evoluções do modelo, perceberam que houve uma mu-dança do modelo também para os modelos 1995, cuja frente foi levemente modificada. Percebendo o problema, houve uma reclas-sificação dos modelos no site, passando seu novo modelo a ser chamado de Svelto V. De lá pra cá, mesmo assim alguns fotologs de usuários ainda chamam esse mo-delo novo de Svelto IV, e no site Ônibus Bra-sil muitos usuários incluíram o modelo Svelto V como se fosse Svelto IV. Para resolver essa polêmica confusão, o site trocou a denomina-ção: no lugar de números romanos, entraram as gerações por ano de lançamento, separan-do em 1989, 1995, 1996 (o que para mim é 1997), 2000 e 2008. Para mim, o modelo lançado em 2008 é o Svelto V. Aqui na Grande São Pau-lo, a Benfica Barueri Transportes e Turismo tinha Sveltos fabricados em 1994 (Svelto I) e em 1996 (Svelto II). Quase cheguei a foto-grafar um Svelto II da Benfica, prefixo 1071, mas o ônibus saiu muito longe da foto. Mas ainda bem que tenho de lembrança o Svelto I de prefixo 1005, quase de lateral. No ano 2000 vi aquelas diferenças das dianteiras entre esses dois modelos. A CMTO de Osasco-SP também teve Svelto II de 1995, e a antiga Rápido Ze-fir Júnior, que ostentava o antigo lote 44 em 1993, trouxe também vários Svelto I para a linha 271P Cangaíba - Estação da Luz. O que espero para os entusiastas de fotologs é que o Svelto de 2008 não é para ser denominado de Svelto IV por causa da rees-

tilização de 1995. O correto é Svelto V. Aguardemos este ano (ou o próxi-mo) para vermos se o próximo Svelto VI terá a mesma dianteira do novo Svelto Piso Baixo lançado no ano passado. E o site da Comil é

VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

Marisa V

anessa, Alex Fiori e Luciano Roncolato

www.comilonibus.com.br, pois o site www.comil.com.br é de silos e secadores! Um feliz ano novo a todos e torço para que a cada ano todos vivam com mais união em nosso hobby!

MUDANÇAS • Três gerações do Svelto: a inicial, a de 1996 e a de 2000

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2012: Uma nova etapa Neste ano de 2012 vou mudar um pouco a abordagem da minha coluna. No ano passado falava mais dos sistemas de trans-portes das cidades brasileiras, agora vou fazer relatos das minhas viagens Brasil afora – sem deixar de lado os comentários sobre a opera-ção nos municípios. Vamos lá! No dia 20 de dezembro de 2011 resolvi conhecer a única linha da Pássaro Marron que nunca havia andado – Bananal x Guaratinguetá. O problema é que a linha só tem três horários em cada sentido, o que me fez montar um planejamento diferente, sain-do um dia antes de São Paulo e “pernoitando” fora de casa. Planejamento feito, peguei o Cometa da linha São Paulo x Volta Redonda das 0h00. Esperava que viesse um G6 Volvo da série 67 – série fixa da linha – mas veio um G7 com a pintura de fretamento, o 10223 (chassi O-500R). Havia água no ônibus, mesmo sendo um horário convencional, além de tomadas lo-calizadas acima das poltronas 2 e 4. Após uma parada no Graal Clube dos 500, desnessessária na minha opinião, chegamos a Resende após 3h40 de viagem. Aguardei no Graal Shopping o dia clarear e fui tirar umas fotos turísticas na cidade, que possui um bom comércio (o município ganhou seu segundo shopping em 2011) e é cortada pelo Rio Paraíba. A empresa urbana é a São Miguel, enquanto as empresas Re-sendense, Penedo e Falcão fazem as linhas intermunicipais. Há um terminal urbano no Centro da cidade, onde funciona também o mercado municipal. Às 6h15 peguei o Vip VW 17.210 c/ar da Resendense, na linha Resende x Volta Redonda (via Barra Mansa), com um preço bem alto: R$ 7.80 (o trecho completo custa mais de R$ 10). 40 minutos depois já estava em Barra Mansa, onde comprei a passagem para o horário das 9h30 da linha Barra Mansa x Bananal, da Colitur, operada por Campio-nes 3.25 OF-1722 de 2011. Me assustei com o preço, de tão barato que é: R$ 6,20. Após um giro pela cidade, que também é muito bem estruturada comercial-mente, voltei à Rodoviária (que divide o pré-dio com um templo da Igreja Universal do Reino de Deus) e fotografei alguns ônibus da cidade. A empresa municipal é a Auto Via-ção Comercial, sob a bandeira padronizada da BMTC (Barra Mansa Transp. Coletivo). A Sul Fluminense, com as linhas para Volta Redonda, tem presença forte por lá. Com um atraso de meia-hora, devi-do ao excesso de carros da Viação Cidade do Aço na plataforma, embarquei no Colitur e 40 minutos depois já estava de volta ao estado de

COLUNISTAS William [email protected]

DA RESENDENSE • Linha para Volta Redonda foi comprada pela Viação Cometa há tempos

São Paulo, na cidade de Bananal. Às 11h30 embarquei no Pássaro Marron – um ElBuss 340 O-500M de pre-fixo 7717, da linha Bananal x Guaratinguetá. A linha pega toda a Estrada dos Tropeiros e passa pelas cidades da região conhecida por “Vale Histórico”: Arapeí, Areias, São José do Barreiro, Formoso, além de Cachoeira Paulista e Lorena. Há seção em todas elas, e eu fui o único passageiro dos 96 que ocu-param o veículo a fazer o trecho completo.

Muitos usam a linha para descer na próxima cidade – já que as cidades do Vale Histórico, a exceção de Bananal e Arapeí, não possuem transporte urbano. Às 15h10 desci em frente ao Bu-riti Shopping, em Guaratinguetá. Voltei para São Paulo de Pássaro Marron mesmo, no carro das 18h – queria ter voltado em um veículo com a pintura da Expresso Maringá ou em um G7 da empresa, mas, não tive esta sorte!

Luciano Roncolato / Mateus. C. Barbosa

PARADA • Graal Clube dos 500, em Guaratinguetá: parada desnecessária

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REVISTAINTERBUSS • 08/01/12 21

EXTRAS • Os Extras daCometa (G7 da Santa Rita), Litorânea (seletivo da PássaroMarron) e Breda (El Buss 320 ftOF 1418)

O final do Ano nas Rodoviárias Paulistanas O período das Festas de Final de Ano é o período mais agitado nas rodoviárias brasileiras. Por conta da alta nas passagens aéreas, a demanda por passagens de ônibus aumentou ainda mais. Nas Rodoviárias da cidade de São Paulo, o destaque foi a Viação Cometa. Como parte da frota foi deslocada para assumir quatro novas linhas na região de Piracicaba, em substituição à Auto Viação Americana, a AVA, a empresa teve de contratar ônibus extras de algumas empresas de fretamento, como a Santa Rita, Santa Maria e Gatti, tradi-cionais empresas de fretamento da grande São Paulo. Esses carros extras foram muito vistos, especialmente nas linhas que seguem para o interior paulista partindo do Terminal Rodoviário do Tietê. No Jabaquara aparece-ram muitos fretados e carros de outros setores para reforçar a frota das linhas litorâneas. A Pássaro Marron, além dos ônibus rodoviários com a nova e bela pintura da em-presa, ainda usou carros das linhas metropoli-tanas seletivas no serviço rodoviário tanto a serviço próprio, quanto a serviço da irmã Litorânea. Dentre os carros metropolitanos utilizados estão os Marcopolo Viaggio G7 1050, Mercedes Benz O500M, e os rodados Busscar Vissta Buss LO. Aliás, em termos de serviço Seletivo as empresas do Grupo Con-stantino tem uma frota exemplar. Na baixada santista, a Piracicabana também tem vários Paradiso G7 em sua frota. “Tunados” – E falando no grupo Constantino, a Breda também reforçou sua frota nas suas linhas litorâneas que partem da Rodoviária do Jabaquara, na zona sul pau-listana. Vários Busscar El-Buss 320 ft, chassi MBB OF1418, foram usados como carros extras nessas linhas. Carroceria rodoviária nesse chassi é muito estranha. Tem-se a im-pressão de que são rebaixados. A maioria deles opera no setor de fretamento da Breda. Outra empresa do grupo, a Expresso Luxo, também utilizou seus poucos veículos de fre-tamento para reforçar a frota padrão em sua única linha, a São Paulo-Santos. Mas o lado mais curioso no Termi-nal do Jabaquara foi o corpo-a-corpo que as empresas fizeram para conquistar os passage-iros e evitar que eles optassem pelo transporte clandestino ou pelo concorrente. Havia agen-tes da Breda e Expresso Luxo abordando pas-sageiros na saída do Metrô, distribuindo fo-lhetos com os horários das partidas e réplicas de ônibus em papelão com o calendário no teto. Alguns agentes da Expresso Luxo che-garam a abordar passageiros que estavam nas filas dos guichês das viações Cometa, Ultra e Rápido Brasil.

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

Nas plataformas, muitas vezes as partidas eram retardadas, em uma tentativa de fazer com que os carros só partissem com a lotação total. Se sobrasse lugar, os agentes de plataforma ofereciam os lugares aos passa-geiros que estavam na fila da partida seguinte. Novidades – No Tietê também pu-deram ser vista muitas novidades. A Itape-mirim Turismo apareceu com seus G7 como extras na linha Ipatinga-São Paulo, da Via-ção Itapemirim. Quem sabe não o prólogo

de novidades que venham para a tradicional empresa Rodoviária. A nova Lirabus, que é a Viação Lira sob o comando do grupo Be-larmino, com seus G7 rubro-negros na linha São Paulo-Campinas via Valinhos. Uma nova e confortável alternativa para a cidade de Campinas. Que neste ano de 2012 as empresas se esforcem na prestação de um serviço efi-ciente durante todo o ano e não somente nos períodos de maior demanda.

José Euvilásio Sales Bezerra

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Agora, quinzenalmente, tire suas dúvidas sobre mecânica de ônibus aqui, na Revista InterBuss!

É comum entre os envolvidos com o transporte coletivo, seja por admiração ou por trabalhar no segmento, surgir algu-mas dúvidas sobre o funcionamento do mais importante equipamento do setor: o ônibus. Embora com estilos diferentes, dos exóti-cos aos conservadores, graças aos diversos modelos de carroceria existentes no mer-cado, a parafernália relacionada à mecânica dos chassis segue um mesmo padrão, sendo que cada montadora adota suas soluções tecnológicas (ou não) e configurações para atender à maior quantidade de clientes pos-síveis, assim tentando garantir sua sobre-vivência no disputadíssimo mercado que o

TIRA-DÚVIDAS Mecânica de [email protected]

DA RESENDENSE • Linha para Volta Redonda foi comprada pela Viação Cometa há tempos

Brasil tem. Como alma das mudanças no mun-do, a tecnologia é a grande responsável pelo aprimoramento, tanto do funcionamento mecânico dos ônibus, como na construção do chassi em si. A automatização das linhas de montagem possibilitou a melhoria dos produtos e a otimização do processo - para a alegria de Henry Ford, que introduziu o con-ceito de linha de montagem, com o lendário modelo T, na década de 1940. O fantástico trabalho de motores e de todas as engenhocas que estão atrelados é motivo de debates, e até mesmo briga entre busólogos e admiradores de ônibus (sim, há

diferença entre os dois!). Mas não é só entre esses dois públicos que a discussão existe. Até mesmo motoristas e outros funcionários ficam com esta curiosidade. Pensando em todos estes públicos, a partir de hoje vamos debater e esclarecer neste espaço disponibilizado na Revista In-terBuss, com frequência quinzenal, o fun-cionamento básico da mecânica, conforme comentando no início do texto e o que cada montadora apresenta como novidade. Você, caro leitor, poderá enviar suas dúvidas ao e-mail [email protected], para que possamos sempre respondê-las de ma-neira clara e objetiva.

Luciano Roncolato

PARADA • Graal Clube dos 500, em Guaratinguetá: parada desnecessária

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REVISTAINTERBUSS • 08/01/12 23

S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

EM CAMPINASO colecionador Anderson Ribeiro ao lado de um Flecha Azul da Cometa, ônibus de suapreferência que está sendo desativado aos poucos pela empresa

Pesquisa da Semana

A PARTIR DE HOJE, CONTINUE VOTANDO NA MESMA ENQUETE:

Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais? VISITE:www.portalinterbuss.com.brE VOTE!

ATÉ ONTEMESTAVA NO AR A SEGUINTE ENQUETE:

Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais?

28,14% • Volvo

42,21% • Scania

6 de Janeiro de 2012

ATENDENDO A PEDIDOS

Uma das várias fotos clássicas dotransporte deCampinas publicada nas galerias deimagens do Portal InterBuss. Atendendo a vários pedidos, a Galeria estará de volta no dia 21, comatualizações semanais e muitas fotos novas. Não percam! Envie você também a sua foto e veja-a em nossa nova Galeria!

19,6% • M. Benz 7,54% • MAN/Volks

1,51% • Agrale1,01% • Outras

PARADA • Graal Clube dos 500, em Guaratinguetá: parada desnecessária

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08/01/12 • REVISTAINTERBUSS24

AISLAN NASCIMENTONeobus Mega 2000 MBB OH-1621LE • Santa Luzia

A S F O T O S D A S E M A N A

RICARDO PERUCHMarcopolo Paradiso G6 1800DD Scania K420 • Cordial

EMANUEL CORRÊA LOPESMarcopolo Paradiso G7 1800DD Scania K380 • Prata

HENRIQUE SIMÕESCMA Cometa Scania K124IB • Cometa

ANTONIO AUGUSTOCiferal Dinossauro MBB O-355 • Itapemirim

FRANCISCO IVANOMarcopolo Paradiso G6 1800DD Scania K124IB • Prata

Ônibus Brasil • www.onibusbrasil.com

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REVISTAINTERBUSS • 08/01/12 25

SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

HECTOR ULLOANiccolo Concept 2250 MBB O-400RSD • Don Otto Patagónica

JOÃO VICTORCaio Apache Vip I Volksbus 17 210 • Branca do Leste

ADÃO HENRIQUE - DIVULG. ANDERSON RIBEIRO - COM. SCANIAMarcopolo Paradiso G7 1800DD Scania K420 • Scania

JOSENILTON CAVALCANTE DA CRUZMarcopolo Paradiso G6 1200 MBB O-500RSD • Águia Branca

SANDERSON SAMUELMarcopolo Paradiso G7 1200 Scania K380 • Cometa

GÊNESIS FREITAS - COMUNIDADE MERCEDES-BENZIrizar PB MBB O-500RSD • Santana

Facebook • Fotos postadas nas comunidades

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PROBLEMA SOCIAL • Uma distorção num País cujos discursos são de combate à pobreza.Quando custos como transportes acabam sendo os itens que mais sobem, a elevação dos índices de inflação acabam pesando mais no bolso de quem ganha menos, das camadas com renda menor da população. Assim, políticas de distribuição de renda e também de custeio dos serviços básicos deveriam ser implantadas. As classes que ganham mais também deveriam auxiliar nos custos de transportes coletivos, para que as elevações de preços sejam distribuídas de melhor maneira e pelo fato de mesmo não usando diretamente os serviços de ônibus, trens e metrô, as classes sociais com poder aquisitivo mais elevado acabam se beneficiando com os serviços, pela redução no trânsito e na poluição. O IPCA de 2011 foi o maior dos últimos sete anos, chegando a 6,50%, perto do teto do Banco Central. Os transportes foram alguns dos custos que maiscontribuíram para o índice. Foto: Adamo Bazani

Ônibus pesa mais no bolso do trabalhador

Enquanto os discursos convergem para um transporte mais acessível e com os custos menores para os trabalhadores, a práti-ca é bem diferente. Nesta sexta-feira, dia 06 de janeiro de 2012, o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – divulgou o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo e um dos grandes vilões da inflação foram os reajustes nas tarifas de ônibus. Dente os itens que formam o IPCA, que leva em consideração a maior parte dos gastos dos trabalhadores, os transportes pú-blicos estão entre os que mais subiram. Em 2011, o IPCA foi o maior dos últimos sete anos e ficou em 6,50%, o teto da meta de inflação estipulada pelo Banco Cen-tral – BC. Índice de inflação maior que este só em 2004, quando o IPCA atingiu 7,60% Os transportes em 2011 tiveram reajustes médios de 6,05%. Só a título de comparação, em 2010, os custos com trans-portes subiram menos da metade: 2,41%. E vão ser novamente os transportes que devem inflar o IPCA de janeiro de 2012. Entre os sete preços de serviços controlados que vão pesar a inflação no primeiro mês deste ano, seis são tarifas de transportes. Confira:

- OS TÁXIS DE PORTO ALEGRE TI-VERAM O VALOR DA BANDEIRADA ELEVADO EM 14,7% EM 10 DE DEZEM-BRO.

- ÔNIBUS NO RIO DE JANEIRO TI-VERAM REAJUSTES DE TARIFA DE 10% EM 1º DE JANEIRO DE 2012.

- ÔNIBUS EM BELO HORIZONTE TI-VERAM AUMENTO DE 7.6% EM 30 DE DEZEMBRO DE 2011.

- ÔNIBUS INTERMUNICIPAIS DE FOR-TALEZA TIVERAM AUMENTO DE 7% EM 12 DE DEZEMBRO DE 2011.

- ÔNIBUS INTERMUNICIPAIS DO RIO DE JANEIRO TIVERAM REAJUSTE DE 5,6% EM 1º DE JANEIRO

- ÔNIBUS EM PORTO ALEGRE TI-VERAM ELEVAÇÃO NO VALOR DAS PASSAGENS DE 5% EM 19 DE DEZEM-BRO DE 2012.

CUSTO PARA AS CLASSESMAIS BAIXAS De acordo com o IBGE, os aumen-

tos consideráveis nas tarifas de transportes públicos pesam mais no bolso das classes com renda inferior, que dependem mais deste tipo de serviço. Assim, uma proposta para diminuir esta distorção que causa injustiça na distri-buição de renda seria as classes com renda maior contribuírem de alguma maneira tam-bém com o transporte público, seja por me-canismos de subsídio, impostos ou desonera-ção de tributos sobre o setor. Isso corrigiria em parte o fato de as pessoas que ganham menos serem mais atingidas pela inflação, que corrói os rendi-mentos das classes mais simples. Também criaria uma justiça quanto à ocupação e ao uso do espaço urbano. Mes-mo só quem usa o carro é beneficiado pelo transporte público, já que se não fossem os ônibus, trens e metrô, os congestionamentos

e poluição seriam menores, inclusive para quem só anda de transporte individual. Além disso,com mecanismos de redução tarifária, as pessoas se sentiriam es-timuladas a usar o transporte coletivo. Em alguns deslocamentos, principalmente em ci-dades onde não há integração tarifária, é mais barato se locomover de carro que pagar uma ou mais passagens de transporte público. Se o Governo insiste tanto no dis-curso de combate à pobreza, o estímulo aos transportes públicos, com o oferecimento de tarifas mais baixas, seria um dos pontos a ser praticados, afinal, os transportes garantem acesso da população mais pobre a serviços essenciais como saúde, educação e lazer, mas para isso, não pode consumir parte significa-tiva da renda do trabalhador. Caso contrário, os esforços para o combate à miséria podem ser em vão.

NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

Tarifas de transportes públicos contribuíram para inflação maior em 2011e devem aumentar os gastos dos trabalhadores no mês de janeiro

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