revista ietec - edição 48 - abril e maio de 2013

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1 Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013 Djalma Bastos de Morais Presidente da CEMIG Ano 10 | nº 48 | Abril/Maio de 2013 revista Inovação e investimentos sustentáveis marcam sua gestão à frente da companhia Gestão Estratégica de Projetos como vantagem empresarial Necessidade de maior investimento das empresas no fator humano, por Marcia Dias Confira encarte com a programação de cursos de curta duração do IETEC IETEC investe em novas instalações para seus alunos

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Publicação bimestral do Instituto, referente aos meses de abril e maio de 2013. Na edição, publicamos uma entrevista exclsuiva com o presidente da CEMIG, Djalma Bastos. Além disso, produzimos matéria sobre a necessidade de investimentos para a realização da Copa do Mundo no Brasil, e uma reportagem especial sobre Gestão Estratégica de Projetos. Por fim, vale a pena conferir artigos dos professores Fernando Zaidan (Engenharia de Software) e Roberts Reis (Evolução do processo de aprendizagem) e da coordenadora de Responsabilidade Socioambiental e responsável pela implantação do Plano de Sustentabilidade do Grupo EBX, Marcia Dias.

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1Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

Djalma Bastos de MoraisPresidente da CEMIG

Ano 10 | nº 48 | Abril/Maio de 2013

revi

sta

Inovação e investimentos sustentáveis marcam sua gestão à frente da companhia

Gestão Estratégica de Projetos como vantagem empresarial

Necessidade de maior investimento das empresas no fator humano, por Marcia Dias

Confira encarte com a programação de cursos de curta duração do IEtEC

IEtEC investe em novas instalações para seus alunos

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2 Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

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3Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

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4 Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

PRESIDENTE | Ronaldo GusmãoDIRETORIA | Diretor Geral: Mauri Fortes/ Diretor de Pós-Graduação e Extensão:

Roberts Reis/ Diretora de Pesquisa: Wanyr Romero Ferreira/ Diretor de Projetos

Corporativos: Paulo Emílio Vaz/ Diretor de Produto: José Ignácio Villela Jr. COORDENAÇÕES | Administrativo-Financeiro: Sérgio Ferreira / Ensino: Fernanda Braga / Financeiro: Dayanne Pereira / Informática: Sandro Britto / Sistemas de Informação: Glauber Vieira / Talentos Humanos: Silmara Pereira / Treinamento: Vivian Prado / Vendas: Sheyla Matos e Ana Flávia ResendeCOORDENAÇÕES TÉCNICAS | Gestão de Energia: Carlos Gutemberg / Gestão de Projetos: Clênio Senra / João Carlos Boyadjian / Ivo Michalick / Inovação e Criatividade: José Henrique Diniz / Manutenção: José Henrique Egídio / Meio Ambiente: Antônio Malard / Mineração: Aline Nunes / Qualidade: Pedro Paulo de Oliveira Melo / Sistemas Industriais: José Ignácio Villela Jr. / Tecnologia da Informação: Alexandra Hütner / Telecomunicações: Hudson RibeiroCOORDENAÇÕES DE CURSO | Engenharia de Planejamento: Ítalo Coutinho / Engenharia de Software: Fernando Zaidan / Gestão de Negócios: Rodrigo Meister / Tecnologia da Informação: Antônio de Pádua PereiraREVISTA IETEC | Projeto Gráfico: G30 MKT e COM / Diagramação: Cristina Simão Jornalista Responsável: Harley Pinto (09013/MG) / Impressão: Paulinelli / Foto da Capa: Arquivo CEMIG

Expediente

www.gestaodeprojetosbrasil.com.br

www.twitter.com/ietecwww.twitter.com/ietecprojetoswww.twitter.com/ecolatina

Redes Sociais:

Opinião Capa Curtas

• Indústria brasileira: a lista dos impactos positivos pode ficar maior, por Marcia Dias

• Novas alternativas energéticas para novos desafios empresariais – CEMIG

Conhecimento aplicadoGestão de Projetos acelera os processos empresariais – Delmer Cesário

6 e 7 22

Cenário

• 25 anos de evolução em Tecnologia da Informação

10 e 11

Capacitação

Cursos nas áreas de: • Gestão de projetos• Gestão e tecnologia da informação• Responsabilidade social• Gestão e tecnologia industrial• Gestão da inovação• Meio ambiente• Manutenção • Mineração

13 a 1626

www.linkedin.com/company/ietec

www.facebook.com/ietec

www.youtube.com/IETECtv

issuu.com/ietec

Aconteceu no IETEC• Workshops técnicos Gratuitosmovimentam o Instituto

• IETEC recebe visita do presidente do IPMA de Portugal, António Dias

• Especialistas criam o Instituto Mineiro de Desenvolvimento Ambiental

17

• Investimentos em novas e modernas instalações marcam o ano de 2013 no IETEC

21• Engenharia de Planejamento: profissão em alta com os investimentos para a Copa do Mundo no Brasil

24 e 25

• Ações estratégicas alinhadas às Melhores Práticas de Gestão de Projetos

18 e 19• Evolução do processo de aprendizagem, por Roberts Reis

• Gestão do conhecimento na Engenharia de Software, por Fernando Zaidan

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Comentários, sugestões e anúncios:[email protected] Tiragem:25.000 exemplares Periodicidade bimestral Distribuição gratuita

Revista disponível no issuu:

Todas as matérias e artigos estão disponíveis no site:www.techoje.com.br

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5Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

Evolução do Processo de Aprendizagem

Opin

ião

A escola Municipal André Urani, localizada no complexo de favelas da Rocinha, no Rio de Janeiro, é um bom exemplo da evolução por que passa o processo de aprendizagem no Brasil. Ao mesmo tempo em que busca a eliminação da distância entre professor e aluno, a iniciativa agrega novas tecnologias às práticas de ensino: foram eliminadas paredes, lousas, mesas individuais e professores tradicionais e agregados grandes salões, tablets e mentores. Para complementar, todas as dependências possuem acesso a internet sem fio de alta velocidade.

Há mais de 25 anos, é esse tipo de proposta inovadora de ensino que o IETEC valoriza. Seu corpo docente é formado por profissionais de mercado, com bagagem acadêmica suficiente para debater com os alunos os conteúdos ministrados. São também profissionais atuantes em suas respectivas áreas, que conhecem suas necessidades e demandas de capacitação, cada dia maiores diante dos crescentes desafios que o mercado apresenta.

O ensino, neste novo cenário, se configura como meio para a obtenção dessa qualificação, não como fim em si mesmo. É o que observamos todos os dias em sala de aula: alunos compartilhando suas experiências profissionais, e professores promovendo e facilitando o networking.

Networking aluno-professor-alunoPesquisas internas comprovam que essa troca de experiências constitui-se em um dos principais diferenciais do Instituto. Um dado sugestivo: 95% dos alunos que cursaram MBA no IETEC em 2012, afirmam que o networking foi ampliado após o curso. Tão ou mais importante do que o conteúdo ministrado/aprendido, é como se apropriar destas informações e colocá-las em prática, no dia a dia profissional. Esse verdadeiro anseio dos profissionais que nos procuram, é sempre levado em conta quando da formatação dos cursos e da seleção dos alunos.

Não por acaso, a mesma pesquisa diagnostica que 41% do público ouvido, obteve ascensão em seu nível hierárquico profissional, além de outros 60% relatarem aumento real de salário. Tais dados são provas inequívocas de que a qualificação é, indiscutivelmente, um diferencial de mercado.

tecnologia alinhada ao aprendizadoHá cerca de oito anos venho atuando como professor no IETEC e acabo de assumir a função de diretor de Pós-Graduação, Extensão e

e Pesquisa. Neste novo cargo, encaro como um dos meus principais desafios a ampliação do uso de novas tecnologias no cotidiano da sala de aula. Penso que, mais importante do que disponibilizar recursos tecnológicos ao professor, é favorecer que tais ferramentas tornem o processo de ensino/aprendizado dinâmico, eliminando o papel do “eu sei” e do “eu aprendo”, transformando professor e aluno em coautores no processo. A ideia de que a informação flui em um único sentido, não tem mais espaço porque, em realidade, somos todos mediadores de discussões.

O uso de lousas digitais, de apresentações multimídia e afins, são somente a ponta do iceberg. É vital que os professores se apropriem destes recursos e passem a incentivar os alunos a também utilizarem tais ferramentas de forma inteligente. Além de agregar conteúdo ao processo de aprendizagem, o uso desses recursos aproxima o ensino do cotidiano dos alunos. Com a tecnologia tão presente no dia a dia de todos nós, não é possível criar uma diferenciação entre a realidade de fora e de dentro da sala de aula.

Por tais razões, buscamos no IETEC, envolver os alunos no ambiente educacional e usar os recursos tecnológicos disponíveis, para que eles se tornem pesquisadores, debatedores e, por fim, coautores da informação e de sua formação. Trata-se de abordagens mais focadas no próprio aluno, para que ele seja um agente ativo para discussão e solução de problemas.

Roberts Reis - diretor de Pós-Graduação e Extensão do IETEC

A ideia de que a informação flui em um único sentido não tem mais espaço.Somos todos mediadores de discussões.

Alunos obtiveram ganhos profissionais com a Qualificação IEtEC

Ascenção em seu nível hierárquico

Aumento salarial Ascenção e aumento salarial

Networking

Comentários, sugestões e anúncios:[email protected] Tiragem:25.000 exemplares Periodicidade bimestral Distribuição gratuita

Pesquisa de evolução da carreira dos ex-alunos de MBA realizada em nov/2012

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6 Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

O executivo detalha, em entrevista exclusiva à revista IETEC, quais serão os investimentos da companhia, além do que a tornou uma das empresas mais lucrativas e admiradas do mercado de energia, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Abaixo a íntegra da entrevista com Morais, que ocupa a 26ª posição no ranking da revista Harvard Business Review, que mede a performance de presidentes de empresas e CEOs mundo afora.

INVESTIMENTOSQuais são os planos de investimentos para 2013?Os investimentos em linhas, subestações, redes e parque de medidores continuarão garantindo a infraestrutura necessária para atender as demandas dos clientes em relação ao sistema elétrico da Cemig, mantendo o foco nos requisitos de qualidade. Ainda no primeiro semestre deste ano, concluíremos um investimento da ordem de R$4 bilhões na ampliação e melhoria do sistema de distribuição de energia elétrica de Minas Gerais, incluindo obras de expansão, reforço, reforma e manutenção. Além disso, modernizaremos o sistema de medição de energia para boa parte dos nossos sete milhões de consumidores. Os recursos fazem parte do Plano de Desenvolvimento da Distribuidora e beneficiarão diretamente mais de 18 milhões de pessoas na área de concessão da Empresa.

Como o senhor vê as mudanças tecnológicas nos processos industriais?A tendência do mundo é investir de maneira crescente em autossuficiência, sustentabilidade e redes inteligentes no setor de energia elétrica, dada a demanda cada vez maior de energia e a utilização massiva dos recursos naturais. No setor industrial, a energia é fator decisivo para a competitividade do setor. Daí, a necessidade de buscar maior eficiência no uso da energia elétrica, por exemplo, além da utilização de novas alternativas energéticas como a eólica, solar e o gás no processo.

Djalma Bastos de Morais, Presidente da CEMIG

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELPráticas sustentáveis são cada dia mais necessárias, diante de um cenário de crescente competitividade. Isso é uma tendência sem volta?Para nós, desenvolvimento sustentável é a busca de melhores condições de vida para a geração atual e futuras. É a condução ética, transparente e rentável de seus negócios, respeitando o meio ambiente e atuando com responsabilidade social. Agindo dessa forma, a Cemig gera valor para os acionistas, consumidores e para toda a sociedade. Por orientação do nosso acionista majoritário, o Governo de Minas Gerais, investimos continuamente em energias alternativas, como eólica e solar. A Cemig participa do projeto Minas Solar 2014, que pretende instalar uma usina solar na cobertura de concreto do Mineirão. Com iniciativas assim, nós posicionamos à frente na solução energética, de forma técnica e ambientalmente correta. Recentemente, lançamos o Atlas Solarimétrico de Minas Gerais. Os dados preliminares desse trabalho são promissores, apontando índices de radiação solar de até 6,5 kWh/ m²/dia em mais de metade do Estado, o que é suficiente para abastecer uma residência média.

Há 13 anos a companhia está presente no índice Dow Jones de Sustentabilidade. O que isso representa, não apenas para a CEMIG, mas para o setor energético brasileiro como um todo?A Cemig está presente desde a primeira edição do índice, há 13 anos, e é a única empresa de energia elétrica da América Latina a já ter feito parte dele. Também foi selecionada em duas oportunidades como líder mundial de sustentabilidade do supersetor de utilities, que engloba empresas de energia, saneamento e gás de todo o mundo.

Para a Cemig, é de fundamental importância estar nesse seleto grupo do índice Dow Jones. É uma responsabilidade, pois a cada ano temos de nos adequar e usar novas práticas para que

Foto: Arquivo CEMIG

É necessário buscar maior eficiência no uso da energia elétrica, utilizando alternativas energéticas.

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seu consumo de energia em tempo real. Em Minas Gerais, Sete Lagoas foi a cidade escolhida para os testes e já contempla 3.800 medidores inteligentes em unidades consumidoras.

Como a inovação pode contribuir para que as práticas sustentáveis sejam mais assertivas? A Cemig investe prioritariamente em projetos sociais, ambientais e culturais que tenham continuidade e envolvimento das comunidades. Um bom exemplo é o Programa Energia Inteligente, que desenvolve projetos de eficiência energética visando demonstrar para toda a sociedade a importância de utilizar corretamente e com segurança a energia elétrica, reduzindo o desperdício e contribuindo para a preservação do meio ambiente. Apenas na última década, através deste programa, a Cemig investiu quase meio bilhão de reais em mais de 150 projetos de eficiência energética, atuando em diversos segmentos da sociedade para demonstrar a importância e como é fácil eliminar o desperdício de energia.

TALENTOSÉ cada dia mais importante uma boa qualificação dos profissionais. Como a CEMIG seleciona seus colaboradores? Na Cemig, a seleção dos colaboradores se faz a partir de concurso público e todos os empregados são estimulados por meio do acompanhamento de metas anuais a serem cumpridas, através da participação nos lucros e resultados da empresa de acordo com o cumprimento das metas estabelecidas para todos, incluindo os que exercem funções de chefia.

No que se refere aos seus colaboradores, como se dá seu desenvolvimento? Para a qualificação, temos a Univercemig, a universidade corporativa da Cemig, com um campus localizado em Sete Lagoas. Nela são estabelecidas trilhas de aprendizagem para os colaboradores da Empresa através do mapeamento das competências – essenciais, técnicas, estratégicas e de liderança – das funções. Essas trilhas orientam os treinamentos necessários a cada função, propiciando um processo contínuo de aprendizagem e o aumento do desempenho no trabalho. Além disso, dentro de sua especialidade, a UniverCemig oferece também treinamentos à comunidade, clientes, fornecedores e outras empresas do setor de energia.

Como é a política de retenção e formação de seus talentos?O corpo de empregados da Cemig, além de altamente qualificado, tem alto índice de permanência na Empresa. A média de tempo de casa dos nossos empregados é muito alta, de 22,7 anos, o que mostra que a Empresa oferece benefícios e salários condizentes com o mercado. Historicamente, o empregado da Cemig sabe da importância da Empresa para o Estado e para o País, e sobre o seu papel na organização. Com isso, ele trabalha com dedicação, procura seguir as regras de saúde e de segurança e projeta a sua carreira dentro da organização.

Capa

possamos continuar bem pontuados no Dow Jones e no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa.

Isso torna a empresa uma referência e agrega valor à sua marca, reforça a sua reputação e a credencia a ter respeito no trato com seus clientes, fornecedores, investidores e a sociedade de uma forma geral.

A empresa incentiva a adoção de métodos inovadores visando a redução de custos e a geração de novas frentes de negócios? A Cemig incentiva métodos inovadores e eficientes do uso de energia a partir da Efficientia, empresa do grupo criada em 2002. A Efficientia busca propiciar a redução de custos com energia, com a consequente redução dos custos de produção e aumento da produtividade de seus clientes. Isso garante maior competitividade de produtos e serviços no mercado. A Empresa realiza atividades de consultoria, medição e verificação, prospecta projetos de eficiência e soluções energéticas, avalia soluções do ponto de vista técnico e econômico-financeiro e garante apoio técnico à implantação das medidas.

INOVAÇÃOA empresa investe na inovação dos seus processos e produtos? Como se dá essa realidade?A Cemig está investindo em redes inteligentes ou smart grid, através do Projeto Cidades do Futuro. O programa de P&D que desenvolve essa nova tecnologia vai permitir o aumento da eficiência energética, a redução das perdas comerciais e melhoria na interação com o consumidor. Ele poderá verificar o

Engenheiro (especializado em Telefonia) pelo Instituto Militar de Engenharia/RJ, Morais ingressou na Telebrás em 1974. Em 1990, chegou à Chefia do Departamento de Operações. Foi presidente da Telemig (1990/1993). Em 1994, foi titular da pasta do Ministério de Telecomunicações e, no ano seguinte, assumiu o cargo de vice-presidente da Petrobrás Distribuidora.

Em 1999, assumiu a presidência da Cemig. Na sua gestão, a empresa passou por uma ampla reestruturação, tornando-se um grupo formado por mais de 100 sociedades e 16 consórcios. Hoje, é a maior distribuidora de energia elétrica do país – com participação em empresas como a Light, TBE e Taesa –, além de operar uma linha de transmissão no Chile.

Na sua gestão, foram criadas dez usinas (maior número desde a fundação da empresa, em 1952). É a única empresa do setor elétrico incluída por treze anos consecutivos no Índice Dow Jones de Sustentabilidade.

O período de 14 anos que Morais está à frente da Cemig (completados em janeiro), é o de maior duração já exercido por um presidente. O executivo ocupa a 26ª posição no ranking da revista Harvard Business Review, que mede a performance de presidentes de empresas e CEOs de todo o mundo.

Quem é Djalma Bastos de Morais

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8 Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

O ideal, tanto para empresas como para os profissionais, é que o currículo do funcionário alie bagagem acadêmica à vivência prática. Somente com tal perfil pode-se afirmar que o candidato em questão domina sua atividade e está apto a atuar, com desenvoltura, no cargo pretendido.A atuação profissional, com suas experiências práticas, torna a pessoa apta a desempenhar suas atividades com a qualidade necessária e, acima de tudo, desejada.Estes processos de criação, obtenção, armazenamento, disseminação e uso do conhecimento tácito e explícito é o que se convencionou chamar de Gestão do Conhecimento.

Um dos erros mais comuns nas empresas diz respeito ao não-alinhamento dos objetivos e estratégias da organização a sistemas eficazes de Gestão do Conhecimento. Um dos argumentos dos dirigentes para isso é a necessidade de despender tempo (e recursos financeiros) nesse processo antes de os benefícios surgirem. Esquecem-se que, quando estes resultados surgem, os valores investidos são facilmente recompensados. Gerenciar os conhecimentos em uma empresa é, antes de mais nada, tornar comum as experiências de cada um. É incompreensível que, ainda hoje, muitas empresas ainda valorizem o individualismo em detrimento do trabalho cooperativo. Este é, sem sombra de dúvida, um dos principais obstáculos ao sucesso da Gestão do Conhecimento. Se a organização não incentiva o compartilhamento de informações e do conhecimento, o funcionário se sente dono do que sabe. E ‘Ponto final’.

Gestão do Conhecimento deve ser compreendida como um processo contínuo, em que a organização orienta suas ações com base em informações do negócio. A geração, valorização, registro, compartilhamento e aplicação do conhecimento para planos e processos variados dentro da empresa são alguns exemplos de tarefas típicas que um processo assertivo de Gestão do Conhecimento executa. Os resultados positivos são inegáveis, uma vez que torna este precioso acervo – a experiência – um elemento decisivo para a formulação de vantagem competitiva da empresa.

A partir desse cenário, considerar o processo de desenvolvimento de software com o apoio da Gestão do Conhecimento, ou sob a sua ótica, é extremamente oportuno, na medida em que gera ganhos de escala em relação à produtividade dos agentes envolvidos.

Compartilhar é a base para a gestão do conhecimento nas empresas

Opni

ão

Além disso, trata-se de atividade de intensa comunicação e que estrutura ideias e procedimentos, muitas vezes, não formalmente documentados. O desenvolvimento de software pode obter melhores resultados – como a mitigação de custos, aumento da qualidade e cumprimento dos prazos – por meio do compartilhamento de experiências de projetos anteriores. Com cronogramas pressionados, elevadas expectativas quanto à qualidade e produtividade e desafios técnicos constantes, muitos projetos de software não oferecem possibilidades de estruturar formalmente e explicitar o conhecimento.

Neste contexto, o profissional das empresas de desenvolvimento de software valoriza o conhecimento e sua aplicação pelas organizações como vislumbre de uma nova realidade. As organizações devem almejar a aplicabilidade do know how dos funcionários no intuito de gerar novos conhecimentos. Os funcionários podem descobrir, criar, compilar, distribuir ou aplicar suas informações e conhecimento no conjunto da empresa, criando novos e enriquecedores compêndios de dados, aumentando, ao final do processo, as oportunidades de novos negócios/produtos/ganhos. As organizações não devem apenas encorajar os funcionários, mas recompensá-los por compartilhar seus conhecimentos, procurar novos aprendizados e praticá-los, sem cessar. Quando a empresa consegue transformar o conhecimento tácito em explícito, a vantagem é que o mesmo pode ser armazenado, organizado e disseminado para terceiros, sem o envolvimento de quem o originou. Para alcançar vantagem máxima do compartilhamento, as empresas deveriam encorajar os funcionários a documentar e armazenar suas experiências em um repositório ou em uma ferramenta de colaboração e cooperação.

Mas, acima de tudo, de nada vale a empresa realizar grandes investimentos em ferramentas de Gestão do Conhecimento se as pessoas que detém essas informações não se beneficiarem desse processo. Os funcionários devem ver vantagens, práticas e objetivas, da adoção desse mecanismo. Do contrário, será apenas mais um procedimento não-adotado, ou sub-aproveitado.O engenheiro de software é o melhor exemplo de profissional capaz de gerenciar o conhecimento, sistematizando as informações do negócio e tornando todos os membros da equipe capazes de executar as mesmas atividades. Um exemplo a ser seguido.

Fernando Zaidan – coordenador da pós-graduação de Engenharia de Software

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9Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

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10 Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

IEtEC: 25 anos de evolução em tecnologia da Informação

Cená

rio

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13Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

Programação de cursos:Profissionais reconhecidos pelo mercado à frente de cursos inovadores.

Abril a Junho de 2013

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14 Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

Conheça as diversas oportunidades de curso oferecidas pelo IETEC. Muito mais qualificação para sua equipe e muito mais retorno para sua empresa.

Curso Início Término HorárioPreparatório para Exame PMP/PMI (a) 05/Abr 17/Mai NoturnoImplantação e Gerenciamento de Projetos 08/Abr 12/Abr DiurnoGerenciamento de Projetos 15/Abr 18/Abr NoturnoLiderança em Equipes de Projetos 15/Abr 16/Abr DiurnoGerenciamento de Partes Interessadas 02/Mai 03/Mai Diurno

Gerenciamento de Projetos com a utilização do Ms Project 2010 06/Mai 08/Mai Diurno

Administração de Contratos 13/Mai 14/Mai Diurno

Planejamento e Controle de Custos de Projetos 16/Mai 17/Mai Diurno

Gerenciamento de Conflitos e Crises em Projetos 20/Mai 23/Mai Noturno

Metodologias Ágeis para Gerenciamento de Projetos 03/Jun 06/Jun Noturno

Preparatório para o PMP/PMI (a) 05/Jun 07/Ago Noturno

Planejamento e Gestão de Projetos de Paradas na Indústria 13/Jun 14/Jun Diurno

Gerenciamento de Pleitos em Projetos 17/Jun 20/Jun Noturno

Gerenciamento de Projetos 20/Jun 21/Jun Diurno

Comunicação Empresarial em Projetos 24/Jun 27/Jun Noturno

Gestão de Projetos

Gestão e Tecnologia da InformaçãoDesempenho e Produtividade em TI 15/Abr 16/Abr DiurnoBussiness Inteligence 22/Abr 25/Abr NoturnoAnálise de Negócio e Empreendedorismo por meio de um desenvolvimento de um Plano de Negócios

24/Abr 26/Abr Diurno

Execução de Projetos de Processos Orientada pela Metodologia BPM 24/Abr 26/Abr Diurno

Gerenciamento de Processo de Testes de Software 25/Abr 26/Abr Diurno

Elaboração e Administração de Contratos em TI 02/Mai 03/Mai Diurno

Qualidade de Software com ênfase em CMMI 09/Mai 10/Mai Diurno

ISO/IEC 27001: Gestão da Segurança da Informação 13/Mai 23/Mai Noturno

Gerenciamento de Projetos de TI 14/Mai 15/Mai Diurno

Desenvolvimento de Sistemas de Informação Orientados por Processos 23/Mai 24/Mai Diurno

Boas Práticas em TI Verde 23/Mai 24/Mai Diurno

Business Model Generation – Criação e Otimização de Modelos de Negócios 28/Mai 29/Mai Diurno

Estratégias de Marketing para Tecnologia da Informação 03/Jun 06/Jun Diurno

Fundamentos da Gestão de Processos de Negócios 03/Jun 12/Jun Noturno

Clouding Computing e Byoud 17/Jun 19/Jun Diurno

Metodologias e Processos Ágeis de Projeto de Software 17/Jun 21/Jun Noturno

Responsabilidade SocialResponsabilidade Social Corporativa 03/Abr 04/Abr DiurnoNormas e Certificações em Responsabilidade Social c/ Base na ISO 26.000 25/Abr 26/Abr DiurnoGestão de Projetos Sociais 06/Jun 07/Jun DiurnoComunicação e Responsabilidade Social 17/jun 18/Jun DiurnoRelatório GRI de Sustentabilidade 25/Jun 26/Jun Diurno

Page 15: Revista IETEC - edição 48 - Abril e Maio de 2013

15Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

Gestão e Tecnologia IndustrialGerenciamento da Logística 09/Abr 10/Abr DiurnoFormação do Preço de Vendas a Análise Tributária 11/Abr 12/Abr DiurnoIntrodução à Manufatura Enxuta – Lean Manufacturing 15/Abr 18/Abr NoturnoAdministração de Custos e Produtividade 16/Abr 17/Abr DiurnoLiderança em Equipes de Produção 22/Abr 25/Abr NoturnoImportação – Compras Internacionais 06/Mai 09/Mai NoturnoPlanejamento, Programação e Controle da Produção 06/Mai 09/Mai NoturnoCustos Industriais – Formação do Custo do Produto 07/Mai 10/Mai NoturnoIndicadores de Performance Logística (KPI´S) 14/Mai 15/Mai DiurnoAnálise Financeira em Compras 16/Mai 17/Mai DiurnoGerenciamento de Compras 16/Mai 17/Mai DiurnoGerenciamento da Capacidade Produtiva 20/Mai 22/Mai DiurnoPlanejamento Organização e Execução de Inventários 21/Mai 23/Mai NoturnoPlanejamento e Controle de Estoque 27/Mai 28/Mai DiurnoProjeto e Organização do Trabalho (Layout/Ergonomia e Cronoanálise) 27/Mai 29/Mai DiurnoCustos e Formação de Preços Industriais 27/Jun 28/Jun DiurnoCustos Logísticos - Apuração e Gestão 03/Jun 05/Jun DiurnoGerenciamento de Almoxarifados 03/Jun 06/Jun NoturnoProdutividade Industrial-Medição e Gerenciamento através da OEE 10/Jun 13/Jun NoturnoNegociação em Compras 10/Jun 11/Jun DiurnoSistemas e Técnicas de Troca Rápida de Ferramentas 19/Jun 21/Jun Noturno

Curso Início Término HorárioTratamento de Esgotos e Efluentes Industriais 04/Abr 05/Abr DiurnoDrenagem Superficial na Prevenção e Contorle de Erosão 09/Abr 12/Abr NoturnoRemediação e Gerenciamento de Áreas Degradadas 18/Abr 19/Abr DiurnoLicenciamento Ambiental 23/Abr 25/Abr DiurnoEcodesign:desenvolvendo produtos Inovadores e Sustentáveis 25/Abr 26/Abr DiurnoGerenciamento de Riscos e Acidentes Ambientais 06/Mai 07/Mai DiurnoIndicadores de Produção Mais Limpa: Avaliação de Desempenho Ambiental dos Processos Produtivos

09/Mai 10/Mai Diurno

Gestão de Projetos de Indicadores de Sustentabilidade Empresarial 13/Mai 14/Mai DiurnoGestão e Controle Ambiental de Emissões Atmosféricas 14/Mai 15/Mai DiurnoMonitoramento Ambiental 16/Mai 17/Mai DiurnoControle Ambiental da Mineração 22/Mai 24/Mai DiurnoProjetos de Construções Sustentáveis 28/Mai 29/Mai DiurnoProjeto Ambiental de PCH´s 17/Jun 18/Jun DiurnoControle Ambiental na Industria 19/Jun 21/Jun DiurnoGerenciamento da Limpeza Urbana 24/Jun 25/Jun DiurnoAplicação de Sistema de Gestão: ISO 14.000 24/Jun 25/Jun DiurnoAvaliação de Impactos Ambientais 27/Jun 28/Jun DiurnoAproveitamento Energético de Resíduos Sólidos Urbanos 27/Jun 28/Jun Diurno

Meio Ambiente

Inovação e CriatividadePropriedade Intelectual: Conceitos e Mecanismos de Proteção 06/Mai 07/Mai Diurno

Ferramentas da Criatividade para Inovação 04/Jun 06/Jun Diurno

Page 16: Revista IETEC - edição 48 - Abril e Maio de 2013

16 Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

Qualidade

*Os cursos assinalados oferecem, gratuitamente como parte do material didático, os seguintes livros: (a) Guia PMBOK

Gestão de Pessoas em Equipes de Projetos 09/Abr 06/MaiGerenciando Projetos com o MS Project 2010 16/Abr 13/MaiPreparatório Para o Exame PMP 23/Abr 10/JunGerenciamento de Projetos 07/Mai 03/JunAdministração de Contratos 14/Mai 11/JunLiderança e Gestão de Pessoas 21/Mai 17/JunGestão de Projetos de Tecnologia da Informação 28/Mai 24/JunGerenciamento de Projetos Industriais de Construção e Montagem 18/Jun 15/JulMetodologia FEL Como Análise de Viabilidade de Projetos 25/Jun 23/Jul

Cursos a Distância

CEP – Controle Estatístico do Processo 18/Abr 19/Abr DiurnoMapeamento e Gerenciamento de Processos 25/Abr 26/Abr DiurnoFMEA-Análise de Efeitos e Modos de Falhas 24/Jun 26/Jun Noturno

Confira a programação dos cursos no site www.ietec.com.br. Para mais Informações: (31)3116-1000/ (31)3223-6251 - [email protected]

Curso Início Término HorárioFragmentação de Minérios: Britagem, Moagem e Classificação 02/Abr 04/Abr Diurno

Fragmentação de Minérios: Britagem, Moagem e Classificação 02/Abr 04/Abr Diurno

Estrutura de Custos em Mineração 15/Abr 16/Abr DiurnoBombeamento de Polpas 23/Abr 25/abr DiurnoPlanejamento e Controle de Mina Subterrânea 29/Abr 30/Abr DiurnoCarregamento e Transporte em Minas a Céu Aberto – Aplicações de Pesquisa Operacional

13/Mai 14/Mai Diurno

Otimização e Sequenciamento da Lavra (Mina a Céu Aberto) 15/Mai 17/Mai DiurnoSustentabilidade da Mineração 22/Mai 24/Mai Diurno

Separações Sólido-Líquido no Processamento de Minérios: Espessamento e Filtragem

27/Mai 29/Mai Diurno

Noções Técnicas de Acabamento de Rampas, Drenagens e Taludes 05/Jun 06/Jun DiurnoGeoestatística Aplicada 12/Jun 14/Jun Diurno

Avaliaçaõ de Seguranaça em Barragens de Rejeitos 24/Jun 27/Jun Diurno

Mineração

ManutençãoNR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Aspectos Técnicos

03/Abr 05/Abr Diurno

Segurança Aplicada ao Transporte de Materiais 04/Abr 05/Abr DiurnoEliminação de Acidentes e Perdas da Manutenção 18/Abr 19/Abr DiurnoGestão de Custos e Investimentos em Manutenção 24/Abr 26/Abr DiurnoAplicação de TPM nas atividades relativas aos Pilares do WCM 25/Abr 26/Abr DiurnoInspeção em equipamento de Pelotização 02/Mai 03/Mai DiurnoGestão de Indicadores na Manutenção 06/Mai 15/Mai NoturnoEliminação de Erros e Defeitos na Manutenção 21/Mai 22/Mai DiurnoPlanejamento Programação e Controle da Manuntenção-Básico 24/Jun 27/Jun NoturnoLiderança em Equipes de Manutenção 27/Mai 28/Mai Diurno

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17Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

No dia oito de fevereiro, o IETEC sediou a 2ª reunião do IMDA (Instituto Mineiro de Desenvolvimento Ambiental), entidade da qual é um dos co-fundadores.

O objetivo do grupo, formado por profissionais altamente capacitados em gestão ambiental, é sugerir aperfeiçoamentos nas políticas de desenvolvimento consciente do planeta. De acordo com o presidente do Instituto, Ronaldo Malard, a criação do IMDA é um marco, na medida em que o grupo fundador percebeu a ausência de um organismo que analisasse as políticas públicas do setor. “Vimos que não existe representatividade para o segmento, como vemos em outras áreas da sociedade civil, Na área ambiental, não há tais organismos”, analisa o profissional.

Malard enfatiza: “nosso objetivo é usar a expertise de seus sócios – profissionais altamente qualificadas e reconhecidos em suas áreas de atuação – para a formulação de políticas públicas visando o desenvolvimento sustentável”, explica. “A proposta de criação do IMDA é ser a novidade, uma proposta alternativa às estruturas que estão ficando velhas, trazendo novos valores e ideias. Atitudes da sociedade que gerem a integração dos empresários, governos e da sociedade civil, numa postura de introdução da questão ambiental dentro do desenvolvimento, não como alguma coisa que será inserida depois, como um apêndice. Queremos consolidar o que seria a centralidade da questão ambiental dentro do foco de desenvolvimento”, explica Roberto Messias, presidente do Conselho Deliberativo do IMDA e ex-presidente do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Para ele, a principal preocupação reside na compreensão do que é desenvolvimento sustentável. “Se formos na origem, antes do próprio termo desenvolvimento sustentável, quando foi criada a denominação ecodesenvolvimento, a proposta foi que o eco (ecológico) estivesse dentro do desenvolvimento. O que não possui essa gênese não é desenvolvimento, é crescimento, um crescimento quase que tumoral. Nossa proposta de meio ambiente é estar a favor do verdadeiro desenvolvimento”, analisa.

“Minas tem vocação para a formulação de políticas e debates ambientais”, enfatiza Malard, reforçando ainda que a entidade não possui fins lucrativos.

Mais informações: www.imda-mg.com.br

Aconteceu no IETEC

Curta

s

Troca de experiências com Profissionais de mercado

IETEC organiza palestra com o presidente do IPMA Portugal

Especialistas criam Instituto Mineiro de Desenvolvimento Ambiental

Um dos principais serviços prestados pelo IETEC em seus 25 anos dedicados à educação é a disseminação do conhecimento. Uma das ferramentas adotadas para isso é a realização de workshops técnicos gratuitos ao longo de todo o ano.

Somente no último bimestre, foram realizados nove encontros, reunindo especialistas em suas áreas de atuação. Nestas ocasiões, profissionais podem tirar dúvidas sobre o mercado, além de analisar as principais características da profissão.

Um dos palestrantes convidados foi o diretor de TI da Mendes Júnior, Fausto Flecha. De acordo com ele, trata-se de uma oportunidade única para que o ambiente acadêmico discuta o aprimoramento da área com quem vivencia o dia a dia corporativo. “Julgo ser vital esse momento. Oxigena os profissionais, pois nos obriga a questionar nossas estratégias enquanto empresa. E, em sentido contrário, demonstra o cotidiano empresarial para os que almejam ingressar na área”, opina.

Entre fevereiro e março, mais de 576 pessoas se inscreveram nos workshops técnicos gratuitos do IETEC. Acompanhe a agenda de eventos no site do Instituto (www.ietec.com.br).

António Andrade Dias, que acumula os cargos de presidente em exercício da Associação Portuguesa de Gestão de Projetos (APOGEP), e do IPMA Portugal (International Project Management Association), foi o convidado para a palestra especial sobre Gestão de Projetos que o IETEC organizou no dia 28 de fevereiro.Com o tema ‘O lado H dos projetos’, o profissional, com mais de 30 anos de experiência na área, abordou a importância das competências no gerenciamento de empreendimentos, além de detalhar o funcionamento do IPMA mundo afora. “Tudo se resume às competências. Tanto no que se refere às competências técnicas, como às comportamentais e, principalmente, às contextuais. Sem uma correta gestão destas questões, não há controle, planilha, mapa, nada garantirá o sucesso do empreendimento além das competências de quem o executa. Ou seja, tudo se resume às pessoas e a sua capacidade de fazer mais ou menos para o cumprimento do que se pretende”.

A apresentação de Dias está disponível para download na revista eletrônica TecHoje (www.techoje.com.br).

Especialistas em meio ambiente em reunião no IETEC

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empreendimentos que acabam refletindo em todos os projetos: o planejamento empresarial, a gestão dos conjuntos de projetos, a governança e a gestão dos grupos de interesse no seu negócio. Estes temas devem ser parte da rotina em empresas orientadas a resultados. “Estes grandes eixos devem ser explorados de modo que os dirigentes estejam prontos para responder questões que se colocam permanentemente na gestão de projetos de suas empresas”, explica Villela.

Discutir como devem ser desdobrados os projetos, visando atender às metas estipuladas no Planejamento da empresa é uma premissa básica. No entanto, ainda existem empresas que cometem equívocos neste processo. “É necessário aprofundar a questão da estratégia empresarial, seu envolvimento nos projetos da empresa e quais são os impactos desses pontos no gerenciamento dos empreendimentos. É necessário, por exemplo, um desdobramento de aspectos comportamentais e culturais nas organizações. Em algumas, os prazos são mais importantes, em outras, os custos. Claro que todos os vértices de um projeto são essenciais, mas se pensarmos nas obras da Copa do Mundo, por exemplo, elas não podem terminar dois dias depois do início dos jogos. Isso faz com que a estratégia tenha que mudar dependendo do cumprimento, ou não, desses pontos”, analisa Kleber Albuquerque de Vasconcelos, com mais de 35 anos de experiência como executivo em mercados como o financeiro, industrial, de serviços, e tecnologia e doutorando em Estratégia Empresarial.

A crescente valorização da Gestão de Mudanças nos empreendimentos exige a reavaliação constante do posicionamento do negócio. Um dos maiores especialistas em Gestão de Projetos do Brasil, João Carlos Boyadjian, analisa a relação entre a gestão estratégica do negócio e de projetos. “As empresas devem melhorar a forma de definição dos critérios de investimentos em projetos e programas, pois com critérios mais eficazes é possível obter retorno sobre os investimentos dentro do ciclo de vida fiscal ou plurianual do

O reconhecimento de que a gestão de projetos tem sido fundamental para a condução dos negócios nas organizações é unânime, e sua relevância tende a

aumentar nos próximos anos de acordo com as mais variadas pesquisas.

No Brasil, o tema é relativamente novo, e ainda existem executivos que desconhecem as melhores práticas de gestão de projetos, o que em nível diretivo se torna mais grave. Em nossas empresas os níveis mais estratégicos conduzem grandes empreendimentos, tanto em complexidade quanto em volume de investimentos, e o impacto dos projetos em seus resultados é extremamente significativo devido ao seu posicionamento no futuro dos negócios.

É necessária uma visão mais ampla do processo empresarial por parte dos gestores e profissionais envolvidos com a gestão de projetos considerados estratégicos. Para isso, deve-se colocar em pauta discussões que abordem questões ligadas à Governança e ao relacionamento com stakeholders para a tomada de decisões estratégicas. Como comenta o Diretor de Produto do IETEC, José Ignácio Villela Jr.: “o executivo em nível estratégico deve compreender a gestão de projetos a partir da identificação de como se dá o desdobramento do Planejamento Empresarial em projetos na organização, enfatizando a seleção, priorização e a gestão do conjunto de projetos resultantes desde desdobramento”, afirma.Existem quatro grandes eixos no gerenciamento de

O desafio da Gestão de Projetos em nível estratégico

Cená

rio

João Carlos BoyadjianPrecursor do gerenciamento de projetos do Brasil e um dos fundadores do PMI no país.“As empresas devem melhorar a forma de definição dos critérios de investimentos em projetos e programas.”

A capacidade de ver novas direções para as organizações se forma a partir de referências importantes nos diversos campos do saber e da prática.

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19Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

empreendimento. Além disso, a forma de seleção dos projetos e a maneira de se analisar o retorno dos investimentos deve ser feita com foco em princípios dinâmicos. “Todas estas atividades

devem permear o dia a dia do executivo que convive com muitos e complexos

projetos. Isto enseja a necessidade de

monitoramento e controle dos programas e portfólios. Esta é a área que trata do negócio no que diz respeito aos investimentos”, explica Boyadjian, um dos precursores do Gerenciamento de Projetos no Brasil, tendo sido um dos fundadores do PMI no país. A importância do controle nos empreendimentos, principalmente através da criação dos escritórios de projetos (PMO - Project Management Office) é extremamente necessária para organizações que precisam pensar e executar projetos em nível estratégico.

Quem analisa a questão é João Carlos Araújo da Silva Neto, gerente de Gestão de Projetos da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). Essa gerência forma o PMO dentro da Mineração Casa de Pedra. Ele é um dos poucos brasileiros – na verdade são apenas cinco – que possui a certificação em APMC (Advanced Project Management Certificate) pelo IIL (Institute for Learning), um importante certificado na gestão de portfólios e programas de projetos, com difícil processo envolvendo seis módulos com assuntos diversificados dentro do conhecimento em Gerenciamento de Projetos. “Em termos gerais, a função principal do PMO é coletar e entender os ‘sintomas’ dos portfólios de projetos da companhia, traduzi-los em indicadores que sejam passíveis de controle e gestão”, explica.

Segundo Lívia Sousa Sant’Ana, diretora de Recursos Humanos da Construtora Mendes Júnior, há uma necessidade latente de profissionais qualificados nas empresas, dos mais diversos portes e segmentos. De acordo com ela, quando há escassez de quantidade e qualidade de profissionais, é vital o incremento na qualidade da gestão e, portanto, uma melhor atenção quanto aos processos de governança desenvolvidos pelos líderes nas organizações.

É preciso saber fazer mais com menos. Para ela, as organizações têm investido mais energia e recursos financeiros em estratégias, resultados econômico-financeiros e cronogramas do que na gestão dos comportamentos, ou dos fatores humanos. “Fatores humanos são frequentemente ignorados na gestão das organizações e projetos. No entanto, são justamente esses fatores – e não as estratégias, processos e estruturas – que constroem ou destroem o desempenho de um projeto ou organização”, salientou. Sant’Ana pontua ainda que, gerir os aspectos humanos é mais arte e observação do que ciência, porque “requer a capacidade de compreensão das motivações que estão expressas em determinados comportamentos.

A questão principal é: como identificar as motivações que definem

os comportamentos? Essa é a chave para o sucesso de qualquer

projeto ou organização”, diz, para complementar: “três elementos

garantem o sucesso de qualquer time: escopo, processos e

comportamentos. Os fatores humanos estão presentes nos três

elementos. O escopo direciona a ação, os processos modelam os

comportamentos e os comportamentos definem as decisões e

atuações. A sincronia na gestão desses três elementos promove o

alto desempenho. Dominá-los e usá-los na resolução de problemas

e tomada de decisões define a qualidade da liderança, fundamental

para a orquestração de qualquer projeto, seja ele a construção

de uma mega usina ou de um relacionamento. Neste sentido, as

lideranças devem ser o foco nos processos de governança dos

projetos das organizações ”, finalizou.

Por fim, Fred Jordan, um dos profissionais mais reconhecidos em

Gestão de Projetos do Brasil, pós-graduado em Administração para

Executivos, PMP e CPM, analisa a questão do envolvimento na

busca dos melhores resultados em Gestão de Projetos. Para ele,

fazer uma correta e assertiva Gestão de conhecimento, de conflitos

e da mudança no Gerenciamento de Projetos implica a necessidade

de se estabelecer processos de comunicação capazes de abordar,

aproximar e envolver todos os stakeholders nos objetivos dos

projetos. “Em linhas gerais, há a necessidade de sempre adotarmos

o método de ‘Lições Aprendidas’ dos empreendimentos, através

da busca do envolvimento e alinhamento entre os púbicos. De

nada adianta customizar a construção de uma hidrelétrica com

os investidores, por exemplo, se a população ribeirinha não for

envolvida e consultada. Uma pequena comunidade indígena pode

inviabilizar um investimento de bilhões de reais”, opina Jordan.

“Há uma grande oportunidade de melhorar os resultados, sobretudo

para aquelas organizações que hoje possuem grandes projetos.

Ao identificar as etapas do planejamento dentro da organização

– analisando o que deve ser priorizado e aperfeiçoado a partir de

métodos, técnicas e lições aprendidas – é possível entender e

aplicar soluções criativas

que propiciarão aos gestores

o alcance de melhores

níveis de crescimento nos

negócios”, explica José

Ignácio Villela Jr., diretor de

Produto do IETEC.

Ivo MichalickEx-presidente do PMI-MG e coordenador da área de Gestão de Projetos do IETEC. “O profissional de GP precisa possuir mais que habilidades técnicas. É vital que ele envolva sua equipe nos objetivos da empresa.”

Fred JordanProfessor de Gestão de Projetos, pós-graduado em Administração para Executivos, PMP e CPM. “Há a necessidade de adotarmos o método de ‘Lições Aprendidas’ dos empreendimentos, através da busca do envolvimento e alinhamento entre os púbicos.”

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21Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

Cená

rio

O Instituto realiza melhorias em infra-estrutura visando a excelência da

qualificação profissional

Localizado no coração da Savassi, região centro-sul de Belo Horizonte,

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acústico e infraestrutura digital

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para um melhor aprendizado

IEtEC 25 anos – investindo no conforto de seus alunos

Page 22: Revista IETEC - edição 48 - Abril e Maio de 2013

22 Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

De nada adiante obter conhecimento se não se souber o que fazer com ele. A frase poderia muito bem ser atribuída a Platão, na Grécia Antiga, mas é de Delmer Aguiar Césario, Gerente de Engenharia de Produto & Processos da COMAU América Latina.

O engenheiro industrial mecânico, especializado em Gestão de Projetos e com MBA em Gestão de Negócios pelo IETEC, foi premiado, em 2º lugar, por uma das mais relevantes publicações de gerenciamento de projetos do país, a revista Mundo PM, por projeto de metodologia integrada de gestão de processos para a Comau, no Prêmio “Projeto do Ano de 2012”.

Chamado de Projeto de Configuração de uma Metodologia de Gestão de Processos, a iniciativa é baseada na avaliação dos diversos processos a partir de duas perspectivas distintas: a visão da COMAU e a visão do Cliente.

A percepção da COMAU se dá através dos Índices de Excelência que geram ações de melhoria.

A percepção do Cliente se dá através da Pesquisa de Satisfação e do Valor Agregado.

As duas visões são confrontadas através de uma Avaliação Integrada dos Processos e planos de ação são gerados com o objetivo do Melhoramento Contínuo.

Segundo Césario, trata-se de um modelo altamente eficaz, na medida em que “todos os processos COMAU estão plenamente alinhados com as expectativas de cada Cliente, e ao estabelecermos ações corretivas e/ou de melhorias, nossos Clientes são constantemente informados da evolução das mesmas. Uma perfeita Gestão de Escopo na prestação de Serviços”, afirma.

Cesário cursou a pós-graduação em Gestão de Projetos (2007) e o MBA em Gestão de Negócios (2008) no IETEC, além de diversos cursos de curta duração. “Não posso deixar de reconhecer que o profissional que sou hoje, tem uma grande parcela devida aos

Conhecimento Aplicado

Uso de técnicas de Gestão de Projetos em processos premiado nacionalmente

Curta

s ensinamentos adquiridos no IETEC. Esta conquista só foi possível diante de uma maturidade adquirida em anos de dedicação e pelo conhecimento adquirido em uma Instituição séria como o IETEC. Uma parceria de sucesso!”, reforça.

Segundo a revista, o projeto serviu para quebrar alguns paradigmas, dentre eles a de que Gestão de Projetos não se aplica em Gestão de Processos. “Ao desenhar o projeto, o gerente de projeto teve como desafio mostrar ao comitê diretivo da empresa que, através de projetos, a nova metodologia proposta seria formatada. Considerando diversos processos para gestão de ativos, nos mais diferentes clientes e espalhados por todo o território nacional, além, é claro, de proporcionar à empresa uma maior garantia de retorno (margem) no capital envolvido.”

O projeto contou também com a participação do engenheiro mecânico Charles Nogueira Peixoto, Engenheiro de Manutenção na Comau, também pós-graduado em Gestão de Projetos no IETEC e da Tecnóloga Industrial na Comau, Rosimeire Gonçalves de Souza, ex-aluna da Pós em Engenharia de Processos no IETEC.

Tal parceria ratifica uma pesquisa interna da instituição, junto a seus alunos de pós-graduação e MBA: 95% deles afirmam que o networking foi ampliado após o curso.

Entenda a premiaçãoA revista especializada em gerenciamento de projetos Mundo PM (www.mundopm.com.br) seleciona, há cinco anos, os melhores projetos de gerenciamento de projetos do país. Após análises internas, os premiados são aqueles que buscam a excelência em Gestão de Projetos, contribuindo para o desenvolvimento da área no país.

Delmer CesárioGerente de Engenharia de Produto & Processos da COMAU América Latina

Revista Mundo PM

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24 Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

No entanto, Coutinho entende que a diversidade de projetos e adequações necessárias não serão todas atendidas. “Haverá uma alteração do escopo, com forte tendência a se fazer menos intervenções, atendendo o mínimo estabelecido em contrato. Com isso, a sociedade perde, e oportunidades de emprego e geração de valor que poderiam existir deixam de ser aproveitadas”. Mesmo assim, segundo Coutinho, os esforços de um eficaz gerenciamento da cadeia implementadora de projetos será fundamental.

Isso é o que relata Carlos Henrique Cunha, técnico de planejamento da Technik Engenharia, empresa que presta serviços para a Johnson Controls, responsável pelo planejamento da rede de ar condicionado e ventilação do Estádio do Mineirão.

“Ao longo da execução do projeto, alguns ajustes e mudanças de escopo foram realizadas, visando melhores condições para os frequentadores. Isso fez com que os prazos também tivessem que ser ajustados”, afirma.

Falta de mão de obra qualificadaObras em estádios, meios de transporte e o aumento da rede hoteleira demonstram que o horizonte está favorável para se investir. Empresas dos

Cená

rio

Faltando pouco menos de um ano e meio para a abertura da Copa do Mundo de 2014, as cidades que sediarão o evento trabalham continuamente a fim deixar tudo pronto. Especialistas ouvidos pela revista IETEC, no entanto, são enfáticos: muito do que foi prometido quando da confirmação do Brasil como país-sede não será totalmente implementado.

“Os órgãos públicos priorizaram a construção e modernização dos estádios. E a iniciativa privada investiu pesado no setor hoteleiro. No entanto, pouco foi feito no que diz respeito à mobilidade urbana e telecomunicações”, analisa Ítalo Coutinho, engenheiro industrial mecânico e coordenador da pós-graduação em Engenharia de Planejamento do IETEC.

Para se ter uma ideia, a previsão inicial do governo federal era de que seriam investidos, somente em infraestrutura, mais de R$33 bilhões, de acordo com estudo realizado em 2010. O mesmo levantamento diagnosticou que a realização do evento no Brasil deverá agregar R$183 bilhões ao PIB até 2019.

Somente em Belo Horizonte – de acordo com dados repassados pelo Comitê Executivo Municipal da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, entidade ligada à Prefeitura de Belo Horizonte – estão sendo investidos cerca de R$1,35 bilhões. Na TecHoje (www.techoje.com.br) é possível ter acesso a documento repassado pelo Comitê da Copa com o andamento das obras de mobilidade urbana na capital mineira.

Planejar os empreendimentos é tarefa primordial para o sucesso

dos projetos

Carlos Henrique Cunha - técnico de planejamento da Technik Engenharia. “Ao longo da execução do projeto, alguns ajustes e mudanças de escopo foram realizadas, visando melhores condições para os frequentadores. Isso fez com que os prazos também tivessem que ser ajustados.”

Programar, gerenciar custos e a execução das obras são tarefas primordiais. Imagine o que é possível fazer em um evento que reunirá mais de 600 mil pessoas?

Engenharia de Planejamento Pós-Graduação - Aperfeiçoamento

5 de abril a 14 de setembro

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única concessionária. “Precisamos ampliar as ramificações dos sites, ao mesmo tempo em que expandimos sua capacidade. Algumas concessionárias estão aptas a realizar tais investimentos, tanto em telefonia fixa, como celular, TV a cabo e, principalmente, em banda larga”, afirma Diniz.

Essa ênfase na questão da banda larga se justifica. As Copas têm sido marcadas por apresentarem o melhor em tecnologia disponível. E, de acordo com pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CpqD), “eventos esportivos de grande porte, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, representam gigantescos estímulos econômicos e de potencial de crescimento, já que governo e setor privado realizam investimentos em sua preparação, e formam um legado para os cidadãos. Quando se trata de telecomunicações, vislumbramos uma grande oportunidade de aumentar a capacidade e a velocidade de transmissão de dados nas redes móveis brasileiras. Garantir a segurança e a confiabilidade das redes móveis para esses grandes eventos também é essencial”.

Recomendações do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CpqD) para a Copa 2014• Diagnosticar e planejar redes básicas e capacidade de processamento, reais necessidades de tráfego para rede e serviços previstos;

• Implantar infraestrutura consistente de banda larga, centrais de transmissão de dados nos estádios, redes móveis para uso em horário de pico;

• Reestruturar transmissão de dados por fibra ótica;

• Criar parcerias com comitês organizadores de eventos semelhantes para testar serviços já disponíveis, além de testar novos serviços. Obtenha a íntegra do estudo da CpqD na revista eletrônica TecHoje.

A Copa das Confederações ocorre entre os dias 15 e 30 de junho de 2013, em seis das doze cidades-sede (Brasília, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Salvador e Belo Horizonte). De acordo com Diniz, trata-se de uma prova de fogo para os recentes investimentos brasileiros. “Já teremos novidades para o evento, principalmente no que se refere a tecnologias e velocidades de conexão”. Tomara que sim. Afinal, está em jogo muito mais do que um título mundial de futebol.

mais diversos segmentos têm aproveitado o boom, mas esbarram num limitador: faltam profissionais com conhecimento na área de Gestão e Planejamento. Nessa área, surgem múltiplas

o p o r t u n i d a d e s para se atuar.

Assim, na visão de Cláudio Kindlé,

professor do curso de Engenharia de Planejamento do IETEC e diretor de projetos da Clip Engenharia – empresa com experiência em pesquisas sobre as últimas três Copas do Mundo – os interessados devem buscar novos conhecimentos, a fim de garantir uma boa colocação.

“O profissional deve estar atento. Naturalmente cursos com embasamento no PMBOK despontam como os mais indicados. Mas há outros, que aprofundarão conceitos e práticas em análise de viabilidade de projetos e também formação voltada para os aspectos humanos e interpessoais necessários à profissão (negociação, solução de conflitos, gestão de RH)”, afirmou.

Kindlé mantém boas expectativas. “Espero que o Brasil seja mostrado como um destino turístico bem equipado. Que o evento sirva como impulsionador de um turismo que se sustente depois dele. As oportunidades para os profissionais e desafios para as empresas estão lançados”, conclui.

Telecomunicações Um dos setores-chave para a realização de eventos de grande porte, como a Copa do Mundo – maior evento de mídia do planeta – é uma estrutura de telecomunicações de alto nível.

“Um jogo é visto, em média, por quase um bilhão de pessoas. Imagine se a transmissão não ocorre com a qualidade necessária?”, analisa Roberto Diniz, professor da pós-graduação de Engenharia de Custos e Orçamento do IETEC e supervisor de operações da Nokia Siemens.

Segundo o especialista, investimentos de grande porte têm começado a ocorrer. A rede atual necessita de ampliação, de acordo com o especialista.

Ele usa como exemplo a atual infraestrutura de Belo Horizonte, que conta com centenas de sites de telecomunicações de uma

Ítalo Coutinho - coordenador de pós-graduação do IETEC. “Os esforços de um eficaz gerenciamento da cadeia implementadora de projetos será fundamental para o sucesso da Copa do Mundo no Brasil”.

Engenharia de Custos e Orçamento Pós-Graduação - Aperfeiçoamento

15 de maio a 24 de outubro

Gestão de Projetos em Construção e Montagem Pós-Graduação - Aperfeiçoamento

19 de abril a 28 de setembro

Page 26: Revista IETEC - edição 48 - Abril e Maio de 2013

26 Revista IETEC | Ano 10 | Abril/Maio de 2013

Opin

ião

Indústria brasileira: a lista dos impactos positivos pode ficar maior

Para um país que tira a maior parte de sua riqueza da terra e cuja indústria ainda é predominantemente de base ou extrativista, os desafios em sustentabilidade começam e se confundem com aquilo que temos de mais rico, o território. É dele que o homem e qualquer outra espécie viva retiram o que precisam para sobreviver, sendo, ainda, espaço de transformação ambiental, social, econômica e cultural de uma sociedade, reunindo todas as suas características e conflitos.

Falar de sustentabilidade no Brasil é, portanto, ampliar a discussão que assombra as grandes cidades – como a emissão de CO2 pelos veículos – ou as sociedades cuja economia está pautada nos bens de consumo e em serviços, que estão preocupadas com desafios como logística reversa e reciclagem. Não que tais temas não sejam relevantes para o país, mas nossa lista de cuidados deve começar por assuntos como biodiversidade, uso e ocupação do solo, direitos humanos, erradicação da pobreza, educação e muitos outros que estão diretamente ligados às atividades econômicas que praticamos.Levantamento recente sobre devastação ambiental e trabalho escravo na cadeia produtiva do aço aponta que, apesar de todos os cuidados que o setor vem empregando para assegurar práticas sustentáveis, os desafios para garantir que toda a cadeia siga os padrões de gestão e desempenho responsáveis ainda representam um risco real para a indústria. E a repercussão acaba chegando até a outra ponta da cadeia, representada pelas montadoras de veículos e pelos fabricantes de eletrodomésticos, aviões e computadores.

Dessa forma, estabelecer o desenvolvimento territorial integrado, equilibrando as vertentes ambiental, social, econômica e cultural, dentro de um modelo de governança que extrapole o campo de decisão do conselho de administração da empresa, estabelecendo o engajamento dos diversos atores que compõem o território – e isso inclui toda a cadeira produtiva – é o modelo de gestão que deve ser perseguido pelas corporações nos dias de hoje.

No final das contas, em termos empresariais estamos falando da usual avaliação de riscos e, por conseqüência, de oportunidades. Naturalmente que, na época da Revolução Industrial, o fator de risco para os negócios deveria passar muito mais pela capacidade produtiva que pela gestão dos recursos naturais e dos direitos humanos e trabalhistas. Do contrário, milhares de hectares de florestas nativas da Europa não teriam sido derrubados, e mulheres e crianças não fariam jornadas de 14 horas de trabalho por dia.

Hoje, os riscos e oportunidades dos negócios estão atrelados, em grande medida, à capacidade que uma empresa tem de se perpetuar, ao menos para os acionistas que buscam rentabilidade

de longo prazo. É o caso dos fundos de pensão, que dependem de seus investimentos para pagar aposentadorias, e sabem que é melhor investir em empresas que priorizam de fato práticas sustentáveis. Porque investir em sustentabilidade significa diminuir riscos que possam parar suas operações, aumentar o valor de seus empréstimos e seguros, enfim, fatores que venham a arranhar a reputação da empresa e seu valor.

E já que sustentabilidade é uma importante componente que vem sendo mensurada pelo mercado, os critérios para esta avaliação vêm se refinando. Além dos já conhecidos índices de sustentabilidade empresarial, a veracidade do que as empresas comunicam como sustentabilidade também será medida.

Palavra da moda, na boca de dez em cada dez empresários quando vão falar sobre o diferencial de seus negócios, a sustentabilidade vem sendo usada, muitas vezes, como greenwashing, termo utilizado para designar um procedimento de marketing utilizado por uma organização com o objetivo de passar para a opinião pública uma imagem ecologicamente responsável, muitas vezes sem comprovação.

Por esta razão, desde agosto de 2011, as propagandas veiculadas no Brasil não deverão mais destacar atributos sustentáveis de produtos e serviços se as empresas não puderem comprovar sua eficiência. As regras foram estabelecidas pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), que destacou o fato de tais propagandas muitas vezes não informarem e ainda confundirem o consumidor.

Diante de tantos desafios, a indústria brasileira precisará mesmo é investir no material mais importante que ela tem: o humano, dentro e fora dela – empregados, comunidades, poder público, ONG´s, sindicatos – todos devem estar aptos para saber quais são seus papéis e responsabilidades. São muitas as regiões de nosso país que não estão sequer preparadas para receber investimentos e altos níveis de arrecadação de impostos. Caberá muitas vezes, portanto, à empresa capacitar o poder público para esta gestão, qualificar a mão-de-obra local e desenvolver os fornecedores.

Já foi o tempo em que a lista dos impactos negativos dos empreendimentos era necessariamente maior que a dos positivos. As primeiras décadas deste século serão definitivas para o destino da humanidade, por esta razão é imprescindível que um número maior de pessoas esteja motivado em fazer com que a lista dos impactos positivos seja mais farta para todos nós.

Marcia Dias - jornalista, coord. de Responsabilidade Socioambiental e responsável pela implantação do Plano de Sustentabilidade do Grupo EBX

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