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Quinta edição da Revista do Fórum Permanente de Desenvolvimento Rural Sustentável. Veja mais em www.iicaforumdrs.org.brTRANSCRIPT
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 1
F Ó R U M D R SRevista EletrônicaAno 2 | Edição5 | junho/2013
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ISSN
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7-65
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Bahía de Jiquilisco renace con ECADERT
ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 2
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 3
EDITORIAL EDITORIAL
En esta 5ª edición, la Revista del Fórum DRS tiene la oportu-
nidad de presentar materias especiales con dos personalidades
emblemáticas en el contexto de las iniciativas del desarrollo ru-
ral sostenible en el Continente Americano.
Una de ellas, Dr. Sérgio Sepulveda, especialista en desarrollo
económico y economía de los recursos naturales, cuyo perfil tra-
zado en la publicación enriquece la galería del Fórum. Se trata
de un protagonista reconocido tanto por su carácter humanísti-
co como, profesionalmente, por su enorme capacidad de utilizar
sus conocimientos académicos en beneficio de prácticas eficien-
tes en la gestión de políticas públicas. Esa capacidad marca su
contribución en las diversas iniciativas en que asume y lidera. La
otra personalidad, nuestra entrevista del mes, es la Embajadora
de México en el Brasil, socióloga de formación y con gran proxi-
midad con la sociología rural, Beatriz Paredes Rangel, ha ejercido
los cargos de vice Ministra de la Reforma Agraria del Gobierno
Mexicano y de dirigente de la Confederación Nacional Campe-
sina. La Embajadora nos habla en su entrevista de cuestiones
centrales relacionadas a la emergencia de una nueva ruralidad
en America Latina y sus implicaciones en las políticas públicas
para el mundo rural. En la entrevista, Beatriz analiza con mucha
acuidad y realismo los desafíos políticos y sociales inherentes a
la sustentabilidad del desarrollo territorial en la región, combi-
nando la experiencia en el sector público con su militancia en los
movimientos sociales.
Merecen destaque aún en esta quinta Edición, cuatro repor-
tajes: una en el contexto de ECADERT, sobre el resurgimiento
económico de la Cuenca de Bahia de Jiquilisco, en El Salvador, en
la cual se integran las actividades pesqueras con la agricultura;
la segunda, tras la experiencia del Departamento de Cerro Largo
en Uruguay, como un territorio rural en expansión económica.
La tercera, en la Región Andina, nos muestra los avances y las ex-
pectativas del bien estar rural, creadas por el Proyecto PIDERAL
en el Ecuador. La cuarta materia trata de la ejecución del Progra-
ma SEMEAR – Gestión del Conocimiento en Zonas Semiáridas
del Nordeste Brasileño, por medio de la presentación de una
amplia reportaje sobre la implementación de sus Rutas Estraté-
gicas de Aprendizaje, como instrumento que facilita el dialogo
entre los saberes técnicos y los populares.
Finalmente, llamamos atención especial para los dos artí-
culos publicados: agricultura familiar con enfoque territorial en
México y las zonas campesinas como instrumento para el desar-
rollo rural en Colombia.
In its 5th edition, the DRS Forum Magazine has the oppor-
tunity to present a special issue on the work of two emblematic
personalities in elaborating initiatives within the framework of
sustainable rural development in the Americas.
One of them, Dr. Sergio Sepulveda, is a specialist in economic
development and natural resource economics, whose profile is
depicted in the publication enriching the Gallery Forum. He is a
protagonist recognized both for his humane character and, pro-
fessionally, for his tremendous ability to use his academic know-
ledge for the benefit of instituting efficient practices in the ma-
nagement of public policies. This ability marks his contribution
in the various initiatives lead by him. The other personality, our
interviewee of the month, is the Mexican Ambassador to Brazil
and sociologist Beatriz Paredes Rangel, who is familiar with rural
sociology, having been the Deputy Minister of Agrarian Reform
in the Mexican Government and a leader of the National Pea-
sant Confederation. In her interview, the Ambassador speaks of
the central issues related to the emergence of a new rurality in
Latin America and its policy implications for rural areas. She also
analyzes with great accuracy and realism the political and social
challenges inherent in sustainable territorial development in the
region, combining her expertise in the public sector with her mi-
litancy in social movements.
Also noteworthy in this fifth edition are four articles: one
in the context of ECADERT on the economic resurgence of the
Jiquilisco Bay Basin in El Savador, where fishing activities are
integrated with agriculture; the second describes the experien-
ce of the Cerro Largo Uruguay Department, as a rural area in
economic expansion. The third, in the Andean region, shows us
the progress and expectations of rural welfare, created by the
PIDERAL Project in Ecuador. The fourth article discusses the im-
plementation of the Semear Project - Knowledge Management
in the Semi-arid Zones of Northeastern Brazil, by presenting an
in-depth report on the implementation of its Strategic Learning
Routes as a tool that facilitates dialogue between technical and
popular knowledge.
Finally, we highlight two articles: a territorial approach to fa-
mily farming in Mexico and areas for peasant women as a tool
for rural development in Colombia.
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EDITORIAL
Nesta 5ª edição, a Revista do Fórum DRS tem a oportunidade de
apresentar matérias especiais com duas personalidades emblemáti-
cas no marco das iniciativas do desenvolvimento rural sustentável no
Continente Americano. Uma delas, Drº Sérgio Sepulveda, especialista
em desenvolvimento econômico e economia dos recursos naturais,
cujo perfil traçado na publicação enriquece a galeria do Fórum. Trata-
se de um protagonista reconhecido tanto por seu caráter humanísti-
co como, profissionalmente, pela sua enorme capacidade de utilizar
seus conhecimentos acadêmicos em benefício de práticas eficientes
na gestão das políticas públicas. Essa capacidade marca sua contri-
buição nas diversas iniciativas em que assume a liderança. A outra
personalidade, nossa entrevistada do mês, é a Embaixadora do Mé-
xico no Brasil, a socióloga de formação, Beatriz Paredes Rangel, com
grande proximidade à sociologia rural, tendo exercido os cargos de
vice ministra da Reforma Agrária do Governo Mexicano e de dirigen-
te da Confederação Nacional Camponesa. A Embaixadora fala em sua
entrevista das questões centrais relacionadas à emergência de uma
nova ruralidade na América Latina e suas implicações nas políticas
públicas para o mundo rural. Na entrevista, Beatriz analisa com muita
acuidade e realismo os desafios políticos e sociais inerentes à sus-
tentabilidade do desenvolvimento territorial na região, combinando
a experiência no setor público com a sua militância nos movimentos
sociais.
Merecem ainda destaque, nesta quinta Edição, quatro reporta-
gens: uma no contexto da ECADERT, sobre o resurgimento econômico
da Bacia da Bahia de Jiquilisco, em El Salvador, nas quais se integram
as atividades pesqueiras com a agricultura; a segunda, trás a expe-
riência do Departamento de Cerro Largo no Uruguai, como um ter-
ritório rural em expansão econômica. A terceira, na Região Andina,
nos mostra os avanços e as expectativas de bem estar rural, criadas
pelo Projeto PIDERAL, no Equador. A quarta matéria trata da execu-
ção do Programa Semear - Gestão do Conhecimento em Zonas Se-
miáridas do Nordeste Brasileiro, por meio da apresentação de uma
ampla repostagem sobre a implementação de suas Rotas Estratégicas de Aprendizagem, como instrumento que facilita o diálogo entre os
saberes técnicos e os populares.
Finalmente, chamamos atenção especial para os dois artigos pu-
blicados: agricultura familiar com enfoque territorial no México e zo-
nas de camponesas como instrumento para o desenvolvimento rural
na Colômbia.
Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura - IICA
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Representante do IICA no Brasil: Manuel Rodolfo Otero
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SUM
ÁRIO
Beatriz Paredes Rangel
Mexicana, Socióloga y Embajadora de México en Brasil
Bahía de Jiquilisco renace con ECADERT
Territorio de desarrollo rural en expansión
Diálogos entre saberes técnicos e populares marcam Rota Estratégica de Aprendizagem
SIAL: El territorio y sus actores en el Centro del Desarrollo
Avances y Expectativas del Proyecto Pideral en el Ecuador
Mario Alexander Moreno Ordóñez
Zonas de Reserva Campesina Instrumento para el Desarrollo Rural en Colombia
Rafael Echeverri PericoLa agricultura familiar en un enfoque territorial
Entrevista
Desafios do DRS
Artigo
10
10
16
1624
32
9
32
38
46
15
31
Sergio Sepúlveda
Bachiller y máster en Economía Agrícola de Washington State University y doctor en Desarrollo Económico y Economía de los Recursos Naturales de Cornell University.
Perfil
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ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 66
PERFIL
Rayo X
Sergio Sepúlveda
Centrar el desarrollo en lo económico genera exclusión. Hay
que integrar las dimensiones social, ambiental e institucional para
transformar nuestras sociedades, de manera que se incluya a las personas y sus organizaciones como actores y gestores del
desarrollo.
Bachiller y máster en Economía Agrícola de Washington State University y doctor en Desarrollo Económico y Economía de los Recursos Naturales de Cornell University. En el IICA, fue director de Desarrollo Rural Sostenible y hoy es consultor internacional de desarrollo sostenible territorial.
“
”
Foto: Rafa Cartín
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 7
De niño, en las cercanías de
Curicó, mientras su padre arren-
daba un fundo pequeño en la
zona central de Chile, Sergio Se-
púlveda jugaba al fútbol y com-
partía su tiempo con los campe-
sinos del lugar. Las costumbres
de sus amigos le enseñaron la ri-
queza cultural y la solidaridad de
los pueblos rurales, pero también
le dejaron ver las necesidades de
sus habitantes, producidas por la
inequidad social y el campeo de
la pobreza.
“Esa experiencia fue sensibili-
zándome hacia el trabajo con el
mundo rural”, apunta hoy, unos
60 años después, al visitar la sede
central del Instituto Interame-
ricano de Cooperación para la
Agricultura (IICA), en Costa Rica,
donde desarrolló buena parte de
su carrera.
Chile lo vio emigrar a los 18
años, un viaje de tres semanas
que le dio rumbo a su vida. Sus
tíos vivían en Pasto, al sur de Co-
lombia, adonde viajó por tierra
después de cursar el colegio.
“Pude constatar, a la par de la
belleza inconmensurable de los
paisajes, la pobreza del norte de
Chile, de la zona costera del Perú,
de Ecuador y de Colombia. La bel-
leza del paisaje andino escondía
la tristeza de sus pueblos, sacrifi-
cados por centurias y la pobreza
endémica que los acompañaba”,
afirma.
Inquieto, se propuso encon-
trar una salida a las desigualdades
sociales. Luego de completar sus
estudios de doctorado en Cornell
University, en Estados Unidos, ini-
ció su carrera en el IICA, donde
comenzó a dar forma al destino
al que se amarró en aquel viaje.
Ese trabajo fue en Brasil, en un
proyecto de apoyo a la Secreta-
ría de Planificación del Ministerio
de Agricultura. Además de brasi-
leños, otros latinoamericanos tra-
bajaban en esa Oficina del IICA,
un grupo con el que Sepúlveda
desarrolló una profunda sintonía
conceptual.
“Existe un factor fundamental
que dirige los caminos no solo
del desarrollo rural, sino del tipo
de sociedad en la cual queremos
vivir. Viene del pragmatismo que
nace de ver una realidad que
necesita ser modificada estruc-
turalmente para que beneficie
a la mayoría. Esa era la premisa
compartida por todos”, expresa.
Ese grupo de especialistas fue
precursor de una visión distinta
del desarrollo, un modelo al que
hoy se aspira en varios países de
América Latina y que tiene a Bra-
sil como referente regional: “He-
mos trabajado toda una vida en
el tema del desarrollo rural, cuyo
enfoque fue transitando desde
su versión tradicional hacia el
desarrollo rural de territorios, tal
como se propone actualmente”,
explica Sepúlveda.
“Digamos que mi percepción
de la realidad tendía a sesgarse
hacia la dimensión económica
hasta llegar a Brasil, pero ahí lo-
gré internalizar, en toda su mag-
77
PERFIL
Sociedades inclusivas y justas: anhelo de un luchador por el desarrollo rural territorialDesde el IICA y otras trincheras, Sergio Sepúlveda ha impulsado una visión sistémica y multidimen-sional del desarrollo para América Latina y el Caribe, en la que es fundamental incluir tanto a los actores sociales como a su institucionalidad.
Por Randall Cordeiro
ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 88
PERFIL
nitud, la importancia de las otras
dimensiones del desarrollo y la
importancia de la instituciona-
lidad”, agrega mientras repasa,
con la vista, varias de sus publi-
caciones reunidas en un mueble
cercano.
Uno de esos libros es Gesti-
ón del desarrollo sostenible en
territorios rurales: métodos para
la planificación, publicado en el
2008. Sepúlveda recuerda: “Hace
cinco años me contactó una in-
vestigadora de una universidad
rumana que quería aplicar en su
región la propuesta metodológica
que plantea el libro. Es imposible
imaginar el alcance que pueden
tener tus propuestas, y aun más
cuando el trabajo es producto
de un equipo multidisciplinario
caracterizado por una visión sis-
témica del desarrollo”.
Del Sur para toda América Latina
Después de Brasil, el Centro
Agronómico Tropical de Investi-
gación y Enseñanza (CATIE), en
Costa Rica, fue su siguiente esta-
ción. “Ahí di un vuelco a recursos
naturales y manejo de cuencas,
es decir, continuó primando una
visión espacial y sistémica, que
evolucionó con facilidad hacia lo
que es el enfoque territorial”.
Esa evolución fue clave, dice,
pues empezaron a tener sentido
sus propios planteamientos, y los
del IICA, acerca de la multidimen-
sionalidad del desarrollo como
solución efectiva a los problemas
del subdesarrollo.
“Centrar el desarrollo solo en la
dimensión económica genera res-
puestas parciales y excluyentes.
Foto: Rafa Cartín
Hemos trabajado toda una vida en el tema del desarrollo rural, cuyo enfoque fue transitan-do desde su versión tradicional hacia el desar-rollo rural de territorios, tal como se propone actualmente.
"
"
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 9
PERFIL
Por eso, es necesario incorporar la
dimensión social –pues las perso-
nas son los actores del desarrollo
y sus organizaciones son una pie-
za clave para el éxito– acompaña-
da por una plataforma institucio-
nal pública y privada que tenga
como norte la participación y el
bien común”, sostiene.
Para Sepúlveda, el desarrollo
rural territorial es parte de un
engranaje mayor. “Este esfuerzo
es para contribuir en la trans-
formación de las sociedades la-
tinoamericanas; la innovación
debe trascender el mundo rural,
alcanzando todos los sectores de
la sociedad para transitar hacia
fórmulas políticas, instituciona-
les y productivas más justas e
incluyentes, que propugnen el
bien común y la inclusión de las
mayorías”, asegura.
Al IICA volvió a mediados de
los años ochenta, encargado
primero de la formulación de
proyectos de inversión y luego
del Comité de Desarrollo Soste-
nible (CODES), creado después
de la Cumbre de la Tierra de Río
de Janeiro de 1992. Era un tema
novedoso que abría un espacio
para la reflexión y para poner en
práctica la creatividad; se comen-
zaba a transitar por el camino de
la sostenibilidad y Sepúlveda se
rodeó de profesionales jóvenes.
“Fueron años muy prolíficos gra-
cias a los muchachos, quienes con
su mente joven y profesionalmen-
te bien preparada, contribuyeron
a complementar mi experiencia
en el tema”, añade.
Del 2002 al 2008, año de su
jubilación, tuvo a su cargo la Di-
rección de Desarrollo Rural Soste-
nible del IICA (hoy Programa de
Agricultura, Territorios y Bienestar
Rural –PATBR–). Pero su inquietud
perdura: “Mi labor institucionali-
zada terminó, pero continúo tra-
bajando y espero prolongar mis
actividades hasta el último día de
la vida, porque mi impulso y ener-
gía provienen del convencimien-
to de que es necesario persistir
para transformar las sociedades
y cerrar las brechas entre los que
tienen casi todo y los que tienen
prácticamente nada. De hecho,
estas continúan ampliándose, aun
en los países que se autodenomi-
nan exitosos”.
Byron Miranda es el actual
gerente del PATBR. De hecho,
estamos conversando en su ofi-
cina, pues Sergio Sepúlveda es
su asiduo visitante y uno de sus
principales consejeros. Miranda lo
describe: “Sergio es tenaz, hizo de
esto un proyecto de vida; una voz
importante que procuró incorpo-
rar una perspectiva más amplia al
enfoque tradicional y sectorial del
desarrollo, para incluir a los territo-
rios rurales. Junto a otros colegas,
mantuvo una llama encendida en una época oscura para el desar-rollo rural en toda América Latina, en la última década del siglo XX”.
Sepúlveda mantiene su humil-dad. “Posiblemente he realizado algunos aportes al tema del de-sarrollo rural con enfoque terri-torial, pero esa tarea se completó con la contribución de innumera-bles colegas y campesinos, por lo tanto, no fue solo el producto de mi esfuerzo. Además, aunque la propuesta nos parezca innovado-ra, en dos décadas probablemen-te será considerada conservadora, pues vendrán otras más avanza-das y con una visión apropiada al contexto de ese momento”.
El libro que destacó de la bi-blioteca ahora está en sus manos, y él lee la dedicatoria: “A los que labran la tierra…” comienza di-ciendo el texto. Y termina: “A todos aquellos que anhelan un futuro equitativo y justo para el crisol de las Américas. Con pasión, Sergio”.
Observe un video con foto-grafías de Sergio Sepúlveda en http://youtu.be/zJb8FJNU8kk. Fue producido por sus colegas de comunicación del IICA cuan-do estaba por dejar formalmente el Instituto.
Informações, galeria de fotos e vídeos.
Saiba mais
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ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 10
La historia de las mujeres campesi-
nas es la historia de aquellos seres
humanos que no aprendieron a ren-
dirse. Las mujeres del campo sobre-
viven, no obstante la resequedad de
la tierra, no obstante una historia de
atavismos, no obstante la insuficien-
cia de oportunidades, las mujeres
campesinas no se saben rendir.”, este
trecho del libro “Con la Cabeza Des-
cubierta” de Beatriz Paredes, entrevis-
tada de esta edición de la Revista del
Fórum DRS, transmite la razón que le
anima a comparecer entre las muje-
res de su tiempo.
Paredes fue reconocida, por parte
del IICA, con el premio que otorga
esta institución a la participación
de la mujer en el desarrollo rural.
Ha participado activamente en el
movimiento campesino en la orga-
nización más grande de México, del
mundo rural de los campesinos mi-
nifundistas, que fueron dotados por
la reforma agraria, los campesinos
mexicanos que fueron dotados por
la Reforma Agraria, se llaman ejida-
tarios, porque el proceso de dotación
agrario constituyó ejidos, que es una
forma de tenencia de tierra, propia
del proceso agrario mexicano.
Paredes fue dirigente de la Confede-
ración Nacional Campesina, la pri-
mera mujer en la historia de la CNC
que alcanzó la dirigencia nacional.
La CNC es una organización que
agrupa a más de tres millones y me-
dio de campesinos mexicanos. Cam-
pesinos y campesinas, desde luego
y también tuvo participación en las
cuestiones de la institucionalidad
agraria. Fue vice-ministra de Refor-
ma Agraria y participó, por otro lado,
en el Consejo de la Banca de Desar-
rollo Rural, fue miembro del Consejo.
Así como en numerosas reuniones y
encuentros para analizar las cuestio-
nes agrarias, tanto en la FAO, como
en otros organismos internacionales.
Y como legisladora, pues siempre
estuvo muy cerca de las comisiones
de Agricultura y Reforma Agraria y de
educación en lo relativo a la Educaci-
ón en el mundo rural.
La Embajadora del Méjico - Beatriz Paredes Rangel - habla de la Nueva Ruralidad y a respecto de Politicas Publicas para el Rural
Mexicana, Socióloga con grande acercamiento a la Sociología Rural. Fue
Vice-ministra de Reforma Agraria y Dirigente
de la Confederación Nacional Campesina.
Es actualmente Embajadora de México
en Brasil.
1010
Beatriz Paredes Rangel
ENTREV ISTA
Foto: Patricia Porto
Por André Kauric
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 11
Cual es la importancia de una
concepción actualizada del rural
que traduzca de manera consis-
tente la dinámica de sus transfor-
maciones en America Latina?
No es un tema sencillo, porque ha-blar de una nueva conceptualiza-ción de la ruralidad, se enfrenta a muchos preconceptos y a muchos prejuicios, especialmente en este espejismo de que ser desarrollado significa ser urbano. Y esta con-ceptualización deja atrás elemen-tos básicos de calidad de vida. A mí me parece que ser desarrollado significa poder vivir con los satis-factores necesarios que te permi-tan desenvolver plenamente tu condición humana en el campo o en la ciudad. Pero hay una precon-cepción generalizada, que equi-para desarrollo con modernidad urbana y equipara la vida rural, la vida bucólica, la vida en el campo, con atraso. Y estas concepciones hay que sacudirlas, porque no cor-responden ni a la verdad ni al bie-nestar. El problema es cuando hay pobreza. Y cuando hay pobreza, sea en el campo o hay pobreza en la ciudad, la gente no vive bien. Es un problema de la pobreza, no de la ruralidad o de la urbanidad.
A mí me parece que la presen-tación que hizo la coordinadora del proyecto “La nueva Ruralidad”, la maestra Tania Bacelar, fue una presentación muy impresionante, muy seria. Es un estudio con un
gran rigor académico y para mí,
esto ya garantiza que habrá la su-
ficiente profundización sobre el
tema.
¿Y en ese sentido, cuáles serían
entonces los retos para las polí-
ticas públicas de enfrentamiento
a la pobreza, pero también del
desarrollo rural?
nivele básicos de bienestar social
en cuanto acceso a la salud, a la
infraestructura básica, a la alimen-
tación en el medio rural.
Pero no sólo es un tema de po-
lítica social. A mí me parece que
esencialmente es un tema de po-
lítica económica.
11
ENTREV ISTA
Me parece que es necesario valorar adecuadamente el trabajo en el campo. Que el trabajo en el campo no reciba salarios inferiores que el trabajo urbano. Me parece que es necesario estimular políticas de arraigo en el medio rural, generando oportunidades de ingreso y de capacitación y de formación para los jóvenes en el medio rural.
Me parece que es necesario va-
lorar adecuadamente el trabajo
en el campo. Que el trabajo en el
campo no reciba salarios inferio-
res que el trabajo urbano. Me pa-
rece que es necesario estimular
políticas de arraigo en el medio
rural, generando oportunidades
de ingreso y de capacitación y de
formación para los jóvenes en el
medio rural. Creo que es funda-
mental desarrollar las cadenas
agroalimentarias de retención del
valor, por parte de los producto-
res y de agro industrialización en
las propias regiones rurales, con
una visión de desarrollo regional
y de planeación y evidentemen-
te, sin dispensarle, resolver los
Como son afrontados estos retos en Mexico? Cúales son las políti-cas de desarrollo utilizadas allí?
Yo debo decirles que lo que pasa es que la realidad del campo mexicano no es comparable, de ninguna manera, con la realidad del campo brasileño. Estamos hablando de dos mundos muy distintos. Esencialmente porque el proceso de Reforma Agraria mejicana cambia las condiciones reales del campo mejicano, en el curso del Siglo XX. Entonces eso es difícil hacer un equiparamien-to pero sin que haya posibilidades de comparar, insisto, entre Méjico y Brasil y entre Méjico y algunos otros países, el tema de generar
ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 12
valor para el trabajo campesino
y para los productos del medio
rural de apoyar con financiamien-
to suficiente, con infraestructura
suficiente y con transferencia de
tecnología y tener las cadenas de
producción hasta comercializaci-
ón, es un tema vigente también
para el campo mejicano.
territorio, un tercio de su territorio con condiciones de trópico, y se-ría extraordinariamente útil po-der compartir experiencias con el desarrollo de alta tecnología, para mejorar la productividad y también intercambiar experien-cias exitosas en materia de Me-dio Ambiente y preservación del Medio Ambiente, mejorando los
cuaria. Este Sistema de Educación
Tecnológica, logró establecer de-
cenas de Escuelas Secundarias y
Preparatorias, o sea media básica
y media superior – no sé si aquí
le llaman secundaria y bachille-
rato – incluso universidades tec-
nológicas en el campo. Entonces
hay decenas de secundarias y
de preparatorios en el campo,
para que los jóvenes de origen
campesino puedan continuar
sus estudios sin perder el arraigo.
Y me parece que algo en donde
podemos cooperar de manera
muy interesante, es que toda esta
infraestructura educativa mejica-
na y la experiencia que tenemos
para que la Educación llegue a
los lugares más remotos y abra la
oportunidad del desarrollo a los
jóvenes, pueda ser conocida por
otros países.
Durante su intervención en la
“Sessão de Palestras” de la “Co-
missão de Reforma Agrária e
Agricultura” del Senado Federal
de Brasil a respecto del proyecto
de Ruralidad, usted ha comenta-
do a respecto de la creación de
un Centro de Formación de Re-
cursos Humanos, algo como una
Escuela de Agricultura Tropical
para el sur de Mejico. Cómo se
daría eso?
Nosotros pensamos que el sur de Méjico requiere tener agró-nomos especializados en áreas
1212
ENTREV ISTA
Creo que todo lo que se haga en favor de la mujer campesina
es positivo para la alimentación, para la familia rural, para la
estabilidad del campo. Me parece que las políticas públicas en
favor de las mujeres campesinas, son estratégicas.
¿Y existen algunas iniciativas en-tre el gobierno brasileño y el me-jicano, que se pueda decir que haya similitud?
Un escenario muy importante de cooperación, es el que estamos planteando desde la Embajada de Méjico con acuerdo de nues-tro gobierno, con Embrapa, con la empresa de transferencia de tecnología y de investigación bra-sileña. Para nosotros, el desarrollo científico de las ciencias agronó-micas y de investigación, fitotéc-nica y sanitaria y de productivi-dad que ha realizado Brasil en el trópico – en el trópico húmedo especialmente – es muy impor-tante. Méjico tiene un tercio de su
trabajos civilizados, civilizatorios,
en la floristería, en la producción
de flores, en el manejo adecuado
de las zonas de manglares. Me
parece que tenemos un gran ho-
rizonte de cooperación en lo que
corresponde a áreas tropicales.
Y posiblemente el trabajo estu-
viera relacionado con la Educaci-
ón. Quería que usted comentase
cuál es el rol de la Educación en
el desarrollo rural.
En Méjico hay una experiencia,
que estoy convencida, puede ser
útil conocerla para Brasil y para
otros países de América Latina.
Es la experiencia del Sistema de
Educación Tecnológica Agrope-
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 13
tropicales. Zootecnistas espe-
cializados en ganadería tropical.
Pensamos que es fundamental
todo el desarrollo técnico, para el
desenvolvimiento de áreas tropi-
cales que existen en Brasil y otros
países de América Latina, como
Colombia, como Costa Rica, que
se pueda sintetizar y formar do-
centes, formar maestros, para
que algunas de las instituciones
educativas del sur de Méjico, o
una nueva institución, pueda
dar el gran impulso a la agricul-
tura tropical, con la formación de
muy buenos profesionistas espe-
cializados. Eso es una meta.
La otra pregunta también es con
la perspectiva del la cuestión de
genero en el campo
A mí me parece que las mujeres
campesinas siempre han sido
esenciales en el campo. Yo admi-
ro enormemente a las mujeres campesinas. Les tengo una gran admiración y un gran respeto porque son muy solidarias con la familia rural, muy solidarias con sus compañeros. Incluso muy sacrificadas. En los países que tenemos un gran número de migrantes varones, hay muchos pueblos campesinos habitados por mujeres y por niños, porque los hombres se fueron. Y ellas sostienen el hogar, la parcela, la familia. Creo que todo lo que se haga en favor de la mujer cam-pesina es positivo para la alimen-tación, para la familia rural, para la estabilidad del campo. Me pa-rece que las políticas públicas en favor de las mujeres campesinas, son estratégicas.
Bien, por fin, si le gustaría dejar un mensaje para nuestros lecto-res de toda América Latina.
ENTREV ISTA
13
Pues felicito de veras la creaci-
ón y la existencia de esta revis-
ta. Una de las cuestiones por la
que en el gran debate mundial,
quienes creemos en el campo
y en los productores y en los
campesinos, hemos sido menos
favorecidos, es porque no tene-
mos mucha presencia mediática.
El debate mediático lo perdimos.
Hay como un vacío. Entonces
en las interpretaciones sobre la
realidad del campo las hacen
personas que nunca han vivido
en el campo. Entonces este tipo
de medios, como esta revista, es
muy importante; darles voz a
los expertos, a los técnicos, a los
agrónomos, a los productores, a
los campesinos, y que conozcan
nuestro punto de vista los demás
segmentos de la sociedad, con-
sidero que es clave y por eso los
felicito por este esfuerzo.
Disseminando conhecimentos de melhores práticas em desenvolvimento rural sustentável.
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REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 151515
Zonas de Reserva Campesina Instrumento para el Desarrollo Rural
en Colombia
Mario Alexander Moreno Ordóñez es Especialista en Desarrollo Rural de la Oficina del IICA en Colombia
El Gobierno Colombiano estableció en 1994 el marco para su Reforma
Agraria, por medio de la Ley 160. Esta previó dos instrumentos para lograr las metas: un programa de redistribución basado en el mer-cado de tierras y la creación de Zonas de Reserva Campesina (ZRC) en áreas de colonización.
Las ZRC son áreas geográficas seleccionadas por la Junta Direc-tiva del entonces Instituto Colom-biano de Reforma Agraria, tenien-do en cuenta las características agroecológicas y socioeconómi-cas regionales. En los reglamen-tos para su funcionamiento se indican las extensiones máximas a adjudicarse, y los requisitos que deberán cumplir los ocupantes de los terrenos.
La Ley establece a las ZRC como el principal instrumento para regularizar las áreas de co-lonización buscando: acceso a la tierra, mejores servicios y opor-tunidades de desarrollo para los pobres; participación eficaz de las comunidades en la planeación e implementación del desarrollo;
gestión racional de los recursos naturales y la prevención de la reconcentración de la tierra.
Tres elementos las hacen no-vedosas:
1. La fijación de una extensi-ón máxima de tierra que se puede poseer: En las ZRC nadie podrá adquirir más tierra de la que se definió de manera concertada con las comunidades. Así, se busca evitar la concen-tración de la propiedad en manos de particulares o empresas que acostum-bran acumular tierras por su ubicación estratégica o por la existencia de recursos na-turales valiosos en ellas.
2. La inversión preferencial que las instituciones rurales del Estado deberán tener en las ZRC.
3. La participación efectiva de las comunidades: Las inversiones en las ZRC es-tán guiadas por un Plan de Desarrollo Sostenible que elaboran las organizacio-nes locales con la asesoría técnica de INCODER.
En la medida en que se logre con las ZRC estabilizar las econo-mías campesinas, la figura puede
ser utilizada como elemento pro-tector de ecosistemas estratégi-cos, pues podría estabilizar pobla-ciones en zonas de colonización y evitar la ampliación de la frontera agropecuaria.
Además de prevenir el deterio-ro ambiental, la figura quiebra la funcionalidad que presta la enco-nada violencia de estas zonas, al crecimiento especulativo de al-gunos sectores económicos, vio-lencia que generalmente conlleva procesos de expulsión campesi-na: hacia el interior de la frontera agrícola, aumentando los desem-pleados urbanos y las empresas que aumentan su rentabilidad al decrecer sus costos en mano de obra por la sobreoferta, o, hacia afuera de la misma, ampliándola y destruyendo los recursos natu-rales, y en este caso es el terrate-niente quien ocupa los terrenos abandonados.
La anterior cadena de procesos positivos emprendida por las ZRC iniciaría un proceso de reforma agraria desde la periferia hacia el centro, revirtiendo las causas de la salida de los campesinos hacia los territorios selváticos y protegien-do a los ecosistemas estratégicos, permitiendo su aprovechamiento en pos de una inserción adecua-da al mercado internacional de la biodiversidad.
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ART IGOARTIGO
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DESAFIOS do DRS
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 1717
Bahía de Jiquilisco renace con ECADERT
La cuenca de la bahía de Jiquilisco es una tierra de
contrastes. Por una parte es un paraíso: su tierra es fér-
til y su mar es abundante en peces. Pero también es
un sitio empobrecido: hay familias a las que les cues-
ta conseguir qué comer. Por muchos años, la bahía de
Jiquilisco pasó ajena a cualquier cambio. Pero ahora,
la Estrategia Centroamericana de Desarrollo Rural Ter-
ritorial 2010-2030 (ECADERT) le ayuda a afrontar sus
problemas. Es una nueva filosofía que plantea unir es-
fuerzos para sacar adelante las comunidades. Esta es la
crónica del recorrido por un territorio que ya respira los
aires de la ECADERT.
Vista panorámica de la bahía de
Jiquilisco, desde las fincas donde se
cosecha café de estricta altura en el
municipio de Berlín, Usulután.
Foto
: Sigf
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ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 18
El pueblo de Berlín está construido en la cima de un volcán extinto. Es un ínfimo poblado en
la cumbre que parece tener una puerta al cielo: es un arco de cua-tro columnas, pintado de blanco, al final de una calle que termina en barranco. El mirador luce como si fueran los vestigios de una anti-gua casa de la que solo queda su portal. Desde ahí se ven las pocas casas que salpican los cafetales, las montañas verdes, el espejo de una laguna y el cielo impoluto de esta mañana soleada.
Luis Bonilla está de pie fren-te a la puerta de Berlín. El joven achina los ojos para evitar los rayos del sol.
“Muchos viajan kilómetros solo para apreciar este paisaje”, dice.
Él es miembro de la unidad de turismo de Berlín, grupo que se encarga de recopilar los atractivos turísticos de este poblado funda-do por Serafín Brennen, un ale-mán cuya historia parece hundir sus raíces en las fábulas. Se dice que Brennen fue un comercian-te que sobrevivió a un naufragio frente a la costa salvadoreña y parecía destinado a establecer Berlín. Marcado por su experien-cia, Brennen se alejó lo más que pudo del mar y subió el lomo de este viejo volcán.
1818
Luis Bonilla se aleja del mira-dor y comienza a caminar por el pueblo. Las fachadas de lámina troquelada belga cuentan la his-toria de los europeos que alguna vez las habitaron. Pero hay un de-talle de Berlín: el pueblo siempre estuvo de espaldas al mar. A pesar de la cercanía a la bahía, los ber-lineses se acostumbraron a ver el océano como algo inconexo de su realidad. Un pensamiento que está cambiando a 127 años de su fundación. Luis Bonilla tiene sus esperanzas puestas en la Platafor-ma Estratégica de Desarrollo Hu-mano, una iniciativa que plantea unificar los esfuerzos de distintos actores sociales en 14 municipios de la cuenca de la bahía de Jiqui-lisco, desde los cortadores de café de la zona alta hasta los pescado-res en el océano.
“Esta visión de desarrollo di-funde la importancia de estar unidos como pueblos de la cuen-ca de la bahía de Jiquilisco”, dice Bonilla, que es parte del Grupo de Acción Territorial (GAT) de la plataforma.
Mientras camina por Berlín, Luis Bonilla habla del trabajo con las distintas organizaciones. Hace poco conoció la ECADERT, un ins-trumento del Sistema de la Inte-gración Centroamericana. Esta iniciativa regional es impulsada por el Consejo Agropecuario Cen-troamericano (CAC) en conjunto
con el Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura (IICA) y otras agencias de coope-ración y entidades oficiales de cada país. Cuenta con un fondo regional, con recursos de la coo-peración española y contraparti-das locales, para generar oportu-nidades y fortalecer capacidades de la población.
Bonilla dice que en el marco del proceso ECADERT se pueden hacer proyectos de turismo como los que él trata de impulsar. Crear paquetes donde las familias ca-minen por las playas de Jiquilisco en la mañana, y después vengan hasta la cima de este viejo volcán, que almuercen un plato de la gallina en pinol y vean el atarde-cer desde el mirador que parece ser una puerta al cielo. Solo se tra-ta de que todos los pueblos de la bahía aprendan a trabajar juntos.
El territorio focal de Jiquilisco, priorizado para la fase inicial de la ECADERT, comienza aquí: en el corazón de Berlín. Un parque cen-tral donde tres ancianos platican distendidos y se escucha el ruido de los albañiles que reconstruyen la fachada blanca de la iglesia del pueblo. Después, el territorio baja hasta el mar y cruza un rosario de pueblos como San Agustín, Tecapán, San Francisco Javier, Ozatlán, Jiquilisco y San Dionisio. Todos son parte de la cuenca de la bahía.
DESAFIOS do DRS
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Luis Bonilla se despide y entra a la alcaldía donde trabaja. Las moto taxis avanzan desbocadas por las calles de Berlín. Los pe-queños vehículos salen del pue-blo y se dirigen a los poblados vecinos.
Desde el camino asfaltado, se observan las estrechas veredas que llevan hasta los cafetales. Son prósperas fincas a 1.600 me-tros sobre el nivel del mar que ex-portan su café de estricta altura a Asia, Europa y Estados Unidos. La riqueza de estos pueblos siempre ha sido el café. Al inicio, los pro-pietarios de las fincas intercam-bian sus cosechas por las láminas troqueladas de Europa.
Por las veredas también se ve a los cortadores, familias enteras que trabajan en la temporada de corta del grano y subsisten con los salarios mínimos que se les pagan, no más de US$4 por ar-roba de café. Y en las montañas
no existen muchas más opciones laborales.
Siguiendo el camino que baja de las montañas de Berlín se llega al pueblo de Tecapán, otra plaza cafetalera. Esta mañana, Tecapán parece engalanado para una fies-ta. Una muchacha morena de ves-tido formal entra al centro educa-tivo del poblado. Es el día de las graduaciones de bachillerato. Los jóvenes trajeados están listos para recibir sus diplomas junto a sus padrinos. Uno de los acompañan-tes es Gregorio Morales, alcalde del vecino municipio de Califor-nia y antiguo administrador de una finca de 200 manzanas (140 hectáreas). Morales es un hombre moreno, taciturno y de bigote en-trecano.
El alcalde ha trabajado de cerca en la iniciativa ECADERT y conoce a todos los involucrados: organiza-ciones no gubernamentales, alcal-des de todas las banderas políticas,
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organismos como el IICA e instan-
cias del gobierno como la Sub Se-
cretaría de Desarrollo Territorial y
Descentralización.
Antes de que empiece el acto
de graduación, Morales se sienta
en una banca del centro escolar
y habla sobre el proyecto. “Nunca
había trabajado en una iniciativa
como esta en los 15 años que
llevo como alcalde, con tanto
énfasis en el desarrollo local de
las comunidades rurales”, explica.
–“¿No hay otras instancias
donde dialogue con los demás
alcaldes de la zona?”, le pregun-
tamos.
–“Sí, trabajamos juntos en la
Corporación de Municipalidades
de la República (COMURES), pero
solo nos reunirnos para planear
obras que no se dan porque no
se han unificado esfuerzos como
ECADERT”, añade.
DESAFIOS do DRS
Iglesia colonial del pueblo de Alegría. El poblado usuluteco está entre los munici-pios de la cuenca alta de la bahía de Jiqui-lisco. Su principales ingresos económicos provienen del café y el turismo.
Foto: Sigfredo Ramírez
ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 20
pleo que frena el desarrollo de las comunidades.
Pero Morales considera que el proceso ECADERT puede cam-biar esa realidad. El alcalde de California sueña que articulando esfuerzos se pueda promover la edificación de nuevos centros de educación superior y gradu-ar profesionales. Dice que solo se trata de proyectarse.
El primer fruto del trabajo conjunto ya es una realidad. El Fondo Regional ECADERT otorgó US$355.000 para el fortalecimien-to de las capacidades locales y el desarrollo socioeconómico de la cuenca de la bahía de Jiquilis-co. Y con una contrapartida de US$514.755 del gobierno salva-doreño, se desarrollaron cinco planes de ordenamiento urbano y seis planes estratégicos partici-pativos municipales; también se construyeron sistemas de riego para la producción agrícola en la temporada seca y se equipó un centro de acopio que beneficiará a decenas de agricultores.
“Ya cambió la época donde el alcalde tenía que hacer todo en el pueblo, ahora las ideas tienen que nacer de todos para que el beneficio sea de todos”, dice Mo-rales antes de ir a la graduación.
Centro de acopio entre volcanes
La cuenca de Jiquilisco es par-te de la tierra que enamoró a An-toine de Saint-Exupéry, el autor
francés que escribió El Principito.
Saint-Exupéry tenía una esposa salvadoreña, Consuelo Suncín, quien le contaba todo sobre su país, narraciones que la imagi-nación del francés convirtió en el asteroide donde el principito vivía flanqueado de volcanes.
Ahora, el volcán de Usulután se observa desde la carretera. La graduación quedó atrás pero no las palabras del alcalde Morales. Él mencionó la construcción del centro de acopio en las planicies que bordean la bahía.
El centro está en la orilla de la calzada. Es un sitio en construcci-ón donde varios obreros trabajan bajo un sol proverbial. Uno de los hombres es Lucio Rodríguez, pre-sidente de la Asociación Coordi-nadora de Comunidades Unidas de Usulután (COMUS). Rodríguez inspecciona la obra de la que ha estado pendiente en los últimos meses. Con un cuaderno de con-tabilidad en la mano, asegura que el edificio estará en pleno funcionamiento desde 2013 y tendrá capacidad para procesar 10.000 quintales de granos bási-cos en cada lote tratado. La cose-cha de 50 pequeños agricultores de los municipios aledaños a la bahía.
“El centro de acopio ayudará a que los campesinos vendan su maíz y frijoles sin tener que acudir a un intermediario en el mercado
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DESAFIOS do DRS
Gregorio Morales asegura que como parte del trabajo en el pro-ceso ECADERT se les concientiza incluso en el tema ambiental, al explicárseles que todo lo que hagan los municipios altos de la cuenca tendrá un efecto en los manglares de la parte baja, un recurso vital si se considera que la bahía de Jiquilisco posee los manglares más importantes de todo el Pacífico mesoamericano.
Tily Perdomo, especialista en gestión de riesgos y análisis de vulnerabilidad del Ministerio de Medio Ambiente y Recursos Na-turales (MARN), respalda la opini-ón de Morales y menciona que la ECADERT representa un espacio de intercambio de información técnica y local, que fortalece la vinculación entre instituciones gubernamentales, municipalida-des y otras organizaciones que procuran aumentar la calidad de vida en los territorios rurales.
El alcalde ve a unos estudian-tes que caminan apurados a la graduación. Cruzando las manos con un gesto que parece de pro-fesor, él asegura que la próxima gran interrogante que sortearán estos jóvenes será qué hacer des-pués de la graduación. Las fami-lias de muchos de ellos no tienen dinero para que completen sus estudios, así que pronostica que la mayoría terminarán cortando café, como lo hicieron sus padres y antes sus abuelos. Un subem-
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de Jiquilisco, los famosos ‘coyo-tes’”, dice Rodríguez.
El “coyote” personifica casi to-dos los abusos que enfrentan los agricultores. Él es quien vende el abono y el fertilizante con sobre-precio, el que compra la cosecha al precio que le conviene y el que se queda con la ganancia. El proyecto trata de romper ese des-potismo, pues el centro brinda la posibilidad de que los agricultores puedan vender directamente sus cosechas y evitar intermediarios. Rodríguez asegura que entre los potenciales clientes están tanto las instituciones públicas como las privadas. Además, está el proyec-to de articular una red de tiendas comunitarias en los municipios de la cuenca. Todas las ideas de co-mercialización están anotadas en el cuaderno que Rodríguez cuida celosamente bajo un brazo.
“El proyecto tiene acompaña-miento del Programa Mundial de Alimentos (PMA), el Ministerio de Agricultura y Ganadería (MAG) y los valiosos fondos de la ECA-DERT”, afirma Lucio, mientras bus-ca la sombra de un árbol. Asegura que con los fondos de la ECADERT se financiará la compra de una en-vasadora de granos.
El alcalde de San Francisco Ja-vier llega a la construcción. Enan Gualberto Mejía Claros no es el tí-pico líder municipal de esta zona. En lugar de ser un vaquero de bo-
tas y sombrero, es un joven muy delgado y bonachón. Un licencia-do en sistemas informáticos de 35 años que recién ganó su primera elección municipal. Mejía se sien-ta debajo de un gran árbol y habla de la importancia de ECADERT.
“La estrategia es útil para saber cómo apoyar a nuestros campe-sinos; ellos trabajan, trabajan y trabajan, y lo que obtienen es mísero a cambio de tanto esfuer-zo”, señala.
El centro de acopio está en una de las zonas más produc-tivas de El Salvador, pero tiene una historia llena de paradojas. El historiador Jorge Lardé y Larín constató que municipios como San Francisco Javier fueron el ho-gar de ricos agricultores dueños de haciendas de cereales en 1932. Y hasta hace unas décadas, esta tierra todavía se conocía como el granero de la República, ya que sus cosechas de maíz suplían buena parte del mercado nacio-nal. Después todo entró en deca-dencia.
“La agricultura dejó de ser prioridad y sin apoyo los agricul-tores comenzaron a tener pérdi-das; ahora ni siquiera podemos garantizar la seguridad alimenta-ria de nuestras comunidades, hay 1.200 familias que no tienen qué comer. Esa es la realidad que que-remos cambiar, uniendo esfuerzos como propone ECADERT”, dice el
joven alcalde de San Francisco Javier.
Un pueblo bajo el sol ardiente
La cosecha de maíz ha sido mala este año. En los terrenos adyacentes al centro de acopio se ve la tierra árida y las cosechas marchitas. El camino al cantón Cofradía San Juan Arriba es pol-voriento. No es más que una tro-cha irregular que no parece ir a ningún sitio. Los pocos habitan-tes que viven aquí han construi-do casas de adobe como refugios del sol. Esta tierra es tan caliente que sería ideal para una granja de garrobos (pequeño reptil centroa-mericano que habita en zonas de clima caliente).
Hace meses, una sequía de 45 días envolvió este valle y aca-bó con la mayoría de cosechas. El MAG contabilizó pérdidas por 2,1 millones de quintales. Los campesinos todavía resienten las cosechas que no lograron vender.
Hay quienes asolean las ma-zorcas de la cosecha postrera en los solares de sus casas. A esta hora de la tarde, el agricultor Juan Ganuza saca agua de un pozo a pocos metros del camino. Ganu-za es un hombre de rostro serio y piel tostada después de tantos días cultivando bajo el implacable sol. El campesino –que parece un espe-jismo entre el vapor de la tarde– es ayudado a sacar agua por su hijo adolescente y su esposa. Ganuza es
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DESAFIOS do DRS
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La estrategia es útil para saber cómo apoyar a nuestros
campesinos; ellos trabajan, trabajan y trabajan, y lo que
obtienen es mísero a cambio de tanto esfuerzo.
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El agricultor usuluteco Juan Ganuza trabaja bajo el sol de la tarde en la milpa al lado de su
casa, en el cantón Cofradía San Juan Arriba, Jiquilisco, Usulután.
DESAFIOS do DRS
Foto: Sigfredo Ramírez
uno de los agricultores que perdió todo por la sequía, aunque ya sem-bró una nueva milpa.
Mientras camina, Ganuza cuenta las vicisitudes que ha vivi-do durante los últimos meses. “La primera cosecha la perdimos por completo pero logré rescatar la segunda”, explica.
La milpa que ha sembrado Juan Ganuza se alcanza a ver a pocos metros del camino. Es me-dia manzana (aprox. 0,3 ha) de unas matas de maíz que ya están dobladas. El campesino usuluteco calcula que su producción será de unos 20 quintales y la venderá en el mercado de Jiquilisco, el sitio donde los “coyotes” esperan a agri-cultores desesperados como él.
Este año, Juan Ganuza está en una situación complicada, pero confía en que la próxima tempo-rada sea mejor. Ya escuchó sobre la edificación de un centro de acopio cerca de donde vive.
“Dicen que van a tener una secadora para el maíz húmedo, esperemos que nos den la posibi-lidad de vender nuestra cosecha, lo
bueno es que va a ser administrado
por campesinos como nosotros”,
asegura Ganuza.
Es el sueño que conlleva la ECA-
DERT. De acuerdo con Guillermo
Galván, Subsecretario de Desarrollo
Territorial y Descentralización de El
Salvador, la estrategia ya cuenta con
un segundo proyecto, que consis-
tiría en articular redes de jóvenes
y mujeres en los municipios de la
parte alta de la cuenca.
“Lo que interesa es que el terri-
torio esté organizado para generar
y asumir una propuesta local, para
apropiarse del proyecto, para darle
sostenibilidad. Para ello, es necesa-
rio construir instancias y mecanis-
mos para que la gente participe
en la toma de decisiones de cómo
mejorar su territorio. Lo que se bus-
ca al final de cuentas es una tierra
productiva y ecológica”, dijo Galván.
Juan Ganuza ama esta tierra.
Nunca se ha ido a pesar de sequías
o pérdidas. No dejó esta tierra ni
siquiera en la guerra civil (1980-
1992), cuando estos terrenos de
vocación agrícola eran escenario
de frecuentes escaramuzas y ma-
sacres. Junto a su familia soportó de
todo. Dice que ya vivió demasiados
momentos complicados, por eso le
emociona sobremanera un proyec-
to como el del centro de acopio.
Después de tantos años, por fin, es
el tiempo de sembrar.
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 23
Sigfredo Ramirez, periodista colaborador de la Revista do Fórum DRS.
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DESAFIOS do DRS
Foto: Sigfredo Ramírez
¿Cómo les fue en el ciclo agrícola de 2012?
En términos generales estuvo mal, algunos agricultores hicieron un poquito, pero la mayoría no cose-charon nada en la primera siem-bra. Esto se debió a la cruel sequía que tuvimos, la temporada lluviosa se retrasó casi un mes y ese fue el motivo que las milpas se perdie-ron. Por ejemplo, la mía que era media manzana y solo saqué los sacos ya desgranados, unos cuatro quintales.
¿Aquí hay varios agricultores que es-tarían interesados en el proyecto del centro de acopio?
Sí claro, hay entre 48 a 50 produc-tores. La mayoría podría participar porque venden granos, y necesitan para pagarles a los mozos que les ayudan. A veces venden la mitad y dejan la mitad para el consumo.
¿Cuál es el beneficio que le ven al centro de acopio?
Bueno, el beneficio que le veo yo es lo económico: voy a vender este maíz al centro de acopio y ellos tie-nen un comprador de otro lugar. Venden mi producción ya ganán-dole $2 más por quintal. Ese es el beneficio. Que los agricultores nos podamos sostener y que el nego-cio en lugar de bajar pues que au-mente. Que se mantenga un precio justo para todos los agricultores, porque hasta ahora los acapara-dores son los que se mantienen a la necesidad que tenga el agricultor.
¿Consideran su situación tan crítica?
Sí, es compleja. La agricultura no es rentable para nosotros. Hasta quisiéramos que el centro de aco-pio fuera más amplio y también vendiera productos químicos para el trabajo agrícola. Porque nues-tro problema comienza desde la compra de los insumos. El abono lo estamos compramos a un precio entre $40 y $50. Y el sulfato a $22. Es una situación que cada vez es más complicado y asfixia nuestra economía familiar.
Entrevista con el agricultor
José Adrián Castellón. Presidente de la Asociación de Desarrollo Comunitario
(ADESCO) del cantón Cofradía San Juan Arriba, del municipio de Jiquilisco.
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REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 2525
Territorio de desarrollo ruralen expansión
La planificación en desarrollo rural con enfoque en
el territorio fue motivo de una capacitación en el de-
partamento de Cerro Largo, Uruguay. Cerca de 40 pro-
ductores agropecuarios de la zona, durante el pasado
año y parte del corriente, discutieron la identidad de
su territorio, generaron proyectos y esbozaron un plan
estratégico de desarrollo rural. La experiencia, que fue
realizada en el marco del acuerdo entre la Dirección
General de Desarrollo Rural del Ministerio de Ganade-
ría, Agricultura y Pesca (DGDR-MGAP) y la oficina del
Instituto Interamericano de Cooperación para la Agri-
cultura (IICA) en Uruguay, está siendo sistematizada
para poder ser replicada en otras zonas del país.
Territorio de Cerro Largo, Uruguay
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Dos años atrás fueron
los técnicos uruguayos
los que se formaron en
desarrollo rural con en-
foque territorial, en ese momento
surgió la idea de extender la expe-
riencia a los productores. El direc-
tor de la DGDR, José Olascuaga,
explicó que se pensó como “un
proceso de capacitación en acci-
ón”. Esta idea, que tardó en pren-
der entre los asistentes al curso
luego se consolidó. “Al principio
no habían agarrado muy bien la
propuesta de que además de una
capacitación ellos tenían que ela-
borar, que no era solamente ir a
escuchar o a discutir a un taller
(…) y se dieron cuenta de que se
capacitaban para hacer el plan
y se pusieron a trabajar en eso y
ganó mucho la calidad” del curso,
relató Olascuaga.
El desarrollo rural con enfoque
territorial es todavía incipiente en
América Latina, explicó el especia-
lista del Programa Agricultura, Ter-
ritorios y Bienestar Rural del IICA
y uno de los docentes del curso,
Alberto Adib. “Empezó por Brasil y
fue una política de Estado, inspi-
rado en el Programa Líder de Eu-
ropa”, señaló. El país norteño lleva
diez años trabajando en la temá-
tica lo que en términos concep-
tuales y metodológicos significó
que “estábamos más avanzados”
afirmó el profesor, que agregó:
“Uruguay quiso beber de esa
pañaban”, destacó el director de
la DGDR. Por otro lado “había in-
quietud de la gente de participar
del procesos de capacitación, hay
bastante presencia de producto-
res familiares y de productores en
general”, es por eso que desde la
DGDR se entendió que “era un
terreno fértil”, aseguró Olascuaga.
Cerro Largo, con 13.648 km2
es el cuarto departamento más
extenso de Uruguay, de sus casi
85 mil habitantes el 7% -aproxi-
madamente unos 6 mil- viven
en el medio rural, según datos
del Censo del Instituto Nacional
de Estadística (INE) de 2011. El
departamento caracterizado por
grandes extensiones de territorio
y una densidad de población me-
dia con respecto al resto del país,
de 6 a 15 hab/km2 según datos
del INE de 2012, supuso una pri-
mera dificultad para la participa-
ción que fue la distancia. “En el
año 2007, había una mesa de de-
sarrollo en Melo, a los pocos me-
ses vimos que eso dificultaba la
participación de los que estaban
más alejados, nosotros tenemos
lugares que están a 200 km de la
capital departamental, era muy
difícil de que vinieran más allá
de que estuvieran organizados y
mandaran un delegado”, narró la
asesora en Promoción y Gestión
del Desarrollo Territorial de Cerro
Largo, Patricia Duarte.
DESAFIOS do DRS
agua”. Como consecuencia de la
capacitación y del trabajo de pla-
nificación con enfoque territorial
“después de Brasil, el que está
más avanzado en el proceso [en
el continente] es Uruguay”, ase-
guró Adib.
En tanto, la experiencia reali-
zada en Brasil fue adaptada tan-
to a la zona como a un público
singular: los productores. El curso
comenzó con la explicación del
contexto normativo del territorio
y las políticas sobre tierra en Uru-
guay. En este sentido “se persona-
lizó” la propuesta y se “adecuaron”
contenidos para que fueron útiles
a los asistentes, consignó el espe-
cialista en Educación y Desarrollo
Rural del IICA Uruguay, Nestor
Eulacio. La reestructuración de
contenidos, que incluso requirió
de formar un comité académico,
“se realizó con particular cuidado
para adaptarla a la realidad del
país, de los participantes y de los
objetivos, lo que fue una de las
claves del éxito”, adjudicó Eulacio.
La mesa está servida
La elección del departamen-
to como destino del curso no fue
al azar. “Nosotros elegimos Cerro
Largo porque el proceso de las
MDR había tenido un inicio muy
dinámico, el equipo de desar-
rollo rural y las organizaciones de
la sociedad civil también acom-
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 27
En 2009 se crearon las Mesas que abarcan, por un lado, las lo-calidades de Noblia y Aceguá (5ta Sección Judicial), y por otro lado, Río Branco, que son las fronteras seca y húmeda, respectivamente, que tiene el departamento con el Estado brasilero de Río Grande del Sur. “En la 5ta Sección del depar-tamento fue impresionante, había mucha necesidad, se sentía que ese espacio hacía falta e inme-diatamente esa Mesa empezó a trabajar”, describió Duarte. En tanto, en la ciudad de Río Branco, localizada a 100 km de la capital departamental, “hicimos un traba-jo de inducción con productores y organizaciones, y empezaron a funcionar naturalmente”, manifes-tó la asesora de la DGDR.
A medida que se avanzó en el proceso de integración el desa-fió también creció. “Nos queda-ba una gran zona para llegar en el departamento, es la zona de mayor dispersión, están centra-
lizadas las mayores extensiones de tierras, son 140 km desde la capital, abarca todo el eje de la Ruta 7”, detalló Duarte. En 2011, los técnicos de la DGDR logra-ron establecer la MDR de Ruta 7. “Necesitamos más tiempo, para tener más experiencia, para co-nocer mejor el funcionamiento de las mesas y con lo que uno puede encontrarse. Es muy difícil abrir muchos campos de batalla si uno no puede atenderlos”, explicó Duarte.
Las MDR, integradas por or-ganizaciones pero también por vecinos interesados en participar, seleccionaron un grupo de dele-gados que participó del curso. La propuesta académica abarcó cuestiones conceptuales como: desarrollo, territorio, ruralidad y nueva ruralidad. Además se capa-citó en formulación de proyectos y se delineó un Plan Estratégico Territorial en base a las cuatro dimensiones que explican el de-
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sarrollo: lo productivo, lo social, lo
ambiental y lo económico.
Cédula de identidad
En primera instancia la capa-
citación apuntó a “establecer las
diferencias entre el enfoque tra-
dicional de política pública y el
enfoque territorial”, señaló Abid.
En este sentido, “la diferencia está
fundamentalmente en que el en-
foque tradicional es muy secto-
rial”, aclaró. En tanto, lo que busca
el curso es que “la gente planifi-
que el territorio para generar
una demanda de lo que necesita,
independientemente del sector
que sea, y a partir de esa plani-
ficación demandar cosas ante el
Estado”, puntualizó el profesor.
La identidad del territorio en
Cerro Largo fue lo primero a defi-
nir. “La identidad está dada por la
actividad productiva y en la fron-
tera está más relacionada con el
espacio de vida de la frontera, eso
DESAFIOS do DRSFo
to: P
resid
encia
de la
Repú
blica
Jose Olascuaga Director de Desarrollo Rural del MGAP de Uruguay
[...] se dieron cuenta de que se capacitaban para hacer el plan y se pusieron a trabajar en eso y ganó mucho la calidad.
ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 28
los grupos de productores de la
zona trabajan, desde el 2006, en
la validación de la semilla con el
Instituto Nacional de Investiga-
ción Agropecuaria (INIA), lo que
“le ha dado valor agregado a su
producción, todo lo venden sin
problemas”, destacó la asesora.
La convertibilidad cambiaria,
que favorece a Uruguay, también
jugó un papel en el desarrollo de
la zona de frontera. “Por suerte,
para nuestros objetivos, en rea-
lidad la situación cambiaria nos
ha favorecido, hemos podido
trabajar en organización, grupos
y cooperativas”, admitió Duarte. La
coyuntura de la moneda podría
revertirse pero desde la DGDR se
enuncian otros logros: “nosotros
confiamos en que hay algunos
hábitos y rutinas, que están vin-
culados a cuestiones más cultu-
rales, más de reiteración, que con
el trascurrir de este tiempo ya se
han ido arraigando de manera
que si mañana tenemos una re-
versión en la cuestión cambiaria,
realmente la gente hoy tiene otra
visión del trabajo y la producción
de la que tenía siete años atrás”,
explicitó.
El saber como oportunidad y responsabilidad
El productor ganadero y di-
rectivo de la Liga de Fomento de
Fraile Muerto, Jorge Machado,
se fue definiendo, y luego del cur-so es más claro”, indicó Adib.
Si bien en Cerro Largo la gana-dería es la actividad más impor-tante, también se produce: arroz, soja, forestación y lechería. En tan-
to, los productores familiares son básicamente ganaderos, la DGDR trabaja también con grupos de horticultores y lecheros que pro-ducen para el circuito local. “No-sotros trabajamos, justamente, en fortalecer a aquellos que son más vulnerables a los cambios, a los más chicos”, definió Duarte.
La frontera con Brasil tiene ca-racterísticas propias en lo social y económico. “En la zona fronteriza de Aceguá-Aceguá hay horticul-tura. Fundamentalmente [la pro-ducción] se vende casi que en la localidad y venden en el marco legal porque vienen a comprar-les a sus chacras, hay gente que viene de Brasil, a comprar por ejemplo: boniatos, zapallo y maní”, describió Duarte. Por otra parte,
2828
DESAFIOS do DRS
A medida que vas estudiando el territorio te vas dando
cuenta de un montón de cosas, que a veces ni te las ima-
ginas: la población que hay en campaña, las escuelas rura-
les, represas, cuántos predios hay, cuántos productores y
cuántos son familiares.
Trabajo con INIA valoración de semilla
Foto: Arquivo/DGDR
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 29
Malvina Galván, periodista colaboradora de la Revista do Fórum DRS.
29
DESAFIOS do DRS
explicó que fue una demanda de
la MDR contar con capacitación,
en un principio, para elaborar
proyectos y acceder a financia-
ción para cubrir las necesidades
de la zona, aunque la formación
fue más amplia en contenidos.
“A medida que vas estudiando
el territorio te vas dando cuen-
ta de un montón de cosas, que
a veces ni te las imaginas: la po-
blación que hay en campaña, las
escuelas rurales, represas, cuántos
predios hay, cuántos productores
y cuántos son familiares”, visuali-
zó. El saber “cuántos productores
tienen ovejas o vacas y en qué
proporción, te ayuda, cuando sale
un proyecto a la cría vacuna o un
proyecto ovino, a que sea mucho
más acertado para gestionar”,
ejemplificó.
La Liga de Fomento de Fraile
Muerto, de la que el productor fue
presidente varios años, presentó
un proyecto de Fortalecimiento
Institucional, que siguió las pau-
tas del curso. “Son proyectos con-
cursables, donde cada institución
presenta un proyecto y todo el
curso que hicimos con el IICA y
con Adib nos sirvió muy bien para
formular el proyecto, esperemos
que tengamos suerte”, anheló.
Machado, nacido en la locali-
dad de Quebracho (a 80 km de la
capital departamental), describió
algunas dificultades en la partici-
pación que se están superando.
“Cerro Largo, es un departamento
netamente ganadero, el ganadero
de por sí ya era bastante individu-
alista, costó un poco, el ganadero
siempre trabajó solo, no es como
un tambero que ya viene con otra
experiencia de compartir muchas
cosas”, señaló.
La Liga de Fomento de Fraile
muerto fue fundada en 1940, en
la actualidad tiene 300 socios, un
90% de éstos son agricultores fa-
miliares. “Yo creo que las socieda-
des civiles bien encaradas y bien
dirigidas son una herramienta
fundamental para canalizar la
demanda de los productores por-
que las cosas aisladas no tienen
la fuerza suficiente, no son escu-
chadas y a través de estas insti-
tuciones civiles se pueden lograr
muchas más cosas”, aseguró.
Del noreste al este
La DGDR, evaluó como po-
sitiva la experiencia y planifica
extenderla a otras zonas de Uru-
guay. “Nosotros planteamos esto
porque lo que se ve en las MDR
es que las demandas de la pobla-
ción siempre están orientadas a
la resolución del problema más
urgente, o sea, siempre están tra-
bajando en el corto plazo, pero no
había una visión global del territo-
rio, ni una idea de largo plazo (…)
entonces el planteo fue hagamos
este proceso para poder levantar la vista, mirar un poco más lejos, y abarcar todo el territorio, no sola-mente la comarca o el problemita que tengo”, manifestó Olascuaga.
En consecuencia, la formaci-ón sirvió para fortalecer el vínculo entre instituciones y personas lo cual “es un producto adicional al proceso de capacitación”, valoró el director de la DGDR. La evalua-ción positiva de la experiencia, es antecedente para que se traslade a los departamentos del este del país: Treinta y Tres, Rocha, Lavalle-ja y Maldonado.
La réplica del curso tendrá sus particularidades “la diferencia es que queremos que sea la gente que fue capacitada que lo haga, la gente que se formó ahí, que se capacitó, sería la responsable para hacerlo, para que el Estado tenga autonomía para hacerlo, esa es la idea, formar capacidades para que siga, lo que hicimos es formar formadores”, evaluó Abid.
Foto
: Arq
uivo/
DGDR
Participantes del curso “Formulación y Negociación de Proyectos para Plan de Desarrollo Territorial”. Noviembre. Melo, Cerro Largo, Uruguay.
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REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 3131
La agricultura familiar en un enfoque territorial
México ha realizado una profunda transforma-ción institucional en
las estrategias de desarrollo agrícola y rural, iniciando con el marco de la Ley de Desarrollo Rural Sustentable en 2001, con un nítido sentido terri-torial, y llegando a la transformación de la tradicional Secretaría de Re-forma Agraria en una Secretaría de Desarrollo Agrario, Territorial y Urba-no. En la última década, Brasil creó una Secretaría de Desarrollo Terri-torial en el Ministerio de Desarrollo Agrario, responsable de las políticas para la agricultura familiar y puso en marcha la ambiciosa estrategia de Territorios de Identidad y Terri-torios de Ciudadanía para abordar el desarrollo rural y fortalecimiento de la agricultura familiar. Colombia ha formulado un proyecto de ley que hace curso en este momen-to, en el cual redefine el desarrollo rural bajo la estrategia explícita del enfoque territorial, al tiempo que avanza en las negociaciones de paz, con centro en el desarrollo agrario y rural en un marco territorial. Esto son apenas algunos ejemplos que
evidencian que un proceso real de reformas en las políticas públicas de desarrollo rural está haciendo curso en muchos países latinoa-mericanos.
Sin embargo, muchas preguntas subyacen a estas reformas, luego de una década. La primera de ellas se relaciona con la consistencia y coherencia teórica y conceptual de la aplicación del enfoque territorial y su relación con aspectos funda-mentales del desarrollo rural. En es-pecífico, una inquietud no resuelta aún, es la relación entre el enfoque territorial aplicado y la agricultura familiar, como una extensión de las preocupaciones consuetudi-narias entre el desarrollo rural y la pequeña producción agrícola.
No hay duda en que las concep-ciones de desarrollo integral, han calado hasta lo más profundo de las estrategias de desarrollo rural. Desde los legendarios programas de Desarrollo Rural Integral, DRI, que en la década de los 80 y 90 del siglo pasado, pusieron de ma-nifiesto la necesidad de incluir los bienes públicos, como infraestruc-tura, y el desarrollo de capacidades, como complementos obligados a una estrategia más tradicional exclusivamente centrada en la dotación de factores productivos a los campesinos. Los enfoques territoriales han dado un paso adi-
cional al aportar una visión más sistémica y holística del desarrollo, incorporando conceptos como la multidimensionalidad, que pone de manifiesta la importancia de considerar lo ambiental, económi-co, social, político y cultural, como esferas a ser abordadas en forma simultánea e integral. Igualmente, han puesto de manifiesta la impor-tancia de conceptos como la mul-tifuncionalidad, entendida como las externalidades sociales de las actividades económicas privadas, y la multisectorialidad económica, como reconocimiento de la profun-da diversificación del empleo y los ingresos de las familias rurales.
No obstante, persisten las con-tradicciones entre estas estrategias integrales y las visiones más secto-rialistas de una política de desarrollo rural aferrada a la preocupación obsesiva en el productor individu-al. Las estrategias de los países se alternan pendularmente en inten-tos por asumir visiones integrales y el retorno a las estrategias secto-riales centradas en mecanismos de transferencias privadas por medio de subsidios a la tierra, insumos, crédito, asistencia técnica o ingreso.
ART IGOARTIGO
Rafael Echeverri Perico
Secretario Técnico del Programa Iberoamericano de Cooperación en Gestión Territorial, PROTERRITORIOS
Leia este artigo na íntegra no site do Fórum DRS: www.iicaforumdrs.org.br
ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 323232
DESAFIOS do DRS
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 3333
Diálogos entre saberes técnicos e populares marcam Rota Estratégica de Aprendizagem
Em sua segunda edição, evento reuniu organizações
com atuação em sete estados do nordeste do Brasil
para debater Agroecologia e Acesso a Mercados. Co-
nheça nesta reportagem um pouco mais sobre a meto-
dologia, a Rota de Aprendizagem e sobre a experiência
inovadora do Programa Semear.
Foto
: Man
uela
Cava
das
ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 34
Organizações de sete estados nordestinos participaram da se-gunda edição da Rota
Estratégica de Aprendizagem do Programa Semear – Gestão do Conhecimento em Zonas Semiá-ridas do Nordeste Brasileiro, que aconteceu entre os dias 8 e 15 de junho, no estado da Bahia. Com o tema Promoção da Agroecologia e Construção Social dos Mercados, as atividades reuniram cerca de 40 representantes de diversas orga-nizações, entre grupos produtivos, instituições públicas, não governa-mentais, de pesquisa,extensão e assistência técnica, compartilhan-do experiências e saberes voltados para o desenvolvimento sustentá-vel da região.
Como parte das atividades de gestão do conhecimento do Programa Semear, aRota Estra-tégica teve o objetivo de discu-tir e aprofundar a compreensão da Agroecologia, como campo de prática e de conhecimento pautado nos saberes populares, e do processo de construção so-cial de mercados, contemplando as formas de produção familiar agrícola e extrativista. Ao longo de oito dias, os participantes vi-venciaram diversos espaços de-aprendizagem, como apresenta-ção temática, feira de experiências das organizações participantes, visitas a práticas desenvolvidas por agricultores familiares, além
3434
de oficinas de análise e de cons-trução de planos conjuntos de gestão do conhecimento.
Foram visitadas experiências nos municípios baianos de Várzea da Roça (Território da Bacia do Ja-cuípe), Uauá e Remanso (Territó-rio Sertão do São Francisco), nas áreas de produção agropecuária sustentável, captação e armaze-namento de água, preservação e manejo da caatinga e acesso a mercados, discutindo também o protagonismo de mulheres e da juventude em processos socio-produtivos.
Para a coordenadora do Pro-grama Semear, Léa Vaz Cardoso, a Rota Estratégica se constituiem um momento de aprendizagem social e de construção de estraté-gias coletivas para o desenvolvi-mento rural do Semiárido nordes-tino. “As reflexões e aprendizagens geradas a partir das experiências analisadas e da troca de saberes contribuem para aproximar co-nhecimentos científicos e em-píricos e estreitar relações entre diferentes atores e organizações sociais”, explica. Sobre a segunda edição da Rota, Léa destaca o ca-ráter inovador da Agroecologia para a convivência com o Semi-árido. “Não há uma solução tec-nológica única e imediata. É um processo de aprendizagem em que agricultores e agricultoras vão incorporando, experimen-
tando e estão sempre inovando. Isso é próprio da Agroecologia”, comenta.
A metodologia da Rota de Aprendizagem foi desenvolvida pela Corporação Regional Proca-sur econsiste em viagens plane-jadas com objetivos formativos, incluindo a sistematização prévia de experiênciase a elaboração de um estudo temático especializa-do. Segundo Lorena Ardito, repre-sentante da organização chilena que presta assessoria técnica-metodológica ao Semear, o forte componente da identidade na região do Semiárido nordestino foi o que mais chamou sua aten-ção. “É fundamental percebermos que essa identidade começa com um forte componente religioso, político e participativo. Aqui, as pessoas constroem suas parcerias, seus apoios, seus mercados, sua forma de implementar as ações. Isso é singular”, explica.
Os debatespromovidos no âm-bito da segunda Rota Estratégica levantaram questões fundamen-tais para a Agroecologia como a importância das sementes; a cri-se dos alimentos e as alternativas para superá-la; o resgate e o forta-lecimento da autoestima do ser-tanejo e a discussão sobre Terra e Território, além de uma aborda-gem social do mercado, em que grupos constroem seus espaços de comercialização a partir de
DESAFIOS do DRS
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 35
associações, cooperativas, feiras e redes. Segundo o consultor do Programa Semear e especialista temático, Carlos Eduardo Leite, as discussões sobre o conhecimento agroecológico e as experiências visitadas possibilitaram perceber a Agroecologia em sua abrangên-cia, a partir da visão comunitária das iniciativas, das capacidades de criar dinâmicas organizativas, do envolvimento das famílias e das práticas de cultivo de alimentos e manejo da caatinga de forma conectada com a natureza.
Dentre as lições aprendidas, o grupo de participantes apontou a organização e a gestão coletiva dos grupos, a participação das mulheres, a permanência das fa-mílias na terra com qualidade de vida, o extrativismo sustentável, a identidade de comunidades de Fundo de Pastoe o recatingamen-to, permanecendo os desafios do acesso à terra e da regularização
das áreas de Fundo de Pasto, da participação mais ativa da juven-tude e da oferta de Assistência Técnica e Extensão Rural por parte do poder público.
De acordo com Adelmo San-tos, representante do Projeto Dom Helder Câmara/Ministério do Desenvolvimento Agrário, a dinâmica de trabalho possibili-tou conhecer na prática o que as famílias têm desenvolvido pra conviver com a região Semiárida. “As experiências demonstraram a capacidade e a resiliência das famílias através de ações como estocar água e forragem para os animais, a preocupação com as sementes e a forma como intera-gem com organizações de apoio. Perceber esses resultados e disse-minar para outros territórios do Semiárido brasileiro é o destaque disso tudo”, avalia.
Para Paola Bianchini, daEMBRA-PA Semiárido, a Rota deixou boas
35
DESAFIOS do DRS
expectativas para os participantes em relação ao Programa Semear. “Conhecemos experiências lide-radas porfamílias agricultoras, nos aproximamos deoutras organiza-ções que atuam no Semiárido e vamoscomeçar uma articulação de processos a partir das propostas elaboradas para gestão do conhe-cimento”, enfatiza. Paola destaca ainda os aprendizados vivenciados nas comunidades visitadas, como a capacidade de gestão dos agri-cultores, que conhecem bem o agrossistema de sua propriedade e planejam em longo prazo. “Outra observação que me marcou foi a possibilidade de construir social-mente os mercados. Apreende-mosdiferentes estratégias que, se complementadas, promovem novas oportunidades de mercados com enfoque na Agroecologia”, conclui.
A partir das aprendizagens e dos intercâmbios gerados na
Foto: Arquivo/Programa Semear
2ª Rota Estratégica do Programa Semear Visita ao Sítio Girau - Remanso
ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 363636
DESAFIOS do DRS
Rota Estratégica, os participan-tes elaboraram propostas de planos conjuntos de gestão do conhecimento, que serão finali-zadas junto às suas organizações e encaminhadas ao Programa
Semear.“Temos uma expectativa grande em continuar o diálogo para pactuar propostas de ação mais coletivas voltadas para o de-senvolvimento rural”, explica Léa Vaz Cardoso.
O Programa Semear é imple-mentado pelo Instituto Intera-mericano de Cooperação para a Agricultura – IICA e o Fundo Internacional para o Desenvol-vimento Agrícola – FIDA, com apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento – AECID. Para realização das Rotas Estratégicas de Aprendizagem conta com a parceria técnico-metodológica da Corporacão Regional Procasur e, na segunda edição do evento, contou também com o apoio do Serviço de Assessoria a Organi-zações Populares Rurais - SASOP, do Instituto de Permacultura da Bahia – IPB e da Cooperativa
Agropecuária Familiar de Canu-dos, Uauá e Curaçá - Coopercuc.
Da segunda Rota Estratégica de Aprendizagem participaram as organizações:Centro de De-senvolvimento Agroecológico Sabiá; Caatinga; AS-PTA – Agri-cultura Familiar e Agroecologia; Cáritas Regional Nordeste 3; Rede de Agricultores do ACRE; Associa-ção da Cooperativas de Apoio a Economia Familiar – ASCOOB; Movimento de Organização Co-munitária – MOC; Cooperativa da Agricultura Familiar de Apodi – COOAFAP; Coletivo Regional do Cariri, Seridó e Curimataú; Centro de Estudos do Trabalho e de As-sessoria ao Trabalhador – CETRA; Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – IR-PAA; Comissão Pastoral da Terra – CPT; Cooperativa de Assistência à Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte – COFASPI; Projeto Dom Helder Câmara/MDA; Obra Kolping Piauí; Instituto de Assis-tência Técnica e Extensão Rural do Piauí – Emater Piauí; Superinten-dência da Agricultura Familiar do Estado da Bahia - SUAF/SEAGRI; Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional – CAR; Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará; Sebrae Bahia; Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe - Emdagro; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu-ária - Embrapa Semiárido e Em-brapa Caprinos e Ovinos.
As reflexões e aprendizagens geradas a partir das experiências analisadas e da troca de saberes contribuem para aproximar conhecimentos científicos e empíricos e estreitar relações entre diferentes atores e organizações sociais (Léa Vaz Cardoso).
O agricultor João Cícero Justiniano de Souza, no Sítio Barra, em Remanso, foi o protagonista em visita da Rota Estratégica de Aprendizagem
do Programa Semear. O grupo conheceu na propriedade do agricultor uma série de iniciativas
estruturais para Convivência com o Semiárido.
Foto: Arquivo/Programa Semear
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 37
Luciana Rios, é jornalista colaboradora da Revista do Fórum DRS.
37
DESAFIOS do DRS
CASOS DE APRENDIZAGEM
A segunda edição da Rota Estratégica de Aprendizagem do Programa Semear contou com a participação de quatro experiên-cias desenvolvidas no Semiárido baiano, tomadas como casos de aprendizagem, contribuindo para o debate e as reflexões sobre o tema Promoção da Agroecologia e Construção Social dos Mercados.
No município de Várzea da Roça, Território da Bacia do Jacuí-pe, o grupo conheceu a experiên-cia da Associação Comunitária de Lagoa da Preta e Capoeira do Milho, que que se divide em gru-pos produtivos – Casa de Farinha e Casa de Ração, Roça Comunitária e Grupo Produtivo de Mulheres – e ainda possui um Fundo Rotativo. A experiência tem como destaque a organização do grupo, a gestão participativa e o fortalecimento das mulheres, que beneficiam a mandioca e produzem sequilhos de diversos sabores, vendidos na feira da cidade e para o Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE.
Em Uauá, Território do Sertão do São Francisco, a organização e as estratégias paraacesso aos mer-cados da Cooperativa Agropecu-ária Familiar de Canudos, Cura-çá e Uauá – Coopercuc foram ospontos observados durante a visita. Na comunidade de Serra da Besta, os participantes conhece-
ram as instalações da unidade de beneficiamento de frutas nativas da caatinga, onde são produzidos doces, compotas, sucos e polpas, a plantação de maracujá do mato, a casa do mel e as tecnologias de captação e armazenamento de água - barreiras de trincheira e as cisternas calçadão e de consumo humano. A experiência se destaca pela comercialização e o acesso a mercados locais, nacionais e ins-titucionais, com acesso a grandes redes varejistas, ao Programa de Aquisição de Alimentos- PAA e ao Programa Nacional da Alimenta-ção Escolar-PNAE, além do merca-do internacional justo e solidário.
Já no município de Remanso, também Território do Sertão do São Francisco, foram visitadas duas experiências com foco na gestão de sistemas agroecológi-cos no Semiárido. A primeira na propriedade do agricultor João Cícero Justiniano de Souza, no Sítio Barra, e a segunda na pro-priedade da agricultora Maria das Graças Gomes de Almeida, no Sítio Girau. Ambos são agricul-tores experimentadores e desen-volvemuma série de iniciativas estruturais para convivência com o Semiárido, que incluem esto-cagem de ração para os animais, produção de alimentos para a família por meio do uso de prá-ticas agroecológicas, criação de pequenos animais (aves, caprinos e abelhas), além de infraestruturas
de captação e armazenamento de água. As experiências trouxeram como destaque a discussão sobre comunidades de Fundo de Pasto eum debate sobre a participação das mulheres no universo do tra-balho e seu empoderamento no contexto familiar.
O PROGRAMA SEMEAR
O Programa Semear é um programa de gestão do conhecimento em zonas Semiáridas do Nordeste Brasi leiro, que visa contribuir para a melhoria da qualidade da vida da população rural e para o desenvolvimento sustentável da região. Dentre as atividades desenvolvidas peloPrograma, estão a sistematização de conhecimentos e boas práticas e a construção de banco de saberes e atores do Semiárido, que tenham desenvolvido tecnologias e práticas inovadoras, além da promoção de seminários e oficinas temáticas, visitas de intercâmbio, estágios individuais de aprendizagem e feiras de saberes. Uma das estratégias adotadas é o fortalecimento de redes de colaboração e aprendizagem entre os diversos atores do desenvolvimento do Nordeste Semiárido, favorecendo o diálogo e ação conjunta e reduzindo a distância entre os conhecimentos científicos e os saberes locais.
ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 383838
DESAFIOS do DRS
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 3939
SIAL: El territorio y sus actores en el Centrodel Desarrollo
Foto
: Arq
uivo I
ICA
ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 40
INTRODUCCIÓN
Frente a la creciente estanda-
rización de productos impulsada
por el modelo industrial, así como
a la creciente concentración del
poder económico entre los ac-
tores globales de las cadenas
agroalimentarias, el enfoque de
Sistemas Agroalimentarios Loca-
lizados (SIAL) ofrece una perspec-
tiva atractiva e innovadora para la
activación de recursos específicos
de un territorio1, la revalorización
de la escala territorial y el mejo-
ramiento del bienestar rural. No
obstante, hasta ahora el enfoque
SIAL sólo se ha aplicado al análisis
y activación de concentraciones
geográficas específicas de agroin-
dustrias rurales.
Por lo anterior, se consideró
importante llevar el enfoque SIAL
a una etapa de gestión territorial
para dar una repuesta eficiente
en el combate a la pobreza rural
y apoyar al desarrollo rural.
Con este objetivo, el IICA,
con el apoyo del CIRAD, inició
en 2011 el proyecto “Desarrollo
Territorial Aplicando el Enfoque
SIAL”. El proyecto, llevado a cabo
1 El proceso de activación de recur-sos específicos de un territorio es defini-do como: “la capacidad para movilizar de manera colectiva recursos específicos en la perspectiva de mejorar la competitivi-dad de las AIR” (Boucher, 2004)
4040
gracias al financiamiento del Fon-
do Concursable para la Coopera-
ción Técnica del IICA, desarrolló
sus actividades en territorios de
Argentina, Costa Rica, Ecuador y
México, logrando diseñar una her-
ramienta metodológica de ges-
tión territorial con enfoque SIAL.
METODOLOGÍA
Para su realización, el Proyecto
se dividió en siete grandes fases,
cada una de las cuales incluyó di-
ferentes actividades. El Cuadro 1
resume la metodología seguida
para el desarrollo del Proyecto.
DESAFIOS do DRS
FASE ACTIVIDAD
Planificación del trabajo de campo
Formación y capacitación de equipos de trabajo
Identificación y selección de territorios y plan de trabajo
Caracterización de los territorios
Diagnósticos de los territorios seleccionados
Diagnóstico a profundidad
Talleres participativos con actores locales
Análisis FODA
Proceso de activación
Talleres de validación y evaluación de diagnósticos
Desarrollo participativo de un “plan de activación para cada territorio
Puesta en marcha Acompañamiento del proceso de activación
Diseño de la guía metodológica de gestión territorial con enfoque SIAL
Taller Técnico en San José, Costa Rica
Difusión de los resultados y de la guía metodológica
Publicación de la Guía y otros documentos
Cuadro 1 - Metodología del Proyecto SIAL del FonCT-IICA
Fuente: Elaboración propia
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 41
TERRITORIOS EN ESTUDIO
A continuación se presenta un
breve resumen de las característi-
cas principales de cada uno de los
territorios en donde se llevaron a
cabo las actividades previstas en
la metodología del proyecto:
Comarca Andina del Paralelo 42, Argentina
El territorio se localiza al sur de
la Argentina, tiene una extensión
aproximada de 3,000 km2 y una
población cercana a los 37,700
habitantes, es decir, una densidad
poblacional de 13 hab/km2.
El sector productivo primario
constituye la principal actividad
económica de la región, involu-
crando aproximadamente 550 es-
tablecimientos, los cuales suman
4,000 ha de superficie. Entre las
principales actividades del sector
agropecuario se encuentra la pro-
ducción y transformación de fru-
ta fina y la producción de lúpulo.
Adicionalmente, en el territorio se
desarrolla la elaboración de cerve-
za artesanal y artesanías, así como
una creciente industria turística.
Entre los activos y recursos es-
pecíficos con que cuenta el terri-
torio se encuentran sitios como el
Parque Nacional Lago Puelo y el
Centro de Esquí Cerro Perito Mo-
reno, así como la celebración de
diversos festivales, fiestas y ferias.
Para los participantes en los
talleres del proyecto, los prin-
cipales problemas enfrentados
por el territorio son: bajo nivel de
iniciativas organizacionales entre
productores; políticas públicas
sectoriales débiles; la venta de
tierras productivas; así como altos
costos de materia prima y mano
de obra.
Tras las actividades participati-
vas se construyó colectivamente
un plan estratégico de activaci-
ón de los recursos del territorio,
el cual se estructuró alrededor de
los siguientes ejes: contribuir a la
formulación de las políticas sec-
toriales con visión territorial; de-
sarrollar y aplicar ordenamientos
territoriales; aumentar la rentabi-
lidad de las producciones agrope-
cuarias; mantener y aumentar la
calidad de los productos y servi-
cios agroalimentarios, agroindus-
triales y sectores relacionados; e,
impulsar el desarrollo del turismo,
en particular, mediante su vincu-
lación con la actividad agroali-
mentaria del territorio.
Sur Alto, Costa Rica
El territorio se ubica en el
Pacífico sur en la frontera con
Panamá sobre una extensión de
3,318 Km2. En 2008, en Sur Alto
habitaban 100,631 habitantes, lo
que significaba una densidad po-
blacional de 30 hab/km2.
41
La agricultura es la actividad económica más importante en el territorio. Esta actividad es realizada en pequeñas y medianas explota-ciones dedicadas al cultivo de café, granos básicos, hortalizas y a la pro-ducción ganadera, entre otros, las cuales coexisten con plantaciones de piña para exportación.
Entre los recursos y activos específicos con los que cuenta el territorio están el Parque Inter-nacional “La Amistad” y una gran riqueza hídrica, cultural y étnica. Adicionalmente, desde 2008, en el territorio se ha puesto en mar-cha un Grupo de Acción Territorial (GAT) con el apoyo del Ministerio de Agricultura y Ganadería de Costa Rica (MAG) y de la Unión Europea. Actualmente, el GAT agremia a más de 120 organiza-ciones multisectoriales y financia 40 proyectos de sus socios.
Para los participantes en los talleres los principales problemas enfrentados por el territorio son: inefectiva comercialización de los productos y servicios; poco valor agregado a la producción agrope-cuaria; baja capacidad de inversi-ón; bajo posicionamiento de los productos y servicios del terri-torio; y, la existencia de sistemas de producción con alto impacto ambiental.
Tras las actividades participati-vas se construyó colectivamente
DESAFIOS do DRS
ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 424242
DESAFIOS do DRS
fértiles, bosques, biodiversidad,
recursos minerales y recursos
hídricos. Adicionalmente, en
el territorio existe gran diversi-
dad de organizaciones de ser-
vicio, en particular de turismo,
mujeres, culturales, juveniles y
deportivas, así como una sólida
organización social para la pro-
ducción.
Para los participantes en los
talleres los principales proble-
mas enfrentados por el territo-
rio son: la pérdida de la fertilidad
del suelo; que su producción no
cumple con los requisitos del
mercado, en cuanto a calidad,
cantidad y continuidad; la pér-
dida de productos que sirven
para la seguridad alimentaria; y
la falta de capital de trabajo.
Tras las actividades partici-
pativas se construyó colectiva-
mente un plan estratégico de
activación de los recursos del
territorio, el cual se estructuró
alrededor de los siguientes ejes:
desarrollo de buenas prácticas
agropecuarias; información nu-
tricional sobre productos loca-
les; e investigación de merca-
dos. Adicionalmente, el trabajo
desarrollado en el marco del
Proyecto permitió el desarrollo
de cuatro perfiles de proyectos
que fueron presentando al fon-
do para pequeños proyectos del
Fondo para el Medio Ambiente
Mundial (Global Environment
Facility, GEF)2.
Tenancingo, México
El territorio se encuentra en el centro de México sobre una ex-tensión de 164.30 km2 y tiene una población de 90,185 habitantes, lo cual significa una densidad po-blacional de 548 hab/km2.
En el territorio existen diversas actividades productivas como: elaboración de pan tradicional, artesanías, en particular, la ela-boración de rebozos3 y muebles rústicos. También se desarrolla el turismo y un importante sector de servicios.
Entre los recursos y activos es-pecíficos que existen en el territo-rio se encuentran: áreas naturales protegidas; monumentos y recin-tos religiosos; gastronomía típica;
2 Los perfiles de los proyectos apro-bados por el fondo de pequeñas dona-ciones del GEF tienen como propósito: i) fomentar la producción agropecuaria a través de una red de fincas de aprendiza-je; ii) apoyar el manejo comunitario de las microcuencas; iii) creación de una marca colectiva territorial extendida a produc-tos o servicios. iv) aprovechamiento de organismos benéficos en la producción agropecuaria.
3 El rebozo es una prenda femenina de vestir de forma rectangular y de una sola pieza. Los rebozos pueden ser he-chos de algodón, lana o seda y pueden ser usados como bufandas o a manera
de chales.
un plan estratégico de activaci-
ón de los recursos del territorio,
el cual se estructuró alrededor
de los siguientes ejes: desarrollo
de un sello de calidad territorial;
crear un espacio de comercializa-
ción físico y virtual (Agro-tienda);
llevar a cabo una feria anual de
promoción de productos del ter-
ritorio; impulsar la agregación de
valor a los productos del territorio;
y, promoción de los productos tí-
picos del territorio a través de la
creación de un programa radial
y el establecimiento de la Agro-
tienda virtual.
Valle del Río Intag, Ecuador
El Valle del Intag, ubicado
al norte del Ecuador, tiene una
población aproximada de 17 mil
habitantes, sobre una extensión
aproximada de 1,680 Km2, lo
cual significa una densidad po-
blacional de 10 hab/km2.
La principal actividad eco-
nómica es el cultivo de caña de
azúcar, yuca, maíz, fréjol, frutas,
café, hortalizas, pastizales, ca-
buya, entre otros, y la ganadería.
En el territorio también se ela-
boran artesanías, y de desarrollar
el turismo y el aprovechamiento
maderero.
Entre los recursos específicos
de este territorio se destacan:
paisajes y belleza natural, tierras
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 43
DESAFIOS do DRSMódulo 1 - Painel 2
saber-hacer tradicional; reputaci-ón de sus artesanías y productos tradicionales; así como fiestas y ferias regionales.
Para los participantes en los talleres los principales problemas enfrentados por el territorio son: deficiente difusión de programas y débil apoyo institucional; limita-da organización entre artesanos; y, la falta de un centro municipal de comercialización de artesanías.
Tras las actividades participati-vas se construyó colectivamente un plan estratégico de activaci-ón de los recursos del territorio, el cual se estructuró alrededor de los siguientes ejes: crear y consoli-dar la organización y el comité de artesanos de Tenancingo y la cre-ación de un centro de promoción y comercialización de artesanías.
RESULTADOS
Las actividades desarrolladas durante el Proyecto permitieron avanzar en la construcción de una metodología de activación de un territorio desde un enfo-que participativo e incluyente. Los resultados obtenidos pueden ser divididos de acuerdo a la escala de acción; así, a nivel de los ter-ritorios, este enfoque se vio plas-mado en el diagnóstico de cada territorio. En este documento se recogen las visiones de los diver-sos actores sociales, económicos,
políticos e institucionales que conviven al interior de un territo-rio. El Cuadro 2 muestra de forma sintética, las principales ventajas y problemáticas identificadas por los actores locales de los territo-rios estudiados.
FORTALEZAS
• Características edáficas y climatológicas que permiten productos de alta calidad
• Actores empoderándose de su desarrollo
• Reconocimiento fuera del territorio
• Paisaje y otros recursos potenciales para el
desarrollo del turismo
• Flexibilidad de las AIR
• Actores organizados
• Certificación de productos (e. g. café)
• Productos con anclaje territorial
• Saber – hacer tradicionales
OPORTUNIDADES
• Nuevos consumidores globalizados• Nuevos nichos de mercado específicos
• (e. g. orgánico, comercio justo)
• Consumidores social y ambientalmente
• responsables identificados con el desarrollo
• Diversificación de actividades (e. g. turismo)
• Mercado local de artesanías
• IG / DO / Marca colectiva
DEBILIDADES
• Lejanía de grandes mercados
• Baja productividad
• Deficiente organización
• Bajo nivel de capacidades en gestión
• empresarial
• Calidad y presentación de los productos
AMENAZAS
• Pérdida del saber-hacer
• Falta de continuidad en apoyos institucionales
• Degradación de suelos
• Aislamiento
• Servicios públicos deficientes
• Baja provisión de bienes públicos y privados
Cuadro 2 - Análisis FODA general de los territorios en estudio
Fuente: Elaboración propia
43
ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 444444
DESAFIOS do DRS
A partir de esta base, y lue-
go de discusiones abiertas entre
todos los participantes en los
talleres, se desarrolló un Plan de
Activación. Una de las principales
virtudes de este documento es
que fue generado a partir de las
preocupaciones de los propios
actores en el territorio, así como
de su iniciativa para solucionar
los problemas, en una jerarqui-
zación también realizada por
ellos mismos. Este carácter par-
ticipativo, de construcción de un
plan “desde la base” o “bottom-
up planning”), constituye un
elemento central para llevar a
cabo un proceso de desarrollo
territorial.
Este proceso iniciado “desde
la base” permite a los actores lo-
cales volverse agentes activos de
su propio proceso de desarrollo a
través de la construcción y desar-
rollo de sus capacidades, lo que
a su vez impulsa procesos de
innovación, tanto técnica como
social, en el territorio.
A nivel global del proyecto, el
análisis y la discusión de resulta-
dos por territorio, permitieron la
construcción de una herramienta
para la gestión territorial basada
en el enfoque SIAL. Esta meto-
dología se presenta de manera
esquemática en el Cuadro 3.
FASE ETAPA SUB-ETAPA PRODUCTOS ASOCIADOS
Ges
taci
ón
Preparación
• Definición de objetivos y alcances AT-SIAL
• Formación de equipos (de activación y segui-miento)
Ficha descriptiva del Proyecto AT-SIAL y del territorio
Diagnóstico• Acercamiento
• ProfundizaciónDocumento de diagnóstico
Act
ivac
ión
Diálogo
• Validación del diagnós-tico
• Análisis estratégico
• Plan de acción
• Memoria de taller(es)
• Árbol de problemas y líneas de acción
• Plan con actividades y res-ponsables
Implemen-tación
• Perfiles de proyecto
• Puesta en marcha
• Seguimiento
• Evaluación
• Cartera de proyectos
• Bitácora del proyecto
• Reportes de evaluación
La metodología con enfoque SIAL representa una herramienta operativa para la promoción del desarrollo territorial que permite articular, reforzar y potencializar las sinergias entre todos los ac-tores locales de un territorio en torno a una estrategia común.
CONCLUSIONES
La metodología desarrollada en este proyecto aporta elemen-tos para contribuir hacia una nue-
Cuadro 3 - Etapas del proceso de Activación Territorial (AT) con enfoque SIAL
Fuente: Boucher, F. y J.A Reyes-González. (2013) “Guía Metodológica para la Activación Territorial con enfoque Sistemas Agroalimentarios Localizados (AT-SIAL)”. IICA. México
va visión de la gestión territorial que permitirá:
• Acompañar la creación de or-ganizaciones y la articulación de productores, instituciones, comerciantes y otros actores locales.
• Impulsar la integración de las diferentes actividades eco-nómicas y grupos de actores dentro de un territorio como base de una dinámica de de-sarrollo territorial
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 4545
DESAFIOS do DRS
• Promover la cooperación ho-
rizontal y los encadenamien-
tos entre los actores locales
o de un mismo sector, para
generar condiciones más
competitivas para el ingreso
de los productos de las AIR
en los mercados globalizados.
• Generar mecanismos de co-
ordinación mixta (horizontal y
vertical) y cooperación híbri-
da (pública, privada y social)
entre los actores del territorio.
• Empoderar a los actores
como agentes de su propio
desarrollo a través de la for-
mación y desarrollo de capa-
cidades en los actores loca-
les. En particular, sobre cómo
organizarse, cómo negociar,
así como de capacidades téc-
nicas y de administración de
empresas.
• Valorización de la identidad
territorial por ejemplo, a tra-
vés de la calificación territo-
rial con una denominación de
origen o con otras formas de
identificación geográfica.
• Diagnosticar, de forma in-
cluyente y participativa, las
principales problemáticas y
oportunidades que enfrentan
los territorios, así como alter-
nativas y actividades concre-
tas para lograr la activación de
un territorio.
Sin embargo, las dificultades encontradas para la realización del proyecto también ha plante-ado la oportunidad de reflexionar en cuanto a las condiciones que impulsan, o bien obstaculizan, un proceso de desarrollo territorial. En particular, esta reflexión gira alrededor de los siguientes ele-mentos:
• Organización y Acciones co-lectivas. El proyecto logró ge-nerar y agrupar el interés de diversos actores locales en los territorios de intervención ha-cia la conformación o la con-solidación de organizaciones enfocadas al desarrollo terri-torial. Sin embargo, es necesa-rio contar con una base de or-ganización y de experiencias previas de acciones colectivas que impulsen el proceso de activación del territorio. Sin este capital social mínimo, el proceso de activación de-penderá en gran medida de la animación externa.
• Anclaje territorial / identidad. Uno de los factores que con-diciona la facilidad para llevar a cabo los procesos de activa-ción territorial es el arraigo o identificación de los actores hacia su territorio. Este senti-do de pertenencia favorece la cohesión alrededor de un proyecto común, aun cuando exista heterogeneidad entre los actores.
• Gobernanza. La identificaci-ón del territorio más allá de sus divisiones administrativas, permite a los actores locales crear representaciones pro-pias. Estas representaciones se ven plasmadas en las fe-rias y festividades regionales, pero sobre todo, en institu-ciones propias del territorio. Estas instituciones favorecen el desarrollo territorial pues funcionan como espacios de diálogo que canalizan los múltiples intereses de los di-versos actores en el territorio, al tiempo que actúan como foros para la resolución de conflictos.
Esta reflexión abrirá nuevas lí-neas de investigación, pero sobre todo, permitirán aportar elemen-tos para la definición de progra-mas y políticas públicas con visión territorial que permitan trascen-der la visión bilateral prevalecien-te en las relaciones de cooperaci-ón entre actores en el territorio, hacia una visión transversal en la que las relaciones se vuelvan mul-tilaterales y “poli-céntricas”
François Boucher y José A. Fraire Cervantes
Los autores desean expresar su agradecimiento a los técnicos y especialistas que participaron en los trabajos en los territorios seleccionados: Wienke Heinrichs, Hernando Riveros y Christi-ne Danklmaier (Argentina); Marvin Blanco y Patricia Vargas (Costa Rica); Margarita Baquero y Adriana Lucio-Paredes (Ecuador); y, Jonathan López (México).
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DESAFIOS do DRS
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 4747
Avances y Expectativas del Proyecto Pideral en el Ecuador
A pesar del crecimiento económico en varios países de América Latina y de la existencia de marcos jurídicos modernos que amparan la planificación estratégica y la participación ciudadana, las políticas públicas sectoriales destinadas a atender las demandas de los territorios rurales necesitan todavía de un mayor grado de articulación y coordina-ción para que puedan lograr impactos más profundos en la estructura social rural. Para contribuir en esta dirección, el Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura (IICA), con el apoyo de la Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo (AECID), viene desarrollando en cuatro países (Costa Rica, República Dominicana, Perú y Ecuador) el proyecto Políticas Innovadoras para el Desarrollo de los Territorios Rurales de América Latina (PIDERAL) que tiene por finalidad mejorar la efectividad de los programas de desarrollo rural territorial, articulando las políticas sectoriales y fortaleciendo las capacidades de los actores sociales, para la formulación y ejecución de políticas públicas que promuevan la dinamización territorial en nuevas bases.
Foto
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uivo/
IICA E
cuad
or
Territorio Centro Sur, en la provincia de
Manabí constituido por los cantones de
Santa Ana, 24 de Mayo y Olmedo.
ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 48
Autoridades del gobierno del Ecuador consideran el proyecto PIDERAL como una oportunidad
para articular políticas que pro-muevan el desarrollo de los terri-torios rurales, contribuyendo así para la implementación del Plan Nacional para el Buen Vivir (PNBV). En este sentido, las acciones del proyecto pasaron a ser gestiona-das por el Comité Intersectorial del Buen Vivir Rural, constituido por la Secretaria Nacional de Pla-nificación y Desarrollo (SENPLA-DES), el Ministerio Coordinador de Desarrollo Social (MCDS), el Ministerio Coordinador de Pro-ducción, Empleo y Competitivi-dad (MCPEC) y el Viceministerio de Desarrollo Rural del Ministerio de Agricultura, Ganadería, Acu-acultura y Pesca (MAGAP) – res-ponsable por la secretaría técni-ca del Comité. Así, las iniciativas generadas por PIDERAL en los diferentes niveles (nacional, pro-vincial y territorial) deben aportar lecciones a la construcción de la estrategia territorial de desarrollo rural del país.
Para desarrollar este proyecto-piloto en Ecuador fueron seleccio-nados dos territorios: el territorio de Colta-Guamote, en la provincia de Chimborazo, ubicado en sierra central, y el territorio Centro Sur, en la provincia de Manabí, cons-tituido por los cantones de Santa Ana, 24 de Mayo y Olmedo. Los
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actores de este territorio mana-bita nos dan su evaluación y sus expectativas sobre los avances del proyecto.
Una mirada desde la planificación
Según Katiuska Miranda, Sub-secretaria Zonal de la SENPLADES, resulta vital fortalecer la articula-ción multisectorial de las polí-ticas públicas en los territorios, ya que el diseño de políticas y la adopción de estrategias desde la realidad rural permitirán asu-mir los planteamientos del PNBV 2013-2017, donde confluyen ins-tituciones gubernamentales, en sus distintos niveles de gobierno, y actores locales. Para Miranda, la selección de la microrregión Centro Sur, obedece a que estos tres municipios tienen un gran componente rural, un privilegia-do potencial de desarrollo e in-cluso una forma de organización mancomunal. Cree que el trabajo realizado desde la conformación de los comités de gestión, a nivel parroquial, hasta la conformaci-ón de los consejos cantonales y provincial de planificación garan-tizará la ejecución continua de las políticas públicas. Por otro lado, Miranda sostiene que a través de este proyecto se puede consoli-dar las propuestas sectoriales y priorizar la inversión social.
Desde la visión del MCDS, en Manabí, la coordinadora zonal Katherine Viteri indica que la ini-
ciativa de PIDERAL obliga a los gobiernos autónomos y a otras instituciones estatales a rediseñar las políticas sectoriales, con la in-clusión de las demandas plante-adas desde los territorios. Afirma que muchos servicios sociales no llegan al campo porque las inversiones están dirigidas bajo el criterio urbano. Cree que los mecanismos de diálogo que fue-ron creados, como las jornadas de planificación y coordinación inte-rinstitucional y multisectorial, se han enriquecido con la participa-ción directa de la ciudadanía.
Señala que por primera vez en la provincia se ha conformado un equipo provincial -conformado por SENPLADES, MCDS, MCPEC, MAGAP y Gobierno Autónomo Descentralizado Provincial de Manabí– que pretende buscar mediante el dialogo y acuerdos la generación de espacios de coordinación y articulación de las políticas entre los distintos niveles de gobierno. Este espacio de integración interinstitucional es considerado importante para aterrizar en el territorio las políti-cas definidas en el PNBV, en espe-cial las acciones para promover el cambio de la matriz productiva, para operativizar los demás ejes propuestos en este Plan y para fa-cilitar el acceso a los servicios pú-blicos sociales que buscan elevar la calidad de vida de los sectores más vulnerables. Los resultados
DESAFIOS do DRS
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 49
de esta iniciativa articuladora servirán no solamente como una oportunidad para unir fuerzas y consolidar procesos territoriales que benefician a la población ru-ral, sino generarán una enseñanza y lecciones aprendidas para todos los niveles de gobierno. Si se lle-ga a consolidar este modelo de gestión institucional que se vie-ne implementando en Manabí, la provincia será un ejemplo para el país y para América Latina.
La visión provincial
En el marco de las estrategias de desarrollo nacional, el rol de la provincia es fundamental en la implementación de las políticas sectoriales en los territorios. Des-de esta visión, Ignacio Mendoza, director de Fomento Productivo del GAD de Manabí, afirma que PIDERAL aparece justamente cuando las nuevas propuestas de gobierno requieren de proce-sos articulados para garantizar su
efectividad en el territorio. Mani-fiesta que el PNBV se tornaría en un tema lírico si no se dan los consensos y si no se cumplen los compromisos por parte de todos los sectores involucrados. Al ha-blar sobre los problemas de coor-dinación entre el gobierno central y el provincial, dice que existen programas que se desarrollan uni-lateralmente, donde se generan conflictos que impiden obtener los resultados programados.
El funcionario provincial espe-ra que con el proyecto se direc-cionen mejor las inversiones, y le apuesta al éxito de la propuesta porque se sustenta en la inclusi-ón de la comunidad a través de su participación. Afirma que es el momento oportuno de bajar las competencias nacionales al ámbi-to territorial y que las demandas desde el territorio lleguen a los espacios nacionales. Concluye diciendo que la metodología de
49
DESAFIOS do DRS
PIDERAL facilita que los niveles de gobierno se pongan de acuerdo en el ejercicio de sus competen-cias, apoyando la construcción del Buen Vivir.
El prefecto de la provincia de Manabí, Mariano Zambrano, seña-la que es importante el estar en constante comunicación y dia-logo con los niveles de gobierno cantonales y parroquiales y que esto ha permitido orientar la ac-ción provincial en base a la par-ticipación directa de las comuni-dades. La generación de espacios participativos permite el empo-deramiento de los actores locales en la toma de decisiones que be-neficien las demandas de los ter-ritorios. Sostiene que PIDERAL es la herramienta que servirá como mecanismo de coordinación de políticas de carácter permanente que garanticen la dinamización y sostenibilidad de los procesos territoriales.
Foto: Arquivo/IICA Ecuador
[...] es importante el estar en constante comunicación y dialogo con los niveles de gobierno cantonales y parroquiales y que esto ha permitido orientar la acción provincial en base a la participación directa de las comunidades.
Mariano Zambrano ,Prefecto de la Provincia de Manabí.
ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 50
Desde la percepción de los alcaldes
Los niveles de gobierno can-tonal y parroquial juegan un rol decisivo en los procesos de pla-nificación y control social, espe-cialmente cuando buscan una articulación con los niveles su-periores de gobierno (central y provincial). El trabajo coordinado entre los niveles de gobierno se hace fundamental para solucionar los problemas y demandas desde lo local. En este aspecto, la Micro Región Centro Sur de Manabí es un territorio donde se ha logrado consolidar procesos mancomuna-dos que han permitido generar es-pacios de intervención multinivel con participación ciudadana en el desarrollo territorial. De entre estas iniciativas mancomunadas, se pue-den destacar: la empresa pública de desechos sólidos, las medidas de protección y adaptación al cambio climático en las cuencas y micro cuencas, y la implementaci-ón del sistema de micro finanzas rurales por medio de Cajas Rurales de Aporte y Crédito.
En este escenario, PIDERAL se presenta como el espacio de fortalecimiento de la integración territorial. Desde la percepción de los alcaldes, las políticas sectoria-les deben contribuir a la consoli-dación del desarrollo territorial y del bienestar de sus poblaciones. Tanto Fernando Cedeño –alcalde de Santa Ana, cuanto Arturo Tóa-
la - alcalde de 24 de Mayo coin-ciden en la necesidad de articular un marco nacional de políticas públicas para los territorios rura-les, siempre que este responda a las demandas locales, donde se fo-calizan los problemas. Rescatan la interacción permanente, el flujo de comunicación y la capacidad para superar los conflictos por compe-tencias y alcances de cada cantón, en el marco de la mancomunidad. Ven la necesidad de incorporar en estos procesos al sector privado que es un actor relevante en las etapas del desarrollo territorial.
Señalan que en las diferentes dimensiones del desarrollo las ins-tituciones se ven truncadas debido a la falta de articulación entre los diferentes niveles de gobierno. Frente a ello, técnicos de los canto-nes, como Boanerjen Suarez, ase-guran que gran parte de los pro-blemas de la desarticulación se ha generado por el individualismo a la hora de buscar soluciones. En este sentido, esperan que PIDERAL con-tribuya para revertir esta dinámica. Fernando Cedeño menciona: “los avances de PIDERAL demuestran cambios en la forma de asumir los desafíos por parte de la institucio-nalidad y en la actitud propositiva de la comunidad”.
Para el alcalde del cantón Ol-medo, Jacinto Zamora, las políti-cas territoriales deben proponer respuestas inmediatas a la baja
productividad, al uso y ocupación del suelo, al acceso a los servicios básicos y sociales, etc. - problemas que deterioran la calidad de vida de la población rural. Zamora cree que el proyecto es una respuesta práctica a estas necesidades, más aún porque se sostiene en la par-ticipación social.
Por tanto, existen grandes ex-pectativas en referencia a los be-neficios que podrá traer los proce-sos de coordinación y articulación entre niveles y que mediante esta dinámica se logren generar be-neficios al territorio, con el fin de mejorar la calidad de vida de las poblaciones locales. Además, perciben que procesos de capa-citación en gestión territorial y su ejercicio práctico favorecerán el fortalecimiento de las capacidades de los actores involucrados.
La participación de la ciudadanía
Según las percepciones de di-versos actores territoriales, es fun-damental el poder intervenir y opi-nar en cuanto a sus necesidades locales. Mariano García y Mercedes Mendoza son representantes de la parroquia rural Bellavista del cantón 24 de Mayo. A ellos les re-sulta difícil creer que hoy pueden intervenir, en igualdad de condi-ciones, en los espacios donde se analiza y planifica el futuro de su territorio. García nos cuenta que asiste a todas las reuniones que se convocan, porque el trabajar
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REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 51
junto a las demás comunidades garantiza una mayor atención por parte del Estado. García le apuesta a la efectividad de las políticas para el sector rural, porque ya conoce como se está generando esa arti-culación. Afirma que no ha sido fá-cil plantear, en el seno de las mesas de diálogo, las necesidades y las propuestas para satisfacerlas, pero que cada vez la mayor información y el involucramiento comunitario en el proceso, refuerzan la decisión de seguir adelante.
Mercedes Mendoza manifiesta que su participación en las reunio-nes del proyecto le ha permitido llevar la realidad de su territorio a las entidades de gobierno, pero que además ha podido conocer cómo se puede trabajar coordi-nadamente. La representante local señala que la implementación del proyecto PIDERAL le permitirá a la micro región dinamizar su econo-mía y mejorar las condiciones de vida de las comunidades.
Retos
Se debe tomar en cuenta que autoridades seccionales, técnicos institucionales y líderes comuni-tarios ven la necesidad de buscar mecanismos que articulen la ges-tión de las políticas, que propicien acuerdos entre los niveles de go-bierno y que construyan espacios de diálogo con la comunidad. Esas instancias las encuentran en la pro-puesta PIDERAL, gracias al trabajo de socialización que se ha realizado en los territorios seleccionados de Chimborazo y Manabí.
Varios de los entrevistados coin-ciden en que la formulación de po-líticas sectoriales es una construcci-ón de doble vía: por un lado, están las necesidades específicas de los territorios y, por otro, los intereses de carácter nacional. Esto deman-da la generación de espacios de articulación de los requerimientos comunitarios con las propuestas de estas políticas sectoriales.
Estas experiencias piloto tienen la gran posibilidad de demostrar que una propuesta macro, como es el Plan Nacional del Buen Vivir, puede encontrar mecanismos ope-rativos para integrar los esfuerzos técnicos, que desde distintos espa-cios confluyen para construir y eje-cutar las políticas públicas que esta nueva visión de gestión requiere.
El reto inmediato es el articular los actores locales para establecer una agenda territorial que priorice acciones estratégicas que permitan la solución de problemas concre-tos de los territorios. Así, el proyec-to PIDERAL se presenta como una oportunidad para fortalecer pro-cesos de desarrollo territorial que beneficien a la población rural, a partir de la articulación de las po-líticas públicas sectoriales y de la integración de los actores sociales en los espacios legítimos de parti-cipación ciudadana.
Foto: Arquivo/IICA Ecuador Foto: Arquivo/IICA Ecuador
Reunión del Equipo Técnico Provincial Mercedes Mendoza - Representante de Bellavista Canton 24 de Mayo
Santiago Arguello con la cooperación de So-ledad Naranjo, para la Revista do Fórum DRS.
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ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 52 SET/OUT/NOV 2012 REVISTA FÓRUM DRS 52
Fui a mirar,
A maravillarme con el mundo de color,
a sorprenderme por el tamaño y la fuerz
a imaginar las texturas de las telas,
sedas,
algodones,
linos,
mariposas hechas lienzos para envolver
los largos músculos,
los generosos contornos,
los espacios que se habitan.
Fui a mirar,
A ver,
El asombro sacudia mi mirada tímida,
ojos timoratos apagados por las sombras eclesiásticas,
a los que la cultura moralizadora evitó aprender
a gozar la belleza de las otras,
ojos,
que como pájaros-golondrinas
escapan,
Frases DRSespecial
y se van a recorrer las negras cabelleras
convertidas en sofisticados tocados
de rizos infinitos,
ojos,
que aplicaban en el reconocimiento de la trenza
que enmarca el cráneo perfecto.
Fui a mirar,
sólo a eso.
La cadencia de los pasos al recorrer el salón,
ese modo de gacelas
de cervatillos,
ese modo de marejada que cubre riscos…
a mirar los rostros resueltos de las que
tienen más de medio siglo,
y a fuerza de enfrentarse les ha cambiado el gesto;
las canas escrupulosamente peinadas,
en un tono plateado – azuloso
para darle vetusta elegancia a la coquetería.
Empecé a imaginar los aromas,
néctar de las especias de cada continente,
Estancia en Pekín
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 53 REVISTA FÓRUM DRS SET/OUT/NOV 2012 53
Por La Conferencia Mundial
de La Mujer, 1995
(Beatriz Paredes)
aroma de axila oscura,
caoba,
cetrina,
jade,
resquicio de concha nácar,
o de perlas…
Aromas,
coco, cacao, clavo, canela,
sándalo, miel, ámbar, sal.
Olor de mujer.
De mujeres.
Fui a mirar,
Sólo a eso.
Es más que suficiente.
Requerí más de los sentidos que del talento.
El oído se conmovió por los tonos,
por los timbres,
espacios musicales de las voz y de las lenguas,
ah! La palabra en la voz de las mujeres,
ah! El lenguaje en la voz de las mujeres,
ah! El concepto en la voz de las mujeres,
siglos para que la voz se levantara,
eras, aún, para que las ideas se respeten.
Fui a mirar,
a oír,
a oler,
a sentir,
a saberme mujer,
a disfrutarme mujer,
a cantar, con la cabeza descubierta,
por todas las mujeres.
ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 54
VIII FÓRUM INTERNACIONAL DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
Tipologias dos espaços rurais brasileirose implicações nas políticas públicas
Porto Alegre - Rio Grande do Sul
Informações:
www.iicaforumdrs.org.br
REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013 55
VIII FÓRUM INTERNACIONAL DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
Tipologias dos espaços rurais brasileirose implicações nas políticas públicas
Porto Alegre - Rio Grande do Sul
Informações:
www.iicaforumdrs.org.br
ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS 56
Momento DRSRota Estratégica Sistemas integrais de Convivência com o Semiárido
Territórios do Cariri (PB) e Apodi (RN)