revista fazendo a diferença - 12ª edição

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www.juniorachievement.org.br CONHEÇA HISTÓRIAS DE EMPREENDEDORES DE TODO O BRASIL E PREPARESE PARA OS DESAFIOS DO MERCADO DE TRABALHO. NEXA NÚCLEO DE EXACHIEVERS Conheça os projetos de jovens empreendedores de todo o País. Pg. 35 A MINIEMPRESA DO FUTURO Parceria com a Dell leva inovação e tecnologia para estudantes. Pg. 48 ENTENDENDO OS DESAFIOS DO MERCADO DE TRABALHO Saiba o que as Gerações Y e Z esperam do mundo dos negócios. Pg. 31 12ª Edição – 2014/2015 DNA EMPREENDEDOR

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A revista Fazendo a Diferença é uma publicação da Junior Achievement Brasil, com cases de sucesso de todo o País. Para saber mais, acesse www.jabrasil.org.br.

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Page 1: Revista Fazendo a Diferença - 12ª Edição

Empresas Mantenedoras

Empresas Patrocinadoras de Projetos

Empresas Apoiadoras

Empresas Mantenedoras da Junior Achievement no Brasil

Empresas que enxergam longe investem na Junior Achievement.

Invista você também!

www.juniorachievement.org.br

CONHEÇA HISTÓRIAS DE EMPREENDEDORES DE TODO O BRASIL E PREPARESE PARA OS DESAFIOS DO MERCADO DE TRABALHO.

NEXA NÚCLEO DE EXACHIEVERS Conheça os projetos de jovens empreendedores de todo o País.

Pg. 35

A MINIEMPRESA DO FUTUROParceria com a Dell leva inovação e tecnologia para estudantes.

Pg. 48

ENTENDENDO OS DESAFIOS DO MERCADO DE TRABALHOSaiba o que as Gerações Y e Z esperam do mundo dos negócios.

Pg. 31

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12ª Edição – 2014/2015

DNA EMPREENDEDOR

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Resultados AcumuladosRede Junior Achievement no Brasil

AlunosTotal 3.681.912

128.954

84 a 99 2000 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 201420022001

357.308383.114

323.924337.044

396.296

297.852315.796

249.887

213.097

161.511143.857

106.64998.16692.62975.828

VoluntáriosTotal 135.659

4.621

13.855

12.46913.334

11.473

13.343

10.88611.703

10.582

8.9107.637

6.431

4.278

1.9852.4001.752

84 a 99 2000 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 201420022001

Escolas** O somatório das escolas é anual; as escolas se repetem na aplicação de alguns programas.

84 a 99 2000 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 201420022001

740

2.598

2.1082.1292.262

2.362

1.7401.701

1.4721.306

1.194

1.834

914

392506

288

Page 5: Revista Fazendo a Diferença - 12ª Edição

7 Editorial

8 Palavra dos Presidentes

10 Internacional

12 Institucional

14 Programas

17 Artigo Meire Fidelis – Grupo Abril

18 Eles fazem acontecer

26 Gerdau

28 Jovens iniciam carreira empreendedora cada vez mais cedo

31 Entendendo os desafios do mercado de trabalho

35 Nexa: Uma história de sucesso

44 Sebrae

48 Dell

50 HSBC

52 Klabin

53 GE

54 Suzano

55 Metlife

56 Ultragaz

57 Instituto Cyrela

58 Fundação John Deere

59 Pan American School

60 HP

61 KPMG

62 Instituto GBarbosa e PromonLogicalis

63 AT&T, Baxter e Conaje

64 Planalto Turismo, Ibgen, PwC e Veirano Advogados

65 CIEE-RS

66 Parcerias de sucesso

74 Um doce negócio

78 Primeiros passos para o sucesso

83 Expandindo o empreendedorismo pelo Brasil

86 Inspirando a empreender

88 Programa Miniempresa: transformando vidas

92 Donos do futuro

97 Voluntariado que faz a diferença

101 Empreendedores do futuro!

105 Fortalecendo a Rede Junior Achievement

107 Empresas que enxergam longe

Institucional Projetos nacionaisEspecial Pelo BrasilProjetos

Page 6: Revista Fazendo a Diferença - 12ª Edição

CONSELHO DE FUNDADORESAndré Loiferman Construtora Brasília Guaíba Bolivar Baldisserotto Moura Jayme Sirotsky Grupo RBS Jorge Gerdau Johannpeter Grupo Gerdau Marcelo Baptista Carvalho Ancar Ivanhoe Raul Rosenthal Ladeira de Matos M2 Participações Sergio Carvalho Ancar Ivanhoe

CONSELHO CONSULTIVO Presidente Jorge Gerdau Johannpeter Grupo Gerdau Adriana Machado GEAntônio Carlos Valente Silva Telefônica Aron Zylberman Instituto CyrelaCarlos Alberto Griner Suzano Papel e Celulose Fábio Colletti Barbosa Grupo Abril Fabio Schwartzman Klabin Luis Gonçalves DellJosé Claudio dos Santos Sebrae Nacional Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho Sebrae NacionalPedro MeloKPMG

COMITÊ DE BRANDING

COMITÊ DE VOLUNTARIADO

CONSELHO DIRETOR PresidenteMarcelo Baptista Carvalho Ancar IvanhoeVice-PresidenteJosé Paulo Soares Martins Grupo GerdauAndré Loiferman Construtora Brasília GuaíbaGabriel Porzecanski HSBCJanete Ana Ribeiro Vaz Laboratório SabinUlisses Tapajós Neto Ação Investimentos

A Revista Fazendo a Diferença é uma publicação da Junior Achievement Brasil: Rua D. Pedro II, 861 – 10º andar – Sala 1002 – Bairro Higienópolis – 90550-142Porto Alegre-Rio Grande do SulTelefone: +55 51 3025 9900 Coordenação, Edição, Produção Editorial: Vanessa Siviero – MTB RS 832844179Estagiária: Marianne de Oliveira SantiagoDiagramação: Imagine DesignRevisão: Giovana Colle Cauduro

CONSELHO JUNIOR ACHIEVEMENT BRASIL

EXPEDIENTE

CONSELHO FISCALJoão Carlos Silveiro Rodrigo Moreira de Capistrano Ronaldo Veirano

DIRETORA SUPERINTENDENTEWilma Resende Araujo Santos

AUDITORIA EXTERNA

CONSELHO DE PRESIDENTESMichael J. Morrell Deloitte – JASP Amadeo Comin JASP Péricles Druck Grupo Habitasul – JARS Cristiane Steigleder Steigleder Consultoria – JARS Sérgio Roberto Arruda SENAI-SC – JASC Ricardo Kuerten Dutra Orcali – JASC Mariana Carvalho Ancar Ivanhoe – JARJ Antoine Yousef Tawil CDL Salvador – JABA Aldo Ramon Brito de Almeida RCL Gestão Empresarial e Consultoria – JABAMaely Guilherme Botelho Coelho Maely Arte e Publicidade Ltda. – JAES Eduarda Buaiz Grupo Buaiz – JAES Wilson Buzato Périco Tecnhicolor – JAAM Ulisses Tapajós Neto Ação Investimentos – JAAM Alberto Borges Caramuru – JAGORodney Leandro Guardia Mapah – JAGO Sueli Roveda Campagnolo Rocamp – JAPRRoberto Lindermann Netz Gerdau – JAPR Jaime Domingues Nunes Domestilar Ltda. – JAAP Marco Antônio de Araújo Silva Supermercado Santa Lúcia – JAAP Paulo Sales Acumuladores Moura S.A. – JAPE Frederico Almeida Citi – JAPEFrancisco Valdeci de Sousa Cavalcante Fecomércio/Sesc/Senac-PI – JAPIJoão Claudino Fernandes Júnior Claudino S.A. – JAPI

Eugênio Pacelli Mattar Localiza – JAMG Flávio Roscoe Colortextil – JAMG Luiz Coelho de Brito L. B. Construções Ltda. – JARRLaercio Gentil Goes NEO Centro de Serviços – JARRFábio Ricardo Leite Uninorte – JAACSimone de Souza Amaral Ciga – JAAC Rogério Furtado Salute Policlínica – JADF Luciana Barbosa Salomão Memora – JADF João Alberto Schalcher Sesi/Senai – JAMA Marco Moura FIEMA – JAMA Messias Oliveira Guimarães Filho Metalúrgica Fortex – JAPBLuciano Piquet da Cruz Paraí – JAPB Alberto Cabús FIEA – JAALRodrigo Vilar Maciel Gerdau – JAAL Patriciana Maria de Q. Rodrigues Pague Menos – JACEIgor Queiroz Barroso Grupo Edson Queiroz – JACE Robson Santos Pereira FERSEG – JASE Diego Cabral Ferreira da Costa Best Western Hotel – JASENeuza Yamada Y. Yamada S.A. – JAPAIvanildo Pereira de PontesFIEPA – JAPA Cláudio George Mendonça Sebrae/MS – JAMSJulião Flaves Gauna Gráfica Pontual – JAMSRenato Del Cistia Elétrica Serpal – JAMT Fernando Martins Fonseca Reis Célere Agrisciences – JAMT Cley Muniz Refrigerante Dydyo – JAROCezar Zoghbi Imobiliária Zoghbi – JAROJoão Hélio Costa da Cunha Cavalcanti Junior Sebrae/RN – JARNAntônio Augusto Medeiros de Carvalho Vaz CDL Natal – JARNCarlos Wagno Maciel Milhomem Instituto Brasil Empreendedor – JATOEduardo Noleto Brasil Empreendedor Contabilidade – JATO

Acesse o site da Junior Achievement Brasil:www.jabrasil.org.br

Invista na Junior Achievement:www.jabrasil.org.br/jabr/doacoes

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Page 7: Revista Fazendo a Diferença - 12ª Edição

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INSTITUCIONAL

O Brasil é um país com potencial para ge-rar um grande número de empreendedores. É importante preparar os estudantes, provocar mudança de comportamento, desde cedo, pre-parando líderes, protagonistas do futuro, atua-lizados para o mundo do empreender, cada vez mais sofisticado, ágil, intenso e tecnológico. Um empreendedor é aquele que agrega, mobiliza, cria, assume riscos e persegue oportunidades; gera renda, desenvolvimento econômico e so-cial. Nossa missão é incentivar o surgimento de empreendedores responsáveis e alinhados com a ética da sustentabilidade. É nosso trabalho.

No Brasil, temos mais de duas mil escolas fazendo educação empreendedora da Junior Achievement, onde, até o final de 2015, terão passado pelos nossos programas 4 milhões de jovens. Estudantes de todo o País têm contato com metodologias especialmente elaboradas, onde empresários e executivos voluntários re-passam suas experiências. A Junior Achievement ensina aos estudantes, na vivência dos progra-mas, que gerar riquezas e criar empregos é a mola de desenvolvimento, desde que gere va-lor sem comprometer o usufruto das próximas gerações.

Ao participar dos programas, os estudantes são convidados a integrar o Nexa – Núcleo de Ex-Achievers, formado por jovens que decidi-ram continuar em contato com o empreende-dorismo. Muitos dos ex-achievers se tornaram empresários, constituíram seu próprio negócio.

Muitas histórias de sucesso vamos contar, com orgulho, ao longo da nossa revista. Ela foi feita, com muito carinho, para cada um de vocês!

Boa leitura!

INSTITUCIONAL

Editorial

Wilma Resende Araujo SantosDiretora SuperintendenteJunior Achievement Brasil

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INSTITUCIONAL

Aos Empresários de todo o Brasil,Gostaria de compartilhar minhas reflexões

sobre os processos de Governança Corporativa e como eles podem garantir a perenização de uma organização.

Antes de atuar com excelência em suas prá-ticas, uma organização precisa ter definida e implementada uma boa governança. De nada adiantam processos eficazes, sem que es-teja devidamente alinhada à visão de futuro, o “core” e a estratégia de qualquer organização. Afinal, isso é chave para que possamos, a partir da análise dos cenários do negócio e das neces-sidades e percepções dos stakeholders, formu-lar e executar um mapa estratégico para a or-ganização, com os seus respectivos indicadores de desempenho. Desenhar processos robustos, com humildade, paciência e disciplina.

Estou cada vez mais convicto de que a chave de uma boa governança, além das técnicas aplicadas, está no engajamento e no compro-misso dos gestores, equipes e voluntários. Precisamos consolidar o espírito de “donos” da Junior Achievement e o envolvimento de cada um precisa ser prazeroso, vibrante e cati-vante, profundo e pragmático na divulgação da nossa missão, mobilizando novos “donos” em nosso crescimento.

Jorge Gerdau JohannpeterPresidente Conselho ConsultivoJunior Achievement Brasil

Durante a nossa trajetória como organização, estamos implementando práticas inovadoras para a melhoria da nossa governança. Vale re-gistrar os ganhos em sinergia, foco e resultados que vem sendo obtidos pelos Encontros Regio-nais de Conselheiros, Presidentes e Programas de Desenvolvimento de Executivos. Momentos únicos para identificação de gargalos e soluções e, principalmente, para renovar o compromisso e o espírito de “donos” antes mencionado.

Se por um lado os resultados alcançados pela Junior Achievement são excelentes, sa-bemos do enorme desafio e compromisso que temos para incluir milhões de jovens no apren-dizado do empreendedorismo. O futuro do Brasil precisa de uma nova geração de empre-endedores e nós temos os instrumentos para ajudar nessa construção. Peço que todos re-flitam sobre o nosso modelo de governança e permaneçam contribuindo permanentemente com a sua evolução.

INSTITUCIONAL

Palavra dos Presidentes

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INSTITUCIONAL

Marcelo CarvalhoPresidente Conselho DiretorJunior Achievement Brasil

O meu envolvimento com a Junior Achievement iniciou em 1999, quando recebi um convite do Superintendente do Shopping Iguatemi, de Porto Alegre, para conhecer um programa es-petacular que, com o apoio do shopping, estava se desenvolvendo no sul do País.

Fiquei absolutamente encantado com a cla-reza de propósito da Junior Achievement e fui convidado pela Superintendente Nacional, Wilma Araujo Santos, a levar os programas para o Rio de Janeiro.

Com o apoio do Presidente do Conselho Con-sultivo, Jorge Gerdau, promovemos um evento para empresários, fazendo o convite para que aderissem a esta causa. Deu certo! Começamos em três escolas e abrimos a nossa empresa para receber a sede da Junior Achievement Rio de Janeiro.

Nossa visão era clara: a Junior Achievement iria prosperar e se tornar uma Organização independente, a serviço da sociedade, for-mando uma juventude com mentalidade empreendedora.

Depois de 15 anos, é isso que estamos fa-zendo, com sucesso no Rio de Janeiro, onde mais de 200 mil jovens já passaram pelos pro-gramas de empreendedorismo nas escolas. A Junior Achievement tem vida própria! Com um plano de ação, alinhado ao plano nacional, além da nossa empresa, conquistamos diversos ou-tros parceiros no Estado.

Então, a partir destes bons resultados, surgiu o convite para que assumisse a Presidência do Conselho Diretor Nacional. Ao aceitar, trouxe co-migo a visão baseada em alianças estratégicas.

Nós temos, hoje, algumas organizações bra-sileiras que estão inseridas no trabalho de edu-cação empreendedora, formando jovens para o mundo dos negócios. Neste contexto, a Junior Achievement tem a melhor metodologia dispo-nível para os estudantes. Através dos progra-mas, levamos o acesso a conhecimentos que não estão inseridos na grade curricular.

É isto que disponibilizamos, com orgulho, para a sociedade, buscando ampliar as nossas ações, que já estão presentes nos 27 Estados. Queremos impactar cada vez mais os jovens, porque temos convicção de que o empreende-dorismo é um caminho de melhoria da quali-dade de vida das pessoas, das organizações e da sociedade como um todo. O empreendedor enxerga oportunidades, consegue recursos e, de maneira inteligente, busca atender as de-mandas do mercado.

Seguiremos com nosso trabalho, de maneira planejada, estruturada e contando com em-presas e organizações que tenham o mesmo entendimento, que somente através de uma legião de jovens com mentalidade empreende-dora, trabalhando num ambiente ético de negó-cios, transformaremos o nosso País num lugar ainda melhor para se viver.

INSTITUCIONAL

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INSTITUCIONAL

ESTADOS UNIDOS

EUROPA

AMÉRICAS

ÁSIA E REGIÃO DO PACÍFICO

ORIENTE MÉDIO E NORTE DA ÁFRICA

ÁFRICA

Dados de 2012/2013.

151.820ESCOLAS PARCEIRAS

435.523VOLUNTÁRIOS ENVOLVIDOS

161.266.679HORAS DE

VOLUNTARIADO DOADAS

1.193.285

4.403.547

219.996

358.042

3.248.843

Junior Achievement no MundoINSTITUCIONAL

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INSTITUCIONAL

Refletindo sobre o trabalho da Junior Achievement no passado e olhando para o fu-turo, algo fica muito claro: a missão da Junior Achievement nunca foi tão importante. Esta-mos falando de uma das maiores necessidades da economia global: criar empregos para jo-vens. Em um mundo onde o desemprego atin-giu níveis alarmantes, a Junior Achievement está trabalhando com 10 milhões de jovens em mais de 120 países, para equipá-los com ha-bilidades que eles precisam para competir em uma economia global. Nossos três pilares, em-preendedorismo, habilidades para o mercado de trabalho e educação financeira, continuam sendo necessidades essenciais para os jovens do mundo todo.

Nosso trabalho, em seis continentes, é de-senvolvido de maneira a contribuir para que os jovens de até 25 anos possam criar empregos e ingressar no mercado de trabalho prepara-dos para fazer a diferença. Com o apoio de 400 mil voluntários espalhados pelo mundo todo,

nossos estudantes têm contato com experiên-cias práticas de aprendizado, sendo guiados e com mentoria de pessoas com experiência no mundo corporativo.

Nada disso seria possível sem o apoio de nos-sos mantenedores globais, regionais e locais. Empresas e organizações investem na Junior Achievement e dão acesso aos voluntários cor-porativos, o que permite que possamos conti-nuar com o nosso trabalho. Sem a contribuição dos nossos parceiros, não poderíamos comple-tar a nossa missão. Nós estamos utilizando os recursos que nos são providos da maneira cor-reta e somos gratos aos nossos patrocinadores.

Em nome de todos os jovens que atendemos diariamente, eu agradeço por tudo o que você faz pela Junior Achievement!

Cordialmente,

Sean C. RushPresidente & CEO Junior Achievement Worldwide

10.230.680ALUNOS BENEFICIADOS

806.967

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Fundada em 1919, nos Estados Unidos, a Junior Achievement é a maior e mais antiga organização de educação prática em negócios, economia e em-preendedorismo do mundo.

Atualmente, está presente em 120 países e, no Bra-sil, possui unidades em todos os Estados e no Distrito Federal.

Trata-se de uma associação educativa sem fi ns lu-crativos, mantida pela iniciativa privada, cujo objetivo é despertar o espírito empreendedor nos jovens, ainda na escola, estimulando o seu desenvolvimento pes-soal, proporcionando uma visão clara do mundo dos negócios e facilitando o acesso ao mercado de trabalho.

No Brasil, até o fi nal de 2015, 4 milhões de alunos serão benefi ciados, através da participação de 150 mil

voluntários. As atividades da Junior Achievement se desenvolvem através de programas educativos crite-riosamente formulados, aplicados junto aos jovens, através de parcerias com escolas e voluntários dis-postos a compartilhar suas experiências e conheci-mentos com estudantes de diferentes faixas etárias. Globalmente, 10 milhões de jovens ao ano participam dos programas da Junior Achievement, consolidando a formação de uma cultura empreendedora ao redor do mundo, dentro de uma perspectiva ética e responsável.

Portanto, é através de programas educativos aplica-dos por voluntários corporativos em escolas públicas e privadas e de ações mantidas por pequenas, médias e grandes empresas, que os jovens estudantes brasileiros poderão se benefi ciar.

INSTITUCIONAL

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FilosofiaA vida é um caminho, não um des-tino, e você é o arquiteto do seu caminho.

VisãoConsolidar a cultura empreende-dora, formando uma geração de lideranças nas áreas empresarial, educacional, social e política.

A JUNIOR ACHIEVEMENT

MissãoDespertar o espírito empreende-dor nos jovens, ainda na escola, e proporcionar uma visão clara do mundo dos negócios.

ValoresHonestidadeÉticaPerseverançaRespeitoSustentabilidadeCoragemSensibilidade

Que os jovens compreendamO valor da perseverança.A importância de objetivos claros.A necessidade de assumir riscos.O compromisso com a sustentabilidade.Que a riqueza se cria.Que a honestidade rende dividendos.Que nós fazemos acontecer.

O sucesso da Junior Achievement é resultado da sinergia e da dedicação de todas as partes

envolvidas: empresas, escolas e alunos, tendo como principal vínculo entre eles os voluntários.

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INSTITUCIONAL

Programas da Junior Achievement no BrasilEnsino Fundamental

Ano: 3º ano / Capacitação: 3h / Aplicação: 5h/aula

Ano: 5º ano / Capacitação: 3h30min / Aplicação: 20h/aula

Ano: 6º ano / Capacitação: 3h / Aplicação: 5h/aula

Anos: 5º ao 7º ano / Capacitação: 3h / Aplicação: 6h/aulaAnos: 5º e 6º anos / Capacitação: 3h / Aplicação: 5h/aula

Ano: 5º ano / Capacitação: 3h / Aplicação: 5h/aula

Ano: 7º ano / Capacitação: 3h / Aplicação: 5h/aula

Anos: 4º ao 9º ano / Capacitação: 3h / Aplicação: 5h/aula

Examina as responsabilidades e opor-tunidades disponíveis, fornecendo informações práticas sobre as em-presas e as ocupações possíveis de serem encontradas dentro de uma comunidade.

Desenvolve nos alunos o entendi-mento sobre as mudanças climáticas, que têm origem a partir das ações dos seres humanos. O objetivo é inspirar responsabilidade e cooperação, ambas necessárias para impulsionar hábitos de desenvolvimento sustentável.

Apresenta os aspectos fundamentais do comércio internacional, visua-lizando o papel das trocas interna-cionais. Os jovens aprendem que a maioria dos países são economica-mente independentes.

Apresenta aos jovens noções sobre economia de mercado e as funções básicas de uma empresa, além de possibilitar que os alunos desenvol-vam um plano de carreira.

Leva os jovens a refl etir sobre os re-cursos necessários para os negócios e sobre o planejamento de negócios ba-seado em recursos. Além disso, mos-tra a importância do fl uxo de caixa e como calcular lucro e prejuízo.

Os alunos realizam um empreendi-mento econômico que contempla a geração de riqueza e a preservação dos recursos humanos, naturais e de capital. O Programa mostra aos alu-nos a importância da preservação dos recursos naturais para alcançar um desenvolvimento sustentável.

Conscientiza os jovens sobre a im-portância do desenvolvimento sus-tentável e do consumo consciente. Os alunos aprendem sobre a importân-cia da preservação do meio ambiente e sobre seu compromisso com a res-ponsabilidade socioambiental.

Os alunos são encorajados a utilizar alternativas inovadoras de aprendi-zado sobre planejamento fi nanceiro, enquanto exploram e aumentam suas aspirações profi ssionais.

Nosso Planeta, Nossa Casa

Mais Do Que Dinheiro

Nossa Comunidade

Empreendedores Climáticos

Nosso MundoIntrodução ao Mundo dos Negócios

Nossa RegiãoNossos Recursos

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INSTITUCIONAL

Anos: 8º e 9º anos / Capacitação: 3h / Aplicação: 5h/aula

Ano: Ensino Médio / Capacitação: 3h / Aplicação: 6h/aula

Ano: Ensino Médio / Capacitação: 3h / Aplicação: 5h/aula

Ano: Ensino Médio / Capacitação: 3h / Aplicação: 7h/aula

Ano: 9º ano / Capacitação: 3h30min / Aplicação: 12h/aula

Ano: 7º ano / Capacitação: 3h30min / Aplicação: 7h/aula Ano: 8º ano / Capacitação: 3h30min / Aplicação: 10h/aula

Ano: Ensino MédioCapacitação: 3hAplicação: 7h/aula

Estimula os jovens a entender as principais características do sistema econômico e sua infl uência nos negó-cios, mostrando as responsabilidades sociais de um negócio e o papel do governo na economia.

Mostra aos alunos a importância de continuar estudando, integrando con-ceitos de empregabilidade, educação e qualifi cação. Apresenta aos alunos os benefícios dos estudos através de cinco momentos.

Estimula o jovem a descobrir seu potencial e a explorar opções de car-reira, como conseguir um emprego, e o valor da educação.

Desenvolve nos alunos a consciência sobre seu relacionamento com o meio ambiente e gera, desta forma, agen-tes de mudança com uma atitude de participação ativa e de compromisso com sua comunidade e seu entorno.

Economia Pessoal

Empresa em AçãoAs Vantagens de Permanecer na Escola

Aprender a Empreender no Meio Ambiente

Ensino Médio

Apresenta e desenvolve conceitos relacionados ao desenvolvimento sustentável e à sustentabilidade. For-nece condições para que os partici-pantes possam refl etir criticamente sobre os problemas socioambientais contemporâneos.

Fornece informações práticas sobre os aspectos-chave da economia glo-bal, o que move o comércio interna-cional e como o comércio infl uencia o dia a dia das pessoas. Os objetivos de aprendizado mostram os conheci-mentos e habilidades que os alunos irão adquirir ao longo do Programa.

Mercado InternacionalAtitude Pelo Planeta

Atende os alunos do Ensino Médio proporcionando aulas envolventes, academicamente enriquecedoras, e práticas de preparação para o mer-cado de trabalho e perspectivas de carreira. São sete encontros condu-zidos por um voluntário do mundo empresarial. Os principais objetivos de cada aula mostram as habilidades e o conhecimento que os alunos irão adquirir ao longo do Programa.

Introduz a importância de se tomar sábias decisões fi nanceiras. Demons-tra o valor do planejamento, o estabe-lecimento de metas e a importância de se tomar decisões dentro do con-texto das fi nanças pessoais.

Habilidades para o Sucesso

Finanças Pessoais

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16

INSTITUCIONAL

Proporciona uma experiência prática em negócios através da organização e da operação de uma empresa. É de-senvolvido em 15 semanas, nas es-colas. Os estudantes aprendem con-ceitos de livre iniciativa, mercado, comercialização e produção.

Ajuda os alunos do Ensino Médio a desenvolverem suas habilidades para lidar com o dinheiro, bem como seu pensamento analítico, a comunica-ção pessoal, o planejamento e a es-crita. Estimula a conscientização da importância de ampliarem seus co-nhecimentos em fi nanças e a se pre-pararem para enfrentar os obstáculos proporcionados pela busca de uma vida fi nanceira saudável.

MiniempresaMeu Dinheiro, Meu Negócio

Ano: Ensino MédioCapacitação: 3hAplicação: 5h/aula

Ano: Ensino Médio / Aplicação: 8h/aula

Anos: 2° e 3° anos / Capacitação: 3h30min / Aplicação: 52h30min

Anos: 2º e 3º anos / Capacitação: 3h / Aplicação: 36hAnos: 2º e 3º anos / Capacitação: 3h / Aplicação: 42h

Anos: Ensino Médio e Superior / Capacitação: 3h / Aplicação: 5h/aula Ano: Ensino Médio / Capacitação: 3h / Aplicação: 5h/aula

Ano: Ensino Médio / Capacitação: 3h / Aplicação: 12h/aula Ano: Ensino Médio / Capacitação: 3h / Aplicação: 5h/aula

Os estudantes constituem uma em-presa, através da qual irão importar e exportar produtos para um grupo de jovens de outro país. O Globe – Global Learning of the Business Enterprise tem a duração de 21 semanas.

Possibilita aos alunos um momento de refl exão sobre seu futuro e pre-paração para o mercado de trabalho. Oferece perspectivas de carreiras e informações sobre quais são as com-petências comportamentais deseja-das no mercado de trabalho.

Familiariza os alunos com educação fi nanceira, concorrência, tomada de decisões e trabalho em equipe, es-timulando o desenvolvimento de estratégias vencedoras. Os voluntá-rios conduzem as atividades e enri-quecem o Programa.

Proporciona aos jovens a oportuni-dade de conhecer o dia a dia de um empresário. Durante um dia, estu-dantes acompanham os passos de um empresário ou executivo em sua jor-nada de trabalho.

Leva aos jovens refl exões sobre uma conduta ética em suas vidas profi s-sional e pessoal, contribuindo para a compreensão de seu papel como cida-dãos. Os jovens desenvolvem o senso crítico sobre a consequência das atitu-des de cada um. Discute-se o custo da falta de ética para o nosso País.

Jogo que possibilita aos jovens operar suas próprias empresas em um am-biente que reproduz o mercado de ne-gócios. Formam-se equipes que rece-bem relatórios com as tendências de mercado, o desempenho dos concor-rentes e as variáveis de custos e preços.

Ajuda os estudantes a desenvolver conhecimentos e aptidões que lhes permitam destacar-se em suas co-munidades. Apresenta conceitos de terceiro setor, projetos sociais e lide-rança. O Programa é desenvolvido em 12 jornadas semanais, realizadas dentro das escolas.

Liderança ComunitáriaGlobe

Conectado com o AmanhãTorneio de Decisões Empresariais

Empresário-Sombra Por Um Dia

Vamos Falar de ÉticaMese

Page 17: Revista Fazendo a Diferença - 12ª Edição

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ESPECIAL

Nos dias atuais, a velocidade das mudanças nos faz sentir que o mundo está em versão beta. A cada dia, são novas descobertas e novos conceitos que, em alguns casos, passam a ser antigos em curto prazo. As transformações são constantes nas mais diversas áreas. A recente descoberta do grafeno, por exemplo, traz possibilidades que, até pouco tempo, não se podia sequer imaginar. Aonde nos levará a eletrônica fl exível? Enfi m, são mudanças que nos trazem desafi os e oportunidades, independente-mente do setor sobre o qual se fala.

Neste mundo em versão beta, te-mos assistido a uma imensa trans-formação na comunicação. Somos seres comunicadores. Quando ainda não conseguimos nos comuni-car pela fala, nos comunicamos com movimentos dentro do útero materno, que são verdadeiros dis-cursos aos ouvidos de mães, pais, familiares e amigos, traduzidos como: “Ah, isso signifi ca que gosta de música, reconheceu minha voz, já me conhece”, e por aí afora.

Quando crescemos um pouco, somos capazes de hipnotizar várias pessoas, que fi cam simplesmente encantadas com nossa capacidade de contar “causos” sem pronun-ciar uma única palavra decifrável. A família e os amigos fi cam para-dos por horas em frente aos bebês, sem conseguir entender absoluta-mente nada. É assim que, pacien-temente, vamos sendo introduzidos ao mundo da comunicação, seja por palavras ou por gestos. Uma comu-nicação que, até algum tempo, era uma via de mão única, com poucos emissores e milhares de receptores.

Mas esse mundo em versão beta e as transformações que estamos

Mudanças e o futuro da comunicação: o reflexo disso na próxima geração

vivenciando já não respeitam, há algum tempo, essa lógica. Todos querem falar e todos querem ser ouvidos, nossa necessidade de co-nexão com o outro.

A capacidade de ampliação das mensagens que o mundo digital trouxe parecia ser capaz de aumen-tar, também, a interlocução. Pare-cia, em um primeiro momento, nos preparar para uma maior aceitação de ideias diferentes e de visões de mundo distintas das nossas. Mas será que estamos abertos a essa maior conexão com os diferentes de nós mesmos? Eu acredito, real-mente, que estamos vivendo um período rico para o diálogo ver-dadeiro e para a diversidade de ideias. O que precisamos, agora, é entender porque não conseguimos utilizar toda essa mudança e toda essa possibilidade de maior comu-nicação para reconhecer e aceitar o outro, com a mesma postura que tínhamos no começo da nossa co-municação com o mundo.

À medida que as mudanças au-mentam e a possibilidade de comu-nicação se amplia, parece comple-tamente oposta a nossa capacidade de ouvir o outro, de interagir com novas ideias e de dialogar, reco-nhecendo outras visões e pontos de vista. Por que nossa paciência para lidar com as diferenças é tão pequena? A riqueza da diversidade está em convivermos com quem pensa diferente de nós. E esse mundo do novo, do diferente, está mais disponível hoje do que esteve em qualquer outra época.

Mas nada pode substituir o velho e bom diálogo, seja digital ou pre-sencial. Não podemos terceirizar, para pesquisa na internet, o rito de passagem de princípios e valores às

futuras gerações. A comunicação hoje, independentemente da pla-taforma que utilizemos, descortina um mundo para os jovens. São be-nefícios imensuráveis e malefícios igualmente incalculáveis. As esco-lhas podem ser feitas com uma vi-são mais ampla dos impactos que elas terão no futuro.

A diversidade de pensamento pode ser exercida todos os dias se estivermos dispostos a conhe-cer, ouvir, considerar o diferente e exercitar isso como uma contribui-ção pessoal ao mundo em versão beta. As mudanças que estamos vi-vendo trazem inúmeros desafi os e incertezas, mas, ao mesmo tempo, infi nitas oportunidades para um mundo melhor.

Precisamos investir tempo nas nossas crianças e nos nossos jo-vens e, junto a eles, vivenciar as in-certezas das mudanças, tendo em mente que a ação por um mundo melhor é de cada um. Acredito que se exercitarmos essa postura, e conseguirmos transmitir essa responsabilidade pessoal, teremos uma geração mais preparada para tirar o melhor proveito das trans-formações sociais que continuarão a acontecer o tempo todo.

Meire Fidelis

Diretora de Relações CorporativasGrupo Abril

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ESPECIAL

ACONTECERTallis Gomes

ELES FAZEM

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ESPECIAL

“Com 30 mil reais a gente fez o que tinha que fazer”. O empreendedor Tallis Gomes, de 27 anos, percebeu uma oportunidade e não hesitou. Criou o Easy Taxi, maior aplicativo de serviços mobile do Brasil, que faz o meio campo entre passageiros e motoristas de táxi.

O usuário consegue chamar um táxi facilmente através do aplicativo, que se utiliza dos sistemas de GPS do smartphone para conectar passageiro e moto-rista. Outras funcionalidades serão incorporadas com o tempo, como a possibilidade de pagar através do pró-prio celular. Ou, para o caso de empresas cadastradas, controlar os gastos, horários e todo tipo de detalhe – o que inibiria fraudes na prestação de contas por parte dos funcionários.

O pequeno investimento inicial veio da venda do carro de Tallis e do apoio de dois sócios. Mas o próprio Tallis reconhece a importância de outros momentos e pessoas na trajetória de grande sucesso do aplicativo.

O modelo das startupsEx-Gerente Nacional de Marketing da Ortobom,

Tallis relaciona e valoriza a postura de funcionários das startups: “Em uma startup, você tem mais auto-nomia. Você está mais inserido no processo. Você quer inovar e aprender, porque dali a pouco vai querer ter a sua própria empresa”.

O ambiente que favorece pessoas com uma postura mais arrojada, realmente empreendedora, pode ser encontrado tanto em startups quanto em grandes em-presas. Tanto que essa mentalidade, fundamental no começo, continua presente no Easy Taxi mesmo com a entrada de grandes aportes fi nanceiros de parceiros internacionais.

“A gente desenvolveu o Easy Taxi de uma maneira muito enxuta. Eu vendi meu carro, meus sócios en-traram com o dinheiro que tinham. A gente descobriu como fazer enquanto estava fazendo”.

Hoje, o Easy Taxi conta com colaboradores vindos de bancos e de consultorias, refl etindo o estado de es-pírito de uma geração: “O pessoal sai de grandes em-presas, de bancos, consultorias, abre mão de 50% do salário e vem trabalhar em startups porque quer fazer algo diferente. Quer fazer algo que agregue valor para a sociedade. E o propósito do nosso aplicativo é tirar carro da rua, facilitar para que a pessoa use o trans-porte público – nesse caso, o táxi”, explica.

Trajetória empreendedoraMas um caso de sucesso, raramente, é algo pontual.

A narrativa retrocede – e muito – no tempo. Hoje com 26 anos, administrando sua terceira empresa formal, Tallis Gomes começou a empreender com 14 anos.

Nascido no interior de Minas Gerais, Tallis fazia parte de uma banda de rock que não tinha uma ba-teria. Buscando solucionar esse problema, propôs “vamos montar um negócio”. Os parceiros de música riram, mas ele percebeu uma oportunidade. “Lembro que o E-bay, naquela época, estava ‘bombando’, as-sim como o Mercado Livre. Na minha cidade, naquela época, quem ia para São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte voltava com celulares com câmera. Mas não era todo mundo que viajava, embora existisse bastante procura por esses celulares. O que eu comecei a fa-zer foi tirar printscreen das ofertas no Mercado Livre, juntar tudo num caderno e mostrar para professores. Depois que vendi alguns no colégio, pais de amigos co-meçaram a comprar também. O que acontecia era que as pessoas escolhiam o celular, botavam o dinheiro na conta do meu avô, eu comprava no Mercado Livre e quando o celular chegava eu entregava”.

Esse é o tipo de empreendedorismo por necessidade que é tão forte no Brasil, segundo Tallis. Para ele, todo

O Easy Taxi começou com 30 mil reais e hoje tem uma rede de 120 mil taxistas

em 30 países, e se diz líder global de mercado. Tudo isso sob a liderança

do empreendedor Tallis Gomes.

SEM MEDO DE FALHAR

Quando você é jovem, essa é a hora de errar. Mesmo que a sua empresa dê errado, vai influenciar muito a sua vida. Vai fazer uma grande diferença.

Tallis GomesFoi o responsável por alavancar o Easy Taxi e levá-lo para 30 países.

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ESPECIAL

O ex-achiever Gustavo Goldschmidt sempre se considerou um CDF: “sempre estudei muito e fui muito competitivo”. Por isso, quando cursava o En-sino Médio no Colégio Anchieta, em Porto Alegre, re-solveu se aprimorar em uma nova atividade: a nata-ção. Foi nessa época também que teve contato com a Junior Achievement. “Sempre tive interesse, uma von-tade de me tornar um executivo. Tenho dois irmãos, e o do meio, que é advogado, largou seu trabalho em um grande escritório e abriu sua própria empresa. Ele cresceu muito rápido. E isso me botou no caminho para tentar o curso de Direito”.

Após fazer um intercâmbio nos Estados Unidos e ser reprovado no vestibular da Ufrgs, Gustavo se ma-triculou em um cursinho. A partir daí, começou a se encaminhar para a Engenharia, que se aproximava mais do raciocínio lógico, muito técnico, que está pre-sente nele até hoje. “Eu via que grandes executivos, gestores, CEOs eram formados em Engenharia... então parecia uma formação adequada para meus anseios”.

Trabalhou na área de Engenharia de Produção, em questões relacionadas à gestão. Depois de alguns anos

país desenvolvido tem uma veia forte de empreende-dorismo, que deve ser trabalhada e incentivada. “É im-portante ter programas de empreendedorismo e acele-radoras, promovendo prêmios e aproximando talentos. É importante, também, ter um evento como o Startup Weekend, que é uma grande estrutura para o cresci-mento”, comenta.

Aprender FazendoTudo isso se relaciona com algumas máximas que

Tallis prega, como a de se permitir o erro, favorecer a experimentação e buscar a novidade. “Parece clichê, mas é importante não ter medo de falhar. Quando você tem medo de errar, você planeja demais. Quando você é jovem, essa é a hora de errar. Todo jovem, sem ex-ceção, deveria pelo menos uma vez na vida – duas, já que é difícil acertar de primeira – empreender. Mesmo que a sua empresa dê errado, vai infl uenciar muito a sua vida. Vai fazer uma grande diferença.” É aí que en-tram ações como as da Junior Achievement. Com seus programas, a organização oferece as ferramentas e a orientação para que jovens tenham sua primeira expe-riência empreendedora mas, diferentemente de Tallis, com mais segurança.

Como pontos de referência, Tallis aponta Felipe Matos, Diretor de Operações da Start-Up Brasil, com passagem em diversas empresas do setor tanto no Bra-sil quanto nos Estados Unidos. Felipe “abraçou o Easy Taxi” desde o começo e contribuiu, em muito, com o seu desenvolvimento. Já Rodrigo Sampaio, Fundador e Presidente da Rocket Internet na América Latina, foi fundamental para a formação de Tallis como líder. “Primeiro da sua turma em Harvard, o Rodrigo me en-sinou a ser um CEO – eu continuo aprendendo a ser um CEO com ele”.

Para o futuro, Tallis espera continuar expandindo as operações do Easy Taxi, até o momento em que sua missão esteja cumprida. “Depois do Easy Taxi, vou empreender para outro lado. Criar algo para a socie-dade, que as pessoas usam, é o que me motiva. Ver al-guém usando o Easy Taxi me deixa muito feliz. E eu quero isso de novo”.

O caminho foi longo e tortuoso. Três anos é muito tempo – ainda mais em termos de internet. Mas três milhões é muito mais – esse é o número de

usuários que o Superplayer tem hoje. A rádio digital que se propõe a servir ao usuário uma lista de músicas perfeita,

para cada momento do dia ou atividade, vem tendo cada vez mais sucesso.

A TRILHA SONORA DO

SUCESSO

O QUE SÃO STARTUPS?Os modelos de negócio de empresas chama-das startups são escaláveis e inovadores – além de serem facilmente replicados em dife-rentes mercados. Têm um baixo custo inicial e risco envolvido. É mais comum ver empresas desse tipo ligadas a softwares e internet, pois necessitam de menos recursos materiais do que uma indústria, por exemplo.

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ESPECIAL

OS NÚMEROS DO SUPERPLAYER:

496milUSUÁRIOS ÚNICOS / MÊS MÚSICAS REPRODUZIDAS / MÊS

VISITAS / MÊS PAGE VIEWS / MÊS

30milhões

2.12milhões 4.5milhões

Não adianta criar um ótimo produto que não serve para o consumidor. Se você quer entregar algo útil tem que focar no problema, e não na solução.

Gustavo Goldschmidt

Gustavo Goldschmidt e a equipe Junior Achievement

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ESPECIAL

no Instituto Falconi, surgiu a proposta por parte do ir-mão mais velho para que investissem em um negócio em família.

Gustavo diz que teve que superar três barreiras auto impostas – algo que, segundo ele, todo mundo faz: “não tenho capital sufi ciente, não tenho experiência sufi ciente, ainda não tive a melhor ideia”, pensou. O primeiro passo foi analisar o mercado de tecnologia, para então desenvolver a primeira ideia do Super-player – muito diferente do que hoje se popularizou por computadores, celulares e tablets.

No meio do caminho muitos percalços e aprendi-zados. Gustavo ressalta que em momentos de crise ter uma equipe motivada, que realmente acredita no pro-jeto, é fundamental. Dentre as principais difi culdades a serem superadas, apontou justamente a formação de uma equipe competente – sem poder contar com uma folha de pagamento inchada.

“Ninguém investe em ideia. Agora, quando a coisa começa a dar certo – e você não precisa tanto assim do aporte – está cheio de gente”, comenta.

Outro ponto fundamental na trajetória do Gus-tavo e do Superplayer foi a ideia de Lean Startup, proposta pela primeira vez por Eric Ries – entre-gar o mínimo possível, trabalhando em ciclos de interações, atualizando e modificando o produto de acordo com as métricas oferecidas pelo próprio consumidor. “Não adianta criar um ótimo produto que não serve para o consumidor. Se você quer en-tregar algo útil tem que focar no problema, e não na solução”. Para Gustavo o empreendedor é quem tem capacidade de transformar os recursos à mão em uma solução para um problema. “Sem empre-endedorismo ainda estaríamos na pré-história, estagnados.”

“Há 10 anos, não tinha ideia do que ia fazer. Prova-velmente, achava que ia seguir no Direito. Há 5 anos, pensava em seguir como executivo no negócio de ou-tra pessoa. Não pensava em ter meu negócio. Daqui a 10 anos, pretendo estar numa posição consolidada onde possa reinvestir no ecossistema (de startups e tecnologia). Servir de mentor para outras empresas – hoje já participamos de eventos como o Startup Weekend.”

Para Gustavo, essa é a importância da inovação disruptiva. Aquele tipo de mudança que não é sim-plesmente uma implementação em cima de algo que já existe. O CEO do Superplayer acredita que esse é o caminho para o Brasil deixar de ser o eterno país do futuro, sempre em desenvolvimento. “Com desen-volvimento de tecnologias novas, diferentes, o Brasil pode ingressar num novo patamar”.

Quando fazia parte do Nexa, o empreendedor José Paulo Pinto

da Silva foi sombra de um empresário. Hoje, ele é o empresário de sucesso que recebe os jovens na empresa

em que atua, a HiPartners.

O ex-achiever José Paulo Pinto da Silva, de 33 anos, teve o seu primeiro contato com o empreendedorismo através dos programas da Junior Achievement. Não foram poucos os programas dos quais ele participou: Miniempresa, Mese, Globe e o Empresário-Sombra Por Um Dia.

José Paulo acredita que a Junior Achievement in-fl uenciou a sua carreira em três pontos: “Despertando meu espírito empreendedor, através da experiência de montar uma empresa tanto no Miniempresa quanto no Globe, orientando a minha vocação para a área de fi nanças, quando pude atuar com um Diretor Finan-ceiro na miniempresa e me preparando para tomada de decisão, análise de números e trabalho em equipe, principalmente através do Mese”.

Hoje, ele aplica os conhecimentos que aprendeu, em sala de aula, na HiPartners, empresa que sur-giu de uma união de empresários com interesse em aportar capital e trabalho em empresas que estavam começando no mercado de tecnologia e internet. “Os primeiros investimentos foram na e-smart e na Preci-fi ca e, então, vimos que era necessário estruturar um fundo que pudesse identifi car novas oportunidades de investimento, suportar a gestão dos negócios investi-dos com apoio nas áreas administrativo-fi nanceira, ju-rídica, comercial e marketing, para que o nosso sócio

DO NEXA PARA O

MERCADO

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ESPECIAL

toque o negócio, e participar ativamente no dia a dia do negócio, como um sócio e não somente como um investidor”, explica.

Ele comenta que a atuação, como um sócio, requer conhecer os clientes, os fornecedores, participar das reuniões de gestão e contribuir com a sua expertise nos assuntos nos quais o sócio precisa de ajuda.

Mas então vem a dúvida: como a HiPartners se dife-rencia de uma startup? Segundo José Paulo, “nós atua-mos melhor na fase seguinte a da aceleradora. O perfi l da startup que vai para aceleradora é de alguém que ainda precisa testar um MVP (Produto Viável Mínimo ou, do original, Minimum Viable Product), encontrar o modelo ideal de negócio, precisa do networking e da troca de experiência com outras startups que as boas aceleradoras propiciam com muita qualidade”, explica o empreendedor.

Isso não quer dizer que eles já não tenham atuado como aceleradora, tendo casos em seu portfólio, mas, segundo José Paulo, “achamos que contribuímos mais para negócios que já passaram por esta fase de amadu-recimento e que precisam de capital e trabalho para fa-zer o negócio ganhar tração e acelerar o crescimento”.

José Paulo acredita que, para fazer sucesso no mer-cado da tecnologia, a chave está na execução. “Ideias fantásticas e inovadoras ouvimos várias, mas são pou-cos que têm a capacidade de transformar uma apre-sentação de power point em uma empresa de sucesso. Inovação e tecnologia também são importantes, mas, hoje, é difícil você criar algo que daqui seis meses não terá alguém fazendo igual”.

Ele afi rma que, neste mercado, é importante estar sempre atualizado: “Novidades surgem a todo mo-mento e é difícil prever em que nível estaremos daqui a cinco anos, pois não sabemos o que vai dar certo ou não. O RFID (Radio Frequency Identifi cation – Iden-tifi cação por Rádio Frequência) e o NFC (Near Field Communication – Comunicação por Campo de Pro-ximidade), por exemplo, são muito falados, mas ainda não são tecnologias usadas em massa. Temos a inter-net das coisas, impressão 3D e carros autodirigíveis que vão mexer muito com o mercado, mas é difícil afi r-mar quando e em que velocidade isto vai acontecer”.

Para fi nalizar, José Paulo afi rma que “é importante observar, estar atento e, onde enxergar uma oportuni-dade, agir rápido para já se posicionar no mercado”.

Ideias fantásticas e inovadoras ouvimos várias, mas são poucos que têm a capacidade de transformar uma apresentação de power point em uma empresa de sucesso. Inovação e tecnologia também são importantes, mas, hoje, é difícil você criar algo que daqui seis meses não terá alguém fazendo igual.

José Paulo

José Paulo participou de diversos programas da Junior Achievement, como o Miniempresa, o Globe e o Mese

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ESPECIAL

P: Qual a diferença entre uma startup e uma pequena empresa? Resumidamente, numa empresa, você tem o cliente, o produto e o modelo de negócio. Enquanto você tiver dois deles, você é uma startup. Então, a startup é uma empresa que, ou não sabe qual o seu produto, ou não conhece o seu cliente ainda ou não sabe qual o seu modelo de negócio. A partir do momento em que você des-cobre tudo isso, você passa a ser uma empresa. A defi nição que eu uso no meu livro é que a startup é uma empresa jovem, que ainda não encontrou um modelo de negócio sustentável e escalável. Ou seja, a startup até pode conseguir vender um produto para uma pessoa, mas ainda não consegue vender este mesmo produto para 500 pessoas. E não é porque não haja interesse, é apenas porque ainda não é esca-lável na sua estrutura.

P: O que uma startup precisa ter para ser bem-sucedida no Brasil?Muito da minha experiência vem de fora. E eu vi muitas coisas no exterior que a gente faz diferente aqui no Brasil. Eu gostaria de poder mudar, pois é difícil empreender aqui, pela carga tributária e pelas

leis trabalhistas. Tudo isso é muito recente e as startups são jovens no País. Mas não existe uma receita de sucesso! Estou tentando apren-der, no dia-a-dia, o que pode ser feito diferente, tanto do meu lado

Em um bate-papo exclusivo, Bel Pesce dá dicas para jovens empreendedores e fala sobre o grande desafio de ter a sua empresa, neste caso, a FazInova, uma startup que atua com foco na educação para o empreendedorismo.

A MENINA DO VALE

e do ambiente empreendedor no Brasil, quanto do lado de outros empreendedores. Há pequenas coisas que se pode fazer, como ten-tar fazer com que as pessoas deem o seu melhor. Também é preciso testar hipóteses e verifi car o que o mercado quer, ou não. Há algumas coisas que o próprio meio ambiente empreendedor pode ajudar, como por exemplo, ter menos aversão a risco e ter menos tributos.

P: E para aqueles que não sabem qual a sua paixão na vida, como podem descobrir?Essa é uma das coisas mais difí-ceis que a pessoa deve fazer na sua vida. Tem uma mensagem da Junior Achievement que diz “a vida é um caminho, não um des-tino”, e é bem por aí. Muitas vezes,

A busca pelas paixões é algo constante e é algo bom. Durante um período, há diferentes coisas que vão chamar a sua atenção. É um processo!Bel PesceFundadora da FazInova

Dani

el M

artin

s

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ESPECIAL

as pessoas acham que precisam atingir as metas para encontrar a felicidade, quando, na verdade, é o caminho que importa. Às vezes, você acaba indo para um lugar di-ferente, mas se a jornada foi muito importante e agregou e ensinou muito, aquilo é a sua vida. Se você passa 20 anos tentando algo, não é conseguir que vai marcar a sua vida, mas sim estes 20 anos, pois eles foram a sua vida! A busca pe-las paixões é algo constante e é algo bom. Durante um período, há diferentes coisas que vão chamar a sua atenção. É um processo!

P: Quais as competências que o jovem precisa desenvolver para ter sucesso no mercado de hoje?Acho que há o lado comportamen-tal, que não é ensinado na escola, ou seja, como se relacionar com as pessoas, ter postura profi ssio-nal, ser comunicativo, técnicas de negociação, etc. É importante entender qual o seu propósito e o que faz sentido para você. Também é preciso querer fazer acontecer. Ao invés de fi car cinco horas pen-sando em como fazer, a pessoa tem que ir lá e fazer. Se der errado, você aprende mesmo assim. Há um pulo entre o pensar em fazer acontecer e o fazer acontecer!

P: Daqui a 10 anos, como você se enxerga? Quais os seus desafi os? O empreendedor cria produtos ou serviços que podem tocar vidas. E é por isso que eu acho o empreen-dedorismo algo lindo. Você pode criar algo que vai transcender você e chegar em outras pessoas, outras vidas. Então, se isso é em-preender, para mim, é importante criar um negócio que possa tocar a vida das pessoas e, quanto mais positivamente, melhor. Daqui a 10 anos, vou tentar tocar mais vidas e o mais positivamente possível.

P: Quais os seus planos com a FazInova?O meu sonho com a FazInova é mostrar, primeiro para o bairro, depois para a cidade, para o Es-tado, para o País e, por fim, para o mundo, os talentos que nós temos aqui. Nós temos gente muito boa que não tem oportu-nidade, outras não têm estrutura para crescer e outras não sabem o quão boas naquilo que fazem elas são. Eu quero encontrar estas pessoas e ajudá-las. Meu sonho é que a FazInova exista em todos os Estados do Brasil, com este mesmo intuito de desenvolver pessoas. O primeiro passo foi o presencial e o segundo, o online,

fazendo crescer o acesso a quem tem internet. Temos espaço de co-working, temos salas de aula e um espaço para produzir talentos. Quero encontrar cases, que vão gerar mais cases, fazendo com que as pessoas acreditem que é possível fazer acontecer! Acho que precisamos de mais exem-plos e mais pessoas que possam contar como fizeram para che-gar ao sucesso. Queremos ajudar alguém que queira criar um jogo de tabuleiro, ou aprender a tocar música, ou, até mesmo, abrir um restaurante... tudo! Queremos ino-vação e criação baseados naquilo que o mundo necessita.

P: Qual o recado que você daria para um jovem que quer ter o seu próprio negócio?Em primeiro lugar, não desvalorize a sua empresa, pois há empreen-dedorismo nas grandes empresas! O que eu aprendi na Microsoft , no Google e no Deutsche Bank foi extremamente relevante na mi-nha vida. Tente aprender até ter estrutura para a sua empresa. Não adianta sair e não saber o primeiro passo. É preciso uma mudança de atitude. Antes de largar tudo, tenha calma. Pode haver um meio termo, um aprendizado!

O PAPEL DAS ACELERADORAS PARA O SUCESSO DE UMA STARTUP

São entidades que se propõem a identificar startups promissoras e, como o nome já diz, acelerar seu desenvolvimento. O apoio pode ser através de consultorias, financiamentos, treinamento e facilitando o networking. Como contrapartida, as aceleradoras recebem partici-pação acionária. A Junior Achievement é parceira do Grupo Telefônica que, através da aceleradora Wayra, permitiu que startups como o Qranio se

tornassem um sucesso. O Qranio é uma plata-forma que visa a tornar o aprendizado divertido. Ao se cadastrarem, as pessoas exercitam seus conhecimentos e acumulam QI$ (moedas virtu-ais), que podem ser trocadas por prêmios reais. Presente em 6 plataformas web – Facebook, App, IOS, Android, Blackberry 10 e SMS – conta, hoje, com mais de um milhão de usuários ca-dastrados. Acessando www.qranio.com.br você pode responder perguntas exclusivas sobre em-preendedorismo, que contaram com o apoio da Junior Achievement para serem desenvolvidas.

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PROJETOS NACIONAIS

A atuação dos voluntários é es-sencial para a formação de uma sociedade mais justa. Segundo Jorge Gerdau Johannpeter, grande incentivador da atuação dos co-laboradores da Gerdau em sala de aula, “o voluntário doa seu tempo e talento para um jovem e recebe de volta uma resposta que o torna uma pessoa realizada”.

O empresário reforça que é da nossa natureza tentar construir, tentar ajudar e afi rma que quem mais recebe é aquele que está do-ando: “O maior benefi ciário é quem faz o trabalho voluntário, o aprendizado gerado contribui para um crescimento pessoal e profi s-sional do voluntário”.

E é por isso que a Gerdau, há 20 anos, incentiva seus colaboradores

Voluntariado é coisa séria!Parceira da Junior Achievement há 20 anos, a Gerdau,

através de seu Instituto, incentiva e apoia o trabalho

voluntário, contribuindo para uma sociedade melhor.

a atuarem em sala de aula, apli-cando programas sobre temas im-portantes para os jovens, como o empreendedorismo, a ética, a sus-tentabilidade e a preparação para o mercado de trabalho.

Em 2005, a empresa foi além e criou o Instituto Gerdau, res-ponsável pelas políticas e dire-trizes de responsabilidade social da empresa.

Para Beatriz Gerdau Johannpe-ter, Vice-Presidente do Instituto Gerdau, os programas da Orga-nização oportunizam o apren-dizado sobre pessoas, gestão e empreendedorismo. “A Junior Achievement permite oportuni-zar aos jovens um futuro melhor, contribuindo para um Brasil mais próspero”.

Diretor-Presidente (CEO) da Gerdau

A Gerdau segue os princípios do

desenvolvimento sustentável e acredita

que o crescimento econômico de uma

empresa está baseado na relação ética e

socialmente responsável com todos os públicos

com a qual ela se relaciona: colaboradores,

clientes, fornecedores, acionistas, governos, entidades sociais e o meio ambiente.

André B. Gerdau Johannpeter

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A voluntária Amanda Valença foi a Brasília, junto com a Miniempresa Criarte, representando a Bahia no Prê-mio Miniempresa. O estande recebeu, durante o evento, a visita de Jorge Gerdau Johannpeter, em um momento emocionante. “Foi um momento único. Ao comentar que eu era da Unidade Gerdau da Bahia, ele mostrou orgulho em saber que estávamos lá. As alunas fi caram radiantes e comemoraram estar diante de um exemplo de empreendedorismo a ser seguido por todos”.

Com a palavra, os voluntários da Gerdau:

“Eu aprendi que o trabalho voluntário é uma experiência

espontânea, gratificante e alegre, onde você doa muita

energia, mas ao mesmo tempo você aprende e convive com

pessoas novas todo o tempo.”

“Em uma das miniempresas em que participei, havia uma

jovem muito ativa, que sempre mostrava ao grupo um

caminho melhor. Ela contagiava positivamente toda a turma.

Hoje, vejo que a vontade de fazer, o brilho nos olhos, contagia

sua equipe a trazer o melhor resultado possível.”

Felipe Lopes Magnabosco

EDUCAÇÃO

19,6%

42,5

24,1%

55,8

24%

59,1

22,6%

52,6

30%

62,4

(R$ MILHÕES)

Focos de Responsabilidade Social da Gerdau:

Percentual de colaboradores atuantes como voluntários:

Investimento em Responsabilidade Social:

QUALIDADE EM GESTÃO

MOBILIZAÇÃO SOLIDÁRIA

Patricia Caminha Rodrigues

Voluntário do Programa Miniempresa em Santa Catarina

Voluntária do Programa Miniempresa em Pernambuco

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ESPECIAL

empreendedoraempreendedorajovens iniciam carreira

cada vez mais cedo

Pesquisa da Junior Achievement mostra que dois em cada cinco já abriram negócios próprios.

Bruno se inspirou no Programa Miniempresa e no Nexa para abrir o seu próprio negócio

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29

ESPECIAL

Os jovens estão cada vez mais interessados em abrir o próprio negócio. A Geração Y, com nasci-mentos registrados na década de 80 e a Geração Z, nascidos a par-tir de 1989, estão mais interessadas em serem “donas de si” ao invés de ter um chefe. Esta constatação pode ser feita a partir de jovens que participaram do Programa Miniempresa. “Após concluírem o Miniempresa, 80% afi rmaram que se sentiram mais seguros para em-preender. Este índice mostra que os jovens de hoje estão querendo arriscar mais”, salienta a Superin-tendente da Junior Achievement, Wilma Resende Araujo Santos.

Em pesquisa respondida por ex-achievers, dois em cada cinco (40%) disseram que abriram o pró-prio negócio, índice que supera a pesquisa anterior, que mostrava que um em cada cinco iniciara al-gum empreendimento. Vale desta-car que entre os 40%, aproximada-mente 18% já estão com o negócio estabelecido. A pesquisa mostra, ainda, que estes jovens empreen-dedores têm uma média de 23,6 anos de idade, sendo que 35% possui entre 18 e 22 anos e com

predominância do sexo feminino (63%). A escolaridade também é um fator determinante, pois 69% con-cluíram algum curso superior.

Estes empreendedores jovens empregam de um a cinco funcio-nários, geram, em média, outros 14 empregos indiretos e respon-dem por uma folha salarial de R$ 3.900,00. O faturamento anual médio chega a R$ 343.750,00 e o rendimento do empreendedor fi ca ao redor de R$ 2.990,00. Outro dado curioso é que quase metade deles já desenvolveu algum traba-lho voluntário.

A ex-achiever Ana Paula Kie-fer, de 24 anos e proprietária da Brigaderia Preta Pretinha, locali-zada em Porto Alegre/RS, iniciou a venda de brigadeiros há sete anos, quando ainda cursava o En-sino Médio e continuou durante a faculdade, para amigos e paren-tes. Inicialmente, a difi culdade era conseguir conciliar o trabalho em uma agência de publicidade com o da brigaderia.

Em 2013, com o incentivo de amigos, Ana começou a investir mais no empreendimento, prin-cipalmente após a formatura na

faculdade. “Os resultados foram muito positivos e, nesse momento, entrou uma sócia comigo, que fez a empresa crescer ainda mais com novos produtos e novas ideias”, afi rma. Para prospectar clientes, já que não há uma loja física, ela res-salta que entra em contato direta-mente com eles, oferecendo degus-tações dos produtos.

Outro ex-achiever, Diego Tezzoni, de 24 anos e proprietário da Pi-tanga Filmes, também começou a empreender quando ainda estava no colégio, a partir da participa-ção no Miniempresa. Ele fundou a produtora há quatro anos e, para divulgá-la, contou com a indicação de amigos, que foram repassando a outras pessoas e, hoje, já conta com um portfólio de empresas como a Datelli, a Via Uno, a Twin-Set e a própria Junior Achievement.

Para Tezzoni, a principal mo-tivação é poder trabalhar com o que gosta. “Os objetivos são de expandir, captar novos clientes, tornar a empresa e o nosso tra-balho reconhecidos no Estado e, se possível, no Brasil”, estima o jovem. Ele pretende ter uma filial em São Paulo/SP.

Diego, em ação, gravando entrevista com Jorge Gerdau Johannpeter

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30

ESPECIAL

47%

37%

63%80%68%

25%

14%

Já Bruno Kruger, de 20 anos, proprietário da Dich Digital, em-presa de desenvolvimento web, conta que a Junior Achievement lhe proporcionou o “pontapé ini-cial” na caminhada de abrir o seu próprio negócio. “Como você é seu próprio chefe, tem que ter muita disciplina, não há alguém co-brando e toda a responsabilidade da empresa está sobre os seus om-bros”, relata.

Hoje, Bruno conta que não tem uma rotina fi xa e sobre os sonhos, afi rma: “Meu sonho já começou, que é ter a minha empresa, mas a realização de poder construir, aos poucos, o meu desejo é a melhor parte de sonhar”.

Os alunos da Junior Achievement aprendem a importância do trabalho voluntário:

Geração de empregos:

Os alunos da Junior Achievement despertam para o empreendedorismo:

Os alunos disseram que...

realizou trabalho voluntário

abriu um negócio

...foi no Programa Miniempresa que, pela primeira vez, pensaram em ser um empreendedor.

...o Programa Miniempresa mostrou que era possível empreender.

...o Miniempresa influenciou na postura profissional.

Empresas com um a cinco funcionários.

Geram 14 empregos indiretos.

Folha de pagamento de R$ 3.900,00.

alunos abriram um negócio após a sua participação no Miniempresa.

dos brasileiros realizaram trabalho voluntário

Taxa de empreendedorismo inicial para jovens de 18 a 24 anos

2 em cada 5

A ex-achiever Ana Paula abriu a Brigaderia Preta Pretinha com uma sócia

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31

ESPECIAL

Na medida em que os anos vão passando, novas culturas, acom-panhadas de novas perspectivas e diferentes formas de pensar e de se relacionar, vão surgindo. A geração de jovens que nasceram a partir de 1988 é formada por pessoas nasci-das no momento em que o mundo passou a desfrutar das novas in-venções tecnológicas. Elas cresce-ram com intimidade do mundo vir-tual, fazendo pesquisas escolares em sites de busca e se relacionando por redes sociais.

Os integrantes da Geração Y ou “Millennium” (nascidos en-tre 1977 e 1988), eram crianças e

jovens quando a internet chegou. São conhecidos por terem moti-vações mundiais, se preocupa-rem com questões ambientais e enxergarem o trabalho como algo muito mais prazeroso. A Geração Z (nascidos entre 1988 e 2010) é conhecida como nativos digitais, jovens que têm intimidade com a tecnologia, são capazes de realizar várias tarefas ao mesmo tempo, aprendem de forma diferente de-vido à maneira como têm acesso à informação.

Dado Schneider, palestrante e Dr. em Comunicação que vem estudando as novas gerações,

inclusive participando do tradicio-nal evento Campus Party, diz que “a Geração Y foi a última geração feita do mesmo material que a Ge-ração X e os Baby Boomers. A Ge-ração Y foi criada do mesmo jeito, porém de uma maneira menos rígida”.

Estas duas gerações têm uma noção de tempo diferenciada, pois se comunicam rapidamente, execu-tam várias tarefas ao mesmo tempo e consomem informações em 140 caracteres. Esta informação, consu-mida de forma compartimentada, pode ser analisada como se fosse parte de um quebra-cabeça, onde

ENTENDENDO OS DESAFIOS DO MERCADO DE TRABALHO

ESPECIAL

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32

ESPECIAL

somente as peças que interessam são relevantes, e não há mais de-sejo, nem paciência para montar o quebra-cabeça inteiro.

Mas como estes jovens vão se portar no mercado de trabalho? Provavelmente, estes jovens, que hoje estão na escola ou na Univer-sidade, ao conseguir seu primeiro emprego, terão que realizar ativi-dades que nem sempre vão consi-derar como interessantes e estimu-lantes. A grande questão que se põe é sabermos como será o encontro deles com as empresas.

De um lado, temos um mercado de trabalho que, embora com al-guns avanços, ainda mantém em sua maioria as seguintes caracte-rísticas: falta de reconhecimento, o crescente distanciamento dos chefes, falta de processos formais ou informais de avaliação e a ine-xistência de plano de carreira. A Geração Z, por sua vez, deseja en-tretenimento e diversão no traba-lho, na educação e na vida social, afi nal, cresceu em meio a expe-riências interativas, está acostu-mada a respostas instantâneas, bate-papos em tempo real, o que torna a comunicação com colegas, empresas e superiores mais rápida do que nunca.

“Quero um ambiente onde eu seja valorizada e, acima de tudo, feliz, tanto com o que faço, quanto com os demais”, afi rma Khimberlly Sena, 19 anos, do Amazonas. Para Letícia de Maio Barbosa, de 17 anos, do Rio Grande do Norte, o emprego dos sonhos permite que ela seja “o melhor que puder ser, levando em consideração minhas preferências de trabalho, ou seja, permitindo uma certa fl exibili-dade. Além disso, deve ter não só recompensa fi nanceira, como também pessoal, por isso, é in-teressante que o emprego tenha uma visão do social aberta”. Letí-cia pondera que o sucesso profi s-sional deve equilibrar uma certa

liberdade com a possibilidade de crescimento.

David Moura, de 19 anos, do Rio de Janeiro, acredita que o trabalho tem que fazer a pessoa feliz, mais viva! “Eu busco um emprego em que eu tenha fl exibilidade, bom sa-lário, liberdade para montar meus horários, um trabalho que envolva viagens e me proporcione novos desafi os”, refl ete.

E para Caroline Cabral, de 20 anos, do Piauí, “ser bem-sucedido profi ssionalmente signifi ca apren-der sempre, buscar me atualizar às demandas e poder ter todas as qua-lifi cações necessárias de acordo com minha profi ssão”.

Segundo Dado, a Geração Z re-conhece a autoridade, mas de uma maneira diferente, no mesmo pa-tamar, sendo algo que precisa ser conquistada. “Quem olhar para os negócios de maneira hierárquica

não vai atrair esta Geração para a sua empresa, ou seja, eles vão mon-tar os seus negócios. Eles não vão trabalhar em estruturas que não os entendam. Nós vamos ter que evo-luir para poder oferecer a eles um ambiente legal para trabalhar”.

As empresas precisam, então, entender o que jovens como Khimberlly, Letícia, Caroline e David pensam e almejam para poder buscar e reter talentos den-tro das empresas. Por outro lado, o jovem precisa compreender que não basta o talento, é preciso per-sistência para saber como ingres-sar, manter-se e crescer dentro da profi ssão escolhida.

“Quando jovem, eu tive que me adaptar aos adultos. Quando adulto, eu tive que me adap-tar aos jovens, pois eles estão criando o mundo à maneira deles”, fi naliza Dado.

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1, p.

19).

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33

ESPECIAL

Palestrante e Dr. em Comunicação

Eu não posso dar as costas para este ferramental que surgiu agora e que ajuda nos negócios e nas relações sociais. A tecnologia veio para nos ajudar, nos aproximar e viabilizar negócios. As pessoas mais velhas, mais maduras, têm que fazer um esforço para sair desta inércia tecnológica e usufruir ao máximo dela. Com a tecnologia e com as redes sociais nós podemos vivenciar algo que muitos já estão vivenciando, que é ter amigos de outras idades e não ficar fechado num mesmo círculo de pessoas. Quando começamos a lidar com pessoas de idades e setores diversos, ampliamos, inclusive, nossas possibilidades de negócios.Dado Schneider

Como pensa a geração

ZUma pesquisa* realizada com

44 jovens, ex-achievers da Junior Achievement, nascidos entre 1989 a 1998, mostra um pouco do perfi l e do comportamento da Geração Z. Em relação à fonte de informação, 38% deles afi rmaram que, basica-mente, a única fonte de informa-ção que leem provém da internet.

Em relação aos assuntos de interesse, as respostas foram va-riadas, destacando-se os temas economia, música, mercado de tra-balho e histórias interessantes. Po-lítica interessa a apenas 7% do total de jovens respondentes. Ao serem perguntados sobre o signifi cado das redes sociais no seu dia a dia, as palavras que mais apareceram foram: interação, comunicação, in-formação e contato com pessoas. Apenas dois jovens citaram que as redes sociais são uma fonte de futi-lidades e para alguns ela se tornou um vício.

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ESPECIAL

TELEVISÃO18%

OUTROS1%

REVISTAIMPRESSA9%

REDES SOCIAIS24%

BASICAMENTEINTERNET38%

JORNAL IMPRESSO10%

Ao serem perguntados sobre sua percepção em relação ao mundo e suas relações interpessoais, tanto no âmbito profi ssional quanto pes-soal, 64% dos jovens se mostraram prestativos e disseram que é um lugar que desejam ajudar a melho-rar. Outro dado interessante é que ninguém respondeu que há poucas possibilidades de melhora. Estas respostas refl etem exatamente o perfi l comportamental das Gera-ções Y e Z. Consideradas otimistas, inovadoras e colaborativas.

Ao serem questionados sobre “O signifi ca ser bem-sucedido pro-fi ssionalmente para você?”, mais de 90% das respostas indicaram que o que desejam os jovens é, ba-sicamente, um emprego em que eles sejam desafi ados e remune-rados sufi cientemente para fazer o que gostam.

Ao serem perguntados sobre os pontos mais importantes em re-lação ao emprego, a maioria das respostas reforça a pergunta acima, sendo o prazer em realizar as ativi-dades, obter aprendizado e a remu-neração os pontos mais citados.

43% 27% 27% 2%

*Pesquisa desenvolvida pela Gestora de Rede, Juliana Vieira, no 2º semestre de 2013. Leia o artigo e a pesquisa completa em www.jabrasil.org.br.

Tem plena consciência de como

tudo funciona.

Não entende direito como funciona o

mercado de trabalho.

Tem alguma noção, embora seja pouca.

Sabe exatamente, pois já trabalhou.

Como a Geração Z consome informação?

Quais são os maiores desafi os que você acredita enfrentar no mercado de trabalho?

Quando pensa no mercado de trabalho, você:

Outro9%

Baixo salário14%

Concorrência16%

Inflexibilidade das empresas a horários e tarefas30%

Ter grana para fazer o que gosto11%

Dificuldade de conseguir emprego2%

Trabalhar em coisas chatas até conseguir o que gosto18%

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ESPECIAL

O Núcleo de Ex-Achievers é formado por jovens que participaram dos programas de Ensino Médio da Junior Achievement e decidiram continuar em contato com o empreendedorismo.

A história do Nexa começou no Rio Grande do Sul, em 1996, quando a ex-achiever Carolina Werle liderou a fundação do pri-meiro Núcleo do País. A proposta funcionou e foi bem recebida. “Fa-zíamos visitas a empresas, ciclos de palestras. Tinha um monte de atividade”, lembra a atual pesqui-sadora que coordenava o grupo na época.

O ex-achiever Marcelo Nono-hay, que hoje é proprietário da MGN Consultoria, empresa espe-cializada em prestação de serviço e gestão de projetos nas áreas de responsabilidade social, educa-ção e voluntariado empresarial, foi o principal responsável pela

Nexa:Uma história de sucesso

expansão do Núcleo pelo País. E quando a Junior Achievement de-cidiu intensifi car sua presença em outros Estados, o jovem, entre outras atividades, contribuiu para que isso fosse possível.

Carolina, pesquisadora no de-partamento de marketing da GEM – Grenoble Ecole de Management, ao encabeçar a criação do Nexa, fi cou encarregada de buscar refe-rências para iniciar o grupo de ex--achievers. A jovem foi a primeira Gerente-Geral.

O projeto já existia em outros países da América Latina, mas sem uma organização concreta, então, o desafi o dos ex-achievers envolvi-dos na criação do Nexa brasileiro

era fi xar a proposta e, principal-mente, garantir a sua expansão.

No ano 2000, o segundo Nú-cleo foi implantado na unidade da Junior Achievement no Rio de Janeiro e quatro anos depois, com a chegada da Associação em outras localidades, o Nexa também começou a ser fundado em outros Estados.

Todas as ações do Núcleo são voltadas para o desenvolvimento contínuo de seus associados. Um corpo de gerentes assume o compromisso de liderar e or-ganizar as atividades propostas pelos participantes.

O perfi l do associado do Nexa é de jovens, entre 16 e 24 anos de

Membros do Nexa, ex-achievers “dinossauros” e Diretores reunidos no PDCN 2014, em Porto Alegre

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ESPECIAL

idade, que estão buscando qualifi cação para enfrentar o mercado de trabalho.

Enquanto estão vinculados ao Nexa, os asso-ciados participam de palestras onde executivos e empreendedores compartilham suas histórias de sucesso. Visitas a empresas como Gerdau, Globo e HP são realizadas com a fi nalidade de proporcionar o contato direto com suas operações. Além de manter vínculo com o empreendedorismo, o Nexa propor-ciona a seus associados o desenvolvimento de ações sociais e atividades voluntárias, formando cidadãos preocupados com o meio ambiente e a comunidade.

Dentro de cada núcleo também são estruturados gru-pos de estudo e cursos de aperfeiçoamento. Uma equipe interna gerencia as dúvidas dos associados e realiza parcerias com empresas e instituições dispostas a sanar essas difi culdades. Para integrar os jovens e, principal-mente, ampliar a rede de contatos, os núcleos desenvol-vem atividades de integração como passeios e jantares.

Além disso, os associados têm a oportunidade de par-ticipar dos principais eventos da Junior Achievement, integrando a equipe de staff s. A realização destas ativi-dades contribui para o crescimento pessoal e profi ssio-nal destes jovens.

Resultados e Projeções do Nexa Nacional

2014

2015600

atividades

1 mil associados

15 mil pessoas impactadas

20 mil pessoas impactadas

700 atividades

1,5 mil associados

Jorge Gerdau Johannpeter e os primeiros membros do Nexa no País, durante o Fórum da Liberdade

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ESPECIAL

Projetos e Eventos do Nexa NacionalO Nexa possibilita o crescimento pessoal e oportuniza aos associados novas experiências, aprendiza-dos, informações e contatos que podem servir como base para sua vida profissional. Ao longo do ano, os ex-achievers participam de atividades nacionais e internacionais. Conheça as principais:

Evento para os jovens empreendedores do mundo, desenvolvido pela Junior Achievement de Córdoba, na Argentina. Participam do Fó-rum, anualmente, mais de 600 jovens com idades entre 16 e 23 anos, vindos de mais de 15 países. O FIE é uma experiência inesquecível e conta com diversas atividades acadêmicas, desportivas e recreativas, que possibilitam aos jovens se integrarem e descobrirem seus poten-ciais para aprender, melhorar e atuar na trans-formação da comunidade em que vivem. A em-presa Planalto é responsável por levar os jovens brasileiros ao FIE.

Tem como proposta oferecer aos gerentes e suas equipes uma valiosa troca de experiên-cias com os gerentes de todo o País. Durante o evento, os membros do Nexa alinham práticas, discutem processos, planejam ações e trocam experiências. Também, durante este fórum, são defi nidas as estratégias de atuação e as diretri-zes e metas anuais da Rede Nexa Nacional.

O concurso incentiva os jovens a voltarem para a escola e inspirarem outros alunos atra-vés do tema Empreendedorismo com Respon-sabilidade Socioambiental. Durante uma se-mana, cada unidade do Nexa é responsável por desenvolver atividades como palestras e visitas a empresas ambientalmente responsáveis. O Nexa também desenvolve e executa um projeto envolvendo a comunidade.

O Changing Lives é uma campanha global de conscientização de jovens, que visa difundir co-nhecimentos sobre empreendedorismo. A visão deste projeto é inspirar, engajar e transformar a vida de alunos no Brasil. A ideia é incentivar jovens que fazem parte do Nexa, acompanha-dos de empreendedores (empresários), a voltar para a escola e inspirar outros alunos comparti-lhando suas trajetórias.

FIE – FÓRUMINTERNACIONALDE EMPREENDEDORES

PDCN – PROGRAMA DEDESENVOLVIMENTO E CAPACITAÇÃO DO NEXA

CSN – CONCURSOSUSTENTABILIDADENEXA

CHANGING LIVES

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ESPECIAL

Movimento criado pela Endeavor, que tem como objetivo estimular a criatividade, a inovação e o empreendedorismo. A Junior Achievement, como organização parceira da iniciativa, envolve o Nexa na organização de atividades que estimulam os jovens a tirarem suas ideias do papel. A Semana Global é rea-lizada em mais de 100 países, com o objetivo de disseminar a cultura empreendedora, esti-mulando o desenvolvimento econômico das regiões, do País e do mundo.

SEMANA GLOBAL DOEMPREENDEDORISMOFINDINEXA BRASIL

Nexa NewsNexa em expansão

O Núcleo de Ex-Achievers está ampliando suas ativi-dades para outros Estados do Brasil. No ano de 2014, jovens de Alagoas, que participaram do Programa Mi-niempresa, optaram por continuar em contato com o empreendedorismo através da Junior Achievement e fundaram o Nexa Alagoas. Os ex-achievers do Cea-rá e de Tocantins fizeram o mesmo e implantaram o núcleo nos seus respectivos Estados. Parabéns aos envolvidos e muito sucesso em seus núcleos! Jovens alagoanos e lideranças

locais na fundação do Nexa-AL

Nova marca Nexa

O Nexa está de cara nova. O novo símbolo é inspira-do no triângulo de Penrose, popularizado por Roger Penrose, em 1950. A figura não identifica um início ou fim, assim como a participação dos ex-achievers na Junior Achievement. A imagem também é consi-derada uma representação do infinito. As cores utili-zadas são o verde, azul, roxo, amarelo e laranja, sim-bolizando crescimento, confiança, transformação, criatividade e estímulo.

Evento para os jovens empreendedores, de-senvolvido pela Junior Achievement do Piauí, que acontece na cidade de Luis Correia, litoral piauiense. O evento conta com a participação de mais de 300 jovens, de 16 a 23 anos, vindos de todo o País e da América Latina. Tem como objetivo valorizar o turismo e promover o em-preendedorismo e a integração entre os partici-pantes. Através de diversas atividades que bus-cam despertar o potencial empreendedor que existe em cada um de nós, o Findinexa Brasil propõe uma mudança no estilo de vida de cada jovem participante.

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ESPECIAL

Jovens do Nexa do Maranhão em ação do Changing Lives

Resultados do Changing Lives 2014

A campanha Changing Lives 2014 já tem seus ven-cedores. O Nexa Maranhão liderou a competição ao beneficiar 752 jovens. Como prêmio, o núcleo foi contemplado com duas inscrições para o Findinexa Brasil 2014.

O Nexa Amapá, segundo colocado, foi beneficiado com uma inscrição para o mesmo evento. “Gostaria imensamente de agradecer a Junior Achievement por esse desafio, agradecer por todos os envolvidos,

desde diretores de escola a empresários que esti-veram conosco em aplicações e parabenizar toda a equipe de multiplicadores do Nexa-MA”, afirma Elber Abreu, Gerente-Geral do Nexa no Maranhão.

Nexa é tema de painel em evento da Rede

Com o objetivo de debater novos caminhos para o Nexa, a Junior Achievement Brasil promoveu, duran-te o encontro anual de Executivos – PDGI 2014 – um Painel com Ex-Achievers.

Pedro Englert, CEO do InfoMoney e sócio da XP In-vestimentos, Marcelo Nonohay, sócio do Pastifí-cio Primo e proprietário da MGN Consultoria, Bruce Cordão, sócio da BLR Eventos e Diretor do Findine-xa Brasil e Olga Lucena, Gerente Administrativa da Junior Achievement em Pernambuco, participa-ram do Painel, liderado pelos também ex-achie-vers Gabriel Gonçalves e Eraldo Fonseca, da Junior Achievement Brasil.

Além da troca de informações, os painelistas intro-duziram novas ideias para os rumos do Núcleo de Ex-Achievers no País e reforçaram a importância da participação do Executivo nas atividades do Nexa.

Marcelo Nonohay, Bruce Cordão, Wilma Resende Araujo Santos, Olga Lucena e Pedro Englert

Parabéns a todos os Estados envolvidos!

Confira o resultado:1° Lugar – Nexa Maranhão – 752 jovens beneficiados2° Lugar – Nexa Amapá – 657 jovens beneficiados3° Lugar – Nexa Piauí – 649 jovens beneficiados

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ESPECIAL

Nexa forma empreendedores pelo BrasilMuitos dos ex-achievers são, hoje, empresários que constituíram seu próprio negócio ou atuam, com sucesso, em grandes empresas. São empreendedores que, após a participação nos programas da Junior Achievement, mudaram suas realidades. Conheça algumas histórias e inspire-se.

No Amazonas:

Caio Ribeiro Coelho, 22 anos, re-side em Manaus e trabalha na Caixa Econômica Federal. O jovem, que atualmente cursa Administração, participou do Programa Miniem-presa, através do qual aprendeu, na prática, como transformar uma ideia em um negócio lucrativo.

Caio acredita que participar do Miniempresa foi uma das melho-res escolhas da sua vida. “Fiquei apaixonado pelo mundo dos ne-gócios e percebi que o empreen-dedorismo poderia mudar minha vida de forma positiva”, comenta.

Após concluir a graduação, Caio pretende estudar o segmento das startups e, futuramente, abrir seu próprio negócio.

A amazonense Andrezza Batista da Silva, com apenas 19 anos, já possui sua microempresa. A em-presária produz blusas customiza-das, chaveiros, bolsas e pulseiras.

“A miniempresa me deu mais conhecimento e ajudou muito na minha inserção no mundo dos negócios”, comenta a ex-achiever, que conta com o apoio de mais três pessoas para produzir e criar os produtos. Para um futuro próximo, a jovem deseja abrir uma loja para comercializar as peças.

No Piauí:

Émille Cristhine de Almeida Passos participou do Programa Miniempresa no ano de 2005 no Co-légio Diocesano. Moradora de Teresina-PI, garante que ficou “apaixonada” pelo empreendedorismo logo no primeiro contato com a Junior Achievement. A jovem comenta que em 2005 recebeu uma carga de conhecimento e amadurecimento graças ao Programa.

No ano seguinte, ingressou na faculdade para o curso de Ciências Contábeis, mas não se sentia completa com a escolha. Passados dois anos no curso, resolveu largar tudo e ir atrás do sonho de es-tudar moda.

Em setembro de 2013, concretizou seu maior desejo, abrir sua própria loja de roupas. Após sonhar, estudar e lutar, Émille inaugurou a Twiggy – loja com conceito diferenciado, em Teresina. “Recordo que desde crian-cinha, dizia para os meus pais que queria ter uma linda

loja, e passei a vida toda sonhando com isso”, comenta a empreendedora.

A Twiggy funciona em dois containers reciclados e com uma decoração toda especial. Lá são vendidas roupas e acessórios femininos. Além da loja, a jovem trabalha com serviços de beleza – um pequeno salão apenas com maquiagem e penteado, além de serviços de consultoria de imagem pessoal.

“Esses containers, durante anos, carregaram histó-rias e passaram por muitos lugares, hoje, eles fazem parte da grande história da minha vida e o sonho de menina agora passou a ser um sonho adulto. Posso di-zer, com toda a certeza, que a Junior Achievement me ensinou a sonhar cada vez mais e a lutar pelos meus objetivos com honestidade e clareza”, comenta.

Émille é voluntária desde os 16 anos, e pretende continuar por muito tempo. “Será uma herança de mãe para fi lhos”, fi naliza.

Caio Ribeiro Coelho

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ESPECIAL

Em Goiás:

No ano de 2005, na Escola Sesi de Campinas, Thainara Machado Franco teve a oportunidade de par-ticipar do Programa Miniempresa. No ano seguinte, atuou como ad-viser no Instituto Presbiteriano de Educação.

A carreira empreendedora ini-ciou logo após o término do Ensino

Em Minas Gerais:

A ex-achiever Jéssica Rangel acredita que a Junior Achievement foi um divisor de águas em sua vida. Como aluna, a jovem partici-pou de quase todos os programas oferecidos no Ensino Médio. Em 2009, entrou para o Programa Mi-niempresa, o qual destaca como uma experiência marcante na sua vida. “No Miniempresa tive a oportunidade de vivenciar o mundo dos negócios. Nesse mo-mento, despertei habilidades e percebi que queria vivenciar ainda mais o que a Junior Achievement tinha a oferecer”.

A mineira participou do Nexa- MG como Gerente de Projetos e Gerente-Geral. Em 2011, foi con-vidada a fazer parte da equipe da Junior Achievement Minas Gerais, atuando como responsável pelo Programa Miniempresa em Belo Horizonte. No ano seguinte, assu-miu o cargo de Gestora Adminis-trativa e Financeira.

“Os aprendizados que obtive como aluna, voluntária e parte da equipe da Junior Achievement vão me acompanhar durante toda minha vida. Recordo com muito carinho todas as experiências que tive na JAMG, reconheço como os programas foram importantes para meu desenvolvimento pessoal e profi ssional e ainda me vejo como

Médio. A jovem foi indicada pelo adviser Gester Luiz para atuar em uma empresa de mineração. Durante 6 anos, Thainara atuou em diversas áreas na empresa Terracorp.

Na mesma época, concluiu o curso de Administração de Empresas e ingressou na Pós-Gra-

duação em Auditoria e Perícia Financeira.

Atualmente, Thainara reside em Aparecida de Goiânia, onde trabalha como Analista de Controladoria do Grupo Navesa Concessionária. Para-lelo à atividade, a jovem empreende-dora está abrindo um negócio de re-presentação comercial com seu pai.

uma verdadeira dona e arquiteta do meu caminho”, declara a jovem.

Atualmente, Jéssica é bolsista do programa Ciências sem Fron-teiras, do Governo Federal, e es-tuda Engenharia de Produção na Wayne State University, nos Estados Unidos.

Dono de uma marca de joias mundialmente conhecida, Táiguel Rievers participou do Programa Miniempresa no ano de 2010, em Minas Gerais. Ele destaca que sua participação no Programa contri-buiu para o seu futuro, em especial no que se refere à administração, gestão e gerenciamento da empresa.

Desde os 12 anos, o jovem já pro-duzia bijuterias e aos 19 não tinha dúvidas sobre a vontade de abrir um negócio de acessórios femini-nos. No Programa Miniempresa aprendeu a produzir e comerciali-zar suas peças, de forma segura.

Tamanho sucesso fez com que a Táiguel Rievers Design fechasse uma parceria com a Swarovsky Element – a mais conceituada marca de cristais do mundo, além de ter diversos parceiros na Eu-ropa. A marca do ex-achiever já teve destaque em revistas como Vogue, Marie Claire e Use Fashion, além do portal da Vogue Giollo, da Itália, onde se publicam os melho-res designers do mundo inteiro.

Jéssica Rangel

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ESPECIAL

No Pará:

Miguel das Mercês dos Santos, 19 anos, é o típico ex-achiever que sabe aproveitar as oportunidades. Após participar do Programa Miniempresa, o jovem ingressou no Nexa Pará e ocupou o cargo de Gerente--Geral no ano de 2013. No mesmo ano, atuou como es-tagiário na Junior Achievement Pará.

No Rio de Janeiro:

Durante seu envolvimento nas atividades da Asso-ciação, Miguel participou de diversos eventos nacio-nais e internacionais. Incentivado pelos colaboradores da unidade local, ele se inscreveu e venceu o prêmio Finep Jovem Inovador, em 2012.

Técnico em Agrimensura, o jovem, atualmente, está desenvolvendo atividades na Getop Topografi a, em Alagoinhas-BA.

Quando aluno do Ensino Médio, no Colégio Pi-nheiro Guimarães, Adriano Ishibashi participou do Programa Miniempresa piloto no Rio de Janeiro. O jo-vem também atuou por seis anos no setor de marketing e coordenação de programas da Junior Achievement Rio de Janeiro.

Em função da grande demanda de serviços como fotógrafo, saiu da Associação para se dedicar à foto-grafi a. Mas não se desligou totalmente, Ishibashi atua como voluntário e parceiro profi ssional.

A experiência com a Junior Achievement marcou sua vida de maneira defi nitiva. “Quando participei do Miniempresa fui Diretor de Produção e aprendi que a receita para o sucesso é fazer um excelente planeja-mento estratégico, organizando todas as ações e esta-belecendo metas”, declara Adriano.

O jovem de 27 anos, que hoje é proprietário da Ishibashi Photography, também participou do Nexa como Gerente de RH e como Gerente-Geral do Nú-cleo. “No Nexa, aprendi a lidar com pessoas, opiniões e costumes diferentes, mas acima de tudo, respeitar cada uma delas. Aprendi que em todo instante o re-lacionamento interpessoal sempre será um desafi o”, comenta.

Após coordenar o Núcleo de Ex-Achievers, surgiu o convite para fazer parte da equipe Junior Achievement Rio de Janeiro. “A experiência foi incrível, o desafi o maior foi superar a timidez”, recorda. Durante a ex-periência no setor de comunicação da Organização, Ishibashi acompanhava a fotógrafa ofi cial nos eventos e aproveitava para também fazer registros com sua câ-mera. Isso fez com que o jovem enxergasse uma opor-tunidade de realização profi ssional.

“Hoje, tenho minha própria empresa, que presta serviços fotográfi cos atendendo pessoas físicas e jurí-dicas. Também trabalho em uma agência de fotojorna-lismo, onde já realizei coberturas de grandes eventos. Em meu currículo carrego fotos publicadas na Folha de São Paulo, Jornal Metro entre outros jornais impressos e portais de notícias on-line”, fi naliza Adriano.

Adriano Ishibashi

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ESPECIAL

No Rio Grande do Norte:

Brenda de Medeiros Bezerra conheceu a Junior Achievement a partir do Programa Miniempresa. “Fui eleita Diretora de Produção e o Programa fez com que eu desenvolvesse habilidades de liderança, comunica-ção, tomada de decisão em momentos críticos, perda da timidez ao falar em público, importância do trabalho em equipe, além de habilidades de organização e planeja-mento”, comenta ela.

Depois do Miniempresa, Brenda participou do Nexa--RN, outra experiência de extrema importância para a sua carreira. “Tive contato com muitos empresários, oportunidade de organização e coordenação de grandes eventos e participação em cursos, além de aprender al-guns aspectos relacionados à divulgação e importância da criação de uma rede de contatos, já que estava na Gerência de Marketing, área que nunca havia atuado anteriormente”, relata.

Na época da miniempresa, ela já tinha algum conhe-cimento sobre chocolate e isso fez com que seus colegas

escolhessem chocolate como produto da miniempresa e criaram a Trufeiros S.A./E. “Essa experiência de lide-rar a produção de trufas e ver que este produto ‘caiu na graça’ dos consumidores, tanto no colégio quanto nas feiras que realizamos, fez com que eu percebesse que poderia aprimorar minhas técnicas e trabalhar com isso. Hoje, após a faculdade de gastronomia e cursos, traba-lho no ramo de alimentação produzindo além de doces (cupcakes e brigadeiros gourmet), jantares e eventos”, relata a ex-achiever, com orgulho. Segundo ela, “a mi-niempresa foi fundamental para que eu desse o pontapé inicial na minha carreira e visualizasse uma oportuni-dade de trabalho, sendo meu próximo passo a realiza-ção do meu sonho: a abertura de uma doceria. E isso eu devo a Junior Achievement, por ter me ensinado o que é a importância do espírito empreendedor que, a partir do Miniempresa, e seguido pelo Nexa-RN, tornou-se uma parte de mim e foi fundamental para meu crescimento profi ssional”.

Em Pernambuco:

Olga Lucena, Gerente Administrativa da Junior Achievement Pernambuco, é uma ex-achiever que desenvolveu habilidades e descobriu aptidões no Pro-grama Miniempresa. Hoje, formada em Administração e cursando MBA em Gestão de Projetos, percebe que conhecer a Associação a fez acreditar em seus sonhos e, principalmente, no potencial em empreender.

Durante seu envolvimento como aluna dos progra-mas, Olga participou do Miniempresa, Liderança Co-munitária, Empresário-Sombra Por Um Dia e Nexa.

A pernambucana comenta que, por ter participado de diversos programas, hoje, consegue compreender as necessidades dos jovens benefi ciados. Desta forma, juntamente com a equipe da JAPE, desenvolve estraté-gias que garantem o engajamento dos alunos e volun-tários nos programas.

“Participar dos programas da Junior Achievement de Pernambuco foi a experiência mais completa que vivi. Entrei no mercado de trabalho com pensamento positivo, confi ante nas minhas escolhas, sempre pen-sando em formas criativas para solucionar problemas, enfrentar desafi os e superar limites”.

Olga Lucena

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PROJETOS NACIONAIS

7.662 jovens benefi ciados, mais de 60 mil horas de trabalho vo-luntário doadas e 400 escolas en-volvidas. Estes números refl etem o sucesso do Projeto Nacional Sebrae que, em um convênio fi r-mado com a Junior Achievement, leva a educação empreendedora para todos os cantos do País, tra-balhando valores como a ética, a sustenta bilidade e a vontade de fa-zer a diferença!

Em 2013, o encerramento do pro-jeto aconteceu em Brasília, durante o Prêmio Miniempresa, que reuniu as 30 melhores empresas estudantis de todo o País. A abertura da Feira con-tou com a presença das lideranças do Sebrae e da Junior Achievement, que além de prestigiar o trabalho dos alunos, ainda puderam reco-nhecer o envolvimento dos volun-tários que entraram em sala de aula para levar o Programa Miniempresa aos jovens.

Jorge Gerdau Johannpeter, Presi-dente do Conselho Consultivo da Junior Achievement Brasil, junto com o Diretor-Presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barrett o, fi zeram discursos de abertura impactantes, antes de cortarem a fi ta da inaugu-ração da Feira. Juntaram-se a eles, o Presidente do Conselho Diretor Nacional, Marcelo Carvalho, a Su-perintendente Nacional, Wilma Resende Araujo Santos e a Conse-lheira Janete Vaz. Representando o Sebrae, participaram o Diretor--Técnico, Carlos Alberto dos Santos, o Diretor de Administração e Finan-ças, José Cláudio dos Santos e a Ge-rente da UCE, Mirela Malvestiti.

“Eu vi ideias interessantíssimas, produtos extremamente inovado-res e uma garotada muito motivada. Eles têm todas as condições de ter uma trajetória empreendedora de sucesso”, afi rmou Marcelo Carvalho durante sua visita aos estandes.

O Prêmio Miniempresa reconheceu o trabalho de jovens empreendedores que criaram produtos criativos, sustentáveis e inovadores.

Celebrando o empreendedorismo

Jovens empreendedores mostram toda a sua alegria durante o Prêmio

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PROJETOS NACIONAIS

Para a Superintendente Nacio-nal da Junior Achievement, “o fato destes jovens terem chegado até aqui prova que eles trabalharam muito. E venceram!”. Wilma re-força que “a responsabi lidade dos jovens, com o mundo, começa agora. Eles precisam se qualifi car cada vez mais, descobrir potenciais e qua lifi car estes potenciais”.

Para o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, não há limites para as oportunidades que estes jovens te-rão no futuro. “A questão é identifi -car estas oportunidades”, pondera. Segundo ele, “outro ponto impor-tante é desenvolver um produto e ter persistência. A palavra per-sistência é decisiva na vida, para qualquer área do conhecimento e para a área empresarial também”. Para fi nalizar, Gerdau deixou a seguinte mensagem para os estu-dantes: “Procure oportunidades, procure o produto certo. Com per-sistência, a gente chega lá”.

Procure oportunidades,

procure o produto certo. Com

persistência, a gente chega lá.

Estes jovens serão o futuro, serão inovadores em

seu trabalho e irão mudar o Brasil.

Jorge Gerdau Johannpeter

Luiz Barretto

Junior Achievement Brasil

Sebrae Nacional

Já Luiz Barretto valorizou a par-ceria com a Junior Achievement e a transformação que o Pro-grama Miniempresa realizou nos jovens. “Eu estou muito feliz com esta parceria, pois significa um projeto de longo prazo que vai melhorar o Brasil. Aqui está o futuro do País”, afirmou, con-victo. Para Barretto, desenvol-ver uma cultura empreendedora é fundamental. “Eu tenho certeza que vamos crescer e ter experi-ências muito exitosas. Agora, 20 mil jovens estão no nosso radar e trabalharão para um futuro pro-fissional de sucesso”. O Diretor--Presidente também mencionou, com alegria, a questão da preocu-pação dos jovens com a susten-tabilidade, “que é um eixo do sé-culo XXI e estão antenados com o que está ocorrendo. Estes jovens serão o futuro, serão inovado-res em seu trabalho e irão mudar o Brasil”.

Da esquerda para a direita: Jorge Gerdau, Janete Vaz, Wilma Araujo Santos, Carlos Alberto dos Santos, José Cláudio dos Santos, Marcelo Carvalho e Luiz Barretto

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PROJETOS NACIONAIS

O líquido resultante do processo de putrefação e decomposição dos cadáveres há muito tempo é um problema social e ecológico. Ecoló-gico, pois este líquido – conhecido como necrochorume – é formado por alguns compostos extrema-mente tóxicos que, ao se infi ltra-rem na terra, podem contaminar reservas de água e lençóis freáti-cos. As toxinas e microorganismos presentes podem causar doenças como hepatite, febre tifóide, para-tifóide, tuberculose e escarlatina. Social, pois é tão crítico em zonas super povoadas quanto em locali-dades isoladas.

No Brasil, a partir do início do século XVIII, foram criadas le-gislações que visavam a limitar o impacto ambiental. No entanto, apesar de haver uma lei que obriga

A trajetória de jovens dos 27 Estados foi reconhecida durante o Prêmio, que teve como campeã a Miniempresa Necrobag, de Limeira/SP.

os cemitérios a terem sistemas de tratamento de necrochorume (CO-NAMA 335 de 03 de abril de 2003), o fato é que a maioria deles não apresenta estanqueidade em seus túmulos e, por esta razão, há um vazamento natural do líquido.

Como solução para este pro-blema de grandes proporções, os alunos da Escola Jandyra, de Li-meira, em São Paulo, adaptaram um produto já presente no mercado funerário de maneira simples e acessível. Dentro da experiência do Programa Miniempresa, os jovens estudantes entraram em contato com advisers e, enquanto apren-diam noções de empreendedo-rismo e mercado, começaram a de-senvolver o produto – uma manta feita de plástico e TNT, cuja função seria absorver o necrochorume e

Uma disputa criativa, inovadora e sustentável

evitar que ele contaminasse o solo. Ao longo das 15 semanas de ativi-dades, produziram e comercializa-ram as chamadas necrobags, cada uma por R$ 46,00, para Casas Fu-nerárias de sua cidade.

A jornada da Necrobag S.A./E culminou na premiação nacional de miniempresas, que aconteceu em Brasília, em dezembro de 2013. Dentre as 30 equipes participan-tes, os jurados decidiram recom-pensar a Necrobag com o primeiro lugar no evento, e um prêmio de R$ 5 mil.

“A gente só tem duas certezas: a vida e a morte. E o necrocho-rume tornou-se um problema para o meio ambiente. Assim, nasceu o nosso produto”, contou o estudante Jorge Domingos, 16 anos, membro da Necrobag.

Alunos da Necrobag S.A./E apresentam seu produto aos jurados

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PROJETOS NACIONAIS

mundo empresarial. “Tenho certeza de que, por meio do empreendedo-rismo e da inovação, eles ajudarão a mudar o País”.

Outras quatro equipes também tiveram seu trabalho reconhecido. A Mi-Au S.A./E, do Mato Grosso do Sul, foi o destaque em susten-tabilidade, pois desenvolveu uma cama para animais de estimação com pneus reutilizados. A catego-ria inovação fi cou com a USByte S.A./E, de Minas Gerais, criadora de pulseiras de pendrive. A Iaçar-tes S.A./E, do Pará, levou a catego-ria qualidade, por aproveitar o açaí como matéria-prima para objetos de decoração e bijuterias.

Por fi m, o case de sucesso foi para a Vision Limp S.A./E, com-posta por alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que criaram um produto químico para limpeza de lentes de óculos, visor de celulares e outros apare-lhos. A Vision Limp foi a primeira miniempresa universitária no pro-jeto, garantindo uma participação especial no Prêmio.

Reconhecimento

Wilma e Gerdau visitam os estandes dos estudantes de Santa Catarina

A Miniempresa Bamboom S.A./E, do Rio Grande do Sul, foi a segunda colocada na competição por ter desenvolvido um amplifi -cador para telefones celulares que permite tornar mais alto o som de músicas emitidas pelo aparelho. Já o terceiro lugar foi conquistado pela Inova Teen S.A./E, de Per-nambuco, que desenvolveu um chaveiro organizador de fones de ouvido – evitando que o fi o do acessório embole e seja melhor conservado. Os grupos premiados com a segunda e terceira coloca-ções receberam, cada um, R$ 3,5 mil e R$ 1,5 mil, respectivamente.

“Estou certa de que daqui sairão grandes empresários, tendo em vista a qualidade de todos os projetos, que levarão consigo ins trumentos para empreender cada vez mais”, ressal-tou a Gerente-Adjunta da Unidade de Capacitação Empresarial do Se-brae, Olívia Castro. Para a Conse-lheira da Junior Achievement Brasil, Janete Vaz, com o resultado apresen-tado no concurso há a convicção de que os jovens farão a diferença no

Nosso agradecimento es-pecial aos jurados do Prê-mio Miniempresa 2013:

Ana Carolina Ferreira de Siqueira Arthur Campos RibeiroCleide de França SantosFlávia Azevedo FernandesIsabel Cristina Barcellos RodriguesLídia Henrique do NascimentoLuciana SalomãoMarcela Souto de Oliveira Cabral TavaresMarcos OliveiraNilma Lima Limeira PereiraOscar OliveiraRafael da Silva PeresRejane Botelho Parente RisuenhoTatiana Moura

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PROJETOS NACIONAIS

O primeiro passo rumo ao fu-turo do Programa Miniempresa foi dado, neste ano, através de tecno-logias pioneiras da Dell. A parceria com a empresa prevê a utilização da tecnologia em programas de em-preendedorismo em escolas públi-cas brasileiras, gerando uma evolu-ção tecnológica no Programa mais tradicional da Junior Achievement no Brasil.

O anúncio ofi cial aconteceu na Escola Municipal de Ensino Fun-damental Joaquim Nabuco, em São Paulo e contou com a presença de Luis Gonçalves, Diretor-Geral da Dell Brasil e de Wilma Resende Araujo Santos, Superintendente da Junior Achievement Brasil.

“Por meio desse projeto com a Junior Achievement, queremos

A Miniempresa do futuro

A Dell, com suas tecnologias pioneiras e colaboradores engajados, está levando a inovação para escolas do Rio Grande do Sul e de São Paulo.

estimular que os estudantes do En-sino Médio desenvolvam o espírito empreendedor e, assim, estejam me-lhor preparados para o mercado de trabalho”, afi rma Gonçalves. “Além disso, compartilharemos com os es-tudantes alguns valores que estão enraizados na cultura da Dell, em especial as boas práticas como ética, integridade e comprometimento”, complementa, com satisfação, o Di-retor-Geral da Dell no Brasil.

Para promover um ambiente tecnológico para os alunos das es-colas que fazem parte do Miniem-presa, a Dell forneceu servidores, tablets, notebooks e projetores ao projeto da Junior Achievement. Por meio dessas tecnologias, os alunos estão conectados com os voluntá-rios da Dell para o aconselhamento

presencial e à distância. As infor-mações de trabalho das miniem-presas fi cam armazenadas em ser-vidores Dell.

Em 2014, o projeto benefi ciará 175 jovens através do Programa Mi-niempresa e, em 2015, 150 alunos serão benefi ciados pelo Programa.

De coração, eu desejo que vocês sejam os

empreendedores do futuro.

Luis GonçalvesDell Brasil

Todo mundo junto: alunos, voluntários, lideranças e representantes da Escola Joaquim Nabuco na foto oficial

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As vantagens de permanecer na escola

Além do Programa Miniempresa, jovens de escolas públicas estão sendo benefi ciados pela parceria através do combate à evasão esco-lar. Voluntários da Dell estão apli-cando o Programa As Vantagens de Permanecer na Escola (VPE).

Ao todo, a parceria vai permi-tir que, até o fi nal do ano, 650 estudantes de escolas de Hortolân-dia, São Paulo, Eldorado do Sul e Porto Alegre tenham contato com os Programas, através da atuação de voluntários da empresa.

O Programa VPE marcou a abertura do projeto na Escola

Joaquim Nabuco. Após as apli-cações, o Diretor-Geral da Dell e a Superintendente Nacional da Junior Achievement puderam conversar com os jovens para sa-ber mais sobre os aprendizados no Programa.

Luis Gonçalves, emocionado, confessou aos alunos: “Eu queria ser professor e ainda não apaguei este sonho da minha vida”. Ele re-forçou que sonhar é importante, não importa a idade, e fi nalizou afi rmando: “De coração, eu desejo que vocês sejam os empreendedo-res do futuro.

Com a palavra, os voluntários

da Dell:

“Acredito que uma semente foi plantada em cada

aluno que participou do programa e que os reflexos

irão ocorrer a partir de agora, com a diminuição

da evasão escolar.”

“Agradeço a parceria Junior Achievement e Dell por me proporcionar esta

oportunidade. Foi uma experiência valiosíssima

tanto pessoalmente quanto profissionalmente.”

“Estar em uma sala de aula depois de alguns anos fora, notando nos olhares

e comentários das crianças que aprenderam conceitos novos em uma segunda-feira bastante divertida e

diferente, me deixou muito orgulhoso de fazer parte

desta transformação.”

“Pensar que, com apenas algumas horas de nosso

tempo, podemos nos tornar agentes de mudanças nas

vidas dessas crianças é algo realmente sem preço.”

Andreia Apelgren Hypolito

Rodrigo Avelar

Clayton Rodrigues

Anselmo Chirico

Luis Gonçalves e Wilma Araujo Santos assinam a parceria Dell e Junior Achievement

Voluntários da Dell recebem certificado de participação em programa de combate à evasão escolar

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PROJETOS NACIONAIS

Contribuir para o desenvol-vimento dos jovens através de programas focados em empreen-dedorismo, educação fi nanceira, combate à evasão escolar e prepa-ração para o mercado de trabalho. É com esse objetivo que a parceria com o HSBC se mantém sólida no Brasil, com a participação de vo-luntários engajados nos programas da Junior Achievement.

Linko Ishibashi, Superinten-dente Executiva de Sustentabi-lidade do HSBC, reforça que o Grupo HSBC investe em educação fi nanceira desde 2009, quando iniciou a parceria global com a Junior Achievement. “Iniciamos com o Programa Mais Do Que Di-nheiro, que foi desenvolvido ex-clusivamente para o HSBC. Em 2013, fortalecemos ainda mais a parceria, investindo em progra-mas que buscam enriquecer o aprendizado das crianças e dos jovens. Dentro do tema Educação Financeira temos os Programas: Mais Do Que Dinheiro, As Van-tagens de Permanecer na Escola, Finanças Pessoais e Habilidades para o Sucesso. Em uma aborda-gem de longo prazo, temos o Ati-tude pelo Planeta”, relata ela.

Segundo Linko, o fortaleci-mento da parceria permitiu aten-der um número maior de alunos e oferecer mais oportunidades para os colaboradores voluntários do HSBC, em várias cidades do Brasil.

Voluntários como Neiva Soa-res, Superintendente Regional do HSBC Bank Brasil S.A., em São Paulo. Ela afi rma que ser voluntá-rio é algo gratifi cante. Neiva par-ticipou do Programa Mais Do Que Dinheiro e percebeu, em sala de aula, que a interação com crian-ças e adolescentes, falando sobre a importância da condução e uso do dinheiro, é um assunto muito relevante: “O Programa é dinâmico e de fácil aplicabilidade e podemos contar com o apoio de ferramentas e facilitadores comprometidos em fazer o melhor!”.

Segundo Linko, o Mais Do Que Dinheiro “tem sido muito bem recebido pelos voluntários por-que, além de poder contribuir na formação da cultura de utilização

consciente do dinheiro para alu-nos de escolas públicas, também utiliza suas habilidades e com-petências como colaborador do HSBC”.

A Superintendente reforça que o HSBC tem a educação como um dos seus pilares de investimento social e a capacitação dos jovens para o mercado de trabalho é uma das prioridades. “Estas parcerias permitem uma preparação qua-lificada do jovem, valorizando o seu potencial criativo e inovador. Acreditamos que é possível uma sociedade participativa para que as oportunidades sejam acessí-veis a todos. Somente por meio da educação alcançaremos esse objetivo”, pondera Linko, com muita sabedoria.

Desde 2009, cerca de 8 mil

jovens foram beneficiados

pela parceria Junior

Achievement e HSBC.

Preparando jovens para os desafios do futuro

Voluntários do HSBC em Santa Catarina, se preparando para aplicar o Programa Habilidades para o Sucesso

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Em uma tentativa de diminuir o elevado índice de famílias brasi-leiras endividadas, o Banco Cen-tral do Brasil fi rmou parceria com organizações fi nanceiras para pro-mover a Semana de Educação Fi-nanceira. A Junior Achievement e o HSBC se uniram à iniciativa com o desenvolvimento do Programa Mais Do Que Dinheiro. Só em 2014, a parceria benefi ciou mais de 1.300 alunos.

“Em 2014, pudemos celebrar a parceria numa atuação conjunta na Semana de Educação Finan-ceira, por meio da Febraban – Fe-deração Brasileira de Bancos –, que tem como objetivo contribuir para fomentar o tema no Brasil”, afi rma Linko, com satisfação.

Com o apoio de diversas insti-tuições, o evento é a primeira mo-bilização nacional pela educação fi nanceira e aconteceu em mais de 60 cidades brasileiras, através de plataformas presenciais e virtuais.

“As instituições fi nanceiras têm uma participação importante nessa conscientização e orientação dos clientes. O dinheiro e a oferta de crédito podem ser utilizados a fa-vor de uma sociedade mais sadia no consumo consciente e sustentá-vel”, fi naliza Linko.

O Projeto Future First, em parceria com o HSBC e a Junior Achievement, beneficiou mais de 500 alunos do Ensino Funda-mental de escolas públicas nos Estados do Pará, São Paulo e Paraná, através da aplicação do Programa As Vantagens de Per-manecer na Escola, fazendo com que o aluno entenda o papel da educação para o seu futuro.

Semana de Educação Financeira

HSBC no combate à evasão escolar

O Mais Do Que Dinheiro, além de ser um Programa baseado nas competências, é também uma forma de conectar o colaborador voluntário na comunidade onde o HSBC está presente. Todos ganham: os estudantes, os colaboradores e a sociedade.Linko Ishibashi Superintendente Executiva de Sustentabilidade do HSBC

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PROJETOS NACIONAIS

O Projeto Nacional Klabin 2014 teve, como foco, o tema Sustenta-bilidade. Com parcerias de escolas públicas, das Secretarias de Edu-cação e participação dos voluntá-rios do Grupo Terra Viva – Asso-ciação de Voluntários da Klabin, o Programa Nosso Planeta, Nossa Casa, da Junior Achievement, foi implantado em escolas de Santa Catarina, em Itajaí, Correia Pinto, Otacílio Costa e Lages, de São Paulo, em Angatuba e Piraci-caba, do Rio Grande do Sul, em São Leopoldo e do Paraná, em Telêmaco Borba.

Ao todo, 800 jovens entre 9 e 14 anos foram benefi ciados pela par-ceria, que envolveu mais de 50 vo-luntários colaboradores da Klabin.

“Aplicar o Programa Nosso Pla-neta, Nossa Casa foi algo muito gratifi cante, pois percebemos o entusiasmo dos estudantes em aprender mais sobre as maneiras de ajudar o planeta e de conhecer a Klabin”, conta Franciele Siqueira, voluntária no Rio Grande do Sul. Para a sua colega, Emilene Ca-breira Dias, a experiência foi im-portante para levar mais conhe-cimentos às crianças. “No fi nal,

quem mais ganhou fomos nós. Adorei!”, comemora.

Já para Thaiane da Silva de Souza, também do Rio Grande do Sul, a parceria permitiu transmitir o aprendizado de sustentabilidade que os colaboradores da Klabin recebem, diariamente. Josiane de Freitas Aschidamini, do Rio Grande do Sul, concorda e afi rma que a par-ticipação foi importante tanto para o lado profi ssional quanto pessoal. “Foi gratifi cante ver as ‘carinhas’ das crianças felizes por receber uma aula diferenciada e de poder com-partilhar seus conhecimentos”, co-menta ela, com alegria.

No Paraná, a voluntária Lucilene A. F. Medeiros, do Grupo Terra Viva, conta que atua com voluntariado desde 2004, em Monte Alegre, mas a participação no Projeto da Junior Achievement foi algo inédito. “Nunca tinha experimentado ‘ser professora’ e isso abriu meus olhos para a ver-dadeira situação da educação em nosso País. Percebemos a carência de nossas crianças e que podemos aju-dar sim, com trabalhos sérios como esse que, com certeza, levou um pouco mais de conhecimento a elas”, afi rma, com satisfação.

Através de jogos,

brincadeiras e atividades

lúdicas, crianças do

Paraná, Santa Catarina, Rio

Grande do Sul e São Paulo

recebem, dos voluntários

da Klabin, a semente

da sustentabilidade.

Compromisso com o Planeta Terra

Com a palavra, as crianças!

“Entendi que não podemos desperdiçar o que temos,

como a água e os alimentos. Gostei muito da aula, pois o que eu não sabia, sei agora.”

“Na minha opinião, o projeto foi muito divertido. Se eu pudesse fazer um desejo,

faria que eu pudesse participar deste programa

todos os dias.”

Maria Eduarda Demiciano5º ano | Ensino Fundamental

5º ano | Ensino FundamentalLuane Ferreira

Voluntária da Klabin e estudantes do Rio Grande do Sul

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PROJETOS NACIONAIS

A GE Foundation mantém, há mais de 10 anos, uma parceria de sucesso com a Junior Achievement na América Latina. No Brasil, so-mente em 2014, cerca de 1.300 jo-vens foram benefi ciados. A ação, distribuída em quatro Estados – São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco – não teria sido possível sem a participação dos colaboradores voluntários en-gajados na educação empreende-dora, que conscientizam jovens sobre o mundo dos negócios, mos-trando valores importantes para o seu desenvolvimento pessoal.

Segundo Jasmin Eymery, Ge-rente de Desenvolvimento Susten-tável da GE na América Latina, a Junior Achievement é muito im-portante para a empresa, para o Brasil e para toda a América La-tina. Ela destaca que “os valores da Junior Achievement têm respaldo com nossos valores corporativos, que incluem: coragem, imaginação, foco externo e curiosidade e busca da excelência. O foco da Organi-zação, que é valorizar e promover

o empreendedorismo entre os jo-vens, tornando-os donos de suas vidas, pode contribuir muito com os valores da GE”, afi rma. “É uma parceria estratégica, pois estamos desenvolvendo um trabalho em conjunto, com um investimento real nos países da América Latina”, complementa.

Segundo Jasmin, isto explica a forte aderência entre a GE e a Junior Achievement, justifi cando a amplitude do projeto. “A nossa empresa entende o papel social que tem, tanto pela sua atuação no mercado, quanto no investimento social que ela faz”, pondera.

Para Danielle Abade, Especia-lista em Comunicação da GE, o voluntariado é uma via de mão dupla. “Você volta para a empresa mais motivado. Os jovens têm uma curiosidade para saber como che-gamos ao nosso nível profi ssional”, relata. Para Daniela, o fato de os voluntários já terem passado pelo que os estudantes estão viven-ciando agora, motiva os alunos e os próprios colaboradores.

A GE Foundation, parceira

da Junior Achievement na

América Latina e no mundo,

acredita na sinergia entre

os valores da empresa

e os princípios da Junior

Achievement e quem sai

ganhando são os jovens

e os voluntários.

Investindo no futuro dos jovens

Voluntários da GE e estudantes em Macaé, no Rio de Janeiro

Gilberto Peralta, Presidente e CEO da GE no Brasil, dá uma dica aos jovens que querem ter sucesso profissional: “Eu diria que é preciso buscar alguma coisa que esteja ligado a sua maneira de pensar. As pessoas precisam buscar algo que esteja em conexão com o que acreditam e que lhes dê alegria em fazer.”

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PROJETOS NACIONAIS

O Projeto Nacional Suzano atingiu um marco importante ex-pandindo a sua atuação para São Paulo (SP), Mucuri (BA) e Impe-ratriz (MA). Segundo o Diretor Executivo e de Recursos Huma-nos da empresa e Conselheiro da Junior Achievement Brasil, Car-los Alberto Griner, a ampliação desse projeto de empreendedo-rismo acontece simultaneamente a um movimento importante para a Suzano.

“Em 2014, a Suzano iniciou o que chamamos de momento de transformação, ou seja, estamos es-timulando nossas lideranças e co-laboradores a serem protagonistas da mudança que queremos ver na empresa nos próximos anos. Isso passa pelo estímulo ao empreende-dorismo, conceito que o Programa Miniempresa trabalha fortemente com os jovens, desenvolvendo ati-tudes e experiências que ajudarão

esses estudantes a despertar um novo olhar sobre suas carreiras e o seu futuro, conhecendo os funda-mentos empresariais pelo método Aprender-Fazendo”, afi rma Griner, com satisfação.

Segundo o Diretor, estender a parceria da Junior Achievement para Mucuri e Imperatriz fortalece os valores e contribui para refor-çar o engajamento dos voluntários para a cultura de empreendedo-rismo social e o papel de cada um na sociedade. “Em Mucuri, temos uma unidade de fabricação de ce-lulose e papel e, em Imperatriz, uma fábrica de celulose. Quando operamos uma unidade, constru-ímos uma parceria de longo prazo com o município e a comunidade que nos acolheu. E por isso, é tão importante para nós ampliarmos a capilaridade dos nossos projetos nas cidades onde atuamos”, reforça Griner.

Para ele, a fase que segue o Mi-niempresa, o Nexa – Núcleo de Ex--Achievers, também é importante na formação dos jovens. “Essa ge-ração é aquela que estará à frente dos negócios e da sociedade, no futuro. Nosso papel é apoiar a for-mação e o desenvolvimento destes novos líderes, que terão o desafi o de fazer gestão de pessoas e bus-car, sempre, um processo inovador que garanta a competitividade e a sustentabilidade dos negócios e do planeta”, fi naliza.

A Suzano Papel e Celulose, através da parceria com

a Junior Achievement, está contribuindo com a formação

de jovens que serão os futuros líderes do Brasil.

Momento de transformação

Desenvolver um projeto em parceria com a Junior

Achievement, integrando colaboradores voluntários,

escolas e empresa, é funda-mental para um processo de desenvolvimento local, ger-

ando valor para essas regiões e fortalecendo o nosso com-promisso com a educação e o desenvolvimento social local.

Carlos Alberto GrinerDiretor Executivo e de Recursos Humanos

Suzano Papel e Celulose

Carlos Alberto Griner é voluntário da Suzano em sala de aula, em São Paulo

Voluntários da Suzano, em Mucuri

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PROJETOS NACIONAIS

A MetLife tem sido parceira da Junior Achievement no mundo, desde 1978, apoiando o desenvolvimento econômico de jovens a nível local, através do volun-tariado e da liderança. Em 2014, a parceria chegou ao Brasil, através do Programa Finanças Pessoais.

Por meio de jogos, simulações e conceitos apresen-tados pelos colaboradores da empresa, cerca de mil es-tudantes do Ensino Médio de São Paulo foram estimu-lados a ter consciência fi nanceira.

“Achei muito interessante e muito importante sa-bermos administrar nosso dinheiro com facilidade”, afi rmou a estudante Mariana Fonseca, da Escola Es-tadual Professor Andronico de Mello. Para Natália Ribeiro da Silva, aluna da mesma escola, o Programa permitiu “sair da rotina, sem contar que posso, tam-bém, orientar pessoas que eu conheço”.

Para os voluntários, poder levar seus conhecimen-tos para os jovens também foi algo especial. “Participar do Programa Finanças Pessoais foi algo extremamente gratifi cante”, comenta Simone Costa.

Já o voluntário Vinicius Augusto Rodrigues acre-dita na educação fi nanceira pessoal, e afi rma que esse deveria ser um assunto discutido desde a infância com todos.

“Agradeço a MetLife por me proporcionar esta opor-tunidade de oferecer um pouco da minha experiência, e dividir com jovens tão sedentos por conhecimento. Agradeço também a Junior Achievement por este tra-balho tão bonito, pois cada criança que ali ajudamos é uma esperança de que esse mundo será, sim, o mundo que sonhamos”, afi rmou Queli Brito.

Equilíbrio financeiro desde a escola

Através da parceria MetLife e a Junior Achievement, jovens da rede pública aprendem conceitos de educação financeira.

MetLife premia Junior Achievement por projeto de excelência e inovação

A Pesquisa de Egressos da Junior Achievement Brasil foi destaque entre projetos do mundo todo

A MetLife Foundation reconheceu a Junior Achievement Brasil através do Prêmio “Entrepreneurial Award”, por representar a abordagem inovadora e empreendedora ao de-senvolvimento de programas que ensinam jo-vens a controlar suas finanças. O prêmio, criado em 2001, tem o objetivo de fornecer apoio fi-nanceiro para ideias em potencial. No Brasil, o destaque foi a Pesquisa de Egressos, que tem como objetivo avaliar as mudanças provocadas nos jovens que passaram pelo Programa Mi-niempresa e se tornaram empreendedores de sucesso, gerando riqueza para o País. O Presidente e CEO da Fundação MetLife, Dennis White, disse que a inovação e o es-pírito empreendedor são muito importantes para atingir resultados futuros. “Através de seus programas diversos, todas as operações da Junior Achievement, merecedoras de pre-miações, exemplificam esses traços e mos-tram seu valor em mudar as vidas de milhões de jovens que procuram construir um futuro seguro”, avalia o dirigente.

Voluntários da Metlife, em São Paulo

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PROJETOS NACIONAIS

O voluntariado é, hoje, uma fer-ramenta fundamental para a socie-dade, pois dá vida às mais nobres aspirações da humanidade. O vo-luntário é um doador de tempo, de conhecimento, de história de vida.

O voluntariado corporativo, por sua vez, expressa a relevância do que a empresa estimula na atuação do seu colaborador, tornando pos-sível a formação pessoal do volun-tário, ao entrar em contato com os jovens, em sala de aula.

A Ultragaz é uma destas empre-sas que infl uenciam o trabalho vo-luntário e estão empenhadas em melhorar o ambiente organizacio-nal através de parcerias de sucesso, como a da Junior Achievement.

O Projeto desenvolvido em 13 Estados – Bahia, Santa Cata-rina, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Sergipe, Espí-rito Santo, Maranhão e São Paulo – trabalha temas como o empreen-dedorismo, a sustentabilidade e a educação fi nanceira.

“A participação das empresas parceiras no programa de educa-ção empreendedora é fundamen-tal como preparação dos jovens

para o mercado de trabalho, pois os voluntários conseguem agregar conhecimento da realidade de uma empresa, contribuindo com os fu-turos empreendedores com foco no comprometimento e com visão no social”, afi rma João Roberto Lu-cas Bacaro, Gerente de Mercado da Ultragaz.

Daniela Gentil, Gerente de Sus-tentabilidade da empresa, com ple-menta, dizendo que “a participação das empresas é importantíssima na preparação dos jovens, pois o contato com os executivos pro-porciona, aos alunos, uma pro-ximidade real com o ambiente corporativo, com o mercado de trabalho”.

A voluntária Cristina Gomes, Analista Administrativa da Ultragaz em Pernambuco, comenta que vi-veu um momento inesquecível e único em sala de aula: “Foi muito mais do que ensinar, foi aprender a entender a razão de muitos atos e atitudes que até então não eram compreendidas. Tivemos a opor-tunidade de ampliar os nossos ho-rizontes e nos tornarmos pessoas melhores tanto no âmbito profi s-sional e principalmente social”.

Agentes de transformação

Colaboradores da Ultragaz entram em sala de aula com o objetivo de transformar a vida de jovens de 13 Estados, através da educação para o mundo dos negócios.

“O Projeto, em parceria com a Junior Achievement, desperta o espírito do voluntariado por parte de nossos funcionários,

estando alinhado ao nosso papel social.”

“A Ultragaz tem tido excelentes resultados com o patrocínio dos programas da Junior Achievement, pois temos 114 voluntários em

programas em 13 Estados e pretendemos ampliar a nossa

participação a cada ano.”

João Roberto Lucas BacaroGerente de Mercado da Ultragaz

Gerente de Sustentabilidade da Ultragaz

Daniela Gentil

Voluntários da Ultragaz aplicam o Programa Nosso Planeta, Nossa Casa, em Pernambuco

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PROJETOS NACIONAIS

Voluntários da Cyrela levam aos jovens do Ensino Médio

ensinamentos que os permitem assumir responsabilidade

por um futuro de sucesso.

Protagonistas do futuro

Através da parceria com o Insti-tuto Cyrela, a Junior Achievement trabalha, com jovens, temas impor-tantes para o futuro profi ssional. Os colaboradores da Cyrela apli-caram, em 2014, os Programas Ha-bilidades para o Sucesso, As Van-tagens de Permanecer na Escola, Vamos Falar de Ética e Finanças Pessoais, possibilitando que cerca de 650 estudantes tivessem a ex-periência prática em economia e negócios nos Estados da Bahia, Maranhão, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Pará.

Para os jovens, o resultado foi proveitoso. “Vi que temos que ter muita calma diante de um con-fl ito, sabendo ouvir”, comenta Lucas Carvalho, que participou do Programa Habilidades para o Sucesso, no Maranhão. Já Alice Domingues Giacomet, aluna do

Colégio Estadual Professor Cleto, no Paraná, afi rma que o Habilida-des para o Sucesso “forneceu uma ótima base para montar um currí-culo, contribuindo com a escolha da nossa profi ssão”.

Fernanda Lisboa, do Maranhão, conta que aprendeu a ter paciên-cia com seus colegas de trabalho e passou a reavaliar suas atitudes. “Agora, sei resolver confl itos, ter metas e aplicar minhas habilida-des, defi nindo um propósito, com ideias claras”, complementa.

As escolas também recebem, com alegria, o projeto. “O Pro-grama Habilidades para o Sucesso contribuiu muito, pois estimula os alunos a pensarem em si mesmos no futuro e a se enxergarem pro-fi ssionalmente”, comenta, com sa-tisfação, Regina, Coordenadora da Escola Técnica Guaracy Silveira, de São Paulo.

Participar da Junior Achievement é um prazer. É fácil prender a atenção

dos alunos pois os assun-tos são muito pertinentes,

têm uma ligação direta com o seu mundo.

Um aluno agradeceu, emocionado, o que nós

trabalhamos juntos durante o Programa. Este agradeci-

mento me marcará para o resto da vida.

Tuane Valim

Gabryelly Carneiro

Voluntária da Cyrela, em Porto Alegre

Voluntária da Cyrela, no Maranhão

Voluntários da Cyrela, em sala de aula, no Rio de Janeiro, aplicando programa de combate à evasão escolar

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PROJETOS NACIONAIS

Com o objetivo de levar a edu-cação empreendedora para as cidades onde a empresa está pre-sente – Horizontina (RS), Mon-tenegro (RS), Catalão (GO) e In-daiatuba (SP) – a Fundação John Deere fi rmou parceria com a Junior Achievement para a apli-cação de programas de incentivo ao empreendedorismo para 385 alunos dos Ensinos Fundamental e Médio de escolas públicas. Cerca de 60 funcionários voluntários da John Deere foram envolvidos na ação, através dos Programas Miniempresa, Empresário-Sombra Por Um Dia, Nosso Planeta, Nossa Casa e Finanças Pessoais.

Para Fernanda Schaurich, Se-cretária Executiva da Funda-ção John Deere, a parceria com a Junior Achievement ajudará a pre-parar os jovens para o mercado de trabalho. “São programas que complementam a formação social e profi ssional dos jovens, em te-mas como a educação sustentável

e fi nanceira, a rotina de trabalho, a simulação de gestão de uma empresa, entre outros assuntos que despertam interesse nos ado-lescentes”, completa.

Em Montenegro, o Programa Empresário-Sombra Por Um Dia foi um sucesso. Os alunos acom-panharam a jornada de um colabo-rador da John Deere, aprendendo mais sobre o dia a dia da empresa. “O projeto possibilitou uma troca de experiências, não somente para os estudantes, mas também para nós, profi ssionais da John Deere, que tivemos que mostrar e com-partilhar a nossa rotina diária com estes jovens curiosos, alegres e cheios de energia”, conta a voluntá-ria Moira Pinto.

Já Joni Thonnigs relata que re-ceber a jovem Natani e ter sua companhia ao longo da jornada de trabalho foi uma experiência gratifi cante. “Natani mencionou seu interesse em estudar relações internacionais, então comentei a

Com a participação de voluntários da John Deere, estudantes do Rio Grande do Sul,

São Paulo e Goiás são preparados para os desafios do mercado de trabalho.

Rumo ao sucesso

Os jovens “sombras” e os voluntários Alexandre Pinese, Eduardo Ribeiro e Maurício Mazzuti, na fábrica de Indaiatuba

importância desse tema e demons-trei como são realizadas as reuni-ões e teleconferências com cole-gas de vários países das Américas, Europa e Ásia. Acredito que essa oportunidade ajudou-a a confi rmar seu objetivo de estudos e futura carreira profi ssional. A experiência foi muito produtiva para ambos”.

Em São Paulo, o jovem Marcio de Souza Gonçalvez Junior foi sombra do voluntário Alexandre Pinese e gostou muito de conhe-cer a sua profi ssão: “Aprendi como é um trabalho de um Engenheiro, curiosidades que tinha a respeito e sua importância em uma empresa”, conta ele, com satisfação.

Gostaria de agradecer e ressaltar a importância do trabalho realizado pela Junior Achievement e a Fundação John Deere em nossa Unidade Escolar. A busca pela escolha de uma carreira profissional é sempre uma decisão difícil na vida dos alunos do Ensino Médio e ações como essas, sem dúvida, contribuem muito para uma reflexão mais elaborada e com mais conteúdo, favorecendo, assim, um melhor discernimento.Diretor Dorival PeromingoEscola Estadual Profª Annunziatta L. V. PradoIndaiatuba/SP

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PROJETOS

A Escola Panamericana, de Porto Alegre, segue o currículo americano e brasileiro. Sua abordagem de ensino prepara os estudantes com habilidades necessárias para vivenciar um mundo sem fronteiras.

O Programa Miniempresa é aplicado desde 2013, com sucesso, na escola. Neste ano, a Miniempresa Wire S.A./E desenvolveu um chaveiro que, ao mesmo tempo, serve para enrolar fones de ouvido. O produto é feito de EVA e cortiça.

Tiago Leivas, adviser da Wire, garante o interesse e participação ativa dos alunos no desenvolvimento do produto. “O entusiasmo foi geral e as difi culdades su-peradas a cada momento”. Sergio Copstein, também foi adviser da Miniempresa e contribuiu para o sucesso da produção.

“A experiência foi fantástica para todos que absor-veram o conhecimento de serem empreendedores e tomaram suas decisões. O grupo conseguiu atingir as metas de produzir 300 unidades por jornada e 1.500% de lucratividade”, fi naliza Tiago, voluntário da Junior Achievement há 10 anos.

Pensando na excelência do ensino aos alunos, a Pan American School

é parceira da Junior Achievement na aplicação do Programa Miniempresa.

Formação de jovens empreendedores

Tiago e os ex-achievers da Wire S.A./E

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PROJETOS NACIONAIS

Há uma grande diferença entre os problemas que en-frentamos, hoje, no mundo, e as soluções que oferece-mos. Por isso, construir um negócio que soluciona pro-blemas sociais tem sido uma estratégia de sucesso para o futuro. A inovação social estabelece um novo paradigma, fazendo com que os negócios feitos por pessoas e para as pessoas se transformem em reais sistemas de troca, numa relação benéfi ca mútua, construindo soluções que respondam as necessidades sociais. Esta é uma lógica sustentável a longo prazo, a lógica de prosperidade.

E foi pensando nisso que a Junior Achievement, em parceria mundial com a HP, vem desenvolvendo, com sucesso, o Social Innovation Relay, projeto que, através de uma competição internacional, estimula a criação de ideias de inovação social por jovens entre 15 e 18 anos. Ocorre, simultaneamente, em diversos países, em duas etapas. Primeiro, são selecionadas as equipes nacional-mente que, então, irão concorrer na etapa mundial.

Em 2014, a equipe campeã da fase nacional veio do Rio Grande do Sul. A Kanguru – formada por alunos

do Colégio Bom Conselho, de Porto Alegre – concor-reu na Final Global com equipes de outros 17 países. O segundo e terceiro lugares foram, respectivamente, para a Geração Saúde, de São Paulo e para a GIG HP, do Rio de Janeiro. Todos os integrantes da equipe Kan-guru receberam um tablet da HP.

“A energia de todos os jovens foi contagiante. Foi consenso entre os jurados a importância de todos os temas escolhidos e a criatividade das propostas. É muito bom ver consciência social na juventude, re-nova a crença de um mundo melhor no futuro”, afi rma Cirano Silveira, voluntário da HP.

A avaliação da etapa mundial teve transmissão si-multânea e online para todos os países integrantes da competição. No Brasil, o evento ocorreu na sede da Ju-nior Achievement Brasil, onde as jovens da Kanguru apresentaram a sua proposta. Ao fi nal, a equipe do Quênia, a Malre Group, sagrou-se campeã mundial, seguida pela equipe Green Barriers, dos Estados Uni-dos e pela Sonder, da China.

O Social Innovation Relay estimula jovens a pensarem num

futuro melhor, desenvolvendo ideias sociais inovadoras.

Ideias para mudar o mundo

Amanda Rodrigues, Natacha Bailly, Lara Wayne e Isabel Becker, da equipe

Kanguru, participaram do desafio de criar e inovar para o bem da vida das pessoas

1º Lugar: Equipe Kanguru | Rio Grande do SulNome da ideia: A Língua de TodosBuscando solucionar problemas de comunicação com as pessoas com deficiência auditiva, o projeto propõe a cria-ção de um aplicativo que tem como objetivo traduzir a lin-guagem dos sinais para a linguagem oral, e vice-versa, no idioma que o usuário escolher e também da linguagem dos sinais de um país/região para o outro.

CONHEÇA AS IDEIAS CAMPEÃS

2º Lugar: Geração Saúde | São PauloNome da ideia: Geração SaúdeHappyBody é um aplicativo que visa a conscientizar e mo-tivar jovens de 10 a 18 anos, com uma vida sedentária, a terem uma vida mais saudável.

3º Lugar: GIG HP | Rio de JaneiroNome da ideia: Implantação de banheiros sociais com duchas para moradores de ruaO projeto tem o propósito de criar instalações que ofere-çam aos moradores de rua acesso a itens básicos de hi-giene pessoal.

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PROJETOS NACIONAIS

“Contribuir na formação dos lí-deres do futuro é o nosso papel, o nosso legado”. A frase, do Pre-sidente da KPMG, Pedro Melo, demonstra a preocupação da em-presa com a preparação de jovens pelo que vem pela frente.

A empresa, parceira nacional da Junior Achievement, investe nos temas empreendedorismo, tam-bém focando o trabalho voluntário na questão da sustentabilidade. “É verdade”, afi rma Melo, para depois

complementar, dizendo que “cui-dar do planeta é cuidar da vida e do lugar que nos dá as condições de realizarmos todo o nosso po-tencial. O projeto Junior Achieve-ment está totalmente alinhado ao nosso compromisso global com o meio ambiente”.

Neste ano, segundo o Presi-dente, a empresa assumiu a res-ponsabilidade de monitorar e redu-zir a sua pegada de carbono global (formada por gases de efeito estufa, principais causadores das mu-danças climáticas), de usar cons-cientemente os recursos naturais do planeta e de contribuir para a conscientização sobre esses temas perante os seus profi ssionais, os clientes e as comunidades.

“Quando falamos de nossos profi ssionais, temos uma série de

A KPMG, parceira nacional da Junior Achievement, incentiva seus colaboradores

a levarem aos jovens conceitos de empreendedorismo com foco em sustentabilidade.

Cuidar do planeta é cuidar da vida

Cada um de nós tem de cumprir o seu propósito: inspirar jovens para que façam as escolhas corretas e as mudanças necessárias. Uma visão sistêmica é imprescindível para o sucesso dessa caminhada, nesse mundo que está cada vez mais complexo, em que as mudanças têm sido cada vez mais rápidas e que, por isso, oferece muitos desafios, mas também muitas oportunidades.Pedro Melo Presidente da KPMG

Com a palavra, os voluntários:

“A experiência de voluntariado me proporcionou a oportunidade de sair do próprio universo para ter contato com o universo do próximo, sendo mais tocante ainda por envolver crianças.”

“Foi mágico, foi especial, e espero fazer parte desta parceria da Junior Achievement e da KPMG por muitos anos.”

Ana Carolina Gomes Assis

Caroline Azevedo Barbosa

Voluntária da KPMG em Minas Gerais

Voluntária da KPMG em São Paulo

campanhas internas além de e-learnings com o foco em susten-tabilidade. Portanto, o Atitude pelo Planeta é um programa que com-plementa toda essa nossa gestão e atua de forma transversal porque, ao mesmo tempo em que leva os assuntos da sustentabilidade para as escolas públicas das 17 comu-nidades no Brasil alcançadas pela ação da KPMG, nos ajuda a com-plementar o conhecimento dos nossos profi ssionais sobre o as-sunto”, relata Melo.

Para ele, o Programa “é completo e demonstra os impactos das nos-sas decisões no dia a dia de forma muito clara, repleto de informações atualizadas e traz o conceito da sus-tentabilidade de forma equilibrada, compreendendo as questões am-bientais, econômicas, sociais, do exercício da cidadania e de gover-nança de forma sistêmica”.

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PROJETOS NACIONAIS

A Junior Achievement fi rmou uma parceria com a PromonLogi-calis, provedora de serviços e solu-ções de tecnologia da informação e comunicação na América Latina, para desenvolver um projeto-piloto do Programa Empresário-Sombra Por Um Dia, na América Latina. Além dos estudantes brasileiros, o projeto também benefi ciou alunos da Argentina, Colômbia e Peru.

Segundo o Vice-Presidente do Instituto GBarbosa e voluntário, Fábio Oliveira, a escolha da JuniorAchievement aconteceu por ser uma organização que comparti-lha dos mesmos valores do Insti-tuto GBarbosa, entendendo que o empreendedorismo é essen-cial para o desenvolvimento de uma sociedade.

No Brasil, 14 alunos participaram da iniciativa, vivenciando um dia dos profi ssionais da PromonLogi-calis em São Paulo, Barueri e no Rio de Janeiro. Na Argentina, dois alunos participaram do projeto, na Colômbia, um aluno foi envolvido, assim como no Peru, onde um estu-dante foi “sombra” de profi ssionais da Logicalis. Ao todo, 16 voluntários da empresa receberam “sombras”.

Instituto GBarbosa amplia participação nacional

Junior Achievement firma parceria com a PromonLogicalis

Consolidada em Sergipe,

a parceria com o Instituto

GBarbosa chegou, em 2014,

à Bahia e Alagoas.

O projeto beneficiou jovens do Brasil, Argentina, Colômbia e Peru.

O Grupo GBarbosa, rede de va-rejo de Sergipe, iniciou, em 2013, uma parceria com a Junior Achie-vement do Estado, com a atuação de voluntários no Programa As Vantagens de Permanecer na Es-cola para os alunos da E.M.E.F. Oviedo Teixeira, benefi ciando mais de 60 alunos, através de um projeto piloto.

Marcus Antonio, de 13 anos, com-preendeu, com o Programa, a im-portância de continuar estudando e já sabe o curso que pretende fazer na Universidade. “Entendi que preciso ter educação, e, por isso, vou estudar Letras na Universidade”. Seu colega Marcos Felipe, de 12 anos, pretende ser bombeiro.

O Programa Empresário-Sombra Por Um Dia permite que os estu-dantes tenham a oportunidade de seguir os passos de um executivo na sua jornada de trabalho, desde a lei-tura dos jornais, pela manhã, às reu-niões de negócios, visitas a clientes e tarefas rotineiras. O objetivo do Programa é aproximar estudantes e profi ssionais, promovendo o cresci-mento e aprendizado dos jovens.

Em 2014, o projeto foi expandido para Bahia e Alagoas, benefi ciando cerca de 750 alunos através dos Pro-gramas As Vantagens de Permanecer na Escola, Finanças Pessoais e Intro-dução ao Mundo dos Negócios. Nos próximos anos, o projeto será expan-dido para os Estados com atuação das empresas do Grupo Cencosud, da qual o GBarbosa faz parte.

Estudantes e voluntários de Sergipe durante a aplicação do As Vantagens de Permanecer na Escola

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PROJETOS NACIONAIS

Voluntários da AT&T entraram em sala de aula, pelo segundo ano consecutivo, para, através do Pro-grama Habilidades para o Sucesso, benefi ciar 476 alunos nas cidades de São Paulo e Campinas.

Em Campinas, o Coordenador Pedagógico do Ensino Médio da Escola Estadual Orosimbo Maia, Odair Querido Júnior, comenta que a participação no Programa gerou um crescimento intelectual para os alunos. “Espero que possamos continuar nossa parceria que vem desde 2010 e já acrescentou e, te-nho certeza, ainda vai acrescentar,

O Projeto Baxter, em parceria com a Junior Achievement, benefi ciou, em 2014, cerca de 500 alunos dos Ensinos Fundamental e Médio, no Estado de São Paulo, na capital e em Jundiaí, através da aplicação dos Programas As Vanta-gens de Permanecer na Escola e Habilidades para o Sucesso, preparando os alunos para o mercado de trabalho e propiciando o entendi-mento sobre o papel da educação para o seu futuro.

Além do Brasil, Colômbia, Guatemala, México, Porto Rico, Estados Unidos e Panamá também foram benefi ciados pela parceria glo-bal, que levou temas do mundo dos negócios a mais de dois mil jovens.

Com núcleos em mais de 20 Estados do Brasil, a Conaje – Confederação Nacional dos Jovens Empresários é uma entidade que atua no fomento ao empreendedorismo, fortaleci-mento, criação e manutenção de novas em-presas – principalmente geridas por jovens –, articulação e divulgação de práticas capazes de fortalecer a disseminação de novos e sólidos negócios no País e estabelecimento de políticas públicas e práticas institucionais que incluam os micro e pequenos empreendedores nas pri-meiras categorias de estratégias de desenvolvi-mento do País.

Em parceria com a Junior Achievement, a Conaje sensibiliza jovens empresários para que recebam achievers e ex-achievers em suas em-presas, através do Programa Empresário-Som-bra Por Um Dia.

Voluntários da AT&T entraram em sala de aula

para levar a educação empreendedora aos jovens.

Desenvolvendo habilidades para o sucesso

JUNIOR ACHIEVEMENT E CONAJE: UMA PARCERIA DE SUCESSO

PLANTANDO A SEMENTE DO EMPREENDEDORISMO

para os futuros alunos de nossa escola, complementando seus aprendizados. Agradeço e espero contar com a esta parceria por muito tempo”, afi rma, com ale-gria, Odair.

O Programa Habilidades para o Sucesso proporciona, aos jo-vens, aulas envolventes, aca-demicamente enriquecedoras e práticas de preparação para o mercado de trabalho e perspecti-vas de carreiras.

A ação com a AT&T também está sendo desenvolvida, mundial-mente, no México e no Canadá.

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PROJETOS

A Planalto apoia, anualmente, o Nexa Nacional, disponibilizando o ônibus para o transporte da dele-gação brasileira para o FIE – Fórum Internacional de Empreendedores, na Argentina.

Neste ano, a empresa também esteve presente no PDCN – Programa de Desenvolvimento e Capacitação do Nexa. O evento contou com a participação de Pe-dro Teixeira, Diretor Presidente da JMT Administração e Participações Ltda., holding controladora da Planalto Transportes, Planalto Encomendas e Veísa Veículos, empresas que atuam no ramo de Transporte Rodovi-ário e de Passageiros, Transporte de Cargas, Turismo, Concessionárias Mercedes-Benz e Agronegócio. O empresário apresentou sua trajetória empreendedora, falando sobre seus 30 anos de experiência em gestão de empresas, ainda atuando na avaliação de desempe-nho econômico e fi nanceiro dos diferentes negócios, análises de rentabilidade, análise de processos e con-trole da performance para tomada de decisão.

A Veirano Advogados é responsá-vel pelos registros das marcas dos programas, logotipos, eventos e ou-tros bens institucionais da Junior Achievement no Brasil.

A Junior Achievement Brasil fi rmou, em 2011, umaparceria de sucesso com o Ibgen para fortalecer o co-nhecimento da equipe nacional, através da participa-ção em cursos de Pós-Graduação e MBA da faculdade.A

A parceria continua, com sucesso, possibilitando, tam-bém, que estudantes de miniempresas gaúchas recebam palestras de professores da Universidade, trabalhando os temas desenvolvimento e trajetória profi ssional.

Fundado em 1996, o Ibgen – Instituto Brasi-leiro de Gestão de Negócios, iniciou suas atividades atuando na Região Sul do país. Oferece cursos de pós-graduação, projetos de pesquisa e assessoria junto a empresas.

A empresa é responsável, anualmente,

por levar os jovens do Nexa para o Fórum

Internacional de Empreendedores.

A Universidade oferece bolsas de estudos

para colaboradores da Junior Achievement.

Planalto leva os jovens para o FIE

Parceria Junior Achievement e Ibgen

A PwC é responsável por expressar a opinião sobre as demonstrações fi nanceiras com base na Auditoria da Associação Junior Achievement do Brasil, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Presente no Brasil desde 1915, a PwC é um network global de fi rmas independentes que trabalham de forma integrada na prestação de serviços de Assessoria Tributária e Empresarial e de Auditoria. Para saber mais sobre a PwC, acesse o site: www.pwc.com.br.

Fundada em 1972, por Ronaldo Veirano, Conselheiro da Junior Achievement Brasil, a Veirano é, hoje, um dos maiores escritórios de advo-cacia do Brasil e da América Latina.

Pedro Teixeira em palestra durante o PDCN 2014

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PROJETOS

A Junior Achievement uniu es-forços com o CIEE-RS para o de-senvolvimento do Programa Co-nectado com o Amanhã, que tem como objetivo desenvolver habi-lidades importantes nos jovens, fortalecendo-os para enfrentar os desafi os da inserção no mercado de trabalho.

O Programa, que é oferecido aos jovens dos Ensinos Médio e Superior que estão cadastrados no site do CIEE-RS, em busca de estágios, capacita os estudantes, através de atividades lúdicas e di-nâmicas, contribuindo para o de-senvolvimento de suas aptidões e para estabelecer metas profi ssio-nais. Neste ano, mil jovens serão benefi ciados pelo projeto, no Rio Grande do Sul.

Para a estudante Andressa Pas-toriz, o Programa faz com que o jovem perceba que, “para ser um

bom profi ssional é preciso unir qualidades interpessoais com os estudos, e é necessária muita de-dicação e vontade para atingir seus objetivos”.

Larissa Kemerich, estudante e associada do Nexa-RS, afi rma que o Programa mostra novos horizon-tes: “Fiquei impressionada com a descoberta de que uma pequena atitude pode ser empreendedora”.

Além de contribuir para prepa-rar os jovens na busca profi ssional, o Conectado com o Amanhã re-força atitudes de lideranças. “Nós aprendemos a liderar bem e no meu caso, como Presidente de uma miniempresa, aprendi a ser uma boa Presidente e a motivar os cola-boradores da miniempresa”, conta Caroline Genro, que complementa afi rmando que o Programa a fez perceber o que é melhor para o seu futuro.

Com uma parceria sólida de 5 anos, Junior Achievement e CIEE-RS

estão formando jovens mais preparados para o mercado de trabalho.

Jovens conectados com o ambiente profissional

O Conectado com o Amanhã mostra aos jovens:O funcionamento do mercado de trabalho;

A importância da educação;

O que são carreiras profissionais;

A importância de exercer lideranças positivas;

A importância do estágio para sua carreira;

Conceitos de empreendedorismo.

Jovens do Projeto Cidadania e Talento, do CIEE-RS, participaram do Programa

Aprendemos um pouco sobre Graduação,

Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado. Gostaria

muito de voltar ao CIEE-RS para assistir

a outras palestras.Pamela Rodriguês

Estudante de Porto Alegre

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Parcerias de sucesso!

O trabalho da Junior Achievement só é possível pela sinergia entre empresas, escolas, Secretarias de Educação, volun-tários e parceiros que, em todo o País, entendem a importância do empreen-dedorismo para os jovens. Nas próximas páginas, você vai conhecer algumas des-tas parcerias de sucesso que vem trans-formando a vida de jovens, tornando-os mais conscientes sobre o seu papel como futuros líderes do nosso País. São histórias e depoimentos que alegram, sensibilizam e inspiram!

Para conhecer mais sobre o traba-lho da Junior Achievement nestes Estados, acesse os portais:

www.japr.org.brwww.jace.org.brwww.jago.org.br www.jasp.org.brwww.ja-sc.org.brwww.jars.org.br

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CE

SP

PR

RS

SC

GO

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PELO BRASIL – GO, PR, SC, RS e SP

As ações da Junior Achievement estão calcadas em uma base de mantenedores, voluntários e esco-las parceiras. Se não há sinergia en-tre as partes envolvidas, o trabalho não alcança todo o seu potencial.

Como um dos motores da mudança social que a Junior Achievement promove, é essencial que os execu-tivos das empresas que respaldam o trabalho desenvolvido estejam alinhados nas expectativas e com-prometimento com as ideias de empreendedorismo.

No Paraná, Sueli Roveda Cam-pagnolo, fundadora da ROCAMP – indústria têxtil –, e atual Pre-sidente do Conselho Consultivo

da unidade paranaense da Junior Achievement, traz um pouco de sua história e suas expectativas: “Podemos e devemos sonhar pelo melhor resultado. Tenho a perspec-tiva de que a Junior Achievement esteja presente em todas as cidades do Paraná e que todas as indústrias participarão, como mantenedoras ou voluntárias, trabalhando por um país com mais oportunidade para todos.”

Esse tipo de cultura empreende-dora – que ecoa nas falas de Sueli – é reconhecido por todo o Brasil. No Ceará, a Esmaltec encontra na Junior Achievement uma parceira em sua busca para inserir de ma-neira mais relevante a educação fi nanceira na base curricular do Estado. Como Superintendente da Esmaltec, empresa mantenedora, Annett e Reeves aponta o valor da prática voluntária enquanto força de mudança social: “A Esmaltec compartilha o sonho de uma socie-dade mais justa e com mais opor-tunidades e incentiva as práticas voluntárias, pois acreditamos que

as mudanças só acontecem com o esforço e contribuição de todos os setores da sociedade. As ações de melhoria da qualidade de vida dos nossos 3.800 colaboradores também fazem parte das nossas práticas socialmente responsáveis. Mantemos, atualmente, vários pro-jetos internos, como o incentivo aos esportes, a reeducação alimen-tar, a preparação para aposentado-ria, a maternidade responsável e o voluntariado corporativo”.

E quem se benefi cia da sinergia entre empresas e Junior Achievement são os alunos e os voluntários. A Miniempresa Laços e Enlaços S.A./E, da Escola Maria Carmen Moreira, de Maracanaú, que con-tou com advisers da Esmaltec, foi selecionada para representar o Ceará no Prêmio Nacional de Mi-niempresas, realizado em Brasília/DF. “Ficamos bastante orgulhosos. Os voluntários que atuaram no Projeto Miniempresa tiveram uma experiência bastante enriquece-dora ao contribuir para a formação desses jovens”, ressaltou Annett e.

Através da atuação de empresários engajados, jovens de todo o País

estão se beneficiando com ensinamentos sobre o mundo dos negócios.

Empresariado se mobiliza pelo empreendedorismo jovem

Annette Reeves aponta o valor da prática voluntária enquanto força de mudança social

No Paraná, Sueli Roveda Campagnolo afirma que é possível sonhar pelo melhor resultado

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Em São Paulo, mais um exemplo de como o em-presariado pode contribuir com o tema educação em-preendedora. O empresário Jorge Gerdau Johannpeter recebeu, em um café da manhã, mais de 40 empresá-rios e executivos de grandes empresas para falar so-bre como o empreendedorismo pode mudar a vida dos jovens e sobre a importância do investimento neste tema.

Gerdau reforçou sua ligação com a Junior Achievement, instituição que é voluntário e defensor da causa: “a Junior Achievement aproxima o jovem do mercado de trabalho mais cedo. Ele aprende melhor as suas responsabilidades e a estabelecer contatos profi s-sionais. Aprende a se arriscar, a errar, a ter a coragem de fazer. Para quem investe, é um projeto barato, que aumenta a competência de suas equipes pelo volunta-riado e forma novos líderes.”

São Paulo também promoveu uma ação importante com o tema ética. Presidentes e Diretores de empre-sas locais entraram em sala de aula para aplicar o Pro-grama Vamos Falar de Ética na Escola Técnica Takashi Morita, na zona sul de São Paulo.

Ao todo, 22 voluntários levaram para 181 jovens do Ensino Médio refl exões sobre os benefícios de uma conduta ética em suas vidas pessoal e profi ssional, contribuindo para a melhor compreensão de seu papel como cidadãos.

Eventos reúnem empresários em São Paulo

Jorge Gerdau Johannpeter em café da manhã com empresários

Empresários de São Paulo levam conceitos de ética para os jovens

PELO BRASIL – GO, PR, SC, RS e SP

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Em Goiás, o Programa Liderança Comunitária mobilizou empresas

para reforma do Centro Municipal de Educação Infantil.

União pela comunidade

Alunos de 1º, 2º e 3º ano do En-sino Médio do Colégio Eduardo Marquez desenvolveram um pro-jeto de reforma no CMEI – Centro Municipal de Educação Infantil, na Vila Redenção, em Goiânia, através do Programa Liderança Comunitá-ria. Os alunos foram orientados por voluntários do Grupo Flamboyant: Glênio Carvalho e Cleodiane Souza e da Adão Imovéis: Murilo An-drade e Amelina Prates.

O grupo criou a CMEIando Organização Comunitária Junior Achievement, que recebeu o apoio do engenheiro voluntário Ibsen Rosa para o suporte técnico ao projeto e, ainda, das empresas patrocinadoras Sousa Andrade Construtora, Prumus Construtora,

ENEC e Dinâmica Engenharia, que contribuíram com a constru-ção de duas salas e de uma cozi-nha no CMEI.

O grupo também recebeu doa-ções, em espécie, por parte da co-munidade para o gerenciamento de despesas como transporte e alimentação. A primeira etapa da obra foi entregue no início do pe-ríodo letivo e contou com um mu-tirão de pintura que reuniu 28 vo-luntários entre pais, funcionários da Construtora Souza Andrade e do Shopping Flamboyant, alunos do Liderança Comunitária, asso-ciados do Nexa Goiás e equipe da Junior Achievement Goiás.

A Gerente Executiva da CMEIan-do Organização Comunitária Junior

Achievement, aluna Jacqueline Manfredini, destaca que “este de-safi o nos fez desenvolver várias competências, tais como: liderança, gestão de pessoas e confl itos, nego-ciação e trabalho em equipe”.

Para Amelina Prates, Diretora de Operações da Adão Imóveis, “atuar no Programa Liderança Co-munitária é acreditar que a contri-buição individual é essencial para mudar a realidade em que vive-mos, é estar disposto a oferecer o nosso conhecimento, experiência e tempo a uma causa que irá mu-dar vidas, é entender que estes jovens precisam da nossa contri-buição e apoio para que possam pensar em um futuro com maior inclusão social”.

Voluntários e formandos do Programa Liderança Comunitária, no CEMEI Vila Redenção

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Com sede em Belo Jardim, in-terior de PE, a Baterias Moura está, há mais de 10 anos, como mantenedora da Organização em Pernambuco. O fundador, Edson Mororó Moura (in memorian), e sua esposa Conceição Moura par-ticiparam ativamente da fundação e ampliação dos trabalhos e pro-gramas da Junior Achievement du-rante esse período.

“Para a Moura é uma satisfação ter sido uma das primeiras empre-sas contactadas em Pernambuco. Temos uma ligação forte que fi cou ainda maior quando participei do Conselho Deliberativo, durante vá-rios anos. Constatei o ótimo ge-renciamento em Pernambuco”, ex-plica Conceição. O Co-Presidente Executivo do Grupo Moura, Paulo Sales, é Presidente do Conselho

A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) faz parte das empresas fundadoras da Junior Achievement Pernam-buco. Presente no Conselho Di-retor da entidade desde 2004, a concessionária vem contribuindo estrategicamente para fortalecer ações sociais no Estado. Além da participação direta dos colabo-

Através da atuação de empresários engajados, jovens de todo o País

estão se beneficiando com ensinamentos sobre o mundo dos negócios.

Parcerias sólidas em Pernambuco

BATERIAS MOURA

CELPE

Consultivo da Junior Achievement Pernambuco e o Diretor de Gestão de Pessoas, Moacy Freitas, é Di-retor Conselheiro e disponibiliza parte do seu tempo para a gestão da Junior Achievement no Estado.

“Participar deste movimento é algo muito gratifi cante, no dia a dia pode-se conviver com dezenas de empresários, executivos e volun-tários trabalhando com afi nco em um processo em constante evolu-ção, capaz de mudar a cabeça e o destino de milhares de jovens”, diz Paulo Sales.

Desde 2004, são realizadas mi-niempresas orientadas por volun-tários de Belo Jardim e em 2014, o trabalho voluntário foi ampliado para Recife, onde estão aconte-cendo duas miniempresas pela pri-meira vez.

radores como voluntários, a em-presa divulga os projetos nas contas de energia dos mais de 3,3 milhões de clientes e des-taca a parceria em seus relatórios de sustentabilidade.

Para o Presidente da Celpe, Luiz Antonio Ciarlini, a parce-ria reforça o protagonismo das duas instituições na busca pela

inclusão social por meio da edu-cação e do empreendedorismo. “Ao investir nos projetos da Junior Achievement, a empresa aposta na formação de jovens com mais oportunidades para o mercado de trabalho e, princi-palmente, na contribuição do de-senvolvimento de uma sociedade mais justa”.

Paulo Sales

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Também presente desde a fundação da Junior Achievement em Pernambuco, a Gerdau possui papel fundamental na Junior Achievement em todo o País. Mais de duzentos voluntários da empresa já atuaram em sala de aula, contribuindo com a educação empre-endedora de jovens do Estado.

José Eduardo Alves é colaborador da Gerdau e um dos membros do Conselho Diretor da Junior Achievement Pernambuco. Com atuação voluntária em vários programas desde o início da parceria, afi rma

GERDAUque “contribuir com a sua experiência profi ssional para um projeto bem elaborado e com resultados con-sistentes só tem a acrescentar na sua vida profi ssio-nal”. Para Lourinaldo G. Mott a Filho, colaborador Ger-dau e também Membro do Conselho Diretor da Junior Achievement Pernambuco, “a Junior Achievement tem papel fundamental na formação dos jovens”. No ano de 2014, cento e vinte jovens de quatro miniempre-sas contam com o time de vinte e oito voluntários da Gerdau, envolvendo Recife, Região Metropolitana e interior do Estado, além dos demais programas, como Empresário-Sombra por Um Dia, As Vantagens de Permanecer na Escola e Introdução ao Mundo dos Negócios.

“A Gerdau acredita que a realização de iniciativas sociais transformadoras é fundamental para a cons-trução de uma sociedade com igualdade de oportu-nidades para todos. Nesse sentido, ao proporcionar uma visão clara do mundo dos negócios e do papel do empresário como agente social a milhares de estu-dantes no Brasil e no mundo todos os anos, a Junior Achievement contribui para a formação de uma nova geração de cidadãos comprometidos com o desenvol-vimento sustentado da sociedade”, afi rma Jorge Ger-dau Johannpeter, Presidente do Conselho de Adminis-tração da Gerdau e Presidente do Conselho Consultivo da Junior Achievement Brasil.

Voluntários da Gerdau, em Pernambuco

Luiz Antonio Ciarlini

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Miniempresários de sucessoSábado, sete e trinta da manhã. Enquanto a maior

parte dos jovens se prepara para mais algumas horas de sono, 400 empreendedores de 15 anos de idade es-tão ansiosos para superar suas metas na Feira de Mi-niempresas da Junior Achievement Rio Grande do Sul, realizada, semestralmente, no Shopping Iguatemi.

Adrenalina, atenção e muita energia é o que tornam esta experiência um sucesso. “Sentimos que quando estamos preparados, não temos limites”, menciona Ju-lia Borba, achiever e Diretora Financeira da Miniem-presa Bamboom. “A gente aprende que quando quer de verdade alguma coisa, a gente consegue”, afi rma a jovem, de 16 anos, que está determinada a seguir car-reira como empreendedora.

O sentimento de conquista experimentado por estes jovens é determinante para a formação de indivíduos capazes de construir seus caminhos. “Acreditamos que todos os jovens são capazes de superar seus limites”, afi rma Cristiane Steigleder, Presidente do Conselho Diretor da JARS. O que é necessário é motivá-los e de-safi á-los continuamente. Inspirá-los é nosso principal desafi o”, complementa a Conselheira.

Comemorando Resultados

Quando os jovens entendem o equi-líbrio entre a responsabilidade e a li-berdade para superar seus limites, os resultados aparecem. “Se estamos em um projeto desafiador, nossa compe-tição é com a gente mesmo. Nossas escolhas é que nos levam à vitória”, diz Helena Cruz, participante da competi-ção Social Innovation Relay, promovida em parceria com a HP. A ideia do grupo foi vencedora da etapa nacional e le-vou o terceiro lugar na etapa mundial do Programa, em 2013. Os jovens gaú-chos também levaram o primeiro lugar na competição nacional, em 2014.

Público lota a Feira de Miniempresas no Rio Grande do Sul

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Com parceria da Secretaria Municipal de Educação, estudantes de

Santa Catarina estão recebendo conhecimentos sobre sustentabilidade.

A Junior Achievement de Santa Catarina consolidou mais uma es-tratégia de atuação. A ação de do-centes no desenvolvimento de pro-gramas de sustentabilidade tem se mostrado uma forma de levar estas metodologias para mais cidades e jovens catarinenses. Alguns muni-cípios já adotam esta prática, como é o caso da Secretaria Municipal de Educação de Chapecó.

A metodologia do Programa Nosso Planeta, Nossa Casa foi de-senvolvida com êxito por 42 profes-sores voluntários capacitados pela entidade. Os resultados apresen-tados no Oeste Catarinense mos-tram que a iniciativa de envolver os professores no trabalho de inspi-rar crianças e jovens a empreender pode ser ainda mais promissora.

O envolvimento da Secretaria Municipal de Educação repercutiu

positivamente também entre ou-tras entidades associativas daquela região, o que empresta a Junior Achievement ainda mais credibi-lidade. Para o Presidente da As-sociação Empresarial de Chapecó, Maurício Zolet, “os alunos que têm acesso ao programa recebem alter-nativas de um futuro melhor”.

Astrit Tozzo, Secretária Mu-nicipal de Educação, comemora a iniciativa. “Ao trabalharmos a educação financeira e a susten-tabilidade no currículo escolar estamos pensando no futuro.” As-trit acredita que a parceria entre os profissionais de educação e a Junior Achievement é fundamen-tal para que os alunos tenham uma visão de consumo cons-ciente e sejam sensibilizados para a importância do desenvolvi-mento sustentável.

Rede pública de ensino inspira jovens a empreender

Espírito empreendedor

Santa Catarina é um Estado com alto grau de empreendedorismo. Por isso, a maior receptividade às iniciativas da Junior Achievement, em especial nas parcerias com escolas, como a ocorrida em Cha-pecó. “Nosso balanço é extrema-mente positivo e promissor. As empresas estão, de fato, fazendo a educação valer a pena e, com isso, consolidando a iniciativa nas es-colas e entidades parceiras”, avalia Evandro Badin, Executivo da Junior Achievement Santa Catarina.

Crianças de Chapecó aprendem sobre a importância da preservação do planeta

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UM DOCE NEGÓCIO

Nas próximas páginas você vai conhecer a história de três jovens que trilharam um caminho empreendedor no ramo de doces. A Roseane, do Piauí, a Larissa, da Bahia e a Bruna, do Rio de Janeiro. Elas participaram do Programa Miniempresa e viram uma oportunidade de atuar no ramo alimentício. São pequenos negó-cios que fazem o País crescer!

Para conhecer mais sobre o traba-lho da Junior Achievement nestes Estados, acesse os portais:

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BA

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www.jarj.org.brwww.ajapi.org.brwww.jabahia.org.br

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Quem nunca viu a vitrine de uma confeitaria e sentiu aquela vontade incontrolável de provar algo doce, achocolatado, delicioso? Esse apelo magnético que os doci-nhos e quitutes parecem ter sobre “todo mundo” certamente contam na hora dos microempreende-dores decidirem onde vão inves-tir. Como a demanda se mantém constante, é comum ver o hobby culinário se transformando em profi ssão. Mas como se diferen-ciar nesse mercado? Dois casos de sucesso contaram – ainda contam – com o apoio das iniciativas da Junior Achievement.

No Piauí, Roseana Kimiko lida com chocolates desde o 9° ano do Ensino Fundamental. Desde cedo observava a mãe trabalhando com isso e, de maneira prematura, co-meçou a produzir e comercializar brigadeiros como forma de “juntar um dinheiro para o lanche”. “Isso também me ajudou a combater um

Chocolates, brigadeiros e brownies. Três empreendedoras transformaram estas delícias em negócios lucrativos.

pouco a timidez, porque eu tinha que ir nas outras salas para ofere-cer e divulgar as vendas.”

Quando teve a oportunidade de participar do Miniempresa, Ro-seana não vacilou. Mesmo prati-cando alguns dos conceitos estu-dados desde pequena, ela garante que se benefi ciou – e muito – do Programa.

Enquanto era Presidente da mi-niempresa, Roseana também en-frentou algumas difi culdades pes-soais: “no meio do projeto eu fi quei doente, mas mesmo do hospital acompanhava a produção, as dire-toras iam me visitar e eu aprovei-tava para me manter a par de tudo”.

Hoje, cursando Administração na Universidade Estadual do Piauí, ela segue com a produção das gu-loseimas. Contando com o boca a boca e com as redes sociais para divulgar sua nova empresa, Rose-ana espera, em breve, abrir uma loja física.

Larissa mostra toda a sua criatividade na produção de doces deliciosos e gourmets

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Com as mesmas aspirações, de ter a sua loja física, conhecemos a história de Larissa Rocha, da Bahia, dona da Dom Doce – pri-meira biscoiteria baiana gourmet. E tudo começou com um brownie de chocolate com castanhas. Do momento de prazer e relaxamento, Larissa começou a experimentar novas receitas. E de uma hora para outra estava ganhando dinheiro com doces tão inusitados quanto brigadeiros de cerveja e uísque.

Quando o negócio fi cou mais sério e ela começou a receber en-comendas para lembrancinhas de eventos e datas comemorativas, decidiu criar a Dom Doce a partir das experiências que teve na Mi-niempresa do Colégio Integral, em 2004. Como trabalhava com Ma-rketing e Gestão de Marca, buscou um posicionamento diferenciado para sua empresa. Apostando em biscoitos com sabores curiosos – canela com noz moscada, aveia e mel com castanha, coco, limão, chocolate, gengibre, cookies re-cheados – tem tido muito sucesso. Agora com uma sócia, Larissa busca consolidar a imagem da Dom Doce como confeitaria gourmet de alto padrão em Salvador.

Já no Rio de Janeiro, os brownies viraram negócio para a Bruna Ca-mara, que, com 16 anos, viveu uma experiência que mudou a sua vida. Estudante do segundo ano do En-sino Médio na FAETEC, escola pú-blica da Zona Oeste do Rio de Ja-neiro, a jovem ouviu a palestra sobre o Programa Miniempresa da Junior Achievement e achou muito interes-sante. Ao tentar ingressar no projeto, entretanto, se deparou com um obs-táculo, não havia mais vagas. Sem li-gar para essa difi culdade inicial não desistiu até conseguir seu lugar no Programa. Alguns meses depois, a Diretora de Produção da Positivento S.A./E estava, junto com seus par-ceiros, recebendo o prêmio de me-lhor equipe do Programa.

No meio do projeto eu fiquei doente, mas mesmo do hospital eu acompanhava a produção, as diretoras iam me visitar e eu aproveitava para me manter a par de tudo.

Roseana Kimiko

Roseana Kimiko lida com chocolates desde o 9° ano do Ensino Fundamental

Essa passagem ilustra bem o es-pírito empreendedor de Bruna, cujo potencial ela mesma desconhecia.

“Ter participado do Miniem-presa foi uma das experiências mais incríveis da minha vida, fundamental para o meu futuro. Quando entrei na Positivento eu era uma pessoa super quieta e retraída. Ali, aprendi a traba-lhar em equipe, a confiar nas pessoas com quem trabalhava, a ouvir e me fazer ouvir. De-senvolvi meu senso crítico e de responsabilidade. Trabalhei com pessoas incríveis, que se torna-ram meus amigos até hoje. Além disso, meus advisers foram mais que conselheiros, pois foi com a ajuda deles que escolhi minha profissão”, conta ela.

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Reconhecendo o benefício que a parceria com a Junior Achievement trouxe para sua vida, Bruna não parou por aí. Após concluir a Mi-niempresa, se manteve atuante por mais três anos. Nesse período, participou do Empresário-Sombra em empresas como Shell e Out-back, além de atuar como voluntá-ria nos Programas As Vantagens de Permanecer na Escola e no próprio Miniempresa.

Hoje, Bruna divide seu tempo entre a faculdade de Engenharia de Produção, o estágio no Grupo Trigo – que conheceu através de sua par-ticipação na Junior Achievement – e o empreendedorismo. Há cerca de quatro meses, ela fundou a Bru-neria Doces Caseiros. Estava pas-sando por um momento delicado e fez de seu hobby por doces uma válvula de escape e uma potencial chance de empreender.

“Tenho mania de comer um doce e, se eu gostar tento fazer. Em uma dessas vezes, comecei a fazer e levar para o trabalho para expe-rimentarem. As pessoas gostaram e começaram a perguntar se te-ria mais. Então parei e pensei, por que não aproveitar essa oportuni-dade e criar meu próprio negócio?

Comecei fazendo aos poucos, ofe-recendo muitas vezes de graça para as pessoas experimentarem, errando e aprendendo, tendo como principal difi culdade enxergar quanto o meu produto, com seu diferencial e qualidade, vale para o mercado. E hoje, com cerca de um ano de Bruneria, já estamos com uma produção de mais de 400 brownies por mês e muitas ideias de crescimento e expansão para os negócios. A Bruneria não seria possível sem as lições que aprendi com a Junior Achievement. Uma delas foi que na vida você tem que ter atitude, você tem que tentar, porque você nunca vai saber o que teria acontecido se não arriscar”.

A rotina cansativa não é obstá-culo para Bruna, que é enfática ao dar sua receita para o êxito: Não existe sucesso sem sacrifícios.

“Todas as noites de sono perdi-das e o cansaço são recompensa-dos quando ouço elogios ao meu trabalho e vejo, na prática, que todo o sacrifício não é em vão”, diz.

Ao ser perguntada sobre que conselhos daria para os jovens que, como ela, sonham em ser empreendedores, Bruna não va-cila e responde inspirada nas

lições que aprendeu com a Junior Achievement.

“Diria que só precisam de 3 coi-sas na vida: saúde para seguir em frente, perseverança para não de-sistir dos seus sonhos e atitude para fazer a diferença. Não existe hora certa para empreender, você pode empreender em qualquer lu-gar, na sua casa, na escola, na fa-culdade, no trabalho, basta enxer-gar uma oportunidade disfarçada e fazer dela a sua força para trans-formar a sua vida.

Eu, como todos os outros jovens que passaram pelo Miniempresa, só tenho a agradecer aos advisers, representantes de escola, empre-sas parceiras, que nos auxiliaram nesse trajeto. Nós somos o refl exo da doação dessas pessoas, que nos fazem acreditar que, através de um propósito com um olhar empre-endedor, podemos transformar o País”, conclui .

Para o futuro, essa jovem sim-pática, meiga e perseverante, que gosta de ir ao cinema, à praia e sair com os amigos, sonha em abrir sua primeira loja da Bruneria. Com todo esse potencial, com cer-teza, isso é apenas uma questão de tempo.

Ter participado do Miniempresa foi uma das experiências mais incríveis da minha vida, fundamental para o meu futuro.

Bruna Camara

Bruna conta a sua história em uma Formatura de Miniempresas, no Rio de Janeiro

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Primeiros passos para o sucesso

Ser empreendedor não é apenas ser dono de uma empresa, mas sim, desen-volver a sua essência, mudar e conquis-tar. É poder se sentir completo e satis-feito com as escolhas. O trabalho que a Junior Achievement desenvolve é exata-mente para fazer com que esses jovens se descubram no mundo profissional e, principalmente, se sintam realizados.A seguir, você conhecerá histórias de jo-vens que encontraram foco para a for-mação pessoal e profissional. Jovens que sonham e realizam!

Para conhecer mais sobre o traba-lho da Junior Achievement nestes Estados, acesse os portais:

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www.jaap.org.brwww.jaam.org.brwww.jaes.org.brwww.jams.org.brwww.japa.org.brwww.japb.org.brwww.jaal.org.br

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“Todas as pessoas que passam pela Junior Achievement saem com uma visão nova de mundo, saem com vontade de aprender mais, de ser alguém melhor. As habilidades são afl oradas e no meu caso, descobri um espírito empreendedor muito forte”. A fala de Clemilly Leite representa o pensamento de muitos outros jovens que, assim como ela, descobriram o ca-minho para o sucesso e a satisfação.

A amazonense conheceu e participou do Programa Miniempresa no ano de 2009. A experiência enrique-cedora contribuiu no crescimento profi ssional e pes-soal da jovem.

Hoje, com 20 anos, ela acredita que tudo é uma questão de saber aproveitar as oportunidades e, com força de vontade e foco, o que era apenas um ingre-diente pode se tornar a receita completa da experiên-cia de vida e sucesso.

Formada em Tecnologia em Gestão da Qualidade e cursando dois MBA’s, Clemilly pretende, para os pró-ximos anos, abrir um escritório de consultoria. “Sei que o mercado é difícil para as pequenas empresas, mas não vou desistir, pois não foi isso que aprendi cinco anos atrás”, comenta.

Também do Amazonas, outra jovem encontrou, com o Programa Miniempresa, uma inspiração para chegar

Ex-achievers que passaram pelo Miniempresa já estão inseridos no mercado de trabalho.

Jovens empreendedores de sucesso

lá. Cecília Menegol teve seu primeiro contato com a Junior Achievement durante o Ensino Fundamental, na época, não compreendia a dimensão do aprendi-zado. Mas no ano de 2008, quando já estava no Ensino Médio, pôde aplicar cada um dos conhecimentos ad-quiridos anteriormente. Somando, também, as novida-des transmitidas nos encontros com os advisers.

O universo empreendedor levou a jovem, de 22 anos, a trocar o curso de Pedagogia pelo de Adminis-tração de Empresas. E mais uma vez, pôde ver que o conhecimento adquirido foi totalmente aproveitado e, agora, ainda mais explorado.

Atualmente, Cecília trabalha na Secretaria Muni-cipal de Administração e Planejamento e, paralela-mente, administra a “Boutique dos Bolos”, uma loja virtual para encomenda de bolos caseiros. “A Junior Achievement teve um grande peso em minhas de-cisões e escolhas, hoje, aplico tudo que aprendi para construir meu próprio negócio e adquirir minha inde-pendência fi nanceira. Espero que os inúmeros jovens que têm a oportunidade de participar dos programas consigam, assim como eu, tirar um proveito positivo para seus futuros”, acrescenta.

Outro ex-achiever que soube tirar proveitos das oportunidades foi Gustavo Lourenço, do Mato Grosso do Sul. Ele é um dos jovens inseridos no mercado de trabalho com uma visão diferenciada. Ingressou no Programa Miniempresa imaginando que apenas iria aprender a ser um empresário. Ao contrário do que pensava, Gustavo passou por todas trilhas do projeto, até chegar ao cargo de Gestor de Programas na JAMS, e conta com os conhecimentos adquiridos para lidar com as situações diárias.

“Já passei por todos os níveis dentro da Junior Achievement. Eu fui aluno, voluntário, depois de seis meses fui contratado como estagiário e hoje, estou como Gestor de Programas”, comenta o jovem de ape-nas 19 anos.

Para o futuro, Gustavo pretende terminar o curso de Pedagogia, vocação encontrada na Junior Achievement, e seguir compartilhando as metodolo-gias aprendidas na instituição: “Termino a faculdade em 2017, pretendo ter minha própria escola e aplicar metodologias que aprendi na Junior Achievement e que estou aprendendo na faculdade. Quero, em até 15 anos, ter uma escola de grande porte que atenda a co-munidade gratuitamente”.

O ex-achiever Gustavo Lourenço, do Mato Grosso do Sul

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Fernanda Farias, 17 anos, participou do Programa Miniempresa em 2013, no projeto do Sebrae Nacional. A Miniempresa que Fernanda fez parte é a Ecotreco, que produzia organizadores de utensílios com tecido de algodão cru e aproveitamento de retalhos. Um produto ecológico e inovador.

Com base no que Fernanda aprendeu durante o Miniempresa, a estudante deu início ao seu próprio negócio, a D’Nandinha, que fornece películas para decoração de unhas personalizadas. O negócio já é um sucesso, devido à variedade de estampas e modelos, qualidade e também pelo preço acessível. Fernanda sonha em ser uma grande empresária no futuro.

Projetos que ganham forma

O empreendedorismo come-çou a despertar no jovem Abner Carvalho Vieira no ano de 2010, quando participou do Programa Miniempresa, em sua escola. Hoje, com apenas 20 anos, está iniciando seu empreendimento com a co-laboração de um sócio: a primeira pista de Kart do Amapá, na capital Macapá.

E mesmo com o novo compro-misso, Abner não deixa de estar presente na Junior Achievement. O jovem é o cerimonialista ofi cial das Formaturas de Miniempresa, além de utilizar sua habilidade de músico para embalar os eventos da Associação.

E por falar em música, no Espí-rito Santo, a ex-achiever Tainá Lo-pez concilia a atividade de cantora e compositora com a carreira de jornalista. Além de possuir um pro-grama musical na web chamado Desafi o Sonorus.

“Tudo começou em 2007, após participar da miniempresa, fui convidada a ser a sombra da jor-nalista Leticia Lindemberg. Pi-sei na redação da fi liada à Rede Globo achando que seria médica,

saí desejando ser jornalista”, conta Tainá.

Hoje, com 24 anos, a jovem está na segunda empresa de comuni-cação. Começou como estagiária na rádio Vitória AM e TV Vitória/Record-ES, em seguida, foi contra-tada como produtora e promovida a repórter. A atividade abriu portas

e Tainá acabou recebendo o con-vite para integrar o time de repór-teres da TV Tribuna/SBT-ES, o que a satisfaz a cada dia.

“A Junior Achievement mos-trou que eu era capaz de ganhar o mundo e é isso que venho fazendo. Esse é só o início de uma carreira de muito sucesso”.

Abner também atua como cerimonialista

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O capixaba Pedro Paulo Pereira Loureiro, 21 anos, sempre teve am-bições e desejos de crescimento quando criança. Com 12 anos, li-dava com a ansiedade em relação ao futuro profi ssional, passava parte do seu tempo planejando e desenhando ideias.

Em 2008, quando estava cur-sando o segundo ano do Ensino Médio, viu chegar à sala de aula a oportunidade que esperava há muito tempo: o Miniempresa. Assim que Elaine Lima, Diretora Executiva da JAES, falou sobre

Desenvolvendo habilidades e conhecimento

o Programa, os olhos brilharam. “Tive plena certeza de que estava diante de mim a grande porta que abriria muitas outras no meu caminho”.

Desde então, desenvolveu novas habilidades, expandiu conheci-mentos e aumentou a energia que tinha para continuar crescendo. Ingressou no Nexa assim que con-cluiu o Miniempresa e meses de-pois, assumiu a Gerência-Geral do Núcleo, no Espirito Santo.

Em 2013, passou por uma mu-dança importante e desafi adora, mudou de graduação, trocando a Engenharia de Produção pelo Jor-nalismo. “Eu havia aprendido que sucesso, felicidade e realização pessoal consistem em cumprirmos fi elmente nossa vocação, exercer nosso papel no mundo, contri-buindo com o que temos de me-lhor. Eu não podia mais continuar insistindo na Engenharia sabendo disso”, revela.

Hoje, Pedro Paulo, dirige um programa de televisão que produz de forma independente, além de atuar na produção de rádio da rede Gazeta, afi liada da Rede Globo. “Sou um universitário extrema-mente apaixonado pela academia, um jovem ainda mais empreende-dor, decidido e determinado a vi-ver plenamente a minha vocação”, conta.

Lições Empreendedoras

O Núcleo de Ex-Achievers é for-mado por jovens que participaram

dos programas do Ensino Médio da Junior Achievement e que deci-diram continuar em contato com o empreendedorismo. O Nexa possi-bilita o crescimento pessoal e nova experiências, aprendizado e conta-tos que servem como base para a vida profi ssional.

É o caso do ex-achiever Jair Ma-chado, que participou do Programa Miniempresa no ano de 2009 e foi o 1º Gerente-Geral do Nexa-Pará. O jovem desenvolveu várias ati-vidades voluntárias, e hoje, aos 22 anos, formado em Relações Públi-cas e empresário, se diz realizado por ter participado de um grupo no qual teve a oportunidade de cresci-mento pessoal e profi ssional.

“Encontro-me em uma posi-ção que sonhava lá atrás, quando tudo começou e a semente do em-preendedorismo foi plantada em mim”, diz o jovem. Desde criança ele sempre teve o sonho de voar e, ao longo da trajetória na Junior Achievement, aprendeu que a vida não é um destino, mas sim um ca-minho o qual ele é o arquiteto deste caminho, e, baseado nisso, decidiu que valia a pena seguir adiante e enfrentar todas as barreiras que se apresentavam para que realizasse o seu sonho.

Foi então que arrumou as ma-las e foi em direção a esse desafi o, depois que conseguiu aprovação no Instituto do Ar, no Rio de Ja-neiro, para estudar Bacharelado em Ciências Aeronáuticas. “Tra-cei meus passos, fi z o roteiro do que precisava fazer e construí

Após passarem pelo Miniempresa, jovens ganham ainda mais confiança com a

participação no Nexa.

Pedro Paulo Pereira Loureiro

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O Miniempresa ganhou uma ra-zão a mais para garantir o interesse dos jovens de escolas públicas, na Paraíba. De forma inédita, todos os achievers das miniempresas terão a sua participação no Programa computada como horas de está-gio supervisionado, de modo que possam cumprir a carga horária exigida em turno oposto ao de aula e dentro da própria escola. Nessa primeira experiência, 180 alunos estão sendo benefi ciados.

Segundo o Coordenador Peda-gógico de Tecnologia do Colégio da Polícia Militar, Lindomar Monroe, o Miniempresa consegue colocar o empreendedorismo co mo uma ponte entre a escola e o mercado de trabalho. “A Lei de Diretrizes

Miniempresa é aceito como estágio pelas escolas da Paraíba

meu planejamento para a reali-zação de um sonho, pois essa foi a lição que aprendi com a Junior Achievement, planejamento é fun-damental”, comenta.

Segundo Jair, “cada lição básica que aprendi sobre gestão nos pro-gramas e projetos que desenvolvi e desenvolvo, me geraram o nível profi ssional que possuo hoje. Poder atuar como gestor estratégico em uma grande rede do mercado de saúde e partir também para a aber-tura de minha própria empresa re-presentam apenas mais uma etapa dos frutos do investimento que a Junior Achievement fez em mim desde o primeiro momento”.

Com a participação no Nexa ele aprendeu que não é necessário se conformar com as oportunidades que a vida traz, mas sim que é pos-sível criar as próprias chances, que “ser empreendedor não é ser em-presário, mas sim, ser um agente de mudança, é se arriscar, porém de forma planejada e calculada. E principalmente, que é possível fa-zer a diferença, pois sempre tere-mos essa escolha em nossas mãos”, conclui.

Já Luiz Felipe Bernardes, 17 anos, ocupa o cargo de Vice Ge-rente-Geral do Nexa-MS. “Entrei para ter mais contato com pessoas diferentes da minha realidade, para

adquirir conhecimento e confi ança e para poder exercer funções novas, como falar na hora certa, usando as palavras adequadas”, comenta.

O jovem almeja exercer o cargo de Gerente-Geral do Nexa-MS e tomar decisões para a vida empre-sarial. Os projetos não param por ai, ele espera concluir o curso de Engenharia de Produção e, claro, empreender. “Quero ter a minha empresa. E a Junior Achievement me alimenta a todo instante com novos conhecimentos e com isso, posso continuar trabalhando para inspirar mais jovens sonhadores a inovar a todo o tempo com suas ideias e imaginação”, resume.

de Base (LDB), que regulamenta o estágio supervisionado, estabelece que o aluno pode ser remunerado ou não”, comenta.

Foi por isso que, ao analisar o conteúdo programático e a carga horária do Miniempresa, no iní-cio deste ano, Lindomar fez uma consulta ao setor de estágio da Secretaria de Educação e ouviu a boa notícia: o Miniempresa pode substituir um estágio na empresa, precisando apenas ser acompa-nhado, na escola, para assegurar o cumprimento do número de horas. Parceria feita, os alunos inscritos no Programa, já no primeiro tri-mestre, foram informados que não precisariam mais buscar estágio e o melhor: estudam pela manhã, a parceria garante almoço e lanche da tarde para todos os achievers e fazem o Programa à tarde, na es-cola, sem despesas adicionais com passagem de ônibus.

Para Gilvaneide Ferreira de Melo, Chefe do Núcleo de Estágio da Gerência Executiva de Ensino Médio e Educação Profi ssional, da Secretaria de Educação do Estado,

o estágio representa a oportuni-dade do estudante iniciar a sua profi ssionalização. “O estágio pro-picia o conhecimento da realidade do mercado de trabalho, o desen-volvimento pessoal, profi ssional, ético, além disso, pode despertar no estudante o espírito empreen-dedor”, defende Gilvaneide.

Para o Presidente do Conselho Diretor da Junior Achievement Paraíba, Luciano Piquet, é notá-vel o engajamento dos jovens no Miniempresa a partir de mais esse benefício. “Estamos atentos a essa experiência nas escolas e sabemos que a nossa responsabilidade au-menta ainda mais, porém, estamos felizes de colaborar de forma prá-tica para o avanço da educação na Paraíba”, garante.

Segundo Piquet, todas as em-presas mantenedoras e apoiadoras da Junior Achievement estão sendo incentivadas a receber jovens estu-dantes como estagiários. “Abraça-mos essa causa e faremos a nossa parte para diminuir o abismo que separa o jovem do mercado de tra-balho”, defende o empresário.

Luciano Piquet visita miniempresa na Paraíba

PELO BRASIL – AP, AM, PA, PB, AL, ES e MS

Page 83: Revista Fazendo a Diferença - 12ª Edição

empreendedorismoExpandindo o

pelo Brasil

A Junior Achievement está presente, hoje, nas capitais de todo o Brasil, trabalhando com jovens os temas empreendedorismo, sustentabilidade, ética, educação finan-ceira e preparação para o mercado de trabalho. Além das capitais, as unidades estaduais vem expandindo seu trabalho para o interior, beneficiando um maior número de jovens de escolas públicas e privadas. Em Alagoas e no Maranhão, parcerias com empresas e entidades vem

possibilitando que a educação empreen-dedora chegue a um maior número de jo-vens. Confira as histórias de sucesso!

AL

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Para conhecer mais sobre o traba-lho da Junior Achievement nestes Estados, acesse os portais:

www.jaal.org.brwww.jama.org.br

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PELO BRASIL

O projeto de interiorização das unidades de Alagoas e do Mara-nhão ajuda a expandir o conceito de educação empreendedora para cidades do interior do país. Por meio de parcerias com empresas locais, mais jovens são estimulados a se desenvolver e compreender o mundo dos negócios.

A cidade de Arapiraca, no inte-rior de Alagoas, recebe as ativida-des graças à parceria fi rmada com o Grupo Coringa, empresa mante-nedora no Estado. O Miniempresa, carro-chefe da organização, é apli-cado para os alunos do Colégio São Francisco.

O voluntário Anderson Mer-lin, colaborador do Grupo Co-ringa, relata que conheceu a Junior Achievement através do Programa As Vantagens de Permanecer na Escola e, depois desta experiên-cia, comprovou a credibilidade da Junior Achievement. “Estou

Junior Achievement expande seus programas para cidades do interior do Brasil através de parcerias com empresas.

participando novamente em um novo projeto de voluntariado no Miniempresa, através do qual po-demos transmitir a introdução dos conceitos de uma gestão empre-sarial para os jovens do Ensino Médio. Confesso ser contagiante ver esses garotos cheios de planos desenvolvendo o empreendedo-rismo; somos recompensados com novas amizades e conhecimentos”, afi rma Anderson.

A unidade do Maranhão tam-bém está expandindo suas ações para cidades do interior do Es-tado. Estudantes do Ensino Mé-dio da Escola Batista de Bacabal estão envolvidos no Programa Miniempresa através do apoio da Faculdade de Educação de Baca-bal – FEBAC. Os voluntários que aplicam o Programa são os alunos do curso de Administração que, desta forma, ensinam e também aprendem.

Interiorizar para crescer

Equipe de colaboradores da Suzano veste a camisa do voluntariado

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PELO BRASIL – AL e MA

O apoio das empresas e das Se-cretarias de Educação para a apli-cação dos programas contribui para atingir um número maior de esco-las. Através de seus colaboradores, as empresas Gerdau e Suzano de-senvolvem os programas na cidade de Imperatriz, e os resultados são satisfatórios tanto para os voluntá-rios como para os estudantes.

Elisangela Santos, colaboradora da Suzano, aprovou a atividade e deseja continuar contribuindo: “Achei maravilhosa a participa-ção dos alunos, me empenhei bastante para transmitir a mensa-gem do programa. Foi um apren-dizado tanto para mim como para eles, uma experiência para a vida toda. A partir de agora quero ser sempre voluntária”.

Através de iniciativas como esta, voluntários, empresários, alunos e escolas podem se benefi ciar. E se você quer entrar para o time da Ju-nior Achievement, procure a uni-dade do seu Estado. Os resultados são satisfatórios!

Para 2014, nosso foco consiste em ampliar o processo de interiorização, realizando novas ações para angariar mantenedores, sensibilizando voluntários e fazendo da nossa atuação no interior do Estado uma realidade sustentável.

Felipe GuimarãesVice-Presidente do Conselho DiretorJunior Achievement Alagoas

Jaine SilvaEstudante beneficiada pelo Programa As Vantagens

de Permanecer na Escola | Imperatriz/MA

Marta de JesusEstudante beneficiada pelo Programa As Vantagens

de Permanecer na Escola | Imperatriz/MA

Com a palavra, os jovens beneficiados:

“Vi que sem estudo a gente não é nada. Gostei muito, a única coisa que a gente

tem e que ninguém tira é o estudo.”

“Aprendi como me comportar durante uma entrevista de emprego, o que fazer para crescer na vida, ter uma empresa, como

devemos contratar, produzir. Gostei muito do Programa, vou levar para toda minha vida.”

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Inspirando a empreender

O Prêmio Miniempresa, competição realizada, anualmente, pela Junior Achievement, em parceria com o Sebrae, vem colhendo frutos. Jovens saem da competição mais preparados para en-frentar o mundo dos negócios e conscien-tes do seu papel em suas comunidades. A palavra-chave do evento é inspiração! Além de ter contato com estudantes de todo o País, estes jovens recebem, em seus estandes, a visita de empresários, voluntários e de outros profissionais que agregam em suas vidas.

Conheça um pouco do que aconteceu com as miniempresas do Pará e do Acre. E saiba mais sobre o Prêmio na página 44 da nossa revista.

PA

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www.japa.org.brwww.jaac.org.br

Para saber mais sobre o trabalho da Junior Achievement nestes Es-tados, acesse os portais:

Page 87: Revista Fazendo a Diferença - 12ª Edição

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PELO BRASIL – PA e AC

O Prêmio Miniempresa tem como objetivo incentivar nos alu-nos do Programa Miniempresa o desenvolvimento de conceitos de qualidade, viabilidade, inovação, comunicação e sustentabilidade na gestão de negócios, fortale-cendo o espírito empreendedor dos jovens.

Durante quatro dias, partici-pam de palestras, uma Feira de Miniempresas, apresentação para jurados e, ainda, têm contato com empresários renomados, que visi-tam seus estandes, passando um pouco de sua experiência.

A Miniempresa Iaçartes S.A./E levou um produto feito com tanto cuidado e criatividade, que foi premiada com o reconhecimento especial de qualidade. Represen-tando o Pará, os alunos do Insti-tuto Federal do Pará – Campus Abaetetuba, aproveitaram a ma-téria-prima extraída do açaizeiro para a confecção dos seus produtos

Jovens de todo o território nacional se reúnem, anualmente, para uma competição que reconhece as melhores iniciativas de miniempresários, no País.

de decoração. Para eles, sonhar, insistir, persistir e nunca desis-tir foi importante para atingir esta conquista e comemorar ao fi nal do evento.

O Acre também marcou pre-sença em Brasília, com a Miniem-presa Suport Mobile S.A./E, que fez

Premiando a qualidade nos negócios

suportes para celulares. Ao fi nal da competição, os alunos do Colégio AME sentiram-se transformados pelo empreendedorismo. Para eles, foi gratifi cante vivenciar momen-tos tão ricos de troca com outros jovens. Agora, eles sabem que po-dem sonhar bem mais alto!

Durante a Feira de Miniempresas, estudante da Miniempresa Iaçartes mostra o seu produto a um visitante

Os representantes da Miniempresa Suport Mobile e a Executiva da Junior Achievement no Acre

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PROGRAMA MINIEMPRESA:transformando vidas

Como primeiro programa da Junior Achievement, o Miniempresa já passou por diversas transformações ao longo dos anos. Mas nunca perdeu o seu poder transformador. É através dele que jovens do Ensino Médio aprendem como é cheio de desafios o dia a dia de empresários. Jovens das capitais do Brasil, do interior dos Estados e até mesmo de um grupo de Escoteiros já passaram pelo Pro-grama. Veja, nas próximas páginas, como ele mudou a vida de alguns estudantes.

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Para conhecer mais sobre o traba-lho da Junior Achievement no Ce-ará, Distrito Federal, Rondônia e Tocantins, acesse os portais:

www.jace.org.brwww.jato.org.brwww.jadf.org.brwww.jaro.org.br

Page 89: Revista Fazendo a Diferença - 12ª Edição

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PELO BRASIL – CE, DF, RO e TO

A parceria de sucesso com a Se-cretaria de Educação permitiu que o Programa Miniempresa, um su-cesso na capital do Ceará, Fortaleza, pudesse chegar também ao interior do Estado. De acordo com Andréa Rocha, Coordenadora da Educação Profi ssional da Seduc, a Secreta-ria busca trabalhar com institui-ções como a Junior Achievement, que detém tecnologia social que converge com os objetivos socio-políticos do Governo, focando na educação. “O trabalho desenvol-vido pela Junior Achievement por meio do Miniempresa fortalece a identidade das escolas profi s-sionais. O impacto do trabalho da Organização nessas escolas se faz

perceber pelo fortalecimento que o Programa dá à ação desenvolvida pelas escolas na direção do desen-volvimento do protagonismo juve-nil”, destaca.

Ainda segundo a Coordenadora, a parceria com a JACE é importante por fatores como a empregabili-dade e a qualifi cação dos jovens, sendo uma das maiores difi cul-dades. “Preparar os jovens para a ideia do mercado de trabalho é fundamental para o autodesenvol-vimento e inclusão produtiva dos mesmos. A orientação metodoló-gica do Miniempresa estimula a descoberta e o desenvolvimento do potencial do jovem, criando opor-tunidades e condições para que ele se descubra e seja capaz de se desenvolver”.

Para que haja um desempenho positivo desses jovens, é funda-mental o engajamento dos volun-tários que se propõem a participar do Programa. Leandro Vascon-celos, professor da Universidade Federal do Ceará, em Sobral, e ad-viser na região, conta que a Junior Achievement apareceu como uma oportunidade num momento es-pecial. “Acredito que participar da Junior Achievement tem resultado que vai além do conhecimento técnico relacionado às áreas de uma empresa e de ter contato com pessoas que já estão no mercado de trabalho, mas principalmente por descobrir um mundo cheio de oportunidades, nas quais suas habilidades técnicas e comporta-mento determinam o sucesso”, diz.

Através de uma parceria de sucesso com a Secretaria de Educação do Estado do Ceará (SEDUC), o Programa Miniempresa chegou às escolas de Juazeiro do Norte, Sobral, Itapipoca, Horizonte, Pacajus, Maranguape, Maracanaú, Caucaia, além da capital Fortaleza.

Ultrapassando fronteiras pelo empreendedorismo

Miniempresa no interior do Ceará é um sucesso

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Miniempresários sempre alertas!

Com a palavra, os miniempresários:

No Distrito Federal, jovens escoteiros não só participaram do Programa Miniempresa, como tornaram a experiência um sucesso.

Buscando diversifi car o público--alvo do Programa Miniempresa, a Junior Achievement do Distrito Fe-deral implantou a primeira turma nacional do Programa para um pú-blico diferenciado, os escoteiros da 6º – DF Caio Martins. Com grande adesão dos adultos que coordenam o grupo e dos jovens que partici-pam como seniores, com faixa etá-ria de 15 a 18 anos, essa experiência foi um sucesso.

Dois voluntários e dois coorde-nadores do Grupo Caio Martins foram convidados a atuar como orientadores, trazendo pessoas de fora do Movimento e envol-vendo a própria coordenação. Além da escolha do produto, que foi camisetas tingidas pela téc-nica Tie Dye, com reutilização de tintas e aproveitamento das camisetas, os jovens mantiveram o grupo unido desde o início. Ao final do semestre, a miniempresa foi escolhida como a melhor do Distrito Federal!

A experiência exitosa desses jovens motivou um convite da di-reção da União dos Escoteiros do Brasil para uma apresentação do Programa Miniempresa no Con-gresso Nacional da entidade, que ocorreu em Belo Horizonte.

Durante o encontro, os partici-pantes perceberam a sinergia en-tre as duas instituições que atuam com educação e que têm unidades

em todos os Estados do Brasil. O escotismo só não está presente em quatro países, sendo a maior ins-tituição não formal em educação de jovens. Abre-se, assim, uma nova perspectiva de adesão aos conteúdos abordados no excelente material didático, agregando esse público que tem buscado ampliar o conhecimento e as atividades escoteiras.

Lembro-me dos dias que nos reuníamos para confeccionar o produto e aprendemos a administrar uma empresa. Um grande aprendizado foi a organização, todo o planejamento que aprendemos para que tudo ali ocorre-se de forma correta. Pretendo ser bem sucedido em qualquer área que eu escolher, e me esforçar bastante para que isso se torne verdade.

Antes, tinha o pensamento de apenas terminar o Ensino Médio e entrar em qualquer faculdade e não pensava em meu futuro profissional, mas após entrar no IFRO e participar do Miniempresa, quando tive a oportunidade de ir a Brasília representando meu Estado no Prêmio Miniempresa, pude perceber que tudo está ao meu alcance, basta eu querer e correr atrás daquilo que tanto quero.

Douglas Maquart Otto Ex-Achiever de Rondônia que participou da Miniempresa Iluminaê S.A./E.

Ex-Achiever de Rondônia que participou da Miniempresa Iluminaê S.A./E.

Raphael Padilha e Silva

Grupo de Escoteiros do Distrito Federal

Escoteiros com a “mão na massa

PELO BRASIL – CE, DF, RO e TO

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P: Qual a importância de ter sido voluntário na Junior Achievement Tocantins?Foi motivo de muito orgulho, pois na Junior Achievement trabalha-mos com crianças para despertar nelas o espírito empreendedor, fa-zendo com que no futuro possam ser empresários e inovar com as novas metodologias aplicadas aos mais diversos negócios que aconte-cem no nosso País.

Voluntariado e liderança

Confira a entrevista especial com o voluntário do Programa Miniempresa, Jairo Mariano, que hoje é líder no Município de Pedro Afonso, interior do Tocantins, com o cargo de Prefeito.

P: Qual a importância dos progra-mas da Junior Achievement To-cantins no seu município?A Junior Achievement é um par-ceiro muito importante. Firmamos, em 2013, uma parceria que vai surtir bons efeitos no futuro, e es-tamos abertos para continuar com essa parceria, que não é impor-tante apenas para Pedro Afonso, como para todos os municípios e o Estado do Tocantins como um todo.

P: Você acredita na transformação através do empreendedorismo na metodologia aplicada pela Junior Achievement?Sem dúvida, a metodologia apli-cada pela Junior Achievement traz diversos resultados e desperta nas crianças a vontade de ter um negó-cio, de desenvolver alguma ativi-dade econômica, o que é fantástico. Queremos ampliar a participação da instituição no nosso município. Nós entendemos que esse é o cami-nho certo para o desenvolvimento, para tornarmos Pedro Afonso uma das cidades mais organizadas do Estado do Tocantins.

O Programa Miniempresa representou um período muito produtivo na minha vida, pois trouxe uma ‘bagagem’ muito grande de conhecimento e experiências práticas do mundo empreendedor. Tivemos dificuldades na produção, qualidade do produto e outros que conseguimos superar com sucesso. Hoje, mantemos contato com colegas que fizemos amizade, pois o período que passamos juntos na miniempresa foi muito bom e produtivo.

No Miniempresa, aprendi a lidar com situações adversas do mundo do empreendedorismo. Foi um novo desafio, não tão fácil, porém bastante proveitoso, pois os jovens de Pedro Afonso precisavam deste incentivo. Esse projeto é capaz de formar jovens para um futuro diferente, no qual o aprendizado sobre empreendedorismo vai capacitar não só os alunos como também os professores que farão parte como voluntários.

Guilherme Rodrigues Schwamback Luciane Rodrigues NoletoEx-Achiever de Rondônia que participou da Miniempresa Iluminaê S.A./E.

Participou do Programa Miniempresa na cidade de Pedro Afonso, no Tocantins.

De voluntário a Prefeito: Jairo Mariano é um importante incentivador do empreendedorismo jovem no Tocantins

PELO BRASIL – CE, DF, RO e TO

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Donos do futuro

Transformar a teoria na prática uti-lizando os ensinamentos da Junior Achievement é o que fazem muitos ex--achievers. E para a Associação, ver o crescimento e sucesso de seus bene-ficiados é uma realização. Hoje, muitas são as histórias de jovens que passaram pelos programas e trilham um caminho de sucesso! Confira nas próximas pági-nas as histórias de miniempresários que possuem seu próprio negócio.

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MG

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www.jamg.org.brwww.ajapi.org.brwww.japr.org.brwww.jarn.org.brwww.jasp.org.br

Para conhecer mais sobre o traba-lho da Junior Achievement nestes Estados, acesse os portais:

Page 93: Revista Fazendo a Diferença - 12ª Edição

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PELO BRASIL – MG, PI, PR, RN e SP

Guilherme Reischl é, hoje, um empresário de sucesso e sua his-tória mostra como o verdadeiro empreendedor aproveita as opor-tunidades na hora certa. Reischl é sócio da Egali Intercâmbio, em-presa especializada, que possui 70 escritórios espalhados pelo Brasil e exterior.

Tudo começou em 1997, quando estava no 2° ano do Ensino Mé-dio no Colégio Anchieta, em Porto Alegre. Sem saber qual profi ssão seguir e até para qual curso prestar vestibular, o jovem decidiu partici-par do Miniempresa. “Até então, eu não tinha a menor ideia do que iria fazer em termos profi ssionais, mas aí eu gostei muito daquilo e muitas coisas começaram a mudar na mi-nha vida”, comenta.

Coordenador do Nexa por um ano e meio, Reischl fez amizades e contatos profi ssionais que con-tribuíram para o seu desenvolvi-mento e ingresso no mercado de trabalho. Após experiências na Ipiranga e Ambev, o administrador foi convidado pelos ex-achievers Cristiano e Gabriel para ser sócio na agência.

“Tínhamos quatro lojas e come-çamos um plano de expansão. Nós não queríamos ser microempresá-rios para sempre, ser morno não era para nós. Ou seríamos grandes ou iríamos quebrar e tudo iria para o ar”.

Cada conquista e retorno po-sitivo do mercado fez com que a Egali aprimorasse os serviços.

Sócio da Egali Intercâmbio iniciou sua carreira

empreendedora após participar do Programa Miniempresa.

Ex-achiever lidera mercado de intercâmbio

“Vimos que um dos problemas do intercâmbio é a hospedagem em uma casa de família. Então, abri-mos a primeira Egali House, em Londres, que lotou no primeiro mês”, conta Guilherme. E o sucesso foi tanto que, hoje, a agência pos-sui várias outras casas espalhadas pelo mundo.

O ex-achiever afi rma que a Junior Achievement foi fundamen-tal para o seu sucesso: “A Junior Achievement foi o começo de tudo, foi a coisa mais importante que ocorreu na minha vida profi ssio-nal”. Para retribuir, Reischl é man-tenedor da unidade, em São Paulo.

“É o mais importante, pois é o que falta no Brasil. A Junior Achievement deixa

muito claro para o jovem que nós somos os senhores do nosso destino. No Brasil, a

maior lacuna, além do conhe-cimento técnico e da educação,

é a cultura do empreendedo-rismo. Nós, da Egali, temos

consciência de que não vamos resolver todos os problemas

do mundo, por isso, decidimos ajudar o empreendedorismo,

ajudar outros empreendedores a nascerem.”

Guilherme ReischlSócio da Egali Intercâmbio

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Luis Figueirêdo já é conhecido, na cidade de Teresina, no Piauí, quando o assunto é moda. O ex--achiever, com apenas 14 anos, deu um “up” no ateliê de sua mãe, Re-jane Figueiredo, fazendo da marca de biquínis Fruk Truk um sucesso.

No ano de 2009, Luis fundou, em parceria com a amiga Moema Deusdará, a Terra Caju, marca lo-cal que revolucionou o mercado fashion do Piauí. Um ano depois, saiu da sociedade para se dedicar a outra paixão: arquitetura.

Porém, desligar-se do mundo da moda era quase impossível,

Jovem de apenas 22 anos é sinônimo de sucesso no mundo fashion do Piauí.

O “cara” dos biquínis

então, aos poucos, o jovem foi res-surgindo no mercado com a Luis XIV – projeto que visa a ofere-cer moda casual com sofi sticação e exclusividade.

“Cresci respirando moda e em-preendedorismo. Morava ao lado do ateliê da minha mãe, e meu pai é professor de empreende-dorismo, então, logo vi a oportu-nidade de ampliar e formalizar o negócio, que, na ocasião, era bem pequeno”, comenta.

Durante a adolescência, ele exercia funções administrati-vas, além de comandar a direção

criativa da fábrica de biquínis. “Não criei a Fruk Truk, ela já exis-tia, mas procurei fazer o diferente, apostei no novo e deu certo, para que a expansão se tornasse possí-vel”, comenta o jovem que contri-buiu para pular de apenas um fun-cionário de carteira assinada para 18, em apenas um ano.

Luis acredita que parte do seu sucesso deve-se aos conhecimen-tos adquiridos com o Programa Miniempresa: “Durante o Pro-grama, eu estava à frente de uma empresa real, então, os conheci-mentos adquiridos, de imediato, foram aplicados nos negócios, o que viabilizou um crescimento sig-nifi cativo na empresa”.

Hoje, Luis é proprietário de um espaço que leva o seu nome e fi ca na própria casa. O espaço Luis Fi-gueirêdo Moda Design Arte é a junção das duas paixões do em-preendedor: moda e arquitetura. No ambiente sofi sticado é possível encontrar um mix de produtos, que vão desde a linha casual da Luis XIV, coleção exclusiva de moda praia assinada por ele, além de cola-boradores dedicados a projetos resi-denciais e ambientação de eventos.

Coordenando uma equipe de oito funcionários diretos e 20 in-diretos, o jovem empreendedor acredita que ser empresário é como diz o ditado: matar um leão por dia. “Ser empresário é estar em busca de novos desafi os, é correr riscos calculados sabendo que nem sem-pre terá êxito, porém, o verdadeiro empreendedor não se desmotiva com a queda, mas a torna uma mola que o impulsiona a recome-çar, sempre buscando fazer o seu melhor”, fi naliza.

Luis começou no ramo de biquínis e hoje trabalha com moda e arquitetura

PELO BRASIL – MG, PI, PR, RN e SP

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Outro ex-achiever que decidiu sair da zona de conforto para ter seu próprio negócio vem de Ponta Grossa - Paraná. Jonathan Felipe Pa-lhano, de 20 anos, participou do Mi-niempresa em 2010, quando foi eleito o melhor vendedor do ano, além de descobrir o gosto por empreender.

Com a ajuda de amigos, o jovem conseguiu um emprego de garçom em uma pizzaria. Mas o que Jona-than gostava mesmo era de estar dentro da cozinha, acompanhando o preparo dos ingredientes, e de ver os clientes apreciando o produto.

Em 2012, Jonathan se viu bem empregado, mas com muitas deci-sões a tomar, entre elas dar início ao curso de Gastronomia Chef di Cuisine. No ano seguinte, termi-nou os planos de negócio, saiu do trabalho, arrecadou suas econo-mias, encontrou um sócio investi-dor e tirou o projeto de abrir uma pizzaria do papel.

“Em dezembro de 2013, inau-guramos a Watzza Pizza, que hoje apoia os projetos do Nexa-PG e logo será uma empresa mante-nedora. Se não fosse pela Junior

Achievement talvez nunca teria me apaixonado por empreender”, afi rma o jovem empresário.

Quem também notou mudan-ças e descobertas após a partici-pação nos programas da Junior Achievement, e escolheu seguir a carreira empreendedora, é Yara Lúcia, de Curitiba.

No ano de 2003, ao ingressar no Miniempresa, a jovem imergiu no mundo dos negócios e a ideia de criar um negócio passou a conviver diariamente com ela. Em 2011, Yara resolveu lançar o Web Salão, um modelo de salão de beleza onde a cliente contrata o serviço desejado através de alguns cliques, efetua o pagamento online e recebe o aten-dimento no local que quiser.

A jovem, que também atuou como Gestora de Projetos e Marketing na Junior Achievement Paraná, reconhece os desafi os em abrir um negócio próprio. “Não é sempre que acertamos e, às vezes, os resultados demoram a apare-cer, mas um empreendedor com visão e paixão permanece em tempos difíceis”.

Quando o projeto sai do papel

Yara Lúcia é, hoje, proprietária do Web Salão, no Paraná

PELO BRASIL – MG, PI, PR, RN e SP

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Desenvolvimento, criatividade e inovação. É dessa forma, revo-lucionando a maneira de pensar e fazendo a diferença, que diversos jovens vêm se destacando no mer-cado de trabalho por meio de uma iniciativa ousada: dar continuidade à produção e venda dos produtos que eles mesmos criaram através do Programa Miniempresa.

A atividade vem ganhando força também fora da escola, onde alu-nos decidem manter o negócio mesmo após o término do Pro-grama. E os novos empresários garantem: não se arrependem e lu-cram! Daniela Vieira Domingues e Ângelo Henrique da Silva Santos, ex-alunos da Escola Estadual Téc-nico Industrial Professor Fontes, de Belo Horizonte, representam al-guns desses jovens empreendedo-res que participaram do Programa no ano passado.

“Continuamos com a empresa e estamos muito felizes com essa decisão e pelos clientes gostarem tanto do produto que criamos”, afi rma Daniela Vieira, 18 anos, Di-retora da Almofada & Art, que pro-duz e comercializa almofadas per-sonalizadas e aromatizadas.

O desejo de continuar com o empreendimento tem como fi -nalidade um sonho: participar do Fórum Internacional de Empre-endedores – FIE, em Córdoba, na Argentina. “Esperamos conseguir os recursos para a viagem. Essa será uma experiência única fora do País, por isso nos dedicamos ao máximo”, diz Daniela.

De acordo com Ângelo da Silva, 18 anos, também Diretor da em-presa, desde que optaram pela

Daniela e Ângelo continuam produzindo e comercializando

o produto criado para o Programa Miniempresa.

Ex-achievers no mercado

continuidade do negócio, a pro-dução aumentou e dezenas de al-mofadas são comercializadas por mês, com novos clientes e novas oportunidades se abrindo todos os meses.

“Continuar com a Almofada & Art é prosseguir com um projeto

Henrique de Abreu Souza, Diretor de Marketing da Junior Achievement Rio Grande do Norte, é também um ex-achiever empre-endedor. Através da participação no Miniempresa teve seu primeiro contato com o mundo dos negócios, o que despertou ainda mais sua curiosidade e vontade de continuar.

Também atuando como Diretor de Marketing na Inter TV Cabugi – afi liada à Rede Globo no RN e mantenedora da JARN, Henrique acre-dita que sua inquietude o faz ser uma pessoa empreendedora. “Sou uma fábrica de ideias, estou sempre buscando novidades e alternativas para novos negócios”.

O próximo passo da carreira é iniciar no ramo de palestras, através do qual pretende compartilhar sua história, a fi m de inspirar novos empreendedores.

Sobre a trajetória de miniempresário a Diretor, Henrique afi rma: “É o coroamento de todo um processo de crescimento profi ssional. Um re-conhecimento desejado por muitos”.

De ex-achiever a empreendedor!

que mudou a minha vida. Fiquei mais dedicado, esforçado e até minha oratória melhorou. Vejo o mundo de forma diferente e sei que há, ainda, diversas oportunidades,” enfatiza. Os dois ex-achievers são, hoje, associados do Nexa – Núcleo de Ex-Achievers.

O ex-achiever Henrique de Abreu Souza, do Rio Grande do Norte, é, hoje, um empreendedor de sucesso

Daniela e Ângelo decidiram, após o Miniempresa, continuar empreendendo

PELO BRASIL – MG, PI, PR, RN e SP

Page 97: Revista Fazendo a Diferença - 12ª Edição

Voluntariado que faz a diferença

Ser voluntário da educação é uma expe-riência rica, que provoca a troca de infor-mações e conhecimentos com jovens, inspirando e motivando estes futuros profissionais. Compilamos, nas próximas páginas, algumas histórias de voluntários engajados pelo Brasil. Nestas histórias, podemos ver que, muitas vezes, o pró-prio aluno que passa por um programa da Junior Achievement se torna um voluntário do empreendedorismo. É emocionante! É comovente! É motivador! E para ser volun-tário, basta procurar a Junior Achievement do seu Estado. Você não irá se arrepender!

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Para conhecer mais sobre o traba-lho da Junior Achievement nestes Estados, acesse os portais:

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PELO BRASIL – ES, MG, MT, PR, RN e RS

Em 30 anos de trabalho no Brasil, a Junior Achievement possibilitou a cerca de 150 mil pessoas se tornarem agentes de mudança, estimulando os jovens a adotarem valores sociais em suas vidas e comprome-tendo-se a transmitirem esses valores a sua família, sua comunidade e à sociedade em geral.

Satisfação pessoal, relacionamento interpessoal, desenvolvimento da oratória, habilidade e competên-cia, além de contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes, são apenas alguns benefícios em ser voluntário.

Recentemente, uma pesquisa realizada com egres-sos da Junior Achievement apontou que 47% dos ex--achievers realizaram trabalho voluntário. Os par-ticipantes percebem mudanças no planejamento profi ssional e querem compartilhar com os jovens.

Guilherme Almeida, do Espirito Santo, atuou como voluntário no ano de 2012 e não imaginava o quanto essa atividade faria diferença na sua trajetória profi s-sional. Através da iniciativa conseguiu ser professor universitário, pois conquistou confi ança em poder transmitir conhecimentos assim como o prazer em ser mestre. “Meu objetivo, como voluntário e professor, é de passar um pouco do meu conhecimento técnico e experiência de vida, além de me desenvolver na orató-ria, almejando, também, meu crescimento como pes-soa e profi ssional”.

Alguns jovens, talvez pela pouca idade, não ima-ginam a dimensão dos benefícios em participar de programas como o Miniempresa. Foi o que aconteceu com o Engenheiro de Produção Jeferson Ayala, do Pa-raná. Surpreendido pelas experiências vividas nesse período, e principalmente através do contato com a produção da sua miniempresa, conseguiu, em meio a tantas dúvidas, escolher uma profi ssão.

Hoje, bem colocado no mercado de trabalho, reco-nhece ainda mais a importância de programas como esse na vida dos adolescentes. E por acreditar nessa transformação dedica parte do seu tempo para o voluntariado.

“Presenciei a transformação social dos alunos, que entraram com uma mentalidade e saíram com maturi-dade para ingressar em qualquer empresa. O Programa proporciona a troca de experiência entre os voluntá-rios e alunos, que se conectam e criam laços fortes de amizade. Participar do Miniempresa é plantar uma semente na nova geração, é dividir conhecimento. É apostar no futuro!”

Compartilhando histórias de vida!Ser voluntário é ser coadjuvante na transformação de jovens em protagonistas do futuro.

Espírito Santo

Paraná

Guilherme de Almeida

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Saulo Demas de Castro participou do Programa Miniempresa em 2007, em São Sebastião do Oeste, interior de Minas Gerais. Para ele, a atividade foi de grande importância tanto para sua conquista profi s-sional quanto para transformação pessoal.

Hoje, Saulo retribui sendo voluntário do Programa e sabe exatamente a importância de ser um agente transformador na vida de outros jovens que, como ele, enxergam no empreendedorismo um caminho para desenvolvimento profi ssional e pessoal.

“Sou um admirador do Programa. Quando tive a chance de ser voluntário, não pensei duas vezes. A experiência é excelente. Ao mesmo tempo em que en-sinamos, nós aprendemos, e muito, com os alunos”, diz Saulo.

Ylan Ádlin de Queiroz Santos também percebeu o quão importante é a participação em programas de de-senvolvimento empreendedor para a formação profi s-sional dos jovens.

Após participar do Programa Miniempresa durante o Ensino Médio, continuou ligado à Associação como voluntário no Programa Nosso Planeta, Nossa Casa e como adviser junior de outras miniempresas.

Hoje, o empresário pretende continuar apoiando alguns projetos. “Acredito que a Junior Achievement tenha orientado, assim como eu, muitos jovens ao re-dor do mundo e, por isso, está nos planos da minha empresa apoiar a Junior Achievement Rio Grande do Norte com patrocínio e com nosso papel de voluntário, levando um pouco de conhecimento e a experiência que temos aos jovens do nosso Estado”.

Rio Grande do Norte

Minas Gerais

Ylan Ádlin de Queiroz Santos

Saulo Demas de Castro

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Fernando Martins Reis, Presidente do Conse-lho Diretor da Junior Achievement Mato Grosso, é um empresário engajado no empreendedorismo jovem. Ele acredita que o projeto funciona, pois todas as partes envolvidas estão em total sinergia: “É um privilégio participar de um projeto tão idô-neo de responsabilidade social que funciona com o equilíbrio de três pilares: empresas, escolas e voluntários”.

Segundo o empresário, o papel do voluntário é fundamental. “Os voluntários compartilham suas experiências, contribuindo para a formação dos jo-vens empreendedores e futuros líderes. Fui voluntá-rio de uma turma de Miniempresa, fi quei feliz por ter a oportunidade de comprovar tudo isso na prática,

um grande desafi o que agregou valor para minha vida também”.

Para Fernando, os voluntários são verdadeiros he-róis: “Sem eles este grandioso projeto não seria possí-vel. São seres muito especiais, todos com muito com-promisso e responsabilidade, que contribuem com seu tempo e experiência para a formação dos jovens”.

“Temos a honra de ter encontrado um ex-achie-ver que fez parte da primeira turma de Miniem-presa, em 2005 e hoje é um brilhante advogado. Ele recebeu um estudante como ‘sombra’, contribuindo para que mais um jovem tenha a oportunidade de conhecer a rotina de um profissional. Nosso muito obrigada ao profissional e ex-achiever Bruno de Castro”, conta o empresário com orgulho.

O empresário que valoriza o voluntariado

Rio Grande do Sul

No Mato Grosso, o Presidente do Conselho Diretor reforça a

importância dos voluntários para a atuação da Junior Achievement.

acompanhar seus alunos em uma competição nacio-nal. E o resultado foi positivo e ainda mais motivador, conquistaram o prêmio como a segunda melhor mi-niempresa do Brasil.

“Tive uma satisfação pessoal imensa ao ver o resul-tado desse trabalho. Estes jovens são especiais”, afi rma Paulo, que é um defensor do voluntariado na empresa em que trabalha. “Quero que todos sejam voluntários, assim como eu”.

Paulo e a equipe da Miniempresa Bamboom S.A./E

Ser voluntário nos programas da Junior Achievement é estar comprometido com o desenvolvimento do grupo. É estar disposto a enfrentar os desafi os, ensi-nar e, ao mesmo tempo, aprender. E quando possível, ir além dos encontros semanais.

Paulo Lazutt a, adviser no Colégio Farroupilha de Porto Alegre, fez isso, se uniu ao grupo e foi a Brasília

PELO BRASIL – ES, MG, MT, PR, RN e RS

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Empreendedores do futuro!

Despertar o espirito empreendedor nos jovens é a missão da Junior Achievement. Quando isso se torna realidade, a sensa-ção de dever cumprido e vontade de fa-zer cada vez mais, aumenta. Nas próxi-mas páginas, você vai conhecer histórias de ex-achievers que ganharam espaço no mercado, com o uso inteligente da tecnologia. São jovens empreendedores que participaram do Programa Miniem-presa e, com ideias inovadoras, mos-tram que é possível, mesmo com pouca idade, obter sucesso profissional. Para isto, basta ter dedicação e disciplina.

SE

GO

RR

www.jago.org.brwww.jarr.org.brwww.jase.org.br

Para conhecer mais sobre o traba-lho da Junior Achievement nestes Estados, acesse os portais:

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PELO BRASIL – GO, RR e SE

O Programa Miniempresa, apli-cado durante o Ensino Médio, proporciona aos alunos uma ex-periência prática em economia e negócios, na organização e na operação de uma empresa. Alguns jovens vão além dos aprendiza-dos adquiridos em sala de aula e abusam da criatividade e conheci-mento para ganhar espaço no mer-cado de trabalho, que a cada dia está mais competitivo.

A nova geração de achievers consegue unir o gosto pela tecno-logia com o trabalho, fazendo com que muito marmanjo fi que “ba-bando” com o sucesso da juven-tude e sendo obrigado a aderir às modernidades.

A cada dia, celulares, tablets e, consequentemente, aplicativos di-

Estudantes desenvolvem habilidades empreendedoras e

se destacam no mercado da tecnologia.

Miniempresa incentivando a inovação nos jovens

nâmicos simplifi cam a rotina de pessoas e também empresas. O Zock Digital Rocket é um exemplo, através do app é possível agendar posts no Instagram, e o mais legal é que foi criado por um ex-achiever.

Angel Junior, 27 anos idea-lizador do Zock, participou do Miniempresa, compreendendo, ainda jovem, como funciona o mercado de forma real. “O Programa faz com que você crie interações, conheça pessoas, processos e problemas. O jovem faz da oportunidade um item no seu crescimento”, comenta Angel.

E foi na oportunidade que o goiano desenvolveu, com sucesso, o aplicativo. “Depois de algumas semanas de busca, a equipe de Social Media da agência Tuddo

Web, onde trabalho, não encon-trou nada que pudesse sanar a necessidade de realizar posta-gens para o final do ano, o que, até então, eles teriam que realizar manualmente. Então, fui buscar tecnologias e compreender o mo-tivo da falta e o que poderia ser feito para sanar. Em 72 horas, a primeira versão estava no ar e em pleno funcionamento”, ex-plica o criador do Zock, que foi adquirido por uma companhia americana, após atingir mais de 300.000 perfis gerenciados.

Atualmente, Angel trabalha na criação de novos projetos que pos-sam atender diferentes ramos do mercado, projetos que não pos-suem empresas atuantes ou que tenham fraca atuação. Através destas novas propostas, o progra-mador busca melhorar a vida das pessoas. Juntamente, está criando a Companhia Brasileira de Startup, um “guarda-chuva” para projetos nacionais que busca, por meio de contatos internacionais, a elevação dos projetos do Brasil para níveis maiores e que consigam atender uma qualidade operacional e de funcionamento maior.

O empreendedor também atua como voluntário, pois acredita que, desta forma, pode retribuir todas as experiências proporcionadas pelo Programa Miniempresa. “Sei que o projeto depende de pessoas como eu para acontecer, considero de extrema importância, e se de cada sala que eu saio conseguir infl uen-ciar um jovem a pensar, eu tenho o meu objetivo completo”.

“Empreender é um desafio diário, é a certeza de não ter que seguir ordens definidas, o que é muito bom, porém, ao mesmo tempo, é extrema-mente incerto, é ter pessoas dependendo de você, não ter garantia de nada e depender, unicamente, da sua vontade de fazer algo realmente bom.”Angel Junior

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Laercio Gentil, 25 anos, é um jovem empresário de sucesso, mas sua história de empreendedorismo co-meçou ainda na infância, por necessidade e pelo de-sejo de contribuir com a família, já que aprendeu com o pai sobre a importância do trabalho na vida e as res-ponsabilidades de um homem.

O jovem nasceu em Boa Vista – Roraima, onde co-meçou a trabalhar antes dos dez anos, como ajudante do pai, que era encanador. Apesar da pouca idade, já queria trabalhar em algo defi nitivo.

Além de ajudar o pai, Laercio também foi eletricista. “Essas funções eu aprendi na prática”, diz ele, ao lem-brar que também fazia e vendia pastéis em uma bar-raca. “Quando não tinha serviço de hidráulica e de elé-trica, eu inventava alguma coisa, não fi cava parado”, comenta.

Ele conta que, embora seja um empresário da área de tecnologia, na infância ele não era ligado neste setor, pois o que gostava mesmo era de resolver problemas.

Com quase 14 anos de idade, Laercio conseguiu o primeiro emprego fi xo em um supermercado. Neste

O empreendedor que começou a botar a mão na massa ainda na infância.

De ajudante de encanador a empresário

A Junior Achievement de Sergipe inovou com a criação de um aplicativo para ce-lulares Android e Iphone. O aplicativo permite uma interação com o trabalho realizado no Estado de Sergipe junto às escolas e alunos.

Através do app, o usuário tem informa-ções sobre os programas de educação, calendário de eventos, notícias, vídeos, entre outras informações, sendo uma das unidades pioneiras no Brasil a utilizar esta tecnologia.

A instalação do aplicativo poderá ser feita diretamente na Play Store para o Android e pelos links http://app.vc/jase para as de-mais plataformas disponíveis.

período, recebeu outro convite para trabalhar em uma empresa de consertos de aparelhos celulares. Ele acei-tou a proposta porque em casa aprendeu a consertar brinquedos, eletrônicos, e estudava muito sobre o as-sunto. “Com esta experiência, não tive difi culdade de assimilar o que aprendi nas revistas e consertando ele-trônicos em casa. Obtive um bom desempenho técnico nesta área”, lembra.

“Comecei recebendo 30 reais por semana, mas não era o dinheiro que me motivava ao trabalho, mas sim o aprendizado e a experiência. Se colocarmos o di-nheiro na frente, não chegaremos a lugar algum”, ga-rante o empresário.

Laercio disse que fi cou bastante conhecido, pois, naquela época, Boa Vista tinha um mercado ainda tí-mido no que se refere a lojas de consertos de aparelhos celulares. Com 15 anos de idade, recebeu mais um con-vite de uma empresa para trabalhar como técnico em eletrônica. E ele foi...

O jovem sempre conciliou trabalho com os estudos. Aos 17 anos, quando cursava o terceiro ano na Escola

Junior Achievement Sergipe disponibiliza aplicativo para celulares

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Ana Libória, Laercio foi convidado para assumir a administração de uma empresa autorizada de as-sistência técnica, que havia sido inaugurada na cidade.

Ainda no Ensino Médio, Laer-cio participou do Programa Mi-niempresa, quando, junto com outros colegas de turma, montou uma Miniempresa que fazia cho-colates. Nesse período, assimilou a prática em economia e negócios e conheceu os conceitos de livre ini-ciativa, mercado, comercialização e produção.

O jovem prestou vestibular para o curso de Sistema de Informa-ção, na Faculdade Estácio Atual, e como um dos primeiros colocados, ganhou uma bolsa de estudos. Ele ainda foi aprovado nos cursos de Ciências da Computação e Arqui-tetura, na Universidade Federal de Roraima – UFRR, mas não chegou a cursá-los.

Dono do próprio negócio

Foi durante um estágio em uma empresa de soft ware da Contama que ele pensou em abrir uma em-presa de assistência técnica, pois já tinha um grande número de clien-tes. “Outro motivo foi porque as as-sistências não atendiam os smar-tphones e eu comecei a atender esta demanda”, diz ele.

Laercio conseguiu apoio de em-presas e amigos, como a própria Contama, que lhe forneceu um ano de contabilidade gratuita, assim como os empresários Luiz Brito (LB Construções) e Diego Melo, que fo-ram parceiros do jovem, ao abrir seu primeiro empreendimento.

A primeira loja da Neo Tecno-logy foi inaugurada em 2008. Laer-cio conta que abriu a empresa sem conhecimento nenhum de gestão e trabalhava sozinho: “Atendia os clientes durante o dia e a noite fa-zia os serviços”.

E era tanta demanda que Laer-cio trancou o curso na faculdade ainda no primeiro semestre, por-que não conseguia conciliar tudo. Um amigo e o irmão Leonardo fo-ram trabalhar com ele. “Quase fe-chamos as portas”, relembra, mas a vinda do irmão impulsionou o empreendimento, que depois foi ampliado.

Em virtude dos inúmeros pro-blemas, já que não conhecia muito sobre gestão, Laercio disse que foi estudar pela internet sobre legis-lação, tributação, administração e outros assuntos.

Em 2010, em sociedade com Aníbal Fraxe, ele mudou para um novo espaço, localizado na Avenida Jaime Brasil, no Cen-tro Comercial da Capital. Laercio tem a palavra honestidade como o pilar para ser empresário. “Se

trabalharmos honestamente, tere-mos destaque”, frisa.

Nos primeiros dois anos de ati-vidade, já era referência no Es-tado, especifi camente em suporte técnico para iPhones, obtendo, assim, o status de ser a primeira Revenda Autorizada, especializada em produtos Apple, além de contar com assistência e suporte técnico no local.

Para 2014, o jovem iniciou um grande desafi o, que é montar uma indústria de acessórios para celu-lar. Também pretende montar um sistema de e-commerce para venda de produtos e expandir a Neo Tec-nology para outras regiões do País. Laercio conta que talvez adote um padrão de franquias ou loja pró-pria. “Sou movido a desafi os, mas estou sempre analisando as vanta-gens e desvantagens”, fi naliza.

Laercio adotou uma política na Neo Tecnology que é dar aos jovens sem experiência profissional a oportunidade de trabalharem na empresa, pois acredita que, assim, eles irão perceber a importância de serem responsáveis e despertarão para o empreendedorismo

PELO BRASIL – GO, RR e SE

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PELO BRASIL

Durante o ano de 2014, foram realizados importantes eventos para o fortalecimento da Rede Na-cional, os Grupos de Desenvolvi-mento Gerencial – GDG e as Reu-niões Regionais de Presidentes de Conselhos – RRC. Ambos eventos têm o objetivo de criar um espaço para o debate de temas comuns às regiões, os desafi os enfrentados e, também, para compartilhar estra-tégias que promovam o desenvol-vimento da Junior Achievement.

Ao longo do ano, foram

realizados uma série de

encontros regionais e

nacionais, com o objetivo

de discutir o planejamento

e as estratégias para

a Junior Achievement,

fortalecendo a atuação

da Organização.

Fortalecendo a Rede Junior Achievement

RRC e GDG Centro-Oeste e Norte – Camila Seroa (JAGO), Adriane Lussani (JATO), Marisa Martins (JAGO), Juliana Vieira (JA Brasil), Ana Macedo (JAAP), Janete Vaz (JADF), Luzia Aurélia (JAAC), Enoque do Carmo (JARO), Luciana Salomão (JADF), Lucilene Couto (JAMS), Leandro Peixoto (JARR), Ricardo Bruno (JARO), Wilma Resende Araujo Santos (JA Brasil), Rodney Guardia (JAGO), Sandra Vianna (JAMT), Luiz Brito (JARR), Olívia Rauter (JADF), Wagno Milhomem (JATO), Julião Gauna (JAMS) e Neuza Yamada (JAPA).

Ana Maria de Araújo (JARN), Conceição Barbosa (JAPB), Junara

Camargo (JAAL), Luciana Barreto (JABA), Rosane Schereschewsky (JAPE), Juliana Vieira (JA Brasil),

Hélio Maia (JAMA), além de Nayara Cruz (JAAM) e Enoque do Carmo (JARO), ambos da Região Norte.

As RRCs abordaram temas como Governança Corporativa e Sustentabilidade Financeira da Rede e oportunizaram uma intera-ção entre Executivos e Presidentes.

A Junior Achievement agradece às lideranças regionais: Péricles Druck (Regiões Sul e Sudeste), Ja-nete Vaz (Região Centro-Oeste), Luís Brito (Região Norte) e Igor Queiroz Barroso (Região Nordeste).

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É um evento anual que re-úne todas as unidades da Junior Achievement no Brasil em um encontro de atualização, traba-lho e integração da Rede Junior Achievement.

Programa de Desen-volvimento Gerencial e Integração – PDGI

O encontro trabalhou temas como Desenvolvimento de Pessoas, Análise de Desempenho, Plano de Desenvolvimento da Rede, além de Painéis com Empresários e com Membros do Nexa Nacional.

Executivos, a Superintendente da Junior Achievement Brasil, Wilma Resende Araujo Santos, e os convidados do Painel com Empresários: Luiz Cama, Marcelo Carvalho (Ancar Ivanhoe), Gilberto Peralta (GE), Rosângela Melatto (Intel), Dado Schneider, Meire Fidelis (Grupo Abril) e José Paulo Pinto da Silva (Hi Partners)

José Paulo Soares Martins (JA Brasil), Elaine Lima (JAES), Luana Fonseca (JAMG), Flávio Roscoe (JAMG), Roberto Netz (JAPR), Anna Karina Boszczowski (JAPR), Daniel Fernandes (JARS), Laura Mariani (JARJ), Mariana Carvalho (JARJ), Marcelo Carvalho (JA Brasil), Wilma Resende Araujo Santos (JA Brasil), Péricles Druck (JARS), Evandro Badin (JASC), Cibele Lara (JASP) e Cristiane Steigleder (JARS).

Erich Rodrigues (JARN), Aldo Ramon Brito de Almeida (JABA), Wilma Resende Araujo Santos

(JA Brasil), Igor Queiroz Barroso (JACE), Frederico Almeida (JAPE),

e Gilberto Bagaiolo (JAPE).

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Vire a página e veja mais de 700 empresas mantenedoras da Junior Achievement. São investidores que consolidam a cultura em-preendedora no Brasil.Estas empresas valorizam o empreende-dorismo que cria oportunidades, dá vazão à criatividade, amplia a visão dos jovens e su-gere a coragem para correr riscos. Este investimento resultará em um país desenvolvido, com consequências positivas para toda a sociedade. São os empresários de hoje, que sabem enxergar os de amanhã!

Empresas que enxergam longe

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT SÃO PAULO

Empresas Mantenedoras

Apoiadores

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT RIO GRANDE DO SUL

Mantenedores Diamante

Apoiadores

Mantenedores Ouro

Mantenedores Prata

Mantenedores Bronze

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT SANTA CATARINA

Mantenedores

Mantenedores Master

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT RIO DE JANEIRO

Mantenedores Diamante

casa doclientecomunicação 360

Mantenedores Ouro

Mantenedores Prata

Mantenedores Bronze

C o n t a d o r e s A s s o c i a d o s

AugustoPrates

Parceiros Apoiador Técnico

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT BAHIA

BAHIAASS. DOS COMERCIANTES DEMATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Empresas Mantenedoras

Apoiadores

Projetos Nacionais

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT ESPÍRITO SANTO

Empresas Mantenedoras

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT AMAZONAS

Empresas Mantenedoras

Apoiadores

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT PARANÁ

Empresas Mantenedoras

Apoiadores

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT GOIÁS

Mantenedores Ouro

Mantenedores Prata

Mantenedores Bronze

Apoiadores

P R O P A G A N D A

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT PERNAMBUCO

Empresas Mantenedoras

Apoiadores

Projetos Nacionais

Parceiros

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT MINAS GERAIS

Mantenedores Diamante

Mantenedores Ouro

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT PIAUÍ

Empresas Mantenedoras

Apoiadores

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT RORAIMA

Empresas Mantenedoras

Apoiadores

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT AMAPÁ

Empresas Mantenedoras

Apoiadores

Transporte Logística Armazenagem

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT ACRE

EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT MARANHÃO

Empresas Mantenedoras

Empresas Mantenedoras

Apoiadores

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT DISTRITO FEDERAL

VOLUNTÁRIOS CANDANGOSCentro de Voluntariado do Distrito Federal

Empresas Mantenedoras

Apoiadores

Projetos Nacionais

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Empresas Mantenedoras

Empresas Mantenedoras

Parceiros

EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT PARAÍBA

EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT TOCANTINS

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT ALAGOAS

Empresas Mantenedoras

Patrocínio Especial

Apoiadores

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT CEARÁ

Empresas Mantenedoras

Apoiadores

Projetos Especiais

Secretaria da Educação

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT SERGIPE

EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT RONDÔNIA

Empresas Mantenedoras

Empresas Mantenedoras

Parceiros

Apoiadores

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT MATO GROSSO DO SUL

Empresas Mantenedoras

Apoiadores

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT MATO GROSSO

Empresas Mantenedoras Rondonópolis/MT

Empresas Mantenedoras Cuiabá/MT

Mantenedores Ouro

Mantenedores Prata

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT PARÁ

Patrocinador Especial

Empresas Mantenedoras

Apoiadores

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EMPRESAS MANTENEDORAS JUNIOR ACHIEVEMENT RIO GRANDE DO NORTE

Empresas Mantenedoras

Apoiadores

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Empresas Mantenedoras

Empresas Patrocinadoras de Projetos

Empresas Apoiadoras

Empresas Mantenedoras da Junior Achievement no Brasil

Empresas que enxergam longe investem na Junior Achievement.

Invista você também!

www.juniorachievement.org.br

CONHEÇA HISTÓRIAS DE EMPREENDEDORES DE TODO O BRASIL E PREPARESE PARA OS DESAFIOS DO MERCADO DE TRABALHO.

NEXA NÚCLEO DE EXACHIEVERS Conheça os projetos de jovens empreendedores de todo o País.

Pg. 35

A MINIEMPRESA DO FUTUROParceria com a Dell leva inovação e tecnologia para estudantes.

Pg. 48

ENTENDENDO OS DESAFIOS DO MERCADO DE TRABALHOSaiba o que as Gerações Y e Z esperam do mundo dos negócios.

Pg. 31

Faze

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