revista estação aeroporto #06

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Turismo – Cultura – Moda – Beleza – Comportamento – Arquitetura – Tecnologia – Gastronomia – Vinhos Ano I – #006 – Distribuição gratuita Carrossel de emoções Roberto Carlos celebra 50 anos de carreira com turnê Especial França Ano da França no Brasil aproxima franceses e brasileiros

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Nesta edição: Os 50 anos do rei Roberto Carlos; Os majestosos caminhos da Estrada Real; Uma exclusiva com a figurinista Patricia Field; Aécio Neves faz um roteiro para um estado eficiente; Felipe Massafera um quadrinista brasileiro faz sucesso no exterior; O ano da França aproxima brasileiros e franceses, Mário César da Silva, presidente da Álamo Construtora fala a respeito da criação de sonhos; A moda de Outono.

TRANSCRIPT

Turismo – Cultura – Moda – Beleza – Comportamento – Arquitetura – Tecnologia – Gastronomia – Vinhos

Ano I – #006 – Distribuição gratuita

Carrossel de emoçõesRoberto Carlos

celebra 50 anos de carreira com turnê

Especial

França

Ano da França no Brasil aproxima franceses e

brasileiros

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Debaixo dos caracóis dos seus cabelos, tanta história para contar... Afinal, o Rei Roberto Carlos completa em 2009

cinquenta anos de carreira. Ícone internacional, o cantor é ama-do por gerações diversas. De personalidade romântica, o filho de Lady Laura, amigo de Erasmo Carlos e Wanderléa (entre muitos outros), costuma olhar para o céu e agradeçer a Deus. A ESTAÇÃO Aeroporto recebe nosso Rei com muita honra nesta nossa 7ª edição. Parabéns Roberto, nós também somos seus fãs!

Mostramos ainda nesta edição um pouco dos caminhos de nossa ESTRADA REAL, roteiro de charme e muita cultura ainda pouco conhecido e explorado pelos brasileiros.

Voilà! Trouxemos do velho continente um pouquinho de nos-sos amigos da França, com o Ano da França no Brasil, após o Ano do Brasil na França ter sido realizado por lá, em 2005. Agora os brasileiros poderão conhecer um pouco mais da cultura francesa atual, por meio de uma série de eventos. O objetivo é fortalecer os laços entre os dois países. Ainda sobre a França, mostramos o luxo e elegância do Hotel de la Cité, em Carcassone, qualidades muito comuns entre os franceses.

Nas artes plásticas, destaque para Felipe Massafera, quadri-

nista brasileiro que vem ganhando destaque no mercado edito-rial internacional. E quem gosta de arte e moda não pode perder a entrevista com Patricia Field, uma das figurinistas dos filmes mais fashionistas da atualidade.

O editorial de moda desta edição foi feito no Il Campanario, em Jurerê internacional, um novo empreendimento, fantástico, na Ilha da Magia, Florianópolis!

No aniversário de 49 anos de Brasília, dia 21 de abril, convi-damos a jornalista brasiliense Maria di Lorenzo Leal para descre-ver um pouco das belezas de sua cidade natal.

A revista também traz um perfil especial do governador Aécio Neves, uma energia que vem transformando Minas Gerais em um novo modelo de crescimento, com suas idéias e um jeito jo-vem de fazer política. E muitas outras seções distintas, atraentes, para uma leitura prazerosa e instrutiva na Estação Aeroporto. Um grande beijo! Muita paz!

Narriman

Redação:Rua: Anita Garibaldi 79 sala 606 – Centro Execu-tivo Miguel Daux – Florianópolis (SC)Tel. (48) [email protected]

Diretora:Narriman [email protected]

Conselho editorial:Guilherme MirandaNarriman ChedeDani FerreraRodrigo Brasil

MarketingGuilherme [email protected]

Jornalista responsável:Rodrigo Brasil – MTB SC-02811 [email protected]

Editores:Dani Ferrera (cultura e entretenimento)[email protected]

Mirian Koerich (Moda)[email protected]

Produção de Moda:Ana Carolina C. Rotolo

Colunistas:Syomara [email protected] [email protected] [email protected]

Diagramação:Rodrigo Kurtz [email protected] Isaías [email protected]

Colaboradores:Rodrigo Kurtz Matheus AlvesBruna SplittesPreta NascimentoPaula BrenhaIl Campanário

Comercial:

BrasíliaAlberto Moreira Rosa Neto.SCS quadra 02 bloco DEdifício Oscar Niemayer,1002Fone (61) [email protected]

São PauloClaudia Carpes PedroRua:Pamplona,1465 conj 74Fone (11) [email protected]

CuritibaMirian LinsRua: Senador Xavier da Silva,488 conj 808Fone (41) 3232-3466paraná@centralcomunicacao.com.br

A revista Estação Aeroporto é uma publicação da E EDITORA LTDA ME – Revistas. Rua Jerônimo Coelho, 293, Sala 201 – CEP 88010-030 Florianópolis, SC. (48) 3222 18490.

Expediente

Editorial

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Sumário

28Roberto Carlos

10Mimos

16Paris

18Estrada

Real

08 Horizontes10 Mimos12 Lugares por onde andei14 Beleza16 Turismo Internacional22 Habitat24 Perfil28 Capa32 Tecnologia34 Cultura

46 Desembarque52 Velocidade54 Gastronomia56 Vinhos58 Moda64 Brasília68 Entrevista73 Sexo74 Brasil França81 Crônica

HorizontesNo coração do Brasil Goiânia / Goiás

Uma das cidades brasileiras com melhor qualidade de vida, Goiânia possui muitos bosques, praças e

jardins repletos de flores, o que lhe valeu o título de Cidade das Flores. Situada a 209 Km de Brasília, a capital goiana foi fundada há apenas 69 anos. Cinemas, galerias de arte, universidades, parques e museus também fazem parte do cotidiano da cidade. O estilo art déco, uma das caracte-rísticas da época da inauguração, na década de 30, ainda está presente nos edifícios, principalmente nos museus, no teatro e na sede do governo.

O Monumento às Três Raças, símbolo de Goiânia (Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira, Centro), simboliza a miscige-nação das três raças: o branco, negro e índio, presentes no sangue do povo goiano. Uma visita obrigatória é a Igreja da Boa Morte (Praça Castelo Branco), que possui boa coleção

de trabalhos do século 19 feitos pelo escultor Viega Vale.Os Painéis da Via Sacra, na Rodovia dos Romeiros, im-

pressionam pela grandiosidade. Ao longo de 16km, estão dispostos 14 painéis de 10 m de largura por 4 m de altura, de autoria do artista plástico Omar Souto, que retratam os principais momentos da paixão de Cristo.

O Museu de Arte Contemporânea, o MAC (Rua 4, 515, Edifício Parthernon Center, Centro), possui acervo de 500 obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, desenhos, ob-jetos e reproduções. Outra atração é o Museu Estadual Professor Zoroastro Artiaga (62/223-1763), com fachada art-déco. O acervo conta com documentos históricos, ar-tefatos indígenas, arte sacra e popular, objetos da época da Revolução Industrial, minerais, rochas, diversas peças artísticas e uma seção especializada em folclore.

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oIgreja da Boa Morte e Palácio do Governo, em Goiânia

O interior de Goiás possui inúmeras paisagens belíssi-mas despontando em meio ao cerrado. Alto Paraíso,

situado sobre uma imensa placa de quartzo na Chapada dos Veadeiros, possui cânions gigantescos, paredões ro-chosos, rios cristalinos, cachoeiras e piscinas naturais.

Caiapônia, a 334 Km de Goiânia, tem cachoeiras, anti-gas propriedades rurais, rios caudalosos e formações ro-chosas. Serra Dourada, situada próxima a Goiás Velho, é uma das mais antigas formações rochosa do planeta. Com cachoeiras e trilhas, é muito procurado por pessoas que gostam de ecoturismo.

Outra atração é Pirenópolis, cidade histórica a 120 km da capital, onde são realizadas as famosas Cavalhadas, manifestação folclórica dramática que acontece após os festejos da Festa do Divino Espírito Santo e tem como data culminante o Domingo do Divino, 50 dias após a Páscoa.

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Serviço:Secretaria de Turismo:www.goiania.go.gov.br/html/turismo

Belezas naturais

Acima, cachoeira em Caiapônia. Abaixo, as Cavalhadas e Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Pirenópolis. Abaixo à direita, paisagem de Serra Dourada.

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Mimos ESTAÇÃO recomenda

Inspiração no Oriente

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A famosa caixinha turquesa com um laço branco da Tiffany&Co. ganha novos recheios a partir deste mês. Dentro do cobiçado objeto poderá estar um dos modelos de óculos solar ou de grau da coleção Tiffany&Co. São modelos baseados naquele óculos que Audrey Hep-

burn imortalizou com estilo em “Bonequinha de luxo“. O modelo ao lado chama-se Tiffany Lace e é composto

de acetato com aplicação de pequenos diaman-tes na haste, em formato de estrela.

Quem traz a novidade para o Brasil é a Luxottica (www.luxottica.com ou 0800 702 7999).

Preço: R$4 582

Bonequinha de luxo

A Vivara traz em sua nova coleção exóticas e ultraluxu-osas jóias que têm claramente inspiração no Oriente, como sugere sua campanha publicitária com Juliana Paes, estrela da novela “Caminhos da Índia“.

Mais informações: www.vivara.com.br

Mistura de saboresPara comemorar o ano da França no Brasil, o

bistrô Le Vin, além de preparar um delicioso novo menu, também lança o seu segundo vinho. O Cuvée Le Vin é produzido pela vinícola Chateaux Pesquié, na região Côtes du Ventoux, em Rhone, na França. Este vinho tinto combina 70% de uva Grenache e 30% de Syrah. Os pés das vinhas Granache têm 60 anos, e os da Syrah, 30 anos.

Preço: R$ 80 Mais informações: www.levin.com.br

Em sua coleção 2009, a Cavage aposta em modelos clássicos Oxford - um toque mascu-lino para o charme feminino. Para usar esse ‘must have’ da estação, a dica da marca é adicionar uma peça bem feminina ao look e arrasar!

Mais informações: www.cavage.com.br

Must have da estação

Esquerda: Anel em ouro 18k, diamantes e quartzo rutilado dourado da coleção Wish Timbre. Preço: R$ 8 525. Direita: Pulseira em ouro amarelo 18k, diamantes, ame-tista, green gold, citrino, topázio azul e citrino champagne da coleção Rainbow. Preço: R$ 25 760.

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Quem pensou em ter uma cadeira na forma de sua fruta preferida, ou quem sabe um banco no formato de um rótulo de champanhe, e concluiu que era uma idéia absurda, se enganou. Idéia dos designers Ales-sandro Jordão e Kiko Sobrino, a Mãos Contemporary Art coloca essas e outras interessantes criações no site: www.jkmaos.com.br.

Idéias malucas, boas idéias

Criatividade brasileira: as banquetas Clicquot, a cadeira banana e a cadeira Pão de Açúcar, respecticvamente.

A loja Celina Dias Bebê (www.celinadias.com.br) acaba de lançar uma grande novidade para as mamães e bebês. Não é de hoje que se sabe que cantigas de ninar e os barulhi-nhos certos podem ser de grande valia no auxílio da soneca. Foi daí que veio a idéia do bichinho de pelúcia porta-Ipod.

A inauguração de uma nova marca surgiu devido à percepção de Celina Dias e seus filhos em notar a carência desse seg-mento. Idealizaram então um espaço no qual as clientes tenham atendi-mento diferenciado e possam en-contrar para os seus bebês todos os produtos que necessitarem.

Mais informações:(11) 2893-6846

Ipod pelúcia

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o A decoradora Amelinha Amaro, autora de dois volumes do livro Mesa, arte & detalhes, comanda desde 2003 a loja de decoração Divino Espaço, em Moema.

Na Divino Espaço muitos dos itens encontrados são ex-clusivos, criados e desenhados por Amelinha, como os jo-gos americanos, toalhas de mesa, louças pintadas a mão, entre outros objetos que fazem a diferença numa casa.

Mais informações: www.divinoespaco.com.br ou (11) 5051-1268

Exclusividade

Peças únicas, em sentido horário: Vaso Dubai, Ânfora dourada e mesa com escritos em latim.

ESTAÇÃO recomenda

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Lugares por onde andeiBonito Por Roberto Machado e Gabriela Ferraz

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Depois de passarmos o Carnaval de 2008 no Rio de Janeiro, onde por sinal nos conhecemos, resolve-

mos procurar para o desse ano uma opção mais tranqüila e menos óbvia. Estávamos querendo evitar os destinos para o Nordeste e para o Sul, em função da grande pro-cura no Carnaval. Foi quando, após uma despretensiosa ligação para o nosso querido Tio Décio, que mora em Campo Grande, veio a idéia de conhecermos Bonito. Era o que procurávamos: natureza, tranquilidade e melhor, nenhum de nós dois conhecia. Ah! E ainda podíamos fa-zer uma visita ao nosso querido tio e sua esposa.

O vôo, pela Gol, foi tranquilo. Chegamos na noite da sexta em Campo Grande, uma cidade limpa, bem pla-nejada, com ruas largas e arborizadas. Fomos muito bem recebidos por nossos tios, com direito a vários mimos do casal. Partimos no sábado pela manhã de carro e as sur-presas já se iniciaram pela estrada, muito bem conser-vada e extremamente bela. No início passamos por uma série de fazendas com pastos bem verdinhos e muito, mas muito mesmo, gado! Depois a vegetação do cerra-do toma conta, com suas árvores belíssimas, pequenos trechos de serra e diversas espécies de aves.

Ficamos hospedados no Hotel Wetiga (pronuncia-se ueterrá na língua kadiwéu, e significa pedra). Homena-gear uma tribo indígena em seus nomes é um costume dos hotéis da região. A cidade serve como apoio aos passeios, que agradam a todos os gostos, desde os mais tranquilos aos mais aventureiros. Pode-se ter contato

com cavernas, cachoeiras e matas intocadas.Quando se fala de Bonito, logo pensamos na obser-

vação de peixes. Os rios da região são cristalinos, de-vido à alta concentração de calcário, que faz com que os sedimentos decantem, e com isso se transformam em verdadeiros aquários naturais. Peixes coloridos são abundantes, como dourados, piraputangas, piaus e pin-tados, além da exótica flora subaquática. O passeio da flutuação, tanto no Rio da Prata como no Sucuri, é sim-plesmente encantador, de rara beleza, e melhor, para todas as idades.

Interessante foi a visita à Gruta do Lago Azul, que nos fez recordar dos ensinamentos de geografia da escola – estalactites, estalagmites e outros ites. São 340 metros de descida, em uma trilha de média dificuldade, com acompanhamento de um guia especializado, que nos induz a usar a imaginação para dar formas às rochas desgastadas pelo tempo. Para nossa surpresa, ao final da trilha, nos deparamos com a imensidão de um lago com uma infinidade de tons de azul, intocável para os visitantes.

Como não tínhamos reservado, não fizemos o rapel e mergulho no abismo Anhumas. Uma descida de 72 metros em rapel dentro de uma gruta que finda em um espelho d’água, onde se pode praticar mergulho livre. Todos são unânimes em afirmar que é inesquecível. Fica para a próxima...

A gastronomia local é baseada, obviamente, nos pra-

Gruta do Lago Azul: Descoberta por um índio terena em 1924, a caverna possui em

seu interior um lago azul com dimensões que a tornam uma das maiores cavidades

inundadas do planeta

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tos com peixes de água doce. Destacamos o Cantinho do Peixe, com instalações simples, mas agradáveis. Prova-mos a especialidade da casa, o filé de pintado ao molho de urucum, muito saboroso. O atendimento é atencioso, mas não tem como não destacar a gentileza, presteza e educação de um garoto que nos atendeu, com nome de Presidente, o grande Juscelino!

Para fechar, uma sobremesa leve e resfrescante, como pede o astral de Bonito. Indicamos uma sorveteria espe-cializada em picolés com sabores de frutas da região, a Delícias do Serrado. Experimente os que não levam leite de quaisquer uma das frutas exóticas e com nomes bem complicados... que nem conseguimos lembrar!!

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Araras vermelhas colorindo o cenário.Abaixo, esquerda: mergulhadores no Rio Sucuri.Abaixo, direita: Roberto e Gabriela no mesmo rio.

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Beleza Lançamentos para elaFazer as unhas com luxo

Um perfume de princesas do oriente. Essa é a idéia por trás de Musc Nômade. Essa virtuosa composição é orquestrada pelo Muscone, a principal fragrância do almíscar natural feito sinteticamente. Esse perfume expressa faces que são obscuras mas também cativantes, vestindo como uma segunda pele, e se apresenta am-biguamente como uma essência carnal e ao mesmo tempo pura.Preço sugerido: R$ 541Onde encontrar: Baccarat do Shopping Iguatemi SP – (11) 38119556

Cuidados para as mamãesFo

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A experiência de ser mãe inspira cuidados antes e depois da ges-tação. Pensando nisso, a Boticário acaba de lançar uma linha de pro-dutos que cuidam da beleza feminina nessa linda fase.Os produtos da nova linha, chamada Mamie Bella, são o Creme Intensivo para Prevenção de Estrias - Pré e Pós-Parto; Gel Relaxante para Pernas e Pés; Óleo Vegetal para Prevenção de Estrias; além do Desodorante Colônia, que também é o primeiro do mercado dedicado exclusiva-mente para grávidas. Os produtos foram confeccionados com ingre-dientes que, além de oferecer hidratação, elasticidade e vitalidade à pele das mamães, proporcionam um cheirinho suave e irresistível.

Creme para prevenção de estrias: R$ 52,90Gel relaxante para pernas e pés: R$ 36,90Óleo vegetal para prevenção de estrias: R$ 41,90Desodorante e colonia: R$ 49,90

Perfume de princesa oriental

O Kit Manicure Swarovski é composto por uma tesoura, um alicate de unha, uma lixa, uma pinça e um afastador de cutícula, todos em aço inoxidável. Além disso, o porta kit é cravejado de cristais Swarovski. Pode ser encontrado nas cores rosa, azul e preta.

Preço sugerido: R$ 2 749Onde encontrar: www.zwilling.com.br

A La Provence, dos sócios Roberta, Rose e Agostinho Tomaselli, foi inaugurada em 2002 em homenagem à região sudeste francesa, se inspirando no estilo clássico e romântico. Na loja é oferecido um mix de produtos para os clientes, como esse kit de beleza.

Onde encontrar: www.laprovencebrasil.com.br

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Lançamentos para ele

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Combate ao envelhecimento

Apesar de ser um produto costumei-ramente dedicado às mulheres, cada vez mais estão se popularizando os finalizado-res de cabelos para os homens - entre eles conhecidos como a cera.

O spray Hold me tight da Paul Mitchell é uma boa opção de fácil manuseio para dei-xar o cabelo com um visual moderno.

Preço: R$ 93SAC: 5181-0868

Está cada vez mais fina a linha entre os homens e as mulheres, com relação à estética. A linha Immortelle, da L´Occitane, é um dos lançamentos que apaga de vez tal linha, lançando produtos que são a última palavra no trata-mento anti-idade para os dois sexos.

A flor que dá nome à linha nasce na Córsega e é o prin-cipal ativo dos produtos. É conhecida como imortal porque não murcha nem perde sua vibrante cor amarela, mesmo depois de colhida. Seu cultivo é orgânico e segue rígidos padrões de qualidade desde o plantio, passando pela co-lheita até a extração do óleo essencial. O ingrediente, tra-dicionalmente utilizado no cuidado da pele, é responsável por neutralizar a produção de radicais livres, que causam o envelhecimento da pele. Os produtos fazem parte de uma rotina diária de cuidados e podem ser utilizados individu-almente ou em conjunto, para potencializar os resultados.

Creme Ultra Precioso Anti Sinais: R$195,00Ultra Precioso Antissinais Concentrado: R$165,00Esfoliante Iluminador Immortelle: R$ 90,00Tônico Iluminador Immortelle: R$ 70,00Serum Renovador Iluminador Immortelle: R$ 165,00Lifting Facial Immortelle: R$ 200,00

Penteado moderno

A Avon coloca no mercado Ho-mem, Fluído Facial 3 em 1. Um hidra-tante livre de óleo com ação antibri-lho. Suaviza a pele após o barbear e combate as rugas de envelhecimento. Ação antissinais: melhora a firmeza e a elasticidade da pele, e combate as rugas de envelhecimento.

Hidratação intensiva com ação anti-oxidante

Preço sugerido: R$ 42

Esfoliante Iluminador Immortelle: purifica e ilumina. Sua esfoliação sua-ve melhora a textura e a aparência da pele. O produto também é responsável pela nutrição e hidratação, pois traz em sua formula manteiga de Karité.

Ultra Precioso Anti Sinais Concentra-do Immortelle: potencializa os benefí-cios do Creme Ultra Precioso. Sua alta concentração de óleo de immortelle orgânico repara a pele, deixando-a com a aparência ainda mais jovem.

Creme Ultra Precioso Anti Sinais Immortelle: possui microcápsulas que liberam continuamente o óleo essencial de immortelle e ajudam a estimular a microcirculação e melhorar a renovação celular.

Cuidados com o rosto

A campanha do novo perfume Gucci by Gucci Pour Homme tem como garoto propaganda o ator James Franco e Róisín Murphy como trilha sonora na regravação de “Slave To Love“.

Isso já entrega o produto - elegante de cima a baixo.

Preço sugerido: R$ 239

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Paris / França

Turismo internacionalParis je t’aime

Principal destino turístico da Europa, Paris encan-ta por sua arquitetura, monumentos, museus,

ou simplesmente pelo prazer de flanar (perambular sem rumo, um termo parisiense) pelas ruas às mar-gens do rio Senna, filosofar nos cafés, tomar um bom vinho e desfrutar da culinária famosa de seus bistrôs.

“Paris é a única cidade do mundo na qual você pode pisar fora da estação de trem – the Gare D’Orsay – e ver, simultaneamente, os encantos principais: o Sena com suas pontes e bancas de livros, o Louvre, Notre Dame, os Jardins de Tuileries, a Place de la Con-corde, o começo das Champs Elysees – quase tudo com exceção dos Jardins de Luxembourg e do Palais Royal. Mas que outra cidade oferece tanto quando você desce do trem?”, observou Margaret Anderson (1886-1973), editora e memorialista norte-america-na.

A Cidade das Luzes provavelmente possui mais pontos turísticos por metro quadrado que qualquer outro lugar do mundo. Com 2,2 milhões de habitan-tes, é o maior pólo turístico do mundo, e atrai anual-mente cerca de 12 milhões de turistas.

Reserve alguns dias apenas para visitar os seus mais de 70 museus – é impossível conhecer em ape-nas um dia os 60 mil metros quadrados das galerias do Louvre, que possui 35 mil obras.

O Centro George Pompidou, atração turística mais visitada da capital francesa, abriga uma biblioteca completíssima, com centro com laboratórios para estudo de línguas vivas, além de sediar exposições e eventos culturais. Outra atração imperdível são os passeios pelo Sena nos bâteaux-mouches e vedet-tes (barcos), ainda mais se forem feitos à noite num barco-restaurante, com mesas iluminadas por velas. A Torre Eiffel, o monumento mais emblemático de França, é um dos símbolos da nação. Lá do alto, a vista é linda, e pode-se observar a maior coleção de cartões-postais da cidade.

Para quem gosta de agitação, a região da Bastille, onde ficava a prisão política do império francês, pos-sui muitas casas noturnas e bares frequentados por turistas. Em Montmartre, área histórica, localiza-se a Basílica de Sacré Cœur, além de diversos cafés, estú-dios – inclusive do pintor catarinense Juarez Machado - e nightclubs, como o Moulin Rouge.

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Torre Eiffel: O mais romântico símbolo da França ao entardecer.

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O Quartier Latin, no lado direito do rio Sena, ainda se conserva como área de estudantes e intelectuais – ali situa-se Sorbonne, uma das universidades mais antigas e respeitadas do mundo. Os bulevares Saint Michel e Saint Germain abrigam os bistrôs mais que-ridos da boemia francesa. O mais famoso é o Café de Flore (172, Boulevar Saint Germain, metrô Odéon), onde a turma de Jean-Paul Sartre se reunia.

O Le Marais, por sua vez, que já foi moradia de mú-sicos, artistas, judeus, hoje abriga a comunidade gay de Paris. O ar decadente dos casarões antigos torna o bairro o mais charmoso da cidade.

De cima para baixo: Paris Cafe, La Palette; Moulin Rouge e; o túmulo de Napoelão Boaparte.

Ao lado: as margens culturais do Sena.

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Saiba mais:

Site do país – www.franceguide.comSite da cidade – www.parisinfo.com, com versão em portuguêsGuia Lonely Planet: www.lonelyplanet.com/france/paris

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Mais EstaçãoChamado à aventura e ao ecoturismo

Redescoberta como destino turístico, a Estrada Real resgata o espírito desbravador dos bandeirantes,

atraindo os aventureiros contemporâneos. Em vez da bus-ca por ouro e diamantes, a motivação é a adrenalina de su-perar os desafios do relevo acidentado, dos cursos d’água e da rica fauna e flora. São as emoções da prática espor-tiva em contato com a natureza. Em seus mais de 1.630 quilômetros de extensão, seu conjunto abriga seis parques nacionais, 11 estaduais e dezenas de outras unidades de conservação. Dividida em três caminhos, a Estrada Real guarda em cada um deles uma infinidade de oportunida-des de aventura e ecoturismo. Como característica, tem 95% de suas rotas em estradas de terra, 3% em asfalto e 2% em trilhas. Mais que um convite, é uma convocação para o turismo de aventura.

O Caminho dos Diamantes, por onde escoaram pedras de Diamantina a Ouro Preto, tem preciosidades para o aventureiro. Com altitude média em 850 metros, abriga a Serra do Cipó, que reserva cachoeiras, paredões e serras, ideais para travessias com pernoites, canoagem, rafting, bikes, cavalgadas, e escaladas.

O Caminho Velho, rota de tropeiros e bandeirantes de Ouro Preto a Paraty, possui trechos deslumbrantes para longas caminhadas ou para off-road. Com inclinações e si-nuosidades, apresenta o visual da Serra da Mantiqueira. No Caminho Novo, o chamado é para os saltos de asa delta, parapente, balonismo e rapel. Os vários picos na variação de altitude do Rio de Janeiro a Ouro Preto são ponto de partida e compõem paisagens singulares.

Considera-se que, no auge da utilização da estrada, erguiam-se às suas margens 178 povoações, sendo 163 em Minas Gerais, oito no Rio de Janeiro e sete em São Paulo. Todo o percurso é sinalizado com placas rodoviárias, e 1.926 marcos que trazem as informações de mapa, geor-referenciamento (latitude, longitude e altitude), distâncias,

e descritivos locais. Nos caminhos, a distância média en-tre cidades e vilarejos de 20 quilômetros permite paradas regulares para abastecimento, pouso e oportunidades de vivenciar mais emoções.

Muitos locais na Estrada Real são consagrados destinos para o turismo de aventura e para o ecoturismo, e já po-dem ser encontrados em agências de viagem, mas ainda há espaço para novas descobertas. A criatividade do via-jante dá o tom da inovação.

Um pouco mais de históriaEstrada Real é um termo empregado desde a primeira

metade do Sec. XVII, conforme os registros da documen-tação da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Sob essa assinatura, foi criado o programa turístico com área deter-minada de atuação, que engloba parte dos caminhos por onde escoaram o ouro e os diamantes retirados das terras mineiras e transitaram o gado e escravos introduzidos nas Minas Gerais.

A Estrada Real é composta por três caminhos históricos e uma variante. Em seu eixo principal estão o Caminho Ve-lho (liga Paraty a Ouro Preto), o Caminho Novo (une Rio de Janeiro a Ouro Preto), o Caminho dos Diamantes (de Ouro Preto a Diamantina) e a Variante de Sabarabuçu (do distrito de Glaura, em Ouro Preto, a Barão de Cocais). Por muito tempo, eram as únicas vias autorizadas de acesso à região das reservas auríferas e diamantíferas da capitania das Mi-nas Gerais. A circulação de pessoas, mercadorias, ouro e diamantes era feita por eles, obrigatoriamente, constituin-do crime contra a Coroa a abertura de novos caminhos.

Hoje, o programa turístico Estrada Real, modelo de par-ceria público-privada, ultrapassa a condição de conceito para ser vetor no desenvolvimento econômico e social sus-

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Paraty: Cidade que outrora foi a maior expor-tadora de ouro do Brasil, agora sedia a Feira Internacional do Livro de Paraty, a FLIP

Lavras Novas: Casas e chão batido

Estrada Real

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Ao lado: Ouro Preto ao entardecer. Abaixo: Obras de Aleijadinho em Congonhas do Campo, que fica a 135 quilômetros de Ouro Preto

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tentado, alinhado aos objetivos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, entidade fundadora do Instituto Estrada Real e em gestão compartilhada com o Governo do Estado de Minas, por meio através da Secretaria do Tu-rismo, conta com a parceria do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Criado em 5 de Outubro de 1999, como sociedade civil sem fins lucrativos, seus objetivos são organizar, fomentar e gerenciar o produto turístico Estrada Real, com atuação em 199 municípios, sendo 169 em Mi-nas Gerais, oito no Rio de Janeiro e 22 em São Paulo.

Desenvolvimento sustentado O Instituto Estrada Real (IER) e o Banco Interamericano

de Desenvolvimento (BID) empenham-se para transformar empresários nos principais agentes do desenvolvimen-to socioeconômico no eixo da Estrada Real, por meio da atividade turística. Desde 2006, um grupo de consultores trabalha no Projeto Rede, que tem como principal objetivo criar uma rede de empresas do setor de turismo e montar uma estrutura de apoio para o desenvolvimento de Paraty (RJ) a Diamantina (MG). Para alcançar esse objetivo, é pre-ciso antes construir um modelo de gestão que viabilize o crescimento sustentado do turismo, articulando ações em 199 municípios de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

Apesar de todas as frentes previstas no Projeto Rede, a parte mais sensível é a mobilização e o comprometimento das pessoas. Harmonizar interesses e manter um grupo coeso em busca de um objetivo tornou-se um paradigma para toda a equipe do projeto. A capacitação empresarial encaixou-se como luva nesse momento de sensibilização dos empresários, pois a carência de informação os atraiu para as turmas, e a aplicabilidade imediata dos conheci-mentos foi ponto positivo para consolidar o relacionamen-to com mais de 250 empresários ao longo da ER.

A Rede baseia-se em um sistema de marcas de produ-tos e serviços, definido a partir de critérios de qualidade e aspectos diferenciadores da oferta, que atribuam valor agregado ao destino. Dessa forma, a promoção dos atra-tivos da Estrada Real, nos diversos segmentos do turismo, como histórico-cultural, natural, gastronômico e religioso, é um facilitador das ações de marketing das localidades.

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Mais EstaçãoEstrada Real

Diamantina: A terra natal de Juscelino Kubits-chek foi tombada como patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO EM 1999.

As igrejas de Mariana: Cidade que foi a primeira

vila, cidade e capital de Minas Gerais.

São Gonçalo do Rio das Pedras: Forte tradição cristã.

Saiba mais:Instituto Estrada Real: www.estradareal.org.br

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HabitatAtmosfera medieval

O Hotel de la Cité localiza-se de frente para as mura-lhas medievais de Carcassonne, maior cidade mu-

rada na Europa, e tem como vizinhos atrações turísticas como o românico Château Comtal e a Basílica de Saint-Na-zaire, de estilo gótico. A cidadela foi fundada no século 13, e a vila romana que a originou foi criada setecentos anos antes. Declarada patrimônio da Humanidade pela Unesco, abriga um castelo do século 12, casas antigas e vielas, que são protegidas por duas muralhas, uma do tempo dos ro-manos e outra da Idade Média.

Embora o hotel ainda não tenha um século, sua arqui-tetura e decoração remetem ao século 15. Os 42 quartos e 19 suítes são mobiliados com móveis antigos e madeiras talhadas a mão. O interior é obra dos decoradores parisien-

ses Gérard Gallet Jean Michel-Ley. Os designers respeita-ram o estilo neogótico e fizeram uma releitura do estilo da Inglaterra do século 19.

Suas formas exclusivas incluem paredes de pedra, uma impressionante lareira, janelas com vitrais, tetos com en-trada de luz natural no restaurante La Barbacane, mosaico de flores, paredes decoradas com o padrão flor-de-lis e bra-sões das famílias pintados por Henri Savade (1865-1945), o mestre do design heráldico na região Languedoc. Tudo em perfeita harmonia com o caráter medieval da cidade.

Para quem quer uma refeição mais informal, o jardim-restaurante, chamado Le Jardin de l’Evêque, é ideal para jantar ao ar livre durante o verão ou simplesmente tomar um café e relaxar. Vários dos quartos têm varandas e ter-

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Ao lado, vista do jardim com

castelo ao fundo. Abaixo,

o aconchegante bar-biblioteca.

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raços, permitindo uma vista espetacular de Carcas-sonne e seu castelo. Outros quartos oferecem vista para as ruas empedradas da cidadela.

Situado na cadeia de montanha dos Pirynees, o hotel é o ponto de partida ideal para explorar os cas-telos de Cathar, excursões de degustação de vinho nas famosas vinícolas de Corbières e Minervois, ou uma viagem de barco ao longo do Canal Du Midi.

Serviço:

Hotel de La CitePlace Auguste-Pierre Pont, 11000, Carcassonne, FrançaTelefone: +33 4 68 71 98 71Fax: +33 4 68 71 50 15www.orient-express.com

Vista panorâmica de Carcassone e seus muros medievais. À esquerda, o lobby em estilo aristocrático. Abaixo à esquerda, restaurante La Barbacane, e à direita piscina com vista para muralhas da cidadela.

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PerfilConstrutor de sonhos Mário César da Silveira

Mário César da Silveira, Diretor Presidente da Álamo Construtora, já construiu mais de 60 prédios em 28

anos. Considera cada empreendimento um desafio novo, e orgulha-se de sua capacidade de realização. “Gosto de tes-tar meu potencial. Toda semana preciso matar um leão. As coisas nunca acontecem como a gente quer. Mas não há nada como um dia depois do outro. Meu lema é trabalhar bastante para que as coisas dêem certo.”

Seu trabalho envolve desde a pesquisa do melhor lugar para construir, negociação do terreno, pesquisa de merca-do para saber qual a demanda de construções em cada lo-cal. “O grande segredo da construção civil é saber identifi-car qual a maior demanda, o lugar que proporcionará boas vendas”, comenta. Com sua experiência, Mário está apto a pegar um projeto e sugerir alterações, seja a inclusão de uma sacada ou lavabo. Perfeccionista em tudo que faz, ele é conhecido pelo respeito aos clientes, dedicação constan-te e monitoramento em todas as áreas da empresa. Um de seus maiores talentos é conversar com as pessoas e angariar confiança, por sua seriedade e honestidade.

A inovação e conforto são alguns dos diferenciais da Ála-mo. Seus empreendimentos são dotados de quartos amplos, espaço gourmet, fitness center, salão de festas, espaço kids, lan house, home center e piscina comunitária com saunas. Graças à qualidade das construções, a Álamo conquistou o nível A no padrão de qualidade PBQH e está nos moldes das normais internacionais do ISO 9001. “Zelamos muito pela se-gurança dos trabalhadores. Ninguém anda na obra sem ca-pacete, cinto, botas. Também temos o cuidado de aproveitar a madeira utilizada, para evitar desperdício”, ressalta.

Nos momentos de lazer, Mário adora viajar. Já este-ve em Dubai, China, Las Vegas e vários destinos do

Brasil. “Porém, não posso ficar mais que 10 dias fora, por causa da empresa. Preciso ajustar as coisas para que tudo fique certo.” Também gosta de cinema, teatro, jantar fora. Um bom vinho e peixe são seus favoritos.

Casado com Mônica Nazareth da Silveira, com quem completou 30 anos de matrimônio em fevereiro, é pai de três filhos: Augusto, Letícia e Patrícia. Seu filho inclusive de-cidiu seguir os passos do pai – formou-se engenheiro civil e trabalha com ele na construtora. “Tenho vivido sempre voltado para a família. Sou um pai muito presente, tanto quanto Mônica. Raramente não almoço em casa”, conta.

A rotina do empresário inclui a prática regular de exer-cícios na academia. Ele treina com personal trainer há cin-co anos, três vezes por semana, e jamais falhou. “Além de ser cidadão, temos dois deveres cívicos: ir ao supermercado com a patroa e fazer academia, brinca. “A pessoa que tem

responsabilidade com sua saúde geralmente tem compro-misso também com o trabalho e a sociedade”, completa.

O construtor começou a trabalhar cedo, aos 16 anos, em 1975, em Florianópolis, sua cidade natal. Aos 18, passou num concurso público da antiga Cotesc. Dois anos depois, um amigo lhe convidou para montar uma imobiliária, e en-tão criaram a RM. Mário pediu afastamento do órgão públi-co e começou a atuar como corretor. Após um ano e meio, montou a Sieta Imobiliária, junto com seu irmão Sérgio.

Em 1981, os sócios ingressaram também na construção civil e montaram uma construtora, a Sieta Construtora. Em 22 anos, construíram mais de 40 edifícios na capital catari-nense. Em 1990, resolveram vender a imobiliária. Em 2002, cada sócio decidiu seguir seu rumo e criar seu próprio em-preendimento. Mário montou então a construtora Álamo. “O nome é inspirado em um poema muito bonito que minha mulher leu. A árvore comum nos EUA, dá uma sombra mui-to grande. Quanto mais se poda, mais ela floresce.”

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“Na área da construção civil, é importante experiência, respeito pelos clientes, dedi-cação constante e monitora-mento de todos os setores da empresa.”

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Patricia Field é um daqueles casos raros de pessoas que nascem de mil em mil anos. Alto astral unido

a um senso crítico apuradíssimo, ela está à frente de A Favorita, uma loja bacanérrima na Big Apple, onde você encontra o que há de melhor no quesito indumentária.

Nesta rápida e deliciosa entrevista, nossa heroína fala sobre sua paixão pela moda brasileira, seu trabalho como empresária e sua contribuição em “Delírios de Con-sumo de Becky Bloom” (Confessions of a Shopaholic). Os figurinos que ela criou para a muito divertida comédia romântica da Disney são criativos, coloridos e diferentes.

Em uma história centrada em uma consumidora com-pulsiva – a moda é um elemento crucial e inevitável, dando à aclamada estilista uma oportunidade de conferir ao filme um visual ousado, brilhante e defini-tivo. O longa dirigido por P.J. Hogan é base-ado nos romances best-sellers de Sophie Kin-sella. Rebecca Bloomwood, uma jovem que é consumista incorrigível, sonha em trabalhar numa revista de moda importante, mas aca-ba aceitando a função de conselheira em uma revista sobre finanças. Ironicamente para uma mulher que não tem controle de suas próprias finanças e nenhuma noção de orçamento, sua coluna se torna muito popular.

A talentosa figurinista foi responsável pelo visual marcante de “Sex and the City” – do filme e de mais de 30 episódios da série de TV. Também foi figurinista de “O Diabo Veste Prada” (The Devil Wears Prada), vestindo as atrizes Meryl Streep e Anne Hathaway. Sua filmografia inclui “Casos e Casamentos” e “O Substituto”. Com uma voz grave, esmalte ne-gro e cabelos cor de magenta, não há como não notar o estilo colorido e único de Patricia. Leia a seguir trechos da entrevista.

Mais EstaçãoPapisa da moda

Estação Aeroporto: Quando veio ao Brasil pela primeira vez?Patricia Field: Na segunda metade dos anos 90, vim a convite do Alexandre Herchcovitch, e logo que cheguei fiquei louca pela cultura e pelo povo brasileiro.

O que chamou sua atenção na moda brasileira?A ousadia e a originalidade. O designer brasileiro, diferen-te de muitos, não tem medo de ousar. Veja Alexandre, um dos grandes criadores de moda, faz sucesso no Brasil, no Japão e na França. Fora que a ousadia seu acabamento é impecável.

Quais estilistas costuma usar em seu trabalho?Uma infinidade de nomes, na moda sou volúvel, dificil-mente sou fiel a um estilista, gosto de pesquisar e desco-brir novos talentos. Na verdade, o que realmente olho é a peça. Não uso isto ou aquilo por ter a assinatura de A ou B, gosto de ver a peça

Já usou peças de estilista brasileiros em seus trabalhos?Muitos, durante Sex and the City usei muitas peças. Foram 6 anos de série, imagine, usei estilistas do mundo todo. O elenco e os produtores adoravam minhas idéias para figurinos, mas não consigo lembrar o nome de todos.

Patricia durante as gravações do filme “Sex and the City“ e abaixo com Jerry Bruckheimer e a atriz Isla Ficher

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Você compra muito quando vem ao Brasil?Eu amo comprar na 25 de Março e na Rua José Paulino, os preços e a qualidade são os grandes atrativos desses lugares. Não sou uma fashion victim, sei exatamente o que minha cliente quer. Não compro absolutamente nada que não preciso.

Sua loja, A Favorita, é conhecida por unir o bom e o barato. Qual o segredo de tanto sucesso?Todas as mulheres do mundo são adeptas do bom e barato. Quem não gosta de comprar peças boas atemporais por um preço justo? É isso o que faço na loja.

O que chamou a sua atenção nos livros nos quais o filme é baseado?Eu imaginei um pote grande cheio de M&M (confete de chocolate) de todas as cores. Foi essa a imagem que eu ti-nha na cabeça. Quando li o roteiro, pude sentir a grande energia e a atmosfera efervescente da história e do filme. Isso foi entusiasmante para mim, porque eu mesma vivo em um mundo de realidade hiper-exagerada, então era perfeito. Não foi nem um pouco difícil. O guarda-roupa de Becky é muito jovem e vivo - muito bem estruturado dos pés a cabeça. Eu gostei de reunir as roupas e ajudar a criar o personagem. Que lojas e estilistas utilizou?Eu trabalhei com Zac Posen e Yves Saint Laurent e usei Prada e Chanel também. Eu também usei um pouco de Dolce and Gabbana. Nós pegamos itens da minha loja em Manhattan, principalmente acessórios como luvas e chapéus. Foi com certeza uma mistura de alta costura, roupas de estilista, Ha-rajuku e vintage; nós combinamos todos esses elementos para criar um belo visual. Usamos, por exemplo, um casaco vintage amarelo fantástico que Isla amou. Quando eu o vi fi-quei extasiada e disse ‘é um casaco amarelo – vou comprar.’ Então, de acordo com seu ponto de vista, é possível ficar bonita sem gastar muito? Com certeza. Estilo não tem nada a ver com dinheiro; você pode não ter dinheiro e ter um ótimo estilo ou muito dinhei-ro e nenhum estilo. Estilo não é o que você usa. É como você usa. Se mostrar bonita e expressar como se sente. Alguns dias eu quero estar incógnita então uso capa, chapéu e ócu-los escuros e esse é o meu traje para um estado de espírito em especial. Não há regras, apenas seja criativa e divirta-se.

O que podemos esperar de “Sex and the City 2”?(Risos) ainda não fui chamada, acho que nem o roteiro está pronto, como você é apressado. Espere um pouco, vamos curtir um pouco a Becky e depois pensamos em Carrie e suas amigas.

Leslie Bibb em “Delírios de Consumo de Becky Bloom“

Sarah Jessica Parker em “Sex and the City“

Com Meryl Streep nos sets de filmagem de “O Diabo Veste Prada“

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Capa50 anos de emoções Roberto Carlos

Roberto Carlos, o artista mais popular e bem-sucedido da música brasileira em todos os tempos, completa

50 anos de carreira e reinado. Único latino a vender mais de 100 milhões de álbuns, supera até mesmo as venda-gens dos Beatles na América Latina. “Eu não sei ser rei, eu só sei cantar”, disse o cantor, em entrevista coletiva.

Um show em Cachoeiro do Itapemirim, onde nasceu, realizado no dia 19 de abril, quando completou 68 anos de idade, deu início a uma turnê que percorrerá mais de 25 cidades do Brasil e exterior. O cantor não visitava a cidade há 14 anos. “Fico muito emocionado de voltar”, disse na ocasião.

Para o roteiro do novo espetáculo, Roberto escolheu, dentre as cerca de 500 composições de sua autoria, re-gistradas em 56 álbuns, aquelas que mais marcaram as diversas fases de sua trajetória: a influência do country e rock, o flerte com a Bossa Nova, a Jovem Guarda e o iê-iê-iê dos anos 60 e 70, a romântica. A direção musical e os arranjos são do maestro Eduardo Lages.

“Cantar com Roberto é como jogar bola com Pelé, na-morar com Gisele Bundchen, compor com Chico Buarque. Talvez por isso, em todas as vozes famosas e idolatradas

que se juntam à dele, se sente um coração brasileiro ba-tendo mais forte”, diz o produtor Nelson Motta.

De acordo com o ídolo, é um caso “muito sério de amor” o que o une aos fãs de todo o País. Segundo Roberto, o segredo da longevidade de sua carreira está no fato de que ele tem o mesmo sentimento do povo, e compreende suas predileções.

O Rei da música brasileira foi muito influenciado por ritmos estrangeiros, do jazz de Chet Baker ao rock dos Beatles. Cartola até queria que ele cantasse um de seus sambas, “As rosas não falam”, mas o Rei ousou discordar dele: “as rosas falam, e muito!” E é criticado por isso até hoje. Ainda assim, Roberto é brasileiríssimo. Prova disso é que pessoas de todas as classes sociais e estilos sabem de cor as letras de suas canções de amor. Seu romantismo contagiante embala até os mais contidos. Com ele, piegui-ce deixou de ser pecado.

Mas nem sempre foi uma unanimidade. Durante algum tempo, muitos o consideravam brega e popularesco. Mas depois que artistas como João Gilberto e Caetano Veloso reconheceram publicamente o valor do Rei, ele tornou-se queridinho também dos mais ‘sofisticados’.

Roberto e Caetano Veloso subiram ao palco juntos no ano passado, para show em homenagem a Tom Jobim, durante comemorações dos 50 anos da Bossa Nova.

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“Não sei ser rei, eu só sei cantar”

Para o escritor Affonso Romano de Sant’Anna, seria um erro

analisar a qualidade poética de Ro-berto Carlos sem levar em conta a to-talidade do fenômeno. “O significado de Roberto Carlos dentro do cotidia-no brasileiro faz com que gostemos dele independentemente de um jul-gamento literário sobre a sua produ-ção”. Para ele, Roberto Carlos ajudou a formar o gosto médio do brasileiro, modernizando-o. “Ele é o lado kitsch dos ouvintes mais sofisticados e é o lado mais sofisticado dos ouvintes mais kitsch. É uma espécie de herói popular”, define Sant’Anna.

Segundo Oscar Pilagallo, autor de Folha Explica – Roberto Carlos, o ídolo se tornou o primeiro brasileiro a des-frutar de enorme popularidade atu-ando num ambiente dominado pela cultura de massa – fortalecida pela te-levisão e pelo mercado de consumo, especialmente o segmentado para os jovens. Ao mesmo tempo, “com a pressão derivada de seu próprio ta-lento musical, Roberto Carlos ajudou a formar o gosto médio do brasileiro, modernizando-o”, afirma Pilagallo.

O Rei cantará músicas que escolheu entre suas mais de 500 composições durante a turnê. Abaixo, Ivete Sangalo participa de um de seu shows. À direita, cartaz de trilogia dos filmes protagonizados pelo cantor.

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Eventos confirmados

Roberto Carlos leva sua turnê a Carua-ru (7 de maio) e em seguida percor-

re várias cidades do Nordeste (ver quadro). No dia 16 de maio, se apresenta em Flo-rianópolis (SC), durante as comemorações dos 30 anos do Grupo RBS. O show, gratui-to, será realizado em um palco montado à beira-mar, na Via Expressa Sul.

Além disso, o Rei será o protagonista de uma série de eventos ao longo dos pró-ximos doze meses. A programação inclui três shows especiais com participação de Roberto, todos com renda revertida para projetos sociais. No dia 26 de maio, 14 grandes vozes femininas sobem ao pal-co do Theatro Municipal de São Paulo, no espetáculo intitulado Elas cantam Roberto Carlos. No dia 11 de agosto, o Ginásio do Ibirapuera reúne expoentes do rock brasi-leiro no show Roberto Carlos Rock Sym-phony. E finalmente, em março de 2010, Emoções Sertanejas leva para o Estádio do Pacaembu algumas das maiores duplas e artistas do gênero.

Outra novidade é que o segundo volu-me do Duetos está previsto para ser lança-do no Dia das Mães (10 de maio). O carro-chefe do disco será o dueto que Roberto e Luciano Pavarotti protagonizaram em Porto Alegre 1998, cantando O Sole Mio. Entre as outras parcerias no CD, estão Zeca Pagodi-nho, Ivete Sangalo, Rita Lee e Jorge Ben Jor.

Para novembro, está marcado o lança-mento do esperado CD de inéditas, com composições próprias, parcerias com Erasmo Carlos e canções de outros criadores. Rober-to Carlos também deve lançar um CD can-tado em espanhol, quebrando um jejum de 10 anos no mercado latino e retomando a carreira internacional com força.

A música de Roberto Carlos também será traduzida em memorabilia. A Oca do Parque Ibirapuera vai abrigar, em janeiro de 2010, a Expo RC 50 anos, que promete ser a mais completa mostra já montada no país sobre um músico brasileiro em ativi-dade. A exposição vai mostrar o famoso calhambeque que deu origem à música homônima e foi recentemente reformado por Emerson Fittipaldi, além de imagens, sons e objetos para contar, de forma inte-rativa, a história do cantor.

No alto, Roberto distribuindo rosas às fãs, gesto frequente em seus shows; e acima cantando com Erasmo Carlos nos tempos da Jovem Guarda.

Alguns prêmios:

Vencedor do Festival de San Remo de 1968; Grammy Interna-cional (1989); Grammy Lifetime Achievement Award’ (1991); Grammy Latino (2005 e 2006); Prêmios Sharp (1987), Shell (1997) e TIM (2003 e 2006); e Latin Music Award (2006).

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Carrossel de emoções

Roberto Carlos Braga nasceu em Cachoeiro do Itapemi-rim (ES), em 19 de abril de 1941. Filho caçula de um

relojoeiro, Robertino, e de uma costureira, Laura, começa a estudar canto aos quatro anos, no conservatório de Cachoei-ro. “Desde o início, o Roberto tinha uma percepção musical muito grande, e era também muito aplicado”, conta Chris-tiani Nogueira, sobrinha de José Nogueira, que deu aulas ao Rei.

Porém, um acontecimento na manhã de 29 de junho de 1947 marcaria profundamente o menino Zunga (seu apelido de infância), quanto tinha apenas seis anos. Era dia de São Pedro, padroeiro da cidade, e Roberto assistia às comemo-rações quando foi atingido por uma locomotiva, em marcha à ré. Como consequência, perdeu parte da perna direita. A música “O Divã” conta a dor do acidente: “Me lembro bem da festa, o apito/ e na multidão um grito/ o sangue no linho branco”.

Aos nove, Roberto já chamava a atenção na rádio local imitando o cantor Bob Nelson, seu primeiro ídolo, um ar-tista brasileiro que vestia-se de caubói e cantava músicas ‘country’ em português. Não demorou muito para o menino ganhar um programa próprio no matinal infantil de Jair Tei-xeira. Em pouco tempo, o sonho da mãe em vê-lo médico foi deixado de lado. Aos 12, muda-se para Niterói com a mãe e os dois irmãos. Com a vinda do pai e da irmã, muda-se para o Rio de Janeiro. Lá, faz amizades com outros rapazes que gostavam de música, especialmente o rock’n’roll que vinha dos Estados Unidos.

Em 1957, conhece Sebastião (Tim) Maia, por meio de um

colega de escola e, junto com ele e outros amigos, forma o conjunto Os Sputniks. No ano seguinte, já era integrante do The Snakes, ao lado de Erasmo (Carlos) Esteves, muito conhecido por colecionar tudo sobre Elvis Presley e o rock.

O lançamento, em outubro de 1958, da música ‘’Chega de Saudade’’ (Tom Jobim - Vinicius de Moraes), gravada por João Gilberto, marca o início da Bossa Nova. Preocupado com a baixa popularidade do rock na ocasião, o produtor Carlos Imperial procurou incluir seus protegidos Roberto e Erasmo nos primeiros shows de Bossa Nova, mas as incur-sões não tiveram êxito e a Polydor dispensou a dupla. Já na Columbia (posteriormente CBS e atualmente Sony Music), Roberto gravou alguns compactos no final da década de 50 e em 1961 lançou o primeiro LP, Louco por Você, todos com fraco desempenho de vendas. Sem um estilo definido, can-tava desde chá-chá-chás até bossa nova.

Desanimado, ele pensou em voltar a estudar e arrumou um emprego no Ministério da Fazenda. Mas, com o apoio da gravadora CBS, Roberto e Erasmo passam a investir no incipiente mercado de música jovem. Com um rock-balada, “Malena”, Roberto atinge pela primeira vez o topo da para-da de sucessos, em julho de 1962.

No ano seguinte, inaugura com Erasmo Carlos a mais du-radoura parceira da música popular brasileira. Ao lado do amigo, faz versões e compõe músicas de sucesso, como “Splish Splash”, “O Calhambeque”, “É Proibido Fumar’”, “Pa-rei na Contramão’” e outras voltadas para o filão juventude transviada, criando o primeiro movimento de rock feito no Brasil.

Shows da turnê confirmados :

� Cachoeiro do Itapemirim 19 de abril � Caruaru .............................7 de maio � Recife ................................8 e 9 de maio � Aracaju ..............................21 de maio � Salvador ............................23 de maio � João Pessoa ......................3 de junho � Natal .................................4 de junho � Fortaleza ...........................6 de junho � Teresina.............................9 de junho � Belém ...............................11 de junho � Manaus .............................13 de junho � Rio de Janeiro ...................11 de julho � Porto Alegre .....................8 ou 15 de agosto � Vila Velha ..........................16 de agosto � São Paulo ..........................21, 22, 28 e 29 de

agosto � Curitiba ..............................18 e 19 de setembro � Brasília ..............................17 de outubro � Belo Horizonte..................14 de novembro

Roberto Carlos

Cena do filme “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”

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TecnologiaPen drive imperdível

Já aconteceu de não saber onde pôs o seu pen drive? Pensando em resolver esse problema, a LaCie criou o iamaKey, um pen drive que pode ficar no seu molho de chaves. Além de ser a prova de riscos, é a prova d’água e bem resistente - feito de metal, como qualquer cha-ve. Preço: o menor, de 4 GB, custa US$ 18, enquanto a chave-mestra de 8 GB sai por US$ 28.

Novo iPod shuffle chega em maio

O novo iPod Shuffle possui apenas 4,5 centímetros de comprimento por 0,7 centímetros de largura, aproximada-mente metade do seu modelo anterior. Além disso, tem uma memória de 4 gigabytes, suficiente para o armazena-mento de até mil músicas.

O modelo de menor tamanho da família de reprodutores de arquivos digitais da empresa não possui tela e vem dotado de um sistema chamado VoiceOver, que faz o aparelho “sussurrar” ao usuário o nome das mú-sicas executadas. Para ganhar espaço, a Apple eliminou quase todos os botões do aparelho e os colocou no fone de ouvido.

Preço: R$ 400.

Sensível ao toque

O novo celular da linha X-series, da Sony, traz como novidade um mp3 player com tela OLED sensível ao toque. O Sony NWZ-X1000 OLED tou-chscreen Walkman possui display de três pole-gadas e uma interface 3D agradável, além de recurso arraste-e-solte para remanejar áudio e vídeo. Preço: Disponível nas versões de 16 e 32 GB, ao custo de US$ 310 e US$ 400, respectiva-mente.

Tela giratóriaAcaba de chegar ao mercado uma nova câ-

mera fotográfica da Nikon. De tamanho com-pacto, a Nikon D5000 possui vários recursos de manipulação fotográfica de 12 megapixels e tela giratória, que é capaz de gravar vídeos HD 720p a 24fps.

Preço: US$ 850Mais informações: www.nikonbrasil.com

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Nokia N85 chega ao BrasilO smartphone N85, da Nokia, traz configurações simila-

res ao clássico N95, mas com desenho e acabamento que se pretendem mais sofisticados. O N85 tem GPS, câmera de 5 MP, tela de 2.6´´, suporta Wi-Fi, redes 3G com HSDPA, aceita comandos de voz, grava vídeos, tem conexão Blue-tooth, sintoniza rádio FM e já vem com Nokia Maps 2.0 instalado. Tem memória interna de 74 MB, mas suporta cartão MicroSD de até 8 GB. A bateria poderosa possibilita ouvir músicas por 28 horas seguidas com uma única carga.

Preço: R$ 1799

Notebook extrafino

O laptop Dell Adamo, que des-bancou o MacBook Air, da Apple, como o mais fino do mundo, com apenas 1,6 cm de espessura, já está à venda no Brasil. A versão mais barata vem com um proces-sador 1.2 GHz Core 2 Duo U9300, placa Intel X4500, 2 GB de RAM e 128 GB de SSD.

Preço: US$ 1 999.

A câmera digital SLR Canon EOS 50D com 15,1 megapixels de resolução foi de-

senvolvida para oferecer extraordinária qua-lidade de imagem e permitir controle avan-çado para o fotógrafo. A câmera possui novo processador DIGIC 4 imagem, série de ISO expandida, sistema avançado para redução do ruído e opção para editar imagens direta-mente na própria máquina. Preço: US$ 1.599.

Quase profissional

Slimline s3620br, o desktop mi-niatura da HP, possui um terço do tamanho convencional, o que o torna uma boa opção para aquela sua mesa bagunçada. O micro pos-sui processador Core 2 Duo E4700, com frequência de 2,6 GHz, 3 GB de memória RAM DDR2 de 800 MHz e disco rígido de 250 GB.

Preço: R$ 1 779.

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Cultura – teatroQuem sabe faz ao vivo

Embora muitos acreditem que os espetáculos de Stand-Up sejam novidade, a verdade é que

existem há mais de 20 anos. Quem não se lembra dos espetáculos solo de nomes como Chico Anísio e Jô Soares, que nada mais eram que as hoje tão aplau-didas Stand-Up Comedies. Nos Estados Unidos, nomes como dos astros Jerry Seinfeld,Chris Rock e Jorge Lo-pez são sinônimo de sucesso e levam multidões aos teatros onde se apresentam. Seinfeld, o mais célebre entre os atores de stand-up, fez fortuna dentro e fora dos palcos,com seus shows em pequenos clubes ou no sitcom, que levou seu nome por nove anos e tinha como tema o nada - isso mesmo, um dos seriados de maior audiência nos Estados Unidos tinha como tema o nada.

Alguns espetáculos, como “Terça Insana”, “Noticias Populares” e o excelente “Cada um com seus Pobre-

mas” passam a idéia de ser espetáculos de stand-up. Na verdade, são boas opções para quem curte show de humor.

Uma das melhores opções em stand-up em cartaz é o espetáculo “ Comédia Ao Vivo 4 de 5+ 1”. Criado em 2006, o grupo de stand-up “Comédia ao Vivo” estreou em Santo André e seis meses depois já se apresentava em São Paulo, no Bar Ao Vivo, em Moe-ma (até hoje, às segundas-feiras), com grande êxito.

Os atores escrevem seus textos, dirigem o espetá-culo e sobem ao palco de “cara limpa”, proporcionan-do aos espectadores um show de humor inteligente e atual. Tamanha foi a repercussão desse trabalho, que o grupo foi convidado para iniciar, pela primeira vez no Teatro, uma temporada de três meses com o “4 de 5 +1”. Saiba agora quem são os novos nomes da comédia.

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Cultura – teatroSucesso de público

Serviço:

O que: Comedia Ao Vivo 4 de 5+1 Onde: Teatro Reinassence – Al Santos, 2233, São Paulo. Tel. (11) 3188-4141. Quando: Sextas-feiras, 23h59.Quanto: R$ 40.

Sucesso de bilheteria, o grupo estendeu a temporada por mais três meses, porém com espetáculo “Hu-

mor 5 estrelas”, que, como no formato antigo, conta com a participação de mais um humorista a cada apresenta-ção. Dentre os convidados, já participaram Diogo Portugal,

Nany People, Marcelo Mansfield, Márcio Ribeiro, Marcos Castro, entre outros.

O stand-up foge da piada pronta. Nele o ator dispõe apenas de microfone, luz e jogo de cintura para improvi-sar em cima de seu texto quando for preciso.

Conhecida por fazer apresentações de stand-up, partici-pou do Programa “Sem Controle”, no SBT e “Pânico na TV”, na Rede TV. Hoje é jurada do Programa “Quinta Categoria” na MTV Brasil, além de inúmeras apresentações ao vivo por todo país.

Iniciou a carreira no Bexiga, criando personagens hu-morísticos. Após conhecer o trabalho do “Clube da

Comédia”, resolveu escrever seus textos de stand-up, há cerca de 2 anos. Atualmente faz parte do quadro de hu-moristas do “Pânico” (Rádio e TV) e é um dos comediantes mais requisitados para shows corporativos e eventos, devi-do à sua irreverência e espontaneidade.

Fabio Rabin

Ator baiano formado em Artes Cênicas no Senac (RJ). Atualmente é um dos atores com grande destaque na cena humorística brasileira. No Japão, onde apresentou sua comédia stand-up, já tem data marcada para voltar, ainda neste ano. No teatro, sob a direção de Graziella Moretto, atuou em “Comida dos Astros”, em cartaz desde 1998.

Luiz França

Um dos humoristas mais elogiado da nova geração. Iniciou suas apresentações em 2003, quando ainda cur-sava jornalismo na PUC/RJ, no Projeto Z.É – Zenas Empro-visadas, ganhador do Prêmio Shell 2004. Além do teatro, já participou de vários programas humorísticos na Rede Globo e m diversos filmes entre eles destaque para Pode Crer,sobe direção de Arthur Fontes. Atualmente apresenta o Programa “15 Minutos”, na MTV Brasil.

Marcelo Adnet

Danni Calabresa

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Cultura – músicaA volta dos que não foram

O que: Tonight (Álbum)Artista: Franz FerdinandQuanto: R$ 22Lançamento: Sony Music

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Após exaustivos três anos entre estúdios e estra-das, Franz Ferdinand chega às lojas com álbum

maduro de inéditas, numa ação diferente: eles se reu-niram em um velho hospital psiquiátrico para compor e tocar, faziam shows em pequenos bares e assim, con-forme a aceitação do público, montaram o repertório do novo disco, Tonight. Sintetizadores escuros e pesados dos anos 1970 são o ponto alto de “Can’t Stop Feeling”. Destaque também para “Lucid Dreams”. Enfim, aí está Tonight: Franz Ferdinand. Você pode ouvi-lo baixinho, mas é melhor alto. Você pode ouvi-lo durante o dia, mas é melhor à noite.

O que: The Clash Live – Revolution Rock (DVD)Artista: The ClashQuanto: R$ 30Lançamento: Sony Music

The Clash Live – Revolution Rock traz uma série de raras e inéditas performances ao vivo e entrevistas. Diri-gido por Don Letts - colaborador do The Clash há alguns anos e diretor vencedor do Grammy -, o filme mostra a transformação ao vivo da banda. “The Clash Live – Re-volution Rock” incorpora gravações de todas as fases da carreira meteórica do grupo, iniciando com clipes ao vivo no estúdio e chegando ao clímax com uma apresenta-ção surpreendente no Shea Stadium, cujo áudio também pode ser ouvido em Live at Shea Stadium.

Rock and Roll

O que: Working on a Dream (Álbum)Artista: Bruce SpringsteenQuanto: R$ 20Lançamento: Sony Music

Working on a Dream é o 16º álbum de estúdio de Bruce Springsteen. Gra-vado com a E Street Band, essa é a quarta vez que o músico trabalha em parceria com o produtor musical Brendan O´Brien (produtor de álbuns como Vitology, do Pearl Jam, e Core, dos Stone Temple Pilots, entre outros).O disco traz 12 com-posições de Springsteen, além da faixa-bônus “The Wrestler”, tema do filme “O Lutador” e vencedor do Globo de Ouro 2008 na categoria Melhor Canção.

Lutador

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Cultura – música

O que: FSCHtT (Álbum)Artista: Mario FischettiQuanto: R$ 36Lançamento: ST2 / 3 Plus Music

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Discotecando, tocando, remixando e produzindo. Mario Fischetti ganhou seu espaço no mercado

musical e migrou gradualmente de um perfil artístico un-derground para uma imagem mainstream, graças ao seu talento e dedicação irrestrita.

Sem perder suas fundações, hoje é um dos mais requi-sitados DJs do cenário nacional. Atualmente Mario Fischetti divide seu tempo produzindo e remixando em seu estúdio e principalmente discotecando nos principais clubes e fes-tas do Brasil.

De carisma notável e estilo arrojado, seu set privilegia o groove. Carregando pequenas referências ao jazz, disco e soul music, ele prossegue interagindo com o que há de mais contemporâneo na música eletrônica.

Você conhece o Mario?

O que: Concept (Álbum)Artista: Paulo BoghosianQuanto: R$ 20Lançamento: ST2 / 3 Plus

Um dos mais requisitados nomes do momento entrega um mix que combina seu trabalho nas pis-tas e fora delas. Traduzindo de forma única, como deve ser, o som do DJ que tem uma das mais con-fortáveis posições no mercado, revelando com ge-nerosidade seu bom gosto, técnica e talento. Paulo Boghosian é um dos embaixadores da música ele-gante de São Paulo.

Ele entrega agora, com exclusividade, o disco Concept. Uma seleção de 12 músicas mixadas, que recriam o que ele costuma fazer nas pistas com seu trabalho sério, que o trouxe onde está hoje. O mix traz faixas de Gui Boratto, Joris Voorn, Layo & Bushwacka!

O príncipe das pick-ups

O que: Take my Breath Away (Álbum)Artista: Gui BorattoQuanto: R$ 20Lançamento: ST2 / 3 Plus Music

Take My Breath Away é uma extensão na-tural do trabalho de produção que Gui Boratto começou há alguns anos com o pioneiro Chro-mophobia. Take My Breath Away Tour extrapola o sentido sonoro. Cores, imagens e sensações fazem parte da experiência que acompanha o CD. Saindo das luzes que ofuscaram o seu ca-minho durante “Chromophobia”, ele revela que sua fobia agora é outra. “Take my Breath Away” faz um novo pedido e uma nova promessa e garante com segurança que o caminho pelas pistas vai ser realmente de tirar o fôlego.

De tirar o fôlego

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Cultura – cinema

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Sem Comentários

Em junho de 1982, o exército israelense invadiu o sul do Líbano, depois que cidades do norte de Isra-

el foram bombardeadas por anos com mísseis vindos do território libanês. O plano original do governo israelense era ocupar uma zona de segurança de 40Km no Líbano para limitar o alcance dos mísseis usados pelos palestinos contra as cidades do norte de Israel. A animação “Valsa com Bashir”, do israelense Ari Folman, impressiona com memórias dessa guerra.

O Ministro da Defesa israelense na época, Ariel Sha-ron, desenvolveu um plano bastante imaginativo e fan-tástico: ocupar o Líbano até Beirute, incluindo essa cida-de, e nomear seu aliado cristão, Bashir Gemayel, para a posição de presidente do Líbano. O objetivo era erradicar a ameaça para o Estado de Israel pelo norte e expandir sua linha de frente contra a Síria.

Em Agosto de 1982, enquanto fazia um discurso no quartel general das Falangistas Libaneses ao leste de Beirute, Bashir Gemayel foi morto por uma enorme ex-plosão. Até hoje o responsável por sua morte ainda é desconhecido.

Naquela tarde, as tropas israelenses invadiram uma região a oeste de Beirute que, naquela época, era ocu-pada principalmente por refugiados palestinos, e eles cercaram os campos de refugiados de Sabra e Shatila. As notícias do massacre chocaram o mundo inteiro e um protesto espontâneo de centenas de milhares de israe-lenses forçou o governo de Israel a criar uma comissão

de inquérito oficial para investigar a responsabilidade das autoridades militares e políticas israelenses.

O Ministro da Defesa, Ariel Sharon, foi declarado culpa-do por não ter feito o suficiente para impedir esse horror quando tomou conhecimento do massacre. Ele foi afas-tado de suas responsabilidades e proibido de servir como Ministro da Defesa por mais um mandato. Mas isso não o impediu de ser nomeado primeiro-ministro de Israel vinte anos depois.

O primeiro filme da série Disneynature, “Terra”, nar-rado por James Earl Jones (a voz oficial de Dar-

th Vader), conta a notável história de três famílias de animais e suas incríveis jornadas pelo planeta que cha-mamos de lar. “Terra” mescla cenas únicas de ação em escala inimaginável com locações impossíveis e capta os momentos mais íntimos das criaturas mais selvagens e intrigantes do planeta. Os diretores Alastair Fothergill e Mark Linfield, a aclamada equipe criativa por trás de Planet Earth, ganhador do Emmy, unem forças mais uma vez para levar esta épica aventura para a telona, com lançamento no Dia da Terra.

Walt Disney foi pioneiro na realização de documentá-rios sobre a vida selvagem, produzindo 13 aventuras da vida real entre 1949-1960, entre as quais: “Seal Island” (1949), “Beaver Valley” (1950), “The Living Desert” (1953) e “Jungle Cat” (1958). Ele infundiu aos filmes elementos de entretenimento, incorporando músicas e narrativas provo-cantes, e ganhou diversos prêmios.

Vida Selvagem

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Cultura – cinema

Uma sanguinária batalha milenar explode entre duas tribos poderosas e imortais em “Anjos da Noite - A Rebelião”. O terceiro filme da épica saga Anjos da Noite retorna

no tempo para contar as origens do conflito entre os aristocráticos Vampiros conhecidos como Mercadores da Morte e os bárbaros Lycans, uma linhagem de lobisomens violentos. O longa faz referências ao romance Romeu e Julieta, de William Shakespeare. O roteiro de Danny McBride é o grande atrativo nessa continuação. Descreve a origem da milenar rivalidade entre os Lycans e os Vampiros desde o começo de uma relação proibida. Lucian (Michael Sheen) é o primeiro Lycan, uma criatura capaz de se transformar de lobisomem a humano e voltar a ser o que era antes quando bem entender. Sonja (Rhona Mitra) é uma Mercadora da Morte e filha de Viktor (Bill Nighy), um poderoso Rei Vampiro.

Fashion girl

Doce vampiro

Homem de ferro

Após o sucesso da franquia ‘X-Men’, chega aos ci-nemas a tão esperada história de Wolverine em

‘X-Men - Origens: Wolverine’, um filme arrebatador que promete levar fãs de todas as idades aos cinemas para conhecer o passado violento e romântico de Wolverine (Hugh Jackman), de seu complexo relacionamento com Dentes de Sabre (Liev Schreiber), e do ameaçador pro-

grama Arma-X. Wolverine encontra muitos mutantes pelo seu cami-

nho, tanto familiares quanto novos, incluindo aparições surpresas de várias lendas do universo dos X-Men. Mes-mo sem a presença de Bryan Singer na direção, a Fox fez excelente escolha ao escalar o premiado Gavin Hood, de “Infância Roubada” e “O Suspeito”.

No glamouroso mundo da cidade de Nova York, Rebecca Bloomwood (Islã Fisher) é uma garota adorável, divertida

e ótima nas compras — ótima demais, na verdade. Seu sonho é trabalhar em sua revista de moda favorita, mas ela só consegue chegar à porta da revista — até, ironicamente, conseguir um em-prego como colunista em uma revista de finanças publicada pela mesma editora. Quando seus sonhos finalmente começam a ser realizados, ela faz um tremendo e hilário esforço para manter o seu passado longe de seu futuro. O longa é baseado nos livros “Delírios de Consumo de Becky Bloom” e “Becky Bloom – Delírios de Consumo na 5ª. Avenida”, de Sophie Kinsella. Entre os muitos atrativos do filme, destaque para os escandalosos figurinos da mestre Patricia Field.

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Um mito visto pela percepção da viúva e do melhor amigo. A memória de quem conheceu e amou, de muito perto,

o ícone Che Guevara. Esta é a proposta de dois relatos que che-gam esse mês às livrarias. Aleida March e Carlos “Calica“ Ferrer lançam respectivamente Evocação e De Ernesto a Che.

March, depois de um silêncio de quarenta anos, dito “auto-imposto“, decidiu rememorar sua relação com Guevara neste que é um documento amoroso, político e por vezes amargo do homem que virou símbolo de revolução para jovens de todo o mundo.

Existem cartas, poemas trocados e um adendo fotográfico basicamente inédito em Evocação, que o torna imperdível para separar o homem do mito. O casamento, que durou até a morte de Che, não foi uma união tradicional, segundo Aleida.

Já De Ernesto a Che é o livro que narra a segunda, e definitiva, viagem de Guevara pela América Latina. Definitiva, pois teria sido este o momento onde ele teria se tornado o guerrilheiro que conhecemos pela história.

Também com documentos fotográficos, a obra mostra as di-versões juvenis misturadas às descobertas sociais que encami-nharam Che.

Atualmente “Calica“ - que conheceu Guevara aos quatro anos de idade - mora em Buenos Aires e se dedica à difusão e estudo da memória do amigo. Aleida March, que o conheceu aos 24 anos e militou clandestinamente ao seu lado, ainda vive na casa que construiu com o marido - casa esta que é o Centro Che Gue-vara, um lugar para divulgação do pensamento dele.

Do mito ao homem

O que: EvocaçãoAutor: Aleida March

Quanto: R$ 39Lançamento: Record

O que: De Ernesto a CheAutor: Carlos FerrerQuanto: R$ 34,90Lançamento: Planeta

Cultura – literatura

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se O trabalho de existir

Chega ao Brasil uma edição luxuosa de “Trabalhar Cansa“ de Cesare Pavese. Lançada pela Editora Cosac-Naify, em

parceria com a Editora 7 Letras, a coleção de poesia Ás de Colete resgata as obras de grandes autores contemporâneos nacionais e estrangeiros - com um belíssimo projeto gráfico e um incisivo estudo histórico. Nada como entender a realidade do autor para compreender como e porque nasceram os poemas.

Assim acontece com “Trabalhar Cansa“, uma edição bilíngue dos textos do italiano Pavese - que foi um dos mais importantes poetas do período da Segunda Guerra Mundial. No livro ele dis-corre sobre o incessante “trabalho“ de existir em belas poesias.

O que: Trabalhar CansaAutor: Cesare PaveseQuanto: R$ 39Lançamento: Cosac-Naify

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sobre o incessante trabalho de existir

Che e Aleida: No dia do casamento, uma nova percepção do revolucionário Fo

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Cultura – literatura

A colina é noturna no claro céu.Ela enquadra tua testa que mal se mexee acompanha esse céu. Tu pareces a nuvementrevista entre os ramos. Sorri em teus olhosa estranheza de um céu que não é o teu.A colina de terras e folhas encerracom a massa escura a tua viva mirada,a tua boca tem dobras de um doce entalheentre as costas longínquas. Pareces brincarcom a grande colina e a clareza do céu:reconstróis para mim o cenário antigoe o convertes mais puro.Mas vives distante.O teu cálido sangue se fez na distância.As palavras que dizes não se correspondemcom a dura tristeza estampada no céu.És apenas a nuvem docíssima, branca,enredada uma noite entre ramos antigos.

La collina è notturna, nel cielo chiaro.Vi s`inquadra il tuo capo, che muove appenae accompagna quel cielo. Sei come una nubeintravista fra i rami. Ti ride negli occhila stranezza di un cielo che non è il tuo.La collina di terra e di foglie chiudecon la massa nera il tuo vivo guardare,la tua bocca ha la piega di un dolce incavotra le coste lontane. Sembri giocarealla grande collina e al chiarore del cielo:per piacermi ripeti lo sfondo anticoe lo rendi piú puro.Ma vivi altrove.Il tuo tenero sangue si è fatto altrove.Le parole che dici non hanno riscontrocon la scabra tristezza di questo cielo.Tu non sei che una nube dolcissima, biancaimpigliata una notte fra i rami antichi.

Noturno / Notturno por Cesare Pavese em 19 de outubro de 1940

Pilates em casa

As vantagens de exercitar-se com Pilates são mui-tas: barriga definida, autocontrole, músculos fir-

mes, fortes e alongados, postura correta, articulações mais saudáveis,melhor capacidade de respiração e uma maior tolerância ao stress. Por que então não começar imediatamente? O livro de Teresa Camarão, ricamente ilustrado, nos mostra como começar, e, com o auxílio de um elástico, melhorar a qualidade de vida.

Torre de Babel

O novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa está deixando muitas pessoas confusas. A Edi-

tora Contexto se adianta e lança “O Novo Acordo Orto-gráfico da Língua Portuguesa - O que muda e o que não muda“ para nos auxiliar.

O português do Brasil, com suas variantes regio-nais, é bem mais vocálico do que o de Portugal, mais consonantal. Enquanto lá eles acham que nós falamos “descansados“, nós temos a impressão que eles “en-golem letras”. Que tal um consenso? Esse é o motivo do Acordo.

Além da explicação das mudanças, o autor Maurício Silva (Especialista em Ortografia, Doutor em Letras pela USP) também faz um paralelo e um desdobramento histórico dessa torre de Babel.

O que: O Novo Acordo Ortográfico da Língua PortuguesaAutor: Maurício SilvaQuanto: R$ 19,90Lançamento: Contexto

O que: Pilates com Elástico no BrasilAutor: Teresa CamarãoQuanto: R$ 19,90Lançamento: Alegro / Elsevier

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Cultura – dvd

Criminal Minds volta em DVD, com 20 eletrizan-tes episódios e bônus especiais. Nesta terceira

temporada, o lendário investigador David Rossi (Joe Mantegna) se junta ao time, profundamente envolvi-do com seus casos mais difíceis – e seus próprios de-mônios. Enquanto Hotch (Thomas Gibson) atravessa um divórcio, Reid (Matthew Gray Gubler) lida com as dolorosas memórias de seu passado. Morgan (Shemar Moore) pode brincar com a fera do computador Garcia (Kirsten Vangsness), mas a graça termina quando ela é baleada. E até Prentiss (Paget Brewster) considera sua demissão, enquanto “JJ” (A.J. Cook) experimenta o estresse emocional de seu trabalho. Em Criminal Minds, a unidade de elite mais importante do FBI é fascinante e misteriosa como seus casos.

Mentes perigosas

O que: Criminal Minds – Terceira TemporadaQuanto: R$ 154,90

Lançamento: Buena Vista Home

Lei & Ordem: Criminal IntentBrilhante investigador do departamento de homicídios, o instintivo detetive Robert Go-

ren lidera uma equipe que procura entender a mente dos bandidos para levá-los à jus-tiça. Ele trabalha em afinada sintonia com a parceira Alexandra Eames, que confere inteligên-cia e intuição às investigações. No comando do time está o Capitão James Deakins, um chefe competente, ambicioso, articulado, político e bastante hábil diante de situações delicadas.

O que: Lei & Ordem Criminal Intent – 2º temporadaQuanto: R$ 129,90Lançamento: Universal Home Vídeo

Vamos celebrar o 70º aniversário de Pinóquio, de Walt Disney! A lendária obra-prima que inspirou milhões de pessoas a acreditar em seus sonhos

está de volta com um trabalho único de restauração digital que deixa o clássico ainda mais brilhante nesse DVD duplo. Pela primeira vez na história, os ricos de-talhes da animação, a premiada e inesquecível canção “When you Wish Upon A Star” e a história da emocionante aventura do menino de madeira vai ganhar vida como nunca antes vista. Você vai ser transportado ao mundo de Pinóquio.

Jovem senhor

O que:Pinóquio – Edição PlatinumQuanto: R$ 49,90Lançamento: Disney DVD

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O Bob Esponja Calça Quadrada é umas das séries mais bem-suce-didas da TV. Criada por Stephen Hillenburg, as aventuras encan-

tam crianças e adultos e, no ano de 2009, Bob completará dez anos.O desenho conta a história de Bob Esponja, uma esponja do mar quadrada muito sabida. Ele vive no fundo do mar em um magnífico lugar chama-do Fenda do Bikini e trabalha na lanchonete Siri Cascudo, onde vende o famoso hambúrguer de siri.

Melhores momentos

O que: Bob Esponja – Os 10 Melhores Momentos Quanto: R$ 29,90Lançamento: Paramount Home

Cultura – dvdPoderoso James

Logo depois do fim de Casino Royale, Daniel Craig volta como James Bond, traído pela mulher que amou e determinado

a encontrar os responsáveis por sua morte. Sua busca e determi-nação o levam à organização criminosa conhecida como “Quan-tum”. E à companhia de Dominic Greene (Mathieu Amalric), um ambientalista que usa sua riqueza e poder para ajudar a derrubar um governo em troca de um pedaço de terra no deserto, que lhe permitirá controlar o abastecimento de água do país. Em sua jor-nada, o agente secreto conhece a bela Camille (Olga Kurylenko), uma jovem em sua própria busca por justiça, e, juntos, percorrem o mundo para neutralizar Greene antes que seja tarde demais.

O que: 007 Quantum of SolaceQuanto: Apenas para locaçãoLançamento: Fox Home Vídeo

A partir de 29 de abril já estará disponível nas

locadoras a aguardada quinta temporada de “Lost”, um dos seriados de maior sucesso ao redor do globo. Como ocorreu com a quarta temporada, no ano passado, a Walt Disney Studios Home Entertainment lança esses 18 episódios, di-vididos em seis discos, simul-taneamente com a exibição da série na televisão. A janela entre a exibição na TV e a chegada do primeiro disco às lojas é inferior a dois meses. E o lançamento é ex-clusivo para as locadoras, chegando só mais tarde para sell-through. No dia 29 de abril é lançado o disco 1, que traz os episódios 1, 2 e 3. O formato também é dife-rente, trazendo muito mais cenas fora da ilha e novos personagens.

Ilha da fantasia

O que: Kramer Vs KramerQuanto: R$ 89,90Lançamento: Sony Home

Duelo de titãs

Vencedor de cinco Oscar, “Kramer VS. Kramer” é um espetacular drama sobre os traumas do divórcio e

as dificuldades entre trabalho e família. O jovem marido e pai Ted Kramer (Dustin Hoffman) ama sua família e seu trabalho, onde passa a maior parte do seu tempo. Tarde da noite, quando Ted retorna para casa depois do traba-lho, a esposa Joanna (Meryl Streep) inicia uma discussão

e acaba abandonando o marido e o filho de seis anos. Ted tem que aprender a ser pai enquanto en-frenta os problemas de sua esta-fante carreira. Justo quando ele se adapta ao seu novo papel e passa a desfrutar da sua condição de pai, Joanna retorna querendo o filho de volta.

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Cultura – artes plásticasFelipe Massafera

Felipe Massafera é um artista que chegou a um patamar invejável profissional e tecnicamente.

Acaba de adaptar para graphic novel (encadernações de quadrinhos de luxo) um conto daquele que é tido como um dos Papas das HQs – ninguém menos que Alan Moore, criador de “Watchmen” e “V de Vingança”. A obra adaptada é “Light of Thy Countenance” (Luz do Teu Semblante).

Moore declarou ao Comic Book Resources - um dos mais importantes sites de comics norte-americano - que o desenhista brasileiro e o escritor Antony Johnston fizeram uma adaptação de seu conto talvez “mais con-tundente que o original”, e que estava imensamente satisfeito.

Ele merece todos os elogios.Autodidata, Massafera tem por base os inúmeros

referenciais que traz em seu material, mas diz ter aprendido muito com seu cunhado, que é professor de arte. Para fazer sua mágica, ele usa a mesma técnica de aquarela de quadrinistas que admira, e cita como exemplo Alex Ross - artista renomado que desenha para a DC Comics e Marvel.

O reconhecimento tem aparecido e recentemente discursou em uma Academia de Artes sobre o seu ta-lento. Também tem desenvolvido trabalhos para a Ava-tar Press - uma das editoras que mais cresce na área dos quadrinhos.

Artista antenado, Felipe colabora com causas sociais

Topo: o processo de pintura da capa do quadrinho “Anna Mercury“.Esquerda: ilustração de “Light of Thy Countenance“.Direita: Massafera pousa ao lado de personagem de “Star Wars“, série de filmes do qual é fã assumido.

interessantes, como a de um site de doações chama-do ordinarypeoplechangetheworld.com. Ele cedeu um de seus desenhos para que fosse leiloado no site eBay para arrecadação de fundos. Nada mal para alguém com apenas 24 anos de idade.

Saiba mais:

Portfolio – felipemassafera.deviantart.comBlog – felipemassaferaart.blogspot.comVídeo – www.youtube.com/watch?v=UotyJdB8HtI

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por Rodrigo Kurtz

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À esquerda, detalhe da Supergirl; À direita, fan art de Kill Bill;Abaixo, o livro de rascunhos com O Coringa e a Mulher-Gato

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DesembarquePetrópolis / Rio de JaneiroRoteiro Imperial

Distante 65 km do Rio de Janeiro e com clima serrano, Petrópolis preserva ainda hoje algo do

glamour, da beleza e cultura herdados do tempo do Império. Montanhas, canyons, rios, cachoeiras e vege-tação rica também compõem o cenário.

Localizada a 809 metros de altitude na Serra da Es-trela – trecho da Serra do Mar, a cidade tem atrações variadas para todos os gostos e faixas etárias. O Museu Imperial, situado no Palácio de Dom Pedro I (rua da Im-peratriz, 22, tel. 024 2237-8000, R$ 8)), exibe a coroa real de 1,7 kg, com seus 639 diamantes, que pertenceu ao imperador. Também expõe a pena forjada a ouro e incrustada de rubis usada pela Princesa Isabel para assinar a Lei Aurea.

A Catedral São Pedro de Alcântara (rua São Pedro de Alcântara, 60) abriga a tumba de Dom Pedro II, sua esposa, Dona Teresa, e a filha, Princesa Isabel. Outra visita imperdível é o Palácio de Cristal (Alfredo Pachá), estrutura de ferro e vidro construída na França e trazida em 1879 para servir de estufa para orquídeas, agora convertida em centro cultural.

Já a Casa de Santos Dumont, situada a oeste da Praça da Liberdade, foi a casa de veraneio do pai da aviação e inventor do relógio de pulso. O local tem fotos inte-ressantes de muitas de suas invenções.

O Centro Histórico possui construções e monumentos que marcaram o Brasil Império. Pode-se conhecer os atrativos dos locais a bordo das “vitórias”, como são

chamados os veículos do século XIX puxados por dois cavalos (R$ 50 a hora). Se preferir algo mais arrojado, faça seu passeio em um autêntico Ford 1928.

Aproveite para comprar artesanato e lembranças e provar as delícias da serra - as famosas torradas de Petrópolis, os biscoitos amanteigados, tortas e salgados finos.

As origens de Petrópolis estão ligadas a D. Pedro I. A partir de 1822, o imperador passou a viajar pelo Caminho do Ouro, que, desde 1724, cruzava a serra fluminense, ligando o Rio de Janeiro a Minas Gerais. Uma noite, pernoitando na fazenda Córrego Seco, de padre Correia, D. Pedro teria ficado impressionado com o clima e a vegetação locais, e acabou fazendo gestões para comprar as terras, fechando o negócio em 1830.

Com a abdicação de Pedro I, que voltou a Portugal, a propriedade foi herdada para D. Pedro II. Petrópolis virou cidade em 1857, e, até 1889, quando a República foi proclamada, tudo transcorreu em ritmo de minueto. social e política palaciana. Com o fim do império e exílio de Pedro II, Petrópolis não entrou em decadência. Ao contrário, virou capital do Estado, entre 1894 e 1903.

Saiba mais:

Prefeitura: www.petropolis.com.br Governo do Rio: www.petropolis.rj.gov.br/fctpPetrópolis Convention & Visitors Bureau: Av. Koeler, 255, num anexo do palácio Rio Negro.

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Esquerda: Interior do Palácio Quitandinha, construído em 1944 para ser o maior cassino hotel da América do Sul. Acima, direita: Exterior do Palácio Quitandinha, em estilo normando, que é recorrente na região.

Esquerda: Catedral de São Pedro de Alcântara, considera-do o padroeiro da cidade e da monarquiaDireita, abaixo: O Palácio de Cristal, inaugurado em 1884, inicialmente utilizado para a exposição de exposi-ções de flores, frutos e pássaros

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No coração da Bahia, a Chapada Diamantina é entrecortada por montanhas, chapadões, rios,

corredeiras, cachoeiras, cavernas e poços de águas transparentes. O local possui inúmeras nascentes que brotam por entre os paredões rochosos e mais de 35 rios, entre os quais os maiores são o Paraguaçu e o Rio Preto.

A Chapada é formada por um extenso planalto que possui picos de até 1.700 m, o que favorece a forma-ção de grandes vales. A vegetação é bem diversifica-da, misturando florestas de planície, campos rupestres, agrestes e caatinga. Também a fauna é muito rica. A re-gião abriga desde pequenos roedores conhecidos como mocós até exemplares de grandes mamíferos, como onça-pintada e suçuarana.

Entre os mais de 50 municípios que fazem parte da Chapada Diamantina, as opções para trekking são qua-se infinitas. As principais opções estão nas unidades de conservação: Parque Nacional da Chapada Diamantina e Áreas de Proteção Ambiental de Marimbus, Iraquara e da Serra do Barbado. Lençóis, Andaraí, Mucugê e Rio de Contas centralizam os principais roteiros e dispõem dos serviços e infra-estrutura turística necessários. A me-lhor época para visitação é de março a outubro, quando chove pouco e pode-se aproveitar melhor os passeios.

O roteiro das cachoeiras pode ser feito em duas etapas: a primeira, uma caminhada de cerca de 3km, abrange a Cachoeirinha, Cachoeira Primavera, Poço Halley, Salão das Areias Coloridas e o Serrano. A se-

gunda, outra caminhada de 3,5 km, até o Ribeirão do Meio. Para essa e qualquer outra caminhada na Cha-pada é necessário calçar um bom tênis, vestir roupas leves, levar água e um lanche. Nas longas caminhadas, é indispensável a contratação de um guia e o uso de agasalhos.

Lençóis, principal destino da região, dispõe de boa infra-estrutura para atender os visitantes. A cidade des-cortina-se em um dos contrafortes da Serra do Sincorá e lembra um presépio. Com seu patrimônio histórico tombado, é considerada a capital do diamante e uma das maiores referências entre as cidades baianas liga-das ao garimpo.

A cada dia surgem novas opções de passeios no lo-cal. A cavalo, há pelo menos seis tipos de roteiros que duram entre um e cinco dias. Entre os mais requisita-dos, estão a cavalgada pelo rio Santo Antonio, a Gruta do Lapão e, o mais procurado pelos turistas alemães, Lençóis/ Andaraí, por meio do Vale do Pati e Vale do Capão, com duração média de cinco dias. Os cavalos podem ser alugados no Hotel Fazenda do Parque.

DesembarqueNa trilha dos diamantes Chapada Diamantina / Bahia

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Saiba mais:

Associação dos Condutores de Visitantes de Lençóis: (075) 3334-1425. Cidade dos Diamantes: www.cidadedosdiamantes.com.brInformações turísticas: http://chapada-diamantina.info/ab/

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Como chegar:

Rodoviário – Pela BR-242, que pode ser alcançada pela BR-116. Aéreo – Lençóis tem melhor estrutura aérea – incluindo vôos diretos – e de lá partem a maioria das trilhas.

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Uma das cidades mais interessantes e charmosas do circuito histórico mineiro, Tiradentes possui casas e

igrejas do século 18 bem preservadas, ruas de paralelepí-pedos, muitas cachoeiras e belas montanhas ao redor.

Os cerca de três mil turistas que visitam o local todo final de semana encontram vida noturna e cultural, 60 ho-téis e pousadas, além de bons restaurantes. Apesar disso, o município de 6,5 mil habitantes continua com aspecto de vila do século XVIII, quando foi fundado por bandeirantes paulistas.

As capelas ostentam raridades assinadas pelo escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e Manuel Vitor de Jesus. No topo do morro da cidade fica a Matriz de Santo Antônio, um dos mais belos templos barrocos de Minas Gerais, que possui fachada de autoria do Aleijadinho.

Os passeios de charrete e a viagem no trem Maria Fumaça entre Tiradentes e São João del Rei estão entre os atrativos principais. O Chafariz de São José possui três seções: uma para beber, outra para lavar roupas e uma terceira para dar água aos cavalos. Não deixe de visitar a antiga cadeia e a estação ferroviária. No calendário de eventos, destaque para a Mostra de Cinema, em janeiro, e o Festival Internacional de Gastronomia, em agosto.

O Balneário de Águas Santas, na Serra de São José, onde

a cidade está encravada, conta com infra-estrutura para receber turistas, como piscina de água radioativa, duchas, playground, campos de futebol, restaurantes, lago, além de uma capela de Nossa Senhora da Saúde, construída no início do século XX. A temperatura da água é de 28ºC.

Povoado a partir de 1702, o município homenageia em seu nome o alferes Joaquim José da Silva Xavier, conheci-do pelo apelido de Tiradentes. Ele nasceu na Fazenda do Pombal, entre Tiradentes e São João del Rei, e se tornou líder da Inconfidência Mineira, principal movimento de in-dependência do Brasil, no século 18.

A cidade se formou quando os primeiros bandeirantes, chefiados por João Siqueira Afonso, se fixaram na região, após a descoberta de ouro num local chamado Ponta do Morro. Eles chegaram na sequência dos mineradores que, no final do século 17, se estabeleceram na região que viria a ser conhecida como Ouro Preto.

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DesembarqueCaminhos da história Tiradentes / Minas Gerais

Saiba mais:

Secretaria Municipal de Turismo: Rua Resende Costa, 71, aberto das 9h às 17h45. Tel.: (32) 3355-2002 www.tiradentes.mg.gov.br

Esquerda: Casario Colonial. Direita, acima: imagem da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Direita, abaixo: Maria-Fumaça que liga São João del-Rei a Tiradentes

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Acima: Rua da Camara e Igreja Matriz de Santo Antônio. Abaixo: Ouro Preto e vista aérea matinal.

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VelocidadeMercedes-Benz W212 O máximo em conforto e segurança

O novo Mercedes-Benz W212 Classe E oferece uma longa lista de recursos de conforto, segurança e

auxílio ao motorista. O veículo é dotado avisos de mu-dança de faixa, monitor de movimento dos olhos para detectar sonolência, identificação de sinalização da es-trada, sensores de condição da estrada e controle de estabilidade.

O design do automóvel possui muita personalidade, conferida essencialmente por vincos pronunciados nas la-terais e acabamentos que mesclam linhas curvas e retilí-neas. O estilo suave do antigo modelo foi substituído por traços fortes. A nova carroceria também apresenta rigidez

à torção 30% maior, garantindo maior eficácia da suspen-são e um comportamento dinâmico mais coeso.

Os proprietários terão diversas opções de motorização. No catálogo dos propulsores diesel, há quatro versões dis-poníveis, todas biturbo: três com quatro cilindros (204cv, 170cv e 136cv) e um de seis cilindros em V, o 350 CDI, capaz de gerar 231cv.

A partir do outono europeu, haverá uma nova opção, o 350 BlueTEC, com 211cv, desenvolvido para atender à norma de poluição EU6, que entrará em vigor em 2014. O Classe E foi lançado oficialmente no Salão Internacional de Genebra, realizado entre 5 e 15 de Março.

Linhas fortes, com vincos pronunciados nas laterais, e inúmeros recursos de auxílio ao motorista prometem tornar o modelo mais um clássico da Mercedes.

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Voilà! Um pedacinho de Paris bem próximo, logo ali em meio às arborizadas calçadas do bairro Higie-

nópolis em São Paulo – bienvenue à Mercearia do Fran-cês! A história deste misto de bistrot e restaurante, am-biente despojado e aconchegante, e com alguns toques de Brasil acompanhando os elementos bem franceses, fazem do local a sala de estar e a cozinha do jovem pari-siense Steven Kerlo, que recebe seus amigos e convida-dos com um toque especial – a elegância francesa com a pincelada da exoticidade e simplicidade brasileiras.

O chef Steven chegou ao Brasil ao final da década de 90, com o espírito empreendedor e aventureiro, com um dom e um diploma em mãos e a mente recheada de idéias, fruto de experiências ao longo de mais de uma década vividas na França, na Suiça, no México e Argen-tina. De especialista em vinhos, comandante de bares bem frequentados pela juventude paulistana, ou como barista e transitando das vendas a chef de cozinha, ex-perimentou atividades diversas mas sempre voltadas à gastronomia e entretenimento, com o charme francês que fez com que o rapaz ainda jovem se fixasse no Brasil e tornasse São Paulo sua casa – e agora seu laboratório de experiências culinárias ao lado do chef argentino José Luiz.

Entradas de carne de cordeiro como o mini Lamb e mexilhões, bem como os pratos que vão do tradicional francês Carré de Cordeiro ao Risoto de Alcachofra, e ter-minando em sobremesas como o creme bruillée, mas com um toque de brasilidade, integram o cardápio com elementos da estação e alguns toques de regionalidade brasileira.

O resultado são sabores indiscutivelmente intrigantes e desafiadores, como o Salmão ao molho de maracujá, ou mesmo um bom Ratatouille, além das saladas fran-cesas floreadas com deliciosos queijos de cabra. Este chef parisiense mas com a alma brasileira e o sotaque franco-paulistês comanda o Mercearia do Francês e tem em mente a idéia de democratizar a boa comida, a arte

de fazer pratos finos com um toque de simplicidade e ex-centricidade, aliando elementos franceses e brasileiros, por meio dos aromas e ingredientes e, sobretudo, a jinga brasileira em oferecer o prazer em comer bem de forma acessível ao público brasileiro em geral.

Uma afirmação sobre o sentimento de Steven em re-lação ao Brasil: o chef demonstra uma admiração pela gentileza do brasileiro. Quando tentamos desvendar o que ele buscaria trazer ao Brasil – os vinhos e queijos franceses, sempre à mesa! O amor pelo terroir é algo que vem de dentro, as origens e os segredos de cada pedacinho da França, cada região e suas particularidades fisgam sua memória em relação àquele país, a França.

Se perguntarmos ao chef Steven o que pretende ain-da fazer neste pais que o acolheu de forma gentil, a res-posta vem de forma imediata: conquistar novas cidades do Brasil levando seus aromas e métodos de provocar o melhor sabor e a arte das cozinhas francesa e brasileira.

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SaborUm pedacinho de Paris

O cardápio francês assimila ingredientes e sabores brasileiros.

O chef Steven, como todo bom francês, tem paixão pelos vinhos e queijos de seu país.

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VinhosAmor pelos vinhos Gerson Lopes

Cuidar de vinhos e conservá-los não é uma tarefa tão fácil. Como amantes dessa bebida, temos que tratá-los

bem, como se trata um amigo. Parafraseando o poeta Vinícius de Moraes, que foi grande aficionado do uísque, diria que “o melhor amigo do homem é o vinho. O vinho é o cachorro engarrafado”. É lógico que estamos falando de um vinho especial, aquele que merece ser guardado no fundo do coração (ou melhor, na adega).

Quando se trata do envelhecimento de um vinho, muitas dúvidas sur-gem na cabeça do um enófilo iniciante. Envelhecer ou amadurecê-lo é a mes-ma coisa? É melhor o vinho mais velho? Que vinho guardar? Como guardá-lo?

Amadurecimento e envelhecimento são coisas diferentes. No primeiro caso, a presença do oxigênio é fundamental e o processo ocorre no carvalho (pequenas quantidades de oxigênio passam pelos poros da madeira). Nessa etapa, o que o enólogo pretende é “amaciar” e “arredondar” o vinho, ou, mais especificamente, seus taninos. O processo que ocorre em garrafas, em total ausência de oxigênio (daí a importância da rolha) é que chamamos de envelhecimento, e, nesse caso, a participação maior é do enófilo, responsável pelas condições de sua guarda (conservação). Caso o vinho seja de guarda e seja mantido em boas condições de conservação, com certeza o envelhecimento se dará com “qualidade de vida”, e ele (o vinho) envelhecerá como um guerreiro ativo, mostrando o tão deseja-do bouquet (aromas de envelhecimento), entre outras coisas. Complexidade de aromas e sabores é o que melhor caracteriza os dois fenômenos, que nos países de língua espanhola são definidos como crianza (etapas de educação do vinho).

Hoje, a grande maioria dos vinhos é elaborada para ser consumida jovem e fresca, não sendo aconselhado guardá-los por muito tempo. Devem ser de-gustados logo que disponíveis no mercado ou dois a três anos depois. Trata-se aqui da quase totalidade dos brancos (principalmente) e tintos. Aqueles que podem envelhecer por mais tempo são chamados de vinhos de guarda. Isso fica na dependência do tipo de vinho, uva, região, safra e, particularmente, do enólogo responsável, do seu processo de vinificação. Classicamente, rela-cionamos os vinhos de Bordeaux àqueles ligados ao envelhecimento, os que destinamos à cava ou adega quando ainda jovens. Para a mesa – portanto, para serem degustados ainda novos-, pensamos nos varietais ou vinhos sim-ples do Novo e Velho Mundo.

Um cuidado especial se deve ter com o champanhe e, mais ainda, com outros espumantes, pois esses são os mais sensíveis à má-conservação. Ficam na garrafa na adega do produtor, porém quando saem para o mercado pedem para ser degustados logo (com exceção, talvez, dos grandes champanhes sa-frados ou millésimès). Os grandes vinhos doces de colheita tardia, atacados ou não pelo Botrytis (fungo), os alemães, franceses, húngaros ou austríacos, assim como o Porto Vintage, têm grande aptidão para o envelhecimento.

Protegidos da luz, das modificações bruscas de temperatura, de locais que exalam odores, da umidade e colocados em posição horizontal, os vinhos de guarda podem envelhecer bem. Quanto tempo? A resposta tem que ser in-dividualizada? Onde? Adegas climatizadas ou em local especial da casa em determinadas regiões (mais frias, de um modo geral).

Em condições de conservação inadequadas, um vinho envelhece mais rapi-damente. Por exemplo, podendo envelhecer duas décadas, acaba, em pouco mais de dois anos ou menos, mostrando-se caído ou em fase de real declínio.

Gerson LopesEditor do site www.vinhoesexualidade.com.br;Colunista do jornal Estado de Minas sobre vinhos (“In Vino Veritas”);Colaborador da revista Wine Style (www.winestyle.com.br).

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Avenida dos Salmões nº 1232 | Jurerê Internacional | Florianópolis | sc | 48 3282 2035

www.restauranteencanta.com.br

ModaOutono

Retomando a influência francesa na moda e arquitetura, o olhar recai sobre um clima bucólico e delicado. Romance e leveza são

heranças culturais do país de Coco Chanel. Um ícone, Chanel repro-duziu sua própria imagem na mulher do século 20, independente, bem-sucedida, com personalidade e estilo. As pérolas, eternizadas pela estilista, são as jóias mais femininas que pode existir, tanto pela delicadeza da forma e o nacarado da cor quanto por serem as únicas a nascer de um ser vivo. Um luxo a ser desfrutado nas tardes frescas do outono.

por Ana Carolina Rotolo

Fotos: Matheus AlvesBeleza: Marlene CabeleireirosBooker: Ford Models Santa CatarinaModelos: Ana Paula Pfleger e Kaynan

Vestido Onça BobStore R$ 429, Colete Coelho BobStore R$ 2 099, Sapato Are-zzo, Bermuda Jeans BobStore R$229, Colete Cru BobStore R$ 329, Sapato Mix Urbano, Jóias Bárbara K.

Short Jeans BobStore R$ 229, Camisa BobStore R$ 389, Bota Para Raio da Coloritá R$ 439, Calça Doc Dog da Coloritá R$ 499, Blazer Costume da Coloritá R$449, Sapato Mix Urbano, Jóias Bárbara K.

Vestido Maria Filó by Karola 360,00 e Pelerine by Karola 299,00, Jóias Bárbara K.

Vestido Jacquard BobStore R$ 1 299, Camisa Karola 252, Calça Xadrez Aha 268, Sapatos Mix Urbano, Jóias Bárbara K.

Casaco pregas barra da BobStore R$ 599, Jóias Bárbara K.

Mais EstaçãoMuito prazer, sou brasiliense Brasília / Distrito Federal

Brasília completa 49 anos. Ainda é uma cidade jo-vem. Sua arquitetura moderna, arrojada, criada na

prancheta do polêmico Oscar Niemeyer, é um fator deter-minante para causar essa impressão aos olhos de quem a conhece ou até mesmo vive nela.

Ao andar pelas ruas... Não, Brasília não tem ruas. Bra-sília tem avenidas, eixos, eixinhos, quadras, estradas-par-que, asas. Ela é diferente. Nasceu para ser assim, diferente. O Plano Piloto foi concebido de forma a oferecer a seus moradores todo conforto e contato com o verde. Os blocos residenciais têm o máximo de seis andares e são verticais, o que possibilita uma visão da linha do horizonte, do céu, da lua, do sol, das estrelas, que insistem em visitar nossos apartamentos a todo instante.

Os blocos não têm portarias, grades, portões herme-ticamente fechados e homens-porteiros que se transfor-maram em máquinas com vozes eletrônicas e não te dão a chance de olhá-los nos olhos, nem para se defender de pré-julgamentos. Os blocos têm guaritas, abertas, com porteiros e faxineiros que se conhecem e fazem parte de seu círculo de amizades, tanto quanto seus vizinhos. Isso, mesmo em tempos de violência.

Brasília também não tem esquinas, mas nós, morado-res da cidade, não nos sentimos lesados ou ofendidos por isso. É normal, afinal, quem precisa de esquinas para viver? Nelson Piquet, tricampeão de Fórmula 1, que escolheu Brasília para viver entre todas as cidades do mundo inteiro que ele poderia morar, já respondeu a essa pergunta e seu interlocutor não gostou nada nada do que ouviu.

É assim Brasília: uma capital diferente. Aqui os ende-reços assustam os visitantes. SQN, SHCGS, SHIN, SBN, SAF, SOFN... Acusam-na de ter, em vez de nomes de ruas e blocos como é em toda cidade brasileira, uma sopa de letrinhas como endereço. No entanto, tudo obedece a uma lógica. Ponto, não precisa se dizer mais nada. É absoluta-mente lógico.

Seus filhos também são jovens, fazem parte de uma geração, a primeira, que se formou há pouco tempo. Te-mos orgulho desse posto e aprendemos a defender com unhas e dentes a cidade onde nascemos e vivemos. Va-mos a boates, parques, cinemas, shoppings, lanchonetes; estudamos, temos faculdades, universidade; temos hospi-tais e postos de saúde; policiamento nas ruas.

Mas temos mais do que outras cidades. Temos parques

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Fachada do Palácio da Justiça, sede do Poder Judiciário

por Lúcia Maria di Lorenzo Leal

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no meio da cidade, temos uma área verde que corres-ponde a 25 mil campos de futebol, temos cinco milhões de árvores plantadas, temos canteiros floridos que são referência mundial em pre-servação do meio ambien-te, temos o Lago Paranoá, temos ciclovias em toda a cidade, das cidades mais dis-tantes até o centro do Plano Piloto... Sim, podemos ir e vir de bicicleta tranquilamente; temos faixa de pedestre e a respeitamos.

Uma vez, eu estava em São Paulo e arrisquei fazer a travessia na faixa de pedes-tre. Parei na faixa, fiz o sinal com a mão, que nós, brasi-lienses, aprendemos a cha-mar de sinal da vida, e amea-cei a atravessar. Infelizmente, não posso reproduzir nesse espaço o que ouvi, mas posso dizer que o final das ofensas foi o pior: o motorista, que devia estar com pressa, coita-do, às vezes nem tem culpa de morar em São Paulo, pôs a cabeça para fora da janela e disse: aposto que você é de Brasília, moça.

Sim, ele quis me ofender, afinal, eu, ao querer exercer meu direito de cidadã, aca-bei por atrasá-lo, o quê? Dois minutos, no máximo. Nossa! Poxa vida, desculpa motoris-ta, mas o senhor não conse-guiu me ofender, é claro. Eu o deixei passar e aproveitei e respondi: sou de Brasília sim e com muito orgulho.

Infelizmente, o motorista paulista não é um caso isola-do. Volta e meia o cidadão bra-siliense é surpreendido com questionamentos, tais como: o que vocês fazem naquela ci-dade no fim-de-semana? Qual é o prato típico de Brasília? Vo-cês não têm sotaque? Você já viu algum político?

Ao lado, Tribuna do Quartel General do Exército, de Niemeyer. Abaixo, interior da Catedral de Brasília, considerada pelos brasilienses mais bela obra de Niemeyer.

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Brasília não é só política, não vive só de polí-ticos. Brasília é muito mais que a Esplanada dos Ministérios mostrada nos jornais de televisão. E para ficar no lugar-comum, vou lembrar a todos os críticos de Brasília que quem manda os po-líticos para cá são vocês, os eleitores. São seus eleitos que fazem com que Brasília tenha fama de capital da corrupção, de capital da impuni-dade, de capital da política imunda, de político que mente, engana, promete e não cumpre.

Nós, brasilienses, temos muito mais a oferecer ao mundo do que a política que se manda para cá. Venha conhecer a cidade onde nascemos e que aprendemos a amar e será possível confe-rir de perto tudo isso de que falo pessoalmente. Aproveite e dê um mergulho na Água Mineral, um parque no centro da cidade com áreas de cachoeira, que tem piscinas de água corrente e incomparável em sua qualidade. Só tome cui-dado com os macaquinhos, pois eles são bem espertos e podem pegar sua mochila a qualquer momento, porque lá na Água Mineral os bichos convivem com os usuários.

Depois, você pode dar uma corrida pelo Parque da Cidade, aquele mesmo onde a Legião Urbana fez com que Eduardo e Mônica se encontrassem, ela de moto e ele, de camelo. Ah, e pode correr tranquilo, não se preocupe com poluição, fumaça de carro, buzina. Lá não tem isso. Todo o parque, os 42 hectares de área verde, é só do usuário. Após a corrida, dá tempo de tomar uma água de coco por ali mesmo ou comer frutas descascadas na hora pelo Zé, o homem que tem ali um quios-que há anos e conhece todos os freqüentadores do parque, desde os mais assíduos até os de final de semana.

Se ainda tiver disposição, pode participar de uma roda de futevôlei, de vôlei, peteca ou sim-plesmente malhar em algum das dezenas de aparelhos de ginástica lá do Quiosque da Saúde. Depois pode escolher almoçar a feijoada carioca, o cozido do Sul, a pizza paulista, o tutu com leitoa e couve-manteiga picadinha bem fininha de Mi-nas Gerais, o pato no tucupi do Pará ou simples-mente duas duplas, ou mais, na Dom Bosco, que é daqui de Brasília mesmo.

O final do dia pode ser em um cinema, um restaurante mais sofisticado, um teatro, uma ex-posição, um café. Quem conhece Brasília sabe do que eu estou falando. Do quanto é bom ser bra-siliense e morar em Brasília. Quem não me co-nhece, não tem importância, pode vir sem medo que Brasília está de braços abertos para recebê-lo. Mas tem de vir de coração aberto também. Sejam bem-vindos!

No alto, Monumento Dois Candangos; acima, Panteão da Justiça.

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PerfilModa para fazer sorrir

Tico Sahyoun, dono da grife Bob Store, completou em 2008 doze anos de sucesso no mercado de moda

nacional. Ao longo desse período, a grife criou um estilo próprio – moderno, casual e chique. E foi premiada quatro vezes como a melhor loja de moda feminina do país pelo Prêmio Visa. “A Bob Store tem uma identidade de moda bastante forte. Investimos em novas tendências, ao mesmo passo que oferecemos moda comercial e usável”, conta.

A marca agora prepara lançamento de sua nova coleção inverno. “A próxima estação é extremamente elegante e sofisticada. Temos propostas clássicas, outras mais moder-nas e todas, sem dúvidas, muito cool”, completa. A estação tem peças com formas arquitetônicas e outras com deta-lhes em metal. As botas estão entre os pontos fortes entre os calçados. E as correntes aparecem nas bolsas. Colares e pulseiras com pérola (detalhes) prometem ser hit. O tricô é sempre sucesso.

Segundo o diretor, uma das peças mais importantes do inverno 2009 é a jaqueta, seja na versão perfecto de couro, bem despojada e jovem, ou ainda uma em tweed mais clás-sica. “Teremos muitas opções de jaquetas, para diferentes gostos, sempre dentro da proposta contemporânea da mar-ca. As mais ousadas vão gostar muito dos coletes. O inverno vem em cores mais sóbrias, com muito preto e branco.”

Formado em Relações Publicas pela FAAP, Sahyoun es-colheu o caminho da moda porque sempre teve facilidade e prazer em lidar com pessoas, entender os seus anseios e satisfazê-los. Quando a Bob Store começou, em 1996, ele, aos quinze anos, ia aos prédios perto da loja entregar os seus catálogos. “Conversava com os porteiros, pedia a ajuda deles, e assim fui fazendo o mailing da marca, que

hoje ultrapassa 70 mil nomes e endereços”, lembra.Raphael, seu pai, é diretor criativo e estilista principal da

marca. Ele trabalha com um grupo de cinco estilistas mui-to talentosas. “O Raphael tem uma experiência enorme em produto, atua no mercado de moda há 33 anos, e viaja todo semestre com sua equipe para fazer pesquisas de tendência pelo mundo e também reciclagem profissional.” Aos poucos, Sahyoun está migrando para essa área com ele. “Estamos desenvolvendo juntos nossa primeira marca masculina, a Los Dos, que tem menos de um ano de vida e uma aceitação enorme em São Paulo, Cuiabá e João Pessoa”, conta.

O empresáriob faz bonito também na área social. Ele coordena, juntamente com 20 amigos, o projeto social Amigos para Sempre, que tem o propósito de levar opor-tunidade de vida ao sertão alagoano, região com o menor Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil. Recente-mente lançou a campanha Fashion for a Smile, que traz camisetas femininas com 12 ícones do Smiley Face es-tampados, comercializadas nas lojas da grife. O lucro será 100% revertido para a construção de um Centro Educativo na cidade de Canapi, no sertão.

As obras começaram no primeiro dia de março. “Temos fundos suficientes para a edificação do primeiro modulo. Os outros dois serão conquistados com a renda dessas t-shirts, que são lindas, têm um corte bacana, tecido Kalimo (que nos doou meia tonelada de tecido) e ainda carregam uma proposta social urgente.

Saiba mais:www.bobstore.com.brwww.sempreamigos.com.br.

Tico Sahyoun e Danielle Winits, que participa da campanha Fashion for a Smile.

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EntrevistaRoteiro para um Estado eficiente Aécio Neves

Em seu segundo mandato à frente do governo de Minas Gerais, Aécio Neves desponta, mais uma vez, na lide-

rança do ranking de avaliação dos governadores, feito pelo Instituto Datafolha. Seus índices de aprovação passam dos 77%. Nascido em Belo Horizonte, em 10 de março de 1960, o mais jovem governador a assumir o cargo no Estado é um dos fortes candidatos do PSDB para concorrer à presidência da República. A vocação vem de família. Quando seu avô, Tancredo Neves, elegeu-se governador de Minas Gerais, con-vidou o neto, então com 21 anos, para ser seu secretário par-ticular. A seguir, Aécio fala sobre suas propostas para otimizar a gestão pública.

Por Marcelo Generoso

Governador em Ouro Preto

Estação Aeroporto: Em 2002, o senhor lançou o Cho-que de Gestão, uma profissionalização da gestão pública. E agora, em tempos de crise, quando se fala de uma re-estatização da economia, como o senhor vê essa dicoto-mia?

Aécio Neves: Eu acho que já ficou para trás aquela discussão ideológica de Estado mínimo e Estado máximo. Hoje, temos de buscar o Estado eficiente, aquele que tem instrumentos ágeis, Parcerias Público-Privadas para alavan-car investimento do setor público, que solitariamente não tem condições de fazer. Não temos nenhuma no plano fe-deral. Em Minas, felizmente, elas estão em curso.

É preciso que nós tenhamos qualificação do servidor pú-blico, para que ele tenha metas a serem alcançadas, como ocorre no setor privado. O que eu defendo é que nós su-peremos essa idéia de que o setor público tem que ser ineficiente permanentemente porque é público, para trans-formar o Estado em instrumento a favor das pessoas. Em Minas e em outros estados brasileiros, temos exemplos que poderiam inspirar o Governo Federal a enfrentar algo que ele não enfrentou até agora: a reestruturação do Estado. Hoje nós estamos vendo um Estado extremamente pesado e ineficiente e inibidor dos investimentos.

O senhor foi apontado novamente pela pesquisa Da-

tafolha na liderança do ranking dos governadores. A que atribui esse resultado?

Eu agradeço, em primeiro lugar, à generosidade dos mi-neiros. Em todas as pesquisas que o Datafolha tem feito nos últimos anos, tenho tido o privilégio de aparecer em primeiro lugar. Eu acho que isso é uma sinalização de que a boa gestão pública envolve instrumentos de controle do gasto público, metas a serem alcançadas, compartilhamen-to com os servidores públicos dos resultados dessas metas.

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Esse é o Brasil moderno. Esse é o Brasil novo. Essa é a nova maneira de governar, com transparência e com eficiência. Acho que essa é a marca do Governo de Minas Gerais. Nós construímos em Minas um grande laboratório de gestão pública. Outros governos têm buscado nesses instrumentos que nós criamos em Minas inspiração para fazer o mesmo em outros estados. Isso me alegra muito. Eu só posso agra-decer aos mineiros, talvez, pelo sétimo ano consecutivo, me considerarem o governador mais bem avaliado do país.

Fale um pouco sobre o encontro com o PP: O PP participa conosco do nosso projeto de governo

em Minas desde o primeiro instante. Tem sido um parceiro absolutamente fundamental para todas as ações transfor-madoras que estamos implementando. É um partido extre-mamente sólido no país e em especial em Minas Gerais, onde detém a presidência da Assembléia Legislativa com o deputado Alberto Pinto Coelho, participa do nosso governo e é um parceiro com o qual, tenho certeza, nós continua-remos a compartilhar estratégias e expectativas de poder em Minas Gerais. Acho que o encontro teve como primeiro objetivo consolidar uma relação já muito próxima.

Governador, o senhor falou sobre a participação da

União no total da arrecadação de impostos no país. E o senhor apontou que isso poderia ser reduzido. Numa eventual presidência, quanto senhor estaria disposto a abrir mão?

Hoje, 70% de tudo que se arrecada no Brasil – não é um número redondo, mas é muito próximo a isso – está nas mãos da União. Não se trata apenas de distribuir recursos, mas responsabilidades.

Cito um exemplo claro. O primeiro passo, claro que não se faz tudo do dia para a noite. A questão viária. Nós temos hoje uma malha rodoviária federal em precárias condições em grande parte do país. Eu governo o Estado que tem maior malha rodoviária federal do Brasil. A transferência da malha rodoviária para os estados, com a correspondente transferência dos recursos da CIDE, que é a contribuição arrecadada exatamente para conservação da malha viária, seria o primeiro passo de descentralização de recursos e de responsabilidade. Isso poderia ocorrer em várias outras áreas. Essa fica como um exemplo.

O que deveríamos fazer no Brasil é inverter, parar essa roda, que cresce a arrecadação federal e diminuem as ar-recadações estaduais e municipais, porque grande parte das benesses que hoje estão sendo feitas, são feitas com o Imposto de Renda, que obviamente impactam nas receitas dos estados e municípios, para, a partir daí, repactuarmos a federação. A federação no Brasil hoje é uma palavra solta, escrita numa folha de papel. Ela não tem sintonia com a re-alidade. Não há um compartilhamento de decisões impor-tantes do Governo Federal com estados e municípios. Não há um planejamento articulado. Há um divórcio, na verda-de, entre, por exemplo, os orçamentos estaduais e o orça-

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mento da União, em prejuízo aos grandes investimentos. É isso o que eu tenho proposto. Vamos repactuar a federação, redefinir responsabilidades de municípios e estados; e com isso, certamente fortalecer a federação.

Como funcionará a Cidade Administrativa? Nós estamos falando realmente de uma cidade maior

em população talvez do que metade das cidades mi-neiras. Devemos ter lá cerca de 25 a 30 mil servidores. Quando a obra estiver totalmente concluída, cerca de 10 a 15 mil cidadãos mineiros vão acessar os serviços públicos neste local. Além da grandiosidade dessa obra – a maior obra de construção civil em execução hoje na América Latina –, feita com extrema capacidade da nossa engenharia, uma demonstração da capacidade da nos-sa engenharia. Terá o maior vão suspenso do mundo. O prédio será sustentado apenas por essas quatro sapatas laterais. E, obviamente, por uma estrutura de concreto que ficará no último piso. Portanto, além da funcionalida-de, é uma extraordinária obra de engenharia. E devemos aqui também os nossos cumprimentos àqueles que estão envolvidos nos seus três lotes.

Em dezembro deste ano, nós já estaremos despachan-do da Sede do Governo, do palácio do governo. Algumas secretarias já estarão trabalhando nos prédios das secreta-rias, para que a partir daí, no início do ano, todas as outras mudanças possam ser feitas.

O que eu quero ressaltar é que não se trata apenas da construção de uma nova Cidade Administrativa que vai fazer economia ao Estado, agilidade na prestação do serviço à população. Nós estamos, na verdade, definindo um novo vetor de desenvolvimento para a capital do Es-tado. Não tenho dúvida de que a população do entorno compreende a dimensão dessa obra, com todo o cuidado ambiente. Teremos lá, talvez, o maior parque ecológico – que será coordenado e dirigido pelo IEF – da Região Me-tropolitana de Belo Horizonte. E teremos a mais moderna Cidade Administrativa do país, para que o nosso modelo de gestão, já reconhecido amplamente no Brasil e fora do Brasil, possa ter agora mais efetividade por meio da sinergia maior que ocorrerá com a transferência de todas as unidades da administração pública para a região.

E quanto à Linha Verde, já foi concluída? Entregamos à população de Belo Horizonte e de Minas

Gerais 100% da Linha Verde concluída, com vinte viadu-tos, cerca de 20 passarelas, duas trincheiras e um conjunto enorme de obras que jamais foi feito em Belo Horizonte. Uma articulação com a prefeitura municipal proporciona-rá serviços que apenas vias de concessão tinham, com

serviço de fiscalização, de atendimento a acidentes, de reboques para quem precisar, com recapeamento total da Avenida Cristiano Machado, também já concluído, e com o mais moderno processo de sinalização já feito no Brasil.

Portanto, uma obra que custou R$ 400 milhões do Go-verno do Estado, que possibilita o acesso ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, que já tem hoje 52 saídas internacionais por semana, e agora com as obras do Centro Administrativo levará o desenvolvimento da nossa capital para o seu Vetor Norte. Portanto, uma obra viária de alcance social enorme. E é com uma alegria muito grande que eu celebro a boa gestão administrativa, a bela parceria administrativa com Belo Horizonte e com os municípios da Região Metropolitana. Quando a política é feita dessa forma, com articulação, gastando-se bem o dinheiro público, os resultados vêm. Estou muito feliz de ter entregado um benefício de tamanha dimensão, de tamanha importância.

E sobre o Turismo em Minas Gerais?Estamos tendo a oportunidade, não nós mineiros, mas

também pessoas de outras partes do Brasil, de conhecer a diversidade turística de Minas. Minas tem talvez o que nenhum outro estado brasileiro tem, todas as manifesta-ções turísticas já muito consolidadas, seja por origem his-tórica, por exemplo, na nossa Estrada Real, o turismo das nossas instâncias hidrominerais, o turismo gastronômico, o turismo ecológico, que é um turismo que cresce de for-ma avassaladora, turismo religioso, turismo das grutas. A secretária Erica tem feito um trabalho extraordinário junto, inclusive, com o setor privado, junto aos municípios.

É muito importante que os municípios compreendam a importância de terem o seu plano diretor de turismo, to-dos eles terem o Conselho Municipal de Turismo e a partir daí o Estado dá o apoio para que haja divulgação desses circuitos. Nós estamos ajudando a preparar as pessoas, a qualificar as pessoas e a atrair investimentos para essa região.

Entrevista

Foto das obras do do futuro palácio do governo

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Belo Horizonte Savassi (31) 3261 8366Pátio Savassi (31) 3282 6339

DiamondMall (31) 3292 9266Brasília Parkshopping (61) 3361 0200

Cuiabá Goiabeiras Shopping (65) 3624 6167Curitiba Shopping Crystal (41) 3039 5709

Campinas Shopping Iguatemi (19) 3254 6633Goiânia Shopping Bougainville (62) 3941 4342

Manaus Manauara Shopping (92) 9989 3000Rio de Janeiro BarraShopping (21) 3387 0095

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SexoFazer amor é diferente de fazer sexo

As pessoas frequentemente dizem: vamos fazer amor? Porém, na maioria das vezes fazem apena sexo. Como

estão muito focadas no desempenho próprio e do outro, em suma, com o resultado a ser alcançado, que é o de se ter orgasmo, de se ter e manter a ereção, de não ejacular rápido, e outras coisas mais ligadas à performance, homens (princi-palmente) e mulheres acabam se perdendo nas habilidades do cuidado, da entrega, da gratuidade que são essenciais ao amor. Querer ser carinhoso, associado a boa dose de criativi-dade, já traduziriam o que é fazer amor.

Há muito tempo, sabemos que a mulher deseja que o exercício da sexualidade não esteja focado apenas no ato sexual, no encontro de genitais. As mulheres esperam que os homens entendam que quando elas querem carinho isso não implica, necessariamente, em ter que fazer sexo. Quan-do este acontece à noite na cama, já teve início ao amanhe-cer, no dia-a-dia, e em todos os momentos em que o encon-tro do casal inspirou carinho, cumplicidade e sensualidade. Para o universo feminino o antes (preliminares) e o depois (pós-relação sexual) são tão importantes quanto o durante (a própria relação sexual).

E isso foi observado por meio de uma enquete realiza-da recentemente pela Associação S.A.B.E.R. – Saúde, Amor, Bem-Estar e Responsabilidade –, que mostra o quanto as preliminares são significativas, a ponto da quase totalidade das pessoas que responderam acreditarem na capacidade de melhorar a qualidade do relacionamento sexual do casal. Diante da pergunta: Em sua experiência pessoal, investir tem-po nas preliminares melhora a qualidade do relacionamento sexual do casal?, responderam afirmativamente 97,78%, e apenas 2,22% disseram não.

É bom dizer que o desejo sexual das mulheres, não rara-mente, nasce exatamente das carícias vividas nas prelimina-res. Para se excitarem, elas (e eles também) precisam de ca-rinhos e toques. Nada de rotina nesse jogo (carícias sempre iguais), aí vale muito a criatividade.

Não basta só estar juntos, é preciso disponibilidade inter-na (intimidade) para que o casal desfrute das preliminares. A intimidade pressupõe contato físico, diálogo, troca. Com certeza, isso é impossível quando um dos pares apresenta algum problema sexual, como por exemplo bloqueio do or-gasmo na mulher (focada no gozo, ela não percebe e sente as carícias), ou o homem que tem uma dificuldade na ereção ou disfunção erétil (DE).

Gostaria de detalhar um pouco mais sobre relacionamentos nos quais o homem tem DE- dificuldade de ter e/ou manter

ereções, tendo relações sexuais insatisfatórias. Problema relati-vamente comum em homens de 40 anos ou mais, a presença da DE faz com que ele encurte o tempo das preliminares para não correr riscos de não conseguir uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória. Parece que a grande maioria, antes de se relacionar com a mulher, se relaciona primeiro com seu pênis. Caso não responda com boa ereção, não há possibi-lidades de entrar em contato com sua parceira. Portanto, é fun-damental, diante da DE, que ele tenha resolvido esse problema, para o qual felizmente, nos dias atuais, existem recursos, desde que se vá ao urologista. Frente à opção do tratamento com drogas orais (Viagra, Cialis, Levitra, Vivanza, Helleva), não há dúvidas que o Cialis - permitindo maior tempo de ação no or-ganismo (atua por até 36 horas) - possibilita ao homem investir mais na paquera, namoro, carícias e preliminares, dando-lhe mais segurança e prazer aos dois. Quem sabe tendo resolvi-do sua “comunicação” com a ereção, ele entre mais inteiro no contato com a sua mulher, se entregue mais, e aí sim comece a “fazer amor’.

Gerson LopesMédico, com atuação em sexologia, coordenador do departamento de Medicina Sexual do Hospital Mater Dei/BH/MG e do projeto “Sexualidade com Qualidade, da Associação Saber (www.ongsaber.org.br – 0800.7744.525).

Gerson Lopes

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O Ano da França no Brasil, celebrado de 21 de abril a 15 de novembro de 2009, proporcionará aos

brasileiros de todas as regiões do País a oportunidade de descobrir a França atual, por meio de espetáculos, shows, exposições, palestras e debates nas mais variadas áreas. O Ano tem sobretudo o objetivo de fortalecer os laços entre os dois países, privilegiando os projetos nascidos de uma parceria entre franceses e brasileiros, que serão levados a criar, pensar e trabalhar juntos.

Em retribuição ao Ano do Brasil na França, em 2005, quando a cultura e a arte brasileiras foram recebidas ca-lorosamente pelos franceses, o Ano da França no Brasil pretende mostrar ao brasileiro as várias facetas de um país que, sem abrir mão da sua forte identidade cultural, se transforma e se reinventa: uma França moderna, di-versa e aberta.

Segundo o embaixador Yves Saint-Geours, presidente do Comissariado Francês, o Brasil e a França são par-ceiros estratégicos. “Um capital de simpatia, admirações e influências cruzadas constitui a base das relações en-tre os dois países. O Ano deve ser uma oportunidade para refletir o mundo tal qual ele é, unindo a ciência e a inovação tecnológica, a cultura com o mercado, o saber com a decisão política. Trata-se também de uma condi-ção para que, terminado o Ano, realizações duradouras, fundadas no diálogo permanente entre as sociedades, possam permanecer.”

Estão previstos ainda 160 exposições de artes plásti-cas, de arquitetura, históricas, temáticas, fotografia, artes urbanas, design e moda; 100 shows e concertos de mu-sica clássica e popular; 80 espetáculos de dança, teatro de rua, circo e teatro, 60 mostras de cinema e projetos audiovisuais, 40 eventos de literatura.

França verde-amarela

Saiba mais:http://anodafrancanobrasil.cultura.gov.br

Especial

Acima, espetáculo do Grupo F. Ao lado, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, ao lado de Lula: sintonia política

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Estão previstos ainda 160 exposições de ar-tes plásticas, de arquitetura, históricas, temáticas, fotografia, artes urbanas, design e moda; 100 shows e concertos de musica clássica e popular; 80 espetáculos de dança, teatro de rua, circo e teatro, 60 mostras de cinema e projetos audiovi-suais, 40 eventos de literatura.

A abertura está marcada para 21 de abril, com um espetáculo circense na cidade do Rio de Ja-neiro e uma homenagem à França na festa da Inconfidência Mineira, em Ouro Preto (MG). Du-rante o ano, na Pinacoteca de São Paulo, haverá uma exposição com obras do pintor, desenhista e escultor Henri Matisse. Já no Masp (Museu de Arte de São Paulo) serão expostos trabalhos do pintor e gravurista Marc Chagall. Personalidades francesas como os músicos Artur H e Camille, a artista multimídia Sophie Calle, o escritor Muriel Barbery e o sociólogo e filósofo Edgar Morin de-vem vir ao Brasil, que também receberá grupos de teatro de rua, mostras de cinema e fotografia e concertos eruditos.

O teatro de rua, de forte tradição na França, será um dos destaques da programação. O grupo Carabosse abre a Virada Cultural em São Paulo, no dia 1º de maio, com o espetáculo Installation de Feu, que espalhará pelo Parque da Luz esculturas

O Quarto Vermelho (1908), de Matisse, que será mostrado na exposição na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Espetáculo Tricoté Cie Kafig.

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flamejantes feitas com mais de 2 000 tochas. Em julho, no centro, a trupe Transe Express encena o espetáculo Os Reis Preguiçosos, sobre a monarquia francesa. Em novembro, o Teatro Alfa recebe o balé Branca de Neve, da companhia de dança Antonin Preljocaj, com música de Mahler e figu-rinos de Jean Paul Gaultier.

“A França, entre todas as suas contribuições ao mun-do ocidental, instaurou as bases da modernidade ao criar leis constitucionais revolucionárias, sistemas públicos de ensino e de conhecimento e limites novos que fariam da igualdade um direito civil a ser promovido e assegurado pelo Estado”, destaca Danilo Santos de Miranda, presiden-te do Comissariado Brasileiro.

À esquerda, Satélite Intespace. Acima, espetáculo de rua da Cia. Transe Express.

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Destaques da programação:

� Abril27 de abril – Exposição “A Língua Francesa no Brasil” no Museu da Língua Portuguesa, São Paulo; 28 de abril – Exposição de Jean Antoine Houdon, es-cultor do século XVIII, no Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro.

� Maio15 de maio – Abertura do Festival Mundial do Circo – França convidada especial, Belo Horizonte; Seminário bilateral – 30 anos dos acordos de coope-ração universitária franco-brasileira Capes Cofecub, Salvador; Salão do livro de paris.

� JunhoStation Brésil – Série de shows de música popular com artistas franceses e brasileiros em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e São Luís; “Paixão Francesa”, homenagem especial à França na São Paulo Fashion Week.

� JulhoFrança convidada especial na Festa Internacional do Livro de Paraty (FLIP); Reunião da rede mundial dos Institutos Pasteur, Rio de Janeiro. Dia 14 – Comemorações da data nacional francesa em diversas cidades do País.

� AgostoCriação de uma escola franco-brasileira temporária

de artes, Porto Alegre; Espetáculo de teatro de rua “Os Reis Nômades” no Nordeste.

� SetembroDia 7 – Visita Oficial do Presidente Sarkozy ao Brasil. Desfile de um batalhão militar francês, apresentação da Patrouille de France; Espetáculo de iluminação dos prédios históricos da cidade pelo Estudio Orta, grande show de música, Brasília; Dia 8 – França convidada especial da festa de aniver-sário da cidade: grande show de música francesa, africana e caribenha, São Luís do Maranhão; Exposição de Matisse na Pinacoteca do Estado de São Paulo; Brésil des Brésiliens: colóquios e shows dedicados a culturas indígenas da fronteira franco-brasileira, Oiapoque, Macapá e Caiena.

� OutubroFrança, convidada especial da Feira do Livro, Porto Alegre; Fórum franco-brasileiro de formação de engenheiros BRAFITEC, São Paulo; Balé de Marseille.

� NovembroDia 13 – Inauguração do Centro de Música Negra, com edição especial do festival francês “Musiques Métisses”, Salvador; Dia 15 – Encerramento do Ano; Grande show de música, São Paulo.

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Emmanuel Bassoleil

Luigi Barrichelli e Ricardo Almeida

Desfile Ricardo Almeida

Lucas Lima e Sandy

Cris Barros Stefano Hawilla e Isabella Fiorentino Cris Arcangeli e

Gabriela Duarte

Adriane Galisteu e Alexandre Iodice

Reinaldo Lourenço e Gloria Coelho

Festa Cris Arcangeliby Luciana Prezia

Lancamento Official – Floripa

by Marcelo Schmoeller

Thai, Lise e Davis Genuino

Paty Iris

Lançamento Mix Urbano – Floripa

Eric Lovey, Mauro Nomura e Alexandre Birman

by Fernando Willadino

Estação by Syomara [email protected]

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Daniela Zurita e Eduardo Guedes

Solistas Ekaterina Krysanova e Andrey Bolotin

Bolshoi no Ibirapuera

Marina de Sabrit

Osklen Floripa

Lancamento Monsoon Kids

Fernanda Barbosa Nani, Vera e Ana Carolina

Jaqueline e Natalia DelabonaFesta Marc Jacobs Lançamento Blog

www.blog.francinimartins.com.brpor Verena Smit

Em SP, Vito Mariella e Paula Martins e Vanessa Rozan e Chris Francini

Tipiti Simonsen Barros e Roberta Rossetto

Yael Steiner

Oskar e Tina Bauer

Ana Andrade, Renee Gonçalves e Marina

Schondermark

Carolina Ferraz

Fause Haten

Marc Jacobs

por Marcelo Schmoeller

80 SE FOR DIRIGIR, NÃO BEBA.

Rev. Estacao Aeroporto_21x28_Petra Schwarzbier.pdf 2/11/09 5:39:53 PM

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CrônicaBrasileirices Raul Caldas Filho

1. Levar vantagemAsseguram alguns maledicentes que a única lei que

vigora em toda a sua plenitude no Brasil é a Lei de Ger-son. O famoso “levar vantagem.” Quem fica mais furio-so do que um leão enjaulado ao ouvir isto é o próprio Gerson, por razões óbvias. Aliás, o grande jogador da seleção brasileira de futebol de 1970 entrou nessa his-tória meio de gaiato. Foi através da propaganda na TV dos cigarros Vila Rica que o “levar vantagem” virou uma instituição nacional. Mas outros nomes célebres, como Jô Soares e Lima Duarte, ao exaltar a citada marca - sendo bem pagos para isso - também apregoaram que o “ne-gócio é levar vantagem.” Só que Gerson acrescentou ao adágio um certo tom de malandragem carioca, que o associou indissoluvelmente a tal princípio.

Exageros à parte, o fato é Lei de Gerson pegou no país com a força de uma epidemia. Façanha que os nossos códigos jurídicos ultrapassados e uma infinidade de constituições ainda não conseguiram. E encontrou-a esperando, de braços abertos e chapéu palheta, o seu ilustre antepassado, o “jeitinho brasileiro”, cujas origens remontam aos tempos imperiais. Apesar da diferença de gerações, os dois entenderam-se como velhos ami-gos. Não é por outro motivo que quando alguém diz que “deu um jeitinho”, já levou alguma vantagem.

Existem outros componentes da família, como o “dei-xa comigo”, o “deixa-que-eu-resolvo”, o “troca-troca”, o “toma-lá-dá-cá”, o “é dando-que-se recebe” e o “sabe-com-quem está falando?”, todos unidos em prol da mes-ma causa.

A corte brasiliense, aliás, vem oferecendo, à maneira de um vistoso espetáculo circense, os mais sensacionais quadros na arte de se “levar vantagem.” Tem de tudo, para todos os gostos multipartidários: corrida fisiológica, barganhas alucinantes, loteamento de cargos, leilões em funções comissionadas, aliciamentos inesquecíveis, ma-landragem de bastidores, mensalões e mensalinhos, a recente farra das passsagens aéreas e as mais diversas modalidades de malabarismo político (que o digam os sarneys, os renans e os collors da vida).

A questão é saber qual a vantagem que o povo leva de tudo isso.

2. O Atroz Cotidiano “Aventuras do Cotidiano”. Era sob esse título geral que

Fernando Sabino escrevia todas as semanas uma crôni-

ca na revista Manchete, no início dos anos 1950. Leitor ainda juvenil, impregnado até a medula pelas peripécias dos Flashs Gordons e Mandrakes, imaginava eu ser o tal “Cotidiano” o personagem principal das histórias in-ventadas pelo cronista. Depois acabei descobrindo que cotidiano nada mais é do que o nosso tão conhecido “dia-a-dia”. Isso também quer dizer que se trata de uma entidade chata e maçante pela sua própria natureza. E as suas peripécias nada tem de aventurescas.

Em pleno século 21 o cotidiano continua se esme-rando para fazer jus às suas qualificações. E, como um competente executivo, tem obtido excelentes resultados na arte de atormentar a vida do tão sofrido homem co-mum. Se os nossos antepassados, para sobreviver, en-frentavam a fúria dos animais salvagens, o cidadão (e a cidadã) de hoje acorda-se, veste-se e sai às ruas para enfrentar inimigos bem menos excitantes: ônibus super-lotados, congestionamento de trânsito, mau humor em repartições públicas, chás de cadeira, horários rígidos, xaropices burocráticas e filas de todas as categorias e matizes.

Aliás, dois componentes indissociáveis do cotidiano atual são:

a) A emprerrante burocracia que atrasa, tortura e ain-da comanda, com mão de ferro, a vida brasileira (e isso já faz um bocado de tempo!). Quanto mais entraves, dificuldade, carimbos, assinaturas, autorizações, firmas reconhecidas, certidões, etc. e tal, melhor... para apa-recer alguém e “dar um jeitinho” (e, quem sabe, “levar algum”). Não é por outro motivo que a burocracia é a mãe da corrupção. O problema é saber quem é o pai.

b) A fila. A entediante e neurotizante fila. Ela está em todos os lugares e dissemina-se como uma praga. Mas a mais irritante é, sem dúvida, a bancária. Entrar numa fila de banco é tão terrível quanto o leito de pregos de um asceta hindu, não sendo o próprio.

É por essas (e muitas outras) que a “aventura do coti-diano” está cada vez mais inglória e atroz.

A propósito: atroz também quer dizer impiedoso, de-sumano.

RAUL CALDAS FILHOJornalista, cronista e ficcionista.www.raulcaldasfilho.com.brcontato@raulcaldasfilho.com.br

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Concessão André Breton

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ção

“Nem dinâmica nem estática, vejo a beleza como te vi. Como vi o que te concedia a mim. Na hora dita e por um tempo dito, que espero e creio com toda minha alma voltarão a redizer-se. Ela é como um trem que resfolga sem cessar na estação de Lyon e que sei não vai partir jamais, que nunca partiu.”

Trecho de Nadja, de André Breton (1896-1966), escritor francês

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Catherine Deneuve na estação de Lyon.Propaganda da Louis Vuitton

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