revista engenho de gastronomia ed#3

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ENGENHO cozinhas em PErnambuco Um brinde #3 DEZ 2004 A GRANDE MESA R$6,50 A GRANDE MESA DA VINCI Grande Arte na Cozinha CRUZEIROS A rota dos banquetes em alto-mar LEVE O fim de ano que não engorda CEIA Mais de 20 receitas CRUZEIROS A rota dos banquetes em alto-mar DA VINCI Grande Arte na Cozinha CEIA Mais de 20 receitas LEVE O fim de ano que não engorda

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Terceira edição da Revista Engenho de Gastronomia - Dez/2004

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ENGENHO

cozin

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Um brinde

#3 DEZ 2004

A GRANDE MESA

R$6,50

A GRANDE MESA

DA VINCIGrande Arte na

Cozinha

CRUZEIROSA rota dos banquetes

em alto-mar

LEVEO fim de ano

que não engorda

CEIAMais de 20 receitas

CRUZEIROSA rota dos banquetes

em alto-mar

DA VINCIGrande Arte na

Cozinha

CEIAMais de 20 receitas

LEVEO fim de ano

que não engorda

Diretora Executiva

Daniella Gouveia

Diretor Comercial

Leo Barbosa

Editor

Bruno Albertim

Jornalista

Bruna Cabral

Projeto Gráfico e Diagramação

Geovana Vieira

Editor de fotografia

Sérgio Lobo

Publicidade

(81)3074-0562

Impressão

Gráfica Santa Marta

Endereço comercial

e cartas ao editor:

R. do Príncipe, 658

Boa Vista Recife - PE

CEP 50050-410

A Revista Engenho é uma

publicação bimestral. Tiragem

15.000 exemplares. Distri-

buição dirigida. Os textos e

artigos assinados não refletem

necessariamente a opinião da

Engenho. Proibida a reprodução

sem autorização.

E-mail:

[email protected]

exped i e n t eComER é RituAL Pode-se ir à mesa com sentimento cristão ou realizar o que antro-pólogos e sociólogos chamam de “ato social vazio”, sem qualquer refle-xão. mas as festas de final de ano fazem de dezembro um mês da mesa. Da grande mesa, que deve acolher a todos. Com preparos para a cole-tividade. Nesta edição, Engenho discute a cultura gastronômica natalina e de Revéillon e traz um grande editorial com mais de duas dezenas de preparos es peciais. é para satisfazer a todos. Estreando em nossas páginas, o mestre Fernando menezes nos lembra que Da Vinci, para alguns o homem mais inteligente da história, dizia que a grande arte está nas panelas. Fabiana moraes fala do hábito de os canadenses comerem um de seus maiores sím-bolos nacionais. Como não poderia deixar de ser, José Luiz Spencer fala do vinho-símbolo da tempo-rada: o espumante, em sua várias versões. Na próxima edição, em fevereiro, Engenho aproveita o Carnaval, maior festa de rua do País, e passeia com muito prazer pela gastronomia po-pular. uma investigação fala da herança africana na culinária que serve, ao mesmo tempo, homens e divindades. o tempero do samba entra em pauta. Numa entrevista exclusiva, Paulinho da Viola fala dos croquetes de Clementina de Jesus e de outras cozinheiras de mão cheia que alimentaram e ali-mentam a batucada, mostrando que “não há samba sem comida. Aproveitem esta edição. E aguardem a pró-xima. Que traz outra boa notícia: Engenho - Co-zinhas em Pernambuco, presente nas melhores li-vrarias e bancas do ramo, já pode chegar em sua casa através do sistema de assinaturas. Sentem à mesa conosco. Será um prazer. Que o ano novo seja, sem meias palavras, delicioso.

Bruno Albertim, editor

e d i t o r i a l

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ENGENHO #03 - 3

ca r d a’ p i oENGENHO 03 . DEZEMBRO DE 2004

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geladeira. . . 0 8CARLoS AuGuSto LiRA miStuRA tuDo NA PANELA

entrada . . . 1 1FiSPAL oCoRRE Em NoVEmBRo

pa’ g ina de Baco . . . 1 4ViNhoS BRANCoS PARA o CALoR

prato principal . . . 1 8A hoRA E A VEz DoS PESCADoS

por`c a o extra. . . 3 4

umA CELEBRiDADE PRAiEiRA, o CARANGuEJo

mais uma por`c a o . . . 3 8

o AVEStRuz ChEGA PARA FiCAR

mercado...4 1ViNhoS, oBJEtoS, RECEitAS E ENDEREçoS

da vovo’ . . . 4 4LiCoRES DE FAmíLiA

digestivo. . . 4 7SEGREDoS Do Chá

cozinhas do Mundo. . . 4 9o REStAuRANtE mAiS ANtiGo Do GLoBo

na mesa... 5 0GENtE E mAiS GENtE

cozinhas do Eixo. . . 5 2umA São PAuLo itALiANA

cozinha light. . . 5 4FRutAS E FoLhAS

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PERNiL de Porco à La Façom Paul Bocuss ..19tENDER ao molho de Abacaxi ...................21PERu ao molho Chutney de manga ............22PERu de Natal ............................................22BoDE Guisado ............................................24Salada de BACALhAu com Grão-de-bico e Batatas .........................................................25FARoFA de miúdos de Peru .......................26FARoFA de Bolachas ...................................26Purê de mAçã Vermelha ............................28ARRoz com Especiarias e Amêndoas.........28Salada de LENtiLhA ...................................29RABANADAS ..............................................30Gateau de NozES ......................................31

SEmiFREDo de Chocolate .........................31ChEESE CAKE de Brownie da Sorte ..........32Bolo de REiS ................................................32ChARLottE Natalina ................................33PANEtoNE tradicional ..............................34Pão Doce iNtEGRAL ..................................36Rosca de Natal .............................................36Bolo GALLuP ..............................................37FioS de ovos ..............................................45GELéiA de Pimenta .....................................56LomBo de Porco ao molho de mel de Engenho .......................................................57Filé de SALmão com Crosta de Castanha de Caju .........................................58

’INDICE DE RECEITAS:

ENGENHO #03 - 4

especial engenho. . . 5 6FRutAS E FoLhAS

refogado.. . 6 0GENtE QuE PENSA ComiDA

endere`c o s com sabor...6 1 47

56

ENGENHO #03 - 5

g e l a d e i r a

Olhando ninguém diz, mas Aramis trin-dade é um bom de garfo. Com grande inclinação para a comédia, o ator diz

que diversão para ele é comer. E faz isso o dia inteiro. “Não sou de exagerar. Em vez de jogar uma âncora no > estômago, passo o dia inteiro beliscando”. Pelo menos uma vez a cada três horas. “Sou magro de bom!”, brinca. mas a inspiração de Aramis para cozinhar não é tão grande quanto o apetite. Pelo contrário, só dura um turno. “Arraso no café da manhã. Faço como ninguém sucos, sanduíches e ovos fritos por exatos três minutos sem estourar a gema.” E só! “Na minha geladeira, só tem iogurte, queijos e frutas. tenho que tomar pelo menos uma suqui-nho durante o dia. Se não for de manhã, à noite com certeza.” Desde que foi morar no Rio de Ja-neiro, há três anos, acabou se especializando na composição de várias misturas, ou como ele diz, ‘vitaminas’. A receita predileta do momento é a 3 em 1: “laranja, beterraba e cenoura.” À frente do liquidificador, diz, música não pode faltar. “Sem-pre boto um forrozinho”. Na hora do almoço, no entanto, o silên-cio na cozinha é sepulcral. Aramis sai de cena - o forró e o liquidificador também. o papel prin-

cipal é delegado ao telefone. “é a ele que recorro se que-ro garantir uma boa refeição para amigos”, brin-ca. mas comer, ele come de tudo. A lista dos pra-tos prediletos é tão grande, que ele prefere dizer do que não gosta: “fígado, pimentão e buchada.” o resto, diz, é muito bem-vindo. E quanto mais simples for o prato, melhor. “o que gosto mes-mo é de feijão, arroz, farinha e bife.” também se derrete todo pelas delícias da terrinha, como cabidela, sarapatel, queijo coalho, carne de sol e principalmente bolo-de-rolo. “Afe maria, é bom demais!”, diz, derrapando um bocadinho no ca-rioquês. E remenda: “me faz recuperar o sota-que.” Quando isso acontece, diz, é hora de ir à Feira de São Cristóvão, na zona Norte do Rio de Janeiro, onde Aramis se abastece de todos os qui-tutes nordestinos a que tem direito. Para Aramis, não tem iguaria francesa que se compare “àquele bolo-de-rolo molhadinho e

CANjiCA, muNGuzá E

PAmoNhABom de garfo, o novo intérprete

do Visconde de Sabugosa, Aramis Trindade, sente falta da culinária

pernambucana à base de milho

Por Bruna Cabral Fotos: Sérgio Lobo

MAGRO DE BOM Com inclinação para comédia,

Aramis diz que diversão mesmo é comer

ENGENHO #03 - 6

já foram iniciadas e os episódios começam a ser exibidos em janei-ro. “Fazer o Visconde está sendo muito gos-toso”, diz. o adjetivo não poderia ser mais apropriado, porque milho, para Aramis, sempre foi sinônimo de coisa muito boa. “Adoro tudo que é co-mida de milho. morro de saudade de canji-ca, pamonha, mungu-

zá, aqui tudo é diferente”, diz.”A experiência de morar no Rio tem sido muito boa em todos os sentidos.” A não ser em um: o paladar. mas esse problema, ele vai empurrando com a barriga.

de camadas bem fininhas que só se encontra no Nordeste.” De tão enraizado nos costumes e sabores nordestinos, o ator sempre acaba se envolvendo com projetos que estão de alguma maneira ligados à região. Às vezes por conta do dire-tor ou ainda pela trama ou perso-nagem. Foi assim com o filme Lis-bela e o Prisioneiro, que fez grande sucesso no cinema, e também com A máquina, de João Falcão, e ári-do movie, de Lírio Ferreira, que es-tréiam em março e junho de 2005, respectivamente. o último contrato assinado foi com a Glo-bo, para interpretar o Visconde de Sabugosa, no seriado infantil Sítio do Pica Pau Amarelo, inspi-rado na obra de monteiro Lobato. As gravações e

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ENGENHO #03 - 8

e n t r a d a

Um gênio é um gênio. o senhor Da Vinci era um gênio, e por isso, inventor, pintor, escultor, filósofo, músico e, o que mais gos-

tava de ser, cozinheiro. E mais, maître e organi-zador de banquetes ou de qualquer evento do interesse dos seus amos. E ele teve muitos, um dos mais conhecidos o senhor Ludovico. Na casa do senhor Ludovico, o mestre fez banquetes, in-ventou iguarias e, sobretudo, disciplinou a mesa, quero dizer, estabeleceu procedimentos e de-marcou o que era ou não tolerável fazer e dizer na presença do amo. De uma feita, na véspera do aniversário do seu amo, o mestre inventou o bolo confeitado, uma novidade e tanto. mas, descuidadamente e com o objetivo de secar o confeite, deixou seu doce invento no sereno. Pela madrugada, os pás-saros bicaram o bolo e ainda o sujaram com suas fezes. o bolo obviamente perdeu-se e com ele, o emprego de mestre Leonardo. Como todo gê-nio, Da Vinci não se ligava em pequenezas, tais como cumprir prazos, anunciar e fazer tal qual o prometido. Por exemplo, anunciou aos seus au-xiliares quatro receitas de sopas, mas só descre-veu três. Quando perguntaram pela última, disse simplesmente: “ah, dessa eu me esqueci!”. uma de suas receitas é simples e tão deli-cada quanto a matéria prima de que é feita: mer-

gulhões fritos. Para Da Vinci, esse é o mais sabo-roso dos pássaros de pequena dimensão. E ele ensina: “mergulhe o pássaro, depois de tratado, em seus próprios sucos, passe uma farinha (di-zia-se polme) fina e coloque-o num tacho com banha a ferver. Não mais que um minuto. Ele fica estaladiço e pronto para ser passado no mel e na pimenta”. o mestre também discriminava. Por isso, não dou sua receita de uma empada que ele re-comendava para “pessoas pobres e gente boçal”. Digo apenas que a empada se fazia com cabeça de cabra! Ele gostava de servir sopa de caracóis: “24 conchas que devem ser limpas dos desperdí-cios e levadas a ferver por três horas, juntamente com uma alface, cebolas, meia cachola de vitela,

Não liMpEM A FACA NA

toALhA DA mESA!Autor do quadro mais famoso do mundo, Da Vinci tinha na

cozinha sua paixão. O criador da Mona Lisa era cozinheiro e

adorava regras para as refeições

Por Fernando Menezes

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ENGENHO #03 - 9

um pouco de flor de salsa e alho”. Depois, era sorvê-la alternan-do com vinho, naturalmente. mestre Leonardo re-comendava que convida-dos podiam ficar à mesa com seu amo. E dessa honraria excluía os que sofressem de doenças re-pugnantes, aquelas que co-brem os afetados de chagas e feridas abertas (a menos que fossem filhos de papas ou altos cardeais). Alguns podiam ficar à mesa principal, mas longe do amo e, neste grupo, o mestre incluía os afetados por soluços, os que fungam constantemente e os afligidos por espas-mos. Eram bem aceitos os anões, os coxos e os corcundas, que no entanto deviam sentar-se lon-

ge do amo, a menos que fossem filhos de papas e altos cardeais.

Da Vinci recomendava também que ninguém de-

veria tirar comida do pra-to do vizinho sem prévio consentimento. E mais: não se deveria apalpar as serviçais e nem limpar a faca na toalha da mesa; e

quando tivessem vontade de vomitar ou de urinar, de-

veriam sair da mesa. No que ti-nha o mestre completa razão.

Quando não estava dedicado aos afazeres de maître e cozinheiro, mestre Le-onardo Da Vinci se dedicava a criar obras primas mais duradouras, a mona Lisa entre elas. No que agradecemos penhoradamente, cinco séculos depois. e

iLuStRAção DE ENGENho Em PROPORÇÕES DO HOMEM SEGUNDO VITRUVIUS, DE LEoNARDo DA ViNCi.

ENGENHO #03 - 10

ENGENHO #03 - 11

p a’ g i n a d e B a c o

A França produz os clássicos. Mas há bons espumantes em todo o mundo

Por José Luís Spencer* Fotos: Sérgio Lobo

* José Luiz Spencer é enólogo, empresário do setor de vinhos

e membro da Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho.

FotoS: SéRGio LoBo

BEBENDo EStRElAS

“Vejam! Estou bebendo estrelas”, teria dito, em referência ao pélage (bolhinhas), o frade beneditino Dom Perignon, a quem se atribui

a criação do champanhe. Ele teria feito o corte e mistura das cepas pinot noir, pinot maunier e chardonnay, dos quais obrigatoriamente a bebida tem que ser composta. A presença dessas uvas tem seus motivos: a pinot noir dá corpo e perso-nalidade à bedida; a pinot mau-nier, a robustez, e a chardon-nay, elegância e aroma. As uvas são colhidas separadamente. A prensa tra-balha de modo delicado para que o mosto não fique escu-ro, uma vez que a pinot noir e a pinot maunier são uvas tintas. Depois desse proces-so, segue-se a gaseificação na garrafa, retiram-se as leve-duras e classifica-se o cham-pahe, entre brut, extra-dry e demi-séc, de acordo com seus níveis de açúcar. As ‘não milesime’ são champanhe comum, sem indi-cação e safra, correspondente a 80% do total fabricado. os ‘milesi-me’ são a bebida produzida com vi-nhos de uma só colheita e safra espe-

cial. Couvées Prestige, elaborado com os melhores vinhos datados; o Cristal Roederer pode ter sido o pioneiro. o rosé é feito com adição de vinhos tin-tos.

Embora o direito de uso do nome seja ex-clusivo da região francesa de Champag-ne, alguns países empregam o termo apenas como indicativo do processo clássico de produção, marcado pela fer-mentação na própria garrafa. Virtudes especiais dessa região vinícola do norte da França dão a esse vinho seu caráter único. os espumantes produzidos em outras regiões da França são denomi-nados de vin mousseux. Na Espanha, os espumantes são chamamos de cava, principalmente na Catalunha, onde o clima quente produz espu-mantes frescos e bem equilibrados, embora pouco aromáticos. o termo cava limita-se ao método champenoi-se, o mesmo do champanhe. outro espumante aceito no mun-do é o prosecco elaborado com uva

do mesmo nome, um espumante local de Veneza, e sua forma superior (Carti-

zze de Valdobbiadene) constitui um dos melhores vinhos da itália. Ninguém pode

acusá-lo de pretender imitar os franceses, mas bebe-se como se fosse um champanhe

nobre.

ENGENHO #03 - 12

outro espumante consagrado no mundo é o Asti, hoje elaborado no Brasil com a uva mos-catel, um espumante natural com excelentes ca-racterísticas para ser servido com frutas e acom-panhar sobremesas. os espumantes moscatéis apresentam um mode-rado teor alcoólico, são aromáticos e de agra-dável doçura balancea-da com a acidez natural das uvas. As condições climáticas do Vale do São Francisco, em Pernambuco, favorecem a produção de acidez da uva, tornando-o delicado, rico e per-sistente, comparável até com o mito do Piemonte Asti-Espumante.

BORBuLhAS Dois métodos clássicos são

usados para obter espumantes, batizados

com nomes específicos em cada região produtora

e

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ENGENHO #03 - 15

p r a t o p r i n c i p a l

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iNGREDiENtES• Pernil de porco de cerca de 2,5 kg• 1 litro de vinho do porto branco• 200 ml de mel de abelha• 100 ml de vinagre balsâmico• 50 g de cravo• 50 g de canela em pau• 20 g de gengibre• 100 ml de shoyu• 5 g de páprica picante• sal e pimenta-do-reino branca

PREPAROColoque todos os ingredientes em uma panela, misture bem. Depois, adicione o pernil de porco e deixe marinar por uma noite. Coloque o pernil em uma bandeja e leve ao forno em temperatura média de 180º, coberto por papel alumínio. Em outra panela, coloque o caldo marinado para reduzir até caramelizar. Sirva sobre o pernil. Pode acompanhar pêras no açafrão e farofa de damasco e amêndoas torradas.

Por Philippe Idrissi, chef da rede Camarão & Cia

ENGENHO #03 - 16

Por Bruno Albertim e Bruna Cabral Fotos: Sérgio Lobo

P A R A t o D o SFarta, generosa, opulenta até. Assim é a mesa de dezembro

A fast food - com hambúrgueres, pizzas em retalho, nuggets e refrigerantes padroni-zando paladares em escala global, ainda

que sob a enxurrada de críticas apontando essas guloseimas como objetos de destruição de culi-nárias tradicionais e de várias artérias - não foi o único legado alimentar dos americanos para o mundo. o peru, prato mais clássico servido no Natal, foi largamente popularizado pelos Estados unidos. No Brasil, ele é, inegavelmente, a estre-la da temporada. Como dizia Caetano Veloso, numa controversa canção do começo da década passada: “os americanos são responsáveis por grande parte da alegria do mundo”. originário do méxico, onde alimentava mesas privilegiadas do império Asteca, foi em território yankee que o peru ganhou notoriedade para protagonizar a mesa de datas especiais. No dia de Ação de Graças norte-americano, pratica-mente todos os estoques da ave se esgotam no país. Na Europa, ele começou sua trajetória gas-tronômica pela inglaterra. uma hipótese diz que mercadores turcos a levaram de Sevilha para a terra dos Beatles e da Rainha. Daí o nome da ave em inglês: turkey. Mas não deixa de ser curioso o fato de que o peru entrou nas mesas européias pelo país que colonizou os Estados unidos, onde

a ave deu o start de sua carreira. “Nossa mesa de Natal é marcada por vá-rias influências externas, que se deram nos vá-rios momentos de colonização”, diz a antropó-loga Danielle Rocha Pitta. importada, adquirida, enraizada, naturalizada, não importa. A mesa na-talina e de virada de ano, celebrativa por natu-reza, é grande oportunidade para os pratos de comunhão. ou seja, de receitas fartas, genero-sas, opulentas até. Por isso, não faltam receitas com o onipresente peru, ave que acumula quilos em seu corpo; presuntos suculentos; tender ou pernil. todos unidos por uma característica. Aco-lhedoras e fartas, as receitas servem para reunir e alimentar a família e amigos. Nesta edição, as receitas clássicas relacionadas ao tema, além de inovações bem-vindas, são alvo de um editorial gastronômico de Engenho. Apesar da comemoração do nascimento de Jesus, figura central na cultura cristã, as re-ceitas de Natal são construções humanas, sem fundamento em textos religiosos. “A culinária de Natal é cultural, não possui respaldo ou funda-mento religioso”, confirma o frade Aluísio Fra-goso, superior da ordem de São Francisco no Nordeste. “o Dia 25 de dezembro é uma con-venção, não se sabe exatamente o dia do nasci-

p r a t o p r i n c i p a l

mento de Jesus”, lembra o religioso. Assim, a mesa natalina no Brasil se desenvolveu por incor-poração de hábitos trazidos pelos coloni-zadores. “o Natal era festejado muito for-temente na Europa, numa época de muito frio. importamos tradições natalinas que não têm muito a ver com nosso clima e nossa cultura, os pinheiros, a neve. isso ocorreu gastronomicamente também”, constata o frade. mas não é nada recente a idéia de associar alimentos a celebrações como o Natal ou a virada de ano. “o há-bito de atribuir simbologias aos alimentos se perde no tempo. Desde os primórdios e com o advento da linguagem o povo já fazia suas superstições”, diz a antropóloga Rúbia Lossio, diretora do Centro de Es-tudos Folclóricos mário Souto maior, da Fundação Joaquim Nabuco. Em todo mundo, os sabores do Natal diferem. Na França, come-se pato, fois gras, ostras e até carnes de caça. Em Portugal, embora o peru possa ser item na mesa de almoço natalino, a noite é re-servada para, como não poderia deixar de ser, uma bacalhoada. Com batatas, couve e ovos umedecidos por azeite. Não por acaso, o bacalhau também se faz presente em algumas mesas brasileiras de dezem-bro. outra tradição portuguesa que se na-turalizou brasileira é a rabanada, também conhecida no Nordeste como fatia-parida. Na itália, normalmente se come frango com cappelletti in brodo, além de sopa de castanha e funghi. Às vezes, o peru apare-ce recheado com castanhas. Símbolo de um novo ciclo da vida, o Ano Novo é terreno fértil para supers-tições que se cristalizaram na fé popular.

PREPARORetire o tender da embalagem e acomode-o numa assadeira. Faça riscos em forma de losangos em sua superfície, espetando um cravo em cada cruzamen-to. Junte a margarina com o açúcar e a mostarda e misture até formar uma pasta. Com ela, besun-te toda a superfície do tender. Regue com o suco de abacaxi, cubra a assadeira com papel alumínio e leve ao forno médio, já aquecido, por cerca de 2 horas. Retire o papel e deixe dourar no forno por mais 40 minutos, regando por 2 a 3 vezes com o caldo da assadeira. Desligue o forno e passe o ten-der para uma bandeja e cubra-o com um pouco do molho do cozimento. Decore a bandeja do tender com maçãs verdes, cachos de uvas rubi, compo-tas de abacaxi, cerejas marrasquino e fios de ovos.

iNGREDiENtES• 1 tender semidesossado de três quilos.

• 2 colheres (sopa) de cravos-da-índia.• 2 colheres (sopa)de margarina

• 3 colheres (sopa) de açúcar mascavo• 1 xícara (chá) de mostarda

• 4 xícaras (chá) de suco de abacaxi.

tENDER Ao moLho DE ABACAXi

Por Jane Suassuna, do Buffet Porto Fino

ENGENHO #03 - 18

uma das mais respeitadas no Brasil proíbe, na virada do calendário, a carne de animais que an-dem ou façam movimentos para trás. Seriam ga-rantia de retrocesso na sorte. Assim, o peru sai de cena e dá lugar ao porco, animal que fuça para frente e sinaliza, portanto, para o futuro. A pre-sença do porco na ceia de Ano Novo, aliás, tem registro ainda na Antiguidade Clássica. Na Gré-cia, eram celebradas festas em homenagem ao deus mercúrio, quando lhe eram oferecidas por-cas prenhes. o antropólogo pernambucano Getúlio César observou a vocação do brasileiro para as crendices típicas do período. “Por mais adianta-do que seja o povo, a superstição o domina. Não poderíamos fugir a esse influxo. tendo em nosso sangue a mistura do sangue negro com as suas idéias fetichistas e de religiosidade doentia, do silvícola supersticioso e do europeu, principal-mente do português que se digladiava pelo seu rei e pela sua fé, só podemos ser supersticiosos e crédulos também.” Além do porco, lentilhas são considera-das ímãs de bom agouro. Pelo menos uma co-lher asseguraria fartura material o ano inteiro. os italianos compartilham conosco da fé no po-der dessas leguminosas. Assim como enxergam na gordura da carne de porco garantia de pros-peridade e abundância. Romãs teriam o poder

iNGREDiENtESPara o peru:1 peru com mais de 20 quilos1 talo de salsão2 galhos de alecrim1 cabeça de alho-porro picada3 dentes de alho300 g de cenoura500 ml de vinho branco500 ml de azeite1 cebola picadasal e pimenta, a gosto

Para o molho chutney:500 g de açúcar50 g de alho50 g de cebola300 ml de vinagre de maçã300 g de manga300 g de marrom glacê ou castanha portuguesa em calda

PREPARO:Para o peru:Bata todos os ingredientes

no liquidificador e coloque a mistura por cima do peru, deixando descansar por 12 horas. Após descansar, asse o peru a uma temperatura de 180° por aproximadamente quatro horas, até que fique dourado.

Para o molho chutney de manga:Corte a manga, o alho e a cebola, coloque tudo em uma panela, acrescente o vinagre de maçã e o açúcar, cozinhando por aproximadamente 40 minutos. Após esfriar, bata tudo no liquidificador, e serva junto ao peru.

MONtAGEM:tire e fatie o peito do peru, coloque as fatias do peito novamente junto à carcaça e pincele com o molho de chutney. Sirva numa bandeja.

pERu Ao moLho ChutNEy DE mANGAPor Levi Maciel e Francisco Abrantes, chefs do restaurante e bufet Blu´nelle

ENGENHO #03 - 19

iNGREDiENtES:• 1 peru grande• 3 dentes de alho macerados com sal

• 3 molhos de cheiro verde• 4 cebolas grandes• 2 folhas de louro• pimenta-do-reino• duas garrafas de vinho branco seco

• 1 garrafa de vinagre branco

PARA O REChEiO:• 150 gramas de presunto picado

• 1/2 caixa de bacon• 150 g aproximadamente de manteiga com sal

• 250 g de ameixa preta• 1/2 quilo de farinha de mandioca

PREPARO:Bata todos os ingredientes

e deixe o peru nesta vinha d’alhos por um dia, na gela-deira. De preferência, use

um pequeno balde, virando o peru várias vezes para que

absorva bem todos os tem-peros. No dia seguinte, tire o peru do molho e deixe secar

um pouco. Cerca de uma hora antes de botar no forno,

passe por dentro e por fora a manteiga. Frite o bacon em fatias até torrar bem. Despe-dace-as e reserve. Corte as

ameixas bem fininhas. Com a farinha, faça uma farofa úmi-da e com bastante manteiga.

Quando estiver quase pronta, misture o presunto, o bacon e as ameixas. misture bem e recheie o peru com a farofa.

use seringas para dar inje-ções de vinha d’alho no peru.

A ave deve assar no forno por cerca de três horas.

PERu DE NAtAlPor Betty de Oliveira, do bufê Bangalô

p r a t o p r i n c i p a l

ENGENHO #03 - 20

de atrair dinheiro. os portugueses também nos ensinaram a acreditar que comer uma quantidade de bagos de uva corresponden-te ao número da sorte de cada um garante prosperidade. os espanhóis, noutro exem-plo, dizem que comer uma uva grande em cada uma das doze badaladas do relógio, na virada, traz um lastro de sorte para o ano in-teiro. Contribuição dos árabes que ocupa-ram a Península ibérica, influenciando a culi-nária portuguesa e desembocando no Brasil, nozes, avelãs e castanhas também figuram como ingredientes que garantem boa sorte. Pela lógica, nosso popular caranguejo está vetado da época. Razão: anda para trás. Já os gregos acreditam que, para quem quer um novo ano generoso em sexo, nada melhor do que comer ostras. os japo-neses gostam de eliminar os rancores com uma sopa à base de arroz, massa e vegetais. os escoceses apostam num bolo de frutas umedecidas em - claro - uísque. Por saber bem que a culinária de Na-tal e Ano Novo se manifesta de várias for-mas pelo mundo, o coordenador do curso de Gastronomia da universo, manoel Au-gusto Alves diz que as influências externas devem ser usadas como contribuição para a construção da ceia, mas chega a defender também a adoção de uma mesa natalina de sotaque notadamente mais nordestino. “Por que não inovamos e fazemos um Natal mais brasileiro, mais nordestino? usar castanhas de caju em vez das castanhas importadas? Pernambuco tem uma produ-ção extraordinária de cordeiro, que pode ser um substituto de grandes qualidades ao pernil tradicional”, defende ele, que, nesta edição, nos ensina a preparar uma receita natalina com o caprino. “Para guarnecer, pode-se usar um gratinado de feijão verde”, conta o especialista, defensor de uma pro-posta um tanto quanto radical aos ouvidos

ENGENHO #03 - 21

BoDE GuiSADoCom FARoFA DE JERimum(06 pessoas)Por Manuel Augusto Alves, coordenador do curso de Gastronomia da Universo

iNGREDiENtES:• 3 kg de carne de bode (costelas, paleta cortada em pedaços e miúdos para a farofa)• ½ kg Cenoura cortada• 1/2 kg de tomate cortado• 1 kg de batata • 1 ramo de alecrim• 1 cebola cortada• Pimentão, coentro, cebolinha, manjericão, azeite, vinagre, manteiga, pimenta-do-reino e sal (a gosto)

PREPARO:Deixe as carnes marinando por seis horas. Coloque os temperos para refogar e, em seguida, adicione as carnes, a batata e a cenoura e água aos poucos, se necessário. Cozinhar até as carnes estarem ma-cias.

Farofa: preparar da maneira tradicional com jeri-mum e os miúdos.

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mais puristas: o uso de bode na ceia de Natal. “Nunca vi uma ceia com carne de bode, é verda-de. mas porque não adotar, se ele permite recei-tas para grandes mesas?”. tradicional ou inovadora, a mesa de de-zembro não pode decepcionar. o público gour-met é grande. E sempre há novas formas de se preparar o peru de sempre.

Por Nilza Damascena, chef do Nouvelle Vague Bistrot

ENGENHO #03 - 22

(Receita de inspiração portuguesa para a Ceia de Natal)

iNGREDiENtES:• 700g de bacalhau do Porto já dessalgado, em lascas • 300g de grão de bico cozido• 400 kg de batatas cozidas em rodelas largas• 2 cebolas grandes picadas• 1 dente de alho amassado• ½ xícara de chá de azeite de oliva de qualidade• 3 colheres de sopa de salsinha picada

SALADA DE BACALhAu Com GRão-DE-BiCo E BAtAtAS PREPARO:

Coloque em uma panela para dourar o azeite, o alho e a cebola. Em seguida, acrescente o bacalhau em lascas, o grão de bico e 1 colher de sopa de salsinha, misture levemente e deixe no fogo por 15 minutos, mexendo de vez em quando. Enquanto isso, em uma frigideira coloque duas colheres de sopa de azeite, as batatas em rodelas e 1 colher de sopa da salsinha picada, e deixe dourar.

Arrumação do PratoForre uma saladeira com as batatas douradas e coloque por cima a mistura de bacalhau com grão-de-bico e cebolas. Salpique com salsinha picada a gosto. Sirva com torradas.

Vinhos Sugeridosum Chardonnay de boa estirpe é a companhia perfeita para este prato. Para os que não gostam de vinho branco, um tinto leve ou de meio corpo, como um tempranillo, um Dão ou um Côtes du Rhône, também propiciam uma boa harmonização.

ENGENHO #03 - 23

Por Levi Maciel e Francisco Abrantes, do Blu´nelle

iNGREDiENtES:2 pacotes de bolacha do tipo Cream Cracker(quebrados em pedacinhos dentro de um pano de prato)200 g de bacon cortados em cubinhos e previamente puxados na manteiga100 g de passas cortadas ao meio100 g de ameixas secas cortadas em pedaços pequenos100 g de azeitonas cortadas em pedacinhos2 cebolas grandes refogadas na manteiga

PREPARO:Junte as bolachas trituradas, o bacon, as passas, a ameixa e a azeitona com a cebola refogada.

FARoFA DE BoLAChAS

Por Levi Maciel e Francisco Abrantes, do bufet e restaurante Blu´nelle

iNGREDiENtES3 cebolas picadas4 dentes de alho picados1 ½ xícara de manteiga500 g de moelas de peru picadas grosseiramente500 g de corações de peru

picados grosseiramente1 pimenta dedo-de-moça picada2 xícaras de farinha de mandioca10 cebolinhas verdes picadas¼ de xícara de salsinha picada4 ovos cozidos picadosSal a gosto

PREPAROEm uma panela, frite a cebola e o

alho na manteiga por quatro minutos. Coloque as moelas, os corações e a pimenta. tampe e cozinhe em fogo baixo, por cerca de uma hora, até os miúdos ficarem macios. mexa de vez em quando e adicione um pouco de água à medida que secar. Acrescente a farinha e mexa até começar a dourar. Junte a cebolinha, a salsinha, os ovos e o sal.

FARoFA DE MiúDoS DE PERu

GuARNiçÕES

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PuRê DE mAçã V E R M E l h A

ARRoZ Com ESPECiARiAS E AmêNDoASPor Jane Suassuna, do Buffet Porto Fino

iNGREDiENtES:• 2 xícaras de arroz

• 2 colheres de sopa de óleo• 4 xícaras de água quente

• 1 maço de folhas de espinafre picadas• 150 g de amêndoas picadas

• 1 cenoura grossa ralada• 1 cebola pequena picada

• ½ talo de aipo sem fibras picado e sal a gosto.

PREPARO:misture todos os ingredientes em um refratário alto. Deixe

semitampado e leve ao microondas por 12 minutos na potência alta. mexa na metade do tempo. Retire a tampa e volte ao microondas por mais 5 minutos na potência média. Deixe descansando alguns minutos

antes de servir. Decore polvilhando com amêndoas trituradas.

Por Levi Maciel e Francisco Abrantes, do Blu´nelle

iNGREDiENtES:• 12 maçãs vermelhas sem casca, cortadas em pedaços• 1 xícara de água• 1 ½ xícara de vinagre• 1 ½ de açúcar

PREPARO:Em uma panela tampada, cozinhe a maçã com a água, em fogo alto, mexendo algumas vezes, até a maçã ficar macia. Retire do fogo e bata no liquidificador. Coloque de novo na panela, junte o vinagre e o açúcar e mexa até o purê ficar com consistência cremosa.

GuARNiçÕES

Opará. Tão gostoso quanto o mar.

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ENGENHO #03 - 25

Opará. Tão gostoso quanto o mar.

iNGREDiENtES:• 3 copos cheios de lentilha• 4 copos d’água• 1 colher de chá de sal• 1 cebola média• 3 cenouras médias• 7 rabanetes médios• 1 pepino grande• 1 pé de alface

Para o molho:• 3 colheres de sopa de shoyu• 2 colheres de limão• 2 colheres de azeite

PREPARO: Cozinhe as lentilhas na água com uma pitada de sal até secar o caldo. Corte a cebola, o pepino e os rabanetes em cubinhos e coloque numa vasilha com uma pitada de sal. Deixe descansar. Corte as cenouras também em cubinhos e refogue rapidamente para ficarem macias. Lave as folhas de alface e deixe de molho em solução de vinagre. Faça o

molho, misturando todos os ingredientes. Esprema um pouco os legumes (menos as cenouras) com as mãos para sair o caldo e misture delicadamente com a lentilha e o molho. Acrescente as cenouras. Depois arrume as folhas na tigela que vai servir a salada e coloque a mistura com as lentilhas por cima. Dicas: utilize preferencialmente verduras e hortaliças orgânicas e, para incrementar o prato, coloque cubinhos de maçã e passas antes de servir.

SALADA DE lENtilhA

Por Hilda Gil

Av. Beira Mar, 79 Gaibu - Cabo de Sto. Agostinho (81)3512-0954

iNGREDiENtES: • 6 pãezinhos amanhecidos cortados em fatias • 1 lata de leite condensado • 1 xícara (chá) de vinho branco • 1 colher (chá) de baunilha • 3 ovos • 1 colher (sopa) de farinha de trigo • óleo para fritar • açúcar o suficiente • canela em pó o suficiente

PREPARO: umedeça as fatias de pão numa mistu-ra de leite condensado, vinho branco e baunilha. Bata as claras em neve, junte as gemas e a farinha e misture bem. Passe o pão nessa mistura, frite em óleo quente e escorra em papel ab-sorvente. Polvilhe com açúcar e canela sobre cada fatia. Servir quente. Se qui-ser um sabor mais tradicional, não use o vinho, substitua-o por leite.

(Domínio público, executadas pelos alunos de Gastronomia da Universo)RABANADAS

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FRANCiSCO GuERRERA

ENGENHO #03 - 27

Por Betty Oliveira, do bufê Bangalô

iNGREDiENtES:• 1 kg de nozes• 12 ovos• 1/2 quilo de açúcar• 2 colheres de sopa de farinha-de-rosca

PREPARO:Bata as claras em neve, junte o açúcar, continue a bater a vá juntando as gemas, uma a uma. Bata muito bem. Por último, jogue as nozes que foram passadas na máquina e misture a farinha-de-rosca. Leve ao forno brando em forma untada. Cubra com um suspiro.

GAtEAu DE NozES

SEmiFREDo DE ChoCoLAtE

Por Francisco Guerrera, da Cantina Via Appia

iNGREDiENtES:200 g de manteiga sem sal1 lata de leite condensado

4 ovos1/2 xícara de chá de chocolate em pó

150 g de uva passa sem semente150 g de nozes picadas

nozes inteiras para decorar (à vontade)1/2 xícara de chá de vinho do Porto

1 pacote de bolacha maria

Para a cobertura:200 g de chocolate meio amargo em barra

1 lata de creme de leite

PREPARO:Coloque as uvas passas no vinho do Porto por uma

hora; faça clara em neve com quatro claras e reserve; na batedeira, misture a manteiga, o leite condensado, 4

gemas e o chocolate em pó. Depois do creme homogêneo, acrescente a clara em neve. Em seguida, tire a uva passa

do vinho do Porto e acrescente ao creme. Depois, acrescente as nozes picadas e a bolacha maria quebrada.

Cobertura:Derreta o chocolate meio amargo no banho-maria,

deixe esfriar e acrescente o creme de leite gelado sem soro. misture bem até fica bem homogêneo.

MONtAGEM:Colocar o creme em uma forma, de qualquer formato, e acrescentar a cobertura. Levar à geladeira por seis horas.

ENGENHO #03 - 28

ChEESE CAKE DE BRowNiE DA SoRtEPor Felipe Idrissi, da rede Camarão & Cia

iNGREDiENtES:• 150 g de trigo• 75 g de chocolate meio amargo• 5 ovos• 3 claras• uma pitada de sal• 50 g de manteiga sem sal• 150 ml de leite• 1/2 dose de licor de cassis• 120 g de cream cheese• 150 g de açúcar de confeiteiro• 1/2 dose de vinho do Porto branco

Para a decoração:• Calda de pistache• Calda de damasco• Pêra cozida ao vinho tinto

PREPARO:Cubra uma bandeja com papel manteiga. Bata o trigo, o chocolate derretido, ovos, claras, leite e o licor de cassis até ficar homogêneo. Ponha a mistura na bandeja e leve ao forno médio (180º) por cerca de 25 minutos. Retire e deixe esfriar. Prepare o cream cheese, misturando com açúcar e vinho do Porto. Espalhe sobre a massa de brownie e leve à geladeira. Sirva com pêra cozida e as duas caldas.

iNGREDiENtES:Massa:• 1 pacote de manteiga• 2 xícaras de chá de açúcar mascavo• 4 ovos• 1 lata de leite moça• 2 xícaras (chá) de farinha de trigo• 1 colher (sopa) cheia de fermento em pó• 250 g de frutas cristalizadas• 100 g de uvas passas sem sementes

Glacê:• 2 1/2 xícaras (chá) de açúcar de confeiteiro• 2 colheres (sopa) de leite quente• 3 colheres (sopa) de suco de limãoPREPARO:

Massa:Bata a manteiga até virar um cre-me. Junte o açúcar mascavo e mis-ture bem. Acrescente as gemas, uma a uma, e bata até que fiquem bem incorporadas à massa. Adicio-ne o leite condensado aos poucos (se usar a batedeira, continue ba-tendo, despeje o leite condensa-do em fios e desligue). Acrescente a farinha de trigo, peneirada com o fermento. misture bem. Junte as frutas cristalizadas, as passas e, por último, as claras em neve, misturando delicadamente. Asse em forma grande com buraco no meio (cerca de 25 cm de diâme-

tro), em forno médio (180°C ), pré--aquecido, por cerca de uma hora. Desenforme o bolo ainda quente.

Glacê:misture o açúcar de con-feiteiro com o leite quen-te e o suco de limão. Despe-je sobre o bolo e decore.

BoLo DE REiS Por Levi Maciel e Francisco Abrantes, do Blu´nelle

SoBREmESAS

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ENGENHO #03 - 29

iNGREDiENtES:1 pacote de biscoitos champagne300 g de frutas cristalizadas picadas1 lata de leite condensado6 gemas1 pacote de creme de leite fresco (350 g)1 litro de leite6 folhas de gelatina branca1 cálice de licor de laranja

PREPARo:Deixe as frutas macerando no licor. Numa pane-la, colocar as gemas e o leite condensado. mistu-rar bem e adicionar o leite. Levar ao fogo mexendo sempre até engrossar. Retirar do fogo e acrescen-tar a gelatina derretida antes em água fria. Dei-xar esfriar, juntar as frutas com o licor e o creme de leite batido. Forrar uma forma de aro remo-vível com os biscoitos no fundo e nos lados. Dei-xar na geladeira de um dia para o outro. Desen-formar e decorar com frutas cristalizadas.

ChARLotE NAtALiNA(Coroa de biscoitos com creme no centro amanteigado ou gelatinado)

Por Jane Suassuna, do Buffet Porto Fino

p o r`c a o e x t r a

PANEtoNE tRADiCioNALPor Edvaldo da Silva, da Confeitaria Espinheiro

Rendimento: aproximadamente 4 Panetones

iNGREDiENtES:• 500g de farinha de trigo

• 15 g de fermento biológico (seco)• 250 ml de água gelada• 250g de mistura para panetone Pamix• 1 pitada de sal• 5 gemas• 200g de fruta cristalizadas• 150g de passas

PREPARO:o primeiro passo é colocar as passas mergulhadas em vinho branco na noite anterior ao preparo do pão para que não ressequem no forno. No dia, misture os ingredientes (menos as frutas e passas) e bata na batedeira por aproximadamente 10 minutos ou até ficar em ‘ponto de véu’, ou seja, quando a massa estiver esticando sem partir. Faça o teste tirando um pedaço da massa e esticando para testar sua resistência. Ela deve ficar fina como um véu e não quebrar. Depois lave as frutas cristalizadas, porque o açúcar pode atrapalhar o crescimento da massa. Seque as frutas e passas e acrescente-as delicadamente à massa. Coloque numa forma de pão e deixe descansar por três horas. Depois unte a forma com margarina e leve ao forno pré-aquecido (na temperatura de 180º) por 45 minutos.

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DoCE, REChEADo E oPuLENtoO panetone é apenas o mais popular dos pães natalinos

Por Bruno Albertim Fotos: Sérgio Lobo

Na história do ocidente, não há alimento de maior simbologia do que o pão. Desde que, como consta na Bíblia, Jesus Cristo subli-

mou o alimento na Santa Ceia, anunciando que o pão é seu próprio corpo, ele está presente em todas as mesas celebrativas. “o pão é símbolo de

todo alimento. é o alimento que nutre o corpo e a alma”, diz o frei Aluísio Fragoso, superior da ordem de São Francisco no Nordeste. “o pão é a síntese de todo o universo natu-ral: a lua, o sol, a luz, a água, o fogo, a terra, toda a natureza contribui para o surgimento do pão”, continua o frade. Farta e acolhedora, a mesa do final de ano requer pães generosos. Daí a consa-gração de preparos grandes, como o panetone, o mais representativos dos pães doces e opulentos acolhidos pela tradição cristã no Natal. maior estrela à base de trigo da tem-

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porada, o panetone não precisa ser o úni-co pão à mesa. o período pode comportar com louvor outras receitas. “Da família dos pães doces e recheados, há uma variedade imensa. São produtos natalinos e ainda pouco explorados”, diz o padeiro industrial Perry Car-valho, engenheiro químico com mestrado no uso do trigo na indústria de alimentos pela universi-dade de Kansas, nos Estados unidos. “o espírito natalino é alegre, divertido, por isso os pães da época são doces, mas nada impede que sejam usados também preparos salgados”, diz ele. Filho de italiano, o chef Francisco Guerre-ra, que comanda a Cantina Via Appia ao lado da família, no bairro recifense de Boa Viagem, por exemplo, nunca deixa de preparar uma rosca na-talina para a mesa familiar. “é um pão saboroso, grande, recheado, que une e alimenta a família inteira”, diz ele, que faz a rosca, recheada com passas, frutas, chocolate e o que mais se quiser, há mais de 30 anos. “Lá em casa, todo mundo

põe a mão na massa.” Perto da itália que consome mais de 160 mil toneladas de panetone por ano, o consumo no Brasil é fichinha: são módicas 20 mil tonela-das anualmente no País. mas, em pouco mais de meio século, esse pão se enraizou como símbo-lo natalino de excelência. Conta-se que a receita chegou ao Brasil em 1952, trazida pelo italiano Carlo Bauducco. Ele começou a vender o produ-to timidamente, numa padaria paulistana, e, em pouco tempo, já o oferecia em escala industrial. A fermentação natural é responsável pela maciez e consistência esponjosa típicas do panetone. Lendas sobre o panetone indicam uma origem remota. Ainda no ano de 900, em milão, um padeiro pobre chamado tone teria prepara-do um pão especial para oferecer como dote ao futuro genro, um rico comerciante. o nome do padeiro? tone. o pão não só teria funcionado como excelente dote como garantiu ao padeiro uma fortuna inimaginada. uma outra estória, re-

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ENGENHO #03 - 32

petida tradicionalmente na itália, diz que o apai-xonado pela filha de um padeiro de nome tone criou o pão para homenagear, impressionar e amolecer os ânimos do sogro e, assim, conseguir a mão (e o resto do corpo) da mulher amada. A versão moderna do panetone também foi concebida em milão. Ainda nos anos 30, pela mão do confeiteiro Ângelo motta. Já o pão tem origem milenarmente mais antiga, muito antes da Era Cristã. os egípcios en-traram para a história como o primeiro povo a usar fornos para o cozimento de pães. São tam-bém os responsáveis pela descoberta de que o acréscimo de fermento ao pão poderia torná-lo

pão DoCEiNtEGRAL Com PASSAS E AmEiXASPor Hilda Gil

iNGREDiENtES:• 5 copos de farinha (70% integral e 30% branca)• 1/2 copo de açúcar mascavo• 2 1/2 copos d’água• 2 colheres de óleo• 1 pitada de sal• 2 colheres de raspa de limão• 3 colheres de vinho branco• 1 colher de chá de fermento biológico• 100g de passas e ameixas cortadas em pedacinhos

PREPARO:Peneire as farinhas e reserve numa travessa. Dilua o açúcar mascavo em meio copo d’água em fogo brando só até desfazer as pedrinhas. Retire do fogo, reserve um pouco para pincelar na massa antes de levá-la ao forno e acrescente ao restante mais dois copos d´água, o óleo, o sal, o vinho e o fermento. Aos poucos, vá despejando a mistura na travessa das farinhas e misture delicadamente com as mãos. Amasse até virar uma massa homogênea. Deixe descansar por quatro horas. Depois amasse mais um pouco e abra a massa. Jogue por cima as ameixas, passas e raspas de limão. Enrole a massa e coloque numa forma de pão de um quilo. Deixe a massa crescer até atingir o dobro do tamanho, pincele o açúcar diluído e coloque em fogo baixo por duas horas. Dica: para deixar a receita mais natalina, pode usar também castanhas partidas e damascos secos cortados em pedacinhos.

RoSCA DE NAtAl Por Fernando Guerrera, da Cantina Via Appia iNGREDiENtES: • 1 lata de leite condensado• a mesma medida de água morna• 30 g de fermento em tablete• 4 ovos• 3 gemas• 1 colher de chá de sal• 8 xícaras de farinha de trigo• 1 colher de sopa de café solúvel• 2 colheres de sopa de manteiga ou margarina derretida• açúcar cristal• nozes• frutas cristalizadas• passas, cerejas, etc, na medida desejada

BoLo GALLuPPor Edvaldo da Silva, Confeitaria EspinheiroRendimento: aproximadamente 4 bolos

iNGREDiENtES• 400g de farinha de trigo• 400g de Pamix• 40 ml de água gelada só para umedecer• 1 pitada de sal• 18 gemas• 400g de frutas cristalizadas• 300g de uva passa

Pasta de castanha• 150g de farinha de trigo• 150g de açúcar refinado• 150g de açúcar de confeiteiro• 9 claras em neve• 30g de castanhas picadas

PREPAROBata os ingredientes na batedeira por aproximadamente 10 minutos. Lave as frutas cristalizadas e deixe as passas dormirem mergulhadas em vinho branco na noite anteiror ao preparo. Seque-as e misture à massa. Deixe descansar por três horas. À parte, bata os ingredientes da pasta de castanha. Antes de levar ao forno pré-aquecido na temperatura de 180º, coloque a pasta de castanha por cima da massa. Asse por 45 minutos.

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PREPARO:Bata no liquidificador o leite condensado, a água, o fermento, os ovos e o sal. Despeje numa vasilha e acrescente a farinha de trigo. Sove bem a massa e deixe descansar por uma hora. Depois, divida em duas partes e faça duas roscas no formato de sua preferência. Pincele a massa com margarina ou manteiga e polvilhe com açúcar, recheie com frutas, se quiser, e enrole como rocambole. Dê o formato de coroa ou trança e coloque em assadeira untada, deixando crescer por duas horas. Prepare a cobertura, misturando as gemas com o café solúvel e a margarina derretida. Pincele as roscas com a mistura e polvilhe com açúcar. Leve ao forno por 40 minutos, a 180 graus. Decore a gosto, com nozes, cerejas ou ameixas.

leve e macio. heródoto chegou a registrar que eles eram normalmente amassados com os pés e os pães de trigo de qualidade superior eram des-tinados às classes também superiores. Além de levar quase tudo que hoje se cha-ma de base da Civilização ocidental à Europa, os gregos também foram responsáveis pela intro-dução do pão no Velho mundo. o resto, a gen-te sabe, é história. Com as colonizações, o pão de trigo se tornou o alimento mais elementar do mundo. No Brasil, suplantou a outrora popula-ríssima mandioca dos índios como principal fonte costumeira de carboidrato. Recheado e opulen-to, ele se apresenta para os festejos natalinos. e

Está prestes a começar a farra gastronô-mica no mar. Em dezembro, chegam à costa tupiniquim cinco navios de cruzei-

ros para fazer temporada no verão brasilei-ro. uns mais simples, outros inegavelmente luxuosos, os navios são como resorts flutuan-tes. Se revezam em pontos cobiçados do lito-ral e, para deleite do gourmet da estação, ofe-recem verdadeiros banquetes em alto-mar. Neles, se descobre a melhor função da esteira ergométrica. No mar, ela serve para decorar. Logo se sabe porque os navios oferecem aparelhagem e salões de exercícios: para o con-forto psicológico, embora sempre haja alguns, é verdade, que prefiram usá-los com o corpo. Nin-guém vai trocar um drinque na piscina, no meio do oceano, ou uma das cinco sagradas refeições diárias a bordo, para suar na esteira. mas ameni-za a culpa saber que o aparelho está a dois mi-nutos de distância. mesmo que, quando você fi-nalmente se dedique a encará-lo, perceba que o cruzeiro acabou. há quem não viva sem exercí-cios. A quase totalidade de quem está num navio, posso garantir, prefere deixá-los para terra bem firme. o mar foi feito para o dolce far niente. Porquê? Embora alimentar um batalhão de passageiros possa ser uma das tarefas mais difíceis de serem realizadas com dignidade, um

outro batalhão de cozinheiros se esforça mani-pulando centenas de quilos de ingredientes dia-riamente para manter os preparos frescos, sabo-rosos e - prazer supremo - sempre tentadores. E, mesmo que alguns deslizes ocorram entre um porto e outro, o resulto costuma ser magistral. Por mais que expliquem o funcionamento das câmeras refrigeradas de última geração, nunca consegui entender como eles conseguem, após dias no mar, manter as folhas da salada com a mesma crocância com a qual saíram da horta. Seria um desrespeito ignorar o esforço heróico desse pequeno exército em nos satisfa-zer. um exemplo: o navio Costa Vitória, um dos cinco da temporada pátria, que fará roteiros a partir de Santos ou do Rio de Janeiro, por lugares como Búzios e Salvador. Apenas na sua cozinha, 130 pessoas trabalham diariamente. São consu-midas quatro toneladas de alimentos por dia. Ao final da jornada de uma semana, terão sido 30 toneladas de comida. Como nunca, nesse país, se falou tanto em custo-benefício, é bom saber que, num cruzei-ro, a equação é uma das mais bem proveitosas. Com preços a partir de uS$ 320, as viagens in-cluem as cinco refeições diárias em sua conta. Você acorda e um belo desjejum se arrasta por quase toda a manhã. Depois do almoço, um bufê de guloseimas é montado à tarde. À noite, o jan-

BANQuEtE Em ALto-mAR

Cruzeiros trazem farra gastronômica oceânica

Por Bruno Albertim

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tar é o grande programa a bordo (mesmo que depois haja algum show) e, como se houvesse ainda apetite, um bufê da meia-noite é capaz de encher, se não o estômago, já saciado, os olhos. Como há centenas de passageiros a bordo, é bom saber que as principais refeições são feitas em turnos e que você terá uma mesa reservada por toda a viagem. Servida pelo mesmo garçom ávido por sua gorjeta ao final do cruzeiro. A culinária a bordo costuma ser predomi-nantemente mediterrânea, já que os navios pas-sam a maior parte do tempo no mediterrâneo. um belo bufê de queijos é praxe. os preparos ora carregam mais no sotaque italiano, como massas e derivações, ora no francês, com fórmu-las clássicas. o serviço é sempre à francesa: uma salada, mais uma entrada, um prato de carboi-drato, uma proteína animal e, cerejinha do bolo, a sobremesa. mas não estranhe concessões ao paladar brasileiro com a oferta de uma feijoada ou uma moqueca. Nos navios da Costa Cruzeiros, por exemplos, eles costumam recrutar profissionais do Bargaço, o restaurante nordestino que se no-tabilizou pela excelência de sua cozinha baiana. tenha cuidado apenas com as bebidas. Não apenas porque uma embriaguez dentro de um navio pode ser duplamente desconfortável. os preços são cobrados em dólar e uma inocen-te latinha de cerveja pode sair por uS$ 3. Resul-tado da conversão: cerca de R$ 9 por uma gela-dinha. Alguns dos preços mais honestos estão no Pacific e no Blue Dream, os dois navios da tem-porada operados pela CVC. A companhia anun-ciou o compromisso de não cobrar mais do que um dólar por uma cerveja. “mais caro do que isso, não adianta. A cerveja não desce bem”, diz milton Sanches, diretor do Departamento marí-timo da CVC. Certo ele. o Pacific, por sinal, é o único navio que vai estar ancorado no Porto do Recife, com roteiros que incluem outras cidades do Nordeste e Fernando de Noronha. Como os outros, ele também possui esteira ergométrica.

oNDE ComER BEm No oCEANo

Saiba quais são os cruzeiros da temporada

Pacific: cruzeiros com várias durações a partir de uS$ 320 e saídas do Porto do Re-cife para lugares como Fortaleza e Fernan-do de Noronha. Informações: CVC, fone: 3328.4745.

Blue Dream: um dos mais luxuosos, com cerca de dois funcionários por passageiro. Saídas do Porto de Santos. Informações tam-bém com a CVC.

Costa tropicale: roteiros a partir de qua-tro dias e passagem área grátis do Recife para quem for fazer as viagens de seis noi-tes, a partir de US$ 870. Saídas de Salvador até Búzios, Santos e Rio de Janeiro. Informações: Costa Cruzeiros, fone: 11.2123.3655 ou 21.2220.0505.

Costa Vitoria: roteiros a partir de cinco dias, com saídas de Santos ou do Rio de Ja-neiro. Informações também com a Costa Cruzei-ros.

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ENGENHO #03 - 37

Salve o crepe nosso de cada dia. Na última edição da Feira internacional de Produtos, Equipa-mentos, Embalagens e Serviços para Alimentação (Fispal 2004), a massa recheada virou atração no maior evento nacional do setor, um encontro que reuniu cerca de 20 mil pessoas ligadas à alimenta-ção com movimentação financeira em torno de R$ 500 milhões. Pela primeira vez, o preparo foi alvo de uma categoria especial dentro no Fispal Gour-met, o misto de concurso e espetáculo gastronô-mico da feira que serve para reconhecer profissio-nais e alavancar carreiras. o Anjo Solto, da Joana D´Arc, endereço obrigatório e conhecidíssimo no mapa dos gour-mets e notívagos da cidade, foi o grande premiado no iº Crepe Nordeste. os participantes tinham por tarefa elaborar dois crepes – um doce e um salga-do – usando apenas ingredientes de sotaque local, como castanha, frutas regionais e charque. Em se-gundo e terceiro lugar ficaram, respectivamente, o La Cuisine Bistrô (chef Jailson Ramos) e o Papa-Ca-pim (chef Valdemar Silva).

Em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes e Associação Brasileira de Alta Gastronomia, foi também realizado o principal concurso gastronômico do evento: o Sabor Brasil. Na categoria, o grande vencedor foi o suíço Be-trand Bovier, radicado no Brasil há mais de 20 anos e comandante do Restaurante maracatu, do Blue Tree Park Santo Agostinho. Levou o prêmio com um Cordeiro com molho de mel-de-engenho e Acerola, guarnecido por suflê de milho com queijo manteiga e espaguete de chuchu com jerimum, na manteiga de garrafa. também foram premiados os chefs Eduardo Ferreira Dias, do mingus, e maria tereza de Lucena, do zaff. De volta aos crepes. Cláudio Felix, crepeiro do Anjo Solto, usou queijo de cabra, charque des-fiada e refogada, tomate e manjericão. Já o crepe doce, batizado com o nome de marisa Viegas, tem a massa delicadamente feita com café, sob a escolta de um sorvete de tapioca recheado com licor tam-bém de café. os dois crepes podem ser apreciados no cardápio da casa, no Pina.

CREPES PREmiADoS No FiSPAL GouRmEt

Por Bruno Albertim

CANtiNA DE ShoPPiNG os shoppings estão cada vez mais procurados por estabelecimentos que fogem do simples conceito de fast food. uma prova é o la Maza, do Shopping Boa Vista, com cara e espíri-to de cantina italiana. Além de massas, há opções para lanches como o La Baghete, um sanduíche de pão italiano com presunto defumado, mus-sarela e tomate seco, por R$ 7,90. Informações pelo 3216.7515.

FotoS: DiVuLGAção

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ENGENHO #03 - 38

CAmARão No FoRRÓ

o mAiS NoVo E N D E R E ç o Do ViNhoAmantes do vinho têm mais um endereço obrigatório na cidade. Foi aberta, em

Boa Viagem, a ingá, loja que homenageia a fruta nordestina e tem um dos maiores estoques de vinhos de bom custo-benefício do Recife. Além de estrelas como o mitológico português Pera manca e de borgonhas como o Aloxe Courton Premiére, a loja, que também é um distribuidora, tem, por exemplo, bons vinhos regionais do Alentejo por módicos R$ 18. A oferta do Novo mundo, de preços também convidativos, é extensa. São mais de 45 rótulos do Chile e 30 da Argentina. o endereço é o único a oferecer o Amat, considerado o grande nome da vinicultura do uruguai. há também taças especiais, acessórios e um espaço para degustação na própria loja. Na Avenida Domingos Ferreira, 4375. Fone: 3326.3259 e 3326.3858.

Para comemorar os 12 anos do oficina do Sabor, restaurante que se converteu em ponto turístico obrigatório de olinda, o chef César Santos lançou um novo prato da Boa Lembrança. César, que é o novo presidente da Associação Brasileira dos Restaurantes da Boa Lembrança, fez um camarão aos molhos de manga, maracujá e coco. “A idéia é fazer com que se perceba as três frutas no molho”, diz César. Esta é a quarta receita que César, ao longo de sua carreira, criou para a confraria que premia o gourmet com um prato de cerâmica especial como recordação da degustação.

REVEilloN Boi pREto Com decoração de Andréa manzi, orquestra universal, ambiente com DJs e um buffet comandado pelo Chef Renato Justus. Esta é a receita oferecida pelo Boi Preto no último dia do ano . informações pelo 3466-6334.

ESColA DE ViNhoA Miolo promoveu no dia 27/11 a 1ª edição da Escola do Vinho em Recife. o curso aborda a história da vitivinicultura, elaboração de vinhos e técnicas de degustação. o próximo curso será ministrado após o carnaval, pelo enólogo da empresa, Carlos Giacometti.

CARDÁpio NoVoNo menu da lojas Quanto Pri-ma no Brasil, mais opções. Fi-lets, frangos, massas, saladas e molhos, com destaque para o Paillard de filé de frango à mila-nesa recheado com gorgonzola. A casa sugere, como acompa-nhamento, risoto al pomodo-ro e insalata verdi (R$10,50).

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FotoS: SéRGio LoBo

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not inhaslAMARtiNE No FRANChiSiNGDiretor do grupo de Restaurantes Bonaparte, leonardo lamartine assumiu a Diretoria Norte Nordeste da Associação Brasileira de Franchising. A posse aconteceu em São Paulo, a convite do novo presidente da entidade, Arthur Grimbaldi, vice-presidente de o Boticário.

BARRoS é o ChEF Do WiEllAAo contrário do que foi publicado na edição ante-rior da revista, o chef do restaurante wiella Bistrô é Claudemir Barros. À frente da casa desde sua inauguração, há um ano e meio, Claudemir come-çou a cozinhar cedo, influenciado pela mãe, tam-bém chef. Fez cursos no Senac, passou uma tem-porada em São Paulo, quando trabalhou no hotel Emiliano, foi ‘pupilo’ do chef Roberto Campos, e hoje diz que sua linha é uma mistura do contem-porâneo com a clássica culinária francesa. otoniel Abílio é o maître da casa.

EmBALAGEm PRA VAREJoA grife Qualimar de pescados no último semes-tre vem fortalecendo sua marca para o público consumidor, participando como apoio em várias ações de parceiros. o objetivo é a entrada, em breve, de suas embalagens no mercado varejista de supermercados e lojas especializadas do setor de peixes e crustáceos. Aguardem novidades nas prateleiras.

MAiS FiSPALA Engenho foi convidada a participar das próxi-mas edições da FiSPAL, a serem realizadas em São Paulo e miami. mais espaço pra literatura no food business.

ChiCA GANhA CERtiFiCADoNão basta ter bom cardápio. Para sobreviver no mercado gastronômico, é preciso gestão diferen-ciada. E isso, o self service Chica Pitanga tem pra dar, vender e pendurar na parede. A casa acaba de ganhar o certificado ISO 9001/2000 pela qualidade de seus processos. Prestes a completar dez anos de atividade, o restaurante é o único do Estado com a certificação. Na Rua Petrolina, nº 19, Boa Viagem. Fone: (81) 3465-2224.

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de Pernambuco.

ENGENHO #03 - 40

Dourado e clássico, os fios-de-ovos escoltam do peru ao bolo da ceia. Dona

Fernanda Dias ensina o preparo.Por Bruna Cabral Fotos Sérgio Lobo

Eles nunca são a atração principal das fes-tas de fim de ano, mas chegam perto. Ali-ás, bem pertinho. E não podem faltar numa

mesa de Natal e Ano Novo que se pretenda far-ta. Afinal, seja peru, seja tender ou mesmo o bolo de frutas, tudo perde o charme sem o auxí-lio luxuoso dos fios-de-ovos. A receita, um clás-sico das ceias festivas, virou tradição aqui depois de cruzar o Atlântico: é portuguesa, com certe-

za (o trocadilho é infame, mas irresistível). Diz--se que assim como diversas outras maravilhas adocicadas à base de ovos (muitos ovos), os fios amarelinhos tiveram origem nos conventos por-tugueses, por volta do século 15. Foram criados entre novenas e orações por freiras, que tinham livre acesso ao açúcar garantido pela família real - e souberam muito bem o que fazer com ele. Da-quelas mãos saíram também outros doces famo-sos, como pastéis de Santa Clara, papo de anjo e ninhos de ovos. muitas décadas depois, a tradição é man-tida por várias outras mãos (também certamen-te abençoadas), como as de Fernanda montei-ro Dias, proprietária da Casa dos Frios. Vinda de uma ‘dinastia’ de doceiras de mão cheia, ela diz que nem sabe como aprendeu a fiar ovos, nem a fazer uma enorme variedade de quitutes. “Foi de olho mesmo”, diz. “Quando era criança, via sempre minhas tias-avós preparando bolos, do-ces. Era rotina a gente circular entre ingredientes e receitas”, recorda. E nunca mais deixou de ser. “Quando ca-sei, meu marido não queria cozinheira em casa e eu cuidava de tudo sozinha”, lembra. “todo dia era um bolo diferente para as crianças.” Seis, to-das contagiadas pelo apreço e respeito à boa co-mida. “Eles sabem reconhecer o que é bom.” Da cozinha, Dona Fernanda só saiu anos mais tarde, na década de 70...para outra cozinha, mas desta vez comandando uma equipe, à frente da Casa dos Frios. E foram suas receitas ‘intuídas’ que fi-zeram da loja uma tradição de fim de ano. E das tradições desta época, encomendas para o ano todo. “os fios-de-ovos têm saída de janeiro a ja-neiro.” Seja adornando um grande prato, seja em potinhos. o segredo, diz, está na combinação de textura e sabor. “E na manteiga, que evita que os fios fiquem secos.” ou desprezados no cantinho do prato. uma boa dose de paciência também é

AuXíLio luxuoSo

d a v o v o’

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bem-vinda. Pri-meiro para pe-neirar as gemas e depois para des-pejá-las, em fios, na mistura escal-dante de açúcar e água. Na loja, Dona Fernanda, como é chama-da, utiliza um funil

profissional, com várias saídas. Em

casa, ele pode ser substi-tuído por uma lata furada no fundo. mas, cuida-do! Para não representar riscos à saúde, o funil improvisado só deve ser usado uma vez.

iNGREDiENtES:• 30 gemas• 1 kg de açúcar• 1 1/2 litro de água• 75 g de margarina

PREPARO:Passe as gemas por uma peneira. Reserve. Depois faça um mel, deixando a água com açúcar levantar fervura. Em seguida, acrescente a manteiga. Aos poucos, vá despejando com o funil uma porção das gemas peneiradas em movimentos circulares. Deixe cozinhar por aproximadamente um minuto e retire os fios. Repita os procedimentos até usar todas as gemas.

RECEitA

FioS DE oVoSPor Fernanda Dias

NONON Nononon ono no nnonoon mnonnoono nono on ooonno

ENGENHO #03 - 42

ENGENHO #03 - 43

O que poderia unir figuras diametralmente opostas como winston Churchill e Fidel Castro? Não apenas o fato de cada um, a

seu modo, ter uma relação direta com a Guer-ra Fria que marcou o recente século 20. os dois entraram para a memória coletiva em fotografias nas quais sempre tinham à mão um objeto que para muita gente, inclusive eles, é puro fetiche: um charuto. Para uma legião de admiradores, essas fo-lhas de tabaco cuidadosamente enroladas, pro-dutoras de baforadas inesquecíveis, é uma fon-te de blends únicos, capazes de impressionar os mais exigentes paladares. Encerram com prazer inigualável uma refeição. Principalmente sob a companhia de um excelente conhaque. Churchill bem sabia; Fidel ainda sabe. uma vantagem o eterno ditador cubano tem sobre o primeiro ministro britânico da épo-ca da Segunda Guerra mundial. Embora os cha-rutos consumidos pelo inglês tenham dado ori-gem a um tipo específico do artigo, batizados de Los Churchills em sua homenagem, a ilha de Fi-del é berço histórico dos “puros” e, ainda hoje, o produtor de maior fama. Exporta uma média de 200 milhões de charutos por ano. um legítimo “havana” pode custar uS$ 45, pagos sem pena em qualquer parte do mun-do, menos nos Estados unidos, onde o embargo

econômico à Cuba não só proíbe como penaliza o consumo de um autêntico e celebrado cubano. o Brasil, méxico, Jamaica, República Dominica-na e holanda, por exemplo, são fontes de uma respeitável produção. menos mal para os ame-ricanos adeptos (cada vez mais raros, dentro da cultura ‘fumaçofóbica’ que os Estados unidos cultuam e exportam). Quando Colombo à Cuba chegou, já en-controu os índios degustando grossos rolos de fumo. Dizem que o hábito estava estabelecido na ilha há pelo menos dois mil anos, por influência dos maias. os homens de Colombo adoraram e levaram a descoberta para a Europa, que nunca mais largou sua paixão pela fumaça. Aos fiscais da saúde: a fumaça dos charu-tos, ao contrário do cigarro, passeia pela boca mas não é inalada. A nicotina e outras substân-cias têm, portanto, absorção e impactos meno-res. Não nulos, é verdade. Continua válida a fra-se que márcio Alemão escreveu numa crônica recente na Carta Capital: “meu sonho é acordar e ler nos jornais: ‘Comer tudo, beber e fumar fa-zem bem à saúde’”. os índios chamavam seus primitivos cha-rutos de “cohiba”, hoje o nome da marca pro-vavelmente mais cara do globo. Em 1862, Cuba já tinha mais de 1,3 mil tabacarias. No Recife, um cigar bar representa com exclusividade para

E o ALmoço ViRou FumAçAPequenas histórias do charuto, nobre desfecho de uma refeiçãoPor Bruno Albertim Fotos Sérgio Lobo

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o Nordeste cerca de 30 marcas da Puro Cigar habano, a empresa oficial da ilha de Fidel que exporta os puros para o mundo. Dentro do Ca-xangá Golfe Clube, o Bar 10 oferece o produto para compra, prova in loco, em ambiente espe-cial, e todo o arsenal de acessórios que envolve a degustação de um charuto. “Depois de um bom jantar está o melhor momento para o charuto”, defende Cristóvão Jaks, degustador há sete anos e proprietário do bar. os preços podem variar de R$ 10, para um Josiel Pedra, a R$ 150, para um Cohiba Explendi-do. outra coisa que a casa oferece com genero-sidade é informação, tão importante para a de-gustação quanto o próprio charuto. Especialistas conhecem muitas histórias que ajudam a alimen-tar a mítica ao redor dos charutos. E dificilmen-te perdem tempo com artigos rasos quando têm verdadeiras enciclopédias sobre o assunto. mas iniciantes e curiosos vão adorar conhecimentos

básicas. Ao comprar o produto, cheirar e apalpar suavemente faz parte do ritual. Se ele se apre-sentar rijo demais ou fica deformado após o to-que, deve ser reprovado, não foi bem confeccio-nado. Diz-se que o ideal é que as folhas sejam grandes e uniformes. Para não sofrer deforma-ções ou mesmo desenrolar, eles vêm fechados e é preciso cortá-los. há cortes e utensílios vários para tanto: da simples tesoura a uma guilhotina especial. Na hora de acender, os bons e longos fósforos. ou, no máximo, isqueiros a gás. os de fluído comprometem o sabor do charuto. E, para apagá-lo, não o trate como se fora um simples cigarro. Basta colocá-lo no cinzeiro que ele na-turalmente adormece. Nem experimente tragar a fumaça densa. Deixe-a apenas passear entre a língua e o céu da boca. Do contrário, a tosse é certa. E longa.Serviço: Bar 10, Avenida Caxangá, 5361, no Caxangá Golfe Clube. F: 3273.1010.

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O MAR EM SUA MESA ENGENHO #03 - 45

c o z i n h a s d o M u n d o

ToRoNto, CANADá - Você chega ao ae-roporto de mississauga, pertinho de toron-to, olha ao redor e elas estão lá, as simpá-

ticas folhinhas que são o símbolo do Canadá, as maples, decorando os aviões da Canadian Airli-nes. Lá no alto, a bandeira do país também os-tenta uma singela maple vermelha sob o fundo branco. Dentro do aeroporto, elas decoram vi-trines, estão desenhadas em empresas de en-tregas, estão sob a forma de biscoitos e doces. Aí você chega nas ruas de toronto que beiram o lago ontário. Caso seja outono, é uma festa: amarelas, vermelhas, laranjas, elas contrastam com o céu azul e deixam você de boca aberta ao ver o chão completamente forrado dessas belas folhinhas. A maple, sem dúvida, é a instituição maior do país. E um dos seus produtos mais conhecidos é o maple syrup, uma espécie de xarope, de mel extraído das árvores de bodo, um carvalho sil-vestre que guarda uma seiva docinha. ué, apre-ciar mel que vem de árvores? Pois é, o Canadá tem dessas coisas. Não tem café da manhã por lá que não contenha ao lado a garrafinha de ma-ple syrup, e é impossível nessas horas não lem-brar do Pato Donald fazendo aquelas montanhas de panquecas (que tico e teco, os esquilos saca-ninhas, sempre roubavam) e derramando sobre elas o mel da maple. A seiva, que lembra água com açúcar, costuma correr pelos tron-cos das árvores durante a primavera, já que, durante o rigoroso inver-no canadense, elas permanecem como que ‘hibernando’ e guar-dando a seiva para a próxima estação. No final do inverno, com a neve já derretendo, são colocados saquinhos no tron-co das árvores, que logo ficarão cheios de seiva. Esse material é co-zinhado durante seis horas para então

se transformar em xarope. A idéia nasceu dos índios canadenses, mas hoje é difícil encontrar alguém na cidade que não aprecie esse alimento que confunde-se com a própria história do país. tudo bem: a gente sabe que o salmão canadense é famoso no mundo inteiro, mas... salmão a gen-te acha dos bons por aqui também, não é? mas um melzinho de maple...tem uma coisa: o xaro-pe não serve só para adocicar panquecas não. Ele acompanha o cozimento de patos, contras-ta com receitas salgadas e - acredite - é servido quentinho sobre bolinhas de neve, limpinhas. Es-quisito? Ah, vai falar no Canadá que você come

víscera de porco regada com pimen-ta... Perto disso, uma bolinha de

neve com um melzinho quen-te em cima soa até infantil. é tudo muito fofo: pan-quecas, mel e bolinhas de neve. mesmo assim, na dú-vida, acho que a gente ain-da fecha com o sarapatel.

A maple é uma instituição canadense: está na bandeira do país e no mel que é coqueluche nacional

ComENDo SímBoLoS

Por Fabiana Moraes

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ENGENHO #03 - 46

FiSPAL

o StAND DA ENGENho E CoNViDADoS, FREQuENtADíSSimo PELoS PARtiCiPANtES DA FEiRA.

GERALDo CAVALCANti E LAERSoN PESSoA, tAmBAÚEDmiLSoN mENEzES E SuA PRimuS DANi GouVEiA, LEo BARBoSA E DANi VARJAL, CoNFiRmANDo A PARCERiA ENGENho E SANtA mARtA

mAiS ChEFS Do AmANhã: RiCARDo PADiLhA, FRANCiSCo ChAGAS E toNi SouzA

GERSoN miRANDA, SiLVANA QuEiRoz, ALEXANDRE NERY E PAtRíCiA PAGNoSSiN, DA KARNE KEiJo

DANi VARJAL, FABio CAmARotti, NADiA NADER E FERNANDA BoSCo

A FiSPAL - Feira da indústria de Alimentos e Bebidas foi palco para o desenvolvimen-to de novos negócios e demonstração do poder deste setor no nosso Estado. Com um público de *mil pessoas/dia, movimen-tando marcas, compradores e serviços en-volvidos na importante praça gastronômi-ca de Pernambuco, o saldo foi de sucesso absoluto com grande divulgação de novos produtos e interesse do público.

AGRADECimENto: mARiSA SEKLES

FotoS: SéRGio LoBo

n a m e s a

ADRoALDo CooL CoLLECtioN

SALão DA CAChAçA

FREDERiK BRiNGEL (PADEiRão) E PAuLo ChAVES

ENGENHO #03 - 47

RomERo DuARtE, ADRoALDo E ... No LANçAmENto DA

moStRA NA LoJA ...

moVimENto - StAND DA ENGENho No SALão StAND 51StAND PitÚ

RoBERto BitÚ E tADEu LuBAmBo miGuEL zAiDAN, NELSoN BEzERRA E ENio LimA DA mAStERBoi

REGiNALDo JR., uNiVERSAL

StANDS: NEtuNo, mANihot, FoRmAGGio E RECiFE mERCANtiL (ABAiXo, À ESQuERDA)

No StAND VitARELLA, ANtÔNio ARAÚJo, GioVANNA GoNçALVES, ARNALDo FERNANDES, mARCELo toRRES, RoSSiNi BARRoS, ALEX ALVES, mASSuD SALEm E LuCiANA ASSiS

c o z i n h a s d o E i x o

EStRElAS SoBRE A

SERRAPara a agenda de viagens: uma constelação de grandes chefs se

reúne em Itaipava, no Rio de JaneiroPor Bruna Cabral

A combinação entre boa comida, clima agra-dável e uma belíssima paisagem de 35 mil metros quadrados de área verde não é um

sonho, mas um festival gastronômico. Até maio de 2005, o restaurante Capim Limão, em itaipa-va, teresópolis, no Rio de Janeiro, sediará o Fes-tival de Chefs, que fará um importante nome da gastronomia nacional subir a serra fluminense e preparar um menu especial, um sábado a cada mês. A primeira da lista foi a chef Flávia Quares-ma, que comanda o Carême Bistrô e apresenta o programa mesa para Dois, no canal GNt, ao lado de Alex Atala. No último dia 11, ela serviu no restaurante do hotel um exótico robalo sobre legumes orientais, espuma de ostras com coco e azeite de manjericão com limão siciliano e um peito de pato sobre galette de batata doce e mo-lho perfumado com tucupi como prato princi-pal. No dia 22 de janeiro, será a vez de Clau-de troisgros assinar o menu. terceira geração de uma dinastia de chefs que ousam sem negar os clássicos, Claude está atualmente à frente do restaurante olympe, onde mescla a técnica fran-cesa com a força dos cheiros, temperos e sa-bores brasileiros. Para abrir o apetite, promete Rillete de Pato Confit e Café em Grão, Frozen Gazpacho com Legumes e tapioca Caviar. No

prato principal, as frutas tro-picais terão lugar garantido à mesa. A jaboticaba adocica-rá o molho que será servido sobre uma codorna rechea-da com farofa de cebola e coentro. Na sobreme-sa, um clássico francês: crepe souffle “passion”. Em fevereiro, Roland Villard comanda-rá a noite do sábado 26. membro da Académie Culinaire de France, e chef do restaurante Le Pré Catelan, no Sofitel Rio, ele criou um cardá-pio porolongado, que começará com coquetel de caranguejo e camarão e guacamole de aba-cate de amuse-bouche, continuará com tomate confit recheado com queijo de cabra e salada de crustáceos de entrada fria e mais um cappuccino de cogumelos perfumado com óleo de avelãs, fi-nas fatias de peito de pato defumado de entra-da quente. Como prato principal, os comen-sais degustarão fondante de cordeiro gratinado com crosta de ervas, croquete de alho suave e bûchette de legumes confitados e, como sobre-mesa, trio de patisseries, chocolate, frutas e nou-gat gelado. menos influencidado pela culinária fran-cesa, o chef Francesco Carli é quem vai subir a serra no dia 12 de março. Nascido na itália e es-tabelecido no Brasil há algum tempo já, ele ser-virá tortinha de sardinha com molho mediterrâ-

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ENGENHO #03 - 48

Foto: ARQuiVo

neo ao vongole, salada de bacalhau e robalo com crocante de laranja de entrada, risotto com abó-bora e crocante de carne seca e filé de porco em crosta de pistache com molho de cacau, como prato principal. As sobremesas serão mais fru-gais: tartelletta macia de cenoura e caju, damas-co perfumados de ervas e um digestivo sorvete de iogurte e capim limão.Dia 9 de abril, outro francês assumirá as caça-rolas. Nascido na Alsácia e criado na Alemanha, Christophe Lidy abrasileirou-se desde 1989 e hoje é proprietário da padaria e confeitaria Fí-garo e do Bistrô Cigalon em Búzios, no Rio. Pro-mete para a ocasião um cardápio que é sozinho um festival de sabores. Começa com uma pe-quena sopa de cenoura ao gengibre, segue para a entrada de salada de vagem francesa com bom-bom de codorna e cavaquinha em massa de ra-violi impressa de ervas, até chegar no prato prin-cipal: peito de galinha d’ angola com compota de

pêra com marmelo e especiarias. De sobremesa, marquise de chocolate e cupuaçu.o encerramento do festival, no dia 14 de maio, ficará por conta do belga Frédéric de maeyer, que está no Brasil há alguns anos, e no coman-do do restaurante Eça há três. Promete verrine com perfumes da Bahia como amuse-bouche, fondant de salmão, agar de cenoura acidulado, gengibre e coentro fresco de entrada fria. Para o prato principal, Supreme de Galinha d’Angola recheado com cogumelos, mousseline de couve de brusselas e batata noisette ao grana padano e emulsão de foie gras. A última sobremesa do fes-tival será um soufflé de chocolate belga e praliné de avelã, granité de limão Siciliano. é a oportuni-dade de ver ainda mais estrelas sobre a serra. Serviço:Restaurante Capim LimãoEstrada itaipava-teresópolis, 1.910 (Km 2) - itaipa-va (RJ) Reservas: (24) 2220.4500

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c o z i n h a L i g h tNão precisa ficar entre a cruz e a espada: dá para curtir a farra das ceias de fim de ano sem envergar quilos a mais

Por Bruna Cabral

Fim de ano é sinônimo de mesa farta, mas não precisa significar calça aperta-da. Quem não quiser começar janeiro

com a forma física do bom velhinho, deve começar a investir em cuidados antes mes-mo das festas. De acordo com nutricionistas e médicos orto-moleculares, a batalha contra os quilinhos extra nesta época exige estratégia. “Se a pessoa sabe que vai exagerar nas festas e confra-ternizações, já deve adotar de agora uma dieta mais magra no dia-a-dia”, aconselha a nutricionista Débora wagner. Segundo ela, basta evitar doces, frituras e dar preferência a carnes magras, folhas e fontes de carboi-dratos integrais. Quem preferir, pode adotar um es-quema mais maleável, diz Débora: “marcou uma con-fraternização para sexta? Então fecha a boca a partir de segunda.” tudo, reforça a médica ortomolecular Diana Campos, é uma questão de planejamento. Como pre-paração para as festas, ela também recomenda algumas semanas de dieta mais controlada, à base de peixes, fo-lhas, grãos, vegetais ricos em vitamina C e Complexo B, como espinafre e brócolis, e muita “sopinha leve” no jantar. mas diz que é preciso fazer mais: praticar exercí-cios, tomar muita água entre as refeições e jamais pas-sar longos períodos sem se alimentar. “Para evitar picos de insulina, hormônio lipogênico, ou seja, que forma gordura no organismo.” São necessários, diz, três refeições e três lan-ches todos os dias, mas nada exagerado, claro. Che-gado a ceia, mais cuidados. “A primeira dica é não sair de casa de barriga vazia. Bem alimentado, fica mais fácil resistir às tentações”, diz Diana. Das entradas, ela re-comenda somente os canapés folhados e feitos à base de pão integral com patês leves. Depois, salada de fo-

lhas, (sem batata ou maionese) e, como prato princi-pal, peru ou chester com frutas ou purê de maçã. “os grandes vilões da ceia são as frituras, que sobrecarre-gam demais o fígado, as farofas com bacon ou touci-nho, o pernil de porco e os queijos mais curtidos, como o do reino.” Para Débora, mais nocivo que qualquer tipo de alimento é o excesso e a mistura, bem típicos das ceias. “No fim de ano, a tradição é comer de tudo e muito, o que gera um acúmulo de calorias e ainda dificulta a digestão”, diz. Segundo a nutricionista, uma porção de peru, dois acompanhamentos e uma sobremesa, como bolo de frutas, são uma ceia farta na medida certa. “os outros pratos podem ser provados no almoço do dia seguinte, que muitas vezes é feito com toda a família reunida de novo, para dar conta de toda a comida pre-parada para a festa”, sugere. Bebidas, também não se deve misturar. “o me-lhor é optar pelo vinho tinho, a única que não é feita somente de álcool e açúcar. Contém vitaminas como o reverestol, que estimula a circulação e evita o acú-mulo de placas de gordura nas artérias”, ensina Diana. todas as outras são extremamente calóricas e se trans-formam em glicose assim que entram no organismo. “Em quem está de barriga vazia, o efeito é ainda mais ‘devastador’. “A absorção da glicose é maior e ela é ar-mazenada como gordura.” o ideal é beber pouco (“até vinho, em excesso,

SANtoEQuiLíBRioFotoS: SéRGio LoBo

perde as propriedades medicinais”) e intercalando com copos d’água ou pequenas porções de frutas. “tam-bém é indicada a ingestão de canapés ou saladas tem-peradas com azeite quando se está bebendo. “o óleo extraído das azeitonas prepara o fígado para a festa”, diz. A quem não dispensa o espumante para garan-tir um ano borbulhantemente próspero, Diana aconse-lha consumir a bebida em forma de ‘drinks lights’, mis-turada com suco de abacaxi ou servida com morangos dentro da taça, o que dá até um charme a mais. “São frutas que têm alto poder antioxidante e amenizam os efeitos da bebida.” Se o preparo da ceia ficar a cargo de quem pre-tende acabar o ano sem uma dobra a mais no abdô-men, as especialistas em boa forma e saúde recomen-dam trocar bacon por castanha na farofa, que pode também ser feita com milharina no lugar da farinha-de--rosca, além de muita cebola e alho. outra dica é en-cher a mesa de frutas frescas, como pêssego, ameixas e cerejas, além, claro, das tradicionais oleaginosas (nozes,

castanhas, amêndoas) e frutas secas, como damasco e passas. “A uva passa tem grande poder antioxidante e combate o excesso de radicais livres”, diz Diana Cam-pos. Débora sugere ainda usar um molho light no pre-paro do peru, feito à base de vinho branco, suco de laranja, mostarda e mel e comê-lo sem pele. Para quem tem por princípio a privação zero nas ceias festivas, o jeito é deixar o sacrifico pra depois. o programa de recuperação da forma física perdida na virada do ano começa assim que se chega em casa. “Beber um pouco de iogurte é muito bom para prote-ger a flora intestinal dos excessos”, diz Diana. No dia seguinte, jejum só piora. Ela recomenda começar o dia comendo frutas e rebatendo a farra gastronômica com um aliado poderoso: chá de casca de abacaxi. A bebi-da, preparada com as cascas de meio abacaxi para cada litro d’água, tem uma enzima chamada bromelina que auxilia na digestão, é diurética e ainda ajuda a queimar gordura. Quem comeu e também bebeu demais pode trocar o abacaxi pela mistura de chá verde com canela e mel.

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iNGREDiENtES:• 1/2 kg de pimenta do tipo dedo-de-moça grandes• 2 xícaras de açúcar

PREPARO:Corte as pimentas e tire todas as sementes e a placenta ( a parte branca que sustenta as sementes ). Ponha para ferver com pouca água, liquidifique, acrescente o açúcar e leve ao fogo para obter o ponto de geléia, em cerca de 15 minutos de cozimento.

GELéiA DE PimENtAPor Nara Maranhão Cavalcanti, do Engenho Cueirinha

ENGENHO #03 - 52

e s p e c i a l e n g e n h o I

Por Bruno Albertim Fotos: Sérgio Lobo

Depois do fracassado projeto de capitanias hereditárias, o açúcar conseguiu viabilizar o início do Brasil. Com tomé de Souza, ga-

nhou corpo o povoamento da grande colônia de Portugal na América. Coube a ele implementar os primeiros engenhos brasileiros. Com o ouro branco, como o produto era conhecido e co-mercializado em gramas nas boticas européias, esses engenhos se tornaram, além de esboço para o que seria o Brasil, grandes laboratórios para construção da culinária nacional. Alguns ainda o são. um bom exemplo é o Engenho Cueirinha, localizado na pequena cida-de de Buenos Aires, vizinha de Nazaré da mata, a 70 quilômetros do Recife, na Mata Norte. Ali, o açúcar sempre disponível, como no passado colonial, ainda é responsável pela transformação de alimentos em receitas de ressonância - como não poderia deixar de ser - histórica. o lugar foi transformado em pousada rural e, além de ofe-recer uma rotina típica, brinda os visitantes com o que sai dos fogões locais. A responsável pelas receitas é Nara ma-ranhão Cavalcanti, cozinheira de mão cheia e proprietária do engenho ao lado do marido, José

Rômulo Cavalcanti. Ambos têm sobrenome que também trazem ecos da história do povoamen-to do Brasil. Ela é descendente de Jerônimo de Albuquerque maranhão, personagem histórico que ajudou a expulsar os franceses do Estado que deu nome à sua família. Ele, descendente do fidalgo Felipe Cavalcanti. “Gosto muito das re-ceitas doces, feitas com o açúcar que faz parte da nossa identidade”, diz dona Nara. Com as pimentas do quintal, ela elabora uma geléia, ideal para acompanhar assados. Com o açúcar, ela cristaliza o jenipapo de uma forma impensável para o ritmo da vida urbana. o doce passa cerca de cinco dias secando sob o sol até ficar no ponto de ser consumido. Até um lombo de porco, nas mãos dela, ganha a companhia de um molho à base de mel de engenho. “A idéia é que o mel se sobressaia à carne”, diz. Algu-mas receitas, marcadas pela presença do açúcar que moldou os caminhos de Pernambuco, você confere a seguir.Serviço: Engenho Cueirinha, Buenos Aires, com acesso pela PE-59, depois da BR 408, na Mata Norte. Fones: 9948.1586 e 9617.4969. www.engenhocueirinha.com.br

ouRo BRANCo NA PANELANa Mata Norte, o Engenho Cueirinha produz receitas

com o açúcar que moldou os caminhos de Pernambuco.

LomBo DE PoRCo Ao moLho DE mEL DE ENGENho(Para 10 pessoas)Por Nara Maranhão Cavalcanti

iNGREDiENtES:• 1 e 1/2 quilo de lombo• 6 dentes de alho• sal• vinagre• 50 gramas de lingüiça calabresa• 1 xícara de açúcar

PREPARO:Fure o lombo para rechear com a lingüiça. Amasse os alhos e tempere o lombo com eles e o resto dos ingredientes. Deixe descansar por 12 horas. Derreta uma xícara de açúcar no fogo e passe a carne no mel que se formar. Depois, refogue a carne com três cebolas picadas, dois pimentões e coentro no azeite. Deixe cozinhar até ficar macio.

iNGREDiENtES DO MOLhO• Caldo que restar do cozimento do lombo• 2 taças de vinho branco• 2 colheres de mostarda• 2 colheres de molho inglês• 1 xícara de mel de engenho• 1 lata de creme de leite

PREPARO DO MOLhO:misture todos os ingredientes e, se quiser, acrescente amido para espessar, misturado a uma colher de manteiga. No final, acrescente o creme de leite. Sirva o lombo fatiado com o molho.

ENGENHO #03 - 53

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ENGENHO #03 - 54

e s p e c i a l e n g e n h o Ideu muito certo”, diz a chef. Em sua temporada no Recife, Cláudia en-sinou o preparo de um filé de salmão com crosta de castanha de caju ao molho de manga e cachaça, guarnecido por um mix de cogumelos flambados igualmente na cachaça. Na hora do molho, ela usou a cachaça na redução. “o molho de manga já está tão comum quanto o de maracujá. Com a cachaça, ele fica mais rico”, diz. Para a guarnição, as chamas do aguardente podem a mistura de cogumelos: fun-ghi, porcine, shitake. É escolher de acordo com a preferência. Para a sobremesa, Cláudia criou uma sopa de frutas com (adivinhem?) cachaça e pastel, para dar um belo contraponto crocante. Em vez do tra-dicional vinho, as pêras do preparo são cozidas no destilado de cana-de-açúcar. As receitas são simples e garantia de sucesso num jantar especial. As fór-mulas, Engenho reproduz a seguir. Bom apetite.

FiLé DE SALmão Com CRoStA DE CAStANhA DE CAJu Ao moLho DE mAN-GA E CAChAçA, AComPANhADo DE CoGumELoS FLAmBADoS NA CAChAçA(6 a 8 porções) Por Cláudia Freyre

iNGREDiENtES:Para o peixe:• 1 filé de salmão sem a pele• suco de 2 limões• sal e pimenta a gosto• 200 g de castanha de caju triturada2 claras de ovo4 colheres (sopa) de azeite para fritar

PREPARO:Corte o filé de salmão em postas e tempere com sal, pimenta e suco de limão. Deixe na geladeira por duas horas. misture a castanha com as claras e reserve. Aqueça metade do azeite em uma frigideira antiaderente, no fogo alto. Doure o filé de salmão rapidamente (deve ficar cru no centro). Acrescente mais azeite na frigideira quando necessário. Reserve o peixe. Coloque um pouco da mistura de castanha sobre cada posta de peixe e arrume em um tabuleiro, deixando um espaço entre eles. Cubra com papel laminado e leve ao forno a 180 graus por aproximadamente 15 minutos. o forno já deve estar previamente quente.

CAChAçA Em ChAmAS

Cláudia Freyre mostra que a bebida vai bem nas panelas e substitui com

louvor o conhaque na hora de flambar

O que você usa na hora de flambar suas recei-tas? Conhaque, responderá a maioria. Gra-ppa, dirão alguns. Se a pergunta for dirigida

à chef pernambucana radicada em Brasília Cláudia Freyre, a resposta é cachaça, o destilado de cana--de-açúcar que surgiu nos engenhos brasileiros. Profissional que sutilmente pernambucaniza algu-mas das mais sofisticadas mesas da capital, Cláudia esteve no Recife durante o último Festival Gastro-nômico de Pernambuco. tinha uma tarefa especial: dar uma aula sobre aspirantes a chef e gastrônomos em geral sobre as possibilidades da cachaça na co-zinha. “o brasileiro ainda tem essa mania de valo-rizar e usar apenas o que é importado. Se a receita diz: ‘flambe com conhaque’, ele flamba sem ques-tionar. Não se arrisca pelos ingredientes nacionais”, opina Cláudia, para quem o destilado brasileiro de cana-de-açúcar funciona perfeitamente para finali-zar a selagem de um peixe, por exemplo. Depois que o suco do filé é retido após uma leve passagem no azeite quente, a cachaça incendiada na frigidei-ra permitirá que o pescado saia sem perder quais-quer pedaços para ser finalizado no forno. “há mui-to pouco tempo troquei o conhaque pela cachaça e

Por Bruno Albertim Fotos: Sérgio Lobo

ENGENHO #03 - 55

MOLhO:iNGREDiENtES:• 500 ml de cachaça de boa qualidade• 3 mangas (com menos fibra, melhor)• 1/2 xícara de creme de leite fresco• 1 pitada de curry em pó• sal e pimenta a gosto• 1 pitada de açúcar

PREPARO:Leve a cachaça ao fogo até reduzir a 1 xícara. Reserve. tire toda a polpa da manga e coloque no liquidificador com a cachaça, o curry, sal, pimenta e uma pitada de açúcar. Bata até ficar homogêneo. Adicione o creme de leite e bata rapidamente. Retire do liquidificador, passe para uma panelinha e leve ao fogo para aquecer.

COGuMELOS - iNGREDiENtES:• 200 g de cogumelo shitake• 200 g de cogumelo shimeji• 200 g. de cogumelo porcine seco• 4 colheres (sopa) de azeite• salsinha picada• sal e pimenta a gosto• 1 cálice de cachaça de boa qualidade

PREPARO:Coloque o porcine seco em um recipiente com água morna por aproximadamente 40 minutos ou até hidratar. Escorra e pique. Reserve. Limpe o shitake e o shimeji. Corte o shitake em tiras finas e, com o shimeji, apenas desfaça os gomos. Aqueça a manteiga em uma frigideira. Adicione o porcine seco e frite bem. Junte os outros cogumelos e deixe fritar. Flambe com a cachaça, tempere com sal, pimenta e decore com salsa.

MONtAGEM DO PRAtO:Coloque o peixe delicadamente no prato aquecido. Ao lado, coloque o cogumelo e decore com o molho de manga.

mAiS 6PERGuNtASSoBREComiDA

ENGENHO #03 - 56

r e f o g a d o

mAiS 6PERGuNtASSoBREComiDA

1. O QUE VOcê põE nA BOcA nO pRIMEIRO dIA dO AnO? 2. O QUE VOcê

nEcESSARIAMEnTE cOME cOM AS MãOS? 3. chAMpAGnE OU cAchAçA?

4. VOcê dá A OUTRA FAcE, OU SEjA, dIVIdE A MESA cOM O InIMIGO?

5.O QUE nãO pOdE FALTAR nA SUA cESTA BáSIcA? 6. VOcê TEM FOME dE QUê?

1. Sete uvas verdes. É o meu número de sorte. 2. Tudo o que a etiqueta permite. Mas, vamos ad-mitir que é prazeroso, em alguns momentos, quebrar regras e comer frango assado com a mão. 3. Brindo com prazer com Pitú ou com champanhe. Evidentemente em ocasiões propícias para cada um. 4. Não tenho inimigo. Quanto a possíveis desafetos, a boa educação que o Sr. Queiroz me passou diz que devemos ser pessoas civilizadas sempre. 5. Pão. Alimento de todo dia. 6. De trabalho. E na mesa, sempre tenho fome quando tenho pela frente o bacalhau de Dona Janete.

1. Uva, que dá sorte. 2. Fruta. 3. Depende da ocasião. 4. Eu não tenho inimigos. Pelo menos não que eu saiba. 5. Gratidão a Deus pela comida. 6. De ver resolvido o problema da fome.

1.Outra boca. 2. Frango, peru e muitas outras coisas... 3. Depende da ocasião. 4. Sim, desde que o inimigo não saiba que eu sei que ele é meu inimigo. Ainda ofereço uma comidinha bem leve: rabada, feijoada, cozido, mão de vaca etc... 5. Macarrão de letrinha. 6. Picanha na brasa.

1. Água, muita água. Às vezes, Sonrisal. 2. Minha namorada... e manga também. 3. Cachaça, sempre e sempre. Champanhe dá uma azia danada... 4. Não dou a outra face, mas sento à mesa. 5. O desejo de querer chegar lá. De ser feliz. 6. Olinda, Pernambuco, Brasil.

1. Só Deus sabe, como diria Adélia Prado 2. Brigadeiro, nada como se lambuzar de brigadeiro. Fernando Pessoa escreveu um poema dizen-do que nada é mais metafísico do que chocolate. 3. Meu pecado, eu adoro um chopinho. 4. É um dilema, um “ser ou não ser, eis a ques-tão...” 5. Vou atacar de Roberto Carlos, “tudo que eu gosto é imoral, é ilegal ou engorda”. 6. De justiça e de cultura. Abaixo a hipocrisia.

1. Romã. Desde criança tenho o hábito de comer romã nos primeiros minutos do ano novo para atrair sorte. Uma gostosa tradição de família. 2. Pipoca. 3. Não consumo bebida com nenhum teor alcóoli-co. Coca light é a minha bebida preferida. Tomo coca-cola em qualquer ocasião. 4. Para viver bem é fundamental ter grandeza. Divido a mesa com qualquer pessoa. Boa educação, tratar bem qualquer pessoa, é uma das principais lições de vida que recebi dos meus pais. 5. Feijão. 6. De solidariedade. A maioria das pessoas sente necessidade de receber solidariedade e de ser solidário. Tanto que a cada dia aumenta o movimento na sociedade em direção ao voluntariado e à responsabilidade social.

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ENGENHO #03 - 57

AbrAsel-Pe .. .. .. .. .. .. R. ERnESTO dE pAULA SAnTOS, 1368/902 . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. BOA VIAGEM – F: 81 3465-8550AdorAtto: .. .. .. .. .. .. R. VIGáRIO BARRETO, 15 – ESpInhEIRO

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e n d e r e`c o s

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Companhia do ChoppBarazzoneArmazém

Mercearia AméliaColarinho

Guaiamum TrelosoFogo de Brasa

BirutaSeu Cafofa

OitãoCaldinho do Beto

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Pier 2290La MazaMarolaTalude

Ponteio GrillArtezanalePhillipe

Restaurante PernambucoDonatário

Drive in DerbyPlin PizzaSpidine

PRIMEIRO ENCONTRO

Quando passas por mim Sem me notarMe faz Chorar

Nem sabe que sofro por ti

Deixa eu te mostrarVem quebrar o gelo do desejo

Me tira do lugar

Aí você me olha assim Me deita e tudo gira só pra mimVocê me dobra e não sobra nada Te deixo mudo num beijo sem fim

Quando você me olha assim O mundo inteiro gira só pra mim

O tempo para não penso em mais nadaTudo termina num beijo sem fim

BEBA COM RESPONSABILIDADE.

CERVEJA PRIMUSApaixonada por você

ENGENHO #03 - 60