revista educar dezembro 2011

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Você já ouviu falar das vitaminas dó-ré-mi-fá-sol-lá-si? Informação útil para todos | www.revistaeducar.com.br O adolescente e a escolha profissional Escola é uma chatice? Educação Futuro Musicalização Edição 48 Ano 4 Dezembro 2011 | Distribuição gratuita e direcionada Fotografia: André Agenor | Impressão: Impressul Indústria Gráfica Ltda

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Educar edição 48, dezembro 2011

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Page 1: Revista Educar dezembro 2011

Você já ouviu falar das vitaminas dó-ré-mi-fá-sol-lá-si?

Informação útil para todos | www.revistaeducar.com.br

O adolescente e a escolha profissional

Escola é uma chatice?

Educação

Futuro

Musicalização

Edição 48 Ano 4 Dezembro 2011 | Distribuição gratuita e direcionadaFotografia: André Agenor | Impressão: Impressul Indústria Gráfica Ltda

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NOssa CapaTodo ano é assim: dezembro chega e a gente fica logo com vontade de celebrar o Natal. Queríamos que a capa deste mês lembrasse esta data tão especial e que, ao mesmo tempo, celebrasse a música. E acho que conseguimos. Um Feliz Natal para você e toda a sua família!

Livre para voar

Sou aquele tipo de mãe que se preocupa excessi-vamente com seu filho. Desde o momento em que Bruno nasceu e, devido a sérios problemas à ocasião de seu nascimento, eu me sinto assim,

superprotetora.

Quero que ele não sofra (apesar de saber que ele precisa passar por isso na vida). Quero que ele seja feliz (apesar de estar certa de que momentos de tristeza estarão presentes de vez em quando). Quero que ele seja uma pessoa do bem (meu marido e eu já estamos nos dedicando integralmente a isso).

Mas há mesmo uma forma de nos preocupar menos com os nossos filhos? É possível viver plena e tranquilamente, acreditando que eles vão se virar sozinhos, mais cedo ou mais tarde, e que estarão realmente protegidos de tantos acontecimentos ruins soltos por aí?

Eu não sei como as outras mães lidam com isso, e gos-taria de saber. Sei que preciso me policiar. Estou ciente de que meu filho, daqui a um tempo, estará voando sozinho e descobrindo o mundo – e que eu preciso estar lá, firme e confiante, oferecendo-lhe o apoio de que ele precisar. ■

EdIçãO 48 aNO 4 dEzEmbrO 2011EDITORA

Cláudia S. [email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVEL Lúcio Flávio Filho (MTB 21.441)

ARTECláudia Romualdo S. Prates

COLABORADORESCláudia Murakami

Auxiliadora MesquitaClodoaldo de Oliveira

Fátima Mesquita

REVISÃOVânia Dantas Pinto

CONTATO COMERCIAL48 8845.7346

[email protected]

IMPRESSÃO

Rua Alexandre Schlemm, 164 - Bairro Bucarein47 9143.4416 (Fábia) ou 47 9181.4223 (Andrei)

www.impressul.com.br

• As opiniões veiculadas nos artigos assinados não refletem necessariamen-te a opinião da revista.

• Os artigos publicados são de total responsabilidade de seus autores.

• Não é permitida a reprodução de qualquer conteúdo desta publicação sem prévia autorização da editora.

• A Revista Educar, publicação mensal da Pequeninos Revista Educativa Ltda, tem tiragem atual de 9.000 exemplares e é distribuida gratuitamente em di-versos pontos de Joinville, Florianópolis e São José.

• Para assinatura, sugestões, críticas ou elogios, envie e-mail para [email protected] ou entre em contato pelo nosso site www.revistaeducar.com.br

Cláudia [email protected]

Fernanda Grieco Acquati, 6 anos, posou para as lentes do fotógrafo André Agenor (www.andreagenor.com), na companhia de um dos lindíssimos pianos da Escola de Música Arte Maior (Joinville, 47 3433.8807). Assistente de fotografia: Ana Paula Soares Produção e idealização: Bela Murakami (www.chadebaunilha.com)

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Certamente você já percebeu que os interesses e necessidades de seus filhos são diferentes das suas quando na mesma faixa etária. Por vezes você já deve ter percebido que o seu modelo de criação/cuidado com seus filhos também é distin-to do utilizado pelos seus Pais.

Toda essa mudança de comportamen-to não é fato isolado, restrito à relação entre Pais e Filhos. Perceba, por exemplo, a atenção atual das organizações e de toda a sociedade às questões ambientais, in-cluindo a escola de seu filho, e compare ao tempo em que você estava no ensino fundamental. Toda a sociedade está em transformação!

Nesse contexto de transformação, será que, na necessidade eventual de realizar exames de laboratório para um de nossos filhos, devemos aceitar serviços/aten-dimento no mesmo modelo de décadas atrás? Será que podemos aceitar que um laboratório clínico tenha o mesmo pa-drão de atendimento para todas as faixas etárias, não entendendo seu filho como tendo características e necessidades es-pecíficas, distintas de indivíduos adultos, por exemplo?

Efetivamente, como Pais, precisamos de serviços de saúde que entendam as pe-culiaridades de nossos filhos, dessa nova geração tão distinta da nossa. Baseado

nessa tendência e necessidade, surgiu em Joinville o Ghanemzinho, o primeiro Laboratório Clínico de Santa Catarina in-tegralmente dedicado ao público infantil.

Uma casa mágica, um local onde as crianças encontram o seu mundo, com fantasia, criatividade, conhecimento, diversão e atenção sócio-ambiental. E, o principal, desvinculam “laboratório” do medo da coleta de sangue ou, como in-conscientemente falamos até hoje para nossos filhos, da “picada”. O Ghanemzi-nho conta com uma equipe multidisci-plinar de profissionais especificamente capacitados para o atendimento infantil, com a missão de transformar essa expe-riência de seus filhos em uma experiência diferenciada e positiva.

Uma das grandes inovações do Gha-nemzinho é o atendimento integrado. Diferentemente do modelo tradicional dos laboratórios, o Ghanemzinho atende em salas temáticas (cada uma perten-cente a um dos mascotes da “Turma do Ghanemzinho”), onde a família pode ser atendida com ampla comodidade, priva-cidade e segurança, fazendo seu cadastro e coleta na mesma sala individual e em momento único. As salas temáticas do Ghanemzinho apresentam os valores organizacionais do Grupo Ghanem e os traduzem para o universo infantil; nelas estão representados: paixão pelo que se

realiza, ética, excelência e competência, inovação, sustentabilidade, diversidade e humanidade. Nesse mundo mágico do Ghanemzinho ainda teremos um labora-tório de experimentação científica para as crianças e, a seguir, mais uma impor-tante inovação do Grupo Ghanem para o médico de seu filho: novos intervalos de referência de exames para cada faixa etá-ria, apoiando ainda mais o médico na in-terpretação dos resultados laboratoriais!

Tratar nossos filhos como únicos, entender a família e suas necessidades específicas, agregando tecnologia de ponta, profissionais ca-pacitados e aprenden-do continuamente com a nova geração e seu mundo em transforma-ção... essa é a essência do Ghanemzinho! ■

O mundo que conhecemos está em contínua transformação. Nas últimas décadas, muito do conheci-mento científico existente foi revisado e paradigmas foram alterados, acelerando esse processo de mudança em nossas vidas.

Um mundo em transformação, nossos filhos, um novo laboratório

Fernando Berlitz, Bioquímico, Gestor de

Sustentabilidade do Grupo Ghanem e Pai do Leonardo (10 meses)

Disk Ghanem: 47 3028.3001Joinville, São Francisco do Sul,Praia de Ubatuba e Araquari.

NOVIdadE

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Mas eu também acho que um pouco de chatice na escola não faz mal a nin-

guém, muito pelo contrário. “Chatice” na escola é se frustar, e frustração é realmen-te horrível. Mas, sem ela, dificilmente a gente teria descido das árvores, não é não? As frustrações costumam nos ensinar al-gumas coisinhas...

ERRAR A primeira frustração pela qual passamos na escola é errar! Porque na escola a gente vai fazer alguma coisa errada – coisas que não sabemos ainda, coisas que temos de fazer diferente, coisas que aprendemos e de que nos esquecemos. É chato errar! Crianças ou adultos gostam de imaginar que estão sempre certos. Mas errar é tão fundamental para aprender e crescer que hoje pedagogias inteiras se dedicam a mudar a maneira de avaliar um aluno. E o erro é a chance de aprendermos um dos alicerces da sabedoria: a reflexão.

ESPERAR Tem coisa mais chata do que esperar? É frustrante não ser o primei-ro e é uma tortura ser o último – o último a responder alguma coisa, a examinar algo

interessante, a comer, a entrar no banhei-ro. Esperar, na escola, é o resultado direto de uma fato muito simples: existem mui-tos outros alunos. Assim como existem muitas outras pessoas no mundo todo. Provavelmente vamos continuar achando que esperar é uma das coisas mais chatas da vida (eu acho que sim...). Mas a espera é a chance de aprendermos uma das chaves da humanidade: a convivência.

EntEdiAR-SE Ah, o tédio... O tédio na escola está relacionado ao de-sinteresse por algum assunto (ou todos, valei-me!). Ou ao desempenho de tarefas repetitivas. É claro que podemos examinar a questão e descobrir que determinados assuntos são totalmente desimportantes e que certas tarefas estão se repetindo sem nenhuma relevância para o aprendizado. No entanto, muitos assuntos e tarefas são etapas para se alcançar um objetivo mais à frente. E é difícil enxergar mais à frente, o que torna tudo tão... entediante. Só que o tédio é a chance de aprendermos uma qualidade que faz toda a diferença: a disciplina.

dEcidiR Mesmo nas escolas mais

rígidas e tradicionais, decidimos o tem-po todo. Conforme as circunstâncias, muitas crianças e adolescentes não têm como agir a partir de suas decisões. Mas as decisões estão sendo tomadas mesmo assim - o que achamos certo e errado, a quê vamos nos dedicar, de quem vamos nos aproximar. Na escola, como na vida, vamos descobrindo quem queremos ser. E arcando com as consequências! E até quando decidimos “não decidir”, deixando para outras pessoas dizerem quem somos, vamos pagar o preço. Decidir é cansativo e pode ser perigoso. Mas tomar decisões é a chance de aprendermos a única coisa que realmente pode nos guiar pela vida afora: quem somos.

A escola é uma chatice. Nela temos que aprender a superar nossos erros, a conviver com pessoas diferentes, a imaginar e traba-lhar por coisas futuras e a pensar por conta própria. Que aqui ninguém nos ouça, mas viva a chatice da escola! ■

Escola é uma CHATICE!EdUCaçãO

Quem nunca ouviu da boca de uma criança ou adolescente como a escola é chata! E hoje existe uma enorme preocupação em tornar lúdicas as atividades escolares. E fazer da escola um lugar onde a criança possa sempre interagir e se expressar com alegria e felicidade. E eu concordo inteiramente. De verdade.

Auxiliadora Mesquita,Pedagoga

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LUCY NÃO GOSTA DE REGRASNancy Rue | Editora Mundo Cristão

Para Lucy, o mundo está ficando cada vez mais chato e parece que ninguém a entende. Ela tem que cuidar sozinha do Papi e da casa, sem a presença da Mami. Além disso, ela tem que ajudar seu melhor amigo, que está enfrentando sérios problemas familiares. Como se não bas-tasse, a jovem descobre que seu sonho de ser jogadora de futebol pode ser difícil de conquis-

tar e, ainda por cima, vê o campinho da cidade ser vendido.

MARIA-FUMAÇA - Histórias do Sítio Editora Usborne Publishing

Este livro cartonado contém botões em um painel sonoro para complementar a história. Com ilustrações de Stephen Cartwright, a obra conta a história dos

personagens do Sítio das Macieiras.

A CIDADE DE VIDRO (VOL.3)Clare Cassandra | Editora Planeta

Em busca de uma poção para salvar a vida de sua mãe, Clary deve viajar até a Cidade de Vidro, lar ancestral dos Caçadores de Sombras. Mas à me-dida em que se aproxima de Ragnor Fell, o feiti-ceiro que pode curar a mãe, ela descobre segre-dos sobre seu passado e o de Jace - e o irmão não hesita em deixar claro que não a quer por perto. E

ela não imagina que está prestes a participar de uma batalha épica, na qual Caçadores de Sombras e integrantes do Submundo terão que se unir se quiserem sobreviver.

BACKYARDIGANS - A FLAUTA FANTÁSTICACatherine Lucas | CMS Editora

Esta obra conta uma história dos Backyardi-gans numa aventura em que a Professora Tasha tem a ajuda de uma flauta fantástica. O item conta ainda com uma flautafone que toca como

uma flauta de verdade e também reproduz três melodias ao apertar o botão.

O CEMITÉRIO DE PRAGAUmberto EcoEditora Record

Personagens históricos em uma trama na qual se desenrola a história de complôs, en-ganos, falsificações e assassinatos, em que encontramos o jovem médico Sigmund Freud (que prescreve terapias à base de hip-nose e cocaína), o escritor Ippolito Nievo, judeus que querem dominar o mundo, uma satanista, missas negras, os documentos fal-sos do caso Dreyfus, jesuítas que conspiram

contra maçons, Garibaldi e a formação dos Protocolos dos Sábios de Sião. A única figura inventada nesse romance é o protagonista Simone Simonini, embora o autor defenda que basta falar de algo para esse algo passar a existir.

A LEBRE COM OLHOS DE ÂMBAREdmund de Wall Editora Intrínseca

Nenhuma das 264 miniaturas japonesas entalhadas em madeira e marfim era maior que uma caixa de fósforos. Edmund de Waal ficou fascinado ao encontrar essa coleção em Tóquio, no apartamento de seu tio-avô, Ignace. Mais tarde, quando Edmund herdou os netsuquês, eles revelaram uma história muito mais ampla que ele imaginara...

De um florescente império em Odessa até a Paris do fin-de-siècle, da Viena ocupada à Tóquio contemporânea, Edmund de Waal refaz, ao longo do conturbado século XX, a jornada de uma coleção de minia-turas japonesas através de gerações de sua notável família.

LIVrOs

Rua Dr. João Colin, 475. Centro - Joinville, SC www.livrariamidas.com.br47 3433 0536 twitter.com/livrariamidas facebook.com/livrariamidas

USE SUA IMAGINAÇÃOUSE SUA IMAGINAÇÃOa história deixa que a gente conta

ENTRADAGRATUITA

10h30Todo sábado

de Histórias

para Os pEqUENOs

para Os graNdEs

Infanto-juvenil

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COmpOrTamENTO

Dói, o amigo chora

Crianças até os três anos de idade ainda estão desenvolvendo a fala. Agora imagine você, por exemplo, numa mesa comprida e lotada, tentando pedir à pessoa na outra extremidade que lhe passe o sal, sem usar a linguagem. Difícil, né?! Pois é, as crianças precisam usar outras maneiras para comunicar o que desejam. O bebê, que não tem ainda nem o domínio do próprio corpo, usa o choro para comunicar sua vontade. À medida em que se desenvolve, a criança vai aprendendo a usar novas estratégias para se fazer entender. Se meu amigo está usando o brinquedo que eu quero, eu preciso comunicá-lo da minha vontade - que, lembre-se, nessa fase, é tudo o que importa - usando a ferra-menta que possuo: meu corpo.

O corpo, além de fazer carinho - e como eles fazem carinho nessa idade, que delícia! - também aperta, morde, arranha, belisca... Por isso, a intervenção dos adultos - nos casos de “dodói” - deve ser no sentido de ajudar a criança a comunicar o que deseja de outros jeitos que não machuquem o amigo e, também, ensiná-los a evitar que sejam tocados pelos outros de maneiras que não os agradem. Àquele que bate, cabe uma co-brança de desculpas e um lembrete: “Não pode bater. Dói muito. O amigo chora, está vendo?! Ele não gosta. Vamos cuidar dele? Dê um beijinho, um abraço, vamos ver se ele precisa de alguma coisa?” À outra parte, cabe uma ajuda para dizer ao colega, bem bravo: “Não gostei!” ou um simples “não”, até um gesto com a mãozinha vale, se a criança ainda não falar.

Sei. Você acabou de vizualizar seu filhinho, olhinhos cheios de lágrima, sobrancelhas vermelhinhas de chorar depois de um conflito com o colega e o apertinho no coração já começou a dar sinal, acertei?! Faz parte. Como também faz parte do

desenvolvimento apertar e ser apertado, abraçar e ser abraça-do, arranhar e ser arranhado, beijar e ser beijado e assim por diante... É importante que a criança experimente todos esses papéis, centenas de vezes, se possível! É assim que se aprende sobre o outro. É beijando que aprendemos sobre beijos e prazer, e é batendo que aprendemos sobre tapas e dor, e é na mistura de tudo isso que aprendemos o mais importante: aprendemos sobre o outro. Um outro que existe! Existe, sente e quer - tanto quanto nós! As pessoas - e a vida - não são feitas nem só de prazer, nem só de dor, e os amigos não são feitos só de tapas nem de beijos. Eles são tudo isso, são mais que isso, são CRIANÇAS. Crianças tateando, apertando, agarrando o mundo com toda a vontade!

Bárbara F. Magliaé psicóloga (CRP 12/06523) e

Fernanda M. de Moura, pedagoga.Juntas, elas cuidam do

Espaço Crescer, em Florianó[email protected]

Quem tem filhos pequenos já deve ter experimentado aquele apertinho no coração ao buscar seu pequeno na escola e encontrar um “dodói” provocado por um amigo... Dói! Dói mais nos pais e nos professores do que nos miúdos, tenha certeza!

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papO dE mãE

A rotina com atividade física iniciou-se há muito tempo. Sou formada em educação física e as-sim que completei 30 anos resolvi começar a correr. Depois de alguns meses, meu marido

também comprou a ideia. Além de algumas provas no Brasil, completamos a Maratona de Nova York em 2008, a de Chicago em 2009 e, em julho de 2010, o Pedro nasceu.

Já havia adquirido um carrinho de corrida onde o bebê fica super confortável e estava decidida a correr com meu filho. Ainda faltava o mais importante: preparar o corpo. Um, dois, três, quatro meses se passaram e, no quarto mês, comecei a caminhar com o Pedro, na Beira Mar, em Florianópolis. Aos seis meses já estava praticando uma corridinha leve de apro-ximadamente 30 minutos.

Hoje o Pedro está com pouco mais de um ano e diariamente corremos juntos... Uma parceria que deu certo, pois ele adora o programa. Claro que está sempre protegido com boné, óculos e protetor solar. Sempre calculo o melhor sol, para evitar a exposição desnecessária, e depois da corrida ele adora beber água de coco.

No início, as pessoas estranhavam muito uma mãe correndo com seu filho. Hoje, a maioria já conhece o Pedro e sempre escuto uma palavra de incentivo: “Esse bebê vai ser atleta”. Quem sabe? Seria um orgulho e também meu companheiro de corrida.

No mês de novembro, Ricardo e eu embarcamos rumo à Pa-tagônia, para mais uma prova e também umas pequenas férias para o casal namorar um pouco. Antes da viagem, brinquei

com meu marido: “Que tal levar o carrinho do Pedro para revezarmos na corrida?”.

Antes de ser mãe, meus treinos eram bem elaborados. Hoje, quase não existe programa de treinamento e sim muita força de vontade para fazer aquilo de que gosto.

Espero estar contribuindo como exemplo para as mães, pois depois da gravidez podemos fazer tudo e mais um pouco, sempre com um pouco de adaptação e jogo de cintura. ■

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malhação a dois!-Por Tatiana Tavares

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O momento de escolher a profis-são geralmente vem acompanhado de dúvidas e angústias para o ado-lescente e sua família.

Atualmente os adolescentes preci-sam fazer essa escolha ao terminarem o ensino médio, isto é, em torno dos 16 ou 17 anos. Nessa fase de tantas transformações e no auge do proces-so de busca pela sua identidade, o adolescente (precocemente) se de-para com a necessidade de realizar uma escolha muito importante e que pode trazer repercussões para o resto de sua vida.

Observamos que muitas vezes os jovens ainda não possuem maturida-de emocional para tomar tal decisão. Podem também não possuir a clareza necessária para definir seu projeto de vida. O fato de reconhecer que essa escolha não precisa obrigatoriamente ser definitiva pode aliviar um pouco o peso dessa decisão. Entretanto, é possível que haja uma dose de frus-tração caso seja necessária a troca de curso (e de projeto de vida).

Muitos fatores podem interferir

na escolha da profissão, tais como: status social, re-muneração, profissão dos pais, mercado de trabalho, habilidades pessoais, opi-nião de amigos e parentes, entre muitos outros.

Por mais difícil que seja este mo-mento, é importante que o adoles-cente mantenha a tranquilidade e procure identificar quais as reais motivações que o levam a decidir por determinada profissão. Nessa etapa do processo, é necessário que o adolescente consiga discernir quais são as crenças pessoais e quais são as crenças familiares e dos amigos.

Posteriormente, é fundamental fazer uma detalhada pesquisa sobre o curso pretendido, investigando quais as universidades que oferecem o curso, o custo das mensalidades e dos materiais utilizados durante a fa-culdade, disciplinas do curso, tempo de graduação (quantos períodos ou anos), horário das aulas, etc. Convém também fazer uma análise sobre o mercado de trabalho, áreas de atua-ção, remuneração profissional, esta-bilidade financeira, estilo de vida, e horários de trabalho.

Algumas escolas e alguns cursos pré-vestibulares oferecem progra-mas da orientação profissional aos seus alunos. Há também a opção de

procurar um auxílio profissional es-pecializado (individual ou em grupo). A ajuda profissional pode ser de gran-de valia nesse momento decisivo na vida do jovem, pois estimula a refle-xão acerca dos fatores relacionados à escolha profissional, desmistificando estereótipos profissionais, diminuin-do a ansiedade e facilitando o proces-so de uma escolha consciente.

Esse processo é um tanto com-plexo, e demanda uma boa dose de autoconhecimento, maturidade e coleta de informações. É importan-te que a família participe, apoiando, orientando, respeitando e proporcio-nando suporte emocional nessa fase delicada da vida do adolescente. ■

O adolescente e a EsCOlHA prOfIssIOnAl

Catarina Costa Marques,Médica Hebeatra (especialista em

adolescentes) e Psicóloga

FUTUrO

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aTITUdE

Quem não gosta de ser elogiado? Valorizado? Meu pai sempre dizia: “Você pode fazer 10 coisas boas, mas se fizer uma errada, as pessoas esquecem o que você fez de bom, e o errado pesa mais do que

tudo!” No fundo acho que isso é verdade.

Vemos que muitos professores mandam bilhetes nas agen-das escolares, meio de comunicação entre escola e famílias, mas esquecem de colocar um novo bilhete para elogiar a mudança de comportamento, quando a criança passa a fazer o que é esperado.

As críticas são importantes, mas os papais e as mamães não podem esquecer que elas devem ser construtivas. Ficar remoendo problemas não vai ajudar seu filho a melhorar o comportamento.

As pessoas supervalorizam as atitudes erradas e se esquecem de dar o devido valor ao que os pitocos fazem de correto. Pense comigo: se você consegue chamar mais a atenção quando faz uma coisa errada – e o que mais uma criança quer e precisa é de atenção – por que motivo você vai fazer o certo, se a atitude correta passa batida aos olhos dos adultos?

Retome quando acontece algo de ruim, mas não deixe de valorizar quando seu filho tem uma atitude correta. Não se esqueça de que as crianças acreditam no que os pais falam. Se

chamarmos uma criança de briguenta, encrenqueira, de mal criada, entre outros adjetivos nada legais, ela realmente vai acreditar que é isso e fará jus aos adjetivos dados.

As crianças são os holofotes do que está acontecendo em casa e quando existe algo de errado, os pais buscam ajuda, jus-tificam que o filho nunca agiu assim, e não enxergam que eles é que precisam ser ajudados.

Um erro seguido de uma conversa firme, mas mostrando as possibilidades de melhora, fará com que seu filho se sinta acolhido e protegido. Se o objetivo for somente o de apontar o erro, acredite, a criança vai pensar que não existe saída e acabará pisando na bola outra vez.

Errar e repensar sobre o que ocorreu nos ajuda a lidar com o fracasso. O elogio deve servir como estímulo, deve ter funda-mento e, acima de tudo, deve ser desafiador, para que a criança queira sempre ser uma pessoa melhor.

Observe seu filho com atenção, conver-se com ele. E me responda: você já o elogiou hoje? ■

A prática do elogio

Patrícia Balestra Pintá,Coordenadora Pedagógica da

Escola Americana de Florianópolis

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EVENTOs

sÁBADO AnIMADO DE nATAl! (florianópolis)

ErA VIDrO E sE QUEBrOU (Joinville)

No último sábado animado deste ano, as crianças vão escrever uma cartinha para o Papai Noel, pintar uma grande árvore de Natal, brincar, rir e, no final, se deliciar com um super lanche! Tudo isso sob o comando de pessoas experientes e qualificadas.

dia 10/12, das 14 às 18h, no Espaço crescer

R$50,00 por criança (1 a 8 anos)Desconto para irmãos (adultos ficam de fora!) Vagas limitadas

Reservas: 48 3024.2166 Rua Monsenhor Topp, 114, Centro

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Musicais são sempre lindos e enchem o nosso coração de encantamento e emoção...

A peça ERA VidRO E SE QUEBROU é assim: en-canta as crianças e faz adultos reviverem momen-tos de sua infância. Então anote aí e não perca.

O evento, que marca o encerramento das conta-ções de histórias de 2011, acontece na LiVRARiA MidAS no dia 10/12 (SÁBADO), às 10:30h. O in-gresso é um produto de limpeza/higiene, que será doado ao Projeto Resgate (Joinville).

Para saber mais, ligue (47) 3433.0536.

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Mais uma vez o assunto é brincar. Mas por que falar tanto desse assunto se já sabemos que brincar é essencial e que é isso mesmo de que a criança precisa e o que deseja? Será que sabemos mesmo qual é o efeito do brincar na vida dos pequenos hoje e no futuro? Qual é nosso papel nesse processo?

Brincar com brinquedos

A forma como os brinquedos são feitos (artesanalmente ou industrializados) não importa. O que interessa é a postura dos adultos na orientação à utilização dos mesmos. Se a orientação é rígida e só permite que o jogo seja sempre feito seguindo as regras que vêm na embalagem; ou se o brincar é sempre direcionado por alguém, sejam pais, professores ou fabricantes, a criança perde a oportunidade de fazer inversões, conversões, distorções, subver-ter a ordem e transformar. Ela perde a possibilidade de ampliar horizontes, de ser mais flexível e, mais ainda, a oportunidade de descobrir sua opinião sobre as coisas. A criança passa a ver tudo apenas de uma maneira, a maneira que alguém impôs a ela. Ela perde a vontade de arriscar, buscar soluções, não consegue traçar seus próprios caminhos, não desenvolve a autoconfiança e a criatividade.

Independência e autoconfiança

Essa atividade na infância determinará o caminho que esse indivíduo vai tomar depois de adulto: ele pode tornar-se uma pessoa dependente dos outros para tomar suas decisões ou alguém que toma as rédeas da vida nas próprias mãos.

Brincar é um grande canal para o aprendizado em todos os sen-tidos. Quando brinca, a criança reflete e se organiza internamente

para aprender o que ela quer e de que necessita. Nesse momento, o adulto precisa estar distanciado e ao mesmo tempo presente, apostando na sabedoria da criança, respeitando o seu momento, suas ideias, hipóteses, sentimentos e pensamentos, seus sonhos! E sonhos são livres, imaginados, inventados, diferentes. Para que a criança possa desenvolver sua criatividade, ela precisa de um ambiente que ofereça liberdade de materiais e, ao mesmo tempo, lhe dê continente e segurança para ser livre.

O Reverbera está sempre pensando nisso e, por isso, traz para as férias da criançada uma proposta variada: atividades vivenciais que favorecem a criatividade, a autoconfiança, enfim, que proporcionam o encontro com a diversão!

A ideia é tornar os dias das crianças bem leves e felizes, com brincadeiras no jardim, piscininha e banho de mangueira, artes, construção de jogos e bonecos, histórias, música, Inglês, cinema, culinária e muito mais!

No Reverbera ou em qualquer outro lugar, a ideia precisa ser sempre a mesma: deixar a criança criar, brincar e, o mais importante, ser feliz! ■

COLÔNIa dE FÉrIas

a ordem é: brINCar!

Fábia Lombardi, educadora e arteterapeuta

“É no brincar, e talvez apenas no brincar, que a criança ou o adulto fruem de sua liberdade de criação” Winnicot

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Tema desta edição:

Que o Natal é a festa da família, ninguém duvida. E é dessa luz tão típica do Natal – a luz da união e do amor familiar – que nasce uma sombra triste que paira sobre aqueles que não podem estar juntos de sua própria família. Apesar de durar só 24 horas para a maioria das pessoas, o Natal se torna uma data angustiante e incontornável para uma pessoa solitária ou em alguma instituição.

E essa pessoa está aí pertinho de você: uma criança num orfanato, um idoso num asilo ou num apartamento, um estudante de outra cidade que não vai poder voltar para casa, uma colega de trabalho que veio de longe e não pôde ainda trazer a família. Ou alguém que está há tanto tempo só que nem se lembra mais como é ser de outro jeito...

Para essas pessoas, festas antes ou depois aliviam só um pouco o peso de passarem “aquele” dia como que separadas de toda a comunhão da humanidade! Por isso, fica o convite da Pipoca: tente dar uma passadinha em algum asilo na noite de Natal, com a família já toda bo-nitona e um bolo bem cheiroso. Ou vá, na manhã de Natal, surpreender com seus filhos as crianças de um orfanato. Ou, ainda, chame para cear ou almoçar na sua casa aquela vizinha “difícil” ou o colega que não sai do messenger. Dentro de suas possibilidades e só se vier de dentro do seu coração, claro.

Porque, no fundo, o Espírito de Natal é um só. Mas ele é comemorado de muitos jeitos diferentes pelo mundo afora. Invente o seu jeito. E ao invés de ter um Feliz Natal, faça um!

INTEraçãO ENTrE paIs E FILHOs

Conteúdo: Auxiliadora MesquitaArte: Cláudia Prates

Natal Solidário

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HIsTÓrIa INFaNTIL

pipoca em... UM pAssEIO DE nATAl

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CUrIOsIdadEs E sUgEsTÕEs

O natal ao redor do mundo

Achei pra você!

Alemanha: foram os alemães que tive-ram a ideia de enfeitar árvores para o Natal e eles gostam de fazer isso até hoje. Também gostam de cantar músicas especiais para a ocasião: NOITE FELIZ também foram eles que inventaram (em alemão, é claro!). Eles também gostam de fazer coroas de Advento. Advento é o tempo que se passa esperando pelo nasci-mento de Jesus, e vai de 24 de novembro até 24 de dezembro. As crianças alemãs ganham seus presentes no dia de São Nicolau (6 de dezembro) e não no dia de Natal. Os alemães também sabem fazer biscoitos e bolos deliciosos para o Natal.

Estados Unidos: lá eles fazem uma bonita ceia de Natal no dia 24 de Dezem-bro, com peru assado e outras coisas gostosas. As crianças esperam que Papai Noel dê uma passadinha em suas casas e deixe alguma lembrancinha dentro das meias que ficam penduradas perto da lareira. Os presentes grandes ficam embaixo de grandes árvores enfei-

tadas e só vão ser abertos no dia 25.

Finlândia: no Natal desse país tão dis-tante e geladinho, as pessoas adoram comer coisas especiais: biscoitinhos de mel em forma de lua e estrela, pernil grandão e bacalhau bem grosso. Tam-bém fazem uma salada de beterraba e uma conserva de arenque, que é um tipo de peixe. Tudo isso é servido entre as 5 e as 7 horas da noite do dia 24 de dezem-bro. Depois eles abrem os presentes. Tem gente que leva toda a família para a sauna antes de ir para a ceia!

itália: os italianos gostam muito de ir à Missa do Galo, que é celebrada na noite do dia 24 de dezembro. Também gostam de montar presépios em casa, e as cri-anças adoram ajudar. Presentes só vão ser abertos no dia dos Reis Magos, que é em 6 de janeiro! E quem costuma trazer os presentes não é Papai Noel, mas uma bruxa boa chamada Befana, que fica de olho para saber se a criança se compor-

tou bem. Além do panetone, os italianos também gostam de comer no Natal um doce especial chamado Sfogliatelli, cheio de mel e ricota, e tam-bém massas recheadas e deliciosas.

Portugal: em cada lugar de Portugal, eles fazem um pouquinho diferente. No Minho, é muito importante manter o fogo aceso a noite toda do Natal – é o lume sagrado. Em Trás-os-Montes, tem muita festa com dança, música, tambor e até castanhola. Em Beiras, tem desfile com roupas bonitas, bandeiras e tochas acesas. No Ribatejo, fazem fogueiras grandes nas praças e comem broas e bolos de gema. No Douro a tradição é uma ceia, chamada de consoada, com deliciosas ra-banadas, uvas passas e vinho quente.

E você, já pensou em como fazer o Natal na sua casa? ■

O nAtAL dO cARtEiRO Janet & Allan Ahlberg (Cia da Letrinhas)

Nesse divertida história, um carteiro está cheio de serviço para fazer com tantas entregas de encomendas, cartas e cartões. Só que ele trabalha entregando cor-

respondência em casas muito especiais - a da Chapeuzinho Vermelho, a do Homem Biscoito e a de Cachinhos Dourados. E ao longo da história você vai poder ler os bilhetes, cartões e cartas que toda essa galerinha foi escrevendo. É bem diferente dos emails e do computador!

LivrosUM AnO nOVO dAnAdO dE BOM Angela Lago (Editora Moderna)

Essa é uma linda história de três irmãs separadas por um feitiço: uma foi trans-formada num pássaro, a outra numa árvore e a terceira num rio. Mas nada

vai impedir que essa família se reúna novamente nesse maravilhoso conto de encantamento.

Em qualquer lugar do mundo, o Natal é a comemoração do nascimento do menino Jesus. Alegria, casas e ruas enfeitadas e muita comida gostosa tem em todo canto. Mas cada lugar inventa um jeito diferente e criativo de celebrar o Natal. E às vezes nem comemora no mesmo dia que a gente! Quer conhecer alguns?

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FEITUra

Árvore de Natal

Cláudia Murakami,também conhecida por Bela, escreve, cozinha,

planta, costura, pinta, é mãe da Aila (3 anos) e criadora da marca Chá de Baunilha

www.chadebaunilha.com

Foto

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Um Natal de coração leve e respiração tranquila. Um largo sorriso e aquela sensação de que tudo aconteceu da melhor maneira, nem sempre como você planejou, mas de uma maneira bacana. De bem com a vida, com os amigos, de bem com a família. Se as coisas boas que lhe aconteceram neste ano fossem transformadas em enfeites de Natal, sua árvore estaria cheia, com certeza. Amigos são coisas boas, saúde, tempo com os filhos, com a família, uma casa confor-tável, passeios, um bom café, um bom papo. Tudo isso seria transformado em bolinhas de natal. A árvore mais linda que alguém pode desejar é essa.

Agora arrume um espaço em seu pinheirinho para pen-durar esta pequenina árvore que eu ensino aqui. Você vai precisar de palitos de picolé, tinta, cola, fita e enfeites.

Comece pintando os palitos da cor que você deseja que seja sua árvore. Cole os palitos formando, com eles, um pinheirinho. Então enfeite.

Deixe seus filhos, alunos, sobrinhos deco-rarem as suas pequenas árvores também.

Uma árvore de ternura e gratidão é o que desejo para todos vocês neste Natal!

Até o ano que vem. Boas festas!Bela

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rECEITa

ingredientes para o nhoque*:750 ml de leite, 2 colheres (sopa) de manteiga, sal, noz mos-

cada, 200g de farinha de semolina (veja quadro abaixo), 1 ovo,2 colheres de queijo ralado.

ingredientes para o molho de tomate fresco:500g de tomates frescos e maduros, 2 dentes de alho, 2

colheres (de sobremesa) de azeite de oliva, 1 colher (de sopa) de folhas de manjericão.

Modo de preparo:

Colocar em uma panela 750ml de leite, 2 colheres grandes de manteiga, sal e noz moscada. Quando estiver quase fervendo, juntar 200g de semolina e mexer bem rápido, para não empe-lotar até ficar com aspecto de polenta grossa. Desligar o fogo, juntar 1 ovo, 2 colheres de queijo ralado, bater bem e colocar numa bandeja ou assadeira untada, numa espessura de mais ou menos 2cm. Deixar esfriar e cortar em quadrados. Servir com molho de tomates frescos ou molho a bolonhesa (carne moída).

*CONTÉM GLUTEN

Molho de tomates Frescos

Bater no liquidificador 500g de tomates frescos, maduros e cortados em cubos. Passar o suco na peneira grossa, apenas para retirar as sementes que ficaram inteiras. Refogar 2 dentes de alho em 2 colheres de azeite de oliva, até começar a amarelar. Juntar o suco dos tomates, ferver para apurar, acertar o sal e por fim juntar 1 colher de sopa de folhas de manjericão picadas. ■

Nhoque de semolina

Semolina é o nome dado ao resultado da moagem in-completa de cereais. Ela possui textura granulada, geralmente grossa, obtida da moagem de grãos duros, sendo a parte nobre do trigo, do milho ou do arroz.

www.papinhadavovo.com.br - Joinville

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rEFLEXãO

Mudei para São José dos Campos, SP, e fiquei passada com a quantidade de padaria. A cada esquina, uma. Um dia, brincando, perguntei pra que tanta padoca: “Ah, foi a privatização da Embra-er”. Grande empregadora da cidade, a fabricante de aviões havia despedido trocentas pessoas com a privatização. E a moçada, com a grana da dispensa, danou a abrir padaria...

Inútil dizer que a maioria se deu mal. Sim, porque ter seu próprio negócio não é pra qualquer um – você precisa ser um administrador nato, intuitivo, ou um que aprendeu com livros e escola. E é aqui que entra o X da questão, porque como o mundo hoje oferece muito trabalho e pouco emprego, como é que a gente pode preparar as gerações vindouras pra lidar com isso?

Noutra época, quando morei no meio do mato em Mairiporã, SP, minha única vizinha era uma família muito dura e enorme. Quase na boca do verão, uma me contou que ia pegar 50 picolés na fábrica por 50 reais e vender cada delícia a 1,00 na represa! Sério?! Pois entendi naquele segundo que pobreza tem mesmo relação direta com educação. Minha vizinha não sabia fazer contas e ia se estrepar.

Claro que o erro dela era crasso demais. Mas vivo vendo gente com diploma na cinta que fala de negócio da mesma maneira – sem sentar pra fazer contas básicas! Só que o mundo quer que a gente seja empreendedor, e aí eu pergunto: como é que se ensina uma criança a saber ler contrato, fazer conta de custo e lucro, entender de contador e leis e burocracia, a saber lidar com os deveres e direitos de empregados? E como é que a gente faz isso quando a

gente tem tanto pudor com dinheiro?

Ah é, porque dinheiro é pecado. Eu mesma, quando boto reparo, vejo que olho pra qualquer enricado com o olho torto, como se toda riqueza tivesse como origem algum troço de errado – e dizem que isso tem muito a dever àquela coisa de ser mais fácil passar um camelo pelo buraco da agulha que ver um rico dando pinta lá no paraíso. Sei lá. Só acho que a gente precisa mudar essas coisas. Pra ter menos gente abrindo e fechando negócio.

Não, ninguém precisa virar Geraldo Negocinho, um sujeito que tinha uma Kombi estacionada no centro da cidade e que enchia a dita de gente querendo comprar os terrenos que ele vendia lá nos cafundós de Belo Horizonte, anos atrás. Não sei se o cabra é boa gente nem nada, mas adoro o nome, porque não inspira confiança alguma.

Mas me lembrei dele porque não estou aqui fazendo apologia nem à riqueza nem à pobreza. Gente que SÓ pensa em negocinho é o uó do borogodó! Mas ficar sofrendo porque ninguém nunca te ensinou o básico de como sobreviver neste modelo de vida é ainda mais chato, né não? ■

padaria, camelo, picolé e negocinhos

Fátima Mesquita, escritora, autora dos livros

A INCRÍVEL FÁBRICA DE COCÔ, XIXI E PUM;ALMANAQUE DAS BARATAS, MINHOCAS E BICHOS NOJENTOS;

PIRATAS - OS PERSONAGENS MAIS TERRÍVEIS DA HISTÓRIA; EM BUSCA DA MELECA PERDIDA (lançamento), entre outros.

Para mais informações: www.pandabooks.com.br

Você ensina seus filhos a negociar? Eles entendem o que é dinheiro? Sabem que é trabalhando que a gente ganha a bufunfa nossa de cada dia?

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Viajar para a Disney, hoje em dia, é muito fácil. Com o câmbio favorável, a estabilidade da economia do Brasil e condições muito atraentes dos pacotes, tem se tornado mais e

mais comum que famílias façam a opção por esse destino nas suas férias. E com tudo isso vem sempre a grande dúvida: QUAL A MELHOR IDADE PARA LEVAR MEU FILHO PARA A DISNEY?

Antigamente levava-se em consideração o alto custo da viagem e a dificuldade de se chegar ao destino. Como hoje em dia os pacotes são mais acessíveis, muita gente tem oportunidade de ir: hoje temos voos diários e diretos até Orlando. A viagem, sem dúvida, está muito mais fácil!

EStRUtURA E dEtALHES QUE EncAntAM E AtEndEM A tOdOS

A Disney foi criada por Walt Disney, um sonhador que planejou todos os detalhes para que seus parques fossem aproveitados por toda a família. Com isso, há uma estrutura que atende a todas as necessidades de seus visitantes. Esse fator deve ser levado em consideração na sua escolha, pois não só nos parques Disney, como em toda Orlando, existe uma estrutura para receber crianças de todas as idades. As famílias americanas têm o hábito de viajar sempre com seus filhos, vemos com frequência por lá pais jovens com 3 ou 4 filhos pequenos; muitos levam bebês de poucos meses e todos, com plena certeza, viajam a esse destino por conta dessa grande estrutura oferecida.

diVERSÃO PARA tOdAS AS idAdES

A experiência que tenho pelo convívio com todos os ti-pos de famílias que há muitos anos levamos para Orlando me permite observar que os menores – de 2 a 6 anos – são os que mais vivem a magia oferecida nos parques, com os seus personagens preferidos. Pessoalmente, acho muito gratificante sonhar com os pequenininhos. As crianças maiores de 6 anos, até os 10, aproveitam além da magia

dos personagens e do conto de fadas – sim, porque ainda entram “no clima”. Em sua maioria já têm altura para curtir a maior parte dos brinquedos, entre eles alguns radicais. Acredito que os maiores de 10 anos, até a ado-lescência, aproveitam um outro lado desse destino: os brinquedos ainda mais radicais. Já não entram muito no clima mágico, em especial os meninos, porém aproveitam demais as atrações dos parques, os shows e as compras.

Diante disso tudo, não há como a família não se di-vertir. Então, a ordem é fazer as malas e viver o sonho... o sonho das crianças... e de muitos pais! ■

A magia da DisneyVIagEm dOs sONHOs

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patricia Szpoganicz Linhares,proprietária da Universal Turismo

(Florianópolis)

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diomira, a Sherazade do sertão, coronel carrerão e LucinhaIvana Arruda Leite

Coronel Carrerão, o velho man-dão, não resistiu. Se apaixonou e casou com Diomira. Os dois vi-vem tranquilamente na famosa Fazenda Bela Vista. Quer dizer,

nem tão tranquilamente assim, já que uma garotinha sapeca e faladeira também está por lá.

Oficina de improvisação teatral e de Palhaço com Juliana dornelles (SP) - a partir de 16 anos

(com 1 hora de intervalo para almoço) - VAGAS LiMitAdAS

Apresentação Artística de natal (evento gratuito)

Bazar de Renovação (entrada gratuita)O Bazar é uma atividade voltada para a interação entre as pessoas

e uma oportunidade para trocar, vender e mostrar produtos.

Mais informações: 48 3365.5606 / 9601.2847Reverbera: Rua Clodorico Moreira, 43, Santa Mônica

LIVrOs | EVENTOs

10/12, das 10 às 17h

Brinque-Book Oficina, apresentação artística e bazar!

14/12, às 20:30h

17/12, das 14 às 18h

Não bastassem as preparações para as fé-rias e o Natal, teremos ainda que guardar

um pouco do nosso fôlego para aproveitar os muitos eventos que estão vindo por aí. O Reverbe-

ra, por exemplo, promete deixar nosso mês ainda mais feliz e animado. Confira abaixo a programação de dezembro e aproveite para se agendar!

Os heróis do tSUnAMiFernando Vilela

Os tsunamis (ondas gi-gantes) acontecem com frequência na Terra, prin-cipalmente no oceano Pacífico, e causam muito

transtorno às pessoas, podendo destruir completa-mente vilas e cidades. Mas alguns seres vivos têm a capacidade de prever este fenômeno. Neste livro, você irá se surpreender com uma eletrizante aventura, que mostra como os animais são importantes para nós.

(florianópolis)

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sOrTEIO

Prêmios para o NatalChegou a época mais charmosa do ano, o Natal... e para come-

morá-lo, vamos sortear brinquedos e livros! Não fique de fora, é muito fácil participar!

b Envie um e-mail para [email protected] com nome, telefone e endereço completo até o dia 23 de dezembro. No título, escreva PRÊMIOS DE NATAL.

b Serão 7 contemplados - cada um receberá 1 dos prêmios ilustrados nesta seção. Os ganhadores serão avisados até o dia 1º de janeiro de 2012 e terão seus nomes divulgados no site da Educar, na seção PROMOÇÕES.

b Envie somente 1 e-mail - endereços e dados repetidos serão desconsiderados.

b Mais informações: www.revistaeducar.com.br

brinquedos Cia da Criança

Kits livros

O Natal de marley

1 Escorregador com cadeirinha

3 kits com o livro “Em busca da MELECA

PERDIDA”, de Fátima Mesquita, e livro de atividades Educar/

Today’s Baby Center

2 livros O Natal de Marley, de John Grogan (Editora Ediouro)

1 Cavalinho de chão

Panda Books

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NOTíCIas

Novo estúdio de arte, psicologia e educação

No começo deste ano, Florianópolis recebeu um novo es-paço para quem quer se conhecer, exercitar a criatividade e a ima-ginação. É o Baobah Estúdios, que chegou com uma proposta diferente e instigante para pessoas de qual-quer idade!

O Baobah está de portas abertas para crianças, adultos e a turma da “melhor idade” - todos estão convidados a usufruir do espaço de 1000m², construído com a reciclagem de conteineres. O prédio foi preparado acusticamen-te e possui salas especializadas para atividades artísticas, além de cozinha, banheiro adaptado, elevador e bistrô com delícias da casa. Além disso, fica em meio a uma área verde de 1300m².

Nesse ambiente especial, a liberdade para criar é estimulada de todas as maneiras. A ideia é que as pessoas se reúnam de maneira livre e exercitem sua criatividade, sua imaginação e os sentidos. O Baobah quer ver as pessoas descobrindo novos caminhos, inovando em soluções e desafiando os limites – tudo pelo prazer de conhecer, criar e se autocriar. Saiba mais em www.baobahestudios.com.br

Bebê a bordo: Curso de Maternidade Responsável

O Banco de Cordão Umbilical lançou mais uma iniciativa ótima para futuras mamães: um curso especial para gestantes em que os assuntos mais importantes para elas podem ser conversados com especialistas.

É o curso Bebê a bordo: Maternidade Responsável, que acontece regularmente no Floripa Shopping, na Associação dos Lojistas. Nesses encontros, as mães podem discutir seus problemas e dúvidas com obstetras e pediatras. Também ficam sabendo tudo a respeito de como guardar as células-tronco do cordão umbilical de seu bebê, tema tão importante para o futuro das crianças – e a tranquilidade dos pais!

Além de aprender mais, mamães e papais ainda têm um delicioso coffee-break à espera, sorteio de surpresas e mimos para levar para casa. Sempre às 19 horas, o Bebê a bordo: Maternidade Responsável já está com as datas programadas.

Informe-se sobre os próximos encontros pelo tele-fone (48)3025-3700. Ou faça sua inscrição pelo email [email protected]. A inscrição é gratuita e o Banco de Cordão Um-bilical pede apenas que você leve 1kg de alimento não perecível. Em tempo: papais ou o acompanhante de sua preferência são muito bem-vindos.

DO fOrnO... -Por Auxiliadora Mesquita

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Baobah Estúdios: estrutura de primeira e equipe qualificada

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Em defesa do melhor da moda infantil

A advogada Aline Magagnin já era uma apaixonada por moda quando nasceu sua filhinha e ela descobriu todo um novo mun-do fashion – o da moda infantil. Dessa paixão nasceu a vontade de aprender e conhecer. E Aline foi fundo: estudou o mercado e a indústria de moda infantil, separando o joio do trigo.

Esse profundo conhecimen-to adquirido ela compartilha com as pessoas por meio de seu blog, o www.mamicanguru.com.br, desde 2009. Aline tam-bém dá dicas fashionistas em sua coluna “Crianças Moder-nas” em www.garotasmoder-nas.com . E na coluna “Moda Infantil” em www.alinefranca.com.br/page/?page_id=5267 .

Além de contar para todo mundo as novidades e tendên-cias e dar dicas para as mães que querem deixar seus filhotes

bem lindos, Aline Magagnin também presta assessoria a grifes e lojas. Contatos com ela podem ser feitos pelo email [email protected].

Bebezões...

Algumas pessoas se chocam, outras não conseguem parar de rir. É o site www.manbabies.com recheado de fotos de pais com seus filhos. Até aí, nada de mais. O detalhe é que as fotos são postadas com os rostos trocados – os pais com os rostos de seus bebês. E os bebês com aquelas barbas...

A verdade é que algumas fotos ficam realmente bizarras. Mas

muitas delas servem para dar boas risadas. Além do inusitado da coisa toda, algumas ficam bem comoventes, pois mostram momentos de carinho e cuidado entre pais e filhos. E o papai, aí? Vai arriscar brincar de ser um “homem-bebê”?

E por falar em postagem de fotos...

Para a maioria das pessoas não tem problema, mas os americanos andam discutindo sobre a postagem de fotos de crianças em blogs e redes sociais. E muitos pais americanos já decidiram que não vão postar fotos de seus filhos em seus perfis por considerarem que é uma exposição desnecessária e possivelmente perigosa de suas crianças.

Agora uma polêmica ainda maior foi lançada pelo jornalista Farhad Manjoo, da revista eletrônica Slate. Ele comentou que os pais só têm controle sobre a postagem das fotos que eles mesmo tiram de seus filhos. E que ninguém discute o fato de que sua criança pode aparecer nas fotos de outras pessoas: numa festinha de aniversário, no teatrinho da escola ou num jogo de futebol entre crianças. E que os pais não fazem ideia de como seus filhos serão retratados nessas fotos – nem dos co-mentários que podem surgir, coisa comum em redes sociais.

Pode ser só exces-so de cuidados, mas o jornalista se pergun-ta se deveriam exis-tir algumas regras de conduta – uma

“etiqueta” - para pos-tar fotos dos filhos dos outros... E você, o que pensa sobre o assunto? ■

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CULTUra

A visão periférica, geral, ampla, do todo; que se contra-põe e se coloca em tensão permanente com a observação minuciosa, atenta, particular – ambas fazem parte de um movimento ininterrupto de atenção/desatenção, aproxi-mação/distanciamento que nos levam a perceber o todo e a parte e dar significação ao visto.

Mas o Alain inclui a ilusão! Explica que a ilusão é como uma percepção ingênua, primária, que se deixa equivocar... É o que nos faz ter a sensação de que o céu “acaba ali”, que é uma abóboda negra limitada repleta de furinhos ilumi-nados; e que a terra onde estamos é plana e igualmente limitada pelo horizonte. Ele chama de ilusão aquilo que

por tantos anos foi tido como verdade; aquilo que só mais tarde a ciência pode desvendar e refutar como equívoco. E por fim, Alain acrescentou a imaginação: “Para apreciarmos as constelações precisamos usar nossa imaginação e ver linhas imaginárias que ligam os pontos (estrelas) e, assim, formam grandes figuras (como o escorpião, por exemplo)”.

A visão periférica sozinha; a observação de um ponto singular; a percepção ingênua; ou a imaginação por si só

– cada uma isoladamente, não nos permite vislumbrar o escorpião no céu. É justamente a dinâmica desse conjun-to que nos leva à contemplação! Uma contemplação que não é estática ou passiva, mas que é ativa, pois é fruto do confronto entre a imagem e a experiência acumula-da do espectador, libertando o caráter polifônico e múltiplo nelas envolvidos.

É... Nada como outras paisagens e outros dizeres para (re)vermos nossas questões por diferentes ângulos! Por isso devemos sem-pre levar as crianças para viverem diferentes aventuras e experiências! ■

VIsãO, ObsErVaçãO, ILUsãO E ImagINaçãO:

Maria Isabel Leite, Arte-educadora, Pedagoga, com Doutorado em Educação e

Pós-Doutorado em Arte-Educação na área de Educação Museal www.repensandomuseus.blogspot.com

ingredientes da contemplação

Você já parou para pensar em como se dá a construção do olhar das crianças? Embora pudesse tentar respos-tas nas experiências museais, provoco nosso diálogo a partir da visita noturna que fiz a um observatório na casa do astrônomo francês Alain, em San Pedro do Atacama/Chile. Olhando para aquela imensidão de céu do deserto tão plano, rodeado ao longe por montanhas e vulcões, numa temperatura de zero grau

centígrado e vento cortante intermitente, Alain diz: “para admirar as constelações, é preciso visão, observação, ilusão e imaginação”. Como será isso?

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mÚsICa

Sabemos intuitivamente que a música pode acalmar e en-tusiasmar, entristecer ou alegrar – e isso vale tanto para as crianças quanto para os adultos. A fruição musical é parte de nossas vidas desde muito cedo, e ainda bem que é assim. As vibrações sonoras são capazes de nos atingir tão intensamente porque acessam todo o nosso corpo.

Ouvir música é coisa que levamos nossos bebês a fazer bem cedo - um móbile, uma canção de ninar, um sucesso do rádio, um dvd infantil. O que muita gente não faz é dar mais um passo nessa relação tão boa com a música: passar de “con-sumidor” a “produtor”.

E isso nem é tão complicado assim. Afinal, produzir sons é exatamente o que a criança está fazendo ao cantar, ao bater com as mãos ou objetos sobre as mesas, ao sacudir ou soprar coisas encontradas pelo chão. Desse estágio inicial a criança pode ir mais além e com muitos benefícios para a sua vida. O estudo sistemático de música, partindo da iniciação musical até o domínio de um instrumento, é valioso para a criança de muitas formas.

A primeira delas é algo que os cientistas já comprovaram – tocar um instrumento atinge as mesmas áreas do cérebro relacionadas à linguagem e ao raciocínio. Isso significa, na

prática, melhora na leitura e na matemática!

Além disso, também está comprovado que a música estimula a inteligência espacial, necessária para “visualizar” soluções em três dimensões e imaginar coisas. É pouco? Quem estuda mú-sica também parece formar mais conexões entre os neurônios, e mais variadas. É uma verdadeira “academia” para o cérebro!

Como se não bastassem esses efeitos diretos, também exis-tem muitos benefícios indiretos: tocar um instrumento exige disciplina e perseverança, aceitação da frustração e capacidade de superar os medos. Também exige concentração e atenção aos detalhes. Dá chance à criança de assumir riscos e se co-municar. Ajuda a desenvolver a autonomia e a autoexpressão. E isso tudo se divertindo!

Mas ainda tem mais: nas ocasiões em que a musicalização se dá em meio a outras crianças, proporciona a oportunidade de trabalhar em equipe e conviver de maneira harmoniosa para chegar a um objetivo comum.

Então anote aí: para crianças de todas as idades, recomen-dam-se doses diárias das vitaminas dó-ré-mi-fá-sol-lá-si. Sem contraindicações! E os efeitos colaterais são maravilhosos... ■

Você já ouviu falar das vitaminas

Que toda criança adora música, isso é fácil de perceber: ainda bem pequenos, eles se sacodem de um lado para outro assim que ouvem uma batida ritmada. E em pouco tempo eles já têm seu próprio “hit parade”, com as músicas preferidas, que levam a criança à loucura. E os pais por pouco também não ficam loucos, pois

haja repetição! De fato, hoje já se sabe que além do prazer óbvio que a música causa na criança, ela também proporciona outros efeitos poderosos no cérebro.

dó-ré-mi-fá-sol-lá-si?

Foto: André Agenor

Fernanda Grieco Acquati, 6 anos, na Escola de Música Arte Maior

-Por Auxiliadora Mesquita

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NOSSA CARA

Você tem filhos e quer que eles participem desta seção? Envie foto(s) para [email protected] com as seguintes informações: nome(s) completo(s) e idade(s) da(s) criança(s), cidade, telefone(s), escola(s) e nomes completos

dos pais. Imagens com resolução ruim e/ou com dados incompletos não serão selecionadas.

gaLErIa

LeticiaMaria ClaraMaria ClaraLeonardoLeonardo

LauraLauraJúlia e GuilhermeJúlia e GuilhermeIsabelleIsabelleGuilhermeGuilherme

BrunaBruna

VitoriaVitoria

FredericoFredericoBeatriz e MarianaBeatriz e MarianaAna Luiza

EduardoEduardoAlenaPedroPedroSofia

Leticia

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