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revista do edição nº 152 || www.hospitalmoinhos.org.br Hospital inaugura dois novos Centros: Ortopedia e Traumatologia, e Neurologia e Neurocirurgia Comitê inclui Doenças Crônicas na pauta da OMS O papel do médico na Acreditação revista do

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revista do

edição nº 152 || www.hospitalmoinhos.org.br

Hospital inaugura dois novos Centros: Ortopedia e Traumatologia,

e Neurologia e Neurocirurgia

Comitê inclui Doenças Crônicas na pauta da OMS

O papel do médicona Acreditação

revista do

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04 || Editorial

05 || Aconteceu

14 || Em pauta

24 || Perfil

26 || Acreditação

31 || Iguatemi

32 || História

34 || Humanização

38 || Comunidade

SUMÁRIO

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EXPEDIENTE

EDITORIAL EM FOCO

A busca incessante pelas melhores práticas na área da saúde

A Medicina é uma profissão com características bem peculiares. Além de ser um especialista em sua área de atuação, um médico precisa ser um bom líder, deve conhecer bem a sua equipe, servir de exemplo, conhecer protocolos de atuação, estar por dentro das evoluções do mundo e da tecnologia.

No Hospital Moinhos de Vento temos a consciência de que, mesmo com tantas responsabilidades inerentes à prática, o processo de trabalho exige constante aprimoramento. Nesta edição da revista, fizemos um im-portante questionamento interno: qual o verdadeiro papel do médico na Acreditação? O que precisa ser reforçado na rotina de trabalho diária destes profissionais que são fundamentais para a conquista do reconhecimento? De que forma buscar a melhoria contínua em processos e nos serviços pres-tados? Quais são os direitos e os deveres dos pacientes?

Trazemos, ainda, uma matéria especial sobre a importante atuação do médico na con-dução das práticas internacionais da Acreditação, mostrando que a conquista do reconheci-mento é importante especialmente pelo seu significado ao assegurar o exercício das melhores práticas dentro da atividade hospitalar.

Você também encontrará uma reportagem sobre o nosso trabalho realizado em con-junto com a Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), o Instituto da Mama do RS (Imama) e a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) para lançar o Consenso sobre Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs). Este foi um importante passo rumo a uma gestão de saúde pública mais eficiente.

Reservamos, também, espaços para destacar os principais acontecimentos da Insti-tuição, para falar sobre a nossa história, o nosso envolvimento com a comunidade, bem como eventos e publicações de renome que contam com a participação de médicos integrantes do nosso corpo clínico.

Nas próximas páginas está o resultado de todo o trabalho e o empenho para entregar a você muitas informações de interesse variado e úteis para o setor da saúde, utilizando o nosso principal canal de comunicação que é a revista do Hospital Moinhos de Vento.

Tenha uma excelente leitura!

Dr. Nilton Brandão da Silva Superintendente Médico

Revista do Hospital Moinhos de VentoHospital Moinhos de Vento: Rua Tiradentes, 333 – 90560-030 | Porto Alegre/RS – Fone: (51) 3314.3434 | www.hospitalmoinhos.org.brConselho de Administração: José Adroaldo Oppermann – Presidente do Conselho, André Meyer da Silva, Thomas Bier Herrmann e Werner Siegmann | Associados: André Meyer da Silva, Arno Ary Schwuchow, Cleber Dario Pinto Kruel, Clovis Roberto Francesconi, Eduardo Bier de Araújo Correia, Fernando A. J. Renner, Frederico Glitz, Ivo Luiz Lampert, Jorge Gerdau Johannpeter, Jorge Luiz Logemann, José Adroaldo Oppermann, José Augusto Kliemann, Ricardo Vontobel, Telmo Pedro Bonamigo, Thomas Bier Herrmann, Werner Siegmann, William Ling | Superintendência: Dr. João Polanczyk – Superintendente Executivo / Fernando Andreatta Torelly – Superintendente Administrativo / Dr. Nilton Brandão da Silva – Superintendente Médico / Mohamed Parrini – Superintendente Financeiro | Diretor Executivo: Dr. Luciano Hammes | Coordenação: Shirlei Raquel Manteufel | Apoio de redação: Jaine de Almeida Martins | Produção e Execução: Informare Comunicação Empresarial | Projeto gráfico e diagramação: Violeta Lima | Jornalista Responsável: Fernanda Doering – MTB 11197 | Fotografias: indicefoto.com e Bohn Fotografias | Revisão: Greice Zenker

EM FOCOACONTECEU

O Hospital Moinhos de Vento ampliou a sua capacidade de atendimento. Já foram disponibilizados mais 42 leitos, sendo que 31 foram destinados à Unidade de Internação A1 e 11 à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os novos leitos atendem a um novo conceito, com base nos quatro pilares: humanização, segurança/tecnologia, privacidade e hotelaria.

No início de 2011, o Hospital contava com 335 leitos; hoje, já são 377; e a previsão é de que chegue a 390 até o final do ano.

A Instituição foi sede do IV Congresso Internacional de Câncer de Mama do Hospital Moinhos de Vento que abor-dou novidades no tratamento de pacientes com tumores HER2-positivo, a variação agressiva do câncer de mama, a evolução da radioterapia e a obesidade como fator de risco para a doença. Houve palestras de especialistas nacionais e internacionais que se reuniram no Anfiteatro Schwester Hilda Sturm.

O Dr. Rodrigo Ribeiro, médico epidemiologista do Instituto de Educação e Pesquisa, foi um dos tutores do 5º Workshop de Prática Clí-nica Baseada em Evidências, realizado entre os dias 21 e 25 de agosto em Angra dos Reis (RJ). O evento foi uma realização conjunta do Centro de Ensino e Pesquisas dos Hospital Pró-Cardíaco (PROCEP/RJ), Acade-mia de Medicina de Nova York (EUA) e Universidade McMaster (Cana-dá), e contou com participantes de renome internacional na área, como o Dr. Gordon Guyatt (Universidade McMaster). O evento, que seguiu a mesma estrutura dos Workshops realizados pela Universidade McMas-ter, no Canadá, esteve focado na utilização da medicina baseada em evidências para a prática clínica diária, bem como revisões sistemáticas e Avaliação de Tecnologia em Saúde (ATS). Além de sessões plenárias, o Workshop contou com a discussão destes problemas em pequenos grupos, com o auxílio dos tutores do evento.

Ampliação na capacidade de atendimento

Congresso Internacional

IEP em Workshop Internacional

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Nasce um novo conceito de Maternidade

No início de março, o Hospital Moinhos de Vento inaugurou sua nova Maternidade, cujo nome homenageia Helda Gerdau Johannpeter. O evento, ocorrido no hall do Centro Clínico Tiradentes, reuniu autoridades políticas, empresários, superintendentes, gerências, lideranças, colaboradores e comunidade.

ACONTECEU

“Somos reconhecidos por nossa medicina

avançada e, segundo o Ministério da Saúde, esta

Instituição está entre as cinco melhores do Brasil.

Esta condição traz muito orgulho aos gaúchos.

Gostaria de cumprimentar a todos por este presente

entregue a nossa cidade.”

José Fortunatiprefeito de Porto Alegre

“Estamos em um momento muito especial.

Como membro do Conselho de Administração deste Hospital, tenho a felicidade de reconhecer o legado de uma instituição que prima pela excelência.

Nossa mãe nos deu um grande exemplo de responsabilidade social e queremos perpetuá-lo.

Esperamos que as nossas futuras gerações possam continuar procurando o Hospital Moinhos de Vento.”

Jorge Gerdau Johannpeter

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ACONTECEU

No primeiro semestre, o superintendente médico do

Hospital Moinhos de Vento, Nilton Brandão da Silva, recebeu

a presidente da Associação Gaúcha de Profissionais em Con-

trole de Infecção Hospitalar (AGIH), Nádia Mora Kuplich.

Eles participaram da abertura do Encontro Interna-

cional de Controle de Infecção da Instituição, que recebeu

especialistas de renome internacional, como a representan-

te da Federação Internacional de Controle de Infecção (da

Foram realizados, no Hospital Moinhos de Vento, no pri-

meiro semestre de 2011, o III e IV Cursos do Núcleo de Tratamen-

to do Enfisema -Tratamento Broncoscópico do Enfisema Pulmo-

nar - válvulas unidirecionais.

A terceira edição deu ênfase ao intercâmbio internacional.

A quarta edição enfocou o treinamento de clínicos brasileiros para a sele-

ção e o encaminhamento de pacientes que podem se beneficiar desta mo-

dalidade de tratamento minimamente invasivo do enfisema. Nessas duas

edições, foram treinados 20 médicos, dos quais 13 eram clínicos brasileiros

vindos de Curitiba, Fortaleza, Rio de Janeiro, São Paulo e Teresina. Os sete

participantes do III Curso eram broncoscopistas e cirurgiões torácicos de

Montevidéu e Punta del Este, no Uruguai, Buenos Aires e Mendoza, na Argentina, e São José do Rio Preto, no Brasil. Participou, ainda, um

médico turco, responsável pela introdução da tecnologia de válvulas em seu país, cuja presença teve o apoio da empresa fabricante das válvulas

brônquicas unidirecionais, a Pulmonx, com sede nos Estados Unidos.

Especialistas de renome internacional falam sobre controle de infecção

Núcleo promove mais dois cursos sobre tratamento endoscópico do enfisema no HMV

Inglaterra), Judith Richards; o membro da Escola de Pato-

logia da Universidade de Witwatersrand (da África do Sul),

Adriano Duse; e o chefe do Departamento de Prevenção de

Infecção do Hospital da Universidade de Oslo (da Noruega),

Engil Lingaas.

O evento, destinado aos profissionais da área da

Saúde e colaboradores do Hospital Moinhos de Vento, acon-

teceu no Anfiteatro Schwester Hilda Sturm.

O Hospital Moinhos

de Vento realizou a V Jor-

nada de Nutrição Clínica e

o VII Simpósio de Terapia

Nutricional da Instituição,

nos dias 19 e 20 de agosto, no

Anfiteatro Schwester Hilda

Sturm, localizado no 4º andar

do Bloco Hospitalar. Entre

os assuntos abordados estive-

ram os cuidados nutricionais

com a gestante, a lactante e

o uso de cateteres e sondas.

Os coordenadores deste even-

to foram José Vicente Spo-

lidoro, Magali Kumbier e

Rosmeri Lazzaretti.

Eventos debatem temas sobre nutrição

“Neuromodulation” é um livro que foi editado pelo cirurgião Arthur Cukiert e lançado em São

Paulo, pela Editora Alaúde. A obra reúne artigos de neurocirurgiões e pesquisadores de vários países, entre

eles Carlos Roberto de Mello Rieder, Paulo Silva Belmonte de Abreu e Alexandre Mac Donald Reis, inte-

grantes da equipe do Núcleo de Neuromodulação do Hospital Moinhos de Vento, que tem a coordenação

de Telmo Tonetto Reis.

A obra é voltada para profissionais da área e descreve um panorama dos usos potenciais da neu-

romodulação no tratamento das enfermidades do sistema nervoso central apresentando técnicas, como o

implante de estimulador central profundo. O emprego da neuromodulação ocorre há mais de seis anos no

Hospital Moinhos de Vento, com o tratamento de pacientes com Parkinson, distonias e tremores. Entre

as aplicações potenciais estão a depressão refratária e o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC).

Especialistas da Instituição integram obra internacional

Em Assembleia Geral Ordinária, a Associação Hospitalar Moinhos de Vento elegeu, por unanimidade, os membros do Conselho de Administração, órgão responsável por traçar as políticas e diretrizes estratégicas do Hospital, juntamente com a Superintendência.

José Adroaldo Oppermann foi reeleito para o cargo de presidente para o triênio 2011-2013, juntamente com os conse-lheiros André Meyer da Silva, Thomas Bier Herrmann e Werner Siegmann.

Eleição da nova Administração

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ACONTECEU

Em 18 de agosto, o Hospital Moinhos de Vento promoveu o 2° Simpósio de Farmácia Hospitalar, no

Anfiteatro Schwester Hilda Sturm, em encontro direcionado a farmacêuticos e demais colegas da área de saúde.

Durante a programação, profissionais da Instituição e convidados debateram sobre diversos temas, como

Medicamentos, Pesquisa e Inovação; Automação de Estoques e a Segurança no Processo Assistencial, entre outros.

Desde o final do mês de

julho, o Hospital Moinhos de Ven-

to conta com inovações planejadas

para ampliar a sua Unidade de In-

ternação de Emergência. A obra ga-

rantiu à Unidade 13 novos leitos, em

um novo ambiente chamado Área de

Observação, dentro de um formato e

de um propósito diferenciados, com

um novo estilo de layout.

Conforme Dr. Sérgio Frede-

res, gerente do Serviço de Emergên-

cia do Hospital Moinhos de Vento, o

novo espaço fica afastado da Emer-

gência, foi projetado para circula-

ção rápida e tem ainda mais foco no

paciente, trazendo maior conforto e

melhor controle do estado físico, já que o visual da área permi-

te uma assistência mais efetiva. “No mundo inteiro, especial-

mente nos Estados Unidos, há uma constante preocupação

com o número de leitos disponíveis. Cerca de um milhão e du-

zentas mil consultas são realizadas por ano e, destas, 50% têm

acesso pela porta das emergências para ingresso no sistema

de saúde hospitalar. A questão é que boa parte dos pacientes,

ou até mesmo a maioria, apresenta patologias consideradas de

curta permanência. Por isso, é preciso desenvolver unidades

específicas para estas demandas. Foi o que realizamos aqui,

no Hospital.”

Como funcionaA partir de agora, pacientes com patologia aguda, que

necessitem de cuidados por até 72 horas, não precisam mais

da internação tradicional. Eles são encaminhados para a Área

de Observação, que os atende em suas necessidades básicas,

com privacidade, conforto, possibilidade de acompanhamento

de um familiar e por um curto espaço de tempo. Caso o tem-

po de assistência necessite ser mais prolongado, o paciente é

transferido para uma unidade padrão de internação.

Para o Dr. Frederes, com este novo ambiente e esta

inovação no atendimento, o Hospital tem um ganho de opor-

Evento voltado para a Farmácia Hospitalar A Emergência sob um novo formato

Os neurocirurgiões da Unidade de Radiocirurgia Estereotáxica do Hospital Moinhos de Vento,

Dr. Leonardo Frighetto, Dr. Jorge Bizzi e Dr. Paulo Petry Oppitz, foram autores de um dos capítulos do livro

“Shaped Beam Radiosurgery” publicado pela Editora Springer-Werlag e lançado mundialmente no último

congresso da International Stereotactic Radiosurgery Society (ISRS), realizado no mês de junho, em Paris.

O livro representa uma das mais recentes publicações da área da Radiocirurgia Estereotáxica

utilizando os chamados “Colimadores de Micromultilâminas”, tecnologia em que o Hospital foi um

dos pioneiros no Brasil e é a única Instituição a disponibilizá-la no Rio Grande do Sul. Na América do

Sul, os neurocirugiões do Hospital foram os únicos autores do livro, o que demonstra a importância da Unidade de Radiocirurgia

dentro do contexto atual da área. Participaram da publicação, ainda, representantes de Serviços de Radiocirurgia da França, do Japão,

da Suécia, da Alemanha, da Holanda, do México e de diversas universidades americanas.

Neurocirurgiões do Hospital são autores de livro internacional

tunidade: “Utilizamos os apartamentos de forma mais efi-

ciente para procedimentos variados, que estão pré-agendados

e que, portanto, a Instituição precisa dar continuidade, não

colocando em risco a estabilidade dos demais procedimentos.

Não há interferência na dinâmica da Instituição.”

Além de contribuir para melhorar o atendimento ao

paciente, o novo formato de assistência pode resolver a ques-

tão quantitativa e a de rotatividade, sem prejuízo da qualidade

assistencial: “Acreditamos que esta venha a ser uma ferramen-

ta importante no combate às superlotações que vivenciamos

em praticamente todos os níveis de atendimento em emergên-

cia em nossa cidade e nosso País”, finaliza Dr. Frederes.

Equipe da Emergência, junto com Dr. Sérgio Frederes,

gerente do Serviço no Hospital Moinhos de Vento

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Cerca de 300 profissionais de enfermagem, far-mácia, fisioterapia, medicina, nutrição e psicologia, pro-venientes das mais diferentes cidades do Rio Grande do Sul, participaram da aula inaugural do Programa de Pós- graduação em Saúde do Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento.

O evento aconteceu no Hotel Sheraton Porto Ale-gre, com a aula inaugural do Superintendente Administra-tivo do Hospital, Fernando Andreatta Torelly, que falou sobre “Pessoas, Estratégias e Resultados: o Diferencial das Organizações”. A abertura do evento foi realizada pelo Superintendente Médico, Dr. Nilton Brandão da Silva.

Neste ano, o Programa de Pós-graduação inovou com o lançamento de novos cursos, mais abrangentes e sempre com a característica de serem voltados para a qualificação do profissional para o mercado de trabalho, se-gundo Dr. Luciano Hammes, diretor do Instituto de Educação e Pesquisa.

Alunos participam de aula inaugural dos cursos de Pós-graduação

Cursos de Pós-graduação 2011

1º Semestre

• EnfermagememCentroCirúrgico, Recuperação Anestésica e CME• EnfermagememTerapiaIntensiva, Emergência e Trauma• EnfermagememNefrologia• EnfermagememMaterno-infantil• EnfermagememOncologia• FarmáciaHospitalar• FarmáciaemOncologia• FisioterapiaOrtopédicaeNeurológica• FisioterapiaPediátricaeNeonatal• FisioterapiaHospitalareTerapiaIntensiva

• MedicinadeUrgênciaeTrauma• MedicinaemNeurologiaVascular• NutriçãoClínicaeDoençasCrônicas• NutriçãoemMaterno-infantil• NutriçãoemOncologia• PsicologiaHospitalar 2º Semestre

• EnfermagememMaterno-infantil• EnfermagememTerapiaIntensiva, Emergência e Trauma• MedicinaCirurgiaMinimamente Invasiva - Videocirurgia

EM FOCO

O Hospital Moinhos de Vento celebra mais uma importante conquista: é um dos 10 primeiros colocados na lista dos 45 classificados entre os melhores Hospitais e Clínicas da América Latina, análise feita pelos pesqui-sadores da revista America Economia Intelligence e di-vulgada na edição de setembro. Além disso, o Hospital é o único da Região Sul a figurar neste seleto grupo. Há apenas seis hospitais brasileiros listados na publicação e a Instituição destaca-se em vários itens analisados.

No quesito “Segurança”, por exemplo, aparece com a pontuação 90,10, ficando entre os cinco melhores do ranking e o segundo do Brasil. É também um dos mais efi-cientes, com 90,9 pontos, e o segundo melhor do País em Gestão do Conhecimento com 74,5 pontos. Esse ranking leva em conta a eficiência hospitalar e de que forma as insti-tuições resolvem a equação que envolve a administração do atendimento de qualidade com racionalização de custos.

Instituição está entre os melhores Hospitais e Clínicas da América Latina

ACONTECEU

A excelência das instituições que fazem parte desta lista é marcada pela presença de nomes de prestí-gio, como o do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, e muitos outros igualmente já reconhecidos.

Ranking dos Hospitais 1. Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, Brasil 2. Clínica Alemana, Santiago, Chile 3. Fundación Santa Fé, Bogotá, Colômbia4. Clínica Las Condes, Santiago, Chile 5. Hospital Clínica Bíblica, San José, Costa Rica 6. Hospital Samaritano de São Paulo, São Paulo, Brasil 7. Hospital Alemão Oswaldo Cruz, São Paulo, Brasil8. Fundación Valle Del Lili, Cali Univ., Colômbia 9. Hospital Moinhos de Vento, Porto Alegre, Brasil 10. Fundación Cardioinfantil, Bogotá, Colômbia

Profissionais qualificados e excelência no atendimento fazem parte do dia a dia do Hospital Moinhos de Vento

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EM PAUTA

No início do ano, o Hospital Moinhos de Vento rece-beu o Dr. René Frydman, especialista em Reprodução Huma-na Assistida, considerado o “pai” do primeiro bebê de proveta da França, para proferir a palestra Concepção e Nascimento no século XXI. O evento aconteceu no Anfiteatro Schwester Hilda Sturm e contou com a presença de médicos e especialis-tas em reprodução.

Na abertura do evento, Dr. Nilton Brandão da Sil-va, Superintendente Médico do Hospital, apresentou o Dr. Frydman como pioneiro no desenvolvimento de técnicas ino-vadoras em Reprodução Humana Assistida, exercendo impor-tante influência em áreas como Medicina Fetal e Obstetrícia

de Risco: “Ele é presença notória em encontros médicos mundiais que abordam questões éticas, abordando temas como vida, nascimento, ma-ternidade e infertilidade. É o gineco-logista mais querido da França.”

Em seguida, Dr. José Adroaldo Oppermann, presidente do Conselho de Administração da Associação Hospitalar Moinhos de Vento, deu as boas-vindas ao con-vidado e ressaltou a importância de falar sobre o tema, já que a missão do Hospital é a de cuidar de vidas.

Após, Marcos Wengrover Rosa, médico Obstetra do Hospital, especialista em gestações de alto ris-

co, fez uma breve apresentação da nova Maternidade da Ins-tituição, que foi construída sobre os pilares da privacidade, se-gurança, hotelaria e humanização. Relatou, ainda, que hoje em dia as mulheres estão optando por uma gravidez mais tardia e que, por isso, a tecnologia e os profissionais da saúde precisam acompanhar esta tendência.

A evolução através dos tempos Em sua explanação, Dr. Frydman fez uma apolo-

gia sobre as abordagens relacionadas à concepção e à ma-ternidade na história da humanidade. Comentou, ainda, sobre a influência das religiões na reprodução, assunto que traz discussões muito contemporâneas e que depende dos valores pertinentes a cada cultura. Para ilustrar, desenhou uma linha do tempo sobre a fertilização e sua evolução até a atualidade, momento em que a tecnologia e o conhecimento estão muito mais desenvolvidos. Para o Dr. Frydman, o campo dos limites para concepção não é mais técnico: “A evolução é muito rápida. Não é a ausência de técnica que vai nos limitar, e sim os princípios morais.”

Após a palestra, o Dr. René Frydman participou de uma mesa-redonda composta pe-los médicos Dr. Marcos Wengrover Rosa, Dra. Ana Luiza Berwanger da Silva, Dra. Helena Von Eye Corleta, Dra. Beatriz Valiati e a neonatolo-gista Dra. Desirée Volkmer. Confira alguns tre-chos desta conversa:

“Não é a ausência de técnica que vai nos limitar, e sim os princípios morais”

REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA Na sua opinião, existe um limite ético para a mãe? É difícil ser moralista e, ao mesmo tempo, pen-

sar sobre o que nos é solicitado pela mãe. Hoje, as mu-lheres querem ter filhos mais tarde. Portanto, sempre haverá o desejo tardio, mesmo que se pudesse retardar a menopausa. Acho que a gravidez depois dos 50 anos é complicada, pois o organismo não é preparado para uma carga fisiológica tão grande. É uma discussão de caso a caso. O ideal é que a gravidez não seja muito tardia e que seja aceita.

Qual a sua opinião sobre barriga de aluguel? Considero uma exploração do corpo, uma alienação

psicológica em lucro próprio, a perda da humanidade. Na mi-nha opinião, é um limite ético. Quem não pode ter filhos tem condições de optar pela adoção.

É possível fazer uma reflexão sobre o final da gestação, a escolha do parto?No Brasil, existe a cultura de que é mais fácil

organizar um parto às 8h do que a qualquer momento. O hábito é optar pela cesariana. Na França, não é as-sim. Acho que o mais importante é respeitar o que a mulher deseja, sem fazer tudo o que ela quer. É ter uma interação, tentar entender o que é, de fato, im-portante para ela.

Dr. René FrydmanEm visita ao Hospital, Dr. René Frydman falou sobre a ética na reprodução humana e os caminhos que o segmento deve percorrer no futuro

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EM PAUTA

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) são um problema de saúde pública no mundo. No Brasil, representam mais de 62% do total de óbitos. Por isso, o Hospital Moinhos de Vento, a Associação Mé-dica do Rio Grande do Sul (Amrigs) e a Federação Bra-

Comitê inclui Doenças Crônicas na pauta da OMS

DCNT

Com a união de esforços entre médicos especialistas, empresários e ONGs, o evento deu início a um importante debate sobre Doenças Crônicas e culminou na Declaração de Porto Alegre, já enviada para o Ministério da Saúde. Posteriormente, houve a convocação de um encontro em Brasília, que resultou na elaboração de um Plano Estratégico para o controle das DCNT e a ratificação de uma Declaração Nacional

sileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama)se uniram e lançaram o Consenso sobre DCNTs. O objetivo foi o de discutir a importância da inclusão dessas doenças (cânceres, cardiovasculares, res-piratórias, diabetes melito) nas Metas do Milênio da Or-

ganização das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Consenso contou com a parti-cipação do Dr. Fernando Gerchman, Pes-quisador do Instituto de Educação e Pes-quisa do Hospital Moinhos de Vento e do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; do Dr. Carlos Henrique Casartelli, Secretário Municipal de Saúde de Porto Alegre; do Dr. Carlos Alberto Machado, representan-do a Presidência da Sociedade Brasileira de Cardiologia/Funcor; do Dr. Hugo Goulart de Oliveira, Coordenador da Equipe do Núcleo de Tratamento de Enfisemas do Hospital Moinhos de Vento; da Dra. Carisi Polanczyk, Supervisora médica da Unidade da Dor Torácica do Centro de Cardiologia do Hospital Moinhos de Vento e da Dra. Daniela Rosa, representando a Coordena-ção do Centro de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento.

Cada um destes especialis-tas teceu seus comentários sobre o ce-nário das DCNTs no Brasil, logo após a abertura, realizada pelo Dr. Nilton Brandão da Silva, Superintendente Médico do Hos-pital Moinhos de Vento, e pela Dra. Maira Caleffi, Coordenadora do Núcleo Mama Moinhos e Presidente Voluntária da Femama e do Imama. O evento ainda contou com a participação da Sra. Cristina Parsons Perez, Direto-ra de Advocacy de Câncer e Coordenadora dos Comitês DCNTs, pela American Cancer Society, de Nova Iorque, por meio de videoconferência. A representante da ACS fa-lou sobre a mobilização global relativa ao tema. Por fim, o Dr. Aloyzio Achutti apresentou o cenário brasileiro, as alianças e os comitês internacionais em que o Comitê DCNT Brasil já está inserido: “Queremos que a saúde da população seja priorizada pelos governantes com políticas públicas que garantam investimento e aplicação efetiva competente.”

O grupo de especialistas redigiu uma comu-nicação oficial, que foi enviada ao Ministério da Saú-de (MS) e à Organização Pan-Americana da Saúde

(OPAS). Foi acordada, também, uma primeira versão da Declaração de Porto Alegre – documento que será finalizado no Consenso sobre o tema, durante o V Congresso Internacional de Mastologia do Hospital Moinhos de Vento. A Declaração de Porto Alegre foi enviada ao Ministério da Saúde. Após, foi convocado um encontro em Brasília, que resultou na elaboração de um Plano Estratégico para o controle das DCNTs e na ratificação de uma Declaração Nacional.“É nos-so propósito influenciar representantes brasileiros e internacionais que estarão presentes na reunião de cú-pula da OMS e na Assembleia Geral da ONU para que a pauta seja ampliada. Queremos, ainda, a valorização da importância desse grupo de doenças e seus fatores determinantes”, avaliou o presidente do Conselho de Administração da Associação Hospitalar Moinhos de Vento, José Adroaldo Oppermann.

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EM PAUTA

A Unidade de Diagnóstico por Imagem do Hospital Moinhos de Vento (UDI) surgiu há mais de 30 anos e, na época, as modalidades diagnósti-cas restringiam-se praticamente aos raios X simples

Especialização da equipe médica persiste como um dos diferenciais

UNIDADE DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

e contrastados. Com o passar do tempo, o setor foi crescendo e acompanhando o desenvolvimento tec-nológico, contemplando novos métodos e especiali-dades. Surgiram ao longo das três décadas o Ultras-

som, a Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética, a mais nova e complexa.

Hoje, uma das principais características da UDI é jus-tamente a preocupação com a capacitação da sua equipe médi-ca. Mesmo contando com equipamentos altamente sofistica-dos para praticamente todos os tipos de diagnóstico, um dos destaques do setor é a preocupação constante em aprimorar o conhecimento.

Tecnologia e conhecimento Conforme Paulo Cesar Sanvitto, médico ra-

diologista coordenador da UDI, a unidade conta com qualificados profissionais em cada especialidade. “Os médicos dedicam estudos a um dos sistemas (Neuro, Musculoesquelético, Respiratório, Abdominal e Cardio-vascular) e aprimoram o conhecimento como diferen-cial. Este modelo foi desenvolvido a partir de conceitos estabelecidos há vários anos pelo Dr. Nei Ferreira, pio-neiro na Instituição. Com o nível de exigências e infor-mações de que um radiologista necessita para o melhor diagnóstico, é muito difícil para o especialista dominar todas as modalidades”, afirma Dr. Sanvitto.

Estar integrado aos conceitos atuais e às facilida-des da informática também é considerado essencial para a Unidade. Enquanto há alguns anos os exames eram docu-mentados apenas em filmes, hoje o paciente recebe, mui-tas vezes, as imagens gravadas em CD. A evolução e a uti-lização da tecnologia diminui custos para o Hospital, além de tornar a atividade diária mais ágil, sem agredir o meio ambiente: “Acompanhamos as mudanças e nos adequa-mos a elas para aprimorar nossa relação com a comunida-de e, em especial, com os nossos pacientes e médicos”.

Em 2004, a UDI realizou 78 mil exames e, para 2011, a Unidade projeta realizar 174 mil exames: “Este modelo de assistência, aliado ao desenvolvimento da mais apurada tecnologia, permite-nos ampliar consi-deravelmente o número de atendimentos, com muito mais precisão. Atendemos o paciente em todas as suas necessidades”, conclui Dr. Sanvitto.

A Unidade firmou suas raízes com base no trabalho de importante profissional, o Dr. Nei Ferreira. Notável médico e profis-sional respeitado por suas ideias, assumiu o posto de diretor da unidade em 1973 e se manteve no cargo até se aposentar. Dr. Nei Ferreira foi o responsável por desenhar a es-trutura do serviço de radiologia do Hospital Moinhos de Vento seguindo um importante diferencial: a especialização da equipe.

Conforme Dr. Flávio Aesse, radio-logista, o Dr. Nei Ferreira sempre foi um líder nato e uma pessoa congregadora no ambiente de trabalho: “Um dos seus prin-cípios era de que todos os médicos deviam se qualificar em subespecialidades e partici-par de treinamentos dentro e fora do Brasil. Muitos médicos, na época bastante jovens, incorporaram esta política e continuam se destacando no setor até hoje. O Dr. Nei Fer-reira projetou o futuro da Instituição nesta área. Enquanto o Hospital investia em equi-pamentos, Dr. Nei apostava na qualificação. O resultado desta união de esforços foi tão reconhecido que essa estrutura de trabalho nunca mudou. ”

Projetando o futuro da UDI

A Unidade é subdividida em especialidades de diagnóstico por imagem, o que facilita o aperfeiçoamento dos profissionais médicos por sistemas, além de garantir aos pacientes as mais diversas opções de exames de precisão

Dr. Nei FerreiraFoto da antiga equipe. Da esquerda para a direita, em pé: Paulo Cesar Sanvitto, Carlos Kalin Kalakun, Cláudio de Faria Pitta Pinheiro, José Hamilton Pinheiro Ferreira e Jackson Régis Volkart.

Da esquerda para a direita, sentados: Luiz Maria Yordi, Victor Luiz Possebom Thiesen, Ney Mahaas Ferreira e Flávio Franciosi Aesse.

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Centros de Ortopedia e Traumatologia e de Neurologia e Neurocirurgia: pioneirismo, técnicas avançadas e atendimento integral aos pacientes

INAUGURAÇÃO

EM PAUTA

que melhoram a vida de milhares de pessoas todos os dias. Todo este esforço, aliado ao comprometimento com a tecnologia e a inovação, garantiu a inauguração dos dois Centros, que contam com equipes multidisci-plinares, prontas para atender integralmente cada ser humano.

Os Centros de Ortopedia e Traumatologia e

de Neurologia e Neurocirurgia foram cuidadosamen-te planejados para manter uma sistemática que agilize o processo de troca de informações entre médicos, marcação de consultas e exames. Além disso, a nova proposta simplifica o atendimento ao paciente, apri-morando o acesso ao tratamento e a integração com outras especialidades médicas.

O evento de lançamento aconteceu no 11º andar do Centro Clínico Tiradentes, com a presen-ça de Dr. José Adroaldo Oppermann, Presidente do Conselho de Administração da Associação Hospitalar Moinhos de Vento, Superintendentes, Conselheiros e Associados. Prestigiaram o evento, ainda, o corpo clí-nico do Hospital, os colaboradores e a imprensa.

Centro de Ortopedia e TraumatologiaSob a coordenação do Dr. Marco Aurelio Te-

loken, o Centro de Ortopedia e Traumatologia da Instituição reúne profissionais reconhecidos nacional e internacionalmente, com especialização em diver-sas áreas da ortopedia e da traumatologia. Os espaços oferecem aos seus pacientes toda a infraestrutura do Hospital, exames modernos, equipamentos e mate-riais de última geração.

Um dos pilares de trabalho do Centro tem como base o pioneirismo do antigo Serviço de Ortopedia do Hos-pital, um reconhecido difusor de técnicas e procedimentos inovadores, como as cirurgias minimamente invasivas, pre-servadoras e reconstrutivas do sistema musculoesquelético.

O Hospital Moinhos de Vento entregou à co-munidade, no dia 15 de agosto, duas novas unidades de referência em saúde: os Centros de Ortopedia e Traumatologia e de Neurologia e Neurocirurgia.

Durante toda a sua trajetória, a Instituição vem construindo uma sólida reputação em ambas áreas, sendo pioneira na aplicação de práticas e tratamentos

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EM PAUTA

Outro diferencial diz respeito à atuação dos médicos, que são distribuídos por subespecialidades: ombro, mão, quadril, joelho, pé e coluna. Além de oti-mizar os atendimentos adulto e pediátrico, esta seg-mentação de áreas aprimora a comunicação e a troca de informação sobre técnicas e procedimentos.

Centro de Neurologia e NeurocirurgiaO novo Centro de Neurologia e Neurocirurgia

tem como base o antigo Serviço de Neurologia e Neu-rocirurgia do Hospital, reconhecido internacionalmente pelo pioneirismo e constante investimento em técnicas, como a neuronavegação e a radiocirurgia. Chefiado pelo Dr. Nilo Mário Monteiro Lopes, o espaço é formado

por especialistas de diversas áreas, oferecendo um aten-dimento completo, do diagnóstico à reabilitação.

Também no Centro de Neurologia e Neurocirurgia, os médicos são divididos pelas subespecialidades de Radio-cirurgia, Neurologia pediátrica, Neurocirurgia pediátrica, Neuromodulação, Doenças neurocognitivas, Doenças au-toimunes, Neuro-oncologia, Neurotrauma, Neuromuscular, Cefaleia, Neurortopedia, Base do crânio e Neurovascular.

Todos os procedimentos realizados nos Centros têm como base protocolos desenvolvidos em conjunto com algumas das principais instiuições de saúde do mundo. Este intercâmbio científico é prática comum no Hospital, que está sempre pronto para desenvolver ou buscar, no Brasil e no ex-terior, novidades que possam trazer ainda mais qualidade de vida a seus pacientes.

Com a criação dos Centros, a Instituição simplifica o atendimento ao paciente, aprimorando o acesso ao tratamento e a integração com outras especialidades médicas.

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PERFIL

Exemplo de amor. Essa é uma das expressões que melhor define o casal de médicos Dr. Aloyzio Ce-chella Achutti e Dra. Valderês Antonietta Robinson Achutti. Ambos, formados pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, em 1958 e 1960, respectiva-mente, dedicaram grande parte de duas vidas à prática da medicina e traçaram, juntos, uma bonita história de cum-

Trajetórias profissionais brilhantes e duas vidas dedicadas ao amor

plicidade. Conforme o Dr. Achutti, sua esposa sempre quis ser médica e toda essa vontade acabou lhe servindo de influência: “Ela me desviou do curso de Engenharia. Graças a sua motivação, acabei tornando-me médico. Venho, inclusive, de uma família muito voltada para a área da saúde. Meu pai e uma irmã, farmacêuticos; dois tios maternos, médicos; e, minha bisavó, parteira.”

O encontro do casal aconteceu ainda no cur-so secundário, em Santa Maria, cidade Natal do Dr. Achutti. Naquela época, Dra. Valderês, que nasceu em Caxias do Sul, estudava para ser professora e, assim, pagar sua faculdade de medicina: “O sonho dela era montar um Hospital”, conta. Para apressar a união, Dr. Achutti também foi guarda civil, enquanto Dra. Valderês lecionava em escola do Estado.

Os frutos desse casamento, que aconteceu antes das formaturas, foram os filhos Luiz Eduardo, que é fotógrafo e antropólogo; Ana Lúcia, psiquiatra; e Lúcia Helena, que nasceu no Hospital Moinhos de Vento e, hoje, é produtora de televisão, com forma-ção em jornalismo e direito.

Trajetória de dedicação à medicinaA residência médica do casal aconteceu na En-

fermaria 38 da Santa Casa de Misericórdia, a segun-da a se estruturar no Brasil. Depois, trabalharam no Instituto de Cardiologia do Estado, além de outras instituições da Capital gaúcha, como a Beneficência Portuguesa, o Hospital São Francisco, o Hospital Conceição, o Hospital Santo Antônio, o Hospital Er-nesto Dornelles, dentre outros.

“Nos primeiros anos depois da criação da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), fui convi-dado para ser professor de Semiologia e, posterior-mente, Cardiologia. Tive a responsabilidade de orga-nizar o serviço da especialidade. Também trabalhei na UFRGS e criei a disciplina de Promoção e Proteção à Saúde”.

A Dra. Valderês fez curso de Saúde Pública e atuou em vários setores do Instituto Nacional de Pre-vidência Social. Foi professora de Semiologia na Facul-dade de Medicina da PUCRS, onde pôde oferecer, com seu exemplo e sua dedicação, mais que a inerente técni-ca, atitudes fundamentais na formação do médico. Na exposição “Mulheres e Práticas de Saúde: Medicina e Fé no Universo Feminino”, realizada em 2008, foi uma das médicas homenageadas pelo Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul. “Desde os primeiros

anos de atividade profissional, juntos, atendemos clíni-ca privada e convênios em consultório particular, nos dedicando à Medicina Interna e à Cardiologia”.

Na Instituição, a contribuição do Dr. Achutti foi e continua sendo muito importante: “Comecei a atender os recém-nascidos no berçário, como Cardiologista Pe-diátrico, especialidade que ajudei a desenvolver no Rio Grande do Sul. Criei, em conjunto com a Dra. Rachel Snitcowsky, o Departamento de Cardiologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A partir da mi-nha experiência, implantei o primeiro programa de Saú-de Pública em Cardiologia no Brasil, voltado inicialmen-te para a prevenção da febre reumática e da cardiopatia reumática. Coincidentemente, a Organização Pan-Ame-ricana (OPAS) pretendia abordar os mesmos problemas na América Latina e realizou aqui, na época, a primeira reunião de um projeto interpaíses.”

Graças a essa iniciativa, abriu-se caminho para a abordagem comunitária de vários problemas que antes eram somente tratados individualmente e por especialis-tas. “Colaborei, também, com o Instituto de Educação e Pesquisa, além de fazer parte do Grupo de Orientação Médica, destinado a reforçar a comunicação entre o corpo clínico e a direção da Instituição. Em 2006, fui indicado pesquisador principal de estudos relacionados com Eco-nomia de Saúde na área Cardiovascular pela Organização Mundial de Saúde.”

Todos estes trabalhos desenvolvidos pelo Dr. Achutti têm servido de referência, sendo um deles pre-miado como um dos melhores apresentados no Con-gresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, em 2007, e como a melhor publicação nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia, em 2008.

Hoje, entre as belas flores cultivadas com carinho pela Dra. Valderês nos ambientes da residência do casal, ambos encontram a paz e a serenidade para pensar em tudo o que já realizaram profissionalmente e analisar as diferenças da medicina ontem e hoje: “Mesmo com o uso de avançadas tecnologias, é preciso que o médico jamais se distancie do paciente. As novas gerações não podem se tornar meros técnicos em reparos biológicos. A proximi-dade faz parte da humanização”, finaliza Dr. Achutti.

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O papel do médico na

ACREDITAÇÃO

O papel do médico na Acreditação

A busca constante pela melhoria da qualidade dos serviços prestados é o caminho para as instituições que lutam pela permanência no mercado e que prezam pelo atendimento de excelência. Hospitais, como o Moinhos de Vento, procuram novos modelos assisten-ciais e diferentes formas de gestão, para alcançarem resultados capazes de otimizar recursos, de valorizar o cuidado humanizado e de garantir a melhoria do servi-ço oferecido.

A Acreditação Hospitalar, reconhecimento concedido pela Joint Commission International, surge como uma possibilidade de promover mudanças no ce-nário atual. Este processo de qualidade traz mudanças de hábitos, de valores e de comportamentos, impõe a ruptura do cuidado mecanizado e fomenta um ambien-te organizacional de excelência.

Deve ser entendida, especialmente, em duas di-mensões. A primeira, como um processo educacional, que leva as instituições prestadoras de serviços de as-sistência em saúde e seus profissionais a adquirirem a cultura da qualidade para implementação da gestão de excelência, fundamental para o processo. A segunda é vista como um processo de avaliação e certificação da qualidade dos serviços, analisando e atestando o grau de desempenho alcançado pela instituição de acordo com padrões pré-definidos.

Liderança que serve de exemplo Nesse cenário, os médicos se tornam o cen-

tro da política de qualidade, desempenhando um papel essencial na garantia e na manutenção do pro-cesso. Por meio do compromisso com a política da qualidade estabelecida pela Instituição, os profissio-nais se engajam e reforçam a cultura de melhoria centrada no cliente e na determinação de executar serviços que atendam os requisitos estabelecidos, de forma segura e com excelência.

Mais do que nunca é o momento de se adequar às mudanças, romper barreiras, inovar, criar, perceber o quanto é fundamental conhecer novas práticas de tra-balho voltadas à segurança das rotinas e das condutas empregadas por estes profissionais de saúde.

Conforme a Dra. Sandra Seabra, Coordenadora Médica da Gestão e Processos, e Coordenadora Técnica da Acreditação do Hospital, o papel do médico em todo esse processo da Acreditação é de muita responsabilidade e essen-cial para o sucesso: “É preciso que exista comprometimento com as normas de segurança do paciente. E mais do que isso: é necessário estar ciente de que o importante não é somente a conquista de um selo, mas o que este reconhecimento sig-nifica. É um modelo que prioriza a melhor prática de assis-tência. Atuar em um Hospital Acreditado dá ao profissional uma credencial de excelência”.

Padrões exigidosOs padrões exigidos pela Acreditação acom-

panham a evolução da prática médica. O mundo vive a era da informação, na qual, acima de tudo, as pes- soas conhecem seus deveres e sabem como buscar seus direitos. “A relação do médico com o paciente também evoluiu. Hoje, o paciente sabe que tem o di-reito de conhecer quem vai tratá-lo e tem a consci-ência de que pode participar do seu próprio cuidado, dividindo informações, dúvidas e opiniões. A Acredi-tação não tem como objetivo analisar a competência técnica e tampouco a autonomia médica, e sim de-terminar padrões de procedimentos seguros que são usados nos mais conceituados hospitais do mundo”, afirma Dra. Sandra Seabra. A Acreditação não tem como objetivo analisar a competência técnica e, tam-pouco, a autonomia médica.

Dra. Sandra Seabra

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ACREDITAÇÃO

Melhores práticas médicas assistenciais

•Preencheradequadamenteosseguintesdocu-mentos, sempre completando todos os campos: o Consentimento Informado o Sumário de Avaliação Médica o Avaliação Pré-anestésica o Relatório de Anestesia o Descrição Cirúrgica e o Sumário de Alta.

• Evoluir diariamente seus pacientes, comdata e hora do registro, além de assinatura e carimbo.

• Realizar todos os treinamentos em EADobrigatórios para os membros do Corpo Clí-nico como Intercorrências Clínicas e Parada Cardiorrespiratória, Prontuário do Paciente in-ternado, Acreditação, entre outros.

• Manter o seu cadastro, currículo e docu-mentação comprobatória atualizados no Hos-pital Moinhos de Vento.

• Conhecerecumpriras6metasinternacio-nais de cuidado e segurança do paciente:

Meta 1Identificar os pacientes corretamente.

Meta 2Melhorar a comunicação efetiva.

Meta 3 Melhorar a segurança de medicações de alta vigilância.

Meta 4Assegurar o local correto, o paciente correto e o procedimento cirúrgico correto.

Meta 5 Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde.

Meta6Reduzir o risco de lesões em paciente por quedas.

“A Acreditação desenvolve um modelo que olha diretamente para o paciente, visando às me-lhores práticas neste cuidado. A segurança do pa-ciente é o foco principal e as metas de segurança são amplamente divulgadas. O sistema de protoco-los e registros não é novidade para nenhum de nós, profissionais médicos. No entanto, por uma série de fatores, deixamos esses padrões de lado. A Acre-ditação quer justamente resgatar essa prática, faci-litando o dia a dia do médico e trazendo mais segu-rança para todos os profissionais que fazem parte da equipe. Com os registros preenchidos correta-mente, as chances de erro diminuem muito. Pois, como se sabe, a maior incidência de imprevistos está na falta de comunicação. O médico, enquanto liderança, tem o papel fundamental de conscienti-zar e dar exemplo à equipe. Quem não segue os pa-drões acaba não se enquadrando no contexto.”

Dr. Roberto Menegotto, Gerente da Área Cirúrgica

“O processo de Acreditação é uma clara de-monstração de que cresceu a conscientização tanto dos gestores quanto da sociedade em utilizar um serviço de qualidade diferenciada. Nítida é a preo-cupação em garantir que o profissional de saúde de-sempenhe suas atividades preservando o bem-estar e a segurança do cliente.

Considerando que o processo de melhoria nos procedimentos e resultados da Instituição só se torna possível por meio de uma capacitação coletiva, o médico tem um importante papel. Tanto por suas característi-cas inatas como pelos conhecimentos adquiridos, deve disponibilizar suas competências em funções básicas, como planejar, organizar, coordenar, executar e ava-liar, investindo, assim, em premissas que se referem ao treinamento contínuo de uma equipe. Deve prevalecer o interesse voluntário, com responsabilidade, compro-metimento, segurança e ética profissional. O trabalho em equipe é fundamental e, caso não exista, deve ser aprendido. Nas eventuais mudanças radicais na cultura institucional, pode surgir forte resistência. Nestes casos, a liderança médica poderá ser a garantia dos novos ru-mos. A atuação do médico também compreende o apoio contínuo às equipes de enfermagem para a previsão, or-ganização e administração de recursos na prestação de cuidados aos pacientes. Hospital Acreditado é um am-biente de excelência de qualidade e cuidado. A Institui-ção preza e precisa cumprir essa excelência para ter sua referência mantida. Há vantagens para todos: o médico, os colaboradores e os pacientes. Ser médico de uma ins-tituição Acreditada é, antes de mais nada, um privilégio. Entendendo assim, todos os esforços para seguir Acre-ditado são leves e prazeirosos.”

Dr. Marco Teloken, Chefe do Serviço de Ortopedia e Traumatologia

Dr. Roberto Menegotto

Dr. Marco Teloken

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IGUATEMIACREDITAÇÃO

Com o objetivo de divulgar informações impor-tantes para facilitar a prática assistencial do Corpo Clínico, o Hospital Moinhos de Vento está lançando treinamentos exclusivamente desenvolvidos para médicos e odontólogos na modalidade Ensino a Distância (EAD).

Esses treinamentos abordam assuntos como, por exemplo, quais equipes que o Hospital disponibiliza para atender as intercorrências de seus pacientes, quais são as

A Agência Na-cional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou a vacina contra o HPV em homens de 9a26anosparapreve-nir as verrugas genitais causadas pelos tipos 6e 11. A medida foi to-mada com base em um estudo clínico publi-cado no New England Journal of Medicine, uma das principais pu-blicações médicas do mundo, em que foram acompanhados4.065homensde16a26anosem18países. A pesquisa comprovou a eficácia da vacina contra 90%das lesões relacionadas aos tipos 6,11,16ou18doHPV,principalmenteverrugasgenitais.

A vacina quadrivalente contra o HPV é ad-ministrada em três doses, com aplicação intramus-cular e já está disponível na Clínica de Vacinas do Hospital Moinhos de Vento, localizada no Shop-ping Center Iguatemi.

Conforme a médica Soraya Malafaia Cola-res, Supervisora Técnica do Núcleo de Vacinas do Hospital, esta indicação é muito importante, uma vez que os homens são transmissores da doença: “Muitos portadores não apresentam sintomas e, portanto, não sabem que carregam o vírus. O HPV compromete os tecidos do corpo, como a pele e

Nova plataforma de treinamentos à distância exclusiva para o Corpo Clínico do Hospital Moinhos de Vento

peculiaridades dos prontuários dos pacientes internados e como diminuir o risco de infecções hospitalares.

Os treinamentos são extremamente rápidos de serem realizados (cerca de 15 minutos cada) e utili-zam uma linguagem simples, ilustrada por animações gráficas e simuladores com grande interatividade. Por fim, a objetividade é o foco do treinamento – o Corpo Clínico somente verá informações que são relevantes para sua prática assistencial. Ainda, os treinamentos são narrados por profissionais da equipe assistencial e do Corpo Clínico do próprio Hospital Moinhos de Vento.

A realização desses treinamentos é imprescin-dível, afinal, como parte da equipe do Hospital Moi-nhos de Vento, é preciso que todos estejam atualiza-dos com as rotinas da Instituição.

Nossa equipe médica pode acessar o Portal Corpo Clínico e clicar no link “Treinamentos EAD”. Sugestões de novos cursos devem ser enviados para [email protected].

A imunização é indicada para meninos e homens de 9 a 26 anos, e reduz em 90% a incidência das verrugas genitais

as mucosas, uma vez na pele o vírus busca as camadas mais pro-fundas, multiplica-se e volta para a superfície em diferentes graus. A ausência de sintomas não impede a transmis-são. Assim, a vacinação é essencial e deve acon-tecer preferencialmente antes do início da vida sexual. Mesmo quem já teve a doença, fez o tra-tamento e curou pode reinfectar-se ”.

Doença silenciosa O vírus, que afeta a pele e as mucosas,

possui mais de 200 variações e atinge cerca de 630milhõesdepessoasnomundo.Amaioriadossubtipos está associada a lesões benignas, mas alguns deles causam, nas mulheres, quase 50% dos cânceres vulvares, 70% dos cânceres vaginais, 85% dos casos de câncer anal e 99% dos casos de câncer de colo uterino.

A infecção pelo HPV está relacionada a cer-ca de 40% dos casos de câncer de pênis e de 30% a 40% dos de câncer anal em homens.

A contaminação acontece por meio de rela-ções sexuais e quando há contato com a pele e com os objetos de portadores do vírus.

HPV – vacina para homens

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HISTÓRIA

Hoje chamada de Escola de Educação Pro-fissional Moinhos de Vento, a instituição pratica há quase um século o que costumamos chamar de Edu-cação Corporativa. Fundada em 1928, praticamente junto com o então Hospital Alemão de Porto Alegre (1927), e com a tradição afinada com o modelo euro-peu, a Escola de enfermagem e parteiras foi dirigida e orientada pelas Diaconisas e tem mantido sua vocação ao longo do tempo.

Decorridos 20 anos de sua fundação, a esco-la é reconhecida pelo Ministério de Educação (1958), constituindo-se em uma das instituições de ensino pio-neiras na área da saúde do nosso Estado. A Escola de Educação Profissional do Hospital Moinhos de Vento vem, a cada ano, acompanhando o desenvolvimento do Hospital, formando um grande número de profissio-nais técnicos de enfermagem capacitados para atuarem na área de saúde.

Além do curso técnico, a Escola supre a deman-da interna das áreas de produção de alimentos e hospe-dagem, com os cursos de Auxiliar de Alimentação e Ca-mareiro, respectivamente. A responsabilidade de formar profissionais que atendam aos padrões estabelecidos pela nossa Instituição faz da Escola uma referência na área da saúde no Rio Grande do Sul, mantendo e refor-çando sua vocação histórica de comprometimento com a educação em saúde.

Vínculo com o Instituto de Educação e Pesquisa Hoje vinculada ao Instituto de Educação e Pes-

quisa (IEP), a Escola é um dos pilares do ensino e da ca-pacitação no Hospital, comprometida com as práticas pe-

Escola de Educação Profissional Hospital Moinhos de Vento: compromisso com a Educação Corporativa

dagógicas atualizadas e alinhada à estratégia da Instituição. A Escola colabora de forma efetiva para o desenvolvi-mento e aprimoramento das melhores práticas na saúde.

A Educação Corporativa tem como base a me-todologia de Jacques Delors, fundamentada em três pila-res: Aprender a conhecer, Aprender a fazer e Aprender a Ser e Conviver. A Escola está ligada ao pilar Aprender a Conhecer. “Este pilar tem por objetivo fornecer ins-trumentos e referências resultantes do avanço científi-co exercitando a atenção, a memória e o pensamento. Delors (1994) define esse pilar como aprendizagem re-ferente à aquisição dos instrumentos do conhecimento apoiados sobre o raciocínio lógico, a compreensão, a de-dução e a memória, ou seja, sobre os processos cogniti-vos por excelência. Desse modo, o pilar é compreendido por meio do programa conhecer, que oferece cursos de

formação e qualificação profissional para a comunidade e seus colaboradores”. Dentro desse programa, o pilar Aprender a Conhecer oferece os cursos de Técnico em Enfermagem, Auxiliar Técnico em Saúde Bucal, Auxiliar de Alimentação e Auxiliar de Camareiro.

Capacitando profissionais para o Hospital na Restinga e Extremo sulA participação no Projeto Extremo Sul – Res-

tinga trouxe para a Escola a incumbência de aproximar fronteiras e experimentar novos desafios. A experiência de quase um século em educação na saúde garantiu à escola a responsabilidade para capacitação dos profissio-nais do futuro Hospital da Restinga.

O desafio exigiu a elaboração de um novo cur-rículo para o Curso Técnico em Enfermagem. Além das

áreas de saúde pública e saúde suple-mentar, também foram criados os Cur-sos de Auxiliar de Saúde Bucal e Téc-nico em Saúde Bucal, necessários para atender a demanda da população.

É importante ressaltar que to-dos os formandos recebem qualificação dentro do padrão Hospital Moinhos de Vento. O curso garante sua eficácia por meio de aulas teóricas e práticas, incluindo estágio supervisionado pelos professores da Escola. Muito mais do que novos profissionais da área da saú-de, o Hospital também está formando cidadãos que irão contribuir de forma efetiva com a sua comunidade. O bairro da Restinga, historicamente carente nas

áreas de educação e saúde, enxerga, no novo Hospital, a possibilidade de uma grande mudança, uma transforma-ção no atendimento à população, que não só impacta no âmbito social, mas também na autoestima das pessoas.

Qualificação importante e absorção da mão de obraA formação dos alunos necessariamente passa

pelo crivo da qualidade, comprometida com uma edu-cação voltada para atender o padrão de excelência e da Assistência Integral®.

A tradição de formar profissionais e de reter os talentos se torna mais evidente quando alunos formados na Escola são, na sua maioria, absorvidos para exercer suas atividades na Instituição. Dados mensuram que o aproveitamento dos novos profissionais chega ao per-centual de 82%.

Dessa forma, a Escola cumpre com princípios tra-dicionais que remontam décadas desde a sua fundação. O espírito associativo e a busca obstinada de fazer o melhor se constituem num vetor que sustenta, ao longo de déca-das, a vocação de formar profissionais na área da saúde.

NúmerosAtualmente, a cada dois meses inicia uma nova

turma com 30 alunos. Durante os últimos 10 anos, a Es-cola formou 1.134 técnicos de enfermagem, o que cor-responde a 34% dos colaboradores ativos da Instituição. A Escola oportuniza, para os colaboradores, um descon-to de 40% do valor total do curso.

João Celeste, Historiador do MAVM Fontes:1- Nota

1.1 - Relatório Top Ser Humano ABRH – RS 2010 – pág. 12

2- Bibliografia2.1 – Torresini, Elizabeth W. Rochadel. Hospital

Moinhos de Vento: 75 anos de compromisso com a vida. Porto Alegre, 2002.

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HUMANIZAÇÃO

UTI Neonatal: uma galeria de emoções e um mosaico de histórias marcantes

Difícil conhecer alguém que, ao entrar em uma UTI Neonatal, não se sinta sensibilizado. Desde os mais experien-tes profissionais até co-laboradores, familiares e visitantes. Justamente por ser um lugar que traduz cuidados especiais com os recém-chegados, os am-bientes precisam muito mais do que aconchego e conforto. Precisam refletir confiança, fé e segurança.

Ao entrar na nova UTI Neonatal do Hospital Moinhos de Vento, é justa-mente essa a impressão que se tem: a de uma perfeita com-binação entre humanização, tecnologia de ponta e inovação. A unidade se destaca pela Assistência Integral®, filosofia de atendimento que expande o foco do cuidado também aos fa-miliares do bebê e da mãe. A prática desse princípio está pre-sente em todos os momentos do dia a dia e em um dos maio-res diferenciais do setor: a criação de um corredor envidraçado que atravessa toda a extensão das salas e permite que a família possa visitar e acompanhar a rotina do bebê, sem qualquer pre-juízo à sua segurança clínica.

No ambiente destinado aos pacientes prestes a ter alta, a iluminação é automatizada e o ambiente climatizada. É possível simular as condições de luz e temperatura diurnas e noturnas, para que o bebê vá se acostumando com a passagem diária do tempo. A tecnologia foi batizada de Céu de Estrelas, já que, à noite, o teto do quarto fica todo estrelado.

Toda essa infraestrutura, aliada à dedicação da equi-pe, se reverte em importantes reconhecimentos de familiares e amigos dos pequenos pacientes. Em muitos casos, a equipe médico-assistencial recebe presentes especiais, como forma de agradecimento. São fotos, passagens marcantes e textos emocionados que decoram as paredes da UTI, formando a

Galeria de Emoções, como é chamada carinhosamente pela equipe. Em cada uma destas lembranças estão formalizadas mensagens de esperança, de amor, de afeto e de alento àqueles que ainda atravessam situações difíceis. São histórias de vida e momentos de superação que servem de exemplo para outras famílias, além de, é claro, servir como uma importante motiva-ção para o dia a dia da equipe.

Conforme a Coordenadora médica da UTI Neonatal, Dra. Desirée de Freitas Valle Volkmer, a Galeria é um painel de histórias marcantes para todos, sejam familiares, amigos e os próprios profissionais: “Guardamos com muito carinho tudo o que recebemos, porque cada uma dessas lembranças conta um pouco da nossa história e da vida daqueles que ajudamos a cuidar e a preparar para o mundo. É, ainda, um importante incentivo para a equipe, porque, aqui, as pessoas realmente se doam, se entregam. Cuidam dos bebês e dos seus familiares de uma forma especial. Por isso, acabam entregando parte de suas vidas, de seus sentimentos e de suas esperanças a cada um dos nossos pequenos pacientes”.

Certamente, a maior conquista da equipe é poder acompanhar de perto cada história de vida que começa na UTI Neonatal. E, ao final de uma bonita corrente de tra-

Cada espaço foi concebido para oferecer aos recém-chegados e suas famílias ambientes acolhedores, ideais para proporcionar mais alento e cuidado a todos no momento da internação

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HUMANIZAÇÃO

balho, poder entregar nas mãos dos pais seus pequenos filhos vencedores que, desde cedo, já aprendem a lutar pela vida, saindo fortes e saudáveis, prontos para ganhar o mundo.

Tecnologia em favor da vidaA nova UTI Neonatal possui 27

leitos e conta com nove salas especialmente preparadas para receber bebês com indica-ção de cuidados especiais, todas com capaci-dade para casos de alto risco – incluindo três de isolamento. Os ambientes estão equipa-dos com climatizadores de ar com filtragem individual, o que reduz drasticamente os riscos de contaminação pelo ar, e o isola-mento ainda possui reguladores de pressão interna, ajustáveis conforme a condição clínica de cada paciente.

Outro exemplo de upgrade são as incubadoras, que reproduzem a tempe-ratura e a umidade do útero, oferecendo ao bebê as condições mais semelhantes possíveis ao desenvolvimento natural no corpo da mãe. Até os edredons, feitos em matelassê especial, simulam o espa-ço uterino.

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COMUNIDADE

Unidade de Saúde da Família Paulo Viaro completa um ano

Em junho a Unidade de Saú-de da Família Paulo Viaro, mantida pelo Hospital Moinhos de Vento, completou um ano de serviços pres-tados à comunidade do bairro Belém Novo, na Zona Sul de Porto Alegre. Lá, 20 colegas atendem 6,3 mil mora-dores do bairro, oferecendo acesso ao atendimento integral, nos moldes da Estratégia Saúde da Família, primando pela qualidade por meio de consultas médicas, de enfermagem, odontoló-gicas, procedimentos, campanhas de vacinação, visitas domiciliares e ativi-dades de promoção de saúde.

Conforme Giovana Paggiarin Skonieski, Supervisora de Assistência Social, os moradores não tinham refe-rência de saúde e muitos tinham muita dificuldade de acesso à consulta com o profissional de saúde, por estarem em área rural: “Com a implantação da Unidade na região, a comunidade passou a ser atendida de forma huma-

nizada , com foco nos diagnósticos de saúde da região. No início das ativida-des, a equipe fez o levantamento das principais patologias e foram traça-das estratégias para diminuir o índice de doenças e incentivar a prevenção nesta população. São realizados acom-panhamentos sistemáticos de idosos, gestantes, crianças e com os morado-res de uma maneira geral”. O foco principal da unidade está, portanto, no adequado tratamento das enfermi-dades, promovendo, essencialmente, a melhoria da qualidade de vida e da saúde de toda a comunidade. Um dos indicadores que chamaram a atenção logo no início dos trabalhos foi o des-mame precoce que, em média, ocorria antes dos 30 dias. De acordo com o Dr. Fabiano Barrionuevo, Médico de Família e Comunidade da Unidade, a intervenção da equipe já está trazendo excelentes resultados: “Logo que co-meçamos a trabalhar aqui, na região,

nos deparamos com aproximadamen-te 40% de desmame antes dos 30 dias de vida. Agora, já estamos há cinco meses com 0% de desmame precoce.”

Para que isso aconteça, a uni-dade conta com uma equipe multi-disciplinar contratada e treinada pelo Hospital, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes de saúde, auxiliar administrativo, auxiliar de higienização, dentista, auxiliar de saúde bucal e técnico de saúde bu-cal. Essa equipe realiza procedimen-tos, consultas individuais, consultas odontológicas, vacinas, visitas domi-ciliares, grupos em saúde e atividades coletivas de educação em saúde. É importante ressaltar que a Unidade priorizou a contratação de colabora-dores da própria comunidade, o que dá mais qualidade de vida para os contratados e aproxima a Unidade do público atendido. Já foram realizados, ao todo, nove mil consultas.

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