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REVISTA DO EMPRESAS EDIÇÃO Nº 8 - ANO II - NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2019/ JANEIRO 2020 Aprendizagem Agronegócio chega ao campo e já começa a mostrar resultados positivos Prêmio reconhece projetos de estagiários que melhoram os serviços da prefeitura de SP Balanço indica: em 2019, o CIEE ampliou a oferta de vagas para capacitar novos profissionais QUALIFICAÇÃO A FALTA DE PROFISSIONAIS PREPARADOS PARA ATUAR NA NOVA ECONOMIA COLOCA UMA QUESTÃO EM TODO O MUNDO: O QUE PRECISA MUDAR NOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DO CAPITAL HUMANO?

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REVISTA DOEM

PRES

AS

EDIÇÃO Nº 8 - ANO II - NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2019/ JANEIRO 2020

Aprendizagem Agronegócio

chega ao campo e já começa

a mostrar resultados positivos

Prêmio reconhece projetos

de estagiários que melhoram

os serviços da prefeitura de SP

Balanço indica: em 2019,

o CIEE ampliou a oferta de vagas

para capacitar novos profissionais

QUALIFICAÇÃOA FALTA DE PROFISSIONAIS PREPARADOS PARA ATUAR NA NOVA ECONOMIA

COLOCA UMA QUESTÃO EM TODO O MUNDO: O QUE PRECISA MUDAR NOS PROCESSOS

DE FORMAÇÃO DO CAPITAL HUMANO?

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Personas&OpiniõesEstágio

Capa Gerais

CapacitaçãoPor dentro do CIEE

CIEE&VocêAcessibilidade

CIEE SocialResponsabilidade

SocialBalanço

Entrevista Educação

em destaque Parcerias Rede CIEE

Outras palavras Ponto Final

Anúncios

Centrais deAtendimento CIEE

Expo CIEE 2020Inclui CIEE

Por que contratarestagiário

Midias sociais CIEECIEE 55 anos

Conselho de Administração doCIEE: Antonio Jacinto Caleiro Palma(presidente); Antônio Garbelini Júnior/Jose Augusto Minarelli/ Ruy MartinsAltenfelder Silva (vice-presidentes),Paulo Nathanael P. Souza, TácitoBarbosa C. Monteiro Fº. e José Felicianode Carvalho (conselheiros).Superintendência-Geral: HumbertoCasagrande. SuperintendênciaJurídica, Compliance eComunicação: Ricardo Melantonio.

Editora executiva: Jacyra OctavianoCoordenação geral e conteúdo editorial:Álber Comunicação.Colaboradores: Elizabeth daConceição, Giorgia Marcucci, MariaCarolina Ramos e Marleine Cohen.Apoio: Gerência de Comunicação do CIEE.Assistente de Produção: Fernanda Precaro.Arte e capa: More Arquitetura deInformação. Fotos da capa: iStock.

Revista do CIEE| Empresas é editadapelo CIEE e distribuída gratuitamente aempresas, órgãos públicos einstituições de ensino. Versão digital: www.ciee.org.brRedação: Rua São Vicente de Paulo,638, 7º andar/71, Higienópolis, SãoPaulo/SP; tel. (11) 9 7335-8915; email: [email protected]

Atendimento ao assinante: Mudança de nome ou endereço:[email protected] colocando nocampo Assunto: Revista do CIEEEmpresas – Alteração de cadastro.As matérias desta edição poderão serreproduzidas, total ou parcialmente,com citação da fonte e comunicação àredação. Opiniões expressas em arti-gos assinados não coincidem neces-sariamente com a opinião da revista.

Impressão: Gráfica PluralA tiragem desta edição é de 20.000exemplares.

Revista do CIEE|Empresas - Edição Nº 8 - Ano II - Novembro/ Dezembro 2019/ Janeiro 2020 | PUBLICAÇÃO INSTITUCIONAL DO CIEE

Sempre que aparecem as boas notícias sobre mercado de trabalho, é quase inevitável que lá venha um apêndice: há mais vagas abertas do queprofissionais aptos a ocupá-las. Nas crises, esse descompasso é um dosentraves para os resultados do negócio, em razão dos reflexos negativos

na produtividade e na qualidade dos produtos e serviços. Em resumo, a precáriaqualificação do profissional brasileiro, nos bons e maus tempos, é um dos vilões,entre vários outros, da baixa competividade das empresas. Cria-se, assim, umcírculo vicioso difícil de romper.

Muito se fala em preparo profissional. Por isso, a Revista do CIEE |Empresasse debruçou sobre o tema, buscando responder a algumas perguntas. O que omercado de trabalho entende por qualificação? Como está esse quesito no país?Análises de especialistas teóricos e de executivos de RH lançam luz sobre essesquestionamentos e autorizam algumas conclusões. Entre as causas do baixodesempenho do trabalhador, um ponto é unânime: a precariedade da educação.Afinal, o que esperar daqueles que saem do ensino fundamental com sérios déficits em leitura e cálculos básicos? Depois passa por um ensino médiodesconectado das demandas do mundo corporativo? Aliás, problema que, de modo geral, se repete no ensino superior.

Na opinião dos entrevistados, faltam aos candidatos competências básicas emcomunicação (leitura, escrita e expressão oral), matemática (noções básicas comocálculo de porcentagens, leitura de planilhas e gráficos simples) e tecnologia (poucodomínio até de programas simples como o pacote Office). Some-se a isso avalorização de habilidades comportamentais e posturas (também sem estímulo paradesenvolvimento entre os jovens), tais como trabalho em equipe, flexibilidade paralidar com as constantes transformações tecnológicas, ética, etc. – e temos aí osdesafios da qualificação dos profissionais para a realidade 4.0.

Modernização do currículo em instituições de ensino de ponta, universidadescorporativas em empresas, investimentos de novos e antigos profissionais noaprendizado contínuo são ferramentas que auxiliam na melhor formação para otrabalho, ao lado de modalidades de capacitação já testadas e com eficáciacomprovada. É o caso do estágio e da aprendizagem que moldam o capital humanoainda na etapa dos ensinos médio e superior, como mostra a reportagem de capa.

CARTA AO LEITOR

JACYRA OCTAVIANO || EDITORA EXECUTIVA

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Dezembro, 17, 2018. Diaensolarado. Passageirosacomodados. O turboélice ATR

72-600 da Azul Linhas AéreasBrasileiras inicia a decolagem doAeroporto de Brigadeiro Camarão, emVilhena, Rondônia, rumo ao AeroportoInternacional Marechal Rondon, emCuiabá, Mato Grosso. Na cabine decomando, a emoção e o orgulhopreenchem o espaço ao redor dapoltrona de Leandro Gomiero, 22anos, que fazia sua primeira decolagemcomo copiloto. Há somente três anosdaquela data, ele concluía a jornadateórica de aprendiz no CIEEIndaiatuba e a capacitação prática naUniazul, a universidade corporativa daAzul. “Sempre focado no objetivo deme tornar piloto, dei meu máximo nafunção de aprendiz, nos encontros noCIEE e no setor de treinamento depilotos da Uniazul. Quando meucontrato acabou, a despedida foi difícil,

porque eu não sabia se voltaria.Conversei com meus gestores, ereforcei o meu desejo de ser efetivado.Deu certo”.

Deu certo por duas razões, acreditaLeandro. “Enquanto aprendiz, meempenhei muito, realizei diversasfunções, sempre buscando auxiliar osmeus gestores na administração dostreinamentos de pilotos.” Terminado ocontrato, iniciou o curso de logística naFaculdade Max Planck, de Indaiatuba –cidade paulista onde nasceu e mora –,sempre atento em alcançar seu objetivo.Depois de seis meses, a empresatelefonou para avisar sobre uma vagade analista júnior, no mesmo setor emque realizara a aprendizagem.“Participei no processo de seleção e deadmissão, fui aprovado e logo comecei atrabalhar na função”.

Leandro conta que foram três anose meio como analista júnior, “semprededicado ao trabalho”. Pés no chão e

ideal nos céus navegados pela Azul, elenão se dava por satisfeito. “Ao mesmotempo em que me desenvolviaprofissionalmente, continuei os estudos,focado no que era necessário paraalcançar meu sonho – cursos de pilotoprivado, piloto comercial, voos porinstrumento, de aviões multimotores.”Leandro fez todos esses cursos emquatro anos. Ao concluir aaprendizagem, tinha 18 anos. Hoje, aos22, já com um ano de voo comocopiloto na Azul, tem moral paraoferecer sugestões aos aprendizes,sejam quais forem os sonhos. “Seraprendiz foi muito importante para meucrescimento profissional, tanto nodesenvolvimento técnico quantopessoal. A base que o programaproporciona para o mercado detrabalho é muito importante. Mostrem-se interessados, abracem as tarefas,comuniquem-se com seus gestores, echegarão aonde pretendem”.

4 CIEE Empresas

PERSONAS & OPINIÕES

Imagens: [1] Divulgação

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SONHO: VOAR NAS ASAS DA AZUL

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CIEE Empresas 5Imagens: [1] [2] Divulgação [3] Eliandro Figueira Ric/ Divulgação Prefeitura de Indaiatuba

Rápido perfil de uma rica região

Indaiatuba é uma das 14 cidades (de um total de 20) daRegião Metropolitana de Campinas, nas quais o CIEE sefaz presente. O polo irradiador é o CIEE Campinas,

inaugurado em março de 1982. Conta com perto de 8 milestagiários e 3,5 mil aprendizes ativos, cumprindo asjornadas iniciais de suas carreiras em empresas da região,uma dos polos econômicos mais dinâmicos do país,responsável por 7,81% (cerca de 105,3 bilhões de reais) doPIB paulista, segundo o IBGE/2018.

Com área de 3,8 mil quilômetros quadrados e populaçãode cerca de 3 milhões de habitantes, é composta pelosmunicípios de Americana, Arthur Nogueira, Campinas,Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia,Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Morungaba,Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste,Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.Embora o CIEE esteja presente em 14 desses municípios,atende um maior número, graças a grande proximidade devários deles, na capacitação de estagiários (atuação em áreasdos respectivos cursos) e jovens aprendizes da indústria,comércio, serviços e agronegócio.

Um dos mais importantes polos de tecnologia e inovaçãodo país, conta com 18 instituições de ensino superior públicase privadas, com destaque para a Unicamp, maior depositárianacional de patentes. Na rede pública, o curso maisprocurado é análise e desenvolvimento de sistema, seguidopor agronomia, administração, engenharia de alimentos e

medicina. Na rede particular administração vem emprimeiro lugar, seguida de direito,

pedagogia, engenharia de produção eciências contábeis.

Indaiatuba

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“O LEANDRO FOIAPRENDIZ NO CIEEINDAIATUBAENTRE 2014 E2016. EXCELENTEAPRENDIZ,SEMPRE MUITOENVOLVIDO COM ACAPACITAÇÃO, DINÂMICO,EXTROVERTIDO, INTELIGENTE, MUITOSOCIÁVEL, AGREGAVA COM A SUAPARTICIPAÇÃO E OBTINHA BONSRESULTADOS NAS AVALIAÇÕES. JÁDURANTE O CONTRATO COMOAPRENDIZ INICIOU O CURSO PARAPILOTO, E SEMPRE FALAVA QUE ERA OSEU SONHO. QUANDO CHEGOU ANOTÍCIA QUE TINHA ALCANÇADO OOBJETIVO, ME ALEGREI. É MUITOGRATIFICANTE VER NOSSOSAPRENDIZES REALIZANDO OSSONHOS QUE TIVEMOS O PRIVILÉGIODE VÊ-LOS SONHAR. ISSO NÃO TEM PREÇO.”» Dryelli Assis de Souza,

instrutora de aprendizagem no PoloJardim Pedroso, em Indaiatuba/SP

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Indaiatuba Campinas

São Paulo

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“Estimamos que o resultado da geração deempregos em 2019 será pelo menos 20% maiorque o do ano anterior (saldo de 635,5 milcontra 529,5 mil).”

Rogério Marinho, secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,

em rede social. Reportagem da Folha de S.Paulo registradeclaração de que o governo espera uma geração

de empregos ainda melhor em 2019, sem estimar os resultados

“Não tem atalho para o Brasil crescer em longoprazo fora de oferecer educação de qualidadea todas as crianças. País bom é onde aspessoas têm a mesma oportunidade. É aeducação que gera oportunidade. Apossibilidade de um país competir em ummundo moderno depende da educação que dápara suas crianças. Um país que educa bem vai progredir.”

Jorge Paulo Lemann, empresário e homem mais rico do Brasil, em entrevista aojornal O Globo

“Estudo recente da agência de recursoshumanos ManpowerGroup entrevistou 39 milempregadores em 43 países, entre eles oBrasil. Nada menos de 45% disseram que

não conseguem encontrar nos candidatos ascompetências necessárias para as vagas

disponíveis, o maior nível em 12 anos.”

Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do conselho de administração doBradesco, em artigo no Estadão

“A ineficiência de nosso processo educativoafeta a formação e a qualificação da mão deobra, e é outro obstáculo à melhoria de nossascondições de competividade. Estudo da FGVde 2018 revela que a produtividade dotrabalhador brasileiro equivale a 25% doempregado alemão, gerando em média 16,80dólares por hora trabalhada, enquanto na Alemanha o valorchega a 64,40 dólares.”

Jorge Gerdau Johannpeter, empresário e presidente do conselho superior doMovimento Brasil Competitivo, em artigo no Estadão

6 CIEE Empresas

PERSONAS & OPINIÕES

[1] USP [2] Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil [3] [4] [5] Divulgação

»DUAS RESPOSTAS DE...

Daniel Domingues, professor de economiana USP, com atuação em temas como capital humano, bem-estar social e mercadode trabalho

Alguns analistas apontam aaprendizagem contínua comoelemento-chave para a

empregabilidade dos novos tempos. Issosignifica que as instituições de ensinopodem voltar à função de orientadorados caminhos de mercado em vez deresponder às novas demandas?O mais provável é que as IEs se tornem maisflexíveis e compartilhem com os alunos opapel e a responsabilidade de decidir oitinerário formativo. (...) Algumas delascriaram bacharelados interdisciplinares, e oformato americano, no qual grande parte docurso é eletiva, parece mais adequado aosnovos tempos. (...) Creio que caberá cada vezmais ao indivíduo orientar sua carreira.

De que maneira as inovações tecnológicasafetaram o conceito de empregabilidade?Inovações em geral destroem algunsempregos, mas criam outros. Tipicamenteperdem os trabalhadores com menoscapacidade de adaptação, seja por possuirmenos habilidades ou por ter menosflexibilidade. É o caso dos trabalhadores maisvelhos ou com menos escolaridade. Nessarevolução tecnológica em particular, há umdebate ainda inconclusivo sobre se oresultado líquido será o de contração devagas. Nas anteriores,depois do momento detransição, a economiafoi capaz de gerarmais e melhores vagas.É preciso esperar para ver.

Fonte: Extraído de reportagem de Alex Gomes,especial para oEstadão.Edu,20/11/2019.

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8 CIEE Empresas

ESTÁGIO

Estagiários no serviço público fa-zem muito, inclusive história.Na intrincada rede das secre-tarias municipais de São Pau-lo e suas extensões, eles es-

tão nas linhas de frente, em trabalhos decampo e atendimento ao público, presen-cial e virtual. A vivência nas secretarias eunidades avançadas, mais o conhecimentoatualizado que recebem nos cursos universitáriosé uma soma de valor inestimável, para Malde Maria Vila Bôas,secretária municipal de Gestão. “A administração pública é pesa-da, e os estagiários a ajudam a se mover. É uma troca importante.E vou dizer que o ganho maior é da administração pública”, afir-mou, em entrevista à REVISTA DO CIEE |EMPRESAS durante a10ª Edição do Prêmio As Melhores Práticas de Estágio. O quetem a ver o prêmio com fazer história? Tudo. As propostas con-correntes – algumas já implantadas, outras, em fase de implanta-ção –, foram desenhadas a partir da experiência dos estagiáriosno cotidiano dos seus postos.

Mais do que alcançar o prêmio, eles se dispuseram a oferecercontribuição para fazer de São Paulo uma cidade mais acolhedora.

“Perguntamos aos estagiários qual a visão delesde uma cidade inteligente e humana. Não

qualquer cidade, com realidade diferenteda nossa, e sim, São Paulo – extrema-mente desigual, como o Brasil”, explicouMarianna Sampaio, secretária adjun-ta da Secretaria de Inovação e Tecnolo-

gia, durante palestra proferida no evento.“Sabemos que a tecnologia não só mantém

a desigualdade, como acelera a perpetuação de-la. Reduzir a desigualdade tem por componente a relação das pes-soas com a cidade, para a entrega de algo melhor à população.”

Ao pensar numa São Paulo mais inteligente e mais humana,

CIEE PREMIA AS MELHORES PRÁTICASDE ESTÁGIO NA PREFEITURA DE SÃOPAULO E ESTIMULA A CONTRIBUIÇÃODE ESTUDANTES PARA MELHORAR ASCONDIÇÕES DE VIDA NA CIDADE

Jovens em idade, adultos em ideias

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os estagiários enxergaram aplicativos, beija-flores, trilhas educa-tivas, pessoas em situação de rua, arborização e até na substitui-ção da mímica por “algo mais prático”, em uma maternidade pau-listana que recebe enorme contingente de estrangeiros. Entre aspropostas, muitas já estão em prática. Assim que, ao caminhar dacasa para o trabalho e vice-versa, ao acessar um terminal de rela-cionamento, ao procurar atendimento virtual ou presencial naprefeitura, muito provavelmente a pressa impedirá o cidadão deperceber, de imediato, as soluções criadas por jovens estagiáriosque já pensam como adultos e se preocupam em contribuir paraa construção de uma cidade melhor. Mas, as soluções já estão àespera. Algumas quase despercebidas aos mais desatentos, comoum melhor jeito de tratar os beija-flores, ou uma menor perda demudas plantadas num parque.

Entre os princípios do prêmio, dois se destacaram nas propos-tas apresentadas pelos estagiários: “menos futurismo, mais realis-mo”; e “tecnologia é parceira estratégica, não protagonista”. Inde-

pendente da classificação (1º ao 5º lugares, nascategorias grupo e individual), as propostas fi-

nalistas já começam a enriquecer o atendi-mento e os serviços contemplados na or-ganização do programa SP Cidade Inteli-gente e Humana, como o SP 156 – telefo-ne, portal e aplicativo para fornecer infor-

mações, tirar dúvidas, solicitar serviços e fa-zer denúncias. Luiz Douglas de Souza, ge-

rente regional do CIEE para a capital e GrandeSão Paulo, falando aos estagiários, reconheceu a importância doevento. “Muito bacana vocês serem premiados por sugerir me-lhorias benéficas ao cidadão, em áreas como inovação, mobilida-de, eficiência.” E adiantou uma novidade: “o CIEE está tambémempenhado em inovar. Em parceria com a prefeitura, disponibi-lizará conteúdos sobre temas das áreas públicas e sobre quais ati-vidades o estagiário poderá desenvolver”. Para ele, talvez na ini-ciativa privada o valor da bolsa-auxílio seja um pouco maior, “mas

o CIEE deseja mostrar que é bem provável que a prefeitura pau-listana e outros órgãos públicos ofereçam mais espaço para os es-tudantes criarem e aplicarem seus projetos”.

Para não deixar dúvida sobre as possibilidades oferecidas pelaprefeitura aos estagiários, a secretária de Gestão fez eco à fala deLuiz Douglas. “Vocês devem mostrar que podem mais. Esperoque durante o estágio na prefeitura tragam os seus olhares, suasideias, digam onde podemos melhorar. Nós precisamos disso.Nos ensinem como podemos fazer. A ajuda de vocês é importantepara melhorar a cidade. Espero que, durante o estágio, deixemmuitas inovações e mudanças de paradigma. Deem sugestões,discutam, provoquem mudanças. A melhoria que vocês alcança-rem para a cidade e o cidadão é o doce que vocês levarão do pe-ríodo que passarem na administração pública”.

Imagens: Dener Alcardi Fotografia

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ESTÁGIO

Durante o III Congresso de Estágios da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP),realizado em 7 de novembro no Teatro CIEE, em São Paulo/SP, foram

anunciados os 20 estagiários finalistas do 10º Prêmio As Melhores Práticas deEstágio na Prefeitura de São Paulo. O congresso e o concurso são realizados pelaDivisão de Gestão de Concursos e Estágios do Departamento de Planejamento deGestão de Carreiras, ligado à Coordenadoria de Gestão de Pessoas, órgão daSecretaria Municipal de Gestão.

A edição 2019 teve duas categorias: Inovação em processos internos e Inovação emprocessos e políticas públicas, cada qual com as modalidades grupo e individual. Essasduas categorias vêm sendo trabalhadas no âmbito do Programa SP Cidade Inteligentee Humana, elaborado e dirigido pela Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia.Confira os projetos premiados.

INOVAÇÃO,MODERNIZAÇÃO,SIMPLIFICAÇÃO: legado dos jovensestagiários àssecretarias municipais

MODALIDADE GRUPO

CATEGORIA I • INOVAÇÃO EM PROCESSOS INTERNOS

» 1º Lugar: Raissa Dorsa Perigo, Joyce Cristina Silva, Marília Rosa Alves» Estagiárias na Secretaria do Verde e Meio Ambiente» Projeto: Elaboração de guia prático para alimentação,recintação e enriquecimento ambiental de beija-flores.

» 2º Lugar: Amanda Callegari Loschiavo, Bárbara de Oliveira Silva» Estagiáras na Secretaria do Verde e Meio Ambiente» Projeto: (Im)plantando qualidade: Um novo olhar sobre oplantio de mudas na região centro-oeste do município

» 3º Lugar: Gabrielly Santos Novato, Beatriz Garanhani Silva» Estagiárias na Secretaria do Verde e Meio Ambiente» Projeto: Padronização e dinamicidade do fluxo administrativoestabelecido para a análise das solicitações de supressão devegetação de porte arbóreo, considerada patrimônio ambiental

» 4º Lugar: Gustavo Henrique Pereira Castro, Isabela LuisiFernandes da Costa» Estagiários na Secretaria de Habitação (Sehab)» Projeto: SPH – Sistema de Provisão Habitacional

» 5º Lugar: João Paschoal Pedote, Marina Tavares Edmundo, Victor Aranha Pereira, Matheus da Cruz» Estagiários na Secretaria de Inovação e Tecnologia » Projeto: O uso de dados como ferramenta de planejamento de políticas públicas – Um estudo de caso do serviço deabordagem a pessoas em situação de rua

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CIEE Empresas 11Imagens: Dener Alcardi Fotografia

MODALIDADE INDIVIDUAL

CATEGORIA I • INOVAÇÃO EM PROCESSOS INTERNOS

MODALIDADE GRUPO

CATEGORIA II • INOVAÇÃO EM PROCESSOS E POLÍTICAS PÚBLICAS

» 1º Lugar: Beatriz Monteiro da Silva, André Barcellos Penha» Estagiários na Secretaria do Verde e Meio Ambiente» Projeto: Vivências com a arborização: atividades para educadores

» 2º Lugar: Giulia Paola Saavedra Cosmo, Thais Regina de Oliveira» Estagiárias na Secretaria do Verde e Meio Ambiente» Projeto: Implantação de sistema de trilhas interpretativas, eco-lógicas e culturais como ferramenta de educação ambiental einstrumento de ciência cidadã no Parque Vila Guilherme – Trote

» 3º Lugar: Shayene Juliana de Souza Carneiro, Lucas AlmeidaOliveira dos Santos» Estagiários na Secretaria de Desenvolvimento Urbano » Projeto: Compostagem urbana: proposta de política públicade manejo alternativo de resíduos orgânicos

» 4º Lugar: Gabriela Tasca Meira, Bianca Lopes Santos» Estagiárias na Secretaria do Verde e Meio Ambiente» Projeto: Campo experimental como um espaço de divulgaçãode conhecimento e contemplação da natureza

» 5º Lugar: Eunice de Oliveira Stramaro, Giovanni BalatonPupin, Pedro Alexandre de Brito Souza, Pedro Henrique de Freitas Costa» Estagiários na Secretaria do Verde e Meio Ambiente» Projeto: Fauna Online: a ciência nas mãos dos cidadãos

» 1º Lugar: Erika Yui Kanayama» Estagiária na Controladoria Geral do Município» Projeto: Implantação de conceito e ferramenta deinteligência de negócios para automação do fluxo deinformações da Ouvidoria Geral do Município

» 2º Lugar: Lavinya de Jesus Garcia» Estagiária na Secretaria da Saúde (SMS)» Projeto: Atendimento padrão para estrangeiros daMaternidade Vila Nova Cachoeirinha

» 3º Lugar: Mainara Thaís Guimarães Pereira» Estagiária na Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania » Projeto: Do corpo à alma: o monitoramento interno dedados da Coordenação de Políticas para População emSituação de Rua

» 4º Lugar: Nivaldo Jose Dias Ferreira Neto» Estagiário na Secretaria do Verde e Meio Ambiente» Projeto: Modernização, eficiência e robustez na Secretariado Verde e Meio Ambiente

» 5º Lugar: Clarissa de Freitas Benevides da Costa» Estagiária na Secretaria das Subprefeituras » Projeto: Compostagem como prática de educação ambientale mudança de hábitos dos funcionários na Supervisão deLimpeza Pública (STLP) - Perus

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12 CIEE Empresas

ESTÁGIO

» 1º Lugar: Cawan Fernando Andrade Quiavenato» Estagiário na Secretaria de Segurança Urbana» Projeto: Aplicativo SP+Segura: inserção de novos ícones eo planejamento policial

» 2º Lugar: Robson dos Santos» Estagiário na Secretaria Municipal da Pessoa comDeficiência» Projeto: O uso do QR Code no turismo acessível nomunicípio de São Paulo

» 3º Lugar: Marcelo Vegi da Conceição» Estagiário na Secretaria de Inovação e Tecnologia» Projeto: Guia para explorar a realidade da população ecoletar percepções para a formulação e revisão depolíticas públicas

» 4º Lugar: Gabriela Colin Carriel Rodrigues Cunha» Estagiária na Secretaria Municipal da Fazenda » Projeto: Comunicação humanizada e acessível - Vídeostutoriais dos serviços digitais

» 5º Lugar: Maria Clara Martins de Oliveira Holtz» Estagiária na Secretaria de Licenciamento» Projeto: Revitalização da Rua São Bento: associaçãoentre memória e mudança

UMA LONGA E BEM SUCEDIDA PARCERIA

Houve época em que ocorreu interrupção do convênio com o CIEE por decisão do então prefeito.

Trabalhávamos com mil vagas, amparados por legislaçãofederal e portaria municipal. Exigiu trabalho de

formiguinha, mas, enfim, regulamentado por decreto, emconsonância com lei própria, hoje o estágio é uma

instituição consolidada na prefeitura de São Paulo, queconta com corpo de coordenadores e apoio do CIEE.As dificuldades são inúmeras, mudança de governo,

escassez de recursos, manutenção do quadro de vagas,manter a qualidade conquistada. Ao longo de todos esses

anos (desde a retomada da parceria), o CIEE tem sidogrande parceiro em todos os sentidos, na rotina com

atendimento às nossas demandas, que não são poucas,com equipe sempre disponível, e o patrocínio total ao

prêmio, que é um grande sucesso.

» Edneide Amerina de Sá Carvalho,

coordenadora geral de estágios/ Divisão de Gestão de Concursos e Estágios

MODALIDADE INDIVIDUAL

CATEGORIA II • INOVAÇÃO EM PROCESSOS E POLÍTICAS PÚBLICAS

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Imagens: Dener [1]Alcardi Fotografia [2]Divulgação/DPGC | Cogep

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14 CIEE Empresas

CAPA

Existe, no mercado atual, umaconta que não fecha. No iníciodo ano, a maior empregadoraprivada do Brasil e uma dasgigantes do telemarketing in-

ternacional oferecia 1,2 mil vagas no Mu-tirão do Emprego, evento promovido peloSindicato dos Comerciários de São Paulo.Havia 600 interessados, mas ela só con-seguiu contratar sete operadores de tele-vendas: menos de 1% do necessário. Namesma oportunidade, uma importante re-

de varejista pôde preencher apenas 700dos 2 mil novos postos abertos. Meses de-pois, somente 32 candidatos haviam sidoefetivados. Entre 2018 e 2019, das 11,8mil vagas ofertadas nos mutirões do em-prego, que reúnem empresas de cacife,60% não foram preenchidas.

Em um país onde se perpetua, segun-do o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), uma taxa de desem-prego em torno de 11,8% – no cômputodo terceiro trimestre de 2018, somava12,5 milhões de brasileiros – e um nívelde informalidade da ordem de 41,4% dosocupados (11,8 milhões de pessoas), é dese perguntar: onde está o problema? Faltade qualificação, dizem os empregadores.

Avaliação da ManpowerGroup, con-sultoria de gestão de pes-

soas norte-americana,comprova que mais de

Qualificação: O que é? Como está?A PRECÁRIA FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS CONTINUA A SER UM DOS GARGALOS QUEPREJUDICAM A RETOMADA DA ECONOMIA E RETARDAM AVANÇOS DA PRODUTIVIDADE. MAS HÁ SOLUÇÕES QUE PODEM ATENUAR O PROBLEMA E DEVEM SER ESTIMULADAS.

Qualificação: O que é? Como está?

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quatro em cada dez empresas instaladasna América Latina reconhecem ter difi-culdades em encontrar trabalhadorescom as aptidões necessárias. Não pormenos, o continente latino-americanodesponta atualmente como a região domundo com o maior déficit de qualifica-ção profissional. Isso é particularmenteverdadeiro no Brasil. Na pesquisa anualTendências Globais de Capital Humano2019, que contou com a participação demais de 10 mil líderes de negócios e re-cursos humanos de 119 países – 194 de-les atuando em diferentes setores da in-dústria nacional –, a auditoria e consul-toria empresarial Deloitte apurou que atendência aprendizagem liderou o ran-king dos principais gaps do mercado. Pa-ra 96% dos entrevistados, ela é o atributomais importante em um colaborador, maso nível de preparação/prontidão dele sóchega a 47%. Em segundo lugar tem des-taque o tópico liderança, com 94% dasrespostas classificadas como “importanteou muito importante”; em terceiro, apa-rece experiência do trabalhador (92%).Em ambos os casos, porém, o nível depreparação/prontidão mal alcança 40%.

Em âmbito mundial, a taxa de importân-cia foi, respectivamente, de 86%, 80% e84% para as três tendências.

Segundo Roberta Yoshida, sócia daconsultoria em gestão de capital humanoda Deloitte Brasil, os resultados compro-vam que “ainda precisamos avançar muitoem questões relacionadas à capacitação equalificação para preparar profissionaisque consigam aliar produtividade às habi-lidades requeridas em um meio cada vezmais digital, no qual as tecnologias vêmtrazendo mudanças bastante disruptivas”.

Com esse ponto de vista concordammais de mil trabalhadores entrevistadosem todo o território nacional pela Udemy,marketplace global de ensino e aprendiza-do online. Na segunda edição do relatórioLacuna de habilidades (realizada no finalde 2018), 95% dos profissionais com maisde 18 anos que foram consultados, reco-nheceram de forma imediata que há umalacuna de habilidades no país. Sete em ca-da 10 afirmaram que ela os afeta direta-mente, e mais da metade (55%) acreditaque por conta disso são menores as opor-tunidades de crescer profissionalmentemais do que as gerações passadas.

Comparativamente com estudos se-melhantes realizados pela Udemy nos Es-tados Unidos, França, México, Portugal eEspanha, as respostas enunciadas no Bra-sil permitem concluir que o país lidera ogrupo quando se trata de relacionar a au-tomação às mudanças na capacitação. Étambém consenso por aqui que a tecnolo-gia empregada na indústria 4.0 terá forteimpacto nos empregos dentro de cincoanos e que, portanto, as apti-dões necessárias para o tra-balho mudarão até lá.

“AINDAPRECISAMOSAVANÇAR MUITO

EM QUESTÕESRELACIONADAS À

CAPACITAÇÃO E QUALIFICAÇÃO QUE CONSIGAM ALIARPRODUTIVIDADE ÀS HABILIDADESREQUERIDAS EM UM MEIO CADA VEZ MAIS DIGITAL”» Roberta Yoshida, gestão de capitalhumano da Deloitte Brasil

Imagens: [1] Divulgação

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CAPA

A HORA DAS SOFT SKILLS

Trata-se apenas deuma questão de lidarcom a tecnologia? Se-gundo Marcelo Gallo,superintendente na-cional de operações doCIEE, às pessoas quebuscam oportunidadesno mercado de trabalhofaltam acima de tudo com-petências básicas, além da in-formática. “Comunicação, lín-gua portuguesa, interpretação detextos, organização de ideias e mate-mática são carências recorrentes”, enumera.Ao lado disso, o novo perfil profissional exi-gido cada vez mais pelo mercado de traba-lho e aderente às rápidas transformaçõestecnológicas e sociais da atualidade, reclamaas chamadas competências socioemocio-nais (soft skills), afirma ele. Resiliência, tra-balho em equipe, empatia e capacidade depersuasão estão, mais do que nunca, na or-dem do dia.

Em se tratando de jovens, “algumas em-presas chegam até mesmo a abrir mão do se-gundo idioma, em troca de um conhecimen-to mais técnico, inerente à profissão – comoo Autocad para quem trabalha na área deengenharia”, reporta ainda Gallo, com basena experiência de anos atuando na inclusãoprofissional de estagiários e aprendizes.“Além disso, um nível de maturidade se faznecessário, uma vez que o jovem vai precisarinteragir com faixas etárias e origens dife-

rentes das dele. Essa realidade distin-ta da que ele conhece, e com a qualvai se confrontar no ambiente detrabalho, exige atributos socioemo-cionais claros”. Na disputa poruma vaga de aprendiz, estágio ouemprego, esses requisitos podemser aferidos pela forma como ocandidato se comporta nas redessociais, nas entrevistas e na dinâmicade grupo, por exemplo. Da mesmaforma, “protagonismo causa boa im-pressão e participar do diretório da facul-dade ou ser voluntário em alguma ONG sãodiferenciais”.

Para os entrevistados no Brasil pelaUdemy, habilidades técnicas e digitais – co-mo ser versátil em programação, análise dedados, web design, marketing e SEO (searchengine optimization ou otimização para me-canismos de busca), por exemplo – são re-quisitos que importam e são valorizados pe-los empregadores tanto quanto as compe-tências de liderança e gestão, isto é, a capa-cidade de resolver conflitos e gerenciarequipes, entre outras: 32% e 31%, respecti-vamente. No entanto, quase quatro em cadadez trabalhadores consultados (35%) admi-tem ter dificuldades para assimilar esse úl-timo tipo de know-how. Para quase um terçodeles, pensamento crítico e aptidão para re-solver problemas são as soft skills que maisfazem falta no ambiente de trabalho.

AUTOCONSTRUÇÃO DA CARREIRA

Apoiado nos resultados do relatório Lacunasde habilidades, Sérgio Agudo, country mana-ger da Udemy para o Brasil, aponta outroshiatos na formação do trabalhador brasilei-ro. Para ele, modelos tradicionais de educa-ção e treinamento corporativo não poderiamdar conta de atender as novas demandas:“Hoje, a capacitação envolve muito o quereraprender de cada indivíduo, que deve enten-der suas carências de habilidade e ter umplano de ação para preencher esse gap; mas,infelizmente, a maioria das pessoas não tema visão de autogestão da carreira.”

“HOJE, ACAPACITAÇÃOENVOLVE MUITO O

QUERER APRENDERDE CADA INDIVÍDUO,

QUE DEVE ENTENDER SUASCARÊNCIAS DE HABILIDADE E TERUM PLANO DE AÇÃO PARA

PREENCHER ESSE GAP”» Sérgio Agudo, country manager daUdemy para o Brasil

Imagens: [1] Divulgação

[1]

“ESSA REALIDADE DISTINTADA QUE ELE CONHECE, ECOM A QUAL VAI SECONFRONTAR NO AMBIENTE DE TRABALHO,EXIGE ATRIBUTOSSOCIOEMOCIONAIS CLAROS”» Marcelo Gallo,superintendente nacional deoperações do CIEE

16 CIEE Empresas

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Gerenciar perspectivas de trajetória pro-fissional é outro atributo em voga, um requi-sito do empregador e um imperativo do mer-cado. Afinal, a contínua atualização do co-nhecimento é fundamental para se mantercompetitivo em profissões em constantetransformação. Mas isso ainda não parecefazer parte da cultura do brasileiro, opinaAgudo: os resultados da pesquisa da Udemymostram que, numa escala de responsabili-dade, é creditada primeiro ao governo, de-pois à empresa e só por fim ao próprio tra-balhador a incumbência – e a iniciativa – dedesenhar um projeto de qualificação. Aindasegundo dados colhidos no relatório, 46%dos entrevistados afirmam ter confiança nasações do governo para reabsorver a mão deobra ociosa, e 61% declaram que deixariamo emprego caso o empregador não forneces-se a formação necessária para que ele avan-çasse na carreira.

Paulo Magalhães Sardinha, presiden-te da Associação Brasileira de RecursosHumanos (ABRH), confirma haver umaconjunção de fatores que resultam na for-mação profissional deficitária do jovemtrabalhador brasileiro: “Em uma socieda-de polarizada como a nossa, na qual con-vivem a excelência educacional das clas-ses sociais mais avantajadas e as dificul-dades cognitivas da grande maioria, a fa-mília e o Estado podem ser responsabili-zados pela situação”, declara. “A primeiraporque não entende a importância do in-vestimento na capacitação do filho – e is-so é cultural e histórico. O segundo por-que falha na atualização curricular, em es-pecial a do ensino técnico, o que torna a

educação pro-posta defasadaem relação àsdemandas domercado.”

Lembran-do que os cur-sos técnicos ti-veram sua faseáurea nos anosde 1980, quando“representavamuma resposta boa acurto prazo, mas nãoperene”, Sardinha esti-ma que, hoje, a defasagemdeles em relação aos avançosda revolução industrial seja decerca de duas décadas: “A tecnologiacorre muito mais que o ensino técnico e

com isso o país perde inteligência, perdeinovação e perde competitividade”.

Os números espelham bem essa situa-ção: por um lado, há jovens que esperamser integrados no mercado e não veem co-mo as matérias ensinadas na escola po-dem ser úteis no seu dia a dia – o que re-sulta na terceira maior taxa de evasão es-colar do mundo: 24,1% dos alunos nãoconcluem o ensino fundamental até os 16anos e 40,8% deles não terminam o ensinomédio até os 19 anos. Do outro lado estãoempregadores que, segundo Sardinha,romperam com a lógica de tutelar a carrei-ra dos seus colaboradores, como se fazianos anos de 1990. “No máximo, eles com-partilham e apoiam o aprendizado pormeio da educação corporativa.”

DESAFIOS DA REVOLUÇÃO 4.0

Acumulando vasta experiência como gestorde RH em grandes corporações e atualmen-te investidor em startups, Antônio Salvadoré de opinião que o descompasso entre omercado de trabalho e as instituições de en-sino vem gerando muito desalento, outroponto negativo frequentemente encontradono perfil profissional do brasileiro. “O pro-blema da grade curricular está levando opaís a perder uma geração de muito poten-cial, capaz de pensar diferente”, o que, se-gundo ele, “é uma pena, pois o mindset des-ses jovens se apoia em novos conceitos detrabalho, menos hierarquizado e mais parti-cipativo, que aposentaram o velho modelode comando/controle e o estão substituindopor atributos como o engajamento, o inte-resse e o propósito”.

Para Salvador, embora “a falta do míni-mo técnico seja generalizada”, ela pode sercompensada por “um certo brilho nos olhosdo candidato, que se traduz no ímpeto deaprender e fazer acontecer”. Mas como dizerpara o jovem, que na maioria das vezes aca-bou de concluir o curso de graduação, quecerca de 35% das competências desenvolvi-das por profissionais em um bom número de

“A TECNOLOGIACORRE MUITOMAIS QUE O

ENSINO TÉCNICO ECOM ISSO O PAÍS

PERDE INTELIGÊNCIA, PERDEINOVAÇÃO E PERDECOMPETITIVIDADE”» Paulo Magalhães Sardinha,presidente da ABRH

“O PROBLEMA DA GRADECURRICULAR ESTÁ

LEVANDO O PAÍS APERDER UMA GERAÇÃO

DE MUITO POTENCIAL, CAPAZ DEPENSAR DIFERENTE”» Antônio Salvador, gestor de RH

Imagens: [1] [2] Divulgação

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CAPA

18 CIEE Empresas

setores, hoje – TI, varejo, serviços, saúde, mí-dia, mobilidade e mercado financeiro, entreoutros –, não terão mais utilidade em cincoanos? Pois esse cenário está contido no es-tudo The future of jobs: Employment, skills andworkforce strategy for the fourth industrial re-volution (O futuro do trabalho: Emprego, ha-bilidades e estratégia da força de trabalhopara a quarta revolução industrial) do FórumEconômico Mundial.

Para Ana Mocny, diretora da prática deconsultoria em gestão de capital humanoda Deloitte, “há muitos desafios para quemquer manter sua empregabilidade nos pró-ximos anos. Existe uma revolução em cur-so, e ela está baseada em temas que atépouco tempo atrás não faziam parte daformação de nenhum de nós”. Por isso,avalia, “o jovem que revela engajamen-to em alguma causa socioambiental,que acumula experiência internacio-nal ou que vem de um ambientemais carente, onde precisou assu-mir sua formação, sem terceirizarresponsabilidades, tem um arca-bouço mais favorável”.

Ela reconhece que não pode pedirao colaborador recém-admitido quesaiba tudo sobre o processo de transfor-mação organizacional que a empresa estáimplantando, ou que se destaque em maté-ria de alinhamento com os stakeholders, maspode procurar por potencial no perfil dele.“Posso examinar se tem uma boa escuta, re-siliência, se é um facilitador de mudanças.Em resumo, tenho de buscar analogias em

função do que ele já viveu”, explica Ana. As-sim sendo, argumenta, cabe a cada empresaadotar seus candidatos e exercer pressão so-bre a escola, não sobre os alunos. “É dela odesafio de eliminar esse gap de formação, senão vai acabar perdendo produtividade.”

Universidades corporativas, treina-mentos in company, cursos de autodesen-volvimento, programas de estágio e apren-dizagem, e demais ecossistemas de integra-ção entre a indústria e o ensino despontam,então, como uma verdadeira tábua de sal-vação e ganham a simpatia dos profissio-nais que circulam nos mais altos escalõescorporativos. Para a professora doutoraMarisa Éboli, do Grupo de Estudo em Ges-tão da Educação Corporativa FundaçãoInstituto de Administração (FIA) da USP,

o surgimento de iniciativas no campo daeducação corporativa tem como vetor a ne-cessidade de a empresa suprir suas pró-prias necessidades, e não o desejo de cobrirmazelas da educação formal.

“Hoje, o desafio para a formação do tra-balhador é assimilar o mindset imposto pelaRevolução 4.0, isto é, a predisposição psico-lógica em lidar com transformações tecno-lógicas. O mercado está mais preocupadocom aspectos de postura, ética, atitude pes-soal, e menos com a qualificação propria-mente técnica”, completa.

Nesse sentido, o case da Trevisan Escolade Negócios, que promoveu a integração,com apoio do CIEE, entre professores e pro-fissionais do segmento de ciências contá-

beis com vistas a uma reciclagem acadê-mica, é emblemático. Em 2018, surgiu

uma demanda de ambas as partes pa-ra adequar expectativas: de um lado,os alunos recém-formados se mos-travam descontentes com as vagasque lhes eram oferecidas; de outro,os empregadores argumentavam

que eles não estavam preparados para ocu-par os postos que pleiteavam. “Resolvemosreformular a grade de matérias técnicas, in-cluindo competências socioemocionais euma segunda língua, pois entendemos queos profissionais que saem da graduação de-vem apresentar habilidades para resolverconflitos, assumir a gestão de pessoas e terversatilidade em comunicação empresarial”,explica Marcia Santos, coordenadora docurso. A fórmula deu tão certo que a parce-ria foi renovada.

Marleine Cohen

“HOJE, O DESAFIO PARA A FORMAÇÃO DO

TRABALHADOR ÉASSIMILAR O MINDSET

IMPOSTO PELA REVOLUÇÃO 4.0, ISTO É, A PREDISPOSIÇÃOPSICOLÓGICA EM LIDAR COMTRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS”» Marisa Éboli, Grupo de Estudo em Gestão da Educação Corporativa da FIA- USP

“HÁ MUITOSDESAFIOS PARAQUEM QUER

MANTER SUAEMPREGABILIDADE

NOS PRÓXIMOS ANOS. EXISTE UMAREVOLUÇÃO EM CURSO, E ELA ESTÁBASEADA EM TEMAS QUE ATÉ POUCOTEMPO ATRÁS NÃO FAZIAM PARTE DAFORMAÇÃO DE NENHUM DE NÓS”» Ana Mocny, gestão de capital humanoda Deloitte

“RESOLVEMOSREFORMULAR A GRADE

DE MATÉRIASTÉCNICAS, INCLUINDO

COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS E UMA SEGUNDA LÍNGUA”» Marcia Santos, Trevisan Escola de Negócios

Imagens: [1] Divulgação [2] Aguinaldo Santana [3] Divulgação

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CIEE Empresas 19

Por quais motivos sua empresa contrata estagiários?

Antecipar a preparação dequadros qualificados de

acordo com os valores e acultura organizacional

Descoberta de novostalentos e seu

desenvolvimento internona empresa

Incentivar a renovação eoxigenação das equipes,facilitando a absorção deavanços tecnológicos e

conceituais da academia

Redução do investimentono recrutamento de novos

profissionais

Reconhecimento daresponsabilidade social daempresa, colaborando com

a formação de novasgerações profissionais

Vantagens de custo, umavez que há isenção de

encargos sociais etrabalhistas pela não

vinculação empregatícia

n sem importância n pouco importante n importante n muito importante n fundamental

Pesquisa encomendada ao Institu-to Datafolha para aferir o grau deaderência do jovem ao programa

Aprendiz Legal, realizado em parceriaentre o CIEE e a Fundação Roberto Ma-rinho, mostra os efeitos altamente posi-tivos desse modelo de qualificação bási-ca oferecido por empresas (treinamentoprático) em conjunto com entidades for-madoras (capacitação teórica alinhada àárea de atuação). Eles têm o mérito deimpulsionar a empregabilidade, o acessoa empregos formais, a preparação parao empreendedorismo e, o que é ótimo, o

ESTÁGIO EAPRENDIZAGEM,

PASSO INICIALPARA

QUALIFICAÇÃO

“PESQUISADORESDA FIPEIDENTIFICARAM

QUE 78% DASEMPRESAS

CONSIDERAM ‘MUITO ALTA’, ‘ALTA’ E‘RAZOÁVEL’ A HIPÓTESE DEEFETIVAÇÃO DE SEUS ESTAGIÁRIOSAPÓS A CONCLUSÃO DO CONTRATO”» Luiz Gustavo Coppola,superintendente nacional deatendimento do CIEE

ESTÁGIO EAPRENDIZAGEM,

PASSO INICIALPARA

QUALIFICAÇÃO

7,9%

16,3%

39,8%21,9%

14%

6,3%

15,1%

36,8%23,9%

18%

2,9%7,3%

39,7%33,2%

17%

2,1%

5,3%

42,6%28,8%

21,2%

1,6%3%

30,4%

40%

25,1%

1,2%2,6%

32,1%

37,2%

26,9%

Imagens: [1] Jonathan Alves

[1]

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20 CIEE Empresas

objetivo de ingressar numa faculdade.Prova? “Quando perguntados se reco-mendariam a experiência a amigos e pa-rentes, a grande maioria dos egressos doprograma entre 2016 e 2017 respondeuafirmativamente, conferindo nota 9,6em uma escala de 1 a 10. Além disso, olevantamento mostrou que 76% dos en-trevistados estão trabalhando ou estu-dando e 25% têm carteira de trabalhoassinada”, informa Luiz Gustavo Coppo-la, superintendente nacional de atendi-mento do CIEE.

O estágio é outro programa queauxilia as empresas não só naatração e captação de fu-turos colaboradores,mas também na suaqualificação ao fi-nal de dois anosde capacitaçãoprática de estu-dantes dos en-sinos médio,técnico e supe-rior. “A eficiên-cia dessa ferra-menta tem a me-lhor medida no nú-mero de novos talentosque inserimos no mercadode trabalho, nos 55 anos de exis-tência de nossa entidade: mais de 4 mi-lhões, o que torna o CIEE o maior agentede integração empresa-escola do país”,continua Coppola. Será o estágio umbom investimento para as organizações?A resposta está nas conclusões de pes-quisa realizada pela Fundação Institutode Economia Aplicada (Fipe) da USP,que aferiu a importância da contrataçãode estagiários para a saúde organizacio-nal. “Nos seis aspectos avaliados, a op-ção “sem importância” variou 1,2% nu-ma lista de seis razões”, cita.

“O mesmo estudo também indicaque é baixíssimo o número de empresasque enfrentam, com os estagiários, pro-blemas apontados como negativos naanálise de desempenho dos quadrosfuncionais, como mostra o quadro abai-xo”, prossegue Coppola. “Não bastas-

sem esses dois aspectos, os pesquisado-res da Fipe identificaram que 78% dasempresas consideram ‘muito alta’, ‘alta’e ‘razoável’ a hipótese de efetivação deseus estagiários após a conclusão docontrato.”

Resultados como esse estimularamo CIEE a acrescentar dois novos módu-los à sua plataforma de cursos online, oCIEE Saber Virtual: o primeiro, 7 passospara escolher sua profissão, tem como ob-jetivo orientar o jovem que ainda estáindeciso em relação à escolha da car-

reira. O segundo, LinkedIn, por que eupreciso?, aborda questões

práticas referentes ao usoda rede social corpo-

rativa. De olho nasc o m p e t ê n c i a s

cada vez maisexigidas pela re-volução tecno-lógica, a gradede cursos daplataforma mo-

nitora o mer-cado de trabalho

e busca alavancaro desenvolvimento

de competências e ha-bilidades pessoais, com-

portamentais e técnicas dos jo-vens interessados em aprendizagem ouem estágio. Há conteúdos que buscamsuprir a precariedade do ensino regular(gramática, expressão verbal, matemá-tica, escrita) ao lado de três trilhas deconhecimento: 1) Preparação para omundo do trabalho (processos seletivose posturas profissionais); 2) Lidandocom a informática (programas do pacoteOffice básico e avançado); e 3) Orienta-ção e informação profissional (escolhade carreira, profissões do futuro, em-preendedorismo), entre outros.

Disponibilizados no Portal CIEE, to-dos os cursos são gratuitos, têm curtaduração, oferecem certificado e contamcom recursos como acompanhamentotutorial ativo, e-book, chat e suporte pe-dagógico e técnico.

Jacyra Octaviano

Os estagiários trazem problemas edificuldades para o ambiente corporativo?

Sua empresa pretende efetivar o estagiáriosapós a conclusão do programa?

Fonte: Benefícios Econômicos eSociais do Estágio e da Aprendizagem

Profissional - FIPE - 2019

n não ocorre n pouco frequente n frequenten muito frequente n sempre presente

32,8% Alta

23% Razoável

22,5% Muito alta (provável)

7,1% Baixa

6,5% Impossibilitada porcaracterização jurídica

4,4% Muito baixa (improvável)

3,8% Não soube especificar

Problemas na adaptação com a cultura,hierarquia e os valores

Dificuldade em realizar atividades técnicas

Divergências entre o aprendizado teórico e atividadeprática na empresa

24,2%56%

16,1%2,4%

1,3%

25,6%50,1%

16,3%5,1%

2,8%

40,1%47,7%

8,7%2,3%

1,2%

44,5%44,8%

7,8%2,2%

0,7%

CAPA

Falta de comprometimento com as tarefas diárias

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22 CIEE Empresas

GERAIS

Pesquisa revela que 32% das empresas sequer sabem oque é a chamada indústria 4.0, também chamada deQuarta Revolução Industrial, processo que já deu o startpara a nova economia global. Significa a utilização do que

há de mais moderno para produzir bens de consumo: bigdata, internet das coisas, inteligência artificial e muitomais recursos tecnológicos que já existem ou estão parasurgir, segundo um levantamento da Fiesp.

DESCUIDO COM A INOVAÇÃO

O atraso em TI traz o risco – mais uma vez – de o país perder o bonde dahistória e se autoexcluir do protagonismo em áreas estratégicas do mercadoglobal e até do interno. Para estimular a automação inteligente, o FórumMundial do Comércio lançará um projeto-piloto em maio, durante encontro paraa América Latina. Trata- se de iniciativa similar à realizada em países comoChina, Japão, Índia, Israel e Colômbia, entre outros. Com uma diferença: o Brasilserá o único a contar com enfoque específico para a pequena e média empresa.

Estímulo do Banco Mundial

Os brasileiros escolheram o termodificuldades para definir o ano de2019. O plural indica que houveproblemas na vida pessoal,profissional e em relação aogoverno. “Compreender o espíritodo tempo é importante para definirestratégias, e a pesquisa Palavra doAno é uma maneira de conhecermos umpouco mais sobre o clima atual”, diz Leandro Machado,cientista político e sócio da consultoria Cause, parceira doInstituto Big Data na pesquisa.

» CURIOSIDADE

2019 NUMA PALAVRA

“SE NÃO NOS MOVERMOSRÁPIDO, FICAREMOS AINDA MAISPARA TRÁS. A QUARTAREVOLUÇÃO INDUSTRIAL NÃO VAIESPERAR PELO BRASIL.”» Murat Sönmez,diretor do Fórum EconômicoMundial

Já para o dicionário Oxford, a palavra do ano éemergência climática. O uso do termo aumentou100 vezes desde setembro de 2018, conformedados coletados em um banco com milhões depalavras em inglês. O dicionário define aexpressão como "uma situação em que énecessária uma ação urgente para reduzir ouinterromper a mudança climática e evitar danosambientais potencialmente irreversíveis".

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Primeiroemprego: pontopara PMEsAs micro e pequenas empresas foram asmaiores contratantes de jovens em buscada primeira ocupação, em 2018. Segundolevantamento do Sebrae, com base noCadastro Geral de Empregados eDesempregados (Caged) do Ministério daEconomia, dos 1,5 milhão de primeirosempregos, 55% (791 mil) foram ofertadospelas micro e pequenas empresas; 45%(647 mil) pelas médias e grandesorganizações; e 7 mil pela administraçãopública. Por setor, o comércio tevedestaque entre os pequenos negócios,registrando o maior número de contratospara entrada no mercado de trabalho(305,6 mil), superando o das médias egrandes empresas (139,7 mil).

Negócios travadosDe 2018 para 2019, o Brasil recuou da 109ª para a 124ª posição no rankingDoing Business, segundo análise doBanco Mundial sobre a facilidade defazer negócios em 190 países. Isso,apesar da nossa pequena melhora nanota geral, com pontuação de 59,1. Asnotas mais altas indicam a existênciade regulações mais propícias para oempreendedorismo. No topo doranking, aparecem Nova Zelândia,Cingapura, Hong Kong, Dinamarca eCoreia do Sul.

CIEE Empresas 23

O BLOCO DOS NEM-NEM

Segundo o IBGE, a questão dos nem-nem tem como umadas grandes causas a evasão escolar, ao lado da falta de

capacitação profissional e da baixa oferta de postos de trabalho.A pesquisa mostra, por exemplo, que 46,6% dos nem-nem de 18 a 24 anos nãohaviam sequer concluído o ensino fundamental e 27,7% terminaram essaetapa. Na faixa entre 25 e 29 anos, a deficiência se repete na proporção de44,1% e 31,2%, respectivamente.

Raízes do problema

Além de representar ameaça de apagão de mão obra, comojá ocorreu em outros momentos da recuperação da economia,o recorte da SIS 2019 por rendimento familiar mostra que, se nãoforem tomadas medidas para inserir os jovens nem-nem no mercado detrabalho, pode também ocorrer um agravamento das tensões sociais. A análisedos dados referentes aos jovens pertencentes aos 20% da população commenor renda domiciliar evidencia que 42,3% deles eram nem-nem enquanto,nos 20% das famílias de maior renda, esse número cai para 7%.

Mais desigualdade

A Síntese dos Indicadores Sociais, divulgada pelo IBGE no início de dezembroúltimo, traz o retrato daquele que poderá se tornar um dos maiores entravesà retomada firme do desenvolvimento. Em 2018, enquanto a taxa dedesocupação geral no país estava em 12%, o contingente dos nem-nem (nãoestuda nem trabalha) na estratégica faixa dos 15 aos 29 anos batia recordehistórico, chegando a 23%. Traduzindo, trata-se de 10,9% do total dapopulação excluídos do mercado de trabalho.

CONTINGENTE DESPERDIÇADO

10,9% ou 23 milhõesde brasileiros entre

15 a 29 anos

28% deles estão na faixa de

18 a 24 anos

26% do total têm idade entre

25 e 29 anos

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CAPACITAÇÃO

Um dos setores mais saudáveise propulsores da economia, oagronegócio representa 21,6%do Produto Interno Bruto(PIB) e há anos responde pelo

saldo comercial positivo da balança comer-cial. É também a âncora que vem atenuan-do o impacto dos anos de recessão, contri-buindo para o controle da inflação e as con-tas públicas. No ranking mundial, tornou oBrasil o campeão de produtividade agrícolanos últimos 30 anos, e 58% desse resultadosão atribuídos à tecnologia, 15% à disponi-bilidade de terra e 15% ao trabalho, deacordo com relatório Projeção do Agrone-gócio Brasil 2016/2017 a 2026/2027, doMinistério da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento (Mapa).

Ao longo de décadas, o agronegóciovem investindo em soluções avançadas tan-to na pecuária e agricultura quanto no be-neficiamento e aprimoramento de seusprodutos. As condições de clima e solo,

aliadas a pesquisas e à incorporação de no-vas tecnologias, fizeram do país a apostados organismos internacionais para aten-der a demanda mundial de alimentos, quedeve aumentar 25% até 2027. Do percen-tual, a produção brasileira será responsávelpor 41%, segundo o relatório. Mas, paraatingir essa meta, o campo também precisa– e muito – de pessoal qualificado.

Auxiliar as empresas a atender a de-manda de talentos sintonizados com osnovos tempos é o objetivo do programa,uma das grandes novidades do CIEE em2019, que amplia a grade de modalidadesde capacitação já oferecida à indústria, aosserviços e à administração pública. OAprendiz Agronegócio é composto portrês cursos independentes: Arco do agrone-gócio, Mecanização agrícola e Aprendiz daindústria da carne. Os participantes sãohabilitados para atuar no manuseio decarnes, na cultura da cana-de-açúcar, naoperação de máquinas agrícolas e como

NOVA SAFRA DE PROFISSIONAIS

NOVA SAFRA DE PROFISSIONAIS

O MAIS RECENTE PROGRAMADE APRENDIZAGEM LANÇADOPELO CIEE AUXILIAEMPRESAS A QUALIFICARMÃO DE OBRA PARA UM SETORESTRATÉGICO DA ECONOMIA EABRE OPORTUNIDADES DETRABALHO NO CAMPO E EMSETORES DA AGROINDÚSTRIA.

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Imagens: Divulgação

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volantes da agricultura. “O programa, alémde gerar renda e desenvolvimento local, dáoportunidade para o jovem se fixar nocampo e vislumbrar uma carreira promis-sora, num setor tão importante para opaís”, diz Luiz Gustavo Coppola, superin-tendente de atendimento do CIEE. O pro-grama é direcionado a jovens de 18 anosa 24 anos incompletos cadastrados nobanco de dados do CIEE.

“Buscamos atender às necessidadesdas empresas na formação de mão deobra, tanto do ponto de vista profissionalquanto atitudinal, com ênfase na agricul-tura 4.0, controle de qualidade, contextua-lização das principais cadeias produtivas,e processos produtivos”, explica MateusRubiano, supervisor de agronegócio doCIEE. “Com isso, ajudamos as organiza-ções a atrair, formar e reter jovens que po-derão ser efetivados em função do seupróprio desempenho e das oportunidadesque surgirem no quadro funcional.”

O aprendiz para o agronegócio é pre-parado em três etapas. Na primeira, passapor um treinamento intensivo no CIEE,quando adquire noções básicas, comopostura profissional, relacionamento comlíderes e segurança do trabalho. Depois,começam as atividades práticas na em-presa e a participação em encontros dire-cionados ao desenvolvimento do protago-nismo e cidadania. Na terceira fase da ca-pacitação, o jovem é capacitado paraatuar em três frentes: trabalhadores da ca-na-de-açúcar, mecanização agrícola eapoio à agricultura. Cada uma das fasestem conteúdo técnico específico à posiçãoque o aprendiz ocupa. Em todas, o gestorou a empresa contratante terá à disposi-ção toda a estrutura que o CIEE montoupara implantar o programa, com polos decapacitação, tecnologia, pessoal dedicadoà administração dos contratos e tambémassistentes sociais para apoiar as empre-sas, os aprendizes e seus familiares.

“BUSCAMOS ATENDER ÀSNECESSIDADES DAS EMPRESAS NAFORMAÇÃO DE MÃO DE OBRA, TANTODO PONTO DE VISTA PROFISSIONALQUANTO ATITUDINAL, COM ÊNFASE

NA AGRICULTURA 4.0, CONTROLE DEQUALIDADE, CONTEXTUALIZAÇÃO DASPRINCIPAIS CADEIAS PRODUTIVAS, E

PROCESSOS PRODUTIVOS”» Mateus Rubiano,

supervisor de agronegócio do CIEE

VOCÊ SABIA?

Dos 10 principaisprodutos exportadospelo Brasil, seis saem da cadeia do agronegócio.

2º Petróleo

3º Minério de ferro 8º Aviões

10º Automóveis

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CAPACITAÇÃO

Entre os cursos direcionados ao agro-negócio, a aprendizagem na indús-tria da carne lidera a demanda com

66% das matrículas, seguido pelo arcoagronegócio com 27% e a mecanizaçãoagrícola com 7%. Em Belém/PA, o GrupoLíder, um dos maiores varejistas da Re-gião Norte, contratou 52 aprendizes paraatuar nos açougues da sua rede de super-mercados. Além de atender os clientes nobalcão, eles cortam, embalam e colocampreço nas carnes. O programa começouem julho e tem duração de 20 meses, comtérmino previsto para março de 2021.

“O objetivo é qualificar profissionaispara atuar em açougues e, ao mesmotempo, aumentar a oferta dessa mão deobra, escassa para esse segmento”, ex-plica João Augusto Rodrigues, diretordo Grupo Líder. A partir desse investi-mento, ele acredita que a organizaçãopoderá contar com profissionais sem ví-cios e que se identificam com a culturada empresa. Já os jovens terão a eficazchance de profissionalização e inserçãono mercado de trabalho.

Daniel Carvalho Marques, 20 anos,um dos aprendizes da primeira turmada Indústria da carne, está animado,pois agora tem carteira assinada e salá-rio, entre outros benefícios, enquanto secapacita para trabalhar num segmentopromissor. “O agronegócio está crescen-do muito, principalmente, aqui no Nor-te; por isso, quero conhecer mais aárea”, diz Daniel, que concluiu o ensinomédio em dezembro de 2019.

Mas, além de conhecimentos técni-cos, ele – como todos os outros aprendi-zes atendidos pelo CIEE – está adqui-rindo habilidades pessoais e posturas al-tamente valorizadas no mundo corpora-tivo. “Eu me tornei uma pessoa melhorjá na capacitação inicial ministrada peloCIEE, que nos prepara para o mundocorporativo”, avalia. Adicionalmente àsinformações sobre a área de atuação, eledestaca os conceitos atitudinais, comofalar de maneira formal, respeitar as pes-soas, a lidar com o público e com o pró-prio dinheiro, tema abordado na aula deeducação financeira.

“NOSSO OBJETIVO ÉDESENVOLVER PROFISSIONAISQUALIFICADOS PARA AS ÁREAS

DE AÇOUGUE E AUMENTAR A OFERTA DESSA MÃO DE

OBRA, CONSIDERADA ESCASSAPARA O SEGMENTO”.

» João Augusto Rodriguesdiretor do Grupo Líder

UM APRENDIZ CRAQUE NA ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO

Mickael Pantoja Brito, 20 anos, nunca haviatido experiência de trabalho. Concluiu o

ensino médio há cerca de um ano e em julhoingressou no programa Aprendiz da Indústriade Carne, promovido pelo Grupo Líder, um dosmaiores do Norte do país. Seu objetivo eraadquirir responsabilidade e desenvolverhabilidades demandadas pelo mundocorporativo, como aptidão para se comunicar etrabalhar em equipe. “Eu me tornei maisresponsável e dou o meu melhor para colaborarcom a empresa”, destaca. Mickael tem seesforçado para aprender sempre mais, por issonão hesita em tirar dúvidas com os

profissionais mais experientes do açougue. Organizado, concilia o tempo entre trabalhar

num dos supermercados Líder, participar dosencontros da capacitação teórica do CIEE, jogarbola e estudar para o vestibular de educaçãofísica. Esse é um dos outros efeitos benéficos doprograma: mais do que despertar vocações, arenda que propicia na forma de salários ebenefícios dá condições efetivas para que oaprendiz realize seu sonho de avançar naformação profissional, ingressando numafaculdade e se tornando mais um dosprofissionais qualificados de que o setor e o paístanto necessitam.

Cursos para três segmentos de negócio

Imagens: Divulgação

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ATereos Açúcar & Energia Brasil, uma das líderes do setorsucroenergético, foi uma das primeiras a apostar na novamodalidade de atração e formação de talentos, com a aber-

tura de 20 vagas na Unidade Andrade, em Pitangueiras, cidadedo interior paulista. “O programa dá oportunidade de crescimen-to profissional e pessoal aos jovens que ingressam no mercado detrabalho como aprendizes”, destaca Bruna de Freitas Antunes,gestora de RH da empresa. “Também auxilia no desenvolvimentode competências comportamentais, como relacionamento inter-pessoal, trabalho em equipe, comunicação assertiva e inovação.”Em contrapartida, “é uma possibilidade de a empresa ter profis-sionais mais capacitados e qualificados, e de formar futuros líde-res no campo”.

Com esse propósito, os aprendizes da Tereos fazem job rota-tion para conhecer diferentes áreas, permanecendo por três mesesem cada uma delas, até completar a participação no programa,que tem duração de 15 meses. “O CIEE se mostrou muito par-ceiro em desenvolver um programa que fizesse sentido ao nossonegócio”, afirma Bruna, referindo-se ao apoio obtido por váriosprofissionais da equipe, desde o atendimento, passando pelo pro-cesso seletivo dos aprendizes até acompanhamento do instrutortécnico, que faz visitas regulares à empresa.

Formação para o campo

“O programa tem ainda mais umano pela frente, mas se aparecer opor-tunidade de ser efetivado hoje, estoupronto para assumir”, diz confiante.

Além de capacitandos no curso In-dústria da Carne, o grupo mantém emparceria com o CIEE mais 384 aprendi-zes, distribuídos nas áreas de comércioe varejo e administrativa. “Aqueles quedemonstrarem bom desempenho e in-teresse têm chances de efetivação ao fi-nal do programa”, informa Rodrigues,dando razão ao jovem Daniel, que so-nha avançar na carreira com a contrata-ção como funcionário efetivo.

“O PROGRAMA DÁOPORTUNIDADE DE

CRESCIMENTOPROFISSIONAL E

PESSOAL AOS JOVENSQUE INGRESSAM NO

MERCADO DE TRABALHO COMO

APRENDIZES.”» Bruna de Freitas

Antunes,gestora de RH da Tereos

Imagens: Divulgação

Daniel Carvalho Marques: confiante epreparado para assumir novos desafios.

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CAPACITAÇÃO

Imagens: Divulgação

Para Lidiane Freitas Ramos, 18 anos, ser aprendiz renovoua sua vida. “Foi uma das coisas mais importantes que me acon-teceu”, avalia, ao fazer um balanço dos cinco primeiros mesesno programa. “Eu era muito tímida e me soltei mais depois dasaulas de capacitação teórica, quando fazemos apresentações etrabalhos em grupo”, diz. Além de conhecer os processos deplantação e colheita, ela se identificou com a área de informáticae procurou buscar mais informações sobre isso. Atua na áreade manutenção primária e preventiva de equipamentos, na qualauxilia nos controles e organização de peças das colhedeiras ecaminhões. Já passou pelo setor de produção agrícola e, a partirde janeiro, seguirá para o de desenvolvimento técnico.

Elizabeth da Conceição

MODALIDADES DE CAPACITAÇÃO DE APRENDIZES PARA O AGRONEGÓCIO

» Trabalhador da cultura de cana-de-açúcar• Planejamento de atividades de apoio à cadeia

produtiva da cana-de-açúcar• Preparo de sementes, mudas e insumos,

condicionando o solo para o cultivo• Atividades no armazenamento e beneficiamento

da colheita• Organização das etapas do processo de moagem,

secagem e classificação de subprodutos• Manutenção de máquinas e equipamentos agrícolas

» Trabalhador volante da agricultura• Colheitas em policultura• Preparo de mudas e sementes• Preparo do solo para plantio• Atuação em culturas diversas: semeando e plantando

mudas, forrando, adubando e fazendo cobertura • Transplantes e enxertias

» Operadores de máquinas de beneficiamentoagrícola

• Operação, ajuste e preparação de máquinas e outros implementos agrícolas

• Manutenção em primeiro nível de máquinas eimplementos

• Colaboração na implementação de medidas desegurança e no planejamento do plantio

» Magarefe (apenas para maiores de 18 anos)• Auxílio no controle de temperatura e velocidade

das máquinas• Preparo de carnes para comercialização, com

identificação de tipos, marcação e pesagem• Realização de tratamentos especiais de carne:

salgando, secando, prensando e adicionandoconservantes

• Acondicionamento de carnes em embalagensindividuais, manualmente ou com auxílio de máquinas a vácuo

• Capacitação para trabalhar em conformidade com as normas e procedimentos técnicos e de qualidade,segurança, higiene, saúde e preservação ambiental.

GRADE DE CURSOS PARA APRENDIZES QUE O CIEEOFERECE ÀS EMPRESAS

• Agronegócio • Auxiliar de alimentação: preparo e serviços• Auxiliar de produção industrial• Comércio e varejo• Logística• Módulo básico (Mundo do Trabalho)• Ocupações administrativas • Operador de computador• Operador de telesserviços• Serviços bancários (jovens e adolescentes)

TROCANDO BICOS PELA ENGENHARIA

Diego Coelho Vitor, 18 anos, antes de ser aprendiz noagronegócio trabalhava no campo, fazendo bicos,

roçando terrenos e arrancando coronhões e ervas daninhas.Agora, seu objetivo é aproveitar ao máximo o conhecimentopropiciado pelo programa. “Quero dar o melhor de mim eagarrar essa oportunidade”, diz o jovem,que tem expectativas de se tornarfuncionário efetivo da Tereos. Na área dedesenvolvimento técnico faz análisede solo e levantamento de brocas eoutras pragas que atacam a cana-de-açúcar. Ele já passou pela áreade qualidade agrícola e, a partir dejaneiro, a próxima parada será nosetor de produção agrícola. Asatividades que vivenciou atéagora o inspiraram a cursar numfuturo próximo faculdade deengenharia agrônoma ou de produção.

Lidiane Freitas Ramos: vidarenovada a partir da aprendizagem.

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1

5 BENEFÍCIOS DO INVESTIMENTO EM ESTÁGIO

1O estudante chega sem vícios, o que

facilita a sua preparação de acordo

com a cultura da empresa e as boas

práticas do trabalho.

2O estagiário enriquece o ambiente

da organização com uma nova

visão e novos conhecimentos teóricos

aprendidos em aula.

3O estágio é um eficiente processo

para recrutar e identificar jovens

com perfil alinhado ao plano

estratégico da empresa.

4Nesta época de mudanças de

paradigmas, possibilita a

convivência entre as faixas etárias,

ajudando a evitar conflitos geracionais

num futuro próximo.

5Promover a inclusão

socioprofissional dos jovens é uma

ação de responsabilidade social, que

reforça a imagem da empresa perante

a sociedade.

POR QUE CONTRATAR ESTAGIÁRIOS PELO CIEE

» Porque reduz os riscos, pois o CIEE ofereceassessoria para a legalidade dacontratação e da administração doprograma de estágio.

» Porque os estagiários chegam mais bempreparados à empresa, graças aos cursosgratuitos do CIEE Saber Virtual.

» Porque o CIEE tem um banco com mais de2 milhões de jovens cadastrados, cursandodesde o ensino médio e técnico atépraticamente todas as graduações doensino superior.

» Porque o CIEE mantém uma rede nacionalde unidades cobrindo as principais capitaise cidades do país.

CONSULTE WWW.CIEE.ORG.BR

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30 CIEE Empresas

POR DENTRO DO CIEE

Jonathan Silva Alves, 23 anos, com-prou um automóvel para presentar opai. Depois, comprou o apartamento

para si. Então, chegou 2020 e a hora derealizar outro sonho: marcar o casamentocom a psicóloga Fabrícia, em 2020. Taisconquistas têm data certa para quando tu-do começou: 28 de agosto de 2013, quan-do assinou o contrato de trabalho com oCIEE. Por coincidência, dia do seu aniver-sário de, à época, 17 anos, transcorridosparte em Brasília, onde nasceu; parte naParaíba; e, finalmente, na cidade de SãoPaulo. A mudança para a Paraíba ocorreuquando Jonathan, então com cinco anos, airmã Geovana, com nove, e a mãe, Luci-neide, acomodaram-se em casa de familia-res enquanto o pai, já em São Paulo, bata-lhava por emprego e moradia para trazera família. Apesar das dificuldades, “minhainfância foi feliz, cercada de carinho”. Ca-rinho igual ele dedica a Ayala, a irmãzinhapaulistana que nasceu há um ano.

Jonathan lembra pouco da fase que vi-veu entre Brasília e a Paraíba, mas recordaque desde cedo tentava ajudar o pai, queera vigilante e ganhava pouco. “Aos 11, 12anos, eu trabalhava no que conseguia, co-mo ajudante de pedreiro, em lava-jato.”

O tempo transcorreu até o ensino mé-dio na Escola Estadual Comendador Mi-

guel Maluhy, no bairro de Campo Limpo,zona sul da cidade, para onde a família semudara. Aos 15 anos, ingressou comoaprendiz numa seguradora, mas não seadaptou. “Sempre fui agitado. Lá, eu fica-va o dia inteiro em frente a um computa-dor. Pouco mais de um ano depois, pedidemissão.” Foi quando “tudo começou acomeçar”. Então perto de completar 17anos, Jonathan foi ao centro da cidadeprocurar emprego, e conseguiu uma vagade operador de telemarketing. Ao voltarpara casa, soube que o pai recebera umtelefonema do CIEE, convocando paraum processo seletivo. “Argumentei quenão deixaria o certo pelo duvidoso, masele insistiu muito, alegando os benefíciosque eu teria no CIEE e o salário maior.Em respeito a ele, concordei.” Uma sema-na depois, Jonathan assinava o contrato ecomeçava a trabalhar como mensageirona presidência do CIEE, subordinado àentão gerente executiva (hoje gerente decomunicação), Tânia Moura.

“Naquela época, nossa família moravanuma viela de favela, por empréstimo, en-tão, tudo começou a mudar. Como mensa-geiro, meu trabalho era simples, o salárioera de boa valia, eu podia me movimentardaqui e dali, às vezes sair para tarefas ex-ternas... bem gostoso mesmo.” Pouco mais

UM JOVEM, QUE DESDE CEDO ENCAROU O TRABALHO COMO FONTEDE RENDA E CAMINHO PARA SUPERAR AS DIFICULDADES DA VIDA,ENCONTROU NO CIEE O ESTÍMULO PARA CONTINUAR OS ESTUDOS E CONQUISTAR POSIÇÃO EM ÁREA NA QUAL SE REALIZA COMO PROFISSIONAL.

Valor de umaOPORTUNIDADE

Imagens: [1]Sérgio Romero

[1]

“NÃO FOSSE POR MEU PAI, EU NÃO ESTARIA NO CIEE.

NÃO FOSSE PELO CIEE, EU NÃO TERIA CHEGADO AONDECHEGUEI, EM TÃO POUCO TEMPO.

SEI QUE NÃO BASTA SER GRATO. É PRECISO PROVAR. PARA

TANTO, PROCURO DAR O MEUMELHOR AO CIEE, QUE TEM

ACRESCENTADO MUITO À MINHA VIDA PROFISSIONAL

E PESSOAL.”» Jonathan Silva Alves

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de um ano depois, se candidatou a um pro-cesso interno para seleção de assistenteadministrativo no setor de Relações Públi-cas. “Fui para a entrevista bem nervoso, di-ferente de quando concorri à primeira vaga– quando cheguei sereno – porque naquelemomento enxergava o caminho que me le-varia a um lugar desejado.” A sala estavarepleta de candidatos, e ele pensando: seráque consigo? Logo, pensando: vou conse-guir. “E consegui”.

“O CIEE tem na minha vida uma im-portância que não dá para medir, mas nãoposso esquecer que é feito por pessoas”.Além de Tânia Moura (então gerente exe-cutiva da presidência e atual gerente decomunicação), lembra-se de Daniella Zer-binatti, então supervisora de relações pú-blicas. “Eu não queria, mas ela foi incan-sável em me estimular a cursar faculda-de.” Outra é Suelen Santos Silva, quesubstituiu Daniella na supervisão de rela-ções públicas e eventos. “Com muitoseventos a serem gravados, ela pedia paraeu auxiliar a equipe do audiovisual.” Sua

tarefa: não tirar os olhos do equipamentopara assegurar que estava funcionando.Nessa época, começou a ficar cada vezmais próximo da equipe do audiovisual,formada por Márcio Augusto Machado,Luiz Fernando Queiroz, Sergio Romero eo supervisor André Luiz Rafaini Lopes.“A Suelen foi superlegal, percebeu o meuentusiasmo (e a minha frequente ausênciado setor, brinca), ofereceu transferência,e lá fui eu, feliz da vida.”

Confessa que adorou a área e passou aestudar por conta própria tudo o que en-contrava disponível na web. “Decidi seguirconselho da Dani e prestar vestibular, masantes pedi conselho ao Márcio – acho im-portante consultar profissionais experien-tes, em especial, os que nos são próximos.”Hoje, formado em produção de audiovi-sual pela faculdade do Centro Universitá-rio FAM, galgou a posição de editor de ví-deo no CIEE num momento muito espe-cial, quando a comunicação digital come-çou a ganhar grande relevância, com a en-trada no ar do novo Portal CIEE.

CIEE Empresas 31

UM PERSONAGEM E O ACERTO DE UMA BOA POLÍTICA DE RH

OPORTUNIDADE PARA CRESCER

No moderno estúdio que ocupa no Espaço Sociocultural daentidade, a equipe da TV CIEE se dedica à produção de

vídeos que alimentam o canal oficial no YouTube e o Portal CIEE.Utilizando recursos de última geração, tem como foco levarinformações sobre o universo envolvido na formação de futurostalentos a empresas, estudantes, instituições de ensino, setoresdo governo e à sociedade em geral.

Em julho de 2018, quando entrou oficialmente no setor,Jonathan Silva Alves já estava integrado à equipe, graças aoapoio que vinha dando à produção de vídeo, então na área derelações públicas e eventos. Ali, encontrou apenas um novato, oeditor de vídeo Sérgio Romero, que fora contratado um mêsantes. A admissão anterior ocorrera em 2014, com o ingresso dooperador de audiovisual Márcio Augusto Machado, que veioreforçar a equipe, já então com serviços bem demandados.

Os outros dois já eram veteranos mais calejados, poisvinham trabalhando em conjunto praticamente desde a épocaem que o equipamento de vídeo era utilizado apenas para gravar palestras, seminários e alguns outros eventos realizadospelo CIEE. O supervisor André Luiz Rafaini Lopes era um

jornalista recém-formado quando ingressou na assessoria decomunicação em 2002. Quando a produção de vídeo começou acrescer, passou a cuidar da produção de roteiros e dasentrevistas. Dois meses depois, Luiz Fernando Queirozingressava na Casa como mensageiro e também iria cumpriruma bem sucedida carreira, passando por diversas funções atéchegar a líder de audiovisual e iluminação.

Imagens: [1]Divulgação CIEE

Jonathan faz questão dereconhecer o apoio que recebeu

de seus gestores e reafirmar aintenção de retribuir com seumelhor desempenho. Decisões quecomprovam dois acertos do CIEE.Primeiro: a política de estimular ereconhecer o desenvolvimentopessoal e técnico de seuscolaboradores, estagiários eaprendizes, visando a qualidadedos seus serviços.

Márcio Augusto, André Luiz, Luiz Fernando,Jonathan e Sérgio Henrique (esq. à dir.)

[1]

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O CIEE foi a instituição mais lembradaentre os goianos na categoria Entidade deencaminhamento para estágio no prêmioPop List 2019, do Top of Mind, realizadopelo jornal O Popular. Realizado entre 6 e19 de agosto de 2019 na regiãometropolitana de Goiânia, a pesquisa foiconduzida pelo Instituto Kantar MillwardBrown do Brasil, abrangeu 102 categoriase teve como base entrevistas com 700pessoas, de 18 a 65 anos de idade.

“O reconhecimento é fruto docompromisso de 37 anos de atuação doCIEE em Goiás. Nesse período temosgerado oportunidades reais de estágiopara que estudantes, a partir dos 16

anos, possam ter acesso ao mercado detrabalho, por meio de parcerias comempresas e órgãos públicos queacreditam em nosso programa deestágio”, afirma Cláudio Rodrigo deOliveira, gerente regional do Centro-Oestedo CIEE. Atualmente, mais de 8 milestudantes integram programas deestágio em mais de 1,9 mil empresas dediversos segmentos. “Nosso trabalho degestão compartilhada, aliado aoatendimento personalizado a nossosparceiros e estagiários, faz com quenossa marca tenha um share ofmind expressivo quando se pensa emagente de integração empresa-escola.”

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CIEE&VOCÊ

NOVOS TEMPOS, NOVAS TECNOLOGIAS

CIEE é top of mind entre os goianos » AVALIAÇÃO

» EVOLUÇÃO

Abril, 2017. A data é histórica no CIEE, pois marca o lançamentodas bases de um dos mais ambiciosos programas do CIEE, semprefocado na oferta de melhores e mais eficientes serviços aempresas, instituições de ensino e estudantes. Ali, era dado umimportante passo para a implementação de um gigantesco saltotecnológico, batizado de Projeto Kairós, que colocará o CIEE numnovo patamar de qualidade de atendimento, quando concluídostodos os seus ciclos (ou sprints, na linguagem da informática).

Até meados de 2020, em palavras simples, as empresas, as escolas e os estudantes – os três E’s que se integram nalogomarca da entidade – contarão com mais agilidade,assertividade e segurança de dados em todos os serviçosenvolvidos no planejamento, implementação e administraçãode programas de estágio e aprendizagem. Diferencial que,segundo previsões, deverá estar em operação plena atémeados de 2020, quando o moderníssimo sistema assumirá100% das funções do CIEE.

Grande parte dos serviços incluídos no projeto já estãodisponíveis no novo Portal CIEE, que passou por uma verdadeirarevolução em 2018 e 2019, incluindo a incorporação de conceitosde acessibilidade para pessoas com deficiência. “Convidamostodos os nossos parceiros – empresas, órgãos públicos,instituições de ensino e estudantes – a vivenciarem uma novaexperiência no ambiente virtual do CIEE”, diz Maurício Andreatta,gerente de sistemas e processos. “Mesmo que ainda não tenhamosconcluído integralmente o processo de implantação do Kairós,alimentamos a certeza de que todos os nossos visitantes terão apercepção da grande melhora no nosso atendimento.”

CIEE ESTÁ CONCLUINDO UMAPROFUNDA REVOLUÇÃO TECNOLÓGICAPARA APRIMORAR O ATENDIMENTO AEMPRESAS, ESCOLAS E ESTUDANTES

QUANDO VOCÊ PENSA EM ENTIDADEDE ENCAMINHAMENTO PARA ESTÁGIO,QUAL É A PRIMEIRA MARCA QUE VEMA SUA MENTE?

Fonte: Jornal O Popular

CIEE

Instituto Euvaldo Lodi

Senai

OVG

Estácio

20,3%

19,4%

4,0%

2,0%

2,0%

» CONHEÇA MAIS DETALHES SOBREESSES E OUTROS RECURSOS QUE OS

PARCEIROS VÃO ENCONTRAR NO CIEE.ORG.BR.

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CIEE Empresas 33Imagem: Alexandre Maciel Photografia

» O Módulo Kairós para cadastramento elimina um dos gargalosdo atendimento, surgido com a explosão da procura pelosserviços do CIEE. Agora, modernas e ágeis ferramentas facilitamo relacionamento com empresas, escolas e estudantes, quecontarão, por exemplo, com pré-inscrição, redação online, vídeode apresentação dos candidatos e teste comportamental paraconferir a compatibilidade do estudante com o perfil da vaga.

» O WhatsApp Corporativo ou Enterprise possibilita contato rápidocom os estudantes, reduzindo sensivelmente o prazo depreenchimento das vagas de estágio e aprendizagem.

» O CIEE Saber Virtual conta com uma nova plataforma projetadaespecialmente para atender aos pilares do Kairós (ver quadro) eassegurar a qualidade do acesso online a seus cursos gratuitosde desenvolvimento profissional e pessoal.

» Inteligência Artificial é um recurso de grande valia paraencontrar o candidato ideal para uma vaga de estágio ouaprendizagem, reforçando a assertividade da escolha e evitandoestresse e perda de tempo para as duas partes.

» Facilitadores para uso do Banco de Talentos do CIEE incluemacesso ao perfil comportamental do candidato, comparativos de currículos e habilidades dos estudantes e marcação de um jovem como favorito para futuras convocações paraprocessos seletivos.

» Conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados atende atodas as exigências para garantir mais sigilo para os dados deempresas, órgãos públicos, instituições de ensino e estudantescadastrados no CIEE.

Encerrando o circuito 2019 de feiras do estudante, a Expo CIEE Ceará atraiu mais de 13 miljovens, nos dias 28 e 29 de novembro. Realizada no Centro de Eventos do Ceará, emFortaleza, o evento contou com palestras sobre temas de interesse para os estudantes,como profissões do futuro, escolha de carreira e lições de liderança e gestão tiradas dapopularíssima série Game of Thrones, entre outros. Outro destaque da mostra é atradicional oferta de vagas de estágio e aprendizagem. Segundo os organizadores,somente no primeiro dia foram atendidos 1,6 mil jovens em busca de inserção no mercadode trabalho. Jovens, aliás, que tiveram facilidade para obter no local a Carteira de Trabalhodigital, um dos serviços disponíveis graças à parceria com o Ministério da Economia.

Vários expositores aproveitaram a oportunidade para estreitar a aproximação com osjovens, caso do Bradesco e de instituições de ensino, como Unifor, Unifametro e Estácio.Para o sucesso da feira, vale destacar o apoio do Ceará Pacífico, iniciativa do Governo doEstado que objetiva construir uma cultura de paz por meio da integração entre estado,entidades do terceiro setor e sociedade.

PILARES DO KAIRÓS

» PRODUTIVIDADE: melhora a eficiência em todas as etapas do atendimento – desde ocadastramento de empresas, escolas e estudantes,a abertura e preenchimento de vagas até aadministração completa dos programas de estágio e aprendizagem.

» AUTOATENDIMENTO: propicia a utilização dosserviços do CIEE de maneira autônoma e rápida.

» ELIMINAÇÃO DE PAPEL: uma das vantagens dosprocessos digitais é contribuir para o aumento daeficiência e para a redução de custos operacionaisdas organizações, além de contribuir para apreservação ambiental.

A PALAVRA

Kairós, de origem grega, significa momento certo e foi considerada perfeita para simbolizar omomento do estágio e da aprendizagem na vida dojovem. Proposta pela colaboradora Carla FerreiraRodrigues, instrutora de aprendizagem em Presidente Prudente/SP, foi escolhida em concurso interno para batizar o projeto que viria revolucionar o atendimento do CIEE.

Expo’s CIEE fecham 2019 com sucesso confirmado

» CEARÁ

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34 CIEE Empresas

CIEE&VOCÊ

Imagem: [1] Marco Amaral - ENS

Sexta-feira, 13 de dezembro de 2019. Dia especial parapais, estudantes e professores que se reuniram paraassistir à cerimônia de formatura de mais um grupo de60 jovens capacitados pelo programa Amigo do Seguro.Criada em 2002, a iniciativa da Escola de Negócios eSeguros (ENS), em parceria com o CIEE e grandesempresas do setor, atende alunos da rede pública emsituação de vulnerabilidade. Eles recebem aulas eoficinas de português, informática, orientaçãoprofissional, excelência de atendimento, conceitosbásicos e laboratórios de seguros.

Com o CIEE, parte dos jovens é encaminhada paraempresas do segmento para contratação como estagiários

ou aprendizes. “O CIEE é o nosso braço para colocar osjovens no mercado segurador. Conseguimos formar essamão de obra, mas, infelizmente, é difícil colocar todos nomercado”, explica Valeria Graciano, coordenadora dagerência regional São Paulo da ENS.

PROGRAMA APRENDIZ CIEE

Segue as determinações da Lei 10.097/00, que objetiva a capacitaçãoprofissional de adolescentes e jovens,para atuação em vários segmentos domundo do trabalho. Eles recebemtreinamento prático dentro dasempresas e capacitação teórica emencontros ministrados por instrutorasdo CIEE. Suas características básicas:» Participam jovens e adolescentes

de 14 a 24 anos, mas não há limite de idade para pessoas com deficiência.

» Precisam estar matriculados ou já terconcluído a educação básica.

» A jornada de trabalho varia de 8horas (ensino médio completo) e de 6ou 4 horas (ainda cursando a escola)

» A remuneração é calculada pelashoras trabalhadas, com base nosalário mínimo.

» O contrato de trabalho tem prazomáximo de dois anos, sem incidênciade verbas rescisórias e benefícioscom incentivos fiscais.

» A lei exige contratação de aprendizesconforme cotas de 5% a 15% do totalde profissionais qualificados queintegram os quadros da empresa.

PROGRAMA DE ESTÁGIO CIEE

Constitui, conforme a Lei 11.788/08,um projeto educacional, voltado à ofertade experiência prática na empresa paracomplementar a formação acadêmica doestudante beneficiado. É uma atividadesupervisionada pela instituição de ensinoe deve estar alinhado ao curso e períododo curso. Veja os principais aspectos. » Participam estudantes dos ensinos

médio, profissional e superior, comidade acima de 16 anos.

» Precisam estar matriculados efrequentando cursos regulares darede de ensino pública ou particular.

» A jornada de estágio é de 6 horas/diaou 30h/semana.

» A remuneração tem a forma de bolsa-auxílio e é estabelecida por acordoentre a empresa e o estudante.

» O contrato de estágio tem duraçãomáxima de dois anos na mesmaempresa, sem incidência de encargostrabalhistas e previdenciários.

» A rescisão pode se dar a qualquermomento, por decisão de qualquerdas partes.

» A lei não estabelece cotasobrigatórias para contratação deestagiários.

Parceria para seguros

Embora a finalidade seja a mesma, hágrandes diferenças entre a aprendizagem eo estágio – as duas modalidades que asempresas parceiras do CIEE adotam paracumprir a relevante missão de formarprofissionais do futuro. Confira as principaiscaracterísticas de cada uma delas.

[1]

CAMINHOSDIFERENTESPARA O MESMODESTINO

» VOCÊ SABIA?

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ACESSIBILIDADE

OInclui CIEE avança mais uma etapanos instrumentos que oferece parafacilitar a inserção profissional das

pessoas com deficiência no mercado detrabalho: o avatar Hugo já está ativíssimono novo Portal do CIEE, fazendo a tra-dução automática de texto e vídeopara a Língua Brasileira de Sinais(Libra). Parte do amplo processode modernização tecnológica doCIEE, a acessibilidade do ricoconteúdo online disponível emwww.ciee.org.br é possibilitadapelo plug-in de leitor de Libras dastartup Hand Talk.

Também conhecida comojanela de Libras, a aquisiçãoconfirma que a acessibilidade

é uma das prioridades definidas no pro-jeto de modernização dos sistemas doCIEE, segundo Maurício Andreatta, ge-rente de sistemas e processos do CIEE.“É uma grande ferramenta para que oCIEE se conecte e disponibilize seus ser-viços e conteúdos para a comunidade

surda”, completa Lilene Ruy, supervi-sora de inclusão social do CIEE.

Segundo a Organização Mundialda Saúde (OMS), mais de 360 mi-

lhões de pessoas possuemdeficiência auditiva nomundo, das quais quase10 milhões são brasileiras.

Cerca de 80% dos surdosdo mundo não compreen-

dem bem as línguas faladas

em seus países e a maior parte se comuni-ca em línguas de sinais. No Brasil, utilizama Libras, reconhecida por lei como línguaoficial do país juntamente com o portu-guês fonético. Como a maioria das escolasnão oferece uma boa estrutura de ensinoem Libras, atividades simples como fazerum pedido em um restaurante ou assistira um filme se tornam grandes desafios pa-ra os surdos, que vivem como estrangeirosna própria terra.

O Inclui CIEE, assim, passa a contarcom mais um facilitador que vem se so-mar ao espaço totalmente adaptado parareceber jovens com deficiência que bus-cam a inserção em programas de estágioe aprendizagem, incluindo atendentesfluentes em Libras.

A LEI E AS VANTAGENS

Com o número 13.146/2015, a LeiBrasileira de Inclusão (LBI), em vigor

desde janeiro de 2016, obriga os sitesde qualquer organização – sejaempresa privada, fundações, órgãospúblicos ou representação comercial – a disponibilizarem ferramentas que os tornem acessíveis a pessoascom deficiência.

Tornar o site acessível trazvantagens para a marca. Por exemplo,com códigos simples as ferramentas debusca, como o Google, têm maisfacilidade de encontrar o conteúdo dossites da organização. Isso, além de

reforçar o branding social, associando amarca à inclusão.

Maior acessibilidade amplia acomunicação com a grande comunidade de surdos, que movimentaaproximadamente 7 bilhões de dólares por ano.

Para tornar o processo deacessibilidade digital mais rápido, baratoe eficiente, vale pensar em soluçõesdesde o início do projeto da página naweb. Mas é possível realizar mudançaspara adequar a grande maioria dos sitesjá existentes à navegação de pessoas comdeficiência visual, de audição ou motora.

Fonte: Extraído de artigo de Luiz Gustavo Coppola, superintendente nacional de atendimento do CIEE.

LEI Nº 13.146/2015 “Art. 63. É obrigatória aacessibilidade nos sítios dainternet mantidos porempresas com sede ourepresentação comercial noPaís ou por órgãos degoverno, para uso da pessoacom deficiência, garantindo-lhe acesso às informaçõesdisponíveis, conforme asmelhores práticas e diretrizesde acessibilidade adotadasinternacionalmente.”

CIEE amplia recursos para incluir jovens

com deficiênciaPORTAL INCORPORA FERRAMENTA PARA

POSSIBILITAR A COMUNICAÇÃO COM SURDOS

CIEE Empresas 35

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36 CIEE Empresas

CIEE SOCIAL

No decorrer de apenas 29 meses desdea criação em julho de 2017, as Ofi-cinas de Criatividade do CIEE aco-

lheram 22 mil jovens com idades entre 14 a24 anos, priorizando aqueles que se encon-tram em situação de vulnerabilidade social.“Com as Oficinas, o CIEE atendeu mais de400 instituições, realizando encontros se-manais cujos conteúdos têm por foco esti-mular a percepção crítica dos jovens, in-centivá-los a pensar sobre seus sonhos, ecomo concretizá-los”, explicou Maria NilceMota, superintendente de ação social e fi-lantropia do CIEE, no balanço apresentadono 4º Evento de Concluintes das Oficinasde Criatividade SP/2º Semestre 2019.

Além da atuação em polos do CIEEinstalados em várias cidades, as Oficinassão aplicadas em dependências de enti-

dades assistenciais cadastradas nos Cen-tros de Referência da Assistência Social(Cras) e nos Centros de Referência Espe-cializados de Assistência Social (Creas),órgãos da Secretaria Especial do Desen-volvimento Social do Ministério da Cida-dania, com os quais o CIEE mantém acor-do de cooperação.

O acordo possibilita ao CIEE ampliarsua atuação filantrópica, levando as Oficinasdiretamente às comunidades onde vivem osjovens. Na ótica do psicólogo Rodrigo Pote-chi, da União dos Núcleos e Associações deHeliópolis e Região, até o local de realizaçãodo 4º Evento de Concluintes somou impor-tância. “Ao que assistimos hoje (dia da en-trega dos certificados) é um marco: chegar aobairro do Itaim Bibi e conhecer uma regiãocentral de São Paulo, à qual poderão per-tencer um dia, é instigante para nossos jo-vens.” No caso das periferias, essa articula-ção é de extrema importância, porque entreeles a questão territorial é muito forte. “Mui-tos dos adolescentes que vivem nas perife-rias, mais especificamente nas favelas, nãose sentem pertencentes aos espaços cen-trais. Trazê-los para conhecer um cenário

AS OFICINAS DE CRIATIVIDADE DO CIEEENCERRAM 2019 SOMANDO 22 MIL JOVENS ACOLHIDOS EPREPARADOS PARA O TRABALHO EM 29 MESES.

Uma trilha para a

INCLUSÃO

Imagens: Rogério Alexandre Fotografia [1] Servfoto

“PARTICIPAR NAS OFICINAS É AMPLIAR A VISÃO DO MUNDO,

É CONHECER UM POUQUINHO MAIS DE ALGO QUE

INTERESSA, QUE SE QUER SABER, SER OU FAZER.”

» Maria Nilce Mota,

superintendente de ação social e filantropia do CIEE

[1]

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Imagens: Rogério Alexandre Fotografia

representativo de onde podem chegar, serealmente desejarem, também significa,além de estímulo, ensinamento”.

Em consonância com os Espaços deCidadania, as Oficinas de Criatividadeatenderam à percepção do CIEE sobre anecessidade de reforçar a conexão com osjovens e adolescentes de todas as camadasda sociedade antes do ingresso no mundodo trabalho, conforme explica HumbertoCasagrande, superintendente geral doCIEE. “O grande objetivo é solidificar umaverdadeira trilha para a inclusão das pessoasno mercado de trabalho, na qual o primeiropasso são as Oficinas, que as preparam noque é necessário como base para avançar.”Ele afirma que tem certeza de que os con-cluintes saberão usar, da melhor maneirapossível, o que aprenderam e o que viven-ciaram nos encontros. “Depois, vem aaprendizagem, o estágio, a faculdade... mas,é nas oficinas onde tudo começa.”

Maria Nilce, ainda, salienta a atuaçãodos profissionais que atuam nas instituiçõessocioassistenciais. “Eles enfrentam dificul-dades, desdobram-se física e psicologica-mente para superá-las e contribuírem para

“Participei daOficina e fiz ocurso deatendimento aocliente (acesso

gratuito em CIEESaber Virtual). Já

consegui emprego. O CIEE me ensinoucomo entrar no mundo do trabalho. Euera muito tímida, não conseguia nemfalar com as pessoas. Vou pôr emprática o que o curso ensinou,continuar a trabalhar, fazer faculdadede direito e conquistar tudo o que estána minha cabeça”. » Sabrina Oliveira Cavalcanti, 16 anos,Centro de Convivência Castelinho Prof.Dogival Barros Gomes, Jardim SãoCarlos, Zona Sul, São Paulo/SP

“O CIEE foimaravilhoso. Fuisurpreendida porter alguémtotalmentededicado a meensinar sobre o mundodo trabalho. O que aprendi, levei paracasa. Agora, sei que tenho de levarpara a vida”. » Bruna Nori Anunciação Santos,

15 anos, Centro de ConvivênciaCastelinho Prof. Dogival Barros Gomes, Jardim São Carlos, Zona Sul, São Paulo/SP

» Instituições às quais pertencem

os concluintes das Oficinas de

Criatividade SP – 2º semestre 2019,

presentes ao evento:

Associação ProBrasil; CCM; CentroComunitário Castelinho; Cedesp Vila

Pedreira; Instituto Anchieta; FundaçãoCasa; Casa Belém; Casa Chiquinha

Gonzaga; Nova Vida; Dom Bosco; SasfAvib; Cpas Einstein; CJ Perus; CRAS

Marsilac; CREAS Ipiranga; e Adão Manoel.

Assim como as Oficinas de Criatividade, os Espaçosde Cidadania CIEE sãovoltados aos jovens emsituação de vulnerabilidadee risco, social e pessoal. Adiferença é que, nosEspaços, as abordagens têmmaior profundidade, tantoas relacionadas ao mundodo trabalho quanto asreflexões diante de questõescomo desigualdade, racismoe intolerância. Em ambos,arte e cultura merecemigual atenção.

CIEE Empresas 37

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38 CIEE Empresas

CIEE SOCIAL

Imagens: [1]Rogério Alexandre Fotografia [2]Divulgação CIEE

a superação das vulnerabilidades dos jo-vens e suas famílias, mas vibram e come-moram cada conquista deles”. Para os con-cluintes, deixa um recado: “Participar emcursos, oficinas, movimentos, adquirir co-nhecimento, estudar é ampliar a visão domundo; é conhecer um pouquinho mais dealgo que interessa, que se quer saber, serou fazer”. Enfatiza o reconhecimento aosesforços e, principalmente, à competência,inteligência, articulação e comprometi-mento dos participantes, que estão escre-vendo a própria história. “O CIEE temmuito orgulho em contribuir com a forma-ção cidadã e profissional de jovens que es-colheram batalhar e correr em busca deseus ideais, pois acredita que, com boasoportunidades, eles irão longe”, avalia.

O 4º Evento de Concluintes das Ofici-nas de Criatividade SP/2º Semestre 2019foi realizado em 9 de dezembro no EspaçoSociocultural Teatro CIEE, no bairro pau-listano do Itaim Bibi, onde fica a sede daentidade. Os concluintes somaram 690 jo-vens e adolescentes, a grande maioria pre-sente ao evento, que contou com apresen-tação musical de grupos pertencentes àsinstituições conveniadas. Dentre eles, oCentro para a Juventude (CJ) Perus, lidera-do pelo cantor Jonathan de Jesus, 17 anos,que cursa o 2º ano do ensino médio naEMEI Brigadeiro Gavião Peixoto e, assim

como 11 dos colegas atendidos conseguiuingressar no mundo do trabalho. “Graçasao CJ Perus cheguei ao CIEE, e daí para omundo do trabalho. O melhor de tudo foipassar na prova do Tribunal de Justiça. Euestava meio desorientado, a minha mãe de-sempregada... Muito difícil, mas quero dizeraos jovens como eu que nada é impossível.Mesmo na dificuldade, vamos conseguirsolução. Procurem estudar, procurem se ca-pacitar, porque sem estudo, aí sim, não che-garemos a lugar algum”.

O coordenador pedagógico Willian An-dré e a educadora socioeducativa Ana Car-la acompanharam ao evento os concluintesdo CJ Perus, onde trabalham. “Todos osnossos adolescentes buscam lugar no mer-cado de trabalho, porém, por inúmeros mo-tivos, não têm condições de aderir. As Ofi-cinas do CIEE entram também, e muito,nesse espaço. No CJ procuramos eliminara vulnerabilidade deles, e oferecer novasperspectivas, como as que são possibilita-das pelo CIEE”, explica Willian. Ana Carlaacrescenta: “O CIEE faz com que eles, alémde acreditarem em si, adquiram visão maisampla e saibam como formatar o processoseletivo que enfrentarão”.

Giorgia Marcucci

“O que assistimos hoje é ummarco. Chegar ao Teatro CIEE,no Itaim Bibi, e conhecer umaregião central de São Paulo àqual nossos jovens poderãopertencer um dia é instigante.” » Rodrigo Potechi, psicólogo daUnião dos Núcleos e Associaçõesde Heliópolis e Região, SãoPaulo/SP

"Muitogratificanteestar aquicom pessoasque passaram

pelas Oficinas,tirando o sonho do

papel. A Oficina de Criatividadeabriu para mim muitas portas, medeu esperança, possibilitou muitatroca de experiências, deinformações. Cada jovem podeabraçar as oportunidades queestão por vir, e abraçá-las para avida toda. É como eu estoufazendo. Que tudo o que foipassado possa alegrar mais emais a vida de cada um que está aqui. É maravilhoso chegaraonde vocês estão, e queromostrar aonde podem chegar:onde quiserem. Enfim, tudo épossível. Apesar da nossa pouca idade, da pouca experiência que nós temos, ter o nosso espaço no mundo dotrabalho gera inclusão e muitas realizações.” » Mayara Alves Souza,

ex-participante nas Oficinas, hojeaprendiz na sede do CIEE

SERVIÇO

O conteúdo aplicado pelasOficinas de Criatividade estádisponível em plataforma doCIEE, e pode ser acessadopelos executores, em todo opaís, do Programa dePromoção do Acesso aoMundo do Trabalho (AcessuasTrabalho, do Ministério daCidadania). O acesso se dámediante simples assinaturado termo de adesão. Informe-se em: http://twixar.me/b3lT

[2]

[1]

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CIEE Empresas 39

RESPONSABILIDADE SOCIAL

ENORME TALENTONOS PÉS E

GENEROSIDADE NO CORAÇÃO

AA situação de vulnerabilidade a que estão relegadosmilhões de jovens e adolescentes estimula açõesempresariais e mesmo individuais, com o objetivo de

oferecer oportunidades de desenvolvimento pessoal, deconvivência sadia e de integração social. São esforçosfilantrópicos que se somam a projetos mais abrangentes e, àsvezes, mais bem estruturados – como os do CIEE – e quepara muitos jovens representam a diferença que os levará aum futuro melhor e mais cidadão. É o que mostra o rápidoperfil de quatro organizações não governamentais criadas porastros do futebol, como retorno às oportunidades que tiveram.

EDMILSON

Seleção, São Paulo, Palmeiras, XV de Jaú, Ceará, Lyon (França), Barcelona, Real Zaragoza e Villarreal (Espanha)

Contando com parcerias no Brasil e no exterior, a Fundação Edmilson

recebe por ano cerca de 1,1 mil crianças eadolescentes de 5 a 17 anos para prática deatividades esportivas, em Taquaritinga (interiorpaulista), Carapicuíba (Grande São Paulo) e Vila Rubi (periferia da capital).

“Inicialmente, a fundação foi bancada 100% por mim e pela minha família. Depois, no período pós-carreira, a gente passou a sereestruturar melhor e principalmente sedesenvolver em questões importantes comogestão e as leis de incentivo.”

RAÍ

Seleção, Botafogo/SP, Ponte Preta, São Paulo e PSG (França)A Fundação Gol de Letra atende crianças, adolescentes e jovens,

na Vila Albertina, em São Paulo/SP, e no Caju, no Rio de Janeiro/RJ,

aliando práticas educacionais e de assistência social ao desenvolvimento comunitário e de suas famílias. Por ela, já passaram mais de 20 mil educandos e hoje tem por volta de 3,7 mil participantes. Suas práticas e metodologia já foram disseminadas para ajudar 13 organizações, em seis estados brasileiros e na Guiné Bissau.

JORGINHO

Seleção, América RJ, Flamengo, São Paulo,Vasco da Gama, Fluminense, Kashima Antlers (Japão), Bayer Leverkusen e Bayer de Munique (Alemanha)O Instituto Bola Pra Frente atende cerca de400 crianças e adolescentes de 6 a 17 anos,moradores do Complexo do Muquiço (Rio de Ja-neiro) e matriculados em qualquer instituição pública.Oferece atividades esportivas, como futebol, handebol,basquete, vôlei, badminton, hóquei sobre a grama erugby, em paralelo a oficinas pedagógicas e culturais.

“Cresci aqui e vi muitos amigos se envolveremcom o tráfico e a criminalidade, morrerem cedoou destruírem suas vidas e a de suas famílias. Eo futebol teve um papel fundamental em minhavida, em termos de formação, educação edesenvolvimento cultural. Hoje, falo três línguascom as oportunidades que o esporte me deu,por exemplo.”

NEYMAR

Seleção, Santos, Barcelona (Espanha) e PSG (França) O Instituto Neymar Jr. atua no JardimGlória, em Praia Grande/SP e já acolheumais de 10 mil crianças entre 7 e 17 anos,atendendo inclusive as famílias. Atividadespedagógicas, esportivas, culturais e de saúdepreventiva acontecem em um complexo de 8.400 m², em área cedida pela prefeitura da cidade.

Fonte: Extraído de reportagem do UOL

Imagens: Divulgação

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40 CIEE Empresas

BALANÇO

Imagem: [1] Denner Alcardi

Trabalho e empregabilidade para osjovens foram as palavras mais enfa-tizadas na apresentação do balanço

do CIEE para a imprensa, evento quereuniu jornalistas da capital paulista numalmoço na sede da entidade e abriu canalpara participação online de veículos decomunicação de outros centros. Assegurarcondições para que as novas gerações te-nham a capacitação adequada aos requi-sitos da nova economia e, igualmente ur-gente, possam atender a demanda de mãode obra que deverá acompanhar a reto-mada da economia, após o longo períodode recessão, destacou Humberto Casa-grande, superintendente geral do CIEE,como item importante na pauta das prio-ridades nacionais.

Otimista, ele vê um cenário que indicao início da recuperação, com o aumentode horas extras e a geração de novas va-gas. De acordo com o Cadastro Geral deEmpregados e Desempregados (Caged),2019 teve o melhor setembro desde 2013,segundo divulgou o Ministério da Econo-mia, anunciando a geração de 157,2 milvagas formais. O dado é da edição mais

recente do Caged, que registra a criaçãode 761,8 mil novos empregos no acumu-lado dos primeiros nove meses do mesmoano – ou seja, uma elevação de 2% no es-toque total, que atingiu no final daquelemês a marca de 39,2 milhões de postosformais de trabalho. “O resultado dessestrês trimestres é 6% melhor do que igualperíodo de 2018”, comemorou o Ministé-rio. Dado ainda mais promissor: sete se-tores atingiram resultados positivos e ape-nas um amargou saldo negativo. Por re-gião, o crescimento foi puxado pelo Nor-deste, seguido pelo Sudeste. (Quadro 1)

Embora em menor volume, outubroviria confirmar a tendência de cresci-mento do mercado de trabalho formal,com a geração de 71 mil novas vagas,sempre de acordo com relatório divulga-do pelo Caged. Cinco dos oito setores semantiveram no azul e três registram que-da, com dados especialmente baixos emserviços industriais de utilidade pública(-581) e administração pública (-427), emais elevados na agropecuária (-7.189).No recorte por região, todas registraramresultados positivos.

PRIORIDADE À INCLUSÃO DO JOVEMCIEE COMEMORA BONS RESULTADOS EM 2019E PREVÊ CRESCIMENTO DA OFERTA DEVAGAS DE APRENDIZAGEM E ESTÁGIOE, COM BASE NOS SINAIS DERECUPERAÇÃO DA ECONOMIA QUESURGEM APÓS OS ANOS DE CRISE,PEDE MEDIDAS PARA ALAVANCAR OACESSO AO MERCADO

IMPORTANTE: ASSEGURARCONDIÇÕES PARA QUE AS NOVAS

GERAÇÕES TENHAM A CAPACITAÇÃO ADEQUADA AOS REQUISITOS

DA NOVA ECONOMIA E, IGUALMENTE URGENTE, POSSAMATENDER A DEMANDA DE MÃO DEOBRA QUE DEVERÁ ACOMPANHAR

A RETOMADA DA ECONOMIA, APÓS O LONGO PERÍODO

DE RECESSÃO» Humberto Casagrande,

superintendente geral do CIEE

[1]

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BOAS NOVAS NO BALANÇO DE

SETEMBRO DE 2019

SETORES COM RESULTADOS POSITIVOS

SETOR VAGAS

Serviços +64.533Indústria da transformação +42.179Comércio +26.918Construção civil +18.331Agropecuária +4.463Extrativa mineral +745Administração pública +492

SETOR COM RESULTADO NEGATIVO

Serviços industriais de utilidade pública -448

NOVOS EMPREGOS POR REGIÃO

ESTADOS QUE MAIS GERARAM EMPREGOS

ESTADO POSTOS

São Paulo +36.156Pernambuco +17.630Alagoas +16.529

Fonte: Caged

Obalanço do CIEE sinaliza que as empresas, apesarda crise, continuam a investir no estágio e na

aprendizagem para a qualificação da mão de obra, co-mo demonstra o crescimento de 4% na oferta de vagasentre janeiro e outubro de 2019. Aqui, vale destacarque, mesmo durante os anos de recessão iniciados em2013, as duas modalidades não deixaram de registrarnúmeros positivos. Entretanto, é necessário que asempresas ampliem seus programas de capacitação, di-recionados efetivamente para a preparação de jovensem processo de inserção profissional. Isso porque “cor-remos um risco de apagão de mão de obra”, alerta osuperintendente geral Humberto Casagrande – certa-mente se lembrando do que ocorreu na primeira dé-cada do século, quando a economia passou por umsurto de expansão.

Até outubro, o balanço de 2019 registra um totalde 344 mil vagas abertas por organizações parceiras,somando estágio e de aprendizagem. Para MarceloGallo, superintendente nacional de operações doCIEE, são números positivos e, concordando com aavaliação de Casagrande, considera que são indicado-res de uma economia em recuperação, embora com ve-locidade abaixo do desejável. Outro fator apontado éo aperfeiçoamento das ferramentas de atendimento eserviços no Portal CIEE, que possibilitou uma quedamédia no preenchimento das vagas de aprendizagemde 27 para 12 dias e, no caso do estágio, para 10 dias,entre dezembro de 2017 e outubro de 2019. Gallo

CAPACITAÇÃO, SEMPRE

BOM INVESTIMENTO

SÃO NÚMEROSPOSITIVOS E CONSIDERAQUE SÃO INDICADORESDE UMA ECONOMIA EM

RECUPERAÇÃO, EMBORACOM VELOCIDADE ABAIXO

DO DESEJÁVEL. » Marcelo Gallo,

superintendente nacional de operações do CIEE

Centro-Oeste +10.073

Norte +9.352 Nordeste

+57.035

Sudeste +56.833Sul

+23.870

CIEE Empresas 41Imagem: [1] Edith Schmidt

[1]

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42 CIEE Empresas

BALANÇO

O ELO FRACO DAS

ÁREAS DE EXATAS

FORMAÇÃO

PARA A NOVA

ECONOMIA

Fonte: Superintendência nacional de operações do CIEE

anunciou, ainda, que outras novidades estão previstas para 2010,como o relacionamento por aplicativo entre os estudantes e o CIEE.

Buscando responder a uma dúvida recorrente, Gallo apresentouquadros que traçam o perfil do aprendiz e estagiário nos aspectos deescolaridade, etnia e gênero, com base nos jovens cadastrados nobanco de talentos do CIEE. No total, eles se dividem em 1,8 milhãode estudantes interessados em estágio e 1,2 milhão de jovens (14 a24 anos) em busca de uma vaga de aprendiz.

Em comum, nas duas modalidades as mulheres predominam(52,7% entre aprendizes e 65% entre estagiários). Quanto à escolari-dade, 94,9% dos aprendizes estão cursando ou completaram o ensinomédio; entre os estagiários, 77,6% são alunos de cursos superiores.Com autodeclaração, 62,1% dos aprendizes pertencem à etnia pardae preta; categoria em que se incluem 49% dos estagiários.

13,4%Não quis informar

1,6%Amarela

0,3%Indígena

52,5%Parda

77,6%Ensino

Superior

22,6%Branca

9,6%Preta

18,4%Não quis informar

1,7%Amarela

0,2%Indígena

40,8%Parda

30,7%Branca

8,2%Preta

Da parte das empresas, o CIEE apu-rou quais são requisitos mais valori-

zados nos candidatos às vagas, de acordocom o cenário da nova economia. Ao ladodas competências técnicas (hard skills)aparecem – e até as superam – as chama-das soft skills, entre as quais HumbertoCasagrande alinhou: comunicação, ou se-ja, capacidade de transmitir e entenderorientações, ideias e conceitos; tolerânciaà diversidade, que mais recentemente ali-nha, entre os tópicos tradicionais, o res-peito à opinião do outro, incluindo a ten-dência política; e a habilidade de traba-lhar em equipe e se relacionar com cole-gas, clientes, subordinados e superiores.

PERFIL DO

ESTAGIÁRIO DO CIEE

PERFIL DO

APRENDIZ DO CIEE

GÊNERO

NÍVEL ESCOLAR NÍVEL ESCOLAR

ETNIA (INFORMAÇÃO AUTODECLARÁVEL) ETNIA (INFORMAÇÃO AUTODECLARÁVEL)

Masculino

Feminino 65%

35%

GÊNERO

Masculino

Feminino52,7%

47,3%

3,3%Ensino Técnico

0,2%Ensino Especial

18,9%Ensino Médio

68,8%Formadosno Ensino

Médio

4,6%Ensino

Fundamental

0,5%Cursando Nível Técnico

26,1%Ensino Médio

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CIEE Empresas 43

Os cursos mais demandados para con-tratação de estagiários divergem, na de-pendência do tipo de ensino. Para estágio,direito ocupa o primeiro lugar dos top tenno nível superior, posição que mantém háanos, seguido por pedagogia e administra-ção. No nível técnico, alunos de adminis-tração, enfermagem e informática encabe-çam a lista dos mais procurados.

Outro parâmetro para fazer a escala dademanda não está no número de contratos,mas, sim, na remuneração atraente acenadaa determinadas áreas de formação do estu-dante. A média das maiores bolsas-auxíliooferecidas varia entre 1.099 reais para enge-nharia civil e 1.680 reais para engenharia deprodução (Grande São Paulo e litoral). Entreas duas pontas, surgem administração, ciên-cias contábeis, publicidade e propaganda,sistemas de informação e ciências da com-putação. Note-se que, na composição dessasmédias, aparecem remunerações bem acimade 2 mil reais, esclarece Marcelo Gallo.

ENSINO SUPERIOR1º Direito

2º Pedagogia

3º Administração

4º Ciências contábeis

5º Engenharia civil

6º Ciência da computação

7º Psicologia

8º Educação física

9º Arquitetura e urbanismo

10º Engenharia

de produção

ENSINO TÉCNICO1º Técnico em administração

2º Técnico em enfermagem

3º Técnico em informática

4º Técnico em segurança do

trabalho

5º Técnico em eletrotécnica

6º Técnico em química

7º Técnico em mecânica

8º Técnico em recursos humanos

9º Técnico em logística

10º Técnico em edificações

Dada a sua estreita ligação com as pers-pectivas de um jovem para ingressar,

se manter e progredir no mercado de tra-balho, a questão da educação brasileira esuas fragilidades ganhou um espaço na en-trevista coletiva. Nesse aspecto, Casagran-de enfatizou o risco de apagão de oferta deprofissionais da área de exatas, exemplifi-cando com o que ocorre em São Paulo: fal-tam candidatos preparados para preencher30 mil vagas para atuação em linguagemJava, muito utilizada em informática, ape-sar dos bons salários e outros benefíciosofertados. Isso, sem falar no contingentecada vez maior de recém-formados quepartem para outros países em busca de me-lhores empregos e condições de vida.

Para o superintendente geral do CIEE– que tem formação em engenharia – a so-lução estaria, entre outras medidas, no de-senvolvimento de mecanismos para esti-mular o jovem a optar por uma carreira emexatas. Proposta que inclui a promoção de

atividades atrativas e a reformulação dagrade de cursos, dando prioridade para aeconomia criativa e as áreas de tecnologia– muito promissoras e bem do agrado dasnovas gerações.

Para finalizar, o superintendente deoperações Marcelo Gallo deu uma ótimanotícia para os jovens interessados em es-tágio e aprendizagem, o que ganhou boa re-percussão na mídia em geral. O CIEE estátrabalhando com a previsão de que 85 milvagas serão ofertadas no primeiro semestrepara jovens interessados em estágio eaprendizagem. Essa fartura de oportunida-des se deve a alguns fatores, entre os quaisa revisão do planejamento de contrataçãodas empresas, a reposição de vagas abertasem razão do encerramento de contratosnas duas modalidades ou, no caso do está-gio, da formatura de muitos estudantes,que por força da lei não podem mais conti-nuar como estagiários.

Jacyra Octaviano

CURSOS COM MAIOR OFERTA DE ESTÁGIOS

PREVISÃO: 85 MIL VAGAS ABERTAS NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2020

2019 2020

80.000 85.000

Fonte: Superintendência nacional deoperações do CIEE

AUMENTA OFERTA DE VAGAS EM JANEIRO-OUTUBRO DE 2019

2018

2019 397,2

382,9

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Em dois anos, o Ceará passou da 12ªpara a quarta posição no Ideb, na ava-liação dos primeiros anos do ensinofundamental. A quais fatores atribuiesse salto significativo?Sim, é verdade que, na última década, osbons resultados do Ceará começam a sermostrados por esse índice. É claro que atransferência de recursos para municí-pios e a exigência de responsabilidade

na sua aplicação impactam esse desem-penho. Mas, eu queria pontuar um as-pecto: não se pode atribuir somente àreceita os resultados positivos. Se fosseassim, São Paulo, estado com o maiorPIB, não estaria colocado em 14º lugarna lista. Ou seja, se a gente fizer uma re-lação direta entre investimentos e resul-tado de Ideb, estados mais ricos estariamà frente dos mais pobres.

Por que isso não acontece?Porque não se trata apenas de trabalharos recursos, a questão é a abertura de po-líticas públicas relacionadas à educação, àcapacitação de professores, à organizaçãodas práticas educacionais dos municípios.É uma combinação de decisão política, deestrutura de educação e de competênciade gestão, não só pública, política, mastambém educacional, sem esquecer a ação

44 CIEE Empresas

ENTREVISTA

Ao contrário da grande maioria do país, aeducação vai bem no Ceará. O Índice deDesenvolvimento da Educação Básica(Ideb) 2017, um dos principaisinstrumentos para mensurar e monitorar

a qualidade do sistema educacional brasileiro, mostraque em dois anos o estado saltou da 12ª para a quartaposição, no ranking do ensino fundamental I (primeiro aoquinto ano). Mas, não é apenas na educação básica que oCeará ganha destaque: no nível superior, a Universidadede Fortaleza (Unifor), de acordo com rankings

internacionais, figura entre as melhores da AméricaLatina, do Caribe e dos Brics (bloco formado por Brasil,Rússia, Índia, China e África do Sul).Em entrevista exclusiva à REVISTA DO CIEE |EMPRESAS,Henrique Sá, vice-reitor de ensino de graduação daUnifor, fala sobre esses e outros assuntos. Professor demedicina, médico pediatra com especialização emdesenvolvimento infantil e com mestrado e doutoradoem ensino superior, também comenta os principaisdesafios para os jovens profissionais frente a um mundoem transformação e como a universidade pode ajudá-los.

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA ADOTA ESTRATÉGIA QUE LEVA OALUNO A ESTRUTURAR A CARREIRA PROFISSIONAL COM AINTEGRAÇÃO DA PRÁTICA AO CONHECIMENTO DA REALIDADE.

ENTREVISTA | HENRIQUE SÁ» VICE-REITOR DE ENSINO DE GRADUAÇÃO DA UNIFOR

Na vanguarda de bons resultados

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do professor nas escolas com infraestruturae com programas curriculares adequados.

Já é possível notar como esse movi-mento se reflete no nível superior? Ainda considero baixa a taxa de seguimentodo ensino médio para o superior. Precisa-mos melhorar esse indicador, já que umaparcela muito significativa de alunos concluio ensino médio, mas não avança para o ní-vel superior por uma série de razões, sejamde natureza econômica ou pela insuficiênciade vagas em instituições públicas ou, ainda,porque não existem políticas públicas paraa manutenção de programas voltados à per-manência de alunos no ensino privado, umavez que eles precisam trabalhar e sustentarsua família. Por algum motivo, esses alunosnão conseguem ingressar em uma facul-dade ou universidade.

E aqueles que têm sucesso?Esses apresentam um desempenho melhorao longo dos anos. Mas acredito que a prin-cipal repercussão ainda vá acontecer, talvez

entre cinco e dez anos (NR: possivelmentequando a melhora da qualidade atingir osanos finais do ensino médio), e será notadana qualidade dos profissionais que chegarãoao mercado porque estamos falando deuma base educacional um pouco melhor.Essa base sustenta uma prática profissionale uma melhoria nas condições de engaja-mento desse cidadão na vida produtiva ena vida social ao longo do tempo.

Diante das mudanças no mercado detrabalho, qual o papel da universidadena formação mais qualificada?O conhecimento técnico numa área profis-sional é relevante, mas muito dinâmico: oque se sabe hoje pode mudar em cinco anos.Então, as competências essenciais para umprofissional em desenvolvimento dizem res-peito àquelas que, a meu ver, são imutáveise tendem a se constituir como um meca-nismo mais perene em termos de desenvol-vimento. São as chamadas competências so-cioemocionais e que, aqui na Unifor,denominamos como competências de vida.

No que consistem essas competênciasessenciais?Trata-se daquelas associadas ao exercício

de cidadania, à habilidade de comunicação,aos aspectos cognitivos do desenvolvi-mento da profissão: é o aprender a apren-der, manter-se permanentemente curioso,interessado, pesquisar, saber encontrar so-luções, resolver problemas e também, claro,as habilidades de relacionamento interpes-soal, de empatia, de engajamento nas cau-sas sociais e coletivas. É um conjunto decompetências que forma um perfil muitomais adaptado à mudança e às distintastransformações que o mundo requer.

As profissões também estão em trans-formação. Como vislumbra o mercadode trabalho no futuro?Uma das questões mais complexas, nomundo inteiro, é reconhecer a necessidadede explorar tendências para futuros que nãoestão bem delineados. Há certa falácia deque profissões vão desaparecer e que surgi-rão outras que nem imaginamos. Em pri-

CIEE Empresas 45

“NÃO SE PODEATRIBUIR SOMENTEÀ RECEITA OSRESULTADOSPOSITIVOS EMEDUCAÇÃO. SEFOSSE ASSIM,ESTADOS MAISRICOS ESTARIAM ÀFRENTE DOS MAISPOBRES NO IDEB.”

Imagem: Ares Soares

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ENTREVISTA

meiro lugar, é verdade, mas isso já ocorre há50 anos. Quantas profissões que hoje sãousuais e comuns existiam antes? É naturalque o futuro reserve processos de trabalho,mercados e profissões ainda não formatadasporque temos outro contexto, outras tecno-logias. Não falo só do mundo digital. A in-dústria trouxe várias profissões ao longo dos150 anos transcorridos desde a primeira Re-volução Industrial. Então, é natural entenderque nos próximos 20, 30 anos, teremos ou-tras demandas profissionais, a partir de no-vas tecnologias que crescem de forma ex-ponencial. Mas acredito que a base daconstituição das profissões continuará exis-tindo, porque as ciências são mais ou menosas mesmas. É lógico que, desde que o serhumano passou a trabalhar o conhecimentocientífico, muita coisa mudou, mas, de formageral, as grandes áreas do pensamento hu-mano continuam as mesmas, mudando oscontextos e, portanto, as tecnologias.

Em 2020, a Unifor inicia a oferta deum novo curso, denominado compu-tação em nuvem. De que forma a insti-tuição se mantém alinhada às novastendências, como essa?Quando a gente pensa num curso de gra-duação, não está focando em 2020, está pro-jetando para 2030, porque esse profissionalformado em três, quatro, seis anos precisaráter ferramentas para enfrentar a vida nos se-guintes. São bases que o sustentarão, mesmoque ele mude de carreira. Computação emnuvens é uma dessas tendências e permiteentender o mundo digital como algo paraalém do físico, compreender a ideia da nu-vem como uma estrutura de dados que en-volve, ao mesmo tempo, redes físicas e digi-tais, sistemas e programação. Uma dasformas de entender as novas tendências éfazer experiências de futuro. Não estou fa-lando de previsão, mas sim de análise de ce-nários futuros para permitir que nossos pro-gramas – e não somente esses, de fronteira,mas mesmo os tradicionais – estejam sempreà frente das perspectivas. É um desafio queencaramos com muita diligência e esforço.

A Unifor preza a aproximação da pes-quisa atrelada ao ensino e à extensão

na formação dos seus alunos. Quaisprincipais aspectos nesse processo?A pesquisa na graduação está, automati-camente, relacionada à iniciação científica.De fato, esse processo é um caminho na-tural para os alunos que querem seguir acarreira científica. Mas, para nós, a questãoé um pouco mais abrangente. A pesquisaé o princípio da aprendizagem para esteséculo e implica a curiosidade, a buscapelo conhecimento, o questionamento. Es-sas são as principais ferramentas de umpesquisador: a investigação acurada, a uti-lização de ferramentas de investigação nasmais diversas áreas, e esses também sãoinstrumentos que servem para um empre-sário que está lidando com dificuldadesna sua empresa. Então, a investigação quea trilha da pesquisa requer é indispensávelpara o desenvolvimento de competênciasno século 21. Procuramos integrar a lógicada pesquisa nas disciplinas como princípioda aprendizagem. Esse é um aspecto. Masé claro que há a aproximação do desen-volvimento de competências gerais comaquelas específicas de um pesquisador.

E na extensão? Com os programas de extensão, é amesma coisa: eles não são um segmentodissociado do ensino e da pesquisa.Quando o aluno se depara com um pro-blema concreto de uma comunidade, porexemplo, tem o contato com uma novarealidade e, assim, está trazendo a expe-riência com soluções que ali são geradaspara sua carreira. A extensão universitárianão é extracurricular, é uma atividade dopercurso do aluno no desenvolvimento decompetências. Essa é a ideia da articula-ção entre esses três eixos. Uma universi-dade requer a existência de projetos deextensão e de pesquisa associados neces-sariamente ao ensino.

Nesse processo, qual é a importânciado estágio?Entendemos o estágio como uma parteimportantíssima do desenvolvimento decarreiras, tanto que mudamos o nome denossa área, que era divisão de estágio, ehoje chamamos de divisão de carreiras, na

46 CIEE EmpresasImagens: Divulgação

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qual o estágio é uma das principais estra-tégias para a aproximação do aluno emformação com o mercado de trabalho, aprática profissional, juntamente com osprogramas de trainee. Não se trata deaproximar a teoria da prática, mas sim deestruturar a sua própria carreira profissio-nal, integrando os conhecimentos e práti-cas da universidade com o mundo real.

Nessa visão, qual o valor da aquisi-ção de experiência prática, propi-ciada pelas três modalidades: está-gio, trainee e primeiro emprego? Estágio, programa de trainee e emprego,ainda durante o percurso de formação,são ferramentas essenciais para o desen-volvimento de carreira e, portanto, para aprópria formação profissional. São abso-lutamente indispensáveis para a atividadeacadêmica. Essa importância se revestenos nossos projetos estratégicos. A áreade carreiras é um projeto estratégico dagraduação e da pós-graduação. No casoda graduação, é uma área a que dedicamostodo o interesse e importância. Temosuma preocupação axial. Afinal, ela é umeixo de sustentação da política de gradua-ção da Unifor.

Como avalia a parceria com o CIEE?Parceiros como o CIEE são essenciaisporque trazem a empresa para perto dauniversidade. A articulação com o CIEEnos permite ampliar o escopo de empre-sas, instituições e organizações para in-serir nossos alunos. Também nos permiteatualizar a forma como entendemos omercado. O CIEE é um tradutor do mer-cado para a universidade. Acho que umdos papéis interessantes do CIEE é tam-bém o de decodificar as necessidades queas empresas têm da universidade, de tra-duzir essas necessidades em mudançapara nossos currículos e para formaçãodos nossos alunos. É parceiro que nosajuda a melhorar o nosso produto educa-cional e direcionar melhor nossos alunospara a carreira, para o mercado.

Em 2019, a Unifor já figurou em doisrankings internacionais que desta-

cam as melhores instituições de en-sino superior da América Latina, Ca-ribe e dos Brics. Ao que credita essereconhecimento?Como comentei com relação à educaçãobásica, a superior também requer senio-ridade, processos e estrutura. Não é pos-sível fazer ensino superior de forma pre-cipitada, aventureira, improvisada. O quenão quer dizer que não caiba inovação,ao contrário. Esse quesito é inerente, es-pecialmente no nível universitário, quelida com pesquisa, com desenvolvimentode ciência. O que quero dizer é que re-sultados não se conquistam meramenteao acaso, mas são fruto de esforço e detrabalho. Quando temos um resultadoem rankings como esses, sabemos quenão se deu em seis meses ou em um anoporque exige um trabalho de anos, dedécadas. Acho que esse reconhecimentoé o resultado de um processo cumulativode decisões bem-sucedidas, de experiên-cias, de projetos, de inovação, de fun-damentação que a Unifor vem prati-cando ao longo de mais de quatrodécadas de existência.

Qual o papel da Unifor no cenárioda educação superior do Nordeste?É claro que uma instituição sólida comoa nossa tem muito mais chance de sin-grar o mar revolto que o mercado hojeenfrenta, mas, por outro lado, requermuita sabedoria para tomar decisões eapontar o caminho correto. Não é sim-ples, não é um resultado que dependado querer, mas sim do fazer. Ser exce-lente, se colocar na direção da qualidade,não é um processo que se conquista, éum processo que se produz. Produzimos,todos os dias, mecanismos e processosque se orientam para a excelência e nãonos contentamos com isso, queremossempre melhorar, apresentar cada vezmais qualidade. Também significa quetemos um papel e uma responsabilidademuito maior, que é de funcionar, de certaforma, como um luminar para a região,muito sofrida do ponto de vista da pro-dução acadêmica e científica.

Maria Carolina Ramos

CIEE Empresas 47

“PARCEIROS COMO OCIEE SÃO ESSENCIAISPARA APROXIMAR AEMPRESA DAUNIVERSIDADE. A ARTICULAÇÃO COMO CIEE AMPLIA OESCOPO DE EMPRESAS,INSTITUIÇÕES EORGANIZAÇÕES PARA INSERIR NOSSOS ALUNOS.”

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48 CIEE Empresas

EDUCAÇÃO EM DESTAQUE

Entre as 8.520 graduações que tiveram o conceito preliminar de cursodivulgado pelo Inep, apenas 149 alcançaram nota 5, na mesma escalautilizada para avaliação da IEs. Para chegar à classificação dos cursos,

o Inep considera o resultado do Exame Nacional de Desempenho dosEstudantes (Enade); diferença entre os desempenhos esperado e observado;porcentual de mestres, doutores e regime de trabalho; e questionário doestudante do Enade (percepção do aluno).

Notas dos cursos superiores

Fonte: InepFonte: Inep

OBSERVAÇÕES DO INEP» O Conceito Preliminar dos Cursos só é calculado para cursos com, no

mínimo, dois estudantes com resultados válidos no Enade; por isso, 301cursos ficaram sem conceito.

» Os alunos que estão concluindo os cursos à distância avaliadosapresentam os mesmos resultados do que os estudantes presenciais,segundo Camiloussi, então presidente substituto do Inep.

» Mais detalhes sobre o estudo em http://portal.me.gov.br/

O salto polonês

Os analistas estão atentos àsurpresa que aparece nos rankingsinternacionais de educação: a

ascensão da Polônia, que com rapidez eregularidade aproxima-se dostradicionais campeões, como Finlândia,Cingapura e Coreia do Sul. Por exemplo,estreou nos top ten do Pisa 2018, exameque avaliou 600 mil estudantes de 15anos em 79 países, inclusive o Brasil. Sópara ilustrar: a média dos estudantespoloneses em leitura é 512 pontos contra413 dos brasileiros. Em matemática adistância bate em 129 pontos.

Razões do sucesso

Oavanço desperta, ainda, maiorinteresse porque a Polôniasuperou mais de meio século de

graves problemas (destruição durante a2ª Guerra Mundial, hiperinflação,insucessos econômicos, derrocada dogoverno comunista), inclusive naeducação – cenário que vem sendomodificado por intensas reformas.Segundo Amanda Ripley, autora dolivro As crianças mais inteligentes domundo, são fatores do sucesso dareforma educacional: currículo escolarmais rigoroso e enxuto; maior autonomiadas escolas na escolha entre centenasde opções de livros e conteúdos pré-aprovados; aperfeiçoamento daformação e valorização dos professores;um ano a mais de estudo no nívelequivalente ao nosso fundamental II.

Somente 2%, ou 42, das 2.052 instituições brasileiras de ensinosuperior (IEs) conquistaram nota 5, conceito máximo da avaliação de qualidade, segundo levantamento divulgado pelo Instituto

Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) do Ministério daEducação, no final de 2019. Referentes a 2018, os indicadores variamnuma escala de 1 a 5, sendo as notas 1 e 2 consideradas “insuficientes”.

42438

1.306259

7

ÍNDICE DE QUALIDADE DAS 2.052 IES Nº DE IE'S

Nota 5

Nota 4

Nota 3

Nota 2

Nota 1

2%

21,3%

63,6%

12,6%

0,3%

1492.702 4.822

81334

QUALIDADE DOS 8.520 CURSOS Nº CURSOS

Nota 5

Nota 4

Nota 3

Nota 2

Nota 1

1,7%

31,7%

56,6%

9,5%

0,4%

Ranking dasuniversidades

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CIEE Empresas 49

Medalhas e vagas

Ótima notícia para os finalistas dascompetições de conhecimento: em2020 as universidade públicas

paulistas (USP, Unicamp e Unesp) vãooferecer 408 vagas em todas as áreas(humanas, exatas e biológicas) paramedalhistas das olimpíadas dematemática, física, língua portuguesae robótica. Com essa nova forma deseleção, as três instituições alinham-se àtendência internacional de avaliar outras habilidades e experiências dosestudantes, além das provas tradicionais dos vestibulares. Detalhe: é umaforma de reduzir a desigualdade educacional, pois a Unicamp informa quecerca de 80% dos medalhistas incluídos vieram da escola pública.

Queda bem-vinda

Amais recente atualização dosindicadores do fluxo escolar deestudantes da educação básica

revelam queda de 5% para 4,3% na taxa deevasão do último segmento do ensinofundamental, na comparação entre 2014 e2016. Outros números, embora não navelocidade desejada, também mostramtendências animadoras. A evasão no ensinomédio baixou de 11,1% para 9,1%. Nos anosiniciais do ensino fundamental, a repetênciacaiu de 7,4% para 7,1%, com a evasão nacasa de 1,5%. As informações são do Inep.

Retrato da especialização

No período 2016-19, as matrículas noscursos de especialização de nívelsuperior cresceram 74%, resultado

puxado pela rede privada, com aumento de80% contra 41% do sistema público. Aconclusão é de levantamento inédito realizadopelo Instituto Semesp. Considerando apenas apopulação com 24 anos ou mais, estima-seque 5,7 milhões concluíram um curso deespecialização, numa das duas mil instituiçõesque oferecem esse tipo de formação, nasmodalidades presencial e à distância. Confira aseguir outros dados da pesquisa.

68% dos alunos optam pelo

ensino presencial

45% deles têm idade entre

25 e 34 anos

150% maior é a renda médiados que frequentam a especialização,

em comparação com os alunos

da graduação (R$ 4,8 mil na rede privada e R$ 3,7 mil na pública).

Imagem: [1] Arquivo pessoal

“O ALUNO PODE NÃO TER IDO TÃO BEM NOVESTIBULAR. MAS TEVEÓTIMO DESEMPENHO EMOLIMPÍADA, MOSTROU QUE TEM INTERESSE EVOCAÇÃO. ELE TEM O QUEPRECISA PARA ENTRAR NA GRADUAÇÃO.”» Gladis Massini-Cagliari, pró-reitora de graduação da Unicamp

Promessa para 2020

Aaplicação da etapa piloto domodelo do Enem digital já temdata marcada. Será realizada em

15 cidades de todas as regiões do país,envolvendo 50 mil alunos, nos dias 11 e18 de outubro de 2020, visando àimplementação total da inovação em2026. Segundo o Inep, o modelo emplataforma eletrônica permite incluirnovas possibilidades nos itens de provascomo vídeos e games. A realização doEnem Digital aponta para a economia derecursos públicos na aplicação. Em2019, mais de 10 milhões de cadernosde provas em papel foram impressoscom um custo logístico acima de 500milhões de reais.

Fonte: Pesquisa Cursos de especialização latosensu no Brasil/Instituto Semesp, com base na

Pnad Contínua segundo trimestre 2016 a 2019, sitedo e.MEC e Guia do MBA 2019 do Estadão.

[1]

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50 CIEE Empresas

PARCERIAS

Criada dentro do projeto de reformasanitária e gerencial implementadoem Sergipe, a Fundação Estadualde Saúde (Funesa) fechou 2019

com a contratação de 11aprendizes. Sediada em Aracaju,capital do estado, presta serviços

de saúde de atenção básica, depromoção, prevenção e proteção da

saúde coletiva e individual, deformação profissional e educação

permanente na área de saúdepública, entre outras atividades.

A área de saúde em Aracaju/SEdeu mais uma prova da disposição

de abrir vagas a futurosprofissionais. Oferecendo serviços

de diagnósticos laboratoriais epor imagem, a Climedi (Clínica deMedicina Nuclear, Endocrinologiae Diabetes) acaba de contratar 21

estagiários para atuar emdiversas áreas.

» ARARAQUARA

A GDGS, marca na área degastronomia em Araraquara/SP, é anova parceira do programa Aprendizdo CIEE, tendo recebido, no final doano, sete jovens para capacitação

profissional prática e teórica.

» CUIABÁ

Em Cuiabá/MT, a Marfrig Global Foods, empresa dosegmento de produção e

distribuição de alimentos à basede carne bovina, suína, ovina e

avícola, contratou 10 jovens para aprendizagem na

modalidade magarefe, uma dasatividades incluídas no novo cursoAgronegócio, ofertado pelo CIEE.

O setor industrial da capitalmato-grossense também está

presente na causa daaprendizagem, com a abertura deoito oportunidades na Trael, uma

das maiores fabricantes detransformadores do país; e maisquatro na Centroaço Indústria eComércio, que atua na produção

de relaminados, trefilados eperfilados de aço.

» ARAÇATUBA

Os setores de comércio, serviços e indústria deAraçatuba/SP abriram

oportunidade para 11 estudantesrealizarem programas de

estágio. Aderiram ao programaas empresas Duarte Têxtil,

Samuel Motos, Açaí Kanabara,Eleganteria e-Comerce,

Comida da Vó, Confecções KiMimo (comércio), RC Fácil,

Advocacia Claudia Magalhães, CitiCred, Classe AltaDecorações, Aracert Certificados

Digitais (serviços) e Almad (indústria).

» BRASÍLIA

Em Brasília/DF, 19 jovens foramcontratados como aprendizes pela

Seara Alimentos, empresa do GrupoJBS desde 2013 e um dos desta-

ques no segmento de alimentação.

» CAMAÇARI

Em Camaçari/BA, o CIEEintermediou a contratação de 11

jovens para ingresso no programa deaprendizagem da Carper Indústria eComércio de Produtos Alimentícios,

com sede em São Sebastião doPassé, na região metropolitana deSalvador. Também participou do

recrutamento e contratação de maistrês jovens para aprendizagem na

Univale Transportes.

» CAMPINAS

Na região de Campinas/SP, o CIEEpromoveu a inclusão de 27 jovens

estudantes em programas de está-gio ofertados por empresas parcei-ras. Também propiciou a contrata-ção de 19 aprendizes em diversasorganizações locais que atuam em

comércio, indústria e serviços.

» FRANCA

Em Franca/SP, sete novos jovensconquistaram a oportunidade de

ingressar em programas deaprendizagem, oferecidos por

duas empresas, em parceria como CIEE: Instituição Família

Cavalheiro Caetano Petraglia(educação) e M.M. Faleiros

Montagens e Eventos.

» ARACAJU

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CIEE Empresas 51

» FORTALEZA

A Malibru Agro Indústria,Distribuição e Importação, compresença na área de produtos

alimentícios e sede emCaucaia/CE, fechou parceria com o CIEE Fortaleza para a

contratação de quatro aprendizes.

» GOIÂNIA

Conveste Audfiles ServiçosFinanceiros (consultoria e auditoria

contábil; apoio administrativo);Conveste Serviços Financeiros

(serviços especializados ao mercadofinanceiro e imobiliário); e Conveste

Tecnologia (desenvolvimento elicenciamento de programas decomputador) contrataram em

conjunto 26 estudantes estagiários,em Goiânia/GO.

» JUNDIAÍ

A Weir do Brasil – fabricante de equipamentos hidráulicos

e pneumáticos, peças eacessórios instalada em

Jundiaí/SP – acaba de contratarsete jovens para seu programa de

aprendizagem, realizado emparceria com o CIEE.

A Ambev (Companhia de Cervejas das Américas), uma das

maiores players do segmento no mundo, acaba de

contratar novos jovens parainclusão em seu programa de

aprendizagem, mantido emparceria com o CIEE na unidade de Jundiaí/SP.

» ITABUNA

A SM Assessoria Empresarial abriuas portas para quatro novos

aprendizes em Itabuna/BA, que alirecebem treinamento prático alinhadoà capacitação teórica, ministrada peloCIEE, para formação profissional em

áreas administrativas.

Tradicional parceiro do CIEE em vários estados, oSebrae de Palmas/TO acaba de contratar 40estudantes para estágio, aos quais ofereceoportunidade de capacitação prática nas respectivasáreas de estudo. A mesma iniciativa foi adotada peloEspaço Profit Serviços em Saúde, que abriu vagaspara 3 estagiários em sua academia.

» ITAPETININGA

Em Itapetininga/SP, a empresaCampolim & Prado Serviços de

Telemarketing incluiu seteestagiários em seu quadro de

colaboradores, para capacitaçãoprofissional.

» MACEIÓ

Em Maceió/AL, o CIEE intermediou a contratação de aprendizes

para diversas empresas, ente asquais Magazine Luiza, MillenaMóveis, Master Eletrônica deBrinquedos, Ashp Comércio

de Combustíveis e Derivados, Santos e Gomes

Comércio Atacadista e Importadora, e Biovertis Producão Agrícola.

Também em Maceió/AL, outrasempresas parceiras recrutaram,

selecionaram e inseriram estudantesem seus programas de estágio para

capacitação prática em áreasalinhadas aos cursos escolares, entre

as quais: Bem Viver Comércio deCosméticos e Perfumaria, FerretiPizzaria, Academia Life, Clínica

Odonto Brasil.

» NATAL

A Carajás Home Center, empresa que atua no comércio

varejista de materiais de construçãoem Natal/RN, acaba de contratar

7 aprendizes para formaçãosocioprofissional em parceria

com o CIEE.

» MARÍLIA

Em Marília/SP, o CIEEintermediou a contratação de 22estudantes para a realização de

estágio em empresasconveniadas, entre as quais:

Companhia de DesenvolvimentoEconômico de Marília, Replan

Saneamento e Obras, LaboratórioNutracêutico Herbamed, P.A.

Ferraz Tecnologia; S.R.C.Hernandes, além de

aprendizes (BRF S.A).

» PALMAS

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52 CIEE Empresas

PARCERIAS

» PRESIDENTE PRUDENTE

A Ouro Verde Transporte eLocação contratou, emcumprimento à Lei de

Aprendizagem, 5 jovens dePresidente Prudente/SP para

formação profissional, comtreinamento prático na empresa

e capacitação teórica ministrada pelo CIEE, nas

respectivas áreas de atuação.

» SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Em São José do Rio Preto/SP, 20 estudantes foram

beneficiados com a contrataçãopara programas de estágio

em diversas empresas, entre as quais Geomaq

Tratorpeças, Cia. Brasileira de Empreendimentos

Imobiliários, Brisas Tur Viagens eTurismo, WR Baldacin

Franchising, M. Anbar Rio PretoComércio de Veículos, Lloyd

Continental Corretora deSeguros, DMG Tecnologia.

» SANTOS

No início da sazonalidade – épocaem que há aumento de vagas em

razão do encerramento decontrato ou conclusão do cursoescolar de muitos estudantes –

novos estagiários foramcontratados por empresas de

Santos/SP, entre as quaisCooperativa de Condutores

Autônomos de VeículosRodoviários da Baixada Santista(transporte rodoviário coletivo),

Ideais Serviços e Locação de Mãode Obra (construção predial), D.

Pontes Ribeiro Conveniência(comércio), Domingues e

Domingues Supermercado.

A ALG Promotora e Serviços de Cobrança acaba de contratar 20 estudantes

para seu programa de estágio em São Paulo/SP.

A Sociedade Agostiniana deEducação e Assistência –mantenedora dos Colégios

Agostiniano Mendel, Agostiniano São José e

Agostiniano Nossa Senhora deFátima, além de promover várias

ações filantrópicas – acaba decontratar 20 estagiários paraatuação junto a seus quadros

efetivos, com o objetivo de aquisição de prática

profissional, em São Paulo/SP.

A Comercial Chocolândia, líder no mercado de venda de

chocolates com 10 lojas na Grande São Paulo, acaba de

contratar 46 novos aprendizes, que receberão formação

profissional nos seus 14 departamentos,

São Paulo/SP.

A Olam Brasil – braço do gruposediado em Cingapura com atuação

em vários ramos do agronegócio(cacau, café, caju, gergelim, arroz,algodão, madeira) e presente nas

classificações top de váriosrankings internacionais – acaba de

firmar convênio com o CIEE SãoPaulo para a capacitação

socioprofissional de 46 aprendizes.

A Laticínios Tirolez – marcareferência na produção,

comercialização e exportação dequeijos e outros produtos lácteos –é parceira do CIEE São Paulo, tendo

contratado 32 novos aprendizespara integrar seu programa de

preparação de futuros profissionais.

A SPDM Saúde Indígena – uma dasiniciativas da Sociedade Paulista de

Desenvolvimento da Medicina,proprietária e mantenedora do

Hospital São Paulo –, em parceriacom o CIEE efetuou a contratação

de 6 aprendizes para seu programade formação profissional de jovense adolescentes, em São Paulo/SP.

A Pashal – locadora de andaimes, formas eescoramento metálicos para a construção civil,com matriz em São Paulo/SP e unidades nointerior paulista e estados do Paraná, Rio deJaneiro, Pernambuco e Ceará – passou a contarcom 25 estagiários para capacitação prática emdiversas áreas.

» SÃO PAULO

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» SÃO LUÍS

A Invisa – Instituto Vida e Saúde, organização

dedicada a administração dehospitais em várias cidades,contratou 25 aprendizes para

formação socioprofissional emSão Luís/MA. Eles recebem

treinamento prático em ambiente de trabalho e

capacitação teórica em encontros ministrados pelo CIEE nas respectivas

áreas de atuação.

» TAUBATÉ

A instituição Floema Berçário &Educação Infantil, que atende

crianças de Taubaté/SP, éparceira do CIEE, tendo contratado11 estagiários para aquisição deexperiência prática alinhada ao

aprendizado escolar.

» SOBRAL

Sete estudantes cadastrados no CIEE conquistaram

oportunidade de estagiar em diversas empresas deSobral/CE, entre as quais

Instituto Exitus-DesenvolvimentoHumano e Profissional;

Econogas do Brasil Distribuidora de Derivados de

Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural.

» SÃO JOSE DOS CAMPOS

Diversas empresas de São Josédos Campos/SP firmaramconvênio com o CIEE para a

contratação e administração deestagiários, entre as quais JPG

Offshore Solutions, SuínaInstituto Socioambiental,

Mury Soluções Societárias, Iack Equipamentos, Braeco

Facilities e Soluções.

» VITÓRIA DA CONQUISTA

A TMD Planejados, representanteda Italinea em Vitória da

Conquista/BA com o nome fantasiaDecorar, oferece oportunidade de

formação socioprofissional a cincojovens aprendizes, em parceria

com o CIEE.

NA INTERNET

A melhor e maiscompleta fonte deinformações sobre

estágio e aprendizagem,com destaque para:

• Serviços do CIEE• Legislação

• Cases de estágio e aprendizagem em

empresas e órgãospúblicos

• Mercado de trabalho• Pessoas de sucesso

• Pesquisas sobre perfil, posturas e aspirações

dos futuros profissionais• Ações de filantropia

• Outros temas e novidades de interesse

de gestores de RH.

TAMBÉM EM VERSÃODIGITAL PARA LEITURA

E DOWNLOAD EM

WWW.CIEE.ORG.BR

LEIA, ACOMPANHE,COMENTE E DIVULGUE.

» SOROCABA

Convênios firmados com o CIEEbeneficiaram 27 jovens com a

inserção em programas de estágioou de aprendizagem de diversas

empresas da região deSorocaba/SP, como A.W.S.

Corretora de Seguros, TrevizanConsultoria Imobiliária e

Urbanismo, São Luis Home Centerde Materiais de Construção,Douglas dos Santos Leandro

(serviços auxiliares financeiros),Loja Estrela, Evolution Corporate(condomínios prediais), Premier

Educacional (treinamentoprofissional e gerencial), Drytech(indústria de equipamentos para

extração mineral).

Acesse o site oficial e confira todos os serviços ofertados pelo CIEE àsorganizações parceiras em programas de estágio e aprendizagem.https://portal.ciee.org.br

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SÃO PAULO

CIEE NACIONALBrasília (Sede): (61) 3046 5848

EQSW 304/ 504, Lote 2, Ed. Atrium, Setor SudoesteCoordenador: Paulo Delgado

LEGENDA : • PA: Posto de Atendimento

CIEE SÃO PAULO

Arede de atendimento administrada pelo CIEE/SP cobre 19 Estados mais o DistritoFederal e conta, além das 48 unidades físicas, com sistema operacional infor-matizado a serviço de estudantes, empresas, órgãos públicos e instituições de

ensino. Além da atuação em prol da inclusão social de jovens por meio do estágio e apren-dizagem, oferece mais de uma dezena de programas filantrópicos e sociais gratuitos.

• SedeR. Tabapuã, 540, Itaim Bibi

• Espaço Sociocultural - Teatro CIEER. Tabapuã, 445, Itaim Bibi

• Edifício IntegraçãoR. Tabapuã, 469, Itaim Bibi

• Polo Bacelar(11) 2348 2300 | R. Dr. Bacelar, 1.066, Vila Clementino

• Polo Butantã(11) 3392 4140 | Av. Vital Brasil, 1000, Butantã

• Polo Genebra/Centro(11) 3111 3000 | R. Maria Paula, 212, Centro Velho

• Polo Liberdade(11) 3207 4868 | Rua Galvão Bueno,868, Liberdade

• Polo PaulistaAv. Paulista, 1415, 13º andarsala 1301

• Polo Santo Amaro(11) 5049 1263 | Rua PromotorGabriel Nettuzzi Perez,108, Santo Amaro

• Polo Tatuapé(11) 2227 2128 | Rua Cesário Galeno,432/448, Tatuapé

• Polo Vila Mariana(11) 3123 0770 | R. Francisco Cruz, 163

• CIEE Zona Leste/SP(11) 2030 3210 | Av. Dr. Ussiel Cirilo,204, São Miguel Paulista

• Atendimento ao Estudante Centro(11) 3111 3000 | R. Genebra, 65/67

SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE ATENDIMENTO(11) 3040 7421 | R. Tabapuã, 445, 8ºandar,São Paulo/SPSuperintendente: Luiz Gustavo Coppola

GERÊNCIA REGIONAL GRANDE SP E CAPITAL(11) 3040 7450 | R. Tabapuã, 445, 8ºandar, São Paulo/SPSuperintendente: Luiz Douglas de SouzaAM

RR AP

RO

MT

TO

MS

PR

SP RJ

MG

BA

GO

DF

ES

SC

RS

AC

MA

PI

CE RNPBPE

ALSE

PA

(71) 2108 8901| Av. Tancredo Neves, 620, Ed. Mundo Plaza, Lj. 158, Térreo, Caminho das Árvores, Salvador/BAResponsável: Alessandro Salvatore Atinnã

GERÊNCIA REGIONAL NORDESTE

ALAGOAS• CIEE Maceió (82) 3312 0200Av. Mendonça Jr., 1.190, Gruta de Lourdes• PA Arapiraca

BAHIA• CIEE Salvador(71) 2108 8901Av. Tancredo Neves, 620, Ed. Mundo Plaza, Lj. 158, Térreo,Caminho das Árvores• PA SIM

• CIEE Camaçari (71) 3622 4848Rua Sabiá, 1, Quadra 4, Lote 1, Camaçari de Dentro• PA Alagoinhas

• CIEE Feira de Santana(75) 3602 6300Av. Maria Quitéria, 2.381, São João

• CIEE Itabuna (73) 3613 8469Av. Duque de Caxias, 359, Centro

• CIEE Vitória da Conquista(77) 3424 4714Av. Vivaldo Mendes Ferraz, 908,Recreio

CEARÁ• CIEE Fortaleza (85) 4012 7600Av. Barão de Studart, 2.360,Aldeota• PA Fortaleza – Unifor • PA Maracanaú

• CIEE Juazeiro do Norte(88) 3312 6480R. Padre Cícero, 817, Centro

• CIEE Sobral(88) 98812 2585Av. Jornalista Deolindo Barreto, 1113, Centro

MARANHÃO• CIEE São Luís (98) 3194 1000R. dos Bicudos, 2,Renascença II

PARAÍBA• CIEE João Pessoa (83) 2107 0450Av. Monteiro Lobato, 556,Tambaú• PA Campina Grande

PIAUÍ• CIEE Teresina (86) 3194 5800Av. Campos Sales, 1.315,Centro

RIO GRANDE DO NORTE• CIEE Natal (84) 3089 7700Av. Prudente de Morais, 6.055, Candelária

• CIEE Mossoró (84) 3323 7450Av. Alberto Maranhão, 2.070,Centro

SERGIPE• CIEE Aracaju (79) 3225 4900R. Silvio César Leite, 116, Salgado Filho

■ ■ ■ ■Estados com administração do CIEE/SP

■Estados com administraçãode CIEEs autônomos

54 CIEE Empresas

REDE CIEE

CENTRAIS DE OPERAÇÕESNúmero único: 3003 2433

(O custo é o de uma ligação local em qualquer região do país, mesmo que solicite o DDD)

• CIEE Capital (Postos em IEs)• PA Centro UniversitárioAnhanguera - Campo Limpo• PA Pontifícia UniversidadeCatólica de São Paulo/PUC-SP • PA Universidade Cruzeirodo Sul/Unicsul - São Miguel• PA Uninove - Santo Amaro• PA Universidade Paulista• PA Universidade São Judas • PA Unip Marques

• CIEE Araraquara (16) 3333 4441 R. Expedicionários do Brasil, 2.269,Centro• PA Matão • PA São Carlos

• CIEE Araçatuba(18) 2102 8550Rua Torres Homens, 412, VilaBandeirantes• PA Andradina

• CIEE Araras• Centro CIEE de Formação eCidadania (19) 3542 0254 R. Visconde de Rio Branco, 180,Centro

• CIEE Barueri(11) 4134 3600 Rua Benedita Guerra Zendron, 57, Vl São João• PA Caieiras • PA Itapevi

• CIEE Bauru (14) 3104 6000Rua Virgilio Malta, 10-5 - Centro • PA Avaré• PA Botucatu• PA JAÚ • PA Lins

• CIEE Campinas (19) 3705 1508R. Tiradentes, 195, Vl. Itapura• PA PUC Campinas• PA HortoLandia – UNIESP• PA Indaiatuba – FaculdadeAnhanguera de Indaiatuba• PA Paulínia - FaculdadeMaxplanck• PA Santa Bárbara D´Oeste• PA Vinhedo

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• CIEE Franca(16) 3724 3636R. Thomaz Gonzaga, 1.627, Centro• PA Batatais – Ceuclar• PA Ituverava – FEI

• CIEE GuarulhosR. João Gonçalves, 525, Centro

• CIEE Itapetininga(15) 3271 3530Rua Quintino Bocaiuva, 957, Centro

• CIEE Jundiaí (11) 4583 4480R. Vinte e Três de Maio, 38, Vl. Vianelo• PA Atibaia

• CIEE Marília(14) 3402 0880Av. Santo Antônio, 646, Alto Cafezal• PA Ourinhos

• CIEE Mogi das Cruzes (11) 4799 2500Rua Duarte de Freitas, 246, Pq. Monte Líbano• PA Mogi das Cruzes –Universidade Mogi das Cruzes

• CIEE Mogi Guaçu (19) 3841 2766Rua Catanduva, 37, Jardim Planalto Verde • PA Jaguariúna – FAJ• PA Mococa – UNIFAJ• PA São João da Boa Vista –UniFeob

• CIEE Osasco R. Dep. Emílio Carlos, 840, Vl. Campesina• PA Prefeitura de Osasco• PA Taboão da Serra

• CIEE Piracicaba (19) 3447 7300R. Cristiano Cleopath, 336, Centro• PA Piracicaba –Universidade Metodista de Piracicaba• PA Acipi Piracicaba • PA Limeira • PA Piracicaba - UNIMEP• PA Porto Ferreira • PA Semtre Piracicaba

• CIEE Presidente Prudente(18) 3222 9733R. Joaquim Nabuco, 849, Centro• PA Universidade FAI

• CIEE Ribeirão Preto(16) 3913 1000R. Inácio Luiz Pinto, 388, Alto da Boa Vista• PA Bebedouro • PA Jaboticabal • PA Sertãozinho• PA Unaerp – Universidade de Ribeirão Preto

• CIEE Santos(13) 3229 8919Av. Ana Costa, 79, loja, Encruzilhada• PA Guarujá - Unaerp• PA Registro

• CIEE São Caetano do Sul(11) 4228 9310Rua Alegre, 1.162 - Barcelona

• CIEE São José dos Campos(12) 3904 9990R. Cel. João Cursino, 53, Vl. Icaraí• PA Caçapava• PA Caraguatatuba - FaculdadeMódulo• PA Jacareí • PA Prefeitura de São José dos Campos

• CIEE São José do Rio Preto(17) 3211 2966R. Presciliano Pinto, 3.300,Santos Dumont• PA Barretos

• PA Catanduva• PA Jales - FATEC• PA Olímpia

• CIEE Sorocaba (15) 3212 2900R. Rui Coelho de Oliveira Fº, 119, Jd. Faculdade• PA Itu Ceunsp• PA Sorocaba – FaculdadeAnhanguera

• CIEE Taubaté (12) 3634 8080R. Dr. Pedro Costa, 330, Centro • PA Lorena - Unisal

(61) 3701 4800 | EQSW 304/ 504, Lote 2, Ed. Atrium,Setor Sudoeste, Brasília/DFResponsável: Cláudio Rodrigo de Oliveira

GERÊNCIA REGIONAL CENTRO-OESTE E DF CIEES AUTÔNOMOS

(92) 2101 4272 | R. João Alfredo, 453, São Geraldo, Manaus/AM Responsável: Giuliano Pinto

GERÊNCIA REGIONAL NORTE

Belo Horizonte | • UNIDADE APRENDIZ LEGAL • (31) 3347 3978 - R. dos Otoni, 274, Santa Efigênia, Belo Horizonte

ESPÍRITO SANTO (CIEE/ES) • Vitória (Sede)(27) 3232 3200Av. Princesa Isabel, 629, 2º andar, Sl. 202, CentroSuper. exec.: Jossyl César Nader

MINAS GERAIS (CIEE/MG) • Belo Horizonte (Sede) (31) 3429 8100R. Célio de Castro, 79, FlorestaSuper. exec.: Sebastião Alvino Colomarte

PARANÁ (CIEE/PR) • Curitiba (Sede) (41) 3313 4300R. Ivo Leão, 42, Alto da GlóriaSuper. exec.: Paulo César Leandro Mira

PERNAMBUCO (CIEE/PE) • Recife (Sede) (81) 3131 6000R. do Progresso, 465, 1º andar, Sl. 103, Boa VistaSuper. exec. inst.: Germano V. Coelho

RIO GRANDE DO SUL (CIEE/RS) • Porto Alegre (Sede)(51) 3284 7000R. D. Pedro II, 861, HigienópolisSuper. exec.: Luis Carlos Eymael

RIO DE JANEIRO (CIEE/RJ) • Capital (Sede) (21) 2505 1200R. da Constituição, 65/67, CentroSuper. exec.: Paulo Pimenta Gomes

SANTA CATARINA (CIEE/SC) • Florianópolis (Sede)(48) 3216 1400R. Antônio Dib Mussi, 73, 1º andar, CentroSuper. exec.: Anibal Dib Mussi

CIEE Empresas 55

GERÊNCIA REGIONAL SP INTERIOR E BH(11) 4583 4480 | R. Vinte e Três de Maio, 38,Vl. Vianelo, Jundiaí/SPResponsável: Ricardo Marge Pereira

GERÊNCIA REGIONAL SP LESTE(19) 3705 1508 | R. Tiradentes, 195,Vila Itapura, Campinas/SPResponsável: Rosângela Pereira

GERÊNCIA REGIONAL SP OESTE(17) 3211 2966 | R. Presciliano Pinto, 3.330, Santos Dumont, São José do Rio Preto/SPResponsável: Nei Godoy

ACRE• CIEE Rio Branco (68) 3214 3200Av. Getúlio Vargas,3.640, Cj. Procon, Lado A

AMAPÁ• CIEE Macapá (96) 3225 3689Av. Raimundo Álvaresda Costa, 1.226, Centro

AMAZONAS• CIEE Manaus (92) 2101 4274Rua Paxiúbas, 215, Cj. KyssiaBairro Dom Pedro

PARÁ• CIEE Belém (91) 3202 1450R. dos Mundurucus,2.710, Cremação• PA Altamira• PA Marabá • PA Santarém

RONDÔNIA• CIEE Porto Velho (69) 2182 0440Av. Calama, 2.472, Sls. 1 e 3, 1º andar, São João Bosco• PA Cacoal

RORAIMA• CIEE Boa Vista (95) 3623 3735Av. Ville Roy, 5320, São Francisco

DISTRITO FEDERAL• CIEE Brasília (61) 3252 4800EQSW 304/ 504, Lote 2,Ed. Atrium, Setor Sudoeste• PA Brasília – UCB• PA Taguatinga – UCB• PA Uniceub

GOIÁS• CIEE Goiânia (62) 4005 0750R. Três, 1.245, Qd 81,Lote 12, Centro• PA Anápolis • PA Caldas Novas • PA Rio Verde

MATO GROSSO• CIEE Cuiabá (65) 2121 2450Rua Barão de Melgaço,2754 - Edifício WorkTower, Sl 703 - Centro Sul• PA Rondonópolis• PA Sinop

MATO GROSSO DO SUL• CIEE Campo Grande (67) 3318 0400R. Rio Grande do Sul,210/220, Jd. dos Estados• PA Dourados • PA Três Lagoas

TOCANTINS• CIEE Palmas (63) 3219 0450Quadra 104 Norte, R. Ne, 3,Lote 12, Sl.1, Ed. SãoCarlos, Plano Diretor Norte• PA Araguaína

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OUTRAS PALAVRAS

DAD SQUARISI

O luxo dos luxos

DOIS MANDAMENTOSA internet revolucionou a leitura e aescrita. É tal a avalanche de informaçãoque ser lido se tornou o luxo do luxo.Olho vivo! Mensagens que enchem a teladão preguiça. São deletadas. Osesbanjadores verbais têm de se conter eabrir passagem para mensagenseconômicas. Elas obedecem a doismandamentos. Um: menor é melhor. Ooutro: menos é mais.

ACARICIE OS OUVIDOSQuem fala quer ser ouvido, entendido eapreciado. Tem, por isso, de pronunciaras palavras como manda o dicionário.Dizer récord? Nem pensar. Recorde rimacom concorde. Referir-se ao PrêmioNóbel? Valha-nos, Deus. Nobel soa comoanel, painel e papel. E ruim? Ruim jogano time de Serafim e Joaquim. A sílabatônica é im (ru-ím). Rubrica é paroxítonacomo fabrica, lubrifica e sacrifica.Subsídio pertence à equipe de subsolo.Com a duplinha, o z não tem vez. Xô!

OPS! Você é aficionado por mídias sociais? Sea resposta for positiva ou negativa,guarde isto: aficionado tem só um c.

ECONOMIZE O ARTIGONão bobeie. Expressões construídas compronome possessivo se usam semartigo: a meu ver, a meu lado, a seupedido, a nosso bel-prazer (não: ao meu

ver, ao meu lado, ao meu pedido).Olho vivíssimo, moçada. A ponto de, nosentido de prestes a, segue o mesmoprincípio: Esteve a ponto de disputar aeleição./ Chegou a ponto de morrer, masescapou.

BOM APETITENão se precipite. Você quer aquelacarninha medianamente assada, que dáágua na boca? Peça sem medo de errarum bife… ao ponto.

AGRADEÇA COM CLASSESeja grato. Agradeça. Mas agradeça comelegância. O verbo pede objeto direto decoisa e indireto de pessoa. Assim:Agradeceu a promoção./ Agradeceu aodiretor./ Agradeceu a promoção aodiretor./ Agradeceremos ao diretor pelapromoção.Na substituição do alguém pelo pronome,é a vez do lhe: Agradeço-lhe pelacolaboração./ Agradeço-lhe a atenção./Agradeci-lhe os cuidados com osservidores.

DIGA O SUFICIENTEHá pleonasmos e pleonasmos. Algunsestão na cara. É o caso de subir pra cima,descer pra baixo, entrar pra dentro, sairpra fora. Outros não parecem, mas são.Um deles: panorama geral. Todopanorama é geral. Basta panorama.Outro: pequeno detalhe. Todo detalhe épequeno. Basta detalhe.

Que tal entrar na turma do pega bem? Pega bem dar bom-dia ao entrarno elevador. Pega bem pedir desculpas ao perturbar alguém. Pega bemusar o cinto de segurança. Pega bem respeitar a faixa de pedestres.Pega bem, sobretudo, reverenciar a língua.

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Mais um: planos para o futuro. Todo planoé para o futuro. Basta planos. Outros: elode ligação, país do mundo, ainda continua,manter a mesma. Elo, país, continua emanter dão o recado no tamanho certo —sem mais nem menos.

FALSA VERDADE Voltar atrás é pleonasmo?, perguntamgregos, romanos, baianos e sergipanos.Não. O verbo voltar só adquire osignificado de retroceder se estiveracompanhado do atrás. É diferente dosubir pra cima e descer pra baixo. Subir ésempre pra cima. Descer pra baixo. Masvoltar nem sempre é retroceder. 

SEM HUMILHAÇÃOA crase não foi feita pra humilharninguém. Mas atrapalha. Uma regrinhaevita confusões. Em expressões compalavras repetidas, o acentinho não temvez: cara a cara, gota a gota, uma a uma,ponta a ponta, frente a frente.

CALADINHAO h é letra muda. Não fala, masconfunde. É o caso de hora e ora. Horatem relação com relógio e horário: Sãoduas horas./ Não sei as horas./ A quehoras começa a reunião? No sentido de agora, até o momento, orapede passagem: Por ora, pouco possofazer./ O futuro dos candidatos, porora, está incerto./ O cliente, por ora,está satisfeito.

O SOLITÁRIO“Eu sou mais eu”, diz o verbo sobressair.Altivo, acredita que é melhor andar só quemal-acompanhado. Adora reinar sozinhona frase. Resultado: dispensa o objetodireto e o indireto. Não aceita jamais acompanhia dos pronomes me, te, se, nos,vos. Dizer, por exemplo, o presidente “sesobressai” é a receita do cruz-credo. Pegamal como jogar papel na rua.Para sobressair, empregue o sobressairassim: Os formandos sobressaíram(nunca se sobressaíram) na pesquisa./Os americanos sobressaem (jamais sesobressaem) na corrida espacial./ Eusobressaio (não me sobressaio) nadefesa dos servidores./ Sobressaia(não se sobressaia) no trabalho, nafamília e na vida.

SEM CONFUSÃO E-mails, bilhetes & cia. mensageira têmcompromisso com a precisão. Atenção àpalavra certa na hora certa pega bemcomo respeitar a vaga destinada adeficientes e idosos. É o caso de aocontrário e diferentemente. Ao contrário é contrário mesmo, o oposto– sair e entrar, morrer e viver, ficar em casa

e ir pra rua. Ao contrário do informado, opaciente não sobreviveu. Morreu. Diferentemente significa de formadiferente. Diferentemente do divulgado, o brinquedo custa 50 reais,não 500 reais.

SENHORA PLURALOba! As férias chegaram. Sombra e águafresca pedem passagem. Abram-lhesalas. Com um cuidado – a palavra fériassó se usa no plural. Artigo, adjetivos,pronomes e verbos a ela relacionadosconcordam com a boa-vida. Minhas fériasescolares começaram mais cedo porquefui dispensado das provas./ Gosto dasférias natalinas./ Felizes férias, amigos!

MESMO TIMEÓculos joga no time de férias. Só existeno plural – meus óculos, os óculos, óculosescuros, óculos coloridos. Nas férias,perdi meus óculos. Alguém os achou?Não? Então preciso de óculos novos./Vou comprar uns de 1,99 reais. Elesquebrarão o galho até a volta.

INVEJAAs palavras são criaturas dos homens.Como os criadores, sentem inveja.Algumas adoraram as excentricidades deférias e óculos. Foram atrás. Também sóse usam no plural. É o caso de anais,antolhos, cãs, condolências, exéquias,fezes, núpcias, olheiras, pêsames,víveres. Ops! Os naipes do baralhoentraram na onda: dama de copas, rei deespadas, dois de ouros, nove de paus.

Dad Squarisi é jornalista, com trânsito emvárias mídias. Graduada em letras, fez

especialização em linguística e mestradoem teoria da literatura. Lecionou no Brasil

e no exterior. É autora de diversos livrossobre redação profissional. Ministraregularmente palestras promovidas

pelo CIEE, dirigidas a estagiários,aprendizes e estudantes.

A plataforma de cursos online CIEE Saber Virtual tem umcurso gratuito sobre gramática. Acesse e aproveite!

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AREVISTA DO CIEE |EMPRESAS cobriu as muitasiniciativas e ações destinadas a qualificar novostalentos para o mercado de trabalho, valorizar os

estudos e estimular a expansão da oferta de vagas de estágioe aprendizagem. Confira exemplos selecionados paraindicar a variedade da atuação do CIEE.

PONTO FINAL

58 CIEE Empresas

POR FALAR EM...

... RETROSPECTIVA 2019

Download e leitura gratuitas das revistas: www.ciee.org.br • Imagens: [1]Edith Schmidt [2]Divulgação CIEE

EDIÇÃO Nº 4 (JAN)*

» Empresa em foco: Programa de aprendizagem da Ceagesp

» Filantropia: Oficinas de Cidadania do CIEE

» Pesquisa: Revela perfil completo,aspirações e perspectivas dos estudantesem estágio (parceria Instituto Toledo&Associados).Destaque para a visão da futura carreira

» Entrevista: Fábio Romeu de Carvalho, vice-reitor da Unip

*(Edição inclui nov/dez 2018)

» CIEE é eleito o Melhor Site em Recrutamentopelas pequenas e médias empresas

» Organização em foco: Programa de Estágio da NovaVolkswagen

» Lançamento do programa ONE: Novo serviço do CIEE paraselecionar candidatos em processos seletivos personalizados.

» Pesquisa: Mostra, em detalhes, o impacto do estágio naqualificação, empregabilidade e desenvolvimento escolar dos estudantes, e nas vantagens para a empresa

» Ética: O CIEE é uma das primeiras entidades sociais aimplementar o Programa de Integridade (Compliance)

» Seminário: Com participação de especialistas, encontroendossa a atual Lei da Aprendizagem e aponta os pontos quepodem e devem ser aprimorados

» Entrevista: Benedito Guimarães Aguiar Neto, reitor daUniversidade Mackenzie

EDIÇÃO Nº 6 (MAI/JUN/JUL)

» Organização em foco: Programa de Estágio do Sebrae» Aprendizagem no Agronegócio: Lançado o curso que

auxilia as empresas a cumprir cotas legais e qualificarprofissionais para o setor

» Pesquisa: Mede o apoio das empresas e quanto o país ganhacom a aprendizagem, incluindo seus impactos na inserçãosocioprofissional dos jovens, no aumento da renda familiar eno ambiente corporativo (parceria com a Fundação Instituto dePesquisa (Fipe) da USP

» Entrevista: Theunis Marinho, presidente do conselhodeliberativo da ABRH

EDIÇÃO Nº 5 (FEV/MAR/ABR)

» Organização em foco: Programa de estágio da São PauloPrevidência (SPPrev)

» 10º Prêmio CIEE Melhores Programas de Estágio 2018: As organizações vencedoras, segundo avaliação sigilosa dos próprios estagiários , entre os quais 91% se orgulham de estagiar nas empresas onde atuam

» Pesquisa: Detalha o impacto da aprendizagem na formação de novos talentos, com fortalecimento daempregabilidade jovem, aumento da renda familiar einspiração para continuar os estudos (parceria com o Datafolha)

» 22ª Expo CIEE SP: Atraiu 45 mil estudantes, interessados em palestras, vagas de estágio e aprendizagem, games e entretenimentos. É a maior feira do circuito nacional, que teve edições em São José dos Campos eSorocaba (SP), Ceará e Goiás

» Entrevista: Antonio Carlos Hernandes, vice-reitor da USP

13,0%

36,3%

41,7%

9,0%

Quais as chances de osestagiários seremcontratados pela própriaempresa ou organizaçãoapós o término do períodode estágio/ formação?

Qual a opinião de sua empresa ou organização sobre a atual legislação, quedetermina a contratação de cotas de jovens e adolescentes como aprendizes?

22,5%32,8%

23%

Ela é ruim/restritiva, onerando a vida produtiva da empresa/ organização

Ela é razoável e compatível com as condições demercado vivenciadas pela empresa/ organização

Ela é boa/ positiva e alinhada com os valores e resultados da empresa/ organização

Não soube opinarFonte: FIPE /RAIS/MTE

EDIÇÃO Nº 7 (AGO/SET/OUT)

Muito alta(provável)

Alta Razoável

Fonte: FIPE

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