revista do centro público de economia solidária da bacia do jacuípe dez 2014

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Revista do BACIA DO JACUÍPE Economia Solidária Transformando vidas no semiárido baiano Dezembro | 2014

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Page 1: Revista do Centro Público de Economia Solidária da Bacia do Jacuípe Dez 2014

Revista do

BACIA DO JACUÍPE

Economia SolidáriaTransformando vidas no semiárido baiano

Dezembro | 2014

Page 2: Revista do Centro Público de Economia Solidária da Bacia do Jacuípe Dez 2014

Que 2015 seja um ano de muitos frutos e que possamos continuar a fazer parte da

sua história de vida.

FELIZ 2015!

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Se você faz parte de algum grupo ou or-ganização que trabalha coletivamente para produzir, comprar, vender ou pres-tar um serviço e essas atividades são ge-ridas de forma cooperada, respeitando a natureza e os resultados são compar-tilhados, você pode não saber, mas faz parte do mundo da economia solidá-ria. São cooperativas, associações, gru-pos de produção (formais e informais) e clubes de trocas que se unem pelos princípios da autogestão, democracia, participação, cooperação, respeito ao meio ambiente, igualdade de direitos, comércio justo, consumo consciente. A economia solidária ganhou força em 2003, com a criação da Secretaria Nacio-nal de Economia Solidária e do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), formado por organizações populares. Desde 2007 a Bahia conta com a Su-perintendência de Economia Solidária (Sesol) e desde 2011 com a Lei 18.636, que criou a Política Estadual de Econo-mia Solidária. A Lei ampliou as políticas sociais para o segmento, a exemplo da criação dos Centros Públicos de Eco-nomia Solidária (CESOLs), que pres-tam assistência técnica e formação aos grupos/empreendimentos populares e solidários e às redes de economia so-lidária dos territórios. Com uma reco-nhecida experiência de cooperativismo e economia solidária no sertão baiano, o Centro Público da Bacia do Jacuípe é gerido pela Rede Pintadas. Nesta re-vista você confere as principais ativi-dades desenvolvidas nestes dois anos de atividades na perspectiva da inclu-são social e produtiva dessa região. Boa Leitura!

A Economia Solidária acontece!

Índice

04 - CESOL já prestou assistência a 153 empreendimentos

06 - CESOL investe em debates e qualificação dos grupos solidários

07 - Empoderamento das mulheres na pauta do Centro Público

08 - Economia Solidária transforma vidas no semiárido

10 - Feiras de Economia Solidária apresentam a diversidade regional

11 - CESOL itinerante aproxima empreendimentos e poder público

12 - Ações promovem acesso ao mercado

13 - Governo e sociedade civil constroem políticas públicas

14 - Rede de Economia Solidária pretende fortalecer Território

Essa é uma publicação do Centro Público de Economia Solidária da Bacia do Jacuípe (CESOL) sob a gestão da Rede Pintadas. Presidente: Elias Oliveira. Coordenação Geral do CESOL: Hélio Alves. Avenida Dois de Julho, 462, Pintadas - Bahia. Telefone: (75) 3693-2129. Email: [email protected]. Site: www.comsolbj.org.br.

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O Centro Público de Economia Solidária da Bacia do Jacuípe (CESOL) é um projeto executa-do pela Rede Pintadas através de contrato com Secretaria de Tra-balho, Emprego, Renda e Esporte do Governo da Bahia (SETRE), por meio do Programa Vida Melhor.

O CESOL vem trabalhando para oferecer atividades e serviços aos empreendimentos do Território. Já foram atendidos 153 grupos em toda a região por meio da sua equipe multidisciplinar de técnicos com a qual identifica os problemas e as demandas, mostrando e buscando condi-ções para alcançar o sucesso.

Desde 2013 foram realizadas uma série de ações: Estudo de Viabilidade Econômica, Assis-tência Técnica Gerencial, Assis-tência Técnica Socioprodutiva, Orientação de Acesso ao Crédi-to, Assistência Técnica em Co-mercialização, Capacitações e Assessoria para Organização de Feiras e Exposições Solidárias.

O CESOL também contri-bui na elaboração de proje-tos que beneficiam os grupos, a exemplo do Edital de Redes da SETRE, que deve contem-plar 17 empreendimentos de derivados da mandioca e leite.

CESOL já prestou assistência a 153 empreendimentos na Bacia do Jacuípe

Grupos produtivos têm acompanhamento permanente

dos técnicos do CESOL e participam de atividades

de formação.

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Centros Públicos conhecem experiência de Economia Solidária de Pintadas

Representantes de todos os Cen-tros Públicos de Economia Soli-dária da Bahia (CESOLs) se reu-niram em Pintadas nos dias 11 e 12 de dezembro, para conhecer a experiência de associativismo e cooperativismo do município, além de compartilhar saberes na perspectiva do fortalecimen-to do desenvolvimento susten-tável. A atividade contou com a presença de Efson Lima e Edjane Oliveira, da coordenação do Pro-grama Vida Melhor, setor respon-sável pelo acompanhamento das organizações sociais na execução da política de Economia Solidária da Secretaria do Trabalho, Em-prego, Renda e Esporte (SETRE/BA). O grupo foi recepcionado pelo Centro Público da Bacia do Jacuípe, sediado na cidade, pela Rede Pintadas e o Siccob Sertão.

Gestores e técnicos das institui-ções de Economia Solidária do

estado trocaram saberes e conhecimentos.

Principais cadeias produtivas atendidas

Baixa Grande 06Capela do Alto Alegre 12Gavião 09Ipirá 12Mairi 12Nova Fatima 13Pé de Serra 10Pintadas 8Quixabeira 13Riachão do Jacuípe 11São Jose do Jacuípe 13Serra Preta 08Várzea da Roça 17Várzea do Poço 09

Empreendimentos atendidos pelo CESOL na Bacia do Jacuípe

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Agricultura Familiar 57%Artesanato 22%Confecções 6%Leite 6%Mel 5%

Fonte: CESOL DA BACIA DO JACUÍPE

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Mais de 200 pessoas já foram qualificadas pelo CESOL através de uma série de cursos e oficinas que estão fortalecendo o traba-lho já realizado pelas grupos e fo-mentando o desenvolvimento de outras atividades. Foram diversas atividades como artesanato com material reciclável, sequilhos, pa-nificação, derivados da mandio-ca, pintura em tecido, decoração de quarto de bebê. Outro desta-que foi o curso de Processamento de Cera que envolveu apicultores da Bacia do Jacuípe. “Estou ten-do a oportunidade de ensinar e aprender ainda mais”, afirma a instrutora de pintura em tecido, Rozilda Alves dos Santos. Ela faz parte do grupo “Sonho Meu”, de Pé de Serra, um dos empreendi-mentos atendidos pelo CESOL.

CESOL investe em debates e qualificação dos grupos solidários

Mulheres participam de ofi-cinas de sequilhos realizadas

pelo CESOL. Oficina de pintura em tecido (acima).

Diversas oficinas e atividades de qualificação já foram realizadas pelo CESOL da Bacia do Jacuípe

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OFICINAS TEMÁTICAS - A realiza-ção de oficinas temáticas fazem parte da metodologia de trabalho do CESOL com o objetivo de discutir pautas e buscar res-postas para alguns desafios enfrentados pelos empreendimentos. Comercialização e Comércio Justo, As diferentes Modalida-des de Acesso à Crédito, A Importância da Apicultura, O Papel da Mulher na Economia Solidária, Feminismo e Economia Solidária, Fórum de Economia Solidária da Bacia do Jacuípe foram alguns temas abordados. A expressiva participação pode ser reconheci-

da pelo envolvimento de mais de 120 em-preendimentos ao longo desses dois anos. As atividades contaram com a parceria de instituições importantes, como o Conselho de Desenvolvimento da Bacia do Jacuípe, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), a Companhia Nacional de Abaste-cimento (CONAB), a União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (UNICAFES), o Movimento de Organização Comunitária (MOC), o Sicoob Sertão e Servi-ço Nacional de Aprendizagem do Cooperati-vismo no Estado da Bahia (SESCOOP/BA).

A Economia Solidária tem sido uma ferra-menta importante na luta pelo empodera-mento e autonomia das mulheres, que re-presentam 97% do público atendido pelo CESOL da Bacia do Jacuípe. Além da inclu-são social e econômica, a economia solidá-ria significa a possibilidade de uma maior participação feminina nos espaços de poder e decisão, assumindo não só as tarefas de produção, mas de comercialização e gestão.O CESOL da Bacia do Jacuípe atento à sua função social vem realizando diversas ações na perspectiva da igualdade de gênero no

mundo do trabalho. No primeiro semes-tre deste ano foi realizada uma oficina, em Várzea da Roça, sobre “O Papel da Mulher na Economia Solidária”. O evento reuniu 45 participantes que socializaram experi-ências feministas, além de discutir sobre o protagonismo da mulher nas políticas públicas e sociais. Outra atividade no Bra-vo, Serra Preta, debateu o “Feminismo e a Economia Solidária”. O objetivo do Centro Público é fortalecer o papel da mulheres na economia solidária, bem como ofere-cer apoio para os seus empreendimentos.

Empoderamento das mulheres na pauta do Centro Público

As oficinas temáticas debateram grandes pautas relacionadas à Economia Solidária

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São muitos os empreendimentos acompa-nhados pelo CESOL Bacia do Jacuípe e a cada dia eles dão passos maiores e mais seguros. A maioria é formada por mulheres que não desanimam e lutam por dias mais prósperos, não perdendo os sonhos e desejos de lutar. Três grupos estão dando passos longos nesta caminhada, são eles: Grupo de Tempero de Arueira, do município de Pé de Serra, Belas Artes, do município de Baixa Grande, e Grupo de Produtoras da ASCOI, São José do Jacuípe.

O Grupo do Tempero de Arueira, de Pé de Serra, começou em 2007 com 18 mulhe-res, isso depois de um curso que oferecido pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Riachão do Jacuípe. Começaram a produzir com um aparelho manual – que acabava deixando as mulheres muito cansadas – e a doação de bacias que cada associada leva-

Economia solidária transforma vidas e gera renda no semiárido

va. Atualmente, a produção de 800 a 1000 potes de tempero por mês é distribuída nas cidades de Pé de Serra, Ipirá e no Bra-vo (Serra Preta). Com a chegada do rótulo, elas dizem que sabem que a produção vai crescer e, graças ao CESOL Bacia do Jacuí-pe, os desejos vão se tornando realidade.

Mulheres do Grupo de Tempero de Arueira já vendem

produtos para toda a região do Jacuípe.

Após a rotulagem, o grupo Tempero de Arueira tem conseguido aceitação dos produtos nos mercados

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Histórias de superação e trabalho coletivoO grupo Belas Artes começou há 11 anos com uma jovem chamada Sandra. Sonhado-ra, ela cresceu com vontade de pintar e mos-trar que era capaz de mudar a sua história. Tudo começou quando sua mãe resolveu, com todo o esforço, presentear a filha. Sem muitas condições, ela teve que escolher en-tre a tinta e o o pincel. Resolveu escolher a tinta porque sabia que tinha a alternativa de pintar com espinho de mandacaru. E assim Sandra deu início à associação, tendo a co-laboração de uma amiga e da mãe. Hoje, o grupo conta com 11 mulheres e um homem que recebem apoio e qualificação do Centro Público. Além de pinturas, são produzidas peças de crochê, tapetes de barbante, cami-nhos de mesa e palha de ouricuri. São histó-rias de pessoas que se superam para realizar o sonho e transformam a vida das famílias.

Outra história que começa a dar bons fru-tos é o das Produtoras da Associação Co-munitária de Itatiaia (ASCOI), em São José do Jacuípe. Elas iniciaram as atividades há pouco mais de um ano utilizando uma casa emprestada por um familiar. Marilza Daltro, uma das integrantes, conta que muitas com-panheiras desistiram quando viram as difi-culdades. Hoje, os biscoitos, pães, sequilhos, sonhos e trufas são bem aceitos por toda a comunidade. “Tudo que a gente produz, a gente vende”, orgulha-se. A produção é vendida de porta em porta e entregue nos mercados. “Depois do CESOL muitas portas se abriram porque a gente pode se capaci-tar para oferecer um produto melhor”, ga-rante a jovem. O sonho da ASCOI é construir um local adequado e comprar mais equipa-mentos para expandir o empreendimento.

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Feiras de Economia Solidária apresentam a diversidade regional

Nestes dois anos, o CESOL Bacia do Jacuípe promoveu 10 feiras, reunindo mais de cin-co mil pessoas e mostrando a diversidade da produção regional. Cada feira é realizada num município diferente, o que contribui para divulgar a potencialidade dos grupos e trocar de experiências.

As feiras de economia solidária são estra-tégias de comercialização e oportunidades aproximar os produtores e consumidores. Favorecem uma maior consciência em rela-ção ao consumo consciente e oportunizam o escoamento da produção familiar e agro-ecológica.

O Centro Público tem aproveitado essas ini-ciativas para promover espaços de debates e reflexões sobre a construção de políticas públicas de geração de trabalho e renda, al-ternativas de comercialização e sustentabili-dade da Economia Solidária do Território.

A última feira de 2014 do CESOL aconteceu nos dias 12 e 13 de dezembro, em Pintadas, em parceria com o Festival Nacional de Cur-tas Pensar Filmes e integrou uma série de ati-vidade. Formações, oficinas e palestra sobre Feminismo fizeram parte da programação.

Em todo lugar, as feiras têm agregado valor à cultura local. Em Ipirá, por exemplo, acon-teceu no Mercado de Artes, com o intuito de resgatar o espaço e atrair a população para visitar o local. Já em Itatiaia, município de São José do Jacuípe, a Secretaria de Agricul-tura aliou a Festa de Vaquejada com a Feira da Economia Solidária para mostrar a popu-lação local o que é produzido na região.

Vale ressaltar que os empreendimentos atendidos pelo CESOL estiveram presentes na EXPOAGRIFAM (1ª Exposição Estadual da Agricultura Familiar) realizada na Universida-de Estadual de Feira de Santana, em junho.

Sequilhos, temperos, doces, artesanato e peças de decoração são alguns produtos comercializados

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Para articular as políticas de economia soli-dária e aproximar poder público e sociedade civil foi criado o CESOL Itinerante. O objetivo é contribuir com gestores na prestação de serviços técnico-gerenciais de atendimento as associações, cooperativas e demais grupos produtivos solidários; fomentar o processo de organização coletiva da produção de bens, serviços e mercadorias; capacitar grupos as-sociativos solidários para geração alternati-va de trabalho e renda; qualificar organiza-ções locais para fornecimento de produtos aos programas PNAE e PAA. A iniciativa já foi apresentada a oito municípios, com partici-pação dos gestores, sindicatos, representan-tes de empreendimentos já acompanhados pelo CESOL e aos secretários de Agricultura e Ação Social. A atividade tem finalidade mostrar a importância da parceria com a gestão pública municipal e demais parceiros oara a consolidação do projeto de desenvol-vimento da economia solidária no território.

CESOL Itinerante aproxima empreendimentos e poder público

COMO FUNCIONA:

A cada trimestre uma cidade será contemplada com dois técnicos de áreas diferentes para atender os em-preendimentos, esse processo será realizado quinzenalmente.

QUEM PARTICIPA: Empreendimen-tos da Economia Solidária, gestores, sindicatos, organismos governa-mentais de apoio ao cooperativismo e à economia solidária.

INFORMAÇÕES: Quer saber mais? Entre em contato com o CESOL :(75) 3693-2129. Ou faça-nos uma visita! Praça Dois de Julho, S/N, Pintadas.

Fomentar a parceria com os parceiros locais tem sido uma prática do CESOL

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O Centro Público de Economia Solidária pro-moveu no dia 30 de setembro, em Pintadas um evento para a entrega dos rótulos e có-digos de barra para empreendimentos aten-didos. A identificação faz parte da estratégia do CESOL para facilitar a comercialização e do escoamento dos produtos. O trabalho é feito por um designer, que também trabalha a apresentação dos produtos preservando a identidade dos grupos e por uma nutricio-nista, que está acompanhando e desenvol-vendo a tabela nutricional.

“Com os rótulos e os códigos de barra os gru-pos terão a oportunidade de vender os seus produtos com mais facilidade, tornando-os mais fortes e mais competitivos”, explica Hé-lio Alves, coordenador do CESOL.

Também está em construção o Selo de Pro-

Ações promovem acesso ao mercado

dutos da Economia Solidária da Bacia do Jacuípe com o objetivo de viabilizar a iden-tificação desses empreendimentos e fortale-cer a marca no mercado. O Centro também desenvolveu um site com uma loja virtual e está em andamento a criação do catálogo de produtos.

Com os rótulos e códigos de barra os empreendimentos têm mais facilidade de chegar ao mercado

FIQUE POR DENTRO!

A comercialização dos produtos da Eco-nomia Solidária tem sido um dos prin-cipais eixos e debate e preocupação do CESOL e dos diversos agentes de desen-volvimento do Território. A criação de uma central de comercialização voltada para essa finalidade já vem sendo debatida.

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Parceiro do Conselho de Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Jacuípe (CODES), dos gestores e da sociedade, o CESOL tem buscado integrar os diversos atores sociais para debater as políticas públicas no Terri-tório, tanto no que se refere à economia so-lidária como ao desenvolvimento como um todo.

O Centro foi um dos organizadores da III Conferência Territorial de Economia Solidá-ria ocorrida no dia 28 de abril de 2014, em Pintadas. A atividade contou com a partici-pação de empreendimentos de economia solidária (cooperativas, associações e grupos informais), organizações do poder público, entidades de apoio e fomento à economia solidária.

Ao longo destes dois anos, o CESOL vem pro-movendo diversas atividades, a exemplo das Oficinas Temáticas, sempre reúne as esferas do poder público e da sociedade civil.

Governo e sociedade civil debatem políticas públicas

“O CESOL é fundamental para a organização e o fortalecimen-to dos empreendimentos ad-ministrados por cooperativas, associações e para os grupos informais. Após a criação do CESOL podemos dizer que a economia solidária no Territó-rio Bacia do Jacuípe encontra-se em plena expansão, con-tribuindo significativamente para o desenvolvimento do nosso Território.

Carlos Alberto Silva - Presidente do Conselho de Desenvolvimento da Ba-cia do Jacuípe.

As políticas de Economia Solidária em debate na Conferência Territorial sobre o tema

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Page 14: Revista do Centro Público de Economia Solidária da Bacia do Jacuípe Dez 2014

Em quase dois anos de atuação, o CE-SOL já prestou assistência a 153- em-preendimentos solidários na Bacia do Jacuípe. Agora, a partir da discus-são com as organizações, a proposta é constituir a rede de economia soli-dária na perspectiva do desenvolvi-mento econômico e sustentável do Território para dar suporte aos gru-pos produtivos, ampliar os mercados consumidores e fortalecer a geração de renda. Neste sentido, o CESOL e di-versos agentes do poder público e da sociedade civil vem discutido a forma-ção de uma central de cooperativas. O objetivo é fortalecer, articular e organi-zar a comercialização da economia so-lidária, fundamentada nos princípios do comércio justo e consumo cons-ciente. A equipe já teve uma reunião com a Organização das Cooperativas do Estado da Bahia (OCEB), a Coope-rativa Sicoob Sertão e está dialogando com outros parceiros na região.

Criação da Rede de Economia Solidária pretende fortalecer o Território

A proposta da Rede é fortalecer as cadeias produtivas e dinamizar a comercialização dos produtos

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Visita a OCEB e a Cooperativa Redemoinho (abaixo)

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Praça Honorato Gonçalves, 408, Centro, Pintadas.

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