revista barra do jacuípe

36
e s p e c i a l revista ponto movel cidade do saber ponto movel cidade do saber Barra do Jacuípe 3

Upload: assessoriacds

Post on 26-Jun-2015

526 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Barra do Jacuípe

e s p e c i a l

r e v i s t a

pontomovel

cidade do saber

pontomovel

cidade do saber

Barra do Jacuípe

3

Page 2: Revista Barra do Jacuípe
Page 3: Revista Barra do Jacuípe

SABERES EFAZERES

BARRA DO JACUÍPE ESPAÇO

VERDE

NOSSAGENTE

MOVIMENTOARTÍSTICO

GENTE QUEFAZ

DICAS CULTURAIS

PAINELCRIATIVO

LAZER

AÇÃOGOVERNAMENTAL

SABOR DA TERRA

LÁ VEMHISTÓRIA

06

12

16

26

Sumário

14

18

28

30

32

34

20

24

3

Page 4: Revista Barra do Jacuípe

e s p e c i a l

Barra do

jacuIpe

Barra do

jacuIpe

Informações que ajudam a contar a origem de um lugar nem sempre estão registradas em livros ou disponíveis em documentos oficiais de acesso público. Muitas características e tradições de um povo são preservadas na vivência dos moradores de determinada região. Tradições essas que são contadas de pai para filho, de avós para netos e, assim, vão perpetuando a história de cada povoado, vila ou até mesmo cidade.

Editorial

E para ajudar a perpetuar essas vivências, contadas e recontadas a partir de inúmeros “causos” e manifestações culturais, a Cidade do Saber – Instituto Professor Raimundo Pinheiro – dá continuidade a esta série de publicações, retratando um pouco da trajetória dos lugares visitados pelo projeto, através do Ponto Móvel – uma estrutura disponibilizada a partir de um caminhão baú adaptado para levar cultura, esporte e lazer à população de Camaçari, nos seus diversos

distritos. A coletânea integra as diretrizes da Cidade do Saber, que busca também registrar, preservar e divulgar a cultura local.

Mergulhando nas histórias contadas em cada edição, o leitor é convidado a conhecer um pouco mais das oito localidades visitadas pelo Ponto Móvel: Barra do Pojuca, Monte Gordo, Barra do Jacuípe, Jauá, Arembepe, Areias, Vila de Abrantes e o povoado de Cordoaria (remanescente quilombola).

Boa leitura!

Essa publicação segue as normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em 1990, em vigor desde janeiro de 2009.

4

Page 5: Revista Barra do Jacuípe

Jauá

AreiasCordoaria

Vila de Abrantes

Arembepe

Barra do Jacuípe

Camaçari

Sede CamaçariCidade do Saber

Barra do Pojuca

Distrito de Monte Gordo

Distrito de Abrantes

Monte Gordo2

1

4

7

8

6

5

3

Sejam bem vindos

5

Page 6: Revista Barra do Jacuípe

Barra do

jacuIpe

Barra do

jacuIpe

e s p e c i a l

Dunas, coqueirais nativos, arrecifes, belas praias e um rio de águas calmas, perfeitas para a prática de esportes náuticos, passeios de lancha ou canoa e para a pesca. Assim é Barra do Jacuípe, um lugar presenteado com uma natureza exuberante e também marcado por tradições culturais, ainda preservadas pela população da localidade, que faz parte do patrimônio turístico-cultural de Camaçari.

Barra do Jacuípe fica na Estrada do Coco, no km 33. Formada a partir de uma antiga vila de pescadores, a região se consolidou como um dos mais procurados roteiros da Costa dos Coqueiros. Localizada na margem esquerda do Rio Jacuípe, guarda aspectos bastante peculiares, com traços culturais que foram mantidos apesar do tempo. Sua rua principal acaba no

Recanto privilegiado por naturezaLargo da Igreja de Santo Antônio e no pequeno porto de canoas, onde ficam os barqueiros, que oferecem o serviço de travessia para turistas e moradores. É nesse clima que pode-se saborear um delicioso acarajé nos tabuleiros de baianas do lugar.

A beleza da paisagem transformou Barra do Jacuípe em um dos locais preferidos para o lazer e para a moradia no Litoral Norte. O surgimento de diversos loteamentos e condomínios, ao longo dos últimos anos, comprova esse crescimento.

A riqueza natural de Barra do Jacuípe torna a localidade perfeita para o ecoturismo. Trilhas pelos coqueirais e outros passeios ecológicos que permitem contato com a flora e a fauna do mangue

são algumas das opções. No pequeno porto é possível alugar uma canoa para passear no rio ou simplesmente fazer a travessia até uma pequena ilha formada pelos rios Capivara, Jacuípe e pelo mar. Fazendo a travessia, do outro lado do rio, é hora de aproveitar a paisagem e até comer um tira-gosto, feito a partir do próprio pescado da região, como siri, lambreta, caranguejo, mariscos e peixes, que rendem saborosos pratos.

O nome Jacuípe, originário do tupi-guarani, significa “Rio dos Jacus”, que era uma espécie de ave silvestre encontrada na região, semelhante às galinhas. A foz do rio se transforma num verdadeiro cartão-postal vivo durante o nascer e o pôr do sol, momentos em que seu estuário é o ponto de encontro para todas as idades.

Integração entre rio

e mar

6

Page 7: Revista Barra do Jacuípe

A partir do largo, uma bela visão

do rio

7

Page 8: Revista Barra do Jacuípe

Barra do

jacuIpe

Barra do

jacuIpe

e s p e c i a l

Ecoaventura - Para quem curte esportes aquáticos, Barra do Jacuípe é o lugar ideal. É comum acontecerem corridas de jet ski, ski aquático, canoagem e caiaque. O encontro do rio com o mar proporciona uma série de opções de esporte e lazer em águas tranquilas. A praia reúne piscinas naturais e dispõe de ondas ideais para a prática de surf, bodyboard e kitesurf. Além disso, a mistura da vegetação de mangue com os coqueirais, o encontro do rio com o mar e a presença de velhas jangadas e barcos de pesca que contrastam com as lanchas a motor e jet skis proporcionam uma das mais belas vistas do Litoral Norte, encantando moradores e visitantes.

Além do esporte e lazer, a natureza também favoreceu a geração de renda, tempos atrás. Seu Filó e Dona Zinha contam que em Jacuípe muita gente trabalhava com o trançado de palha, fazendo chapéu, esteira e bolsa. “Hoje

em dia quase ninguém mais faz. Filó sabe fazer. Ele aprendeu com a avó. A gente também plantava muita coisa aqui na nossa roça. Plantava mandioca, fazia farinha e beiju”, cita Dona Zinha.

Atualmente, a pesca e a agricultura são praticamente de subsistência. Nos tempos de fartura os peixes eram apanhados também com armadilhas, como o “curral”. Dona Tonha, que já foi marisqueira, conta como fazia para trabalhar e garantir o sustento dos seus cinco filhos, cerca de dez anos atrás.

“Eu sempre ia mariscar com umas amigas. A gente tirava os mariscos, as lambretas, as ostras, pra vender ou trocar pelo café, farinha, açúcar. Trocava pra manter os filhos. Eu atravessava o Rio Jacuípe com Seu Lizu, barqueiro local. A gente ia e voltava com ele. Tinha muito marisco aqui”.

Dona Tonha

Seu Filó e Dona Zinha

8

Page 9: Revista Barra do Jacuípe

Jet ski é diversão

garantida

Tem pescaria

no rio

9

Page 10: Revista Barra do Jacuípe

Barra do

jacuIpe

Barra do

jacuIpe

e s p e c i a l

Aos domingos acontece a feira em Barra do Jacuípe, onde são vendidas frutas, verduras e peixes. Dona Tonha também já comercializou seus quitutes nessa feirinha.

“Eu vendia primeiro junto da igreja, fui para outros pontos, mas hoje estou aqui em minha casa”, conta ela.

No verão ela vende todos os dias, até às 11 da manhã. “Aqui, ofereço mingau de

No tabuleiro tem cocada,

doces e bolos variados

tapioca, mingau de milho verde, munguzá, mingau de carimã, bolo de carimã, bolo de tapioca, bolo de milho, cuscuz de tapioca, cuscuz de milho, cuscuz de carimã e beiju”, relaciona Dona Tonha, que tem clientes cativos de muitos anos.

10

Page 11: Revista Barra do Jacuípe

CURIOSIDADES

• Alguns sítios arqueológicos foram descobertos durante a realização de obras da Estrada do Coco, entre os rios Jacuípe e Sonrisal, recobertos por dunas no povoado de Barra do Jacuípe. Nos sítios mais antigos foram localizados diversos utensílios de pedra lascada, ferramentas utilizadas pelos moradores mais antigos da região.

• As peças encontradas fazem parte do acervo do Museu de História Natural da Costa dos Coqueiros, localizado no Parque Sauípe (Rodovia BA-099, no Km-77, na Linha Verde, a 3,5km de Costa do Sauípe). Maiores informações através do telefone (71) 3242-1510 e do site: www.parquesauipe.com.br.

Diversidade marca paisagem

de Barra do Jacuípe

NÃO DEIXE DE FAZER:

Passeio pelo Rio Jacuípe Podem ser observados ambos os ecossistemas,

de águas doce e salgada. No caminho, é fácil encontrar pescadores e marisqueiras que extraem lambretas e ostras das raízes expostas de espécies nativas de plantas. Rio acima existe um lugar em

que se pode tomar um “banho de argila”, esfoliante natural. Na foz do Jacuípe, vale uma paradinha para um delicioso banho de água morna, com

coqueiros em volta e uma enseada de areia. Através do passeio pelo leito do rio, com um

pouco de sorte, pode-se ver espécies de peixes que saltitam como

se estivessem em festa.

11

Page 12: Revista Barra do Jacuípe

e s p e c i a l

Barra do

jacuIpe

Barra do

jacuIpe

Nossa Gente

Revista Ponto Móvel - O senhor nasceu aqui?

Seu Lizu: Em Barra do Jacuípe. Nunca saí daqui pra lugar nenhum, a não ser para trabalhar. Às vezes, passava uma semana fora daqui. Eu trabalhei muito no bairro de Itapuã, em Salvador.

RPM: Mas o senhor vinha para as festas daqui, não?

Seu Lizu: Ah, aqui toda vida teve festa, mas hoje em dia não tem festa como aquelas. Mas aqui todo dia de Santo Antônio e de Santa Luzia tinha grandes festas.

RPM: Quais as atrações dessas festas?

Seu Lizu: Vinham músicos de fora. Hoje em dia é de carro, mas antes eles vinham de burro. Iam buscar eles em Camaçari (sede), iam e voltavam duas vezes. Pra fazer missa, o padre tinha que vir de burro também.

RPM: E esses músicos tocavam o quê?

Seu Lizu: Samba, dança, valsa, tocavam de tudo. Tinha baile aqui na sede, que era um barracão localizado atrás da igreja. Todo mundo se reunia pra dançar. Era um barracãozinho, mas dava pra fazer a festa.

RPM: Conta um pouco sobre a sua família.

Seu Lizu: Tive 14 filhos do primeiro casamento, mas depois minha esposa faleceu e eu arrumei outra, com quem tive mais cinco filhos. Depois, eu ainda adotei mais um, aí ficaram 20. Já estão todos criados. Eu já tenho bisnetos.

RPM: E quando foi que o senhor começou a trabalhar com o barco?

Seu Lizu: Ah, tem um bocado de tempo. Quando eu comecei a trabalhar com barco eu pescava com jangada, mas era minha própria pescaria. Aí comecei a pescar com o barco dos outros. E aí Seu Valdemar, da fazenda em que eu trabalhei, também comprou um barco. Ele me autorizou a fazer aqui a travessia do pessoal e ficar com o dinheiro pra mim, pra inteirar o meu ordenado. Quando eu saí de lá desse trabalho, porque a fazenda foi vendida, ele me deu a canoa pelos meus tempos, passou para o meu nome e regularizou tudo na Capitania dos Portos. Depois, eu comprei

Nascido e criado em Barra do Jacuípe, Seu Lizu, ou Ângelo Paulo do Nascimento, como está no registro geral desse pescador de 78 anos, compartilha lembranças enquanto cuida do presente. Com a ajuda de um dos 20 filhos que teve, ele trabalha com o transporte de pessoas para o outro lado do Rio Jacuípe há mais de 30 anos. Nesta entrevista, Seu Lizu conta um pouco da história da sua família e do lugar onde mora desde que nasceu.

“Tinha muito peixe aqui... hoje tem jet ski”

Entrevista:

Seu Lizu

12

Page 13: Revista Barra do Jacuípe

outra e fiquei com duas. A azul é a canoa “Biriba”, que era aquele jogador do Bahia. A outra é “Zebrona”, que foi comprada em Passé, lá pros lados de Candeias.

RPM: E o senhor não lembra há quanto tempo começou com esse trabalho de barqueiro?

Seu Lizu: Tem mais de 30 anos, porque meus meninos eram pequenos. Eu não fazia travessia antes, só quando Jacuípe cresceu mais. Eu saía pra pescar, botava rede.

RPM: Quanto o senhor cobra pela travessia?

Seu Lizu: Eu cobrava R$ 3, mas agora estou cobrando R$ 4 por pessoa, ida e volta.

RPM: E o que tem para fazer do outro lado do rio?

Seu Lizu: Ali toda vida teve barraca e eu também tive uma. Enquanto eu ficava na canoa, minha segunda esposa tomava conta. Eu vendia muito, era muita gente. Hoje é mais vazio, mas do outro lado ainda tem tira-gosto, tem bebida, é muito bom.

RPM: E, na época da pescaria, quais eram os peixes que o senhor pegava?

Seu Lizu: Tinha muito peixe aqui. Tinha robalo, tainha, tinha ‘carepeba’, muita arraia,

muito siri, muito camarão. Hoje não tem nada e a tendência é acabar. Naquela pedra, que tem ali embaixo, não se podia andar de tanto siri. Quando a maré jogava, ficava preto de siri. Vinha gente de Arembepe pegar, vinha gente de Camaçari (sede). Vinha muita gente e todo mundo levava. Vinham grupos de Salvador pra pescar aqui, dos bairros de Amaralina, Rio Vermelho, Cabula. Todo mundo levava peixe. Hoje em dia, o que tem muito aqui é jet ski. A gente não pode nem tomar banho, nem atravessar o rio nadando, porque é arriscado.

13

Page 14: Revista Barra do Jacuípe

e s p e c i a l

Barra do

jacuIpe

Barra do

jacuIpe

Saberes e Fazeres

O Terno do Boi é uma tradição importante para Barra do Jacuípe. A manifestação foi resgatada há 14 anos por Mestre Careca. Havia deixado de correr as casas em 1959, mas agora já envolve 40 pessoas da região. Até o fim da década de 50, o terno era composto por 10 mulheres, 2 vaqueiros, 1 soldado, 1 porta-estandarte e 2 guardas de honra.

Mestre Careca nasceu em Caraíba (povoado entre Bom Jesus de Monte Gordo e Barra do Jacuípe) pelas mãos de uma parteira e morou na localidade até os 19 anos. Por conta do trabalho foi morar na atual sede de Camaçari, onde ficou 36 anos, tendo depois retornado ao lugar em que nasceu para viver sossegado e

reavivar “brincadeiras” então esquecidas pelos moradores da região. Sua primeira lembrança de ver o Terno do Boi foi aos sete anos. “Esse era o Boi Estrela, que me inspirou na criação do meu primeiro terno, o do Boi Mimoso, que depois virou Estrela. A brincadeira tem o boi, o cavalo e tinha a vaca. Eu fiz o boi e fiz a vaca, porque tinha aquela música da vaca: ‘aonde a vaca vai, o boi vai atrás’”, relata.

Recorda-se ainda de outras manifestações típicas, como os grupos do Boi, do Macaco, do Urubu e a Chegança, que corriam as ruas durante todo o mês de janeiro. O ponto alto das comemorações era durante a Festa de Reis, do dia 5 para o dia 6, quando todos esses grupos iam parar na

casa de uma moradora chamada Lindinha. “A festa era grande e ela matava um boi, mas só comia quem amanhecia o dia”, lembra, com saudades, Careca.

Mestre Careca conta o recomeço do Boi, há 14 anos: “Quando voltei de Camaçari (sede), meu cunhado Xaxau passou por aqui na festa de Reis e eu pedi pra ele pegar a viola que a gente ia sair pelas ruas. Quando deu 7 horas da noite, peguei um prato e um cabo de garfo e saí subindo aqui. Ganhamos o mundo e amanhecemos no trevo. Saíram duas e chegaram 16 pessoas. A gente cantava a música do boi, mas não tinha o boi”, lembra. No ano seguinte, o boi saiu e permanece até hoje. “Ele é de 1930, mas na minha posse está há 14 anos”.

E o Boi voltou “Os caboclos vinham manifestados, vestidos com a palha de banana”

É Hora da Chegança

Mestre Careca lidera três grupos.Além do Boi Estrela (40 componentes de todas

as idades), tem o grupo de samba-de-roda Violaao Vivo (que tem até CD gravado) e uma Chegança com 30

homens, a maioria de meia idade e que vem até de Bom Jesus (centro de Monte Gordo). A Chegança conta a história

do naufrágio de um barco que veio da África. “Os ternos que coordeno já se apresentaram em muitos lugares em

Salvador e em Camaçari, além das festas de Santo Antônio e Santa Luzia de Barra do Jacuípe. Em Monte Gordo vamos à festa de São Bento”, conta orgulhoso. Além disso, Mestre

Careca é conhecidoporque consegue sambar por horas com uma

garrafa na cabeça. “Eu já fiquei de10 da manhã às 6 da noite coma garrafa na cabeça”, esnoba.

14

Page 15: Revista Barra do Jacuípe

Contato:

Mestre Careca(71) 3678-1511

(Apresentações)

15

Page 16: Revista Barra do Jacuípe

e s p e c i a l

Barra do

jacuIpe

Barra do

jacuIpe

Movimento Artístico

Não foi com a bola no pé que Edson Soares do Nascimento, 22 anos, mostrou seu talento no Palco da Cidade, um espaço criado pelo Núcleo de Produção de Teatro da Cidade do Saber para mostrar a criatividade artística da comunidade de Camaçari. “Ele foi bom com os pés, eu sou bom com as mãos”, brinca Edson, que já foi goleiro e é quase homônimo de Pelé, o rei do futebol.

De fato, Edson Soares se destacou quando obteve o segundo lugar cantando a música “Cotidiano doloroso” . A letra trata das dificuldades enfrentadas pelas pessoas de

baixo poder aquisitivo para garantir sua sobrevivência.

Para Edson, participar do Palco da Cidade em Barra do Jacuípe foi uma excelente experiência. “A gente precisa de espaço para mostrar a produção artística das nossas comunidades, o que é muito grande”, garante ele.

E foi justamente para dar visibilidade a esses talentos que foi criado o Palco da Cidade, montado a partir da estrutura do Ponto Móvel. O espaço é ocupado pelos artistas locais, que se apresentam

Palco da Cidade Marcos

Jackson no palco

em diversas linguagens artísticas, incluindo música, dança, teatro, literatura, arte circense, humor e poesia.

Depois das apresentações, os candidatos são selecionados em suas próprias localidades. Em seguida, os artistas participam de disputas finais no Teatro da Cidade do Saber, na sede do projeto, no centro de Camaçari.

Na página ao lado, confira fotos de algumas apresentações realizadas em Barra do Jacuípe, como a dos cantores Marcos Jackson e Kiko MC.

16

Page 17: Revista Barra do Jacuípe

Apresentação de Kiko MC

17

Page 18: Revista Barra do Jacuípe

e s p e c i a l

Barra do

jacuIpe

Barra do

jacuIpe

AçãoGovernamental

Camaçari, que integra a chamada Costa dos Coqueiros, é conhecida não só por se tratar de um importante polo industrial, mas, sobretudo, pela beleza de suas praias. São 42 quilômetros de orla, entre os quais se destaca Barra do Jacuípe.

Valorizar esse patrimônio é uma das metas da administração municipal. Através de uma política de sustentabilidade, a Prefeitura de Camaçari visa evidenciar não somente o potencial turístico, mas também o valor humano, a riqueza cultural e a necessidade de integração entre as pessoas e o meio ambiente. Dentro deste princípio, foi criado, em 2008, o programa Caminho dos Sete Paraísos, que abrange as localidades da orla.

As ações desenvolvidas incluem o mapeamento e a divulgação das belezas naturais e a elaboração de um calendário de eventos tradicionais, no qual se destaca a variedade das manifestações culturais, muitas ainda preservadas pela gente acolhedora da cidade. A infraestrutura de localidades como Barra do Jacuípe, Busca Vida, Abrantes, Jauá, Arembepe, Guarajuba e Itacimirim também tem sido apresentada em diversos congressos e convenções de turismo no Brasil.

No portal do turismo em Camaçari (www.camacariturismo.com.br), Barra do Jacuípe, por exemplo, é revelada como “local do mais belo encontro

das águas”. Tem se destacado como o “paraíso” dos esportes aquáticos como caiaque, windsurf, kitesurf e o jet ski, além de favorecer passeios de barco pelo leito do rio, através do qual se pode observar a vasta área de manguezais.

Com essa ação governamental, Camaçari passa a ser conhecida não somente como “cidade industrial”. À imagem da cidade foram agregados novos conceitos, o que amplia seu potencial relacionado à formação e fortalecimento das identidades culturais dos munícipes e cria uma nova visão sobre os seus atrativos para o público externo, principalmente os visitantes e turistas.

Caminho dos Sete Paraísos

18

Page 19: Revista Barra do Jacuípe

19

Page 20: Revista Barra do Jacuípe

e s p e c i a l

Barra do

jacuIpe

Barra do

jacuIpe

Espaço Verde

Nascido em Barra do Jacuípe, Flaurêncio Batista dos Santos foi o primeiro tartarugueiro, no lugar, do Projeto Tamar, referência brasileira em programa de conservação de espécies. De pescador, Seu Filó, como é carinhosamente chamado, passou a atuar na preservação das tartarugas marinhas em sua região. Ele que, como tantos pescadores, capturava os animais para comer, passou a desempenhar uma importante função para a mudança do quadro de extinção da espécie, o que fez por muitos anos.

“Naquele tempo, todo mundo comia e não tinha mais tanta tartaruga. Depois, explicaram como é o bicho e que não podíamos comer. Hoje já tem mais”, diz Seu Filó. Coletar os ovos de tartaruga na costa para garantir a salvaguarda da espécie estava entre as tarefas que ele desempenhou na missão de preservar esses animais, símbolos de longevidade. Hoje, com o aumento da consciência dos pescadores, não é mais

O pescador que virou “tartarugueiro”

necessário o deslocamento de ninhos para garantir sua proteção.

“Veio um rapaz aqui me procurar porque disseram que eu entendia de praia. Ele deixou dois isopores e depois veio buscar com os ovos que eu recolhi”, diz, contando como foi a abordagem inicial do integrante do Tamar. A partir de então, o ex-pescador passou a contribuir em tempo integral com a preservação das tartarugas, recolhendo os ovos e levando para a sede do projeto, na Praia do Forte. “Meu trabalho começava às 4 da manhã. De início, fazia uma ronda matinal na busca pelos ninhos. Já cheguei a caminhar 30 km catando ovos nas praias”.

Um tempo depois, outros pescadores também entenderam a importância da preservação. Muitos passaram a trabalhar diretamente com o Tamar. Outros ainda com a pesca, mas colaborando com o monitoramento das tartarugas. Com a

mudança de mentalidade, eles passaram a ter mais cuidado durante a pescaria, evitando possíveis acidentes. Capacitados pelo Tamar, os pescadores aprenderam a lidar com animais presos na rede, inclusive com técnicas de reanimação, com direito a massagem cardíaca.

Seu Filó se aposentou depois de anos de serviço, mas sente falta do trabalho. Hoje, a missão está nas mãos do genro José Dias dos Santos e do neto Geraldo Pinto Amorim, o Geraldinho, que trabalham no projeto. Agora, Seu Filó se ocupa com outras tarefas. Desde garotinho ele confecciona tarrafas e redes para pescadores da região, além de fazer vassouras e basculantes da palha do oricuri. “Comecei aos 15 anos e até hoje faço esse serviço. Aprendi a fazer as vassouras com minha avó. Ainda planto na minha roça até hoje”, diz, orgulhoso.

Acesse: www.tamar.org.br

20

Page 21: Revista Barra do Jacuípe

Seu Seu Filó aprendeu a

fazer vassouras com a avó

21

Page 22: Revista Barra do Jacuípe

e s p e c i a l

Barra do

jacuIpe

Barra do

jacuIpe

Espaço Verde

Dona de um riquíssimo ecossistema formado por rios, praias e dunas, a localidade de Barra do Jacuípe já foi conhecida pela pesca do caranguejo e do aratu, atividade praticamente extinta em detrimento da poluição do manguezal.

O mangue é um ecossistema costeiro de transição entre os ambientes terrestre e marinho, característico de regiões tropicais e subtropicais. Em Jacuípe é crescente a degradação do Mangue Rio Jacuípe, resultado da expansão urbana, turismo e disposição de resíduos em

Salvem nosso manguezallocais inadequados.

A biodiversidade desse manguezal é importante para a manutenção da vida, funcionando como filtro biológico natural, retentor de metais pesados.

É importante lembrar que apesar de sofrer constante degradação, o ecossistema de mangue conta com proteção legal, como no Artigo 225 da Constituição Federal de 1988, Lei Federal nº7.661/98, que institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, entre outros.

22

Page 23: Revista Barra do Jacuípe

Seu Manguezal de Barra do

Jacuípe

23

Page 24: Revista Barra do Jacuípe

e s p e c i a l

Barra do

jacuIpe

Barra do

jacuIpe

Saborda Terra

Na entrada de Barra do Jacuípe há o que se pode chamar de ponto de encontro gastronômico. Lá, pela manhã, Dona Tonha do Mingau oferece a moradores, veranistas e visitantes um pouco do talento que tem na cozinha.

Mingau de tapioca, mingau de milho verde, munguzá, mingau de carimã,

Delícias de tapiocabolo de carimã, bolo de tapioca, bolo de milho, cuscuz de tapioca, cuscuz de milho, cuscuz de carimã e beiju. Esses estão entre os itens do cardápio de Dona Tonha. As iguarias feitas de tapioca, no entanto, estão entre as mais cobiçadas. Por conta disso, a quituteira dá a dica de como preparar um bom cuscuz de tapioca. Confira a receita e bom apetite!

24

Page 25: Revista Barra do Jacuípe

Por Dona Antonia

Leite de cocoAçúcarSal a gostoTapioca

Ingredientes: Modo de Preparo:

Coloca no fogo o leite peneirado, com açúcar e sal. Em uma vasilha plástica coloque o leite quente, a tapioca e o coco por cima. Deixar descansar por dez minutos e está pronto o cuscuz.

Cuscuz de Tapioca

Contato:

Tonha do Mingau (71) 3678-1544

25

Page 26: Revista Barra do Jacuípe

e s p e c i a l

Barra do

jacuIpe

Barra do

jacuIpe

Gente que Faz

As riquezas naturais de Barra do Jacuípe são tantas que o cantor e compositor Guilherme Arantes escolheu o lugar para instalar o Instituto Planeta Água, uma ONG de preservação ambiental. Fundada em outubro de 2000, a entidade oferece a moradores da localidade formação complementar em ambientalismo, biologia e horticultura, além de promover a preservação do ecossistema da beira do Rio Jacuípe, uma Área de Preservação Ambiental (APA).

Em 2009, o instituto conseguiu dar um importante passo através de uma parceria com a Fundação Itaú Social, implantando o Programa de Agroecologia e Agricultura Orgânica. Idealizado pelo biólogo Mateus Vieira Salim, o projeto em andamento capacita moradores da região para que possam montar uma horta em casa dentro de princípios ecologicamente corretos. “A idéia surgiu da necessidade de se fazer alguma coisa pelo lugar e pelos moradores,

Jacuípe, Planeta Águadespertando a consciência das pessoas para preservarem o meio em que vivem. Através da parceria com o Itaú Social, conseguimos viabilizar um cronograma de trabalho para os anos de 2009 e 2010, visando a preservação do ecossistema e a capacitação de futuros multiplicadores”, conta o diretor de Projetos do Planeta Água, Tiago da Cunha Arantes.

O programa abrange aulas teóricas e práticas, que são ministradas três vezes por semana, com uma carga horária de 40 horas por mês. A prática permitiu que a área do projeto, antes bastante degradada, fosse recuperada através de um sistema agroflorestal (SAF), técnica alternativa de uso da terra, que proporciona rendimento sustentável ao longo do tempo. Com a implantação do SAF foram introduzidas na área, de forma consorciada, leguminosas arbóreas (feijão, milho) e espécies perenes (árvores florestais nativas). Além disso, foi implantada a horta que inclui um herbário.

“Temos 15 alunos, homens e mulheres, na faixa entre 25 e 60 anos. Eles vêm de várias localidades. Contamos com o apoio de quatro monitores, que são estudantes da Ufba e da Ucsal”, informa Tiago.

Durante o primeiro ano, os alunos do projeto receberam noções de Agroecologia e Agricultura Familiar. Em 2010, Tiago conta que o desafio continua: “Vamos iniciar a implantação das hortas orgânicas nas casas dos alunos, o que acredito que irá atrair a atenção dos vizinhos. Com isso teremos um acréscimo no número de participantes”, avalia. “Também pretendemos criar uma parceria com a escola pública da localidade, para implantar uma horta lá e trabalhar noções de reciclagem de nutrientes e agroecologia com as crianças. Afinal, é muito importante conscientizar as futuras gerações para o não uso de agrotóxicos”, completa. As apostilas do curso são disponibilizadas no site do Instituto Planeta Água (www.planetaagua.net).

26

Page 27: Revista Barra do Jacuípe

Contatos:Instituto Planeta

Água(71) 3678-2982(71) 8879-7857

27

Page 28: Revista Barra do Jacuípe

Lá vem História

A vocação para a indústria convive em harmonia com a exuberância da natureza em Camaçari. O nome original, Camassary, vem do tupi-guarani e refere-se a uma árvore, cujas folhas liberavam uma seiva, daí o significado “árvore que chora”.

A história de Camaçari começa em 1558, nas margens do Rio Joanes. Naquele ano foi criada a Aldeia do Divino Espírito Santo, pelos jesuítas João Gonçalves e Antônio Rodrigues. Logo depois, foi instalada a Companhia de Jesus para catequização dos índios tupinambás que viviam na região.

A emancipação da cidade aconteceu em 28 de setembro de 1758, por decreto do Marquês de Pombal, que alterou o nome do povoado para Vila de Nova Abrantes do Espírito Santo e expulsou os jesuítas que viviam na região. Depois, passou a ser chamada Vila de Abrantes.

Em 1920 é criado o distrito de Camaçari,

juntamente com o desmembramento de Abrantes. Naquele tempo ganhou o nome de Montenegro, em homenagem ao desembargador Tomaz Garcez Paranhos Montenegro que, com sua influência política, conseguiu trazer a estrada de ferro para suas terras, impulsionando o desenvolvimento regional.

Finalmente, em 1938, o município passa a se chamar Camaçari, através do decreto 10.724, de 30 de março. O documento legitimava a criação da sede e dos distritos de Vila de Abrantes, Monte Gordo e Dias D’Ávila, este último emancipado em 1985.

Fontes: História da Fundação da Cidade do Salvador. Teodoro Sampaio.Documentos históricos, Volume 80. Autores Arquivo Nacional (Brazil), Biblioteca Nacional. Editora Braggio & Reis, 1775. Original da Universidade da Virgínia. Digitalizado 9 abr. 2008.

Índios e jesuítas

e s p e c i a l

Barra do

jacuIpe

Barra do

jacuIpe

28

Page 29: Revista Barra do Jacuípe

29

Page 30: Revista Barra do Jacuípe

e s p e c i a l

Barra do

jacuIpe

Barra do

jacuIpe

Dicas Culturais

Jacuípe, como toda a orla de Camaçari, tem suas tradições e festejos. A principal festa é a homenagem ao padroeiro Santo Antonio. No dia da festa, moradores e visitantes seguem o cortejo do santo, conduzido pelas ruas por baianas a caráter. Além da procissão, há uma missa. A trezena em louvor ao santo acontece nas semanas que antecedem o seu dia, 13 de junho, com rezas e cantorias.

Ainda fazem parte dos festejos as apresentações dos ternos de reis. Além disso, os participantes da quermesse podem saborear as delícias da culinária em barracas na frente da igreja. Na paróquia, são os homens os responsáveis pela organização da festa do santo casamenteiro. “A noite de Seu Nosinho é geralmente mais festiva, porque ele traz o samba-de-roda, e a noite de Dona Rosário é um forró”, conta Fabíola Santos Dias, neta de Seu Filó e Dona Zinha, um dos casais mais antigos do lugar. Ela participa do grupo de jovens da igreja há alguns anos.

Dona Tonha se lembra com alegria de quando começou a participar das comemorações. “Aqui tinha Coração de Maria, Entrega de Flores, Noite dos Rapazes, Noite das Moças, Noite das Crianças. Tinha também brincadeira de roda, piquenique”, diz. “Já curti muitas festas boas, principalmente em janeiro, onde cada noite era em uma casa. Tinha a Chegança e o Boi Janeiro, que saía e a gente ia seguindo. No mês de setembro, tinha aquela folia do caruru, em outubro também”, relembra.

No dia 13 de dezembro, os homens passam o comando dos festejos para as mulheres, responsáveis pela organização do louvor a Santa Luzia, no mesmo local da festa do padroeiro Antonio. E não tem rixa não. Marido e mulher convivem bem, cada um na sua função. Dona Anésia, moradora de Barra do Jacuípe há 40 anos, já foi tesoureira da festa da santa. O marido dela foi tesoureiro da festa de Santo Antonio.

Tem festa pra Santo de CasaSanto Antônio

30

Page 31: Revista Barra do Jacuípe

A homenagem à santa protetora dos olhos, janela da alma, canal de luz, acontece em Barra do Jacuípe no segundo final de semana de dezembro, sendo que a missa e a procissão são realizadas no dia 13, data em que se homenageia a santa no calendário católico. A exemplo do que acontece na festa do padroeiro Santo Antônio, durante as homenagens a Santa Luzia alguns ternos locais se apresentam no largo da igreja. Na paróquia local as mulheres ficam com a responsabilidade de organizar a programação da festa.

Santa Luzia (ou Santa Lúcia), cujo nome deriva do latim, é muito amada e invocada como a protetora dos olhos. Santa Luzia pertencia a uma

família italiana rica, que lhe deu grande formação cristã, ao ponto de Luzia ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Vendeu tudo, doou aos pobres e, acusada pelo jovem que a queria como esposa e não querendo oferecer sacrifício aos deuses e nem quebrar o seu santo voto, teve que enfrentar as autoridades perseguidoras e até a decapitação.

Era o ano 304. Em 1894 o martírio da jovem Luzia, também chamada Lúcia, foi devidamente confirmado, quando se descobriu uma inscrição em grego antigo sobre o seu sepulcro, em Siracusa, Ilha da Sicília. A inscrição trazia o nome da mártir e confirmava a tradição oral cristã que trata sobre sua morte no início do século IV.

Conhecido carinhosamente como Antoninho, Santo Antônio tem fama de casamenteiro. Dizem que as simpatias evocadas em seu nome dão certo. Confira algumas delas:

• Quem deseja descobrir o nome do futuro companheiro deve comprar um facão e, à meia-noite do dia 12 de junho, cravá-lo numa bananeira. O líquido que escorrer da planta deve formar a letra do futuro amor.

• Uma das mais antigas tradições diz que, para descobrir o futuro companheiro, é preciso escrever os nomes dos candidatos em vários papéis. Um deles deve ser deixado em branco. À meia-noite do dia 12 de junho, eles devem ser colocados em cima de um prato com água, que passará a madrugada ao relento. No dia seguinte, o que estiver mais aberto indicará o escolhido.

• Aqueles que têm pressa em arranjar um namorado devem comprar uma pequena imagem do santo. E para agilizar a conquista do pedido, fazer dois procedimentos: tirar o Menino Jesus do colo do religioso, dizendo que só devolverá quando conseguir um namorado, ou ainda virar o Santo Antônio de cabeça para baixo.

Santa Luzia

Simpatias

31

Page 32: Revista Barra do Jacuípe

e s p e c i a l

Barra do

jacuIpe

Barra do

jacuIpe

Painel Criativo

Ponto MóvelA cada três meses, um caminhão-baú totalmente adaptado chamado de Ponto Móvel muda seu itinerário para levar cultura, diversão e descobrir talentos nas localidades visitadas, promovendo cidadania. Isso é possível através do projeto itinerante da Cidade do Saber, que garante a pulverização das atividades de inclusão social.

Acervo bibliográfico, computadores com acesso à internet, TV LCD, DVD e uma brinquedoteca. Tudo isso faz parte da estrutura do caminhão, que ainda dispõe de um palco, na parte externa, para realização de diversas atividades, a exemplo do Palco da Cidade.

Os primeiros lugares visitados, entre julho e outubro de 2009, foram Barra do Pojuca, Monte Gordo, Barra de Jacuípe e Areias, com um total de 1.213 alunos matriculados. As atividades realizadas nos dois turnos incluíram oficinas de música, brinquedos, teatro, dança, criação literária, percussão, patchwork, técnica

de pintura em tecido, palestras, campeonatos de futebol e futsal.

O objetivo da programação, voltada para crianças, jovens e adultos é oferecer mais um instrumento de promoção de arte, educação e esporte. Nas oficinas, os trabalhos despertam habilidades que se traduzem em valorização pessoal. Muitos talentos desconhecidos ou adormecidos são revelados num clima de descontração e lazer.

E assim, levando cultura, arte e promovendo inclusão social, o Ponto Móvel segue seu roteiro e seu propósito de fortalecer a cidadania e educar através da arte e do esporte, contribuindo para formar cidadãos em bases democráticas e de respeito aos valores sociais e coletivos.

Agora, vamos aguardar as próximas visitas do Ponto Móvel.

Alunos da Oficina de Percussão do

Ponto Móvel

32

Page 33: Revista Barra do Jacuípe

Oficina de Patchwork

33

Page 34: Revista Barra do Jacuípe

e s p e c i a l

Barra do

jacuIpe

Barra do

jacuIpeLazer

Caça-palavras

Res

post

a: A

ruan

ã, S

uâni

a, O

liva,

Cab

eçud

a, Ja

cuíp

e, C

amaç

ari

ExpedienteCIDADE DO SABER

Diretora geral: Ana Lúcia SilveiraDiretor de infraestrutura: Utilan CoroaDiretor do saber: Arnoldo ValenteDiretora do teatro: Osvalda Moura

COORDENAçÃO DO PROJETO REVISTA PONTO MóVEL CIDADE DO SABER

Assessoria de Comunicação daCidade do Saber (ASCOM)

Responsável: Carolina DantasPesquisa: Bárbara FalcónFotos Ascom: Daniel Quirino e Clemente JuniorEquipe Ascom: Bárbara Falcón, Carolina Dantas, Clemente Junior, Daniel Quirino, Elba Coelho, Tediarlen Silva Fotos da orla: Nelinho OliveiraFoto da capa: Carol Garcia

REALIZAçÃO

AG Editora

Diretora executiva: Ana Lúcia MartinsExecutiva de projetos: Júlia SpínolaTextos: Luciana AmorimEdição: Ana Cristina BarretoFotos: Paulo MacedoRevisão: José EgídioEndereço: Rua Coronel Almerindo Rehem, 82, sala 1207. Ed. Bahia Executive Center, Caminho das Árvores. CEP: 41.820-768 - Salvador-BA Tel: (71) 3014-4999

Projeto gráfico: Metta Comunicação Editoração: Jean Ribeiro e João SoaresIlustrações e arte: Jean Ribeiro

Tiragem: 2.000 exemplares - distribuição gratuita

Agradecimentos:Carol Garcia (www.flickr.com/photos/carol_garcia)

34

Page 35: Revista Barra do Jacuípe
Page 36: Revista Barra do Jacuípe

Parceiros Cidade do Saber: Mantenedor:

Executor do Projeto

e s p e c i a l

Barra do Jacuípe