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FATEC SOLIDÁRIA PROJETO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL PROFA. SILMA POMPEU RELATOS DAS EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS PELOS ALUNOS NO EXERCÍCIO DO TRABALHO VOLUNTÁRIO TERCEIRO SETOR I SEM 2007

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Page 1: FATEC SOLIDÁRIA

FATEC SOLIDÁRIA

PROJETO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

PROFA. SILMA POMPEU

RELATOS DAS EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS PELOS

ALUNOS NO EXERCÍCIO DO TRABALHO VOLUNTÁRIO

TERCEIRO SETOR

I SEM 2007

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SUMÁRIO ANEXO III

Associação de Amparo aos Animais - Salto ........................................... 5

Eduardo Stringa - RA 20071N09 ............................................................................. 6

Associação Beneficente Irmã Dulce – Indaiatuba ................................... 7

Isabela Leone Garcia: RA 20071M21 ...................................................................... 8

Nariê de Oliveira Justino - RA 20071M29 .............................................................. 10

Regiane Dias Ferraz - RA 20071M36 .................................................................... 11

André Henrique Lino – RA20071V03 ..................................................................... 12

Armelindo Buratti Neto – RA20071V04.................................................................. 12

Gustavo Linder – RA20071V17 ............................................................................. 12

Leonardo Machado Lisboa – RA20071V24 ........................................................... 12

Assoc. Fil. Assist. São Francisco de Assis – Indaiatuba ....................... 19

Jéssica Aline Teixeira RA: 20071M22 ................................................................... 20

Priscilla Beatriz Sombini - RA 20071V28 ............................................................... 22

Gislaine Cristina Martins - RA 20071N14 .............................................................. 24

Leonardo Furtado Gomes - RA 20071N22 ............................................................ 26

Lívia Facchim Pedrosa - RA 20071N23 ................................................................. 27

Mayara Sayane Souza Shinosaki - RA 20071N27 ................................................ 29

Tatiana Ferreira Sousa - RA 20071N40................................................................. 31

Thais Ribeiro Palmieri - RA 20071N38 .................................................................. 33

Associação Santa Terezinha - Carapicuíba .......................................... 34

Camila Mariano Soares - RA 20071V05 ................................................................ 35

George Farias Silva – RA 20071V14 ..................................................................... 35

Casa de Belém - Salto .......................................................................... 37

Juliana Cordeiro Maciel - RA 20071N18 ................................................................ 38

Mirela Melaré – RA 20071N28 ............................................................................... 40

Casa do Caminho - Indaiatuba ............................................................. 41

Arthur Santos Soares – RA20071V03 ................................................................... 42

Henrique Sevilhano – RA20071V18 ...................................................................... 43

Centro Educação Integrado Padre Santi Capriotti - Campinas ............. 44

Roberta Loureiro de Mello – RA20071N33 ............................................................ 45

Rogério A. Broker – RA20071N35 ......................................................................... 46

CEACA - Campinas .............................................................................. 48

Priscila Esteves Rodrigues da Silveira Pinto – RA 20071N30 ............................... 49

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Centro de Treinamento Ricardo Bonnide - Campinas .......................... 51

Caio Vinicius Calanca Vieira – RA20071M05 ........................................................ 52

CIASPE - Indaiatuba ............................................................................ 55

Alessandro Akamine - RA 20071M01 .................................................................... 56

Washington Carlton Botine – RA 20071M40 ......................................................... 57

Débora Milani Grandi - GE20071M09 .................................................................... 58

Dirce Tábata Fernandes de Oliveira - RA 20071M12 ............................................ 60

Elaine Vieira Brelliinger Fontolan - RA 20071M14 ................................................. 63

Emerson Souza Cerveira – RA20071M16 ............................................................. 65

Luma Bertelli Cavalaro - RA 20071M25................................................................. 66

Márcia Pretosevicius Meireles – RA 20071M27 .................................................... 69

Natália Harumi Araki - RA 20071M31 .................................................................... 71

Natália da Silva Prado – RA 20071M30................................................................. 73

Rosíris Neves de Lima – RA 20071M39 ................................................................ 74

Éderson Domingues: RA 20071M13 ..................................................................... 75

Dirlei Paulino Pinto - RA 20071V11 ....................................................................... 77

Gabriel de Almeida Prado Sampaio - RA 20071V13 ............................................. 79

Luiz Cláudio Fitipaldi Bezerra - RA 20071V25 ....................................................... 80

Samuel Penteado Urban - RA 20071V34 .............................................................. 81

Walter Felipe Spagiari - RA 20071V39 .................................................................. 82

Felipe Gabriel Torezan Pereira - RA 20071N12 .................................................... 84

Juliana Wischer Gilio - RA20071N19 ..................................................................... 85

Tamarys Alingueri Dias - RA20071N39 ................................................................. 86

Escolas Municipais e Estaduais............................................................ 87

Carla Aparecida Barbosa - RA 20071M07 - Indaiatuba ......................................... 88

Bruno Marcelo Burdini - RA 20071N04 – Elias Fausto .......................................... 90

Diego Henrique Neves - RA 20071V10 - Sumaré .................................................. 91

Luis Felipe Silveira da Silva - RA 20071V26 - Sumaré .......................................... 91

Helena Barranco de Castro Soranz - RA 20071N15 – Elias Fausto ...................... 94

Rodolpho Arantes Soranz - RA 20071N34 – Elias Fausto..................................... 96

Escola de Cegos Santa Luzia - Itu ........................................................ 98

Gabriela Alves de Almeida Moreira - RA 20071M18 ............................................. 99

Poliana Aparecida Côrrea - RA 20071M34 .......................................................... 100

Fatec - Indaiatuba ................................................................................102

Laís C. Camargo - RA 20071N21 ........................................................................ 103

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Funssol - Indaiatuba ............................................................................105

Fabiana Cardoso Braga Oliveira - RA 20071N10 ................................................ 106

Instituto Nova Vida - Indaiatuba ...........................................................107

Cassiana Martinati - RA 20071N06 ..................................................................... 108

João B. Lammoglia - RA 20071N17 .................................................................... 111

Lar Cristão – Cabreúva .......................................................................112

Marcos Vinicius Mota - RA: 20071V27 ................................................................ 113

Lar dos Velhinhos - Americana ............................................................114

Daniel de Campos Leite – RA20071M08 ............................................................. 115

Lar de Idosos Emanuel - Indaiatuba ....................................................116

Dieckson Santos Mota – RA20071N08 ............................................................... 117

Lar Vinha de luz – Jundiaí ...................................................................120

Graça Kelly Silva Sakamoto – RA20071M19 ....................................................... 121

Luma Gabrielle Silva da Graça Sakamoto – RA20071M26 ................................. 123

Pastoral da Criança - Indaiatuba .........................................................124

Andréa Gomes Garcia – GE20071N01................................................................ 125

Anemeire Narcizo da Silva – RA20071N02 ......................................................... 127

Sociedade São Vicente de Paulo - Indaiatuba .....................................129

Jilton Dias Dantas – RA20062V21 ....................................................................... 130

Gustavo Almeida Villa – RA20071V16................................................................. 132

Sorri – Campinas .................................................................................134

Daniel Porto: RA 20071V08 ................................................................................. 135

João Carlos Guimarães – RA20071V21 .............................................................. 136

João Diego Marques – RA20071V22 .................................................................. 137

Wilson José Augelli dos Santos Filho - RA 20071V40 ......................................... 138

S.O. S Pequeninos - Indaiatub ............................................................139

Mayara Melo Bezzan – RA20071M28 ................................................................. 140

Yázigi - Indaiatuba ...............................................................................143

Débora Priscila Alvarenga – RA20071M10 .......................................................... 144

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ASSOCIAÇÃO DE AMPARO AOS ANIMAIS - SALTO

A Associação de Amparo aos Animais de Pequeno Porte de Salto foi criada

em 11 de março de 1998, tendo como primeiro presidente o engenheiro Roberto Milioni. Sua criação se deu devido ao grande número de animais abandonados na cidade. Depois de alimentados e medicados, a Associação providencia um lar para os animais.

Para levantar dinheiro para a entidade cuidar dos animais, foi criado um carnê pra sócios para adquirir descontos com veterinários.

A primeira ajuda foi para um senhor, o José, que morava em um barraco na Rodovia do Açúcar e recolhia cachorros abandonados pela cidade. Foi feito um cercado de tela e instaladas duas caixas d'água pra dar melhores condições aos cães.

Noite

Eduardo Stringa - RA 20071N09

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Eduardo Stringa - RA 20071N09 Nome do Projeto: Amparo aos Animais de Pequeno Porte Período de realização: 14 a 28 de Maio de 2007 Total de dias: 5 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Neuza Romero

Este relatório tem por objetivo principal detalhar ao máximo a experiência de ter feito 20 horas de trabalho voluntário em determinada associação ou instituição.

A instituição em questão é a AAPAS – Associação de Amparo aos Animais de Pequeno Porte de Salto. Ela ajuda os animais encontrados nas ruas e também àquelas pessoas que não mais tem condições de cuidar de seu animal e o entrega à adoção.

Aos olhos de muitos esse tipo de trabalho é desnecessário, mas a meu ver é muito válido já que os cachorros, considerados o melhor amigo do homem não tem como se ajudar, como mostra a frase de Louis Camuti que usei como base para escolher esse tipo de associação: “Jamais creia que os animai sofrem menos do que os humanos. A dor é a mesma para eles e para nós. Talvez maior, pois eles não podem ajudar a si mesmos”.

A seguir vem detalhado o que fiz em cada dia na instituição:

1° - Fiquei um pouco na administração, onde relatava os gastos da semana anterior, como despesas médicas e alimentícias; além de dar baixa nos pagamentos das mensalidades pagas pelos associados.

2º - Sempre as quartas-feiras é o dia destinado à limpeza do canil e também dos cachorros. Esse foi o dia mais trabalhoso, embora os funcionários responsáveis por essa área tivessem me ajudado.

3º - Ajudei nos preparativos e limpeza do local destinado a receber o bazar da pechincha realizado no dia seguinte.

4º - DIA DO BAZAR! O dia mais tranqüilo, pois só ajudei nas vendas durante a tarde e na limpeza e arrumação após o término do bazar.

5º - Segunda-feira. Meu último dia. O tempo da manhã foi todo usado pra fazer o balancete final do bazar e ver o quanto de dinheiro foi arrecadado.

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ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE IRMÃ DULCE – INDAIATUBA

Fundada em 05 de setembro de 2002, por um casal que tinha muita vontade

de adotar uma criança, mas tiveram muitas dificuldades e com isso decidiram fundar uma instituição. O nome da Instituição foi em homenagem à freira Maria Rita de Sousa Lopes Ponte, conhecida como Irmã Dulce notabilizou-se por suas obras de caridade e de assistência aos pobres.

Manhã

Isabela Leone Garcia: RA 20071M21

Nariê de Oliveira Justino - RA 20071M29

Regiane Dias Ferraz - RA 20071M36

Tarde

André Henrique Lino – RA20071V03

Armelindo Buratti Neto – RA20071V04

Gustavo Linder – RA20071V17

Leonardo Machado Lisboa – RA20071V24

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Isabela Leone Garcia: RA 20071M21 Nome do Projeto: Acompanhamento Escolar Período de realização: maio e junho de 2007 Total de dias: 07 Total de horas: 20

Tudo começou quando a professora Silma, na aula de Humanidades falou que teríamos que fazer um projeto voluntário. Adorei a idéia logo de início, pois já havia sido voluntária antes. Então, resolvi procurar por Instituições que estivessem precisando de trabalho voluntário aqui em Indaiatuba. Um dia eu e a Regiane estavamos passando em frente ao forúm e resolvemos preencher a ficha para sermos voluntárias ( já sabíamos da Instituição pois tinhamos ido no bazar que é do lado). No começo foi bem difícil, uma vez que demorarm muito para nos chamar. Até que um dia ligaram e marcaram uma reunião com a pscicóloga do Irmã Dulce. Na semana seguinte, ligaram novamente nos convocando para o trabalho. Fiquei muito feliz e logo já começamos nosso trabalho. A Instituição estava precisando muito de voluntários para reforço escolar e então decidimos ajudar nesse departamento.

Crachá com nosso nome, que usavamos todas às vezes que iamos a instituição

Como combinado, fiquei de ir no orfanato toda quarta-feira de noite, às 19 horas, pois as crianças estudam de tarde e estariam prontas nesse horário para estudar e fazer as lições de casa.

Dia 9 de maio, às 19 horas eu estava lá. As crianças que tinham lição de casa já estavam prontas e nos receberam muito bem e nesse dia eu ajudei o Lucas a resolver a prova de matemática que ele foi mal, ficamos estudando na biblioteca. Fizemos todos os exercícios e depois demos uma olhada na prova de inglês. Após terminarmos, fui para a sala da presidência do voluntariado, na qual estava a Jeniffer (umas das crianças da casa) e eu a ajudei na lição de matemática. Fui embora do orfanato às 22 horas.

Na semana seguinte, dia 16 de maio estava eu novamente lá. Dessa vez, ficamos estudando na cozinha, fiz lição de matemática e de português com a Jeniffer. Depois ajudei o Mateus com a leitura de um texto.

No dia 23 de maio fiquei estudando o tempo todo com a Jeniffer, pois ela tinha prova no dia seguinte. Resolvemos exercícios do livro de matemática e os do caderno que a professora havia passado. No final ela já estava cansada e ficamos conversando, ela ficou contando das coisas que aprontava na escola. Nesse dia ficamos na sala de reuniões.

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Eu e Regiane na sala de reuniões

No dia 30 de maio as crianças não estavam com muito pique para fazer as lições, mas mesmo assim a Jeniffer fez um pouco da lição dela e depois começamos a jogar Perfil, um jogo inteligente de perguntas e respostas, com assuntos de História, Geografia, Ciências, dentre outros. Foi bastante engraçado.

No dia 2 de junho ajudamos na Festa Junina que teve no Indaiatuba Clube. Ficamos na barraca de espetinhos das 18 às 20 horas junto com a nutricionista do orfanato. Nossa barraca foi uma das mais movimentadas e a festa foi muito boa.

Regiane, Nutricionista Sandra e eu na festa junina. Eu entregando um espetinho de carne.

No dia 11 de julho quase todas as crianças tinham lição de casa para fazer. Começei ajudando a Josiane com a lição de matemática e depois ajudei a Joyce com sua liçao, também de matemática. A Joyce tinha que procurar palavras com dois “r” nas resvistas e fiquei a orientando. Após isso, ajudei a Angélica que tinha lição de português. Fizemos a leitura do texto e depois as questões propostas.

Estive lá novamente no dia 13 de junho e ajudei a Jeniffer com suas lições, mas como eram poucas, fizemos umas brincadeiras interativas como “jogo da forca”, um jogo de palavras em inglês, dentre outros.

Regiane e eu na entrada da Instituição Jardim da Instituição

Esse trabalho voluntario que estou realizando está me mostrando uma outra realidade, as dificuldades das crianças em relação à escola e a vida, pois é difícil serem adotadas, principalmente os mais velhos.

Cada vez que vou ao orfanato nasce uma nova criança em mim, e estou me divertindo bastante com as crianças e já estou bastante apegada a elas. Vou, com certeza, continuar esse trabalho maravilhoso e cada vez mais aprenderei com essas experiências, assim como ter mais paciência com as crianças nos momentos em que elas não obedecerem, aprender a lhe dar com as diferenças e muitas coisas que posso vir a aprender com essas crianças maravilhosas!

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Nariê de Oliveira Justino - RA 20071M29 Nome do Projeto: Alimentação para todas as crianças Período de realização: junho de 2007 até os dias atuais Total de dias: 05 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Alice Ângela Martins Caretta

Quando recebi a proposta para realizar o trabalho voluntário, minha primeira preocupação foi procurar uma entidade assistencial séria. A segunda foi procurar um trabalho interno dentro da instituição que realmente visasse à doação de mão - de - obra, sem me preocupar com o “status” que essa tarefa me traria. A terceira foi encontrar um modo adequado de trabalho, para que, mais posteriormente, o encerramento deste não atingisse as pessoas com as quais me envolvesse, da qual a Associação Beneficente Irmã Dulce, onde fui muito bem recebida, e que me permitiu trabalhar como auxiliar de cozinha nas quintas-feiras das 15h às 19h.

A Associação Beneficente Irmã Dulce, mantém crianças e jovens que por algum motivo sua estrutura familiar, não atende as leis da criança e do adolescente e por isso são retiradas do convívio familiar até segunda ordem judicial. Dentro da entidade eles têm tratamento psicológico, fonoaudiólogo, acompanhamento escolar, nutricional, e freqüentam regularmente a escola. Também são orientados por monitoras que permanecem em convívio com esses em período integral.

Meu trabalho dentro da cozinha, baseia-se na limpeza do ambiente, utensílios, semi-preparo dos alimentos e servi a refeição às crianças. O contato com elas na cozinha é pouco, mas cada rosto que vejo ser alimentado é uma satisfação. Durante as quatro horas que fico ali tento manter um contato de respeito com as crianças, funcionários e voluntários, buscando assim uma maior integração social.

Esse trabalho tem aumentado minha conscientização social e influenciado muito no aprendizado de uma visão voltada para a sustentabilidade. Ele incentiva-me a criar novos projetos sociais durante minha vida profissional. Considerando que nesse trabalho o meu pagamento acontece a cada olhar e sorriso que vejo das crianças. Por isso pretendo continua-lo por muito tempo.

Eu na frente da Instituição

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Regiane Dias Ferraz - RA 20071M36 Nome do Projeto: Responsabilidade Social Período de realização: maio e junho de 2007. Total de dias: 07 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Jamile

Cumpri vinte horas de trabalho voluntário em sete dias, sendo seis dias com três horas de reforço escolar e um dia com duas horas atendente na barraca de espetinhos, em uma festa junina.

No primeiro dia foi muito legal, pois as crianças ficaram nos olhando e analisando como se fôssemos de outro planeta, até começarmos a conversar com elas e a dar o reforço escolar.

No segundo dia as crianças já chegaram gritando o meu nome e o da Isabela, minha companheira de classe que faz o trabalho junto comigo.

No terceiro dia, as crianças já estavam se sentindo a vontade e pareciam adorar a nossa presença.

No quarto dia resolvemos variar um pouco o nosso dia de trabalho voluntário. Quando terminarmos o reforço escolar, fizemos alguns jogos interativos que ajuda a desenvolver o raciocínio lógico e que testa os conhecimentos gerais.

No quinto dia mudamos de reforço escolar para eventos, fomos trabalhar em uma festa junina com várias barracas de varias instituições diferentes, no Indaiatuba Clube. Tudo ocorreu conforme o esperado, desde o financeiro até a satisfação das pessoas que estavam trabalhando e curtindo a festa.

No sexto dia as crianças já estavam até nos dando os adesivos que elas mais gostavam, foi o jeito que elas encontraram de nos presentear.

No sétimo dia tivemos a notícia de que uma das meninas, que nós estamos ajudando, é uma criança muito rebelde e geniosa e nós fomos às primeiras que conseguimos lidar com ela! Têm notícia melhor do que esta?

Quase não consigo terminar minhas 20 horas de trabalho voluntário, por causa das dificuldades e burocracia de instituição. Por esse motivo muitas pessoas não conseguem trabalhar nesta instituição, mas concordo essa cautela que elas têm com os voluntários. Alias, não é só porque é voluntário e não se recebe um salário o trabalho tem que ser feito de qualquer jeito.

“Fazer trabalho voluntário é sempre um prazer, renova a alma, mente e coração”. Sempre fiz trabalhos voluntários e pretendo continuar não só na Irmã Dulce e em quantos outros eu puder. Também faço parte de um projeto em andamento de inclusão social, no qual sou uma das idealizadoras. Esse projeto visa o incentivo ao estudo e a vida profissional de adolescentes de rua e de orfanatos, terá reforço escolar, cursos profissionalizantes, acompanhamentos psicológicos e daremos estruturas para o cotidiano destes adolescentes. Com isso tentaremos evitar que eles tenham um destino que todos nós conhecemos quando a maioria vai para as ruas: as drogas, a prostituição, o tráfico e da vida de crime.

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André Henrique Lino – RA20071V03 Armelindo Buratti Neto – RA20071V04 Gustavo Linder – RA20071V17 Leonardo Machado Lisboa – RA20071V24 Nome do Projeto: Responsabilidade Social Período de realização: abril de 2007 até a presente data Total de dias: 10 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Alice Ângela Martins Careta

Na decorrência do semestre, a responsável docente da disciplina de Humanidades no Contexto Global (HCG), do curso de Tecnologia em Informática da FATEC-ID, propôs a turma um projeto que não seria “uma tarefa fácil de realizar”. Para muitos, a expressão era comum. Entretanto, alguns de nossos colegas não tinham familiaridade com o termo RESPONSABILIDADE SOCIAL. Ou, como passamos a conhecer, uma de suas vertentes, o TRABALHO VOLUNTÁRIO.

Num primeiro momento, fomos orientados a procurar entidades da cidade de Indaiatuba ou região, que pudessem nos atender, onde também pudéssemos realizar esse trabalho de forma produtiva, cumprindo uma carga horária mínima de 20 horas cada um de serviço prestado.

Logo, nossa equipe encontrou uma instituição que futuramente, foi palco para o desenvolvimento das atividades propostas neste projeto de responsabilidade social. Essa entidade tem atualmente a denominação de Associação Beneficente Irmã Dulce (ABID), localizada na Rua Ademar de Barros, próximo ao Fórum, na cidade de Indaiatuba.

Aceitamos a proposta, pois a casa mantém suas atividades todos os dias da semana, contribuindo para o quesito horário, no qual não pudemos ter em outras entidades contatadas, ressaltando que os integrantes de nossa equipe trabalham, e o único tempo disponível para a realização do voluntariado é aos finais de semana.

Os pré-requisitos para a integração com a instituição

Como esperávamos antes de dar início ao nosso trabalho voluntário, passamos por uma entrevista com a psicóloga responsável pela entidade, onde participamos de uma dinâmica de grupo juntamente com outras pessoas interessadas em atuar como voluntários, cada um motivado por razões diferentes. Os objetivos primordiais da dinâmica eram expor os motivos pelos quais estávamos procurando o trabalho voluntário e as expectativas que giram em torno desse serviço prestado.

Nem todas as pessoas foram incluídas para desenvolver o voluntariado, já que foram avaliadas pela psicóloga, e constatado que não tinham o perfil ideal para esse tipo de labor. Mas nossa equipe, com muita determinação e habilidade, conseguiu transmitir todos os sentimentos e anseios para conseguir materializar o projeto, e assim, dar início às atividades.

Após a realização da dinâmica, recebemos um documento com as normas da casa, e deveriam ser seguidos rigorosamente, já que estávamos trabalhando com crianças, e qualquer descuido poderia comprometer a continuidade do trabalho. Havia regras simples, como a não distribuição de qualquer tipo de alimento às crianças sem conhecimento prévio dos responsáveis pelo turno corrente, já que são crianças sob a tutela do Estado. A única permissão que recebemos foi a que poderíamos fotografar as instalações da entidade, mediante acompanhamento de algum responsável.

Outro tópico que foi muito bem destacado refere-se ao conhecimento do histórico de vida das crianças, comentários, perguntas, lembranças e casos não devem ser questionados pelos voluntários, a fim de não interferir com o trabalho desenvolvido pela

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psicóloga, pois cada histórico é único e somente a profissional que os atende está interada e capacitada para tratar essas questões.

A divisão da equipe para realizar as tarefas

A equipe é constituída de quatro integrantes, André Henrique, Armelindo Buratti, Gustavo Linder e Leonardo Lisboa. A equipe está trabalhando de acordo com os conceitos discutidos em sala de aula, na disciplina HCG e conforme as normas estabelecidas pela direção da entidade.

Levando esta união para a entidade, nos organizamos em duplas, na qual Buratti e Leonardo, com habilidades em desenvolver brincadeiras e ter uma relação mais empática com as crianças, trabalharam com acompanhamento escolar em dois níveis de ensino, com aulas de reforço e auxílio na solução de exercícios e composição de textos, incorporando diversão e aprendizado em uma única peça. As demais crianças, que não possuem dever de casa, porque os faz durante a semana, então desenvolvidas atividades relacionadas à pintura, jogos de raciocínio e prática de esportes, como por exemplo, alongamento e futebol de quadra.

Os outros integrantes de nossa equipe, André e Gustavo, com conhecimento desenvolvido durante a carreira profissional na área de tecnologia, trabalharam na manutenção de microcomputadores que se encontravam no depósito da entidade. Infelizmente, somente algumas máquinas puderam ser recuperadas; as outras, por defeitos irreversíveis, instabilidade do sistema ou comprometimento do “hardware”, defasagem tecnológica, não pôde ser recuperada.

Os horários foram cumpridos segundo a disponibilidade de cada um, sendo que Buratti e Leonardo comparecem aos sábados das 14h00 às 17h30 e, André e Gustavo comparecem durante a semana após o horário de expediente. Estes forneceram ferramental para a manutenção dos equipamentos e reinstalaram sistemas operacionais em quatro terminais.

Resultados que começam a aflorar

Curiosamente, em conversa com as crianças, observamos grande capacidade de entendimento perante as tarefas escolares, com margem de dúvidas quase desprezível. Agora, envolvendo a área do nosso curso superior, com relação à manutenção dos computadores em mau estado de conservação, podemos dizer que houve melhoria, apesar do mau estado de conservação das máquinas, nossa equipe conseguiu disponibilizar mais uma ferramenta de aprendizado para as crianças, reduzindo a defasagem que poderia existir pela sua condição de abrigada. Infelizmente, em cálculo informal, apenas 30% dos equipamentos que estavam na entidade puderam ser recuperados, e o restante foi sucateado.

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Impressões Pessoais

O aprendizado como voluntário, Armelindo Buratti Neto.

Inicialmente imaginávamos o trabalho voluntário como algo penoso, uma tarefa a ser cumprida, mas à medida que nos envolvemos, percebemos a real dimensão do que estávamos realizando.

Nosso grupo, composto de quatro pessoas, se dividiu em duas equipes, sendo dois para realizar manutenção nos computadores e dois para auxiliar as crianças com as tarefas escolares, dos integrantes do grupo, eu, Armelindo, sou o que passa maior tempo em contato com as crianças numa faixa etária de 7 a 13 anos e as impressões, as mais diversas, remetem sempre a uma reflexão, às vezes incômoda, sobre as responsabilidades que temos. E no meu caso por ser pai, as comparações são inevitáveis.

A ajuda dispensada às crianças em relação às atividades escolares não é complexa. Aquela que se dispõe a compartilhar seu desempenho escolar não trazem problemas de difícil solução ou demonstram dificuldades insuperáveis no aprendizado pelo fato de serem institucionalizadas. As maiores dificuldades apresentadas foram na aproximação, senti em várias delas uma resistência ao diálogo, algo que está mudando lentamente.

Durante a entrevista com a direção, que precedeu nosso ingresso na entidade, recebemos, entre outras orientações, a instrução de não encorajar as crianças a relatarem os fatos que as levaram até ali. Entretanto se o relato fosse espontâneo não deveríamos opinar, ou fizer juízo de valor para a criança, nem perscrutar os detalhes, simplesmente ouvir com atenção e manter o foco na atividade.

Talvez este tenha sido o aspecto mais incômodo do nosso trabalho, ao ouvir alguns relatos sobre maus tratos, violência e uso de drogas no ambiente familiar. Entretanto, apesar de terem motivos consistentes, em nenhum momento, sentimos nas crianças, com quem mantemos contato até agora o esboço de sentimentos de raiva ou vontade de não retornar para a família.

As situações experimentadas fornecem material abundante para inúmeras reflexões sobre o mundo onde estamos inseridos, o comportamento às vezes agressivo, às vezes apático ou de carência profunda revelou indivíduos que mesmo com pouca idade, já vivenciam os extremos da vida. A impressão pessoal que trago desta experiência é transformadora. Imaginei ir até eles e ser capaz de acrescentar algo baseado no conhecimento técnico já adquirido, lastreado pela paternidade e pela vida familiar constituída, mas a cada visita realizada aos sábados o maior aprendizado é meu.

As crianças institucionalizadas na ABID representam o estágio limite da degradação familiar a ponto do Estado, através do Ministério Público, intervir e revogar a tutela dos pais assumindo a guarda das crianças. Observamos que ali todas são tratadas eficientemente em suas necessidades elementares como escola, assistência médica, odontológica e alimentação. As funcionárias são atenciosas e existe um grande número de pessoas que se tornam voluntárias e proporcionam várias atividades como esportes, dança e leitura de livros, porém a grande e mais difícil demanda é afetiva.

Historicamente segundo os registros da entidade, a quantidade de crianças assistidas tem aumentado, atualmente são vinte e três, mas já houve trinta e seis abrigadas na instituição. Esta informação é um indicativo das atuais condições da sociedade em que vivemos. A quantidade de casos onde é necessária a intervenção drástica do Estado é um reflexo direto e mensurável da degradação social cujas causas são conhecidas, recorrentes, de ampla divulgação, exaustivamente discutidas e pontualmente minimizadas. Entretanto sentir de perto o efeito deletério causado às crianças pela falência dos valores familiares coloca a estatística num segundo plano e nos fazem pensar que são antes de tudo, pessoas que iniciam as vidas defasadas, algumas de forma irreversível.

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A atenção que estamos dando às crianças parece muito pouco diante do que julgamos minimamente necessário, mas é uma experiência enriquecedora para mim e para minha equipe. Não temos certeza se no futuro eles terão alguma lembrança do que fizemos, mas por enquanto o benefício é mútuo e a convicção de que a responsabilidade por uma sociedade melhor ultrapassa os limites da vida em família.

Importância do voluntariado, Gustavo Linder.

Com as experiências que tive em relação ao trabalho social realizado na Associação Beneficente Irmã Dulce, pude observar a carência com relação à manutenção de equipamentos de informática da entidade.

Mesmo não tendo trabalhado diretamente com as crianças, pude perceber que toda e qualquer ajuda, seja ela através de ações relacionadas às crianças ou não, pode ser de grande ajuda para a associação.

Na área de minha atuação dentro da entidade, ou seja, a manutenção de equipamentos eletrônicos (computadores, impressoras, monitores, etc.), pude concluir que os equipamentos recebidos através de doações de pessoas físicas e jurídicas, poderiam ser classificados como sucata, não havendo qualquer possibilidade de aproveitamento. Como a instituição não tinha nenhuma pessoa responsável por revisar estes equipamentos, me prontifiquei a realizar a manutenção e recuperação das máquinas que apresentassem condições de uso.

Os equipamentos recuperados passaram a ser usados pelas crianças da associação em uma sala de informática existente ou então vendido para reverter em dinheiro para realizar melhorias em outros setores.

A conclusão que se chega é que as doações, na maioria das vezes, são de equipamentos sem nenhuma condição de uso (sucata) que acabam ficando jogados em um canto, apenas ocupando espaço. Os doadores deveriam se conscientizar de que a instituição precisa de equipamentos que estejam minimamente em condição de uso ou passível de recuperação, já que ela necessita e depende de voluntários para poder colocar novamente esses equipamentos em pleno funcionamento, e que nesta instituição são sempre bem-vindos mesmo que não seja para trabalhos sociais relacionados diretamente com os beneficiados.

Aprendendo com as crianças, Leonardo Machado Lisboa.

Num primeiro instante, imaginei que seria um trabalho um tanto árduo, pois nunca tinha realizado tal

labor. No decorrer do nosso trabalho, o laço de afeto com as crianças foi aumentando, e logo me senti como

parte da vida deles. A ansiedade com a qual as crianças nos aguardam para que as auxilie com o

dever de casa ou simplesmente jogar uma “bolinha” é emocionante.

É saber que quando você está presente com eles, num momento único, é muito gratificante; acredito verdadeiramente nisso, pois percebo a felicidade e o carinho ganho nos olhos e sorrisos que recebo das crianças.

Sendo o integrante mais novo de nossa equipe, recordei os vários momentos da minha infância, e apliquei as diversas situações passadas a este momento com os “pequenos”, envolvendo-os com brincadeiras e muito aprendizado.

A cada final de semana que passo com eles é um novo desafio, são surpresas que surgem a todo instante. Ao mesmo tempo em que ali estou prestando meu trabalho voluntário para ensinar e auxiliá-los, também aprendo e sou ajudado.

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Realmente, há uma reciprocidade muito grande, um laço de amizade no qual jamais gostaria que rompesse. É um carinho indescritível, que o “Tio Porco Espinho”, como sou chamado, sinto pelas crianças.

Revertendo custos, André Henrique Lino.

Atuei como voluntário em uma área um pouco mais afastada, onde não tinha muito contato com as crianças, porém a modesta contribuição ajudou a recuperar alguns antigos computadores e impressoras para serem usados ou vendidos.

Muitas pessoas acabam doando equipamentos danificados que acabam não tendo utilidade, pensando que por estar doando, a pessoa esta fazendo uma boa ação, mas na verdade isso acaba por prejudicar a entidade, que fica responsável por descartar esse resíduo no meio ambiente, pois não possui utilidade alguma, ocupar apenas espaço nos estoques da instituição.

Na entidade, notei que o uso dos equipamentos de informática é restrito, pois não são todos que dominam os aplicativos, não conseguindo tirar todo proveito que a informática oferece. Contribuí tirando algumas dúvidas dos usuários e, agora, estou atuando na entidade em manutenções simples e tentando vender os equipamentos que não serão usados na associação. Com a arrecadação obtida poderá trazer outros benefícios para a instituição, melhorando assim o local de estudo e trabalho na ABID.

Considerações Finais

A prestação do trabalho voluntário tornou-se uma oportunidade de exercitar valores que todos nós afirmamos ter e apreciar, como solidariedade, desprendimento, humildade, porém o exercício efetivo desses valores nos faz compreender que há diferenças entre ser solidário e esporadicamente ter uma atitude assistencialista que geralmente serve mais para confortar nossa consciência do que para produzir benefícios duradouros.

Foi solicitado que executássemos um mínimo de 20 horas de trabalho voluntário. Nós percebemos que não é possível quantificar a solidariedade. Após cumprir o tempo estipulado, paramos de contar...

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Amostras dos trabalhos desenvolvidos pelas crianças

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Imagens da instituição

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ASSOC. FIL. ASSIST. SÃO FRANCISCO DE ASSIS – INDAIATUBA

A Associação Filantrópica e Assistencial São Francisco de Assis (A.F.A.S.F. A) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, fundada em 05/05/1995, pelo Sr. José Benedito Francisco (in memorian). Que, mediante a necessidade do município de Indaiatuba iniciou um trabalho filantrópico com entrega de cestas básicas e leite para famílias carentes, vítimas do vírus HIV.

Devido à necessidade de oferecer um amparo as famílias vítimas do HIV e visando cuidados específicos por meio de uma equipe de profissionais da área de saúde, foi finalizada em 1997 a construção da primeira casa por acolhimento de pessoas carentes portadoras do vírus HIV. Da necessidade de efetuar um trabalho específico com crianças portadoras ou não da patologia, em alguns casos, filhos dos próprios residentes, foi concluída em 02 de fevereiro de 2000 a construção da casa de apoio à criança Lar da Benção Meimei.

Manhã

Jéssica Aline Teixeira RA: 20071M22

Tarde

Priscilla Beatriz Sombini: RA 20071V28

Noite

Gislaine Cristina Martins - RA 20071N14

Leonardo Furtado Gomes - RA 20071N22

Lívia Facchim Pedrosa - RA 20071N23

Mayara Sayane Souza Shinosaki - RA 20071N27

Tatiana Ferreira Sousa - RA 20071N40

Thais Ribeiro Palmieri - RA 20071N38

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Jéssica Aline Teixeira RA: 20071M22 Nome do Projeto: Aprendendo a gostar de inglês Período de realização: 25 de fevereiro a 15 de abril de 2007 Total de dias: 05 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Janete Rodrigues

Conhecendo o Lar São Francisco percebi que eles não necessitavam de auxílio nos setores administrativos ou organizacionais, por isso resolvi realizar meu trabalho na casa de Apoio à Criança. Meu objetivo é que elas se interessem em aprender inglês e para que isso seja possível levo para essas crianças atividades por meio das quais elas aprendem de forma divertida.

A casa das crianças tem 24 moradores, e aos domingos, dia em que faço meu trabalho, ficam apenas duas responsáveis na casa. Desse modo além de aplicar as atividades de inglês, eu ajudo as funcionárias a cuidar dessas crianças.

25 de fevereiro: fui bem recebida pelas crianças, elas se apresentaram e falaram sobre as coisas que gostavam de fazer. Comentei sobre o meu interesse de passar as atividades de inglês e boa parte delas gostou da novidade. Elas fizeram desenhos e antes do horário da visita fizemos brincadeiras recreativas. Quando me despedi elas pediram que eu voltasse, isso porque elas se apegam facilmente aos visitantes e sentem falta deles quando vão embora.

04 de março: as crianças ficaram contentes ao ver que eu havia voltado. Passei uma atividade para ensinar as cores em inglês, com desenhos para colorir, mas infelizmente nem todos participaram. Nesse dia percebi que as crianças que ficam mais próximas de mim e também de outros voluntários são as mais novas. E isso ocorre porque elas se sentem mais à vontade para se aproximar, diferentemente dos mais velhos. Um casal de voluntários levou uma cadela adestrada para brincar com as crianças e elas ficaram entretidas o resto da tarde.

18 de março: quando cheguei, a casa estava em festa, eles fizeram um almoço especial para comemorar o aniversário de uma das meninas. Depois do almoço elas me levaram para visitar a casa dos adultos e também me mostraram um pequeno rio que corta o terreno do Lar.

Ao retornarmos, fizemos à atividade “Greetings” e também desenhamos. No café da tarde as comemorações continuaram. Foi um dia muito agradável.

25 de março: a casa estava muito agitada, pois dois novos moradores chegaram ao início da semana e todos ainda estavam se adaptando. Depois de muitas brigas entre as crianças consegui aplicar a atividade “What is your name?”. Depois da atividade as crianças quiseram desenhar. Durante essa tarde ocorreram muitas brigas entre elas, então, eu conversei a respeito da convivência, expliquei que elas tinham que se esforçar para viver da melhor maneira possível. Muitas delas me ouviram, mas outras não deram importância ao que eu disse.

15 de abril: chegando ao Lar conheci duas novas moradoras, parece que a cada semana aumentam as crianças e as divergências entre elas, eu insisto em dizer que elas devem conviver da melhor forma, pois vive na mesma casa e precisam tornar essa convivência agradável. Com a atividade do dia elas aprenderam os nomes dados aos membros da família (em inglês). Aproveitei também para conversar sobre a família que elas constituem, mas nem todas acreditam nisso. Depois as acompanhei até o rio com outra funcionária, as crianças brincaram no rio até o horário da visita.

Além das atividades mencionadas, todo o domingo ajudo as funcionárias nas tarefas da casa, principalmente no último mês, porque houve um aumento no número de bebês e fica mais difícil para elas controlarem banhos, mamadeiras, os visitantes e também as divergências entre as outras crianças.

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Por meio desse trabalho as crianças têm contato com a língua estrangeira de forma agradável o que possibilita que o interesse delas em aprender aumente, visto que conhecer outras línguas atualmente é muito importante.

Mas para mim, o mais importante nesse trabalho é conviver com aquelas pessoas maravilhosas que me fazem ver a vida de uma maneira completamente diferente do que via antes. Hoje dou valor a coisas que antes passavam despercebidas. Aprendo muito a cada domingo que vou ao Lar. Tornei-me uma voluntária na Associação Filantrópica e Assistencial São Francisco de Assis e pretendo continuar o meu trabalho; o próximo passo é arrecadar livros para montarmos uma biblioteca. Sem dúvidas aquelas crianças já fazem parte da minha vida.

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Priscilla Beatriz Sombini - RA 20071V28 Nome do Projeto: Responsabilidade Social Período de realização: 20 de maio a 10 de junho de 2007 Total de dias: 09 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Janete Rodrigues

Iniciei meu trabalho voluntário forçada, não queria fazer perder meu tempo com pessoas que não conhecia e nem queria conhecer. Fiz a entrevista sem perguntar nada, somente ouvia o que a assistente social e a psicóloga falava, comentavam mais sobre a instituição, mas quando falaram que o lugar era para portadores do HIV, me assustei: aonde eu fui parar? Continuei sem perguntar nada e fui embora pensando nas crianças portadoras do vírus.

No meu primeiro dia de trabalho, fui para a casa das crianças que vinham, todas, correndo para me abraçar, beijar, tocar. Queriam me conhecer e eu nem queria tocar nelas, afinal elas tinham AIDS. Durante as duas horas que permaneci, fazia o máximo possível para que elas não me tocassem.

No segundo dia, foi a mesma coisa, com um, porém: eu não estava acreditando que aquelas crianças tinham AIDS, elas eram muito “normal”, não aparentavam estar doentes, fiquei com muitas dúvidas, até que liguei para a instituição para agendar um horário com a assistente social e a psicóloga para tirar minhas dúvidas.

Fui ao horário combinado e quando cheguei, a primeira coisa que perguntei foi se aquelas crianças tinham mesmo AIDS. A resposta foi não. Fiquei tão aliviada que, na hora, comecei a perguntar várias coisas sobre as crianças, fiquei muito interessada em saber delas. Sanei várias dúvidas, perguntei mais coisas da vida delas, o porquê de elas estarem naquele lugar. No final me envolvi mais do que eu queria.

Meu grande preconceito no começo foi o fato da AIDS (achava que não tinha esse preconceito) foi derrubado, pois a partir do momento que encarei o problema de frente, pude ver a verdade. Minhas idéias foram mudando a cada semana que passava com aquelas crianças. Comecei a vê-los de outra forma, dava mais atenção a eles, mais carinho, tentando ser amiga deles, o que é bem complicado, porque eu tinha que saber lidar com cada um deles de forma diferente, pois são personalidades diferentes, uns são mais carentes outros não: convivem com a expectativa de voltar para sua casa e ficar com seus pais; outros não querem.

A cada semana que vou ao lar, saio com uma nova maneira de ver o mundo e as pessoas, dando muito mais valor para tudo que tenho. Estou aprendendo muito com eles e pretendo continuar indo todas as semanas visitá-los. Não quero parar, pois achava que tudo isso que eu estou fazendo era “besteira”, mas um simples abraço que dou em uma criança, para ela significa muito. Para alguém, pode não significar nada, mas um simples gesto de carinho para elas é muita coisa, pode ser aquele abraço que a própria mãe nunca lhes deu.

Durante uma de minhas visitas, aconteceu um fato que me obrigou a pensar e refletir muito, depois que fui embora: uma adolescente, já com seus 15 ou 16 anos pediu à supervisora que ligasse para sua tia, pois queria que a tia viesse buscá-la no domingo. Percebi no sorriso dela, a alegria que às vezes, não damos valor quando estamos em um almoço com a família, todos reunidos. Só quando perdemos, é que damos valor.

Com toda essa experiência que estou adquirindo, começo a me perguntar como uma mãe pode dar à luz a uma criança e abandoná-la. É muito doloroso isso. Por exemplo, tinha um bebê que estava no local temporariamente, ainda sem nome e “sem dono”, fiquei impressionada com a falta de humanidade das pessoas que fizeram isso e admirada com o trabalho que as pessoas do lar fazem com as crianças que ali chegam. Eles buscam ajudá-las em todos os aspectos, dando assistência material, educativa espiritual.

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O local é muito limpo e organizado cuidado pelas próprias crianças. Eu os presenciei arrumando o roupeiro, lavando o banheiro, dando mamadeira para os bebês. Eles mesmos se ajudam. O ambiente fora das casas também é muito limpo, tem um campo grande, com algumas árvores e tem até um rio que se formou de uma nascente, em que as crianças nadam.

Ali, os únicos que têm AIDS são os idosos, já no estágio final da doença, abandonados pela família, que possivelmente não aprenderam a aceitar uma pessoa com AIDS, situações onde os próprios filhos que abandonaram seus pais.

Com isso, os idosos apresentam muito abatimento e quando recebem visitas eles querem conversar, alguns até pedem que se telefone para alguém buscá-los. Outros parecem aceitar sua situação e falam que ali é sua casa. Também tem o caso dos andarilhos que vêm para o local por estarem muito debilitados e precisando de cuidados especiais. Quando se recuperam vão embora, falam que já estão melhores e que têm outras pessoas que precisam estar ali. Percebe-se que eles não querem causar preocupação, dar trabalho a ninguém.

Passei pela experiência do preconceito e agora estou vivenciando a realidade. Estou tentando ajudar, mesmo que seja brincando e dando carinho por algumas horas. Acho até que posso fazer mais. Gostei muito de conhecer a instituição e ver como funciona tudo aquilo. Todas as pessoas deveriam conhecer e ser voluntários, pois seus pensamentos e seu modo de ver a vida mudariam. O mundo ficaria mais humano se as pessoas fizessem esse tipo de trabalho.

Falamos muito que a violência está muito grande e que ninguém mais respeita ninguém. Mas não saímos do nosso mundinho para ajudar quem precisa.

Quando iniciei o trabalho voluntário, não queria entrar nesse mundo isolado da sociedade, queria continuar achando que aquilo não era meu problema, mas é! Ajudar o próximo não é uma questão de obrigatoriedade, é uma questão de gratificação, de você ajudar, e ver que seu trabalho voluntário ajuda a pessoa necessitada e a você mesma. Quando não damos chances a essas crianças, estamos gerando violência, futuramente. É fácil falar que elas estão nessa vida porque querem, mas precisamos olhar para elas e ver seus problemas e dificuldades, ver o que precisam e ensinar a conquistar, ainda que com um pouco mais de dificuldade, as coisas que almejam. Mas, honestamente, temos que dar oportunidades para que elas entrem no nosso mundinho e não se sintam inferior.

Falamos que não temos preconceito, mas só iremos descobrir quando nos engajarmos em experiências como esta que estou vivenciando. Em muitos casos, temos preconceito sem saber. Passei por isso, e vi o quanto é difícil lidar com esse tipo de problema, mas não desistir e tentar mudar minha realidade e a de outras pessoas que podem precisar de mim.

“O trabalho voluntário gratifica quem trabalha, ao mesmo tempo em que oferece novas experiências e oportunidades a todos os envolvidos.”

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Gislaine Cristina Martins - RA 20071N14 Nome do Projeto: Responsabilidade Social Período de realização: 14 de abril a 29 de junho de 2007 Total de dias: 05 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Janete Rodrigues

Não é tão fácil realizar o trabalho voluntário, pois na maioria das entidades as atividades são realizadas durante a semana, e que algumas não abrem espaço a voluntários devido a alguns problemas já ocorridos, tipo falta de comprometimento, falta de disciplina, entre outros. Ou seja, muitas pessoas querem realmente ajudar, mas da maneira delas, e não conforme a necessidade de cada entidade.

Ao iniciar a procura por uma entidade para realizar o serviço social, me deparei com algumas dificuldades, pois eu poderia realizar o serviço voluntário somente aos domingos, devido ao meu emprego. Visitei a entidade Lar de Velhos Emmanuel, e não consegui realizar o trabalho, devido à justificativa da responsável de que muitas vezes o “voluntário” (incentivado por alguma escola ou faculdade) não colabora e acaba até atrapalhando as atividades da entidade. Tentei a Casa da Misericórdia, que fica na igreja Santa Rita de Cássia, não consegui falar com o responsável, pois este só se encontra em horário comercial. Visitei o SISOL, porém as quatro vezes que fui até a entidade, a mesma estava fechada, liguei no Vicentino e fui informada que não havia atividades aos domingos. Liguei na Pastoral da Criança e também não havia atividades aos domingos. Por último, já desapontada com tantos resultados negativos, liguei no Lar São Francisco de Assis e conversei com a Dra. Vanessa, psicóloga da entidade, e finalmente consegui uma entidade pra trabalhar, pude marcar uma visita para conhecer o local e o trabalho da entidade.

Realizei o trabalho voluntário aos domingos e feriados, pois era o tempo que tinha disponível. Não tive como escolher com que tipo de entidade gostaria de trabalhar, devido o tempo disponível que eu tinha, mas trabalhar com crianças foi muito gratificante, pois senti a necessidade de atenção e carinho de cada uma delas. O programa da entidade dá assistência escolar, e profissional, no caso de adolescente e adulto, porém, o não convívio com a família sempre será algo que cada uma delas irá levar durante a vida toda.

20 de maio: visita ao Lar São Francisco de Assis, integração do local e atividades com a psicóloga Vanessa. Preenchimento do regulamento interno.

27 de maio: o primeiro dia foi um tanto estranho, pois me senti um tanto deslocada. Procurei a monitora Helena e ela me orientou a monitorar as meninas (que são a maioria). Tentei me interagir com elas - havia uma outra voluntária - tentei entrar no ritmo delas. Fui muito bem recebida, não pude ficar muito tempo, mas sai de lá com muitos planos para as próximas visitas.

07 de junho: o segundo dia já me sentia mais a vontade e fui recebida pelas crianças com abraços e beijos. Levei um DVD com o filme do Garfield para eles

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assistirem - alguns assistiram, outros foram brincar ao ar livre. Ajudei a monitora com o café da tarde.

09 de junho: um dia antes comprei um livro infantil, com desenhos para colorir. Tirei cópias e levei para as crianças. Elas adoraram, foi muito bom ver a alegria delas. Acompanhei a pintura dos desenhos, mas como domingo é dia de visita, algumas crianças estavam com seus familiares. Fizemos algumas recreações ao ar livre, mas infelizmente uma das crianças (um menino), se dispersou das demais e foi brincar com uma égua, que mais adiante estava, e a égua mordeu o braço dele. A avó da criança estava presente e também não viu. A criança foi medicada ali no ambulatório e encaminhada pela funcionária juntamente com a avó para o hospital. Aparentemente houve só um raspão no braço e um hematoma devido à pressão da mordida.

A conclusão que posso tirar em tão pouco tempo de trabalho voluntário, é que podemos fazer mais pelos outros, pela sociedade. É diferente ouvir sobre os tipos de atividades que cada entidade faz do que você participar, sentir e contribuir de alguma forma, ver e sentir a realidade de cada uma dessas pessoas, muitas tão jovens, tão crianças. Pra minha formação profissional, o trabalho voluntário contribuiu para meu desenvolvimento de relação interpessoal, administração de conflitos, saber respeitar os limites de cada pessoa, aceitar como ela é e ajudá-la e perceber o que se tem de melhor.

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Leonardo Furtado Gomes - RA 20071N22 Nome do Projeto: Adote um Sorriso Período de realização: 12 de maio até 16 de junho de 2007 Total de dias: 07 Total de horas: 22 Responsável pela Entidade: Janete Rodrigues

Quando a professora Silma Pompeu nos apresentou a proposta sobre nosso então projeto de trabalho de faculdade, fiquei um tanto preocupado sobre quando e como seria o meu trabalho. Foi aí que fui convidado por meus colegas da faculdade, para fazer parte de um grupo de mais ou menos seis pessoas que fariam o trabalho voluntário aos sábados no AFA São Francisco de Assis (mais conhecido como Lar São Francisco), mais precisamente na Casa de Apoio à Criança - Lar da Benção Meimei que trabalha com crianças de zero á 12 anos de idade.

No primeiro dia (05/05/2007) fomos conhecer a instituição. Logo na entrada fiquei maravilhado com o local, uma maravilhosa chácara em Indaiatuba com direito até a um riacho. Em seguida, conversamos com a psicóloga que nos passou todos os regimentos internos da organização e nos deram uma “dica” para não nos apegarmos as crianças devido a grande rotatividade delas no Lar, pois um dia poderíamos encontrar uma criança e já no outro ela não estar mais lá.

Terminado a parte burocrática fomos ao mais esperado, às crianças, que nos receberam com muito carinho e afeto, disparando em nós uma enorme quantidade de perguntas, muitas vezes sem respostas. Mesmo assim, pude perceber estampado no rostinho deles, por detrás daquele sorriso que nunca acaba, uma grande tristeza devido a enorme falta de carinho e afeto, decorrente da falta dos pais.

Para o segundo dia (12/05/2007) reservamos brincadeiras fora da casa, utilizando o enorme quintal que eles possuem, com muita correria e diversão. No dia seguinte a assistente social nos relatou que todas elas haviam dormido feito uma pedra de tão cansadas que tinham ficado no dia anterior.

Para o terceiro dia (19/05/2007), e nas duas visitas seguintes (26/05/2007, 2/06/2007), fizemos brincadeiras e gincanas dentro e fora da casa. Visitamos o mais famoso local da chácara, o riacho, onde as brincadeiras quase se tornaram em um banho de rio.

No sexto dia (09/06/2007) tivemos um empecilho e não pudermos sair. A chuva que não parava lá fora havia transformado tudo em lama, então tivemos que nos “virar” dentro da casa, mesmo ouvindo os gritos e berros das crianças querendo sair.

No dia 16/06/2007 completei as minhas 20 horas, sendo então o sétimo e último dia a ser complementado no meu trabalho.

Neste período que realizei aos sábados o trabalho voluntário, tive sensações e realizações inexplicáveis: tive que administrar conflitos e problemas de saber trabalhar em grupo. Julgo isto ser muito importante para a minha vida, tanto pessoal quanto profissional, pois vejo que além de ajudar e ser ajudado posso também reconhecer o diferente e o diferenciado, e, o mais importante, saber respeitá-los.

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Lívia Facchim Pedrosa - RA 20071N23 Nome do Projeto: Adote um Sorriso Período de realização: 12 de maio até 16 de junho de 2007 Total de dias: 06 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: João Marcos Sanabria de Roma

O voluntariado sempre me chamou a atenção. Por muitas vezes me interessei em começar a praticar, com idéia fixa de que ajudar ao próximo é muito importante. Ao me deparar com a proposta de iniciar um trabalho social, senti que era a minha oportunidade de fazer o bem em favor de quem necessita. O que eu não sabia é que a partir daquele momento eu passaria por experiências tão gratificantes. Eu e um grupo de amigos do curso de Gestão Empresarial da Fatec-ID escolhemos a Associação Filantrópica e Assistencial São Francisco de Assis para iniciar o trabalho.

Freqüentamos o lar São Francisco todos os sábados pela manhã. A princípio pensei que fosse encarar como uma obrigação levantar cedo, no único dia que tinha para dormir durante a semana, e ainda ter que me deslocar de Campinas para Indaiatuba, onde se localiza a entidade, de ônibus. No entanto, logo no primeiro dia chegamos e fomos muito bem recebidos, tanto pelos colaboradores e responsáveis pela instituição, quanto pelas crianças que ali habitam.

O Lar São Francisco abriga crianças, jovens e idosos. No entanto nosso foco foram as crianças. Estas são portadoras do vírus HIV, ou aguardam alguma decisão da justiça em relação à guarda, outras sofreram maus-tratos ou abuso sexual, ou simplesmente foram abandonadas por suas famílias. A idade varia entre zero e 12 anos. Uma característica comum entre todas é a carência. Ao chegarmos, fomos recebidos com abraços e beijos. Pudemos perceber também logo de início a seriedade da instituição, e o tamanho da responsabilidade que seus fundadores carregam. Os maiores responsáveis – Janete e Marcos – são chamados pelas crianças de pai e mãe. É exatamente esta a relação entre eles, com o mesmo carinho e respeito.

Além de o Lar funcionar como um abrigo, nele, as crianças são disciplinadas, ou seja, cada qual tem suas funções dentro da casa. Uns guardam e dobram as roupas, outros lavam a louça, e assim as funções são distribuídas. Há uma relação muito boa entre eles. São poucos os que não contribuem com o bom andamento da casa, e estes são logo corrigidos, para que não se tornem pessoas egoístas. Esta foi uma das maiores lições passadas por eles. A humildade de dividir o pouco que cada um possui, e a preocupação com o bem estar do próximo. Todos ali cuidam uns dos outros.

Levando em consideração os nossos objetivos em relação às crianças, a princípio pensamos que seria necessário criarmos algumas brincadeiras, ou mesmo um cronograma a ser seguido à risca, para que não faltasse o que fazer nas nossas visitas. No entanto quando nos deparamos com a realidade, percebemos que tanta programação não serviria pra muita coisa. Aprendemos a lidar com o improviso, e nos deixamos levar, quando percebemos nossas horas já estavam no final. Nossas atividades se resumem em promover brincadeiras na área externa, devido ao privilégio de espaço da instituição, que é como uma chácara, com uma área muito proveitosa. Fazemos brincadeiras dentro da casa também, quando queremos que eles fiquem um pouco mais quietos, visto que nas nossas visitas eles ficam muito agitados, e querem aproveitar cada minuto que ali estamos. Um deles nos disse uma

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vez que é muito bom quando estamos ali, pois quando vamos embora é muito chato, não tem ninguém para brincar e para conversar. Isso nos dá uma alegria imensa. Além das brincadeiras, procuramos conversar e muitas vezes corrigi-los quando falam coisas impróprias, ou brigam e desobedecem. Eles nos respeitam bastante. Além disso, uma outra atividade que eu prezo muito fazer é cuidar dos bebês de colo, limpa-los quando necessário, e dar mamadeira com a atenção que eles realmente merecem, pois muitas vezes os colaboradores estão com tantas tarefas que acabam dedicando menos atenção do que a situação exige. É importante citar a confiança que nos é dada em relação à responsabilidade que assumimos. Os colaboradores deixam claro que quando as crianças estão com os voluntários, não há necessidade de se preocupar com a segurança deles. Isso nos faz sentirem valorizados.

Uma das experiências mais bonitas que passei durante esse período aconteceu quando eu estava meio distante de uma rodinha de crianças que aprendiam algumas palavras em japonês com uma voluntária aluna da FATEC também. Para minha surpresa uma das meninas saiu da roda, e veio até mim. Ela tem cerca de oito anos, e nos damos muito bem. A menina me disse uma pequena expressão em japonês e passou a mão levemente sobre o meu rosto, e eu fiquei sem entender o que aquilo significava. Só senti uma imensa ternura vinda daquela pequena garota. Em seguida ela se afastou e foi aprender mais expressões. Mais tarde eu consultei a voluntária, para saber o significado da tal palavrinha citada pela menininha. Pois descobri que era “Te amo”, e isso causou uma imensa alegria em mim. Eu percebi o quanto estava fazendo diferença para aquela criança, e o tamanho do carinho que ela sentia por mim.

Isso me fez perceber o quão sério é a situação com a qual estou lidando. E a cada sábado sinto mais alegria em compartilhar algumas horas da minha semana com pessoas que me ajudam a crescer, e melhor que isso, se importa com a minha companhia, e com meu carinho. É uma troca muito intensa, e no final percebemos que o saldo de doação da nossa parte não supera mais o saldo de recebimento.

Essa experiência acrescentou na minha vida pessoal, o conhecimento do devido valor que as coisas que não são materiais possuem. Eu nem as crianças nos doamos um centavo sequer, mas os presentes que uns demos aos outros é de um valor inestimável. Percebi que quando doamos um pouco de carinho, recebemos o mesmo em dobro. Aprendi que as pessoas carentes precisam tanto de mim quanto eu delas, e a situação na qual elas se encontram não as tornamos menos capazes ou menos valorizadas que as outras.

Profissionalmente, posso dizer que aprendi a agir em grupo de maneira menos individual, ou seja, percebi que precisamos uns dos outros para que nossos objetivos sejam alcançados completamente. Aprendi que ser persistente e não desistir com facilidade faz parte da vida, e mesmo que o desafio seja grande, ele deve ser encarado. Aprendi que o medo do desconhecido pode bloquear grandes oportunidades, e dar uma chance àquilo que não estamos habituados pode melhorar tudo.

Sem dúvida essa experiência me proporcionou uma nova visão dos conceitos citados acima, e me tornou mais corajosa e prestativa.

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Mayara Sayane Souza Shinosaki - RA 20071N27 Nome do Projeto: Adote um Sorriso Período de realização: 12 de maio até 16 de junho de 2007 Total de dias: 06 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: João Marcos Sanabria de Roma

A minha prestação de serviços não remunerados a favor da comunidade foi destinada à Associação Filantrópica e Assistencial São Francisco de Assis em Indaiatuba – São Paulo, uma entidade que abriga desde recém nascidos até idosos, que dispõe de casas totalmente estruturadas para suportar seus hóspedes. Implantei um projeto que se chama Adote um Sorriso, o qual visa desenvolver atividades recreativas com as crianças do lar, o público que decidi trabalhar devido a maior facilidade de compreendê-los.

Quando iniciei o meu trabalho no dia 12 de maio, notei que eu fazia uma troca, uma troca com as crianças muito injusta de recompensas. Eu oferecia o meu carinho, a minha atenção, os meus conhecimentos para animar as quase vinte crianças do Lar São Francisco e recebia lições de vidas espetaculares. No primeiro dia eu conheci as casas do Lar São Francisco, os funcionários, os outros voluntários e seus moradores, assim fui me adaptando ao tipo de vida simples e alegre, que as crianças do lar eram acostumadas.

O projeto que desenvolvi junto a outros voluntários tem o objetivo de proporcionar atividades recreativas para as crianças, visando incentivar a interatividade e a sociabilidade. Através das atividades desenvolvemos o conceito de educação das crianças, tentando fazer com que elas se adaptem ao meio em que vivem. Ao decorrer do trabalho, auxiliei algumas crianças no dever de casa, em seus comportamentos com outras crianças, em atividades (pintura a dedo e desenhos livres) e as animei com brincadeiras tradicionais. Com elas eu também fui aprendendo: aprendi a controlá-las, a adquirir o respeito das crianças, a trabalhar melhor com os meus colegas, a decidir a melhor opção de atividade para cada dia, a discutir o problema de cada criança e tentar solucioná-lo. Adquiri a responsabilidade de todos os sábados de manhã estar no lar São Francisco, melhorei o meu relacionamento em grupo e pude perceber que estando em conjunto, fica bem mais fácil controlar as crianças, pois cada um assume a responsabilidade sobre uma quantia de crianças.

Durante o meu estágio, pude perceber aquelas crianças magrinhas, de apenas 7 ou 8 anos cuidando dos bebês, querendo os fazer pararem de chorar, conversando com eles... Então acredito que eles sabem que têm que cuidar um do outro, porque apesar de terem pais ou familiares, não podem contar com eles, que aquela por mais que seja inadequada, é a sua família atual.

Algo que me chamou a atenção foi a forma com que a presidente do lar São Francisco, Janete Rodrigues, trata ”seus filhos”, como ela os chamam, e o carinho que eles zelam por ela. Quando ela chega escuto: “mãe, mãe, a mãe chego, gente”, é muito calorosa a recepção que eles fazem a ela, e ela faz por merecer, sempre organiza festinhas para animá-los, compra presentes pra eles, e até dormir no lar ela dorme. É o próprio papel de mãe que ela assume no lar.

O “pai” vice-presidente da associação São Francisco de Assis, João Marcos Sanabria de Roma, demonstra uma preocupação gritante. Ele não pode ver uma criança perto de um murinho que já está gritando: “filha, o que o pai falou sobre esse

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murinho?”, é tranqüilizante saber que todas as crianças do lar São Francisco estão em ótimos cuidados e cercadas com pessoas tão ricas de espíritos e coração.

O lar apresenta uma equipe técnica fabulosa composta por assistente social, psicóloga, enfermeiras, terapeuta ocupacional, cozinheira, faxineira, auxiliar de escritório, secretária e motorista. Ás vezes, chego até a duvidar se lá no lar São Francisco de Assis eles não serão mais felizes do que em suas próprias casas, e se eles vão ter tantos cuidados com a saúde, educação, bem estar emocional como eles têm.

O meu trabalho na Associação Filantrópica e Assistencial São Francisco de Assis, foi de Responsabilidade Social, pois acredito ter me tornado co-responsável pelo desenvolvimento de uma pequena sociedade, em que permeou a gestão responsável e também a extensão, foi bem mais que a pura filantropia.

Esta experiência contribuiu na minha vida pessoal, aprendendo lições de vida, e na minha vida profissional, em que aprendi a me relacionar melhor com os meus colegas de trabalho, a ser líder, pois de certa forma eu orientei as crianças do lar São Francisco em todas as atividades desenvolvidas, a solucionar conflitos internos, quando eu amenizava a situação e resolvia as diversas brigas entre ambos.

Quando finalizei as minhas horas no lar São Francisco no dia 16 de junho, a primeira coisa que me perguntaram era se eu ia continuar freqüentando o estabelecimento, então respondi que sinto que tenho um compromisso semanal com o lar São Francisco, e não há um dia em que não pense nas crianças, que atividade irei desenvolver, em como adquirir os produtos materiais que prometi a elas, em como ajudar cada uma, seja na escola, no lar, ou na família, que enquanto puder eu estarei no lar.

Casa de Apoio à Criança - Lar da Benção Meimei Centro de Acolhimento - Lar Esperança a Caminho da Luz

Espaço livre no lar São Francisco

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Tatiana Ferreira Sousa - RA 20071N40 Nome do Projeto: Adote um Sorriso Período de realização: 12 de maio até a data atual Total de dias: 05 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: João Marcos Sanabria de Roma

A minha avó Ermelinda que sempre me apoiou, e que neste descansa em paz.

Participar de um projeto social foi uma experiência fantástica, ainda que a

princípio eu colocasse várias barreiras para iniciá-lo, uma delas era o tempo. Mas creio que faltava um “empurrãozinho”, e graças à disciplina de Humanidades, e claro, à professora Silma, iniciei uma jornada fascinante.

Eu acredito que o objetivo deste projeto consiste em ações pedagógicas voltadas na formação de cidadãos mais conscientes e críticos, onde estes saberão lutar por uma sociedade mais justa e igualitária, aprendendo a trabalhar e conviver em equipe.

A seguir, apresentarei o projeto iniciado por alguns alunos do primeiro semestre do curso de Gestão Empresarial da Faculdade de Tecnologia de Indaiatuba.

Associação Filantrópica e Assistencial São Francisco de Assis, conta com casas de apoio, o número atual de casas são quatro, mas logo contará com mais uma unidade.

Uma das casas é o lar de pessoas maiores de 18 anos portadoras do vírus HIV ela é chamada de Lar São Francisco de Assis. No primeiro dia do meu trabalho voluntário, eu e meus colegas da FATEC conhecemos os moradores deste recinto, no entanto não tive muito contato com eles, pois acredito que eles se sentem um pouco constrangidos com a presença de “estranhos”.

A casa de apoio à criança, foi onde permaneci por mais tempo, é chamada de Lar da Benção Meimei, onde abriga crianças de 0 a 11 anos de idade, portadoras ou não de patologia.

A casa de apoio ao adolescente é chamada de Lar Fraterno ao Encontro da Paz Chico Xavier, onde abriga adolescentes de 12 a 17 anos portadoras ou não de patologia.

E a casa de apoio à criança que está em construção é chamada de Lar da Benção Divina Luz.

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O projeto em que estou participando também conta com a participação de outros alunos da FATEC.

O nome do projeto se chama “Adote um Sorriso”, eu quem deu a idéia, pois ele se encaixou perfeitamente com a nossa idéia, a de passar as crianças da entidade um momento de descontração e alegria.

No primeiro dia tentamos conhecer um pouco do trabalho que é realizado na instituição, conhecemos os funcionários e voluntários que colaboram pelo belíssimo trabalho que é realizado com todos que lá se apóiam. Neste mesmo dia também tivemos um contato direto com as crianças do Lar da Benção Meimei, foi muito engraçado, pois as crianças conheceram a minha irmã gêmea na Páscoa, pois ela estava distribuindo ovos de páscoa para aquelas, e muitas se lembraram dela e a confundiram comigo. Vi o quanto é importante estar presente naquela instituição, pois as crianças são muito carinhosas, e percebi o quanto era importante que eu sempre pudesse ser pontual e honrar com responsabilidade de sempre chegar a um determinado horário e todos os sábados, porque as crianças ficam aguardando ansiosas as presenças dos voluntários.

Nos outros sábados realizamos atividades recreativas como brincar de pega-pega, esconde-esconde, morto e vivo, enfim. Também desenvolvemos atividades artísticas, onde incentivamos as crianças a desenvolverem desenhos livres.

Acredito que o nosso objetivo maior era poder ver o sorriso das crianças que sempre se abriam quando nos viam chegar, pois elas sabiam que iríamos realizar várias atividades que lhes proporcionavam alegria e descontração e nós recebíamos carinho e afeto.

Atualmente muitas pessoas se vêem em um mundo onde todos os seus esforços são ignorados, e o individualismo está cada vez mais comum. Será que um dia iremos nos ver livres deste sistema individualista? Esta é uma pergunta em qual a resposta está muito longe de ser afirmada.

Que bom seria se as pessoas se preocupassem mais com a integração social daqueles que estão à margem da sociedade e na melhoria da qualidade de vida de comunidades carentes. Nossa contribuição à Associação Filantrópica e Assistencial São Francisco de Assis pode ter sido infinitamente pequena em relação aos problemas que o mundo enfrenta, mas acreditamos que se a minoria começar a se manifestar logo teremos a maioria.

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Thais Ribeiro Palmieri - RA 20071N38 Nome do Projeto: Adote um Sorriso Período de realização: 13 de maio a 16 de junho de 2007 Total de dias: 06 Total de horas: 17 Responsável pela Entidade: João Marcos Sanabria de Roma

Muitos sabemos que atualmente, o Trabalho Voluntário é um ato muito importante para a sociedade. Pessoas e principalmente empresas vêm se preocupando cada vez mais com a Responsabilidade Social, participando e ajudando os que precisam, a fim de doar não só bens materiais, mas também um pouco de seu tempo e carinho, o que na maioria das vezes é o que mais de precisa.

Venho freqüentando o lar desde o dia 13 de maio, e posso dizer com toda a certeza que já pude aprender muitas coisas, inclusive a dar valor à vida e a tudo que tenho.

A primeira visita foi um choque, eu me perguntava como aquelas crianças poderiam ser tão felizes naquela situação em que se encontravam umas sem pai nem mãe, outras HIV positivas, e foi aí que comecei a rever minha vida, e a repensar meus pontos de vista sobre tudo.

Não havia uma visita em que eu não chegava, e todas as crianças saíam correndo para me abraçar e beijar, mas não era um simples abraço ou beijo, eram gestos em que eu podia perceber a falta que elas sentiam de uma companhia para brincar, ou até mesmo para fazer carinho, e foi aí que notei o quanto todas ali eram extremamente carentes.

Posso dizer que voltei um pouco à minha infância, pois ao chegar lá, me transformava em criança novamente; brincando de esconde-esconde, pega-pega, estátua, desenho, coisas simples que nos deixava com uma felicidade tão grande, e me fazia sentir realizada, por poder passar isso a elas, ter a oportunidade de fazê-las esquecer por algumas horas, alguns de seus inúmeros problemas.

A experiência foi única, me fez dar valor à vida, e perceber que às vezes estamos com um problema pequeno, e nos desesperamos, perdermos a fé, mas não paramos para pensar, que outras pessoas possuem problemas muito maiores, mas nem por isso perdem a fé, e o mais importante, o sorriso no rosto.

Com isso pude perceber a importância do respeito para com o próximo. Aprender a lidar com as diferenças, e preocupar-me mais com as pessoas, características fundamentais de quem quer trabalhar em equipe. A experiência fez-me crescer não só como pessoa, mas principalmente como profissional, pois me fez enxergar melhor o quão importante é ter um bom relacionamento em grupo, onde sabemos que encontraremos os mais diferentes tipos de pessoas.

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ASSOCIAÇÃO SANTA TEREZINHA - CARAPICUÍBA

A Associação Santa Terezinha foi fundada em 1914 e tem como objetivo abrigar, educar e alimentar crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, sendo hoje responsável pela tutela de mais de 450 jovens e crianças provindas das Varas da Infância e Juventude, Conselhos Tutelares e Serviços de Saúde da Cidade de Carapicuíba (SP) e de outras cidades vizinhas.

As crianças e adolescentes freqüentam escolas da rede pública; participam dos cursos profissionalizantes mantidos pela associação, como de informática e jardinagem; atividades artísticas; de lazer; religiosas e esportivas. A Associação está localizada em um terreno de 12 hectares e sua infra-estrutura conta com 06 casarões coloniais, cozinha e lavanderia industrial, refeitório, salas de aula, biblioteca, escritório, ginásio esportivo, brinquedoteca, campo de futebol e uma capela.

A entidade possui uma página na internet onde os visitantes têm acesso a imagens do local, informações técnicas e uma relação das atividades praticadas pelos internos. Neste site o visitante também tem acesso ao procedimento para a realização de doações. O site é: http://www.santaterezinha.org.br/

Tarde

Camila Mariano Soares - RA 20071V05

George Farias Silva – RA 20071V14

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Camila Mariano Soares - RA 20071V05 George Farias Silva – RA 20071V14 Nome do Projeto: Reativação do laboratório de informática Período de realização: abril a maio de 2007 Total de dias: 10 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Nelson Alda Filho

O nosso trabalho começou com a procura por uma entidade próxima à nossa residência e que possuísse uma política em que fosse permitida a prestação de serviços voluntários. A Associação Santa Terezinha foi selecionada, pois está localizada geograficamente próxima a minha residência e também pelo fato de conhecermos o responsável pelo departamento de recursos humanos da associação.

Durante a nossa primeira visita tivemos uma recepção amigável em que fomos apresentados aos responsáveis pela instituição que nos ofereceram todo o apoio necessário para desempenharmos as nossas atividades. Em uma conversa inicial descobrimos a existência de um laboratório de informática que estava desativado e que precisava de manutenção técnica para voltar ao funcionamento. Devido ao fato de sermos alunos do curso de informática e possuirmos conhecimento nesta área, nos propusemos a deixar este laboratório em condições de uso para os internos. Ainda nesta visita, foi definido um horário para as nossas visitas (das 8h00 às 9h00) e a periodicidade (de segunda a sexta), até a conclusão do nosso trabalho. Daí em diante, todos os dias agendados passamos a ter acesso ao laboratório de informática, no qual desempenhamos um total de 20 horas (cada um) de trabalho voluntário. Durante este período recebemos visitas de coordenadores e internos que se demonstraram interessados em compreender o nosso trabalho e nos auxiliar no que fosse necessário.

Ao entrarmos pela primeira vez na sala de informática nos deparamos com 15 computadores usados e alguns monitores que ainda não estavam configurados para que os internos pudessem ter aulas de informática. Como a instituição havia recebido estas máquinas e outras máquinas (que ficavam armazenadas em outro local) de doação, resolvemos focar o nosso trabalho em deixar um maior número possível de máquinas em funcionamento e interligadas em rede.

As fotos apresentadas neste relatório foram tiradas durante o desenvolvimento do trabalho (com prévia autorização por parte dos responsáveis pela Associação) juntamente com um descritivo das atividades que foram executadas:

Esta foto foi tirada no nosso primeiro dia de trabalho voluntário no local e mostra o estado inicial do laboratório: a maioria das máquinas não possuía sistema operacional instalado e algumas apresentavam problemas e hardware; a rede não estava configurada, alguns pontos estavam danificados e o HUB não estava em funcionamento.

Todas as máquinas foram empilhadas e seus respectivos Hds (discos rígidos) foram removidos e separados em uma caixa:

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Inicialmente uma máquina foi preparada e o sistema operacional instalado juntamente com um pacote de aplicativos básicos para escritório: editor de texto, planilha e apresentação de slides.

Todos os pontos de rede foram reorganizados e testados para garantir que todas as máquinas pudessem se comunicar entre si.

Com base nesta primeira máquina, os dados do disco foram replicados para os demais Hds, fazendo com que todos os 15 discos passassem a possuir o sistema operacional instalado juntamente com as demais aplicações, encerrando o problema de software.

ESTES 15 DISCOS FORAM REINSTALADOS NAS MÁQUINAS, QUE POSTERIORMENTE FORAM REALOCADAS EM SUAS MESAS APÓS ESTAS TAREFAS, TODOS OS EQUIPAMENTOS FORAM TESTADOS.

Os resultados alcançados com este trabalho foram muito satisfatórios no ponto de vista de nossa equipe, pois o laboratório de informática da Associação voltou a funcionar deixando à disposição dos internos um total de 15 máquinas interligadas em uma rede.

Deixamos os nossos contatos com os responsáveis pela instituição para que eles possam nos acionar caso algum equipamento apresente problema ou eles necessitem de algum outro serviço. Infelizmente a Associação ainda não possui nenhum instrutor para ensinar informática para as crianças, porém agora que o laboratório está em condições de uso, será iniciado um processo de recrutamento de instrutores de informática voluntários, garantindo a continuidade de nossos serviços e fazendo com que o nosso maior objetivo seja atingido: o de que todos os internos sejam incluídos digitalmente e possam sair da instituição com conhecimentos de informática, facilitando a entrada deles no mercado de trabalho e ascensão pessoal / profissional.

Imagens do local

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CASA DE BELÉM

A Associação Promocional Nossa Senhora das Graças – Casa de Belém. Foi inaugurada em 1996, e tem a missão de abrigar temporariamente as crianças (de 0 a 12 anos) vítimas da violência física, sexual, psicológica ou mesmo pela negligência de seus familiares, é uma associação de fins filantrópicos e sem fins econômicos; ela conta com funcionários e cerca de 60 voluntários.

A Casa de Belém é uma associação de fins filantrópicos e sem fins econômicos; ela conta com funcionários e cerca de 60 voluntários. A manutenção da entidade é feita a partir de créditos cedidos pela prefeitura, contribuição dos associados, realização de eventos e doações.

Noite

Juliana Cordeiro Maciel - RA 20071N18

Mirela Melaré - RA: 20071N28

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Juliana Cordeiro Maciel - RA 20071N18 Nome do Projeto: Abrigo a crianças vítimas de violência doméstica Período de realização: 02 de maio a 16 de junho de 2007l Total de dias: 06 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Luiza Helena de Arruda

O trabalho voluntário é de extrema importância para a sociedade, uma vez que o fim lucrativo infelizmente é o combustível da mesma.

Partindo dessa concepção, nada mais inovador do que explorar uma outra parcela da sociedade, que também possui suas necessidades financeiras, mas que alcança seus objetivos, ou pelo menos tenta, a partir da doação das pessoas envolvidas.

Doação de dedicação, de amor, de tempo, em prol de necessidades basicamente humanas, que a sociedade esquece à sua margem.

O curso de Gestão Empresarial tem como objetivo formar profissionais altamente capacitados (de acordo com suas especializações) para o mercado de trabalho, e, para esses profissionais, nada mais enriquecedor do que estarem envolvidos, direta ou indiretamente, em ações de caráter social e humano, que somente o trabalho voluntário oferece.

O meu trabalho foi realizado durante os sábados, teve início no dia 2 de maio, e foi um período muito divertido.

No meu primeiro dia, conheci a instituição, suas instalações e fiz uma breve entrevista com a responsável, que me orientou sobre como a instituição funciona.

Lá, todas as crianças já sofreram algum tipo de violência e estão afastados de suas famílias pela ausência dos requisitos básicos para a educação saudável das mesmas. O que todos esperam é que a situação das famílias se estabilize e que as crianças possam retornar para suas casas. Se não houver um parente que tenha condições de criá-las, elas permanecem na Casa de Belém, até os seus 12 anos, ou seguem para a adoção.

Em casos que as crianças não consigam um lar até os 12 anos, elas são encaminhadas para outras instituições, no qual permanecem até a maioridade.

A atividade que desenvolvi foi à recreação, já que aos sábados eles saem da rotina dos estudos.

O meu primeiro contato com as crianças foi muito interessante, sempre adorei crianças, só que não possuo muita paciência, por isso achei que não fosse agüentar 1 hora de bagunça. Mas o que me surpreendeu, foi que ocorreu o contrário, eles me receberam com muito carinho e não teve como eu me apegar de certa forma.

Alguns, por terem sido vítimas de maus tratos e ainda terem memória da violência sofrida, possuem uma personalidade muito forte, e um dos meninos que tem essas características demorou a se aproximar de mim, mas no meu primeiro dia, quando estava indo embora, veio ao meu ouvido e perguntou se eu iria voltar, porque era para eu voltar no dia seguinte. Aquilo me contagiou muito, fiquei muito feliz e ainda mais motivada.

Ao todo, a casa tem a capacidade para atender de 12 a 15 crianças, mas hoje atende a 17.

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Há uma semana, uma nova criança chegou à casa, vitima de maus tratos, o que mais me chamou a atenção foi o olhar abatido que aquela criança possuía.

Seu rostinho estava com várias escoriações, de violência mesmo, e com no máximo 3 anos, aquela criança já demonstrava ter sofrido grandes traumas, que implicarão em seqüelas pessoais profundas.

O melhor de tudo foi poder ter a certeza de ter proporcionado momentos agradáveis para aquelas crianças, e querendo ou não, não pude dizer adeus para elas, sei que conforme a rotina me favorecer, não poderei de deixar de visitá-las.

Seria inevitável, como ser humano, não ter me comovido com as situações e as condições que me deparei durante o trabalho, ainda que o tempo tenha sido relativamente curto. Mas também não posso dizer que me impressionei que tenha mudado a minha vida, pois querendo ou não, para mim, a sociedade a muito tempo de ser uma caixinha de surpresas. Posso dizer que foi enriquecedor tanto em aspectos pessoais e profissionais.

Pessoais, porque percebi a importância de dar ainda mais valor as minhas conquistas diárias, as mais simples e ao que já conquistei, descobriram também, que tenho meus problemas como qualquer outra pessoa, mas que não são tão complexos quanto eu imaginava.

Profissionais, pois assumi um compromisso, que transcendeu valores comercias, podendo avaliar ainda mais o meu comprometimento e as minhas competências. Explorei a postura mais profissional possível, uma vez que não poderia me deixar envolver e misturar o pessoal, e tive que desenvolver habilidades que fugiram do pré – estabelecido, onde a criatividade e a adaptabilidade foram fatores essenciais, pois lidar com crianças é uma responsabilidade que exige ainda mais cuidado, ainda mais crianças nessas condições.

Bom, este trabalho foi altamente construtivo e agregou ainda mais valor à pessoa, e futura gestora que serei, e para um profissional que necessita lidar com um mercado altamente competitivo, são essas experiências de vida que diferenciam e nos tornam ainda mais preparados.

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Mirela Melaré – RA 20071N28 Nome do Projeto: Abrigo a crianças vítimas de violência doméstica Período de realização: 02 de maio a 16 de junho de 2007l Total de dias: 12 Total de horas: 21 Responsável pela Entidade: Luiza Helena de Arruda

O trabalho que eu realizei na Entidade foi relacionado diretamente com as crianças durante o período da manhã três vezes por semana, ou seja, as segundas, quartas e sextas-feiras.

Nas segundas - feiras eu ajudava uma outra voluntária a ministrar aulas de inglês a nível muito básico, dávamos a eles atividades para colorir e a partir disso os ensinávamos os nomes das cores, o nome dos desenhos que eles pintavam.

Nos outros dois dias da semana era feito por mim um reforço escolar, no qual tarefas escolares ou mesmo novos exercícios eram aplicados; após aproximadamente uma hora de estudos é impossível conter as crianças, elas não param, com isso há tem um tempo para brincarem, um momento de recreação já que à tarde eles vão para a escola. Na hora destinada à recreação brincávamos de inúmeras atividades, especialmente jogar bola, esconde-esconde, pega-pega.

Trabalhar voluntariamente foi ótimo para mim como pessoa e como profissional. Como pessoa porque aprendi a dar valor às pequenas coisas da vida e especialmente à família, vendo aquelas crianças carentes de afeto você percebe tudo o que você tem e nunca percebeu ou retribuiu. Conversando com uma das crianças, ela me declarou que não queria mais ver sua mãe porque era vítima de constantes maus-tratos, fiquei indignada como uma menina de 10 anos de idade pode ter essa visão sobre a mãe em não querer mais vê-la; para mim mãe forma quem nós somos quanto caráter, honestidade, e propriamente como futuras mães.

No âmbito profissional, ministrar aulas foi muito importante pelo simples fato de exercer uma autoridade e conseguir dominar a atenção de todos que estão a sua volta. É impossível ter qualquer saldo negativo dessa situação, fui bem recebida pela instituição venci todos os meus preconceitos quanto ao tipo de criança que encontraria, me tornei mais humana e além de tudo se na empresa que eu vier a trabalhar tiver propostas de responsabilidade social eu posso plenamente participar.

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CASA DO CAMINHO - INDAIATUBA

A Casa do Caminho é uma instituição que acolhe crianças e adolescentes. Geralmente os pais trabalham, e para não ficar sozinhas, ou na rua, as crianças desfrutam de atividades em grupo e aulas de artesanato, informática, futebol, capoeira e jiu-jitsu e reforço escolar.

Tarde

Arthur Santos Soares – RA20071N03

Henrique Sevilhano – RA20071N18

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Arthur Santos Soares – RA20071V03 Nome do Projeto: Trabalho Social Período de realização: 1º semestre de 2007 Total de dias: 10 Total de horas: 30 Responsável pela Entidade: Dórica S. Bortoloto

A situação na qual o mundo se encontra hoje em dia nos mostra uma diminuição da caridade individual do ser humano, para com aqueles que necessitam de paciência e ajuda, por viverem difíceis realidades. Esses atos de caridade deveriam ter mais constância na sociedade pelo fato de trazerem a sensação única de se praticar o bem, e não ter uma diminuição de participação dos cidadãos que vemos cada vez mais crescentes.

Pude analisar no período em que estive presente na Casa do Caminho, que ela é uma instituição que acolhe crianças e adolescentes. Geralmente os pais trabalham, e para não ficar sozinhas, ou na rua, as crianças desfrutam de atividades em grupo e aulas de artesanato, informática, futebol, capoeira e jiu-jitsu. Também são ajudadas com reforços escolares. Muitos não têm o que comer direito, apanha dos pais e não tem acesso a uma higiene pessoal com qualidade digna, a Casa do Caminho os ajuda nesse aspecto, dando refeição completa, ajudando na higiene com banho, tentando dar uma realidade diferente que muitos estão acostumados a ter. É interessante notar, o fato de todos, sempre antes das refeições rezarem. A felicidade de estarem junto dos amigos e partilhar da mesma realidade.

Nesse tempo que passei como voluntário, compartilhei tarefas com os monitores e professores, ajudando a cuidar das crianças, tive oportunidade de brincar com elas, pintar, jogar bola e passar filmes interativos. Também pude observar que as crianças se empenham muito com os cursos que são oferecidos.

A Casa do Caminho sobrevive graças a alguns patrocinadores que oferecem dinheiro, cesta básica, material para artesanato, material para informática e alguns utensílios quando necessários, também recebem ajuda mensal da prefeitura.

Quando você cresce como ser humano, entende a importância de fazer a sua parte como cidadão, consegue ver a necessidade, que não precisa ser algo literalmente visto, mas apenas sentida, e é esse sentimento que mostra a importância fazer a sua parte. Nesse período de aprendizagem, tive a oportunidade de compartilhar tarefas com os monitores, ajudando a tomar conta das crianças, desenvolverem as mesmas atividades que as crianças e adolescentes, para os motivarem a se empenhar pelo curso oferecido e mostrar que é importante aprender tudo o que puderem para usarem no futuro.

Foi uma ótima experiência para mim, aprendi a lidar com situações diferentes e vivenciar situações diversas, e a lição mais valiosa que particularmente aprendi é que o importante não é o modo como podemos ajudar, mas é a própria ajuda que oferecemos, e isso é suficientemente importante dentro do que podemos fazer.

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Henrique Sevilhano – RA20071V18 Nome do Projeto: Trabalho Social Período de realização: 1º semestre de 2007 Total de dias: 10 Total de horas: 30 Responsável pela Entidade: Dórica S. Bortoloto

A situação na qual o mundo se encontra, mostra uma diminuição da caridade no ser humano, para com aqueles que necessitam de paciência e ajuda, por viverem difíceis realidades. Esses atos de caridade deveriam ter mais constância na sociedade pelo fato de trazerem a sensação única de se praticar o bem, e não ter uma diminuição de participação dos cidadãos que vemos cada vez mais crescentes.

Nesse tempo que passei como voluntário, compartilhei tarefas com os monitores e professores, ajudando a cuidar das crianças, tive oportunidade de brincar com elas, pintar, jogar bola e passar filmes interativos. Também pude observar que as crianças se empenham muito com os cursos que são oferecidos.

A Casa do Caminho sobrevive graças a alguns patrocinadores que oferecem dinheiro, cesta básica, material para artesanato, material para informática e alguns utensílios quando necessários, também recebem ajuda mensal da prefeitura.

Particularmente, adorei fazer esse trabalho voluntário. Pude ter uma visão totalmente diferente do mundo em que vivo. Participei um pouco da vida de alguns, conversei para saber o que eles gostariam de ser no futuro, dei alguns “toques” para que eles possam decidir melhor sua profissão e, espero ter ajudado bastante essas crianças que precisam muito de nossa ajuda. Espero poder continuar esse trabalho por mais algum tempo.

Essa experiência foi muito boa, me ajudou a perceber que o mundo não é uma maravilha em que tudo da certo na nossa vida. Ajudou-me bastante a mudar algumas atitudes que eu tinha como não dar valor a coisas que ganhava sem esforços algum.

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CENTRO EDUCAÇÃO INTEGRADO PADRE SANTI CAPRIOTTI

O CEI (Centro Educação Integrado “Padre Santi Capriott”) é uma entidade social que presta gratuitamente atendimentos especializados as pessoas com múltiplas deficiências, desde recém nascidos até a idade adulta na cidade de Campinas.

O CEI localiza-se na rua Dr. Quirino, 1856, em Campinas – SP, fone: (019) 3233-6560 e seu site é www.ceicampinas.org.br.

Noite

Roberta Loureiro de Mello – RA20071N33

Rogério A. Broker – RA20071N35

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Roberta Loureiro de Mello – RA20071N33 Nome do Projeto: Arraia do CEI Período de realização: 1º semestre de 2007 Total de dias: 02 Total de horas: 21 Responsável pela Entidade: Ana Maria P. Scognamiglio

Para que eu desenvolvesse o meu trabalho voluntário me inscrevi no Programa de Voluntários da FEAC - Federação das Entidades Assistenciais de Campinas - Fundação Odília e Lafayette Álvaro.

O meu trabalho voluntário foi desenvolvido no CEI, na área de captação de recursos relacionada a eventos.

O primeiro evento que participei foi o da festa junina que ocorreu na chácara “Dois Leões”, na cidade de Hortolândia, no dia 02/06/07 das 11h às 17h30min. Esta festa junina foi organizada por um colégio de Campinas, cuja barraca de pesca foi organizada pelo CEI. Eu trabalhei na barraca de pesca e todo o recurso financeiro arrecadado nesta barraca foi destinado ao CEI. Nesta festa trabalhei 10 horas, das 9h às 19h, pois proporcionei um suporte na organização prévia, dos materiais a serem utilizados, e uma organização posterior desses materiais.

O segundo evento que participei foi o da festa junina que ocorreu na sede do CEI, na cidade de Campinas, dia 16/06/07, das 12h às 17h. Esta festa junina foi organizada pelo próprio CEI, com a finalidade de integrar os usuários e levantar recursos financeiros. Trabalhei na barraca do palhaço e na barraca de venda das bebidas. Nesta festa trabalhei 11 horas, das 8h às 19h, pois auxiliei tanto na aquisição de alguns materiais que faltavam como na organização posterior do local da festa.

Este trabalho voluntário que desenvolvi foi proposto pela da matéria de Humanidades no Contexto Global, tento como a exigência de doação mínima de carga horária 20 horas.

Apesar de ter tido dificuldade em relação à disponibilidade de tempo para me dedicar a um trabalho voluntário, consegui encontrar por meio da FEAC, a entidade social CEI, que precisava muito da ajuda que eu poderia proporcionar apenas aos finais de semana, pois durante a semana trabalho de dia e à noite faço faculdade.

Desenvolver um trabalho voluntário foi uma ótima experiência, porque foi maravilhoso perceber que o meu esforço pessoal estava contribuindo para uma melhor qualidade de vida de algumas pessoas que têm necessidades especiais, podendo assim, proporcionar até numa maior inclusão social aos usuários do CEI.

Eu pretendo continuar sendo voluntária do CEI mesmo tendo concluído a carga horária exigida neste trabalho de Humanidades no Contexto Global (HCG).

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Rogério A. Broker – RA20071N35 Nome do Projeto: Arraia do CEI Período de realização: 1º semestre de 2007 Total de dias: 02 Total de horas: 21 Responsável pela Entidade: Ana Maria P. Scognamiglio

Para desenvolver deste trabalho voluntário me inscrevi no Programa de Voluntários da FEAC - Federação das Entidades Assistenciais de Campinas - Fundação Odília e Lafayette Álvaro. A FEAC é uma entidade beneficente de assistência social declarada de utilidade pública Municipal, Estadual e Federal atuando desde abril de 1964 em Campinas, é composta de 110 entidades sociais e possui como missão promover a promoção humana, a assistência e o bem estar social, com prioridade à criança e ao adolescente de baixa renda, na região de Campinas. A FEAC me indicou o CEI - Centro Educação Integrado “Padre Santi Capriott”, para iniciar no trabalho voluntário.

O CEI é uma entidade assistencial que presta gratuitamente atendimentos especializados para pessoas com múltiplas deficiências, de recém nascidos até à idade adulta. Pessoas que não têm a chance de conviver com a sociedade de maneiras iguais e que provém de lares carentes. O CEI presta atendimento nas áreas de psicologia, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, pedagogia e assistência social e atende de segunda a sexta nos horários entre 8h às 17h30min.

O CEI busca uma forma de melhorias de apoio aos que necessitam e carecem de seus recursos, adaptando meios de buscar recursos para melhorar o trabalho da entidade aos seus dependentes.

O desenvolvimento do trabalho voluntário foi basicamente na área de captação de recursos para colaborar no desenvolvimento do projeto da faculdade na matéria de Humanidades. Tive a oportunidade de trabalhar como voluntário em duas festas na captação de recursos. O primeiro foi em uma parceria do CEI com uma escola de Campinas, onde na festa junina, que ocorreu na cidade de Hortolândia, a escola doou um espaço para o CEI dispor barracas de lanches e de pesca para ajudar na captação de recursos da entidade. A barraca de pesca foi a qual trabalhei no horário das 11h às 17h30min, no dia 02/06/07, porém incluindo todo o suporte à organização prévia e posterior da festa junina, trabalhei 10

horas, das 9h às 19h. Todo o dinheiro arrecadado no evento foi 100% doado para a entidade.

A rotina de trabalho desse meu primeiro trabalho voluntário foi combinada para estar bem cedo, por volta das 9h, para ajudar nas montagens das barracas e respectivas decorações. O interessante desse trabalho voluntário é que o voluntário não tem acesso ao dinheiro, só nas fichas que são adquiridas na recepção. É também ver as pessoas se admirando por saber que

existe um trabalho dessa natureza, muitas não têm acesso a esse tipo de informação sobre o trabalho da entidade, e para, posteriormente ajudarem como podem em comprar os recursos que estão disponíveis nas barracas. Só lembrando que neste sábado choveu muito, o dia inteiro e as pessoas faziam filas na chuva para serem atendidos.

Meu segundo trabalho voluntário foi similar ao primeiro, em termos de horário de chegada e montagem e preparação da infra-estrutura do evento. A diferença é que aconteceu nas dependências do próprio CEI, e todas as formas de captação de recursos foram próprias; as barracas de doces, lanches, salgados, bebidas e as famosas barracas de pesca e do palhaço. Durante a festa trabalhei mais na barraca do palhaço e o esquema foi o mesmo, só recebia a ficha sem contato com dinheiro. A organização da festa era para os

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próprios assistentes (usuários) do CEI, os quais usavam trajes de festa junina. Os parentes das pessoas estavam presentes e se mostravam felizes por saberem que existe uma forma de melhoria para o próprio atendimento de seus filhos, irmãos, amigos e parentes e por isso insistiam em doar recursos de forma bem alegres e contribuindo para o melhor do CEI. Nesta festa junina eu trabalhei 11 horas, das 8h às 19h, dia 16 de junho de 2007.

O interessante de desenvolver o trabalho voluntário é entender uma forma de doar seu tempo, trabalho, talento, de maneira espontânea para uma causa social e comunitária e com isso melhorar a forma de vida de pessoas que realmente precisam de ajuda. Muitas pessoas estão precisando ajuda e não tem uma forma de

conseguir melhorias de vida. Aprendi nesses dias que trabalhar em equipe em pró de uma causa pode gerar um resultado útil e agradável. No trabalho aprendi a ter um carinho especial pelas pessoas portadoras de necessidades especiais, por saber que pessoas dependiam de mim e do resultado do meu trabalho. Mesmo após a realização do trabalho de 21 horas, o trabalho de captação de recursos será continuado.

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CEACA

Para iniciar um trabalho voluntário no CEACA é necessária uma autorização da Prefeitura e da Secretária de Promoção Social. Não é um processo rápido, pois a documentação passa por várias pessoas antes de chegar à diretora da instituição. Quando chega a ficha nas mãos da diretora, ela entra em contato com o voluntário para conhecer melhor sobre a pessoa, suas intenções, esclarecer dúvidas, marcar os horários e tipo de atividades a serem desenvolvidas.

Noite

Priscila Esteves Rodrigues da Silveira Pinto – RA 20071N31

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Priscila Esteves Rodrigues da Silveira Pinto – RA 20071N30 Nome do Projeto: Trabalho Social Período de realização: 02 a 10 de junho de 2007 Total de dias: 09 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Stella Ruhe Burin

As atividades atribuídas a mim foram as de recreação e lazer com as crianças, como brincadeiras, jogos, filmes e “bate-papo” sobre o futuro deles, em um período de 4 horas por dia, por fim de semana.

No primeiro dia, sábado (02/06) levei dois filmes para assistirmos: “Sem florestas” e “Eragon”. Escolheram “Sem Florestas” para assistir novamente e “O Pequenino” filme já tinham alugado para assistir.

No segundo dia, domingo (03/06) levei pipas para as crianças e, junto com as monitoras fomos para o Lazer (uma área pública, criada pela prefeitura, para o lazer com campo de futebol, quadras poliesportivas etc), soltar as pipas. Retornamos para a instituição para o horário do lanche e logo após brincamos de “telefone sem fio”, “pega-pega” com as crianças menores (2 a 6 anos).

Na quinta-feira (07/06), os monitores e adolescentes estavam escalados para a limpeza dos quartos e não pude entrar na casa. Fiquei com as crianças no pátio conversando sobre como é morar no CEACA, e disseram que procuram levar uma vida normal, freqüentam as aulas nas suas respectivas escolas, brincam. Contaram-me das coisas que gostam lá dentro, por exemplo: gostam da comida, gostam dos monitores, gostam de receber visitas, mas não gostam quando as visitas não levam nada para eles (doces, brinquedos, etc.), reclamaram que alguns garotos maiores são malvados e brigam com os menores, infelizmente presenciei algumas brigas e também falaram sobre seus desejos de estar com sua família apesar dos problemas, e sobre seus planos para o futuro, alguns desejam terminar os estudos, trabalhar e fazer faculdade, outros querem viajar para conhecer o mundo, alguns ainda não sabem muito bem o que querem.

No sábado (09/06) levamos, monitores e eu, as crianças novamente no lazer para recreação com as pipas. Voltamos para o lanche e depois fiz algumas brincadeiras de mímica e dança com as meninas (6 a 9 anos).

No domingo (10/06) tinha o horário marcado para as 9h e assistimos novamente ao filme chamado “Mamãe, virei peixe” com as crianças menores de 09 anos e, depois ficamos conversando sobre nomes e eles se divertiram com o meu sobrenome (Pinto), ficavam me perguntando por que eu tenho esse sobrenome, sua origem, quem são meus pais, onde eu moro, onde eu estudo, onde eu trabalho e qual era razão de estar ali. Respondi a todas as suas perguntas, pois acredito que todas as perguntas devem ser respondidas e disse que estava ali para conhecê-los melhor e também que realizava um projeto para os meus estudos, e aparentemente elas acharam interessante.

Desde o primeiro dia, a recepção dessas crianças foi muito calorosa, amiga, mostrando a carência afetiva delas. Por mais que elas tenham cuidado por parte da instituição e dos monitores, alguns dizem sentir falta de carinho e atenção de pai e mãe e outros parecem ressentidos com os pais por terem sofrido violência, abuso sexual e outros conflitos, mas é possível perceber que gostariam de ter uma família ”normal”.

São 87 crianças com idades muito diferentes e cada idade requer tipos específicos de cuidados e as monitoras não conseguem atender a todos em particular. É sempre um atendimento geral.

Acredito que pude fazer alguma diferença na vida deles porque na realidade, o meu trabalho ali é o de dar um pouco dessa atenção que eles exigem. Foi muito impactante, logo no primeiro dia, um menino de 4 anos chorar na hora de nos despedirmos. Também me

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marcou muito as disputas de atenção, carinho que eles têm, os abraços, flores e objetos que me deram de coração e a alegria deles ao ganharem presentes (pipas).

O mais interessante dessa experiência é que eu me inscrevi numa instituição para ajudar essas crianças e a verdade é que acabei sendo ajudada, porque elas me mostraram um outro lado da vida que não conhecia, me ensinaram valorizar as pessoas e a zelar pelas coisas que temos.

É importante ressaltar que por mais que a história delas seja triste e difícil, não significa que devemos ter pena e pensar que são “coitados”, pelo contrário, é preciso incentivá-los a investir em um futuro próspero, investir na própria educação e inseri-las no mercado de trabalho (maiores de 16 anos) para que possam ter uma perspectiva diferente da atual.

É um trabalho gratificante e, por mais simples que seja, sei que fiz minha parte e participei um pouco da vida deles. Não tenho intenção de parar e tenho influenciado outras pessoas a participar desse projeto de impactar essas pequenas vidas, que um dia, talvez, farão o mesmo por alguém.

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CENTRO DE TREINAMENTO RICARDO BONNIDE - CAMPINAS

O Centro de Treinamento R.B. esta localizado próximo ao bairro Guará no Subdistrito de Barão Geraldo em Campinas (SP), na estrada Colonial Tozan. Por ser um centro novo e que esta trabalhando ainda na divulgação da terapia com animais, não possui muitos pacientes. Porém já atende tanto a pessoas que tem condições de pagar (30 minutos de terapia no centro custam cerca de R$60.00), quanto ás que não têm. Para realizar a equoterapia gratuita, deve apresentar um comprovante de renda. Fone para contatar o Centro de Treinamento (19) 9268 4072.

Manhã

Caio Vinicius Calanca Vieira – RA20071M05

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Caio Vinicius Calanca Vieira – RA20071M05 Nome do Projeto: Equoterapia Período de realização: março a junho de 2007 Total de dias: 10 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Stella Ruhe Burin

Agradeço a colaboração da equoterapeuta Stella Ruhe Burin, que teve paciência em me ensinar as habilidades necessárias para realizar o voluntariado assim tornando possível o desenvolvimento do trabalho, cumprindo as 20h00min horas necessárias para concluir o mesmo.

Foto: Stella Ruhe Burin.

Em meu trabalho, exerci a função de lateral e condutor na equoterapia, realizada pela equoterapeuta Stella Ruhe Burin, no Centro de treinamento Ricardo Bonide em Campinas.

No decorrer do trabalho, vou esclarecer as funções tanto do condutor quanto do lateral, e a importância dos mesmos na equoterapia. Também vou descrever os processos que me levaram a optar por esse tipo de trabalho.

Primeiramente, tinha a inicial idéia fazer o trabalho voluntário no “Centro Infantil Boldrini”, que trata de crianças com câncer e que se localiza perto de minha residência, porém, antes de ir ao centro de tratamento conheci o trabalho da equoterapeuta Stella Ruhe Burin, que trata de crianças portadoras de deficiência física e/ou mental e/ou social utilizando cavalos para tratar dos mesmos, interessei-me pelo trabalho e tomei conhecimento sobre um projeto que a equoterapeuta esta desenvolvendo com público de baixa renda todas as sextas-feiras, totalmente gratuito no Centro em que exerce sua profissão de equoterapeuta. Disponibilizei-me a ajudar e assim, comecei o meu voluntariado no dia 09/03/2007, após conhecer o local (centro R.B.) e o tipo de trabalho realizado (equoterapia).

A equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo para tratar de pessoas com deficiências e ajuda no desenvolvimento bio-psico-social do paciente.

Esta modalidade emprega o uso do animal como agente promotor de ganhos físicos e psicológicos, aspecto pelo qual me chamou a atenção e interesse em realizar o trabalho.

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Disponibilizei-me, ajudando a equoterapeuta como condutor e lateral nas terapias realizadas. Essa é uma função que não exige muito de quem a realiza em termos técnicos, portanto pode ser realizada por quase todas as pessoas, com algumas exceções citadas abaixo.

O condutor deve ser uma pessoa que não tenha medo de cavalos. Deve saber conduzi-lo de forma que garanta um passo coordenado e ritmado do animal, ou seja, sem alterar a passada do cavalo. O condutor fica á frente, e ao lado esquerdo do animal, pois o animal é acostumado e foi adestrado para que montem e o guiem pelo lado esquerdo. (Observação: 99,9% dos adestramentos usam o lado esquerdo.).

“Condutor.”

Já o lateral auxilia o terapeuta trabalhando sempre ao lado do cavalo, observando as reações do paciente transmitindo-as ao terapeuta quando esta em montaria dupla. O lateral também tem a importante função de auxiliar na prevenção de quedas, utilizando métodos chamados de ponto chave, que são ensinados previamente pelo terapeuta.

“Lateral.”

Enfim, tanto o condutor quanto o lateral têm papéis importantes na equoterapia, apesar de parecer dispensáveis para pessoas que não conhecem sua importância para terapeuta e o paciente. Freqüentei o Centro durante 10 dias, variando o horário de trabalho voluntário entre uma e três horas por dia.

O centro possui quinze cavalos, porém somente um do total é capacitado e treinado para realizar a terapia. O cavalo deve ter pelo menos 15 anos de idade e treinado, para não se assustar com os movimentos ás vezes bruscos do paciente, de cadeiras de rodas, materiais usados nas terapias, como por exemplo: bolas (que tem como objetivo a melhora do equilíbrio do paciente, sendo uma de suas utilizações pedir ao paciente para que jogue as bolas para a terapeuta), bambolês (um exemplo do uso do bambolê é pedir para o paciente acertar os mesmos nos pinos em que o cavalo salta), tintas (pintando o casco do cavalo com tinta guache, pois existem pacientes que devido a pouca coordenação motora não conseguem segurar sequer lápis ou canetas, por exemplo), etc.

Eu não tive a oportunidade de trabalhar algumas das outras formas de terapia utilizando os elementos citados acima, apenas com o bambolê.

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O cavalo “Zodíaco”, o único capacitado do centro para realizar a equoterapia.

Após freqüentar o centro durante 10 sextas feiras, pude concluir que a equoterapia é muito importante no tratamento de pacientes com determinadas dificuldades. Acredito que pude ajudar a equoterapeuta a atender os pacientes enquanto estive no centro e desejo que o projeto vá adiante, pois é um tratamento caro e necessário, porém nem todos têm condições financeiras para realizá-los, por isso a importância da realização do programa social.

O trabalho também pode contribuir para minha formação profissional, pois, realizando-o, eu aprendi a me relacionar com diferentes pessoas, de diferentes níveis sociais e pessoas com deficiências mentais. Também pude perceber a importância de um trabalho em equipe, pois sempre que desempenhava as minhas funções, a equoterapeuta estava me ajudando e vice-versa.

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CIASPE - INDAIATUBA

O CIASPE (Centro de Inclusão e Assistência às Pessoas com Necessidades Especiais) tem como missão promover com eficiência a inclusão e o desenvolvimento global da pessoa com necessidades especiais, e ser agente transformador para que a sociedade respeite e incorpore a diversidade humana.

Foi criado em 22 de junho de 2003 a partir da união de pais, professores e voluntários que se interessavam em atender crianças e jovens carentes com qualquer tipo de deficiência, visando um atendimento sério e que obtivesse resultados diferenciados com o intuito de incluir estes jovens na sociedade e os fizessem ter ferramentas para melhor se sobressair tanto na vida profissional como na pessoal.

É uma entidade que já existe há quatro anos e não possui vínculos religiosos, sobrevivendo através de eventos e festas em geral que são organizadas pela diretora e vice-presidente Rosa M. dos Santos e sua equipe, que juntos, atendem atualmente a 60 assistidos.

Manhã

Alessandro Akamine - RA 20071M01

Débora Milani Grandi - RA20071M09

Dirce Tábata Fernandes de Oliveira - RA 20071M12

Elaine Vieira Brelliinger Fontolan - RA 20071M14

Emerson Souza Cerveira – RA20071M16

Luma Bertelli Cavalaro - RA 20071M25

Márcia Pretosevicius Meireles – RA 20071M27

Natália Harumi Araki - RA 20071M31

Natália da Silva Prado – RA 20071M30

Rosíris Neves de Lima – RA 20071M39

Washington Carlton Botine – RA 20071M40

Tarde

Dirlei Paulino Pinto - RA 20071V11

Gabriel de Almeida Prado Sampaio – RA. 20071V13

Luiz Cláudio Fitipaldi Bezerra - RA 20071V25

Samuel Penteado Urban - RA 20071V34

Walter Felipe Spagiari – RA 20071V39

Noite

Felipe Gabriel Torezan Pereira - RA 20071N12

Juliana Wischer Gilio - RA20071N19

Tamarys Alingueri Dias - RA20071N39

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Alessandro Akamine - RA 20071M01 Nome do Projeto: Responsabilidade Social Período de realização: 1º semestre de 2007 Total de dias: 05 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Rosa Metzer dos Santos

Antes de tudo, gostaria de confessar que, se não fosse “obrigado” a fazer às 20 horas proposta de trabalho voluntário (pois apenas fui por causa da necessidade de apresentar o trabalho à professora de Humanidades) nunca teria sequer procurado a trabalhar como voluntário. Não porque achava isso perda de tempo ou por individualismo pessoal, ou outra coisa qualquer, mas porque, realmente nunca surgiu esse incentivo e também nunca senti como é bom ajudar as pessoas quando essa ajuda é por uma causa apenas humanista, vamos assim dizer.

Foi difícil achar um lugar que aceitasse meu trabalho. Em algumas instituições, como a APAE de Sorocaba, por exemplo, além de fazerem entrevista, às vezes tinham resistência em aceitar o trabalho, pois achavam que estávamos apenas com o interesse de cumprir nossas horas e depois “deixarem eles na mão”. O que poderia ser verdade e damos toda à razão a elas.

Entretanto, ao ouvir falar do CIASPE (Centro de Inclusão e Assistência às Pessoas com Necessidades Especiais) pela minha professora e principalmente minha colega de classe Márcia (que chegou a me levar para conversar e conhecer a instituição), onde sabia que estavam precisando de pessoas voluntárias, foi lá mesmo que resolvi trabalhar. E um dos motivos que me levou a isso foi os excelentes profissionais que ali trabalham, o ótimo ambiente e principalmente por saber que estava ajudando de alguma forma (direta ou indiretamente) a instituição e os alunos com necessidades especiais, que todos os dias chegavam com bom humor e este último já era um incentivo para meu trabalho, por eles mostrarem a mim que devemos dar maior valor à vida e às pequenas coisas.

Bom, meu trabalho foi na secretaria, onde Rosinha, a presidente da instituição, disse que era, no momento, o setor onde mais estava precisando de ajuda, e, para se ter uma idéia da falta de voluntários, antes ela foi obrigada a colocar uma aluna na função em que exerci que era basicamente atender ao telefone, abrir o portão, checar os e-mails, arquivar autorizações, elaborar uma tabela de todos os voluntários presentes até o momento, entre outras coisas.

Portanto, gostaria de finalizar esse relatório dizendo que gostei muito de ter trabalhado como voluntário, pois, embora as atividades que exerci tenham parecido simples e básicas, sei que ajudei muito os profissionais, alunos e principalmente por ter contribuído a uma instituição séria que tem como maior objetivo fazer com que a sociedade respeite as diferenças humanas.

Apesar de ter finalizado às horas proposta pela professora, gostaria muito, se a instituição ainda precisar, de continuar trabalhando ou desenvolver outro trabalho no CIASPE, pois lá vi um mundo diferente, onde acredito que posso colaborar para que nosso país seja mais justo e que diminua as desigualdades sociais e também possa estar ajudando à inclusão social de pessoas com necessidades especiais.

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Washington Carlton Botine – RA 20071M40 Nome do Projeto: Mercado Livre Solidário Período de realização: 1º semestre de 2007 Total de dias: 10 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Rosa Metzer dos Santos

Atividades desenvolvidas

1ª etapa: verificação visual das fitas, antes de inseri-las no aparelho reprodutor, tomada uma a uma, para certificar se não havia nenhuma com a FITA MAGNÉTICA rompida e/ou torcida.

2ª etapa: verificação Sonora, começando pelo LADO A, seguido do Re-bobinagem, esse processo tem o objetivo de testar se a mesma suporta a tensão exercida na alta-velocidade.

3ª etapa: verificação Sonora, começando pelo LADO B, seguido do Re-bobinagem, esse processo tem o objetivo de testar se a mesma suporta a tensão exercida na alta-velocidade e garantir maior confiabilidade.

4ª etapa: anotação dos dados existentes na etiqueta em uma folha para digitalização.

Resultados Obtidos

Na primeira leva de fitas, que perfaz um total de 20 horas de gravação, não foi encontrada nenhuma com problema.

Conclusão

Estou contente em poder fazer parte de um trabalho que em prol do próximo, na busca de dar a elas uma vida mais digna, inserindo-as socialmente no contexto sociedade globalizada, e assim criar um método onde elas possam ter as oportunidades para que, com seu próprio trabalho, elas possam galgar seus sonhos e que futuramente elas sejam também multiplicadoras de ações de Responsabilidade Social, visando sempre os três pilares: o Econômico, o Ambiental e Social.

Agradeço a professora Silma, por ter tido esta idéias que beneficiará ao CIASPE e que beneficiaram alguns alunos, como eu, que tiveram dificuldades em encontrar uma entidade para exercer o trabalho voluntário e agradecer também a companheira de sala Rosíris Lima, que fez a intermediação entre a professora e distribuição das Fitas-Cassete.

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Débora Milani Grandi - GE20071M09 Nome do Projeto: Responsabilidade Social Período de realização: 21 de maio a 11 de junho de 2007 Total de dias: 06 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Rosa Matzer dos Santos Função: Coordenadora

Quando nos foi proposto um trabalho voluntário, creio eu, que a maioria das pessoas pensou. “Trabalho voluntário? Não tenho tempo nem para fazer as minhas coisas direito, que dirá disponibilizar horas do meu dia para isso”. Mas é ai que quem pensa assim se engana!

Nós, seres humanos somos individualistas, mesmo sabendo que não devemos ser. É muito difícil à reforma intima, creio eu, que esta é uma das maiores dificuldades do ser humano e uma das maiores lutas consigo mesmo. Às vezes sabemos, e até reconhecemos, nossos erros e defeitos, mas como é difícil repará-los e modificá-los. Haja tempo, persistência e paciência! Quando vivemos fechados como uma Ostra dentro do “Nosso Mundo”, deixamos de enxergar o que o “Mundo lá fora” tem para nos mostrar e nos oferecer. Talvez por medo, por insegurança, por preconceito, por comodismo, por individualismo.

Eu já tive experiências anteriormente com esse tipo de trabalho, entretanto, nunca tive a oportunidade de desenvolver um trabalho assim, com pessoas especiais.

Quando optei pelo CIASPE (Centro de Inclusão e Assistência às Pessoas com Necessidades Especiais), ao início tive em mente que seria um pouco complicado, devido a minha inexperiência em me relacionar com pessoas portadoras de necessidades especiais. Cheguei a pensar que talvez não me adaptasse por achar que não iria conseguir me comunicar ou algo assim, porém jamais por preconceito, afinal somos feitos da mesma matéria, apenas com uma roupagem diferente e acima de tudo somos filhos do mesmo “Pai”, unidos pelo coração.

Contudo para minha surpresa, tudo ocorreu o contrário. Primeiramente fomos muito bem recebidos pela responsável da entidade, Rosa Metzger dos Santos que nos recebeu de braços abertos e com muito carinho. Posteriormente conhecemos a entidade, seus profissionais, seus colaboradores e os personagens principais: “Seus Alunos”. Todos nos receberam muito bem e foram mais que carinhosos e amigos. Após as devidas apresentações, fomos ao trabalho.

21 de maio: nós fomos divididos em duplas, as quais foram Natalia Harumi e Luma Bertelli, na sala de Oficina I, sobre orientação da Professora Lisa e o Éderson e eu (Débora), na sala de Oficina II, sobre orientação da professora e psicóloga Ana Laura. Essas “oficinas” são divididas de acordo com as habilidades e dificuldades dos alunos e com focos diferentes no ensino. A sala de oficina I da professora Lisa, por exemplo, são para alunos com deficiência “leve” em foco na área profissional, como artesanatos, pinturas, desenhos, bordados, bijuterias e etc. Já a sala de oficina II, da professora Ana Laura, é para os alunos que necessitam mais de cuidados e atenção tem foco na parte educacional, em que os alunos aprendem a escrever, pintar, desenhar e ler. Éderson e eu auxiliávamos os alunos nas atividades que a professora passava e também participávamos de suas brincadeiras.

24 de maio: hoje fomos ao supermercado, com uma das alunas, a Helena, para comprar alguns mantimentos que estavam faltando na casa. Esta semana foi de muita festa no CIASPE, pois foi a semana em que houve apresentações dos alunos do CIASPE para outras escolas de Indaiatuba. Então Natalia e eu ajudamos as meninas a se trocarem e as maquiamos, elas são muito vaidosas e o meninos também participavam. Fizemos também panfletos de divulgação do Bazar de Inverno.

28 de maio: tanto o Éderson e eu quanto a Natalia e a Luma, participávamos da aula de educação física toda segunda-feira, com o professor Alexandre, nas quais eram

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desenvolvidas atividades físicas como vôlei, futebol, queimada, alongamento. Este momento de recreação era o mais aproveitado por todos nós a cada minuto, pois é o momento em que se interagem uns com os outros e onde percebemos queda para ser feliz em qualquer circunstância da vida, basta a gente querer. Neste dia, a Luma e o Éderson participaram do jogo de futebol com alguns alunos, enquanto Natália e eu jogávamos vôlei com os outros que não quiseram participar do futebol.

31 de maio: este foi o momento em que todos nós (Natalia, Éderson, Luma e Eu) interagimos entre nós, trabalhando todos juntos em uma mesma sala, ajudando nos moldes de argila que acabamos finalizando neste dia, sob orientação da professora Lisa e ajudamos na pintura de discos de vinil que será vendido como relógio. Neste dia também, brincamos de “Stop” com eles, foi muito divertido; eles são pessoas boníssimas.

04 de junho: houve uma palestra, sobre Orientação Sexual, desenvolvida pelos agentes de saúde do município de Indaiatuba. Eles falaram dos métodos contraceptivos, perigos de doenças, gravidez na adolescência entre outras coisas e desenvolveram um teatro em que resumiu todos esses temas. Foi muito importante esta “conscientização”, pois há mulheres no CIASPE que são mães; há alunos de lá que são casados e têm filho; há casal de namorados. Então é importante que haja um maior conhecimento e uma maior conscientização dos alunos sobre esses temas, pois eles, segundo os agentes de saúde, têm esse lado sexual bem aflorado. Após a palestra, a pedido da professora Lisa, Natália e eu fomos separar os feijões que o CIASPE recebeu de doação e que posteriormente repassará para os alunos.

11 de junho: este infelizmente encerra nossas tarefas com esses astros. Então tentamos aproveitar ao máximo. Hoje ajudei a Ana Laura com os afazeres dos alunos, auxiliando, na escrita, e na pintura de desenhos. Também participei de brincadeiras com outros alunos, enquanto Natália e o Éderson desenvolviam outra brincadeira com o professor Alexandre.

Esses alunos são seres humanos, constituídos de sentimentos, sonhos e vontades. Eles vivem no mundo particular deles, porém um mundo que parece muito feliz, em que todos os que os cercam são peças importantes para seu crescimento, desenvolvimento, inclusão e satisfação própria.

Este trabalho me fez crescer muito como pessoa, fiquei feliz em poder participar de algo assim e pretendo continuar a desenvolver esse trabalho. Ao finalizar esta grande experiência pude ter em meu íntimo a certeza de que tudo na vida vale a pena. Temos que dar graças a Deus sempre pelas oportunidades, chances que Ele e a vida nos oferecem, por todas as pessoas que Deus coloca em nossos caminhos. Afinal nada é por acaso.

Consegui enxergar melhor ainda o que é a vontade de ajudar, de não ter preconceito, de se preocupar com o próximo e de conhecer as reais, dificuldades, necessidades que eles têm. Seus medos, seus sonhos, suas vontades. Eles são pessoas que nos ensinam muito. Pois sempre reclamamos do que temos e muitas vezes cometemos o erro de dizer que somos infelizes com aquilo que possuímos, mas eles parecem felizes pelo simples fato de estarem vivos a cada dia, de ter pessoas ao seu redor que os amam e os querem bem da maneira que são. Eles não se martirizam por terem os problemas que têm, muito pelo contrário, agradecem pela oportunidade de estar aqui, vivos, aprendendo, melhorando, se desenvolvendo e evoluindo como pessoas. Espero poder continuar a desenvolver este trabalho, que fez de mim uma pessoa melhor. Adorei desenvolver este projeto e quero continuar colocando-o em prática.

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Dirce Tábata Fernandes de Oliveira - RA 20071M12 Nome do Projeto: Responsabilidade e Inclusão Social Período de realização: 21 de maio a 14 de junho de 2007 Total de dias: 09 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Rosa Matzer dos Santos

Logo que foi exposta a necessidade de ser feito um trabalho social, começou a listagem de possíveis instituições as quais se encaixava no perfil desejado por mim. Perfil este que era a assistência a crianças “saudáveis” de ambos os sexos, carentes ou não, na área da educação ou recreação.

Após o estabelecimento do perfil, procurou-se ver a possibilidade do desenvolvimento do trabalho em algumas instituições.

Infelizmente na primeira instituição (Irmã Dulce) houve rejeição por parte dos responsáveis que alegavam a não necessidade de mais voluntários, visto que já possuíam um número excedente.

Na segunda, a Casa do Caminho que se encaixava parcialmente no perfil, pois atende apenas garotos, não foi conseguido estabelecer contato com a responsável.

Na VOLACC não houve aceitação também, pois não havia nada além de serviços administrativos para fazer e estes já possuíam funcionários e voluntários necessários para executá-los. Felizmente com a pessoa responsável foi conseguido mais endereços e telefones de instituições carentes de voluntários.

Com uma nova listagem, então foi feita uma nova seleção de possíveis instituições as quais se encaixavam no perfil. Infelizmente eram poucas, então o perfil foi extinto e começou-se a contatar instituições com localização de mais fácil acesso.

Foi feito contato com a Casa da Mulher – Cento Espírita Padre. Zabeu, lá havia a possibilidade de desenvolver o trabalho, mas não em contato direto com as pessoas atendidas, seria apenas o de cuidado com os filhos das mulheres enquanto estas eram atendidas. Por não atender a expectativa quanto ao objetivo pessoal, a instituição foi descartada.

Um contato inicial a fim de trabalhar na Casa da Criança de Indaiatuba também foi feito, e no primeiro momento havia a necessidade por parte da instituição em aceitar voluntários, porém num segundo momento a posição dada por parte de pessoas da administração era a de que o responsável ainda teria que avaliar a necessidade. Assim a Casa da Criança também foi descartada.

Quando se pensava não haver mais esperança, surgiu uma nova idéia de exercer a responsabilidade social e inserir crianças socialmente com um programa de palestras em escolas da cidade, palestras que tratassem de temas como o aquecimento global, água e reciclagem, mesmo sabendo que tais temas por estarem em voga poderiam já estar sendo “ensinados” nas escolas.

Pensou-se um pouco sobre isto, foram feitas algumas ligações em escolas particulares da cidade, explicando sobre o projeto, mas infelizmente as respostas obtidas já eram esperadas. A não aceitação foi unânime, pois as escolas já estavam desenvolvendo algo parecido.

Com desânimo por várias rejeições sofridas e desespero para achar uma instituição logo, o contato foi feito com a última rejeição, o CIRVA.

No contato com o CIRVA foi dito pela pessoa responsável que não eram necessários voluntários e sim estagiários de cursos específicos, tais como psicologia, fisioterapia e terapia ocupacional, pois precisavam de pessoas com carga horária maior do que 20h para poder haver tempo para contato com as pessoas atendidas (pessoas autistas). Foi explicado que não era necessário o estabelecimento de contato com as pessoas atendidas. Foi

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oferecido o trabalho administrativo, mas houve rejeição mesmo com insistência. Rejeição e indiferença percebida pela forma de tratamento e pela não precisão de voluntários, pois se julgava necessário uma avaliação da seriedade e assiduidade de qualquer um que se dispusesse a trabalhar na instituição, visto que careciam de vínculo com estes.

A escolha do CIASPE foi feita pela carência da instituição em adquirir voluntários para diversos trabalhos. Esta carência já era conhecida por alguns colegas que já haviam desenvolvido trabalho voluntário com o mesmo objetivo no Centro.

Já no primeiro contato em 17-05-07, percebeu-se a aceitação por parte da pessoa responsável em relação ao trabalho voluntário e foram abertas oportunidades em mais de uma área para a execução do mesmo. As oportunidades eram de artesanato, recreação e a confecção do portfólio de 2006 da instituição.

O portfólio foi escolhido e no dia 21-05-07, foi dado início ao trabalho que se constituía na escolha e organização de fotos de eventos ocorridos em 2006 para a confecção de uma pasta.

Ficou estabelecida a ida ao CIASPE com período livre das 13h às 17h de segunda à sexta-feira. Nos dias 21 e 23 de maio, o início do trabalho foi às 14h com término às 16h, e neste período foi feita à separação, escolha e organização de algumas fotos dos eventos de 2006 apenas.

Figura 1: Dirce olhando negativos na sala de fonoaudiologia.

Na Figura 1, Dirce está olhando um dos negativos das fotos para ordená-las e assim poder escolher dentre elas qual irá para o portfólio.

No dia 28/05/07 a permanência no CIASPE foi de 2h e 30 min. Já com as fotos escolhidas, foi feita a colagem das mesmas em folhas de papel sulfite, por evento, terminando assim o que era necessário para a confecção do portfólio que seria finalizado com legendas pela responsável do Centro, já que somente esta possuía conhecimento do que escrever.

Com apenas 6h e 30 min de trabalho, se fez necessário o estabelecimento de outra atividade na instituição e esta foi a organização de documentos fiscais no dia 30/05/07 no período de 3h.

No dia 06, 11 e 14 de junho a tarefa foi a mesma: recorte e colagem do endereço novo em folhetos do CIASPE. Os horários de permanência nesses três dias na instituição foram, respectivamente, 2h e meia, 4h e 4h.

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Na Figura 2, pode ser visto Dirce recortando os endereços a serem colados nos panfletos do CIASPE.

Figura 3: Solange e Dirce na sala de fonoaudiologia.

Na Figura 3, Dirce está com Solange, uma das pessoas assistidas na instituição, estão na sala de fonoaudiologia que é utilizada na maior parte do trabalho voluntário, pois não era utilizada na parte da tarde. No dia 14 de junho, o voluntariado no CIASPE chegou ao fim com completas 20h completas.

O trabalho social “imposto” pela professora Silma Carneiro Pompeu, tinha um bom objetivo, incluir o aluno da FATEC-ID e tê-lo incluído num meio excluído socialmente. Constatou-se na verdade que o trabalho que foi desenvolvido por mim no CIASPE foi apenas uma ajuda, uma caridade para a instituição, visto que foram realizados apenas trabalhos administrativos.

O contato com as pessoas atendidas na instituição foi quase que superficial, ao passo que elas estavam sempre em outros lugares do Centro e não me interessei em ter contato direto com elas.

O objetivo pessoal para o desenvolvimento deste trabalho social não foi alcançado, já que era desejado trabalhar com crianças “saudáveis” na área de recreação e/ou educação.

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Elaine Vieira Brelliinger Fontolan - RA 20071M14 Nome do Projeto: Responsabilidade Social Período de realização: 21 de maio a 13 de junho de 2007 Total de dias: 08 Total de horas: 21 Responsável pela Entidade: Rosa Matzer dos Santos

Com a colocação de um trabalho “voluntário” de 20 horas em alguma instituição escolhida a critério do aluno, todos os alunos foram em busca do seu dever, encontrar uma instituição que o receba para o cumprimento do trabalho voluntário.

A princípio, ser voluntário nos parecia fácil, pois todas as pessoas falam em solidariedade, auxílio ao próximo e que cada um fazendo a sua parte tornaremos o mundo um lugar mais agradável de viver. A idéia se ser voluntária para prestar algum serviço a alguém deve ser prazeroso, ainda mais quando “se faz de vontade própria.”.

A.B.I.D. – Associação Beneficente Irmã Dulce foi a primeira instituição que me veio em mente, pois abriga crianças em situações de risco enviadas pelo Conselho Tutelar, e é neste lugar que começaram meus desafios. Nesta instituição, a Assistente Social encaminha para preenchimento de uma ficha que será analisada e o retorno é dado assim que surge a necessidade de um voluntário. Aqui não obtive sucesso, porque o prazo de espera é longo.

Na Casa do Caminho, um local que acolhe meninos oferecendo-lhes reforço escolar, aulas de artes e recreação, também foi uma tentativa frustrada, pois por algumas vezes não consegui falar com a Assistente Social.

A VOLACC – Voluntárias de Apoio no Combate ao Câncer, atende pessoas carentes com câncer e como não há um prédio com estruturas necessárias para abrigá-los como também não há interesse em afastá-los do convívio familiar, os voluntários visitam as casas dos doentes para medicá-los e acompanhá-los no tratamento. Aqui não houve êxito porque o quadro de voluntários está completo, porém recebi uma lista com sete locais possíveis para o cumprimento do trabalho.

A Casa da Mulher Anália Franco do Centro Espírita Padre Zabeu também foi visitada, mas lá teria que “cuidar” das crianças enquanto as mães participavam de palestras e aulas de artesanato para usarem do conhecimento obtido fonte de renda. No momento já haviam duas voluntárias para ficar com as crianças e não era preciso mais voluntários.

Desta lista, algumas instituições não foram contatadas por serem muito distantes, e assim o próximo local procurado foi o CIRVA – Centro de Integração Reabilitação e Vivência do Autista.

De início houve uma esperança, porque no primeiro contato por telefone, fui informada que o local precisa de voluntários mas naquele momento a Sra. Rosilda, fundadora da instituição, não poderia me atender. Em outras tentativas houveram desencontros até ser comunicada de que eram necessários estagiários de outras áreas, principalmente na área da saúde.

O próximo contato foi a Casa da Criança Jesus de Nazaré. A primeira informação também foi sobre a necessidade de voluntários mas como recentemente houvera a eleição de um novo diretor, este ainda não tinha o seu planejamento pronto e consequentemente não estava solicitando voluntários.

Como a maioria das pessoas do curso já estavam frequentando o CIASPE, resolvi tentar mais uma vez.

Nos primeiros dias, 21, 23 e 28 de maio foram organizadas fotos das pessoas assistidades pela instituição, referente aos eventos que participaram em 2006 para a elaboração de um portfólio, ou seja, este arquivo é utilizado para mostrar às pessoas que se interessam em ajudar, tudo que foi feito até hoje para a efetiva inclusão. Todos os anos são estas pastas são montadas com as fotos dos eventos dos quais o CIASPE participou, sejam

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eles para arrecadar fundos ou a comemoração de um aniversário especial, pois numa delas há a foto de uma moça que teve seu primeiro bolo de aniversário. Para a realização deste serviço foram separadas as fotos por evento e, dentre os eventos escolhidas de duas a três fotos para serem coladas e classificadas conforme seu tema.

Finalizando esta atividade, no dia 30 de maio, foram classificados por data as notas fiscais e recibos para o controle do contador. Desta forma facilitaria o controle das despesas e das receitas da instituição.

Já nos dias 04, 06, 11 e 13 de junho, alguns panfletos com o endereço antigo do CIASPE precisaram ser alterados. Foram impressos novas faixas contendo o endereço atual, foram recortadas e coladas em 1.000 panfletos e como em alguns dias a circulação de pessoas pela instituição é grande então auxiliei na recepção atendendo telefone e portão (Fotos 1 e 2).

Foto 1: Recepção e colagem Foto 2: Colagem de panfletos

Neste panfleto pede-se a colaboração da sociedade para a arrecadação de material reciclável destinado à oficina de artes e na geração de fundos. Lendo então este folheto, fiz uma coleta familiar e fiz a doação em torno de 3kg de latinhas de alumínio e mais ou menos 50 revistas.

Durante estes dias acompanhei uma palestra sobre Educação Sexual – DST´s e AIDS (fotos 3 e 4) realizado por funcionárias do Hospital Augusto de Oliviera Camargo que se voluntariaram a instruir às pessoas que frequentam o CIASPE.

Foto 3 e 4 : Palestra sobre Educação Sexual – DST e AIDS

O trabalho prestado nesta instituição já era realizado anteriormente pelos funcionários e pela própria Rosinha, eles só precisaram ser colocados em dia.

Confesso que a falta de conhecimento sobre o lugar me aflorou um certo preconceito e até mesmo medo. Tinha em mente o auxílio às crianças carentes financeiramente na área de recreação ou reforço escolar, porém ainda não encontrei.

Foi bom estar no CIASPE, saber que temos muito a oferecer e muitas vezes nos julgamos pouco. Olhar para nós e nossas casas e aprender a dar o que temos de melhor. Espero continuar frequentando o CIASPE ou quem sabe qualquer instiuição, porém agora com outros olhos e sem obrigação.

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Emerson Souza Cerveira – RA20071M16 Nome do Projeto: Responsabilidade e Inclusão Social Período de realização: Total de dias: Total de horas: Responsável pela Entidade: Rosa Matzer dos Santos

A Instituição escolhida por mim, e por grande parte dos alunos do curso de Gestão Empresarial do período matutino da FATEC de Indaiatuba (FATECID), foi o CIASPE (Centro de Inclusão e Assistência às Pessoas com Necessidades Especiais).

Muitas pessoas encontram empecilhos durante a procura por instituições que aceitem o trabalho voluntário, e isso provoca a desistência de alguns. Algumas instituições não aceitam voluntários por motivos diversos, contudo, o que mais preocupa as instituições é o despreparo e a falta de compromisso daqueles que se propõe a este trabalho, isto é, as pessoas comprometem-se apenas em cumprir o tempo proposto pela Faculdade e depois simplesmente abandonam a instituição.

Algumas entidades oferecem cursos preparatórios para o voluntariado, mas a principal exigência é o compromisso com a instituição.

Como eu já desenvolvia trabalhos voluntários através de teatros apresentados em escolas, comunidades carentes, locais públicos e igrejas que transmitem mensagens relacionadas às drogas, sexualidade, religião e responsabilidade social, este projeto apenas reforçou meus princípios sociais.

No CIASPE, até então, estou desenvolvendo atividades indiretas, isto é, ainda não trabalho com as pessoas assistidas pela instituição, apenas colaboro com trabalhos de apoio à entidade. Como o CIASPE é mantido apenas com bazares desenvolvidos na própria entidade e em eventos na cidade, estou auxiliando na preparação destes arrecadando doação no desenvolvimento de atividades nos eventos (brincadeiras, vendas, etc.) e na divulgação da instituição em Indaiatuba.

Minha pretensão, em curto prazo, é de auxiliar a instituição assistindo as pessoas atendidas pelo CIASPE. Em longo prazo, pretendo desenvolver curso de Terapia Ocupacional e desta forma assistir de forma integral alguma instituição.

Todavia, apenas com o fato de participar das rotinas do CIASPE percebo o quanto nosso trabalho é necessário e produtivo.

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Luma Bertelli Cavalaro - RA 20071M25 Nome do Projeto: Inclusão Artística Período de realização: 14 de maio a 14 de junho de 2007 Total de dias: 08 Total de horas: 22 Responsável pela Entidade: Rosa Matzer dos Santos

No dia 14 de maio, decidimos Natália Harumi e eu, Luma Bertelli, fomos ao CIASPE, a fim de nos tornarmos voluntárias da instituição. Ao chegarmos lá, fomos muito bem recebidas pela Rosa Metzger dos Santos, a mestre de tudo dentro do CIASPE e uma pessoa muito legal e educada, que nos mostrou toda a instituição; apresentou-nos os alunos, os funcionários e, também, outros voluntários que trabalham com eles.

A casa é muito aconchegante, toda organizada, com muitos quadros na parede, alguns pintados pelos próprios alunos; fotos de eventos, etc. Os alunos são imensamente carinhosos e bastante inteligentes. Após conhecermos a instituição e entendermos sua posição, Dona Rosinha nos disse que podíamos escolher um horário e poderíamos começar: ficamos com as segundas e quintas-feiras.

Primeiro dia, 17-5-07: eu estava na verdade, um tanto nervosa, pois sou muito impaciente e não sabia se iria conseguir me dar com a situação (no caso, a de atenção): não por preconceito, mas por individualismo, talvez, pois sou muito desatenciosa com as pessoas.

Mas, quando chegamos, fomos levadas a uma das salas de aula, onde fomos novamente apresentadas à Professora Lisa e, nome por nome, aos alunos: A Helena, muito inteligente; o Marcelo, nervoso, mas muito fofo; o Marcos, pelo qual me apaixonei; o Jorge beijoqueiro; o Vinicius, a Verônica, a Patrícia (nervosa também) e todos os outros. Surpreendi-me com o tamanho carisma que aqueles adultos (com espírito de criança) nos passam; são imensamente felizes, alegres, adoram brincar, pintar, desenhar e gostam da gente; tratam-nos como irmãos mesmo. Suas necessidades são diferentes umas das outras, mas são iguais como seres humanos. Claro!

O primeiro trabalho que desenvolvi foi a pintura no vinil. Peguei vários vinis, tintas e pincéis e os mostrei como era para fazer e qual o objetivo: pintávamos os vinis com tinta Látex e deixávamos secar. Depois que estivesse seco, fazíamos vários desenhos diferentes para dar um toque a mais na arte. Fizemos muitas flores nos vinis, quadradinhos; eles pintaram seus corações e vários outros desenhos e, no furo do vinil colocamos o motorzinho e os ponteiros do relógio de parede: eles adoraram a idéia, que na verdade, foi da professora Lisa.

Enquanto eu trabalhava com os vinis e, também monitorava alguns dos alunos que não estavam comigo, mas faziam desenhos com traçados de lã (que depois ficaram lindos), a Natália monitorava e ajudava o outro grupo, que fazia moldes com argila. Uma artesã da cidade dá todo o material necessário e os alunos da instituição fazem os moldes para que, depois, ela mesma, decore imãs de geladeira.

Passamos a tarde toda no CIASPE, recebi vários beijos: o Jorge adora dar beijos; e, prometemos que voltaríamos. Meu nervosismo havia passado, pois na verdade percebi que posso ser melhor do que imagino: tanto com os outros como comigo mesma.

Segundo dia, 25-5-07: levamos conosco, a Débora Milani e o Éderson, para que também eles começassem seus trabalhos. Chegamos ao CIASPE e as meninas estavam todas maquiadas, arrumadas com saiotes de bolinhas e coillants, os cabelos presos e, os meninos com uma camiseta vermelha e calça social preta: iam fazer uma apresentação dentro da própria instituição para as crianças de uma escola municipal de Indaiatuba.

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Preparando para a apresentação Muito lindas!! Finzinho das apresentações

Quando as crianças chegaram, eles ficaram muito contentes, brincaram juntos e, depois apresentaram suas danças: forró e anos 60; virou uma festa aquele CIASPE! Foi muito divertido! No meio da apresentação, a dona Rosinha teve um problema para resolver e eu fiquei lá na secretaria, atendendo os telefonemas e as pessoas que tocavam a campainha no portão. Quando a tarde acabou, os alunos estavam cansados, mas contentes. E eu também!

Terceiro dia, 28 -05-07: na quinta-feira não pude ir ao CIASPE, pois tive uma entrevista de emprego, mas na segunda lá estávamos novamente. Era dia de educação física e o Professor Alexandre entrou na classe com várias bolas e coletes, levou todo mundo até a quadra e passou os exercícios. Fizemos alongamento, corremos em volta da quadra e, depois foram divididos dois times, traçando uma linha no meio da quadra e também no gol: a brincadeira era pic-bandeira. A Natália e a Débora jogaram vôlei com os que não queriam brincar, enquanto o Éderson ficou no time azul e eu no time vermelho, era um correndo atrás do outro.

Depois que já havíamos ganhado várias partidas, trocamos a brincadeira por queimada e, em seguida, jogamos futebol: dividimos todos os alunos em três times e revesamos os times pra que todos acompanhassem a brincadeira. Fui pedida em casamento pelo Jorge que me disputou com o Vinicius por quem também me pediu em casamento; alguns deles não têm malícia, são muito amáveis e engraçados. Quando faltava meia hora pra irmos embora, reunimos todo mundo novamente e brincamos de stop; eles se empolgaram com a brincadeira e no final da aula já estavam todos cansados.

Desenvolvendo estratégia pra pegar a bandeira Jogando queimada.

Quarto dia, 31-05-07: pintamos mais discos, peças em gesso, telinhas, vasos de cascas de ovos, moldes com argila; dessa vez os alunos se envolveram mais ainda. Acredito que a cada vez que vamos lá eles se soltam mais.

Discos de vinil, prontos para se transformarem em relógios.

Quinto dia, 02-6-07: houve uma festa junina, promovida pelo Indaiatuba Clube, onde havia uma barraca da instituição e, trabalhei como voluntária. Na barraca havia pesca, tiro

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ao alvo e argolas e, muitas crianças na festa, o que causou uma confusão! Todas queriam ficar na pesca e ganhar seus prêmios (bonecas, bolas, carrinhos, agendas, dominós, etc.); A festa foi muito legal; Enchemos bexigas, jogamos argolas também, brincamos com as crianças e, claro, quando já estavam acabando os prêmios eu fui dançar um pouco. Mas estava lotada a festa e nos divertimos bastante!

Sexto dia, 14-6-07: o pessoal já estava com saudades de mim, pois já tem duas semanas que não apareço por lá. Tive muitos trabalhos da faculdade para concluir e, também médico marcado, por isso não pude ir. A TV Sol estava entrevistando a Rosinha e, depois que o pessoal foi embora, pude entrar na sala de aula da Lisa, onde todos me abraçaram e, começamos os trabalhos. Uns estavam fazendo bijuterias, outras almofadas de lã, pintando caixas de madeiras, cortando as bandeirinhas para festa junina do próximo mês - ou melhor, festa Juliana; como os discos já estavam prontos, peguei os enfeites de cerâmica e pintei-os, tinham duendes, a figura de Jesus, vários objetos sem pintar. Não fiz muita coisa no dia, mas pude perceber que eles já estão fazendo as coisas sozinhas. Já faziam, mas parecem menos preguiçosos para fazer; as maneiras como eles se interessam pelas coisas é muito bom!

Patrícia e Marcos: expressão de carinho Marcos e eu

Eu estou adorando ser voluntária; já o fui uma vez, mas confesso que não foi uma experiência como essa. No começo não me senti preparada, mas agora aprendi tanto com eles que pretendo não parar. Tudo que fazemos é uma forma de aprendizado e eu estou aproveitando abundantemente disso: adorei conhecê-los, participar da vida deles. Aprendi a ser mais paciente com as pessoas que estão a minha volta, compreendi que a vida é bem melhor quando se compartilha. É outra convivência; mesmo com as brincadeiras sem graças e, às vezes inconvenientes que eles também sabem fazer, parecem puros e muito atenciosos.

O que eu mais me admirei foi que têm três casais lá; eles namoram normalmente, mas não tem beijo ou nada parecido: eles se abraçam, mantém o carinho, é gostoso vê-los! Pensam em casar, ter filhos, como todo ser humano.

Enfim, continuarei no trabalho: estou me dando muito bem com todos e, até voltei a ter inspiração para pintar; tanto que já fui para minha casa em Botucatu buscar minhas telas e o material de pintura. É uma delícia trabalhar com eles, com a arte deles!

Terminei minhas vinte horas, porém continuarei o trabalho, é uma experiência preciosa e, acredito que não só pra mim, mas aos meus colegas também.

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Márcia Pretosevicius Meireles – RA 20071M27 Nome do Projeto: Responsabilidade Social Período de realização: março a junho de 2007 Total de dias: 10 Total de horas: 22 Responsável pela Entidade: Rosa Matzer dos Santos

Meu primeiro contato com a entidade foi feito com a Senhora Rosa, fundadora da entidade. Com ela conheci as instalações e os trabalhos desenvolvidos: Fisioterapia, Pedagogia, Psicologia, Artesanato, entre outros. Para cada uma dessas atividades existem salas próprias.

Todos os sábados são efetuados o Bazar Beneficente em que são vendidos materiais doados (roupas, livros, revistas e utilidades domésticas). Os recursos arrecadados são utilizados na manutenção da própria entidade, para pagamento de aluguel, luz, água, telefone, matérias de escritório e compra de materiais específicos para uso dos assistidos A Senhora Rosa demonstrou interesse em retomar os trabalhos com reciclagem, pois como já foram comprovados em experiência anterior, os valores arrecadados são de grande valia. Esse trabalho tinha sido interrompido por falta de voluntários que o fizessem.

Quanto ao material de reciclagem foi solicitada a ajuda do pai de um dos assistidos que prontamente atendeu e confeccionou com materiais já existentes no local, duas mesas grandes. Hoje o trabalho com a reciclagem já foi reiniciado, e está em andamento com a ajuda de voluntários.

Entre as doações foi verificada uma grande quantidade de livros, e achei interessante a instalação de uma biblioteca para uso dos alunos e de seus familiares. Com a ajuda dos colegas de classe da Fatec-Id, foi providenciado a colocação de prateleiras em uma das salas. Após a sala pronta, os livros foram transferidos e passaram por uma triagem. Foram separados por assunto e organizados nas prateleiras. Agora estamos catalogando, registrando os dados no computador e providenciando fichas para controle de retirada e devolução dos livros, para que qualquer voluntário que esteja na atividade possa dar continuidade a esse trabalho com maior facilidade e eficiência.

Esta sala é compartilhada com a psicóloga.

Havia também cinco computadores, mas apenas um funcionava, foi então providenciado o conserto de mais dois (trabalho efetuado por voluntário “extra-Fatec-Id”) e já estão sendo utilizados pelos alunos.

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Entre os materiais de doação foi constatada a existência de uma grande quantidade de discos de vinil (LP’s, compactos simples e duplos colecionáveis) bem como máquinas de escrever estrangeiras. Tivemos então a idéia de anunciá-los no “Mercado Livre Solidário” para termos mais um canal de vendas. Providenciamos toda documentação necessária para a inscrição no site e hoje esse material já se encontra disponível na internet e o que é melhor, já com resultado positivo.

Produto no Mercado Livre

Foram organizados alguns eventos beneficentes: Noite do Pastel, Bingo e Feijoada. Para isso, foram vendidos convites e arrecadadas prendas, nos quais também participei.

O voluntariado por ser um trabalho de grande porte é sempre executado em equipe. O pequeno trabalho de um resulta no grande trabalho do grupo. O importante é a união e o conjunto, pois sem estes não seria possível chegar a lugar algum. Tendo em vista a grande necessidade de voluntários, vou continuar na entidade ajudando no que puder e no que for necessário, para que possa fazer um pouco pelos seus assistidos, pois tenho certeza que essa é uma entidade séria e de grande valia para a cidade de Indaiatuba.

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Natália Harumi Araki - RA 20071M31 Nome do Projeto: Responsabilidade Social Período de realização: 17 de maio a 11 de junho de 2007 Total de dias: 07 Total de horas: 24 Responsável pela Entidade: Rosa Matzer dos Santos

Primeiramente fui visitar a CIASPE junto com a aluna de sala da FATEC Luma Bertelli. Fomos conhecer melhor a instituição. Gostamos e resolvemos iniciar o trabalho voluntário. Rosa Metzger dos Santos, conhecida por Rosinha, responsável pela CIASPE, deixou-nos ficar com as segundas-feiras e quintas-feiras.

17 de maio: iniciamos na quinta-feira. Na instituição, há duas salas: uma com alunos “mais espertos”, que aprendem, fazem algum tipo de artesanato com mais facilidade, e outra sala, onde os alunos possuem uma maior dificuldade, portanto requerem mais atenção. Eu e a Luma ficamos com a primeira sala, sendo que nela, os alunos eram divididos em dois grupos para exercerem as atividades como artesanato.

Eu fiquei monitorando e auxiliando nos moldes das argilas, que depois eram enviados para uma artesã, que doou os materiais a CIASPE para depois serem comercializados como ímã.

A Luma ficou com a pintura de discos que depois eram transformados em relógio de parede. Trabalhamos sob vigilância da Professora Lisa até o horário do recreio, que é às 16h00. Após o intervalo de meia hora, os alunos escovam os dentes, terminam o artesanato e guardam os materiais utilizados para irem a suas respectivas casas.

21 de: nesse dia, juntaram-se a nós mais dois novos voluntários da nossa sala da FATEC, que resolveram iniciar também o trabalho voluntário: o Éderson e Débora Milani.

Nesse dia ocorreu na instituição uma apresentação do CIASPE. Houve danças e visitas de diversas escolas públicas. Maquiei as meninas junto com a Débora e depois fomos assistir as apresentações dos alunos do CIASPE.

24 de maio: Foi o último dia das apresentações do CIASPE. Eu, Débora e Éderson fomos a pé ao supermercado (pois era próximo à instituição), com uma das alunas – Helena – para comprar dois produtos que a Rosinha havia nos pedido.

Logo que chegamos ao CIASPE, entregamos os produtos a Rosinha. Após isso, eu fiquei na secretaria elaborando um panfleto divulgando o Bazar de Inverno junto com a Débora. Depois de pronto, fomos assistir o final das apresentações da instituição.

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28 de maio: todas as segundas-feiras é dia de educação física. O Éderson e Luma exerceram uma atividade física e recreativa com os alunos do CIASPE junto com o professor Alexandre enquanto eu e a Débora jogamos vôlei com os alunos que não quiseram participar das brincadeiras.

31 de maio: como os moldes de argilas já estavam todos terminados, fiz uma outra atividade: com a ajuda da Luma pintei alguns discos que seriam vendidos posteriormente como relógio. Auxiliei também alguns alunos que estavam pintando ou fazendo artesanato com lã.

04 de junho: hoje ocorreu uma palestra sobre sexo: como se prevenir nas relações sexuais e quais são suas doenças. Houve até um teatrinho que resumiu basicamente a palestra. Isso foi muito interessante, pois no CIASPE há mulheres já com filhos, casadas e casais de namorados que participaram e se informaram durante a apresentação.

Após a palestra, eu e a Débora fomos ao refeitório a pedido da Lisa para separar o feijão que a CIASPE havia recebido como doação para distribuir posteriormente aos alunos.

11 de junho: eu e o Éderson exercemos uma atividade física e recreativa com os alunos. Uma requeria mais agilidade, enquanto a outra, coordenação motora.

Após a educação física, ajudamos os alunos na montagem dos cartões do dia dos namorados junto com a professora Lisa.

O trabalho voluntário que participei foi muito divertido. Primeiramente, pensava que seria um pouco difícil de lidar com os alunos da instituição, devido a certa deficiência deles. Na realidade estava totalmente enganada. Os alunos nos receberam com um enorme carinho e com muita alegria, como também a Rosinha e os professores.

Neste trabalho estão descritas atividades durante o período das 20 horas. Nesse tempo, conheci melhor os alunos, pessoas muito especiais. Possuem uma idade avançada, com um pensamento de criança, mas são pessoas como todos nós. Aparentam serem até mais felizes e mais divertidos.

Nas atividades em que monitorei, auxiliei os alunos que aprenderam rapidamente na montagem de cartões e na criação de artesanato. Espero que eles continuem “trabalhando”, perguntando e aprendendo cada vez mais para crescerem na vida.

Finalizando, eu não era voluntária até pouco tempo, percebi como é gratificante ajudar quem precisa ajudar é sempre bom e foi muito divertido!

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Natália da Silva Prado – RA 20071M30 Nome do Projeto: Inclusão no Mercado de Trabalho Período de realização: 23 de maio a 01 de junho de 2007 Total de dias: 08 Total de horas: 31 Responsável pela Entidade: Rosa Matzer dos Santos

Exerci entre o dia 23 de maio ao dia 01 de junho a função de secretária da instituição. Além e executar diversos tipos de serviços da área, como atender ao telefone, recepcionar as pessoas, elaborar ofícios, relatórios, agradecimentos, etc. em nome da instituição, organizar as prateleiras e documentos, ficar responsável pela entrada e saída do caixa e separar em pastas arquivos salvos no computador, auxiliei também no recebimento de doações, na preparação das atividades a serem elaboradas pelos jovens e adultos, na organização dos bazares da pechincha, na preparação da Festa Junina do dia 02 de junho, entre outras atividades.

O voluntário doa sua energia e criatividade, mas ganha em troca contato humano, convivência com pessoas diferentes, oportunidade de aprender coisas novas, satisfação de se sentir útil. Não é uma atividade fria, racional e impessoal. É relação de pessoa a pessoa, oportunidade de se fazer amigos, viverem novas experiências, conhecer outras realidades.

Dediquei-me ao máximo e realizei tudo com o mesmo carinho que fui recebida. Amei participar e pretendo continuar ajudando de todas as formas possíveis, pois percebi a dificuldade da instituição em manter esse trabalho tão sério e tão importante para a sociedade.

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Rosíris Neves de Lima – RA 20071M39 Nome do Projeto: Organização da biblioteca Período de realização: 31 de março a 23 de junho de 2007 Total de dias: 13 Total de horas: 35 Responsável pela Entidade: Rosa Matzer dos Santos

Ao visitar o Ciaspe considerei como prioridade, organizar a biblioteca, pois notei que os livros estavam em mais de uma sala e empilhados pelo chão, o que prejudicava o acesso a todas as obras e dificultava a escolha dos títulos por parte dos alunos.

Comecei separando-os por títulos e organizando-os nas prateleiras por assunto. Isso levou várias horas, visto que são muitos volumes. Ao finalizar a organização dos livros, comecei a catalogá-los, o que prossigo fazendo.

No bazar da pechincha, realizado aos sábados, foram encontrados inúmeros produtos antigos que possuem um estimado valor, mas que eram vendidos a preços muito baixos. Com o intuito de melhorar as contribuições, para ajudar na manutenção da entidade, por sugestão de outras voluntárias, esses produtos foram anunciados no “site” Mercado Livre, sendo que estas vendas estão superando as expectativas.

A entidade promove eventos dentro e fora da sede que, além de ajudar a divulgar o Ciaspe, também contribui para conseguir mais voluntários. Temos como exemplo a Noite do Pastel e a Feira realizada com outras entidades na véspera do dia das mães.

É muito gratificante ver o agradecimento das pessoas pelo trabalho realizado. Mesmo parecendo pouco para quem faz, é de grande valia pra quem recebe. Eu continuarei realizando este trabalho junto ao Ciaspe, até concluir a organização da biblioteca.

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Éderson Domingues: RA 20071M13 Nome do Projeto: Trabalho Voluntário Período de realização: 21 de maio a 15 de junho de 2007 Total de dias: 06 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Rosa Matzer dos Santos

Em março quando comecei a procura por uma instituição em Indaiatuba, para realização do trabalho voluntário. Procurei por uma instituição que fosse perto de minha casa para facilitar o acesso. A instituição Irmã Dulce, foi à primeira instituição que tive contato. Houve certa demora para ser chamado, pois tive que passar por duas entrevistas, uma com a assistente social, outra com a psicóloga.

Essa demora me fez procurar uma outra instituição, acompanhando a Luma Bertelli e Natalia Harumi, fui à instituição Ciaspe onde já comecei o trabalho na mesma hora que cheguei. Também fui chamado no abrigo Irmã Dulce.

Em ambos os lugares fui bem recebido, gostei dos ambientes, e das pessoas que trabalham nessas duas instituições.

Os dias combinados para realização dos trabalhos foram; terças e quintas no abrigo Irmã Dulce, e segundas e quintas no Ciaspe.

As instituições são diferentes, pois a instituição Irmã Dulce um abrigo para menores, que são mandados pelo conselho tutelar, enquanto, o Ciaspe é um centro de inclusão social para pessoas portadoras de necessidades especiais, onde convivo com dois tipos de pessoas, o que e traz uma grande experiência de vida.

Ciaspe

Primeiro dia: Nesse dia, fui com Luma e Natalia Harumi que já faziam lá, e Débora Grandi, que também iria começar seu trabalho voluntário.

Quando cheguei à instituição, junto com as meninas, conheci Rosa Metzer dos Santos, diretora do Ciaspe, uma pessoa admirável e incrível que me recebeu muito bem. Nesse dia houve uma apresentação de dança para crianças de uma escola. Essa apresentação trata-se de um projeto de dança que incluí ritmos como forró e anos 60. Esse evento foi muito interessante, depois de ter acabado, e a escola ter ido embora, os meninos me chamaram pra jogar futebol com eles. Os meninos me apelidaram de alemão do Big Broker, demos muita risada nesse dia.

Segundo dia: no meu segundo dia, teve mais uma apresentação de dança, e depois fui ajudar e alguns alunos a limpar argila, tudo supervisionado pela professora Lisa, uma pessoa muito admirável.

Terceiro dia: o terceiro dia foi o melhor. Todo mundo se divertiu, principalmente eu e Luma, que participamos da educação física. Ajudamos-nos professor Alexandre em orientar as brincadeiras para os alunos. Nesse dia voltamos a ser crianças, pois brincamos de pique-bandeira, jogamos queimada e futebol.

Quarto dia: nesse dia eu uma equipe de alunos fomos escalados para ir buscar cadeiras e mesas no clube Sereno. Quando voltamos para o Ciaspe, fizemos atividades em classe com recortes e pinturas em discos de vinil, e confecção de vasos. Tudo supervisionado por Luma, Natalia, eu e Débora e a professora Lisa. No final da tarde os meninos e eu, fomos para quadra jogar futebol com a autorização da Lisa e sob minha supervisão.

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Quinto dia: no quinto dia, houve um teatro sobre sexualidade, que falava sobre os perigos de no se usar camisinha na relação sexual. Foi interessante, pois explicaram tudo, desde doenças até a gravidez. Depois de acabado voltamos para sala para atividades em sala.

Sexto dia: participamos da educação física, Natalia e eu, e depois ajudamos os alunos a fazerem cartões para o dia dos namorados.

Irmã Dulce

Na instituição Irmã Dulce, vou todas as terças e quintas, onde faço acompanhamento escolar com crianças de sete a treze anos. Fui muito bem recebido também e o ambiente é muito bom.

Esse trabalho de responsabilidade social está sendo muito bom para mim, pois vejo que estou ajudando pessoas e ao mesmo tempo estou crescendo como pessoa. Gosto do que estou fazendo e pretendo continuar depois que terminarem essas 20 horas, pois tenho consciência do bem que posso estar fazendo para eles e sinto o bem que eles me fazem. Conheci muita gente nesse período e não troco esses momentos que passei.

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Dirlei Paulino Pinto - RA 20071V11 Nome do Projeto: Responsabilidade Social Período de realização: 15 de maio aos dias atuais Total de dias: 16 Total de horas: 36 Responsável pela Entidade: Fátima

Na quinta-feira do dia 10 de Maio de 2007, por volta às 9 horas da manhã, telefonei para duas entidades buscando uma instituição para a execução do projeto. A primeira, prefiro não citar o nome, me disse que estava com excesso de voluntários, a segunda foi a CIASPE (Centro de Inclusão e Assistência às Pessoas com Necessidades Especiais), cujo objetivo principal é promover a inclusão social de crianças e adolescentes com necessidades especiais. De início tive dificuldades em estabelecer contato, liguei três vezes seguida e ninguém atendia, na quarta sim, a vice-diretora Senhora Rosa Metzger me atendeu, ela pediu desculpas pela demora e explicou que estava longe do telefone no momento da ligação e que estava recepcionando um pessoal da prefeitura de Indaiatuba que fazia visita no local. Foi muito simpática e acolhedora, e então combinamos de nos reunir na segunda-feira seguinte, 14 de Maio, no período da manhã, para definirmos como eu poderia desenvolver algo pela instituição.

Na data da reunião, fomos eu, Walter e Samuel, ambos os colegas da faculdade, a Senhora Rosa nos recebeu muito bem e fazendo questão de mostrar a entidade toda e como essa funcionava. Na reunião por decisão unânime, chegamos à conclusão de que ela necessitava urgentemente de um secretário, alguém para trabalhar na recepção, para atender telefonemas, receber doações, visitantes, enfim, qualquer pessoa que chegasse ali pelo mais variado motivo. E a dificuldade maior era no período na manhã, pois havia nenhum voluntário para esse horário.

Como estávamos em apenas três pessoas, e não dispúnhamos de tempo para preencher a semana toda, propusemos conseguir mais dois voluntários para preencher o período da manhã, sendo cada dia um voluntário diferente para não sobrecarregar ninguém. Ela aceitou a proposta e o desafio foi conseguir mais dois membros para completar a equipe. No mesmo dia à tarde, conversamos na escola e incluímos na lista o Gabriel e o Luiz Cláudio, os dois também colegas da faculdade. No dia seguinte comecei a trabalhar.

Em 15 de maio, foi o início do meu trabalho voluntário na CIASPE, atendi telefonemas e elaborei ofícios para a instituição.

22 de maio: eu trabalhei novamente como secretário, elaborando comunicados a pais de alunos, anúncios e convites para eventos da entidade e atendi telefonemas.

27 de maio: hoje ajudei na acomodação de algumas doações recebidas na entidade, elaborei agradecimentos destinados a doadores e colaboradores e atendi telefonemas e tomei conta da secretaria.

05 de junho: logo pela manhã, fiz um cadastro da instituição na APAE de São Paulo para que recebam noticias e informações de seu interesse. Mais tarde elaborei avisos aos pais e responsáveis a respeito do feriado do dia seguinte.

12 de junho: fiz pesquisas para a entidade e tomei conta da secretaria.

Desde o primeiro dia também dediquei parte desse tempo no desenvolvimento de melhorias no sistema de informática, como por exemplo, analisando o que teria de ser mudado para facilitar os trabalhos do dia a dia e atualizando as informações.

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Registros

Alunos e colaboradores Alunos

Entrada da entidade Folder

Experiências

Uma coisa que eu não poderia deixar de comentar, é que apesar de eu não estar trabalhando diretamente com os alunos, de uma forma ou outra acabo me envolvendo, pois, na recepção eu os vejo e os cumprimentos ali, têm a questão do ambiente, o clima lá é diferente. É um clima onde parece que todos trabalham em equipe em busca de um único objetivo principal que é a inclusão social, com a superação das dificuldades e também fazer com que aquelas crianças, enxerguem a vida de uma forma melhor. Isso é muito gratificante, ver que estamos fazendo algo a pessoas realmente necessitadas... É uma emoção muito grande, é envolvente, é satisfatório.

Assim está sendo um trabalho voluntário do qual, nunca havia participado e nunca imaginei que seria tão “legal”. Pretendo continuar trabalhando lá, enquanto não conseguir emprego, mas mesmo depois de empregado quero ver se consigo conciliar as duas funções.

Pelo pouco que conheci posso afirmar que a CIASPE é uma instituição muito séria e que merece reconhecimento e investimento. Sua intenção é expandir e atender sempre mais pessoas necessitadas, e nosso grupo de voluntários pretende, de imediato melhorar o sistema de informática, inserindo ferramentas que facilitem o trabalho de todos, e num futuro próximo criar uma sala de informática e dar aulas aos alunos. Já temos proposta de empresas para doação das máquinas e nós montaremos os equipamentos e lecionaremos, para assim continuar esse trabalho voluntário, buscando sempre trazer inovações e melhorias à comunidade. Aconselho a todos, que façam algum tipo de trabalho voluntário, faz bem para alma e ajuda as pessoas necessitadas. Às vezes, um pequeno gesto pode fazer uma pessoa feliz!

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Gabriel de Almeida Prado Sampaio - RA 20071V13 Nome do Projeto: Responsabilidade Social Período de realização: 21 de maio a 13 de junho Total de dias: 05 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Rosa Metzger dos Santos

Dia 21 de maio de 2007 foi meu primeiro dia de trabalho na instituição, o setor onde o CIASPE estava com mais dificuldades era a secretaria e recepção, por isso meu trabalho principal no local era atender telefonemas, ver e-mails, anotar recados e produzir documentos para o CIASPE, segundo minha “chefe” (Rosinha), meu trabalho para o CIASPE foi muito bom.

No meu primeiro dia a Rosinha não me passou muita coisa para fazer,por isso meu trabalho foi atender telefonemas que não muitos e ver e-mails.Depois de mais idas ao CIASPE Rosinha acabou me dizendo que queria ver como eu era, como eu trabalhava.

Essa certa tranqüilidade do primeiro dia não se nos repetiu outros quatro dias que eu estava lá, no segundo, terceiro e quarto além de atender ao telefone que tocava de 5 em 5 minutos, tive que imprimir mais ou menos 40 folhas a cada dia (uma folha de cada vez porque a impressora não funcionava direito), os e-mails. Nesses dias tinham coisas muito mais importantes do que primeiro dia, como cadastros da instituição junto a órgãos que o CIASPE é afiliado, conferências que solicitavam a presença da Instituição nos evento.

No dia 18 de junho (a última vez que fui lá desde que estou escrevendo esse relatório), uma voluntária de muitos anos do CIASPE apareceu para ajudar a contabilidade da instituição que necessitava de uma reorganização. Eu a ajudei nesse trabalho que para mim durou uma manhã inteira, mas para ela teriam durado cinco manhãs como ela mesma me disse.

Para mim foi uma grande honra e um grande prazer trabalhar nessa instituição, pois eu não tinha uma experiência como essa na minha vida, e trabalhar ou lado de pessoas tão dedicadas no seu trabalho de ajudar essas crianças e adolescentes com necessidades especiais é uma grande inspiração para mim porque se não fosse o CIASPE e as pessoas que o ajudam e o mantém, essas crianças e adolescentes provavelmente seriam abandonados à própria sorte e dificilmente conseguiriam ter uma vida normal na sociedade.

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Luiz Cláudio Fitipaldi Bezerra - RA 20071V25 Nome do Projeto: Responsabilidade Social Período de realização: 16 de maio a 13 de junho Total de dias: 05 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Rosa Metzger dos Santos

No CIASPE desenvolvi diversas atividades em algumas pude aplicar os conhecimentos vistos em classe.

A principal atividade que eu desenvolvi no CIASPE foi de secretaria, desde atender um telefonema a recepcionar as pessoas que lá chegam, pois lá não há uma pessoa específica para ficar na secretaria. Também realizei a preparação de documentos como: ofícios, cartas, atas, declarações, bilhetes aos pais, pedidos e folhetos para festas.

Por percebermos alguma confusão quanto à organização de arquivos no computador (as pessoas que estavam responsáveis por esses cuidados não possuíam muita noção de secretariado e informática) estamos tentando reorganizar, mas ainda há muito que fazer.

Outro trabalho desenvolvido na instituição foi o de auxílio na área de informática em que tentei passar, de alguma forma, meu pequeno conhecimento às pessoas com quem entrei em contato; manutenção às máquinas que lá estão. Notei que há uma dificuldade das pessoas que trabalham lá em lidar com muitas ferramentas da informática até mesmo com e-mail, mesmo que algumas dessas pessoas possuam curso superior.

Ajudei, também, algumas vezes, na organização de materiais doados.

Concluo que o trabalho de Responsabilidade Social é muito importante para o indivíduo ou organização prestar atenção nas necessidades de toda a sociedade. Devemos parar pelo menos um pouquinho do nosso tempo para ver quantas pessoas precisam de ajuda e, muitas vezes, de atitudes que estão ao nosso alcance. Podemos doar parte de nosso tempo com o objetivo de ajudar a promover a inclusão social a fim de termos uma sociedade melhor, ao invés de apenas reclamarmos do que está errado.

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Samuel Penteado Urban - RA 20071V34 Nome do Projeto: Informática Período de realização: 1º semestre de 2007 Total de dias: 04 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Rosa Metzger dos Santos

Foi muito satisfatório para mim e para meus colegas que trabalharam na instituição, onde cada um trabalhou um dia da semana.

Toda quinta-feira, trabalhava eu, das 8h às 13h, concluindo assim, em quatro dias minhas 20 horas de trabalho voluntário. Isto não quer dizer que vou parar esse trabalho, pois este foi apenas uma introdução do que pretendo fazer para ajudar nessa instituição, onde fomos muito bem recebidos pela vice-presidenta Rosa Metzger dos Santos.

Pretendo, num futuro próximo, fazer com que todos os alunos da instituição aprendam a utilizar a informática como ferramenta de seu cotidiano. Os alunos utilizam esses computadores, para jogos educativos, e alguns outros aprendizados.

Claro, o CIASPE necessita de mais computadores e de um prédio próprio, pois o utilizado atualmente é alugado. Mas com essas ambições, acredito que não há diferença entre essas pessoas que possuem um maior interesse no aprendizado, para terem um conhecimento ao mínimo básico na área de informática.

Portanto, houve uma melhora na parte de informática, com as manutenções feitas na instituição, mas ainda falta muito trabalho e ajuda de mais voluntários para o ensino a estes jovens. Também foi concluído, que todas as pessoas são capazes de aprenderem, trabalharem, serem honestas, dentre outros aspectos que os portadores de necessidades especiais sabem fazer muito bem.

Sala de fisioterapia Bnquedos Jardim

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Walter Felipe Spagiari - RA 20071V39 Nome do Projeto: Informática Período de realização: 18 de maio a Total de dias: 04 Total de horas: 33 Responsável pela Entidade: Rosa Metzger dos Santos

Na sexta-feira do dia 11 de Maio de 2007, no horário da aula, meu colega Dirlei nos falou sobre o CIASPE (Centro de Inclusão e Assistência às Pessoas com Necessidades Especiais), cujo objetivo principal é promover a inclusão social de crianças e adolescentes com necessidades especiais, e falou q teria vagas disponíveis para fazermos o trabalho voluntário, e que tinha marcado uma reunião para o dia 14, segunda-feira no período da manhã para definir como eu poderia desenvolver algo pela instituição.

Na data da reunião, fomos eu, Dirlei e Samuel, ambos os colegas da faculdade, a Senhora Rosa nos recebeu muito bem e fez questão de mostrar a entidade toda e como funcionava. Na reunião por decisão unânime chegamos à conclusão de que ela necessitava urgente de um secretário, alguém para trabalhar na recepção, para atender telefonemas, receber doações, visitantes, enfim, qualquer um que chegasse ali pelo mais variado motivo. E a dificuldade maior era no período na manhã, pois não tinha nenhum voluntário para esse horário.

Como estávamos em apenas três pessoas e não dispúnhamos da semana toda, prepusemos conseguir mais dois voluntários para preencher a semana no período da manhã, sendo cada dia um voluntário diferente para não sobrecarregar ninguém. Ela aceitou a proposta e o desafio foi conseguir mais dois membros para completar a equipe. No mesmo dia à tarde, conversamos na escola e incluímos na lista o Gabriel e o Luiz Cláudio, os dois também colegas da faculdade. Na sexta-feira do dia 18 comecei o trabalho voluntário.

Em 18 de maio: hoje, foi o início do meu trabalho voluntário na CIASPE, fiz meu trabalho como secretario e recepcionista, atendi telefonemas e elaborei ofícios para a instituição.

25 de maio: novamente trabalhei como secretário, elaborando comunicados a pais de alunos, anúncios e convites para eventos da entidade e atendi telefonemas.

08 de junho: hoje ajudei na acomodação de algumas doações recebidas na entidade, elaborei agradecimentos destinados a doadores e colaboradores e atendi telefonemas e tomei conta da secretaria.

15 de junho: logo pela manhã, fiz um cadastro da instituição na APAE de São Paulo para que recebam noticias e informações de seu interesse. Mais tarde elaborei avisos aos pais e responsáveis a respeito do feriado do dia seguinte e.

22 de junho: trabalhei como secretario, digitei alguns documentos, atendi telefonemas.

28 de junho: trabalhei na manutenção dos computadores.

29 de junho: trabalhei como secretario, digitei alguns documentos, e continuei a manutenção dos computadores.

Desde o primeiro dia dediquei parte desse tempo no desenvolvimento de melhorias no sistema de informática, como por exemplo, analisando o que teria de ser mudado para facilitar os trabalhos do dia a dia e atualizando as informações.

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FOTOS

Nosso desafio como técnico em informática Atendidos pelo CIASPE em campeonato de futsal.

Uma coisa que eu não poderia deixar de comentar, é que apesar de não estar trabalhando diretamente com os alunos, de uma forma ou outra acabo me envolvendo. Na recepção eu os vejo e os cumprimentos, têm a questão do ambiente, o clima lá é diferente. É um clima no qual parece que todos trabalham em equipe em busca de um único objetivo, que em principal é a inclusão social, a superação das dificuldades e é também fazer com que aquelas crianças, enxerguem a vida de uma forma melhor. Isso é muito gratificante, ver que estamos fazendo algo a pessoas realmente necessitadas... É uma emoção muito grande, é envolvente, é satisfatório.

Assim está sendo um trabalho voluntário do qual, nunca havia participado e nunca imaginei que seria tão legal, pretendo continuar trabalhando lá, enquanto não conseguir emprego, mas mesmo depois de empregado quero ver se consigo conciliar as duas funções ou mesmo ajuda-los por fora.

Há também um momento importante e que marcou muito, foi no dia que eles iriam numa radio e todos foram para entidade, alguns até foram mais cedo para entregar.

Folhetos da entidade, e tive um contato muito grande com eles, conversamos, brincamos, foi uma experiência muito interessante, gratificante e diferente em minha vida. Pude perceber que somos iguais, apenas temos dificuldades diferentes.

Pelo pouco que conheci posso afirmar que: é uma instituição é muito séria e que merece reconhecimento e investimento. A intenção é expandir e atender sempre mais pessoas necessitadas e nosso grupo de voluntários pretende de imediato melhorar o sistema de informática, inserindo ferramentas que facilitem o trabalho de todos, e num futuro próximo criar uma sala de informática e dar aulas aos alunos. Já temos proposta de empresas para doação das máquinas, nós montamos os equipamentos e lecionamos, e assim continuar esse trabalho buscando sempre trazer inovações e melhorias à comunidade. Aconselho a todos, que façam algum tipo de trabalho voluntário, faz bem pra alma e ajuda as pessoas necessitadas. Às vezes, um pequeno gesto pode fazer uma pessoa feliz! Pensem nisso.

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Felipe Gabriel Torezan Pereira - RA 20071N12 Nome do Projeto: Integração Social Período de realização: 27 de abril a 28 de junho de 2007 Total de dias: 07 Total de horas: 23 Responsável pela Entidade: Rosa Metzger dos Santos

Este trabalho foi realizado de forma integral na instituição denominada

CIASPE: "Centro de Inclusão e Assistência às Pessoas com Necessidades Especiais", juntamente com minhas duas colegas de classe, isto é, Juliana e Tamarys. Vale destacar que os três integrantes do grupo estudam e trabalham de Segunda à Sexta-Feira. Logo, todas as atividades foram efetivadas aos Sábados.

A real gênese (27/04/07) de tal trabalho voluntário deu-se com o acostumar-se ao ambiente, aos funcionários, aos portadores de necessidades especiais, etc. A Rosa Metzger dos Santos, coordenadora mor, foi que nos apresentou a instituição como um todo. Nesse mesmo dia, realizamos uma espécie de entrevista, visando traçar um perfil analítico do que é a entidade, como e quando surgiu, qual é o quadro de dificuldade financeira encontrado, entre outras informações.

No segundo sábado (04/05/07), foram designadas tarefas visando nortear os nossos rumos. Uma miríade de propostas foi apresentada, cabendo a nós selecionarmos as mais viáveis. Vale lembrar que a Rosinha, apelidada por nós, foi que nos delegou tais atividades durante todo o processo.

No dia 18/05/07, visando aperfeiçoar o quadro da burocracia, reeditamos as fichas de cadastros de voluntários inserindo, por exemplo, campos no tocante aos motivos de desistência na ficha do voluntário, caso este resolva deixar a CIASPE.

Houve um Bazar da Pechincha Especial, no dia 25/05/07, destinado, aos indivíduos humildes, ou melhor, àqueles que não possuem um poder aquisitivo considerável para adquirir produtos de preços elevados. Esse Bazar tem como adjetivo "especial" por justamente ser um evento que ocorre uma vez por mês no qual um volume significativo de objetos doados (calçados, roupas e até mesmo eletrônicos) são postos à venda por um valor acessível. Trabalhei no caixa controlando a entrada de capital. Parecia à priori, uma tarefa deveras simples, contudo, o fluxo de pessoas era grande e o caos, por conseguinte também.

Por último, (no dia 01/06/07) houve a Festa Junina no Indaiatuba Clube. Ajudamos inicialmente a montar a Barraca de "Tiro ao Alvo". Vale lembrar que tal evento, teve por objetivo representar a CIASPE e reverter todo o dinheiro adquirido para a própria instituição Depois disso, eu e minhas colegas de classe coordenamos a própria brincadeira. Foi encontrada dificuldade mediana o exercício de tal atividade uma vez que tivemos que lidar com crianças (público-alvo).

Tal trabalho configurou-se como grande valia uma vez que não somente o respeitar das diferenças foi exercido (objetivo imprescindível), mas como também o lapidar da paciência no relacionamento para com o próximo. Mesmo após cumprir às 20 horas pré-determinadas pela professora Silma, pretendo continuar a fornecer o meu apoio para não somente esta entidade, mas para outras demais que estejam precisando preencher certas lacunas no que diz respeito ao quadro de voluntariado.

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Juliana Wischer Gilio - RA20071N19 Nome do Projeto: Integração Social Período de realização: 1º semestre de 2007 Total de dias: 07 Total de horas: 25 Responsável pela Entidade: Rosa Metzger dos Santos

Quando somos convidados a realizar um trabalho voluntário, logo pensamos

a quem vamos beneficiar?

A resposta correta é: a nós mesmos!

Quando nos propomos a doar algum tempo de nosso dia a uma instituição, temos que ter em mente a responsabilidade que estamos assumindo diante de pessoas necessitadas. É um compromisso sério, pois a instituição deverá poder contar com nossa presença e nossa atuação nos dias e horários pré-estabelecidos. Portanto não podemos encarar esta responsabilidade como – “eu vou no dia que der” ou “eu vou quando estiver a fim” – pois haverá crianças/idosos que estarão nos esperando com ansiedade e tudo o que não podemos fazer é decepcioná-los.

Logo nos vem à mente aquela famosa frase do Livro “O Pequeno Príncipe” de Antoine de Saint Exupéry: – “Tu te tornas eternamente responsável por aqueles que cativas”.

Temos a tendência de “mascarar” a realidade de crianças carentes, velhinhos abandonados, portadores de necessidades especiais. Mas quando nos dispomos a vivenciar um pouco desta realidade, é que nos damos conta de como somos felizes e privilegiados por sermos perfeitos e com boa saúde. Quantas vezes nos deprimimos à toa, sem motivos aparentes?

Neste trabalho voluntário, não tive a oportunidade de lidar diretamente com as pessoas que fazem parte do projeto, ou seja, as crianças/ adolescentes/ adultos com necessidades especiais, pelo fato de estar indo apenas aos sábados. Porém tive contato com dois deles, e posso dizer que me encantei com a personalidade especial de cada um. Acima de tudo eles são pessoas felizes e espontâneas. Percebi que não tenho problemas, apenas obstáculos. Para vencê-los preciso é ser FELIZ e acreditar em mim, assim como essas pessoas são felizes e acreditam em si mesmas.

Tínhamos idéia de fazer algo mais específico com a nossa área de atuação, mas nesse sentido, só foi possível ajudar em relação ao cadastro dos voluntários, onde fizemos uma ficha cadastral.

Fora isso, trabalhamos no bazar especial, na festa Junina do Indaiatuba Clube, e iremos ainda participar e dar a nossa contribuição no Friday in Concert e numa festa da Omni Indaiatuba.

Ao refletirmos sobre toda essa experiência, chegamos à conclusão óbvia de que temos muito mais a aprender com estas pessoas do que a ensinar. E o que mais aprendi é resumido em uma só frase:

“A história do patinho feio nos ensina que os verdadeiros amigos estão ao nosso lado pelo que somos e não pela nossa aparência – Autor Desconhecido”.

Nossa aparência não importa, não vale de nada, se por dentro não formos pessoas que realmente valem à pena, e as pessoas que conheci nessas horas de trabalho voluntário, são pessoas que realmente valem à pena.

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Tamarys Alingueri Dias - RA20071N39 Nome do Projeto: Integração Social Período de realização: 1º semestre de 2007 Total de dias: 07 Total de horas: 25 Responsável pela Entidade: Rosa Metzger dos Santos

O projeto na entidade CIASPE foi desenvolvido a partir das necessidades observadas na entidade durante as visitas para ambientação e para a formulação de um trabalho por parte dos voluntários. Ao decorrer das visitas foi constatada a necessidade de elaboração de cadastros para uma melhor organização administrativa que visasse um melhor desempenho tanto nas áreas diretamente ligadas, quanto em outras áreas que dependessem desse setor para seu funcionamento, a partir daí foi criado o Cadastro de voluntários.

O trabalho desenvolvido se voltou para o acompanhamento das partes que geram renda para a entidade, principal problema da mesma. Ela sentia a necessidade de obter uma renda fixa para que ao fim dos cálculos mensais as contas não estivessem devedoras. Acompanharam-se os eventos do Indaiatuba Clube (Festa Junina) e Fatec (Friday in Concert) para constatar se o funcionamento destes eventos estava da melhor forma possível organizada, podendo sugerir opiniões que culminassem em melhorias nos mesmos. O resultado foi bom, a organização nos eventos é adequada, mas foi verificado que o que precisam realmente é o fornecimento fixo de doações para a sustentabilidade destes eventos, uma vez que eles são a segunda fonte principal de renda.

Outras atividades acompanhadas foram os bazares da pechincha. O evento gera a maior parte da renda da entidade. Estes bazares são feitos aos sábados, podendo ser bazares Especiais ou Comuns. Os bazares Especiais são aqueles realizados uma vez por mês, possuem produtos mais seletos onde se ganha um valor maior em relação aos outros bazares. Os bazares comuns são os realizados nos demais sábados do mês. A renda semanal conseqüentemente é menor nestes bazares, devido ao número e valores inferiores de produtos oferecidos, mas a renda mensal, porém, mantém grande parte dos custos da entidade devido ao fato de ser realizado três vezes ao mês.

A entidade conta também com uma ajuda simbólica do governo, mas devido à quantidade de despesas fixas da mesma, esse valor se torna consideravelmente menor do que o necessário para a “sobrevivência” da entidade, fazendo com que outras opções de fonte de receitas sejam procuradas.

O trabalho realizado na CIASPE trouxe particularmente experiências e pessoas inesquecíveis. A recepção calorosa e o modo como aceitaram opiniões para o bem comum, são fantásticos, a partir do conceito de que nem todos estão abertos a sugestões e que poderiam se quisessem ter sido autoritários e auto-suficientes. Não foi o que encontrei lá.

Eu aprendi muito, não somente na área administrativa na qual me foquei, mas também na área de humanas. Eu aprendi que você pode ir além da força que acha que possui. Se você quer, você conquista e supera obstáculos para isso. Aprendi a olhar através da aparência e que se você se esforçar, alcança metade da alegria e entusiasmo para executar suas atribulações diárias.

Quero deixar neste trabalho escrito a importância do trabalho social e a intenção de continuar a executar juntamente à equipe da CIASPE este trabalho, não somente para meu desenvolvimento profissional, mas também pela satisfação pessoal que conquistei ao trabalhar com pessoas tão dedicadas, perseverantes e queridas.

O trabalho social ensina, dignifica e constrói valores. É gratificante, uma experiência que com certeza ficará marcada na memória e que guardarei com muito carinho.

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ESCOLAS MUNICIPAIS E ESTADUAIS

Manhã

Carla Aparecida Barbosa - RA 20071M07

EMEI Parque das Nações – Indaiatuba/SP

Tarde

Diego Henrique Neves - RA 20071V10 Luis Felipe Silveira da Silva - RA 20071V26

E.M. Dr. Leandro Franceschini – Sumaré/SP

Noite

Helena Barranco de Castro Soranz - RA 20071N15

Rodolpho Arantes Soranz - RA 20071N34

E.E. Gen. Mascarenhas de Moraes – São Paulo/SP

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Carla Aparecida Barbosa - RA 20071M07 Nome do Projeto: Reciclagem. Período de realização: 29 de maio a 14 de junho de 2007 Total de dias: 16 Total de horas: 23 Responsável pela Entidade: Fátima Função: Coordenadora

Em principio pensei em realizar meu trabalho em alguma instituição que cuidasse de pessoas com algum tipo de dificuldade e ou necessidades especiais.

Tentei ir ao “Manaen” entidade social que cuida de crianças carentes, que tem projetos sociais como melhoria do desempenho escolar e lazer e recreação. Foram várias as tentativas que não deram certo, pois já havia uma pessoa que já estava trabalhando como voluntária e precisaria esperar que ela terminasse seu trabalho para que então eu pudesse iniciar o meu.

Então resolvi que iria fazer algo relacionado com reciclagem. Procurei uma pré - escola em que já conhecia a diretora. Falando a ela sobre o meu projeto, descobri que lá eles já haviam iniciado um projeto sobre reciclagem, mas ainda não haviam terminado por falta de tempo e pessoas. Foi quando propus meu trabalho a ela e tive a oportunidade de realizar meu trabalho social que consiste na criação da capa de uma agenda feita com papel reciclado, em que as crianças também interagem, ajudando e, ao mesmo tempo, apreendendo a transformar papel usado em papel reutilizável.

Descrição detalhada do trabalho

O trabalho de reciclagem e manufatura da capa da agenda foi feito de dividido em três partes: Etapa I “picagem” do papel para deixar de molho; Etapa II bater o papel de molho no liquidificador para serem triturados e colocados nas telas de secagem; Etapa III retirada do papel das telas de secagem e molde do papel.

Como reciclar é um processo lento, e cada etapa é ligada uma à outra meu trabalho era supervisionar para que cada etapa saísse da melhor maneira possível nas intermediações de cada etapa que serão descritas a seguir:

Etapa um que foi realizada do dia 29 de maio a 01 de junho e teve a duração total de 8 horas.

Apresentação para as professoras e as crianças que participaram do projeto, fazendo com que elas interagissem, ajudando na preparação da etapa I da reciclagem, que consiste em “picar” os papeis a serem reciclados em pedacinhos colocando-os de molho em uma bacia com água, para então seguir para a etapa dois.

No balde laranja estão os papeis picado já de molho. (obs. a legenda da foto onde está 2005 é 2007)

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Etapa II foi realizada nos dias 05/06/07 e 06/06/07 com a duração total de 5 horas.

Nessa etapa que batemos o papel picado que já tinha ficado de molho no liquidificador, para podermos colocá-lo nas telas de secagem, e em dois ou três dias com o papel já seco, podermos passar para a etapa III.

(Na foto as crianças do nível III interagindo na produção do papel à direita o papel já batido e colocado nas telas de

moldura e secagem)

Ainda na etapa dois a foto abaixo mostra papéis já moldados pelas telas de secagem e colocados para secar nos jornais que depois de utilizados na secagem do papel também servirão como papel a ser reciclados.

A etapa III foi realizada nos dia 12, 13,14 de junho de 2007 com a duração total de 8 horas. Nessa etapa, retiramos o papel já seco das telas ou do jornal e com muito cuidado moldamos da maneira desejada o produto final de meu trabalho será a capa de uma agenda feita com o próprio papel reciclado pelas crianças na escola. Etapa que o papel já de molho é colocado no liquidificador e colocado nas telas de secagem.

(Na foto as crianças do nível III interagindo na produção do papel à direita o papel já batido e colocado nas telas de

moldura e secagem)

Trabalhar com esse projeto de reciclagem foi muito importante pra mim, pois pude mostrar para as crianças como reciclar e a sua importância.

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Bruno Marcelo Burdini - RA 20071N04 Nome do Projeto: Escola da Família Período de realização: fevereiro a junho de 2007 Total de dias: 07 Total de horas: 21 Responsável pela Entidade: Edvar

Em virtude da necessidade de 20 horas de serviços voluntários na disciplina

ministrada pela Profª. Silma Pompeu, juntei-me a dois colegas, Rodolpho e Helena, que já haviam tido a idéia e iniciativa de proporcionar aulas de informática e grupo de estudos no projeto Amigos da Escola, como já estavam em contato com a escola provedora dos recursos entrei no projeto de informática como instrutor e também gerador de idéias para o projeto.

Com os equipamentos disponibilizados pela escola, tivemos a idéia de dar inicio a um projeto de introdução à informática.

Começamos as visitas à escola aos domingos, dia em que a mesma fica aberta das 14 às 17 horas, e começamos a monitorar os alunos e interessados que compareciam ajudando os mesmos em pesquisas para trabalhos escolares.

Como o projeto inicial era de propiciar novos conhecimentos de informática, começamos o trabalho de divulgação na própria escola e entre os próprios freqüentadores, esperando dos mesmos compromissos de freqüência e de trazer pessoas interessadas às aulas.

Começamos a arrumar problemas presentes nas maquinas existentes, algumas atualizadas outras não, como falta de softwares e problemas na rede e Internet, começamos instalando softwares e programas didáticos, como digitação, com o intuito de oferecer o melhor para aqueles que fossem freqüentar as aulas. Infelizmente, o que aconteceu foi o contrário, pois não houve adesão ao projeto dos alunos que o freqüentaram, mesmo com todo o material didático oferecido.

Agora, com a posição do diretor da própria escola, que, colocado a par desta situação, resolveu fazer uma divulgação maciça e programar turmas para que possam ser oferecidas aulas a pessoas interessadas, esperamos poder desenvolver o projeto e distribuir esse conhecimento tão necessário nos dias de hoje.

A experiência de ministrar as aulas foi muito válida para mim, pois mostrou o quanto pessoas tão próximas, de uma mesma cidade, como Elias Fausto onde foi desenvolvido o projeto, possuem realidades tão distantes como exclusão digital e falta de interesse do governo, e você com um simples gesto pode transformar a vida

dessas pessoas, basta ela própria querer.

As aulas ministradas aos freqüentadores nos proporcionaram uma experiência que poderá nos ajudar em nossa vida profissional em liderança, por exemplo, como se apresentar em público e gerenciar pessoas.

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Diego Henrique Neves - RA 20071V10 Luis Felipe Silveira da Silva - RA 20071V26 Nome do Projeto: Responsabilidade e Inclusão Social Período de realização: 1º semestre Total de dias: 10 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Clóvis e Miguel

Como alunos do curso de Informática da Faculdade de Tecnologia de Indaiatuba,

temos como missão contribuir para um Brasil socialmente mais justo por meio da troca de experiências e novas tecnologias sociais.

Pensando nisso que com a ajuda de outro voluntário, Diego Henrique Neves, resolvemos visitar nossa escola do ensino médio e técnico, Dr. Leandro Franceschini, no município de Sumaré. Fizemos algumas visitas aos laboratórios, aos antigos micros que estavam parados, ao CPD para o conhecimento de novas tecnologias para os servidores.

Após uma conversa com funcionários do CPD e coordenadores do curso de Informática, percebemos que poderíamos utilizar uma ferramenta já utilizada por nós para o funcionamento dos micros antigos que estavam parados. Essa ferramenta se chama Thin Client. Uma estação com baixa configuração busca informações no servidor, e as mesmas são processadas e enviadas pelo próprio servidor, sem necessidade do uso do processamento da estação.

Além de tornar os micros que são antigos e estavam parados, em micros utilizáveis, percebemos um processo de inclusão social. Com mais microcomputadores funcionando, foi possível abrir mais salas de aula para os vestibulares. Houve também, um maior uso por parte dos alunos que não têm microcomputadores em casa e nem acesso em outros lugares.

Através desse projeto conseguimos unir redução de custo e inclusão de mais pontos para uso. Pois, cada computador hoje custa caro para uma instituição publica, mas se pudermos utilizar materiais que eles já têm, e torná-los viáveis em velocidade, e usabilidade com certeza haverá uma redução do custo.

Com todas essas informações em mãos, decidimos iniciar nosso trabalho voluntário, a fim de ajudar nossa ex-escola, com ênfase na educação, sendo um dos pontos da Responsabilidade Social.

O projeto foi iniciado com a verificação da estrutura da rede. Felizmente, os micros estavam em um laboratório no qual há uma estrutura pronta para uma nova rede de computadores. Depois, houve a seleção dos microcomputadores com a seguinte configuração mínima:

• Processador 100Mhz • 32 MB RAM • Drive de disquete 3.5” – 1.44Mb • Placa de Vídeo 1MB • Placa de Rede • Monitores CRT com resolução de no mínimo 800x600

Teclados, mouses e etc.

Utilizou-se outro computador de maior porte, para ser o nosso servidor, onde foi instalado um gerenciador de acesso à rede e um software que faz a identificação dos micros utilizados pelo terminal. Nele também estão instalados os softwares usados pelos usuários, como Office e Navegadores. Todas as estações foram e estão sendo configuradas manualmente, tendo marcado em cada uma delas sua configuração. Segue a configuração sem muitos detalhes, deste computador:

• Processador AMD Athlon 2600+ • 1 GB RAM

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• Drive de disquete 3.5” – 1.44Mb HD 80 GB

Houve uma grande aprovação por parte dos professores, coordenadores e alunos após alguns testes realizados. Microcomputadores muito antigos funcionando com capacidade de processamento incrivelmente rápida, e com os mais atualizados softwares, tudo isso a um baixo custo com patrimônio já existente da instituição.

Ainda há uma esperança de uma doação de microcomputadores usados de uma empresa, cooperando diretamente com a Responsabilidade Social Empresarial. Isso poderá ajudar na criação de mais micros para uma maior utilização por parte dos alunos.

Professores e coordenadores ajudaram com doações de peças ou mão-de-obra para a o término do projeto, para que os alunos possam usufruir o ensino o mais rápido possível.

Conclusão Diego

Com a execução do trabalho, podemos concluir que todas as pessoas podem realizar trabalhos voluntários por menor que eles sejam colaborando com a execução de sua responsabilidade social.

Essa responsabilidade social não precisa ser necessariamente um trabalho difícil, árduo. Até mesmo uma doação pode ser considerada um ato de responsabilidade social. Não é porque não temos tempo disponível para realizar tarefas voluntárias que nunca colocaremos em prática nossa responsabilidade social. Quando podemos fazer doações de coisas que não usamos mais, ou quando trabalhamos numa empresa e temos condições de doar parte do que produzimos, estamos realizando grande parte de nossa responsabilidade social. A execução de um trabalho voluntário ou algum outro tipo de ação, tendo como objetivo principal ajudar as pessoas que mais necessitam, sendo na maioria dos casos para fazer a inclusão social de muitas delas, é fundamental para o país em que vivemos.

No caso citado anteriormente, podemos perceber a importância da realização do trabalho voluntário na micro sociedade em que vivemos. Alguns microcomputadores antigos que estavam parados, misturados com o nosso conhecimento, pode resultar em mias um laboratório na escola em que estudávamos, na escola em que passei a maior parte da minha vida.

Esse novo laboratório resultará em mais alunos adicionados ä inclusão social, podendo até mesmo alguns outros projetos ser executados, como doação de cursos ä alunos de outros períodos, ä alunos de outras escolas que também não têm condições financeiras de pagar um curso.

Nesse exemplo, podemos obter alguns pensamentos, como por exemplo, se todos os alunos pudessem colocar em prática o conteúdo adquirido, retribuindo a ação e ajudando a outras pessoas. Com a quantidade de alunos nas escolas, o trabalho realizado seria de uma imensa ajuda para todos, que seria importante para a responsabilidade social do nosso país.

Conclusão Luis Felipe

Com tudo isso que projetamos e executamos, pude concluir que se pudermos ajudar aos outros, gratificamos a nós mesmos. Um mínimo gesto de ajuda pode ajudar muito a comunidade e instituições.

Nessa mesma instituição em que já estudei, pude notar que os professores me respeitaram pelo gesto de aceitar um difícil projeto sem custo algum para eles, além de tudo, aprendi muita coisa com a execução desse projeto, que sem duvida alguma entrará no meu currículo profissional. Ainda, reduzir custos e conseguir reciclar com um bom uso dos equipamentos para mim é me trouxe muito prazer. Pretendo continuar com a manutenção e seguir até o final do projeto para que tudo esteja funcionando perfeitamente.

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Quando ajudamos alguém, ou alguma instituição (como é o meu caso) você se satisfaz incrivelmente. Eu que adoro computadores, pude trabalhar com o que gosto aprender e executar funções que me agradaram muito, enfim como já dito, só houve contribuição para mim, e ainda consegui ajudar diversas pessoas.

Penso que se existe algo parado e posso ajudar consertando e fazer com que diversas pessoas podem usufruir também, logo imaginei que diversos alunos poderiam utilizar mais computadores, sem geração de custo e esta seria minha contribuição.

Tive muita dificuldade em conseguir fazer um trabalho em uma Entidade Social, e então resolvi visitar a escola onde completei meu ensino básico / técnico. Um dia, apareci lá e um professor, me perguntou algumas coisas, dei uma idéia a ele sobre os antigos computadores, e ele me permitiu que trabalhasse lá como voluntário.

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Helena Barranco de Castro Soranz - RA 20071N15 Nome do Projeto: Escola da Família. Período de realização: 10 de março até os dias atuais Total de dias: 20 Total de horas: 60 Responsável pela Entidade: Profº Edevair Borges de Almeida

Este trabalho tem o intuito de resgatar uma consciência de que somos responsáveis uns pelos outros, pois o caminho contrário a isso é a autoextinção.

A Escola Estadual Gen. Mascarenhas de Moraes foi fundada em 1924 e, atualmente, fornece ensino para 1100 alunos de 5ª a 8ª série e Ensino Médio. Funciona em três períodos com mais de 60 professores e sob a direção do prof. Edvar Borges de Almeida.

A “Escola da Família” que envolve cerca de seis mil escolas da Rede Estadual de Ensino (estado de São Paulo), oferecendo atividades voltadas para as áreas esportiva, cultural, de saúde, de saúde e de qualificação para o trabalho.

Essas escolas ficam abertas durante os finais de semana, funcionando como Centros de Convivência para a comunidade.

Com uma programação básica (sábados e domingos, das 9h às 17h) de atividades, como dança auxílio em pesquisas escolares, xadrez, tricô, curso de informática, digitação, entre outros.

10 de março: organizou-se a biblioteca para a disponibilização aos alunos. Observou-se que as condições da biblioteca não eram atrativas aos alunos, e que o maior interesse não era a pesquisa, mas sim o empréstimo de livros para a leitura em casa (o que não era permitido aos fins de semana).

11 de março: disponibilização da biblioteca e auxílio em pesquisas para trabalhos, matérias que tivessem dificuldades. Observou-se que somente os alunos mais jovens interessavam-se em permanecer na biblioteca para a leitura, enquanto que os mais velhos iam embora.

17 e 18 de março: após ter feito propaganda escola de sala em sala durante a semana, houve um aumento no número de pessoas para pesquisas, mas sempre em horários irregulares e, muitas vezes, os alunos chegavam tarde precisando ficar com a biblioteca aberta além do horário.

24 e 25 de março: a biblioteca foi aberta e os alunos que vinham pesquisar em livros ou revistas nunca eram os mesmos dos dias anteriores, com exceção de alguns mais novos que sempre freqüentam a biblioteca para leitura. Cartolinas são coladas nas paredes da biblioteca com assuntos sobre o universo da escola pública.

31 de março e 1º abril: disponibilização da biblioteca aos alunos e auxílio para alunos com dificuldades para resolver exercícios deixados pelo professor. Surge a idéia de informatizar o banco de dados da biblioteca, no entanto a falta de recursos é uma barreira.

07 e 08 de abril: disponibilização da biblioteca e aulas de química aos alunos com dificuldades, orientação para os estudos. Mesmo sem poder emprestar livros para os alunos, alguns vêm ler na biblioteca, mas já começa a diminuir o número de visitantes, pois ainda assim não há uma freqüência regular de nenhum deles.

14 e 15 de abril: disponibilização da biblioteca e auxílio em pesquisas e matérias que os alunos tinham dificuldades. Leitura de livros infantis para os alunos mais novos, algumas crianças mais novas (que não são da escola) começam a freqüentar a biblioteca.

22 de abril: disponibilização da biblioteca e auxílio em pesquisas e matérias que os alunos tinham dificuldades. No domingo, alguns alunos, por não encontrarem na biblioteca o material que precisavam para seu trabalho foram levados à sala de informática para a pesquisa na internet.

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28 e 29 de abril: leitura de livros com as crianças mais novas, disponibilização da biblioteca e auxílio em pesquisas. Divulgação sobre a montagem de um grupo de estudo para alunos de ensino médio e alunos com dificuldades nas aulas.

05 e 06 de maio: montagem de um grupo de estudo todos se encontrariam todos os fins de semana, os alunos apareceram no primeiro domingo e gostaram da idéia. O estudo dos alunos foi sendo orientado conforme eles iam encontrando maiores dificuldades.

12 de maio: alunos, professores e voluntários trabalharam para a instalação para um bingo beneficente que aconteceria a noite. A escola não abriu no domingo.

20 de maio: poucos alunos compareceram ao grupo de estudo, foram montados cartazes para a divulgação das atividades da Escola da Família.

27 de maio: foram trazidas avaliações do ENEM para o grupo de estudo, os alunos ficaram treinando.

A partir desta experiência em ajudar os alunos da escola Mascarenhas a vencer suas dificuldades, e, ao mesmo tempo, ajudar o programa “Escola da Família” a continuar existindo, pôde-se perceber como é difícil quebrar o individualismo da nossa sociedade. Pôde-se perceber, também, que muitos alunos se encontram desmotivados em utilizar algumas horas do seu fim de semana para atividades em grupo. Será que, com a insistência em projetos desta natureza, a consciência de comunidade despertará na nossa cidade?

Fotos do Trabalho desenvolvido na Biblioteca (Organização, Cadastro e Controle de Empréstimo dos Livros).

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Rodolpho Arantes Soranz - RA 20071N34 Nome do Projeto: Informática para todos Período de realização: 11 de março até os dias atuais Total de dias: 11 Total de horas: 33 Responsável pela Entidade: Profº Edvar Borges Almeida

11 de março: foram verificados todos os computadores da escola, feito o levantamento daqueles que estavam em estado de uso e daqueles que necessitavam de algum tipo de manutenção. No decorrer da atividade, os computadores em estado de uso foram liberados para os alunos, para acesso à Internet.

Foi possível observar que as maiorias dos alunos buscavam acesso à Internet, com o intuito de navegar em sites de relacionamento, como Orkut, ou utilizar programas como MSN.

18 de março: nós nos apresentamos para os alunos, solicitamos que eles se apresentassem também, e iniciamos o curso de Windows básico. Percebemos que os alunos que vieram na primeira semana não retornaram nesta, o que dificultou a realização da aula.

25 de março: dada continuidade às aulas, foi evidenciado que não eram os mesmos alunos que estavam presentes, sendo necessário reiniciar o curso de Windows. A maior parte deles tinha a intenção de acessar a Internet.

1º de abril: a partir deste dia, passamos a configurar os computadores para que todos tivessem acesso à Internet, visto que apenas cinco entre os doze computadores da escola tinham acesso. Enquanto os alunos utilizavam a Internet para realizar pesquisas, os computadores que não tinham acesso eram utilizados alunos para desenhar no Paint.

08 de abril: continuamos a configuração de rede, para que todos os computadores tivessem acesso à internet, mas, devido aos computadores serem muito antigos, não obtivemos completo sucesso.

15 de abril: a maior parte do pessoal que freqüenta as aulas é composta por alunos mais velhos, que já tinham algum conhecimento de informática. Passamos a fazer rodízio entre os usuários dos computadores que tinham acesso à Internet, e aqueles alunos que vinham para aprender nós acompanhávamos mais de perto. Devido ao nosso compromisso com as aulas de informática, alguns alunos se passaram a vir todos os finais de semana, independente das atividades que estão disponíveis, sendo elas desde acesso à Internet à digitação e formatação de textos, desenhos, e outros, o que mostra que o projeto é muito promissor.

22 de abril: neste dia, instalamos softwares para aprendizagem de datilografia. Para controlar o acesso à Internet, liberamos apenas aqueles que realmente tinham necessidade de realizar alguma pesquisa escolar, enquanto os outros faziam uso do curso de datilografia e de outras ferramentas do Windows, como Paint e Editores de Texto.

29 de abril: durante a aula de informática, foram formatados dois computadores que estavam com problemas no sistema operacional, Windows 98, pois os computadores não suportavam outra versão. Foi iniciada a elaboração de um plano de aula de informática básica (Windows, Word e datilografia), e do material didático a ser utilizado. Na escola, existem vários estagiários que auxiliam o acesso e o controle das atividades no final de semana, e foi observado que todos eles têm alguma dificuldade em informática, pois costumeiramente necessitam de ajuda para enviar um e-mail com um arquivo anexado, ou formatar um texto.

06 de maio: enquanto os alunos faziam uso dos computadores, demos continuidade à elaboração do plano de aula, e do material didático. Durante horário de aula de informática, surgiram diversos alunos interessados em realizar pesquisas escolares,

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digitação de trabalhos, e consulta de e-mail, o que representa um aumento no número de pessoas que passaram a freqüentar a sala de informática com o interesse que a escola espera do aluno.

20 de maio: devido ao fato de três entre os cinco computadores que tinham acesso a internet estarem sendo usados pelos professores, durante a semana, para armazenamento das notas dos alunos, começamos a configuração de usuários nestes computadores, para que as planilhas dos professores não pudessem ser acessadas pelos alunos. Demos continuidade à elaboração do plano de aula, e do material didático.

27 de maio: foram reinstalados os antivírus em todos os computadores, e desinstalados os antigos, pois eram muito lentos e prejudicavam o desempenho dos computadores mais antigos. Terminamos a configuração de usuários nos computadores usados pelos professores, e liberamos o uso para os alunos. Demos continuidade a elaboração do plano de aula, e do material didático. Após longo período de observações, somado ao trabalho de criação do material didático, foi solicitado ao diretor que se empenhasse em nos ajudar a motivar os alunos mais novos, para que freqüentassem as aulas, com o propósito de adquirirem conhecimentos básicos de informática.

As aulas de informática estão sendo muito enriquecedoras para mim e a comunidade. Quebrar essa força invisível (do individualismo) que existe em nossa cultura é um trabalho exaustivo, que exige dedicação e persistência.

Por isso, mesmo tendo há muito tempo completado a quantidade mínima de horas sugeridas pela professora Silma Pompeu, do curso de Humanidades no Contexto Global, pretendo continuar com a implantação deste projeto.

Turma de Informática

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ESCOLA DE CEGOS SANTA LUZIA - ITU

A Escola de Cegos Santa Luzia em Itu é uma associação civil sem fins lucrativos fundada em setembro de 1982, com a finalidade de assistir aos portadores de deficiência visual de Itu e região, proporcionando sua integração na sociedade. Para isso, possui profissionais nas áreas de Braille, Pedagogia, Psicologia, Mobilidade e Orientação, Terapia Ocupacional, Serviço Social, Educação Física, Artes e Oficina de culinária. A escola tem atualmente 60 alunos de diferente faixa etária.

O objetivo deste trabalho realizado na Escola de Cegos Santa Luzia em Itu é mostrar a importância dessa instituição para as pessoas que possuem deficiência visual cujo único interesse é integrá-los na sociedade.

Sem a ajuda dos voluntários, a Escola de Cegos não consegue atender adequadamente todos os deficientes visuais, pois o trabalho feito com os deficientes é lento, exigindo tempo disponível e paciência.

Manhã

Gabriela Alves de Almeida Moreira - RA 20071M18

Poliana Aparecida Côrrea - RA 20071M34

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Gabriela Alves de Almeida Moreira - RA 20071M18 Nome do Projeto: Reforço escolar para crianças com baixa visão. Período de realização: 14 de março a 23 de maio Total de dias: 10 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Maria Regina Maciel Sandei

Realizei o trabalho social de vinte horas onde precisei aprender como ensinar e como estudar com um aluno de baixa visão, para isso teve que ter paciência para que o aluno aprenda no seu devido tempo, conheci os materiais utilizados próprios para pessoas com baixa visão, e quais cuidados têm que se tomar, como por exemplo, aumentar a iluminação da sala para que o aluno possa enxergar melhor, ter presente nas aulas os acessórios utilizados por eles e os materiais usados na escola.

Ajudei também no trabalho burocrático da instituição, como montagem de apostilas em alto relevo, digitação, colagens, organização da oficina de artes, entre outros. A Escola de Cegos ensina as pessoas com baixa visão ou cegueira total, levarem uma vida mais independente, aprendendo, por exemplo: usar bengala para poder se locomover sozinho nas ruas ou dentro de casa ou dentro de ambientes que freqüentam. Aprendem também como se vestir sozinhos, pegar ônibus, etc.

07 de março: conheci alguns jogos no computador específicos para pessoas com deficiência visual e até joguei com o Luiz, o aluno de baixa visão, um jogo de forca. Além disso, organizei a oficina de artes da Escola de Cegos: organizei caixas, papéis, trabalhos realizados pelos alunos etc.

14 de março: acompanhamento escolar: português e inglês com o Luiz, aluno de baixa visão. E também realizei a colagem do alfabeto Braille. A colagem era feita com uma espécie de bolinha de gude cortada ao meio e colada em cima dos pontos que representam as letras do alfabeto Braille.

21 de março: nesse dia eu moldurei o alfabeto Braille, onde já havia imprimido e colado as bolas, pois não havia dado tempo de terminar e no dia 28, fiz reforço de inglês com o aluno Luiz de baixa visão.

03 de abril: estudei português com o Luiz preparando-o para a prova. No dia 11, realizei montagens de apostilas em alto relevo. Para isso, desenhei peixes, borboletas, árvores etc. em um material emborrachado. Em seguida, recortei e colei para que depois pudesse ser encadernado. Os nomes dos desenhos eram escritos em Braille para os deficientes visuais poderem identificá-los. Dia 20, ajudei o Luiz com trabalho escolar de matemática.

Em 09 de maio, estudei com Luiz para provas de matemática e Língua Portuguesa. Dia 17, ajudei a coordenadora da Escola a baixar programas no computador e no dia 23, fiz reforço de matemática com Luiz.

O aluno Luiz, de baixa visão, com quem trabalhei, estudando e ensinando com ele as matérias da escola onde ele possuía maiores dificuldades, ou que tinha lições para fazer ou provas. O aluno Luiz não estava mais freqüentando a Escola de Cegos nos últimos meses, mas depois que começamos estudar juntos ele voltou para a Escola de Cegos Santa Luzia semanalmente para podermos estudar todas as matérias que ele tem dificuldade em assimilar no período normal de aula da sétima série de uma escola regular.

Depois de completadas às vinte horas propostas pela professora da disciplina de HCG da FATEC, eu continuo o meu trabalho voluntário por que a Escola de Cegos precisa muito de colaboradores e eu me senti útil e muito satisfeita em poder ajudar. Atualmente estou fazendo curso de Braille na própria escola duas vezes por semana das 19h às 21h30min de maio a agosto de 2007.

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Poliana Aparecida Côrrea - RA 20071M34 Nome do Projeto: Reforço escolar para crianças com baixa visão. Período de realização: 14 de março a 23 de maio Total de dias: 10 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Maria Regina Maciel Sandei Função: Coordenadora

05 de março: liguei para a Entidade, falei com Paula, recepcionista da entidade e agendei a visita por telefone para o dia seguinte, para conversar com a responsável pela entidade, a Regina que é ali a coordenadora e pedagoga da entidade.

06 de março: fui conversar com a Regina e expliquei que faço faculdade na FATEC-ID e que tinha um trabalho da disciplina de HCG, que era trabalhar voluntariamente em uma entidade, e que gostaria muito de poder realizar este trabalho com eles. Fui aprovada e já poderia começar no outro dia se quisesse me explicou no que poderia ajudar e perguntou-me quantas horas eu queria realizar ali. A princípio disse lhe que seriam apenas 20 horas, que era o que eu precisava para meu estudo. Regina achou melhor então eu ajudá-la na parte pedagógica.

07 de março, "Organização do armário da sala de Artes": hoje foi o primeiro dia de serviço voluntário. Conheci a Entidade, conversei com os funcionários, conheci alguns alunos. A entidade é bem pequena, mas, suficiente para o trabalho ali realizado. Percebi que na sala de Artes, o armário estava bem desorganizado, com tintas espalhadas, pincéis, EVA, e etc., "uma bagunça". Então vi que aquele armário merecia uma limpeza e uma organização: Coloquei tudo no seu lugar, tintas com tintas, pinceis com pinceis, papel sulfite e assim por diante.

14 de março, "recortes de peças para material pedagógico": segundo dia de trabalho na entidade, Hoje, a Regina pediu-me ajuda para recortes, desenhos, tudo em alto relevo para montar materiais pedagógicos. Achei incrível este trabalho, pois falando parece ser fácil, mas exige muita criatividade, tive que desenhar muito, recortar bastante também, principalmente motivos infantis.

28 de março, "reforço escolar": este foi o trabalho que mais me dediquei, juntamente com a Gabriela Moreira, aluna e voluntária da entidade que estava desenvolvendo o mesmo trabalho que eu na entidade. O reforço era para o Luis de 13 anos, que cursa a 7º serie, Ele, tem baixa visão e, sendo assim, conseguimos ajudar ele, através de barras de leitura e lupas, um garoto muito inteligente, tanto é que só repassávamos a lição com ele e ele apreendia tudo rápido, não precisávamos falar várias vezes. Neste dia, ele trouxe matérias de inglês, para o reforço.

04 de abril, "colagem e montagem de livros didáticos": hoje, o Luis faltou à aula de reforço, então a Regina pediu para que eu a ajudasse na colagem de peças nos livros didáticos com alto relevo. Recortei várias peças com temas infantis para montar histórias nos livros em Braille. Também, fiz vários alfabetos em Braille, colando bolinhas de gude no texto para criar o alto relevo.

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11 de abril, “reforço escolar": hoje, ajudei o Luis com a matéria de Geografia.

18 de abril, "reforço escolar": ajudei o Luis em um trabalho de Português.

25 de abril, "Reforço escolar": Ajudei a repassar toda a matéria de inglês do Luis para a prova.

02 de maio, "reforço escolar": ajudei o Luis a estudar Português para a prova.

09 de maio, "reforço escolar": ajudei o Luis com lição de casa de inglês.

16 de maio, "reforço escolar": ajudei o Luis com lição de casa de inglês.

Sinto-me realizada porque através de mim, outras pessoas conheceram a instituição e seu trabalho social está fazendo doações e trabalhos voluntários. Até mesmo minha irmã, Márcia, que é professora de uma escola pública se interessou em criar um projeto com a entidade, onde haverá uma integração de ambas as escolas beneficiando uma a outra.

Termino assim meu trabalho com a frase da própria entidade "Quem leva uma luz mágica no coração, não caminha num mudo escuro". E espero ter levado um pouquinho desta luz para a entidade, porque aprendi muito com este trabalho, uma experiência que vou levar para toda a vida.

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FATEC - INDAIATUBA

Em 04 de outubro de 1994, pelo do Decreto nº. 39.326, com publicação no D.O.E. de 05 de outubro de 1994, Seção I, página 2, é criada a FACULDADE DE TECNOLOGIA DE INDAIATUBA como Unidade de Ensino do Centro Estadual de Educação Tecnológica "Paula Souza", com a implantação do Curso Superior de Tecnologia em Automação de Escritórios e Secretariado.

A Faculdade de Tecnologia de Indaiatuba é resultante de intenção tripartite entre o Centro Estadual de Educação Tecnológica "Paula Souza", Prefeitura Municipal de Indaiatuba e a AIMI - Associação das Indústrias do Município de Indaiatuba. Esses segmentos se organizaram em comissão para estudos da implantação do Curso Superior de Tecnologia em Automação de Escritórios e Secretariado, nomeada através da Portaria CEETEPS nº. 49, de 18 de agosto de 1993 do Senhor Diretor Superintendente, assim composta: Prof. Paulo Yamamura, Prof. Luiz Santilli Junior, professores da FATEC - São Paulo; Profª. Maria de Lourdes Baraldi Barbosa Côrrea e Profª. Jane Shirely Escodro Pranstretter, da Prefeitura Municipal de Indaiatuba e Engº Sr. Koji Arita, representante da AIMI, encontrando a presidência sob a responsabilidade o primeiro.

Noite

Laís C. Camargo – RA 20071N21

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Laís C. Camargo - RA 20071N21 Nome do Projeto: Inglês para todos Período de realização: abril de 2007 até os dias atuais Total de dias: 05 Total de horas: 37 Responsável pela Entidade: Prof. Sullivan Silk Pousa

O objetivo principal deste projeto é lecionar Inglês para alunos com menos acesso a aulas de idiomas da FATEC-ID, servindo como apoio para as aulas semanais contidas na grade curricular e também ajudar a prepará-los para o mercado de trabalho.

Nota-se que há muitos alunos na Instituição que necessitarão do conhecimento de uma segunda língua para ingressar no mercado de trabalho, muitos deles não tem condições financeiras de cursar escolas de idiomas, o que possivelmente os limitaria muito na hora de concorrer a uma vaga de emprego.

A metodologia a ser usada é a Abordagem Comunicativa. O material didático será o mesmo usado nas aulas semanais da grade curricular. Tal material será usado para facilitar o acesso dos alunos, os quais já possuem o material e não terão gastos adicionais. Market Leader é o melhor material disponível no mercado para o ensino de Inglês com ênfase em negócios, o que proporcionará aos alunos base para ler, escrever, compreender e falar Inglês num nível básico com ênfase em negócios.

O curso será realizado em oito sábados, com duração de três horas cada. A duração total do curso será de vinte e quatro horas, podendo ser prolongado ou não nos próximos semestres. As aulas terão início em vinte e oito de abril, e se e o projeto se estenderá até a graduação dos alunos em Dezembro de 2009.

Apenas os alunos que não freqüentam cursos particulares de Inglês são elegíveis a este curso. Como o curso tem duração de apenas oito semanas, o limite de faltas é de dois sábados, ou seis faltas. Alunos que excederem este número serão dispensados do curso e Ao final do curso será apresentado um relatório para a professora Silma Carneiro Pompeu, o qual será avaliado dentro da disciplina de H.C.G. para a nota semestral.

Lecionar é extremamente gratificante, principalmente quando tratamos de pessoas altamente interessadas e esforçadas. O grupo de alunos do projeto Inglês para Todos é assim. Todos freqüentam as aulas assiduamente, e tiram o máximo proveito. Tiram todas as dúvidas, contribuem para a aula e se esforçam muito para aprender.

É extremamente gratificante ter esse tipo de feedback, ver que os alunos estão progredindo e acima de tudo gostando das aulas, o que me deixa muito feliz. O grupo é bastante heterogêneo, alguns sabem um pouco, outros sabem bem pouco e há ainda aqueles que não sabiam nada.

Hoje em dia, todos já aprenderam pelo menos a se apresentar e falar um pouco de si em Inglês. É muito bom ver pessoas que jamais imaginavam que era capaz de falar outra língua, falando Inglês.

O planejamento inicial do projeto contava com três horas de aula a cada sábado, mas infelizmente a FATEC-ID não pôde disponibilizar a sala de aula por mais de uma hora e meia por falta de funcionários disponíveis para trabalhar além de tal horário.

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Devido a isso, nossas aulas têm duração de uma hora e meia, atrasando muito nosso programa. Isso não é um empecilho, mas infelizmente nos fará levar o dobro de tempo para concluir o curso. Mas, o curso está caminhando e os alunos estão aprendendo. Com muito esforço, ao final dos nossos três anos de graduação na FATEC-ID estes alunos serão candidatos mais competitivos para concorrer a vagas de trabalho. O principal objetivo do projeto é exatamente este: incluí-los no mercado de trabalho. Infelizmente o cronograma não pôde ser cumprido integralmente, devido à redução da carga horária do curso.

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FUNSSOL

O Funssol tem por finalidade a capacitação de pessoas de baixa renda. O objetivo é fazer com que elas aprendam uma forma alternativa de trabalho para aumentar a renda familiar e para isto o Funssol ministra cursos gratuitos.

Os cursos oferecidos são: Padaria Artesanal: com duração de três meses. Este é o carro chefe da casa, pois oferece aulas de pães, doces e salgados; Artesanato em geral: engloba patchwork, passo-a-passo, bonecas, bichinhos de pano, fuxico, bordados, etc...; Corte e Costura: confecção de roupas caseiras com a parceria do Sesi.

Além disso, no Funssol também existe o projeto ‘Beija-flor’ que confecciona fraldas geriátricas e infantis destinadas às pessoas doentes que precisam e não têm condições de comprar.

Noite

Fabiana Cardoso Braga Oliveira - RA 20071N10

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Fabiana Cardoso Braga Oliveira - RA 20071N10 Nome do Projeto: Capacitação de pessoas carentes Período de realização: março a junho de 2007 Total de dias: 100 Total de horas: 800 Responsável pela Entidade: Rosangela B. Brasil.

No Funssol pude participar de alguns projetos tais como:

• Confeccionar as fraldas – neste, eu cortava as mantas absorventes, ajudava a confeccionar na máquina, onde elas saiam inteiras como se fosse por metro. Depois se cortava o lugar das pernas com um molde próprio (no caso das infantis, ainda colocava-se fitas adesivas com bichinhos), separa-se uma das outras, colocam-se as fitas adesivas para segurar a fralda na pessoa, dobra-se uma por uma, ensacar e finalmente sela-se o pacote. São ao todo nove passos.

• Dava aulas de bordados – além de ensinar o ofício, ainda conseguia ser um pouco de consultora sentimental (se é que se pode chamar assim), pois muitas delas vêm com muitos problemas e usa as aulas como válvula de escape.

• Atendia no Bazar da Solidariedade – era vendedora do Bazar. • Garçonete – no dia das festas da terceira idade, nós recheamos os lanchinhos,

decoramos o ambiente da festa, embrulhamos os presentinhos, carregamos tudo para o lugar da festa, viramos garçonetes para servir as pessoas e por último, deixamos tudo limpo.

• Feiras – todas as feiras já citadas, nós trabalhamos de várias maneiras inclusive na bilheteria.

• A conclusão final que posso tirar sobre isto é que o melhor de mim sempre é dado em tudo que faço, mas quando nos encontramos em determinadas situações, principalmente sociais, onde outras pessoas têm problemas infinitamente piores que os nossos, é que vemos como Deus é bom conosco e o tanto que temos que agradecer todos os dias por tudo o que somos ou temos. Com certeza, nestes casos, não fazemos o melhor, mas sim o impossível para amenizar um pouco que seja, o sofrimento do próximo. Mesmo que por poucas horas.

• Sabemos também que estamos numa cidade privilegiada e que devemos dar muito valor para isto, porque dá para contar nos dedos às cidades que se preocupam tanto com o social como a nossa.

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INSTITUTO NOVA VIDA - INDAIATUBA

O Instituto Nova Vida tem como objetivo, a recuperação para pessoas que perderam o domínio da vida, por conseqüência da dependência do álcool ou das drogas, o programa visa o resgate da Fé, Dignidade, Auto-conhecimento, Honestidade, entre outros.

Noite

Cassiana Martinati - RA 20071N06

João B. Lammoglia - RA 20071N17

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Cassiana Martinati - RA 20071N06 Nome do Projeto: Inclusão Social Período de realização: 13 de maio a 16 de junho de 2007 Total de dias: 06 Total de horas: 20

Um outro mundo, uma nova pessoa.

Num primeiro momento, quando se fala de dependentes químicos e alcoólicos, pode haver de imediato, um pré-julgamento de que o dependente em geral, é pobre, ignorante e bandido. E era dessa forma que eu enxergava, e sinto vergonha de dizer que fiquei com um pouco de receio no início; talvez alguém tendo ataques ou gritando ou se batendo?! Mas por fim, mudei meus conceitos a tempo, eu acredito. Falarei dessa lição que aprendi ao término de meu discurso.

Quando estava indo a um comércio próximo ao Instituto Nova Vida, tive a curiosidade de entrar e falar com o responsável que não estava na ocasião. Fiquei com o cartão do Sr. A. (ressalto que irei colocar apenas as iniciais dos nomes para manter o sigilo que é assegurado por lei ao interno) e quando telefonei, foi muito simpático comigo após lhe explicar o motivo de minha visita e ligação, respectivamente. Confesso que, no início, era só por obrigação, ou seja, para obter nota de trabalho, mas graças a Deus isso mudou e deixei de ser um tanto egoísta.

Combinado o dia e hora de me apresentar no Instituto, exatamente em 12/05/07 às 8h, fiz uma espécie de pesquisa de campo geral em que escrevi em meu diário da seguinte forma: “O Instituto, coordenado pelo jovem A., dependente químico e de família muito tradicional no município existe há cerca de 8 anos tratando cerca de 40 a 40 internos ou residentes numa rotatividade de dependentes”. O tratamento sugerido é de 6 (seis) meses. Não existe remédio ou obrigação de permanecer no Instituto e sim, vontade própria e desejo de ser um novo alguém. Reparei que há uma hierarquia que é muito respeitada – aliás, o respeito, ali impera entre os residentes, coordenação e conselheiros, que são os internos que se destacam pela responsabilidade e mudança de caráter consideráveis. Eles recebem uma ajuda de custo e têm folga de 5 dias uma vez por mês para visitar a família. Em geral, são apontados pelo próprio grupo, com o consentimento da coordenação, na pessoa do Sr. A. Isso é feito, pois o Instituto conta com apenas um funcionário fixo, que é o motorista. Os psicólogos e terapeutas são pagos com o dinheiro que as famílias ajudam e também com as doações em conta bancária.

Notei algo muito incomum nesse meu primeiro dia, que hoje se perdeu de muitas famílias o ato de fazer uma oração em círculo, de mãos dadas a cada refeição ou início de reunião. Achei bonito.

Hoje, dia 13 de maio, cheguei e comecei a fazer amizade com os internos que sentem uma carência de amigos que sejam do mundo externo ao que estão temporariamente submetidos. Creio que isso foi o melhor que fiz lá, conversar e conversar, sobre qualquer assunto, sobre a vida, amor, e tudo mais. Gostei muito de conhecer o V., um moço que estava no segundo ano de Psicologia e trabalhava numa empresa já há muitos anos, na área administrativa, muito bonito, inteligente e de uma educação pouco vista nos dias atuais. Estava em treinamento para ser conselheiro. Engraçado que ele nunca achava sua caneta.

Arrumei a gaiola dos pássaros e ajudei a cortar insumos para a feijoada que ia ser feita. Mas nesse dia, o melhor foi conhecer aquele jovem agradabilíssimo. “Quebrei” a cara, pois esperava pessoas escandalosas, grosseiras. Espero que um dia ele me perdoe e os demais também. Mas acima de todos, espero que Deus me perdoe e que aprendi a não julgar mais pessoas que têm alguma ligação com drogas e álcool.

Dia 19/05/07, estava sentada embaixo das árvores e cada um me contava sua história, quando o Sr. "D" chegou e pediu ajuda, pois fazia apenas 4 dias que havia começado seu tratamento e sentia-se muito mal, pois seu organismo necessitava de álcool. Ele chorava

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muito. Os conselheiros conversaram com ele que se acalmou dizendo que iria tentar mais um pouco. Mais uma observação importante é que não podem falar palavrões ou quebrar as regras, e se isso ocorre, pagam com trabalho braçal nos dias de lazer.

Reparei neste dia, algumas das regras e métodos de tratamento que são baseados no Programa Nar-Anon – 12 Passos, baseado na filosofia de Alcoólicos Anônimos criado em 1935 por pelo Dr. Bob e seu paciente Bill Wilson, que perceberam que a saída para o vício era conviver com outras pessoas e conversar muito, se possível por horas (mais detalhes em anexo, no portfólio do Instituto).

Dia 20 de maio, fiz amizade com o garoto de 21 anos, L., que também é conselheiro. Brincamos um com o outro como se fôssemos conhecidos há muitos anos. Ele me mostrou todo o sítio e os animais que são muito bem tratados e faz parte da terapia. Só não gostei dos porcos, muito fedidos. Adivinha se o L. não ri toda vez que vou lá, fica me lembrando do dia que corri do porco. Mas legal, já temos uma história de amigos para contar a alguém, assim como estou fazendo agora. Nesse dia, ajudei-o a fazer a nova escala de quartos e tarefas, já que todos têm uma função diferente a cada semana. Uma das maiores ajudas no tratamento é a laborterapia que os distrai e os ocupa. Durante a semana o cronograma é puxado com reuniões, conversas individuais com os profissionais e o toque de recolher é as 22h. Nada é obrigado, tudo é aconselhado a ser feito. Por isso que muitos deles consideram que é o melhor tratamento para um dependente: deixá-lo ser seu próprio guia.

Dia 27 de maio: dei uma passada de alguns minutos apenas para ver como era feita a visita das famílias. A maioria dos parentes vão e passam o dia no Instituto. Fazem cultos, orações e cânticos de louvor. Também almoçam por lá. Nesse dia a estimativa é de cerca de 150 pessoas no local. Achei que seria inconveniência de minha parte permanecer por mais tempo. Fui embora.

Dia 03 de junho: também ocorreu visita, pois passou do último Domingo do mês para o primeiro, mas não cheguei a ir para deixá-los a vontade, afinal ainda me sentia estranha.

Retornando no dia 08 de junho, dessa vez uma sexta-feira à noite (nesse dia, meu colega de classe e eu, tivemos que faltar à aula de inglês, pois a Videoterapia é aplicada somente às sextas-feiras e não podíamos fugir do cronograma) em que levamos o filme “Ray Charles”, pois se trata de um filme terapêutico, parte do tratamento. Todos fizeram um resumo para se identificar com a personagem do Ray. Muitos já passaram por algumas situações que ocorria no filme e por isso, alguns se acanhavam e creio que faziam uma viagem ao passado. Espero que tenha acrescentado um pouco mais em suas vidas.

Dia 09 de junho, já estava amiga de todos que me cumprimentavam e faziam questão de conversar comigo. Nesse dia, dei uma caneta ao meu amigo V. que ficou tão feliz com aquele pequeno gesto que nem acreditei. Para mim era só uma caneta, para ele significava muito mais (acho que porque reparei que ele nunca encontrava a sua e por isso, quando prestei atenção, ele se sentiu muito bem, pois alguém sabia de algo que ele precisava, talvez fosse esse o motivo de sua alegria).

Último dia de minhas horas obrigatórias no Instituto, 16 de junho, aproveitei para tirar fotos do local, dos animais, da academia, das frutas. Só não dos internos, pois o direito ao anonimato é resguardado. Senti-me muito triste nesse dia, pois o meu amigo V. havia deixado o Instituo dois dias antes porque o INSS cortou seu benefício e ele iria retornar ao seu trabalho. Por um lado é bom, quem sabe ele não esteja pronto para encarar a vida real novamente? Irei orar por ele todos os dias. Espero que, onde esteja, saiba que tem uma amiga que manda muita força para que continue no caminho da paz que se encontrava.

O mais importante nessa experiência é que após o Sr. A. assinar minhas 20 (vinte) horas, continuei a ir ao Instituto e dessa vez, sem ser em troca de algo, como citei no início e creio que passarei por lá ao menos uma vez na semana. O V. se foi, mas ainda tem o L. que fica feliz toda vez que vou para conversarmos. Os demais também são muito legais e creio que essas duas pessoas juntamente com os outros residentes do Instituto, me fizeram acabar com meu preconceito e me ajudaram a mostrar que não importa a cor, religião ou

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posição social. O que importa, é o coração e a fé em Deus que existe em locais que menos esperamos que tenha: um Instituto para tratamento de dependentes químicos e alcoólicos.

Ah, já estava me esquecendo, o Sr. "D", aquele que estava quase desistindo, está indo muito bem. Responsável e com iniciativas. O pior em seu organismo passou agora o maior desafio é mudar sua postura e caráter. Mas ele tem força de vontade, e espero que vá conseguir.

Se eles têm uma doença, a adicção (mais detalhes em anexo) deve ser tratada. Pode-se fazer uma comparação com a AIDS: não tem cura, mas o tratamento existe e o doente consegue levar uma vida normal com sua família, sociedade e acima de tudo, com o nosso Pai, Deus.

Posso dizer que esse trabalho contribuiu de forma significativa com minha formação profissional ainda que minha escolha não seja em área de terapia, psicologia ou psiquiatria. A relação de meu trabalho voluntário com o curso Gestão Empresarial conseguiu fazer-me refletir sobre as dificuldades de cada ser humano em superar seus obstáculos, por isso, o respeito ao próximo deve imperar e a forma de como tenho agido no meio profissional, como futura gestora, é o espelho de meu caráter, pois o maior tempo de meus dias é lá que estou. Graças a Deus consegui aprimorar ainda mais minha relação com minha equipe de trabalho e com meus clientes que, em sua grande maioria, são pessoas que também têm suas dificuldades. “Só por hoje não ficarei irritada, não perderei a paciência com um colega de trabalho e, só por hoje, vou atender com a mesma vontade, o cliente que entra no banco às 15h59 para fazer um empréstimo, como se fosse a primeira hora do dia”. Coloquei entre aspas o que penso todos os dias porque sei que todo trabalho tem suas dificuldades, mas com essa filosofia de Narcóticos e Alcoólicos Anônimos, “só por hoje”, vivendo um dia de cada vez, aprendi realmente que o verdadeiro gestor (falo por mim, pois é o meu curso em questão) é aquele que consegue viver todos os dias como se fosse o último, fazendo o melhor de si em seu campo profissional e pessoal; seja com a chefia, colegas de trabalho, clientes, família, amigos, etc. É o que aprendi.

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João B. Lammoglia - RA 20071N17 Nome do Projeto: Inclusão Social Período de realização: 1º semestre de 2007 Total de dias: 10 Total de horas: 20

Hoje em dia um grande número de pessoas discrimina quem utiliza ou já utilizou drogas, porém muitas vezes não sabem o que as levou a esse caminho escuro e difícil de retornar, no qual cavam a própria sepultura. Há somente 3 saídas: reabilitação, prisão ou morte; não há escapatória. Somente aqueles que realmente desejam se recuperar podem lutar contra essa dependência física e psíquica.

A adicção é uma doença, reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e têm tratamento, de diversos tipos, alguns muito rígidos com o uso de remédios que na verdade somente substituem as drogas que antes eram consumidas; O Instituto Nova Vida tem como objetivo, a recuperação para pessoas que perderam o domínio da vida, por conseqüência da dependência do álcool ou das drogas, o programa visa o resgate da Fé, dignidade, auto-conhecimento, honestidade entre outros. O Instituto faz uso dos seguintes métodos: Laborterapia (tarefas pré-definidas; limpeza geral; preparo de refeições; manutenção dos pertences e pequenos reparos), Terapia diária (gera auto-conhecimento e compreensão das razoes e causas que levam a dependência química), Vídeo terapia (vídeos terapêuticos tratam de questões ligadas a dependência química).

Minha visão sobre esse mundo ampliou-se muito, fiquei sensibilizado com algumas historias que ouvi tais como, relatos sobre famílias desestruturadas pela droga; morte, roubos, mentiras, manipulação, todas contadas com um tom de arrependimento profundo onde, se houvesse a oportunidade de voltar no tempo, com certeza lutariam o máximo para reconstruir esse passado obscuro que tanto os castiga ate hoje, porem no instituto aprender a viver cada dia como se fosse o ultimo, respeitando sempre o próximo e ajudando-o a se recuperar, como uma nova “família” que lhes foi dada, percebendo que é necessário ajudar para que o bem comum prevaleça.

Há muitos caminhos que os levaram ao uso das drogas, meu trabalho no Instituto Novo Vida é indicar filmes sobre o assunto para que os internos possam identificar comportamentos semelhantes de pessoas que usam drogas e descrever suas experiências e como podem modificar essas atitudes, é um trabalho muito gratificante, pois me sinto mais ativo na sociedade, onde posso oferecer idéias e caminhos diferentes, mostrando lhes o que perderam e o que estão perdendo com o uso das drogas.

Fico grato pela oportunidade que este trabalho da disciplina de HCG ma proporcionou, sempre pensei em fazer um trabalho voluntário porem não encontrava tempo, após esse incentivo descobri que sempre existe tempo para fazer o bem e ajudar o próximo, e que podemos sim, fazer a diferença, e com isso acreditar em um mundo melhor com pessoas melhores, onde é possível ajudar os outros sem precisar de nada em troca, porem esse trabalho me recompensou pelo fato de quebrar uma barreira que eu possuía perante os adictos onde criei um estereotipo dessas pessoas que é totalmente errado e que muitas pessoas ainda possuem.

O Instituto me deu uma base de como interagir com pessoas adictas e como ajuda-las e mostrou que com uma boa organização pode-se chegar onde se quer isso é uma coisa que posso usar em minha carreira.

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LAR CRISTÃO – CABREÚVA

O Lar Cristão é uma obra social da Igreja de Cristo iniciada no Rio de Janeiro há aproximadamente trinta anos atrás pelo casal Arlie e Alma Smith. No início eles acolhiam crianças carentes que em sua maioria viviam nas ruas.

Em busca de melhor localização e melhores instalações O Lar Cristão foi transferido para a sua localidade atual em Cabreúva, interior de São Paulo, no ano 2000, através de um grande esforço do Southern Cristian Home representado pelo Sr. Larry Williams que era o seu diretor executivo naquela época.

Atendemos crianças e adolescentes de Cabreúva, enviadas pelo juizado da infância e da adolescência através do Conselho Tutelar, vítimas de maus tratos, violência, crueldade, opressão, abuso, e abandono.

Quando as crianças ou adolescentes chegam ao Lar, estão sempre muito assustados e/ou feridos emocional e fisicamente, nossa instituição trabalha em equipe pela recuperação da auto-estima, confiança, alegria e esperança no futuro. E principalmente nos preocupamos em semear valores cristãos. Oferecemos: alimentação, acomodações, roupas e calçados, atendimento psicológico, pedagógico, odontológico, atividades culturais, esportivas e de lazer, etc. Também buscamos preservar os vínculos familiares, objetivando em primeiro plano o retorno dos abrigados as suas famílias ou eventualmente a integração a um novo lar.

O Lar Cristão fica localizado na Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, km 82, Pinhal, Cabreúva - SP. Brasil Cep 13.315 - 970 Caixa Postal 82, Cep 13.315 - 970.

Tarde

Marcos Vinicius Mota - RA: 20071V27

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Marcos Vinicius Mota - RA: 20071V27 Nome do Projeto: Responsabilidade Social Período de realização: setembro de 2006 até os dias atuais Total de dias: 02 Total de horas: 15 Responsável pela Entidade: Joaquim Maciel Vieira

A professora. Silma nos deu a missão de exercer um trabalho voluntário com uma carga horário de no mínimo 20 (vinte) horas, em qualquer instituição de caridade ou entidade filantrópica sem fins lucrativos. Eu escolhi o Lar Cristão de Assistência a menores. Desenvolvi o meu trabalho e espero passar a você, de uma forma bem simples, um pouco da experiência que tive durante o trabalho.

Minha função principal é a de visitar os adolescente e as crianças, mas, além disso, desenvolvi outras atividades ligadas à área de informática, como por exemplo, o início de um projeto para desenvolver o site da instituição, além de outras idéias que vão surgindo com o passar do tempo.

Depois que eu e meus amigos da Igreja conhecemos em setembro de 2006 o trabalho do Lar, encontramos um projeto tão bonito de assistência a menores e que ajuda realmente tantas crianças e adolescentes, desde então deu aquela vontade de voltar mais vezes e de fazer alguma coisa por eles. Surgiu a idéia de irmos lá antes do natal de 2006 e passarmos um dia com eles. Conseguir alguns presentes, doações e dar atenção àquela criançada tão especial.

Conseguimos realizar essa programação com a ajuda de muita gente. Gente que se dispôs a doar, a comprar presentes, tirar seu dia e ir participar brincando, organizando, cozinhando etc.

Depois dessa experiência, que eu diria foi feita com muito sucesso, nós voltamos pra lá mais uma vez. Dessa vez com planos mais "simplórios", passamos uma tarde com eles, almoçamos com eles, foi bem gostoso rever todo o pessoal.

A partir daí eu comecei a desenvolver atividades ligada a informática. Passei uns dias no lar, envolvendo-me mais com o trabalho deles.

Hoje nós estamos pra marcar mais um dia de visita, talvez em agosto ou setembro e também de ajudar em frentes como criar um site pro Lar Cristão e ajudá-los na reforma da biblioteca.

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LAR DOS VELHINHOS - AMERICANA

O Lar dos Velhinhos de Americana é uma entidade civil de direito privado, beneficente, filantrópica, caritativa e de assistência social, sem fins lucrativos, tendo duração por tempo indeterminado, com sua sede na rua nove de julho, 733 - São Domingos-Americana, Estado de São Paulo.

Tem por finalidade praticar a caridade cristã pela assistência social; Manter estabelecimentos destinados a abrigar pessoas de ambos os sexos, a partir de 60 anos de idade; E criar e manter serviços destinados ao atendimento de famílias e pessoas necessitadas, tais como assistências médicas, odontológicas, morais e religiosas.

No desenvolvimento de suas atividades, o Lar não faz distinção alguma quanto à raça, cor, condição social, credo político ou religioso, e todos os benefícios concedidos são de caráter gratuito, objetivando preservar ou resgatar a identidade da pessoa idosa, especialmente daqueles que se sentem abandonados, sozinhos, sem família e amigos, despertando-lhes a potencialidade de forma a fortalecer relações com os familiares e com a comunidade, a fim de que tenham pleno desenvolvimento físico-psico-social, características fundamentais para o processo de envelhecimento saudável. A entidade abriga atualmente 82 idosos, sendo 41 homens e 41 mulheres.

Manhã

Daniel de Campos Leite – RA20071M08

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Daniel de Campos Leite – RA20071M08 Nome do Projeto: Responsabilidade Social. Período de realização: 14 de março a 23 de maio de 2007 Total de dias: 11 Total de horas: 34 Responsável pela Entidade: Sueli Luis

Conversando com a assistente social, Sra. Sueli Luis, sobre o projeto desenvolvido pela faculdade, ela, de inicio, demonstrou certa preocupação ou relutância em aceitar minha colaboração social, dizendo que infelizmente algumas pessoas depois de realizarem algum trabalho social estavam entrando com uma ação de pedido de indenização à junta trabalhista. Eu lhe garanti que essa não era de forma alguma a minha intenção e que jamais eu faria tal coisa; Depois de convencê-la disso, ela me perguntou em que eu trabalhava. Eu lhe disse que era cabeleireiro e foi aí que ela me falou que a entidade tinha uma grande necessidade nessa área.

Fui ao Lar às quintas-feiras das 14h30min às 17h00min, por um período de onze dias perfazendo um total de 34 horas, e corto em média sete cabelos por dia.

Os velhinhos são muito bondosos e simpáticos comigo, demonstrando muitas vezes seu agradecimento pelo cabelo cortado através de um carinhoso beijo.

Tenho conversado com eles, sabendo dos seus problemas e acompanhado a sua realidade social, este trabalho está sendo muito gratificante.

Trata-se de um trabalho muito prazeroso e recompensador que eu espero como já informei a entidade, estar desenvolvendo por muito tempo.

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LAR DE IDOSOS EMANUEL

O Lar de Velhos foi fundado em 15 de novembro de 1969, pelo grupo Centro Espírita Apostolo do Bem, uma associação religiosa, que desde então vem crescendo com os esforços de seus trabalhadores e com a ajuda dos voluntários, uma base de suma importância.

Noturno

Dieckson Santos Mota – RA20071N08

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Dieckson Santos Mota – RA20071N08 Nome do Projeto: Dignidade para todos Período de realização: 1º semestre de 2007 Total de dias: 10 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Izildinha Aparecida Cardoso Lopes

Diante de um curso de Gestão Empresarial, jamais poderia imaginar que ira realizar um trabalho voluntário. De fato a disciplina de Humanidades no Contexto Global, colocou seus alunos em contato direto com o termo da Responsabilidade Social. Trabalhando em entidades sociais visando o desenvolvimento empresarial, proporcionou-se desta maneira uma nova experiência dentro das minhas atividades e um diferencial a mais na minha carreira profissional, sentindo um impulso positivo perante a tantas dificuldades enfrentadas no cotidiano, tanto como um estudante, como principalmente um prestador de serviços.

O Lar de Velhos foi fundado em 15 de novembro de 1969, pelo grupo Centro Espírita Apostolo do Bem, uma associação religiosa, que desde então vem crescendo com os esforços de seus trabalhadores e com a ajuda dos voluntários, uma base de suma importância. Recebe assistência de órgãos públicos, municipal e estadual, e sua maior sustentabilidade, são as doações do público, os eventos realizados pelos diretores, (almoços de dias das mães, bingos, etc.) incluindo também os bazares da pechincha, que geram uma renda de suma importância para a sobrevivência do Lar.

O Lar oferece assistência médica 24hrs, abrigo, alimentação, amparo aos idosos, que em alguns casos são abandonados por seus familiares, e o mais importante, a dignidade e reintegração com o meio. Recebem-se inúmeras ligações para internar outros idosos, fracos de memórias, psicologicamente afetados, etc., pois no Lar os familiares dos idosos não pagam nenhum tipo de mensalidade para mantê-los. Para termos um reflexo de conhecimento, nos lares particulares, as mensalidades podem chegar de R$1000,00 À R$1500,00 reais por mês, para se manter um idoso internado em suas instalações usufruindo de seus serviços.

Iniciei meus trabalhos atuando como auxiliar de vendas no bazar da pechincha. Pelo lado pessoal, analisei pontos importantes pela união do grupo, formado por grande parte de idosos e voluntários, que se preocupam com o bem estar do próximo. Valorizei muito o fato deles se reunirem alguns minutos antes para uma oração, dando ênfase que isto gera uma energia positiva influenciando ainda mais na vontade de se aplicar a esta causa, fazendo com que as pessoas se tornem ainda mais determinada a fazer melhor o serviço.

Agora, analisando pelo lado empresarial, assim digamos, percebi a grande procura das pessoas de média e baixa classe social pelos produtos oferecidos, não se tornando simplesmente um ato de ajuda a entidade, mas o de atender as próprias necessidades dessas pessoas, como exemplo; observei que um cliente comprou muitos produtos, para depois revender no seu próprio bazar de pechincha (na cidade de Salto/SP), tirando desta maneira o seu próprio sustento.

A entidade tem um agente importante para o sucesso de vendas, além da tradição já conquistada nos seus clientes alvos, eles investem na informação e no marketing, deste modo tornando ainda mais conhecido esse serviço e sempre buscando obter um maior conhecimento e reconhecimento da população, preenchendo a necessidade do seu consumidor, com produtos muitas vezes de boa qualidade e com bons preços. Um dos fatos que contribui muito com esse sucesso é que não existem prejuízos, pois a maioria dos produtos oferecidos são frutos de doação da comunidade e também a maioria dos que trabalham tanto no bazar como no Lar, são em grande parte voluntários.

Atuei também como recepcionista do Lar, utilizando as técnicas estudadas na Fatec-Id, aliado as experiências adquiridas em meu próprio emprego, pratiquei um serviço profissional. Pondo em destaque, senti que entidade é bem organizada, desde funcionários

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mantidos pelo governo, a diretoria, que coordena todas as atividades com muita eficiência e eficácia.

Recebi muitas doações (roupas, tênis, alimentos, eletrodomésticos, etc.), mas uma delas me chamou a atenção, foi a doação de alimentos por um comércio de vidros aqui da cidade, realizada sob minha responsabilidade em recebê-la, pondo desta maneira um principio de Responsabilidade Social Empresarial. Em minha posição de estudante de Gestão Empresarial da Fatec-Id, conversei com os empresários, donos desse comércio, e destaquei o envolvimento das empresas numa causa de atendimento a entidades e sobre a responsabilidade social.

Dentro do Lar, conheci em um agradável bate papo, muitas histórias de vidas, que servem de exemplos e lições para uma boa carreira tanto pessoal como profissional de qualidade, pois visualizei que antes de me queixar dos meus problemas, primeiro devo olhar para trás e ver que tem muita gente pior do que eu, e cobiçando para estar no meu lugar, não pelo fato dessas pessoas já serem idosas, mas pelo motivo da falta de oportunidade que faltou para eles quando jovens de ter uma vida melhor, a chance de crescer sobre bases sólidas, e dessa maneira ter conquistado talvez, um final de vida com mais qualidade e dignidade.

Aprendi a enxergar melhor os sentidos que existe na vida. Como já havia dito, conheci pessoas que se pudessem, voltariam atrás para acertarem os seus erros passados e pelo menos adquirir uma maior tranqüilidade em sua consciência no presente, porém digamos que antes tarde do que nunca.

Um fato que me chamou à minha atenção foi o encontro com um senhor de estatura baixa, provavelmente moradora de rua, que ia semanalmente ao local em que trabalho pedir esmolas para se alimentar, porém como sempre se apresentava embriagado, dávamos pouco dinheiro, e assim com o passar do tempo, este senhor não foi mais pedir esmolas e até chegamos a pensar que este haveria falecido. Todavia encontrei-o no Lar de velhos, para minha surpresa e dos meus companheiros de trabalho, e, é claro, a nossa felicidade de saber que está sendo cuidado por boas pessoas. O que fez com que esse homem melhorasse sua auto-estima e sua vontade de viver, adquirindo um mínimo de dignidade.

Foto do senhor que ia pedir esmolas no meu serviço.

Diante de um mercado altamente competitivo, vejo que o conhecimento e a atualização continua se torna uma ferramenta essencial para os novos gestores desse século, em base disto, agradeço a Fatec-Id, pelas disciplinas oferecidas com alto grau de qualidade; agradeço em especial a professora Silma Pompeu, pela paciência e o apoio nos momentos de dúvidas e incertezas.

Agradeço ao Lar de Velhos Emanuel pelo acolhimento e a minha aceitação em suas instalações na prestação de serviços como voluntário.

Desta maneira concluo que as verdadeiras e as mais importantes coisas da vida estão presentes no ato da solidariedade, e dentro de uma empresa, na Responsabilidade Social.

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ALGUMAS FOTOS DO LAR,

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LAR VINHA DE LUZ – JUNDIAÍ

O Lar Vinha de Luz é uma instituição religiosa que possui mais de duzentas famílias carentes das proximidades da favela São Camilo em Jundiaí que estão cadastradas no projeto Ciranda da Vida em parceria com a empresa Metalúrgica Sifco. Este projeto presta assistência especial às crianças dessas famílias desde 2004.

Manhã

Graça Kelly Silva Sakamoto – RA20071M19

Luma Gabrielle Silva da Graça Sakamoto – RA20071M26

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Graça Kelly Silva Sakamoto – RA20071M19 Nome do Projeto: Ciranda da Vida. Período de realização: 16 de abril a 25 de maio de 2007 Total de dias: 9 Total de horas: 27 Responsável pela Entidade: Samanta Ferretti

Dentre as atividades desenvolvidas, realizam-se jogos pedagógicos, reforço escolar e assistência psicológica que são monitorados por três profissionais de suas respectivas áreas, mas que necessitam da colaboração de voluntários para o melhor desenvolvimento de tais atividades.

O projeto, o material utilizado e os três profissionais são cedidos por paste da Sifco, porém, o espaço, a alimentação e os custos da manutenção da instituição são mantidos através de doações.

Às Segundas-feiras, o enfoque é o desenvolvimento da parte física das crianças, através de atividades elaboradas pelo profissional de Educação Física, mas que exigem supervisão cuidadosa e atenta.

Nas terças - feiras são feitos o desenvolvimento da leitura e o reforço escolar, já que há grande necessidade de um complemento ao ensino público.

Às sextas – feiras são direcionadas aos jogos pedagógicos que desenvolvem o intelecto, a capacidade interativa entre outras funções sociais das crianças.

Somente o acompanhamento psicológico é feito sem a interação dos voluntários por questões éticas.

Todas as atividades do projeto Ciranda da Vida são pedagogicamente sustentáveis, contudo, como em qualquer outra instituição filantrópica há carência de recursos. Nesse quesito, as soluções foram: a realização de eventos como a “Pizzada” e a boa vontade de colaboradores – que infelizmente são casuais – que visam a arrecadação de verba para a sua manutenção e futuras reformas.

O auxílio psicológico também é realizado na instituição.

A má estrutura do prédio é um dos problemas enfrentados pela instituição.

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Iniciei o trabalho voluntário no dia 16 de Abril na Instituição Lar Vinha de Luz para crianças carentes da favela do São Camilo em Jundiaí. Conheci a estrutura da Instituição e a coordenadora do projeto Ciranda da Vida, Samanta Ferretti.

A minha primeira impressão foi extraordinária, pois as crianças estavam muito felizes e empenhadas no que faziam que fossem desenhos o que mais gostavam de fazer, supervisionados pela pedagoga. Percebi a necessidade da Instituição como reformas na estrutura que é bem antiga, na arrecadação de donativos para a merenda das crianças e no abandono do parquinho por falta de verbas.

Nos demais dias fiquei extasiada em trabalhar com as crianças ajudando-as no que precisassem, sob a supervisão da coordenadora, realizei trabalhos em origamis, ajudei a fazer o lanche, supervisionei as brincadeiras como amarelinha, com bexigas, pinturas com guache, no reforço escolar, ajudando nas dificuldades dos mais novos na leitura de contos infantis, e na organização de tais atividades.

A minha experiência no trabalho voluntário foi especial, me enobreceu e enxerguei o outro lado da sociedade - a excluída, que necessita de atenção e incentivo para melhorar a precariedade e dificuldades que enfrenta.

O carinho e a recepção amorosa das crianças mostraram-me que todos nós somos irmãos sem distinções. Analisei a minha vida e percebi a quanto sou grata por ter família e oportunidades para crescer profissionalmente, sem esquecer da responsabilidade social. Terei dificuldades em conciliar minhas obrigações com o voluntariado, mas tenho certeza de que não me esquecerei de cultivar e cultuar o bem, de promover o crescimento benéfico para crescer uma nova sociedade menos preconceituosa e mais humana.

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Luma Gabrielle Silva da Graça Sakamoto – RA20071M26 Nome do Projeto: Ciranda da Vida. Período de realização: 16 de abril a 25 de maio de 2007 Total de dias: 9 Total de horas: 27 Responsável pela Entidade: Samanta Ferretti

A necessidade de fazer algum tipo de trabalho voluntário surgiu quando a professora Silma Pompeu sugeriu a realização deste tipo de atividade como parte da disciplina de Humanidades no Contexto Global.

Uma instituição chamada Lar Vinha de Luz me acolheu como voluntária de seu belo trabalho.

As crianças jogando futebol como parte das atividades de Educação Física

As crianças brincando com jogos pedagógicos. Um dos vários momentos de descontração.

Dentre as diversas atividades que envolviam a supervisão das crianças que eu realizei estavam: o auxílio aos profissionais responsáveis – como a coleta e distribuição dos materiais utilizados nas atividades específicas; o repasse da importância da conservação dos materiais e da própria instituição; o apartamento de alguns desentendimentos; o ensino da arte de amarrar cadarços; entre outras tarefas básicas que estão relacionadas com o convívio com crianças.

Por mais simples que fossem tais atividades realizadas por mim, o que mais me trazia satisfação era cada pequeno gesto de gratidão que as crianças demonstravam. É extremamente fácil compreender a necessidade e a importância do afeto, atenção e cuidado na formação do ser humano. Quando a dura realidade dessas crianças é vista de perto é praticamente impossível ficam emocionalmente imunes. Essa visão desperta o sentimento de auxílio ao próximo, além da mudança de comportamento do voluntário que aprende a dar muito mais valor ao que tem.

Toda essa consciência que o trabalho voluntário traz ao indivíduo fortalece o seu caráter e permite que cada vez mais profissionais sociavelmente responsáveis melhor estruturem o mercado e suas respectivas vidas.

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PASTORAL DA CRIANÇA

A Pastoral da Criança é uma organização comunitária, de atuação nacional, que tem seu trabalho baseado na solidariedade humana e na partilha do saber. O objetivo é o desenvolvimento integral das crianças, desde concepção até os seis anos de idade, em seu contexto familiar e comunitário, a partir de ações preventivas que fortalecem o a integração entre a família e a comunidade.

Surgiu em 1982, em uma reunião da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a paz mundial, na Suíça. James Grant, na época diretor executivo do UNICEF (sigla em inglês do Fundo das Nações Unidas para a Infância), sugeriu ao Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns a criação de um projeto de Igreja para combater as altas taxas de mortalidade infantil no Brasil, provocadas principalmente pela diarréia. Em 1983, foi iniciada a Pastoral da Criança, como um projeto-piloto implantado em Florestópolis, Arquidiocese de Londrina, norte do Paraná. Neste pequeno município, onde 74% do trabalho era realizado por lavradores bóias-frias, morriam 127 crianças para cada mil nascidas vivas. Após um ano de atividades, o trabalho dos líderes comunitários da Pastoral da Criança fez este índice cair para 28 mortes para cada mil crianças nascidas vivas.

Noturno

Andréa Gomes Garcia – GE20071N01

Anemeire Narcizo da Silva – RA20071N02

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Andréa Gomes Garcia – GE20071N01 Nome do Projeto: Responsabilidade Social. Período de realização: Três meses Total de dias: 7 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Alicia Santos

O trabalho na Pastoral da Criança é para qualquer pessoa que se sentir à vontade para ajudar. O trabalho se baseia resumidamente nas visitas mensais, Dia do Peso e Reuniões de Avaliação.

As Visitas Mensais acontecem sempre um dia antes do Dia do Peso propositalmente, pois tem também a utilidade de lembrar as mães que no dia seguinte será a pesagem. Nesta visita os líderes analisam as verdadeiras condições das crianças, se estão sendo bem cuidadas pelos pais e familiares. São feitas perguntas como: A criança teve algum problema de saúde? Foi levada ao serviço médico? Foi bem atendida? Enfim perguntas sobre como foi o mês da criança. Depois de realizadas estas perguntas que são anotadas no caderno do líder, ele lembra a mãe da pesagem e se despede.

No Dia do Peso, as famílias vão à comunidade que a atende onde encontra, além dos lideres, voluntários (chamados de colaboradores) que auxiliam os lideres a pesar as crianças, distribuir o lanche e quando possível, a realizar a doação de roupas e calçados. No dia do Peso as crianças são pesadas e as mães orientadas quanto ao peso dos filhos. Os líderes marcam em seu caderno o peso de cada criança acompanhada por ele e preenche o cartão da criança que contém um gráfico que mostra o peso ideal para cada idade, desnutrida ou não a criança recebe gratuitamente o Complemento alimentar (Farinha Enriquecida), o Pó de Casca de Ovo se necessitada de cálcio e o Pó da Folha de Mandioca se anêmica, estes complementos ajudarão a criança a sair da desnutrição, falta de cálcio ou anemia. Durante toda pesagem há voluntários que brincam com as crianças enquanto não são pesadas. Após as pesagens, os líderes fazem a Reunião de Avaliação onde a Folha de Acompanhamento é preenchida com os dados de cada líder, perguntas como quantas crianças foram pesadas naquele mês, quantas aumentaram de peso, entre outras constam nesta folha que é enviada a Pastoral Central para computar os dados. Com estes dados os líderes podem perceber qual é a realidade de sua comunidade e podem buscar medidas como a conscientização das mães quanto à saúde de seus filhos etc. para melhorar a vivência nos lares.

É interessante lembrar que as gestantes também são acompanhadas para fazer com que elas se sintam importantes pela sua gravidez, para que seja trabalhado dentro de cada uma delas o amor que ela deve passar para seus filhos.

Iniciei minhas atividades na Pastoral da Criança há cinco anos devido a um convite que recebi de uma catequista da comunidade São Francisco de Assis onde participo para conhecer o trabalho que esta Pastoral realiza em minha comunidade. Conheci e gostei muito e a partir desse momento comecei a participar mensalmente, pois as pesagens realizadas pela Pastoral acontecem apenas uma vez por mês em cada comunidade.

O que mais gosto no trabalho realizado pela Pastoral é a boa vontade que os voluntários têm, pois não é um trabalho difícil, mas exige tempo de quem se propõe a fazê-lo e muitas vezes as pessoas não dispõem desse tempo, mas por amor a Pastoral conseguem.

A Pastoral realiza um trabalho muito bonito com as crianças que necessitam de ajuda para ganhar peso, muitas vezes pelo fato de a família não ter condições para dar uma alimentação saudável à criança ou até mesmo pelo descaso da família para com as crianças.

Em todo este tempo que atuo na Pastoral já vi centenas de casos de descaso e de falta de condições.

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Por ser uma Pastoral tem vínculo com a Igreja Católica, mas não existem preconceitos nem restrições; qualquer pessoa independentemente de crença, raça ou classe social pode indubitavelmente participar da Pastoral e usufruir de seus serviços. No que tange à ajuda, a Igreja faz o possível para ajudar as famílias que são atendidas pela Pastoral, por exemplo, a Pastoral pesa as crianças e fornece o complemento alimentar. Se a mãe estiver esperando outro filho, a Pastoral tenta providenciar um enxoval, se estiver passando por necessidades como, por exemplo, a falta de alimentos a Pastoral aciona outras pastorais que possam auxiliar, enfim, tudo o que estiver ao alcance da Pastoral, ela fará.

É muito gratificante ver em dia de festas como o Dia das Crianças ou no Natal, os olhinhos das crianças brilham de alegria ao ganhar um presente. A alegria de ser lembrada, pois na maioria das vezes a família não tem condições de dar-lhes um presente.

A Pastoral também conscientiza as famílias a respeito do carinho que deve ser passado para a criança, independentemente da sua situação financeira.

Este trabalho é um verdadeiro momento de amor e doação que todas as pessoas deveriam provar, para ver que não há nada mais gratificante do que ajudar ao próximo, doar-se para quem necessita de doação, não no que diz respeito a bens materiais, mas no que diz respeito a carinho e atenção.

O dia da pesagem. Voluntários auxiliam Os Voluntários pesando as crianças.

na distribuição do lanche para as crianças.

Os líderes atendendo as mães. A distribuição de roupas é feita para as famílias atendidas.

As gestantes são atendidas mensalmente. A equipe de Apoio.

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Anemeire Narcizo da Silva – RA20071N02 Nome do Projeto: Responsabilidade Social. Período de realização: 16 de abril a 25 de maio de 2007 Total de dias: 8 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Alicia Soares

Meu trabalho voluntário consiste principalmente em dar auxilio na balança no dia da pesagem, onde fico anotando o nome e o peso de cada criança, além de ajudar na organização e na limpeza do local destinado à pesagem. O dia da pesagem é um dia de festa e alegria. Confesso que às vezes me pego com um sorriso de uma orelha a outra, só por estar ali fazendo um pouquinho para quem precisa de ajuda. Participo também de reuniões da Pastoral da criança, onde são abordados assuntos como a evolução da pastoral, de seus líderes e também acompanho os líderes nas visitas na casa das crianças/ famílias, nessas visitas você acaba conhecendo cada criança, como é o mundo dela, e como ela é cuidada ou não.

Espero aprender cada vez mais, pois, esse trabalho eu entendi e senti na pele a essência de ser voluntário, e principalmente voluntário de coração.

Formação Profissional

O meu trabalho voluntário na Pastoral da Criança contribuiu para a minha formação profissional, aprendi a ter mais paciência e a escutar mais as pessoas com quem trabalho. Aprendi também, que o trabalho voluntário é um quesito importante na procura de um novo emprego, isso pode ser um grande diferencial em meu currículo.

Sala da Pastoral da Criança, onde ocorrem

as pesagens, localizada ao fundo da Igreja.

Comunidade São Francisco de Assis localizada

no bairro Cecap - Indaiatuba

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Entre os parceiros que colaboraram ou continuam colaborando com a Pastoral da Criança, destacam-se:

Pesagem

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SOCIEDADE SÃO VICENTE DE PAULO - INDAIATUBA

A Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) é uma organização leiga, católica, missionária e evangelizadora, espalhada pelo mundo inteiro, sendo composta de homens e mulheres, crianças, jovens e idosos de todas as raças.

A SSVP busca a santificação de seus membros através da caridade cristã, ou seja, colocando-se a serviço dos mais pobres. O trabalho consiste na doação fraterna de uma pessoa a outra, por meio da ajuda direta, do diálogo sincero e amigo. Este trabalho é a própria mensagem do Evangelho em ação: "Eu estava com sede, eu era forasteiro, eu estava nu, eu estava doente, eu estava na prisão... e você cuidou de mim" Mt 25,35-36.

Seus membros são chamados de confrades e consocias, ou simplesmente vicentinos que se reúnem semanalmente em grupos de voluntários chamados de Conferências.

Nenhuma obra de caridade é estranha à SSVP, compreendendo qualquer forma de ajuda, que é feita diretamente ao necessitado, no sentido de aliviar o sofrimento e promover a dignidade humana e sua integridade. Sua ajuda é levada a todos que delas precisam, independente de raça, cor, nacionalidade, credo político, religioso ou diferença social.

Atualmente, a SSVP atua em 163 países espalhados nos cinco continentes. Nossa vocação é servir aos pobres, em mais de 6.000 obras unidas, entre hospitais, asilos, orfanatos, escolas, creches, vilas residenciais e também na promoção humana de milhares de famílias assistidas. Apenas em nosso país somos mais de 250.000 membros, juntando-se ao total mundial de que é de mais de 1.000.000 de vicentinos trabalhando voluntariamente pela caridade.

Tarde

Jilton Dias Dantas – RA20062V21 Lar de idosos da Vila Vicentina

Rua: Luiz Gonzaga Bicudo, 1435 – Vila Nova – Itu - SP. CEP: 13309-036 – Tel. /Fax: 4024-0733

Gustavo Almeida Villa – RA20071V16 Assistência Vicentina Frederico Ozamam

Rua: Marques de Tamandaré, nº.: 525 – Jd. Bandeirantes – Salto-SP CEP: 13-322-121 – Tel./Fax: (11) 4602 – 2782

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Entrada da entidade

Jilton Dias Dantas – RA20062V21 Nome do Projeto: Trabalho Voluntário. Período de realização: 26 de maio a 16 de junho de 2007 Total de dias: 05 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Virginia P. da Silva

Conhecer uma nova realidade e interagir com ela foi a proposta deste trabalho de Humanidades no Contexto Global, a experiência adquirida bem como o dia-a-dia na entidade será detalhada ao máximo ao longo do desenvolvimento do relatório.

A entidade escolhida por mim foi o “Asilo da Vila Vicentina”, pertencente a “Sociedade São Vicente de Paulo” que dá assistência a idosos (“Assistência Vicentina”), localizada no município de Itu-SP, a entidade cuida somente de idosos, deixados ali pelos seus familiares.

A entidade foi escolhida pelo fato da localização de fácil acesso e por ter aceitar meu trabalho em dias e horários, compatíveis com minha disponibilidade.

Inicialmente procurei a entidade no dia 19 de maio. Fui chamado a comparecer no Lar no dia 21 de maio, onde a assistente social me passou algumas informações.

26 de maio: primeiro contanto com a entidade, fui recebido pela assistente social.

27 de maio: fui apresentado ao presidente da entidade, junto com o coordenador do centro de voluntariado do lar. Inicialmente às 9h da manhã, foi dado inicio a uma reunião, onde me foram passados alguns termos e regras da entidade, de como interagir com os idosos, funcionários, o contrato feito entre a minha pessoa e o lar com base na lei do voluntariado, história do lar e esclarecimentos de dúvidas.

Fizemos um passeio pelo prédio onde a assistente social me mostrou as instalações, e os funcionários. Impressionou-me muito a estrutura e as instalações do lar, e a aparência com que os funcionários trabalhavam isso me despertou uma grande satisfação em ajudar um lar onde realmente as “coisas funcionam”. A partir daí realmente começou o trabalho voluntário, primeiramente convivendo no ambiente deles.

02 de junho: primeiro contato com os idosos. Teve conversas ao longo do dia, conheci algumas histórias que os mesmos me contaram e algumas me impressionaram muito. Uma delas foi a história contada pela idosa Rita 89 anos, ela nos relata sua vida o sofrimento em cuidar dos filhos, a felicidade em ver os filhos se casar e depois de alguns anos ser abandonada pelos mesmos.

10 de junho: nesse dia fizemos um passeio ao clube de campo onde estava acontecendo um campeonato paulista de adestramento de cães. Estava encarregado em ajudar no transporte dos idosos, pois alguns deles necessitam de cadeiras de rodas, ajudarem nas refeições, leva-los ao banheiro e ajudar as enfermeiras em tomar os cuidados necessários com os mesmos.

16 de junho: nesse dia recebemos algumas doações onde eu estava encarregado de recebê-las. As maiorias das doações eram de tele marketing onde nesse dia pratiquei a profissão de moto boy recebendo os valores doados, pois o moto boy da entidade estava de folga.

Acho que foi a melhor experiência que tive, pois pude mudar meus conceitos sobre o trabalho voluntariado.

Aprendi bastante com essa experiência, pois todo ser humano, não importa a cor, a idade, a religião, o sexo, necessitam de atenção, pois a maioria não tem o carinho da família e espero novamente contribuir com toda solidariedade possível.

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Aqui é um local onde a maioria dos idosos gostam de ficar

Sala de TV Refeitório, onde fazem 5 refeições diárias

Refeitório, onde fazem 5 refeições diárias

Aqui se encontram os quartos dos idosos, onde a direita ficam os homens e a esquerda as mulheres

Enfermaria

Aqui é uma visão da capela e do salão de festas

IMAGENS

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Gustavo Almeida Villa – RA20071V16 Nome do Projeto: Informática na Terceira Idade Período de realização: 17 de maio a 15 de junho de 2007 Total de dias: 7 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Dalla Vecchia

A entidade escolhida foi o “Lar Frederico Ozanam”, pertencente a “Sociedade São Vicente de Paulo” que dá assistência a pobres e idosos, “Assistência Vicentina”, localizada no município de Salto-SP, a entidade cuida somente de idosos desamparados, esquecidos pelos seus familiares, já a assistência aos pobres é feita por outra entidade. Ela tem uma localização de fácil acesso, estrutura sendo inclusive premiada com o selo Bem Eficiente em 2001 como umas das 50 melhores entidades sem fins lucrativos do Brasil, e também por já ajudar a entidade há algum tempo com doações. Apesar de essa realidade ser cruel, a experiência adquirida por mim foi imensa e a carregarei por toda a vida.

Inicialmente, procurei a Entidade no dia 27de maio. Fui chamado a comparecer no Lar no dia 29, quando o presidente junto com o coordenador do centro de voluntariado, passou informações e fez algumas considerações sobre o trabalho. Nesse dia, fui apresentado ao presidente da entidade, junto com o coordenador do centro de voluntariado do lar. Inicialmente, às 9h da manhã, foi dado inicio a uma reunião, quando foram passados alguns termos e regras da entidade, de como interagir com os idosos, funcionários, o contrato feito entre a minha pessoa e o lar com base na lei do voluntariado, história do lar e esclarecimentos de dúvidas. Fiquei com a função de instrutor de informática junto com a convivência com os idosos. Sempre de terça-feira à quinta, na parte da manhã das 9h às 12h. O coordenador me explicou que estava à procura de um voluntário na área de informática, e disse também, que os idosos tinham essa curiosidade de desvendar o mundo digital.

31 de maio: logo quando cheguei o coordenador, disse-me que trouxe um micro - computador da empresa onde ele é dono, que seria usado nas aulas de informática com os idosos. Ligue o computador e estava tudo certo. Fiz a verificação do sistema e instalei alguns programas, que seriam necessários no trabalho com os alunos. Na maioria dos casos, programas de figuras, sons e imagens, dando um suporte teórico e ao mesmo tempo para entretê-los. Instalei o micro numa sala e reuni os idosos que ficaram maravilhados com “aquilo”. Mostrei a eles alguns programas com processadores de texto e jogos educativos.

05 de junho: nesse dia, o presidente da entidade me perguntou se eu não poderia ajudá-lo na implantação de um sistema informatizado na área de enfermagem, além das aulas e convivência. Fizemos uma reunião com as enfermeiras responsáveis para captar as idéias e discutir realmente o que era necessário fazer. Em seguida, dei as aulas de informática, para os idosos junto com um bate-papo descontraído, no final tirei algumas fotos com os alunos.

12 de junho: recebemos algumas doações de micros, e tive que fazer a manutenção dos mesmos. As aulas de informática não foram possíveis, mas sobrou tempo para um “bate-papo” com os idosos. Já no dia 14 de junho, houve aulas de informática, e depois assistimos televisão, conversamos bastante e almocei com os idosos no refeitório do lar.

15 de junho: devido aos feriados, entre 31/05 e 05/06, perdi algumas horas e para compensar, reservei um horário alternativo das 6h da manhã às 12h. Cheguei cedo, pude conviver com os idosos, tomando café da manhã e depois fizemos uma caminhada no quarteirão. Houve aulas de informática e depois conversamos com idosos junto com outros voluntários.

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IMAGENS

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SORRI – CAMPINAS

A SORRI-CAMPINAS foi fundada em dezembro de 1987. Nasceu da necessidade das próprias pessoas com deficiência que viam muito limitadas as suas oportunidades de trabalho. Sentiam o preconceito por parte da sociedade, ao mesmo tempo em que necessitavam de preparo para assumir o seu papel profissional.

Em sua trajetória passou por alterações significativas cujas referências sempre foram às necessidades das pessoas com deficiência, bem como, as mudanças ocorridas no mercado de trabalho.

A alteração mais recente aconteceu no ano de 2002, quando o processo de aprendizado para o acesso ao mercado de trabalho mudou com o intuito de atender aos dispositivos do Decreto 3298/99.

Tarde

Daniel Porto: RA 20071V08

João Carlos Guimarães – RA20071V21

João Diego Marques – RA20071V22

Wilson José Augelli dos Santos Filho - RA 20071V40

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Daniel Porto: RA 20071V08 Nome do Projeto: Responsabilidade Social Período de realização: 30 de março a 31 de maio de 2007 Total de dias: 62 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Maria Olímpia S. Machado Luz.

O trabalho realizado na instituição Sorri-Campinas teve como finalidade melhorar as relações pessoais dos alunos do primeiro semestre da Fatec-ID, bem como mostrar aos alunos uma outra realidade de mundo.

A prestação de trabalho voluntário aconteceu no período de trinta de março a trinta e um de maio todas as quintas-feiras no horário das dez ao meio dia.

Meu trabalho se limitava a dar monitoria aos alunos de informática que estivessem com maiores dificuldades. Todos os alunos tinham algum tipo de deficiência física.

Todas as quintas ao chegar à Sorri, preenchemos o caderno de freqüência para comprovar a nossa presença no estabelecimento.

Em seguida, ligamos a caixa de força para a alimentação dos computadores, já que este não fica o tempo todo ligado para evitar o uso fora do horário de aula.

Já na sala com os alunos, seguimos a programação de aula e quando surgia alguma dúvida, eu estava pronto para ajudar.

Nesse tempo de trabalho na Sorri conheci muita gente interessante e, nas conversas que tive com elas, percebi como é difícil ter alguma deficiência física, mas o mais incrível é que essas pessoas vivem como se elas não tivessem nenhuma deficiência.

O que eles mais reclamam é da discriminação e a falta de oportunidade de emprego. Outro fato interessante que pude perceber é a capacidade que eles têm de se adaptar com a sua deficiência. É incrível como eles conseguem, mesmo com deficiência, fazer tudo que uma pessoa normal faz.

O trabalho voluntário foi importante para melhorar minhas relações com as pessoas e para quando eu tiver algum problema lembrar dessas pessoas que não reclamam da vida.

Sugiro que a atividade de prestação de trabalho voluntário seja estendida para os demais semestre da faculdade.

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João Carlos Guimarães – RA20071V21 Nome do Projeto: Introdução a Informática Período de realização: abril a junho de 2007 Total de dias: 10 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Maria Olímpia S. Machado Luz.

Às 20 horas de trabalho voluntário que eu juntamente com meus colegas de classe Daniel de Barros, João Diego e Wilson foram feita na ONG SORRI-CAMPINAS.

Ministramos aulas de informática básica (Word, Excel, PowerPoint) aos alunos da Sorri.

Adorei ter contato com pessoas que têm deficiência, pois a maioria não usa a deficiência como desculpa para os problemas da vida e não gostam de serem chamados de portadores de necessidades especiais. Procuram claro espaço no mercado de trabalho, o fim do preconceito e suprir a falta de informações que a sociedade tem dos deficientes. Não temos que tratar os deficientes como coitadinhos, especiais, sensíveis. Todas as pessoas são especiais, sensíveis.

Temos que tratá-los com respeito, como ser humano, foi importante à experiência, pois às vezes ficamos reclamando da vida, do governo, olhando para nosso umbigo e esquecemos de olhar para o lado e ver que as dificuldades de outras pessoas são muito maiores que a nossa. Se existe um problema, este tem que ser enfrentado. A Sorri é uma ONG muito séria cercada de profissionais comprometidos e os resultados são maravilhosos com profissionais trabalhando em empresas como Claro, Unilever, 3M, entre outras.

Foto minha e dos alunos as Sorri

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João Diego Marques – RA20071V22 Nome do Projeto: Projeto Emprego Período de realização: 10 de maio a 10 de junho de 2007 Total de dias: 10 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Maria Olímpia S. Machado Luz.

Gostei de ter contato com pessoas que têm deficiência, pois aprendi a não ter medo do que não conheço e a ter menos preconceitos. Agora tenho conhecimento que nós somos muito mais deficientes que eles, porque usamos nossos problemas como desculpa de nossos erros.

A maioria dos alunos da Sorri não usa a deficiência como desculpa para os problemas da vida. Não gostam de serem chamados de portadores de necessidades especiais. Procuram claro espaço no mercado de trabalho e o fim do preconceito e falta de informações que nós “normais” temos dos deficientes.

Não temos que tratar os deficientes como quem não pode fazer nada. Todas as pessoas são especiais, sensíveis e temos que tratá-las com respeito. Como ser humano, esta experiência foi importante para nós, pois às vezes ficamos reclamando da vida, do governo, pro nosso umbigo e esquecemos de olhar para o lado e ver necessidades de outras pessoas, que podem ser muito maiores que a nossa. Se existe um problema, têm que ser enfrentado.

A Sorri é uma ONG muito séria cercada de profissionais comprometidos e os resultados são maravilhosos com profissionais trabalhando em empresas com a Claro, Unilever, 3M, entre outras.

Nos dias em que eu e meus amigos de classe estivemos na Sorri, ajudamos o professor de informática Fabio a dar as aulas, tirando duvidas e até ensinando como pesquisar na internet e a usar algumas ferramentas do Word, Excel e PowerPoint.

Frente da Sorri, localizada na Rua Rouxinol, na Vila Teixeira, em Campinas.

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Wilson José Augelli dos Santos Filho - RA 20071V40 Nome do Projeto: Introdução a Informática Período de realização: 10 de abril a 26 de junho de 2007 Total de dias: 10 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Maria Olímpia S. Machado Luz.

No meu primeiro dia foi tudo muito novo, eu estava vendo um mundo que antes era só observado de longe. A adaptação foi a minha maior dificuldade, uma vez que a comunicação era difícil, principalmente com os deficientes auditivos. Além disso, havia a barreira da timidez, tanto por minha parte como da deles também, quando percebia que tinham dúvidas, olhavam para mim, e para o professor Fábio, mas por fim sempre chamavam o professor. Então, posso dizer que as minhas duas primeiras visitas foram de reconhecimento, tanto para mim como para eles.

Quando já estava na minha quarta visita, a timidez já estava diminuindo, se estivesse por perto me perguntavam. Tentava solucionar, não mostrando como fazer, e sim auxiliando por onde deveria ir para encontrar a solução (por mais que esse método seja mais lento, reparei que é o mais eficaz para o aprendizado deles). Tinha percebido também, que já estava adaptando-me a eles, pois antes, quando reparava que estavam com dúvidas, ficava em silêncio esperando que eles se manifestassem, porém, depois de algumas visitas, quando via que estavam com dúvidas, já estava indo até eles, perguntando se poderia ajudar em algo.

Na oitava vez que retornava, já tinha tido a oportunidade de conhecer todas as turmas de informática, a timidez que era vista antes, não havia mais e conseqüentemente tive a oportunidade de aprender muitas coisas com eles.

Como foi dito no começo desse trabalho, a minha função na Sorri é fazer com que os deficientes (físico, mental e auditivo) aprendam a como utilizar os aplicativos do Windows, principalmente o conjunto Office. E nesse tempo de trabalho junto com eles, percebi que a maior dificuldade (principalmente do deficiente mental) é lembrar de detalhes. Quando entramos na parte do Office, posso dizer que foi um grande desafio, já que o Office é constituído de muitos detalhes para manuseá-lo, por exemplo: quando estamos ensinando funções do Excel, a principal dificuldade é lembrar de todas as etapas que devem ser efetuadas para executar uma determinada função. Sendo assim, era muito comum, ensinarmos em um dia, um determinado procedimento, e já na outra semana, não lembrarem mais como realizar a determinada operação.

E devido a esses motivos, posso dizer que aprendi a ter mais paciência, já que dependendo da deficiência (como a deficiência mental) o processo de aprendizagem é bem mais lento, e isso requer das pessoas que ensinam e aprendem uma dose de tolerância.

Quero lembrar aqui também que com essa oportunidade do trabalho voluntário destruí preconceitos. Um deles era: achar que deficientes são mais tristes que as outras pessoas e que também são mais revoltados. O professor Fábio, responsável pela informática, que tem deficiência física, me recebeu muito bem (não só a mim mais como todos os outros também que realizaram o trabalho). Trocamos muitas idéias sobre a questão da deficiência e posso dizer que aprendi muito com ele também.

Como disse, em torno desse trabalho, aprendi muitas coisas com as pessoas com deficiência, ter a oportunidade de ensinar e perceber que eles entenderam, e estão se esforçando, foi muito gratificante para mim. Por esses motivos e de muitos outros decidi que vou continuar o meu trabalho na Sorri, e espero que quando chegar ao final desse curso de Tecnologia em Informática, eu possa usar a minha experiência em benefícios a eles.

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S.O. S PEQUENINOS - INDAIATUBA

Manhã

Mayara Melo Bezzan – RA20071M28

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Mayara Melo Bezzan – RA20071M28 Nome do Projeto: SOMA Período de realização: abril a maio de 2007 Total de dias: 10 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Stella Marcondes Martins

Participei de vários projetos da SOS Pequeninos, um deles foi do “projeto SOS Criança”, que proporciona cultura, lazer e educação as crianças carentes. Com a realização de eventos para a divulgação da entidade a fim de arrecadar fundos para ajudar as instituições associadas. Dentro deste projeto eu participei dos eventos que ocorreram nos dias 5 e 6 de maio, este evento é relacionado com o “dia dos pequeninos”, que consiste em levar as crianças para passarem um dia de lazer e diversão, em lugar diferente em cada ocasião. É muito interessante este dia porque proporcionou inclusão social, muita diversão, cultura e alimentação.

No dia 5 de maio o “dia dos pequeninos” foi no hotel The Royal Palm Plaza em Campinas, depois de a entidade insistir muito o hotel ofereceu um espaço para que a SOS pequeninos pudesse realizar o evento Fashion In Kids. Também conseguimos o patrocínio de algumas marcas, são elas a PUC (doando camisetas infantis), Shopping Campinas (doando dinheiro para compra de materiais e toda a alimentação dos dois dias).

Neste evento foram trazidas crianças de duas creches associadas á SOS Pequeninos: M.J Praga e Santa Rita.Foram cerca de 200 crianças, levadas ao evento e puderam brincar e se divertir muito, com as barracas armadas, como em festa junina. Nestas barracas tinham camisetas que podiam ser estilizadas pelas crianças, utilizando canetinhas, colas coloridas entre outros, elas ganhavam de presente a camiseta estilizada e outra camiseta da PUC. Houve também o desfile dos adultos, uma brincadeira, onde as crianças fantasiavam seus pais para o desfile.

O SOS conseguiu muitas coisas positivas com este evento, tivemos doações significativas dos patrocinadores e alguns artistas tiraram fotos com a marca da entidade, para termos uma divulgação do trabalho da entidade com maior abrangência, outros adultos que estiveram no evento a convite do hotel em sua maioria, tornaram-se sócio-contribuintes. Muitos benefícios foram obtidos com esse projeto.

Nas quartas-feiras e quintas-feiras eu trabalhei na área administrativa da instituição e na colaboração do que a entidade tinha carência. Como ajudando no controle de custos, e auxiliando na organização de livros e filmes infantis provenientes de doações que são encaminhados as creches para o programa Recreando que conta com uma biblioteca móvel. Esta biblioteca vai toda sexta feira para uma creche e retorna uma semana depois, e assim ocorre para as outras creches, o acervo não conta com muitos livros, mas tem bastante diversidade e também possui filmes.

Eu propus à entidade a realização de um projeto semelhante a este, com um videoke, onde as crianças poderiam cantar musicas infantis, isto porque, o SOS pequeninos possui uma aparelho de videoke, proveniente de doações, mas esta idéia esta em avaliação.

Outro dos meus trabalhos são o agendamento de cursos, palestras, por profissionais de área, que poderia ser palestras sobre direito, higiene, educação, entre outros. Esses cursos são destinados aos funcionários das creches, para melhor aperfeiçoamento de suas técnicas. Os pais das crianças também tinham palestras sócias educativas, como Palestras sobre alimentação, direito, educação e saúde são oferecidas pelo SOS às entidades. È bom destacar que os profissionais que dão as palestras, fazem isto de forma voluntária. É um trabalho sério e muito interessante, pois consegue unir a família, proporciona educação de forma dinâmica. Não pude acompanhar nenhum curso, porque esses geralmente ocorriam de sábado, quando tenho compromisso. Mas, eu e a Fernanda, outra voluntária, confeccionamos os certificados.

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No dia 13 de junho, acompanhei como monitora a execução do “Projeto RECREANDO”, este projeto consiste em um grupo de voluntários que vai a algumas entidades todos os anos contar historias, com fantoches, as crianças das creches, por isso o nome do grupo é contadores de historias. No dia 6 junho alunos do Colégio Visconde de Porto Seguro, foram a creche Mãe Cristina, para contar historinhas. Eu acompanhei, já que era preciso um adulto para ficar responsável pelos “adolescentes contadores de historias”. Não pude tirar fotos nesse dia por que a creche não permitiu que eu as tirasse. Apenas eles registraram alguns momentos, e entrei em contato com ela para me enviar as fotos o mais breve possível.

Busquei varias entidades na Região de Campinas, onde moro, para realizar o referido trabalho voluntário, mas muitas não demonstraram interesse da minha participação, umas muito burocráticas e outras sem qualquer interesse mesmo. Através de amigos que estudam no colégio porto seguro tive conhecimento da ONG SOS Pequeninos e sua carência por voluntários em diversas áreas de atuação, desde administrativo ate contar historias e fazer teatros nas entidades, estou muito satisfeita com a instituição e a forma com que me receberam.

Fui muito bem recebida e gostei muito de exercer o trabalho voluntário, é muito gratificante. Senti-me útil, podendo fazer algo para mudar a sociedade, ajudando os que precisam. Ouvi muitas historias de vida, crianças muito sofridas, o que me fez rever meus valores. Penso em participar de mais projetos sociais que ajudem a melhorar a vida de quem mais precisa.

Colaborei e continuarei na SOS Pequeninos, mesmo com o termino deste trabalho.

Entrada da Instituição SOS Pequeninos Livros didáticos, filmes infantis doação às creches.

Sala onde organizamos os dados da entidade Sala de reunião e escritório

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As três diretoras da instituição: Renata (financeiro e administrativo), Alice (administrativo e cuida do projeto

Integração Comunitária) e Joana (psicóloga).

Projeto SOS pequeninos para crianças das creches M. J. Praga e Santa Rita.

Eu com Lucas (crianças podiam estilizar suas camisetas do sos).

Maria Cândida se propôs a tirar fotos coma a nosso logotipo para

a divulgação do nome SOS Pequeninos.

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YÁZIGI - INDAIATUBA

O objetivo desse projeto é oferecer aulas de inglês para comunidades de baixa renda. Utilizando metodologia, supervisão pedagógica e materiais didáticos Yázigi, as aulas são ministradas por professores da rede e voluntários. Iniciado em 2001, o projeto se desenvolve através de parcerias com organizações sociais e órgãos da iniciativa pública e privada. Atualmente, existem 42 projetos instalados em 29 municípios brasileiros. Em 2004 foram atendidos 3.650 alunos. No mesmo ano o Projeto Cidadãos do Mundo – Inglês para a Comunidade foi destaque no Guia Exame de Boa Cidadania Corporativa.

Atualmente em Indaiatuba o Projeto Social do Mundo conta com o apoio do Rotary Club, e juntos Yázigi e Rotary Club desenvolvem um trabalho de oferecer ensino de qualidade para a população de baixa renda há 10 anos a está situado na Associação São Vicente de Paula no Jardim, Morada do Sol. Gostaria de ressaltar que é um projeto social sem fins lucrativos.

Manhã

Débora Priscila Alvarenga – RA20071M10

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Débora Priscila Alvarenga – RA20071M10 Nome do Projeto: Projeto Cidadão do Mundo Período de realização: março e junho de 2007, até os dias atuais. Total de dias: 10 Total de horas: 20 Responsável pela Entidade: Yázigi Internexus

Escolhi este projeto social Cidadão do Mundo porque trabalho no Yázigi e outras ONGS que procurei não aceitaram meu trabalho pelo fato de eu não ter disponibilidade durante a semana, pois trabalho e estudo de segunda a sábado. Eu já desenvolvi um trabalho voluntário na favela do Heliópolis em São Paulo no ano de 2003. Éramos em 16 jovens e trabalhávamos em uma ONG sem fins lucrativos no meio da favela. Prestávamos serviço à comunidade de Heliópolis como reforço escolar para crianças de primeira a quarta série do ensino fundamental, aulas de violão, oficinas de arte entre outras atividades.Voltei para Indaiatuba e continuei trabalhando neste projeto até o início desse ano, mas não com tanta assiduidade, pois não me sobrava mais tempo devido à faculdade.

Para fazer parte deste projeto social Cidadão do Mundo não foi difícil, pois eles necessitam de pessoas que tenham vontade de ajudar, apenas isso.

Quando visitei o projeto Cidadão do Mundo, busquei verificar quais eram as suas necessidades específicas. Eles estavam precisando de pessoas que tivessem conhecimento da língua inglesa e pudesse oferecer reforço para os alunos que possuíam dificuldades. Fiquei muito feliz, pois foi a única ONG que podia me receber durante o final de semana, diante das ONGS que eu havia procurado. Resolvi que ali mesmo eu iria começar meu trabalho voluntário.Todos os sábados cumpro 2 horas para ajudar os alunos que tem dificuldades com inglês.É um trabalho que exige paciência e dedicação, pois estou ensinando alguém com dificuldades. Converso durante a semana com a coordenadora e com a professora para saber qual será o cronograma a ser cumprido. Passei por um treinamento com a professora, para aprender a lidar com os alunos. Eles têm entre 15 a 40 anos de idade. O projeto social não restringe idade, mas notei que a maior parte dos alunos tem entre 15 a 30 anos.

O trabalho desenvolvido é muito simples, mas é importante ter um domínio da língua inglesa com um nível intermediário. A matéria que foi dada é passada para mim e depois monto uma aula em cima do assunto. Antes de dar a aula de reforço, esta preparação de aula é revisada pela professora do grupo e depois disto é aplicada aos alunos. Pretendo passar este projeto adiante, com uma breve divulgação na faculdade, que será feita a princípio no Friday In Concert no dia 22 de junho de 2007.

Este trabalho é muito gratificante, pois aprendi que nunca é demais darmos um pouco de nós para aqueles que mais necessitam. Eu tinha um problema que era a falta de tempo para ajudar alguém, mas depois de tanto procurar, descobri que sempre é tempo de se ajudar alguém. Sinto-me muito realizada quando escuto depoimentos de alunos que subiram de cargo na empresa somente pelo fato de estarem aprendendo inglês. Aprendi que antes de tudo temos que dar de nós para depois pensarmos em nós e muito mais que isso é tornar este trabalho um ato de desenvolvimento sustentável que faz uma comunidade carente crescer com convicção e seriedade, diminuindo a marginalidade e contribuindo para a formação de um verdadeiro cidadão do mundo.