Direito 

 • O que é? 

• O mercado de Trabalho 

• O Curso 

• Áreas de atuação • Entrevista 

O que é?  

É a ciência que cuida da aplicação das normas jurídicas vigentes em um país, para organizar as relações entre indivíduos e grupos na sociedade. Zelar pela harmonia e pela correção das  relações entre os cidadãos, as em‐presas e o poder público é a função do bacharel em Di‐reito. Para isso, ele analisa as disputas e os conflitos com base no que está estabelecido na Cons tuição e regula‐mentado pelas leis, defendendo os interesses do cliente em  diversos  campos,  como penal,  civil, previdenciário, trabalhista,  tributário  e  comercial.  Resolve  li gios  que envolvem  indivíduos  ou  empregados  e  empregadores. Defende o meio ambiente, os direitos das minorias e o patrimônio  histórico  e  cultural.  Existem  duas  carreiras dis ntas para esse bacharel: ele pode atuar como advo‐gado ou seguir a carreira jurídica, trabalhando como ad‐vogado  público,  juiz,  promotor  de  Jus ça  ou  delegado de polícia. Para ser advogado é preciso passar em exame da OAB. Já o candidato a juiz, promotor ou delegado de polícia  tem de prestar concurso público. Para se  tornar juiz, além do concurso, é necessário ter dois anos de ins‐crição na OAB como advogado.  

 O mercado de trabalho Desde o primeiro semestre de 2010 tramita no Senado um anteprojeto para elaboração do novo Código de Pro‐cesso Civil. Ele prevê a criação de instrumentos para re‐duzir o  tempo de  tramitação de processos pela  Jus ça brasileira. Por isso, a demanda no setor público nas esfe‐ras federais e estaduais, que já é grande para o egresso do curso de Direito, deve aumentar. Faltam profissionais para  trabalhar  no  Judiciário  brasileiro  e  o  número  de magistrados ainda é menor que o necessário. Os concur‐sos  públicos  para  bacharéis  deve  con nuar  crescendo nos próximos anos. "Mesmo para vagas que exigem ní‐vel superior, não necessariamente em Direito, como pa‐ra auditor ou analista da Receita Federal, os advogados têm boas condições de concorrer, pois  já chegam mais bem  preparados  com  o  conhecimento  de  legislação", afirma Yaska Fernanda de  Lima Campos,  coordenadora do curso de Direito da UFMG. Estão com perspec vas de crescimento ramos mais recentes, como o direito ambi‐ental e da tecnologia da  informação. Empresas públicas e  privadas,  de  vários  setores,  precisam  de  advogados para adequar suas a vidades à legislação ambiental.  

 

Além dessas áreas,  também  têm destaque o direito  in‐ternacional  e  o  no  campo  da  gené ca.  A  procura  não parte apenas de escritórios de advocacia ou de grandes companhias  com  departamento  jurídico, mas  também de  ins tuições do  terceiro  setor. No  setor  empresarial, mul nacionais  costumam  empregar  o  bacharel  para  li‐dar com processos das áreas trabalhista, tributária, cível e empresarial, bem como os especialistas em direito  in‐ternacional. Os escritórios de direito, por sua vez, abrem vagas para advogados e estagiários. Na carreira pública, na qual o graduado ingressa por meio de concurso para ser  juiz,  promotor,  procurador  ou  delegado  de  polícia, um  nicho  em  alta  é  a  defensoria  pública,  voltada  ao atendimento da população carente, que não tem recur‐sos  para  contratar  advogado.  As  parcerias  público‐privadas  (PPP),  incen vadas  pelo  governo,  também aquecem  o mercado  para  o  advogado  especialista  em contratos públicos, admi do para trabalhar em prefeitu‐ras, governos estaduais e órgãos públicos de todo o Bra‐sil.  

Salário  inicial: R$ 1.749,49 (até um ano de  inscrição na OAB; fonte: Sindicato das Sociedades de Advogados dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro). 

O curso Foco na teoria 

 O  curso da  graduação  é  generalista  e  enfa za  as  ciências humanas. Os três primeiros anos são essencialmente teóri‐cos, com aulas de português, sociologia, teoria do estado e economia,  além  de matérias  específicas  do  Direito:  civil, cons tucional, penal, comercial e medicina  legal. Nos  tra‐balhos  prá cos,  o  aluno  atua  como  juiz  ou  advogado  em simulações de julgamentos. Em geral, a carreira e a especi‐alização a ser ob da numa pós‐graduação começam a ser definidas no quinto ano, na escolha das disciplinas de  for‐mação específica. São obrigatórios o estágio e uma mono‐grafia para obter o diploma. 

 Duração média: cinco anos.  

 Outros  nomes:  Ciên.  Jurídicas e Soc.; Direito  (ciên.  jurídi‐cas); Direito Intern. 

O que você pode fazer  

Há  duas  grandes  carreiras:  Advocacia  e  Carreira  Jurídica. Cada uma oferece várias áreas de especialização e atuação: 

ADVOCACIA 

Representar empresas,  ins tuições ou  indivíduos e defen‐der seus interesses e direitos nas seguintes áreas: 

Arbitragem internacional 

Resolver disputas comerciais, fiscais e aduaneiras entre paí‐ses ou empresas e ins tuições de diversas nacionalidades. 

Direito civil 

Representar  interesses  individuais e par culares em ações referentes a propriedade e posse de bens, questões familia‐res, como divórcios e heranças, ou  transações de  locação, compra e venda. Pode especializar‐se em: direito das pes‐soas, dos bens, dos  fatos  jurídicos, de  família, das  coisas, das obrigações e das sucessões. 

Direito administra vo 

Aplicar a  legislação que  regulamenta os órgãos e poderes públicos em sua relação com a sociedade. 

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Entrevista com o Juiz José Sarquis de Queiroz O Juiz da 2ª vara de Paca‐tuba,  José  Sarquis  de Queiroz, é um profissional experiente.  Advogado  e administrador  de  empre‐sas, ele é  também douto‐rando em Violência Urba‐na,  na  Universidade  do 

Museu Argen no, em Buenos Aires. Em seu currículo cons‐ta que antes de vir a Pacatuba, em 1995, já havia atuado na Secretaria de Administração Pública do Estado, além de ter sido Procurador do Estado, e Juiz Estadual. Apaixonado pela profissão, pelos livros e pelos desafios, Sarquis agora aguar‐da assumir a 1ª Vara de Execução Fiscal, em Fortaleza, e es‐tá deixando a comarca de Pacatuba. No entanto, deixa claro que sen rá saudades do município. “Quando a gente faz o que gosta,  faz com gosto, com alegria. E aqui  foi assim”.     

Durante o período em que o senhor desempenhou suas a vidades em Pacatuba, encontrou alguma dificuldade?   Não  vemos dificuldade. Contei com uma equipe bem mon‐tada tanto na 1ª quanto na 2ª vara. Os servidores públicos são competentes e em número suficiente. Nesse período experimentamos uma mudança significa va na Legislação Federal, no Código de Defesa do Consumidor, Lei do Idoso, entre outras. Então tudo isso permi u que a população, ao nos procurar, muitas vezes sem advogado, fosse atendida adequadamente. Como você deve saber, quem procura a jus ça tem algum dos seus direitos sendo negado. Então a jus ça tem que ser atuante.  

Como é a ro na de a vidades e qual o mo vo da sua saí-da?   Nós temos audiência todos os dias. Estamos sempre presen‐tes na comunidade. E tudo com alegria, por trazer solução para os reclames da população. Agora eu estou de mudan‐ça. Subme  meu nome a uma promoção para Fortaleza e estou brevemente indo para a 1ª Vara de Execução Fiscal. Mas vou deixar aqui uma saudade imensa. Tanto das pesso‐as com quem eu trabalhei, que foram sempre amigas, bem como dos colaboradores nos trabalhos desenvolvidos na co‐marca de Pacatuba.