revista de direito da unb

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  • 7/25/2019 Revista de Direito da UnB

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    ARTIGOS // ARTICLES

    JRGEN HABERMAS, INEZ LOPES, FERNANDO DE

    CASTRO FONTAINHA, MARCLIO TOSCANO FRANCA

    FILHO & MARIA FRANCISCA CARNEIRO,

    MARIA CANDIDA CARVALHO MONTEIRO DE ALMEIDA,

    RAMN NEGOCIO

    COMENTRIOS DE JURISPRUDNCIA // CASE

    NOTES AND COMMENTARIES

    DEBORA DINIZ, INGO WOLFGANG SARLET

    RESENHAS // BOOK REVIEWS

    MATHEUS BARRA, NATHALY MANCILLA RDENES

    Revista de Direito da Universidade de BrasliaUniversity of Braslia Law Journal

    V. 01, N. 02juho dezembro de 2014

  • 7/25/2019 Revista de Direito da UnB

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    Revista de Direito da Universidade de Braslia

    University of Braslia Law Journal

    revista vinculada ao programa de ps-graduaoem Direito da Universidade de Braslia

    julho dezembro de 2014, volume 1, nmero 2

    CORPO EDITORIAL

    EDITORCHEFE

    Marcelo NevesUniversidade de Braslia, BrasilEDITORES

    Alexandre VeroneseUniversidade de Braslia, BrasilGeorge Rodrigo Bandeira GalindoUniversidade de Braslia, BrasilJuliano Zaiden BenvindoUniversidade de Braslia, Brasil

    EDITORES ASSOCIADOS

    Ana Lcia SabadellUniversidade Federal do Rio de Janeiro, Brasilngel OquendoUniversidade de Connecticut, Estados UnidosEmilios ChristodoulidisUniversidade de Glasgow, EscciaJos Octvio Serra Van-DnemUniversidade Agostinho Neto, AngolaKimmo Nuotio Faculdade de Direito da Universidade de HelsinqueLeonel Severo RochaUniversidade do Vale do Rio dos Sinos, BrasilMasayuski MurayamaUniversidade Meiji, Japo

    Ren Fernando Uruea HernandezUniversidad de Los Andes, ColmbiaMiguel Nogueira de BritoUniversidade Clssica de Lisboa, PortugalNelson Juliano Cardoso MatosUniversidade Federal do Piau, BrasilPaulo WeylUniversidade Federal do Par, BrasilThomas VestingUniversidade Johann Wolfgang Goethe, AlemanhaVirglio Afonso da SilvaUniversidade de So Paulo, Brasil

    SECRETRIA EXECUTIVA

    Carina CalabriaASSESSORES EXECUTIVOS

    Gabriel Rezende de Souza Pinto; Jos Nunes de Cerqueira Neto;Matheus Barra de Souza; Nathaly Mancilla rdenes

    EQUIPE DE EDIO DE TEXTOAna Carolina Couto, Bethnia I. A. Arifa, Eduardo Borges Arajo,Fabrcio Noronha, Karina Ibarra vila, Luciana Silva Garcia,Maria Celina Gordilho, Nara Vilas Boas Bueno, Paulo Soares Sampaio,Raquel Negreiros Lima

    PROJETO GRFICO E DIAGRAMAO

    Andr Maya MonteiroEsteban Pinilla

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    Revista de Direito da Universidade de BrasliaUniversity of Braslia Law Journal

    V. 01, N. 02juho dezembro de 2014

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    Revista de Direito da Universidade de BrasliaUniversity of Braslia Law Journal

    V. 01, N. 02juho dezembro de 2014

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    NOTA EDITORIAL// EDITORIAL

    ARTIGOS// ARTICLES

    NO TURBILHO DA TECNOCRACIA: UM APELO POR SOLIDARIEDADE EUROPEIA

    // IM SOG DER TECHNOKRATIE: EIN PLDOYER FR EUROPISCHE SOLIDARITT

    Jren Habermas

    RGO DE SOLUO DE CONTROVRSIAS DA OMC: ACESSO AOS PASES EM

    DESENVOLVIMENTO

    // DISPUTE SETTLEMENT BODY OF THE WTO: ACCESS TO DEVELOPING COUNTRIES?

    Inez Lopes

    COMO SE FAZ UM ADVOGADO NO BRASIL E NA FRANA: UM BREVE ENSAIO

    COMPARATIVO E CRTICO// HOW TO PRODUCE A LAWYER IN BRAZIL AND IN FRANCE: A BRIEF COMPARATIVE

    AND CRITICAL ESSAY

    Fernando de Castro Fontainha

    OS SABORES DO DIREITO

    UMA CONJETURA LIVRE SOBRE O PALADAR DA JURIDICIDADE

    MENU DGUSTATION EN QUATRE SERVICES

    // WHAT LAW TASTES LIKE

    A FREE CONJECTURE ON THE PALATE OF JURIDICITY

    ( MENU DGUSTATION EN QUATRE SERVICES)

    Marcio Toscano Franca Fiho & Maria Francisca Carneiro

    ZONAS DE PROCESSAMENTO DE EXPORTAO E A LEI DA ORGANIZAO

    MUNDIAL DO COMRCIO

    //EXPORT PROCESSING ZONES AND THE LAW OF THE WORLD TRADE ORGANIZATION

    Maria Candida Carvaho Monteiro de Ameida

    LEX SPORTIVA: DA EFICCIA JURDICA AOS PROBLEMAS

    TRANSCONSTITUCIONAIS

    // LEX SPORTIVA: FROM LEGAL EFFICACY TO TRANSCONSTITUTIONAL PROBLEMS

    Ramn Neocio

    COMENTRIOS DE JURISPRUDNCIA // CASE NOTES & COMMENTARIES

    A ARQUITETURA DE UMA AO EM TRS ATOS ANENCEFALIA NO STF// THE ARCHITECTURE OF A CONSTITUTIONAL CASE IN THREE ACTS ANENCEPHALY

    AT THE BRAZILIAN SUPREME COURT

    Debora Diniz

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    O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E O DIREITO VIDA COMENTRIOS

    DECISO NA ADPF N 54 SOBRE A INTERRUPO DA GRAVIDEZ NOS CASOS DE

    ANENCEFALIA FETAL

    // THE BRAZILIAN SUPREME COURT AND THE RIGHT TO LIFE COMMENTARIES TO THECOURTS DECISION ON ADPF 54, REGARDING PREGNANCY INTERRUPTION IN CASES

    OF FETAL ANENCEPHALY

    Ino Wofan Saret

    RESENHAS // BOOK REVIEWS

    COMO DECIDEM AS CORTES

    // [HOW DO COURTS DECIDE?]

    Matheus Barra

    EL CONSTITUCIONALISMO DEL MIEDO. PROPIEDAD, BIEN COMNY PODER CONSTITUYENTE.

    // [CONSTITUTIONALISM OF FEAR: PROPERTY, COMMON GOOD

    AND CONSTITUENT POWER]

    Nathaly Mancilla rdenes

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    Direito.UnB, julho dezembro de 2014, v. 01, n.02

    RODRIGUEZ, JOS RODRIGO (2013).

    COMO DECIDEM AS CORTES? PARA UMA

    CRTICA DO DIREITO (BRASILEIRO).

    RIO DE JANEIRO: FGV.

    // RODRIGUEZ, JOS RODRIGO (2013).

    [HOW DO COURTS DECIDE?]

    RIO DE JANEIRO: FGV.

    Matheus Barra

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    Direito.UnB, julho dezembro de 2014, v. 01, n.02

    SOBRE O AUTOR// ABOUT THE AUTHORGraduando em Direito na Universidade de Braslia, Brasil. // Law studentat Universidade de Braslia, Brazil.

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    Rodriguez, Jos Rodrigo (2013). Como decidem as cortes?, pgs. 203 207

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    Direito.UnB, julho dezembro de 2014, v. 01, n.02

    O livro inicia-se com o tema da frequente crtica ao direito brasileiro: queele inexiste. Que h apenas uma expresso do poder daqueles em posi-o de autoridade e no um sistema legal racional e com base em algum

    modelo deontolgico pr-definido em debates tericos. Faz-se uma breveretrospectiva da histria do direito brasileiro, as influncias externassofridas e seus processos de evoluo que culminaram no que se v hojena prtica jurdica nacional. O autor explica como as dinmicas de poderentre os grupos dominantes evidenciam a existncia de um direito brasi-leiro. Rodriguez, assim, evidencia a irracionalidade da expresso noexiste direito no Brasil em sua acepo mais literal. Numa acepo maisabrangente, no se pode falar que direito uma ou outra coisa. O autorressalta que tal ideia varia em funo do tempo e no se pode julgar odireito brasileiro com base em um referencial europeu. O que se devefazer analisar o direito que de fato se formou no Brasil, com suas pecu-

    liaridades. Com subsequentes elocubraes a respeito da formao, insti-tuies, rupturas e estruturas do direito brasileiro, o autor apresenta-secom um ponto de vista otimista sobre a situao, apresentando indciosdo que ele chama de novo padro de reproduo institucional que sedesenvolve no Brasil.

    Na sequncia, Jos Rodrigo Rodriguez apresenta resultados de pesqui-sas sobre o modo de argumentar e decidir nas cortes brasileiras, comdestaque ao modo argumentativo dominante e suas consequncias, almdo que se evidencia sobre o jeito de se pensar em nosso ordenamento jur-dico com base nos referidos resultados. Apresenta, ento, duas ideias queso de fundamental importncia para a compreenso de seus posiciona-

    mentos. As ideias de modelo de racionalidade jurdicae zonas de autarquia,respectivamente o conjunto de raciocnios utilizados para resolver casosconcretos a partir do direito posto (p. 65) e espao institucional em queas decises no esto fundadas em um padro de racionalidade qualquer(p. 69), so o ponto de partida. Tem-se a ideia de que no Brasil h um siste-ma legal opinativoe com base em argumentos de autoridade. A argumen-tao, conforme os exemplos apresentados no livro, no so para conven-cer e achar a melhor deciso, mas para apresentar uma que a certa combase em doutrina e jurisprudncia. No h, portanto, nenhuma limita-o com base em nus argumentativo para as defesas dos promotores eadvogados. Conforme o autor, seu nico compromisso com a eficcia

    em convencer o destinatrio (p. 73). No h exigncia de uma argumen-tao que leve em conta um determinado padro de raciocnio para defi-nir o que melhor. Rodriguez traa um perfil das decises judiciais e desuas justificaes: opinies pessoais, geralmente. Merece destaque umaressalva que o autor faz: decises fundadas em argumentos de autorida-de no so sinnimos de decises autoritrias. perfeitamente possvela coexistncia entre modelos participativos e argumentos de autoridade,expressa em figuras como amici curiae, por exemplo. A fundamentaoacaba sendo o porqu do convencimento do juiz por este ou aquele resul-tado. A legitimidade da deciso, por no basear-se em uma racionalida-de na fundamentao, acaba por calcar-se no Judicirio como instituio,

    com uma aumentada importncia do ethosdos tribunais. As anlises do

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    autor so contundentes, evidenciando incongruncias internas nos votosdos ministros, o que corrobora a ideia de justia opinativa apresentadapelo autor. No se trata de criticar o direito brasileiro com base em algum

    modelo deontolgico externo, insuficientes para a realidade nacional, esim explic-lo e apresentar possibilidades para pensar nosso modelo deracionalidade judicial e como (se for o caso) modific-lo.

    Em seguida, trata o autor da questo do formalismo jurdico, desta-cando a relao deste com concepes de separao de poderes. As visesformalistas, conforme exposto, dependem de pressupostos institucio-nais, intimamente ligados com a viso da relao entre formalismo elegalismo. Segundo o autor, uma viso clssica da separao dos pode-res, com a atividade jurisdicional restrita aplicao lgico-formal dasnormas e cdigos e atividade legislativa como detendo o monoplio dacriao legislativa, levam a uma ideia mais formalista, com a percepo

    de que, ao criar excees ou interpretar amplamente as normas, os juzesinterferem indevidamente numa atividade que no deveria ser de suacompetncia, a predominante no senso comum e conduz a um pensa-mento formalista. Todavia, Rodriguez apresenta raciocnios e compara-es que evidenciam que esta viso ultrapassada e impraticvel. Tantonormas gerais e abertas quanto excesso de normas fechadas no resolvemo suposto problema apresentado pelos formalistas. H, entretanto,umacerta resistncia de ideias formalistas no direito brasileiro, tanto por partedo corpo de juristas quanto da sociedade civil. No final do captulo 3, soapresentadas algumas conjecturas sobre os possveis motivos que leva-riam a tal fato. Os raciocnios desenvolvidos so convicentes e apresen-

    tam hipteses vlidas para explicar a persistncia das ideias formalistas.A continuidade do livro se d abordando desenhos institucionaise modelos de racionalidade judicial. O controle das decises, conformeRodriguez, ocorreria por meio de constrangimentos institucionais, o queele chama de a forma de controle que no se preocupa diretamente coma maneira pela qual o juiz constri ou justifica sua sentena, mas simcom o efeito do desenho institucional sobre os julgamentos realizadospelo Poder Judicirio (p. 151). Estes constrangimentos, assim, deveriamser originrios de um debate pblico racional e orientariam a estruturado Judicirio, no intuito de form-lo. Rodriguez, ento, apresenta poss-veis alternativas e modos de orientar e estruturar o Judicirio, colocando

    constrangimentos institucionais desejveis. Os modelos de racionalida-de jurdica que o autor prope tm base em Kelsen e a ideia de pluralida-de de decises possveis: homogeneizar os padres de justificao, o quepoderia ser feito de diversos modos. No entanto, o autor no tem preten-so de validade absoluta do modelo que apresenta: coloca-o apenas comouma possibilidade, tendo conscincia que existe uma disputa entre diver-sos modelos no cenrio jurdico brasileiro. Ao final, o intuito tanto dosconstrangimentos quanto do modelo apresentado, o ponto de interseco,seria eliminar as zonas de autarquias.

    Na esteira destes raciocnios, seguem-se conjecturas e abordagenssobre o modo como o Judicirio brasileiro se construiu ps-88. O autor

    coloca que no cabe partir de uma concepo deontolgica prvia sobre

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    como deve se estruturar a separao dos poderes, e sim observar comoela vai se construindo em face das participaes sociais e dos princ-pios de independncia e harmonia. Por fim, chega-se questo da segu-

    rana jurdica. Como resguard-la num contexto jurdico to comple-xo, como o brasileiro? Com poucas normas abertas e gerais ou muitasnormas fechadas e especficas? Segundo o autor, deveria-se tomar situ-aes padronizveis ou no padronizveis como referncia. No primeirocaso, normas fechadas e que imponham nus argumentativo ao intrpre-te, obrigando-o a se ater a elas na eventualidade de estabelecer excees.No segundo caso, textos abertos: ao obrigar a construo de argumenta-es, com o tempo formariam-se argumentaes relativamente coerentese congruentes, na forma de jurisprudncia. De qualquer modo, Rodriguezdefende que se abandone o textualismo: no seria mais que uma ilusode segurana jurdica.

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