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Revista Digital do Pontão Ganesha | Ano I | N 0 03 | Setembro 2011

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Revista Digital do Pontão Ganesha | Ano I | N0 03 | Setembro 2011

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2 Revista Digital do Pontão Ganesha | Ano 1 | No 5

CoordenadorThiago Skárnio

Diretora de TecnologiaTatiane Gonzaga

Animadora de redesVívian Bárbara Camargo

Gestora de projetosAlessandra Pires

Analista de suporteEloá Gonzaga

TIsWalter AndréEmanuel Monster

Índice

Edição GeralLuciane ZuêEM REVISTA

Diretor de ArteRafael Lopes

Gestão da ComunicaçãoFernanda Afonso

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Em produção... 3

Atividades da Secretaria de Cidadania Cultural em POA 5 a 11Secretaria de Cidadania Cultural promoveatividades paralelas durante o FSTCNPdC define discurso conjunto parareunião com a SCC/MinCDiálogo aberto para redesenho doPrograma Cultura VivaSCC/MinC disponibilizaapresentações do EncontroCultura e Sustentabilidade, rumo à Rio+20

III Fórum de Mídia Livre 12 a 17Na abertura, destaque para a importânciade se agregar movimentos sociais ao debateMídia Alternativa estimula “revolução”no Mundo ÁrabeDebate sobre políticas públicas de comunicaçãoapresentou experiências do Brasil e da ArgentinaCarta do III FML

Encontro Internacional debate integração cultural da AL 18 e 19

Em Santa Catarina: Teia Catarina é adiada novamente 20 e 21

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O 3o Fórum de Mídia Livre promoveu diversos debates sobre a comunicaçào independente nopaís e no mundo. Um desses momentos foi o painel sobre os “Protocolos Livres”, que trataram dapactuação política e tecnológica de ações, métodos, semântica, e tecnologia entre os movimentosda sociedade civil organizada.

O debate dos protocolos trata de alternativas e ambientes onde as redes possam acontecerpara além das listas de e-mails, ou de portais agregadores de feeds.

O Pontão Ganesha cobriu todas os debates e ouviu opiniões sobre o tema no III FML. Leia, embreve, a matéria completa em nosso portal!

Em produção...

Fórum de Mídia Livre debate osProtocolos Livres

Pouco anteds do início do CampusParty 2012, a Ministra da Cultura, Ana deHollanda, e o Secretário de PolíticasCulturais do Ministério da Cultura, SergioMamberti, publicaram um artigo paracontribuir com os debates do evento. Otexto “Direito autoral frente aoparadigma digital”, foi citado em váriasmesas e palestras que trataram dequestões como o ativismo online,direitos autorais e a liberdade nainternet.

O motivo das discussões foi aproposta citada no texto - RegistroUnificado de Obras Intelectuais-, que porsi só não seria tão criticada se nãoestivesse no mesmo anteprojeto de Leide Direitos Autorais, que conta com omecanismo de notificação e retirada, o

“notice and takedown” (artigo 105-A),que prevê a retirada de arquivos de blogse sites pelos provedores logo após anotificação de violação de direitosautorais. Esta ação seria extra-judicial,sem a avaliação de um juiz.

Segundo especialistas da área, oartigo 105-A pode ser usadoprincipalmente para este mesmocompartilhamento, ou seja, desvirtuariao Registro Unificado de ObrasIntelectuais de uma proposta deorganização, transparência e ocompartilhamento dos bem culturais nopaís, transformando-o em umaferramenta de vigilantismo e censura.

O Pontão Ganesha cobriu todas osdebates e ouviu opiniões sobre o tema naCampus Party, evento, que aconteceu noParque Anhembi, em São Paulo, até o dia12 de fevereiro. Em breve, leia a matériacompleta em nosso portal!

http://www.cultura.gov.br/site/2012/02/06/direito-autoral-frente-ao-paradigma-digital/

Compartilhamento e Controle na Interneté debatido na Campus Party 2012

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Secretaria de Cidadania Cuparalelas durante o Fó

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Na manhã de domingo (22/01), começou em Porto Alegre a reunião entreMarcia Rollemberg, da Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério daCultura (SCC/MinC), e gestores públicos estaduais e municipais. Em pauta,a discussão sobre o redesenho e planejamento do programa Cultura Viva,rede nacional de pontos encontros nacionais.

Na abertura do encontro, às 10h30, acoordenadora geral da SCC/MinC, Magali Moura,apresentou, de forma sucinta, os calendários devisitas técnicas às Redes de Pontos, de oficinasde capacitação e de liberaçãode recursos pelo Ministério.

Durante todo o restanteda manhã, o tempo foidedicado a uma reuniãoentre a secretária MárciaRollemberg e gestorespúblicos das redes estaduaise municipais dos pontos decultura, oportunidade emque a secretária apresentoudados sobre a atualconfiguração dos pontos decultura em todo o país,utilizando-se da relação entreindicadores como a renda percapta e o investimento “porcidadão”.

Logo na rodada deapresentação, surgiram assolicitações para a ampliaçãodo número de pontos decultura nas diversaslocalidades ali representadas. Santa Catarina,aliás, contava com quatro representantes: doisde Joinville e dois da Fundação Catarinense deCultura (FCC).

Apresentando alternativas de se ampliar asações dos pontos de cultura, Márcia Rollemberg

citou dois programas - Ação Griô e o Agente deLeitura – focados em pessoas físicas paraexemplificar uma das possibilidade de seconseguir resolver essa equação. “Para ampliar e

evoluir este programa, temos aalternativa de investir nosagentes de cultura”, explicou,acrescentando quecomunicação, cultura eeducação são questõesestratégicas, e só com aintegração dessas três áreas oPrograma Cultura Viva será,efetivamente, fortalecido.

Mas há diferenças regionaisa se considerar. Marco Vasques,da FCC, chamou atenção para anecessidade de se levar emconsideração a realidade decada estado. Em relação aoprograma Agente de Leitura,por exemplo, Santa Catarinaanunciou a complementação dabolsa com mais R$ 200,00, emfunção do baixo número deinscrições. O acréscimofinanceiro – que elevou o valor

da bolsa para R$ 500,00 – foi um incentivo localao Programa.

Na parte da tarde, os gestores trabalharamem três grupos de trabalho (GTs), quedebateram a partir de perguntas comuns atodas as regiões, abordando temas relacionados

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ultural promove atividadesórum Social Temático

a gestão, sustentabilidade e capacitação.Como forma de se estabelecer um retrato o

mais fiel possível das demandas, os GTs forammontados mesclando-se representantes dediferentes regiões (norte e sul, sudeste,nordeste e centro-oeste).

De acordo com João Pontes, gestor da redeestadual do Rio Grande do Sul e relator dareunião, as falas evidenciaram a necessidade deum “pacto federativo”, que atue no sentido deunificar comportamentos e processos por partedos estados e municípios. “Os entes federadosprecisam estabelecer atribuições,responsabilidades, metodologias e indicadoressubmetidos ao Sistema Nacional de Cultura(SNC). Qualquer estado ou município que opte

pela adesão ao SNC, tem que estarcomprometido com o programa Cultura Viva”,defendeu.

Na parte da tarde aconteceu, também, umareunião dos representantes da ComissãoNacional dos Pontos de Cultura (CNPdC), queelencaram demandas para apresentar àsecretária da SCC na sequência do encontro.

O Pontão Ganesha participa da CoberturaColaborativa Especial Ciranda III FML (Linkhttp://www.ciranda.net/mot/forum-midia-livre)

Texto: Thiago Skárnio e LuZuê | Fotos: ThiagoSkárnio

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CNPdC define discurso conjuntopara reunião com a SCC/MinC

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O trabalho preparatório para areunião começou pela rede, já háalgum tempo, quando os membros dacomissão estabeleceram, pela lista dee-mails, os três eixos temáticos queseriam aprofundados durante oencontro. Os três grupos formadostrabalharam em cima da análise deconjuntura do primeiro ano doGoverno Dilma, da dinâmica da redede pontos de cultura em relação aoseditais federais, estaduais emunicipais, e, finalmente, sobre aimportância do kit multimídia e deoutras ferramentas ou procedimentoscomo elementos de integração dospontos.

A partir desse trabalho em GTs,cada grupo elencou três proposiçõesque, sistematizadas, passam a ser odiscurso conjunto da Comissão para areunião desta segunda-feira.

Além disso, dois outros assuntossurgiram na pauta de discussões. Um deles foi aproposição de um plano plurianual do ProgramaCultura Viva, através do qual Comissão e MinC,pactuassem a respeito de temas como previsãoorçamentária e indicadores de avaliação, entreoutros.

O outro, relacionado aos princípios e pilares doPrograma. A proposta é que a Comissão passe acobrar do MinC uma posição em relação a essestópicos, de forma que fique clara a posição doMinistério a respeito do Programa, considerando-setodo o seu histórico de atividades.

De acordo com Gilson Máximo, representante deSanta Catarina na CNPdC, essa reunião é omomento de retomar uma discussão que deveria ter

Na tarde de domingo, enquantoacontecia o trabalho em Grupos deTrabalho (GTs) pelo lado dosgestores públicos, osrepresentantes da ComissãoNacional dos Pontos de Cultura(CNPdC) realizavam uma “pré-

reunião”, a partir da qual foramestabelecidas proposições queseriam apresentadas no diaseguinte (23/01), quando aComissão se reuniria com asecretária Márcia Rollemberg, daSCC/MinC.

se desenvolvido e estabelecido ao longo dos anos.“Passamos a construir, através da reunião, umapauta propositiva e de cobrança com relação àatuação do MinC e a respeito dos rumos que oPrograma Cultura Viva está tomando”, explicou.

O Pontão Ganesha acompanhou a reunião, compublicações no Twitter e no site.

O Pontão Ganesha participa da CoberturaColaborativa Especial Ciranda III FML(Link http://www.ciranda.net/mot/forum-midia-livre) Texto: Thiago Skárnio e LuZuê |Foto: Thiago Skárnio

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Representantes de Pontos de Cultura Adiantam trabalho eestabelecem pauta para encontro com secretária Márcia Rollemberg

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Diálogo aberto para redesenho doPrograma Cultura Viva

O projeto de redesenho doPrograma Cultura Viva foi discutidonos dias 22 e 23 de janeiro, emPorto Alegre, durante o encontropromovido pela Secretaria deCidadania Cultural do Ministério daCultura (SCC/MinC) – futuraSecretaria de Cidadania eDiversidade Cultural – com osgestores das redes estaduais emunicipais dos Pontos de Cultura ecom a Comissão Nacional dosPontos de Cultura (CNPdC).

Também participaram do eventovários outros representantes do MinC,incluindo as secretarias de ArticulaçãoInstitucional, Políticas Culturais,Economia Criativa (em estruturação noministério) e a Secretaria Executiva.

A iniciativa na capital gaúchabuscou estabelecer um diálogo entreas partes, explorando temasrelacionados à gestão,sustentabilidade e capacitação. Boaparte do primerio dia do encontro foidedicada aos trabalhos em grupos, queelencaram questionamentos edemandas para apresentar à secretáriada SCC/MinC na segunda-feira (23).

De acordo com a secretária deCidadania Cultural, Márcia Rollemberg, a palavraredesenho poderia ser substituída porplanejamento, considerando-se a necessidade de sefomentar uma rede de cidadania cultural e debuscar alternativas para a ampliação das ações doPrograma e, ainda, estimular a sustentabilidade doprocesso. “Trata-se de um trabalho que requerempenho de todos os envolvidos, sendo necessáriaa apropriação, por parte dos personagens, dafilosofia que norteia o programa e das interligaçõescom as demais ações empreendidas pelo MinC”,ressaltou a secretária.

Já no primeiro dia do encontro a titular da SCC/MinC chamou a atenção para a atual configuraçãodos pontos de cultura em todo o país, (página

anterior) utilizando-se da relação entre indicadorescomo a renda per capita e o investimento porcidadão. Ela destacou que a busca de alternativaspara o fortalecimento do Cultura Viva passa,necessariamente, pela integração de três questõesestratégicas, que fundamentam as ações do MinC:comunicação, cultura e educação.

OPINIÕESDe acordo com Bernardo Machado, da Secretaria

de Articulação Institucional do MinC, quatropalavras poderiam resumir os direitos culturais detodo cidadão e coletivo, que devem ser mantidospelo Estado: liberdade (de criar), igualdade (noacesso), identidade (respeitando-se a diversidade)

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e intercâmbio (nacional e internacional). “É nessesentido que os conselhos de cultura devem ser acabeça do Sistema Nacional de Cultura, tanto noâmbito estadual quanto no âmbito nacional”,completou.

Para João Pontes, gestor da rede estadual doRio Grande do Sul, as falas evidenciaram anecessidade de um pacto federativo, que atue nosentido de unificar comportamentos e processos porparte dos estados e municípios. Segundo ele, osentes federados precisam estabelecer atribuições,responsabilidades, metodologias e indicadoressubmetidos ao Sistema Nacional de Cultura (SNC).“Qualquer estado ou município que opte pelaadesão ao SNC tem que estar comprometido com oPrograma Cultura Viva, de forma a demonstrardisposição de se estabelecer um discurso conjuntono planejamento das ações”, frisou.

Já Leri Faria, da CNPdC , defendeu que “já estána hora de estabelecermos uma agenda efetiva detrabalho com quem está na ponta do processo, comquem está no meio e com quem está na funçãodecisória do governo”. Ele destacou o tripé doprograma – empoderamento, gestão compartilhadae protagonismo – como elemento estruturante detransformações concretas na vida das pessoas.

IMPORTÂNCIA DO CULTURA VIVADe acordo com José Maria Reis (Zehma), do

CNPdC, dois pontos ficaram muito claros nessesdois dias de diálogo: a importância do ProgramaCultura Viva e da manutenção de suas ações. “Essediálogo é um processo de multiplicação que vaiexpandindo uma rede que se constrói presencial evirtualmente”, afirmou. Ele ressaltou ocompromisso e a disposição de todas as partesenvolvidas em participar dessa construção, pormeio do diálogo.

Leri Faria disse que, “quando um convite paraum diálogo acontece desta forma, provoca umareflexão profunda também em nosso coletivo:olhamos ao redor e percebemos as limitações danossa atuação nessa transformação do real”.Frisou, em seguida, que “estamos disponíveis aparticipar dessa construção”.

Redesenho doPrograma Cultura Viva

As atividades reuniram representantes de Pontos de Cultura e gestores públicos de todo o Brasil

O Pontão Ganesha participa da CoberturaColaborativa Especial Ciranda III FML (Linkhttp://www.ciranda.net/mot/forum-midia-livre)

Texto: Thiago Skárnio e LuZuê | Fotos: ThiagoSkárnio

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SCC/MinC disponibilizaapresentações do Encontro

A equipe do Ministério da Cultura (MinC) disponibilizou os arquivos das cinco apresentações, acessíveispara download também no site do Ganesha.

Foi uma manhã de intensa programação, que reuniu gestores das redes estaduais e municipais dosPontos de Cultura e a Comissão Nacional dos Pontos de Cultura (CNPdC), em um encontro onde foramdisponibilizados dados a respeito dos programas desenvolvidos pela SCC/ MinC, sempre tendo como princípioa problematização e definição de conceitos, princípios e estratégias orientadoras

A secretária de Cidadania Cultural, Márcia Rollemberg, falou sobre a Redede Cidadania Cultural (que norteia as estratégias de fortalecimento do ProgramaCultura Viva) e sobre o redesenho do Programa Cultura Viva, considerando umapolítica de continuidade e aprofundamento. Esse redesenho foi pensado para seajustar o Programa a um novo formato, de forma que esteja adequado aomodelo de gestão conduzido pelo Governo Dilma.

Por parte da Secretaria de Economia Criativa, Micaela Neiva procurouestabelecer conceitos, modelos e relações, até chegar ao Plano Brasil Criativo.

O diretor de Estudos e Monitoramento da Secretaria de Políticas Culturais(SPC/MinC), Américo Córdula, falou sobre o Plano Nacional de Cultura (PNC),estabelecendo metas e papeis dos entes envolvidos – cidadão, artistas/produtores da cultura e gestores da cultura.

Cid Blanco Junior, Diretor de Infraestrutura Cultural da Secretaria Executivado MinC apresentou os espaços culturais nas periferias como uma nova visão deacesso à cidadania, proposta que integra o Projeto do PAC 2 – ComunidadeCidadã.

FONTE: Pontão Ganesha / SCC-MinC

http://www.ganesha.org.br/arquivosSGC/DOWN_174357Rede_de_Cidadania_Cultural.pdfe

http://www.ganesha.org.br/arquivosSGC/DOWN_174440Redesenho_Cultura_Viva.pdf

Rede deCidadaniaCultural

eRedesenho doCultura Viva

Plano BrasilCriativo

Plano Nacionalde Cultura

(PNC)

PAC 2 –Comunidade

Cidadã

http://www.ganesha.org.br/arquivosSGC/DOWN_174731Economia_Criativa.pdf

http://www.ganesha.org.br/arquivosSGC/DOWN_174813Apresentacao_Plano_Nacional_de_Cultura.pdf

http://www.ganesha.org.br/arquivosSGC/DOWN_174957Projeto_PAC_2___Comunidade_Cidad.pdf

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O seminário aconteceu no domingo, 29 dejaneiro, na Casa Mário Quintana, e mais do quepromover a discussão sobre a real ligação entrecultura e sustentabilidade, serviu como umapreparação para a Conferência das Nações Unidassobre Desenvolvimento Sustentável - a Rio+20 -,que acontece em junho, no Rio de Janeiro.

Durante todo o dia, representantes do MinC,gestores e comunidade cultural estabeleceramdiálogos que buscaram destacar a importância dacultura na busca pelo desenvolvimento sustentável,e também lançar luz sobre conceitos desustentabilidade e ações que podem conduzir esseprocesso, “especialmente no momento em que sebuscam caminhos para as políticas inclusivas decultura”, como destacou o secretário-executivo doMinC, Vitor Ortiz..

Ortiz foi o condutor da primeira mesa doseminário - “A cultura como pilar estratégico dasustentabilidade” -, e em sua fala destacou aimportância de se discutir o papel estratégico daspolíticas públicas de cultura, colocando-as nomesmo patamar de relevância que as demais áreas.“É um equívoco histórico tratar as políticas públicasde forma isolada. Não podemos falar de umapolítica cultural, uma política de habitação, umapolítica urbana, uma política de saúde... Enquanto acultura não estiver presente em todas as políticaspúblicas, ela será uma política de governo, isolada,e, portanto, mais frágil”, explicou.

Reforçando essa ideia, Luiz Philippe Torelly,assessor especial da presidência do Instituto doPatrimônio Histórico e Artístico nacional (IPHAN),falou a respeito dos desafios relacionados ao

desenvolvimento sustentável, encarado por algunssegmentos meramente como crescimentoeconômico. Isso, segundo afirma, acontece porqueo conceito de sustentabilidade se vulgarizou. “Naopode ter confusão entre sustentabilidade esustentação. Um patrimônio que eu tenha, pode tersustentação, mas só vai ser sustentável se gerarempregos, se as pessoas souberem do que setrata".

Torelly lembrou que há várias esferas envolvidasnesse processo de sustentabilidade (distribuição derendas, preservação ambiental e, sobretudo, ocompromisso com as futuras gerações), a maioriaainda influenciada por um comportamentocapitalista que defende a crença de que odesenvolvimento é perpétuo. “É uma crença falsa, eisso fica cada vez mais claro à medida em que acrise internacional se agrava e atinge não apenasempresas, mas a chamada divida soberana dospaíses”, afirmou.

Para ele, o combate à pobreza e à assimetriasocial e econômica norte-sul são o eixo central dequalquer discussão sobre desenvolvimentosustentável. “Enquanto isso não for feito,ficaremos no nível do discurso, como temos estadodesde a primeira convenção de Estocolmo, em1972”, completou.

Uma outra preocupação foi destacada peloDelegado de Cultura da Câmara Municipal deBarcelona, Jordi Martí. Segundo afirmou, énecessário entender a cultura como elemento dedesenvolvimento econômico, e há fatorespreocupantes a se considerar.

“As desigualdades entre o 1º e 3º mundodiminuíram, mas a desigualdade econômica dentrodos países aumentou”, salientou, destacando quenesse sentido os movimentos sociais sãoimportantes, mas “a parte preocupante é queassociam o estado ao capitalismo e ao inimigo”.

Durante sua fala, Jordi fez uma relação dos queele considera os principais movimentos culturais emcomum no mundo, com destaque para osmovimentos das periferias urbanas, os movimentosdigitais, que tratam de questões como os direitosdo autor e crative commons. Nesses casos, épriorizado o resgate de elementos da culturapopular e proposto um paradigma do colaborativo,

Cultura e SustentPensar a cultura como componenteestruturante da sustentabilidadefoi o ponto de partida do seminário“Cultura e Sustentabilidade, Rumoà Rio+20”, última atividadeplanejada pelo Ministério daCultura (MinC) na programaçãoparalela ao Fórum Social Temático– FST 2012, que aconteceu emjaneiro, em Porto Alegre.

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uma nova ética, vinculada ao momento econômicoem que vivemos.

MUDANÇA DE VALORESOs diversos tópicos que envolvem a relação

Cultura X Desenvolvimento Sutentável foramabordados também pelo secretário adjunto daCultura do Rio Grande do Sul, Jéferson Assumção,que chamou atenção para a cultura como elementode qualificação do desenvolvimento econômico esocial. Para Assumção, o setor cultural está cadavez mais representativo e a sociedade maisparticipativa. Mesmo assim, destacou que a culturacomo forma de sustento ainda é privilégio depoucos e isso precisa ser ampliado. “O modelodesejável é aquele que quer fortalecer a sociedadedo conhecimento, da educação, da informação, datroca de experiências culturais. A questão da culturatem surgido como um vetor importante, também,no processo conscientizador e anticonsumista. Masnão podemos apenas ter obrigações; precisamos deinvestimento”, defendeu.

Nesse sentido, o secretário destacou anecessidade de se estimular novoscomportamentos, tanto por parte da sociedadequanto dos governos e do mercado. “É precisoinvestir mais em cultura, desenvolver políticas nasmais diferentes esferas e alertar ao mercado quesão necessárias outras formas deempreendedorismo que levem em contaos potenciais do setor criativo”.

O seminário prosseguiu com asmesas sobre “O pontenSocial da

tabilidade, rumo à Rio+20

Rio+20Reforçando a proposta de

se chegar à Conferência dasNações Unidas com umaposição consensual dos paísesdo Mercosul em relação àcultura e sustentabilidade,Jéferson Assumção lembrouque está programada paraabril, em São Paulo, umareunião ampliada, que além de

Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, incluirá Chile,Venezuela, Colômbia, Equador e Peru, na qual osministérios da cultura da região devem formalizaruma opinião regional conjunta sobre o tema.

“É um desejo da presidenta Dilma que haja umconsenso regional em todas as áreas, então,estamos perseguindo isso também na Cultura. Nãotemos dissenso. Ao contrário, temos muitosconsensos”, comemorou.

De acordo com Assumção, durante a Rio+ 20 oMinC contará com dois espaços no Galpão daCidadania e no Armazém do cais do porto, ambosabertos a manifestações culturais diversas. “Nossaideia é reunir debatedores, conferencistas eartistas, garantindo que na Rio+20 a questão dacultura não seja um tópico decorativo”, finalizou.

Cultura”, “A dimensão econômica dodesenvolvimento cultural” e “Diversidade eSustentabilidade”.

Leia mais sobre o Seminário:

http://www.cultura.gov.br/site/2012/01/29/cultura-e-sustentabilidade-4/http://www.cultura.gov.br/site/2012/01/30/cultura-e-sustentabilidade-5/

O Pontão Ganesha participa da CoberturaColaborativa Especial Ciranda III FML (Linkhttp://www.ciranda.net/mot/forum-midia-livre)

Texto: Thiago Skárnio e LuZuê | Fotos: ThiagoSkárnio

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Na abertura do FML, destase agregar moviment

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Na mesa de abertura do III Fórum de MídiaLivre (FML), que aconteceu na manhã da quinta-feira (27/01), em Porto Alegre, Rita Freire, daCiranda da Comunicação, se aproveitou de umrelato sobre o histórico do evento para destacara importância do movimento como difusor dosdebates a respeito da mídia e do direito aoacesso à comunicação em todo o mundo.

“O primeiro FML aconteceu no Rio deJaneiro, em 2008, e reuniu ativistas decomunicação e outros movimentos preocupadoscom essa luta. Começava ali não apenas umdiálogo sobre a mídia, mas também um processopara que os demais movimentos da sociedadetambém se apropriassem dessa discussão”,lembrou.

Para ela, o FML foi, na verdade, o leito de umprocesso de contribuições para oestabelecimento de agendas relacionadas apolíticas públicas nas áreas da cultura e da mídia,inclusive a política de Pontos de Cultura.

Passados quase quatro anos daquele primeiroencontro, quando se buscava um diálogo com osgovernos para garantir direitos aos cidadãos, ascolocações feitas no primeiro dia do FMLevidenciaram que houve progressos, mastambém retrocessos, conforme explicou RodrigoSavazoni, da Casa de Cultura Digital. “Sefizermos uma análise conjuntural, na troca degoverno percebemos retrocessos, afinal, quandose pensa em política pública, o Estado precisaestar presente. No entanto, tivemos umaredução desse canal e também na qualidade dodebate”, afirmou.

Opinião semelhante foi manifestada por

Rachel Bragatto, dos coletivos Soylocoporti eIntervozes, que chamou atenção para umaquestão que há tempos tem lugar garantido napauta das discussões sobre o mídia ecomunicação: o marco regulatório dascomunicações. Para Rachel, essa definição éimprescindível. “Entidades e sociedade civilcompartilharam a pauta do direito àcomunicação, e é fundamental que sejagarantida a variação de vozes, opiniões e culturae o direito de veiculá-las também na grandemídia. Dependemos do governo para estabeleceresse marco”, acrescentou.

A ideia da mídia livre parece ter transbordadoem si mesma. As discussões levantadas não selimitam a fronteiras geográficas. “Estávamos emDakar no momento da queda das ditadurasárabes, em janeiro de 2011, e ali se pensou narealização do 2º FMML (Fórum Mundial de MídiaLivre) dentro da cúpula dos povos durante aconferencia da ONU sobre desenvolvimentosustentável, justiça climática e ambiental, na Rio+ 20. Esperamos dar uma resposta aos paísesafricanos que pediram para definir Mídia Livre”,lembrou Rita Freire.

Mas a importância da discussão não seresume a definições, e de acordo com IvanaBentes, coordenadora do Pontão da ECO – UFRJ,uma das propostas a se levar para a Rio+20 é a desair da discussão e usar a potência demobilização e organização do ‘midialivrismo’. “Amídia é estruturante. Mais do que conceituarMídia Livre, precisamos saber como podemosusar as ferramentas e como podemos agregar”,disse.

As discussões no III Fórum de Mídia Livre circulam ao redor de três eixosprincipais (direito à comunicação, apropriação tecnológica e políticaspúblicas), e prosseguem durante a tarde de sexta e todo o sábado (27 e28/01), na Casa Mario Quintana, em Porto Alegre.

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aque para a importância detos sociais ao debate

A estruturação da mídia também foi abordadapor Marcelo Branco, coordenador do ConexõesGlobais, para quem as mídias sociais são, mais doque uma maneira de se fazer comunicação, umanova forma de organização. “Os garotos na nova

geração passam o diadiscutindo na internet. Eessa prática é muitoimportante, porque esseformato de mesa, palestra,não funciona. Nós abrimosoficinas online e as 250vagas lotaramrapidamente”,exemplificou. Para Marcelo,iniciativas como as queaconteceram em NovaIorque, com o movimento“Ocupa Wall Street”, sãoresultado desse processo,onde grandes corporaçõese movimentos sociaisbuscam umreposicionamento. “Existeessa novidade eprecisamos nos aprofundartambém nesse tema, nessenovo espaço de disputa”,opinou.

Há muito debate pelafrente. “Precisamos nosreposicionar. Para discutirpolítica pública,precisamos de uma análisede conjuntura que possanos apontar a direção paraonde vamos caminhar”,conclui Rodrigo Savazoni.

O Pontão Ganesha participou da CoberturaColaborativa Especial Ciranda III FML(Link http://www.ciranda.net/mot/forum-midia-livre) Texto: Juliana Bassetti - ProjetoConexão Amanajé e LuZuê | Foto: ColetivoFora do Eixo

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A terceira edição do Fórum de Mídia Livre (FML) foi repleta dediscussões sobre o espaço da mídia no contexto dasmobilizações globais por um mundo mais democrático, plural,participativo e sustentável.

Nos três eixos de discussão (que colocaram emquestão o “Direito à Comunicação”, “A ApropriaçãoTecnológica e Redes” e “As Políticas Públicas”)ficou claro que os midialivristas e todas as suasformas de organização e expressão (blogs, redessociais, comunicação comunitária, produçãoaudiovisual, veículos alternativos, etc.) conquistamespaço e importância em todo o mundo.

Mas esse espaço e importância ficaram aindamais marcantes durante o Painel Internacional“Mídia Alternativa na Palestina”, realizado às11h00, no primeiro dia do FML. Tratava-se daexposição de impressões e realidades de pessoasque vivem em países nos quais a mídia e acomunicação são submetidas à vontade dosgovernos, cerceando o acesso à informação ou àpluralidade de ideias.

De acordo com Mohamed Leghtas, coordenadordo portal da sociedade civil Magreb/Mackrek, umasituação diferenciada começou a surgir em 2007,quando o Fórum Social Mundial foi realizado noQuênia, e o Mundo Árabe se deu conta de que nãousava a internet para comunicação. Representantesda Líbia, Palestina, Egito, Argélia e Iraqueiniciaram um projeto de uso da rede como forma decomunicação alternativa, e o passo inicial foramoficinas de treinamento da comunidade local emuso de software livre, celulares e postagem devídeos e fotos em plataformas como Facebook eYouTube.

“A situação política na região foi caracterizadapela falta de liberdade de expressão, de diálogo, efalar em novas tecnologias de comunicação foi umamaneira de ultrapassar o controle e a censura.Naquela ocasião, várias alternativas de mídiasforam desenvolvidas”, lembrou Mohamed. Dasrádios comunitárias à comunicação em rede, todasas alternativas foram utilizadas para dar início aoque Mohamed classifica como uma ‘revolução’.

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Mídia alternativaestimula "revolução" no

Os resultados foram rápidos e eficientes,conforme as informações e dados listados porMohamed. Desde que se iniciou esse processo, onúmero de usuários do Facebook triplicou (hoje sãomais de 7 milhões de pessoas), e durante arevolução do Egito, 1,7 milhão discutiram o fatopelo site. “Muita network tem se realizado entre osmovimentos sociais na região. São ferramentaspara a luta. Sem armas AK-47, mas com Twitter eFacebook. A câmera é uma arma sem balas”,explica Leghtas, acrescentando que “estãoocorrendo muitas mudanças, mas não sabemospara qual direção apontam”.

Na opinião de Ahmad Jaradat, do Alternative

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Information Center, a mídia alternativa contribuicom essas mudanças de comportamento nasesferas social e política, na medida em quedisponibiliza olhares diferenciados aos fatos, e dãoespaço para o que não é divulgado pelos veículosoficiais. “Em 1993 todos os jornais eramcontrolados antes de ser distribuídos, e hojepodemos falar do dois tipos de mídia: a oficial, quequer manter como tudo é, e a mídia alternativa,que quer a mudança”, afirmou.

Ahmad destaca, entretanto, que atualmenteuma das ocupações da polícia tem sido controlar amídia. “Muita gente foi presa em função do quepublica em jornais e blogs”, informou.

Mas isso não diminui a atividade em rede,conforme apontou. O primeiro ministro da Palestinaimpôs uma política, e as pessoas, especialmente osjovens, estão se manifestando através doFacebook, principalmente contra a ocupação da

Palestina e em relação à política salarial impostapelo governo. Ahmad insite na importância políticadesse comportamento gerado pela comunicação emrede: “A questão não é simplesmente enviarinformação às pessoas, mas estimular as reflexõesa respeito da realidade”.

Nesse processo, os jovens têm papelfundamental. De acordo com a jornalista BabySiqueira Abrão, corresponde do Brasil de Fato naPalestina e representante do Palestinian CenterPeace and Democracy, isso acontece não apenasporque são usuários das comunicação via redessociais, mas também por uma característicainerente à idade: “Os jovens não aceitam estarsubmetidos a partidos políticos. Eles querem seguiruma nova ideia, uma nova proposta”.

O Palestinian Center dá cursos de formaçãopolítica para jovens da Cisjordânia, explorandotemas como democracia e sociedade civil. Alémdisso, recebem treinamento na área de mídia. Aofinal do curso, vários acabam criando seus própriosprogramas. Para muitos, esta é a única alternativade aprendizado e espaço para discussão. “As vilassão muito simples, muçulmanas, vivem daagricultura. A universidade é cara e não existeensino superior público.

Segundo a jornalista, há várias manifestações edisputas entre sociedade civil e governo que sequerchegam a ser noticiadas por aqui. “Não existeespaço no Brasil para notícias da Palestina. Só amídia alternativa, como o Brasil de Fato, CartaMaior e outros poucos abrem espaço para oassunto. Mas graças à internet, o mundo tomaconhecimento disso”, concluiu.

O Pontão Ganesha participa da CoberturaColaborativa Especial Ciranda III FML (Linkhttp://www.ciranda.net/mot/forum-midia-livre)Texto: Thiago Skárnio e LuZuê | ProjetoConexão Amanajé - Juliana BassettiFoto: Thiago Skárnio

Mundo Árabe

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Debate sobre políticas papresentou experiências

“Não chegamos a garantir que a banda larga sejapública e que a população tenha acesso. Não basta ainformação; se não há acesso, a democracia não seestabelece”, considerou, afirmando que nessesentido é necessário que haja resistência a propostascomo o Projeto de Lei 84/99 - o AI5 Digital – e todasas demais iniciativas que não garantam à populaçãoacesso à informação e políticas públicas.

Em relação ao marco regulatório, Rosane chamouatenção para a pouca participação popular, que emsua opinião tem influência sobre o fato de o marconão passar de uma série de documentos. “Mas não éapenas vontade política. Precisamos apontar paraonde queremos ir e atuar fortemente no marcoregulatório”, insistiu, reafirmando a necessidade deque sejam garantidos não apenas a sustentabilidadee financiamento de rádios comunitárias e revistasproduzidas pelas novas mídias, mas também asustentabilidade do debate.

Rosane reforçou o discurso repetido desde osprimeiros debates do Fórum de Mídia Livre, que emsua maioria defendem que o movimentomidialivrista deve incorporar a luta de outrosmovimentos, como forma de convergir e reforçar oprocesso democrático.

Trata-se de um movimento que se replicarapidamente em países de diferentes línguas eculturas, mas que têm em comum a necessidade detornar efetiva uma nova forma de fazercomunicação.

A argentina Judith Gerbaldo, integrante daAssociação Latino-Americana de Educação Radiofônica(ALER), falou sobre o processo da elaboração da Leide Serviços de Comunicação Audiovisual Argentina,promulgada em outubro de 2009.

Judith lembrou que a construção dos 21 pontosteve início em 2005, quando começaram a plantaressa ideia a partir de conversar com pessoas queestavam impulsionando novos modos de fazer

A primeira mesa do segundo dia de debates do III Fórum de Mídia Livre, namanhã do sábado (28/01), teve como tema central as Mídias Livres e asPolíticas Públicas. Rosane Bertotti, coordenadora do Fórum Nacional paraa Democratização da Comunicação (FNDC), falou da convergência para acriação da plataforma de democratização da comunicação, o PlanoNacional da Banda Larga (PNBL), traçado pelo governo Lula.

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comunicação. Os primeiros questionamentos foramsobre os meios vigentes e as políticas decomunicação existentes na Argentina. "Se eu tenhouma rádio com 30 Watts, a quem alcanço? A quemposso incomodar? Até onde as atuais leis permitemque os meios cresçam e se desenvolvam? Essasperguntas nortearam nossa busca por novas normase por novos meios de se fazer comunicação", relata.

Num segundo momento, com a organização dosmeios alternativos, novas questões surgiram:"Queremos reproduzir a mídia hegemônica oubuscar outros modelos, outros valores? Porque essepontos estão por detrás das políticas decomunicação. Temos que saber para quê servem alei e o marco regulatório". Em parceria com o ForoArgentino de Rádios Comunitárias (FARCO),reuniram mais de 300 entidades em torno dessadiscussão. "Criamos os 21 pontos considerando acomunicação como um direito fundamental",explica.

A partir daí, um amplo processo de discussãopública se abriu com campanhas puxadas pelas

Rosane Bertotti e Judith Gerbaldo

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úblicas de comunicaçãodo Brasil e da Argentina

organizações sociais. "Foi histórico. Um ponto deencontro de setores populares com o meio político,que tomou essa demanda e a converteu em lei",relembra Judith. Em 2008, com as eleições parapresidente, ela explica que o processo avançou econquistou o apoio da presidenta eleita, CristinaKirchner, que se comprometeu a enviar o projeto delei para o Congresso, aprovado no ano seguinte.

Porém, para ela, a conquista da lei foi um pontode chegada para reiniciar a luta. Como a lei vai seaplicar, como serão definidas as frequências noespectro e a questão da digitalização dos meios sãotemas que ainda precisam ser mais debatidos."Temos que seguir lutando e acompanhando esseprocesso. Estamos trabalhando também teatro,mecanismos de produção de cultura e possibilidadesde construção conjunta, na tentativa de construirum mundo mais inclusivo", relata.

E para os países que pretendem seguir ospassos argentinos, Judith explica que não existe

uma receita para superar as limitações, mas que épossível tornar realidade o que se imaginaimpensável. Ela acredita que um bom começo éacreditar na perspectiva da integração latino-americana, como forma de nos tornarmos menosdependentes dos Estados Unidos e Europa e defortalecer o reconhecimento a nossa própriacidadania.

O Pontão Ganesha participa da CoberturaColaborativa Especial Ciranda III FML (Linkhttp://www.ciranda.net/mot/forum-midia-livre).Texto: Juliana Bassetti – Projeto ConexãoAmanajé - e LuZuê / Colaborou MicheleTorinelli, Coletivo SoylocoportiFoto: Michele Torinelli

Ao final do III Fórum de MídiaLivre, os participantes do eventoderam início à redação da Cartado III Fórum de Mídia Livre - naqual reafirmar o reconhecimentoda comunicação como um direitohumano e social e um bemcomum, cuja defesa deve serobjeto da luta das mídias livres,do conjunto dos movimentossociais e alcançar a sociedadecomo um todo

No texto, defendem atomada de ações quecontemplem osencaminhamentos debatidos eacordados durante o III FML.

Carta do III Fórum de Mídia Livre

Leia a íntegra da Carta: http://www.ganesha.org.br/index.php?mod=pagina&id=13045

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Rede de Pontos de Cultura proe discute sobre o intercâmbi

Janeiro foi um mês marcante paraos Pontos de Cultura, que ematividades paralelas ao FórumSocial Temático (FST – de 24 a 29de janeiro em Porto Alegre),tiveram duas oportunidades paradiscutir políticas culturais voltadasà cultura, e também a integraçãocom iniciativas semelhantes quebrotam em diversos países latino-americanos.

Além do encontro com gestores públicos dasredes de pontos e representantes de Pontos deCultura de todo o Brasil (promovido pela Secretariade Cidadania Cultural do Ministério da Cultura –SCC/MinC, com cobertura nas páginas 4 a 9 destaedição), aconteceu também o 1º Encontro Mundialdas Redes dos Pontos de Cultura e Rede SemFronteiras, que teve como tema principal dediscussão a “Cultura como bem universal dospovos”, organizado pela representante de Pontosde Cultura do Rio Grande do Sul, Marly Cuesta, eapoio dos gestores públicos e RepresentaçãoRegional Sul do MinC.

O Encontro Mundial aconteceu em Canoas,na Grande Porto Alegre, no dia 25 de janeiro, ereuniu participantes do Brasil, Argentina,Uruguai, Paraguai, Colômbia e Porto Rico, quedurante um dia inteiro de intensa troca deexperiências, tornaram evidente a necessidadede se estabelecer uma forma de integraçãoregional, não apenas das culturas, mas tambémdas políticas públicas relacionadas ao tema.

Hoje há Pontos de Cultura em implantaçãoem nove países da América Latina, e adisposição de estabelecer um discurso conjuntoesteve presente nas falas de praticamentetodos os representantes.

Jorge Iván Blandón Cardona, que veio deMedellín (Colômbia), e é representante daPlataforma Puente – Rede Latino Americana dePontos de Cultura, destacou a possibilidade de

se utilizar as rádios comunitárias entre ospaíses, divulgando conteúdo em espanhol eportuguês, como forma de diminuir asdiferenças entre as culturas dos povos. Esseseria um dos primeiros passos para que seestabeleçam políticas culturais integradas.“Queremos uma campanha continental naAmérica Latina, defendendo uma politicapública que disponibilize 5% do orçamento decada país para a cultura e 1% para a culturaviva”, explicou Jorge.

De acordo com o relato de Gilson Máximo(link no final do texto), representante de SantaCatarina na Comissão Nacional de Pontos deCultura, que participou do encontro, a fala deCélio Turino - que foi titular da SCC/MinC nogoverno Lula, e um dos responsáveis pelaimplantação e disseminação do Programa CulturaViva - no final da manhã, destacou o momentodifícil enfrentado pelos Pontos de Cultura emtodo o Brasil. Apesar disso, ficou claro que o

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O encontro reuniu participantes do Brasil, Argentina, Uruguai,

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omove encontro internacionalio cultural da América Latina

Programa rende frutos e serve como norteadorde iniciativas por todo o continente. RodrigoMartinez, de San Jose (Costa Rica), doColectivo 8 Remolinos, afirmou que os povoslatino-americanos têm valores em comum, comoa solidariedade, afetividade e a vontade demudança, fundamentais para a disseminaçãodesse intercâmbio de experiências. “Nós temosque embarcar com vocês nesta campanha, emexperiências de economia solidária, múltiplosencontros e transformação social”,complementou.

Esse discurso integrado colocado em pautadurante o encontro seria, portanto, não apenasa forma de se estabelecer uma política públicaunificada, mas também fortalecer as políticas decada país, possibilitando um evidentedesenvolvimento cultural, que atinge povos ecomunidades diversas.

Thiago SkárnioNesse sentido, Lúcia Fernanda, do Ponto de

Cultura Indígena Raízes do Kaingang (RS),destaca, por exemplo, que os povos indígenasseriam, também, beneficiados, num processoque passa pelo reconhecimento e valorização dadiversidade cultural, tão bem representada peloBrasil. “Essa inclusão deve acontecer,sobretudo, pelo protagonismo de quem fazcultura, de quem pensa cultura, de todos osatores - gestores, agentes, povos ecomunidades - e segmentos que produzem acultura no Brasil e no mundo”, declarou Lúcia,que é Especialista em Gestão Pública.

Em narrativa publicada no blog dos pontosde cultura de Santa catarina, Gilson Máximodestacou, também, que foi interessanteperceber como, independente do local, apolítica cultural colocada em prática através dospontos de cultura desempenha um carátertransformador, a exemplo do que se verificou noBrasil. Gilson lembrou que os Pontos de Culturaestão em implantação em nove países daAmérica Latina, e destacou a importância de sefomentar esse debate. “É a forma de nosfortalecermos como um movimento cultural esocial. O futuro do Programa Cultura Viva emnosso estado e o futuro de nossas entidadescomo Pontos de Cultura depende, em muito, danossa capacidade de mobilização e ação”,escreveu em seu relato.

Ao final do encontro, foi feita umasistematização das propostas elencadas, com oobjetivo de compor a Carta para a Cúpula dosPovos, que acontece na Rio+20.

O Pontão Ganesha participa da CoberturaColaborativa Especial Ciranda III FML (Linkhttp://www.ciranda.net/mot/forum-midia-livre)Texto: Thiago Skárnio e LuZuê | Foto: ThiagoSkárnio

Relato/ Gilson Máximo: http://cultura.sc/pontos/encontros-pontos-de-cultura-no-fst/

Paraguai, Colômbia e Porto Rico,

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Em Santa Catarina: Teia Catarina

“Não há condições técnico-legais de a TeiaCatarina acontecer em março”, disse o presidenteda FCC, justificando a decisão basicamente peloprocesso de transição pelo qual passam FCC eSecretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte(SOL). “É uma decisão minha. Com o advento dainterveniência executiva, vai se criar um buraconegro e será impossível, por exemplo, se fazer alicitação através da FCC nesse período”, explicou.

Com isso, a Teia (inicialmente marcada paranovembro de 2011 e num segundo momentotransferida para março de 2012), retorna ao statusde evento sem data definida, passando a dependerde um acerto entre representantes de pontos e FCC.

“Não vou criar nenhum obstáculo, mas teremos quedar um tempo para que a coisa dê certo”, afirmouJoceli.

A posição apresentada pelo presidente da FCCna reunião rovocou reações tímidas junto aosrepresentantes dos pontos. As colocações foram,em sua maioria, no sentido de se “respeitar toda amemória do processo construído desde o início de2010”, como lembrou Leandro Fonseca, do Ponto deCultura Multiplicando Talentos, de Criciúma.

Na tentaiva de se buscar uma solução deconsenso, ficou acertado que um grupo derepresentantes ficaria com com a função de definiruma data alternativa, provavelmente em maio ou

junho, e apresentá-laà presidência da FCC.

Um segundoassunto colocado empauta ocasionou umpedido de desculpaspela parte dopresidente da FCC:Vicente Pozzobon, doPonto de CulturaBaleeira, questionoua Fundação arespeito dasavaliação dasprestações de contas,uma vez que amaioria dos pontosestá, ainda, comsuas prestações emaberto, o que

O adiamento da Teia Catarina foi anunciado pelopresidente da Fundação Catarinense de Cultura(FCC), Joceli de Souza, durante reuniãorealizada no da 19/01, em Florianópolis, quecontou com a presença de representantes depontos de cultura de diversas regiões do estado.

Reunidos na FCC, representantes dos pontos ouviram do presidente consideraçoessobre a Teia Catarina e outros assuntos

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Editais e Prêmiosa é adiada novamente

inviabiliza, por exemplo, o recebimento de valoresprovenientes de quaisquer repassesgovernamentais.

“Peço desculpas e paciência. Vamos levantartodas as pendências de análise, e colocar essaquestão em dia”, assegurou. Para cumprir ocompromisso, Joceli pediu aos representantes umprazo. Segundo afirmou, na primeira semana defevereiro, a FCC divulgará um cronograma dasavaliações das prestações de contas.

Em relação ao pagamento da terceira parcela doconvênio, outro motivo de preocupação para ospontos de cultura, o presidente da FCC adiantouque o repasse do governo federal sofrerá umatraso, conforme foi declarado pela coordenadorada Secretaria de Cidadania Cultural (SCC MinC),Márcia Rollemberg, em reunião que aconteceu emBrasília, e que tinha como tema central a captaçãode recursos via Lei Rouanet, para a recuperação daPonte Hercílio Luz, de Florianópolis. .

Essa demora no repasse dos valores deve criarum problemático período durante o qual os pontosficarão sem recursos, que devem acabar em março.

Segundo explicou Joceli, o MinC develiberararcela provavelmente em maio, oque significaria dois meses sem recursospara que os pontos dêem continuidadeàs suas atividades.

Thiago Skárnio, coordenador doPontão Ganesha, sugeriu ao presidenteda FCC a análise da possibilidade dogoverno estadual ajudar intervir noproblema, fazendo um “repasseprovisório” de uma quantia para cadaponto, no sentido de viabilizar amanutenção das atividades durante essetempo. Uma alternativa, por exemplo,seria a utilização dos recursosprovenientes dos juros da aplicação dorepasse federal.

Em paralelo, Leone Silva, do pontode cultura Teatro Vivo, solicitou que anormativa do MinC fosse disponibilizada

à rede de pontos, para que os próprios ponteirosdirigissem seus questionamentos e necessidades aoministério, solicitando agilidade na solução doproblema.

Joceli sugeriu, então, que se forme umacomissão dos pontos, que ficaria responsável pelaapresentação de alternativas para a solução doproblema. “Quem vai nos dar a direção é alegalidade”, afirmou, justificando que toda equalquer solução encontrada terá,necessariamente, que ser amparada pelalegislação.

Ao fim da reunião, ponteiros e representantesda FCC relembraram os três pontos discutidos e aspendências de cada lado. Enquanto osrepresentantes dos pontos devem apresentarsugestões de datas para a Teia Catarina ealternativas para “cobrir” a lacuna financeira quese abre ao final das atividades dos projetos, emmarço, a FCC se compromete a divulgar, naprimeira semana de fevereiro o calendário dasavaliações das prestações de contas. Pelos doislados, muito trabalho a fazer.

Fotos: FCC

De acordo com Joceli, não há condições técnico-legais de aTeia Catarina acontecer em março

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