revista cocapec 89

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1 JANEIRO | FEVEREIRO REVISTA COCAPEC Nº 89 Revista COCAPEC Ano 13 - Janeiro/Fevereiro 2014 - nº 89 - COCAPEC / CREDICOCAPEC Recolhedora Robust-Eco recebe melhorias Envelopamento fechado. Pode ser aberto pela ECT Cocapec investe em infraestrutura RUMOS DA CAFEICULTURA BRASILEIRA PARA 2014 CNC e Sistema OCB proporcionaram debate sobre os rumos da política cafeeira no Brasil

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Revista Cocapec 89

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1janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

Revista

CoCapeCAno 13 - Janeiro/Fevereiro 2014 - nº 89 - COCAPEC / CREDICOCAPEC

Recolhedora Robust-Eco

recebe melhorias

Envelopamento fechado. Pode ser aberto pela ECT

Cocapecinveste em infraestrutura

Rumos da CafEiCultuRaBRasilEiRa paRa 2014

CNC e Sistema OCB proporcionaram debate sobre os rumos da política cafeeira no Brasil

2 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

3janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

João Alves de Toledo FilhoDiretor Presidente

investimentos beneficiam cooperados

Terminamos 2013 e, em breve, finalizaremos também o mandato do atual Conselho Administrativo e Diretoria Executiva. A Assembleia acontecerá em março e, vocês cooperados, poderão escolher novamente os representantes para a Cocapec.

Portanto, este editorial é a oportunidade de lembrarmos as ações realizadas nesta gestão, todas executadas com recursos próprios e depois de muitos estudos, com aprovação da assembleia geral e que nortearão o futuro da COCAPEC e dos cooperados.

A mão de obra para o manuseio de sacarias (onerosa, escassa e lenta) tornou-se impraticáveis e dispendioso o armazenamento de café na forma comumente utilizada. Ao pesquisarmos as tendências chegamos a conclusão que a melhor forma de resolver a situação, e ao mesmo tempo atender o mercado, seria o manuseio a granel ou em big bag. Porém, o novo método gerou a necessidade de maior área para alocarmos os bags, pois este permite colocar apenas 25 sacos por metro quadrado, enquanto em sacaria era de 35 a 40. Ao somarmos isto, as nossas projeções de recebimento de cafés, que se concretizaram, foi necessário ampliar a armazenagem.

O investimento aprovado na última AGO já tornou realidade os novos armazéns em Pedregulho e Capetinga, e com o início das obras em Cristais Paulista, para o qual, todos os esforços estão direcionados para que em junho próximo começar a receber cafés. Tudo isto em breve permitirá que a cooperativa repense as áreas que atualmente aluga para depositar os cafés dos cooperados e possivelmente e desmobilização de núcleos antigos. A finalidade principal destas ações é o atendimento das necessidades dos cooperados.

Desejamos a todos os associados, colaboradores e parceiros um positivo 2014.

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Negócios Granelização:1 ano depois

Técnicaadubação foliar com magnésio no cafeeiro

Social projeto Escola no Campo exalta o cooperativismo

Credicocapec fique ligado ao preenchimento decheques em 2014

Especial 10 anos da Cocapecem ibiraci/mG

Especial laboratório daCocapec é conceito a

ÍNdiCEÓrgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec,

destinado a seus cooperados

Diretoria Executiva CocapecJoão Alves de Toledo Filho - Presidente Carlos Yoshiyuki Sato - Vice-presidente

Ricardo Lima de Andrade - Dir. secretário

Conselho Administrativo CocapecGiane Bisco

Amílcar Alarcon Pereira João José Cintra

Paulo Eduardo Franchi Silveira Erásio de Grácia Júnior

José Henrique Mendonça

Conselho Fiscal CocapecHélio Hiroshy Toyoshima

Ricardo Nunes MoscardiniZita Cintra Toledo

Cocapec Franca Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP 14406-052

Franca – SP – CEP - 14400-970 CAIXA POSTAL 512Fone (16) 3711-6200 Fax (16) 3711-6270

Núcleos Capetinga (35) 3543-1572

Claraval (34) 3353-5257Ibiraci (35) 3544-5000

Pedregulho (16) 3171-1400

Diretoria Executiva CredicocapecMaurício Miarelli – Presidente

Ednéia Apa Vieira Brentini de Almeida – Dir. AdministrativaDivino de Carvalho Garcia – Dir. Crédito Rural

Conselho de Administração CredicocapecBernardo Antônio Salomão

Carlos Yoshiyuki SatoÉlbio Rodrigues Alves Filho

Paulo Henrique Andrade Correia

Conselho Fiscal CredicocapecCyro Antônio RamosDonizete Moscardini

Zita Cintra Toledo

CredicocapecFone (16) 3712-6600 Fax (16) 3720-1567 Franca SP

PA Pedregulho (16) 3171-2118PA Ibiraci (35) 3544-2461

PA Claraval (34) 3353-5359 [email protected]

www.credicocapec.com.br

Revista CocapecCoordenação

Setor de ComunicaçãoFone: (16) 3711-6203/ (16) 3711-6291

[email protected]@cocapec.com.br

Diagramação BZ Propaganda & Marketing

Revisão Ortográfica Nathalia Maria Soares

Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Júnior-MTb/24781

Tiragem: 2.750 exemplares

www.cocapec.com.br

É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte.

ED. 89 JANEIRO/FEVEREIRO 2014

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira

responsabilidade de seus autores.

expediente

111831364246

5janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

6 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

TÉCNICa

Controle do Bicho-mineiro e Ácaro Vermelho

Uma das principais pragas da cafeicultura nas diversas regiões cafeeiras, e que tem causado maiores danos também na nossa região é

o bicho-mineiro (Leucoptera coffeella). Os prejuízos pelo seu ataque são a redução da área foliar, e principalmente queda de folhas, resultando em perdas que serão notadas na safra seguinte pois, consequentemente, haverá redução de botões florais, comprometendo também o pegamento destes. As perdas de produção podem chegar a 80% em ataques severos, quando desfolhas acentuadas, principalmente em plantas jovens, promovem seca de ramos e reduzem o seu desenvolvimento. Condições ambientais como altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar e períodos de estiagem favorecem desenvolvimento da praga. Em lavouras novas e espaçamentos muito abertos que proporcionam maior insolação das plantas, estão sujeitas a maiores ataques, assim como desequilíbrios pelo uso excessivo de fungicidas cúpricos (atualmente muito utilizados para controle de doenças), uso de inseticidas que interferem no equilíbrio dos inimigos naturais, presença de cobertura morta protegendo os adultos, plantas debilitadas devido à má nutrição ou tratos insuficientes e faces muito ensolaradas. A interação destas condições e, principalmente, com ausência de chuvas, podem provocar maiores infestações e com mais frequência nos meses de março a setembro.

Por Rubens Manreza | Fonte: Cultura de café no Brasil: Manual de recomendações

O controle de bicho-mineiro contempla diversas medidas que proporcionam melhores condições às plantas como: nutrição equilibrada, uso racional de capinas (ex: roçada de ruas alternadas) preservando os inimigos naturais, espaçamentos adequados, uso de irrigação em áreas de déficit acentuado, uso racional de fungicidas e inseticidas via foliar, pois predadores e parasitas do bicho-mineiro ocorrem naturalmente nas lavouras, devendo ser preservados. Há condições de ataques severos em que temos que retirar as folhas velhas com pupas caídas no solo sob as plantas, e destruí-las com trincha para conseguirmos ter uma maior eficiência do

controle químico, pois além de destruir as pupas teremos uma melhor absorção do inseticida aplicado via drench (jato dirigido). Para avaliar a necessidade de controle químico deve ser feita amostragem em períodos do ano favoráveis à ocorrência da praga, a cada 15 dias, analisando talhões separadamente, sendo 25 pontos de amostragem por talhão, quatro plantas em cada ponto, observando a face superior das folhas, no 4º par de folhas do terço superior. O controle via pulverização foliar deve ser iniciado com 5% de folhas minadas com larvas vivas, visando a mortalidade de larvas dentro das folhas, com ação também contra ovos, adultos e crisálidas. Podem

O ataque do bicho-mineiro provoca a redução da área foliar e queda das folhas

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TÉCNICa

ser utilizados produtos organofosforados (Clorpirifós), que tem bom efeito de choque sobre as larvas, mas em menor residual. Já os piretróides possuem menor efeito de choque e maior residual, entretanto favorecem ataque de ácaro vermelho. Outros ativos são os carbamatos, os fisiológicos, que possuem maior eficácia em início de infestação, cortando o ciclo da praga, obtendo bom residual. Outros inseticidas têm alcançado êxito, como a base de abamectina e, mais recentemente, os a base de chloroantraniliprole. O produtor deve sempre que possível, utilizar 0,25% de óleo vegetal ou mineral nas pulverizações, para melhorar a eficiência dos inseticidas.

As aplicações foliares apresentam custos mais baixos, podem ser conciliadas com outros produtos (nutrientes, fungicidas), permitem ser utilizadas de forma “curativa”, porém, exige um número maior de aplicações devido menor efeito residual. No entanto, a forma mais eficiente de controle consiste no uso de inseticidas sistêmicos via solo (neonicotinoides) na forma líquida (drench), aplicados de forma preventiva, com máquinas tratorizadas e costais, ou via água de irrigação, que além de um período de controle de até 120 dias, adicionam efeito tônico às plantas proporcionando maior enfolhamento e produtividade. Outra vantagem é que o

número de aplicações é menor, além de serem mais seguros ao homem e meio ambiente, não interferindo nos inimigos naturais e atuando no controle simultâneo de pragas de solo (cigarras, cochonilhas e moscas das raízes). O interessante é que o produtor integre todas as formas de controle e no caso da necessidade de controle químico, respeite o período de carência de cada produto, principalmente antecedendo à colheita. Uma outra praga que esporadicamente surge nas lavouras de nossa região é o ácaro vermelho (Oligonychus ilicis). Considerado uma praga secundária, segundo vários trabalhos de pesquisa, seu ataque não causa perda de produtividade em lavouras adultas, entretanto deixa um aspecto bronzeado nas folhas que desagrada os produtores. Algumas condições que favorecem esta praga são as mesmas do bicho-mineiro, como temperaturas altas, baixa umidade relativa, períodos de estiagem, uso excessivo de fungicidas cúpricos, mas também presença de poeira nas folhas. Aplicações excessivas de piretróides para controle de bicho-mineiro devem ser evitadas, pois este causa desequilíbrio, favorecendo a reprodução do ácaro vermelho. Com a diminuição no uso dos inseticidas organofosforados via solo para controle de pragas de solo e bicho-mineiro, e o uso dos neocotinóides que proporcionam maior vigor às plantas, mas não controlam o ácaro vermelho, o produtor tem que estar atento a esta praga. Por estes fatores, o controle do ácaro vermelho é realizado paralelo ao do bicho mineiro, sendo que na nossa região, uma única aplicação de Abamectina associada a 0,25% de óleo vegetal ou mineral no período de janeiro-fevereiro, quando a infestação de ácaro e bicho mineiro é muito pequena, na maioria dos casos resolve o problema com o primeiro e auxilia no controle do segundo. Em caso de ressurgimento do ácaro vermelho, o produtor deve optar por um acaricida específico.

Para evitar o ataque severo é necessário retirar todas as folhas velhas ecom pupa debaixo da saia do cafeeiro

Lavoura com ataque de ácaro vermelho

8 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

TÉCNICa

importância do pHda calda na eficiência das pulverizações

Muitos são os fatores que influenciam na qualidade das aplicações, dentre eles destacam os climáticos (temperatura,

luz, ventos, umidade do ar e solo), tipo de equipamento de aplicação, regulagem do implemento, bicos de pulverização, dentre vários outros. No entanto, não adianta o controle de todos esses fatores, se a qualidade da água utilizada nas pulverizações, não for analisada. A água de rios com elevados teores de argila, por exemplo, pode reduzir a meia-vida (tempo para inativar 50% do produto) e a vida útil dos bicos. Além disso, alguns herbicidas, como glyphosate e paraquat, são fortemente absorvidos nas partículas de argila, desativando assim a ação. Existem regiões que possuem águas com pH elevados (7 a 8), associados a altos teores de bicarbonatos, sulfatos, cloretos e nitratos de cálcio e magnésio. A utilização dessas águas, sem nenhum tratamento para redução do pH, diminui também a meia vida desses produtos e reduz grandemente a eficiência dos mesmos. A maioria dos inseticidas piretróides (composto químico sintético similar as substâncias naturais) apresenta maior eficiência em pH 4,0 (Tabela 1). Em locais com as chamadas “águas duras” (que possuem elevada concentração de íons, cálcio - Ca e magnésio - Mg e outros), e por consequência altos valores de pH, podem ocorrer inativação de grande parte dos produtos aplicados como o herbicida gyphosate que, segundo estudos é mais eficiente em pH 3.5. Dessa forma, ocorre

Por Alex Carrijo | Engenheiro Agrônomo/Uniagro

a inativação do produto, diminuindo sua meia vida. No caso do gyphosate, a maior eficiência ocorre em pH 3,5 (Gassen, 2002). O fator principal na manutenção do herbicida glyphosate é a baixa dureza da água, admissível até 150 ppm. No caso específico do glyphosate, os íons que mais influenciam negativamente sua eficiência são respectivamente o ferro (Fe3+) e alumínio (Al3+) (ação muito forte); cálcio (Ca2+) e Zinco (Zn2+) (ação forte); magnésio (Mg2+) (ação moderada) e potássio (K+) e sódio (Na+) (ação desprezível) (Gassen, 2002). Dessa forma, não é aconselhável manusear

Diferentes fontes de água apresentam valores de pH variados

o produto em recipientes de ferro, por exemplo, o qual pode oxidar e diminuir a ação do produto. Antes de efetuar as pulverizações, deve-se fazer a medição do pH da água da propriedade, além de analisar os teores de Ca, Mg, Fe, Al e Zn (laboratórios de análises químicas) para determinar a necessidade de correção da acidez. Existem várias substâncias ácidas no mercado para redução do pH, o qual deve ser realizado antes da colocação do produto no tanque. As informações sobre produtos podem ser obtidas juntamente com seu fabricante.

9janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

TÉCNICa

Além do medidor de pH, outra forma de verificar os valoresé através do papel sensível

Após colocar o papel sensível na água, é necessário comparar, através da cor, qual o pH. Na imagem, o primeiro está com pH 11 e o segundo com pH 7

Tabela 1. Valores de pH de calda ideais para diversos produtos fitossanitários e seu efeito na meia-vida média desses produtos.

Nome comum Nome comercial pH ideal Tempo de vida2

CARTAP CARTAP-THIOBEL 5

CLOROPYRIFOS COLOROPIRIFOS-LORSBAN 4-52

LAMBDACYALOTHRIN KARATE 4

LUFENURON MATCH 5

MALATHION MALATION 52

METHIDATHION SUPRACID 4-52

METHOMIL LANNATE 5

PROFENOFOS CURACRON 4

TEFLUBENZURON NOMOLT 5

THIODICARB LARVIN 5

THIOMETON EKATIN 5

TRIAZOPHOS HOSTATHION 4

TRICHLORFON DIPTEREX 6

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TÉCNICa

Nome comum Nome comercial pH ideal Tempo de vida2

BENZIMIDAZOL2 CERCOBIN 700 PM 5

CARBENDAZIN BENDAZOL-DEROSAL 5 pH7= 12 min, pH 5,5=30 horas

CLOROTHALONIL BRAVONIL-VANOX 5

CYPROCONAZOLE ALTO-100 5

DIFENOCONAZOLE SCORE 5

FENARIMOL RUBIGAN 6

IPRODIONE ROVRAL 5-72 Hidrólise em pH 8

MANCAZEB DITHANE-MANZATE 5

PROPICONAZOLE TILT-JUNO 5

PROCIMIDONE2 SIALEX e SUMILEX 5

TEBUCONAZOLE FOLICUR 5

TIOFANATO METILICO CERCOBIN 5

THIABENDAZOLE TECTO 5

Toda a equipe técnica da Cocapec possui uma maleta com todos os equipamentos necessários para fazer a verificação da água diretamente na propriedade dos cooperados

A qualidade da água é fundamental para a eficiência da pulverização

11janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

adubação foliar com magnésiono cafeeiro

Caro cooperado, não menos importante que os demais nutrientes, sejam eles macro ou micro, trataremos nessa edição em especial do magnésio (Mg).

Este nutriente tem como principais funções a participação na constituição da clorofila, o transporte de fósforo (P) na planta e a translocação de carboidratos para as fontes. O magnésio é um dos nutrientes que normalmente se encontra em níveis abaixo do adequado nas análises químicas de solo, e segundo trabalho realizado pela Mosaic em 2007, quando foram avaliadas 6500 amostras de folhas de cafeeiros das regiões de atuação da Cocapec, Cooparaíso e Cooxupé, 66,1 % apresentaram deficiência de magnésio. A exigência nutricional envolve

Por Luciano Ferreira | Engenheiro Agrônomo/Uniagroe Rubens Manreza | Engenheiro Agrônomo/Uniagro

TÉCNICa

a extração (quantidade de nutriente que o café retira do solo e ficam contidos nas raízes, caules, ramos, folhas, flores e frutos) e a exportação (parte da extração que é retirada da planta na colheita e exportada pelos frutos). A literatura indica que para se produzir uma saca beneficiada de café de 60 kg são exportados 170 gramas do elemento sendo 61% nos grãos e 39% na casca. Pois bem, a partir disso juntamente com a análise química de solo e folha, podemos programar a utilização deste elemento de acordo com a exigência da planta. Os níveis médios de magnésio no solo são, 5 a 8 mmolc/ dm³, sendo também importante observarmos a relação de 15% de Mg/CTC, e ainda, que a relação de Mg/K não seja inferior a 2.

Sua obtenção como fertilizante é feita principalmente a partir de minerais rochosos como dolomita e a magnesita. Porém, mais importante que saber a forma de obtenção, é a sua correta utilização na fertilização do café de acordo com sua solubilidade. A forma mais comum de fornecimento via solo é através da calagem, entretanto, devido à baixa solubilidade do magnésio nesta fonte e aos acréscimos de produtividade, torna-se necessário a utilização de outras fontes mais solúveis de fornecimento deste nutriente, como fertilizantes magnesianos (ex.: Solumag, Kmag) e fertilizantes especiais, que juntamente com outros nutrientes contém magnésio.

Fontes de Mg Fórmula Solubilidade em água(g/100 ml H2O)

Hidróxido de Mg Mg(OH)2 0,0009 Óxido de Mg MgO 0,0006

Carbonato de Mg MgCO3 0,0106 Cloreto de Mg MgCl2 54,2500 Sulfato de Mg MgSO4.7H2O 71,0000

K-Mag K2SO4 – 2MgSO4 28,0000 Fosfito MgHPO3 50,0000 (100%)

Adaptado de Cakmak, I. Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Solubility_table_Kmag.com

12 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

TÉCNICa

É importante o produtor estar atento às altas doses de adubação potássica, principalmente em anos de alta safra, pois é sabido que o potássio inibe absorção de magnésio, agravando uma possível deficiência deste no solo. Outra recomendação já bem conhecida dos produtores é a adubação foliar com magnésio, normalmente realizada de janeiro a março, quando há a necessidade de corrigir a falta deste elemento, devido à fase de enchimento ou granação dos grãos de café, pois como já sabemos este elemento tem papel fundamental na translocação de carboidratos para os frutos, quando sua deficiência pode prejudicar até mesmo a

qualidade da bebida. Os sintomas de deficiência deste elemento são facilmente visualizados, pois as folhas mais velhas dos ramos apresentam amarelecimento entre as nervuras secun-dárias, as quais permanecem verdes. Esse amarelecimento evolui para alaranjado e até castanho, com queda das folhas posteriormente. As plantas com deficiência de magnésio apresentam fotossensibilização, ficando mais sujeitas a escaldadura. Os níveis devem ser acompanhados com análise de folha, sendo o ideal para os meses de março-abril que o magnésio esteja entre 3,6 e 4,0 g/kg. Para complementar a necessidade da planta nesta fase é essencial que o produtor

utilize de bons produtos com garantia tanto de teor quanto solubilidade, mas de modo geral faz-se o uso de sulfato de magnésio via foliar. Segundo professor Ismail Cakmak da Sabanci University, Turquia, no Simpósio sobre Micronutrientes e Magnésio na ESALQ USP Piracicaba no qual a equipe técnica da Cocapec esteve presente, uma excelente resposta a pulverização foliar em diversas culturas foi obtida com 20 kg/ha de sulfato de magnésio. Portanto, a adubação foliar com magnésio é válida para a cultura do café devendo a dose ser ajustada a cada situação. Mais informações procure o técnico de sua região ou o núcleo da Cocapec mais próximo.

Uma das características da deficiência é o amarelecimento e clorose internerval das folhas mais velhas

13janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

TÉCNICa

Fontes:ROLE OF MAGNESIUM IN PLANT GROWTH; ISMAIL CAKMAK34ª CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISAS CAFEEIRAS; EXTRAÇAO DE NUTRIENTES EM CAFEEIROS DA ESPÉCIE Coffea arábica.

A ação da luz solar acentua a deficiência de magnésio na lavoura

14 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

TÉCNICa

Recolhedora Robust-Eco recebe melhoriasPor Daniel Carrijo | Coordenador Máquinas e Implementos Cocapec

A recolhedora Robust-Eco foi criada há 5 anos com intuito de suprir uma necessidade dos cooperados em uma etapa importante do cultivo do

café, a varrição. Os grãos que caem no chão possuem valor comercial e, dependendo das variações climáticas, a quantidade pode representar uma grande porcentagem da colheita. O desenvolvimento da máquina, mesmo não sendo o foco principal da cooperativa, permitiu aos associados terem acesso ao equipamento com valores competitivos, viabilizando assim a mecanização da cafeicultura na região. Pensando sempre na evolução da Robust-Eco e na segurança dos trabalhadores que operam a recolhedora, a Cocapec, com base na nova Norma Regulamentadora Nº 12 (NR-12) que aborda a segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, e nas orientações do Ministério do Trabalho e Emprego, desenvolveu melhorias na máquina. As principais mudanças são:- Inclusão da tela protetora da esteira e do cardan;- Proteção nos pontos que existem carenagens, correias e correntes, sendo removível nos pontos de lubrificação;- Protetor do coxinho da rosca sem fim;- Proteção do elevador de grãos;- Inclusão da caçamba basculante substituindo a plataforma (parte superior onde havia um trabalhador). É importante destacar que a Robust-Eco é a única recolhedora do

O equipamento é o único da categoria a estar em conformidade com a NR 12

mercado a estar totalmente de acordo com a NR 12. Para os cooperados que já possuem o equipamento, é recomendável que façam as melhorias através da aquisição do Kit comercializado pela Cocapec. Porém, é necessário manifestar-se o mais breve possível, pois, dependendo da demanda, a disponibilidade poderá não ser garantida de forma imediata. A instalação deve ser feita por empresas que já receberam da Cocapec as diretrizes, projetos e desenhos necessários para os procedimentos (Veja a relação na

Cocapec matriz e núcleos). Caso o cooperado prefira outra, é necessário informar antecipadamente para que a cooperativa faça a habilitação. Após a realização das melhorias, o proprietário receberá da Cocapec o Laudo Técnico de Segurança do Implemento, que demonstrará o atendimento das exigências da NR – 12. Para garantir o bom desempenho da máquina e a segurança, é importantíssimo realizar o treinamento dos operadores e também dos técnicos de manutenção de acordo com as NRs vigentes.

“A Robust-Eco é a única recolhedora

do mercado a estar totalmente de acordo

com a NR 12.”

15janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

TÉCNICa

Utilize sempre os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs);

Quando for fazer manutenção desligue sempre o motor e calce a máquina;

Não utilizar roupas folgadas, cabelos longos e acessórios como relógios, pulseiras e anéis;

Ao colocar o trator em funcionamento, esteja devidamente acomodado no assento do operador e ciente do conhecimento completo e seguro do trator, assim como do equipamento;

Ao manobrar o trator certifique-se de que possui espaço necessário e que não haja pessoas próximas, faça sempre

manobras em marcha reduzida e esteja preparado para frear em caso de emergência;

Nunca execute manobras com o cardan em funcionamento;

Ao término de cada rua dê um tempo de 10 segundos, aí sim desligue a máquina e manobre com segurança;

Não faça regulagens com o equipamento em funcionamento, limpe sempre as impurezas que se acumulam no equipamento a fim de prevenir acidente e manter o bom funcionamento;

Conduza sempre o trator em velocidades compatíveis com a segurança, especialmente nos trabalhos em terrenos acidentados

ou declives, mantenha o trator sempre engatado;

Não trabalhe com o trator se a frente estiver leve. Se há tendência para levantar (empinas) adicione pesos na frente ou rodas dianteiras, formando um contra peso;

Ao sair do trator coloque a alavanca do câmbio na posição neutra e aplique o freio de estacionamento, nunca saia do trator com marcha engatada;

Recomenda-se não trafegar com a máquina carregada de café, é aconselhável descarregar ao carreador mais próximo ou descarregar em uma carreta auxiliar.

Veja algumas dicas de segurança:

Uma das melhorais foi a instalação da tela na esteira na parte frontal da máquina

“Após a realização das melhorias, o

proprietário receberá da Cocapec o Laudo

Técnico de Segurança do Implemento,

que demonstrará o atendimento das

exigências daNR – 12.”

16 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

TÉCNICa

A elevação é total permitindo que os grãos sejam descarregados diretamente em caminhões

Os cafés recolhidos são agora descarregados diretamente em uma caçamba basculante

Todos os locais que possuem carenagens, correias e correntes, receberam proteção

17janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

18 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

Armazém de Ibiraci/MG já recebeu cafés através da granelização desde de 2012

Granelizaçãoda Cocapec: um ano depoisPor Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec

O sistema de granelização, aprovado em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) no final de 2011, e que entrou em operação em 2012,

completou um ano de funcionamento na safra de 2013. Até o momento, a matriz em Franca/SP, Ibiraci/MG e Pedregulho/SP, são as unidades que já possuem este processo de recebimento, sendo que esta última iniciou suas atividades apenas em 2013. Hoje, cerca de 53% dos cafés recebidos pela Cocapec são pela granelização.Tudo isso gerou cerca de 14 mil big bags nos armazéns, mais da metade somente em Franca. Esta crescente adesão mostra que o cooperado confiou neste novo conceito de depósito e principalmente está desfrutando dos benefícios proporcionados pelo processo como redução de custos, agilidade, menor utilização de mão-de-obra, entre outros. No ano da sua implantação, 2012, como é natural, o sistema estava em fase de adaptação e, por isso, a estrutura não trabalhou em sua capacidade plena. Fato que foi resolvido em 2013 e possibilitou aos cooperados utilizarem de todas as benfeitorias. De acordo com o gestor de armazéns da Cocapec, Márcio Veloso, além do aumento da experiência dos colaboradores no processo de logística de armazenagem, uma das evoluções percebidas foi que os cooperados aprenderam a enviar o café para granelização, o que traz benefícios no momento do descarregamento na cooperativa. Visão geral do armazém de big bag em Franca/SP

“Cerca de 53% dos cafés recebidos pela

Cocapec são pela granelização.Tudo

isso gerou cerca de 14 mil big bags

nos armazéns da cooperativa”

NeGÓCIoS

19janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

Operador retira o big bag da pilha com total segurança

Cooperado do município de Cristais Paulista/SP Hélio Hiroshi Toyoshima, que entrega sua produção desde o primeiro ano em Franca/SP, ressalta que o recebimento está mais rápido, devido ao treinamento da equipe. Ele enfatiza ainda a economia e a agilidade, “a granelização é muito conveniente, não volto mais para a sacaria de juta”, finaliza. Outro associado que está satisfeito com o processo é Tarlei Neves de Castro, do município de Ibiraci/MG. Ele também aderiu ao sistema em 2012 e fez investimentos para entregar em 2013 aumentando a capacidade da máquina por conta da facilidade do processo. “Ficou mais fácil tirar o café da propriedade e escoar a produção”. Alguns cooperados preferiram aguardar o período de implantação e fazer a entrega apenas na última safra. Foi o caso de Maurílo Figueredo Cristofani, administrador da cooperada Marilza Figueredo Cristofani que possui propriedades nas regiões de Patrocínio Paulista/SP e Ribeirão Preto/SP. Segundo Maurílio, a propriedade aluga equipamentos para o beneficiamento e as adequações só foram possíveis em 2013, quando o prestador de serviços já oferecia toda a estrutura, como a rosca sem fim para lançar os cafés direto nos caminhões. Ainda de acordo com o administrador, antes de aderir ao sistema conversou com alguns cooperados e todos ressaltaram a redução de custo principalmente com a sacaria, o que foi constatado por ele na última safra. Para 2014, Maurílio pretende entregar o máximo possível a granel, principalmente por se tratar de um ano de alta produtividade. Para este ano está prevista a instalação do sistema no núcleo de Capetinga/MG.

Em 2013 diversos elementos foram incorporados para a realização do trabalho.Um eles foi o suporte de big bag que proporciona mais segurança ao trabalhador

NeGÓCIoS

20 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

Em Pedregulho a estrutura começou funcionar em 2013 com grande adesão dos cooperados da região

O processo de descarregamento em big bag está dinâmico e seguro devido a prática dos colaboradores

Para o embegamento foram inseridos ganchos elásticos para segurar as alças e permitir o preenchimento rápido

NeGÓCIoS

21janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

Cocapec lançao 6º simcafé

A cada edição o Simcafé (Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana) se consolida como uma das principais ações da

cafeicultura nacional. A evolução ao longo dos anos é visível e o evento se mostra sempre mais profissional. Prova disso foi o lançamento realizado em novembro, com a participação dos fornecedores, para a apresentação do Simpósio e suas novidades para 2014. Entre elas estão maior tempo de visitação aos estandes, transporte gratuito, lanchonete, ou seja, todo conforto para o melhor aproveitamento pelo cooperado. A procura pelos estandes foi intensa, e os parceiros prometem trazer as principais novidades do setor cafeeiro para os cooperados. O 6º Simcafé acontecerá nos dias 16 e 17 de abril, no espaço Villa Ventura (mesmo local de 2013) e a expectativa da organização é de ultrapassar o número de participantes da edição de 2013.

Saiba mais sobre o Simcafé

No intuito de proporcionar conhecimento e melhoria na gestão das propriedades, e atender aos anseios de seus cooperados por mais profissionalização no campo com foco em sustentabilidade e gestão do agronegócio, surgiu o Simcafé. Através de palestras técnicas, com pesquisadores e profissionais da cafeicultura, o Simpósio possibilita o acesso fácil a informações atuais e a troca de conhecimentos práticos entre os participantes. Acompanhe as notíciassobre a 6ª edição através do endereçowww.simcafe.com.br.

Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec

Os detalhes foram passados pelo representante da comissãodo Simcafé o gestor Victor Alexandre Ferreira a todos os representantes dos fornecedores da cooperativa

O diretor da Cocapec Ricardo Lima destacou a importânciade participar de um evento como o Simcafé

NeGÓCIoS

22 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

O tratOr 575 COmpaCt faz parte da Linha 500, a nova geração de tratores da agrale que está levando força e alta produtividadepara o homem do campo.

em 2013, a aGraLe traBaLhOU JUntO COm VOCÊ em BUSCa de GrandeS COnQUiStaS

O trator 575 Compact é ideal para trabalhar em culturas com espaçamento reduzido, como a cafeeira. Com potência de 75 cv, ele apresenta todos os atributos necessários para o agricultor ir mais longe: modernidade, economia e robustez. Leve para o seu trabalho toda a versatilidade do trator 575 Compact e garanta alta produtividade e excelentes resultados.

www.agrale.com.br

O tratOr 575 COmpaCt faz parte da Linha 500, a nova geração de tratores da agrale que está levando força e alta produtividadepara o homem do campo.

em 2013, a aGraLe traBaLhOU JUntO COm VOCÊ em BUSCa de GrandeS COnQUiStaS

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www.agrale.com.br

23janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

NeGÓCIoS

Cocapec renovacertificações

As certificações no seguimento do café podem proporcionar diferenciais para os produtores que as possuem como agregação de valor, ágio,

além de incentivo à adoção de boas práticas administrativas. Seguindo esta tendência, a Cocapec possui duas certificações, são elas: Rainforest Alliance Certified™ e a UTZ Certified. A rastreabilidade e a procedência dos produtos são os dois pilares que sustentam estes programas, que levam em consideração os aspectos ambientais, sociais e a produção responsável, para conceder os registros a produtores e empresas que fazem parte da cadeia. Periodicamente, a cooperativa é visitada pelos profissionais das certificadoras que fazem uma reavaliação das condições atuais dos processos. Isso acontece para que a Cocapec continue utilizando os selos que simbolizam o seguimento das diretrizes propostas e, consequentemente, contribuindo para todo o processo de certificação dos elos desta cadeia. A importância disso para os cooperados é que, os que também possuem propriedades certificadas, podem depositar seus cafés nos armazéns da cooperativa.

Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec

Com a concessão, os cooperadoscom propriedade certificadas continuam depositando os cafés nos armazénsda Cocapec

“Periodicamente, a cooperativa é visitada

pelos profissionais das certificadoras

que fazem uma reavaliação das

condições atuais dos processos”

24 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

25janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

NeGÓCIoS

Brasil colheu 49,15 milhões de sacas de café em 2013

A quarta estimativa de safra de Café, dia 20 de dezembro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), confirma que o Brasil, em

2013, deverá colher 49,15 milhões de sacas de 60 kg do produto beneficiado (arábica e robusta). O resultado representa uma redução de 3,3% (1,67 milhão de sacas), se comparado aos 50,83 milhões do período anterior, de alta. A maior redução foi observada no café robusta, que teve queda de 12,95%, seguida pelo arábica, com 0,15%. De acordo com a Gerência de Avaliação de Safras da Conab, área responsável pelo levantamento, a redução se deve, sobretudo, ao ciclo de baixa bienalidade. Isso ocorreu na maioria das áreas de café arábica. Outro fator que interferiu na queda foi a continuação do regime de chuvas bastante irregular e a manutenção das altas temperaturas na maioria dos estados produtores, além de geadas no Paraná. Estimada em 38,29 milhões de sacas, a produção de café arábica corresponde a 77,9% do volume de café produzido no país, e tem como maior produtor o estado de Minas Gerais, com 27,38 milhões de sacas. Já a produção do robusta, contabilizada em 10,86 milhões de sacas, representa 22,1% do total nacional e tem como maior produtor o Espírito Santo, com 8,2 milhões de sacas. Em relação à área plantada no país, a cultura do café totaliza 2.311.599 hectares, 0,76% inferior à safra passada, com

Fonte: Conab

uma redução de 17.758 hectares. Desse total, 295.173,9 hectares (12,8%) estão em formação e 2.016.425,2 hectares (87,2%) estão em produção. Em Minas Gerais está concentrada a maior área, 1.231.778 hectares, predominando a espécie arábica com 98,7% no estado. A área total estadual representa 53,29% da área cultivada com café no país. O estudo confirma também a tendência de redução na diferença entre a alta e a baixa bienalidade nas últimas safras, em razão da maior utilização da mecanização, aliada às inovações tecnológicas, às exigências do mercado, à qualidade do produto e à boa gestão da atividade.

Safra de café em 2014 estima produção entre 46,53 a 50,15 milhões de sacas

Neste ano, a produção nacional de café (arábica e conilon) deve ficar entre 46,53 a 50,15 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado. É o que aponta o 1º levantamento da safra 2014, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e no início de janeiro. O resultado pode representar entre 5,4% de redução até 2% de crescimento, se comparado aos 49,15 milhões da safra anterior, considerados arábica e conilon.

26 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

2013: um anode muito trabalhopara o café

O ano que findou foi um dos piores para a cafeicultura ao longo da última década no que diz respeito a preços pagos pelo produto. As

cotações recuaram a patamares que não eram praticados há mais de uma década em termos reais e a níveis não observados na Bolsa de Nova York há pelo menos cinco anos. Com base nesse cenário e também cientes de que essa possibilidade existia desde 2012, o Conselho Nacional do Café (CNC) passou diversas orientações aos produtores, como buscar os melhores momentos de mercado para comercializar parte de suas safras, de forma alguma, cultivar novas áreas, ponto defendido desde 2011, haja vista que isso levaria a um — ainda que pequeno — excedente de oferta e mais pressão sobre as cotações. Por outro lado, em parceria com as demais instituições do setor, o CNC buscou alternativas para que o produtor não fosse completamente afetado pela crise que se instalou na atividade cafeeira. Nesse sentido, negociou com o Governo

Informações do CNC adaptadas pelo S. de Comunicação Cocapec

NeGÓCIoS

Federal um alicerce baseado em quatro pilares estruturadores: (i) prorrogação dos vencimentos da linha de estocagem 2012 do Funcafé; (ii) atualização do preço mínimo do produto, congelado desde 2009; (iii) implantação de instrumentos de mercado que devolvessem a competitividade ao setor; e (iv) renegociação do passivo frente à falta de renda na atividade. Assim que em 2013 foram realizadas várias medidas:

PRORROGAÇÃO DE DÍVIDAS COM O FUNCAFÉ - Em 31 de janeiro, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou voto que concedeu prazo adicional de 60 dias para o pagamento da primeira parcela das operações de estocagem e das operações de custeio convertidas em estocagem, contratadas no ano passado, com recursos do Funcafé. A medida compreendeu os financiamentos com vencimento entre 1º de dezembro de 2012 e 31 de março de 2013.

PARCELAMENTO DE FINANCIAMENTOS - No dia 28 de março, o CMN aprovou o pagamento parcelado em 12 meses dos

financiamentos de estocagem contraídos pelos cafeicultores junto a todas as fontes de recursos e não apenas o Funcafé. Os produtores interessados passaram a ter até 31 de maio para formalizar a reprogramação do pagamento e a primeira parcela deveria ser quitada em junho. Essa decisão abrangeu dois mil contratos, os quais correspondem a um volume aproximado de 2 milhões de sacas que deixaram de ingressar no mercado de imediato, evitando, portanto, uma sobreoferta às margens da entrada da nova safra.

NOVO PREÇO MÍNIMO - Na segunda semana de maio, quando o Governo Federal aprovou o reajuste do preço mínimo do café arábica de R$ 261,69 para R$ 307,00 por saca de 60 kg, implicando elevação de 17,3%. No entanto, o valor ficou aquém do demandado pelo CNC, já que era aguardada a aprovação da média do custo de produção calculada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de R$ 336,13 por saca, para a safra 2013. No entanto, essa cotação é melhor que a congelada desde 2009. Além disso,

27janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

NeGÓCIoS

o Governo também se comprometeu a realizar estudos para o rejuste anual do preço mínimo do café.

FUNCAFÉ 2013 - Depois de diversas reuniões de ajustes entre as áreas agrícola e econômica do Governo, com a participação do CNC e dos parceiros do setor privado, em 18 de junho, foi definida a distribuição dos recursos do Funcafé para a safra 2013. O valor total, de R$ 3,160 bilhões, foi distribuído da seguinte maneira: até R$ 650 milhões para Custeio; até R$ 1,140 bilhão para Estocagem; até R$ 500 milhões à linha de Financiamento para Aquisição de Café (FAC); até R$ 50 milhões para financiamento de Contratos de Opções e de Operações em Mercados Futuros; até R$ 20 milhões para Recuperação de Cafezais Danificados; e até R$ 800 milhões para capital de giro, sendo R$ 450 milhões para Cooperativas de Produção, R$ 200 milhões para a Indústria de Torrefação e R$ 150 milhões para Indústria de Café Solúvel. Além disso, o Banco do Brasil liberou R$ 1 bilhão para estocagem e aquisição de café e mais R$ 614 milhões para capital de giro do setor industrial e das cooperativas. Soma-se a esse montante mais R$ 1,050 bilhão para o programa de opções públicas de venda de café. Trata-se do maior orçamento da cafeicultura até hoje, o qual veio para suprir as exigências de todos os elos da cadeia produtiva. Vale destacar que, pela primeira vez na história, as cooperativas de produção foram incluídas no orçamento através da linha de capital de giro, o que é considerado fundamental, haja vista que elas são o principal canal de ligação com os produtores.

LEILÃO DE OPÇÕES — A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou, em setembro e outubro, quatro leilões de contratos de opção de venda para café e negociou toda a oferta de 30 mil contratos, possibilitando que os produtores e as cooperativas que arremataram tenham o direito de negociar 3 milhões de sacas, em março de 2014, ao preço de referência de R$ 343, caso o mercado ofereça cotações aquém

desse patamar. O Conselho Nacional do Café entende que esse programa do governo, solicitado pelas lideranças do setor produtivo, teve pleno êxito.

MEDIDAS DE APOIO – Outra medida de êxito foi um pacote de auxílio anunciado através da Resolução BACEN nº 4.289, a qual possibilitou que os produtores de café renegociem as dívidas vencidas e vincendas, no período de 1º de julho deste ano a 30 de junho de 2014, das operações de crédito rural vinculadas a lavouras de café arábica. Assim, o cafeicultor passou a ter até 31 de janeiro para optar pela renegociação junto à instituição financeira e até 15 de julho para formalizá-la. Para 2014 - Além de não realizarem os tratos adequados, dados preliminares apontam que o endividamento do setor cafeeiro alcance, atualmente, cerca de R$ 6 bilhões e, diante desse cenário de perda de renda e competitividade, se fez necessário unir a produção e toda a cadeia café para pensar em políticas estruturantes para evitar que o setor não sofra tanto os impactos da volatilidade do mercado. Partindo dessa premissa, e com o apoio do Sistema OCB foi realizado o seminário “Rumos da Política Cafeeira no Brasil” (veja os resultados desta ação na pág. 8). O Conselho Nacional do Café entende que nossos governantes, ainda que com limitações impostas por fatores tributários e econômico-financeiros, tentam auxiliar a cafeicultura brasileira. Contudo, também recorda que as ações vieram com certo atraso e não terão um efeito de sanar a situação financeira definitivamente.

O CNC sempre foi defensor dos produtores e da cafeicultura nacional, luta que se faz diária e constante, pois não pode deixar desamparada a maior geradora de emprego no meio rural do Brasil, a cafeicultura mais competitiva do mundo, pois somos os maiores produtores e os mais corretos em relação aos aspectos trabalhistas, sociais e ambientais, produzindo dentro do princípio da sustentabilidade.

28 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

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Rumos daCafeiculturapara 2014

RUMOS DA POLÍTICA CAFEEIRA NO BRASIL — Nos dias 18 e 19 de dezembro, o Conselho Nacional do Café (CNC), em parceria com a Organização

das Cooperativas Brasileiras (OCB), realizou o seminário “Rumos da Política Cafeeira no Brasil”, com o objetivo de se criar políticas estratégicas e estruturantes de pequeno, médio e longo prazos para o setor. A Cocapec participou do evento, sendo representada na ocasião pelo seu presidente, João Alves de Toledo Filho. A abertura oficial do evento contou com a participação de Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, Robério Silva, diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC), deputado federal Silas Brasileiro, presidente executivo do CNC, Breno Mesquita, presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, Rita Milagres, Coordenadora Geral do Agronegócio do MDIC, João Rabelo, Secretário-Adjunto de Política Agrícola e Meio Ambiente do Ministério da Fazenda, Elmiro Nascimento, Secretário de Agricultura do Estado de Minas Gerais, e do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, que, em seu pronunciamento, manifestou total apoio ao agronegócio café. Durante o seminário, foi realizado o painel “Perspectivas para o Mercado de Café”, que contou com a participação e os comentários de Oscar Schaps, global head de soft commodities da INTL FCStone Inc.,

Fonte: Texto do CNC adaptado por S. Comunicação Cocapec

CNC e Sistema OCB proporcionaram debate sobre os rumos da política cafeeira no Brasil

29janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

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Antônio Carlos Ortiz, vice-presidente do Rabobank Brasil, Luiz Otávio Araripe, analista da ValorCafé, Américo Sato, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Roberto Paulo, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), e Carlos Alberto Paulino da Costa, presidente da Cooxupé. Os palestrantes apresentaram seus pontos de vista a respeito do cenário mercadológico cafeeiro, apontando que a crise, como todas as anteriores, passará, entretanto não há como precisar uma data. Outro ponto levantado é que os produtores

devem se atentar para, no próximo ciclo de alta de preços, não investirem em novos plantios sem um estudo da demanda atual e futura pelo produto, assim como fazerem um planejamento financeiro de sua atividade para que não se instale outra crise. Após o painel, foram realizadas oficinas de estudo e proposições, as quais contaram com 10 representantes cada, que debateram diversos aspectos da cafeicultura para apresentar ações que tragam melhorias ao setor como um todo. Abaixo, destacamos os pontos principais levantados em cada uma delas.

Oficina I: Garantia de Renda e Escoamento de Oferta

Objetivo: discussão de instrumentos para garantia de renda aos cafeicultores sem comprometer a fatia de mercado do Brasil.

Moderador: Breno Mesquita (CNA) Os debatedores indicaram três pontos fundamentais para garantia de renda e escoamento de oferta. O primeiro foi a REDUÇÃO DE RISCO. A cadeia produtiva do café entende que, a esse respeito, necessita-se de diversificação da lavoura, ajuste na legislação trabalhista, melhor utilização de instrumentos de mercado existentes, ferramentas de mercado inovadoras, com envolvimento financeiro, não apenas público, mas também do setor privado, difusão para popularização junto aos produtores de ferramentas de hedge, “educar” o produtor com assistência técnica e extensão rural para melhorar a gestão da propriedade e melhorias na gestão do Funcafé.

REDUÇÃO DE CUSTO foi o segundo ponto fundamental apontado nessa oficina. Para combater e/ou reduzir os elevados gastos na produção, os participantes sugeriram diversificar a lavoura, ajustes na legislação trabalhista, assistência técnica e extensão rural, trabalhar para a criação do empreendedor individual rural, reconversão da lavoura e possibilidade para erradicação financiada e mecanização da cafeicultura de montanha.

A VALORIZAÇÃO DO PRODUTO foi o terceiro ponto chave indicado. Para se alcançar uma melhor remuneração pelo café, o setor apontou que são necessários incentivar novas formas de consumo além da bebida (cosméticos, culinária, etc.), valorização e fixação das origens produtoras (Identificação Geográfica) nas marcas, incentivar o consumo através de programas de marketing institucional (no Brasil) e global do café brasileiro, buscar parcerias com agências de promoção e exportação

30 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

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Voltando os olhos para o mercado interno, o setor indicou que é preciso mostrar que o CAFÉ VAI MUITO ALÉM DOS BENEFÍCIOS QUE GERA À SAÚDE. Os debatedores recomendaram, entre outros pontos, que se demonstre que a bebida está aliada ao bem estar e ao esporte, o que atrairia mais jovens para o consumo. Por fim, houve menção ao PROCESSO DE INOVAÇÃO INTENSIVA, focando o desenvolvimento de máquinas, cápsulas, sachês, filtros e “dose a dose” – realizando um trabalho paralelo de educação do consumidor –, almejando incrementar a demanda pela bebida.

Oficina III: Cafeicultura e CooperativismoObjetivo: debater instrumentos específicos para o fortalecimento das cooperativas de caféModerador: Carlos Augusto Rodrigues de Melo (Cooxupé) Os integrantes, inicialmente, propuseram ações externas às cooperativas. Nesse ponto, entendem que é preciso levar o cooperativismo a áreas fundamentais do ensino, com a criação de uma disciplina específica sobre o tema para formar jovens cooperativistas. A respeito das ações internas, foi apontada que haja uma ADMINISTRAÇÃO QUE CONTEMPLE O SISTEMA DE GOVERNANÇA, com gestão profissional

para ingresso em novos mercados, melhorar a utilização da linha de financiamento do Funcafé destinada ao marketing e a possibilidade de criação de uma linha diferenciada de financiamento para a aquisição de café por parte da indústria de solúvel.

Oficina II: Estratégias para ampliação do Market Share do BrasilObjetivo: discussão de estratégias para o fortalecimento da participação do Brasil nos mercados doméstico e internacional de café arábica, conilon, torrado e moído e solúvel.Moderador: Guilherme Braga (CeCafé) Os debatedores chegaram ao consenso que é necessário buscar PARCERIAS COM GRANDES TORREFADORAS INTERNACIONAIS para aumentar a participação de cafés brasileiros nos blends mundiais, mencionando nas embalagens do produto que é composto por Cafés do Brasil. Definiu-se que o Brasil precisa investir no marketing dessas marcas. As ZONAS DE PROCESSAMENTO DE EXPORTAÇÃO foram apontadas como um instrumento para ampliar a participação do café brasileiro nos blends internacionais, o que, entre outros fatores, possibilitaria a realização do DRAWBACK, com o Brasil importando café para industrializá-lo e reexportá-lo como maneira de incrementar seu market share, desde que seja contemplada a análise de pragas e doenças. Essa proposta propiciou longa discussão e ainda serão necessários novos debates a respeito. A realização de um programa de MARKETING GLOBAL PARA O CAFÉ DO BRASIL também foi indicada nessa oficina, sendo este uma das maneiras de ACABAR COM A DISCRIMINAÇÃO EXTERNA sobre o produto, haja vista que nosso café é taxado nos países da União Europeia, na China e em outros mercados, ao passo que nossos concorrentes, como Colômbia e nações da América Central não têm a incidência desses impostos para ingressar nos mesmos mercados.

voltada para qualidade e resultados, incluindo, dessa maneira, PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZOS. A CONSTRUÇÃO DE UMA REDE DE RELACIONAMENTO COM FORNECEDORES E CLIENTES e TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE NOVAS LIDERANÇAS também foram citados como fundamentais para o futuro cooperativista do café no Brasil.

Destacou-se que, nas cooperativas, o FOCO TEM QUE SER DO COOPERADO E NÃO NO COOPERADO, pois assim será possível trabalhar com demandas direcionadas por eles, conforme a realidade que vivenciam, e não impostas por diretorias. Por fim, foi indicado que é necessário um bom RELACIONAMENTO COM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, como, por exemplo, o BNDES, haja vista que as cooperativas possuem menos capital de giro do que empresas; CRIAÇÃO DE LINHA DE CRÉDITO PROLONGADA PARA REARRANJO DAS COOPERATIVAS para a formação de alianças estratégicas; INTERAÇÃO DAS COOPERATIVAS NO CONSÓRCIO PESQUISA CAFÉ, para que os projetos de pesquisa sejam realizados conforme a encomenda das mesmas; e MUDANÇA TRIBUTÁRIA, de forma que as cooperativas tenham compensação em alguns tributos, como, por exemplo, PIS/COFINS.

31janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

laboratório da Cocapec é conceito aPor Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec

O laboratório da Cocapec recebeu conceito “A” da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP) pela precisão das análises foliares.

Com a colocação, a cooperativa continua a utilizar o selo de qualidade da entidade. Ao todo são 135 laboratórios de todo o Brasil, credenciados na Esalq/USP que analisam folhas de diversas culturas, além do café, como soja, tomate, entre outros. A estrutura moderna e o profissionalismo dos colaboradores do laboratório contribuíram para que a Cocapec alcançasse mais esta conquista que o coloca como um dos melhores do país. Este resultado é fruto do empenho da cooperativa em oferecer um serviço de qualidade comprovada permitindo que o cooperado tenha informações confiáveis para realizar os tratamentos de maneira racional e precisa em suas lavouras.

eSpeCIaL

As análises foliares realizadas na cooperativasão uma das mais precisas do país

“Com a colocação a cooperativa continua a

utilizar o selo de qualidade da entidade.”

O laboratório da Cocapec possui equipamentos modernosque auxiliam na precisão dos resultados

Os colaboradores são capacitados e analisam as amostrasde maneira totalmente profissional

Com uma análise confiável o cooperado podeprogramar os tratamentos da lavoura

32 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

Cocapecinveste em infraestrutura

Tabalhando sempre para melhor atender os cooperados, a Cocapec está realizando diversas melhorias para trazer mais conforto, segurança e

agilidade nos seus processos.

Cristais Paulista/SP

No dia 21 de novembro, a Cocapec deu o pontapé inicial para as obras no município de Cristais Paulista/SP.No local, será construído um armazém de aproximadamente 12.000m², com a capacidade de armazenamento de 300 mil sacas para atender a futura demanda.

Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

No local será construído um armazém de12.000m² A área fica às margens da rodovia Cândido Portinaripróximo a Cristais Paulista/SP

As máquinas já iniciaram os trabalhos

eSpeCIaL

Diversas obras estão em andamento para melhor atender o cooperado

33janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

O sistema de granelização já está finalizado e entraráem operação na próxima safra

O local poderá atender todos os cooperados paulistas

O novo armazém de café possui 2880m²

O novo armazém receberá as futuras safras

Uma das novidades do núcleo seráo espaço para armazenagem em um piso superior

eSpeCIaL

Capetinga/MG

Enquanto isso, no núcleo de Capetinga/MG, a mudança está sendo mais intensa. Além do armazém já existente, outro com uma área de 2880m² já toma forma e contará também com o sistema de granelização, atendendo assim os cooperados de Capetinga/MG e outras cidades mineiras. Uma nova loja também está sendo construída, possibilitando uma oferta maior de produtos e serviços, trazendo mais conforto aos cooperados, colaboradores e clientes.

34 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

eSpeCIaL

O armazém de Capetinga/MG já está preparado para a safra deste ano

O armazém terá 2.000m²

Com esta obra o núcleo conseguirá atender a crescente demanda dos cooperados da região

Pedregulho/SP

Já em Pedregulho/SP um novo armazém está em fase final e aumentará a capacidade de estocagem de café do núcleo em aproximadamente 2000m². Atendendo assim, a demanda crescente dos cooperados.

35janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

eSpeCIaL

Guarita do novo núcleo de Claraval/MG

Em Franca/SP a guarita foi reformada seguindo o novo modelo

Em Pedregulho/SP a guarita está em fase de acabamento

Guaritas

Outra preocupação da Cocapec está na segurança de seu patrimônio e na integridade de seus colaboradores. Para isso, a Cocapec está reformulando as suas guaritas. As novas edificações são blindadas e terão piso superior, permitindo assim uma visão ampla do núcleo, além de toda tecnologia de câmeras. As primeiras estão em atividade em Franca/SP e Claraval/MG, mas em breve os demais núcleos também serão contemplados com estas melhorias que proporcionam um melhor trabalho dos vigilantes. Tudo é realizado de forma planejada, com recursos próprios aprovados em Assembleia pelos associados, e objetiva promover ainda mais benefícios para todos.

36 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

eSpeCIaL

10 anos daCocapec emibiraci/mGPor Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

Há uma década a Cocapec faz parte da vida dos produtores de Ibiraci/MG e região. Inaugurado no dia 18 de novembro de 2003, através

da incorporação da Comapil, hoje o núcleo possui aproximadamente 500 cooperados e 19 colaboradores. Com uma área total de 20.267 m² e 8.690,11 m² construídos, com moderna estrutura de loja de produtos agropecuários, armazéns de café e insumos, usina de rebenefício e sistema de granelização. Os 6.800m² de armazéns tem

capacidade de armazenagem de cerca de 200 mil sacas de café, e o cooperado tem a possibilidade de optar pela entrega nas modalidades de sacaria de juta, big bag e à granel. Além disso, os associados podem comercializar seu produto através de mercado físico, futuro ou CPR. O núcleo ainda oferece condições na aquisição de produtos, assistência agronômica e veterinária a seus cooperados. A criação do núcleo trouxe inúmeras mudanças para os produtores e também para a cidade. Segundo Getúlio Carrijo Neto, cooperado desde a inauguração

em 2003, a cooperativa possibilitou o aumento da qualidade dos cafés da região, baliza preços e influencia inclusive o setor imobiliário, pois a área onde a Cocapec está instalada. “Era um local desvalorizado e hoje a situação é outra.” Já Geraldo Rodrigues Filho destaca que a cooperativa inovou o mercado de café na região e que a saída é o trabalho em grupo, principalmente nos momentos difíceis. A coordenadora do núcleo, Mara Rúbia Cintra Neves, destaca que a Cocapec modificou a cafeicultura na região, “a cooperativa modernizou o mercado de café

Colaboradores comemoram os 10 anos do núcleo

“Os 6.800m² de armazéns tem

a capacidade de acomodar cerca de

200 mil sacas de café”

37janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

eSpeCIaL

em Ibiraci, o que fez os produtores da cidade evoluírem muito, pois trouxe estrutura, opções de comercialização, financiamentos, aquisição de produtos e máquinas com boas condições de pagamento. A cada ano que passa, a Cocapec traz benefícios novos para os cooperados que reconhecem e confiam na cooperativa”. Mara Rúbia ressalta ainda algumas exclusividades da Cocapec na região, “hoje a cooperativa é a única na cidade a receber os cafés no processo de granelização, e ter armazéns certificados e segurados, o que é um grande diferencial, principalmente no momento de comercializar a safra”. Toda essa conquista foi celebrada em um dia de negócios com a presença de diversos cooperados, diretoria e colaboradores do núcleo.

Diversos cooperados celebram juntos o aniversárioda Cocapec em Ibiraci/MG

O corte do bolo foi feito pela coordenadora do núcleo Mara Rúbia Cintra Neves, o responsável técnico veterinário Paulo Correia, a gestora de lojas Cláudia Valéria Baston e os diretores da Cocapec.

1ª exportação do núcleo aconteceu em 2008

Inauguração do armazém de café em 2008

Nas comemorações dos 10 anos também aconteceuo “Dia de Negócio”

38 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

E chegou 2014. Motivo de comemoração pelo ano novo, e para a Revista Cocapec motivo de alegria por poder publicar duas fotos que estão agora

completando 100 anos. Carregamento de Café no Porto de Santos, em 1914, o que é, no mínimo, emblemático. Na época o café já era cultivado em Franca e cidades da Alta Mogiana, seguia pela Companhia Mogiana de Estradas de Ferro para ser embarcado para o grande mercado consumidor da Europa. As fotos dão ideia de como era toda a atividade. Os trilhos da Mogiana aparecem em todo o trecho. Pelos vagões passaram certamente milhares e milhares de sacas de café. Ao fundo, nota-se os armazéns alfandegários (Foto 1). Dos armazéns o café seguia para o convés do navio. A rampa de acesso mostra cada trabalhador levando o café (Foto 2). Alguns ou muitos deles carregavam duas sacas ao mesmo tempo e com isso garantiam o sustento de suas famílias. Nesse caso, com os braços fortes, levavam 120 kg de peso. Estes são apenas dois registros da história extraordinária do café. Certamente, milhares estão espalhados em diversas propriedades rurais e na memória dos nossos cafeicultores. Você é nosso convidado para nos ajudar a contar na Revista Cocapec como o café se tornou o principal produto agrícola da nossa região. Envie suas fotos para retratarmos nas próximas edições.

eSpeCIaL

CafÉa história emmil aromasPor Realindo Jacinto Mendonça Junior / Jornalista

Para mais informações:(16) 3711-6203 - Murilo

[email protected]

(16) 3711-6291 – [email protected]

39janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

Você sabiaque na Cocapec...

Para ter garantia dos tratores Agrale é necessário fazer todas as revisões?É uma exigência do fabricante que o proprietário faça as três revisões, que são gratuitas, para que a garantia oferecida possa valer. No caso do modelo Agrale Linha 4000 a primeira é na entrega, depois com 60 horas, e a última 200 horas. Já no caso do Agrale Linha 5000, além da primeira, é realizada outra com 200 horas e a terceira com 600 horas. Para realizar o procedimento basta entrar em contato com o setor de máquinas e implementos da cooperativa pelo tel.: (16) 3711-6280 (Marciel).

VoCÊ SaBIa?

São emitidas cerca de 13 mil notas fiscais por mês?Este número se refere as notas fiscais de entrada e saída sempre emitidas em 3 vias, totalizando 39 mil impressões. Todo este volume gera grandes demandas de trabalho em diversos setores da cooperativa que organizam os documentos, recolhem os impostos e realizam as obrigações e assessorias junto ao fisco. Este processo é semelhante ao que o cooperado também faz, através dos serviços contábeis exercidos pelos escritórios de contabilidade, ao realizarem a contabilidade rural e imposto de renda da pessoa física e/ou jurídica.

São classificadas e degustadas mais de 5 mil amostras de cafés por safra?Este número se refere ao somatório de todo volume movimentado na matriz e núcleos. Em Franca foram 1.954, Claraval 1343, Ibiraci 1337, Pedregulho 618 e Capetinga 379 amostras. Após os procedimentos de classificação e degustação os cafés estão disponíveis para a comercialização.

40 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

dicas paraevitar a mastiteem suas vacas

Mastite ou mamite é a inflamação da glândula mamária, tendo como principais causas: bactérias, fungos,

leveduras e algas. Pode ser por invasão via canal do teto e multiplicação na glândula mamária, colonização da pele e canal do teto entre as ordenhas, flutuações de vácuo durante a ordenha e também por cânulas (bico da seringa antimastite) contaminadas. Os agentes causadores da mastite podem ser: contagiosos ou ambientais. Os agentes contagiosos têm multiplicação na glândula mamária e são transmitidos de um animal ao outro via ordenha, teteiras, mãos dos ordenadores, panos para limpeza e secagem dos tetos. Os agentes ambientais são micróbios oportunistas que vivem no esterco, na lama, na cama (lugar onde a vaca deita) e são transmitidos durante e entre as ordenhas. Como sempre mencionamos em nossos artigos, o melhor tratamento é a prevenção, e nas mastites acontece da mesma maneira. Grande parte dos produtores não percebe que a mastite leva a enormes perdas, a vaca produz menos quantidade de leite após a infecção, além do descarte do leite durante o tratamento e custos com medicamentos. Já a prevenção da mamite não atinge 1% dos gastos. A prevenção exige um controle rigoroso em todos os segmentos relacionados com a pecuária leiteira. Vamos enumerar alguns:

Sempre que for manipular as tetas é necessário o uso de luvas

pRoDUÇÃo aNIMaL

1-Treinamentos de pessoas – ordenadores, responsáveis pela lavagem e limpeza dos equipamentos, cuidadores de bezerros e outros ligados a área;

2-Ordenha com protocolo operacional – uso de luvas pelos ordenadores, pré-ordenha, limpeza dos tetos com papel seco, pós-ordenha com imersão total dos tetos;

3-Animais – manter as vacas no cocho para não deitarem antes de no mínimo 40 minutos após a ordenha. Vacas com mastite devem ser ordenhadas no

último lote. Descartar vacas mais velhas e com mastites crônicas;

4-Ambiente limpo em todos os sentidos: camas, úbere com pelos flambados (queimados) para evitar sujidades do úbere e tetos. Reduzir lama nas entradas dos animais no estábulo;

5-Regulagem do equipamento, com atenção ao vácuo da ordenhadeira;

6-Conforto aos animais, com água fresca à vontade, sombra e ventilação. Manter cochos e pisos limpos e sem buracos;

Por Paulo Correia | Médico Veterinário Uniagro/Cocapec / Mestre em medicina veterinária e professor universitário

41janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

Franca | Av. Dr. Ismael Alonso y Alonso, 1270 | 16 3707.6100Ribeirão Preto | Av. Maurílio Biagi, 3443 | 16 3515.3000

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de 3 anos, sem limite de quilometragem para uso particular, 100 mil km para uso comercial ou o que vencer primeiro, com revisões e manutenções efetuadas nas concessionárias Nissan, limitadas a defeitos de fabricação ou montagem de peças. Para mais informações, consulte o manual de garantia. Acessórios não inclusos. Estes veículos estão em conformidade com o PROCONVE – Programa de controle de poluição do ar por veículos automotores. Frete incluso. Use sempre o cinto de segurança. Imagens meramente ilustrativas.

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pRoDUÇÃo aNIMaL

7-Piquetes limpos e secos, principalmente no pré-parto;

8-Secagem da vaca com bisnagas antimastite para vaca seca e uso de selante para os tetos;

9-Tratamento de mastite para as vacas com problemas, no período seco;

10-Usar como rotina vacina contra mastite.

Estas são recomendações gerais. Para cada propriedade leiteira há necessidade de adequação e outros procedimentos específicos. Procure sempre o veterinário que pode fornecer suporte e melhorias ao seu rebanho.

Segundas-feiras Núcleo Claraval/MG (tarde)

Terças- feirasNúcleo Ibiraci/MG (tarde)

Quartas-feirasNúcleo Pedregulho/SP (manhã) / Matriz Franca/SP (tarde)

Quintas-feiras Capetinga (tarde)

Agenda de atendimento 2014 do responsável técnico veterinário

42 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

SoCIaL

projeto Escolano Campo exalta o cooperativismoPor Cristiane Olegário | Assistente de Comunicação Cocapec

Uma grande celebração para uma grande ação. Foi assim que se encerrou no mês de novembro o Projeto Escola no Campo 2013. Os 400

estudantes de escolas públicas da área de atuação da Cocapec apresentaram juntos diversas coreografias de danças circulares, que simbolizam o espírito cooperativista. O momento foi emocionante, pois os professores haviam ensaiado os jovens em suas respectivas escolas, e no dia, o focalizador de danças circulares Carlos Eduardo Rodrigues, misturou todo mundo,

Danças, teatro e diversão marcaram o encerramento em 2013

ressaltando ainda mais o princípio de união. Foram formadas três grandes rodas e apresentadas sete músicas, sendo uma de surpresa com a letra fazendo referência ao café. Os estudantes assistiram também o espetáculo “Era uma vez... Histórias de Cooperação”, da A Cia. A Fabulosa. A peça foi interativa e demonstrou de forma lúdica a importância da cooperação. A cerimônia contou ainda com a entrega dos certificados às escolas e estudantes participantes do Projeto. Os representantes da Cocapec e Syngenta, José de Alencar Coelho Júnior - gerente comercial,

Flávio Nascimento – assistente técnico de vendas e Marcelo Gonçalves – representante técnico de vendas, respectivamente, ressaltaram a importância do Escola no Campo para a disseminação de informações sobre as boas práticas agrícolas e sua relação com o meio ambiente. Mais uma vez, a Cocapec contou com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP) sempre parceiro nas ações de difusão do cooperativismo.

Os jovens ficaram atentos na peça “Era uma vez... Histórias de Cooperação”

43janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

SoCIaL

Três grandes rodas foram formadas por todos os alunos para realizar as coreografias das danças circulares

Todo mundo misturado os estudantes desempenharambem as coreografias

A união das escolas marcou o encerramento

Os alunos tiveram que dançar uma música surpresae se saíram super bem

Os representantes da Cocapec e Syngenta ressaltaram a importância do Projeto Escola no Campo para os presentes

44 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

SoCIaL

Natal Cooperativo: solidariedade e cooperativismo juntosPor Cristiane Olegário | Assistente de Comunicação Cocapec

Mais uma vez a campanha Natal Cooperativo, realizado pela Cocapec e Sicoob Credicocapec foi um sucesso. Ao

todo foram arrecadados R$ 15 mil através das doações dos cooperados, clientes, fornecedores, colaboradores, amigos e familiares. A ação foi lançada no dia 14 de novembro e encerrou em 20 de dezembro. Neste período, os colaboradores das duas cooperativas se organizaram em grupos para buscar doações financeiras. Uma novidade no Natal Cooperativo de 2013 foi a inclusão de atividades internas remetendo ao café, cooperativismo e as cooperativas com destaque para as 60 doações de sangue e as receitas elaboradas com café como

Entrega no Lar Eurípedes Barsanulfo - Franca/SP

ingrediente base. Todo o valor arrecadado foi revertido para compra de produtos de limpeza, leite e café e repassados para entidades assistenciais da região.

Instituições beneficiadas

FrancaLar Eurípedes BarsanulfoLar São VicenteLar de OféliaNosso Lar D. Leonor

ItirapuãLar de Idosos S. Francisco

IbiraciAsilo Aísa R. Siqueira

CapetingaLar São VicenteAssoc. Creche Raio de Luz

PedregulhoLar dos Velhinhos

A entrega das doações foi feita pela família Cocapec e Sicoob Credicocapec, que foi representada por seus colaboradores participantes. Ao todo a campanha beneficiará aproximadamente 400 pessoas. As cooperativas agradecem a participação de cooperados, clientes e fornecedores na campanha, bem como o empenho dos colaboradores em mais uma demonstração de cooperação e solidariedade.

“Ao todo foram arrecadadosR$ 15 mil”

45janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

SoCIaL

Entrega no Nosso Lar D. Leonor – Franca/SP Entrega no Lar de Ofélia – Franca/SP

Entrega para o Lar de Idosos S. Francisco – Itirapuã/SP Entrega no Lar São Vicente – Franca/SP

Entrega para o Lar São Vicente – Capetinga/MG Entrega na Assoc. Creche Raio de Luz – Capetinga/MG

Entrega no Lar dos Velhinhos – Pedregulho/SP Entrega no Asilo Aísa R. Siqueira - Ibiraci/MG.

46 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

Todo ano pela força do hábito, alguns associados acabam se equivocando na hora de datar um cheque e colocam a data do ano anterior. Portanto, é

importante ficar atento na hora de preencher os cheques com o ano de 2014. A confusão na hora do preenchimento é comum na virada do ano. Portanto, durante o mês de janeiro, para os cheques datados com o ano de 2013, as instituições financeiras irão adotar procedimentos de verificação para checar se o documento não foi emitido além do prazo permitido em norma para sua compensação – o prazo é de seis meses. Se for comprovado que, de fato, houve um equívoco no preenchimento do cheque, o mesmo será compensado normalmente. Cuidados – O cheque é um importante meio de pagamento e requer cuidados para sua boa conservação, segurança, evitando-se perdas ou extravios, e atenção do uso correto. Por isso, a Febraban divulgou algumas dicas para evitar eventuais problemas: -Emita sempre cheques nominais e cruzados;

-Ao preencher cheques, elimine os espaços vazios, evite rasuras;

-Controle seus depósitos e retiradas no canhoto, inclusive as realizadas com cartão;

-Evite circular com talões de cheque. Leve apenas a quantidade de

fique ligado ao preenchimento de cheques em 2014Fonte: www.blogsicoob.com.br

folhas que pretende utilizar no dia;

-Quando receber um novo talão confira os dados referentes ao nome, número da conta corrente e CPF e a quantidade de cheques do talonário;

-Tome o máximo de cautela na guarda dos talões. Destaque a folha de requisição e guarde em separado;

-Nunca deixe requisições ou cheques assinados no talão;

-Destrua os talões de contas inativas;

-Separe os cheques de qualquer documento pessoal;

-Não utilize caneta hidrográfica ou com tinta que possa ser facilmente apagada. Evite canetas oferecidas por estranhos;

-Não forneça dados pessoais por telefone;

-Nunca utilize máquinas de escrever polietileno, pois os valores preenchidos poderão ser facilmente apagados e modificados.

47janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

48 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

Valores referente ao mês de dezembro de 2013

PRODUTOS UNID. Preço unitário SP Preço unitário MG Relação de Troca SP Relação de Troca MG

Sulfato de Amônio t Scs/t 830.00 Scs/t 755.00 Scs/t 2.76 Scs/t 2.51

Ureia t Scs/t 1,150.00 Scs/t 1,150.00 Scs/t 3.83 Scs/t 3.83

Super Simples Pó t Scs/t 790.00 Scs/t 790.00 Scs/t 2.63 Scs/t 2.63

Super Simples Gr t Scs/t 775.00 Scs/t 785.00 Scs/t 2.58 Scs/t 2.62

Cloreto de Potássio Gr t Scs/t 1,180.00 Scs/t 1,195.00 Scs/t 3.93 Scs/t 3.98

Adubo 21.00.21 t Scs/t 1,080.00 Scs/t 1,165.00 Scs/t 3.60 Scs/t 3.88

Nitrato de Amônio t Scs/t 1,020.00 Scs/t 1,040.00 Scs/t 3.40 Scs/t 3.47

BICHO MINEIRO

PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA

Abamectina Nortox 0,4 R$ 23,50 R$ 9,40

Curyon 0,8 R$ 61,26 R$ 48,21

Danimen 0,2 R$ 87,00 R$ 17,40

Fastac 0,2 R$ 25,00 R$ 5,00

Karate Zeon 0,04 R$ 44,50 R$ 1,78

Nomolt 0,4 R$ 89,00 R$ 35,60

CERCOSPORA

PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA

Priori xtra 0,75 R$ 133,18 R$ 99,89

Amistar 0,1 R$ 400,19 R$ 40,02

Cuprozeb 3 R$ 20,25 R$ 60,75

Tutor 2 R$ 25,76 R$ 51,52t

COMET 0,4 R$ 122,97 R$ 49,19

Opera 1,5 R$ 76,26 R$ 114,39

Supera 2 R$ 28,22 R$ 56,44

FERRUGEM

PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA

Alto 100 0,75 R$ 80,00 R$ 60,00

Opera 1,5 R$ 76,26 R$ 114,39

Tilt 1 R$ 80,09 R$ 80,09

Priori xtra 0,75 R$ 133,18 R$ 99,89

Supera 350 SC 2 R$ 28,50 R$ 57,00

HERBICIDAS

PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA

Glifosato 3 R$ 12,23 R$ 36,69

Zapp QI 2,1 R$ 18,52 R$ 38,89

Gramocil 3 R$ 19,68 R$ 59,04

Aurora 0,08 R$ 315,00 R$ 25,20

Flumizim 0.1 R$ 342,50 R$ 34,25

Roundup WG 1.5 R$ 23,00 R$ 34,50

PHOMA

PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA

Amistar 0,1 R$ 400,19 R$ 40,02

Tebufort(Tebuconazole) 1 R$ 30,00 R$ 30,00

Cantus 0,15 R$ 568,70 R$ 85,31

BROCA

PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA

Lorsban 1,5 R$ 23,50 R$ 70,50

Trebon 1,5 R$ 28,12 R$ 42,18 MANCHA AUREOLADA

PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA

Cobre Recop 3 R$ 17,00 R$ 51,00

Cuprozeb 2,5 R$ 19.98 R$ 49,95

Supera 2 R$ 28,50 R$ 57,00

Kasumin 1 R$ 64,50 R$ 64,50

Tutor 2 R$ 25,76 R$ 51,52

INSETICIDAS DE SOLO

PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA

Verdadero WG 1 R$ 360,00 R$ 360,00

Counter 35 R$ 10,00 R$ 350,00

Actara WG 1,4 R$ 228,79 R$ 320,31

HERBICIDA PRÉ-EMERGENTE PARA CAFÉ

PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA

Goal 2,5 R$ 51,00 R$ 127,50

CUSTO (R$/HA) por segmento

RELAÇÃO DE TROCA DE CAFÉ

BoLeTIM - ReLaÇÃo De TRoCa

49janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

Índice pluviométrico* de Capetinga nos últimos 5 anosAno Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2010 327 95 206 51 12 6 0 0 87 116 302 235

2011 399 120 538 136 0 8 0 0 8 186 161 306

2012 523 80 245 103 50 134 19 0 55 104 265 198

2013 321 254 222 91 142 67 0 12 89 149 239 127

2014 141

Média Mensal 342.2 137.3 302.8 95.3 51.0 53.8 4.8 3.0 59.8 138.8 241.8 216.5

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec de Capetinga, MG

550

500

450

400

350

300

250

200

150

100Jan Fev Mar

2009 2010 2012 2013 2014

Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov

Fonte: Esalq/BM&F

Dez

550

500

450

400

350

300

250

200

150

100Jan Fev Mar

2009 2010 2012 2013 2014

Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov

Fonte: Esalq/BM&F

Dez

Média mensal do preço de Café Arábica* índice Esalq/BM&F

2013 2014

R$ US$ R$ US$

Janeiro 341.17 168.18 289.44 121.45

Fevereiro 317.72 164.56

Março 303.46 152.94

Abril 300.59 150.15

Maio 297.25 145.91

Junho 285.71 131.49

Julho 287.57 127.68

Agosto 286.18 122.07

Setembro 273.90 120.84

Outubro 253.94 115.88

Novembro 247.73 107.75

Dezembro 272.10 115.90

MÉDIA ANUAL 288.94 134.98 289.44 121.45*Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

Média mensal do preço* de Milhoíndice Esalq/BM&F

2013 2014

R$ US$ R$ US$

Janeiro 32.75 16.15 26.83 11.26

Fevereiro 32.34 16.39

Março 30.71 15.48

Abril 26.41 13.19

Maio 26.02 12.76

Junho 26.45 12.17

Julho 25,03 11,11

Agosto 24,04 10,25

Setembro 25.07 11.06

Outubro 24.12 11.01

Novembro 25.59 11.13

Dezembro 26.45 11.27

MÉDIA ANUAL 27,08 12,66 26.83 11.26Fonte: Índice Esalq/BM&F

Índice pluviométrico* de Franca nos últimos 5 anosAno Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2010 461 158 274 16 17 12 1 0 110 102 339 221

2011 328 145 365 146 1 29 0 24 32 115 135 274

2012 317 158 150 125 28 115 28 0 67 69 196 159

2013 297 246 296 130 125 55 7 8 86 157 209 242

2014 129

Média Mensal 306.4 176.8 271.3 104.3 42.8 52.8 9.0 8.0 8.0 73.8 110.8 224.0

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec Matriz - Franca, SP

Média Mensal do Preço do Café Arábica - Comparativo dos últimos 5 anos (R$)

BoLeTIM - ReLaÇÃo De TRoCa

50 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

CURTaS

Curtas

Cooperativa aumenta seu quadrosocial em 2013

Cocapec conscientiza colaboradores

Em 2013, aconteceram 11 reuniões de novos cooperados e demonstrou o aumento do quadro social da Cocapec. Todos os meses mais produtores rurais aderem ao sistema cooperativista e se beneficiam das inúmeras vantagens que ele possui como, armazenagem, comercialização, assistência agronômica, análises de solo e foliar, aquisição de produtos com valores vantajosos entre outros. A Cocapec dá as boas vindas a todos os novos associados.

A Cocapec, através da Cipa, promoveu duas ações, uma para conscientizar seus colaboradores sobre a prevenção do câncer de próstata e outra HIV. Os membros da Cipa percorreram os setores da cooperativa informando os colaboradores sobre a importância de se cuidar. Além dos materiais com conteúdo sobre os temas, um laço de fita azul foi distribuído para marcar o “Novembro Azul”, fazendo alusão ao combate ao câncer de próstata. Os colaboradores utilizaram este adereço durante todo o mês e reforçaram a importância de se cuidar.

agrale premia a Cocapec

A Agrale desenvolve o Programa de Qualidade do Concessionário Agrale (PQCA) com a finalidade de garantir a prestação do melhor serviço aos seus clientes. Para isso, anualmente, ela avalia suas concessionárias de acordo com alguns critérios como: vendas, marketing, finanças, estrutura e pós-venda. A Cocapec conquistou o bronze pelo trabalho realizado juntamente com os colaboradores do setor de máquinas e implementos.

Edição Especial dos melhores Cafés de são paulo celebra qualidade do setorEm dezembro, a Cocapec participou do lançamento da Edição Especial dos Melhores Cafés de São Paulo, que contou com a presença do governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Fazem parte as 14 marcas, entre elas o Sr. Café, elaboradas com grãos gourmet vencedoras do 11º Concurso Estadual de Qualidade Café de São Paulo, realizado em outubro.

51janeiro | Fevereiro Revista CoCapeC nº 89

52 Revista CoCapeC nº 89 janeiro | Fevereiro

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