revista balonismo beta

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1 Marketing Esportivo Expedição Destino Azul Especial Leis de incentivo Perfil Lupercio Lima tri-campeão Brasileiro de Balonismo Agenda de eventos e muito mais ... 24º Festival Internacional de Balonismo - Torres RS - nº 01 | 2012 | Distribuição On line | www.revistabalonismo.com.br

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esta revista é a versão Beta, será distribuída on line e editada em 3 liguas Inglês, Espanhol e Português. www.balaodevoo.com.br

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Page 1: Revista Balonismo Beta

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Marketing Esportivo

ExpediçãoDestino Azul

Especial Leis de incentivo

Perfil Lupercio Limatri-campeão Brasileiro de Balonismo

Agenda de eventose muito mais ...

24º Festival Internacional de Balonismo

- Torres RS -

nº 01 | 2012 | Distribuição On line | www.revistabalonismo.com.br

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ANUNCIO LOOK

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ANUNCIO LOOK

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sumário

Elóy Simões8 18

Marketing & Esporte

Especial28Balão de

forma

ComGurusUm salto maior

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Midiaexpontânea 38

1840ComGurus

Dia-a-dia Fernando KlepzipProprietário e coordenador da Zig Filmes

Um salto maior

Carlos Ferrerinha

Rev

ista

&Balonismo

Esportes da NaturezaBalonismo

Esportes da Natureza

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Caros

Queremos agradecer as diversas manifestações dos nossos leitores elogiando a newsletter diária implan-tada há quase dois meses pelo nosso site. Estamos felizes com os resultados alcançados. Em apenas 3 me-ses, chegamos a 14 mil leitores cadastrados e apresentado no fechamento do mês, um crescimento superior a 12 vezes no número de acessos a página.

Estamos recebendo informações de diversas cidades do Brasil, com destaque para os estados vizinhos

do Rio Grande do Sul e Paraná, que estão descobrindo na Making Of uma forte parceira para divulgação de suas informações. São Paulo também tem utilizado com muita freqüência a nossa seção “Multimídia” para passar informações ao mercado. Isso comprova que estamos no caminho certo.

O site da Making Of não nasceu para ser o maior site de informação de SC. Ele é fruto de um desejo dos nossos leitores e parceiros que buscam a informação pura e simples, sem sensacionalismo, sem buscar “furos de reportagem”, sem a exigência de notas exclusivas, com o único intuito de informar. Simples assim. Esta postura tem atraído a atenção do mercado, que já aponta nossa página como a de maior credibilidade, pelo posicionamento neutro e ético do nosso conteúdo – seguindo os passos da revista, que há quatro anos vem conquistando o respeito do trade da comunicação e dos profissionais do mercado.

A todos vocês que nos prestigiam diariamente enviando suas informações para a seção “Multimídia” atra-vés do e-mail multimí[email protected], nosso sincero agradecimento e o compromisso de con-tinuarmos praticando a filosofia de buscar sempre o que for melhor para o mercado.

Nesta edição da Making Of, vamos falar do 13º Congresso Acaert, um dos maiores eventos de comuni-cação do Sul do Brasil, realizado em Florianópolis. Nas palestras, questões-chave como a defesa da ética, as dicas para se atualizar no mercado e as críticas ao processo de produção das notícias foram destaque. Outro evento do período o Floripa Fashion Donna DC não poderia ficar de fora da Making Of. Fizemos uma seleção especial de fotos que comprovam o sucesso das marcas catarinenses no maior evento de moda de Santa Catarina.

Você vai conhecer, também, os bastidores do Acústico Brognoli, que há três anos prestigia os artistas da terra. Por trás de tamanha produção, o trabalho da Sonar Comunicação Mix, agência responsável por todo o conceito visual e publicidade do espetáculo.

Em entrevista exclusiva para a Making Of, Emílio Cerri fala da proposta do Comgurus, confraria formada por gurus da comunicação, que oferecem uma mãozinha aos estudantes e recém-formados em comunica-ção – a idéia é auxiliar a preencher algumas lacunas deixadas pelos cursos de graduação. Formado em 2007, o sexteto já realizou almoços-consultorias com 20 pares de novatos – os chamados ComGuris – e participou de dez eventos na área da propaganda sobre os desafios da profissão.

A importância da web como balcão de negócios e a relevância dos sites corporativos. O futuro dos jornais e as discussões realizadas pelo 7º Congresso Brasileiro de Jornais. O dia-a-dia de Fernando Kleipzig, as co-lunas de Elóy Simões e Carlos Ferreirinha, o artigo especial de Domício Torres, Gerente do IBOPE para Porto Alegre e Santa Catarina, e muito mais.

Uma boa leitura, mandem notícias e sucesso sempre.

Rev

ista

&Balonismo

Esportes da Natureza

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Conselho editorialAntunes Severo, Eloy Simões, Fernanda Luchi, Patrícia Ramos, Patrick Elbert e Ricardo Gia-comozzi

EditoraPatrícia Ramos

JornalistasLuiz SpizaCarol MacárioKalyta Camargo

Arte Gráfica e DiagramaçãoRafael Cirimbelli da Luz

ColunistasCarlos FerreirinhaEloy Simões

ArtigoDomício Torres

Jornalista responsávelPatrícia Ramos – SC – 02737 – JP

Fechamento de arquivoKadopress Bureau Digital

Foto CapaCarlos Rocha – Link Photodesign

Fontes usadasGrupos: Eurostile, Frutiger, Helvetica, LACURG, Myriad, TCCM e zurchbxc

CtP e impressãoElbert Indústria Gráfica

Contatoswww.revistamakingof.com.brcomercial@[email protected]@revistamakingof.com.brmultimí[email protected]

A Making Of é uma publicação editada pela Conecte Agência de Comunicação e distribuída através de mailling direcionado. A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.

Tenho recebido diariamente as edições eletrônicas da news Making Of.Vocês estão fazendo um excelente trabalho para o setor de comunicação e marketing.Parabéns!

Jorn. Mário XavierRedactor Comunicação

Em resposta a enquete publicada em nossa página “É utópico pensar que a imprensa poderia assumir o papel de educadora social?”:

A função educacional é da família, complementada pela escola e pelas demonstrações de cidadania da sociedade. À imprensa cabe a missão de informar e complementarmente contribuir para a cultura geral dos leitores através de matérias de cultura, artes, tecnologia etc. A questão é se a imprensa está informando ou deformando a realizade dos fatos?

Antunes Severo Instituto Caros Ouvintes

A revista Making Of é acessada todos os dias pelo pessoal da agência.Gostamos muito do trabalho de vocês.

Aline AraújoAssessora de Imprensawww.idcomsc.com

Por gentileza, gostaria de saber como faço para ter a assinatura da revista. Natália Carine Celestino de Oliveira Porto Velho - RO

Nosso site aguarda você! Mande seus releases ou notas para a seção multimídia. Para saber mais, acesse

www.revistamakingof.com.br

Page 8: Revista Balonismo Beta

8

1. Pedrinho – não aquele amigo do cagão do comercial de TV, outro – foi caçar passarinho.

Pegou a espingardinha que o avô lhe deu, abasteceu-se de chumbinho, entrou na mata, começou a atirar.

Ba!, pra cá, ba!, pra lá, e assim foi.

Estava em plena atividade, quando viu passar um avião. Daqueles pequenos, que os mais antigos chamavam de teco-teco.

Era o avião contratado por um dos candidatos a prefeito da cidade onde Pedrinho vivia, para jogar, de lá de cima, volantes com a propaganda dele.

Pedrinho nunca tinha visto.

Viu quando o avião passava..

Achando que era um pássaro diferente, Pedrinho apontou e ba!. No exato momento em que lá de cima, alguém, no avião, jogou os tais volantes.

O avião passou, não aconteceu nada com ele, mas Pedrinho ficou orgulhoso, embora com o amor ferido. Falou alto, como se alguém estivesse por ali:

“Matar eu não matei, mas arranquei um monte de penas dele” (contato por Rolando Bol-drin, mais ou menos assim, no programa Sr. Brasil, da TV Cultura).

2. Na Comissão A Educação, a Profissão e o Mercado do IV Congresso Brasileiro de Publici-dade foi aprovada a seguinte tese:

“1. O atual mercado de trabalho para os formandos em Comunicação Social e áreas afins ultrapassa de muito o segmento tradicionalmente ocupado pelas agências de propaganda. De fato, ele aumenta exponencialmente, com o surgimento das novas arenas de comunicação com o mercado, que incluem o universo digital, o mundo do entretenimento e da moda, o marketing esportivo, grandes feiras e eventos, o grande varejo e, ainda, diversos segmentos do mundo cultural e artístico, entre outros. Mercado e escola devem incentivar estudos mais aprofunda-dos sobre a cadeia produtiva da comunicação com o mercado - como o que está em execução pelo CAEPM/ESPM - visando compreender suas demandas presentes e futuras.”

elóy simões

TÁ BOM, MAS TÁ RUIM

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“2. Há grande diversidade (tanto na natureza como nos níveis de qualidade) entre as centenas de escolas de todo o País, quanto à estrutura curricular e à metodologia de ensino, especialmente em relação aos cursos de Comunicação Social. A maioria destes cursos não apresenta nem mesmo conteúdos adequados às suas realidades regionais e, principalmente, estão muito distantes dos sofisticados níveis exigidos pelos principais mercados. As escolas devem aproximar-se mais das entidades de classe, visando aprimorar o aperfeiçoamen-to da formação e orientação oferecidas aos estudantes. A Comissão aconselha que sejam adotados modelos pedagógicos que incentivem os alunos ao embasamento teórico e prático mais sofisticado e à busca de soluções diferenciadas diante dos atuais desafios sócio-econômico-ambientais e culturais, inclusive levan-do em conta as diferenças entre os mercados regionais. Também recomenda que se valorize, por todos os meios possíveis, a função do professor, em todas as fases do processo - e que se estimule, cada vez mais, a internacionalização dos currículos e das atividades acadêmicas. Além disso, cabe às próprias empresas - além das escolas - o estímulo ao desenvolvimento contínuo de seus profissionais, através de incentivo à educação continuada.”

“3. A Comissão reconhece a necessidade de que as agências de publicidade, assim como todos os demais protagonistas desses serviços de comunicação com o mercado, trabalhem em próxima e harmoniosa parceria com seus clientes no sentido de manter equiparados, e cada vez mais elevados, os padrões profissionais de sua prestação de serviços. A Comissão também enfatiza a natureza eminentemente criativa do processo for-mativo na área de comunicação e de que esta atividade humana é determinante para possibilitar as grandes mudanças ainda necessárias para assegurar um futuro positivo para a humanidade.”

“4. Os membros da Comissão - embora pessoalmente contrários a uma regulamentação única para a profissão de publicitário - foram, no entanto, de opinião que a vertiginosa diversificação das atividades de comunicação com o mercado e a exigência de talentos e capacitações cada vez mais variados tornaram muito complexa a questão da regulamentação da profissão nessa área. Assim sendo, recomenda que este importante assunto continue a ser estudado pelo órgão que sugere que seja criado pela ABAP no parágrafo seguinte de número 5.”

“5. A Comissão de Educação propõe a sua manutenção, sob a égide da ABAP, após o encerramento do IV Congresso, como instituição permanente, tendo por objetivo o estudo mais aprofundado dos temas aqui levantados, para agências, prestadores de serviços, veículos e outros participantes do universo da comuni-cação de mercado. Recomenda ainda que o texto da palestra de Julio Ribeiro, apresentado durante este IV Congresso, sirva de referência para os trabalhos da futura comissão.”

3. Prestou atenção na recomendação número quatro da Comissão? Se prestou, viu que o assunto Regulamentação Profissional vai conti-nuar a ser discutido por uma Comissão constituída pela ABAP. E como ela é contra...

O fato de conseguirmos impedir que uma declaração contra a Regulamentação Profissional fosse feita pela Comissão, é como o tiro no teco-teco dado pelo garoto que caçava na floresta: não vai adiantar nada, se deixarmos as coisas correrem soltas.

4. O que fazer agora? Em primeiro lugar, não confundir teco-teco com passarinho. Nem volante distribuído para a platéia ver, com objetivo

alcançado. Depois, ir à luta.Não confundir vitória na Comissão com vitória da Regulamentação. É não bobear. Não gastar chumbo à-toa. É continuar lutando.

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por Thaís Lentz

entidades

Reforço para ojornalismo catarinenseRede de Notícias Acaert passa por reestruturação e fica aindamais perto do jornalismo diário, dinâmico e estadual

Uma novidade na Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert) irá dar um novo ritmo ao jornalismo catarinense.

Com o reforço na estrutura da Rede de Notícias Acaert, que já funcionava desde julho do ano passado, agora a Associação passa a oferecer a emissoras de rádio e TV conteúdos jornalísticos com um tratamento ainda mais especial. Nova sede, unidade móvel. A nova estrutura chega para fortalecer as estratégias de cobertura jornalística diária da RNA.

De acordo com a presidente da Acaert, Marise Westphal Hartke, o projeto é responsável por configurar uma nova fase na história da Associação. “Solucionamos o alicerce que faltava no tripé da atuação da entidade. Hoje, podemos destacar nossa atuação nas áreas institucional, comercial e em serviços especia-lizados”, comenta.

Segundo a presidente, o que faltava era justamente oferecer aos associados conteúdos jornalísticos, marcando a presença da Acaert na cobertura das notícias do Estado. “Atuamos em função dos interesses de nossos associados. Na comercialização já disponibilizávamos a Central Acaert de Rádio, projeto já con-cretizado e respeitado pelo mercado. Faltava mesmo disponibilizar o serviço jornalístico. Já começamos a conquistar isto, embora ainda se tenha muita estrada a percorrer, mas estamos no caminho certo. É uma contribuição histórica para Santa Catarina e Brasil”, destaca.

O coordenador do projeto, jornalista Marco Aurélio Gomes, relembra que a Acaert foi a primeira entida-de de radiodifusão a oferecer este tipo de serviço no Brasil. Um dos destaques na nova estrutura da Rede, segundo Marco, será a unidade móvel para cobertura jornalística. “Com a unidade móvel teremos maior agilidade na produção de material jornalístico, o que nos possibilitará mais rapidez no envio dos boletins. Além disto, será uma ferramenta fundamental nas futuras transmissões ao vivo”, explica.

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ANUNCIO

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Se antes um website era considerado modismo ou apenas um custo mais, marcar presença no mundo on-line é hoje quesito fundamental dentro da estratégia de marketing e relacionamento de qualquer empre-sa. E se o internauta brasileiro é o que passa mais tempo conectado à rede, por que não aproveitar a Internet para realizar grandes negócios?

Se planejado de forma adequada, um website corporativo pode ser o principal canal de vendas de qualquer atividade. “O consumidor brasi-leiro vem aos poucos abrindo mão do modelo tradicional de compra e venda de mercadorias e serviços para se engajar definitivamente numa nova forma de consumo: o comércio eletrônico”, afirma Diogo Thumé, analista de sistemas e diretor de TI da Viamidia Tecnologia, empresa ca-tarinense que desenvolve websites.

As pesquisas comprovam. Tanto em número de usuários quanto em in-vestimento publicitário, o crescimento anual da Internet supera os 40%. “É pouco se comparado à Inglaterra, onde vai superar a TV no próximo ano, mas supera em mais de cinco vezes o crescimento da TV brasileira e, em 2009, deve passar os R$ 700 milhões”, diz o especialista Fábio Nunes, da Agência Hive – especializada em marketing digital.

Especialistas já afirmam que um website é investimento fundamental – se não o mais importante – que uma empresa pode fazer. Garante competitividade e espaço entre concorrentes que dividem o mesmo mer-cado. É uma maneira econômica e eficiente de atingir o público.

Contar com uma presença on-line garante respeito, solidifica a estru-tura do negocio, cria e valoriza a comunicação e aumenta em número e alcance a base de clientes – e futuros clientes. As possibilidades de sucesso sobem geometricamente quando se tem um website.

Internet

mercado I

como balcão de negóciosMais que ter sua empresa aberta 24 horas por dia e 365 dias por ano, estar na Web é uma

das melhores ferramentas de marketing e relacionamento

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por Carol Macário

Internetcomo balcão de negóciosMais que ter sua empresa aberta 24 horas por dia e 365 dias por ano, estar na Web é uma

das melhores ferramentas de marketing e relacionamento

Além disso, na Internet não há limites para qualquer negócio ou campanha crescer e apare-cer - uma micro-empresa pode ser do “tamanho do mundo”, por exemplo, com custos muito baixos – basta um plano eficaz. Qualquer pessoa ou negócio pode adquirir um website, que é absolutamente mais barato do que qualquer outra técnica de marketing como publicidade, anúncio nas “páginas amarelas”, entre outras. Novas tecnologias estão sempre sendo criadas e os custos de implantação de softwares agregados aos sites estão cada vez mais acessíveis.

De acordo com Fernanda Luchi, da Labbo Negócios Digitais, no início da utilização da Web para negócios basicamente se encontrava um folder do mundo impresso adaptado para o mundo digital. Os websites contavam com informações básicas da empresa, ou seja, sua apre-sentação e produtos com os quais trabalhava e alguns deixavam um meio para contato, e-mail ou o famoso “Fale Conosco”. Com o tempo veio a profissionalização, metodologias foram adotadas, estudos de usabilidade realizados, agilidade na atualização exigida. A partir daí, a maneira das empresas se posicionarem na Web também mudou. “Hoje o principal foco está no usuário, quem navega. Podemos e devemos construir websites corporativos que atendam ao que os usuários precisam, propiciando uma navegação agradável em todos os aspectos - agilidade, facilidade, design”, explica.

De acordo com as expectativas, a experiência de navegação (positiva ou negativa) será for-mada e determinará a satisfação do usuário e sua intenção de retorno e divulgação.

Para o publicitário Valter Cheidid, da Laymark Propaganda, a construção de um website é

interessante quando faz parte de estratégia e inserida no plano de negócios de uma empre-sa. “E para isso é preciso experiência na área de comunicação, pois a velocidade com que as informações navegam pela Internet é imensurável e qualquer deslize pode causar efeito contrário”, comenta.

Um website devidamente bem construído permite que potenciais consumidores e parceiros reúnam toda a informação que precisam dentro de suas próprias casas, ou seja, é o mesmo que ter um negócio aberto 24 horas por dia, 365 dias por ano – e sem custo a mais!

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mercado I

Uma nova visão de marketing

A Rede Mundial de Computadores trouxe um novo modo de ver o marketing e a forma atra-vés da qual a informação flui por meio das redes sociais que se estabelecem. Por isso é preciso buscar continuamente a aplicação de novas tecnologias no sentido de maximizar os resultados desta poderosa ferramenta.

Somado às tecnologias, existe a publicidade on-line, onde há muito que se fazer e evoluir. “É comum ainda ver a publicidade on-line dentro do plano de mídia de algumas agências de comunicação – na verdade esse tipo de divulgação deveria ter um planejamento de marketing específico para o assunto”, observa Fernanda Luchi.

A publicidade on-line pode trazer muito e a facilidade da sua mensuração, custo mais baixo e agilidade para adaptações podem surpreender. Por outro lado ainda existe a resistência de muitos investidores. “Isso se deve principalmente à dificuldade que algumas agências encon-tram em vender campanhas”, observa ainda Luchi, já que na Web existem múltiplos formatos e formas de anunciar.

Num comparativo rápido, uma revista tem tiragem limitada, outdoor tem limite de exposição, jornais têm vida curta. Por mais genial que seja uma estratégia tradicional, nunca ganhará um bônus de inserções na TV ou uma semana a mais sem pagar.

Se existe um segredo de sucesso na Web, para Fábio Nunes, da Agência Hive, os ingredientes são três: interatividade, conteúdo e inovação. “O segredo então é dedicar atenção especializada para seguir e antecipar tendências e, assim, atrair e cativar clientes, já que eles estão a um clique do concorrente”, salienta.

Para comprovar essa tendência, basta observar uma criança ou adolescente e analisar como eles se relacionam com a Internet. Agora é só imaginar esse adolescente daqui a dez ou 15 anos. Pronto, já é possível ter uma idéia de como será crucial o mercado da Internet em futuro próxi-mo. Muitas agências de comunicação e tecnologia já estão se preparando para essa realidade.

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Um mundo de infinitas possibilidades

A Internet é um meio de diversas possibilidades que podem e devem ser exploradas. “Cada vez mais o cliente deseja fazer parte, contribuir, construir. E a Web é o meio que facilita essas interações”, diz Fernanda Luchi.

Não é à toa o boom dos blogs, onde a interação é o seu ponto máximo, dando vida ao conteú-do. “Repetir na plataforma Web o mesmo formato de mídias tradicionais é um desperdício. Um flyer ou catálogo animado é muito pouco perto da interação que a Internet permite”, analisa Fábio Nunes.

É só imaginar as infindáveis oportunidades de interação que podem ser proporcionadas aos usuários. Quanto mais interatividade um website permitir, menos cansativo será. Isso acontece porque as ações dos internautas se multiplicam dentro das páginas, o que ativa a curiosidade dos visitantes e destaca o portal dentre tantos outros mais simples e menos interativos. Além de simpático, ter um espaço de interação com o cliente ou visitante permite uma saudável troca de informações – crucial para o crescimento de qualquer empresa.

A chamada Web 2.0, por exemplo, abriu uma série de novas oportunidades de negócios com a introdução das Aplicações de Internet Ricas (RIA - Rich Internet Applications). Através dessa nova geração de aplicativos Web é possível desenvolver sites mais interativos, que proporcio-nem ao usuário uma dinâmica de navegação muito mais atrativa e eficiente.

“As pessoas passam a poder colaborar, criar seu próprio conteúdo e publicar. Isso é a chamada Web Social, colaborativa, participativa”, explica o jornalista Rodrigo Lóssio, blogueiro e entu-siasta do assunto. Como estrelas desse novo universo estão o Orkut, Youtube, Wikipédia.

Para empresas as vantagens de toda essa interação são diversas - e os cuidados também proporcionais. “A Web 2.0, através de blogs, Youtube, Orkut entre outros, oferece às empresas a possibilidade de interagir com o público. É uma oportunidade de criar visibilidade da marca, colher feedback, entender comunidades de nichos e se comunicar com ferramentas rápidas e interativas”, explica.

Recentemente Rodrigo Lóssio ministrou em Florianópolis duas palestras sobre blogs profissio-nais e corporativos. O objetivo foi apresentar ao público conceitos, funcionalidades, estratégias de relacionamento e benefícios de blogs que têm como foco a geração de oportunidades de negócios e visibilidade. Ambas as palestras tiveram inscrições esgotadas, o que mostra que tanto o setor empresarial quanto profissionais de comunicação e tecnologia estão cientes da importância da Internet como um excelente balcão de negócios.

Fique por dentro

Web 2.0 foi um conceito criado em 2004 pelo ame-ricano Tim O’Reilly. O termo é utilizado para descrever a segunda geração da Word Wide Web – tendência que reforça o conceito de troca de informações e inte-ratividade. A regra mais importante seria desenvolver aplicativos que se tornam melhores à medida que são utilizados, aproveitando a inteligência coletiva.

““

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artigo

A Nova geração de consumidores de mídia

Há poucos dias adentrei o quarto do meu filho, jovem de 21 anos, e presenciei uma cena insólita: ele usava o computador, navegando pela internet, respondia mensagens no MSN, ouvia uma emissora de rádio e de soslaio assistia televisão.

Pasmo, testei sua capacidade de absorvência simultânea daqueles meios e fui surpreendido com uma descrição perfeita do que acontecia à sua volta, uma visão holística invejável. Estava no site “a” , conversava via internet com o amigo “b”, ouvia a rádio “c” e assistia o canal “d”. Com perfeito controle e consciência do que se passava.

O incidente fez-me sorrir e trouxe-me grande satisfação. Eu estava presenciando um comportamento que, imaginava, minha geração não alcançaria. A capacidade de absorver as ofertas da multimídia plenamente, sem o descarte, sem o pejo do rótulo de obsoleto de algum meio.

As gerações se alteram sem ciclos pré-determinados. Não há uma fórmula que antecipe as mudanças de comportamento, as trocas de gerações. Hoje, temos o “privilégio” de testemunhar mudanças significativas no comportamento e atitudes das pessoas ao nosso redor.

Mas, e isto é precioso, essas mudanças não implicam necessariamente no descarte, na troca – a nova geração tem a capacidade de absor-ver todos os recursos que o mundo hodierno possibilita. O estudo “Target Group Index”, presente em 59 países, trazido ao Brasil pelo Ibope em 1999, levanta dados de consumo de produtos, serviços, mídia – interna e externa, estilo de vida e características sócio-demográficas. O estudo é representativo de 45% da população brasileira, residentes em nove das maiores regiões metropolitanas do Brasil além do interior de São Paulo e das regiões Sul e Sudeste.

Esta pesquisa permite que façamos uma comparação no comportamento da população brasileira, no tocante à capacidade de absorção diante da multiplicidade das Mídias:

- Em 1999, os que tinham o hábito de concomitantemente ler jornais e revistas, assistir TV aberta e Pay TV, ouvir rádio e navegar na internet, eram 2,35% da população estudada.

- Em 2008, este percentual simplesmente dobrou – passou a ser 4,72% da população estudada.

O célere advento de inúmeros e impressionantes recursos tecnológicos afetou significativamente a vida de todos nós. Os meios de co-municação souberam agregar estes recursos, mantendo seus produtos competitivos e atraentes. Muitos profetas vaticinaram, ao longo de décadas, o fim do rádio de maneira incisiva e mesmo todos os demais meios tiveram ou têm sua morte anunciada rotineiramente.

Ao conviver diariamente com levantamentos de hábitos, atitudes e relacionamentos com as mídias, diante do modismo imperante onde ser portador de notícias funestas virou charme, não trago boas notícias aos que prenunciam o fim deste meio maravilhoso chamado rádio, por exemplo. Ele continua firme e forte, a despeito de sua idade e de toda a modernidade implantada ao seu redor, notadamente na última década e principalmente nos últimos anos.

Uma passada pelos números da Grande Porto Alegre, por exemplo, mostra que na média de todos os dias, das 05h às 05h, temos este panorama comparativo:

- Em setembro/1999 o total de audiência era de 16,24% e no mês de julho/2008 o total de audiência é de 16,44%

Na Grande Florianópolis, a situação não é diferente. Em março/2000 o total de audiência era de 14,10% e no mês de julho/2008 o total de audiência é de 14,14 %.

Assim, há espaço para todos – esssa nova geração agrega, absorve, entende, curte e não descarta. E isto é ótimo.

por Domício Torres

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ANUNCIO

por Domício Torres

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entrevista

Um salto maiorComGurus, confraria formada por veteranos da propaganda, visa apoiarestudantes e recém-formados em hiatos deixados pelos cursos de graduação

O guru é um guia, um orientador. Logo, o ComGuru é um guru da comunicação. Essa explicação já dá uma idéia do que significa o grupo integrado pelos veteranos da publicidade Antunes Severo, Elóy Simões, Emilio Cerri, Francisco Socorro, Julio Pimentel e George Peixoto (Picolé). Desde setembro de 2007, depois de uma série de almoços de confraternização, eles criaram o ComGurus, uma espécie de confraria de apoio à nova geração de profissionais da área. “A gente começou a trocar informações sobre a profissão e sobre como re-solver os problemas da civilização ocidental judaico-cristã. Convidamos amigos e empresários para almoçar também. A coisa tomou corpo e formamos o grupo”, resume Cerri, brincando com a modéstia.

Entre as atividades, eles mantêm um blog dentro da página www.ComGurus.com.br, realizam consultorias e participam de debates e palestras para acadêmicos. Desde 2007, os veteranos almoçam também com du-plas de estudantes, os ComGuris, e depois se oferecem para acompanhá-los até a alguma agência. Tudo de graça e por amor à camisa. Vinte pares de futuros profissionais já foram atendidos pelo grupo, que participou de cerca de dez eventos. Para contatá-los, é só acessar a home page. Lá estão telefone e e-mail de cada membro.

Tudo no nome da confraria é relacionado ao trocadilho com o típico animal da Oceania. Cerri lembra que, na Austrália, o canguru adulto macho é conhecido também como old man, outra referência que os “velhos homens” da publicidade gostam de fazer. “A idéia era ensinar o pulo do gato aos jovens. Então, vamos ensi-nar um pulo maior”, prossegue com as associações.

Na reunião do dia 21 de agosto, no restaurante do Hotel Mercure, os ComGurus decidiram que vão orga-nizar em breve oficinas de redação, planejamento e mídia. Serão aulas durante um dia único, das oito horas da manhã às cinco da tarde, ministradas por membros do grupo ou parceiros especialistas.

Na entrevista que segue, Cerri explica a atuação dos ComGurus, fala dos desafios da publicidade e aponta questões-chave para os novatos na profissão.

Making Of - No que os ComGuris (estudantes) precisam de ajuda?Emílio Cerri - O grande problema do ensino da comunicação no Brasil – principalmente a mercadológica,

em Publicidade e Propaganda – é a questão de os currículos estarem extremamente defasados, comple-tamente desassociados da realidade dos mercados. Há outra questão mais estrutural. A obrigatoriedade, hoje, da licenciatura e o grau de mestrado para qualquer professor tira do ensino na academia grandes profissionais que poderiam estar contribuindo. A maioria dos docentes não tem experiência de mercado, mas de docência. Normalmente, são estudantes que se formam na faculdade de comunicação, fazem mestrado e doutorado, mas sempre dentro da academia. Hoje, o profissional que sai da faculdade, mesmo depois de fazer estágio, vem despreparado para o mercado. Aí, entra nossa contribuição: como ajudar aproximando os mercados. Existe um fato curioso nisso. Há uma parcela de docentes que não gosta do mercado publicitário e que quer distância desse negócio de marketing. Isso não é possível. A profissão do publicitário está mais no business que no show business. Se eu não gosto do ambiente de negócios, provavelmente, publicidade não é a melhor profissão.

por Luiz Spiza

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MOf - Quando o recém-formado sai da universidade, qual o principal choque no mercado?EC - Uma das questões sérias – e temos trabalhado em parceria com o Sindicato das Agências e a Associação Catarinense de

Propaganda – é organizar a questão dos estágios. Entendemos que os estágios são fundamentais para colocar o jovem, novo profissional, em contato com o dia-a-dia do mercado. Só que as agências não têm estrutura de organização dos estágios. O jovem consegue estagiar, mas não é assistido. Vai para a agência, mas acaba sendo uma incomodação, não uma coisa útil. O principal choque é o enfrentamento com a realidade do anunciante. Hoje, as empresas de maior porte e mais profissionalizadas têm, nos níveis gerenciais, gente muito preparada, normalmente vindos da administração, com MBAs, etc. O jovem, às vezes, fala uma linguagem que não se aproxima muito da do cliente. Diria que, hoje, acelera-se a profissionalização dos anunciantes. Claro que existem clientes amadores. E esses são ainda piores para o jovem lidar.

MOf - Dê um exemplo desse choque.EC - É muito provável que o estudante ou recém-formado pegue clientes do varejo. Com algumas boas – mas raras! – exce-

ções, o anunciante varejista ainda acha que pode fazer melhor a comunicação de seu negócio pelo volume de inserções, fazer campanha não baseada em conteúdo, conceito ou estratégia. Do ponto de vista criativo, a média do varejo é muito ruim. O estudante, neste impacto, acaba mais frustrado. Na hora de fazer um briefing com esse cliente, vai levar um susto. O cliente vai dizer que quer o locutor tal, gritando em tal volume, com uma frase “venha correndo”.

MOf - Há duas questões muito discutidas na atualidade: a regulamentação da profissão e a suposta crise criativa (de texto publicitário, de conceito). O quê preocupa mais?

EC - São duas questões importantes, mas independentes uma da outra. Temos uma regulamentação profissional de 1965, na época da ditadura, quando a misturaram com a regulamentação do negócio. Se você ler a Lei 4.680 e o decreto que a regulamenta, vai ver que dois terços são voltados ao negócio e pouco se diz sobre o profissional. Não existe na lei a exigência de formação superior para exercer a profissão. É um dos pontos que se discute. Há várias correntes sobre isso. No III Congresso Brasileiro de Publicidade, em 1978 – e eu estava lá – havia a promessa em discutir isso. Com o receio de que, ao mexer na lei, acabasse se mexendo também na parte sobre o negócio, as grandes agências fizeram lobby para não alterar a lei. O grande problema é que a regulamentação do negócio e a da profissão estão na mesma lei. Tem que separar, mas há que se manterem as conquistas das agências. Hoje, o Cenp (Conselho Executivo de Normas Padrão) ajuda muito, já que certifica as agências que cumprem determinadas condições para o exercício da atividade. A discussão da regulamentação foi novamente adiada no IV Congresso, recentemente.

Quanto ao texto publicitário, não diria aqueles clichês de constatar que o profissional não lê mais. Com a internet, hoje se lê muito mais. Realmente, houve um redirecionamento da comunicação de marketing ao apelo visual, em função das mídias ele-trônicas que dominam a comunicação. Outra questão no mercado, pelo menos até os anos 1970, é que os diretores de criação das agências tinham por origem a redação. Era mais importante o conceito do anúncio que a forma como era ilustrado. Hoje, os diretores de arte dominam a criação. Existe outro fator, principalmente sobre o Brasil. Com a participação brasileira nos festivais internacionais, foi necessário ter uma linguagem universal. E a imagem é universal. Mas a crise da escrita perpassa a esfera da propaganda. Está no jornalismo também, nas pílulas de texto, no formado snack, com tudo muito resumido.

por Luiz Spiza

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MOf - Isso preocupa?EC - Depende. Pode preocupar se você atende a um tipo de produto ou

serviço que demanda muita informação, que não pode ser vendido por fa-tores fundamentalmente emocionais.

MOf - Por exemplo...EC - A tecnologia. Você não vai vender software só mostrando mulher bo-

nita, principalmente se for software corporativo. É evidente que, para fazer campanha de cerveja, não precisa de muito texto. Uma mulher não compra um sapato pela origem do couro, pela resistência. Ela compra a moda, com-pra outras coisas. Não lembro de uma mulher que tivesse preocupada em analisar o conteúdo dos produtos da Avon. Ela não está comprando cosmé-tico. Está comprando aspiração de beleza. Aí, varia muito essa questão de mais ou menos texto.

MOf - Paralelamente à consultoria dada aos ComGuris, vocês estão crian-do uma nova geração de ComGurus. O publiciário Nauro Rezende Jr. é o primeiro e único até agora. Quais os critérios de seleção?

EC - Nosso critério é nenhum critério. É gostar das pessoas e perceber nelas um algo mais. Ele foi descoberto pelo blog que mantém. Escreve bem um texto, tem um pensamento coerente a respeito da publicidade e é um cara empreendedor – muito jovem, construiu sua pequena agência. A gente descobre. Tem outros, mais low profile. Tem os pré-ComGurus: Dagoberto Dalsasso, que é professor da Estácio de Sá, e Adir Mazzuco [presidente da Inca], que participam dos nossos encontros. Tem uma proposta também para ajudar a limpar o lixo da publicidade. Estamos pensando em criar o ComGaris (risos).

MOf - Se tivesse havido um grupo de ComGurus na sua época, o que teria mudado, melhorado ou piorado?

EC - Sou suspeito para falar desse assunto. Tive a sorte de ter um grupo assim. Fui o primeiro publicitário de Santa Catarina a ter carteira assinada. A primeira agência foi a Propague – então A. S. Propague – criada pelo Antu-nes Severo (um dos ComGurus) e o sócio Rosano Krieger. Com quatro meses de atividade na agência, eu criava texto para spots de rádio. Charles Moritz [fundador da Federação do Comércio de Santa Catarina, ex-presidente do Figueirense e ex-juiz do Tribunal Superior do Trabalho], amigo do meu pai, era amigo pessoal do presidente da agência McCann-Eriksson, Emil Farah, no Rio de Janeiro. Fui convidado a passar quase um ano na McCann para fazer um estágio completo. Então, tive gurus no começo da profissão. Voltei com a cabeça explodindo. Eloy Simões, Chico Socorro e Júlio Pimentel, que desenvolveram suas carreiras entre Rio e São Paulo, por certo tiveram al-guns gurus. Em Santa Catarina, não tinha isso. Eu tive sorte.

entrevista

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ANUNCIO

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A festa da comunicação

por Luiz Spiza

A integração de novas e velhas bandeiras da comunicação deu peso especial ao Congresso Catarinense de Rádio e Televisão, em sua 13ª edição, realizada em Florianó-polis, entre os dias 13 e 15 de agosto. Nas discussões, um ponto preponderante foi a discussão de direitos e deveres associados à propaganda e ao jornalismo e a adaptação às novas tecnologias.

O evento promovido pela Associação Catarinense de Rádio e Televisão (Acaert) con-tou com 350 participantes e várias palestras. Um tema central foi a legislação. A pro-gramação reservou espaço ainda para um painel sobre tecnologia digital, uma oficina de rádio-jornalismo para estudantes e uma feira de fornecedores de equipamentos para radiodifusão. “Todo o radiodifusor de Santa Catarina que veio aqui teve oportu-nidade de conhecer vários setores da área”, avalia Rubens Olbrisch, vice-presidente administrativo da Acaert e coordenador do evento.

Para a presidente da Acaert, Marise Westphal Hartke, a importância dos veículos de comunicação do Estado é o que torna forte confraternizações como o congresso. “Mui-tas das rodovias, escolas e hospitais tiveram a mobilização decisiva de nossas emis-soras”, ressaltou no discurso de abertura. Marise pontuou que, por vezes, a sociedade não percebe, mas a luta é árdua para a sobrevivência no setor, em relação à restrição de veiculação publicitária, às incertezas da era digital e à falta de reconhecimento da atuação comunitária. A presidente da Acaert lembrou ainda a importância da comuni-cação na economia catarinense. “Tenham certeza que radiodifusão não é perfumaria: é ingrediente básico na vida das pessoas”, disse, apontando as emissoras de rádio e TV como responsáveis pelo investimento de R$ 451 milhões no mercado publicitário estadual e pela geração de quatro mil empregos.

Como conseqüência da 13ª edição, um dos marcos na esfera de reivindicações foi a assinatura de um documento que pede estudo da reserva de banda dos canais 5 e 6 em VHF. A idéia é garantir que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não destine a banda – já utilizada pela radiodifusão – a outro serviço de telecomunicações sem que se esgote a discussão sobre o tema.

A próxima edição do congresso deve ocorrer em Joinville, em 2010. Para Maitê Ulh-

mann, presidente do Convention Bureau de Joinville, a aposta é que a Acaert mantenha o padrão de qualidade em relação à programação e aos convidados, casando também com a tradição da cidade em relação à radiodifusão.

13º Congresso Catarinense de Rádio e Televisão reúne grandes nomes, aplaude os melhores da área e define rumos sobre legislação e novas tecnologias

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Palestrantes

Entre os palestrantes do evento, estiveram nomes ligados ao jornalismo, como o apresentador Gil-berto Barros, da Band, o âncora Carlos Nascimento, do SBT, e o meta-repórter Caco Barcellos, da Rede Globo. Na área de marketing e gerenciamento da comunicação, os destaques foram as presenças do conselheiro do Grupo de Mídia de São Paulo, Cláudio Venâncio, e do presidente da Rede Record, Ale-xandre Raposo.

Caco Barcelos foi um dos destaques que atraiu a atenção do público. Falou dos processos de feitura das notícias na Rede Globo e da quebra da mesmice que trouxe o Profissão Repórter, programa de meta-jornalismo que coordena na emissora. Ao falar sobre ética, colocou o dedo na ferida de muito chefe de reportagem e líder da sociedade civil ao dizer que “o interesse da mídia só acontece quando os crimes chegam à classe média”, pregando ainda a investigação como ponto fundamental das pau-tas, na “Era do Release” .

Na explanação, o apresentador da Band conhecido como Leão contou um pouco de sua trajetória profissional, que começou no rádio, aos onze anos. “Fazia tudo: guiava o carro, colocava o fio no poste, narrava o futebol, lia notícia, cobria o desfile da cidade. E foi assim que aprendi o que faço hoje na televisão”, destacou. Um dos momentos de emoção foi quando fez um apelo nostálgico e criticou a supervalorização da TV como meio de comunicação. “Não deixem o rádio morrer. A televisão está aí e, quando surgiu, ela sucateou o rádio”, constatou, sugerindo o associativismo como meio de se enfrentar as dificuldades.

Carlos Nascimento foi mais técnico e voltou sua palestra para a premissa da credibilidade para

quem se dispõe a ser jornalista. O âncora do Jornal do Brasil, do SBT, lembrou que, na atualidade, é muito grande o número de emissoras de rádio e televisão, o que faz com que aumente a possibilidade de opções de ouvintes e espectadores e com que as empresas busquem produtos melhores. “Eles vão escolher as que tiverem credibilidade, as que souberem conquistar com uma informação confiável, bem apurada, inteligente e crível. Com um espectro tão grande de emissoras, não vai ter para todo mundo”, profetizou, alertando que o público se tornou mais exigente nos últimos anos, justamente por ter mais opções para comparar.

Alexandre Raposo, presidente da Rede Record, lembrou que o País vive um momento único de tran-sição entre o formato – instável – de recepção analógica para o digital. “Com a TV digital, acaba esse problema, todas as pessoas vão ver como se assistissem um DVD. Além disso, haverá possibilidade, em um ano, de interatividade”, adiantou, enfatizando a interação com o veículo, usando telefonia e inter-net. O presidente da Record provocou ainda que o governo precisa desonerar o setor, pregando o ba-rateamento dos equipamentos. Segundo ele, com isso, quem ganha é o espectador, e não a indústria.

A festa da comunicação

por Luiz Spiza foto Bira Dias

13º Congresso Catarinense de Rádio e Televisão reúne grandes nomes, aplaude os melhores da área e define rumos sobre legislação e novas tecnologias

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Na primeira palestra do evento, Cláudio Venâncio, conselheiro do Grupo de Mídia de São Paulo, não pregou apenas a necessidade de se ter ousadia no marketing, mas principalmente o planeja-mento integrado entre os meios de comunicação para se alcançar aquilo que chamou de o maior desafio atual na área: conquistar a atenção do cliente. “Se você tiver uma estratégia de comuni-cação em que alinhava as características de cada um deles, vai ter um resultado sempre melhor”, proferiu. Ele apostou em uma receita para manter o rádio vivo: estar mais próximo do ouvinte, já que o grande leque de mídias aborda assuntos mais gerais.

Alerta legal I

Corresponsabilização. Essa palavra define a postura adotada pela Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (Anvisa) em relação a anunciantes e veículos de comunicação que não respeitarem as propagandas relativas a produtos como medicamentos, bebidas e alimentos. Para quem não sabe, vale a ressalva de que tanto os fabricantes quanto a mídia respondem judicialmente em caso de descumprimento da legislação vigente sobre produtos considerados de risco potencial.

O alerta é de Maria José Delgado Fagundes, advogada especialista em saúde pública, uma das palestrantes do evento. Como gerente de monitoramento e fiscalização da propaganda da Anvisa, ela aproveitou para chamar a atenção aos comunicadores sobre as conseqüências jurídicas da fal-ta de observação dos critérios legais de publicidade. “Os radiodifusores e veículos de comunicação são solidários às infrações sanitárias. Se os fabricantes os procuram para anunciar um produto sem registro ou fora das regras, vão responder a processo administrativo juntos.”

Alerta legal II

A legalidade da radiodifusão também foi o tema central de um debate envolvendo represen-tantes de órgãos do governo e da Polícia Federal, no congresso. Uma das maiores preocupações é com as rádios comunitárias ou educativas que operam de maneira irregular.

Para dar a dimensão do problema, foi apresentada uma lista das radiodifusoras ilegais no País, pelo consultor da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Oscar Luiz Piconez. Atualmente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) atua com a monitoração das faixas de freqüência para detectar possíveis ilegalidades, de acordo com a gerente regional em Santa Catarina da Anatel, Teresa Dequeche. Segundo ela, não compete à agência a outorga de rádios comunitárias. Em casos em que a Anatel não consegue cortar o sinal de transmissão, a parceria com a Polícia Federal é utilizada para o fechamento das rádios ilegais.

O diretor de outorga de serviços de rádio e televisão do Ministério das Comunicações, Carlos Alberto Freire, diz que o órgão costuma apurar e punir com rigor o uso irregular das freqüências. Segundo ele, o ministério trabalha com denúncias, que são analisadas dentro de um procedimento legal que prevê a defesa do radiodifusor. As penas variam entre advertência, multa e suspensão do direito de radiodifundir.

foto

Bira

Dia

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Para casar

O que os relacionamentos adolescentes têm a ver com marketing e vendas? Para o dou-tor em comunicação Dado Schneider, tudo. Segundo o profissional, a vulnerabilidade das relações entre jovens possui um paralelo único com a fidelização – ou a falta dela – dos clientes.

Essa analogia ficou expressa na palestra A Era do Ficar – o Novo Marketing e seu Reflexo em Vendas. Para Schneider, a opinião pública não perdoa falhas e é vulnerável à troca de produtos. “Não estamos em uma época de vendas, mas de criar condições propícias para a compra”, diagnosticou.

Assim como nas relações amorosas, conhecimento e sensibilidade aparecem como ques-tões essenciais na conquista. Para tanto, segundo Schneider, é necessário entender a cabeça do público para o qual direciona a informação, pesquisá-lo para adequar o produto e o serviço e conhecer sua linguagem. Como em qualquer casamento, o consultor lembrou que a qualidade do que é oferecido é fundamental. “Estamos na época de total credibilidade, foco na reputação, na preocupação com detalhes e na satisfação do consumidor.” O preço e a credibilidade também são chamarizes (em se tratando de relacionamento entre marcas e clientes, e não necessariamente entre futuros cônjuges).

Microfone de Ouro

Durante o evento, além de discussões, o 13º Congresso Catarinense de Rádio e Televisão também promoveu o reconhecimento aos profissionais da área na solenidade de entrega do Microfone de Ouro da Acaert. Com homenagem ao comunicador Mário Motta, do Grupo RBS, o troféu elevou o talento de outros profissionais da área (veja lista).

Uma das revelações na premiação foi Jordana Pires, do Na Pilha, da TVCOM, ter recebido o prêmio como melhor apresentadora de programa de TV. Desprendida e perspicaz, o que surpreende é o fato de a cantora estar há pouco mais de quatro meses na frente da telinha. “Senti como se fosse o Oscar. Acho que só vou medir a importância daqui para frente. Talvez me traga outras conseqüências que nem espero”, disse, ainda aguardando “cair a ficha”.

Tiago Rocha, da rádio Regional FM, agraciado como melhor locutor de FM, chegou a pre-parar um agradecimento, mas não contava que os 23 anos de idade, um e meio na emissora e cinco de carreira pudessem levá-lo ao troféu. “É claro que, quando me vi nessa lista, fui obrigado a pensar que tinha chance de ganhar”, falou honestamente. Esta é a primeira vez que ganha um prêmio deste nível. Antes, fora eleito o melhor locutor na região de Vera Cruz (RS), onde morava, pela escolha do público.

Para Silvano Silva, vice-presidente de eventos da Acaert, a premiação é uma forma de promover a inovação diária que o setor requer. “O ser humano gosta de ser valorizado, aplaudido e ter incentivo para cada vez fazer melhor o trabalho que realiza normalmente.”

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Premiados com o Microfone de Ouro

Publicidade/ RádioMelhor Jingle Institucional - “Aniversário de Blumenau”, da Propague, FlorianópolisMelhor Jingle Promocional - “Venha, vença p/ valer”, da Criação, FlorianópolisMelhor Jingle Varejo - “É Dez”, da BZZ, FlorianópolisMelhor Spot Institucional - “Nana Nenê”, da D’Araújo, FlorianópolisMelhor Spot Promocional - “SAC”, da One WG, FlorianópolisMelhor Spot Varejo - “Você se destaca”, da Tatticas, Itajaí

Publicidade/ TVMelhor Comercial Institucional - “Mata Atlântica”, da Quadra, FlorianópolisMelhor Comercial Promocional - “Dia das Crianças”, da BZZ, FlorianópolisMelhor Comercial Varejo - “Mapa”, da BZZ, Florianópolis

Profissionais/ RádioLocutor Apresentador AM - Luiz Carlos Prates, da CBN Diário, FlorianópolisLocutor Apresentador FM - Tiago Rocha, da Regional, FlorianópolisNarrador Esportivo - Luiz Augusto Alano, da CBN Diário, FlorianópolisRepórter Esportivo - Edson Luiz Florão, da Chapecó AM, ChapecóRepórter Geral - Marcelo Santos, da Catarinense AM, JoaçabaLocutor Noticiarista - Sérgio Ferreira, da Diplomata, BrusqueLocutor Comentarista - Nelson Paulo dos Santos, da Catarinense, Joaçaba

Publicidade/ TVMelhor Apresentador (a) Telejornalismo - Márcia Manfro, da RBS TV, FlorianópolisMelhor Apresentador (a) de Programa - Jordana Pires, da TVCOM/RBS TV, FlorianópolisMelhor Repórter - Karem Fabiani, da RBS TV, FlorianópolisMelhor Comentarista - Marco Antônio Peixer, da Ric Record, Joinville

AcadêmicoMelhor Apresentador TV - Janahyna Motta Todeschini, da Estácio de Sá, São JoséMelhor Monografia - Simone Vieira Sarmento, da Unoesc, JoaçabaMelhor Spot/ Jingle - Adriano Secconet, da Unoesc, JoaçabaMelhor VT - Keni Wilder Muniz, Unisul, Palhoça

Novos comendadores

Além da premiação do microfone de ouro, seis nomes da radiodifusão de Santa Catari-na receberam a Comenda Acaert. Pela primeira vez, uma mulher recebeu a honraria: a empresária Sílvia Hoepcke da Silva, superintendente da Sociedade Rádio Guarujá.

No grupo de homenageados, estão ainda os comunicadores Francisco Milioli Neto, do Sul do Estado, Tesoura Júnior (Vitoriano Cândido da Silva), que fez carreira no Vale do Itajaí, Valdenir Luiz Freiberger (Tutti), sócio da Rede de Comunicações Pérola do Vale, Roberto Amaral, presidente do Sistema Catarinense de Comunicações (SCC), e Edison Zanette, fundador de, pelo menos, três rádios no Extremo Oeste.

Os comendadores são indicados pelos seis vice-presidentes regionais da Acaert e referendados pela diretoria da entidade. O sexteto de homenageados em 2008 se junta a um grupo composto por 18 pessoas – entre eles, Darci Lopes, Mário José Gonzaga Petrelli, Maurício Sirotsky Sobrinho, Adolfo Ziguelli e Roberto Alves.

Tiago Rocha, da Regional, prêmio de melhor Loucutor Apresentador de Rádio FM.

(foto Carlos Rocha)

Pres. da ACAERT, Marise Westphal Hartke, entregando Prêmio Especial ao jornalista Mário Mota (foto Bira Dias).

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ANUNCIO

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O maior evento da música catarinenseAcústico Brognoli

por Carol Macário

As cortinas se abrem, o coração acelera, do escuro e misterioso palco surgem as primeiras notas musicais que enchem o espaço, o corpo e a mente dos espectadores com o que é considerado sorriso para alma: a música! Essa emoção é bastante conhecida do público, mas o que pouca gente sabe é que, para preparar duas horas de espetáculo é preciso meses de planejamento, dedicação e, principalmente, amor à arte. E é esse justamente o segredo de sucesso do Acústico Brognoli, hoje considerado o evento mais importante para a música catarinense.

O Acústico nasceu em 2005 em comemoração aos 50 anos de atividades da Brognoli Negócios Imobili-ários. A idéia era dar um presente para Florianópolis, proporcionando à população um espetáculo cultural e, ao mesmo tempo, abrindo espaço aos artistas da terra – com o objetivo de valorizar a produção musical catarinense.

Por trás do evento, que desde a primeira edição ganhou destaque entre as produções artísticas da cidade por seu caráter conceitual, há o trabalho da Sonar Comunicação Mix, agência responsável por todo o concei-to visual e publicidade do espetáculo.

Foram necessários três meses entre os primeiros encontros da equipe até a primeira noite do evento. “Da

concepção à execução, o espetáculo passa por longo processo de planejamento e eleição de um tema, até a produção executiva e artística, como a seleção dos músicos, conceito visual, repertório de canções, cenário, iluminação entre outros”, afirma Marina Brognoli, diretora de criação da Sonar.

Ao longo de todo o período, seguidas reuniões envolveram a direção da Brognoli, a equipe da Sonar, a pro-dutora Eveline Orth, responsável pela seleção dos músicos e do repertório e o produtor audiovisual Jerônimo Thompson. “No início as reuniões são esparsas, mas à medida que o evento ia se aproximando fazíamos encontros semanais”, relembra Nicole Vergetis, redatora agência.

Apesar do longo planejamento, a correria de última hora não ficou de fora. Para fazer valer o conceito do evento “os artistas incorporam o processo. Eles não trazem o próprio show, mas cantam as músicas que são selecionadas pela Eveline e às vésperas do evento o repertório acaba sofrendo algumas alterações – o que sobrecarrega a equipe de produção gráfica, que precisa preparar o material a tempo”, explica Nicole.

A quarta edição do evento, realizada em junho, homenageou os clássicos de Santa Catarina – canções que o tempo não apaga. “Sabe aquelas musicas que todos sabem cantar? De Dazaranha ao poeta Zininho, da bossa de Luiz Henrique Rosa à Expresso Rural”, conta Marina.

bastidores

O show começou como um evento empresarial e hoje é o mais importante espetáculo musical de Santa Catarina. Conheça a Sonar Comunicação Mix, uma das responsáveis por esse sucesso

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O maior evento da música catarinenseAcústico Brognoli

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bastidores

A estratégia de divulgação do evento buscou inspiração justa-mente nos clássicos. “Como o público é muito diversificado, foi feito um mix de meios para veiculação das peças”, diz Marina. Para a equipe criativa da Sonar, o primeiro desafio foi falar de Santa Catarina sem necessariamente fazê-lo utilizando a ponte Hercílio Luz ou o Boi-de-Mamão. “Fugimos disso, utilizamos ape-nas cores e focamos nos clássicos da música. E como não falar de clássicos sem utilizar vinil? E já que se trata de várias décadas, utilizamos a fita cassete e CD como evolução das mídias”, res-salta.

O elaborado aspecto visual do evento, marca do Acústico Brog-noli, foi incrementado nesta edição com a utilização de projeções áudiovisuais, que marcaram o hall de entrada do Teatro Ademir Rosa. “A idéia era aquecer a memória do público, resgatando o passado musical de Santa Catarina. Muita gente não conhece a história da música catarinense. O músico Luiz Henrique Rosa, por exemplo, gravou com a cantora e atriz Liza Minnelli”, conta Jerô-nimo Thompson, produtor do vídeo projetado no hall.

As apresentações também foram marcadas com projeções e todo o videografismo feito com as imagens no palco ficou sob a batuta do Grupo Cena 11. “A idéia era mesclar o clássico e o moderno. E conseguimos esse efeito com projeções quase instan-tâneas no palco, que mostravam o artista convidado em ângulos diferentes” analise Nicole, da Sonar.

Equipe nova e criativa

A Sonar Comunicação Mix nasceu em 2004 em Florianópolis e hoje é formada por uma equipe jovem e criativa. “Nossos clientes são nosso combustível. Eles nos fazem estudar o seu negócio e o mercado no qual estão inseridos”, conta Marina Brognoli. Na So-nar, o processo criativo começa com um briefing bem elaborado, reuniões para troca de idéias e definição de um conceito. Daí em diante é só dar asas à imaginação – o que a equipe sabe fazer de melhor e com profissionalismo.

“O Acústico Brognoli é a melhor coisa que inventaram em Florianópolis. É um

presente para o público. É bom para todo mundo; para a classe artística para a po-pulação. Pena que é só uma vez por ano!”

Guinha Ramires, violonista.

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anuncio

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mercado II

O surgimento de novas mídias faz aflorar a discussão sobre o futuro do jornalismo impresso. Telefones celulares e com-putadores seduzem os leitores através da funcionalidade. Contra esta nova onda de informação on-line a indústria do jornalismo impresso precisa se adaptar e a questão é: qual o futuro das páginas dos jornais?

Há quem garanta que nada se iguala ao prazer de folhear um jornal. Há quem ache que a modernidade das edições virtuais pode dominar o futuro do jornalismo. As verten-tes não se chocam, mas as dúvidas sobre o futuro do jornalismo impresso passam por um momento histórico. “O Brasil e a Indústria Jornalística em 2020” foi um dos temas do 7° Congresso Brasileiro de Jornais, que pôs lado a lado em São Paulo, nos dias 18 e 19 de agosto, os maiores nomes do setor. Jornalistas, editores e donos de jornais são unânimes num ponto: é preciso modernizar e incentivar de forma financeira a indústria do jornal impresso no Brasil. O cenário apresenta dados positivos, mas, como qualquer atividade comercial, é uma indústria que corre riscos.

O futuro do jornalismo a um “enter” do leitor

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por Kalyta Camargo

O lead econômico Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Jornais, ABJ, os números até sorriem atrativamente para quem quer investir no jornalismo

impresso. Entre 2001 e 2006, mais de mil novos periódicos passaram a circular no Brasil. Este número quase dobrou o número de títulos exis-tentes e devidamente registrados desde o início do século e reflete a disposição do mercado. Confirmando uma tendência ao bom negócio, dados do Instituto Verificador de Circulação, o IVC, indicam que a circulação nacional de jornais aumentou 11,8% de 2006 para 2007. Só no primeiro semestre deste ano, este índice cresceu 8,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

O jornalismo impresso tem se expandido, isso é fato. Mas, os bastidores revelam oportunidades e dificuldades que não são anunciadas

em página inteira. Listando os nichos para a expansão do mercado de jornais impressos, a comodidade é, atualmente, a menina dos olhos desta indústria. Por isso, apostar nas assinaturas é uma das garantias de sucesso no crescimento das vendas de jornais. Os jornais do Grupo Estado tiveram desempenho melhor do que a concorrência no aumento de circulação no último ano, e, para o Diretor de Mercado Leitor da empresa, Antonio Hércules, “o bom resultado pode ser atribuído, por um lado, às ações de relacionamento desenvolvidas com os assinantes, que ajudaram a manter um alto índice de renovação de assinaturas.” Em 2007 este quadro ficou bem claro quando, também segundo o IVC, o número de assinaturas superou o número de vendas avulsas dos jornais no Brasil. Isso não significa o fim da profissão de jornaleiro, já que historicamente os jornais são produtos de venda em ruas. Mas, alguém gritando as manchetes do dia nas esquinas já não é, há algum tempo, a melhor estratégia de marketing na comercialização dos periódicos. E a corrida para chegar, literalmente, no leitor, é grande. Promoções, brindes, descontos, assinaturas flexíveis e mil e uma opções são oferecidas. O leitor passou a ser um cliente super valorizado e, ao contrário dos primórdios do jornalismo quando os leitores precisavam do jornal por ser esta uma das raras fontes de informação, atualmente os jornais precisam dos leitores e os disputam diante de uma variedade imensa de acessos à informação.

Na visão de Nelson Sirotsky, Diretor do Grupo RBS, que administra os maiores jornais impressos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, “os

jornais impressos estarão vivos em 2020”. Mas Sirotsky alerta que algumas mudanças e adaptações precisam ser feitas. Mudanças estas que o Grupo Jaime Câmera, maior conglomerado de mídia da região Centro-Oeste já está executando através da “Agenda 2010” que o grupo instituiu para seu processo de reestruturação. Entre a idéia de mudança dos dois grupos um ponto comum, que é a adaptação à era digital. Esta adaptação às novas mídias já é um caminho sem volta e para Fabian Barros, Consultor da Macknsey, empresa americana especializada em gestão de empresas, há três caminhos básicos para manter o crescimento na indústria do jornalismo impresso: expansão ao redor da marca, crescimento geográfico e o uso de novas mídias. Para Gonzalo Pereira o jornal Notícias do Dia é uma boa amostra desta adequação em Santa Catarina. “Com o passar do tempo o Notícias se moldou para atender um público mais exigente e esta é uma tendência universal na indústria do jornal impresso”, avalia.

O futuro do jornalismo a um “enter” do leitor

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mercado II

As novas mídias E se os números da indústria do jornalismo impresso no geral são

bons, por que a discussão em torno do seu futuro? É que nem só de números e estatísticas financeiras se alimenta a previsão sobre o fu-turo do jornal impresso. A popularização da internet é a uma grande incógnita, e a pergunta é: o jornalismo on-line é amigo ou inimigo do jornal impresso? O Diretor Presidente da International Newsmedia Marketing Association (INMA), Earl Wilkinson, traz uma definição que caracteriza a vantagem da propagação da informação através das mí-dias eletrônicas. Segundo ele “o consumidor de informação se tornou ‘diabético’ e consome pequenas quantidades de notícias várias vezes ao dia”. E é aí que entram os celulares em seus formatos básicos ou na forma de computadores de bolso, os computadores portáteis ou qualquer outro meio existente, ou por vir, de acesso à internet, que oferece a cada segundo doses frescas de informação de qualquer lugar do planeta.

“O tempo das pessoas encurtou”, diz Nilson Vargas, editor che-

fe do jornal A Notícia, de Joinville, região norte de Santa Catarina, explicando as adaptações do jornalismo impresso frente às novas tendências. Nilson se pergunta se no futuro as pessoas vão poder manusear engenhocas que vão substituir o papel, mas acredita que o jornal impresso ainda tem vida longa, isso porque segundo ele “os jornais ficaram mais humildes pra ouvir e saber o que os leitores têm a dizer”, seguindo a onda da interatividade que na mídia on-line é 100% aplicável. Ainda na vertente pela defesa da mídia impressa em relação ao meio on-line, a jornalista Cássia Domingues, proprietária da D2, uma das maiores agências de assessoria de imprensa de São Paulo, acredita que “a tela do computador acaba ‘limitando’ e ‘empo-brecendo’ o conteúdo”, por isso Cássia prefere se atualizar via mídia impressa, e isso inclui imprimir notícias on-line para leitura.

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Do outro lado da história uma nova geração de leitores fomenta os milhares de sites de informações gerais e os moderníssimos blogs com informações segmentadas. André Marques, analista de sistemas, lê jornais on-line diariamente porque considera prático e porque gosta de checar mais de uma fonte, uma possibilidade quase instantânea nos sites de busca. Ain-da no 7° Congresso Brasileiro de Jornais um dos painéis tratou exclusivamente deste novo público. Rosental Calmon Alves, Diretor do Knight Center for Journalism in the Americas, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, palestrou sobre a “(re)construção do jornal para a era digital” e, segundo ele: “A sociedade industrializada que está sendo substituída pela sociedade da informação, na qual a Internet é a ponta do iceberg, faz parte de início de uma grande revolução digital que constitui a transformação dos meios de comunicação”. No mesmo painel, Aloy Jupiara, Editor Executivo da Interatividade do Globo On-line, do Rio de Janeiro, deu o exemplo prático desta adaptação necessária à era digital com destaque para a interatividade. “A seção ‘Eu Repórter’ é feita graças à participação de leitores internautas, e, além disso, o jornal também propõe pautas via internet que são cumpridas espontaneamente pelos leitores gerando matérias úteis e interessantes”. Em Santa Catarina portais como o Clic RBS também cumprem esta função e, além de informação on-line em tempo real, os inter-nautas deste portal podem opinar em blogs de colunistas e sugerir matérias, colocando Santa Catarina na rota inevitável da comunicação on-line.

Apesar das vertentes diferentes sobre a questão da digitalização da informação, a internet

não é considerada nem vilã, nem mocinha. A visão da maior parte das pessoas ligadas à co-municação assemelha-se a opinião do empresário Davi de Souza, que lê diariamente jornais impressos e on-line, pois segundo ele “os dois se completam, pois se o foco da informação é local, o jornal impresso vai bem, já se o foco é nacional ou mundial, a informação on-line muitas vezes é mais completa”. No encerramento do 7° Congresso Brasileiro de Jornais, considerado um dos mais consistentes de todos os tempos, Judith Brito, nova presidente da Associação Brasileira de Jornais resumiu bem a discussão que está só no começo: “Todos sa-bemos que são enormes os desafios que temos pela frente, sobretudo no que se refere a fazer do jornalismo na internet e em outras novas mídias uma operação sustentável, e, ao mesmo tempo, temos que conquistar e fidelizar leitores para o jornalismo impresso”.

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Casa de ferreiro, espeto de pau. Este ditado, no entanto, nem sempre é verdadeiro. Para o gaúcho Fer-nando Klepzig, proprietário e coordenador da Zig Filmes, a história é bem diferente. Inspirado no exemplo do avô, procurou desenhar sua carreira com disciplina e persistência. E claro, com todos os aparatos téc-nicos para fazer de sua produtora uma referência no mercado.

O parentesco e a convivência próxima fizeram com que aos 14 anos Klepzig iniciasse sua carreira na publicidade, na própria agência do avô. “Para mim ele é um exemplo a ser seguido, uma figura espetacular. Começou como faxineiro de uma empresa e ocupou o cargo máximo. Depois de aposentado, em parceria com um amigo, abriu uma agência de publicidade em Porto Alegre”, conta.

Como naquela época a grade curricular das escolas do ensino fundamental trazia disciplinas práticas, optou pela formação na área de propaganda. Com as portas da agência de seu Odo Cazzulo abertas, a Texto & Arte Propaganda, dava então seus primeiros passos na publicidade.

A experiência foi ficando cada vez mais atraente e aí surgiu o desejo de estudar mais ainda sobre o assunto. Em 1984, Fernando concluía a formação como publicitário pela PUC do Rio Grande do Sul. Dois anos depois partiu para uma experiência internacional.

Foi nos Estados Unidos que acompanhou as grandes novidades da área de produção e direção de atores. Com conhecimento na bagagem, voltou para o Brasil em 1987, quando montou a produtora Nova Ilha, que mais tarde viria a se chamar Zig Filmes. “Os exemplos do meu avô até hoje são muito fortes para mim. Uma das coisas que ele mais ensinou é o quanto a gente precisa ser persistente e ir atrás das coisas que realmente quer”, lembra.

Dos tempos em que as produtoras da região locavam câmeras e ilha de edição - aos dias de hoje, em que a tecnologia ficou mais acessível, a produtora possui alguns diferenciais, que vão desde câmera 16 mm ao atendimento quase que exclusivo a agências de propaganda. “Raramente atendemos clientes que chegam diretamente até nós. A maior parte de nossos atendimentos acontece via agências de publicida-de”, comenta.

Entre os cases que figuram como motivo de orgulho, o publicitário cita as campanhas desenvolvidas para a Unisul, para uma universidade americana e ainda a propaganda desenvolvida para o Besc, que rendeu o primeiro lugar no Prêmio Profissionais do Ano, da Rede Globo.

Conheça mais sobre a vida do Piloto que veem surpreendendo nos Campoenatos Nacionais e Internacionais, Lupercio Lima tri-campeão brasileiro de balonismo competitivo.

“ao sabor do vento...“

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por Larissafotos Rodrigo Sabatini

LUPERCIO Lima

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Um rápido café para dar energia e a hora

agora é de academia. Sem exageros, malha por três motivos bási-

cos: manter a forma, cuidar da saúde e

aliviar o stress do dia-a-dia de trabalho.

Hora de acordar. Logo que sai da cama já começa a sua primeira tarefa da manhã: acordar os filhos. Depois de ves-tidos com a roupa do colégio, tomam um copo de achoco-latado, preparado pelo pai.

Enquanto esperam a van che-gar, pai e filhos aproveitam para conversar um pouqui-nho. Klepzig, cheio de cuida-dos, confere se nenhum deles esqueceu o ticket para com-prar o lanche no colégio.

9h23

Por mais que atualmente cuide mais da parte administrativa da Zig Filmes, Klepzig jamais dispensa o cuidado pessoal de conferir os trabalhos produzidos

6h15

17hs

7h00

6h45

12hs

14hs

15h30

10h00dia-a-dia

Intervalo para almo-ço, a última parada do dia antes da gra-vação do comercial.

Faz uma reunião geral para mais uma vez de-finir todos os detalhes do roteiro do VT.

Com tudo acertado, é hora de se encontrar com o cliente para esclarecer o andamento do material e acertar o prazo de finaliza-ção do VT.

A sexta-feira de trabalho promete e muito. Klepzig confere os retoques finais da produção do VT de um cliente que irão rodar logo

mais, à noite.

9h40

Pelo menos a primei-ra hora de trabalho é dedicada a conferir os e-mails e fazer os encaminhamentos de trabalho necessários.

Chegando em casa, toma um banho e se dirige ao trabalho. Meia hora de trânsito até chegar à Zig Filmes.

9hs

8hs

De volta ao escritó-rio, confere outros

VTs que estão sendo produzidos pela equipe e faz

algumas sugestões de animações

que podem ser utilizadas.

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Em contato com a sócia e esposa, resolve ques-tões administrativas. E lembra, assunto de casa é para ser tratado em casa. Embora a relação marido x mulher e sócio x sócia não seja das mais fáceis, a vantagem é que se trata de um convívio à base de confiança.

18hs

19hs

20hs

4hs

2h30

7hs

Tudo conferido, é hora de preparar equipamentos e ir para o set de gravação. A noite será longa.

O supermercadoImperatriz se

transforma nosbastidores da

produção.

Klepzig e a atriz do

comercial conferem

como ficou a primeira parte das gravações.

O trabalho se estende madrugada afora, entre gravações e regravações de textos e captação de imagens necessárias para a gravação do vt de 34 anos do supermercado, e também para divulgação das ofertas de aniversário.

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As peças grandes marcaram o desfile da Cheia de Graça, que contou com a presença de Fernanda Souza. A atriz subiu na passarela usando o que ela mais gosta: turquesas.

Apostando no prestígio que a grife possui entre jovens e adultos, a Colcci envolveu

a platéia no espírito de cabaré botânico. O desfile compôs um estilo de vida sensual com elementos da

natureza.

A Gata Bakana trou-xe a atriz Monique

Alfradique para des-filar as peças repletas de influências étnicas.

Ao som marcante do samba, a atriz

dançou na ponta da passarela.

Com a redescoberta dos pequenos prazeres a Damyller celebrou o sim-ples em meio à correria do dia-a-dia. A coleção trouxe peças básicas e outras inspiradas nas décadas de 20 e 70 com transparências e decotes.

A Top Giane Albertoni retornou ao evento para desfilar pela TNG, que trouxe para a passarela uma moda

sofisticada e atraente, com cores marcantes como o vermelho e as

clássicas blusas com estampas navy, em pérola e marinho.

O segundo dia do Floripa Fashion Donna DC foi um desfile de cele-bridades. A Lilica & Tigor trouxe os atores mirins Sofia Terra e Matheus Costa e apresentou roupas colori-

das e confortáveis.

O evento contou também com a participação dos alu-nos de moda da Universidade do Estado de Santa Ca-tarina (Udesc), que misturam texturas, cores, formas e tecidos estampados. O evento é um espaço importante para os alunos apresentarem as coleções pesquisadas e desenvolvidas na universidade.

O modelo carioca Paulo Zulu, arrancou suspiros ao tirar a camisa no final da passarela, ao desfilar pela Pokaonda.

A Vide Bula enfatizou na passarela a importância da preservação do meio ambiente por meio de peças ecologicamente corretas, 80% dos jeans

lavados são biodegradáveis. A marca aposta também em blusas de cotton orgânico.

O Curso de Moda da Unisul apresen-tou os melhores trabalhos produzidos pelos alunos no primeiro semestre de 2008. Com espírito empreendedor, al-gumas alunas aproveitaram a oportu-nidade para lançarem marcas próprias.

Os modelos da Ren-ner, entre eles o ator Gustavo Leão, apresen-taram roupas com cores temperadas, estampas geométricas, tribais, mandalas e flores, bol-sas grandes e carteiras e na moda praia, chapéus, bolsas e cangas.

A top model interna-cional Raica Oliveira arrancou aplausos do público. Na passarela, as roupas lembravam uma moda ensolarada num passeio no final de tarde. As pitadas de acabamentos e contras-tes apareceram com tonalidades e novas experiências, detalhes reinterpretados da na-tureza e aplicados em tecidos diferenciados.

Off road fashion

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ANUNCIO

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Quando o tema Luxo é evocado, automaticamente o mercado lembra da Moda. Natural. A atividade do Luxo teve na moda sua maior visibilidade e com isso, a associação sempre foi mais do que imediata. O movimento dos últimos anos porém, trouxe à luz do conhecimento, uma atividade que cresce à um ritmo forte e que vem demonstrando possibilidades em diversos segmentos do mercado, fazendo com que o Luxo se torne a pauta dos mercados atuais e uma das mais interessantes ferramentas de gestão contem-porânea. Cada vez mais fica difícil não identificar qual segmento de negócio não pode ser influenciado pelo Luxo. Se olharmos o varejo então, as oportunidades são únicas. Seja o varejo da moda, como também o varejo de vendas de carros, o varejo de turismo, o varejo shopping center – o movimento do Luxo tem influenciado todo e o qualquer tipo de varejo. A I Conferência Internacional sobre o Negócio do Luxo da América Latina, O ATUALUXO 2008 realizado em São Paulo no Hotel Renaissance, demonstrou com base e fundamentos que a atividade do Luxo além de crescer fortemente mundo afora, encontrará cada vez mais oportunidades no Brasil. O evento que abordou o tema Luxo em diversas manifestações de negó-cios, conseguiu reunir um número de palestrantes de aproximadamente 10 países, garantindo assim a internacionalização do tema. Em palestras que navegaram no conhecimento desde tamanho de mercado, até princípios de gestão e até mesmo tendências do comportamento do consumo, as mesmas deixaram claro que o atividade do Luxo é sem dúvida uma fonte inesgotável de conhecimento atualizado de gestão. No varejo, vale ressaltar os comentários proferidos pelo CEO da marca Stella McCartney, Marco Bizzarri que foi duro ao dizer que o discurso do verde e do comprometimento com a sustentabilidade precisa ser verdadeiro, caso contrário não é factível. Um dos pontos principais de sua palestra foi afirmar que ter uma marca verde é bem mais oneroso, assim há que realmente ter esse comprometimento como princípio. A referência mundial em concierge de Luxo, o site britâncio Quintenssensially, deu uma aula de como se movimentar pelas experiências. Com exemplos práticos de algumas das atividades que eles exercem, ficou a reflexão de que como o varejo físico tem ainda uma vasta possibilidade de criar experiências para os clientes, quando observado sob a perspectiva que o mundo digital já consegue maravilhas. A famosa e tradicional marca de moda e acessórios Mexicana, Casa Piñeda elucidou com apropriação a manifes-tação das bases culturais no exercício de moda. Tudo nesta marca tem um forte traço do dna mexicano. Desde o varejo, moderno e atualizado, até as pinturas nos seus celebrados lenços de seda, reforçando a importância de sabermos que nós somos. Já no varejo dos vinhos, a Casa LaPostolle, tradicional vinícola Chilena, surpreendeu apresentando seu conceito de vinícola que serve como show-room associado à hospedagem – criaram um Hotel de Luxo que fica localizado acima de sua impressionante adega, levando os visitantes a usufruirem de conceitos inovadores de relacionamento com a marca. Tradição alidada ao novo. Movimento de renovação contínua. A apresentação da marca Ferragamo no ATUALUXO, demons-trou a importância de manter a história, a essência e os valores devidamente conservados. Admirável exercício de história devidamente cuidado no museu da Marca na Itália. A IFF, segunda maior empresa de fragrâncias e aromas do mundo, surpreendeu com uma fragrância exclusiva desenvolvida para a Confe-rência, até mesmo com frasco criado especialmente para tal finalidade. Os 5 sentidos sendo trabalhados para encantar o cliente ainda mais em seu momento de interação com as marcas e o seu momento de consumo. A Nespresso deixou evidenciado que não limites para surpreender o cliente no ponto final do varejo. Através de um conceito totalmente inovador no mundo dos cafés, a Boutique Bar Nespresso mais parece um centro de tendências do que uma cafeteria. E até mesmo o Personnalité do Banco Itaú, con-seguiu apresentar seu modelo de negócios onde sequer o logo é utilizado nas agências exclusivas, tudo pensado para que o cliente não pense que está em um banco.

Não há desculpas! Temos muito a fazer. Há muito que pode ser feito. Se apenas utilizarmos os conceitos, tendências, resultados, exercícios práticos apresentados no ATUALUXO 2008, temos um mundo de possibi-lidades e oportunidades que ainda podem ser estudados e com isso, garantindo o movimento da inovação e renovação contínua em nosso varejo.

2008!ATUALUXO

Carlos Ferreirinha – Diretor Presidente da MCF Consulto-ria & Conhecimento especia-lizada no Negócio do Luxo e Premium – www.mcfconsul-toria.com.br, com atuação no Brasil e na América do Sul.

Artigo exclusivo para o jornal WF+Varejo e a revista Making OF.

ferreirinha

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ANUNCIOplastkolor

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