revista athletissima nº 3

44
athletíssima - 1 Revista Oficial da Federação Portuguesa de Atletismo - N.º 3 - Julho 2012 A Caminho de A Comitiva do Atletismo Português para os Jogos de Londres 2012 100 anos do Atletismo Português nos Jogos Olímpicos Departamento de Comunicação e Marketing da Federação Portuguesa de Atletismo | 2012 | http://fpatletismo.sapo.pt

Upload: federacao-portuguesa-de-atletismo

Post on 29-Mar-2016

220 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Revista oficial da Federação Portuguesa de Atletismo. Tema principal: Jogos Olímpicos de Londres 2012

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 1

A t h l e t i s s i m aRevista Oficial da Federação Portuguesa de Atletismo - N.º 3 - Julho 2012

A Caminho de

A Comitiva do Atletismo Português para os Jogos de Londres 2012

100 anos do Atletismo Português nos Jogos Olímpicos

Depa

rtam

ento

de Co

mun

icaçã

o e M

arke

ting d

a Fed

eraç

ão Po

rtugu

esa d

e Atle

tism

o | 20

12 | h

ttp://

fpat

letism

o.sap

o.pt

Page 2: Revista Athletissima nº 3

2 - athletíssima

Page 3: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 3

índice

AthletíssimaN.º 3 – Julho 2012Propriedade e Edição Federação Portuguesa de AtletismoLargo da Lagoa 15 B2799-538 Linda-a-VelhaTel: 21 414 60 20Fax: 21 414 60 21e-mail: [email protected] http://fpatletismo.sapo.pt

Director Fernando Mota Editor António Costa Redacção Elisabete Costa e António Costa Dados Estatísticos Lisete Santos, Paulo Monsanto e Diana Silva Fotografia Marcelino Almeida, Alexandre Pona e Agência Lusa Grafismo Lopo Pizarro, António Costa e Diana Silva Paginação António Costa Impressão Europress – Editores e Distribuidores de Publicações, Lda.

Depósito Legal 298072/09

ISSN 1647-368X

Tiragem 1500 exemplares

Distribuição gratuita

05 Mensagem do Chefe de Equipa: Samuel Lopes

07 Mensagem do Responsável Técnico: José Barros

09 Jorge Salcedo: por detrás do pano

10 Ana Cabecinha (20 km Marcha) e Clarisse Cruz (3000 m obstáculos)

11 Ana Dulce Félix (Maratona) e Inês Henriques (20 km Marcha)

12 Irina Rodrigues (Disco) e Jessica Augusto (Maratona)

13 Maria Leonor Tavares (Vara) e Marisa Barros (Maratona)

14 Patrícia Mamona (Triplo Salto) e Sara Moreira (5000 m e 10000 m)

15 Vânia Silva (Martelo) e Vera Barbosa (400 m barreiras)

16 Vera Santos (20 km Marcha) e Alberto Paulo (3000 m obstáculos)

17 Arnaldo Abrantes (200 m) e Edi Maia (Vara)

18 João Almeida (110 m barreiras) e João Vieira (20 km Marcha e 50 km Marcha)

19 Jorge Paula (400 m barreiras) e Luís Feiteira (Maratona)

20 Marco Fortes (Peso) e Marcos Chuva (Comprimento)

21 Pedro Isidro (50 km Marcha) e Rui Pedro Silva (Maratona)

23 A comitiva aos Jogos Olímpicos de 2012

24 Atletismo Português: 100 anos de história

26 Carlos Lopes, o primeiro

29 Medalhas do Atletismo Português

30 Rosa Mota

32 Fernanda Ribeiro

34 Nelson Évora

36 Foi há 20 anos: 4x400 metros femininos na final Olímpica

38 Medalhas, Finalistas e Semifinalistas em Jogos Olímpicos

40 34 Clubes em 19 edições

41 Recordes de Portugal e Melhores Marcas em Jogos Olímpicos

43 Programa-horário com a participação portuguesa

Page 4: Revista Athletissima nº 3

4 - athletíssima

A TUA FONTEDE PROTEÍNA PARA BEBER

www.fullprotein.comParceiro Oficial

Federação Portuguesade Atletismo

Fullprotein é uma bebida rica em albumina (proteína da clara de ovo) de alto valor biológico que, enquadrada numa dieta equilibrada, ajuda a compensar o organismo de forma saudável. Sem lactose e sem açúcar adicionado, contém aminoácidos essenciais e de cadeia ramifi cada.

Informação nutricional por 100g 330g VDR*

Valor energético 61,5kcal 202,95kcal 10% (260,5kJ) (859,65kJ)

Proteínas 9,6g 31,7g 63%

Hidratos de carbono 4,6g 15,2g 6%

dos quais açúcares 4,5g 14,8g 17%

Lípidos 0,3g 0,99g 1%

dos quais ácidos gordos saturados 0,18g 0,59g 3% Fibra <1,0g <3,3g 13%

Sódio 0,11g 0,43g 16%

* VDR (Valor Diário de Referência) - As necessidades nutricionais individuais variam com o género, idade, peso e nível de actividade física, entre outros factores.

DE PROTEÍNA PARA JÁ À VENDA

À VENDA

Page 5: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 5

Samuel LOPES

totais só por si proporcionam o sentimento de satisfação por tudo terem feito para supe-rar os seus limites. Os resultados e as classifi-cações resultam, naturalmente, desta atitude. Na qualidade de Chefe de Equipa do Atletis-mo, agradeço a confiança que me foi deposi-tada pela estrutura da Federação Portuguesa de Atletismo e em particular pelo Presidente, Prof. Fernando Mota, que me desafiou para esta enorme missão, bem como à Chefia da Missão Portuguesa na pessoa do Dr. Mário Santos e sua equipa, e creiam que é uma enorme honra fazer parte desta equipa de pessoas admiráveis, com-posta por atletas, treinadores e equipa médica. Procurarei, no limite das minhas capacidades e motivação, coordenar da melhor forma possível a equipa, nomeadamente nos aspectos logísti-cos e de representação oficial e tudo farei, a par de todos os restantes oficiais da equipa, para garantir todas as condições que forem necessá-rias para que os nossos Atletas se concentrem exclusivamente na sua competição e na obten-ção das suas melhores prestações desportivas. Termino com um agradecimento muito es-pecial a todos os colaboradores da Fede-ração que com o seu trabalho, empenho e profissionalismo, contribuíram na organi-zação das diversas actividades relaciona-das com a constituição da equipa de atletis-mo para os Jogos Olímpicos Londres 2012. O meu desejo é seguramente o desejo de todos os Portugueses. Boa sorte a todos os Atletas e os maiores sucessos desportivos e pessoais nos Jogos.

Comemoram-se, precisamente este ano, os 100 anos do início da participação olímpica de atletas portugueses, que ocorreu nos Jogos Olímpicos de Esto-

colmo, Suécia, em 1912, com a presença de 3 atletas, em representação do atletismo: António Stromp, Armando Cortesão e Francisco Lázaro. A comitiva do atletismo que participará nos Jogos da XXX Olimpíada Londres 2012 integra 24 atle-tas, os quais irão competir em 20 provas das 47 que compõem o programa dos Jogos Olímpicos. Seguindo a tendência já observada há 4 anos em Pequim, o número de atletas selecciona-dos do sexo feminino é superior ao masculi-no (13 mulheres e 11 homens), o que tem um significado muito relevante, no contexto do reforço da participação das mulheres no des-porto e em particular no maior evento despor-tivo a nível mundial. Por outro lado, assiste-se com enorme satisfação ao aumento da par-ticipação de atletas nas disciplinas ditas téc-nicas, fortalecendo-se a dinâmica e nível de desenvolvimento do atletismo português. Mais alto, Mais Rápido, Mais Forte é o lema olím-pico que ao longo de décadas tem inspirado atletas, treinadores e dirigentes para a supera-ção de barreiras físicas, psicológicas, sociais e culturais. Esta cultura de superação contribuiu para a expansão do ideal olímpico em territórios, aparentemente mais afastados, como a promo-ção da saúde pelo movimento, a educação pelo desporto e o entendimento e aceitação inter-cultural através da competição internacional. A entrega e o empenho de atletas, treinado-res, clubes, associações e dirigentes da nos-sa modalidade ao movimento olímpico, ao longo de muitos anos, criaram uma tradição e um clima de alto rendimento que se reper-cute na mentalidade com que a nossa elite aborda os grandes momentos competitivos. Dez medalhas olímpicas - entre as quais qua-tro campeões olímpicos - é motivo de grande orgulho para a família da modalidade. É este acervo de superação que nos inspira a conti-nuar em demanda de mais e melhores resulta-dos. Os nossos atletas e acompanhantes estão imbuídos destes ideais e desta tradição. Acre-ditam que o esforço, concentração e entrega

Chefe de Equipa

Page 6: Revista Athletissima nº 3

6 - athletíssima

COMO DIZEMOS PORTUGUESES:ÁGUA DE CONFIANÇAHÁ SÓ UMA,A DO LUSO E MAIS NENHUMA.

SAUDAVEISGERACÕES

A Água de Luso foi novamente eleita Marca de Con�ança São mais de 5 gerações de bem-estar

A todos o nosso obrigado.e 160 anos de história.

Page 7: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 7

José BARROSResponsável Técnico

Em Pequim 2008, estivemos pre-sentes com 27atletas (14 mu-lheres e 13 homens), selec-cionados de entre os 30 que

tinham conseguido mínimos: 22 obtive-ram mínimo A e 8 conseguiram mínimos B. Comparativamente a Pequim, para Lon-dres 2012 houve um aumento signi-ficativo da exigência nos mínimos de qualificação; das 43 disciplinas (não con-tando as estafetas) e num total de 86 mí-nimos (A e B), 48 (58,8%) foram dificul-tados, tendo sido mantidos 22 (25,6%). Desde o início do prazo definido para a sua obtenção, 35 atletas (18 homens e 17 mu-lheres) realizaram marca de qualificação; 20 com mínimos A e outros 15 com B. As lesões de importantes atletas, de autenti-cas referências internacionais da modali-dade (Nélson; Francis; Rui e Naide), os re-gulamentos específicos desta competição, fazem com que a nossa equipa seja consti-tuída por 24 atletas, com 11 estreantes em Jogos Olímpicos. Pela segunda vez as mu-lheres estarão em maioria com 13 atletas. Nenhum destes atletas surgiu neste ciclo, sendo todos o produto de um prolonga-do, sistemático e organizado processo de treino que na sua maioria ultrapassa os 2 ciclos. Alguns foram motivados para o atletismo na sua Escola, quase todos par-ticiparam em provas da campanha “Viva o Atletismo”, particularmente no “Olímpico Jovem”, que em 2012 teve a sua 30ª edição. Mas no Alto Rendimento nada se consegue ao acaso ou de forma absolutamente indi-vidual. De enaltecer o trabalho dos clubes destes atletas, das Associações, os dife-rentes níveis de intervenção de uma vasta equipa de Dirigentes e Técnicos de várias

áreas, que ao longo deste processo procu-rou criar as condições necessárias de prepa-ração, recuperação e competição para que a competência dos treinadores rentabilizasse nas principais competições internacionais a qualidade dos atletas. A prova disto está nas 57 medalhas (mais 17 que o máximo anterior!) conquistadas ao longo do ciclo, não se contabilizando neste número as 14 dos Campeonatos Ibero-americanos e as 9 dos Campeonatos mundiais universitários. Em Londres 2012 estarão alguns dos atle-tas que ao longo do ciclo foram ultrapas-sando importantes “barreiras”, estabele-cendo Recordes de Portugal, liderando rankings internacionais, que contribuíram para a subida à Superliga do Campeona-to da Europa de Nações, e tiveram pres-tações muito positivas nos Europeus de Barcelona 2010 e Helsínquia 2012, e nos Mundiais de Berlim 2009 e Daegu 2011. Partimos para Londres tranquilos pela for-ma como decorreu o processo de prepara-ção e competição, e confiantes das capaci-dades de atletas e técnicos. Que mais uma vez, agora nos Jogos Olímpicos fique paten-teada toda a sua enorme qualidade.

Page 8: Revista Athletissima nº 3

8 - athletíssima

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Af_supernova_a4.pdf 1 12/04/26 14:49

Page 9: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 9

Nasceu em Lisboa a 2 de Março de 1953, licenciou-se em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade Clássica de Lisboa em 1975 e é precisamente nesse

ano, na viragem da Ditadura para a Democracia, que assume o primeiro cargo ligado ao atletismo nacio-nal como Secretário do Conselho Técnico da FPA. Do seu extenso currículo não é tarefa fácil esco-lher quais as prestações mais importantes, quer ao serviço do atletismo nacional, europeu ou in-ternacional. Dos cerca de 120 cursos de formação de juízes dos quais foi formador, sendo o único português com o título de Preletor Oficial da IAAF a nível Continental e Mundial, foi responsável pela criação do sistema de formação de oficiais em Portugal e tem tido uma influência deveras impor-tante na formação e nomeações de outros juízes portugueses para as competições da IAAF e EA. Conhecido Internacionalmente, Jorge de Cas-tro Salcedo Fernandes, é eleito Presidente do Comité Técnico da IAAF em 1999, cargo que mantém até à data, fazendo igualmente par-te de várias comissões e comités da Associação Europeia e IAAF desde a criação dos mesmos. Desde 1983, o atual Secretário Geral da Fede-ração Portuguesa de Atletismo, já esteve pre-sente em cerca de 120 competições interna-cionais, das quais destacamos 7 Mundiais de Ar Livre e 5 de Pista Coberta, 6 Europeus de Ar Livre e 5 de Pista Coberta e 3 presenças efetivas

nos Jogos Olímpicos (Sidnei, Atenas e Pequim). Sempre disposto a partilhar as suas experiên-cias é conhecido entre os amigos pela simpa-tia, generosidade e humildade criando, por isso, boas relações com gentes de todo o mundo, um pouco por onde vai passando, deixando sem-pre a sua marca nos que ficam e saindo sem-pre mais enriquecido em experiência e afetos. Pela sua dedicação desinteressada e total ao atle-tismo, o Oficial Técnico Internacional Português que já tem presença marcada para as Olimpíadas de Londres como chefe dos ITOs, já recebeu diver-sas distinções, entre as quais a Medalha de Mérito Desportivo atribuída pelo Governo de Portugal, Dirigente do Ano e Ordem Olímpica atribuídos pelo COP, Emblema de Veterano da IAAF e Placa de Mérito igualmente atribuída pela Associa-ção Internacional das Federações de Atletismo. Sempre por detrás das câmaras, este Mestre em Gestão de Organizações Desportivas formado pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lyon, a par dos atletas lusos, tem levado e digni-ficado o nome de Portugal nos mais importantes palcos do atletismo mundial. Amante das artes em geral, é detrás do pano, onde as luzes da ribalta não chegam, que desempenha o seu trabalho, co-ordenando, orientando, decidindo, com a calma e serenidade que o caracterizam, em prol do desen-volvimento do atletismo e todos os seus interve-nientes.

Jorge SALCEDOpor detrás do panoC

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Af_supernova_a4.pdf 1 12/04/26 14:49

Page 10: Revista Athletissima nº 3

10 - athletíssima

Ana CABECINHA20 km marcha

Clarisse CRUZ3000 m obstáculos

Nome: Ana Cabecinha Data de Nascimento: 29-04-1984 Clube: Clube Oriental de Pechão

Treinador: Paulo Murta Recorde Pessoal: 1:27:46

Melhor Marca de 2012: 1:29:53Resultados 2012

10 melhores marcas de sempre

Evolução: melhor marca por ano

MARCA LOCAL DATA

1:29:53 Quarteira 18 Março1:31:08 Rio Maior 14 Abril1:31:42 Saransk 13 Maio

MARCA LOCAL DATA

1:27:46 Beijing 21 Agosto 20081:29:39 Cheboksary 11 Maio 20081:29:56 Rio Maior 5 Abril 20081:31:02 La Coruña 13 Maio 20061:31:08 Lugano 20 Março 20111:31:08 Rio Maior 14 Abril 20121:31:14 Rio Maior 10 Abril 20101:31:36 Daegu 31 Agosto 20111:31:42 Saransk 13 Maio 20121:31:48 Barcelona 28 Julho 2010

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

1:34:13 1:31:02 1:32:46 1:27:46 1:33:05 1:31:14 1:31:08 1:29:53

Nome: Clarisse Cruz Data de Nascimento: 09-07-1978

Clube: Sporting Clube de Portugal Treinador: António Beça Recorde Pessoal: 9:40.30

Melhor Marca de 2012: 9:40.30

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

9:47.90 10:16.37 10:07.90 9:44.94 10:06.37 10:04.49 9:57.79 9:40.30

Evolução: melhor marca por ano

MARCA LOCAL DATA

9:40.30 Helsínquia 28 Junho 20129:41.72 Vila Real de Santo António 26 Maio 20129:44.94 Huelva 13 Junho 20089:47.76 Helsínquia 30 Junho 20129:47.9h Leiria 19 Junho 20059:49.45 Beijing 15 Agosto 20089:50.03 Lisboa 12 Maio 20129:55.24 Huelva 6 Agosto 20049:57.79 Vila Real de Santo António 28 Maio 20119:59.19 Seixal 19 Julho 2008

10 melhores marcas de sempre

MARCA LOCAL DATA

9:50.03 Lisboa 12 Maio9:41.72 Vila Real de Sant António 26 Maio9:40.30 Helsínquia 28 Junho9:47.76 Helsínquia 30 Junho

10:29.47 Lisboa 7 Julho

Resultados 2012

Page 11: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 11

Ana Dulce FÉLIXMaratona

Inês HENRIQUES20 km marcha

MARCA LOCAL DATA

2:25:40 Nova Iorque 6 Novembro 20112:26:30 Wien 17 Abril 2011

melhores marcas de sempre

Nome: Ana Dulce Félix Data de Nascimento: 23-10-1982

Clube: Maratona Clube de Portugal Treinador: Mª. Sameiro Araújo

Recorde Pessoal: 2:25:40 Melhor Marca de 2012: sem marca

Nome: Inês Henriques Data de Nascimento: 01-05-1980

Clube: Clube de Natação de Rio Maior Treinador: Jorge Miguel

Recorde Pessoal: 1:29:36 Melhor Marca de 2012: 1:30:55

MARCA LOCAL DATA

1:33:16A Chihuahua 3 Março1:30:55 Quarteira 18 Março1:31:32 Rio Maior 14 Abril1:31:43 Saransk 13 Maio

MARCA LOCAL DATA

1:29:36 La Coruña 19 Junho 20101:30:23 Montemor-Velho 8 Janeiro 20111:30:24 Leamington 20 Maio 20071:30:28 La Coruña 13 Maio 20061:30:29 Sesto San Giovanni 1 Maio 20111:30:34 Gaia 21 Fevereiro 20091:30:38 Batalha 19 Fevereiro 20111:30:40 Naumburg 24 Setembro 20111:30:55 Quarteira 18 Março 20121:30:59 Rio Maior 9 Abril 2011

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

1 :33:24 1:30:28 1:30:24 1:31:06 1:30:34 1:29:36 1:30:23 1:30:55

Resultados 2012

10 melhores marcas de sempre

Evolução: melhor marca por ano

Page 12: Revista Athletissima nº 3

12 - athletíssima

Jessica AUGUSTOMaratona

Irina RODRIGUESlançamento do Disco

Nome: Jessica Augusto Data de Nascimento: 08-11-1981

Clube: Individual Treinador: Elsa Amaral

Recorde Pessoal: 2:24:22 Melhor Marca de 2012: 2:24:59

Nome: Irina Rodrigues Data de Nascimento: 05-02-1991

Clube: Sporting Clube de Portugal Treinador: Paulo Reis

Recorde Pessoal: 62.91 Melhor Marca de 2012: 62.91

MARCA LOCAL DATA

2:24:59 Londres 22 Abril

Resultados 2012

2011 2012

2:24:33 2:24:59

Evolução: melhor marca por ano

melhores marcas de sempre

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

38,73 40,90 51,74 53,94 56,96 58,21 58,35 62,91

Evolução: melhor marca por ano

Resultados 2012

10 melhores marcas de sempreMARCA LOCAL DATA

62.91 Halle 20 Maio 201259.37 Halle 19 Maio 201259.09 Vila Real de Santo António 26 Maio 201258.47 Quinta do Anjo 10 Março 201258.35 Leiria 7 Agosto 201158.21 Quinta do Anjo 13 Março 201057.49 Quinta do Anjo 11 Março 201257.06 Lisboa 7 Julho 201256.98 Leiria 1 Agosto 200956.65 Lisboa 26 Junho 2010

MARCA LOCAL DATA

55,39 Leiria 18 Fevereiro54,58 Aveiro 25 Fevereiro56,05 Leiria 3 Março58,47 Quinta do Anjo 10 Março57,49 Quinta do Anjo 11 Março54,83 Bar 18 Março55,26 Lisboa 13 Maio59,37 Halle 19 Maio62,91 Halle 20 Maio59,09 Vila Real de Santo António 26 Maio52,06 Lisboa 9 Junho53,01 Helsínquia 30 Junho59,57 Leiria 4 Julho57,06 Lisboa 7 Julho

MARCA LOCAL DATA

2:24:33 Londres 17 Abril 20112:24:59 Londres 22 Abril 2012

Page 13: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 13

Maria Leonor TAVARESsalto com Vara

Marisa BARROSMaratonaNome: Marisa Barros

Data de Nascimento: 25-02-1980 Clube: Sport Lisboa e Benfica Treinador: António Ascenção

Recorde Pessoal: 2:25:04 Melhor Marca de 2012: sem marca

Nome: Maria Leonor Tavares Data de Nascimento: 24-09-1985

Clube: Sporting Clube de Portugal Treinador: Sebastian Levicq

Recorde Pessoal: 4.50 Melhor Marca de 2012: 4.42i2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

3.95 4.05 4.05 4.22 4.30 4.30 4.50 4.42i

MARCA LOCAL DATA

4.50 Albi 29 Julho 20114.42i Aubière 26 Fevereiro 20124.41i Pombal 13 Fevereiro 20114.40 Estocolmo 18 Junho 20114.37i Aubière 15 Janeiro 20114.36i Eaubonne 11 Fevereiro 20114.35i Torino 6 Março 20094.35 Marseille 31 Maio 20124.34i Cassis 26 Março 20114.32i Paris 15 Fevereiro 2009

MARCA LOCAL DATA

4.24i Villeurbanne 20 Janeiro4.22i Dresden 27 Janeiro4.30i Eaubonne 5 Fevereiro4.00i Pombal 12 Fevereiro4.30i Eaubonne 16 Fevereiro4.20i Espinho 19 Fevereiro4.42i Aubière 26 Fevereiro4.20 Bonneuil-sur-Marne 25 Maio4.35 Marseille 31 Maio4.20 Montreuil-sous-Bois 5 Junho4.10 Lisboa 10 Junho4.25 Angers 16 Junho4.25 Helsínquia 28 Junho

Resultados 2012

10 melhores marcas de sempre

Evolução: melhor marca por ano

2007 2008 2009 2010 2011

2:31:31 2:34:08 2:26:03 2:25:44 2:25:04

Evolução: melhor marca por ano

MARCA LOCAL DATA

2:25:04 Yokohama 20 Fevereiro 20112:25:44 Osaka 31 Janeiro 20102:26:03 Sevilla 22 Fevereiro 20092:26:50 Berlin 23 Agosto 20092:30:29 Daegu 27 Agosto 20112:31:31 Porto 21 Outubro 20072:34:08 Beijing 17 Agosto 20082:35:43 Barcelona 31 Julho 2010

melhores marcas de sempre

Page 14: Revista Athletissima nº 3

14 - athletíssima

Patricia MAMONA

Sara MOREIRA5000 m e 10000 mNome: Sara Moreira Data de Nascimento: 17-10-1985

Clube: Maratona Clube de Portugal Treinador: Pedro Ribeiro

Recorde Pessoal 5000 m: 14:54.71 Melhor Marca de 2012 5000 m: 15:08.33

Recorde Pessoal 10 000 m: 31:23.51 Melhor Marca de 2012 10 000 m: 31:23.51

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

12.87 13.37 13.24 13.51 13.83 14.12 14.42 14.52

MARCA LOCAL DATA

14.52 (1.8) Helsínquia 29 Junho 201214.42 (1.5) Lisboa 31 Julho 201014.23 (0.0) Shenzhen 20 Agosto 201114.21 (1.2) Lisboa 8 Julho 201214.12 (1.7) Barcelona 29 Julho 201014.07 (0.0) Barcelona 31 Julho 201014.05 (1.7) Des Moines 10 Junho 201114.01 (1.3) Eugene 10 Junho 2010

13.94i Espinho 19 Fevereiro 201213.89 (0.2) Shenzhen 18 Agosto 2011

MARCA LOCAL DATA

13.39i Pombal 12 Fevereiro13.94i Espinho 19 Fevereiro13.63i Pombal 25 Fevereiro

13.35 (0.9) Clemson 12 Maio13.63 (-1.4) Hérouville 31 Maio13.57 (0.6) Bilbao 3 Junho14.06 (2.1) Lisboa 10 Junho13.62 (-1.0) Velenje 14 Junho13.88 (1.8) Lisboa 16 Junho14.41 (3.0) Helsínquia 27 Junho14.52(1.8) Helsínquia 29 Junho14.21 (1.2) Lisboa 8 Julho13.70 (-1.3) Londres 14 Julho13.76 (-0.2) Mónaco 20 Julho

Resultados 2012

10 melhores marcas de sempre

Evolução: melhor marca por ano

triplo Salto

5000 m: Resultados 2012MARCA LOCAL DATA

15:08.33 Watford 9 Junho15:12.05 Helsínquia 28 Junho

5000 m:10 melhores marcas de sempreMARCA LOCAL DATA

14:54.71 Barcelona 1 Agosto 201014:58.11 Oslo 3 Julho 200914:59.54 Hengelo 30 Maio 201015:08.33 Watford 9 Junho 201215:11.97 Oslo 9 Junho 201115:12.05 Helsínquia 28 Junho 201215:12.22 Berlin 22 Agosto 200915:19.93 Berlin 19 Agosto 200915:32.78 Beograd 11 Julho 200915:45.05 Lisboa 13 Julho 2009

MARCA LOCAL DATA

31:23.51 Bilbao 3 Junho

10000 m: Resultados 2012

2010 2011 2012

31:26.55 31:39.11 31:23.51

10000m Evolução: melhor marca por ano

2009 2010 2011 2012

14:58.11 14:54.71 15:11.97 15:08.33

5000m Evolução: melhor marca por ano

MARCA LOCAL DATA

31:23:51 Bilbao 3 Junho 201231:26:55 Marselha 5 Junho 201031:39:11 Oslo 9 Junho 2011

10 000 m:melhores marcas de sempre

Nome: Patrícia Mamona Data de Nascimento: 21-11-1988

Clube: Sporting Clube de Portugal Treinador: José Uva

Recorde Pessoal: 14.52 Melhor Marca de 2012: 14.52

Page 15: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 15

Sara MOREIRA

Vânia SILVAlançamento do Martelo

Vera BARBOSA400 m barreiras

Nome: Vânia Silva Data de Nascimento: 08-06-1980

Clube: Sporting Clube de Portugal Treinador: Paulo Reis

Recorde Pessoal: 69.55 Melhor Marca de 2012: 67.04

Nome: Vera Barbosa Data de Nascimento: 13-01-1989 Clube: Sporting Clube de Portugal Treinador: Carlos Silva Recorde Pessoal: 55.80 Melhor Marca de 2012: 55.80

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

66.14 65.29 67.14 67.97 68.32 67.79 69.55 67.04

Evolução: melhor marca por ano

MARCA LOCAL DATA

69.55 Vila Real de Santo António 29 Maio 201168.82 Lisboa 14 Julho 200468.43 Madrid 3 Julho 200268.35 Estocolmo 18 Junho 201168.32 Los Realejos 14 Março 200968.14 Leiria 22 Março 200367.97 Lisboa 5 Janeiro 200867.79 Abrantes 10 Junho 201067.70 Leiria 6 Agosto 201167.67 Sevilla 23 Janeiro 2002

10 melhores marcas de sempre

MARCA LOCAL DATA

64.94 Leiria 3 Março64.21 Quinta do Anjo 10 Março64.12 Quinta do Anjo 11 Março67.04 Bar 18 Março65.41 Vila Real de Santo António 27 Maio63.23 Abrantes 7 Junho62.64 Lisboa 9 Junho64.62 Gotemburgo 14 Junho63.62 Cáceres 20 Junho62.81 Helsínquia 29 Junho63.88 Lisboa 5 Julho61.59 Lisboa 7 Julho63.89 León 22 Julho

Resultados 2012

2008 2009 2010 2011 2012

61.24 60.38 58.89 55.81 55.80

MARCA LOCAL DATA

55.80 Helsínquia 27 Junho 2055.81 Ostrava 16 Julho 201155.83 Sotteville-lès-Rouen 10 Junho 201255.98 Belém 6 Maio 201256.31 Daegu 29 Agosto 201156.58 Helsínquia 28 Junho 201256.62 Baie Mahault 1 Maio 201256.64 Fortaleza 9 Maio 201256.70 Ostrava 14 Julho 201156.72 Barcelona 22 Julho 2011

MARCA LOCAL DATA

55.98 Belém 6 Maio56,64 Brasil 10 Maio57.61 Vila Real de Santo António 26 Maio57.48 Bydgoszcz 3 Junho56.76 Lisboa 10 Junho56.73 Salamanca 12 Junho55.80 Helsínquia 27 Junho56,58 Helsínquia 28 Junho55,83 França 10 Julho

Resultados 2012

10 melhores marcas de sempre

Evolução: melhor marca por ano

Page 16: Revista Athletissima nº 3

16 - athletíssima

Alberto PAULO3 000 m obstáculosNome: Alberto Paulo

Data de Nascimento: 03-10-1984 Clube: Sport Lisboa e Benfica Treinador: José António Costa

Recorde Pessoal: 8:22.41 Melhor Marca de 2012: 8:33.09

MARCA LOCAL DATA

8:59.14 Vila Real de Santo António 27 Maio8:46.02 Lisboa 10 Junho8:41.63 Helsínquia 28 Junho8:33.09 Liége 5 Julho8:38.39 Lisboa 8 Julho

Resultados 2012

MARCA LOCAL DATA

8:22.41 Daegu 29 Agosto 20118:24.06 Heusden 10 Julho 20108:24.2h Ribeira Brava 23 Julho 20088:28.08 Barcelona 1 Agosto 20108:28.20 Lisboa 31 Julho 20118:28.88 Barakaldo 11 Julho 20088:29.38 Huelva 2 Junho 20118:29.86 Beograd 11 Julho 20098:30.26 Barcelona 30 Julho 20108:32.26 Shenzhen 20 Agosto 2011

10 melhores marcas de sempre

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 20128:51.56 8:49.89 8:36.98 8:24.20 8:29.86 8:24.06 8:22.41 8:33.09

Evolução: melhor marca por ano

Vera SANTOS20 km marcha

Nome: Vera Santos Data de Nascimento: 03-12-1981

Clube: Sporting Clube de Portugal Treinador: João Vieira

Recorde Pessoal: 1:28:14 Melhor Marca de 2012: 1:32:48

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

1:31:30 1:30:41 1:32:53 1:28:14 1:29:27 1:28:29 1:29:55 1:32:48

MARCA LOCAL DATA

1:28:14 Beijing 21 Agosto 20081:28:17 Cheboksary 11 Maio 20081:28:29 Sesto San Giovanni 1 Maio 20101:28:56 La Coruña 9 Junho 20101:29:16 Rio Maior 10 Abril 20101:29:27 Sesto San Giovanni 1 Maio 20091:29:55 Rio Maior 9 Abril 20111:30:09 Olhão 21 Fevereiro 20101:30:35 Berlim 16 Agosto 20091:30:41 Gotemburgo 9 Agosto 2006

MARCA LOCAL DATA

1:32.48 Quarteira 18 Março1:33:45 Rio Maior 14 Abril1:33:08 Saransk 13 Maio

Resultados 2012

Evolução: melhor marca por ano

10 melhores marcas de sempre

Page 17: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 17

Arnaldo ABRANTES200 metrosNome: Arnaldo Abrantes Data de Nascimento: 27-11-1986

Clube: Sport Lisboa e Benfica Treinador: Anabela Leite

Recorde Pessoal: 20.48 Melhor Marca de 2012: 20.72

MARCA LOCAL DATA

21,70i Pombal 29 Janeiro21,27i Espinho 19 Fevereiro22,48i Espinho 19 Fevereiro21,64 Lisboa 13 Maio

21,35 (2.4) Vila Real de Santo António 27 Maio20,88 (0.1) Genève 2 Junho21,24 (-0.5) Helsínquia 29 Junho21,36 (-0.1) Helsínquia 29 Junho21,38 (2.7) Lisboa 10 Junho21,48 (1.3) Lisboa 8 Julho

20.72 (0.4) Lucerne 17 Julho

Resultados 2012

MARCA LOCAL DATA

20.48 (0.0) Osaka 28 Agosto 200720.51 (1.6) Málaga 27 Junho 200920.61 (0.8) La Chaux-de-Fonds 3 Julho 201120.62 (-0.4) Leiria 21 Junho 200920.71 (0.7) Lisboa 14 Julho 201020.72 (0.4) Luzern 17 Julho 201220.74 (1.3) Lisboa 29 Julho 200720.82 (0.6) Osaka 28 Agosto 200720.84 (2.0) Budapeste 20 Junho 201020.87 (0.0) Barcelona 29 Julho 2010

10 melhores marcas de sempre

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 201221.48 21.20 20.48 20.94 20.51 20.71 20.61 20.72

Evolução: melhor marca por ano

Nome: Edi Maia Data de Nascimento: 10-11-1987

Clube: Sporting Clube de Portugal Treinador: Raposo Borges

Recorde Pessoal: 5.64i Melhor Marca de 2012: 5.64i

Edi MAIAsalto com VaraResultados 2012

10 melhores marcas de sempre

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 20124.40 4.95 5.11 5.31 5.40 5.55 5.60 5.64i

Evolução: melhor marca por ano

MARCA LOCAL DATA

5.45i Alpiarça 8 Janeiro5.05 Lisboa 15 Janeiro5.40i Pombal 28 Janeiro5.40 Lisboa 1 Fevereiro5.40i Pombal 11 Fevereiro5.40i Espinho 18 Fevereiro5.55 Lisboa 22 Fevereiro

5.64i Pombal 26 Fevereiro5.45i Moselle Metz 29 Fevereiro5.00 Belém 6 Maio5.50 Fortaleza 10 Maio5.35 Lisboa 12 Maio5.00 Lumiar 19 Maio5.40 Innsbruck 3 Junho5.20 Munique 5 Junho5.55 Lisboa 9 Junho5.25 Faro 13 Junho5.45 Lisboa 17 Junho5.00 Lisboa 20 Junho5.50 Elvas 23 Junho5.28 Lisboa 7 Julho

MARCA LOCAL DATA

5.64i Pombal 26 Fevereiro 20125.60 Lisboa 10 Junho 20115.60 Madrid 9 Julho 2015.55 Lisboa 13 Junho 20105.55 Lisboa 9 Junho 20125.52i Lisboa 19 Dezembro 20115.50i Pombal 26 Fevereiro 20115.50 Fortaleza 9 Maio 20125.50 Elvas 23 de Junho de 20125.45 Lisboa 15 Maio 2010

Vera SANTOS

Page 18: Revista Athletissima nº 3

18 - athletíssima

2006 2007 2008 2009 2010 2011 201214,70 14,03 14,00 13,94 14,16 13,78 13,47

João ALMEIDA110 m barreirasNome: João Almeida Data de Nascimento: 05-04-1988 Clube: Sporting Clube de Portugal Treinador: João Abrantes Recorde Pessoal: 13.47 Melhor Marca de 2012: 13.47

MARCA LOCAL DATA

13.47 (1.3) Lisboa 8 Julho 201213.56 (-1.1) Helsínquia 1 Julho 201213.63 (0.5) Helsínquia 30 Junho 201213.78 (1.0) Málaga 7 Agosto 201113.78 (2.0) Lisboa 16 Junho 201213.83 (0.0) Chambéry 10 Julho 201113.85 (-1.7) Chambéry 10 Julho 201113.87 (1.8) Lisboa 31 Julho 201113.93 (-0.8) Lisboa 25 Junho 201113.94 (-0.2) Lisboa 18 Julho 2009

10 melhores marcas de sempre

MARCA LOCAL DATA

14,43 (0.4) Lisboa 12 Maio14,75 (0.9) Lisboa 12 Maio14,98 (0.8) Lumiar 20 Maio14.08 (2.5) Lisboa 10 Junho13.78 (2.0) Lisboa 16 Junho13.91 (2.9) Lisboa 17 Junho13.63 (0.5) Helsínquia 30 Junho13.56 (-1.1) Helsínquia 1 Julho13,47 (1.3) Lisboa 8 Julho14,14 (0.8) Lisboa 8 Julho

Resultados 2012

Evolução: melhor marca por ano

João VIEIRA20 km marcha 50 km marcha

MARCA LOCAL DATA

1:32:40 Pontevedra 4 Março1:22:11 Saransk 12 Maio

MARCA LOCAL DATA

1:20:09 Göteborg 8 Agosto 20061:20:30 La Coruña 7 Junho 20031:20:33 La Coruña 13 Maio 20061:20:42 Leamington 20 Maio 20071:20:44 Naumburg 5 Maio 20021:20:48 La Coruña 5 Junho 20041:20:49 Barcelona 27 Julho 20101:20:59 Podébrady 19 Abril 19971:21:01 Cheboksary 18 Maio 20031:21:13 Cheboksary 10 Maio 2008

20 km marcha: Resultados 2012

20 km marcha:10 melhores marcas de sempre

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 20121:21:56 1:20:09 1:20:42 1:21:13 1:21:43 1:20:49 1:22:44 1:22:11

20 km marcha - Evolução: melhor marca por ano

MARCA LOCAL DATA

3:45:17 Pontevedra 4 Março

50 km marcha: Resultados 2012

2004 2008 20123:52:00 3:52:35 3:45:17

50 km marcha - Evolução: melhor marca por ano

Nome:João Vieira Data de Nascimento: 20-02-1976

Clube: Sporting Clube de Portugal Treinador: João Vieira

Recorde Pessoal 20 km: 1:20:09 Melhor Marca de 2012 20 km: 1:22:11

Recorde Pessoal 50 km: 3:45:17 Melhor Marca de 2012 50 km: 3:45:17

MARCA LOCAL DATA

3:45:17 Pontevedra 4 Março 20123:52:00 Beja 21 Fevereiro 20043:52:35 Mealhada 1 Março 2008

50 km marcha - 3 melhores marcas de sempre

Page 19: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 19

Jorge PAULA400m barreiras

Nome: Jorge Paula Data de Nascimento: 08-10-1984 Clube: Sport Lisboa e Benfica Treinador: João Abrantes Recorde Pessoal: 49.72 Melhor Marca de 2012: 50.43

MARCA LOCAL DATA

51.02 Lisboa 13 Maio52.04 Vila Real de Santo António 26 Maio50.88 Lisboa 10 Junho50.99 Lisboa 17 Junho50.74 Helsínquia 27 Junho50.58 Helsínquia 28 Junho50.43 Lisboa 8 Julho

Resultados 2012

MARCA LOCAL DATA

49.72 Albertville 1 Julho 201149.78 Lisboa 25 Junho 201149.82 Daegu 29 Agosto 201149.88 Lisboa 31 Julho 201149.99 Shenzhen 18 Agosto 201150.02 Celle Ligure 5 Julho 201150.30 Salamanca 8 Junho 201150.42 Estocolmo 18 Junho 201150.43 Lisboa 8 Julho 201250.49 Chambéry 5 Julho 2008

10 melhores marcas de sempre

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 201252.01 51.62 50.49 52.80 53.80 49.72 50.43

Evolução: melhor marca por ano

Luis FEITEIRAMaratonaNome: Luis Feiteira

Data de Nascimento: 21-04-1973 Clube: Individual

Treinador: Manuel Matias Recorde Pessoal: 2:11:57

Melhor Marca de 2012: 2:32:24

MARCA LOCAL DATA

2:32:24 Barcelona 25 de Março

MARCA LOCAL DATA

2:11:57 Praha 10 Maio 20092:13:07 Fukuoka 6 Dezembro 20092:13:12 Amesterdão 16 Outubro 20112:13:37 Wien 29 Abril 20072:14:06 Berlin 22 Agosto 20092:16:10 Roterdão 9 Abril 20062:21:28 Barcelona 1 Agosto 20102:29:34 Osaka 25 Agosto 2007

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

2:16.10 2:13.37 2:11.57 2:21.28 2:13.12 2:32.24

Resultados 2012

melhores marcas de sempre

Evolução: melhor marca por ano

Page 20: Revista Athletissima nº 3

20 - athletíssima

Marcos CHUVA

Marco FORTESlançamento do Peso

salto em Comprimento Maratona

Nome: Marco Fortes Data de Nascimento: 26-09-1982

Clube: Sport Lisboa e Benfica Treinador: Volodymyr Zynchenko

Recorde Pessoal: 21.02 Melhor Marca de 2012: 21.02

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

17.89 18.74 19.18 20.13 20.52 20.69 20.89 21.02

Evolução: melhor marca por ano

MARCA LOCAL DATA

21.02 Bar 18 Março 201220.91i Pombal 12 Fevereiro 201220.89 København 11 Agosto 201120.83 Daegu 2 Setembro 201120.78 Zurique 7 Setembro 201120.77i Bydgoszcz 8 Fevereiro 201220.69 San Fernando 4 Junho 201020.61 Tanger 18 Setembro 201120.57 Leiria 17 Julho 201020.57 Lisboa 25 Junho 2011

10 melhores marcas de sempre

MARCA LOCAL DATA

20.57i Chemnitz 27 Janeiro20.10i Pombal 29 Janeiro20.77i Bydgoszcz 8 Fevereiro20.91i Pombal 12 Fevereiro20.56i Espinho 19 Fevereiro19.83i Istambul 9 Março21.02 Montenegro 18 Março20.27 Uberlândia 13 Maio20.03 São Paulo 16 Maio20.52 Vila Real de Santo António 26 Maio19.30 Bilbao 3 Junho19.56 Oslo 7 Junho19.47 Lisboa 9 Junho19.75 Cáceres 20 Junho19.66 Helsínquia 27 Junho20.24 Helsínquia 29 Junho19.62 Lisboa 7 Julho19.21 Londres 14 Julho

Resultados 2012

Nome: Marcos Chuva Data de Nascimento: 08-08-1989

Clube: Sport Lisboa e Benfica Treinador: Fernando Pereira

Recorde Pessoal: 8.34 Melhor Marca de 2012: 8.00i

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

7.12 7.45 7.80 7.76 8.09v

7.968.16v

8.34 8.00i

Evolução: melhor marca por ano

MARCA LOCAL DATA

8.34 Viljandi 9 Agosto 20118.10 Daegu 1 Setembro 20118.05 Daegu 2 Setembro 20118.03 Lisboa 25 Junho 20118.00i Espinho 18 Fevereiro 20127.96 Budapeste 19 Junho 20107.96 Helsínquia 29 Junho 20127.94 Ostrava 15 Julho 20117.92 Helsínquia 1 Julho 20127.90 Estocolmo 18 Junho 2011

10 melhores marcas de sempre

MARCA LOCAL DATA

7,88i Pombal 29 Janeiro7,76i Pombal 11 Fevereiro8.00i Espinho 18 Fevereiro

7.90 (4.1) Vila Real de Santo António 26 Maio7.88 (1.8) Bilbao 3 Junho7.69 (1.7) Lisboa 9 Junho7.96 (0.3) Helsínquia 29 Junho7.92 (0.5) Helsínquia 1 Julho7.88 (2.8) Lisboa 7 Julho

Resultados 2012

Page 21: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 21

Rui Pedro SILVAMaratona

Pedro ISIDRO50 km Marcha

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

5:04.26 4:10.45 3:58.00

Evolução: melhor marca por ano

MARCA LOCAL DATA

3:58.00 Saransk 13 Maio

Resultados 2012

Nome: Pedro Isidro Data de Nascimento: 17-07-1985

Clube: Sport Lisboa e Benfica Treinador: Luis Dias

Recorde Pessoal: 3:58:00 Melhor Marca de 2012: 3:58:00

MARCA LOCAL DATA

3:58:00 Saransk 13 Maio 20124:10:45 Batalha 19 Fevereiro 20115:04:26 Mealhada 1 Março 2008

melhores marcas de sempre

Nome: Rui Pedro Silva Data de Nascimento: 06-05-1981

Clube: Individual Treinador: João Campos Recorde Pessoal: 2:12:15

Melhor Marca de 2012: 2:12:15

MARCA LOCAL DATA

2.12. 15 Viena 15 Abril

MARCA LOCAL DATA

2.12. 15 Viena 15 Abril

melhores marcas de sempre

Resultados 2012

Page 22: Revista Athletissima nº 3

22 - athletíssima

707 233 [email protected]

Page 23: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 23

A comitiva aos Jogos Olímpicos de 2012NOME PROVA(S) PB SB DATAS DE PARTICIPAÇÃO

Ana Cabecinha 20 km Marcha 1:27:46 1:29:53 Final: 11 de AgostoAna Dulce Félix Maratona 2:25:40 SM Final: 5 de AgostoClarisse Cruz 3 000 m obstáculos 9:40.30 9:40.30 SemiFinal: 4 de Agosto | Final: 6 de AgostoInês Henriques 20 km Marcha 1:29:36 1:31:32 Final: 11 de AgostoIrina Rodrigues Disco 62.91 62.91 Qualificação: 3 de Agosto | Final: 4 de AgostoJessica Augusto Maratona 2:24:22 2:24:59 Final: 5 de AgostoMª. Leonor Tavares Vara 4.50 4.42i Qualificação: 4 de Agosto | Final: 6 de AgostoMarisa Barros Maratona 2:25:04 SM Final: 11 de AgostoPatrícia Mamona Triplo Salto 14.52 14.52 Qualificação: 3 de Agosto | Final: 5 de AgostoSara Moreira 10 000 metros 31:23:51 31:23:52 Final: 3 de Agosto

5 000 metros 14:54.71 15:08.33 SemiFinal: 7 de Agosto | Final: 10 de AgostoVânia Silva Martelo 69.55 67.04 Qualificação: 8 de Agosto | Final: 10 de AgostoVera Barbosa 400 m barreiras 55.80 55.80 Ronda1: 5 de Agosto | SemiFinal: 6 de Agosto | Final: 8 de Agosto Vera Santos 20 km Marcha 1:28:14 1:33:08 Final: 11 de AgostoAlberto Paulo 3 000 m obstáculos 8:22.41 8:33.09 SemiFinal: 3 de Agosto | Final: 5 de AgostoArnaldo Abrantes 200 metros 20.48 20.72 Ronda1: 7 de Agosto | SemiFinal: 8 de Agosto | Final: 9 de AgostoEdi Maia Vara 5.64i 5.64i Qualificação: 8 de Agosto | Final: 10 de AgostoJoão Almeida 110 m barreiras 13.47 13.47 Ronda1: 7 de Agosto | SemiFinal: 8 de Agosto | Final: 8 de AgostoJoão Vieira 20 km Marcha 1:20:09 1:20:09 Final: 4 de Agosto

50 km Marcha 3:45:17 3:45:17 Final: 11 de AgostoJorge Paula 400 m barreiras 49.72 50.43 Ronda1: 3 de Agosto | SemiFinal: 4 de Agosto | Final: 6 de AgostoLuis Feiteira Maratona 2:11:57 2:32:24 Final: 12 de AgostoMarco Fortes Peso 21.02 21.02 Qualificação: 3 de Agosto | Final: 3 de AgostoMarcos Chuva Comprimento 8.34 8.00i Qualificação: 3 de Agosto | Final: 4 de AgostoPedro Isidro 50 km Marcha 3:58:00 3:58:00 Final: 11 de AgostoRui Pedro Silva Maratona 2:12:15 2:12:15 Final: 12 de Agosto

NOME FUNÇÃO

Samuel Lopes Chefe de EquipaJosé Barros Responsável TécnicoIsabel Crespo MédicaAntónio Vieira MassagistaVolodymyr Zinchenko TreinadorJosé Uva TreinadorAnabela Leite TreinadoraFernando Pereira TreinadorPedro Ribeiro TreinadorAntónio Ascenção TreinadorJoão Abrantes TreinadorCarlos Silva TreinadorJoão Campos TreinadorPaulo Reis TreinadorMaria Sameiro Araújo TreinadoraJoaquim Raposo Borges TreinadorPaulo Murta TreinadorJorge Miguel Treinador

ATLETAS

OFICIAIS

707 233 [email protected]

Page 24: Revista Athletissima nº 3

24 - athletíssima

Atletismo Português: 100 anos de história

Em Portugal, o Atletismo é sem sombra de dúvida a modalidade Olímpica de exce-lência, a única com títulos Olímpicos, qua-tro, e aquela que detém um maior número

de medalhas, dez num universo de vinte e duas conquistadas pelo Desporto Português naquele que é considerado o maior evento desportivo do Planeta.

A primeira participação do Atletismo Português nos Jogos Olímpicos remonta a 1912, depois de um apuramento nos Jogos Olímpicos Nacionais, vários foram os atletas elegíveis para representar Portugal em Es-tocolmo, mas as dificuldades finan-ceiras de um pais que tinha recen-temente trocado a Monarquia pela República, permi-tiu apenas a par-ticipação de An-tónio Stromp do Sporting Clube de Portugal, António Cortesão do Clube Internacional de Futebol e Francis-co Lázaro do Lis-boa Sporting Clu-be, que de entre os seis represen-tantes nacionais nos Jogos de 1912 foi o escolhido

para Porta-estandarte na Cerimónia de Abertura.

Coube a António Stromp a honra de ser o pri-meiro atleta Português a participar nos Jogos Olímpicos. Uma hora e meia depois da Cerimó-nia de Abertura, Stromp correu a 5ª série dos 100 metros, onde foi terceiro classificado, não conseguindo o apurar-se para a ronda seguinte. Para a história, fica a primeira participação Lusa no sector masculino, já que em femininos, foi preciso esperar até Los Angeles, em 1984.

Do ponto de vista histórico, podemos dividir a participa-ção do Atletismo Português nos Jo-gos Olímpicos em duas fases, o perí-odo anterior ao 25 de Abril de 1974 e o período posterior a essa data, marca-da pela revolução dos cravos.

Até 1974 o Atle-tismo Português participou em 11 edições dos Jogos Olímpicos, num to-tal de 38 presenças de atletas, todas no sector masculi-no. Neste período, o Atletismo Luso não obteve ne-nhuma medalha,

Page 25: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 25

António Stromp - o primeiro português a participar no Atletismo dos Jogos Olímpicos

Masc Fem Total

Estocolmo 1912 3 3Paris 1924 3 3Amesterdão 1928 3 3Los Angeles 1932 1 1Berlim 1936 2 2Londres 1948 4 4Helsinquia 1952 7 7Roma 1960 5 5Tóquio 1964 3 3México 1968 1 1Munique 1972 6 6Montreal 1976 6 6Moscovo 1980 3 3Los Angeles 1984 9 5 14Seoul 1988 23 6 29Barcelona 1992 21 14 35Atlanta 1996 18 11 29Sidney 2000 15 6 21Atenas 2004 14 12 26Pequim 2008 13 15 28TOTAL 160 69 229

quedando-se por uma honrosa posições de fina-lista (8 primeiros) e de dois semifinalista (16 primeiros), em disciplinas tão varia-das como os 3000 metros obstáculos, onde Manuel Oliveira foi 4º classificado em Tóquio 1964, a melhor participação portuguesa no atletismo antes do 25 de Abril de 74, no Triplo Salto, com Rui Ramos a ser 12º classificado em Helsínquia 1952 e Matos Fernandes, 16º classificado no decatlo também em 1952.

Após a revolução do 25 de Abril e da queda da dita-dura em Portugal, tudo se parece ter alterado para o Atletismo Português, de 38 presenças até Munique 1972, contam-se 191 pre-senças de Montreal 1976 até Pequim em 2008. Em termos meramente estatísticos, no primeiro perío-do o Atletismo Português apresentou uma média de 3.45 atletas por edição dos Jogos Olímpicos, subindo esse número para 21.2 atletas por edição no segundo período.

A maior delegação do modalidade nuns Jogos Olímpicos remonta a Barcelona 1992, com 35 atle-tas, 21 masculinos e 14 femininos, curiosamente, e excluindo Moscovo em 1980 onde apenas partici-param 3 atletas, Barcelona foram os únicos Jogos do período pós 25 de Abril de 1974 que o Atletis-mo Português não conquistou qualquer medalha Olímpica.

O Atletismo feminino em Portugal só entrou nos Jogos Olímpicos em Los Angeles 1984, com 5 mu-lheres a iniciarem aquela que tem sido uma pre-

sença brilhante nesta competição. As honras de abertura couberam a Albertina Machado e Conceição Ferreira do Sporting Clube de Braga, Aurora Cunha do Futebol Clube do Porto, Rita Borralho do Sport Lisboa e Benfica e Rosa Mota do Clube de Atletismo do Porto.

Uma estreia auspicio-sa, que rendeu uma medalha de bronze, por Rosa Mota na Ma-ratona, e um lugar de finalista, por Aurora Cunha, sexta classifi-cada na final dos 3000 metros.

Participantes por edição

Manuel Oliveira , quarto classificado nos 3000 metros obstáculos em 1964 - a melhor participação do Atletis-

mo Português antes do 25 de Abril de 1974.

Page 26: Revista Athletissima nº 3

26 - athletíssima

Carlos LopesLos Angeles 1984

Maratona

Page 27: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 27

Carlos Lopes Carlos Lopes, o primeiroCarlos Alberto Sousa Lopes, um nome que

ficará para sempre na história do Atle-tismo Nacional por ter sido o primeiro a conquistar uma medalha, e logo de ouro,

para Portugal em grandes competições, mas tam-bém ficará para a história do Desporto Português por ter sido ele o primeiro a conquistar uma me-dalha de ouro para Portugal nos Jogos Olímpicos.

28 de Fevereiro de 1976, é uma data marcante para o Atletismo Português. Em Chepstow, na Grã-Bretanha. Carlos Lopes não era candidato à vi-tória no Mundial de Corta-Mato, longe disso, mas o atleta português impôs um ritmo de tal forma devastador, que por volta dos 2 km de prova tinha desgastado os principais adversários, começando a ver a vitória cada vez mais perto. No final, com o dorsal 135 começou a escrever com letras de ouro aquela que viria a ser uma das mais vitoriosas his-tórias do Atletismo Português, a história de Carlos Lopes.

O percurso de Carlos Lopes nos Jogos Olím-picos começou em 1972, em Munique, onde não foi além das eliminatórias tanto de 5000 metros, como de 10 000 metros. Mas a expe-riência ganha pelo pupilo do Prof. Mário Moniz Pereira foi de-terminante para o que se viria a seguir na car-reira do português natural de Vildemoinhos. Nos Jogos de 1976, em Montreal, Carlos Lopes era a grande esperança do Desporto Português para conquistar uma medalha, e coube ao atleta do Sporting a honra de ser porta estandarte da Dele-gação Lusa na Cerimónia de Abertura.

Lopes retribuíu com a medalha de Prata nos 10 000 metros, a primeira do Atletismo Português nos Olímpicos. Curiosamente, em 76, a final Olím-pica foi a única corrida de 10 000 metros que o atleta não ganhou nesse ano. Lopes foi ultrapas-sado à entrada para a última volta pelo finlandês Lasse Viren, que na altura se dedicava exclusiva-mente ao Atletismo, e que na final relegou o português para a segunda posição.

Sobre a prova, Lopes diz ”fui o segundo, e o segundo é o pri-meiro dos últimos” , referindo ainda que aprendeu muito com a derrota de Montreal, “e estou convencido que se não tivesse tido problemas

nos tendões, quatro anos depois era eu que ven-ceria os 10 000 metros dos Jogos de Moscovo”, concluiu o atleta português.

Depois dos Jogos de 1976 o percurso vitorioso de Carlos Lopes em grandes Campeonatos Interna-cionais continuou. Em 1977 foi medalha de prata no Mundial de Corta-Mato, desta vez em Dussel-dorf, na Alemanha, e após um período afectado por lesões, regressou aos pódios em 1983, tam-bém no Mundial de Corta-Mato, repetindo a prata, desta feita em Gateshead, na Grã-Bretanha.

Em 1984, ano de Jogos Olímpicos, Lopes apostou em inverter as tendências dos analistas que não o consideravam como favorito ao Ouro na Mara-tona. Com 37 anos, Lopes aproveitou de novo o Mundial de Corta-Mato para mostrar ao Mundo do Atletismo que era um atleta a ter em conta nos Jogos. E em Nova Iorque, com o apoio constante da comunidade portuguesa daquela cidade nor-te-americana, Lopes voltou a sagrar-se Campeão do Mundo de Corta-Mato, 8 anos depois de o con-

seguir pela primeira vez, e contri-buindo de forma decisiva para o terceiro lugar colectivo de Portu-gal, que enquanto equipa subia pela primeira vez ao pódio de uma grande competição. Estava assim

lançada a candidatura ao Ouro nos Jogos Olímpi-cos, que se disputariam em Los Angeles.

Apesar da vitória no Mundial de Corta-Mato, e com um currículo invejável na modalidade, Lo-pes era visto pelos analistas como o 6º melhor do mundo na disciplina, e como tal com poucas probabilidades de vencer a Maratona Olímpica. Mesmo assim, Lopes estava confiante, e antes da partida para Los Angeles, mesmo depois de um atropelamento na 2ª Circular que não teve conse-quências de maior, afirmou que ia aos Jogos Olím-picos para ganhar a medalha de Ouro.

12 de Agosto de 1984, 1 hora da manhã em Lisboa e com um pais colado à RTP que transmitia a pro-

va em directo, era dado o tiro de partida para a Maratona masculina dos Jogos Olímpi-cos de 1984, a última prova do programa.

Em Portugal, o pais ia sofren-do, e em Los Angeles Lopes mantinha-se no grupo da

frente, controlando os adversários, que um a um

[em Montreal] "fui segundo, e o segundo é o

primeiro dos últimos"

"estou convencido que se não tivesse tido problemas nos

tendões, teria ganho o Ouro nos 10 000 metros dos Jogos

de Moscovo, em 1980"

Page 28: Revista Athletissima nº 3

28 - athletíssima

iam descolando do grupo principal. Aos 38 km Lopes desfere um ataque, aumentando o ritmo e deixando para trás os candidatos que ainda res-tavam. Entrou no Estádio Olímpico com 200 me-tros de avanço, de sorriso nos lábios e acenando à multidão que enchia por completo o Olímpico de Los Angeles, cortando a meta de braços bem erguidos, conquistando para Portugal a primeira medalha de Ouro em Jogos Olímpicos.

“Carlos Alberto de Sousa Lopes ganhou o ouro para Portugal”, foram as primeiras palavras profe-ridas por Bessa Tavares, o comentador da RTP que acompanhou em directo o feito histórico do des-porto português.

2 horas 9 minutos e 20 segun-dos foi o tempo gasto por Lo-

pes para concluir a prova, marca que se manteve como Re-corde Olímpico da Maratona durante 24 anos, sendo ba-tido apenas em Pequim, em 2008.

Mas a marca foi aquilo que me-nos importou a Carlos Lopes,

“os Jogos são para ganhar medalhas, as marcas são se-cundárias”.

Após a vitória, Lopes reve-lou o segredo, “preparei--me para esta Maratona durante dois anos e meio. Fiz mais de 12 mil quiló-metros a ritmos de 3 mi-nutos o cada quilometro, estudei os adversários, e estava preparado, se fosse necessário, para fazer os

últimos 5 km em 14 minutos ou até mesmo o últimos 10 km em 29 minutos”.

72 anos após a primeira parti-cipação, A Portuguesa soava fi-nalmente no Estádio Olímpico,

cumprindo-se assim o sonho de Carlos Lopes, de Mário Moniz Pe-

reira, o seu treinador de sempre, e de um pais inteiro, que não pregou

olho para acompanhar a Maratona dos Jogos Olímpicos.

Os feitos de Carlos Lopes não ficaram por aqui, meses depois, no Mundial de

Corta-Mato realizado em Portugal, no Vale do Jamor, Lopes voltava a vencer, des-

ta vez perante o povo português, que se deslocou ao Jamor em grande número para assistir a mais um feito inédito do atleta português, o primeiro a sagrar-se tri-campeão do Mundo de Corta-Mato.

Ainda em 1985, Carlos Lopes fixou um novo má-ximo europeu na Maratona, correndo em Roter-dão em 2 horas 7 minutos e 11 segundos, mas as sucessivas lesões obrigaram o atleta a colocar um ponto final da sua carreira na Alta Competição.

“Se não tenho pena de acabar assim como atle-ta de Alta Competição? Não, é assim que quero”, disse Lopes numa entrevista à Revista Atletis-

mo, após decidir terminar a sua carreira desportiva. Carlos Lopes é considerado por muitos dos amantes e ana-listas da modalidade como um dos grandes impulsionadores não só do Atletismo, como de todo o desporto português. Os seus feitos provaram que

em países pequenos e com poucas condições de trabalho, também era possível ganhar meda-lhas, também era possível vencer. O Atletismo e o Desporto Português cresceram inspirados na garra, na dedi-cação e no profissionalismo de Carlos Lopes, o primeiro a conquistar uma medalha para o Atletismo Por-tuguês em grande competições internacionais, e hoje, passados 36 anos sobre o Mundial de Cheps-tow, são já mais de 250 as medalhas conquistadas.

"preparei a Maratona dos Jogos Olímpicos de 1984 durante dois anos. Corri

cerca de 12 mil quilómetros a médias de 3 minutos o

quilómetro"

Medalha Ano Evento

Ouro 1976 Campeonato do Mundo de Corta-Mato

Prata 1976 10 000m dos Jogos Olímpicos - Montreal

Prata 1977 Campeonato do Mundo de Corta-Mato

Prata 1983 Campeonato do Mundo de Corta-Mato

Ouro 1984 Campeonato do Mundo de Corta-Mato

Ouro 1984 Maratona dos Jogos Olímpicos - Los Angeles

Ouro 1985 Campeonato do Mundo de Corta-Mato

"Se não tenho pena de acabar assim como atleta

de Alta Competição? Não, é assim que quero."

As medalhas de Carlos Lopes

Em 1985 conquistou a medalha de bronze colectiva no Cam-peonato do Mundo de Corta-Mato, em Lisboa.

Page 29: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 29

Medalhasdo Atletismo Português

ANO TOTAL OURO PRATA BRONZE

1976 2 1 11977 1 119781979 1 119801981 1 11982 1 11983 1 11984 8 3 2 31985 4 41986 5 2 2 11987 5 3 21988 4 1 1 21989 4 2 21990 8 3 1 41991 3 2 11992 3 1 1 11993 7 4 1 21994 13 6 5 21995 8 4 3 11996 6 4 1 11997 11 3 5 31998 15 4 8 31999 10 3 3 42000 9 5 2 22001 9 2 3 42002 11 3 4 42003 8 2 1 52004 5 2 2 12005 12 3 4 52006 13 3 6 42007 11 2 4 52008 9 3 3 32009 13 5 3 52010 20 5 7 82011 13 3 6 42012 8 3 3 2TOTAL 262 88 90 84

MODALIDADE TOTAL OURO PRATA BRONZE

Atletismo 10 4 2 4Vela 4 2 2Hipismo 3 3Esgrima 1 1Tiro 1 1Judo 1 1Ciclismo 1 1Triatlo 1 1TOTAL 22 4 7 7

Jogos Olímpicos

medalhas por ano

A28 de Fevereiro de 1976, em Chepstow, Carlos Lopes escreveu a primeira página com tinta de ouro na história do Atletis-mo Português. Foi o tiro de partida para

as 262 medalhas que se contabilizam hoje no me-dalheiro da Federação Portuguesa de Atletismo, 88 de Ourto, 90 de Prata e 84 de Bronze, isto sem con-tar com as conquistadas em Universíadas, Campe-onatos Ibero-Americanos e Jogos da Lusofonia. Em Jogos Olímpicos, o Atletismo arrecadou 10 das 22 medalhas Portuguesas, a única modalidade que trouxe para o nosso país medalhas de Ouro na maior manifestação desportiva do Planeta..

Page 30: Revista Athletissima nº 3

30 - athletíssima

Rosa MotaSeoul 1988

Maratona

Medalha Ano Evento

Ouro 1982 Maratona - Campeonato da Europa

Bronze 1984 Maratona dos Jogos Olímpicos de Los Angeles

Prata 1984 Campeonato do Mundo de Estrada

Ouro 1986 Maratona - Campeonato da Europa

Prata 1986 Campeonato do Mundo de Estrada

Ouro 1987 Maratona - Campeonato do Mundo

Ouro 1988 Maratona dos Jogos Olímpicos de Seoul

Ouro 1990 Maratona - Campeonato da Europa

As medalhas de Rosa Mota

Page 31: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 31

Corria o ano de 1974, ano da revolução dos cravos e do fim da ditadura militar em Portugal, quando Rosa Mota deu os primeiros passos na modalidade, depois

de ter passado pela natação e pelo ciclismo, pai-xão que lhe surgiu das corridas pelas vielas e des-campados da Foz do Douro, no Porto. É, de resto, no Porto que a atleta nasce, cresce e se consagra. 1980 é o ano de viragem para a fundista, ao ser afetada por uma crise de asma que a le-vou a mudar para o Clube de Atletismo do Por-to e a conhecer o médico José Pedrosa, seu treinador durante toda a carreira desporti-va, e é por influência de Pedrosa que a jovem atleta se aventura nas provas de maratona. A maratona era, até então, uma competição exclu-siva para homens e só em 1982, no Campeonato da Europa de Atletismo de Atenas, é permitido às mulheres competir na distância de 42,195 metros … Rosa Mota estava lá, e fez história ao vencer a pri-meira maratona feminina da história do atletismo. Do anonimato ao estrelato foi um passo … ou uma corrida … o sucesso pas-sou a ser uma constante na carreira de Rosa Mota que, maratona após maratona, campeonato após campeo-nato ia amealhando vitórias, medalhas, prestígio e reco-nhecimento para si e para o país que representava. A primeira participação nuns Jogos Olímpicos acontece em 1984, em Los Angeles, conseguindo alcançar a medalha de bronze mas é em Seul, 1988, que o esforço e dedicação de atleta e treinador é recompensado, é em 1988, 42195 metros depois da partida, que Rosa Mota vê, por mérito próprio, a bandeira Portuguesa subir ao mais alto mas-tro com “A Portuguesa” como música de fundo. Em 1988 era nos fundistas que o país deposita-va as esperanças de medalhas olímpicas, sector no qual Rosa Mota ditava cartas quer em termos europeus quer mundiais. Nesta altura a atleta era já uma referência, principalmente para as jo-vens atletas portuguesas que se iniciavam na modalidade, uma vez que Rosa foi sem sombra de dúvida uma das grandes impulsionadoras do atletismo feminino, pois as suas conquistas e notoriedade serviram como rampa de lança-mento para a entrada das mulheres no desporto. Com toda a expetativa criada em torno da atle-ta, as exigências e a pressão pesavam bastante

sobre o caminho de Rosa Mota e do seu treina-dor. A maratona de Seul foi preparada quase até à exaustão. Tudo foi planeado, o reconhecimen-to do percurso, o treino em Colorado, a viagem, todos os pormenores para que Rosa alinhasse à partida nas melhores condições possíveis, com vista à vitória, ao culminar no título Olímpico. Esta tinha que ser a vez da Rosa, o lugar mais alto do pódio era merecido, para a atleta que já tinha ganho tudo e que tinha sido a primeira mulher portuguesa a ganhar uma medalha Olímpica. Á partida um conselho – “tens que sofrer e não te admires se até aos 30 Km o grupo das principais adversárias estiver junto, não te assustes com isso”, referiu Pedrosa que co-nhecia bem tanto o percurso como a atleta. Soou o tiro de partida, os dados estavam lança-dos, e Rosa não estava disposta a deixar escapar esta oportunidade. Chegados aos 20Km de prova seguiam juntas apenas 5 atletas no comando da corrida, entre elas Rosa Mota, que nunca aban-donou um dos 3 primeiros lugares. Os últimos 4km foram decisivos. Aproveitando uma descida,

e respeitando as recomen-dações do seu treinador, a atleta portuguesa ataca e ra-pidamente ganha terreno e caminha solitária até à vitória. “O Pedrosa tinha-me reco-mendado que aos 38Km, se ainda fosse acompanhada,

olhasse para ele. Olhei e ele disse-me – Rosa é ago-ra ou nunca – e eu fui-me embora. Foi mais difícil do que em Roma, os maratonistas gostam de di-zer que a última maratona é sempre a melhor, mas esta … arre, parecia que nunca mais chegava o dia”. Chegava finalmente, 2 horas, 25 minutos e 40 segundos depois do tiro de partida, a recom-pensa, a 23 de Setembro de 1988 Rosa Mota torna-se na primeira mulher portuguesa a ven-cer um título Olímpico, a segunda de entre mas-culinos e femininos, juntando-se a Carlos Lo-pes que tinha vencido a maratona 4 anos antes. Rosa continuou, e continua a correr, o seu nome soou pelos quatro cantos do mundo, aos quais levou também o nome de Portugal e fez o estan-darte luso subir aos mais altos mastros. Figura incontornável do desporto português e mundial, foi inspiração para muitas gerações de atletas de elite e as suas conquistas vão premanecer, indelé-veis, cunhadas a ouro no grande livro do atletismo mundial.

“O Pedrosa tinha-me recomendado que aos 38Km, se ainda fosse

acompanhada, olhasse para ele. Olhei e ele disse-me – Rosa é agora

ou nunca – e eu fui-me embora

Page 32: Revista Athletissima nº 3

32 - athletíssima

Atlanta 1996 10 000m

Dois de Agosto de mil novecentos e no-venta e seis, os olhos de Fernanda Ribei-ro brilham quando recorda a data, “ga-nhar uma Medalha de Ouro nos Jogos

Olímpicos tem um sabor muito bom. Para mim foi o concretizar de um sonho de infância, que nasceu quando comecei a praticar Atle-tismo, tinha 9 anos”, pouco tempo depois Carlos Lopes conquista-va o Ouro em Los Angeles, mas

o apetite pelo título Olímpico tornou-se ainda mais forte em 1988: “foram os meus primeiros

Jogos Olímpicos, em Seoul, e assisti à medalha de Ouro da Rosa Mota na Marato-

na, e ali naquele momento a vontade de conquistar o título Olímpico cresceu ainda mais.”

O caminho de Fernanda entre

1988 e os Jogos de Atlanta em 1996 foi sinuoso, “em

93 e 94 o sonho esmo-receu um pouco, tive bastantes lesões, mas nunca desisti. Voltei

a sonhar que poderia ser campeã Olímpica

em 1995, foi um ano muito bom para mim”.

Fernanda RibeiroA preparação de Fernanda para os Jogos de Atlan-ta foi pensada ao detalhe, “nunca fiz estágios em altitude, e como o clima em Atlanta era quente e húmido, optámos por fazer um estágio em Ma-naus, no Brasil, que foi importante para experi-mentar as condições que iria encontrar nos Esta-dos Unidos. Eu e o João treinámos tudo, fomos ao detalhe de treinar a água que bebia e a água que deitava fora, foi a melhor preparação possível”. “Quando acreditei que iria ganhar a medalha? Nos últimos 150 metros. A chinesa tinha ataca-

do muito forte e eu não segui o rit-mo. Naquela última volta pensei em todos os dias que tinha sofrido para chegar até ali, nas vezes que tinha chorado, nas dores que tinha tido e acreditei que aquela era uma oportunidade única para chegar ao título Olímpico e cumprir o meu so-nho”. A 150 metros do fim Fernanda seguia na segunda posição atrás de Wang Junxia, a recordista do mun-

do dos 10 000 metros, e numa recuperação incrí-vel, a atleta portuguesa ultrapassou a sua princi-pal adversária a 40 metros do fim, por dentro, e sagrou-se campeã Olímpica. Estava cumprido o sonho “no final recordo-me de dizer que por mais medalhas e títulos que viesse a conquistar, o objectivo da minha carreira estava consegui-do, a medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos”. 31 minutos, 1 segundo e 63 centési-mos depois do tiro de partida, Fernan-da Ribeiro cortava a meta na primeira posição dos 10000 metros dos Jogos Olímpicos de Atlanta, a melhor mar-ca do ano, Recorde Olímpico. Minutos depois, a atleta portuguesa enverga-va a bandeira nacional numa mais que merecida volta de honra ao Olímpico de Atlanta, estava conquistada a terceira meda-lha de Ouro de Portugal nos Jogos Olímpicos.

“por mais medalhas e títulos que viesse a con-quistar, o objectivo da minha carreira estava conseguido, a meda-lha de Ouro nos Jogos

Olímpicos”

“subir ao pódio nos Jogos

Olímpicos, não troco a medalha e o pódio nos

Jogos por nenhum outro título, por mais importân-

cia que tenha”

Page 33: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 33

Do outro lado do Atlântico, um país inteiro fi-cou colado à televisão para ver mais um feito histórico de um atleta Português, e Fernanda tinha essa consciência, “sabia que Portugal es-tava comigo, colado à televisão a ver a pro-va, e isso deu-me uma força adicional, foi um apoio importante, mas também sabia que se falhasse as pessoas iriam ficar desiludidas”. Depois da medalha de Ouro em Atlanta, pou-co mudou na vida de Fernanda Ribeiro “já era conhecida, tinha sido campeã do mundo, já tinha batido o recorde do mundo dos 5000 metros, as pessoas já me conheciam e mais gente começou a vir ter comigo para pedir au-tógrafos ou simplesmente para cumprimen-tar, o que sempre me deixou pouco à vontade.” Em termos pessoais, apesar de todas as medalhas, de todos os títulos e de todos os recordes, um dos marcos mais importantes na carreira de Fernanda Ribeiro foi a primeira medalha, em 1987 nos 3000 metros dos Campeonatos da Europa de Juniores, disputados em Birmingham, “é claro que a meda-lha de Atlanta e a de Sidney, quando já não espe-ra ganhar foram marcantes, mas a dos juniores teve um sabor especial por ser a primeira”, como momentos negativos na sua carreira, Fernanda recorda “os mundiais de 1999 em Sevilha, não era eu, pensei em abandonar a carreira, em arrumar as sapatilhas, mas um ano depois estava em Sid-ney, e voltei a ganhar uma medalha nos Jogos”. A prova de Atlanta ainda está guardada, de tem-pos a tempos, a mãe “que não assistiu à mi-nha prova em directo, e por vezes, quando estou em sua casa, pede-me para co-locar a prova, e vejo com ela, muitas vezes emociono-me porque vejo a minha mãe a sofrer da mesma forma como so-fria quando eu estava a com-

petir”, e é nos títulos que Fernanda procura encontrar força e cora-gem quando mais precisa, “é emocionante, quando es-tou mais triste, vejo aquela parte final de Atlanta para ganhar forças, é revigorante”. Quanto ao momento mais

bonito da sua carreira, Fernanda não tem dúvidas “subir ao pódio nos Jogos Olímpicos, não troco a

medalha e o pódio nos Jogos por nenhum ou-tro título, por mais importância que tenha”. Fernanda Ribeiro é a atleta portuguesa mais medalhada de todos os tempos, em dupla com o Prof. João Campos conquistou títulos euro-

peus, mundiais, olímpicos, bateu recor-des, sonhou e fez sonhar muitas gera-ções de atletas que lhe tentam seguir as pisadas, de João Campos a atleta diz “que é um treinador rigoroso que tra-ça um objectivo, discute-o com o atleta, luta por ele com o atleta, sofre da mes-ma maneira que o atleta sofre e no final festeja da mesma forma que o atleta”. Na fase final da recuperação de uma lesão

contraída durante a Maratona dos Campe-onatos da Europa de Barcelona, em 2010, e

com uma vitrina recheada de medalhas, títu-los e recordes, a atleta continua diariamente a correr, porque o faz? “pelo prazer pela corrida, o gostar muito daqui-lo que eu faço. Corro com o mesmo prazer de quando comecei, o que não tenho são os mesmos objec-tivos, as pernas são as mesmas, a força é que já não, mas enquanto sentir prazer em correr, não vou parar.”

“ Corro com o mesmo prazer de quando come-cei, o que não tenho são os mesmos objectivos”

“subir ao pódio nos Jogos

Olímpicos, não troco a medalha e o pódio nos

Jogos por nenhum outro título, por mais importân-

cia que tenha”

Medalha Ano Evento

Ouro 1987 3000 m - Campeonato da Europa de Juniores

Prata 1988 3000 m - Campeonato do Mundo de Juniores

Ouro 1994 3000 m - Campeonato da Europa - Pista Coberta

Ouro 1994 10 000m - Campeonato da Europa de Pista

Prata 1994 10 000 m - Taça do Mundo de Pista

Ouro 1995 10 000m - Campeonato do Mundo de Pista

Prata 1995 5 000m - Campeonato do Mundo de Pista

Ouro 1996 3000 m - Campeonato da Europa - Pista Coberta

Ouro 1996 10 000 m - Jogos Olímpicos de Atlanta

Bronze 1997 3000 m - Campeonato do Mundo - Pista Coberta

Prata 1997 10 000m - Campeonato do Mundo de Pista

Bronze 1997 5 000m - Campeonato do Mundo de Pista

Prata 1998 3000 m - Campeonato da Europa - Pista Coberta

Prata 1998 10 000m - Campeonato da Europa de Pista

Bronze 2000 10 000 m - Jogos Olímpicos de Sidney

Prata 2005 Taça da Europa de 10 000 metros

As medalhas de Fernanda Ribeiro

Fernanda Ribeiro conta ainda no seu currículo mais 9 meda-lhas colectivas, 7 de Ouro e 2 de Bronze.

Page 34: Revista Athletissima nº 3

34 - athletíssima

Nelson ÉvoraPequim 2008 Triplo Salto

H op… Step… Jump… o atleta

pula 17,67 metros e garante o pri-meiro lugar nos Jogos Olímpicos de Pequim! Os jornais davam primeira página ao jovem saltador e os noticiários televisivos abriam com a proeza de Nelson Évora, triplo-saltador português que tinha chegado ao Oriente e arrebatado a medalha de ouro Olímpico, estávamos a 28 de Agosto de 2008. Do Oriente chegavam imagens das lágrimas de felicidade de um jovem atleta, que no ano ante-rior se tinha sagrado Campeão do Mundo e se tinha dado a conhecer, fora da modalidade. No final, um agradecimento, “Obrigado Portugal”. Os dias que antecederam a partida para Pequim vestiram-se de alguma tensão e preocupação quando o tempo de Nelson passou a ser dividido entre treinos e visitas ao hospital, após o interna-mento do seu pai, Paulo Évora, uma figura sempre presente e muito importante na vida do atleta. Muito apegado à família e amigos, é nestes que Nelson se apoia nos momentos mais complicados e é neles que encontra força para superar os gran-des desafios que a vida lhe vai colocando. É com essa força e motivação que deixa Portugal, em conjunto com o seu treinador, José Ganso, para aquela que viria a ser a viagem das suas vidas, o culminar de anos de trabalho e convivência “ O professor morava no mesmo prédio que eu, quan-do vim para Portugal, foi com ele que comecei a praticar atletismo e sempre me acompanhou”. Em Pequim Nélson era tido como um dos fortes candidatos ao Ouro Olímpico, Campeão do Mundo em título o atleta respira competição e, habituado à pressão dos grandes eventos internacionais, aca-

ba por ser escolhido para transportar o Estandar-te Português na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2008, sendo-lhe conferida uma honra ao alcance de poucos, sucedendo a Francisco Lázaro (1912), Car-los Lopes (1976) e Fernanda Ribeiro (1996), todos representantes do atletismo nas missões olímpicas. O relógio marcava as 3 horas da madrugada em Lis-boa quando Nelson começou a disputa da qualifi-cação para a final do triplo-salto. A marca de quali-ficação estava nos 17,10 metros e o jovem saltador, que se mostrava tranquilo, pulou 17,34 metros ao primeiro ensaio qualificando-se diretamente para a finalíssima. Com a segunda melhor marca do gru-po A de qualificação, grupo no qual participaram os grandes candidatos ao título Olímpico, Jadel Gregório do Brasil, Aarik Wilson dos Estados Uni-dos, Randy Lewis de Granada e Philips Idowu da Grã-Bretanha, o mote para a final estava lançado. A final do triplo-salto masculino prometia ser emocionante e sofrida para os participantes e espetadores, com a presença dos melho-res triplistas do momento, a medalha de ouro poderia ser de qualquer um e os lugares no pódio estavam quase totalmente em aberto. É depois de Nelson se qualificar para os 3 ensaios finais, ficando entre os 8 primeiros dos 3 ensaios anteriores, que as emoções ficam ao rubro quando o atleta português voa para a marca dos 17,67me-tros ficando na frente do concurso, por 5 centíme-

Page 35: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 35

Medalha Ano Evento

Ouro 2003 Comprimento - Campeonato Europa de Juniores

Ouro 2003 Triplo Salto - Campeonato da Europa de Juniores

Bronze 2005 Triplo Salto - Campeonato da Europa de Sub23

Ouro 2007 Triplo Salto - Campeonato do Mundo

Bronze 2008 Triplo Salto - Campeonato do Mundo de Pista Coberta

Ouro 2008 Triplo Salto - Jogos Olímpicos de Pequim

Prata 2009 Triplo Salto- Campeonato do Mundo

tros, quando ainda faltavam efetuar 2 ensaios. Ido-wu estava na segunda posição e Sands na terceira. Ao 5º ensaio Nelson pula 17,24 e Sands 17,32, Idowu faz nulo e desta forma o português se-ria o último a realizar o derradeiro ensaio, dando-lhe hipótese de responder a qual-quer melhoria de resultado dos seus adver-sários… mas a resposta já não foi necessária. O último ensaio já não alteraria nada, os seus ad-versários não conseguiram superar a garra, a força, a determinação, o trabalho, a dedicação e a persistência da du-pla Évora e Ganso, e é de lá-grimas nos olhos que o Recordista de Por-tugal da disci-

pli-na

efe-tua o últi-

mo ensaio, já com todas as emo-

ções à tona, ao qual se segue um longo e sentido

abraço entre treinador e atleta, realçan-do a cumplicidade e amizade que os une.

Assim se conquistava a primeira medalha

Olímpica portuguesa nas disciplinas técni-cas, a 4ª medalha de Ouro Olímpico alcan-

çada pelo atletismo e por Portugal. No Ninho do Pássaro, o Estádio Olímpico de Pequim, Nelson Évora subiu ao lugar mais alto do pó-dio para ser coroado como Campeão Olímpi-co, a bandeira verde e vermelho foi para o mais alto mastro e a Portuguesa tocou no Oriente! O menino que chegou a Portugal, vindo de Áfri-ca, estava agora banhado de ouro, alcançando em apenas um quarto de século de vida, o objetivo pelo qual todos os atletas anseiam.

Page 36: Revista Athletissima nº 3

36 - athletíssima

4x400 m na final Olímpica

Page 37: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 37

Aépoca de verão do ano de 1992, no perí-odo que antecedeu aos Jogos Olímpicos de Barcelona, foi de delírio e otimismo no que diz respeito aos resultados dos

atletas do top nacional, especialmente no setor fe-minino com os Recordes de Portugal a ser melhora-dos em 11 disciplinas Olímpicas (num total de 18). Em termos comparativos com o ano anteceden-te, 58 das marcas líderes dos rankings anuais eram já melhores do que as do ano anterior, no que diz respeito às 43 provas do programa Olím-pico sendo que no setor feminino apenas nos 3000metros, altura, triplo, dardo, maratona e hep-tatlo, os resultados não tinham sido melhorados. O mote estava assim lançado para que as expe-tativas, em ano Olímpico, estivessem elevadas e os olhos postos na seleção feminina, já que era este o setor com maior destaque e melho-res resultados, principalmente depois desta ter vencido o Westathletic sobrepondo-se a po-tências como a Espanha, a Holanda e a Suíça. O Westathletics, uma competição na qual partici-pavam países da europa ocidental e alguns da eu-ropa central, constituía-se como uma importante competição do calendário de verão na qual, os pa-íses envolvidos, apresentavam as suas equipas na máxima força com vista ao lugar mais alto do pódio. Foi exatamente no decorrer desta competi-ção em 1992 que a equipa lusa de 4x400 me-tros alcança um feito histórico e, ao pulverizar o Recorde de Portugal da disciplina de 3.36,25 para 3.31,02, o grupo constituído por Marta Moreira, Eduarda Coelho, Elsa Amaral e Lucré-cia Jardim consegue os mínimos de partici-pação para os Jogos Olímpicos de Barcelona. Os Jogos Olímpicos estavam prometidos à cidade espanhola há mais de 70 anos, já que a edição de 1924 era para ter lugar em Barcelona mas, Pierre de Fredy, o barão de Coubertin, acabou por escolher Paris. Em 1936 os Jogos foram novamente prometi-dos a Barcelona, mas a Guerra Civil Espanhola pos-tergou o evento mais uma vez e é em 1992 que este longo noivado finalmente resulta em casamento. A edição de 1992, desta que é a competição por excelência à escala planetária, foi marcada por mudanças políticas profundas, como o fim

do apartheid que permitiu à África do Sul vol-tar a participar, a Alemanha que volta a compe-tir agora reunificada depois da queda do muro de Berlim a Ex. União Soviética que deu lugar a 15 novas Republicas mesmo às portas do iní-cio da competição e o regressar da Estónia, Le-tónia e Lituânia aos Jogos, depois de meio sé-culo de ausência devido à ocupação soviética. A pira olímpica foi acesa pelo arqueiro pa-raolímpico Antonio Rebollo, num momen-to único, em que uma flecha em chamas é lançada pelos céus em direção à mesma. Em Portugal as atenções viravam-se para a parti-cipação feminina em Barcelona que contou com nomes como Manuela Machado, Carla Sacramen-to e Albertina Dias para além de Marta Moreira, Lucrécia Jardim, Eduarda Coelho e Elsa Ama-ral que constituíam a equipa de 4x400 metros. As meias-finais da estafeta feminina de 4x400 metros disputaram-se às 19 horas e 30 minutos do dia 7 de Agosto com Marta Moreira a par-tir, Eduarda Coelho no segundo percurso, Elsa Amaral no terceiro e Lucrécia Jardim a terminar. A equipa portuguesa termina a segunda meia--final na 4ª posição com o registo de 3.29,38, estabelecendo um Recorde de Portugal que dura até aos dias de hoje, 8ª marca entre os 14 países participantes, conseguindo a proeza histórica de se qualificar para a final Olímpica. As atletas lusas estavam a viver um verdadei-ro “sonho”, entrando para a história do atle-tismo nacional a 8 de Agosto participam na Final Olímpica que concluem na 8ª posição. Marta Moreira, Eduarda Coelho, Elsa Amaral e Lucrécia Jardim, ainda Recordistas de Portugal de 4x400 metros, sonharam que era possível e lutaram para conseguir uma proeza sem par, até Barcelona ou depois de Barcelona nenhuma outra equipa feminina portuguesa conseguiu apurar-se para os Jogos Olímpicos e nenhuma outra equipa lusa conseguiu o acesso a esta final numa prova de estafeta… um feito único que aconteceu há 20 anos.

Foi há 20 anos

Page 38: Revista Athletissima nº 3

38 - athletíssima

Jogos Olímpicos

22225

Tóquio 1964 – Manuel Oliveira – 3 000 metros Obstáculos Seoul 1988 – Domingos Castro –5 000 metros

Montreal 1976 –Aniceto Simões– 5 000 metros Los Angeles 1984 - José Pinto - 50 km Marcha Barcelona 1992 - Seleção Nacional (Marta Moreira, Lucrécia Jardim, Eduarda Coelho, Elsa Amaral) - 4 x 400 metros Atenas 2004 - Alberto Chaícha - Maratona Pequim 2008 - Ana Cabecinha - 20 km Marcha

Montreal 1976 – José Carvalho – 400 metros Barreiras Atenas 2004 – Francis Obikwelu – 200 metros

Barcelona 1992 –Manuela Machado – Maratona Atlanta 1996 - Manuela Machado - Maratona

Los Angeles 1984 – Aurora Cunha– 3 000 metros Atlanta 1996 - Carla Sacramento - 1 500 metros

8ºs lugares

7ºs lugares

6ºs lugares

5ºs lugares

4ºs lugares

1023 MedalhasFinalistas

OURO BRONZEPRATAMontreal 1976 - Carlos Lopes - 10 000 metrosAtenas 2004 - Francis Obikwelu - 100 metros

Los Angeles 1984 - Carlos Lopes - MaratonaSeoul 1988 - Rosa Mota - Maratona

Atlanta 1996 - Fernanda Ribeiro - 10 000 metrosPequim 2008 - Nelson Évora - Triplo

Los Angeles 1984 - Rosa Mota - MaratonaAntónio Leitão 1984 - Rui Silva - 5 000 metros

Sydney 2000 - Fernanda Ribeiro - 10 000 metrosAtenas 2004 – Rui Silva – 1 500 metros

Medalhas & finalistas

Page 39: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 39

13ºs lugares

11ºs lugares

12ºs lugares

semifinalistas Jogos Olímpicos

4562

Los Angeles 1984 – Ezequiel Canário – 5 000 metros Seoul 1988 – Mário Silva – 1 500 metros Seoul 1988 – Albertina Machado – 1 0 000 metrosPequim 2008 – Vera Santos– 20 km marcha

Seoul 1988 – Albertina Dias – 10 000 metros Atlanta 1996 – Teresa Machado – Disco Sidney 2000 – Carlos Calado – ComprimentoSidney 2000 – Carla Sacramento – 1 500 metros Atenas 2004 – João Vieira – 20 km marcha

Helínquia 1952 –Rui Ramos – TriploSidney 2000 - Mário Aníbal Ramos - Decatlo

Seoul 1988 - Álvaro Silva - 800 metros Barcelona 1992 –Domingos Castro – 5 000 metros Sidney 2000 - António Pinto - Maratona Sidney 2000 - Teresa Machado - DiscoPequim 2008 - António Pereira - 50 km marchaPequim 2008 -Francis Obikwelu - 100 metros

10ºs lugares

9ºs lugares

57 SemiFinalistas

Seoul 1988 –António Pinto – 10 000 metros Barcelona 1992 - Albertina Dias - 10 000 metros Barcelona 1992 - Carla Sacramento - 800 metros Atlanta 1996 - Susana Feitor - 10 km marchaSidney 2000 - Manuel Silva - 3 000 metros obstáculos Atenas 2004 - Naide Gomes - HeptatloAtenas 2004 - Manuel Damião - 1500 metros

14ºs lugares

Helsínquia 1952 –Matos Fernandes – Decatlo Moscovo 1980 - Anacleto Pinto - Maratona Barcelona 1992 - Carla Sacramento - 1500 metros

16ºs lugares

7

515ºs lugares

3Moscovo 1980 –João Campos – 800 metros Atlanta 1996 - Lucrécia Jardim - 100 metros

Seoul 1988 - Selecção Nacional (Paulo Curvelo, Filipe Lomba, António Abrantes, Álvaro Silva) - 4x400 metros Barcelona 1992 –Mário Silva – 1500 metros Atlanta 1996 –António Pinto – Maratona Sidney 2000 - José Ramos - 10 000 metros Sidney 2000 - Susana Feitor - 20 km marcha

2

Page 40: Revista Athletissima nº 3

40 - athletíssima

CLUBE PRESENÇAS PARTICIPANTES POR CLUBE EM CADA EDIÇÃO

Sporting Clube de Portugal 71 1912(1) - 1928(1) - 1948(3) - 1952(1) - 1960(3) - 1964(3) - 1968(1) - 1972(5) - 1976(2) - 1984(3) - 1988(8) - 1992(5) - 1996(9) - 2000(9) - 2004(9) - 2008(8)Sport Lisboa e Benfica 42 1936(1) - 1948(1) - 1952(4) - 1960(2) - 1972(1) - 1976(2) - 1980(2) - 1984(4) - 1988(8) - 1992(9) - 1996(5) - 2000(1) - 2004(1) - 2008(1) Futebol Clube do Porto 18 1980(1) - 1984(1) - 1988(6) - 1992(3) - 1996(2) - 2000(1) - 2004(2) - 2008(2)Maratona Clube de Portugal 15 1996(6) - 2000(1) - 2004(3) - 2008(5)Sporting Clube de Braga 11 1984(2) - 1988(2) - 1992(4) - 1996(2) - 2000(1)Clube de Natação de Rio Maior 9 1992(1) - 1996(2) - 2000(1) - 2004(3) - 2008(3)Clube de Futebol “Os Belenenses” 5 1952(1) - 1984(1) - 1988(1) - 1992(1) - 1996(1)Clube Internacional de Futebol 3 1912(1) - 1924(2)Grupo. Desp. Rec. Cult. Conforlimpa 3 2000(1) - 2004(1) - 2008(1)Juventude Operária Monte Abraão 3 2004(1) - 2008(2)Académico Futebol Clube 2 1920(1) - 1952(2)Clube de Futebol de Santa Clara 2 1976(2)Centro de Atletismo do Porto 2 1984(1) - 1992(1)Clube de Inic. e Prop. de Atletismo 2 1988(1) - 1992(1)Atlético Clube Alfenense 2 1992(1) - 1996(1)Clube de Atletismo de Seia 2 2000(1) - 2004(1)Juventude Vidigalense 2 2004(1) - 2008(1)Lisboa Sporting Clube 1 1912(1)Sport Clube do Porto 1 1932(1)Vendedores de Jornais 1 1936(1)Clube Desportivo do Montijo 1 1992(1)Imortal Desportos Clube 1 1992(1)Boavista Futebol Clube 1 1988(1)Assoc. Cult. Recre. Zona Azul 1 1984(1)Grupo Académico de Braga 1 1984(1)Clube de Atletismo da Terbel 1 2000(1)Maratona Clube da Maia 1 2000(1)Skoda Maratona Clube 1 2004(1)Centro D.C.R. Pessoal - CTT 1 2004(1)Grupo Desportivo do Estreito 1 2004(1)Clube Sport Marítimo 1 2008(1)Clube Oriental de Pechão 1 2008(1)Clube Açoreana Seguros 1 2008(1)Casa do Benfica de Faro 1 2008(1)

34 clubes em 19 edições

A primeira participação do Atletismo Por-tuguês nos Jogos Olímpicos da Era Mo-derna remonta a Estocolmo, em 1912, onde Portugal apresentou três atletas

de três clubes diferentes, a saber: Sporting Clube de Portugal, Clube Internacional de Futebol e Lis-boa Sporting Clube.

Depois de Estocolmo, o Atletismo viu-se represen-tado por atletas Lusos em mais 19 edições dos Jo-gos Olímpicos, com presenças ininterruptas desde os Jogos de 1960, em Roma.

Ao longo das 20 edições contam-se 34 clubes que cederam atletas a selecção Olímpica de Atletismo.

De Norte a Sul, do Litoral ao Interior, sem esquecer os Açores e a Madeira, encontramos na lista dos que viram os seus atletas ser chamados à selecção nacional para os Jogos Olímpicos, clubes de prati-camente todas as regiões do país, prova inequívo-ca do desenvolvimento e da implantação geográ-fica modalidade.

O Sporting Clube de Portugal, um dos clubes com maior tradição na modalidade no nosso país, é o que mais presenças contabiliza no Atletismo dos

Jogos Olímpicos, isto no que diz respeito a atletas portugueses, somando 71 presenças. Segue-se o Sport Lisboa e Benfica com 42 presenças, o Fute-bol Clube do Porto com 18, o Maratona Clube de Portugal com 15, o Sporting Clube de Braga com 11 e o Clube de Natação de Rio Maior com 9, com a particularidade de 5 das suas 9 presenças serem de Susana Feitor, que a par de Fernanda Ribeiro são as atletas portuguesas com mais participações em Jogos Olímpicos,

Em toda a história Olímpica do Atletismo Portu-guês, 9 foi o número máximo de atletas que um clube cedeu à selecção para uma edição dos Jogos Olímpicos, feito repetido por 4 vezes: Sport Lisboa e Benfica em 1992 e Sporting Clube de Portugal em 1996, 2000 e 2004.

O registo de 8 presenças por clube foi conseguido por três vezes, em Seoul 1988, com o Sporting Clu-be de Portugal e o Sport Lisboa e Benfica a cederam cada um oito atletas à selecção, e em Pequim 2008, com o Sporting a repetir o número de 8 atletas. Com 6 presenças numa só edição, podemos en-contrar o Futebol Clube do Porto e, 1988 e o Mara-tona Clube de Portugal em 1996.

Clubes

Page 41: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 41

RecordesRecordes de Portugal

Melhor marcas portuguesas em Jogos OlímpicosANO ATLETA MARCA DISCIPLINA MARCA ATLETA ANO

1996 Lucrécia Jardim 11.32 100m 9.86 Francis Obikwelu 20041996 Lucrécia Jardim 22.88 200m 20.14 Francis Obikwelu 2004

400m 47.57 Filipe Lomba 19881992 Carla Sacramento 2:00.57 800m 1:45.12 Álvaro Silva 19881992 Carla Sacramento 4:05.54 1500m 3:34.68 Rui Silva 20042004 Inês Monteiro 16:03.75 5000m 13:09.20 António Leitão 19841996 Fernanda Ribeiro 30:22.88 10000m 27:56.30 José Ramos 20001988 Rosa Mota 2:25.:29 Maratona 2:09:21 Carlos Lopes 19842008 Jessica Augusto 9:30.23 3000m obstáculos 8:25.70 Manuel Silva 2000

100m/110m barreiras 14.01 Luís Sá 20041992 Marta Moreira 58.24 400m barreiras 49.09 Carlos Silva 1996

Altura2008 Sandra Tavares 4.30 Vara 5.60 Nuno Fernandes 19962008 Naide Gomes 6.29 Comprimento 8.04 Carlos Calado 2000

Triplo salto 17.67 Nelson Évora 20081996 Teresa Machado 62.02 Peso 18.05 Marco Fortes 20081986 Diana Sachse (GDR) 71.36 Disco 32.40 António Martins 19242008 Vânia Silva 59.42 Martelo 72.47 Vitor Costa 20042008 Sílvia Cruz 57.06 Dardo2004 Naide Gomes 6151 Heptatlo/Decatlo 8136 Mário Aníbal 20002008 Ana Cabecinha 1:27:46 20Km marcha 1:22:19 João Vieira 2004

50Km marcha 3:48:12 António Pereira 20084x100m 39.61 Portugal 1988

Arnaldo Abrantes, Pedro Curvelo, Pedro Agostinho, Pedro Barroso1992 Portugal 3:29.38 4x400m 3:07.75 Portugal 1988

Marta Moreira, Eduarda Coelho, Elsa Amaral, Lucrécia Jardim Paulo Curvelo, Filipe Lomba, António Abrantes, Álvaro Silva

ANO ATLETA MARCA DISCIPLINA MARCA ATLETA ANO

1997 Lucrécia Jardim 11.30 100m 9.86 Francis Obikwelu 20041996 Lucrécia Jardim 22.88 200m 20.01 Francis Obikwelu 20061999 Mª. Carmo Tavares 51.92 400m 46.11 Carlos Silva 19961997 Carla Sacramento 1:58.94 800m 1:44.91 Rui Silva 20021998 Carla Sacramento 3:57.71 1500m 3:30.07 Rui Silva 20021995 Fernanda Ribeiro 14:36.45 5000m 13:02.86 António Pinto 19982000 Fernanda Ribeiro 30:22.88 10000m 27:12.47 António Pinto 19991985 Rosa Mota 2:23:29 Maratona 2:06:36 António Pinto 20002010 Jessica Augusto 9:18.54 3000m obsctáculos 8:19.82 Manuel Silva 20122000 Isabel Abrantes 13.14 100m/110m barreiras 13,47 João Almeida 20122012 Vera Barbosa 55.80 400m barreiras 48.77 Pedro Rodrigues / Carlos Silva 1994/19992001/2004 Sónia Carvalho / Naide Gomes 1.88 Altura 2.23 Rafael Gonçalves 20072011 Maria Eleonor Tavares 4.50 Vara 5.66 Nuno Fernandes 19962008 Naide Gomes 7.12 Comprimento 8.36 Carlos Calado 19972012 Patrícia Mamona 14.52 Triplo salto 17.74 Nelson Évora 20071998 Teresa Machado 17.26 Peso 21.02 Marco Fortes 20121998 Teresa Machado 65.40 Disco 60.89 Jorge Grave 20122011 Vânia Silva 69.55 Martelo 76.86 Vítor Costa 20042008 Sílvia Cruz 59.76 Dardo 75.55 Tiago Aperta 20122005 Naide Gomes 6230 Heptatlo/Decatlo 8213 Mário Anibal 20012008 Ana Cabecinha 1:27:46 20km marcha 1:20:09 João Vieira 2006

50km marcha 3:45:17 João Vieira 20122009 44.70 4x100 38.88 20101992 3:29.38 4x400 3:05.48 1995

Page 42: Revista Athletissima nº 3

42 - athletíssima

Mankind now spends more energy on keeping cool than sta ying warm.Termites have found the wa yto keep the balance just right.

Acting on insightsustains all our futures

The inspiration is everywhere.Moving Ideas Forward.

Of�ce Solutions Production Printing Managed Print Services

[email protected]

Page 43: Revista Athletissima nº 3

athletíssima - 43

Mankind now spends more energy on keeping cool than sta ying warm.Termites have found the wa yto keep the balance just right.

Acting on insightsustains all our futures

The inspiration is everywhere.Moving Ideas Forward.

Of�ce Solutions Production Printing Managed Print Services

[email protected]

Programa-horário

HORA PROVA SEXO RONDA ATLETAS PORTUGUESES

10:00 Peso M Q. AB Marco Fortes10:05 100m barreiras F Hep.10:25 Triplo Salto F Q. AB Patrícia Mamona10:40 100m F Prelim.11:15 400 m barreiras M R1 Jorge Paula11:15 Altura F Q. AB11:20 Martelo M Q. A12:00 400m F R112:45 Martelo M Q. B13:00 3000m obstáculos M R1 Alberto Paulo19:00 Peso F Hep.19:05 100m F R119:10 Disco F Q. A Irina Rodrigues19:50 Comprimento M Q. AB Marcos Chuva20:05 1500m M R120:30 Peso M Final Marco Fortes20:35 Disco F Q. B Irina Rodrigues20:45 200m F Hep.21:25 10 000m F Final Sara Moreira

3 de Agosto

HORA PROVA SEXO RONDA ATLETAS PORTUGUESES

10:00 100m M Prelim.10:05 Comprimento F Hep.10:20 Vara F Q. AB M. Leonor Tavares10:35 400m M R111:35 3000m obstáculos F R1 Clarisse Cruz11:40 Dardo F Hep.12:30 100m M R112:55 Dardo F Q. A17:00 20km marcha M Final João Vieira19:00 400m barreiras M S. Final Jorge Paula19:30 Disco F Final Irina Rodrigues19:35 100m F S. Final19:55 Comprimento M Final Marcos Chuva20:05 400m F S. Final20:35 800m hep. F Final21:15 10,000m M Final21:55 100m F Final

4 de Agosto

HORA PROVA SEXO RONDA ATLETAS PORTUGUESES

11:00 Maratona F Final Ana Dulce Félix, Jéssica Augusto e Marisa Barros19:00 400m barreiras M R1 Vera Barbosa19:05 Altura M Q. AB19:35 Triplo Salto F Final Patrícia Mamona19:45 100m M S. Final20:15 1500m M S. Final20:20 Martelo M Final20:40 400m M S. Final21:10 400m F Final21:25 3000m obstáculos M Final Alberto Paulo21:50 100m M Final

5 de Agosto

HORA PROVA SEXO RONDA ATLETAS PORTUGUESES

10:00 Disco M Q. A10:05 100m barreiras F R110:45 Peso F Q. AB10:50 800m M R111:25 Disco M Q. B11:45 1500m F R119:00 Vara F Final M. Leonor Tavares19:15 Peso F Final19:20 200m F R120:15 400m barreiras F S. Final Vera Barbosa20:45 400m barreiras M Final Jorge Paula21:05 3000m obstáculos F Final Clarisse Cruz21:30 400m M Final

6 de Agosto

HORA PROVA SEXO RONDA ATLETAS PORTUGUESES

10:00 Dardo F Q. A10:10 110m M R1 João Almeida10:45 Triplo Salto M Q. AB10:55 5000m F R1 Sara Moreira11:25 Dardo F Q. B11:50 200m M R1 Arnaldo Abrantes19:00 Altura M Final19:05 Comprimento F Q. AB19:15 100m barreiras F S. Final19:45 Disco M Final19:55 800m M S. Final20:25 200m F S. Final21:00 100m barreiras F Final21:15 1500m M Final

7 de Agosto

HORA PROVA SEXO RONDA ATLETAS PORTUGUESES

10:00 Martelo F Q. A Vânia Silva10:00 Vara M Q. AB Edi Maia10:10 100m M Dec.10:45 5000m M R111:10 Comprimento M Dec.11:25 Martelo F Q. B Vânia Silva11:35 800m F R112:30 Peso Dec. M Dec.18:00 Altura M Dec.19:05 Dardo M Q. A19:15 110m barreiras M S. Final João Almeida19:45 1500m F S. Final20:05 Comprimento F Final20:10 200m M S Final Arnaldo Abrantes20:35 Dardo M Q. B20:45 400m barreiras F Final Vera Barbosa21:00 200m F Final21:15 110m barreiras M Final João Almeida21:30 400m M Dec.

8 de Agosto

HORA PROVA SEXO RONDA ATLETAS PORTUGUESES

09:00 110m barreiras M Dec.09:30 Altura F Q. AB09:55 Disco M Dec.11:10 Disco M Dec.11:35 4x400m M R112:55 Vara M Dec.18:30 Dardo M Dec.19:20 Triplo Salto M Final19:30 800m F S. Final19:40 Dardo M Dec.20:00 800m M Final20:20 4x100m F R120:55 200m M Final Arnaldo Abrantes21:00 Dardo F Final21:20 1500m M Dec.

9 de Agosto

HORA PROVA SEXO RONDA ATLETAS PORTUGUESES

19:00 Vara M Final Edi Maia19:10 4x400m F R119:35 Martelo F Final Vânia Silva19:45 4x100m M R120:05 5000m F Final Sara Moreira20:40 4x100m F Final20:55 1500m F Final21:20 4x400m M Final

10 de Agosto

HORA PROVA SEXO RONDA ATLETAS PORTUGUESES

09:00 50km marcha M Final João Vieira e Pedro Isidro17:00 20km marcha F Final Ana Cabecinha, Vera Santos e Inês Henriques19:00 Altura F Final19:20 Dardo M Final19:30 5000m M Final20:00 800m F Final20:25 4x400m F Final21:00 4x100m M Final

11 de Agosto

HORA PROVA SEXO RONDA ATLETAS PORTUGUESES

11:00 Maratona M Final Rui Pedro Silva e Luis Feiteira12 de Agosto

3 a 12 de Agosto Estádio Olímpico de Londres

Page 44: Revista Athletissima nº 3

44 - athletíssima

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Af_supernova_a4.pdf 1 12/04/26 14:49