revista cofre nº 3 - iiiª serie

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Julho/Agosto de 2015

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Page 1: Revista Cofre Nº 3 - IIIª serie
Page 2: Revista Cofre Nº 3 - IIIª serie
Page 3: Revista Cofre Nº 3 - IIIª serie

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FICHA TÉCNICA

PRESIDENTE: Tomé Jardim [email protected] | DIRECTORA: Luísa Paiva Boléo [email protected] | EDIÇÃO: Cofre de Previdência | CONSELHO REDACTORIAL: Tomé Jardim

/ Francisco Pinteus / Elder Fernandes / Manuela Charrua / Catarina Santos / Vitor Luz/ Susana Inácio | EDITOR: Francisco Pinteus [email protected]

IMAGEM DE CAPA: Andreia Gil | FOTOGRAFIA: Cláudia Peres | DIRECÇÃO CRIATIVA E DESIGN: Andreia Gil | PUBLICIDADE: Sara Ferreira | SECRETÁRIA: Sara Ferreira COLABORADORES DESTE NÚMERO: Máximo Ferreira / José Luís Silva / Margarida Muller / Joaquim Geraldes Pinto / Mafalda Queiroz / Victor Freitas / Sónia Ferreira / Sara Ferreira

CONTACTOS DO COFRE: Rua do Arsenal, Letra E, 1112-8O3 Lisboa e Rua dos Sapateiros, 58, 11OO-579 Lisboa / Telefone: 213 241 O6O / Fax: 213 47O 476 [email protected]

NIF: 5OO969442 / IMPRESSÃO: MULTIPONTO, S. A. / ISSN 2182-1437 / DEPÓSITO LEGAl: 324664/11 / REGISTO ERC: 119146 / PERIODICIDADE: Bimestral / TIRAGEM: 46 OOO / PVP: 1,OO€

Pág. 23

Pág. 20ANIMAÇÃO DE VERÃONA QUINTA DE SANTA IRIA

EntrevistaANTÓNIO ZAMBUJO

Pág. 14

Pág. 33

Pág. 39

Noticias do Cofre

COLÓNIA DE FÉRIAS COFRE2O15

Pág. 36DIETA ARCO-IRIS

VIAGEM

Curiosidadesdo Sol

Pág. 17

TAILANDIAVIETNAME

Pág. 6CARTAS

Pág. 4JOSEFA DE ÓBIDOS

EVENTOS DO COFRE

Pág. 28

Pág. 10QUEM É QUEM

PINTORA DO BARROCO PORTUGUÊS

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Page 4: Revista Cofre Nº 3 - IIIª serie

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TOMÉ JARDIM

1O de Julho do ano de 2O15, como habitualmente, acordo às 5 h e 45 da manhã, faço a minha higiene matinal terminando-a às 6 h. Início então o meu momento de ioga durante meia hora seguindo--se o pequeno-almoço. No decurso deste, toca a campainha da porta, espero um constituinte no escritório às 8 da manhã mas são 7h e 5O, pelo que estranho. De novo a campainha, agora de uma forma prolongada e intensa, vou à porta e abro-a. Deparo-me com Ǝ�œ÷�śŬĺÂśśģ�ś²Ŭ ÂĘůœÂŬÂĈ�ś²ŬſĒŬ]ÂĘòģœŬŇſÂŬ śÂŬ ÷¶ÂĘů÷Ù¦�Ŭ¦ģĒģŬ¶�ŬPolícia Judiciária dizendo, “temos mandato para proceder a buscas no escritório está connosco a Magistrada Judicial e um represen-tante da Ordem dos Advogados, Senhor Dr.”, perguntei estupefacto, no escritório porquê? Referiu terem as buscas a ver com o exercício do cargo de presidente do Cofre. Era a parte das Instituições /Ęśĺ¦ů÷Ǝ�śŬŇſÂŬØ�Ĉů�Ǝ�Ŭă�Ŭů÷Ęò�ĒŬś÷¶ģŬſś�¶ģŬ�śŬ÷ĘÞſÆʦ÷�śŬĺ�œ�Ŭ�śŬdemais, como em tempo relatámos, faltava esta, pensei. Saíram por volta das 9.3Oh levando o meu computador e alguns docu-mentos, informando-me de que se iam dirigir à sede do Cofre. �ĺÂś�œŬ¶ģśŬĒÂſśŬ�Ø�ƛÂœÂśŬĺœģÙśś÷ģĘ�÷śŬ�¦ģĒĺ�ĘòÂ÷ŬģśŬ]ÂĘòģœÂśŬÂŬestive no Cofre até à conclusão da diligência que se prolongou até às 17 e 3O horas. A partir do momento em que começamos a mexer com o poder instituído há décadas no Cofre, tudo tem acontecido desde a visita dos vários serviços Inspectivos ao Cofre até à intrusão no Gabinete de um Subdirector Geral no Iva para enviar de uma

forma ilegal para toda a Administração Tributária, um documento, onde o nosso prestígio e seriedade foram colocados em causa pela lista B, em plena campanha eleitoral não evitando, todavia uma derrota bem expressiva daquela lista, e mantendo-se apesar de todo o resto, como o demonstram as muitas manifestações de solidariedade recebidas destacando entre elas o pedido de um cidadão de 1O1 anos para se associar a esta grande Instituição, o Cofre. Permito-me por ter sido objecto de revelação pública por parte da Inspecção Geral de Finanças no seu sítio da internet, de uma síntese do relatório elaborado em resultado de uma auditoria efectuada ao Cofre, comentar aquela síntese. Lamentamos que os seus responsáveis tenham tornado público um documento sem ŇſÂŬ �Ŭ /Ęśů÷ůſ÷«�ģŬ �J&Y�Ŭ ůÂĘò�Ŭ ś÷¶ģŬ Ęģů÷Ù¦�¶�Ŭ ¶ģŬ śÂſŬ ¦ģĘůÂƁ¶ģŬcomo determina o Código do Procedimento Administrativo, sendo grave por se encontrar em segredo de justiça e mais grave ainda por ali se encontrar o referido no seu ponto 2 das RECOMENDA-ÇÕES, o qual passo de seguida a transcrever:” Face à atividade ÙĘ�ʦÂ÷œ�Ŭ¶ÂŬ¦ģʦœś�ģŬ¶ÂŬ¦œÃ¶÷ůģŬÂŬ�Ŭĺœ�ů÷¦�Ŭ¶ÂŬ÷Ĉø¦÷ůģśŬ¦œ÷Ē÷Ę�÷śŬforam efectuadas participações ao Banco de Portugal e à polícia Judiciária. (Esta última entidade já interveio como foi recentemen-te divulgado pelos media: “”Polícia Judiciária faz buscas no Cofre de Previdência.””); a azul, o sublinhado é nosso. Não nos podemos admirar pois os Senhores Inspectores autores do relatório, um

homem e uma mulher, apesar de bem recebidos e instalados, de lhe terem sido prestadas todas as informações, esclarecimentos e de lhe terem sido entregues todos os documentos solicitados, não se despediram de ninguém do Cofre, a educação e correcção não são apanágio de qualquer conluio. Trazemos à colação as recomen-dações no relatório. Se a preocupação é salvaguardar o património do Cofre e os interesses dos Associados como dizem no ponto 1 DAS RECOMENDAÇÕES, então dever-se-á ter cuidado na divulga-ção e esse não foi claramente tido, quando não corresponde à ƎÂœ¶�¶ÂŬģŬÂś¦œ÷ůģŬĘģŬĺģĘůģŬĭŬ÷ĘŬÙĘÂŬ¶�śŬ�JE�>h]V�]Ŭ�ģŬœÂØÂœ÷œŬÂŬpassamos a transcrever: ”o Cofre atualmente desenvolve activida-des diversas e não previstas nos respectivos estatutos, incluindo de Ę�ůſœÂƛ�Ŭ÷Ēģ�÷Ĉ÷�œ÷�²Ŭůſœøśů÷¦�ŬÂŬÙĘ�ʦÂ÷œ�ŬÂśů�ŬƁĈů÷Ē�ŬÂĒŬƎ÷ģĈ�«�ģŬda lei, o sublinhado é nosso”. Basta ler no CAPÍTULO I Regime Jurídico e Atribuições do Cofre, o artigo 3.º respectivas alíneas, igualmente nos Capítulos IV Regalias dos Sócios Secção II Casas de Habitação para Sócios artigos 26 e seguintes; Secção III Obras de ÂĘÂÙ¦÷�«�ģŬĘ�śŬ��ś�śŬ¶ģśŬ]Ĥ¦÷ģś²Ŭ�œů÷äģśŬÚÊŬÂŬśÂäſ÷ĘůÂśţŬ]¦«�ģŬIV Reembolso de Vencimento Perdido por Doença, Artigos 68 e seguintes, e como bem sabem os Senhores Inspectores estas actividades são desenvolvidas há mais de uma década pelo Cofre, não tendo nenhuma delas sido criada por esta Administração. Será na sequência delas, “burla, participação económica em negócio e ��ſśģŬ¶ÂŬĺģ¶ÂœŎöŬÂśůœ�Ęò�ĒÂĘůÂŬ¦Ĉ�śś÷Ù¦�¶ģśŬĺÂĈģśŬśÂſśŬ�ſůģœÂś²Ŭquanto tal pertence à Autoridade Judiciária - no ponto 3 das CONCLUSÕES do citado relatório, entre outras, a eventual pronún-cia do Ministério Público? Aguardo serenamente o resultado dos esclarecimentos a prestar junto desta Entidade. Depois deste esclarecimento factual, do meu conhecimento, não posso deixar de �äœ�¶Â¦ÂœŬ�Ŭůģ¶ģśŬģśŬ�śśģ¦÷�¶ģśŬ�ŬØģœ«�ŬÂŬ�Ŭ¦ģĘÙ�Ę«�Ŭůœ�ĘśĒ÷ů÷¶�śŬpessoalmente e através de mensagens SMS. Bem hajam. A Quinta de Santa Iria e o Vau estão esgotados neste período de Verão, as

residências Universitárias de Lisboa e do Porto estão cheias e com lista de espera, desejamos aos antigos e novos residentes um ano escolar com saúde, paz, amor e êxito. As residências Seniores, dentro dos quartos disponíveis, estão igualmente com a sua lotação preenchida, Falemos agora um pouco da nossa revista que passou a bimestral e dos seus conteúdos. Quero apelar mais uma vez à vossa compreensão quanto aos atrasos da revista. Trata-se de uma equipa jovem, totalmente nova e amadora onde todos são trabalhadores do Cofre os quais para além desta tarefa têm ainda outras. Estamos todos a fazer um esforço no sentido de ir diminuindo os espaços de tempo por isso a vossa compreensão e carinho, obrigado. Temos um novo editor o Conselheiro Francisco Pinteus. Aproveito para agradecer o contributo dado à qualidade da revista pelo anterior editor Ricardo Henriques nas suas reportagens e entrevistas. O Tema da nossa revista é o Verão, o Sol e a energia, os conteúdos são as actividades no Vau e na Quinta de Sta Iria, passeios e ida dos residentes de Loures ao cinema para ver o Pátio das Cantigas, a rubrica “Quem é Quem” com a trabalhadora Ana YſÙĘģ²ŬģŬ�œů÷äģŬ¶ģŬWœģØÂśśģœŬD�Ɣ÷ĒģŬ&ÂœœÂ÷œ�²Ŭ¦ſœ÷ģś÷¶�¶ÂśŬśģ�œÂŬģŬSol, pequena entrevista ao sócio do Funchal José Luís Silva, a �÷ģäœ�Ù�Ŭ¶�Ŭĺ÷Ęůģœ�Ŭ:ģśÂØ�Ŭ¶ÂŬL�÷¶ģś²Ŭ�Ŭ]Ĥ¦÷�Ŭ]�œ�Ŭ&ÂœœÂ÷œ�Ŭ¦ģĘů�--nos e mostra as fotos das suas viagens, os livros oferecidos e a reportagem da apresentação do Livro “Os Clandestinos” de Paulo Mira Coelho, no nosso auditório da Rua do Arsenal, com a presença dos amigos, da mulher, do sogro Ruy de Carvalho. Foi apresentado um excelente momento musical com o coro Nossa Senhora da Conceição de Almodôvar, a guitarra e a viola superiormente tocadas pelo Ricardo Gama e o João Correia e a voz de João Carva-lho no fado falado, as cartas dos nossos Associados e muito mais para ler e descontrair. Não se esqueçam de nos enviar com tempo o vosso contributo para a Revista. Unidos seremos mais solidários e seremos por isso naturalmente felizes. Com consideração pessoal.

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1O de Julho do ano de 2O15, como habitualmente, acordo às 5 h e 45 da manhã, faço a minha higiene matinal terminando-a às 6 h. Início então o meu momento de ioga durante meia hora seguindo--se o pequeno-almoço. No decurso deste, toca a campainha da porta, espero um constituinte no escritório às 8 da manhã mas são 7h e 5O, pelo que estranho. De novo a campainha, agora de uma forma prolongada e intensa, vou à porta e abro-a. Deparo-me com Ǝ�œ÷�śŬĺÂśśģ�ś²Ŭ ÂĘůœÂŬÂĈ�ś²ŬſĒŬ]ÂĘòģœŬŇſÂŬ śÂŬ ÷¶ÂĘů÷Ù¦�Ŭ¦ģĒģŬ¶�ŬPolícia Judiciária dizendo, “temos mandato para proceder a buscas no escritório está connosco a Magistrada Judicial e um represen-tante da Ordem dos Advogados, Senhor Dr.”, perguntei estupefacto, no escritório porquê? Referiu terem as buscas a ver com o exercício do cargo de presidente do Cofre. Era a parte das Instituições /Ęśĺ¦ů÷Ǝ�śŬŇſÂŬØ�Ĉů�Ǝ�Ŭă�Ŭů÷Ęò�ĒŬś÷¶ģŬſś�¶ģŬ�śŬ÷ĘÞſÆʦ÷�śŬĺ�œ�Ŭ�śŬdemais, como em tempo relatámos, faltava esta, pensei. Saíram por volta das 9.3Oh levando o meu computador e alguns docu-mentos, informando-me de que se iam dirigir à sede do Cofre. �ĺÂś�œŬ¶ģśŬĒÂſśŬ�Ø�ƛÂœÂśŬĺœģÙśś÷ģĘ�÷śŬ�¦ģĒĺ�ĘòÂ÷ŬģśŬ]ÂĘòģœÂśŬÂŬestive no Cofre até à conclusão da diligência que se prolongou até às 17 e 3O horas. A partir do momento em que começamos a mexer com o poder instituído há décadas no Cofre, tudo tem acontecido desde a visita dos vários serviços Inspectivos ao Cofre até à intrusão no Gabinete de um Subdirector Geral no Iva para enviar de uma

forma ilegal para toda a Administração Tributária, um documento, onde o nosso prestígio e seriedade foram colocados em causa pela lista B, em plena campanha eleitoral não evitando, todavia uma derrota bem expressiva daquela lista, e mantendo-se apesar de todo o resto, como o demonstram as muitas manifestações de solidariedade recebidas destacando entre elas o pedido de um cidadão de 1O1 anos para se associar a esta grande Instituição, o Cofre. Permito-me por ter sido objecto de revelação pública por parte da Inspecção Geral de Finanças no seu sítio da internet, de uma síntese do relatório elaborado em resultado de uma auditoria efectuada ao Cofre, comentar aquela síntese. Lamentamos que os seus responsáveis tenham tornado público um documento sem ŇſÂŬ �Ŭ /Ęśů÷ůſ÷«�ģŬ �J&Y�Ŭ ůÂĘò�Ŭ ś÷¶ģŬ Ęģů÷Ù¦�¶�Ŭ ¶ģŬ śÂſŬ ¦ģĘůÂƁ¶ģŬcomo determina o Código do Procedimento Administrativo, sendo grave por se encontrar em segredo de justiça e mais grave ainda por ali se encontrar o referido no seu ponto 2 das RECOMENDA-ÇÕES, o qual passo de seguida a transcrever:” Face à atividade ÙĘ�ʦÂ÷œ�Ŭ¶ÂŬ¦ģʦœś�ģŬ¶ÂŬ¦œÃ¶÷ůģŬÂŬ�Ŭĺœ�ů÷¦�Ŭ¶ÂŬ÷Ĉø¦÷ůģśŬ¦œ÷Ē÷Ę�÷śŬforam efectuadas participações ao Banco de Portugal e à polícia Judiciária. (Esta última entidade já interveio como foi recentemen-te divulgado pelos media: “”Polícia Judiciária faz buscas no Cofre de Previdência.””); a azul, o sublinhado é nosso. Não nos podemos admirar pois os Senhores Inspectores autores do relatório, um

homem e uma mulher, apesar de bem recebidos e instalados, de lhe terem sido prestadas todas as informações, esclarecimentos e de lhe terem sido entregues todos os documentos solicitados, não se despediram de ninguém do Cofre, a educação e correcção não são apanágio de qualquer conluio. Trazemos à colação as recomen-dações no relatório. Se a preocupação é salvaguardar o património do Cofre e os interesses dos Associados como dizem no ponto 1 DAS RECOMENDAÇÕES, então dever-se-á ter cuidado na divulga-ção e esse não foi claramente tido, quando não corresponde à ƎÂœ¶�¶ÂŬģŬÂś¦œ÷ůģŬĘģŬĺģĘůģŬĭŬ÷ĘŬÙĘÂŬ¶�śŬ�JE�>h]V�]Ŭ�ģŬœÂØÂœ÷œŬÂŬpassamos a transcrever: ”o Cofre atualmente desenvolve activida-des diversas e não previstas nos respectivos estatutos, incluindo de Ę�ůſœÂƛ�Ŭ÷Ēģ�÷Ĉ÷�œ÷�²Ŭůſœøśů÷¦�ŬÂŬÙĘ�ʦÂ÷œ�ŬÂśů�ŬƁĈů÷Ē�ŬÂĒŬƎ÷ģĈ�«�ģŬda lei, o sublinhado é nosso”. Basta ler no CAPÍTULO I Regime Jurídico e Atribuições do Cofre, o artigo 3.º respectivas alíneas, igualmente nos Capítulos IV Regalias dos Sócios Secção II Casas de Habitação para Sócios artigos 26 e seguintes; Secção III Obras de ÂĘÂÙ¦÷�«�ģŬĘ�śŬ��ś�śŬ¶ģśŬ]Ĥ¦÷ģś²Ŭ�œů÷äģśŬÚÊŬÂŬśÂäſ÷ĘůÂśţŬ]¦«�ģŬIV Reembolso de Vencimento Perdido por Doença, Artigos 68 e seguintes, e como bem sabem os Senhores Inspectores estas actividades são desenvolvidas há mais de uma década pelo Cofre, não tendo nenhuma delas sido criada por esta Administração. Será na sequência delas, “burla, participação económica em negócio e ��ſśģŬ¶ÂŬĺģ¶ÂœŎöŬÂśůœ�Ęò�ĒÂĘůÂŬ¦Ĉ�śś÷Ù¦�¶ģśŬĺÂĈģśŬśÂſśŬ�ſůģœÂś²Ŭquanto tal pertence à Autoridade Judiciária - no ponto 3 das CONCLUSÕES do citado relatório, entre outras, a eventual pronún-cia do Ministério Público? Aguardo serenamente o resultado dos esclarecimentos a prestar junto desta Entidade. Depois deste esclarecimento factual, do meu conhecimento, não posso deixar de �äœ�¶Â¦ÂœŬ�Ŭůģ¶ģśŬģśŬ�śśģ¦÷�¶ģśŬ�ŬØģœ«�ŬÂŬ�Ŭ¦ģĘÙ�Ę«�Ŭůœ�ĘśĒ÷ů÷¶�śŬpessoalmente e através de mensagens SMS. Bem hajam. A Quinta de Santa Iria e o Vau estão esgotados neste período de Verão, as

residências Universitárias de Lisboa e do Porto estão cheias e com lista de espera, desejamos aos antigos e novos residentes um ano escolar com saúde, paz, amor e êxito. As residências Seniores, dentro dos quartos disponíveis, estão igualmente com a sua lotação preenchida, Falemos agora um pouco da nossa revista que passou a bimestral e dos seus conteúdos. Quero apelar mais uma vez à vossa compreensão quanto aos atrasos da revista. Trata-se de uma equipa jovem, totalmente nova e amadora onde todos são trabalhadores do Cofre os quais para além desta tarefa têm ainda outras. Estamos todos a fazer um esforço no sentido de ir diminuindo os espaços de tempo por isso a vossa compreensão e carinho, obrigado. Temos um novo editor o Conselheiro Francisco Pinteus. Aproveito para agradecer o contributo dado à qualidade da revista pelo anterior editor Ricardo Henriques nas suas reportagens e entrevistas. O Tema da nossa revista é o Verão, o Sol e a energia, os conteúdos são as actividades no Vau e na Quinta de Sta Iria, passeios e ida dos residentes de Loures ao cinema para ver o Pátio das Cantigas, a rubrica “Quem é Quem” com a trabalhadora Ana YſÙĘģ²ŬģŬ�œů÷äģŬ¶ģŬWœģØÂśśģœŬD�Ɣ÷ĒģŬ&ÂœœÂ÷œ�²Ŭ¦ſœ÷ģś÷¶�¶ÂśŬśģ�œÂŬģŬSol, pequena entrevista ao sócio do Funchal José Luís Silva, a �÷ģäœ�Ù�Ŭ¶�Ŭĺ÷Ęůģœ�Ŭ:ģśÂØ�Ŭ¶ÂŬL�÷¶ģś²Ŭ�Ŭ]Ĥ¦÷�Ŭ]�œ�Ŭ&ÂœœÂ÷œ�Ŭ¦ģĘů�--nos e mostra as fotos das suas viagens, os livros oferecidos e a reportagem da apresentação do Livro “Os Clandestinos” de Paulo Mira Coelho, no nosso auditório da Rua do Arsenal, com a presença dos amigos, da mulher, do sogro Ruy de Carvalho. Foi apresentado um excelente momento musical com o coro Nossa Senhora da Conceição de Almodôvar, a guitarra e a viola superiormente tocadas pelo Ricardo Gama e o João Correia e a voz de João Carva-lho no fado falado, as cartas dos nossos Associados e muito mais para ler e descontrair. Não se esqueçam de nos enviar com tempo o vosso contributo para a Revista. Unidos seremos mais solidários e seremos por isso naturalmente felizes. Com consideração pessoal.

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A propósito da grande exposição sobre Josefa de Óbidos patente no Museu Nacional de Arte Antiga e que termina a 2O de Setembro, relembramos aqui a vida e obra da mais conceituada pintora portu-guesa da época barroca. Josefa de Ayala y Cabrera, teve como progenitores um pai português e mãe sevilhana, porém, foi a locali-¶�¶ÂŬģʶÂŬƎ÷ƎÂſŬÂŬÂƔÂœ¦ÂſŬ�ŬĺœģÙśś�ģŬ¶ÂŬĺ÷Ęůģœ�ŬÂŬäœ�Ǝ�¶ģœ�ŬŇſÂŬlhe deu o nome para a posteridade - Josefa de Óbidos. Para esta grande mostra vieram telas do Escorial, do Museu do Prado e de diversas colecções particulares e foi também notícia a compra por um galerista francês, luso-descendente, de nome Filipe Mendes que adquiriu num recente leilão da Sothebys, em Nova Iorque a tela «Maria Madalena Confortada pelos Anjos», por cerca de 29O.OOO euros para oferecer ao Museu do Louvre (esteve patente na exposição de Lisboa), onde não existia qualquer tela da artista portuguesa. Um bonito gesto em prol da cultura portuguesa. :ģśÂØ�ŬĘ�ś¦ÂſŬÂĒŬ]ÂƎ÷Ĉò�ŬÂĒŬĭŨŴJŬÙĈò�Ŭ¶ģŬĺ÷ĘůģœŬ �Ĉů�ƛ�œŬ'ģĒÂśŬ&÷äſÂ÷œ�ŬÂŬ¶ÂŬ��ů�œ÷Ę�Ŭ¶ÂŬ�ƕ�Ĉ�ŬƕŬ���œÂœ�ŀŬ]ÂſŬĺ�÷ŬÙƔģſŬœÂś÷¶Æʦ÷�Ŭem Óbidos para onde veio com a família, em 1636. Muito cedo Josefa começou a pintar orientada pelo progenitor e está registada a sua passagem por Coimbra em 1646, quando executou uma gravura de Santa Catarina que se presume ser o seu mais antigo ůœ���ĈòģŀŬ c÷Ęò�Ŭ ĭŨŬ �ĘģśŀŬ /ĘÞſÂʦ÷�¶�Ŭ ĺÂĈģŬ Ē÷śů÷¦÷śĒģŬ ¶ÂŬ ]�Ęů�Ŭ

Teresa de Ávila (1515-1582) ainda tentou o noviciado e terá pensado seguir a vida monástica, mas desistiu e dedicou-se à pintura na sua casa em Óbidos na Rua Direita, percorrida todos os anos por muitos milhares de pessoas, dado que a Vila de Óbidos é hoje o 5.º destino dos turistas em Portugal. Sabe-se que a pintora tinha, além do pai, outros pintores na família como o avô João Ortiz de Ayala e o tio Barnabé de Ayala discípulo do grande pintor Zurbarán (1598-1664) tendo este feito escola e ÷ĘÞſÂʦ÷�¶ģŬ�Ŭĺ÷Ęůģœ�Ŭ÷�Ãœ÷¦�Ŭ¶ģŬśÂſŬůÂĒĺģŀŬYÂĈÂĒ�œ�ĒģśŬ�śŬśſ�śŬdeslumbrantes telas de «Naturezas-mortas» no chamado «Século de Ouro» espanhol. Nas naturezas-mortas que conhecemos de :ģśÂØ�Ŭ¶ÂŬL�÷¶ģśŬÙ¦�ĒģśŬØ�ś¦÷Ę�¶ģśŬ¦ģĒŬ�śŬ¦ģœÂś²Ŭ�ŬĒ÷ĘƁ¦÷�Ŭ¶ģśŬpastéis e bolos apresentados, que ela, quem sabe não terá mesmo visto fazer e provado, quando esteve no convento em Coimbra. Outro tema que no Barroco nenhum artista podia não executar eram assuntos religiosos onde predominam evocações de Nossa Senhora e o Menino que pinta de forma muito pessoal, onde este Menino Deus tem o ar de criança feliz, olhos grandes e roupa colori-da e rendada. São especiais os quadros «Menino Jesus Salvador do Mundo» e «O Menino Jesus Romeiro». O seu talento foi apreciado também pela família real, tendo executado o retrato de D. Maria Francisca Isabel de Sabóia, casada em segundas núpcias com o

monarca D. Pedro II de Portugal. Pintou retábulos de altares por toda a Estremadura. As primeiras naturezas-mortas, cujos modelos partilhava com o pai, datam de 1676. Josefa viveu entre a Quinta da Capeleira pertença dos pais, com duas sobrinhas e criados e na referida Rua Direita em Óbidos. Aqui tinha o seu ateliê, geria os seus negócios ÂŬœÂ¦Â�÷�ŬÙäſœ�śŬ÷ĈſśůœÂśŬque vinham de Lisboa, Alcobaça e Caldas da Rainha para a conhecer e fazer encomendas de telas. De referir que Josefa de Óbidos fez da ĺ÷Ęůſœ�Ŭ śſ�Ŭ ĺœģÙśś�ģ²Ŭ ģŬ ŇſÂŬ Ę�Ŭ Ãĺģ¦�Ŭ Âœ�Ŭ ��śů�ĘůÂŬ œ�œģŀŬ �Ŭ ĭŴŬ ¶ÂŬ:ſĘòģŬ¶ÂŬĭŨÊàŬ¶÷ůģſŬģŬśÂſŬůÂśů�ĒÂĘůģŬģʶÂŬÙ¦�ĒģśŬ�Ŭś��ÂœŬŇſÂŬbens possuía - cinco casas em Óbidos e dezenas de cabeças de gado que legou à mãe e sobrinhas. Josefa nem sempre foi apreciada pelos críticos portugueses que agora, em 2O15, são unânimes em garantir que Josefa de Óbidos foi Øœ�ʦ�ĒÂĘůÂŬů�ĈÂĘůģś�ŬÂŬ�śŬśſ�śŬģ�œ�śŬœÂÞ¦ůÂĒŬģŬäģśůģŬÂŬ�ŬœÂĈ÷ä÷ģ-sidade do barroco português, onde ela é o mais reputado expoente da época que se seguiu à Restauração de 164O. Dedicou a sua vida à arte, e as suas telas são vibrantes de cor. Faleceu em Julho de 1684. A igreja de Santa Maria de Óbidos tem várias obras suas das quais destacamos as cinco telas da Vida de Santa Catarina. Há também muitas telas em colecções particulares. Está sepultada da igreja de São Pedro em Óbidos.

A GRANDE PINTORA DO BARROCO PORTUGUÊS (163O-1684) Por Luísa Paiva Boléo

JOSEFA DE ÓBIDOS

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A propósito da grande exposição sobre Josefa de Óbidos patente no Museu Nacional de Arte Antiga e que termina a 2O de Setembro, relembramos aqui a vida e obra da mais conceituada pintora portu-guesa da época barroca. Josefa de Ayala y Cabrera, teve como progenitores um pai português e mãe sevilhana, porém, foi a locali-¶�¶ÂŬģʶÂŬƎ÷ƎÂſŬÂŬÂƔÂœ¦ÂſŬ�ŬĺœģÙśś�ģŬ¶ÂŬĺ÷Ęůģœ�ŬÂŬäœ�Ǝ�¶ģœ�ŬŇſÂŬlhe deu o nome para a posteridade - Josefa de Óbidos. Para esta grande mostra vieram telas do Escorial, do Museu do Prado e de diversas colecções particulares e foi também notícia a compra por um galerista francês, luso-descendente, de nome Filipe Mendes que adquiriu num recente leilão da Sothebys, em Nova Iorque a tela «Maria Madalena Confortada pelos Anjos», por cerca de 29O.OOO euros para oferecer ao Museu do Louvre (esteve patente na exposição de Lisboa), onde não existia qualquer tela da artista portuguesa. Um bonito gesto em prol da cultura portuguesa. :ģśÂØ�ŬĘ�ś¦ÂſŬÂĒŬ]ÂƎ÷Ĉò�ŬÂĒŬĭŨŴJŬÙĈò�Ŭ¶ģŬĺ÷ĘůģœŬ �Ĉů�ƛ�œŬ'ģĒÂśŬ&÷äſÂ÷œ�ŬÂŬ¶ÂŬ��ů�œ÷Ę�Ŭ¶ÂŬ�ƕ�Ĉ�ŬƕŬ���œÂœ�ŀŬ]ÂſŬĺ�÷ŬÙƔģſŬœÂś÷¶Æʦ÷�Ŭem Óbidos para onde veio com a família, em 1636. Muito cedo Josefa começou a pintar orientada pelo progenitor e está registada a sua passagem por Coimbra em 1646, quando executou uma gravura de Santa Catarina que se presume ser o seu mais antigo ůœ���ĈòģŀŬ c÷Ęò�Ŭ ĭŨŬ �ĘģśŀŬ /ĘÞſÂʦ÷�¶�Ŭ ĺÂĈģŬ Ē÷śů÷¦÷śĒģŬ ¶ÂŬ ]�Ęů�Ŭ

Teresa de Ávila (1515-1582) ainda tentou o noviciado e terá pensado seguir a vida monástica, mas desistiu e dedicou-se à pintura na sua casa em Óbidos na Rua Direita, percorrida todos os anos por muitos milhares de pessoas, dado que a Vila de Óbidos é hoje o 5.º destino dos turistas em Portugal. Sabe-se que a pintora tinha, além do pai, outros pintores na família como o avô João Ortiz de Ayala e o tio Barnabé de Ayala discípulo do grande pintor Zurbarán (1598-1664) tendo este feito escola e ÷ĘÞſÂʦ÷�¶ģŬ�Ŭĺ÷Ęůģœ�Ŭ÷�Ãœ÷¦�Ŭ¶ģŬśÂſŬůÂĒĺģŀŬYÂĈÂĒ�œ�ĒģśŬ�śŬśſ�śŬdeslumbrantes telas de «Naturezas-mortas» no chamado «Século de Ouro» espanhol. Nas naturezas-mortas que conhecemos de :ģśÂØ�Ŭ¶ÂŬL�÷¶ģśŬÙ¦�ĒģśŬØ�ś¦÷Ę�¶ģśŬ¦ģĒŬ�śŬ¦ģœÂś²Ŭ�ŬĒ÷ĘƁ¦÷�Ŭ¶ģśŬpastéis e bolos apresentados, que ela, quem sabe não terá mesmo visto fazer e provado, quando esteve no convento em Coimbra. Outro tema que no Barroco nenhum artista podia não executar eram assuntos religiosos onde predominam evocações de Nossa Senhora e o Menino que pinta de forma muito pessoal, onde este Menino Deus tem o ar de criança feliz, olhos grandes e roupa colori-da e rendada. São especiais os quadros «Menino Jesus Salvador do Mundo» e «O Menino Jesus Romeiro». O seu talento foi apreciado também pela família real, tendo executado o retrato de D. Maria Francisca Isabel de Sabóia, casada em segundas núpcias com o

monarca D. Pedro II de Portugal. Pintou retábulos de altares por toda a Estremadura. As primeiras naturezas-mortas, cujos modelos partilhava com o pai, datam de 1676. Josefa viveu entre a Quinta da Capeleira pertença dos pais, com duas sobrinhas e criados e na referida Rua Direita em Óbidos. Aqui tinha o seu ateliê, geria os seus negócios ÂŬœÂ¦Â�÷�ŬÙäſœ�śŬ÷ĈſśůœÂśŬque vinham de Lisboa, Alcobaça e Caldas da Rainha para a conhecer e fazer encomendas de telas. De referir que Josefa de Óbidos fez da ĺ÷Ęůſœ�Ŭ śſ�Ŭ ĺœģÙśś�ģ²Ŭ ģŬ ŇſÂŬ Ę�Ŭ Ãĺģ¦�Ŭ Âœ�Ŭ ��śů�ĘůÂŬ œ�œģŀŬ �Ŭ ĭŴŬ ¶ÂŬ:ſĘòģŬ¶ÂŬĭŨÊàŬ¶÷ůģſŬģŬśÂſŬůÂśů�ĒÂĘůģŬģʶÂŬÙ¦�ĒģśŬ�Ŭś��ÂœŬŇſÂŬbens possuía - cinco casas em Óbidos e dezenas de cabeças de gado que legou à mãe e sobrinhas. Josefa nem sempre foi apreciada pelos críticos portugueses que agora, em 2O15, são unânimes em garantir que Josefa de Óbidos foi Øœ�ʦ�ĒÂĘůÂŬů�ĈÂĘůģś�ŬÂŬ�śŬśſ�śŬģ�œ�śŬœÂÞ¦ůÂĒŬģŬäģśůģŬÂŬ�ŬœÂĈ÷ä÷ģ-sidade do barroco português, onde ela é o mais reputado expoente da época que se seguiu à Restauração de 164O. Dedicou a sua vida à arte, e as suas telas são vibrantes de cor. Faleceu em Julho de 1684. A igreja de Santa Maria de Óbidos tem várias obras suas das quais destacamos as cinco telas da Vida de Santa Catarina. Há também muitas telas em colecções particulares. Está sepultada da igreja de São Pedro em Óbidos.

“A ilustre artista viveu quase sempre na quinta da Capeleira, mas havia alcançado tanta reputação que muitas das pessoas que iam tomar banhos às Caldas da Rainha, se afastavam do seu caminho, para irem a Óbidos cumprimentá-la”

(in Dicionário Histórico)

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CARTAS

de quem diz o que pensa

Exmos. senhores,

Venho desta forma mostrar a meu desagrado por só agora ter

recebido a vossa revista referente ao mês de Abril, Maio e Junho,

uma vez que tive conhecimento ao lê-la da colónia de férias na

Praia Azul para crianças dos 7 aos 14 anos, a iniciar em 27 de Julho-

próxima 2.ª feira – quando as inscrições fecharam a 9 de Julho. Se

a divulgação foi igual para todos os associados, como conseguiram

as inscrições?

Sem outro assunto, com os melhores cumprimentos.

Fátima Freitas

Recebi hoje, dia 2O de Julho, a revista do Cofre referente a Abril,

Maio e Junho passados. Apesar de, por exemplo, não poder partici-

par nas iniciativas que são divulgadas na dita revista (devido à

¶÷śů�ʦ÷�ĽŬÂŬ¶ÂŬĘ�ģŬůÂœŬÙĈòģśŬ¦ģĒŬ÷¶�¶ÂŬĺ�œ�Ŭĺ�œů÷¦÷ĺ�œŬĘ�Ŭ�ģĈĤĘ÷�Ŭde Férias, manifesto o meu desagrado por somente hoje ter recebi-

do a mencionada publicação que, em boa parte e como diz o povo

"são sopas depois de almoço".

Com os melhores cumprimentos

João Carlos Madeira Costa, sócio n.º 81239

NOTA PRÉVIA

Em mais de 4 anos e 18 revistas de que tenho sido responsável

foram raras as vezes em que a revista sofreu atrasos, e nunca por

qualquer falta de empenho da minha parte, no entanto, neste ano

de 2O15 com uma nova equipa e acertos nos formatos, houve na

realidade grandes atrasos e associados nossos não puderam estar

ĺœÂśÂĘůÂśŬ Ę�Ŭ śÂśś�ģŬ ¶ÂŬ �ſůĤäœ�ØģśŬ ģſŬ �ÂĘÂÙ¦÷�œŬ ¶�śŬ �¦ů÷Ǝ÷¶�¶ÂśŬpara crianças. De notar que a distribuição dos CTT nomeadamente

na cidade de Lisboa pode ter três dias de diferença entre zonas

postais. Pelo facto pedimos desculpa prometendo tudo fazer para

ŇſÂŬů�ĈŬśÂŬĘ�ģŬƎģĈůÂŬ�ŬƎÂœ÷Ù¦�œŀŬObrigada pela vossa compreensão.

Resposta da Directora:

Exmo. Senhor

Agradeço em meu nome pessoal o seu e-mail que é uma crítica à

revista. Como directora compete-me melhorá-la pois é de todos os

śĤ¦÷ģśŬÂŬśĤ¦÷�śŀŬ�ĒŬàJŬĺ�ä÷Ę�śŬÙ¦ģŬĺÂœĺĈÂƔ�Ŭ¦ģĒģŬ�ĺÂĘ�śŬƎÆŬģſŬĈÆŬos lados negativos, mas respeito a sua opinião.

�ģĒģŬśĤ¦÷ģŬ¶ģŬ�ģØœÂŬĺģ¶ÂŬĘ�ģŬ�ÂĘÂÙ¦÷�œŬ¶�śŬ÷Ę÷¦÷�ů÷Ǝ�śŬĺ�œ�Ŭ¦œ÷�Ę-

ças mas pode sempre usufruir dos dois locais de lazer na Quinta de

Santa Iria e no Vau, com piscinas e o Vau perto do mar. Não sei a sua

idade portanto não sei se poderá estar interessado em estudar e

Ù¦�œŬòģśĺ¶�¶ģŬĘ�śŬĘģśś�śŬœÂś÷¶Æʦ÷�śŬſĘ÷ƎÂœś÷ů�œ÷�śŬ¶ÂŬ>÷ś�ģ�ŬÂŬPorto, numa reportagem que apresentamos nesta revista. Dado os

outros conteúdos lhe não interessarem é algo que só dizendo-nos

o que considera mais oportuno e interessante para assim melho-

rarmos a revista.

Quanto ao ditado popular concordo consigo apenas no evento da

sessão de autógrafos dos livros de Ruy de Carvalho e Paulo Mira

Coelho, mas o novo formato da revista sofreu alguns atrasos técni-

cos, pelo facto as nossas desculpas.

Aguardando as suas críticas, apresento os melhores cumprimen-

tos.

Resposta do sócio:

Exma. Sr.ª Luísa Boléo

Agradeço a sua mensagem, a qual me deixou com a sensação de

que não leu o meu “e-mail” com a devida atenção pois, no mesmo,

não teci qualquer crítica à revista ou ao seu conteúdo.

Como tal, li a publicação na totalidade e não encontrei, como é

habitual, nenhum "lado negativo", como a senhora referiu. Julgo

ŇſÂŬĒÂŬÂƔĺœÂśśÂ÷Ŭ¦ģĒŬ¦Ĉ�œÂƛ�Ŭ²ŬśÂŬģŬĘ�ģŬÙƛ²ŬœÂ�ÙœĒģŬŇſÂŬģŬĒÂſŬreparo tem apenas a ver com a extemporaneidade de alguns

conteúdos, devido à data em que recebi a revista. Não mencionei,

em momento algum, conteúdos que não me interessam, como

também œÂØÂœ÷ſŀŬ �śĺÂœ�ʶģŬ ůÂœŬ ¦Ĉ�œ÷Ù¦�¶ģŬ �Ŭ ś÷ůſ�«�ģŬ ÂŬ Ø�ƛÂʶģŬvotos para que a revista continue no bom caminho, apresento os

melhores cumprimentos.

João Carlos Madeira Costa, sócio n.º 81239

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Prezados Senhores

Muito interessante e elucidativo o artigo do Dr. António Pinto de Almeida. Pergunta a minha curiosidade: Que relação há com a equação matemática (algo complexa) na capa da revista? Melhores cumprimentos, Francisco Maurício, sócio 4O648

YÂśĺģśů�Ŭ¶�Ŭ�œŀĵŬ�ʶœÂ÷�Ŭ'÷Ĉ²ŬœÂśĺģĘś�ƎÂĈŬĺÂĈģŬäœ�ÙśĒģŬ¶�ŬœÂƎ÷śů�±

�ŬÂŇſ�«�ģŬĒ�ůÂĒ�ů÷¦�Ŭ÷ĘśÂœ÷¶�ŬĘģŬäœ�ÙśĒģŬ¶�Ŭ¦�ĺ�Ŭ¶�ŬœÂƎ÷śů�ŬĘĶŀŬŻŬCoração, parece bastante complexa mas no fundo é bastante ś÷ĒĺĈÂśŀŬ �śů�Ŭ ÂŇſ�«�ģŬ ůœ�¶ſƛöśÂŬ äœ�Ù¦�ĒÂĘů²Ŭ ļģſŬ äÂģĒÃůœ÷¦�-mente) numa curva cardioide (que reproduz a morfologia de um coração) e é por isso chamada de “heart curve” (ou para os mate-máticos mais românticos, a equação do amor).Sugiro que pesquise na internet mais informações, inserindo a equação na sua busca. Muito obrigada pela sua questão pertinente, mostra que está atento e curioso, e isso faz-me sentir que o objectivo foi cumprido.

Andreia Gil

Exmo. Sr. Presidente do Cofre de Previdência.

Frequentei o Centro de Lazer da Quinta de Santa Iria, e queria deixar o meu agradecimento, pelas boas condições, quer de genti-leza quer pelo serviço praticado pelos funcionários da Quinta. Agradeço ao Sr. Presidente pelas condições que temos durante o lazer na Quinta e por ter colocado tão boa equipa de funcionários naquele centro; são eles: o “chef” Francisco tão amável e dedicado aos sócios. Com ele podemos saborear tão belo ensopado de veado que foi divino; a D. Telma pela sua cordialidade e simpatia e pela boa cozinha; o sr. Rui Mendes, que tão amável é. Está sempre com um śģœœ÷śģŬŇſ�ʶģŬØ�Ĉ�Ŭ¦ģĒŬģŬśĤ¦÷ģŀŬ�Ŭś÷Ēĺ�ů÷¦ģ²ŬĒſ÷ůģŬÂÙ¦�ƛ²ŬŇſ�ʶģŬlhe pedimos um café e diz-nos quando já chegou o jornal de "hoje", quando nos indica qualquer trajecto que queiramos fazer nos arredores, sempre cauteloso a informar sobre os programas da Quinta, é um mestre de bem receber. A D. Beatriz que muito atenciosa, sempre que lhe pedia alguma coisa era rápida e pronta. Aos monitores Ricardo e Osvaldo que foram incansáveis com as crianças. Nos seus programas com as crianças foram sempre cuidadosos, simpáticos e qualquer pai ou Ē�ÂŬÙ¦�Ǝ�ĒŬ¶Âś¦�Ęś�¶ģśŬŇſ�ʶģŬÂĈÂśŬ�¦ģĒĺ�Ęò�Ǝ�ĒŬ�śŬ¦œ÷�Ę-ças. São muito dedicados, educados e competentes. A todos um bem-hajam. Agradeço ainda o fabuloso programa de astronomia apresentado pelo Professor Máximo Ferreira. Muito simpático e muito sabedor, até como explicava às crianças tão densa e complicada matéria. Sr. Presidente, mais uma vez para-�ÃĘśŬĺģœŬů�ģŬĺÂŇſÂĘ�ŬÂŇſ÷ĺ�²ŬŇſÂŬů�ģŬÂÙ¦�ƛŬÂŬƛÂĈ�¶ģœ�ŬŬòŬÂŬŇſÂŬś�ģŬincansáveis a proporcionar aos sócios tão bem-estar. Com os melhores cumprimentos. Maria de Fátima Teixeira Barroca Rei, Sócia n.º 72571.

Exma. Senhora Directora da Revista Cofre Assunto: Agradecimento por serviços prestados no Lar de Vila Fernando De 1 de Março de 2O1O a 9 de Março de 2O15 o Lar de Vila Fernando foi a última morada de Francisca da Piedade Varanda. Entendem os Ø�Ē÷Ĉ÷�œÂś²Ŭ ÙĈòģś²Ŭ äÂĘœģśŬ ÂŬ ĘÂůģś²Ŭ ÂƔĺœÂśś�œŬ �Ŭ śſ�Ŭ äœ�ů÷¶�ģŬ ĺÂĈ�Ŭqualidade de vida que lhe foi proporcionada até à data do seu falecimento. Com efeito, não podemos deixar de referir e destacar o empenho e ĺœģÙśś÷ģĘ�Ĉ÷śĒģŬ śÂĒĺœÂŬ ¶ÂĒģĘśůœ�¶ģŬ ĺģœŬ ůģ¶ģśŬ Ňſ�ʶģŬ �Ĉ÷ŬÂƔÂœ¦ÂĒŬ�Ŭśſ�Ŭ�¦ů÷Ǝ÷¶�¶ÂŬĺœģÙśś÷ģĘ�ĈŬ¶Âś¶ÂŬ�Ŭ�÷œÂ¦ůģœ�Ŭ�œŀĵŬD�œ÷�Ŭdo Mar passando pelo pessoal de saúde Doutor Sameiro e Enfer-meiro Demétrio, até aos executores das múltiplas tarefas desem-penhadas no Lar. Assim, muito se agradecerá que seja publicitado o nosso agradeci-mento na Revista do Cofre que Vª Exª dirige. A todos o nosso Bem Hajam pelo carinho, ternura e humanismo com que trataram aquele nosso ente querido. Antecipadamente gratos, apresenta-mos os nossos melhores cumprimentos. Isolinda Varandas Espada, sócia nº 1OO589

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“Rua da Emenda” de António Zambujo lançado em Março de 2O14 com quinze temas é já Disco de Ouro a caminho da Platina. Sendo “Pica do 7”sem dúvida a composição de maior sucesso do album.

Arte de escutar ou arte de cantar?

Tudo se aprende escutando.

Cantor ou fadista?

Músico. Músico do mundo ou de Portugal?

Portugal.

Caetano ou Chico?

Todos. Globo de Ouro ou Comenda da Ordem D. Henrique?

Tanto faz. Reconhecimento.

Lambreta ou Eléctrico?

Lambreta. O eléctrico está muito caro. Cantiga ou Cante?

Cantiga.

ENTREVISTA

Clarinete ou guitarra?

Guitarra. Clarinete é mais complicado. Pedro da Silva Martins ou Maria do Rosário Pedreira?

Dependência.

Aldina Duarte ou Carminho?

As duas. Salsa ou coentros?

Hortelã da ribeira. O último disco ou o próximo disco?

O próximo. FNAC’s ou Coliseu?

Coliseu. Beja ou Rua da Emenda?

Rua da Emenda.

*A Revista agradece a Andreia Gil o contacto pessoal que fez com o autor António Zambujo e que porporcionou esta entrevista.

Para tornar a entrevista leve como o Verão, propusemos a António Zambujo algumas perguntas com dicotomias, onde pedimos que escolhesse uma das opções apresentadas. Mais do que uma entrevista, este foi um exercício.

ANTÓNIO ZAMBUJO

Capa do disco

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MAGUSTO COM VISITA À CIDADE RODRIGO13 a 15 de Novembro de 2015

85€* *por pessoa (não inclui alojamento)

SEXTA-FEIRA 13.11.2015

16h00 - Entrada e entrega de documentação20h00 - Jantar de boas-vindas22h00 - Sessão de planetário e/ou observação (consoante condições climatéricas)23h30 - Chocolate quente e mimos caseiros

SÁBADO 14.11.2015

07h30 - Pequeno-almoço08h30 - Partida para a Cidade Rodrigo10h30 - Chegada à Cidade Rodrigo e visita guiada13h00 - Almoço em restaurante típico15h00 às 17h30 - Tarde livre para atividades de carácter particular17h30 - Partida para a nossa Quinta20h00 – Jantar de Magusto21h30 - Baile com música ao vivo

DOMINGO 15.11.2015

10h00 às 13h00 - Pequeno-almoço volanteSaída tardia e entrega de recordações

PROGRAMA

*O valor do programa inclui:Viagem e visita guiada à Cidade Rodrigo | Jantar de sexta-feira, pequeno-almoço, almoço e jantar de sábado, pequeno-almoço volante de domingo | Bebidas das refeições (aperitivos e digestivos não incluídos)

Valor de estadia apenas para o Programa:

Single: 14,00€/noiteDuplo: 20,00€/noite

Apartamento T1: 30,00€/noiteApartamento T2: 39,00€/noiteCama extra: 5,00€/noiteCrianças:Até aos 3 anos inclusive - GratuitoDos 4 aos 10 anos inclusive – 22.00€Dos 11 aos 14 anos inclusive – 43.00€

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QUEM É QUEM %%����

Sempre me vi rodeada por jovens e sempre soube que esse seria o meu caminho: eu nas suas vidas e eles na minha! E assim foi: desde muito cedo que trabalho com crianças e essa foi a base de ter seguido para o curso de Professores do 1.º Ciclo. A primeira vez que entrei numa sala de aula tendo como audiência aquelas maravilho-sas criaturas percebi que este espaço era, sem dúvida, a melhor casa para ser feliz. Sem nenhuma mágoa digo que não lecciono há mais de três anos, outras aventuras abracei e são óptimas recorda-ções. A vida é para ser levada ao colo sempre com um sorriso nos lábios, e assim de nada vale chorar por aquilo que não se tem. Muito pelo contrário: agradecer o que se tem e acima de tudo querer e agarrar o que temos. Não há tempo a perder em lamentações e por isso sei que a Educação estará de volta ao meu presente, um dia destes. Até entrar para o Cofre, e em paralelo com outros projectos, mantive-me nesta área como explicadora dos 1.º e 2.º Ciclos.A Residência Universitária passou a ser a minha segunda casa, ¶Âś¶ÂŬEģƎÂĒ�œģŬ¶ÂŬŻJĭàŀŬYÂÙœģöĒÂŬ�ŬÂĈ�Ŭ¦ģĒģŬ�ŬĒ÷Ęò�Ŭģſůœ�Ŭ¦�ś�Ŭonde estão os meus meninos. É verdade, é assim que vejo os residentes: carinhosamente os meus meninos. São estes e tantos outros estudantes que são o nosso amanhã e temos a obrigação de os saber ajudar e encaminhar da melhor forma no trilho que esco-lherem. É importante que se sintam em casa e que o ambiente seja

familiar para poderem o mais naturalmente possível serem jovens estudantes nesta bela cidade.Xſ�ʶģŬ�ĈäſĒŬƎ�÷ŬØ�ƛÂœŬſĒŬÂƔ�ĒÂŬÙ¦ģŬ�Ęś÷ģś�Ŭ¦ģĒŬ�Ŭ¦ÂœůÂƛ�ŬŇſÂŬcorrerá bem; vejo o seu esforço e a sua dedicação e por isso não ĺœÂ¦÷ś�ĒŬ¶ÂŬśģœů²Ŭ�ĺÂĘ�śŬ¶ÂŬ¦�ĈĒ�ŬÂŬ¦ģĘÙ�Ę«�ŀŬW�œů÷ĈòģŬ¶�śŬśſ�śŬalegrias quando conquistam o que desejam. Fico zangada quando tentam quebrar as regras, mas no fundo faz parte de ser jovem tentar ir mais além. Quem de vós nunca tentou quebrar a mais simples regra? Somos pessoas, queremos sempre mais e perceber o porquê das coisas.Portanto, o meu local de trabalho é muito mais do que isso: é uma casa cheia de meninas e meninos de bom coração! A RUL permite-me criar pequenos projectos para esta casa e para os seus moradores. Assim espero que o próximo ano lectivo seja cheio de actividades.O próximo ano lectivo aproxima-se e, assim, deixo aos meus meni-nos e a todos os estudantes a seguinte mensagem: o esforço, a dedicação e a alegria são ingredientes de sucesso para quem assim o deseja! E tal com um dia escreveu o nosso querido Fernando Pessoa: «Tenho em mim todos os sonhos do mundo.»A RUL tem sempre a porta aberta para quem nos queira visitar e, desta forma, sintam-se desde já convidados a conhecer-nos.

RESIDÊNCIA UNIVERSITÁRIA DE LISBOA

ANA RUFINO

NOTA BIOGRÁFICA

Há 32 anos nasci na bela vila de Cascais. Vivo, deste então, na Parede e sinto-me uma privilegiada por viver perto do mar e da serra. Em 2OO4 entrei na Escola Superior de Educação de Lisboa, onde frequentei o Curso Professores do Ensino Básico, 1.º ciclo. Desde 2OO8 e como professora leccionei tanto no público como no privado e em paralelo como explicadora dos 1.º e 2.º ciclos. A partir ¶ÂŬ :ſĈòģŬ ¶ÂŬ ŻJĭĭŬ �ůÃŬ ]ÂůÂĒ�œģŬ ¶ÂŬ ŻJĭàŬ ÙƛŬ ĺ�œůÂŬ ¶�Ŭ ÂŇſ÷ĺ�Ŭ ¶�Ŭ«DisneyStore» como Senior Cast, uma experiência que guardo com carinho. O voluntariado tem vindo passo a passo desde 2OO8.Como passatempos sou completamente louca – e desculpem-me o termo – por artigos de papelaria, tenho uma colecção enorme e ĺ�œÂ¦ÂŬŇſÂŬĘſʦ�ŬÃŬśſÙ¦÷ÂĘůÂŀŬWģœŬ÷śśģ²ŬÂśůÂŬÃŬſĒŬ¶ģśŬĒÂſśŬĺ�śś�-tempos: coleccionar “clips”, cadernos, canetas, blocos de notas adesivas. Adoro agendas e a minha é super organizada com código de cor e símbolos. Sou a menina das listas, uma vez que crio uma lista para tudo e o melhor é poder riscar o concretizado. Gosto de pintar, caminhar, ler (sou fã de Fernando Pessoa) e estar com as minhas pessoas. Gosto de cozinhar e alterar as receitas e adoro comer, uma boa mesa cheia de amigos, comida e risos. Sou solteira śÂĒŬÙĈòģś²ŬĒ�śŬ¦ģĒģŬ¦ģśůſĒģŬ¶÷ƛÂœ±ŬōůÂĘòģŬģśŬÙĈòģśŬ¶ģśŬģſůœģś²Ŭque são um bocadinho meus também”.

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Sempre me vi rodeada por jovens e sempre soube que esse seria o meu caminho: eu nas suas vidas e eles na minha! E assim foi: desde muito cedo que trabalho com crianças e essa foi a base de ter seguido para o curso de Professores do 1.º Ciclo. A primeira vez que entrei numa sala de aula tendo como audiência aquelas maravilho-sas criaturas percebi que este espaço era, sem dúvida, a melhor casa para ser feliz. Sem nenhuma mágoa digo que não lecciono há mais de três anos, outras aventuras abracei e são óptimas recorda-ções. A vida é para ser levada ao colo sempre com um sorriso nos lábios, e assim de nada vale chorar por aquilo que não se tem. Muito pelo contrário: agradecer o que se tem e acima de tudo querer e agarrar o que temos. Não há tempo a perder em lamentações e por isso sei que a Educação estará de volta ao meu presente, um dia destes. Até entrar para o Cofre, e em paralelo com outros projectos, mantive-me nesta área como explicadora dos 1.º e 2.º Ciclos.A Residência Universitária passou a ser a minha segunda casa, ¶Âś¶ÂŬEģƎÂĒ�œģŬ¶ÂŬŻJĭàŀŬYÂÙœģöĒÂŬ�ŬÂĈ�Ŭ¦ģĒģŬ�ŬĒ÷Ęò�Ŭģſůœ�Ŭ¦�ś�Ŭonde estão os meus meninos. É verdade, é assim que vejo os residentes: carinhosamente os meus meninos. São estes e tantos outros estudantes que são o nosso amanhã e temos a obrigação de os saber ajudar e encaminhar da melhor forma no trilho que esco-lherem. É importante que se sintam em casa e que o ambiente seja

familiar para poderem o mais naturalmente possível serem jovens estudantes nesta bela cidade.Xſ�ʶģŬ�ĈäſĒŬƎ�÷ŬØ�ƛÂœŬſĒŬÂƔ�ĒÂŬÙ¦ģŬ�Ęś÷ģś�Ŭ¦ģĒŬ�Ŭ¦ÂœůÂƛ�ŬŇſÂŬcorrerá bem; vejo o seu esforço e a sua dedicação e por isso não ĺœÂ¦÷ś�ĒŬ¶ÂŬśģœů²Ŭ�ĺÂĘ�śŬ¶ÂŬ¦�ĈĒ�ŬÂŬ¦ģĘÙ�Ę«�ŀŬW�œů÷ĈòģŬ¶�śŬśſ�śŬalegrias quando conquistam o que desejam. Fico zangada quando tentam quebrar as regras, mas no fundo faz parte de ser jovem tentar ir mais além. Quem de vós nunca tentou quebrar a mais simples regra? Somos pessoas, queremos sempre mais e perceber o porquê das coisas.Portanto, o meu local de trabalho é muito mais do que isso: é uma casa cheia de meninas e meninos de bom coração! A RUL permite-me criar pequenos projectos para esta casa e para os seus moradores. Assim espero que o próximo ano lectivo seja cheio de actividades.O próximo ano lectivo aproxima-se e, assim, deixo aos meus meni-nos e a todos os estudantes a seguinte mensagem: o esforço, a dedicação e a alegria são ingredientes de sucesso para quem assim o deseja! E tal com um dia escreveu o nosso querido Fernando Pessoa: «Tenho em mim todos os sonhos do mundo.»A RUL tem sempre a porta aberta para quem nos queira visitar e, desta forma, sintam-se desde já convidados a conhecer-nos.

NOTA BIOGRÁFICA

Há 32 anos nasci na bela vila de Cascais. Vivo, deste então, na Parede e sinto-me uma privilegiada por viver perto do mar e da serra. Em 2OO4 entrei na Escola Superior de Educação de Lisboa, onde frequentei o Curso Professores do Ensino Básico, 1.º ciclo. Desde 2OO8 e como professora leccionei tanto no público como no privado e em paralelo como explicadora dos 1.º e 2.º ciclos. A partir ¶ÂŬ :ſĈòģŬ ¶ÂŬ ŻJĭĭŬ �ůÃŬ ]ÂůÂĒ�œģŬ ¶ÂŬ ŻJĭàŬ ÙƛŬ ĺ�œůÂŬ ¶�Ŭ ÂŇſ÷ĺ�Ŭ ¶�Ŭ«DisneyStore» como Senior Cast, uma experiência que guardo com carinho. O voluntariado tem vindo passo a passo desde 2OO8.Como passatempos sou completamente louca – e desculpem-me o termo – por artigos de papelaria, tenho uma colecção enorme e ĺ�œÂ¦ÂŬŇſÂŬĘſʦ�ŬÃŬśſÙ¦÷ÂĘůÂŀŬWģœŬ÷śśģ²ŬÂśůÂŬÃŬſĒŬ¶ģśŬĒÂſśŬĺ�śś�-tempos: coleccionar “clips”, cadernos, canetas, blocos de notas adesivas. Adoro agendas e a minha é super organizada com código de cor e símbolos. Sou a menina das listas, uma vez que crio uma lista para tudo e o melhor é poder riscar o concretizado. Gosto de pintar, caminhar, ler (sou fã de Fernando Pessoa) e estar com as minhas pessoas. Gosto de cozinhar e alterar as receitas e adoro comer, uma boa mesa cheia de amigos, comida e risos. Sou solteira śÂĒŬÙĈòģś²ŬĒ�śŬ¦ģĒģŬ¦ģśůſĒģŬ¶÷ƛÂœ±ŬōůÂĘòģŬģśŬÙĈòģśŬ¶ģśŬģſůœģś²Ŭque são um bocadinho meus também”.

A Residência Universitária passou a ser a minha segunda casa, ¶Âś¶ÂŬEģƎÂĒ�œģŬ¶ÂŬŻJĭàŀŬYÂÙœģöĒÂŬ�ŬÂĈ�Ŭ¦ģĒģŬ�ŬĒ÷Ęò�Ŭģſůœ�Ŭcasa onde estão os meus meninos. É verdade é assim que vejo os residentes: carinhosamente os meus meninos.

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Nasceu no Funchal, fale-nos um pouco da sua família, infância e juventude.

Nasci na freguesia da Sé (Funchal), em 19 de Dezembro de 1942. A minha infância decorreu dentro da normalidade para uma criança que nasce no seio de uma família modesta, naquele tempo, regra geral, quando concluíamos a instrução primária esperava-nos o trabalho e eu não fugi à regra. Aos doze anos comecei como ajudante de carpinteiro. conheci Ǝ�œ÷�śŬĺœģÙśśĹÂś²Ŭů�Ē�ÃĒŬØſ÷ŬĒÂœ¦ÂÂ÷œģŬĒ�śŬØģ÷Ŭ¦ģĒģŬĒÂů�ĈƁœä÷¦ģŬŇſÂŬĒÂŬÂƎ÷¶Âʦ÷Â÷²ŬĺœģÙśś�ģŬŇſÂŬ÷ĘůÂœœģĒĺ÷Ŭ�ģśŬŻJŬ�ĘģśŀŬc÷ƎÂŬ�ůÃŬuma adolescência um bocado atribulada, nada que não fosse normal para a época. Por que escolheu entrar para a GNR? Sentiu-se realizado?

A ideia de ingressar na Guarda Fiscal surgiu-me após regressar do hĈůœ�Ē�œ²ŬÂŬśÂŬ�ÂĒŬģŬĺÂĘśÂ÷ŬĒÂĈòģœŬģŬÙƛţŬœÂäœÂśśÂ÷Ŭ�Ŭ>÷ś�ģ�Ŭ÷ĘäœÂś-śÂ÷ŬĘ�Ŭ¦ģœĺģœ�«�ģŬÂŬÙƔÂ÷ŬœÂś÷¶Æʦ÷�ŬĘģŬ �œœÂ÷œģŀŬWģœŬ�øŬØſ÷ŬÙ¦�ʶģŬ�ģŬlongo de 22 anos; só em 199O já como sargento - ajudante é que regresso à minha terra. Quando em 1993 a Guarda Fiscal foi extinta é que se deu a passagem para a GNR. Posteriormente passei à reforma com a consciência do dever cum-prido. Onde fez a tropa?

De Janeiro de 1963 a Abril de 1965 ao serviço da Força Aérea, após vários meses nos Açores e uma breve passagem por Lisboa, fui mobilizado para a Guiné integrado numa esquadra da Polícia Aérea. A nossa missão era defender a Base, seus meios aéreos e arredores ¶�ŬĒÂśĒ�ŀŬEÂĒŬśÂŇſÂœŬĺģśśģŬ¦ģĘś÷¶Âœ�œöĒÂŬ¶ģśŬĒ�÷śŬś�¦œ÷Ù¦�-dos, pois não andei entranhado no mato nem tive contacto directo com o inimigo, porém, o ambiente de guerra afecta-nos psicologi-camente.

Como é o seu agregado familiar? �÷ů�Ŭ�ŬĒ÷Ęò�ŬĒſĈòÂœŬůÂĒŬś÷¶ģŬ�ŇſÂĈ�ŬÙÂĈŬ¦ģĒĺ�ĘòÂ÷œ�ŬŇſÂŬ�ģŬĈģĘäģŬde 45 anos, quantos temos de casados, me tem acompanhado nos �ģĘśŬÂŬĒ�ſśŬĒģĒÂĘůģśŬ¶�ŬƎ÷¶�²ŬůÂĒģśŬſĒŬÙĈòģŬŇſÂŬ�ĺÂś�œŬ¶ÂŬůÂœŬnascido em Lisboa adoptou esta terra como sua. Tem 44 anos é ¦�ś�¶ģŬÂŬůÆĒŬſĒ�ŬÙĈò�ŬŇſÂŬÃŬģŬĘģśśģŬÂʦ�ĘůģŀŬWģœŬůſ¶ģŬ÷śůģ²ŬØ�ƛÂĘ-do um balanço à minha vida, considero-me um homem realizado. Na revista n.º 17 do Cofre divulgámos um dos seus trabalhos que faz como passatempo em pedra basáltica e metais. Como surgiu essa sua veia artística? Foi após reformar-me que comecei a pensar em criar qualquer coisa de diferente que se relacionasse com a Região, depois de Ēſ÷ůģŬĺÂĘś�œŬ¦ģĈģŇſÂ÷Ŭ�ŬĒ÷Ęò�Ŭ÷¶Â÷�ŬÂĒŬĺœ�ů÷¦�²ŬÂĒŬ�ģ�Ŭòģœ�ŬģŬÙƛŬ²Ŭo resultado está à vista, a veia artística funcionou, os elogios que recebo são a prova disso. São peças muito trabalhosas, demora em média quanto tempo com cada uma? As peças são para vender? Gravar os baixos-relevos na chapa de latão é de facto um trabalho moroso que requer muita atenção e paciência de reformado, ĺœ÷ʦ÷ĺ�ĈĒÂĘůÂŬÂƔ¦ſů�œŬ�śŬÙäſœ�śŬ¦ģĒŬœģśůģŀŬNunca dedico mais de duas a três horas três vezes por semana

ENTREVISTA

devido ao cansaço visual pois como sabe já tenho 72 anos, mas é um trabalho que faço com prazer. Nunca levo mais de uma semana com cada peça, isto é um passatempo nunca farei para vender. Há alguma peça de que goste particularmente? Aquela onde represento a nossa “princesa” a minha neta única, a Sara Isabel que gosta de “ballet”. Já pensou expor em Lisboa num dos espaços do Cofre? Acha possível apesar da distância? Na vida nada é impossível, porém, não vejo como levar a efeito uma exposição fora da ilha. 'ģśů�ŬĒÂśĒģŬ¶�Ŭśſ�ŬůÂœœ�Ŭĺ�œ�ŬůÂœŬœÂäœÂśś�¶ģŬ�ģŬÙĒŬ¶ÂŬĒ�÷śŬ¶ÂŬ2O anos? Gosto muito da minha terra, cujas paisagens são admiradas por ĺģœůſäſœœŬ ÂŬ Âśůœ�ĘäÂ÷œģś²Ŭ �ģŬ ĈģĘäģŬ¶ÂŬ ĭJŬ �ĘģśŬÙƛŬĺ�œůÂŬ¶ÂŬſĒŬgrupo denominado «Os Amigos da Natureza», percorríamos as inúmeras levadas e veredas das serras da ilha, o meu poema «Ao Encontro da Natureza» é dedicado aos companheiros do grupo e não é por acaso que numa boa parte dos meus poemas o mar e a serra estão presentes.

JOSÉ LUÍS FERREIRA DA SILVASócio n.º 49878

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Nasceu no Funchal, fale-nos um pouco da sua família, infância e juventude.

Nasci na freguesia da Sé (Funchal), em 19 de Dezembro de 1942. A minha infância decorreu dentro da normalidade para uma criança que nasce no seio de uma família modesta, naquele tempo, regra geral, quando concluíamos a instrução primária esperava-nos o trabalho e eu não fugi à regra. Aos doze anos comecei como ajudante de carpinteiro. conheci Ǝ�œ÷�śŬĺœģÙśśĹÂś²Ŭů�Ē�ÃĒŬØſ÷ŬĒÂœ¦ÂÂ÷œģŬĒ�śŬØģ÷Ŭ¦ģĒģŬĒÂů�ĈƁœä÷¦ģŬŇſÂŬĒÂŬÂƎ÷¶Âʦ÷Â÷²ŬĺœģÙśś�ģŬŇſÂŬ÷ĘůÂœœģĒĺ÷Ŭ�ģśŬŻJŬ�ĘģśŀŬc÷ƎÂŬ�ůÃŬuma adolescência um bocado atribulada, nada que não fosse normal para a época. Por que escolheu entrar para a GNR? Sentiu-se realizado?

A ideia de ingressar na Guarda Fiscal surgiu-me após regressar do hĈůœ�Ē�œ²ŬÂŬśÂŬ�ÂĒŬģŬĺÂĘśÂ÷ŬĒÂĈòģœŬģŬÙƛţŬœÂäœÂśśÂ÷Ŭ�Ŭ>÷ś�ģ�Ŭ÷ĘäœÂś-śÂ÷ŬĘ�Ŭ¦ģœĺģœ�«�ģŬÂŬÙƔÂ÷ŬœÂś÷¶Æʦ÷�ŬĘģŬ �œœÂ÷œģŀŬWģœŬ�øŬØſ÷ŬÙ¦�ʶģŬ�ģŬlongo de 22 anos; só em 199O já como sargento - ajudante é que regresso à minha terra. Quando em 1993 a Guarda Fiscal foi extinta é que se deu a passagem para a GNR. Posteriormente passei à reforma com a consciência do dever cum-prido. Onde fez a tropa?

De Janeiro de 1963 a Abril de 1965 ao serviço da Força Aérea, após vários meses nos Açores e uma breve passagem por Lisboa, fui mobilizado para a Guiné integrado numa esquadra da Polícia Aérea. A nossa missão era defender a Base, seus meios aéreos e arredores ¶�ŬĒÂśĒ�ŀŬEÂĒŬśÂŇſÂœŬĺģśśģŬ¦ģĘś÷¶Âœ�œöĒÂŬ¶ģśŬĒ�÷śŬś�¦œ÷Ù¦�-dos, pois não andei entranhado no mato nem tive contacto directo com o inimigo, porém, o ambiente de guerra afecta-nos psicologi-camente.

Como é o seu agregado familiar? �÷ů�Ŭ�ŬĒ÷Ęò�ŬĒſĈòÂœŬůÂĒŬś÷¶ģŬ�ŇſÂĈ�ŬÙÂĈŬ¦ģĒĺ�ĘòÂ÷œ�ŬŇſÂŬ�ģŬĈģĘäģŬde 45 anos, quantos temos de casados, me tem acompanhado nos �ģĘśŬÂŬĒ�ſśŬĒģĒÂĘůģśŬ¶�ŬƎ÷¶�²ŬůÂĒģśŬſĒŬÙĈòģŬŇſÂŬ�ĺÂś�œŬ¶ÂŬůÂœŬnascido em Lisboa adoptou esta terra como sua. Tem 44 anos é ¦�ś�¶ģŬÂŬůÆĒŬſĒ�ŬÙĈò�ŬŇſÂŬÃŬģŬĘģśśģŬÂʦ�ĘůģŀŬWģœŬůſ¶ģŬ÷śůģ²ŬØ�ƛÂĘ-do um balanço à minha vida, considero-me um homem realizado. Na revista n.º 17 do Cofre divulgámos um dos seus trabalhos que faz como passatempo em pedra basáltica e metais. Como surgiu essa sua veia artística? Foi após reformar-me que comecei a pensar em criar qualquer coisa de diferente que se relacionasse com a Região, depois de Ēſ÷ůģŬĺÂĘś�œŬ¦ģĈģŇſÂ÷Ŭ�ŬĒ÷Ęò�Ŭ÷¶Â÷�ŬÂĒŬĺœ�ů÷¦�²ŬÂĒŬ�ģ�Ŭòģœ�ŬģŬÙƛŬ²Ŭo resultado está à vista, a veia artística funcionou, os elogios que recebo são a prova disso. São peças muito trabalhosas, demora em média quanto tempo com cada uma? As peças são para vender? Gravar os baixos-relevos na chapa de latão é de facto um trabalho moroso que requer muita atenção e paciência de reformado, ĺœ÷ʦ÷ĺ�ĈĒÂĘůÂŬÂƔ¦ſů�œŬ�śŬÙäſœ�śŬ¦ģĒŬœģśůģŀŬNunca dedico mais de duas a três horas três vezes por semana

devido ao cansaço visual pois como sabe já tenho 72 anos, mas é um trabalho que faço com prazer. Nunca levo mais de uma semana com cada peça, isto é um passatempo nunca farei para vender. Há alguma peça de que goste particularmente? Aquela onde represento a nossa “princesa” a minha neta única, a Sara Isabel que gosta de “ballet”. Já pensou expor em Lisboa num dos espaços do Cofre? Acha possível apesar da distância? Na vida nada é impossível, porém, não vejo como levar a efeito uma exposição fora da ilha. 'ģśů�ŬĒÂśĒģŬ¶�Ŭśſ�ŬůÂœœ�Ŭĺ�œ�ŬůÂœŬœÂäœÂśś�¶ģŬ�ģŬÙĒŬ¶ÂŬĒ�÷śŬ¶ÂŬ2O anos? Gosto muito da minha terra, cujas paisagens são admiradas por ĺģœůſäſœœŬ ÂŬ Âśůœ�ĘäÂ÷œģś²Ŭ �ģŬ ĈģĘäģŬ¶ÂŬ ĭJŬ �ĘģśŬÙƛŬĺ�œůÂŬ¶ÂŬſĒŬgrupo denominado «Os Amigos da Natureza», percorríamos as inúmeras levadas e veredas das serras da ilha, o meu poema «Ao Encontro da Natureza» é dedicado aos companheiros do grupo e não é por acaso que numa boa parte dos meus poemas o mar e a serra estão presentes.

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Desde há muito que o Sudoeste Asiático me fascinava, a cultura, a ¦ģĒ÷¶�²Ŭ ģśŬ ¦ģśůſĒÂś²Ŭ �śŬ śſ�śŬ Ē�äĘøÙ¦�śŬ ĺ�÷ś�äÂĘśŀŬ �Âĺģ÷śŬ ¶ÂŬ�ĈäſĒ�Ŭ œÂÞÂƔ�ģŬ ¶Â¦÷¶÷öĒÂŬ îÂśůÂŬ Ǝ�÷Ŭ śÂœŬ ģŬ �ĘģÖïŬ c�÷Ĉ�ʶ÷�Ŭ śÂœ÷�Ŭinevitável mas estava indecisa qual seria o meu segundo país de ¶Âśů÷Ęģ²ŬÂĘůœÂŬ��Ē�ģă�Ŭ¦ģĒŬģśŬśÂſśŬĒ�äĘøÙ¦ģśŬůÂĒĺĈģśŬ�ſ¶÷śů�ś²ŬIndonésia com os seus vulcões e praias paradisiacas, Malásia e as śſ�śŬĒ÷ĈŬ÷Ĉò�ś²ŬģĺůÂ÷²ŬĺģœŬÙĒ²ŬĺÂĈģŬs÷ÂůĘ�ĒÂŀŬDe mochila às costas parti de Lisboa, no dia 6 de Março, para uma das viagens da minha vida. Depois de mais de vinte horas de viagem cheguei à grande Banguecoque cansada, feliz mas especialmente, ¦ſœ÷ģś�ŀŬ Wœ÷ʦ÷ĺ�ĈŬ ¦ÂĘůœģŬ ÙĘ�ʦÂ÷œģ²Ŭ ¦ſĈůſœ�ĈŬ ÂŬ ò÷śůĤœ÷¦ģŬ ¶ģŬ ĺ�øś²Ŭrecebe à volta de 16 milhões de turistas por ano. Uma cidade fervi-lhante e imponente, entre os imparáveis “tuc-tuc”, os mercados de rua, os cheiros da comida nas banquinhas de calçada, os templos budistas em cada esquina, a incomparável vida nocturna… a cidade revelou-se fascinante! Além de ter visitado os majestosos templos “Wat Po” (Palácio Real) e Buda Esmeralda, perdi-me pelo maior mercado ao ar livre do mundo “Chatuchak Market” onde tive a oportunidade de experimentar as (não tão) deliciosas iguarias: gafanhotos e larvas assadas e não podia de deixar de visitar a medi-ática noite de Banguecoque e a sua famosa «Khao San Road.»Terminado o passeio à capital, foi altura de visitar o sul do país e as

suas lindas ilhas tropicais. Após algumas peripécias, como me ter ÂĘä�Ę�¶ģŬĘģŬ�ÂœģĺģœůģŬÂŬĺÂœ¶÷¶ģŬſĒŬ�Ǝ÷�ģ²Ŭ¦òÂäſÂ÷ŬÙĘ�ĈĒÂĘůÂŬ�ģŬaeroporto de Pukhet. A caminho de Ao Nang (ponto ideal de partida para conhecer as ilhas) a paisagem revelou-se deslumbrante. Após àŬòģœ�śŬ¶ÂŬƎ÷�äÂĒŬ¦òÂäſÂ÷²ŬÙĘ�ĈĒÂĘů²Ŭ�ģŬĺ�œ�øśģÖŬEģŬĺœ÷ĒÂ÷œģŬ¶÷�²Ŭpasseio às 4 ilhas num “longtail boat” (barco de madeira tradicional), as ilhas foram: Monkey Beach, Poda Island, Chicken Island, Tup Island, a água azul cristalina, areia branca, foram ideias à prática do snorkling, onde o “Nemo” foi o actor principal. No segundo dia não podia deixar de visitar a famosa Phi Phi Island, cenário do famoso ÙĈĒÂŬ¶ģŬ>ÂģĘ�œ¶ģŬ�÷Ŭ��ĺœ÷ģŬî�ŬWœ�÷�ŀïŬ�ĈÃĒŬ¶�Ŭ÷Ĉò�Ŭĺœ÷ʦ÷ĺ�ĈŬÂŬ¶�Ŭsua Maya Bay, visitei Phi Phi Don e Phi Phi Ley, Viking Cave, a felici-¶�¶ÂŬ÷ĘſʶģſŬģŬĒÂſŬ¶÷�ŬÂŬģŬśģœœ÷śģŬØģ÷ŬģŬĒÂſŬÙÂĈŬ¦ģĒĺ�ĘòÂ÷œģŀŬOs últimos três dias da minha estadia foram passados num paraíso ÷śģĈ�¶ģŬ¦ò�Ē�¶ģŬ¶ÂŬY�÷Ĉ�ƕŬ Â�¦ò²ŬůÂʶģŬÙ¦�¶ģŬ�Ĉģă�¶�ŬĘſĒŬĺÂŇſÂ-no “bungalow”. Menos turístico que as Phi Phi Island consegui apro-veitar para relaxar, fazer passeios de caiaque, visitar cavernas, etc. À noite houve tempo para assistir a um combate de boxe-Muay thai- e presenciar um dos melhores espectáculos de pirotecnia, com as ÂśůœÂĈ�śŬÂŬ>ſ�Ŭ¦ģĒģŬ¦ģĒĺ�Ęò÷�ŀŬWģœŬÙĒŬ²Ŭ¦ģĒģŬĘ�ģŬĺģ¶÷�Ŭ¶Â÷Ɣ�œŬde ser, a tatuagem com a técnica ancestral de bambu que me fará nunca esquecer esta maravilhosa viagem.

Próxima paragem - Vietname:Depois de 3 horas de voo cheguei a Hanói, capital do país. Quando se viaja sozinho deparamo-nos com situações mais complicadas que ÂƔ÷äÂĒŬ�ĈäſĒŬăģäģŬ¶ÂŬ¦÷Ęůſœ�ŀŬ�ģĘØÂśśģŬŇſÂŬÙŇſÂ÷Ŭ��śů�ĘůÂŬ�ĺœÂ-ensiva nas primeiras horas, surgiram diversos problemas que me ÙƛÂœ�ĒŬ ŇſÂśů÷ģĘ�œŬ �Ŭ Âś¦ģĈò�Ŭ ¶ģŬĒÂſŬ ¶Âśů÷Ęģ±Ŭ ĺœģ�ĈÂĒ�śŬ ¦ģĒŬ ģŬƎ÷śůģ²Ŭ�Ē�÷ÂĘůÂŬĒ÷Ĉ÷ů�œ²Ŭ¶÷Ù¦ſĈ¶�¶ÂŬÂĒŬģ�ůÂœŬ÷ĘØģœĒ�«ĹÂś²ŬĺÂśśģ�śŬaparentemente menos amáveis e muito menos turístico do que a Tailândia, muito provavelmente devido à sua recente história de guerra. Contudo, é necessário relativizar para se conseguir apreciar o momento. Após o choque inicial e depois de me alojar num “back-packers” foi altura de descobrir a cidade. Todas as preocupações iniciais desvaneceram-se e a cidade transformou-se num local genuíno com uma essência muito própria, totalmente diferente das lógicas ocidentais. Hanói num registo caótico, com o seu trânsito frenético e o medo de morrer atropelada a cada cruzamento, as ruas labirínticas são inundadas de lojas de comércio que se esten-dem até à estrada, mulheres que transportam ao ombro os cestos de palha e os seus chapéus cónicos, a comida deliciosa em cada canto com os seus aromas exóticos, os templos cheios de cores ÙƛÂœ�ĒöĒÂŬ�ĺ�÷ƔģĘ�œŬĺģœŬ�ŇſÂĈÂŬĈſä�œŀŬ

Não puderam faltar as visitas ao Túmulo de Ho Chi Min, aos lagos, mercados nocturnos, refrescar-me com os chás em pequenos bancos de rua e provar a divinal sopa vietnamita chamada Pho. À noite a animação era muita no “hostel” onde tive a oportunidade de trocar experiências com todo o tipo de viajantes. Após dois dias na capital, viagem de 3OO km rumo a um cruzeiro 2 dias/1 noite numa das sete maravilhas naturais do mundo – Halong �ƕŀŬ�ŬĒ�ä÷¦�Ŭ,�ĈģĘäŬ �ƕŬŇſÂŬś÷äĘ÷Ù¦�Ŭō��ø�ŬģʶÂŬ¶Âś¦ÂſŬģŬ¶œ�ä�ģŎŬé Património Mundial da Unesco, é constituída por três baías-mãe e milhares de monolíticos dos mais variados formatos que nos dão �ƛģŬ �Ŭ ÷Ē�ä÷Ę�«�ģŬ ĺ�œ�Ŭ ¶Âś¦ģ�œ÷œŬ ģŬ śÂſŬ ś÷äĘ÷Ù¦�¶ģ²Ŭ ¦ģĒŬ �Ĉ¶Â÷�śŬÞſůſ�ĘůÂśŬĺÂĈģŬĒÂ÷ģŬÂŬſĒ�ŬƎÂäÂů�«�ģŬĈſƔſœ÷�ĘůÂŀŬ�Ē�ģœ�ŬģŬ¦Ĉ÷Ē�Ŭnão tenha sido o mais propício, permitiu passeios de caiaque, a visita às grutas Thien Cung composta por três camâras e relaxar no cruzeiro a observar a arrebatadora paisagem.Dſ÷ůģŬĺÂœůģŬ¶ģŬÙĘ�ĈŬ¶�ŬƎ÷�äÂĒŬÂŬ¶ÂŬƎģĈů�Ŭ�Ŭ �Ęäſ¦ģŇſ²ŬòģſƎÂŬtempo ainda para uma massagem tailandesa (não muito) relaxante. Dſ÷ůģŬÙ¦ģſŬĺģœŬ¦ģĘů�œŬÂŬĒſ÷ůģŬĒ�÷śŬĺ�œ�Ŭ¶Âś¦ģ�œ÷œŬĘģŬģſůœģŬĈ�¶ģŬ¶ģŬmundo. Foi uma viagem de descobertas de sítios únicos e desco-berta de mim mesma.

Tailândia e Vietname

"I haven't been everywhere, but it's on my list." Susan Sontag

DESCOBRIR O SUDOESTE ASIÁTICO DE MOCHILA ÀS COSTASPor Sara FerreiraSócia n.º 1O31O7

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Desde há muito que o Sudoeste Asiático me fascinava, a cultura, a ¦ģĒ÷¶�²Ŭ ģśŬ ¦ģśůſĒÂś²Ŭ �śŬ śſ�śŬ Ē�äĘøÙ¦�śŬ ĺ�÷ś�äÂĘśŀŬ �Âĺģ÷śŬ ¶ÂŬ�ĈäſĒ�Ŭ œÂÞÂƔ�ģŬ ¶Â¦÷¶÷öĒÂŬ îÂśůÂŬ Ǝ�÷Ŭ śÂœŬ ģŬ �ĘģÖïŬ c�÷Ĉ�ʶ÷�Ŭ śÂœ÷�Ŭinevitável mas estava indecisa qual seria o meu segundo país de ¶Âśů÷Ęģ²ŬÂĘůœÂŬ��Ē�ģă�Ŭ¦ģĒŬģśŬśÂſśŬĒ�äĘøÙ¦ģśŬůÂĒĺĈģśŬ�ſ¶÷śů�ś²ŬIndonésia com os seus vulcões e praias paradisiacas, Malásia e as śſ�śŬĒ÷ĈŬ÷Ĉò�ś²ŬģĺůÂ÷²ŬĺģœŬÙĒ²ŬĺÂĈģŬs÷ÂůĘ�ĒÂŀŬDe mochila às costas parti de Lisboa, no dia 6 de Março, para uma das viagens da minha vida. Depois de mais de vinte horas de viagem cheguei à grande Banguecoque cansada, feliz mas especialmente, ¦ſœ÷ģś�ŀŬ Wœ÷ʦ÷ĺ�ĈŬ ¦ÂĘůœģŬ ÙĘ�ʦÂ÷œģ²Ŭ ¦ſĈůſœ�ĈŬ ÂŬ ò÷śůĤœ÷¦ģŬ ¶ģŬ ĺ�øś²Ŭrecebe à volta de 16 milhões de turistas por ano. Uma cidade fervi-lhante e imponente, entre os imparáveis “tuc-tuc”, os mercados de rua, os cheiros da comida nas banquinhas de calçada, os templos budistas em cada esquina, a incomparável vida nocturna… a cidade revelou-se fascinante! Além de ter visitado os majestosos templos “Wat Po” (Palácio Real) e Buda Esmeralda, perdi-me pelo maior mercado ao ar livre do mundo “Chatuchak Market” onde tive a oportunidade de experimentar as (não tão) deliciosas iguarias: gafanhotos e larvas assadas e não podia de deixar de visitar a medi-ática noite de Banguecoque e a sua famosa «Khao San Road.»Terminado o passeio à capital, foi altura de visitar o sul do país e as

suas lindas ilhas tropicais. Após algumas peripécias, como me ter ÂĘä�Ę�¶ģŬĘģŬ�ÂœģĺģœůģŬÂŬĺÂœ¶÷¶ģŬſĒŬ�Ǝ÷�ģ²Ŭ¦òÂäſÂ÷ŬÙĘ�ĈĒÂĘůÂŬ�ģŬaeroporto de Pukhet. A caminho de Ao Nang (ponto ideal de partida para conhecer as ilhas) a paisagem revelou-se deslumbrante. Após àŬòģœ�śŬ¶ÂŬƎ÷�äÂĒŬ¦òÂäſÂ÷²ŬÙĘ�ĈĒÂĘů²Ŭ�ģŬĺ�œ�øśģÖŬEģŬĺœ÷ĒÂ÷œģŬ¶÷�²Ŭpasseio às 4 ilhas num “longtail boat” (barco de madeira tradicional), as ilhas foram: Monkey Beach, Poda Island, Chicken Island, Tup Island, a água azul cristalina, areia branca, foram ideias à prática do snorkling, onde o “Nemo” foi o actor principal. No segundo dia não podia deixar de visitar a famosa Phi Phi Island, cenário do famoso ÙĈĒÂŬ¶ģŬ>ÂģĘ�œ¶ģŬ�÷Ŭ��ĺœ÷ģŬî�ŬWœ�÷�ŀïŬ�ĈÃĒŬ¶�Ŭ÷Ĉò�Ŭĺœ÷ʦ÷ĺ�ĈŬÂŬ¶�Ŭsua Maya Bay, visitei Phi Phi Don e Phi Phi Ley, Viking Cave, a felici-¶�¶ÂŬ÷ĘſʶģſŬģŬĒÂſŬ¶÷�ŬÂŬģŬśģœœ÷śģŬØģ÷ŬģŬĒÂſŬÙÂĈŬ¦ģĒĺ�ĘòÂ÷œģŀŬOs últimos três dias da minha estadia foram passados num paraíso ÷śģĈ�¶ģŬ¦ò�Ē�¶ģŬ¶ÂŬY�÷Ĉ�ƕŬ Â�¦ò²ŬůÂʶģŬÙ¦�¶ģŬ�Ĉģă�¶�ŬĘſĒŬĺÂŇſÂ-no “bungalow”. Menos turístico que as Phi Phi Island consegui apro-veitar para relaxar, fazer passeios de caiaque, visitar cavernas, etc. À noite houve tempo para assistir a um combate de boxe-Muay thai- e presenciar um dos melhores espectáculos de pirotecnia, com as ÂśůœÂĈ�śŬÂŬ>ſ�Ŭ¦ģĒģŬ¦ģĒĺ�Ęò÷�ŀŬWģœŬÙĒŬ²Ŭ¦ģĒģŬĘ�ģŬĺģ¶÷�Ŭ¶Â÷Ɣ�œŬde ser, a tatuagem com a técnica ancestral de bambu que me fará nunca esquecer esta maravilhosa viagem.

Próxima paragem - Vietname:Depois de 3 horas de voo cheguei a Hanói, capital do país. Quando se viaja sozinho deparamo-nos com situações mais complicadas que ÂƔ÷äÂĒŬ�ĈäſĒŬăģäģŬ¶ÂŬ¦÷Ęůſœ�ŀŬ�ģĘØÂśśģŬŇſÂŬÙŇſÂ÷Ŭ��śů�ĘůÂŬ�ĺœÂ-ensiva nas primeiras horas, surgiram diversos problemas que me ÙƛÂœ�ĒŬ ŇſÂśů÷ģĘ�œŬ �Ŭ Âś¦ģĈò�Ŭ ¶ģŬĒÂſŬ ¶Âśů÷Ęģ±Ŭ ĺœģ�ĈÂĒ�śŬ ¦ģĒŬ ģŬƎ÷śůģ²Ŭ�Ē�÷ÂĘůÂŬĒ÷Ĉ÷ů�œ²Ŭ¶÷Ù¦ſĈ¶�¶ÂŬÂĒŬģ�ůÂœŬ÷ĘØģœĒ�«ĹÂś²ŬĺÂśśģ�śŬaparentemente menos amáveis e muito menos turístico do que a Tailândia, muito provavelmente devido à sua recente história de guerra. Contudo, é necessário relativizar para se conseguir apreciar o momento. Após o choque inicial e depois de me alojar num “back-packers” foi altura de descobrir a cidade. Todas as preocupações iniciais desvaneceram-se e a cidade transformou-se num local genuíno com uma essência muito própria, totalmente diferente das lógicas ocidentais. Hanói num registo caótico, com o seu trânsito frenético e o medo de morrer atropelada a cada cruzamento, as ruas labirínticas são inundadas de lojas de comércio que se esten-dem até à estrada, mulheres que transportam ao ombro os cestos de palha e os seus chapéus cónicos, a comida deliciosa em cada canto com os seus aromas exóticos, os templos cheios de cores ÙƛÂœ�ĒöĒÂŬ�ĺ�÷ƔģĘ�œŬĺģœŬ�ŇſÂĈÂŬĈſä�œŀŬ

Não puderam faltar as visitas ao Túmulo de Ho Chi Min, aos lagos, mercados nocturnos, refrescar-me com os chás em pequenos bancos de rua e provar a divinal sopa vietnamita chamada Pho. À noite a animação era muita no “hostel” onde tive a oportunidade de trocar experiências com todo o tipo de viajantes. Após dois dias na capital, viagem de 3OO km rumo a um cruzeiro 2 dias/1 noite numa das sete maravilhas naturais do mundo – Halong �ƕŀŬ�ŬĒ�ä÷¦�Ŭ,�ĈģĘäŬ �ƕŬŇſÂŬś÷äĘ÷Ù¦�Ŭō��ø�ŬģʶÂŬ¶Âś¦ÂſŬģŬ¶œ�ä�ģŎŬé Património Mundial da Unesco, é constituída por três baías-mãe e milhares de monolíticos dos mais variados formatos que nos dão �ƛģŬ �Ŭ ÷Ē�ä÷Ę�«�ģŬ ĺ�œ�Ŭ ¶Âś¦ģ�œ÷œŬ ģŬ śÂſŬ ś÷äĘ÷Ù¦�¶ģ²Ŭ ¦ģĒŬ �Ĉ¶Â÷�śŬÞſůſ�ĘůÂśŬĺÂĈģŬĒÂ÷ģŬÂŬſĒ�ŬƎÂäÂů�«�ģŬĈſƔſœ÷�ĘůÂŀŬ�Ē�ģœ�ŬģŬ¦Ĉ÷Ē�Ŭnão tenha sido o mais propício, permitiu passeios de caiaque, a visita às grutas Thien Cung composta por três camâras e relaxar no cruzeiro a observar a arrebatadora paisagem.Dſ÷ůģŬĺÂœůģŬ¶ģŬÙĘ�ĈŬ¶�ŬƎ÷�äÂĒŬÂŬ¶ÂŬƎģĈů�Ŭ�Ŭ �Ęäſ¦ģŇſ²ŬòģſƎÂŬtempo ainda para uma massagem tailandesa (não muito) relaxante. Dſ÷ůģŬÙ¦ģſŬĺģœŬ¦ģĘů�œŬÂŬĒſ÷ůģŬĒ�÷śŬĺ�œ�Ŭ¶Âś¦ģ�œ÷œŬĘģŬģſůœģŬĈ�¶ģŬ¶ģŬmundo. Foi uma viagem de descobertas de sítios únicos e desco-berta de mim mesma.

“Snorkeling”

“Railay beach”, Tailandia

A provar um gafanhoto fritoIlhas “Phi-phi”

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Desde há muito que o Sudoeste Asiático me fascinava, a cultura, a ¦ģĒ÷¶�²Ŭ ģśŬ ¦ģśůſĒÂś²Ŭ �śŬ śſ�śŬ Ē�äĘøÙ¦�śŬ ĺ�÷ś�äÂĘśŀŬ �Âĺģ÷śŬ ¶ÂŬ�ĈäſĒ�Ŭ œÂÞÂƔ�ģŬ ¶Â¦÷¶÷öĒÂŬ îÂśůÂŬ Ǝ�÷Ŭ śÂœŬ ģŬ �ĘģÖïŬ c�÷Ĉ�ʶ÷�Ŭ śÂœ÷�Ŭinevitável mas estava indecisa qual seria o meu segundo país de ¶Âśů÷Ęģ²ŬÂĘůœÂŬ��Ē�ģă�Ŭ¦ģĒŬģśŬśÂſśŬĒ�äĘøÙ¦ģśŬůÂĒĺĈģśŬ�ſ¶÷śů�ś²ŬIndonésia com os seus vulcões e praias paradisiacas, Malásia e as śſ�śŬĒ÷ĈŬ÷Ĉò�ś²ŬģĺůÂ÷²ŬĺģœŬÙĒ²ŬĺÂĈģŬs÷ÂůĘ�ĒÂŀŬDe mochila às costas parti de Lisboa, no dia 6 de Março, para uma das viagens da minha vida. Depois de mais de vinte horas de viagem cheguei à grande Banguecoque cansada, feliz mas especialmente, ¦ſœ÷ģś�ŀŬ Wœ÷ʦ÷ĺ�ĈŬ ¦ÂĘůœģŬ ÙĘ�ʦÂ÷œģ²Ŭ ¦ſĈůſœ�ĈŬ ÂŬ ò÷śůĤœ÷¦ģŬ ¶ģŬ ĺ�øś²Ŭrecebe à volta de 16 milhões de turistas por ano. Uma cidade fervi-lhante e imponente, entre os imparáveis “tuc-tuc”, os mercados de rua, os cheiros da comida nas banquinhas de calçada, os templos budistas em cada esquina, a incomparável vida nocturna… a cidade revelou-se fascinante! Além de ter visitado os majestosos templos “Wat Po” (Palácio Real) e Buda Esmeralda, perdi-me pelo maior mercado ao ar livre do mundo “Chatuchak Market” onde tive a oportunidade de experimentar as (não tão) deliciosas iguarias: gafanhotos e larvas assadas e não podia de deixar de visitar a medi-ática noite de Banguecoque e a sua famosa «Khao San Road.»Terminado o passeio à capital, foi altura de visitar o sul do país e as

suas lindas ilhas tropicais. Após algumas peripécias, como me ter ÂĘä�Ę�¶ģŬĘģŬ�ÂœģĺģœůģŬÂŬĺÂœ¶÷¶ģŬſĒŬ�Ǝ÷�ģ²Ŭ¦òÂäſÂ÷ŬÙĘ�ĈĒÂĘůÂŬ�ģŬaeroporto de Pukhet. A caminho de Ao Nang (ponto ideal de partida para conhecer as ilhas) a paisagem revelou-se deslumbrante. Após àŬòģœ�śŬ¶ÂŬƎ÷�äÂĒŬ¦òÂäſÂ÷²ŬÙĘ�ĈĒÂĘů²Ŭ�ģŬĺ�œ�øśģÖŬEģŬĺœ÷ĒÂ÷œģŬ¶÷�²Ŭpasseio às 4 ilhas num “longtail boat” (barco de madeira tradicional), as ilhas foram: Monkey Beach, Poda Island, Chicken Island, Tup Island, a água azul cristalina, areia branca, foram ideias à prática do snorkling, onde o “Nemo” foi o actor principal. No segundo dia não podia deixar de visitar a famosa Phi Phi Island, cenário do famoso ÙĈĒÂŬ¶ģŬ>ÂģĘ�œ¶ģŬ�÷Ŭ��ĺœ÷ģŬî�ŬWœ�÷�ŀïŬ�ĈÃĒŬ¶�Ŭ÷Ĉò�Ŭĺœ÷ʦ÷ĺ�ĈŬÂŬ¶�Ŭsua Maya Bay, visitei Phi Phi Don e Phi Phi Ley, Viking Cave, a felici-¶�¶ÂŬ÷ĘſʶģſŬģŬĒÂſŬ¶÷�ŬÂŬģŬśģœœ÷śģŬØģ÷ŬģŬĒÂſŬÙÂĈŬ¦ģĒĺ�ĘòÂ÷œģŀŬOs últimos três dias da minha estadia foram passados num paraíso ÷śģĈ�¶ģŬ¦ò�Ē�¶ģŬ¶ÂŬY�÷Ĉ�ƕŬ Â�¦ò²ŬůÂʶģŬÙ¦�¶ģŬ�Ĉģă�¶�ŬĘſĒŬĺÂŇſÂ-no “bungalow”. Menos turístico que as Phi Phi Island consegui apro-veitar para relaxar, fazer passeios de caiaque, visitar cavernas, etc. À noite houve tempo para assistir a um combate de boxe-Muay thai- e presenciar um dos melhores espectáculos de pirotecnia, com as ÂśůœÂĈ�śŬÂŬ>ſ�Ŭ¦ģĒģŬ¦ģĒĺ�Ęò÷�ŀŬWģœŬÙĒŬ²Ŭ¦ģĒģŬĘ�ģŬĺģ¶÷�Ŭ¶Â÷Ɣ�œŬde ser, a tatuagem com a técnica ancestral de bambu que me fará nunca esquecer esta maravilhosa viagem.

Próxima paragem - Vietname:Depois de 3 horas de voo cheguei a Hanói, capital do país. Quando se viaja sozinho deparamo-nos com situações mais complicadas que ÂƔ÷äÂĒŬ�ĈäſĒŬăģäģŬ¶ÂŬ¦÷Ęůſœ�ŀŬ�ģĘØÂśśģŬŇſÂŬÙŇſÂ÷Ŭ��śů�ĘůÂŬ�ĺœÂ-ensiva nas primeiras horas, surgiram diversos problemas que me ÙƛÂœ�ĒŬ ŇſÂśů÷ģĘ�œŬ �Ŭ Âś¦ģĈò�Ŭ ¶ģŬĒÂſŬ ¶Âśů÷Ęģ±Ŭ ĺœģ�ĈÂĒ�śŬ ¦ģĒŬ ģŬƎ÷śůģ²Ŭ�Ē�÷ÂĘůÂŬĒ÷Ĉ÷ů�œ²Ŭ¶÷Ù¦ſĈ¶�¶ÂŬÂĒŬģ�ůÂœŬ÷ĘØģœĒ�«ĹÂś²ŬĺÂśśģ�śŬaparentemente menos amáveis e muito menos turístico do que a Tailândia, muito provavelmente devido à sua recente história de guerra. Contudo, é necessário relativizar para se conseguir apreciar o momento. Após o choque inicial e depois de me alojar num “back-packers” foi altura de descobrir a cidade. Todas as preocupações iniciais desvaneceram-se e a cidade transformou-se num local genuíno com uma essência muito própria, totalmente diferente das lógicas ocidentais. Hanói num registo caótico, com o seu trânsito frenético e o medo de morrer atropelada a cada cruzamento, as ruas labirínticas são inundadas de lojas de comércio que se esten-dem até à estrada, mulheres que transportam ao ombro os cestos de palha e os seus chapéus cónicos, a comida deliciosa em cada canto com os seus aromas exóticos, os templos cheios de cores ÙƛÂœ�ĒöĒÂŬ�ĺ�÷ƔģĘ�œŬĺģœŬ�ŇſÂĈÂŬĈſä�œŀŬ

Não puderam faltar as visitas ao Túmulo de Ho Chi Min, aos lagos, mercados nocturnos, refrescar-me com os chás em pequenos bancos de rua e provar a divinal sopa vietnamita chamada Pho. À noite a animação era muita no “hostel” onde tive a oportunidade de trocar experiências com todo o tipo de viajantes. Após dois dias na capital, viagem de 3OO km rumo a um cruzeiro 2 dias/1 noite numa das sete maravilhas naturais do mundo – Halong �ƕŀŬ�ŬĒ�ä÷¦�Ŭ,�ĈģĘäŬ �ƕŬŇſÂŬś÷äĘ÷Ù¦�Ŭō��ø�ŬģʶÂŬ¶Âś¦ÂſŬģŬ¶œ�ä�ģŎŬé Património Mundial da Unesco, é constituída por três baías-mãe e milhares de monolíticos dos mais variados formatos que nos dão �ƛģŬ �Ŭ ÷Ē�ä÷Ę�«�ģŬ ĺ�œ�Ŭ ¶Âś¦ģ�œ÷œŬ ģŬ śÂſŬ ś÷äĘ÷Ù¦�¶ģ²Ŭ ¦ģĒŬ �Ĉ¶Â÷�śŬÞſůſ�ĘůÂśŬĺÂĈģŬĒÂ÷ģŬÂŬſĒ�ŬƎÂäÂů�«�ģŬĈſƔſœ÷�ĘůÂŀŬ�Ē�ģœ�ŬģŬ¦Ĉ÷Ē�Ŭnão tenha sido o mais propício, permitiu passeios de caiaque, a visita às grutas Thien Cung composta por três camâras e relaxar no cruzeiro a observar a arrebatadora paisagem.Dſ÷ůģŬĺÂœůģŬ¶ģŬÙĘ�ĈŬ¶�ŬƎ÷�äÂĒŬÂŬ¶ÂŬƎģĈů�Ŭ�Ŭ �Ęäſ¦ģŇſ²ŬòģſƎÂŬtempo ainda para uma massagem tailandesa (não muito) relaxante. Dſ÷ůģŬÙ¦ģſŬĺģœŬ¦ģĘů�œŬÂŬĒſ÷ůģŬĒ�÷śŬĺ�œ�Ŭ¶Âś¦ģ�œ÷œŬĘģŬģſůœģŬĈ�¶ģŬ¶ģŬmundo. Foi uma viagem de descobertas de sítios únicos e desco-berta de mim mesma.

DICAS PARA SE VIAJAR SOZINHO:

- Diário de viagem- Informar regularmente do seu paradeiro no país de origem- Optar por “Backpackers” ou “hostels” porque acomo-dam viajantes na mesma situação- Optar por mochila em vez de mala pois é mais cómoda de transportar e evita perda de tempo nos aeroportos- Marcar apenas a primeira noite no local dando ĺģśś÷�÷Ĉ÷¶�¶ÂŬ¶ÂŬÞÂƔ÷�÷Ĉ÷¶�¶ÂŬ¶ÂŬ÷ů÷ĘÂœ�œ÷ģ- Frequentar os sítios tradicionais em detrimento dos turísticos para maior conhecimento da essência do local- Viajar de transportes públicos por serem muito mais económicosöŬsÂœ÷Ù¦�œŬ�śŬƎ�¦÷Ę�śŬʦœś�œ÷�ś²ŬƎ÷śůģśŬÂŬ¦Ĉ÷Ē�Ŭ¶ģŬĺ�øśŬdevido às monções- Seguro de saúde no estrangeiro

Vendedora de pasteis “Banh bao” na ruaHalong bay, uma das sete maravilhas naturais do mundo

“Pad thai” prato típico da Tailandia

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CURIOSIDADES

TEORIA HELIOCÊNTRICA

No ano de 1543, o polaco Nicolau Copérnico (1473-1543) provou que o Sol, e não a Terra, era o centro do cosmos. A Terra no modelo coperniciano não passava de um planeta, tal como Júpiter ou Saturno. Depois de apurados estudos e observação dos astros Copérnico explicou que o Sol se encontra imóvel no centro do sistema e em torno dele giram os planetas que, por sua vez, giram em torno de si mesmos. Chamou-se a esta teoria Heliocêntrica.EģŬ śÃ¦ſĈģŬ śÂäſ÷Ęů²Ŭ �śŬ ģ�śÂœƎ�«ĹÂśŬ ¶ģŬ ÞģœÂĘů÷ĘģŬ '�Ĉ÷ĈÂſŬ '�Ĉ÷ĈÂ÷ŬļĭÚŨàöĭŨàŻĽŬ ¦ģĘÙœĒ�œ÷�ĒŬ Âśů�Ŭ ůÂģœ÷�Ŭ ¦ģĒĺĈÂů�ĒÂĘůÂŬ ģĺģśů�Ŭ �Ŭnoção da Igreja Católica que acreditava que a Terra era o centro do universo.

SOL DA MEIA-NOITE

Um fenómeno natural observável a norte do Círculo Polar Árctico e a sul do Círculo Polar Antárctico, onde o Sol é visível durante as 24 horas do dia, nas datas próximas ao solstício de Verão. Como no òÂĒ÷śØÃœ÷ģŬ]ſĈŬĘ�ģŬò�Ŭò��÷ů�ĘůÂśŬļś�ĈƎģŬĺÂśśģ�ĈŬ¶�śŬ��śÂśŬ¦÷ÂĘůøÙ-cas e militares), as regiões povoadas que podem observar este fenómeno estão todas no hemisfério Norte em países e regiões como o Alasca, Canadá, Groenlândia, Suécia, Finlândia, Rússia e no extremo Norte da Islândia.

O ESPECTRO SOLAR

O espectro solar é o resultado da observação da divisão da luz branca em sete cores, a saber: vermelho, amarelo, verde, azul. azul índigo e violeta.

RÁ, O DEUS-SOL DO ANTIGO EGIPTO

É considerado o principal deus egípcio, denominado o Deus Sol, sendo responsável pela luz, necessária para a produção dos alimentos. Rá teria vivido em Heliópolis e regido o Egipto antes mesmo das dinastias históricas, das quais os faraós seriam descendentes.O culto ao Deus-Sol foi muito próspero no Egipto, tendo sido adora-¶ģŬ ĺģœŬ ¦Âœ¦�Ŭ ¶ÂŬ Ǝ÷ĘůÂŬ śÃ¦ſĈģśŬ ¦ģĒģŬ ¦ſĈůģŬ ģÙ¦÷�ĈŀŬ �ĈÃĒŬ ¶ÂŬ śÂœŬ �Ŭdivindade central do panteão egípcio, é também um deus primor-dial e criador dos deuses e da ordem divina.

SOL“Três coisas não ficam por muito tempo ocultas: o Sol, a Lua e a verdade.”

Confúcio

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ADORADORES DO SOL

Na região do Peru localizada na Cordilheira dos Andes os Incas fundaram uma civilização que teve seu período de ascensão durante o século XV, quando os seus domínios se estendiam até à Colômbia e Equador. Com a dominação espanhola, desde 1532, veio ģŬ¶Â¦ĈøĘ÷ģŬÂŬģŬśÂſŬÙĒŀŬ&ģœ�ĒŬ�¶ģœ�¶ģœÂśŬ¶ģŬ]ģĈŬÂŬ¶Â÷Ɣ�œ�ĒŬ÷ĘƁĒÂ-ros, documentos em diversos suportes, sobre o seu riquíssimo quotidiano.

GIRASSOL

JŬĘģĒÂŬ¦÷ÂĘůøÙ¦ģŬ¶ģŬä÷œ�śśģĈŬÃŬ,ÂĈ÷�ĘůòſśŬ�ĘĘſś²Ŭ¦ſăģŬś÷äĘ÷Ù¦�¶ģŬÃŬōÞģœŬ¶ģŬ]ģĈŎŀŬJœ÷ä÷Ę�œ÷�Ŭ¶�Ŭ�ĒÃœ÷¦�Ŭ¶ģŬEģœůÂŬůÂĒŬ�Ŭĺ�œů÷¦ſĈ�œ÷¶�¶ÂŬde ser heliotrópica, ou seja, gira o caule para que a corola esteja sempre virada para o Sol.

LUÍS XIV, O REI-SOL (1638 – 1715)

Luís XIV, o Rei-Sol, rei de França símbolo da monarquia absoluta, ¶ÂÙĘ÷¶ģŬĘ�Ŭśſ�ŬØœ�śÂ±ŬîJŬ�śů�¶ģŬśģſŬÂſïŀŬ�Ɣĺ�ʶ÷ſŬ�śŬØœģĘůÂ÷œ�śŬ¶�ŬFrança para o Leste e teve um reinado de grande luxo e ostentação em Versalhes onde vivia com uma faustosa corte de cerca de dois milhares de pessoas entre nobres e criados. Foi com este monarca que surgiram as cerimónias e os rituais que hoje denominamos “etiqueta”, pois desde a cerimónia de acordar ao deitar tudo era executado meticulosamente em função dos seus caprichos. Rodeou-se do maior luxo e incentivou essa indústria. O facto de ter reinado mais de 7O anos deu-lhe uma notoriedade enorme. Versalhes com os seus 7OO quartos, 352 chaminés, 2153 janelas, 67 escadaria e 125O lareiras numa extensão de 7OO hecta-res são um resumo do luxo de uma época.

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Retrato de Luis IV, Claude Lefebvre

Girassois de Van Gogh

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A LUZ DE LISBOA*

«Lisboa tem, em média, por ano, 2.786 horas de Sol, quase o dobro de Londres e mais de mil horas que Paris ou Berlim. Além do clima, a luz da cidade é potenciada pelas colinas que, segundo Ana Eiró, professora de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, ajudam a concentrar o Sol. Devido às colinas que o rodeiam, o centro da cidade está construído no fundo de uma “concha”, tipo �ĘÙůÂ�ůœģŬƎ÷œ�¶ģŬĺ�œ�ŬģŬcÂăģŬŇſ²ŬĺģœŬśſ�ŬƎÂƛ²Ŭů�Ē�ÃĒŬœÂÞ¦ůÂŬģŬSol. Este ganha ainda mais relevo devido aos materiais usados na construção de Lisboa. As cores claras (rosas, amarelos, ocres) e Ēſ÷ůģśŬ¦�Ĉ¦�œ÷ģś²Ŭ�ĈÃĒŬ¶�Ŭ¦�Ĉ«�¶�ŬĺģœůſäſÂś�ŬŇſÂŬœÂÞ¦ůÂŬÂŬ¶÷śĺÂœ-sa a luz de uma forma incrível que não existe noutros locais da Europa".»*Exposição patente no Terreiro do Paço -Torreão poente até 2O de Dezembro.

c�ĈÂśŬ¶ÂŬD÷ĈÂůģŬļ'œÃ¦÷�²ŬŨŻàöÚàŨŬ�ŀ�ŀĽ²ŬÙĈĤśģØģ²ŬĒ�ůÂĒ�ů÷¦ģ²Ŭ�śůœĤ-ĘģĒģŬÂŬÂĘäÂĘòÂ÷œģŬØģ÷ŬģŬĺœ÷ĒÂ÷œģŬÙĈĤśģØģŬ�ŬÂśůſ¶�œŬ�śůœģĘģĒ÷�ŬÂŬnas suas observações sobre o Sol e a Lua, previu e explicou o eclipse śģĈ�œ²Ŭ�ģŬƎÂœ÷Ù¦�œŬŇſÂŬ�Ŭ>ſ�ŬÂœ�Ŭ÷ĈſĒ÷Ę�¶�ŬĺÂĈģŬ]ģĈŀ

O SOL NEGRO

Durante a Primavera, mais precisamente de Março a Abril na Dina-marca, aproximadamente uma hora e meia antes do pôr-do-sol, revoadas de mais de um milhão de estorninhos que chegam de todos os cantos para criar formações inacreditáveis. Este fenóme-no é chamado de Sol Negro na Dinamarca. Porém este prodígio também pode ser visto na Escócia em Gretna Green. «A forma do �äœſĺ�ĒÂĘůģŬ ůÂĒŬ�ŬŇſ�Ĉ÷¶�¶ÂŬ¶ÂŬſĒŬÞſ÷¶ģŬò÷ĺĘģů÷ƛ�Ęů²Ŭ ÂśůÂĘ-dendo-se, ondulando e fundindo-se sobre si mesmo.»

O SOL DE MONET

Claude Monet pintor francês (184O-1926) apresentou a tela “Impression, soleil levant”, (Impressão, nascer do Sol) e com ela criou o Impressionismo. Trata-se de uma tela datado de 1872 e que representa o nascer do dia no porto de Havre. Tem uma cerrada névoa sobre o estaleiro e ao fundo barcos e chaminés. Com este quadro Monet rompeu com todos os padrões tidos até à altura e com as barreiras realistas que ainda imperavam e criou outra forma de expressar a arte da pintura. O termo Impressionismo pegou e fez escola.

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A Praia de Ribeira d’ Ilhas, na Ericeira, foi o destino de eleição para passarmos a nossa tarde de quinta-feira.Com muito sol e uma brisa refrescante do mar, degustámos as trouxas da Malveira, por onde também passámos.Entre muitas conversas e boa disposição, foi um dia cheio de recor-dações de um local que há muito não visitávamos.

Os residentes escreveram os seguintes versos:

Sto. António,A todos convidouResidentes e funcionáriosA todos alegrouNa nossa ResidênciaO Santo António nós comemoramos,De sardinha e pão na mãoCantamos e dançamos.

No dia 28 de Maio comemos a famosa trouxa da Malveira, junto ao Convento de Mafra, no ilustre Jardim do Cerco, onde pudemos degustar o nosso delicioso lanche, na fresca sombra deste jardim com tanta história.�ÂŬ œÂäœÂśśģŬ�÷ʶ�ŬÙƛÂĒģśŬſĒ�Ŭ�œÂƎÂŬĺ�œ�äÂĒŬĘ�Ŭ�œ÷¦Â÷œ�²Ŭ ģʶÂŬusufruímos da sua paisagem costeira e matámos as saudades do nosso mar.

RESIDÊNCIA SÉNIOR DE LOURESUM VERÃO EM CHEIO

SARDINHADA NO DIA DE SANTO ANTÓNIO

PASSEIO À PRAIA DE RIBEIRA D’ILHAS NO DIA 8 DE MAIO

PASSEIO AO JARDIM DO CERCO EM MAFRA

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Na terça-feira, dia 23 de Junho fomos conhecer o bairro de Alfama, que ainda tinha vestígios da grande festa de Sto. António: barraqui-nhas, bandeirinhas e muitos turistas.A tudo isso assistimos, sentados numa esplanada onde lanchámos e demos de lanchar aos pombos.:ſĘůģśŬů÷œ�ĒģśŬĒſ÷ů�śŬØģůģäœ�Ù�śŬĺ�œ�ŬĒ�÷śŬů�œ¶ÂŬœÂ¦ģœ¶�œŀE assim com uma óptima tarde de sol, visitámos mais um cantinho de Lisboa.

Também fomos até à Marina do Parque das Nações.Ali pudemos sentir o aroma do rio Tejo, ver os barcos a atracados e ainda comer um refrescante gelado a nosso gosto.Foi uma tarde muito bem animada e sem dúvida a repetir.

No sábado, 18 de Julho, realizou-se a ‘Festa de Verão’ na Residência Sénior de Loures, como é costume todos os anos.A festa começou com uma animada sardinhada, onde familiares e amigos estiveram presentes.Mais tarde o Coro da Residência, vestido a rigor com lenços (decora-dos pelos mesmos), cantaram e encantaram com várias cantigas do seu vasto reportório.Foi uma grande festa, cheia de animação e muita alegria.

PASSEIO À MARINA DO PARQUE DAS NAÇÕES | 3 DE JULHO

PASSEIO A ALFAMA

FESTA DE VERÃO

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Mais um ano de labor urge um tempo de descanso.

Quem optou pelo ambiente sereno das terras beirãs encontrou

uma paleta de opções para animar os seus dias na Qta. de Sta. Iria.

Entre as actividades desenhadas para todas as idades e outras

apenas para os mais novos, existiram algumas novidades como a

noite de acantonamento para crianças, Zumba e tantas outras. Os

dias da Astronomia, todas as 4as feiras, conduzidos pelo Prof.

Máximo Ferreira, foram também uma inovação este ano.

Terminada a época e tendo tomado em conta as gratas palavras de

vários associados e participantes, sentimos que esta foi mais uma

iniciativa Cofre com um retorno muito positivo. E como o bom

trabalho não se faz sem uma boa equipa, deixamos aqui os agrade-

cimentos e felicitações a todos os colaboradores que se empenha-

ram nela.

Por entre ervas e plantio, descobre-se o fruto. Prova-se uma

melancia acabada de apanhar, o mesmo com o tomate, a beringela

e a alface. Aprende-se a conhecer as plantas, os seus cheiros, sabo-

res e os cuidados tão importantes para as manter viçosas.

Na cozinha, o “chef” Francisco aguarda os seus aprendizes. Listam-

-se produtos e instrumentos. Juntam-se os ingredientes húmidos,

depois os secos, mexe-se, amassa-se, amassa-se mais um pouco

porque sujar as mãos é engraçado. Tudo com uma grande pitada de

entreajuda e claro, energia. Depois vem o compasso de espera, por

que é preciso levedar, cozer, arrefecer e… provar.

Em 1978, Tonicha cantava o “Zumba na Caneca”. Hoje o Zumba é

outro e dança-se dentro e fora da piscina ao som da música ritma-

¶�ŬŇſÂŬ¶÷ů�ŬģśŬĺ�śśģśŬÂŬ�Ŭ¦ģœÂģäœ�Ù�ŀŬDģĒÂĘůģśŬÂĘÂœä÷ƛ�ĘůÂśŬŇſÂŬ¶Âś�Ù�ĒŬ�Ŭůœ�ĘŇſ÷Ĉ÷¶�¶ÂŬ¶ģŬ¦ÂĘ�œ÷ģŀ

ANIMAÇÃO DE VERÃO NA QUINTA DE SANTA IRIATexto: Sónia Ferreira

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Vinhas, cavalos e uma paisagem luxuriante. Parece um cenário de ÙĈĒ²Ŭ ƎÂœ¶�¶ÂʼnŬ D�śŬ Ę�ģŬ ÃŀŬ �ĒŬ ĺĈÂĘģŬ �Ē�÷ÂĘůÂŬ śÂœœ�ĘģŬ ĺģ¶ÂŬdescobrir a Qta. de Sta. Iria numa bonita charrete pelas rédeas do Sr. João. Uma alternativa às caminhadas que pode fazer pelos percursos pedestres existentes.ō>�ŬÂĒŬ¦÷Ē�Ŭò�ŬĺĈ�Ęø¦÷ÂśŬśÂĒŬÙĒ²Ŭ,�ŬÂśůœÂĈ�śŬŇſÂŬĺ�œÂ¦ÂĒŬ¦ģœœÂœŎŀŬDescobrem-se planetas e naves espaciais. Engenhos artesanais tornam-se base de lançamento de foguetes. Na cúpula do planetá-rio reconhecem-se estrelas e constelações. E quando a noite chega, corre-se atrás de Júpiter que teima em fugir com Vénus, mas Saturno mostra-se com os seus exuberantes anéis e nada parece mais mágico que sentir o céu tão perto.Golos celebrados, tacadas certeiras, saltos premiados e outros tantos torneios e jogatanas que desvendaram talentos natos para a diversão. Houve tempo para passeios de descoberta pela Quinta e de conquistar a amizade dos animais e momentos para construir obras-primas e exibi-las com grandes sorrisos de orgulho. Tivemos pequenos guerreiros em descanso depois de uma noite de festa, tempo para escrever o que se pensa e momentos culturais dentro e fora de portas.

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INSCRIÇÕES ABERTAS ATÉ 7 DE OUTUBROPreço por participante: 75€

Praia Azul – Torres VedrasFIM-DE-SEMANA EM FAMILIA

16 A 18 DE OUTUBROCOFRE DE PREVIDÊNCIA & CCD-SOCIAL

(Inclui: actividades, alojamento e alimentação)

DIA 16/1O: SEXTA-FEIRA2Oh Jantar + “karaoke”

DIA 17/1O: SÁBADO9h: Pequeno-almoço1Oh: Aula de ginástica de manutenção11h: Cerâmica ou aula de surf em função da condição atmosférica12:3Oh: Almoço14:3Oh: Slide + escalada15:3Oh: Arvorismo em função do nº de pessoas19:3Oh: Jantar21h: Festa dos anos 8O

18/1O: DOMINGO9h: Pequeno-almoço1Oh: Caminhada de 7 km12:3Oh: AlmoçoTarde livreSaída

PROGRAMA

Mais informações:e-mail: [email protected]: 213241O6O

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DE JAIME COSTA E DELMAR D. DE CARVALHO

À biblioteca do Cofre e ao seu presidente são oferecidos regular-

mente livros, onde se destacam os do nosso associado nº 43466, já

bem nosso conhecido, Delmar Domingos de Carvalho: «Postal

Ilustrado na Vida e Obra de Luís de Camões no Tempo e no Espaço»

que recomendamos vivamente. Delmar de Carvalho tem uma

Ǝ�śůøśś÷Ē�Ŭ ģ�œ�Ŭ Ĉ÷ůÂœ�œ÷�Ŭ ŇſÂŬ ��œ�ĘäÂŬ ÂĘś�÷ģ²Ŭ ĺģÂś÷�²Ŭ �÷ģäœ�Ù�²ŬůÂ�ůœģ²Ŭ ÙĈģśģÙ�²Ŭ ĒƁś÷¦�²Ŭ ÂůĘģäœ�Ù�²Ŭ ÂĘůœÂŬ ģſůœģśŀŬ Wģ¶ÂĒģśŬ ¶÷ƛÂœŬque o autor, natural do Bombarral, nasceu para investigar e comu-

nicar.

Quanto à poesia apresentamos «Para Onde Voa o Tempo» de Jaime

Costa, que nas palavras de António Victorino d’Almeida, que assina

o prefácio, o autor «é um cinzelador de palavras e joga com elas,

como se fossem ecos esparsos de uma música que vem de algures,

talvez de longe, talvez de perto – porventura de ali mesmo…, antes

até de se encontrar o sentido que lhe está subjacente e que se vai

transformando aos poucos numa mensagem poética coerente.»

Ambas as obras são de 2O13, o primeiro edição de autor e o segundo

da editora Quimera.

LIVROS

Andorinhas percorrem

estradas de fogo

enchem vitrais

de primavera

com os bicos cheios

de paisagens esfusiantes

contágios portentosos

gemas implícitas

habitantes de espaços

com dimensões

complexas

elegias ao testemunho

parques silenciosos

desfolhados

em álbuns de mistério

OFERECIDOS AO COFRE

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Reveillon 2015/2016

Quinta de Santa Iria

70.00€ por pessoa

*Alojamento não incluído.

31 de Dezembro a 01 de Janeiro 2016

CONSULTE O PROGRAMA E FAÇA A SUA RESERVA

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NOVO SÓCIO %%����

c�ĈÂśŬ¶ÂŬD÷ĈÂůģŬļ'œÃ¦÷�²ŬŨŻàöÚàŨŬ�ŀ�ŀĽ²ŬÙĈĤśģØģ²ŬĒ�ůÂĒ�ů÷¦ģ²Ŭ�śůœĤ-ĘģĒģŬÂŬÂĘäÂĘòÂ÷œģŬØģ÷ŬģŬĺœ÷ĒÂ÷œģŬÙĈĤśģØģŬ�ŬÂśůſ¶�œŬ�śůœģĘģĒ÷�ŬÂŬnas suas observações sobre o Sol e a Lua, previu e explicou o eclipse śģĈ�œ²Ŭ�ģŬƎÂœ÷Ù¦�œŬŇſÂŬ�Ŭ>ſ�ŬÂœ�Ŭ÷ĈſĒ÷Ę�¶�ŬĺÂĈģŬ]ģĈŀ

�ĘůĤĘ÷ģŬ:ģ�Ňſ÷ĒŬ'œ÷ʦòģŬ]Âœœ�²Ŭ¦�ś�¶ģŬÂŬ¦ģĒŬůœÆśŬÙĈòģśŀŬhĒ²Ŭ¶ÂŬàŨŬanos; outro de 45 anos e o mais novo de 41 anos.Como professor do Ensino Primário (Ensino Básico na actualidade) sempre lutei por um ensino de qualidade e sempre sonhei que, no ÙĘ�ĈŬ ¶�Ŭ ¦�œœÂ÷œ�²Ŭ ĺſ¶ÂśśÂŬ œÂ¦ģĘò¦œŬ ŇſÂŬ Øģ÷Ŭ ĺģś÷ů÷Ǝ�Ŭ �Ŭ Ē÷Ęò�Ŭ�¦ů÷Ǝ÷¶�¶ÂŬ¦ģĒģŬĺœģØÂśśģœŬÂŬŇſÂŬØģśśÂŬœÂ¦ģĘò¦÷¶ģŬ¦ģĒģŬĺœģÙśś÷ģ-nal competente. Creio que talvez tenha atingido esse grande objec-ů÷ƎģŀŬ]ģĘòģśŬĺģœŬœÂ�Ĉ÷ƛ�œŬ¦œÂ÷ģŬŇſÂŬĘ�ģŬśÂœ�ģŬś÷äĘ÷Ù¦�ů÷ƎģśŀŬ]ģĘòģśŬtodos temos mas, fundamentalmente, é necessário reconhecer as possibilidades e saberes que possuímos e jogar com eles de modo a não termos frustrações nos últimos anos de vida. Ser pragmático não faz mal. Quanto ao meu maior sonho, assumido também pela minha companheira de toda a vida, foi a educação e formação dos ĘģśśģśŬ ůœÆśŬÙĈòģśŀŬEÂśůÂŬ�śĺ¦ůģ²Ŭ¦œÂ÷ģŬĺģ¶ÂœŬ�ÙœĒ�œŬÐŬĺģ¶ÂĒģśŬ�ÙœĒ�œÐŇſÂŬśģſ�ÂĒģśŬ¦ſĒĺœ÷œŬ�ŬĘģśś�Ŭģ�œ÷ä�«�ģŬ¶ÂŬĺ�÷śŀSou alentejano e como tal aprendi a fazer a célebre “açorda de coentros ou de poejos# e a temperar muito bem o tão conhecido “gaspacho”, que nesta altura do ano – Verão – faz as delícias de todos que o comem.Não conhecia a revista do Cofre. Somente me apercebi da sua existência quando decidimos, eu e a minha mulher, aderir a sócios do Cofre da Previdência. Foi uma amiga que nos informou sobre quase tudo o que sabemos sobre a instituição em causa. Posteriormente, via “Net”, li e copiei os seus estatutos e vi outros exemplares da revista.Atendendo a que vamos caminhando para um futuro no qual nos poderá ser útil ser associado do Cofre e porque somos pragmáticos quanto a não sermos dependentes e quanto a não estarmos a ś�¦œ÷Ù¦�œŬůÂœ¦Â÷œģśŬ¦ģĒŬ�śŬĘģśś�śŬʦœś÷¶�¶ÂśţŬ�ůÂʶÂʶģŬ�ŬŇſÂŬna nossa região existe uma instituição do Cofre – Vila Fernando - da qual temos as melhores referências e na qual estiveram conheci-dos nossos, decidimos aderir, pois se necessário for, tentaremos passar os últimos anos da nossa vida na instituição referida. Se no devido momento optarmos por essa situação não nos coibiremos de o fazer.E�ģŬůÂĘòģŬſĒŬĈſä�œŬÂśĺ¦øÙ¦ģŬŇſÂŬ¶ÂśÂăÂŬ¦ģĘò¦œŬĘģŬĘģśśģŬĺ�øśŀŬDesejo simplesmente conhecer Portugal, o que vou tentando fazer sempre que posso.

Sempre gostei de viajar. Sempre dei valor ao património histórico e cultural do nosso país. Sempre vi beleza em qualquer das regiões por onde passei e sempre gravei na minha memória as gentes, os hábitos, as paisagens, a culinária e sempre tive o gozo de recordar esses momentos que preencheram um dado momento da minha vida.Gosto do campo, daquela natureza agreste mas bela e autêntica que nos é dada pela interioridade de Portugal. Gosto de animais, especialmente de gatos, que pelas suas características de felino não se subordinam facilmente, dando-nos um verdadeiro exemplo de não subserviência.Gosto da História e do Património valioso que os portugueses foram construindo ao longo de muitos séculos de independência, não esquecendo o prazer que tenho em conhecer alguns aspectos do património mundial, legado do ser humano ao longo da sua evolu-ção. Por tal motivo, porque algumas coisas só as posso ver em museus, gosto muito de museus.Livros, li muitos em toda a minha vida. Desde que me lembro, bastou aprender a ler para me apaixonar pelos livros e pelos misté-rios e saberes que eles encerram. Garanto que li de tudo um pouco e garanto, também, que estive tentado a deixar a meio um livro de ]�œ�Ē�äģŬĺģœŬůÂœŬ¶÷Ù¦ſĈ¶�¶ÂŬÂĒŬÂĘůÂĘ¶ÂœŬ�Ŭśſ�ŬØģœĒ�Ŭ¶ÂŬÂś¦œ÷ů�ŀŬNo entanto, fazendo um pouco de esforço, não desisti e acabei por ler e gostar do que li.Finalmente, garanto que nunca pensei ou desejei viver noutro país. Wģœůſä�ĈŬ ś÷äĘ÷Ù¦�Ŭ ģŬĒÂśĒģŬ ŇſÂŬ ģśŬ ĺ�÷śŀŬ cÂĒģśŬ ģśŬ ŇſÂŬ ůÂĒģśŬ ÂŬnunca os poderemos trocar.

ANTÓNIO JOAQUIM GRINCHO SERRA

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Não é a primeira vez que o auditório do Cofre abre as suas portas para receber Ruy de Carvalho e família, e é sempre um aconteci-mento que gostamos de partilhar com quem lá esteve e, principal-mente, com os nossos leitores que não puderam estar presentes ĘſĒŬÙĒŬ¶ÂŬů�œ¶ÂŬÂśĺ¦÷�ĈŀŬ�Âśů�ŬƎÂƛŬģŬĈ÷ƎœģŬÂĒŬ¶Âśů�ŇſÂŬî�Ĉ�ʶœ-tinos», é uma obra de Paulo Mira Coelho, seu genro, jornalista e escritor, mas a família não faltou, nem os amigos do peito, nem um coro de Almodôvar, nem a guitarra e a viola, nem o «Fado Falado». Nada como começar do princípio. No passado dia 7 de Julho pelas 18h,3O já o auditório regurgitava de gente e não era para menos pois estava prevista a apresentação de dois livros – um de Ruy de Carvalho e Paula Carvalho «Naná, o Meu Amor de Quatro Patas» e «Clandestinos» de Paulo M. Coelho. Porém, a sessão teve início com esta última obra. cģĒģſŬ�Ŭĺ�Ĉ�Ǝœ�²Ŭ¦ģĒģŬ�ĘÙůœ÷�ģ²ŬģŬ�œŀŬcģĒÃŬ:�œ¶÷Ē²ŬĺœÂś÷¶ÂĘůÂŬ¶ģŬCA do Cofre que se congratulou com a presença dos autores, dos músicos, de todos os que para ali convergiram em mais um aconte-cimento cultural. A sessão foi iniciada pelo coro de Nossa Senhora da Conceição de Almodôvar que cantou duas peças religiosas em latim orientadas por uma maestrina. Um curioso coro com nove mulheres e um homem. Tomou depois a palavra Sónia Silveira, um dos elementos da editora de «Clandestinos» a Apolo 7O, que referiu o gosto em editarem o 2.º livro de Paulo Mira Coelho, e seu primeiro romance. Passou a palavra ao autor que começou por agradecer aos amigos de sempre a sua presença e como eles tinham marcado a sua carreira de radialista e depois jornalista. Referiu-se aos presentes na assistência Joaquim Letria, José Nuno Martins e Adelino Gomes que fez a seguir a apresentação da obra, bem como a Carlos Cruz, que assinou o prefácio. Foi apresentado um vídeo com as palavras do prefaciador que não pôde estar presente e que referiu como o livro lhe agradou por ter uma mensagem de esperança.

Na sala já estavam os microfones junto aos dois jovens que integram o projecto «Trovas&Canções», Ricardo Gama e João Correia que nos brindaram com o tema «Verdes Anos», executado com um virtuosismo assinalável. Seguiu-se a apresentação do livro pelo jornalista Adelino Gomes que fez questão de primeiro recuar no tempo, ao dia 25 de Abril de 1974, quando conheceu o jovem, então repórter da Rádio Renascença, Paulo M. Coelho que fazia a reportagem dos acontecimentos no Terreiro do Paço. Uma amizade que começou nesse dia, até hoje. Evocou a bravura de Salgueiro Maia e contou como o gravador de Paulo Coelho “salvou” a sua própria reportagem. Falou com entusiasmo dos momentos que viveu e como acabou por fazer «a reportagem mais imparcial da sua Ǝ÷¶�ïŀŬWģœŬÙĒŬ�ĺœÂśÂĘůģſŬģŬ Ĉ÷Ǝœģ²Ŭ ģśŬĺÂœśģĘ�äÂĘśŬÂŬ ¦ģĒģŬ�ŇſÂĈÂŬcenário da ruralidade de Rio-Cão lhe lembrou o «realismo sul-ame-ricano» e como «a alma do livro estava nos pormenores e não no ÙĘ�ĈïŀŬWģœŬÙĒŬW�ſĈģŬD÷œ�Ŭ�ģÂĈòģŬÂƔĺĈ÷¦ģſŬŇſÂŬģŬĈ÷ƎœģŬÃŬſĒ�ŬÙ¦«�ģŬmas onde deixa implícita a ideia de que acredita que Portugal tem ainda uma missão importante a cumprir. Como surpresa tivemos o prazer de ouvir de novo os talentosos músicos à guitarra e à viola e o actor João de Carvalho cantou, ou melhor, disse o «Fado Falado» imortalizado por João Vilaret. Foram entusiasticamente aplaudidos. ]Âäſ÷ſöśÂŬ�ŬśÂśś�ģŬ¶ÂŬ�ſůĤäœ�ØģśŬÂŬĺģœŬÙĒŬśģſ�ÂöśÂŬŇſÂŬģŬĈ÷ƎœģŬ¶ÂŬRuy de Carvalho estava à venda na recepção, mas não seria apre-sentado no auditório. Pelas 2Oh3O os convidados do presidente do Cofre terminaram a Ęģ÷ůÂŬĘſĒŬœÂśů�ſœ�ĘůÂŬÂĒŬ��ĒĺģŬ¶ÂŬJſœ÷ŇſÂŬģʶÂŬÙĘ�ĈĒÂĘůÂŬģŬcoro alentejano pode entoar o seu cante alentejano. Muitos dos presentes não resistiram à moda do momento das îśÂĈÙÂśïŬÂŬůģ¶�Ŭ�ŬäÂĘůÂŬ¶ÂſŬĺģœŬ�ÂĒŬĺ�śś�¶�ŬÂśů�ŬĘģ÷ůÂŬ¦ſĈůſœ�ĈŀŬ

DESTAQUE TROVAS & CANÇÕES «Trovas & Canções, da autoria de Paula Carvalho e Paulo Mira Coelho, ultrapassará, seguramente, a melancolia das memórias gastas, ao obedecer a uma escolha criteriosa dos temas que ecoa-rão no palco, abrindo sempre a hipótese de um contacto mais ĺœĤƔ÷Ēģ²ŬÂŬĺģœŬ÷śśģ²ŬĒ�÷śŬÂÙ¦�ƛ²ŬÂĘůœÂŬ�ŬÂƔĺÂœ÷Æʦ÷�Ŭ¶ÂŬſĒŬäœ�ʶÂŬator, e o prazer com que se vão ouvir coros da plateia a acompanhar os artistas presentes durante mais de hora e meia de espectáculo. ō]ģĒģśŬůœÆśŬäÂœ�«ĹÂśŬ¶�ŬĒÂśĒ�ŬØ�ĒøĈ÷�ŀŬ�ģĒŬģŬĒÂſŬÙĈòģŬÂŬģŬĒÂſŬneto, juntei-me em palco a dois mestres de música e a duas lindas vozes, com quem cantarei os poemas que serviram as mais famo-sas canções portuguesas do último século. Chamámos a este recital inédito, «Trovas & Canções, Actores Poetas e Cantores», no qual recordaremos antigas e conhecidas melodias, que levarão as salas de Portugal a cantar em uníssono os grandes temas dos nossos melhores poetas, recitados e cantados agora por Actores e Canto-res, que mostrarão como o instrumento da poesia não é só a palavra, mas também pode ser a música... e os gestos. O projecto vive do contraponto entre a récita e o canto, guiado pelos tons de uma guitarra portuguesa e uma clássica, com a presença permanente de seis artistas, que durante hora e meia, recitarão e cantarão os mais conhecidos poetas do século XX. A beleza deste projecto não está na audácia de criar, mas sim no prazer de ofere-cer, humildemente, aquilo que a nossa cultura tem de mais subli-me... O mundo mágico da imaginação!» Ruy de Carvalho

SESSÃO DE AUTÓGRAFOS NO AUDITÓRIO DO COFRE 7 de Julho de 2O15

APRESENTAÇÃO DO LIVRO “CLANDESTINOS” DE PAULO MIRA COELHO

Actuação do coro de Nossa Senhora da Conceição de Almodôvar

Editor da “Apolo 7O”, Paulo M. Coelho, Adelino Gomes e Dr. Tomé Jardim

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Não é a primeira vez que o auditório do Cofre abre as suas portas para receber Ruy de Carvalho e família, e é sempre um aconteci-mento que gostamos de partilhar com quem lá esteve e, principal-mente, com os nossos leitores que não puderam estar presentes ĘſĒŬÙĒŬ¶ÂŬů�œ¶ÂŬÂśĺ¦÷�ĈŀŬ�Âśů�ŬƎÂƛŬģŬĈ÷ƎœģŬÂĒŬ¶Âśů�ŇſÂŬî�Ĉ�ʶœ-tinos», é uma obra de Paulo Mira Coelho, seu genro, jornalista e escritor, mas a família não faltou, nem os amigos do peito, nem um coro de Almodôvar, nem a guitarra e a viola, nem o «Fado Falado». Nada como começar do princípio. No passado dia 7 de Julho pelas 18h,3O já o auditório regurgitava de gente e não era para menos pois estava prevista a apresentação de dois livros – um de Ruy de Carvalho e Paula Carvalho «Naná, o Meu Amor de Quatro Patas» e «Clandestinos» de Paulo M. Coelho. Porém, a sessão teve início com esta última obra. cģĒģſŬ�Ŭĺ�Ĉ�Ǝœ�²Ŭ¦ģĒģŬ�ĘÙůœ÷�ģ²ŬģŬ�œŀŬcģĒÃŬ:�œ¶÷Ē²ŬĺœÂś÷¶ÂĘůÂŬ¶ģŬCA do Cofre que se congratulou com a presença dos autores, dos músicos, de todos os que para ali convergiram em mais um aconte-cimento cultural. A sessão foi iniciada pelo coro de Nossa Senhora da Conceição de Almodôvar que cantou duas peças religiosas em latim orientadas por uma maestrina. Um curioso coro com nove mulheres e um homem. Tomou depois a palavra Sónia Silveira, um dos elementos da editora de «Clandestinos» a Apolo 7O, que referiu o gosto em editarem o 2.º livro de Paulo Mira Coelho, e seu primeiro romance. Passou a palavra ao autor que começou por agradecer aos amigos de sempre a sua presença e como eles tinham marcado a sua carreira de radialista e depois jornalista. Referiu-se aos presentes na assistência Joaquim Letria, José Nuno Martins e Adelino Gomes que fez a seguir a apresentação da obra, bem como a Carlos Cruz, que assinou o prefácio. Foi apresentado um vídeo com as palavras do prefaciador que não pôde estar presente e que referiu como o livro lhe agradou por ter uma mensagem de esperança.

Na sala já estavam os microfones junto aos dois jovens que integram o projecto «Trovas&Canções», Ricardo Gama e João Correia que nos brindaram com o tema «Verdes Anos», executado com um virtuosismo assinalável. Seguiu-se a apresentação do livro pelo jornalista Adelino Gomes que fez questão de primeiro recuar no tempo, ao dia 25 de Abril de 1974, quando conheceu o jovem, então repórter da Rádio Renascença, Paulo M. Coelho que fazia a reportagem dos acontecimentos no Terreiro do Paço. Uma amizade que começou nesse dia, até hoje. Evocou a bravura de Salgueiro Maia e contou como o gravador de Paulo Coelho “salvou” a sua própria reportagem. Falou com entusiasmo dos momentos que viveu e como acabou por fazer «a reportagem mais imparcial da sua Ǝ÷¶�ïŀŬWģœŬÙĒŬ�ĺœÂśÂĘůģſŬģŬ Ĉ÷Ǝœģ²Ŭ ģśŬĺÂœśģĘ�äÂĘśŬÂŬ ¦ģĒģŬ�ŇſÂĈÂŬcenário da ruralidade de Rio-Cão lhe lembrou o «realismo sul-ame-ricano» e como «a alma do livro estava nos pormenores e não no ÙĘ�ĈïŀŬWģœŬÙĒŬW�ſĈģŬD÷œ�Ŭ�ģÂĈòģŬÂƔĺĈ÷¦ģſŬŇſÂŬģŬĈ÷ƎœģŬÃŬſĒ�ŬÙ¦«�ģŬmas onde deixa implícita a ideia de que acredita que Portugal tem ainda uma missão importante a cumprir. Como surpresa tivemos o prazer de ouvir de novo os talentosos músicos à guitarra e à viola e o actor João de Carvalho cantou, ou melhor, disse o «Fado Falado» imortalizado por João Vilaret. Foram entusiasticamente aplaudidos. ]Âäſ÷ſöśÂŬ�ŬśÂśś�ģŬ¶ÂŬ�ſůĤäœ�ØģśŬÂŬĺģœŬÙĒŬśģſ�ÂöśÂŬŇſÂŬģŬĈ÷ƎœģŬ¶ÂŬRuy de Carvalho estava à venda na recepção, mas não seria apre-sentado no auditório. Pelas 2Oh3O os convidados do presidente do Cofre terminaram a Ęģ÷ůÂŬĘſĒŬœÂśů�ſœ�ĘůÂŬÂĒŬ��ĒĺģŬ¶ÂŬJſœ÷ŇſÂŬģʶÂŬÙĘ�ĈĒÂĘůÂŬģŬcoro alentejano pode entoar o seu cante alentejano. Muitos dos presentes não resistiram à moda do momento das îśÂĈÙÂśïŬÂŬůģ¶�Ŭ�ŬäÂĘůÂŬ¶ÂſŬĺģœŬ�ÂĒŬĺ�śś�¶�ŬÂśů�ŬĘģ÷ůÂŬ¦ſĈůſœ�ĈŀŬ

DESTAQUE TROVAS & CANÇÕES «Trovas & Canções, da autoria de Paula Carvalho e Paulo Mira Coelho, ultrapassará, seguramente, a melancolia das memórias gastas, ao obedecer a uma escolha criteriosa dos temas que ecoa-rão no palco, abrindo sempre a hipótese de um contacto mais ĺœĤƔ÷Ēģ²ŬÂŬĺģœŬ÷śśģ²ŬĒ�÷śŬÂÙ¦�ƛ²ŬÂĘůœÂŬ�ŬÂƔĺÂœ÷Æʦ÷�Ŭ¶ÂŬſĒŬäœ�ʶÂŬator, e o prazer com que se vão ouvir coros da plateia a acompanhar os artistas presentes durante mais de hora e meia de espectáculo. ō]ģĒģśŬůœÆśŬäÂœ�«ĹÂśŬ¶�ŬĒÂśĒ�ŬØ�ĒøĈ÷�ŀŬ�ģĒŬģŬĒÂſŬÙĈòģŬÂŬģŬĒÂſŬneto, juntei-me em palco a dois mestres de música e a duas lindas vozes, com quem cantarei os poemas que serviram as mais famo-sas canções portuguesas do último século. Chamámos a este recital inédito, «Trovas & Canções, Actores Poetas e Cantores», no qual recordaremos antigas e conhecidas melodias, que levarão as salas de Portugal a cantar em uníssono os grandes temas dos nossos melhores poetas, recitados e cantados agora por Actores e Canto-res, que mostrarão como o instrumento da poesia não é só a palavra, mas também pode ser a música... e os gestos. O projecto vive do contraponto entre a récita e o canto, guiado pelos tons de uma guitarra portuguesa e uma clássica, com a presença permanente de seis artistas, que durante hora e meia, recitarão e cantarão os mais conhecidos poetas do século XX. A beleza deste projecto não está na audácia de criar, mas sim no prazer de ofere-cer, humildemente, aquilo que a nossa cultura tem de mais subli-me... O mundo mágico da imaginação!» Ruy de Carvalho

João de Carvalho

Joaquim LetriaJosé Nuno Martins Margarida Mercês de Melo

Paula de Carvalho

O actor Quimbé e Ana Palma

Ruy de Carvalho com uma amiga

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Não é a primeira vez que o auditório do Cofre abre as suas portas para receber Ruy de Carvalho e família, e é sempre um aconteci-mento que gostamos de partilhar com quem lá esteve e, principal-mente, com os nossos leitores que não puderam estar presentes ĘſĒŬÙĒŬ¶ÂŬů�œ¶ÂŬÂśĺ¦÷�ĈŀŬ�Âśů�ŬƎÂƛŬģŬĈ÷ƎœģŬÂĒŬ¶Âśů�ŇſÂŬî�Ĉ�ʶœ-tinos», é uma obra de Paulo Mira Coelho, seu genro, jornalista e escritor, mas a família não faltou, nem os amigos do peito, nem um coro de Almodôvar, nem a guitarra e a viola, nem o «Fado Falado». Nada como começar do princípio. No passado dia 7 de Julho pelas 18h,3O já o auditório regurgitava de gente e não era para menos pois estava prevista a apresentação de dois livros – um de Ruy de Carvalho e Paula Carvalho «Naná, o Meu Amor de Quatro Patas» e «Clandestinos» de Paulo M. Coelho. Porém, a sessão teve início com esta última obra. cģĒģſŬ�Ŭĺ�Ĉ�Ǝœ�²Ŭ¦ģĒģŬ�ĘÙůœ÷�ģ²ŬģŬ�œŀŬcģĒÃŬ:�œ¶÷Ē²ŬĺœÂś÷¶ÂĘůÂŬ¶ģŬCA do Cofre que se congratulou com a presença dos autores, dos músicos, de todos os que para ali convergiram em mais um aconte-cimento cultural. A sessão foi iniciada pelo coro de Nossa Senhora da Conceição de Almodôvar que cantou duas peças religiosas em latim orientadas por uma maestrina. Um curioso coro com nove mulheres e um homem. Tomou depois a palavra Sónia Silveira, um dos elementos da editora de «Clandestinos» a Apolo 7O, que referiu o gosto em editarem o 2.º livro de Paulo Mira Coelho, e seu primeiro romance. Passou a palavra ao autor que começou por agradecer aos amigos de sempre a sua presença e como eles tinham marcado a sua carreira de radialista e depois jornalista. Referiu-se aos presentes na assistência Joaquim Letria, José Nuno Martins e Adelino Gomes que fez a seguir a apresentação da obra, bem como a Carlos Cruz, que assinou o prefácio. Foi apresentado um vídeo com as palavras do prefaciador que não pôde estar presente e que referiu como o livro lhe agradou por ter uma mensagem de esperança.

Na sala já estavam os microfones junto aos dois jovens que integram o projecto «Trovas&Canções», Ricardo Gama e João Correia que nos brindaram com o tema «Verdes Anos», executado com um virtuosismo assinalável. Seguiu-se a apresentação do livro pelo jornalista Adelino Gomes que fez questão de primeiro recuar no tempo, ao dia 25 de Abril de 1974, quando conheceu o jovem, então repórter da Rádio Renascença, Paulo M. Coelho que fazia a reportagem dos acontecimentos no Terreiro do Paço. Uma amizade que começou nesse dia, até hoje. Evocou a bravura de Salgueiro Maia e contou como o gravador de Paulo Coelho “salvou” a sua própria reportagem. Falou com entusiasmo dos momentos que viveu e como acabou por fazer «a reportagem mais imparcial da sua Ǝ÷¶�ïŀŬWģœŬÙĒŬ�ĺœÂśÂĘůģſŬģŬ Ĉ÷Ǝœģ²Ŭ ģśŬĺÂœśģĘ�äÂĘśŬÂŬ ¦ģĒģŬ�ŇſÂĈÂŬcenário da ruralidade de Rio-Cão lhe lembrou o «realismo sul-ame-ricano» e como «a alma do livro estava nos pormenores e não no ÙĘ�ĈïŀŬWģœŬÙĒŬW�ſĈģŬD÷œ�Ŭ�ģÂĈòģŬÂƔĺĈ÷¦ģſŬŇſÂŬģŬĈ÷ƎœģŬÃŬſĒ�ŬÙ¦«�ģŬmas onde deixa implícita a ideia de que acredita que Portugal tem ainda uma missão importante a cumprir. Como surpresa tivemos o prazer de ouvir de novo os talentosos músicos à guitarra e à viola e o actor João de Carvalho cantou, ou melhor, disse o «Fado Falado» imortalizado por João Vilaret. Foram entusiasticamente aplaudidos. ]Âäſ÷ſöśÂŬ�ŬśÂśś�ģŬ¶ÂŬ�ſůĤäœ�ØģśŬÂŬĺģœŬÙĒŬśģſ�ÂöśÂŬŇſÂŬģŬĈ÷ƎœģŬ¶ÂŬRuy de Carvalho estava à venda na recepção, mas não seria apre-sentado no auditório. Pelas 2Oh3O os convidados do presidente do Cofre terminaram a Ęģ÷ůÂŬĘſĒŬœÂśů�ſœ�ĘůÂŬÂĒŬ��ĒĺģŬ¶ÂŬJſœ÷ŇſÂŬģʶÂŬÙĘ�ĈĒÂĘůÂŬģŬcoro alentejano pode entoar o seu cante alentejano. Muitos dos presentes não resistiram à moda do momento das îśÂĈÙÂśïŬÂŬůģ¶�Ŭ�ŬäÂĘůÂŬ¶ÂſŬĺģœŬ�ÂĒŬĺ�śś�¶�ŬÂśů�ŬĘģ÷ůÂŬ¦ſĈůſœ�ĈŀŬ

DESTAQUE TROVAS & CANÇÕES «Trovas & Canções, da autoria de Paula Carvalho e Paulo Mira Coelho, ultrapassará, seguramente, a melancolia das memórias gastas, ao obedecer a uma escolha criteriosa dos temas que ecoa-rão no palco, abrindo sempre a hipótese de um contacto mais ĺœĤƔ÷Ēģ²ŬÂŬĺģœŬ÷śśģ²ŬĒ�÷śŬÂÙ¦�ƛ²ŬÂĘůœÂŬ�ŬÂƔĺÂœ÷Æʦ÷�Ŭ¶ÂŬſĒŬäœ�ʶÂŬator, e o prazer com que se vão ouvir coros da plateia a acompanhar os artistas presentes durante mais de hora e meia de espectáculo. ō]ģĒģśŬůœÆśŬäÂœ�«ĹÂśŬ¶�ŬĒÂśĒ�ŬØ�ĒøĈ÷�ŀŬ�ģĒŬģŬĒÂſŬÙĈòģŬÂŬģŬĒÂſŬneto, juntei-me em palco a dois mestres de música e a duas lindas vozes, com quem cantarei os poemas que serviram as mais famo-sas canções portuguesas do último século. Chamámos a este recital inédito, «Trovas & Canções, Actores Poetas e Cantores», no qual recordaremos antigas e conhecidas melodias, que levarão as salas de Portugal a cantar em uníssono os grandes temas dos nossos melhores poetas, recitados e cantados agora por Actores e Canto-res, que mostrarão como o instrumento da poesia não é só a palavra, mas também pode ser a música... e os gestos. O projecto vive do contraponto entre a récita e o canto, guiado pelos tons de uma guitarra portuguesa e uma clássica, com a presença permanente de seis artistas, que durante hora e meia, recitarão e cantarão os mais conhecidos poetas do século XX. A beleza deste projecto não está na audácia de criar, mas sim no prazer de ofere-cer, humildemente, aquilo que a nossa cultura tem de mais subli-me... O mundo mágico da imaginação!» Ruy de Carvalho

Ricardo Gama e João Correia João de Carvalho no “Fado Falado”

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Na Assembleia geral da ONU, realizada em Dezembro de 2O13, foi proclamado o ano de 2O15 como “Ano Internacional da Luz”, ¶ÂÙĘ÷ʶģöśÂŬÂĘů�ģŬģŬĺœģĺĤś÷ůģŬ¶ÂŬ��ģœ¶�œŬĘ�ģŬśĤŬ�Ŭ÷Ēĺģœů�ʦ÷�Ŭ¶�Ŭluz na vida e bem-estar da humanidade mas também as tecnolo-gias baseadas nas radiações a que chamamos “luz”. �ĒŬ ůÂœĒģśŬ ¦÷ÂĘůøÙ¦ģś²Ŭ ōĈſƛŎŬ ś÷äĘ÷Ù¦�Ŭ Ēſ÷ůģŬ Ē�÷śŬ ¶ģŬ ŇſÂŬ �Ŭ ōĈſƛŬvisível” pois correspondem à mesma designação todas as radiações que conhecemos (e pensa-se que não poderão ser mais), desde as “ondas rádio” (aquelas que não vemos por terem comprimentos muito maiores do que os das ondas que os olhos humanos podem ver), até aos “raios-X” e “raios gama”, cujos comprimentos são extraordinariamente menores.Em Portugal, a missão foi assumida por algumas sociedades cientí-Ù¦�śŬ Ňſ²Ŭ ÂĒŬ ¦ģĘăſĘůģ²Ŭ ¶ÂÙĘ÷œ�ĒŬ �œÂ�śŬ ¦ģĒģŬ �śůœģĘģĒ÷�²Ŭ Øøś÷¦�²Ŭsaúde e medicina, biologia, química, tecnologias, artes, (http://ail2O15.org) das quais a “luz” é elemento indissociável. Para �ĈÃĒŬ¶÷śśģ²Ŭ�śśſĒ÷ſöśÂŬŇſÂŬģŬōĺœģ¶ſůģŬÙĘ�ĈŎŬ¶ÂŬůģ¶�śŬ�śŬ÷Ę÷¦÷�ů÷Ǝ�śŬconstituirá um outro conceito de “luz”, não mensurável, correspon-dente à apropriação – por parte dos milhares de cidadãos partici-ĺ�ĘůÂśŬ ÐŬ ¶ÂŬ ¦ģĘò¦÷ĒÂĘůģśŬ ŇſÂŬ ÷ĘÞſÂʦ÷�œ�ģŬ ĘøƎÂ÷śŬ ¦ſĈůſœ�÷śŬ ÂŬcapacidades de apreciação do conforto daí resultante, bem como a consciência social que as diversas realidades em vários pontos do

ĒſʶģŬ¶ÂƎÂœ�ģŬśſś¦÷ů�œŀŬ�ģĒģŬŇſÂŬſĒŬōÙ�ůŬĈſƔŬĘ�śŬ¦ģĘś¦÷Æʦ÷�śŎŀNestes contextos, a Astronomia é luz, não só porque o estudo dos diversos tipos de corpos celestes e do próprio estado do Universo é feito com base na “luz” mas também por ser a área do conhecimen-ůģŬŇſ²Ŭś÷ĒſĈů�ĘÂ�ĒÂĘů²ŬœÂÞ¦ůÂŬ�Ŭò÷śůĤœ÷�ŬÂŬ�ŬÂƎģĈſ«�ģŬ¶�ŬòſĒ�-nidade e constitui domínio de aplicação e desenvolvimento dos mais notáveis progressos quer teóricos quer tecnológicos, não ÂƔ¦Ĉſ÷ʶģŬÂƔÂœ¦ø¦÷ģśŬ¶ÂŬ�ĺĈ÷¦�«�ģŬÙĈģśĤÙ¦�ŀŬ&ģœ�ĒŬÙĈĤśģØģśŬäœÂäģśŬŇſÂŬ ůÂĘů�œ�ĒŬ¦ģʦ÷Ĉ÷�œŬ œÂÞÂƔĹÂśŬÙĈģśĤÙ¦�śŬ¦ģĒŬ�Ŭģ�śÂœƎ�«�ģŬ¶ÂŬØÂĘĤĒÂĘģśŬ ÂŬ Ø�¦ůģśŬ œÂ�÷śŬ ÂŬ Ňſ²Ŭ �ģśŬ ĺģſ¦ģś²Ŭ ÙƛÂœ�ĒŬ Ę�ś¦ÂœŬ �Ŭciência, baseada na curiosidade, na observação sistemática, no estabelecimento de hipóteses, na humildade perante os fracassos e na persistência de propósitos. Assim se foi assumindo a Terra esférica como consequência de factos físicos e não de conjecturas ÙĈģśĤÙ¦�ś²Ŭ ÷śģĈ�¶�Ŭ ĘģŬ Âśĺ�«ģ²Ŭ ä÷œ�ʶģŬ ÂĒŬ ƎģĈů�Ŭ ¶ÂŬ ſĒ�Ŭ ÂśůœÂĈ�Ŭmodesta que, por sua vez, rodopia em torno da galáxia a que pertence, a qual viaja pelo espaço com muitos milhões de outros aglomerados semelhantes.Apesar de relegar o Homem de uma posição privilegiada no cosmos, a Astronomia torna-se progressivamente mais fascinante à medida que se oferece como um laboratório, onde simultanea-mente o investigador experimenta o sentido de uma dimensão

física sempre menor, enquanto aumenta o seu conhecimento das profundezas do Universo e se assume com capacidade para ¦ģĒĺœÂÂĘ¶ÂœŬģŬŇſÂŬĺģ¶ÂŬ¦ģĘś÷¶Âœ�œŬ÷ĘÙĘ÷ů�ĒÂĘůÂŬäœ�ʶÂŀA necessidade de produzir instrumentos que facilitem a satisfação da sua curiosidade, leva à construção de telescópios e de instru-mentos de medição com os quais se observa o que os olhos não conseguem ver e se reduzem muitos fenómenos a números, obrigando assim ao desenvolvimento da ferramenta extraordinária que é a matemática. Determinam-se os tamanhos dos planetas e a distância entre eles e estabelecem-se as leis físicas que explicam os seus movimentos e as forças que os ligam ao Sol. Percebe-se a universalidade de tais leis e compreende-se a semelhança entre a força que mantém a Lua “presa” à Terra e esta ao Sol e a que pode-ria manter uma nave a circular em órbita terrestre, fora da atmos-fera que envolve o nosso planeta.A “profecia” do físico Konstantin Tsiolkovsky, em 19O3, “a Terra é o berço da humanidade mas ninguém vive no berço toda a vida” seria cumprida com o lançamento dos primeiros humanos no espaço, as descidas suaves na superfície lunar e as sucessivas missões – por enquanto não tripuladas – a planetas companheiros do nosso, no ininterrupto cortejo em volta do Sol.A vontade de ver mais longe e a convicção de que existirão outros

mundos habitados geram o desejo de, simultaneamente, obter conhecimentos e desenvolver tecnologias que permitam revelar a nossa presença enquanto nos preparamos para a eventualidade de virmos a deparar com a realidade, talvez incómoda, de que não estamos sós no Universo e de que, nele, não seremos os seres mais dotados.Para isso, os estudos em Astronomia exigem equipas de investiga-¶ģœÂśŬ ¦�¶�Ŭ ƎÂƛŬ Ē�÷śŬ ¶÷ƎÂœś÷Ù¦�¶�ś²Ŭ ŇſÂŬ ¶ÂśÂĘƎģĈƎ�ĒŬ Ēģ¶ÂĈģśŬteóricos para os mais variados fenómenos e circunstâncias, e que ĺœģ¶ſƛ�ĒŬ ÷ĘśůœſĒÂĘůģśŬ ĺœģäœÂśś÷Ǝ�ĒÂĘůÂŬĒ�÷śŬ śģÙśů÷¦�¶ģśŀŬ c�÷śŬinvestimentos não dispensam que utilizemos muitos desses recur-sos na vida quotidiana, seja nas tarefas domésticas, na produção de energia, na medicina ou noutros domínios do conforto que perma-nentemente desejamos melhorar. Deste modo, a Astronomia conciliará a “luz” com a qual aprofunda conhecimentos de objetos celestes e circunstâncias em diversas regiões do espaço, com a “luz” traduzida na compreensão dos fenómenos físicos, na gestão de recursos naturais, na capacidade de avaliar decisões - e respectivas consequências - relacionadas com a ciência, tomadas num ou noutro país, na perceção do bem-estar social resultante das aplica-«ĹÂśŬ¦÷ÂĘůøÙ¦�śŬÂŬĘ�ŬśģĈ÷¶�œ÷¶�¶ÂŬ¶ÂƎ÷¶�Ŭ�Ŭ¦÷¶�¶�ģśŬÂŬĺģƎģśŬŇſÂŬ�Ŭele não podem aceder.

ASTRONOMIA É LUZ

COLUNA DE ASTRONOMIA Pelo Prof. Máximo Ferreira

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Na Assembleia geral da ONU, realizada em Dezembro de 2O13, foi proclamado o ano de 2O15 como “Ano Internacional da Luz”, ¶ÂÙĘ÷ʶģöśÂŬÂĘů�ģŬģŬĺœģĺĤś÷ůģŬ¶ÂŬ��ģœ¶�œŬĘ�ģŬśĤŬ�Ŭ÷Ēĺģœů�ʦ÷�Ŭ¶�Ŭluz na vida e bem-estar da humanidade mas também as tecnolo-gias baseadas nas radiações a que chamamos “luz”. �ĒŬ ůÂœĒģśŬ ¦÷ÂĘůøÙ¦ģś²Ŭ ōĈſƛŎŬ ś÷äĘ÷Ù¦�Ŭ Ēſ÷ůģŬ Ē�÷śŬ ¶ģŬ ŇſÂŬ �Ŭ ōĈſƛŬvisível” pois correspondem à mesma designação todas as radiações que conhecemos (e pensa-se que não poderão ser mais), desde as “ondas rádio” (aquelas que não vemos por terem comprimentos muito maiores do que os das ondas que os olhos humanos podem ver), até aos “raios-X” e “raios gama”, cujos comprimentos são extraordinariamente menores.Em Portugal, a missão foi assumida por algumas sociedades cientí-Ù¦�śŬ Ňſ²Ŭ ÂĒŬ ¦ģĘăſĘůģ²Ŭ ¶ÂÙĘ÷œ�ĒŬ �œÂ�śŬ ¦ģĒģŬ �śůœģĘģĒ÷�²Ŭ Øøś÷¦�²Ŭsaúde e medicina, biologia, química, tecnologias, artes, (http://ail2O15.org) das quais a “luz” é elemento indissociável. Para �ĈÃĒŬ¶÷śśģ²Ŭ�śśſĒ÷ſöśÂŬŇſÂŬģŬōĺœģ¶ſůģŬÙĘ�ĈŎŬ¶ÂŬůģ¶�śŬ�śŬ÷Ę÷¦÷�ů÷Ǝ�śŬconstituirá um outro conceito de “luz”, não mensurável, correspon-dente à apropriação – por parte dos milhares de cidadãos partici-ĺ�ĘůÂśŬ ÐŬ ¶ÂŬ ¦ģĘò¦÷ĒÂĘůģśŬ ŇſÂŬ ÷ĘÞſÂʦ÷�œ�ģŬ ĘøƎÂ÷śŬ ¦ſĈůſœ�÷śŬ ÂŬcapacidades de apreciação do conforto daí resultante, bem como a consciência social que as diversas realidades em vários pontos do

ĒſʶģŬ¶ÂƎÂœ�ģŬśſś¦÷ů�œŀŬ�ģĒģŬŇſÂŬſĒŬōÙ�ůŬĈſƔŬĘ�śŬ¦ģĘś¦÷Æʦ÷�śŎŀNestes contextos, a Astronomia é luz, não só porque o estudo dos diversos tipos de corpos celestes e do próprio estado do Universo é feito com base na “luz” mas também por ser a área do conhecimen-ůģŬŇſ²Ŭś÷ĒſĈů�ĘÂ�ĒÂĘů²ŬœÂÞ¦ůÂŬ�Ŭò÷śůĤœ÷�ŬÂŬ�ŬÂƎģĈſ«�ģŬ¶�ŬòſĒ�-nidade e constitui domínio de aplicação e desenvolvimento dos mais notáveis progressos quer teóricos quer tecnológicos, não ÂƔ¦Ĉſ÷ʶģŬÂƔÂœ¦ø¦÷ģśŬ¶ÂŬ�ĺĈ÷¦�«�ģŬÙĈģśĤÙ¦�ŀŬ&ģœ�ĒŬÙĈĤśģØģśŬäœÂäģśŬŇſÂŬ ůÂĘů�œ�ĒŬ¦ģʦ÷Ĉ÷�œŬ œÂÞÂƔĹÂśŬÙĈģśĤÙ¦�śŬ¦ģĒŬ�Ŭģ�śÂœƎ�«�ģŬ¶ÂŬØÂĘĤĒÂĘģśŬ ÂŬ Ø�¦ůģśŬ œÂ�÷śŬ ÂŬ Ňſ²Ŭ �ģśŬ ĺģſ¦ģś²Ŭ ÙƛÂœ�ĒŬ Ę�ś¦ÂœŬ �Ŭciência, baseada na curiosidade, na observação sistemática, no estabelecimento de hipóteses, na humildade perante os fracassos e na persistência de propósitos. Assim se foi assumindo a Terra esférica como consequência de factos físicos e não de conjecturas ÙĈģśĤÙ¦�ś²Ŭ ÷śģĈ�¶�Ŭ ĘģŬ Âśĺ�«ģ²Ŭ ä÷œ�ʶģŬ ÂĒŬ ƎģĈů�Ŭ ¶ÂŬ ſĒ�Ŭ ÂśůœÂĈ�Ŭmodesta que, por sua vez, rodopia em torno da galáxia a que pertence, a qual viaja pelo espaço com muitos milhões de outros aglomerados semelhantes.Apesar de relegar o Homem de uma posição privilegiada no cosmos, a Astronomia torna-se progressivamente mais fascinante à medida que se oferece como um laboratório, onde simultanea-mente o investigador experimenta o sentido de uma dimensão

física sempre menor, enquanto aumenta o seu conhecimento das profundezas do Universo e se assume com capacidade para ¦ģĒĺœÂÂĘ¶ÂœŬģŬŇſÂŬĺģ¶ÂŬ¦ģĘś÷¶Âœ�œŬ÷ĘÙĘ÷ů�ĒÂĘůÂŬäœ�ʶÂŀA necessidade de produzir instrumentos que facilitem a satisfação da sua curiosidade, leva à construção de telescópios e de instru-mentos de medição com os quais se observa o que os olhos não conseguem ver e se reduzem muitos fenómenos a números, obrigando assim ao desenvolvimento da ferramenta extraordinária que é a matemática. Determinam-se os tamanhos dos planetas e a distância entre eles e estabelecem-se as leis físicas que explicam os seus movimentos e as forças que os ligam ao Sol. Percebe-se a universalidade de tais leis e compreende-se a semelhança entre a força que mantém a Lua “presa” à Terra e esta ao Sol e a que pode-ria manter uma nave a circular em órbita terrestre, fora da atmos-fera que envolve o nosso planeta.A “profecia” do físico Konstantin Tsiolkovsky, em 19O3, “a Terra é o berço da humanidade mas ninguém vive no berço toda a vida” seria cumprida com o lançamento dos primeiros humanos no espaço, as descidas suaves na superfície lunar e as sucessivas missões – por enquanto não tripuladas – a planetas companheiros do nosso, no ininterrupto cortejo em volta do Sol.A vontade de ver mais longe e a convicção de que existirão outros

mundos habitados geram o desejo de, simultaneamente, obter conhecimentos e desenvolver tecnologias que permitam revelar a nossa presença enquanto nos preparamos para a eventualidade de virmos a deparar com a realidade, talvez incómoda, de que não estamos sós no Universo e de que, nele, não seremos os seres mais dotados.Para isso, os estudos em Astronomia exigem equipas de investiga-¶ģœÂśŬ ¦�¶�Ŭ ƎÂƛŬ Ē�÷śŬ ¶÷ƎÂœś÷Ù¦�¶�ś²Ŭ ŇſÂŬ ¶ÂśÂĘƎģĈƎ�ĒŬ Ēģ¶ÂĈģśŬteóricos para os mais variados fenómenos e circunstâncias, e que ĺœģ¶ſƛ�ĒŬ ÷ĘśůœſĒÂĘůģśŬ ĺœģäœÂśś÷Ǝ�ĒÂĘůÂŬĒ�÷śŬ śģÙśů÷¦�¶ģśŀŬ c�÷śŬinvestimentos não dispensam que utilizemos muitos desses recur-sos na vida quotidiana, seja nas tarefas domésticas, na produção de energia, na medicina ou noutros domínios do conforto que perma-nentemente desejamos melhorar. Deste modo, a Astronomia conciliará a “luz” com a qual aprofunda conhecimentos de objetos celestes e circunstâncias em diversas regiões do espaço, com a “luz” traduzida na compreensão dos fenómenos físicos, na gestão de recursos naturais, na capacidade de avaliar decisões - e respectivas consequências - relacionadas com a ciência, tomadas num ou noutro país, na perceção do bem-estar social resultante das aplica-«ĹÂśŬ¦÷ÂĘůøÙ¦�śŬÂŬĘ�ŬśģĈ÷¶�œ÷¶�¶ÂŬ¶ÂƎ÷¶�Ŭ�Ŭ¦÷¶�¶�ģśŬÂŬĺģƎģśŬŇſÂŬ�Ŭele não podem aceder.

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A MINHA IDA À QUINTA DE SANTA IRIA

Como sócia do Cofre resolvi conhecer a Quinta de Sta. Iria, na Covilhã pelo conjunto de ofertas apelativas.Ao chegar, a paisagem maravilhosa e as infraestruturas indiciaram que não me iria arrepender da viagem. Foi logo, indispensável uma visita à mercearia, para comprar o belo vinho produzido na quinta e o pão quente, além do queijo e enchidos da região.As condições climatéricas, as infraestruturas, a simpatia e cordiali-dade de todo o “staff”, levou a que logo no dia seguinte à chegada, decidisse prolongar a estadia de três para cinco dias. A estadia foi estimulante e compensadora. Com uma boa recordação e uma tremenda vontade de voltar, obrigado e até breve.

Maria da Piedade Antunes, sócia nº 933O4

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RESIDÊNCIA SENIOR DE LOURES*

O Verão chegou, e com ele trouxe ainda mais atividades e passeios.Com Santos Populares à porta, iniciamos o mês de Junho, com uma grande Sardinhada no dia de Santo António. Na semana seguinte, fomos viver mais de perto, esta época festiva, e o destino foi Alfama.O mês de Julho começou com uma tarde na Marina do Parque das Nações, e sentir a brisa do Rio Tejo. Este mês trouxe também a “Festa de Verão”, que juntou residentes, familiares e amigos para um grande almoço de convívio.WģœŬÙĒ²ŬÂĒŬ�äģśůģ²ŬØģĒģśŬ�ģŬ¦÷ĘÂĒ�Ŭ¦ſĒĺœ÷ĒÂĘů�œŬģŬō�Ǝ�œ÷śůģŎŬÂŬver o que nos trazia o novo “Pátio das Cantigas”.*Ver páginas 2O e 21.

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Associada do Cofre, e tendo várias vezes vindo desfrutar as minhas férias no Centro de Lazer da Praia do Vau, deixo desde já aqui os votos de parabéns para toda a Direção, pelas melhorias que foram realizadas e que vieram oferecer a todos os sócios uma melhor qualidade dos serviços prestados.Os melhoramentos, com as piscinas, com o parque infantil, com o campo polidesportivo, a zona exterior circundante às piscinas Ù¦�ʶģŬſĒŬÂśĺ�«ģŬ��śů�ĘůÂŬ�äœ�¶�ƎÂĈŬÂŬ�ģĘ÷ůģ²Ŭ¦ģĒŬģŬśÂſŬă�œ¶÷ĒŬŇſÂŬă�ŬƎ�÷ŬœÂä�Ĉ�ʶģŬ�śŬśſ�śŬÞģœÂśŬ¦ģĈģœ÷¶�śŀŬEģśŬ�ĺ�œů�ĒÂĘůģś²Ŭ�Ŭnovidade do ar condicionado, foi também um excelente investi-mento para facultar o bem-estar, e relativamente ao serviço dos funcionários foi 5 estrelas (como sempre).

Maria Elisabete Silva

FACEBOOK

A nossa página de Facebook conta já com 157O fãs. Acompanhe diariamente a divulgação das iniciativas Cofre, campa-nhas promocionais, dicas e eventos culturais e sociais dentro e fora de portas.Conheça a nossa página em: www.facebook.com/cofredeprevidenciafae

Contamos consigo para a dinamização do nosso espaço.

Osvaldo Silva (24 anos de idade, natural de Lisboa) e Ricardo Valério (19 anos de idade, natural de Amadora) são os Animadores Socio-culturais envolvidos na Animação de Verão na Quinta de Santa Iria na Covilhã. Fica aqui o seu testemunho:

“Quando chegou o convite com a oportunidade de trabalhar na Quinta durante as férias de verão aceitámos de imediato. Colaborar com o Cofre de Previdência pareceu-nos uma excelente forma de ÷Ę÷¦÷�œŬģŬĘģśśģŬĺÂœ¦ſœśģŬ¦ģĒģŬĺœģÙśś÷ģĘ�÷śŬĘ�Ŭ�œÂ�Ŭ¶ÂŬ�Ę÷Ē�«�ģŀŬQuando partimos de Lisboa foi o Dr. Tomé Jardim que fez questão de nos dar boleia numa viagem agradável. Quando chegámos à quinta, fomos recebidos pelo chef Francisco Santos que nos mostrou os “cantos” da casa e fez a nossa apresen-tação à equipa de trabalho da Quinta.Começámos de imediato com as atividades na companhia da Dra. Sónia Ferreira, a pessoa responsável pela iniciativa. As actividades têm cativado as crianças e também os seus familiares, o que tem promovido muitos momentos de convivência e diversão entre sócios. Esta oportunidade está a ser muito enriquecedora e, sendo os sócios pessoas muito acessíveis, sentimos que temos criado alguns laços de amizade.“

Testemunho por Beatriz Barroca (1O anos):

Adorei passar as minhas férias na Quinta de Santa Iria. Diverti-me imenso na piscina e com as actividades em que pude participar com a minha grande amida Leonor e com os animadores Ricardo e Osvaldo. Eles foram muito meus amigos porque me levaram a dar de comer aos animais, ao Herbário e ainda ao acantonamento. Foi extremamente interessante o que aprendi com o senhor professor Máximo Ferreira. Os equipamentos do planetário e observatório--telescópios- permitiram-me observar imagens espetaculares da Lua; Vénus; Júpiter e de Saturno; planeta este de que mais gostei. Se eu pudesse gostaria de trazer aqui a minha turma para partici-par nesta extraordinária experiencia. Parabéns à Quinta de Santa Iria. Espero regressar no próximo ano!!!

FÉRIAS NA QUINTA DE SANTA IRIA

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INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS DE BAIXA, MÉDIA E ALTA TENSÃOAR CONDICIONADO E REFRIGERAÇÃOFABRICO E MONTAGEM DE ESCADAS, PORTÕES, VEDAÇÕES METÁLICAS E GRADES DE SEGURANÇAVENDA, MONTAGEM, ASSISTÊNCIA E REPARAÇÃO DE ELECTROBOMBASENERGIA SOLAR - PAINÉIS TÉRMICOS E FOTOVOLTAICOSSISTEMAS DE BOMBAGEM E PRODUÇÃO DE ENERGIAVENDA, MONTAGEM, REPARAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOTODO O TIPO DE TRABALHOS DE METALOMECÂNICA E METALÚRGICASOLDADURA E TRATAMENTO DE SUPERFÍCIESCONSTRUÇÃO E MONTAGEM DE ESTRUTURAS METÁLICAS INDUSTRIAIS

TÉCNICAVIÇOSA | Parque Industrial, Lt. 204/205 7160-999 Vila Viçosa [email protected]

METALVIÇOSA | Herdade do Magarreiro 7150-999 [email protected]

CONSTITUIÇÃO DA IBIS INICIATIVA BEIRA INOVAÇÃO SOCIAL

Pelas 15hOO do dia 27 de Julho p.p., na cidade da Covilhã foi realiza-do o acto notarial da constituição da Associação IBIS – Iniciativa Beira Inovação Social, onde o Cofre é sócio fundador. Esta associa-ção visa o desenvolvimento da Beira Interior e das mais variadas estruturas através da captação de fundos comunitários.Estiveram presentes o Dr. Tomé Jardim, presidente do C.A. do Cofre de Previdência e o conselheiro Victor Calado Luz. Ficou igualmente agendado para o próximo dia 14 de Setembro às 15hOO a eleição dos Corpos Gerentes da presente associação.

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ALIMENTOS AZUIS E ROXOS

O azul e o roxo são as cores que curam. Os alimentos azuis e roxos �ăſ¶�ĒŬ�ŬĒ�ĘůÂœŬ�ŬÞÂƔ÷�÷Ĉ÷¶�¶ÂŬ¶�śŬ�œůÃœ÷�śŀŬJŬĺ÷äĒÂĘůģŬŇſÂŬĈòÂśŬdá a cor é um forte antioxidante, que protege as plantas – e assim as pessoas que as consomem – dos efeitos negativos dos raios ultra-öƎ÷ģĈÂů�śŀŬ �ģĘůÆĒŬ ÙůģŇſøĒ÷¦ģśŬ ¦ģĒģŬ �Ęůģ¦÷�Ę÷Ę�śŬ ÂŬ ¦ģĒĺģśůģśŬfenólicos e antioxidantes. Têm qualidades anti-envelhecimento, ajudando até à recuperação após doença. Também se acredita que sejam antibacterianos e que ajudem a manter saudáveis os intesti-nos, os sistemas circulatório e urinário e a memória. Beringelas, couve roxa, batatas roxas, chalotas, amoras-silvestres, mirtilos, groselha preta (cássis), maracujás, ameixas, abrunhos, ÙäģśŬĺœÂůģś²ŬſƎ�śŬĺœÂů�ś²Ŭĺ�śś�śŬģſŬ�Ĉòģ²ŬÂĘůœÂŬģſůœģś²ŬůÆĒŬ�Ŭ¦ģœŬ¶�Ŭtranquilidade, devendo ser consumidos quando se necessita de motivação e de relaxar. Como vemos, uma alimentação baseada no arco-íris ajuda-nos a melhorar o nosso bem-estar e a controlar melhor todas as funções do nosso corpo e a nossa mente.

ALIMENTOS ENCARNADOS

O encarnado é a cor da energia. Escolha alimentos encarnados quando precisa de um empurrão ou quer mudar de direção. Os ÙůģŇſøĒ÷¦ģśŬĺœÂśÂĘůÂśŬĘÂśůÂŬäœſĺģŬůÆĒŬś÷¶ģŬÂśůſ¶�¶ģśŬĺÂĈ�śŬśſ�śŬpropriedades promotoras da saúde, incluindo antocianinas e licopeno (uma substância carotenóide que dá a cor avermelhada �ģśƉ�Ĉ÷ĒÂĘůģś²Ŭ�Ęů÷ģƔ÷¶�ĘůÂƉŇſ²ŬŇſ�ʶģŬ��śģœƎ÷¶ģŬĺÂĈģŬģœä�Ę÷śĒģ²Ŭ�ăſ¶�Ŭ �Ŭ ÷Ēĺ¶÷œŬ ÂŬ œÂĺ�œ�œŬ ģśŬ ¶�ĘģśŬ �śŬ ¦ÃĈſĈ�śŬ ¦�ſś�¶ģśŬ ĺÂĈģśƉradicais livres).Beterraba, feijão encarnado, pimentos encarnados, lentilhas encar-nadas, tomate, cerejas, romãs, maçãs encarnadas, morango, melancia, etc. são ricos em vitaminas, minerais e têm qualidades diuréticas. Estimulam o sistema imunitário, ajudam a lutar as ÷ĘØ«ĹÂśŬÂŬ�ŬœÂ¶ſƛ÷œŬ�Ŭ÷ĘÞ�Ē�«�ģŬ¶ģŬ÷ĘůÂśů÷Ęģŀ

O ARCO-ÍRIS NA NOSSA ALIMENTAÇÃO

Por M. Margarida Pereira-Müller (*)

cÂĘòģŬ�Ŭ¦ÂœůÂƛ�ŬŇſÂŬŇſ�ʶģŬƎÆŬſĒŬ�œ¦ģöøœ÷śŬÙ¦�ŬØÂĈ÷ƛŬ�ģŬƎÂœŬ�Ŭśſ�Ŭbeleza multicolor. Por que não passar as cores do arco-íris para o seu prato? Uma vida a preto e branco é aborrecida e leva à depressão. Temos de deixar entrar cor no nosso quotidiano – e na nossa alimentação. Só uma alimentação variada e colorida consegue fornecer-nos todos nutrientes de que o nosso corpo e a nossa alma precisam. As cores da comida afectam as nossas emoções e o nosso nível de energia. Ao basearmos a nossa alimentação em todas as cores do arco-íris, estamos a ir ao encontro do nosso bem-estar – o tal conforto interior que sentimos quando vemos um arco-íris. Cada cor ůÂĒŬſĒ�Ŭ¶ÂůÂœĒ÷Ę�¶�Ŭ÷ĘÞſÆʦ÷�ŬĘģŬĘģśśģŬòſĒģœŀŬ�ģŬĒ÷śůſœ�œĒģśŬas diferentes cores iremos tirar todas as vantagens dos diversos ĺ÷äĒÂĘůģśŀŬ JŬ ÷Ēĺģœů�ĘůÂŬ ÃŬ ¶÷ƎÂœś÷Ù¦�œĒģśŬ �Ŭ Ęģśś�Ŭ �Ĉ÷ĒÂĘů�«�ģ²Ŭjogando com a cor dos alimentos.

(*) Autora de cerca de três dezenas de livros sobre gastronomia de diversos países, distinguida com diversos prémios

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ALIMENTOS AMARELOS E COR DE LARANJA

O amarelo é a cor de laranja são as cores do sol. Cenouras, abóboras,

manga, ananás laranjas ou limões são alimentos ricos em betacaro-

teno, que é convertido em vitamina A, o antioxidante muito impor-

tante para as nossas defesas. Além disso, ajudam a proteger o corpo

¶ÂŬ¶ÂůÂœĒ÷Ę�¶ģśŬů÷ĺģśŬ¶ÂŬ¦�ʦœģ²Ŭ�ŬœÂ¶ſƛ÷œŬ�Ŭ÷ĘÞ�Ē�«�ģŬ÷ĘůÂśů÷Ę�ĈŬÂŬa desintoxicar o corpo. Escolha alimentos deste grupo quando se

sente com ansiedade, necessita de se concentrar ou tomar

decisões. Evite-os quando está em “stress”. Se se sente sem ener-

gia, os alimentos amarelos dão-lhe um empurrão – coma então

milho, papaia, pêssego, gengibre ou outro alimento amarelo.

ALIMENTOS VERDES

O verde é a cor do equilíbrio. Os frutos e vegetais verdes têm

propriedades positivas para a saúde. Quando as células do corpo se

÷ĘÞ�Ē�Ē²ŬģŬ¦ģœĺģŬĺœģ¶ſƛŬĺœģůÂøĘ�śŬ¦ò�Ē�¶�śŬ¦÷Ę÷Ę�śŀŬ�ģŬ¦ģĒÂœ-mos alimentos verdes reduzimos a produção de cininas e ajudamos

�Ŭ ¦ģĘůœģĈ�œŬ �śŬ ÷ĘÞ�Ē�«ĹÂśŀŬ &ſʦ÷ģĘ�ĒŬ ů�Ē�ÃĒŬ ¦ģĒģŬ �Ęů÷ö÷ĘÞ�-

Ē�ůĤœ÷ģś²Ŭ ĺſœ÷Ù¦�ʶģŬ ģŬ ś�ĘäſÂŬ ÂŬ Ĉ÷�Âœů�ʶģöģŬ ¶ÂŬ ůģƔ÷Ę�śŀŬ JŬpigmento verde indica a presença de luteína, um antioxidante

importante, notadamente para a visão, podendo melhorar ou

prevenir a degeneração ocular. Ao comermos espargos verdes,

peras abacates, brócolos, couves de Bruxelas, couves, “courgettes”,

funcho, feijão-verde, pimentos verdes, alho-francês, ervilhas,

quiabos, espinafres, rúcula, alface, maçãs verdes, uvas brancas,

kiwis ou limas, entre outros, estamos a ajudar os nossos olhos –

muito importante se passamos o dia em frente ao computador ou

se trabalhamos ao ar livre, com grande exposição aos raios solares.

Porque não passar as cores do arco-íris para o seu prato?

Uma vida a preto e branco é aborrecida e leva à depressão.

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Terminou a primeira edição da Colónia de Férias Cofre e foi um

sucesso! Foram dez dias inesquecíveis cheios de actividades e

muita animação.

Num sítio fantástico em frente à Praia Azul – Torres Vedras e, com

os monitores sempre à espreita, o local foi propício para o desen-

volvimento de novas amizades e o crescimento do sentimento de

responsabilidade e autonomia em cada criança.

Os dias foram passados com actividades lúdico-pedagógicas de

manhã à noite. O período da manhã era geralmente passado na

praia com os tão desejados ateliês de “surf” que se tornaram no

delírio dos mais graúdos.

Durante a tarde as actividades distribuíram-se por:

- Iniciação à prática; “slide”; escalada; cama elástica; escorrega na

água; espaço aventura na mata.

- Futebol; basquetebol; voleibol; ténis de mesa; petanca; matraqui-

lhos.

- Ginástica e ginástica de manutenção.

- Iniciação à prática da modalidade “Capoeira”.

- Percursos pedestres e prova de orientação.

- Jogos tradicionais e jogos lúdicos na mata e na praia.

- Cinemateca.

- Ateliês de cerâmica, pintura e trabalhos manuais.

A noite desde discoteca, aos famosos Miss e Mister Colónia, kara-

oke, cinema, proporcionaram momentos de puro entretenimento.

Não percas para o ano a Colónia Cofre!

COLÓNIA DE FÉRIAS COFRE 2O15Praia Azul

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“O local foi propício para o desenvolvimento de novas amizades e o crescimento

do sentimento de responsabilidade e autonomia em cada criança.”

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Instrutores da aula de “surf”

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“O local foi propício para o desenvolvimento de novas amizades e o crescimento do sentimento de responsabilidade e autonomia em cada criança.”

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Instrutores da aula de “surf”

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“O local foi propício para o desenvolvimento de novas amizades e o crescimento do sentimento de responsabilidade e autonomia em cada criança.”

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Instrutores da aula de “surf”

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