revista arte brasileira - edição 6

19

Upload: luzi

Post on 22-Jul-2016

223 views

Category:

Documents


5 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Arte Brasileira - Edição 6
Page 2: Revista Arte Brasileira - Edição 6

Matheus Luzi

Nome da página no facebook:Poemas de carência - Matheus Luzi

Page 3: Revista Arte Brasileira - Edição 6

A Arte Brasileira é uma revista focada na divulgação de artistas independentes e artistas que não conseguem espaço na mídia tradicional, como TV, rádio, e revistas. Divulgar o trabalho dos mesmos, é um desafio extrema-

mente prazeroso para nossa produção.Temos ainda o objetivo de levar a poesia, as artes plásticas, a música, e toda manifestação artística ao povo brasi-

leiro que tenha interesse. A revista Arte Brasileira trabalha diretamente com notícias do mundo da arte brasileira, como o próprio nome já

insinua.O nosso trabalho é levar toda forma de arte até você.

Nota da direção

Recebimento de trabalhos literários

Anúncios na revista

É escritor? Então mande seus trabalhos para nós, no e-mail [email protected]

Para isso, basta apenas mandar sua poesia/crônica/conto com o nome do trabalho lite-rário e o nome do autor.

Seu nome pode estar na próxima edição da revista Arte Brasileira.

Quer divulgar seu livro ou sua página do faceboook? Então anuncie na revista Arte Bra-sileira.

Para mais infomrações, entre em contato pelo e-mail [email protected]

edição: Mathues LuziCapa: Daniel Brás

Page 4: Revista Arte Brasileira - Edição 6

MPBCAETANO VELOSO E GILBERTO GIL

IRÃO FAZER TURNÊ NA EUROPAEm maio Caetano e Gilberto Gil fizeram a primeira reunião para começarem a definir o repertório da turnê DOIS AMIGOS UM SÉCULO DE MÚSICA, que estreia em ju-

nho na Europa comemorando os 50 anos de carreira e amizade.

O projeto em questão é muito mais do que um projeto musical, mas sim um divisor de águas entre a música feita no Brasil com seu publico no exterior. A músi-ca popular brasileira é imcomparavél. Não existe, no mundo todo, nenhum tipo de música que chege aos pés da nossa querida MPB.

Confira ao lado o roteiro da turnê:

Foto: Fernando Young

Page 5: Revista Arte Brasileira - Edição 6

E por causa de amor mal resolvidoEu coleciono dores de domingo a domingo

Eu tento juntar os pedaços, eu tento me lembrar da última vez que respireiE eu corto minhas mãos nestes cacos, tentando consertar algo que não fui eu quem quebrei.

Thaís Cardoso Soares

Coleciona-dor

Page 6: Revista Arte Brasileira - Edição 6

CrônicaJamais Morrerei

De Bruna Guimarães

Quando eu morrer quero ficar , conte aos meus inimigos, para saberem que a diva se foi, porém que continuará brilhando.

Minha boca coloque no melhor restaurante japonês, meus pés na melhor casa de massagem, meu coração deixe o com minha família para sempre se lembrarem que os amei e amarei eternamente.

Minhas mãos em um corpo de preferência, para que eu o toque para sempre, meus olhos na mais bela e melhor paisagem, preferência em Las Vegas a noite,

ou Dubai, meus braços os deixr abraçando alguém ou melhor em minha pessoa preferida.

Com minhas tripas façam aleluia, má sorte de quem pegar. Meus cabelos deixem os com minha ca-beleleira, ela saberá qual cor ou qual corte é o mais adequado.

Meu túmulo cubram com o melhor chocolate, não esqueça!

Jamais me de adeus, porque uma luz jamais será apagada.

Page 7: Revista Arte Brasileira - Edição 6

HáInspira, expira

Que tudo se vaiUma hora há de vingar

Guarde o amorE dissipe a dor

Uma hora há de voltarEm forma de flores

E “ Eu te amo” ao pé do ouvidoHá de chegar

Quem lhe daráO devido alívio

Ainda você há de amar

Beatriz Amaral

Page 8: Revista Arte Brasileira - Edição 6

RockMr Catra: funkeiro

ou roqueiro? Com 30 filhos e quatro esposas, Mr Catra, conhecido ini-cialmente no mundo do funk, vem impressionando e ganhando crédito entre públicos diferentes e alternativos. Esse mesmo pú-blico que Catra está a ganhar, é o mesmo que tanto o criticou, usando seu ritmo (Funk) e as letras “vulgares”, como argumento para o desprezo. Apesar da rejeição, Mr Catra conquistou boa parte dos brasileiros através de sua música e sua personalidade. O fato de Catra ter mais de uma esposa e muitos filhos o levou a uma pa-tamar diferenciado e de prestigio. Suas músicas falam de sexo, o que atraiu multidões. Além disso, ele é dono de uma voz extre-

mente grave e “sedutora”. O que realmente chama a atenção no Mr Catra foi a sua versatilidade em se deslocar radicalmente de estilo mu-sical. O funk e o rock costumam não ter muitos parentes-cos, contudo, Catra conseguiu misturar sua naturalidade do funk, com o instrumental e vocal de rock, e ainda por cima, colocou uma letra gospel na música. Percebe-se também que Catra já tem algum molejo com o rock, isso se deve a uma banda que ele teve, antes mesmo de fazer sucesso com o funk. A banda se chamava O BECO. Ainda assim, Catra deixa uma dúvida no ar: afinal,

quem é Mr Catra? Funkeiro ou roqueiro? Provavelmente a res-posta virá em breve, partindo de seus futuros trabalhos musicais. Boatos de que Catra foi inteligente surgem a todo mo-mento. Inteligente porque, talvez, ele tenha se aproveitado da onda do funk para se engatar no sucesso, e depois disso, mostrar sua verdadeira essência: o rock. Para ver o clip da nova música de Catra, basta pesqui-sar por MR CATRA E O TEMPLÁRIOS – O RETORNO É DE JEDI. Aproveite, e tire suas próprias conclusões.

Page 9: Revista Arte Brasileira - Edição 6

Da gratuidade do amor

Toda a poesia do mundoQue sai de dentro de mim,

Tem um sentimento profundoE é todo dedicado a ti.

Por isso eu tento e juroTer-te em mim como algo feliz.Existe a dor, mas eu luto e curo,Sem deixar da ferida a cicatriz.

E se a alegria é tênue, ínfima.E a dor imensa e pesada,

Num grão de alegria que se afirmaUma tonelada de dor é dissipada

É esse carinho sem tino ou razãoQue me move, infla meu peito

E faz-me caminhar na escuridão,Como quem passeia em dia cedo

Um amor que vive só por si,Independe de sua postura.

Dá-me os préstimos de ser assim,De amar pelo que tenho em mimE não pelo que você me assegura.

Zéu Pereira

Page 10: Revista Arte Brasileira - Edição 6

Pop RockSkank alcançando

a arte além da canção Novo álbum da banda de pop rock nacional Skank, está lançando seu mais novo trabalho, denominado VELOCIA. Segundo o site da banda, o álbum já pode ser comprado em todas as lojas especializadas e em todas as lojas virtuais do mundo, como no Itunes. Contudo,épossívelassistirnoyoutubeoclipoficialdeumadasmúsicasquecompõeonovodisco.AmúsicasechamaESQUECI-MENTO.

Alémdasmúsicasdequalidadeediferenciadas,outrotópicochamaatençãonessenovoprojeto:aquestãodaarteplástica.

Vejaacapadodisco: Segundootwitterdabanda,acapafoidesenhadaporumartis-ta espanhol de Palma de Mallorca, chamado Oriol Angrill Jordà, e o desenhofoifeitoapartirdelápiseaquarela.

Vejaoutrodesenhodoartista:

Acapafoitãobemvistaquefoiselecionadaparacompetirao26ºPrêmiodeMúsicaBrasileira,nacategoriadeProjeto Visual. Alémdisso,oconteúdododiscotambémconcorreaoprêmio,nacategoriaPop/Rock/Reggae/Hip-Hop/Funk

Page 11: Revista Arte Brasileira - Edição 6

Hoje o tempo acabou

Hoje o tempo acabou.Não adianta correr nem se desesperar

acabou e ponto final.Nem tuas lágrimas serão capazes de faze-lo voltar;

nem tua dor, amor, amar.Ao mar coube caber o homem, ao homem coube se aca-

bar.

Wagner Francioso

Page 12: Revista Arte Brasileira - Edição 6

Matéria EspecialSucesso Marginalizado Você provavelmente já ouviu algum refrão de um artista marginal, porém não sabe quem é ele, e quais são suas outras can-ções. Isso acontece porque a grande mídia não divulga certos ar-tistas. A grande mídia é composta principalmente pela TV. A TV é a responsável, geralmente, por colocar os músicos na sua casa. Aqui irei apresentar três grandes artistas brasileiros que você provavelmente não conhece: Arnaldo Baptista, Tom Zé e Sé-rio Sampaio (que já não está mais vivo). Esses três artistas tem algo parecido. Os três são marginalizados, ou seja, vivem a margem da mídia nacional, contudo, são reconhecidos no exterior. Arnaldo além de músico, é pintor e é muito reconhecido nos outros países.

Arnaldo Baptista era um dos três integrantes da banda MU-TANTES dos anos 60, juntamente com Rita Lee e Sérgio Dias (que era irmão de Arnaldo). A banda fez certo sucesso na época, porém com o passar do tempo, passou a ser desconhecida do grande pú-blico. O som dos Mutantes era um rock progressivo que lembrava muito a banda inglesa Pink Floyd. Contudo, hoje, Arnaldo Baptista se dedica apenas a suas canções que se enquadram na MPB, e também se dedica a suas pin-turas, que tem uma marca característica muito forte. Pouquíssimas pessoas conhecem esse grande artista, simplesmente porque Arnal-do vive e sempre viveu a margem da mídia. Isso não é culpa do povo em si, mas sim daqueles que controlam a mídia. O que de fato salva Arnaldo Baptista, é a internet, na onde ele divulga seus trabalhos artísticos.

Arnaldo Baptista nos anos 60 Arnaldo Baptista nos dias atuais

Page 13: Revista Arte Brasileira - Edição 6

Tom Zé é outro grande nome da MPB, que ficou conhecido no século passado com a música “São, São Paulo”. Entretanto, Tom Zé é muito mais do que simplesmente essa canção. Em verdade, as pessoas dizem já ter ouvido essa música, porém não sabem nem de quem é. Tom zé sempre compôs e cantou músicas relacionadas a MPB. Tanto ele quanto Arnaldo Baptista foram e ainda são compo-sitores. Tom Zé se envolveu recentemente com o samba, fazendo uma mistura incrível entre o samba e a MPB. Resultado? Um álbum incrivelmente fantástico. Tom Zé também está a margem da socie-dade midiática. Não tem espaço na mídia, há não ser no programa do Jô da Rede Globo onde já foi entrevistado algumas vezes e rece-beu grandes homenagens.

Tom Zé

Tom Zé

Sérgio Sampaio ficou conhecido com a música “Bloco na rua”, que é um samba misturado com MPB, contudo, a músi-ca fala dos tempos da ditadura, enquanto a maioria das pessoas pensam apenas que ela reflete a diversão do carnaval. Sérgio Sampaio morreu no anonimato aos 47 anos em 1994. Sérgio Sampaio tem um estilo bem diferente, e em suas músicas costu-ma falar de amor, liberdade e assuntos pouco visados. É incrível como a mídia tem o poder de julgar quais ar-tistas irão ser reconhecidos ou não. É a mídia quem controla a saída e entrada de músicos. Além disso, é a mídia também que diz o que o povo vai gostar; se é de música, pintura ou poesia. Geralmente, as músicas mais conhecidas são as que menos fa-zem diferença na sociedade brasileira.

Sérgio Sampaio Sérgio Sampaio

Page 14: Revista Arte Brasileira - Edição 6

Poema pra ti

Dos dias nublados aos dias de solNa busca por um farol

Em meio a uma tempestade no marToda vez que lhe faltava ar

Era ele quem a fazia respirar

Bárbara Rabello

n

Page 15: Revista Arte Brasileira - Edição 6

Artes Plásticas

Você sabia que a artista plástica da atualidade mais valorizada é uma brasileira? Trata-se de Beatriz Milha-zes, que no ano de 2012 conseguiu que sua tela “Meu Limão” fosse arrematada por 2,1 milhões de dólares

(mais de 4 milhões de reais).

Beatriz Milhazes e a

obra mais cara do mundo

Meu Limão – obra de Beatriz Milhazes que a colocou no-vamente no posto de artista brasileira viva com obra mais cara vendida em leilão Milhazes já havia conquistado recorde em um leilão em 2008 com a pintura “O Mágico”, vendida por 1,049 milhão de dó-lares, cerca de 2,17 milhões de reais.

O Mágico, de Beatriz MilhazesA artista iniciou sua carreira nas artes em 1981, ano em que in-gressou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Na década, Beatriz Milhazes fez parte das exposições que caracterizavam a Geração 80, grupo de artistas que buscavam retomar a pintu-ra em contraposição à vertente conceitual dos anos 1970, com pesquisa de novas técnicas e materiais. Mas só a partir de 1990 que Milhazes passa a destacar-se em mostras internacionais nos Estados Unidos e Europa e integra acervos de museus como o

Page 16: Revista Arte Brasileira - Edição 6

Foto Especial

Page 17: Revista Arte Brasileira - Edição 6

Batom Vermelho

Eu nunca fui de passar batom vermelhoNem gostava de me olhar no espelhoMeus passos não eram firmes e largos

E meus lábios tinham um gosto amargo

Eu não sabia sorrir no final de uma históriaEu até me envergonhava da minha trajetóriaAinda posso te levar para dar um passeio?

Confesso que sempre tive esse anseio...

E se por você eu começar a gostar do vermelho?Resolver me arrumar em frente o espelho?

Tentar saltar entre os vãos mais largosEu recuso manter meus lábios amargos

Dessa vez eu contarei a mais bela históriaMe levantarei construirei a minha trajetóriaAinda posso te levar para dar um passeio?Fecho meus olhos e só por você eu anseio

Clara Baraldi

Page 18: Revista Arte Brasileira - Edição 6

MPBLenine em Carbono

Em entrevista para o programa do Jô, Lenine falou um pouco sobre seu mais novo projeto musical, denominado CARBONO. Leni-ne contou desde o surgimento do título até o estilo que está emprega-do nesse novo disco. Segunda o próprio músico, o nome Carbono, veio de uma ma-nia que ele tem, que é a mania de colecionar palavras. Jô ficou um pouco confuso e pediu esclarecimentos por parte do artista. Lenine disse que sempre coleciona palavras, e que muitos títulos de seus dis-cos e músicas são inspirados nessas palavras que ele coleciona. Por acreditar que o nome do projeto carrega uma gigante im-portância para o desenrolar das canções, Lenine afirmou o que já se esperava: ele tem um apego emocional e significativo pela palavra car-bono, que a ele, trás elementos positivos.

Todo processo de criação e desenvolvimento do projeto Car-bono levou dois meses para ser finalizado, desde a composição das canções até a produção sonora das músicas no studio e na edição. As canções embutidas no disco trazem uma releitura do que Lenine já havia apresentado anteriormente, em outros discos. Além de manter seu estilo único na MPB, Lenine também conseguiu mos-trar melancolia no disco todo. Essa melancolia é acompanhada de um calmo e sereno dedilhado do violão, e uma melodia suave. Lenine continua sendo o mesmo dono de um cavanhaque dis-creto, de um cabelo longo e de uma simpatia única. O projeto CAR-BONO é só um acréscimo a esse grande artista da nossa grandiosa MPB.

Page 19: Revista Arte Brasileira - Edição 6

tenteiSim, eu tentei

Tentei esconder o medoA aflição, a angustia

O sofrimentoA olheira das noites em claro

Tentei ver graçaNa piada de mau gosto

Tentei ser frioTentei não dar muitos carinhos

Não chorar na partidaSer fugas e ignorante

Tentei não ser caridosoNão planejar o futuro

Tentei ouvir músicas e não senti-las

Matheus Luzi