revista aracaju news - edição 001 - janeiro/2015

Janeiro - 2015 / AracajuNews / 1

2 / AracajuNews / Janeiro - 2015

LUIZ PAULO C. TEIXEIRA,

Editor geral | DRT/SE – 1785

“Quem conduz e arrasta o mundo não são as máquinas, mas as ideias”. A bela citação

do poeta e dramaturgo francês

Victor Hugo, foi cunhada em pleno

século XIX, mas pode servir de

inspiração para o nascimento da

mais nova publicação de Sergipe,

“fi lha” do nosso século XXI.

A Aracaju News estreia nesta

edição como uma nova ideia

que deve mexer com o mercado

editorial do Estado. Quem

iria apostar numa publicação

tecnicamente tão sofisticada,

como é uma revista, saindo

de primeira já com 30 mil

exemplares, num mercado tão

restrito como é o de Aracaju?

Mas coragem e a ousadia

são as marcas dessa nova

mídia, que desafi a as mídias

eletrônicas tão em voga, ao trazer

jornalismo independente, crítico,

contextualizado e de graça às mãos

dos sergipanos.

Falando em novas ideias, a

primeira edição da nossa AN está

recheada delas nas suas matérias.

O que falar do Confi ança, primeiro

clube sergipano a conseguir subir

de divisão dentro de campo? Não

estiveram ali ideias novas, da

diretoria até o ponta esquerda,

passando pela comissão técnica?

Novas ideias que também serão

necessárias para preencher o vazio

da falta do Pré-Caju no calendário

festivo de Sergipe. Há bastante

tempo que os órgãos de fi scalização

não viam com bons olhos o dinheiro

público esparramado na avenida.

Hora de boas e novas ideias então!

Ideias que precisam ser

pensadas integradamente por

sociedade e setor público, para

conter o avanço da violência

na Grande Aracaju. No Luzia,

tradicional e populoso bairro de

classe média, o povo não aguenta

mais a rotina de tantos assaltos e

anseia por dias melhores.

Dias melhores e o

reconhecimento das autoridades

é o que espera uma talentosa

sergipana, que ousou praticar

um esportes tradicionalmente

masculino. Ideia arriscada pela

qual ela literalmente lutou bastante,

mas através da qual já colhe colhe

belos frutos.

Falando em beleza e em boas

ideias, trazemos dicas de decoração

para o lar, numa colaboração

exclusiva da arquiteta Amanda

Mitidieri. Ideias também de

cuidados com a saúde para curtir

o verão, tanto para as pessoas,

quanto para os seus amados bichos

de estimação.

Ideias de roteiros de viagem

por Sergipe e de como os lojistas

esperam melhorar os faturamentos

de fi m de ano. Além, é claro,

dos pensamentos dos nossos

articulistas, sempre colaborando

com opiniões especializadas e

abalizadas para o leitor.

Mensalmente, a Aracaju News

trará temas de grande importância

para a vida dos seus leitores, que

não vão nem precisar pagar pela

internet móvel para ter acesso.

Temas importantes demais para

serem lidos apenas nas telinhas

dos celulares, sem a credibilidade

e a segurança nas informações que

o meio impresso proporciona.

Esperamos semear boas e

novas ideias para Aracaju, para que

todos sejamos conduzidos para um

futuro cada vez melhor.

Editorial

Sumário FICHA TÉCNICA ARACAJU NEWSwww.facebook.com/revistaaracajunews

Diretor: Rodrigo Paternostro.

Editor: Luiz Paulo C. Teixeira.

Gerente de Negócios: Ihanna Mendonça.

Administrativo/Financeiro: Perola Bensabath.

Comercial: Naianne Barbosa, Lorena Borges, Clóvis Oliveira.

Diagramação: Edson Lima Lemos, Marcos Gomes da Silva (SOS Design).

Impressão: Gráfi ca Santa Marta.

Redação: Daniel Villas-Bôas, César Machado, Bruno Carneiro, Camila Moda (estagiária).

Colaboradores: Carla Patrícia Paternostro, Amanda Mitidieri, Gilvan Costa, Elson Queiroz.

Informativo mensal de serviços e facilidades, dis-tribuído gratuitamente em diversos pontos comer-ciais e domicílios de Aracaju.

As opiniões expressas nos artigos publicados são de responsabilidade de seus autores e não refl e-tem, necessariamente, as da Editora. É proibida a reprodução total ou parcial de matérias, gráfi cos e fotos publicadas nesta edição, por qualquer meio, sem autorização expressa, por escrito da Editora, de acordo com o que dispõe a Lei 9.610, de 19/2/1998, sobre Direitos Autorais.

A revista Aracaju News não tem qualquer respon-sabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar infor-mações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CONAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornece-dor, nos termos do art. 3o do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilega-lidade no ato da leitura de um anúncio.

No entanto, com o objetivo de zelar pela integrida-de e credibilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a Editora se reserva o direito de recusar ou suspender a veiculação de anúncios que causem constrangimento ao consu-midor ou a empresas.

Os títulos Aracaju News e Guia Aju – Guia de Aracaju – são marcas registradas no INPI, de propriedade da Edipater – Editora Paternostro.

FALE COM A REDAÇÃO:[email protected] Moacyr Vanderley, 185. Centro Empresarial Jar-dins, sala 106.Loteamento Garcia, bairro Jardins.CEP:49025-510 | Aracaju-SETiragem desta edição: 30 mil exemplares, auditada pela PwC - Pricewaterhousecoopers

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Notas

Uma sala de almoço de dar água na boca

Surf em pé

A subida do Dragão à série C

Jiu Jitsu Cor de Rosa

Reforma do Batistão

Não vai ter Pré-Caju. E agora?

Luzia sofre com insegurança

As gargantas do Velho Chico

Direitos do consumidor arrependido

Cuidados com a pele

Santas e putas na música brasileira

Cuidados com os bichos no verão

Ganha, mas não leva!

Em alta / Em baixa

GuiaAju

Arquitetura

Esporte / Saúde

Esporte / Especial

Esporte

Esporte

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Vida dura agora, vida boa depois!

Clemilda: forró no céu

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Sergipe Fest Verão

Dos dias 24 a 26 de janeiro de 2014, Aracaju receberá o Sergipe Fest Verão.

Realizado pelos mesmos organiza-dores do Pré-Caju, a festa contará com mais de 30 atrações, entre elas Ivete Sangalo, Asa de Águia, Cláudia Leite e Chiclete com Banana.

O teto das construções

Coube ao juiz da 2ª Vara da Justiça Federal em Sergipe, Ronivon Aragão, declarar como inconstitucionais as leis municipais que permitem a construção de edifícios com mais de 12 pavimentos na capital sergipana.

O entendimento do magistrado aten-de ao pleito da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB/SE) para determinar a suspensão de todas as li-cenças de instalação e obras concedidas pela Prefeitura de Aracaju e a imediata paralisação das obras de empreendi-mentos imobiliários com mais de 12 an-dares. O antigo Plano Diretor da Capital volta a ser respeitado.

Violência na Farolândia leva estudantes para a rua

A insegurança pública que asso-la Sergipe chegou ao mundo acadê-mico. Descontentes com a situação, universitários de uma instituição par-ticular de ensino e moradores par-ticiparam de uma caminhada pela paz pelas ruas do bairro Farolândia. Os estudantes pediam que a univer-

sidade e o poder púbico tomassem providências com relação aos assaltos na região. O estopim do protesto foi o assassinato de Jean Carlo Fernan-do Alves, de 29 anos, que tinha um comércio perto da rótula do farol. Ele teria reagido a um assalto e acabou levando um tiro no ombro, não resis-tindo ao ferimento.

Morre Araripe Coutinho

Carioca de nascimento e aracajuano de coração, o jornalista e poeta Araripe Coutinho foi encontrado morto na ma-nhã da terça-feira, 09/12, dentro da casa onde morava, no bairro Industrial, Zona Norte de Aracaju.

De acordo com informações mé-dicas, Araripe, de 45 anos, morreu de insuficiência respiratória por causa de uma pneumonia bacteriana. Ele já havia sido internado anteriormente, com pro-blemas respiratórios, no Hospital Uni-versitário (HU).

Articulista de diversos jornais e apresentador de Tv, Araripe instalou-se em solo sergipano no ano de 1979. Aqui, recebeu os títulos de Cidadania Aracajuana e Sergipana, foi membro da Academia Sergipana de Letras e di-retor da Biblioteca Pública Municipal.

O irreverente poeta ficou conhecido nacionalmente após uma polêmica ses-são de fotos no Palácio Museu Olímpio Campos, na época, em reforma. O nu artístico que ele protagonizou para ilus-trar um dos seus livros de poesia, levou-o até a ser entrevistado pelo apresenta-dor Jô Soares, da Rede Globo.

Notas

Só meia pista naPonte dos Cajueiros

A Secretaria de Estado da Infraes-trutura e do Desenvolvimento Energé-tico Sustentável (Seinfra) deve realizar, neste mês de dezembro, as obras de recuperação das pontes sobre o Rio Po-xim, que corta a Avenida Beira Mar, nas proximidades do Parque Governador Antônio Carlos Valadares, mais conhe-cido como Parque dos Cajueiros.

A partir do dia 1o, o trecho da ponte Paulo Barreto de Menezes, sentido Centro-Atalaia, será interditado para a execução de parte da obra, que deve durar até 25 dias.

A ponte Presidente Juscelino Kubits-chek, que fica do outro lado da via, no sen-tido Atalaia - Centro funcionará em mão dupla durante este período. Há muito tem-po sem a devida manutenção, as pontes já vêm apresentando sinais de desgaste em sua estrutura, necessitando de intervenção.

A recuperação compreende o repa-ro dos pilares e vigas de sustentação. A passarela sobre o rio Poxim, feita em estrutura metálica, sobre o rio Poxim, também passará por recuperação.

Adema ajudará banhistas a escolher os melhores lugares para

aproveitar o verão

Já está disponível para qualquer pes-soa o novo boletim da Balneabilidade das Praias do Estado de Sergipe. Elaborado semanalmente pela Administração Esta-dual do Meio Ambiente (Adema), o bo-letim ganhou nova roupagem, passando a fornecer informações sobre a condição de banho de forma mais intuitiva e interativa.

De acordo com o presidente da Ade-ma, Wanderlê Correia, o upgrade dado à balneabilidade permitirá que as popula-ções, principalmente os turistas, tenham informações sobre a condição de banho de forma mais dinâmica e precisa com relação aos locais que desejam tomar banho de mar ou rio, já que a balnea-bilidade das prainhas do São Francisco também estará disponível. Para acessar as informações de balneabilidade, deve-se procurar o ícone “Balneabilidade”, na barra horizontal, no endereço: www.adema.se.gov.br.

Trânsito muda de sentido na Rafael de Aguiar e “Axplosão”

A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), ór-gão vinculado à Secretaria Munici-pal da Defesa Social e da Cidadania, anuncia mudanças de circulação entre os bairros Pereira Lobo e Suíssa. As principais intervenções acontecem na rua Rafael de Aguiar e a avenida Dr.

Edézio Vieira de Melo, mais conhecida como Avenida da “Explosão”.

Com a mudança, a rua Rafael de Aguiar (Posto Aperipê II) passa a ser mão única no sentido à avenida Dr. Edézio Vieira de Melo, até o cruza-mento com a via. Após esse mesmo cruzamento, a rua Rafael de Aguiar, passa a ser mão única, no sentido à Edézio Vieira de Melo, partindo da avenida Desembargador Maynard (Posto Aperipê I).

Para acessar a avenida Augusto Franco, antiga Rio de Janeiro, quem estiver na rua Rafael de Aguiar deverá entrar à direita na avenida Dr. Edézio Vieira de Melo e depois à esquerda na avenida Augusto Franco.

Já para chegar à avenida Gonçalo Rollemberg Leite o condutor que seguir pela rua Rafael de Aguiar precisará en-trar na rua Clara Almeida, que também passa a ser mão única nesse sentido.

No trecho da rua Rafael de Aguiar que compreende os cruzamentos com as avenidas Gonçalo Rollemberg Leite e Augusto Franco, e a rua São Benedi-

to, será permitido apenas o retorno para quem seguir pela avenida Augusto Fran-co e desejar retornar a ela. Até o cruza-mento com a rua São Benedito, a Rafael de Aguiar continuará em mão dupla.

(Com informações da Agência Araca-ju de Notícias)

Guarda municipal inicia operação “Turista Mais

Seguro”

Os turistas e aracajuanos que circula-rem pelos pontos turísticos da Capital já estão contando com um reforço na segurança. A Guarda Municipal de Ara-caju (GMA) iniciou a operação “Turista Mais Seguro”, que se prolongará até o fi nal de janeiro.

Segundo a GMA, um efetivo extra de 30 guardas estará diariamente nos locais de maior fl uxo de pessoas garantindo uma maior tranquilidade para os que estarão nas regiões dos Mercados Centrais, Catedral Metropolitana, Colina do Santo Antônio e Orlinha do Bairro Industrial.


ARQUITETURAARQUITETURA

Proposta inovadora mostra que beleza se põe sim à mesa.

Um ambiente intimista e usual para o dia a dia de uma família. A pro-

posta para a sala de almoço é de um layout descontraído e elementos inova-dores com um único propósito: surpre-ender! É com esse ponto de partida que beleza, inovação e funcionalidade se unem para dar vida ao projeto.

A mesa com cadeiras de design italiano é o ponto central do ambiente. Delimitada em toda extensão por um tapete que convida o público a entrar e apreciar.

Sala de AlmoçoO deck elevado em ônix translúcido

cria uma atmosfera aconchegante com na-moradeiras e mesinhas de apoio para sen-tar e tomar um drink. Espelhos nas laterais ampliam o espaço. Nas paredes, textura diferenciada e papel de parede completam o cenário.

Para fi nalizar, uma decoração com objetos fi nos e escolhidos a dedo. Peças em prata, muranos e bons livros. Mesa posta com destaque para o centro que recebe arranjo em fl ores naturais e re-força a graciosidade do ambiente.

Mesa é o ponto central do ambiente

Por Amanda Mitidieri

Foto: Xico Diniz


ESPORTE / SAÚDE

Já ouviu falar em um esporte onde os praticantes ficam em pé, reman-

do em cima de uma prancha? E em stand up paddle? Pois saiba que esta modalidade, de nome complicado para o brasileiro e criada por atletas do Havaí nos anos 60, chegou em Ser-gipe para ficar.

A inspiração no surf para na prancha e nas remadas para as melhores ondas. O stand up não precisa nem do mar, muito menos de onda. A ideia é ficar de pé na prancha, sobre a água, na base do equilíbrio e das remadas.

De acordo com o instrutor Hélio Montalvão, segurança e atenção são primordiais, principalmente para quem está iniciando na prática. “Na primeira aula a pessoa já sai remando e entenden-do o que é o stand up paddle’’ explica.

SUP

Montalvão é proprietário da primeira escola do esporte em Aracaju. As aulas acontecem em locais diferentes, como a Atalaia Nova, na Barra dos Coqueiros, e na Orla Pôr do Sol, entre o Mosqueiro e a Praia da Caueira, sempre em grupos de no máximo cinco alunos ou particulares.

Apesar de ainda ser desconhecido, o SUP – forma mais prática de chamar a prática - vem crescendo em todo o país, principalmente em Sergipe, agraciado pelo litoral e por diversos rios.

ATIVIDADE FÍSICA

“Eu costumo praticar duas a três ve-zes por semana, mas ultimamente não

“Surf em pé” no pique da

remada!Prática promete estourar no verão, mas exige cuidados. Sergipana é

referência na modalidade, que não para de crescer

Por César Machado

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estou praticando como queria” explica o praticante Carlos Frederick. Fred, como é conhecido, também é surfi sta e trabalha em uma empresa multinacional em Aracaju.

Ele conheceu o SUP através de um amigo, experimentou e nunca mais pa-rou. “O esporte é ótimo, porque trabalha grupos musculares diferentes ao mesmo tempo, aprimora o equilíbrio e pode adaptar a remada de acordo com seu condicionamento”, diz Fred.

Em Sergipe, apesar de já contar com diversos praticantes, ainda não existe uma entidade que regule o es-porte. Mesmo assim, o talento local já começa a aparecer, e com um char-me feminino.

TREINO FORTE

Chayenne Dantas é a única mulher a representar o Estado nas competições de SUP pelo Brasil. No ano passado, ela foi campeã da 1° e 2° etapa do Fun Race, ocorridas em Aracaju. Nessas competições de corrida, em rios, ela diz que já deixou muito “marmanjo” para trás.

“Independente de vento ou maré, eu costumo treinar em horários críti-cos como o das 13h, quando o sol está bastante forte, para adaptar meu corpo, já que a maioria das provas no rio são nesse horário. Já no mar, precisamos de ondulação, vento parado entre outras coisas. Então o treino não tem dia cer-to. O dia que o vento diminuir tem que deix ar de fazer o que está fazendo para treinar”, comenta.

SUPERCAMPEÃ

Colecionadora de pódios, Chayen-ne conheceu o esporte em 2012 e de lá para cá foi 5° lugar no Race Ama-dor, 3° em Maceió, campeã na Bahia e 5° lugar no brasileiro profissional. “É um esporte que trabalha todos os músculos do corpo. Só precisa tomar algumas precauções como se alimen-tar bem, beber bastante água para não desidratar, pois tem muita intensida-de” explica.

No último campeonato em que par-ticipou, em novembro, na praia de Itaci-mirim, Bahia, Chayenne foi a campeã. Para 2015, a expectativa é chegar bem no campeonato mundial no mar, que será disputado em março, na Praia do Francês, Alagoas.

Para isso, ela pretende passar o iní-cio do ano treinando na Praia da Pipa, no Rio Grande do Norte. Apesar das di-fi culdades que o esporte já impõe para os praticantes, Chayenne ainda sofre pela falta de patrocínio.

“Eu consegui uma ajuda nas pran-chas, com uma marca de fora do Esta-do, o que já alivia bastante de não ter de comprar os acessórios, que são ca-ros. Mas para custear as viagens, ainda dependo dos meus próprios recursos”, conclui a supercampeã.

DICAS

Para quem se interessar e está bus-cando começar agora no esporte, vale a pena algumas dicas básicas: não remar cansado e sozinho; preferir remar em

Sergipana já coleciona troféus

e bons resultados

dias de poucos ventos e em locais co-nhecidos e de águas calmas.

O preço dos acessórios ainda é o principal empecilho ao desenvolvimento do esporte, que já é realidade em todo o Nordeste. Em Fortaleza, por exemplo, o aluguel em média de uma prancha chega a R$ 30. Já em Aracaju, o preço é R$ 50.

“A desvantagem é o preço da pran-cha! Muito caro ainda no Brasil” reve-lou a cearense Cris Barros. Moradora da capital cearense, Cris, 40 anos, mãe de dois fi lhos, Cauê, 15, e Theo, 8, diz que começou no esporte como uma forma de manter o condicionamento físico.

“No começo, era muito difícil en-trar no mar. Quando conseguia, só pe-gava a onda pra sair, porque não dava pra fi car entrando e saindo! Demorei pra caramba para fi car em pé. Mas o prazer não é só o esporte, é estar no mar, com sua família, seus amigos, com a natureza” revela.

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ESPECIAL / ESPORTES

Vamos subir, subir, DRAGÃO!

Do grito das arquibancadas à série C,a trajetória histórica da primeira

equipe sergipana a subir de divisão dentro de campo

Torcida proletária faz a festa

Foto: ASCOM/ADC

Por Daniel Villas-Bôas‏


DESTAQUES

Entre os destaques da equipe que as-cendeu à terceira divisão estão o técni-co Betinho, um verdadeiro regente, que deu competitividade ao time; o sempre seguro goleiro Éverson; o zagueiro-arti-lheiro Eron; a experiência do meia Ge-raldo; e claro, o atacante de faro de gols apurado, Leandro Kível.

Betinho - O Regente

Praticamente desconhecido pelos torcedores e pela imprensa local, Be-tinho chegou ao Dragão credenciado por trabalhos em equipes do interior paulistano e, principalmente, pela

O ano quase perfeito de 2014 di-ficilmente será esquecido pelos

torcedores da Associação Desportiva Confiança. O time proletário foi cam-peão estadual, garantiu vaga nas Copas do Brasil e do Nordeste em 2015 e viu de vez o grito, que estava engasgado nas arquibancadas desde 2008, finalmente poder ser entoado a plenos pulmões.

Há seis anos disputando a última divi-são do Campeonato Brasileiro, o Dragão do Bairro Industrial fez história e con-seguiu enfim alçar voos maiores e soltar o fogo pelas ventas, abocanhando uma vaga na série C da competição nacional.

Com uma campanha quase irre-tocável no grupo A-4 da Série D, o Confiança já tinha o melhor ataque da competição e uma das melhores defe-sas. Nesta 1a fase foram 18 pontos con-quistados em oito jogos, cinco vitórias, três empates e nenhuma derrota. A arti-lharia pesada do Dragão se classificou com 16 gols marcados e cinco sofridos, num aproveitamento de 75%.

CAMPANHA “CLASSE A”

A campanha vitoriosa começou ainda no dia 27 de julho, com o em-pate em casa por 1 a 1, contra o Porto, de Pernambuco. O grupo do Confian-ça, que acabou não sendo páreo para o time azulino, contava ainda com o time baiano do Vitória da Conquista e o po-tiguar Globo.

A falta do estádio Lourival Baptis-ta, o “Batistão”, atrapalhou à torcida da Capital, mas acabou não sendo tão deci-siva para a campanha do Confiança, que

teve de jogar no Estádio Presidente Mé-dici, em Itabaiana, e no Sabino Ribeiro, em Aracaju.

Na fase do “mata-mata”, o primeiro adversário foi outra equipe pernambuca-na, o Central. Mas a vitória proletária pelo placar mínimo, fora de casa, e o empate de 1x1 no jogo da volta, carimbaram a vaga nas quartas de final.

“VAI COMEÇAR A FESTA”

Contra o time baiano do Jacuipense, como em toda a competição, a equipe do treinador Gilberto Carlos Nascimento, o Betinho, soube se portar bem atuan-do em “campo inimigo” no jogo de ida, aplicando um 2x0. No Presidente Médici, na volta, o Dragão só fez segurar a onda para confirmar o acesso à série C, num 0x0 que o estádio lotado adorou.

A festa foi boa, mas ainda tinha com-petição a ser disputada. Nas semifinais, o adversário foi a equipe mineira do Tom-bense, que costuma ser recheada por diver-sos jogadores de empresários, com muitos contatos nos maiores clubes do Brasil.

Porém, a derrota fora por 1x0 aca-bou sendo ainda mais amarga, pelo que foi demonstrado em campo. Faltou calma para o time sergipano ganhar o jogo, em que atuou melhor.

A torcida fez sua parte e lotou nova-mente a “casa temporária” de Itabaiana, mas não foi o bastante. O time se es-forçou, mas não conseguiu sair do 1x1, resultado que não foi o bastante para o Dragão chegar à final. Mesmo sem o tí-tulo, o torcedor proletário era só alegria com o “Troféu Acesso” já garantido.

Leandro Kível, o matador “Inkível”

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indicação do ex-treinador azulino, Fahel Júnior.

Mas, como quase tudo no futebol, foram os resultados que mostraram que a aposta no treinador era correta. Uma vitória por 3x1 no clássico, contra o ar-quirrival Sergipe, credenciou o treinador a transformar uma equipe claudicante no Sergipão 2014 num time confiável.

No Estadual o Confiança realizou 17 jogos com 13 vitórias, um empa-te e três derrotas, totalizando 78,43% dos pontos disputados. O time marcou 49 gols e sofreu 26, somando o me-lhor ataque e a segunda melhor defesa do campeonato. Somando com o que conquistou na Série D, os números de Betinho são extraordinários. No geral, o treinador realizou 31 jogos e conquistou 20 vitórias, sete empates e três derrotas.

Geraldo - O quarentãoque é 10!

Muitos diziam que seu futebol já tinha acabado, e que ele iria prejudi-

atacante se tornasse o principal nome do ataque azulino no ano. Só no Cam-peonato Sergipano foram 15 gols, que o tornaram artilheiro da competição. O “Inkível”, como é chamado pela tor-cida, anotou ainda mais cinco gols na campanha da série D.

Eron - O zagueiro-artilheiro

Outra novidade em 2014, foram necessários apenas dois jogos para que ele ganhasse a titularidade. Seguro na zaga, e ainda auxiliando o ataque. Com subidas certeiras na área adversária, foi uma arma fundamental na campanha pelo acesso.

Éverson - Segurançatem nome

Se todo time começa com um grande goleiro, o Confiança seguiu a risca esse dito futebolístico. E não só pelos 1,92 de altura do seu goleiro. Com passagem de

car o desempenho do time ao longo da temporada. Nada que o experiente meia Geraldo não pudesse superar. De-claradamente torcedor do Confiança, ele voltou a Sergipe querendo fazer – e fez – história com o time do coração.

Geraldo, nasceu no Rio de Janeiro em 1974 e em julho de 1992, veio para Aracaju. No Estado, o meia atuou no Vasco de Sergipe – também do Bair-ro Industrial - antes de despontar no cenário futebolístico nacional, tendo como mais marcante a passagens pelo Ceará. A importância de Geraldo foi tamanha que ele chegou a ser agracia-do com o título de cidadão aracajua-no, pela Câmara Municipal.

Leandro Kível, o “Inkível”

Mesmo tendo jogado mais tempo no River Plate, de Carmópolis, e até no rival Sergipe, o atacante Leandro Kível caiu nas graças da torcida proletária. O faro de gols apurado fez com que o


destaque no futebol do Piauí, Èverson Felipe Marques, chamou atenção pela agilidade e pelo reflexo em baixo das tra-ves. Durante a competição nacional o arqueiro chegou a pegar pênaltis e se tornou um líder dentro de campo.

O ACESSO QUEBATEU NA TRAVE

O ano de 2008 acabou sendo trágico para a torcida proletária. Quando ainda disputava a série C do Brasileirão – a última, na época em que a série D ainda não havia sido criada - o time azulino fez uma excelente campanha, que mo-bilizou a torcida proletária na época, que lotava o estádio Batistão. Foi quan-do surgiu o cântico “Vamos subir, Dra-gão!”, que viria a embalar novamente o time vitorioso de 2014.

Após um início avassalador na fase final, quando conseguiu assumir a lide-rança, a equipe, então comandada pelo saudoso treinador Maurício Simões, co-meçou a apresentar problemas de disci-plina internos, e sofreu uma queda livre, terminando a competição apenas na 5ª colocação, não chegando à sonhada série B por uma diferença de apenas 1 ponto.

Até hoje, sempre que se começa um bate-papo com a alguém da dire-toria azulina a questão vem à tona. Sem meias palavras. o atual presi-dente Luiz Roberto Dantas de Santa-na, diz que para ele o amadorismo na condução do clube pesou.

“Na verdade, o Confiança tinha tudo para subir naquele ano, mas aca-bou empatando uma partida em casa

contra o lanterna, na época o Rio Bran-co-AC”, relembra Luiz Roberto. Outro resultado desastroso daquele tempo foi a derrota para o Atlético-GO, quando chegou a estar ganhando até os 36 mi-nutos do segundo tempo.

“O fracasso de 2008 tem uma par-cela de culpa da própria diretoria e de alguns atletas que não atuaram com profissionalismo”, finaliza o presidente.

Por que o projeto de 2014 deu certo? Com a palavra, alguns dos

protagonistas.

“Atribuo o feito a união dos

jogadores que superaram as

críticas e todas as dificuldades

financeiras”. Honrando sempre

a camisa do clube. Os jogadores

queriam demais dar a volta por

cima. Após um começo de ano

que não fomos muito bem, fomos

muito criticados.”

(Leandro Kível - Atacante)

“Planejamento, organização

e foco no resultado...

além do apoio de nossos

patrocinadores, em sua

maioria empresas locais

com atuação nacional, foi o

alicerce para o sucesso em

2014”. (Presidente Luiz Roberto)

“Alguns fatores foram

determinantes. Primeiro,

o respeito – respeito de

um atleta com o outro

independente de quem estava

jogando e o principal, respeito

pelas minhas decisões.

Segundo, comprometimento

pelo trabalho – os atletas

treinavam sempre com muita

intensidade e isso se repetia

nos jogos. Terceiro, o objetivo

do título – ele não veio é

verdade! Mas sabíamos que

para chegar nele o acesso

estava no caminho.”

(Técnico Betinho)

16 / AracajuNews / Janeiro - 201516 / AracajuNews / Janeiro - 2015

ESPORTES

Jiu-jítsu cor de Rosa

Sergipana multicampeã pode não disputar o Europeu 2015, por falta de patrocínio

Foto: Bruno Carneiro

Por Bruno Carneiro

Unhas grandes e bem pintadas, ca-belo escovado, penteado perfeito,

festas, shows e badalação, são coisas normais na vida da maioria das garo-tas de hoje. Mas nada disso faz parte da rotina da lutadora de jiu-jítsu Líbia Gonçalves, de 22 anos, faixa marrom formada pela academia Natural Kom-bat, da equipe Gracie Barra.

Praticante do esporte há seis anos, Líbia foi apresentada ao jiu-jítsu por um ex-namorado e, de cara, se apai-xonou pelo esporte. Seis anos depois, Líbia cresceu, o tempo passou, o na-morado já é outro, mas o amor pelo jiu-jítsu é cada vez maior.

Considerada uma das melhores atletas do sexo feminino no Estado de Sergipe, Líbia vem se destacando no cenário nacional e, após vencer o Rio Open Internacional - realizado em agosto, no Rio de Janeiro, a Meca do


jiu-jítsu no Brasil -, busca patrocínio para disputar o Campeonato Europeu de 2015, que acontecerá em janeiro, na cidade de Lisboa, em Portugal.

Guerreira

Líbia é uma lutadora. Não apenas nos tatames, mas também na vida. Além de lutar contra suas adversárias, Líbia enfrenta, diariamente, o preconceito da-queles que olham com estranheza para uma mulher praticante de artes mar-ciais, assim como uma exaustiva rotina de trabalho, estudos e treinos.

“Por ser mulher, enfrentei muito preconceito. Nem meus pais gostavam, até porque eu tinha apenas 15 anos. Mas eles viram que eu me dedicava e passa-ram a apoiar. Quando comecei, havia apenas uma menina na academia, além de mim. Hoje, com a popularização do esporte, muitas garotas lutam e isso foi um pouco quebrado”, diz a atleta.

Líbia conta que, no início, os rapa-zes não queriam treinar com ela. Acha-vam que iam machucá-la, e que ela não

ofereceria um bom treino por ser mais fraca e mais leve. “Quase todos me evi-tavam. Com o tempo, aprendi o jogo, desenvolvi a técnica, impus o meu ritmo e provei que posso lutar tão bem quanto qualquer homem. Hoje tenho o respeito de todos”, afirma.

Sangue e suor

A rotina de treinos intensos e dietas balanceadas é uma luta à parte. A vida de agente de viagens e estudante de Engenharia Civil, poderia facilmente servir de obstáculo, mas a atleta trans-forma sua correria diária em motiva-ção para seguir em frente.

“Trabalho de 8h, até 18h, com um in-tervalo de duas horas para o almoço. Na hora do almoço, faço minha preparação física, com o Rodrigo Melo, da Alterna-tiva Fit, que me patrocina cuidando do meu condicionamento físico”, revela.

Após o trabalho, Líbia treina das 18:30 às 20h. Depois, come e descan-sa na própria academia, para pegar o treino das 21h. “O meu treinamento

é muito puxado. Há dias em que me sinto exausta, mas, se falto, fico com a consciência pesada, pois sei que en-quanto descanso, minhas adversárias estão se preparando para me pegar. Um dia sem treinar, é um dia perdi-do”, confessa Líbia, rindo.

A luta contra a balança é constante, principalmente na categoria dela - peso leve, até 64 quilos -, onde a competitivi-dade é muito grande. Quando a data da competição se aproxima, a dieta de Líbia se intensifica.

“Corto todo e qualquer tipo de gor-dura. Como religiosamente de três em rês horas. À noite, não como carboi-dratos. Pão, nunca. Minha alimentação é rica em cereais, oleaginosos, raízes, tubérculos, arroz integral, peixe, fran-go grelhado, frutas,legumes e verdu-ras. É um sacrifício, mas faz parte”, conta a atleta.

Por conta própria

Desde que começou a treinar, Lí-bia disputa competições. A atleta

Líbia não se intimida por ser mulher, e passa o carro nos marmanjos

Alta performance: a lutadora treina pesado para manter-se no topo

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começou pelos campeonatos locais e estaduais. Depois, passou a lutar al-gumas etapas do campeonato baiano e competições regionais Norte/Nordes-te, posteriormente disputando torneios nacionais e internacionais.

Como no Brasil - e no Estado de Sergipe -, o apoio ao esporte por parte do poder público é precário, após con-quistar um caminhão de medalhas, ven-cer o Rio Open Internacional, e se clas-sificar para o Europeu 2015, Líbia agora luta para conseguir um patrocinador que a ajude a disputar o Europeu, em Lis-boa, o que custará cerca de R$ 4 mil.

“Por não ser um esporte olímpico, como o judô, o jiu-jítsu ainda é pouco valorizado. Sempre tive dificuldade em obter patrocínio. Já tentei com o Governo do Estado, através do pro-grama Bolsa Atleta, mas não conse-gui. Meus pais sempre ajudaram, mas quando passei a disputar competições de maior projeção, ficou mais difícil, pois há os gastos com viagem, hos-pedagem, alimentação e inscrições. A última viagem para disputar o Inter-nacional Rio Open, banquei eu mes-ma. Eu praticamente trabalho para me manter treinando e competindo, um sacrifício que vale à pena”, desabafa.

Ela é fera

Dentre as principais conquistas, Líbia foi campeã estadual, duas ve-zes campeã Brasileira Norte/Nordes-te - peso e absoluto -, bicampeã Sul Americana- também peso e absoluto -, campeã do Pan-americano de Jiu-jítsu,

vice-campeã mundial, e campeã do Rio Open Internacional, o que lhe possibili-tou entrar para o ranking das melhores atletas do mundo e lutar o Campeonato Europeu, no ano que vem.

Sammyr Xavier, mestre de Líbia, ressalta as qualidades da aluna, e diz que não há palavras para defini-la. Ele revela que, devido à dificuldade em conseguir patrocínio, a atleta já se afastou dos tatames por um tempo, retornando posteriormente, ainda mais motivada e dedicada.

“Aqui, em Sergipe, não existem ad-versárias para Líbia. Ela atropela todo mundo. Nos treinos, treina de igual para igual com os marmanjos. Líbia é sinistra. Só vendo para crer. Muito disciplinada, educada e extremamente dedicada ao esporte, posso garantir que ela está preparada para lutar, em alto nível, com qualquer atleta, e tem total condição de ir a Portugal e trazer essa medalha. Se ela não conseguir esse patrocínio será realmente uma pena”, confessa Sammyr.


ESPORTE

Projeto de reformado Batistão

É datado do ano de 2009, a primei-ra iniciativa do Governo de Sergipe em transforma o Estádio em uma are-na multi uso, de acordo com o projeto apresentado à época, o estádio sofreria uma ampliação em sua capacidade e ao invés de confortar 14.000 torcedores, agora seria capaz de receber 40 mil. De acordo com o projeto, o Governo iria construir uma arquibancada superior de 2,3 mil metros quadrados, haveria um mini -shopping com área de 5,3 mil metros quadrados e um estacionamento coberto de 3,8 mil metros. A arquibancada inferior aumentaria de 8,1 mil m² para 11 mil m².

O projeto que esteve orçado em 87 milhões de reais, iria modernizar o está-dio e fortalecer o pleito de Sergipe para ser uma das sub-sedes da Copa do Mun-do de 2014.

Porém, reuniões se sucederam e nada foi de fato apresentado à popu-lação sergipana que há tempos espe-ra um estádio de 1ºmundo. Fechado

BATISTÃO,

Palco maior do futebol sergipano, o Estádio Estadual Lourival Baptista, o Batistão, foi construído em nove de julho de 1969. Desde sua inauguração o estádio já recebeu alguns amistosos da Seleção Brasileira e esporadicamente recebe jogos de maior importância a nível nacional, tal como o da quarta rodada do 1ª divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2013 que teve como mandante o Esporte Clube Bahia. No ano passado ,quando o Brasil sediou a Copa do Mundo de Futebol, o estádio foi escolhido como Centro de Treinamento para a seleção da Grécia.

PASSADOE FUTURO!


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para reformas desde junho de 2013, o projeto finalmente saiu do papel e o espaço desportivo começa a ser mo-dernizado e algumas novidades come-çam a ser implantadas, o sistema de acesso ao estádio será operado atra-vés de catracas eletrônicas e bilhetes informatizados, também estão previs-tas novas acomodações, a qualidade do gramado também será melhorada, os vestiários seguirão os padrões das novas arenas, área de imprensa clima-tizada, acesso às pessoas com defici-ências e segurança.

Nossa equipe esteve com o Secretá-rio Estadual de Esporte e Lazer, Gilson Dória que confirmou que o estádio apre-sentará novidades aos espectadores: “O Batistão sairá da década de 40 para a modernidade, o torcedor terá conforto e segurança, ele também terá maior proxi-midade do campo”.

As cadeiras serão marcadas, as ca-bines de imprensa modernas e os ves-tiários serão equipados com banheiras, máquinas de gelo e espaço para o aque-cimento dos atletas.

O secretário afirma ainda que todo o gramado do estádio foi refeito e agora segue o padrão FIFA e assim está apto a receber competições de porte nacional e até internacional e que até dezembro este será entregue. Gilson Dória afirma ainda que através da reforma do Está-dio Lourival Batistão governo estadual começa a pensar no turismo esportivo (uma nova tendência dos grandes clubes da 1ª divisão têm sido mandar jogos em outros estados e assim gerar receitas).

Seguindo o cronograma apresen-

tado pela SEEL ainda este mês uma equipe estará sendo treinada para que o público tenha total conforto e possa de fato aproveitar os espetáculos, que sejam eles esportivos ou culturais. Em se falando de espetáculo esportivo, em sua reabertura, o Estádio Lourival Batista receberá no dia 04 de fevereiro o confronto entre Confiança e Vitória /BA, válido pela Copa do Nordeste, o que segundo o Secretário de Infra-estrutura,Valmor Barbosa ocorrerá, uma vez que há nesse momento uma intensificação nos trabalhos afim de se manter o cronograma apresentado à sociedade. “Nós estamos realizando um pente fino na obra, ou seja, nos concentrando nas áreas mais impor-tantes com o intuito de acelerar ain-da mais os trabalhos para concluí-los como planejamos”.

No final do ano passado, mais pre-cisamente em dezembro, houve uma vistoria para avaliar os passos finais da reforma. Valmor Barbosa esteve no Estádio Lourival Baptista na com-panhia de técnicos da Companhia Es-

tadual de Habitação e Obras Públicas (Cehop) e da empresa encarregada de realizar as obras, na ocasião Valmor demostrou muita satisfação com os avanços na estrutura da principal pra-ça esportiva sergipana.

Com a modernização, o estádio ofe-recerá 15.500 cadeiras onde os torcedo-res poderão assistir confortavelmente aos jogos, catracas de leitura óptica, ca-bines de imprensa climatizadas com ar-condicionado e vidros temperados que servem de proteção para espectadores e artista da bola.

Novo placar e corrimãos de acesso

Com 25m², o novo placar possui a tecnologia full color e é composto por lâmpadas de LED, um sistema de ener-gia mais econômico. Mas as melhorias não param por aí! Estão sendo postos os corrimões nas rampas de acesso, propi-ciando assim, segurança à locomoção dos torcedores que se direcionem aos seus acentos.

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ESPECIAL PRÉ-CAJU

Pré-Caju 2015 Pré-CajuPré-Cajudançou na dançou naavenidaAnunciada para janeiro, maior prévia carnavalesca do país está cancelada; Organizadores anunciam festa fechada no período

Por César Machado

Foto: Jornal Folha de Noticias


Dois meses antes do início daquele que era considerado o maior carna-

val fora de época do Brasil, que ocorreria entre os dias 23, 24 e 25 de janeiro, o Pré-Caju 2015 está ofi cialmente cancelado.

A decisão foi tomada após várias conversas da Associação Sergipana de Blocos e Trios (ASBT), organi-zadores da festa há 23 anos, com o Governo de Sergipe e a Prefeitura de Aracaju, que alegaram problemas de ordem econômica.

Em reunião com o governador Jack-son Barreto, ocorrida no dia 11 de novem-bro, os irmãos Fabiano e Lourival Olivei-ra expuseram as difi culdades de arrecadar fundos para a 24° edição do Pré-Caju.

FALTOU DINHEIRO PÚBLICO?

Jackson por sua vez, disse que não se sentia à vontade para falar de apoio a uma festa privada, no mesmo mês em que precisou “fatiar” o salário dos servidores públicos estaduais para conseguir pagar.

Já o prefeito João Alves, quando procurado, garantiu apoio apenas logís-tico ao evento, mesmo com todas as di-fi culdades fi nanceiras alegadas.

ASCENSÃO E QUEDA

Criada no início da década de 90 com o nome de “Suas Férias com Amor”, posteriormente Pré-Caju, a festa também era a que tinha um dos maiores percursos nacionalmente. Já em 1993, foi incluída no calendário turístico e cultural de Aracaju, através

de Lei Municipal e desde então passou a ser reconhecida como a maior prévia carnavalesca do Brasil.

Em 2000, a festa chegou a ter seis dias de duração, fato que nunca conseguiu se repetir novamente. O Pré-Caju chegou a ser levado para o Mercado Central de Aracaju, antes de voltar para a Avenida Beira Mar, seu ponto mais tradicional.

INCOMODA MUITA GENTE

E esse era um dos principais pontos de questionamento de todos que aca-bavam atingidos pela festa, querendo ou não. Mesmo aprovado por muitos aracajuanos, o local da festa sempre dividiu opiniões. Os transtornos para os moradores da região da festa sempre foram inúmeros.

A Beira Mar é uma das principais vias de ligação entre a Zona Norte e Sul de Aracaju, e os transtornos eram ine-vitáveis, tanto para os veículos quanto para pedestres e bicicletas.

A montagem do chamado “Corredor da Folia”, por exemplo, lugar onde se con-centravam as arquibancadas e camarotes da festa, atrapalhava uma das principais ci-clovias da cidade por mais de dois meses.

“Acreditamos que o espaço urbano deve ser utilizado de forma harmôni-ca pelas pessoas, sem que, durante essa ocupação, se interfi ra drasticamente no direito do outro”, explica o presidente da ONG Ciclo Urbano, Luciano Aranha.

“Mas acreditamos no espírito em-preendedor do povo sergipano e na força do potencial turístico das nossas festas”, concluiu o representante de ci-

Acreditamos que o espaço urbano deve

ser utilizado de forma harmônica

pelas pessoas, sem que, durante

essa ocupação, se interfi ra

drasticamente no direito do

outro

clistas. Para 2015, a festa estava orçada em R$ 5,5 milhões.

MUITO DINHEIRO PÚBLICO...

De acordo com informações do Fórum em Defesa da Grande Aracaju e divulgadas no último dia 12 de novembro, a Polícia Militar investiu cerca de R$ 2,9 milhões, entre 2009 e 2013 para o Pré-Caju, uma

festa particular, ser realizada. Isso serviu para pagar gratifi cações aos policiais con-vocados para garantir a segurança da festa.

Outras instituições públicas, como o Banco do Estado de Sergipe (BANE-SE) investia em cada edição em torno de R$ 300 a 500 mil, totalizando inves-timento de R$ 1,9 milhão. Já para


a Secretaria de Segurança Pública, os investimentos eram da ordem de R$ 756.514,91 referentes a gratificações.

Ainda segundo o Fórum, a Superin-tendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) teria investido cerca de R$ 30 mil em 2013, e a Secretaria Especial de Cultura (Funcaju) cerca de R$ 47 mil para os blocos.

OUTRA VERSÃO

Desde julho de 2014, a ASBT saiu das páginas de eventos e festas para as manchetes policiais. A associação era alvo de investigações por parte do Mi-nistério Público de Sergipe, que ajuizou ação civil pública por entender que a ASBT era uma entidade sem fins lu-crativos, mas que estaria organizando eventos ilegalmente, fazendo parcerias e convênios com órgãos públicos como o Ministério do Turismo e Empresa Ser-gipana do Turismo (Emsetur).

A ação naquele período pedia que a sede da Associação fosse fechada e lacrada. E os problemas com a justiça não pararam por aí. Em outubro, o MPF pediu que a ASBT devolvesse aos co-fres públicos recursos do Ministério do Turismo no valor R$ 6,3 milhões e abriu procedimentos investigativos em cada um dos 69 convênios analisados pela Controladoria Geral da União.

Já o Tribunal de Contas da União (TCU), revelou possíveis irregulari-dades na utilização de recursos como pagamento de despesas privadas com shows não abertos ao público, arrecada-ção de recursos com a venda de bens e

serviços durante os eventos e pagamen-to de cachês de bandas e artistas que se apresentaram em eventos em Sergipe, além de valores em convênios abaixo dos números apresentados.

NA BRONCA

A notícia do cancelamento do Pré-Caju caiu mal para alguns setores de serviços ligados à festa. De acordo com a Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Sergipe(Abih-SE) , Daniela Mesquita, o fato ocorrido é la-mentável, dada a grandiosidade da festa.

“Foi uma surpresa, não acreditava que isso iria acontecer. Quando a gente saía para divulgar o nome da cidade asso-ciavam logo ao Pré-Caju”, revela. No en-tanto, no mês de janeiro de 2015, os ho-teis já esperam um verão melhor do que foi o de 2014, em que houve Pré-Caju.

Os trabalhadores autônomos, no en-tanto, foram os que mais lamentaram as mudanças. “O Pré-Caju era o 13° salá-rio, para o ambulante era uma renda ex-tra. O que aconteceu é uma perda. Nos alegra saber que terá uma outra festa, mais nunca com o mesmo brilho. Vamos procurar outras festas, nos reunir com a diretoria e procurar novos horizontes”, diz o presidente da Associação de Barra-queiros e Usuários de Espaço Público de Sergipe (Abueps), Admilton Conceição.

“FEST VERÃO”

Em nota, a ASBT afirmou que pro-curou todos os meios possíveis para que o evento fosse mantido, mais “diante da

situação econômica atual, a diretoria da Central do Pré-Caju achou melhor pre-servar o brilhantismo da festa e adiar o sonho dos foliões para o ano de 2016”.

Para 2015, o empresário Fabiano Oliveira adianta que será feito o “Fest Verão”, nos dias 23 e 24 de janeiro. A festa fechada teria 20 atrações, incluin-do Djs, e será feita na Arena de Eventos, espaço em frente ao Shopping Riomar, no bairro Coroa do Meio.

Em entrevista exclusiva para a Ara-caju News, Fabiano explicou os planos para o que vai ser do cenário sergipano sem o Pré-Caju. O Fest Verão, espécie de “modelo sergipano” do Festival de Verão, já marcado para 2015, terá 12 horas de festa, das 18h às 6h da manhã.

“CIDADE DA FOLIA”

Já para 2016, os planos são ainda maiores, com o Cidade da Folia. “Vamos entrar com divulgação nos estados da Bahia e Alagoas”, diz o empresário. Fabia-no adiantou ainda que a sucessora do Pré-Caju será em circuito fechado (indoor), já com data marcada: de 21 a 23 de janeiro.

“Serão duas atrações do rock nacio-nal, samba, pagode e axé music. É como um filho que viaja para aos Estados Uni-dos e retorna após intercâmbio ou pós-graduação”, brinca o empresário.

Fabiano já pensa também em como viabilizar o conforto para que o folião se preocupe apenas em aproveitar. “Já estou procurando formas junto aos ór-gãos competentes de oferecermos linhas de transporte público diretamente para a área da folia”, conclui.

VOCÊ ESTÁ

NO LUZIA!

Seja de carro, de moto, de

bicicleta ou a pé, lá a bandidagem

faz o que quer

Por Bruno Carneiro

Foto: Bru

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arneiro

CIDADE

MÃOS AO ALTO:

portas trancadas, ainda que no horário de funcionamento. Nem mesmo as ga-lerias da movimentada Avenida Nestor Sampaio, um dos principais acessos ao bairro, escapam da mira dos bandidos, que não se deixam intimidar pelo gran-de fluxo de veículos e pessoas.

Gracie Kely, balconista de uma lan-chonete localizada em uma galeria da ave-nida, diz que o estabelecimento em que trabalha foi assaltado duas vezes pelo mes-mo ladrão, e que, em cada uma das ações, ele fugiu na garupa de uma moto diferente.

“Ele é alto, forte, e moreno. O outro fica na moto, já preparado para a fuga. Eles observam a movimentação da loja antes de agir. Das duas vezes, não ha-via homens na loja. Apenas jovens e mulheres, que dificilmente reagem a um assalto. Da primeira vez, ele levou quatro celulares de clientes e fugiu em uma Honda CG preta. Da segunda vez, eles levaram nove aparelhos, e fugiram em uma Honda XRE preta, ambas com a placa levantada”, diz.

Bruno Carneiro, proprietário da lan-chonete, reclama: “o Luzia vem sofren-do com o aumento desses assaltos há muito tempo. O policiamento aqui está muito fraco, o que é absurdo, principal-mente ser um bairro muito movimenta-do. Coloquei câmeras, instalei grades e contratei segurança, um custo que, infe-

Os moradores e comerciantes do Bairro Luzia, em Aracaju, já não

aguentam mais ser vítimas da violência urbana. Eles reclamam da falta de poli-ciamento na região, dos constantes as-saltos e do descaso com o qual o poder público lida com a situação.

O problema é que os constantes furtos, roubos e assaltos que já vinham tirando a paz de quem por ali reside, es-tuda, e trabalha, vêm se intensificando. Ultimamente, quem mais tem sentido o reflexo do aumento da criminalidade são os comerciantes do Bairro. Difícil é encontrar um estabelecimento que já não tenha sido assaltado, ou que não te-nho sofrido uma tentativa de roubo.

A ousadia é tamanha, que os ladrões já não têm mais horário certo para agir. No Luzia, pode-se ser assaltado de ma-nhã, pela tarde ou à noite, sem a menor cerimônia. Seja de bicicleta,de moto, ou em automóveis, os marginais rou-bam estabelecimentos e seus clientes, estouram vidraças de lojas durante a madrugada, assaltam pedestres, trocam tiros com seguranças e tocam o terror na região. Ninguém se sente seguro.

Ousadia

O mais curioso é que praticamente todas as lojas do Luzia mantêm suas

lizmente, acaba sendo repassado para o cliente”, desabafa o comerciante.

Catarina Carvalho, gerente de um ponto de revenda de uma TV por assina-tura, também na Nestor Sampaio -, reve-la que na madrugada de domingo, dia 9 de novembro, ladrões tentaram arrombar a loja em que trabalha.

“Eles tentaram quebrar a porta de vidro com uma pedra. Como não conse-guiram, tentaram dar um tiro nela, mas erraram e acertaram a calçada. O segu-rança do posto de gasolina da esquina ouviu, e começou a atirar. Os bandidos revidaram. Houve uma rápida troca de tiros e depois os bandidos fugiram, sem entrar na loja”, conta a gerente.

Prejuízo

Durante um atendimento, a comer-ciante Natália Leite, proprietária de uma loja na galeria Luzia Center, teve seu celular furtado por um ladrão que se passou por um cliente. Já Ana Cristhina Vieira, também proprietária de um es-tabelecimento na mesma galeria, teve a loja invadida durante a madrugada.

“Há seis meses, ladrões invadiram minha loja, de madrugada, pelos fundos. Levaram o cofre da loja que, por sorte, estava vazio. A porta vive trancada. A gente evita abrir porta para homens,


“Não temos registro de aumento da criminalidade no Luzia, onde temos um policiamento ostensivo realizado pela 3ª Companhia do 1º Batalhão - que possui um Posto de Atendimento Comunitário no bairro -, quanto pelo Batalhão de Radiopatrulha,e policiais do CPTran, visto que o trânsito naque-la região é bastante intenso”, diz Paiva.

Paiva reconhece que a PM realmente conta com um efetivo reduzido, mas que em dezembro, mais 600 novos policiais terminarão o curso de formação e entrarão em atividade. No entanto, o porta voz da PM garante que, apesar do baixo efetivo, a polícia tem aumentado o número de pri-sões e apreensões realizadas.

Segundo a presidente do Conselho de Segurança de Policiamento Comunitário do bairro Luzia - Conseg -, Dione Maria Lobo Silva, os assaltos na região, sobre tudo ao comércio, realmente têm aumen-tado. Ela atribui essa maior incidência de roubos e assaltos ao crescente surgimento de lojas e estabelecimentos comerciais na

já que vendemos moda feminina. Tive que instalar grade, câmeras e contratar se-guranças. Na hora de fechar e abrir a loja, redobro a atenção”, conta a comerciante.

No espaço de um ano, a comerciante Naélia Mangueira teve sua loja assaltada por três vezes. “Todas as três vezes, eles quebraram a porta de vidro com pedradas, e levaram praticamente tudo. Aqui, não temos policiamento nenhum. Para você ter uma ideia, depois do último assalto, a polícia foi acionada, por volta das 4h, mas a viatura só foi aparecer aqui às 12h do dia seguinte”, reclama a comerciante.

Polícia

Procurado pela reportagem da Ara-caju News, o assessor de Comunicação da Polícia Militar do Estado de Sergipe, Tenente Coronel Paulo César Paiva, res-salta que as ações policiais futuras são planejadas com base nas manchas cri-minais, que são as estatísticas inerentes às ocorrências policiais registradas.

Conselho de Segurança chama comerciantes para a discussão do problema

região. A presidente também reconhece que o policiamento na região é escasso.

“Os assaltos a pedestres e roubos a lojas realmente têm aumentado muito. O Posto Comunitário está funcionando, mas conta com poucos policiais: apenas dois. Eu sugiro que esses comerciantes procurem pelo Conseg, para que juntos possamos discutir o problema, encon-trar soluções e pressionar o poder públi-co”, diz a presidente do Conselho.



TURISMO

Gargantas do velho Chico são


Encrustados nas divisas estaduais, cânions ainda

Cânions: termos utilizados em geomorfologia e geologia para

designar um vale profundo com pare-des abruptas em forma de penhascos, geralmente escavado por um rio. São também chamados de “garganta”.

Sergipe foi agraciado logo com o 5º maior do mundo: o Cânion do Rio São Francisco, no extremo noroeste do Estado.

Localizado entre os estados de Alagoas e Sergipe, situando-se a 12 quilômetros do município de Pira-nhas, do lado de lá, e a 6 quilôme-tros do município de Canindé de São Francisco, do lado de cá, o Cânion do São Francisco é uma fonte de tu-rismo regional.

Belezas naturais impressionam

CARTÃO POSTAL

Escolhido por muitos como um dos passeios mais bonitos de Sergipe, o transporte é feito por escunas ou cata-marãs, partindo da cidade de Canindé, a 200 quilômetros de Aracaju.

Após meia hora de navegação, o visitante chegará ao imponente cânion do Xingó, onde poderá desfrutar de um mergulho nas águas verdes e cristalinas do Velho Chico. Barquinhos que levam ao miolo dos cânions, onde as embar-cações de maior porte não conseguem entrar, também são belas atrações.

O percurso da capital a Canindé dura cerca de três horas de viagem. Para melhor aproveitar o passeio, uma exce-lente opção, é pernoitar na cidade.

mantém ares de local intocado e rústico. Locais já foram cenários de várias produções cinematográfi cas

de tirar o fôlego

Catamarã é uma bela pedida de passeio

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Foto: Arquivo Nozes Tour


VIDA

CONCURSOS

Estudar com afinco é a palavra de

ordem para quem deseja passar

em um concurso público. E ingres-

sar no serviço público mostra-se cada

vez mais difícil, visto que a procura e

o nível dos candidatos estão cada vez

maiores. O que acontece é que muitos

sabem o que deve ser feito, mas poucos

fazem. O que nos conforta é saber que

ninguém começa favorito nesse mundo

por ter nascido em berço de ouro ou

ter estudado nos melhores colégios, ou

ainda ter pai ou mãe de “nome” impor-

tante. Definitivamente, esse é o espaço

para os mais competentes. Então, se

você está pensando em desistir, desista

dessa ideia.

Hoje eu posso dizer, vale a pena se

dedicar!

Primeiramente, deixe-me apresen-

tar. Meu nome é Carla, sou formada em

Administração, tenho 28 anos, casada

e com uma filha de 4 anos. Atualmen-

te sou servidora do Poder Executivo

Federal, órgão para o qual entrei em

agosto de 2014. Todavia, não encerrei

minha carreira de “concurseira”. É um

ciclo vicioso quando você busca atingir

resultados maiores e encara isso como

um desafio pessoal. Visto a camisa do

meu projeto e defendo-o com unhas e

dentes. Nesse espaço, vou dividir com

vocês como foi - e ainda é - minha pre-

paração, tendo que administrar as horas

de estudo com trabalho e família.

Cada um deve buscar sua própria mo-

tivação e isso é muito pessoal. No meu

caso, apesar de ter um bom emprego na

iniciativa privada, não via muitas perspec-

tivas ao longo prazo, aliado à instabilida-

de do mercado. Com a chegada da mi-

nha filha, isso se tornou imperativo: eu

precisava ter estabilidade e qualidade

de vida. Foi então que decidi encarar os

concursos, mas nunca os tinha feito com

tanto profissionalismo antes de 2014 –

não tinha um foco, desanimava com as

reprovações e parava de estudar por al-

gum tempo, até sair um novo edital que

me interessasse. Foi então que em 1º de

janeiro desse ano, resolvi focar na mi-

nha área de administração – sim, antes

só fazia concursos pra área jurídica, é

mole? – e obtive excelentes resultados

em apenas 6 meses. Fui aprovada em

um, e obtive excelentes classificações

em outros, o que antes não acontecia.

VIDA

AGORA,

Por Carla Patrícia Paternostro

DURA

BOA DEPOIS

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Mas como manter uma rotina? Pri-

meiramente, antes de entrar de cabeça no

mundo dos concursos públicos a pessoa

deve se perguntar se esse é realmente o

seu desejo. Afinal muitas tentações co-

muns aparecem quando decidimos seguir

por esse caminho e deixar outros de lado.

Por isso, ter um planejamento diário de

estudos e segui-lo a risca é fundamental.

Dessa forma, o concurseiro deve traçar ta-

refas possíveis e que seu corpo aguente.

Não adianta estudar 10 horas em um dia e

no outro não render nada, porque está can-

sado. Por isso, deve-se iniciar em um rit-

mo mais lento e à medida que os estudos

forem rendendo, aumentar a carga horária.

Seu corpo é seu templo. Faça ati-

vidades que ajudem você a encontrar o

equilíbrio físico e mental. Por mais que

se diga que não tenha tempo pra isso,

oxigenar o cérebro e aumentar a capaci-

dade cognitiva é realmente importante

se você quiser realmente conquistar um

cargo público e não apenas ser mais um

na fila, esperando a aprovação cair do

céu. Tire uma horinha do seu dia pra

isso. Sinto que hoje faz uma grande di-

ferença no meu rendimento. Não faça

por estética, e sim pra se sentir bem!

Hoje tenho uma rotina de trabalho de

8 horas diárias + 3 horas de deslocamen-

to entre casa e trabalho. E já que tempo

é escasso, otimizo o máximo que posso.

A locomoção serve pra assistir vídeo-au-

las – coisa boa dessa era, assunto para um

próximo capítulo -, fazer leitura de fichas, (Carla Patrícia Paternostro é mãe, formada em administração e servidora pública federal)

PDFs e lei seca. No intervalo do almoço

frequento a academia do trabalho – sim,

o serviço público pode te proporcionar

isso. Dessa forma, procuro sempre estudar

no mínimo 5 horas líquidas por dia, mas

geralmente ainda consigo um pouco mais

que isso.

Quando se luta para fazer o que se

ama, o senso do merecimento e a desejada

aprovação no concurso dos sonhos vêm

em seguida e com louvor. E este é o mo-

mento em que você, finalmente, conquista

o seu… feliz cargo novo!

Até a próxima edição!

Morreu no dia 26 de novembro, em Aracaju, a cantora Clemilda Fer-

reira da Silva, de 78 anos. A forrozeira já estava internada por complicações de um segundo Acidente Vascular Ce-rebral, tendo passado por diversas Uni-dades de Terapia Intensiva. O estado de saúde dela piorou após uma pneumonia.

Clemilda nasceu em 1936 no In-terior de Alagoas, mas foi em Sergipe que resolveu morar, junto com o com-panheiro e sanfoneiro, Gerson Filho. A

forrozeira tinha 50 anos de carreira, 40 discos e seis CDs gravados, sendo que por duas vezes ganhou disco de ouro e outras duas, de platina.

O sucesso nacional veio com a mú-sica “Prenda o Tadeu”, que foi sucesso nos programas de auditório, e marcava a irreverência que era marca registrada nas canções de Clemilda. Outro grande sucesso da carreira da “Rainha do For-ró” foi o “Forró Cheiroso”, mais conhe-cido pelo refrão “Talco no Salão”.

Forró no Céu


SAÚDESAÚDE

CUIDADO PARA NÃO SE QUEIMARVerão exige atenção por oferecer maiores riscos à pele.

Foto: Ego (Globo)

Por Bruno Carneiro

Chegou o mês de dezembro: é ve-rão. Para muitos, tempo de viajar

para curtir as férias, festejar o Natal, e celebrar a chegada de um novo ano. É também época de relaxar em uma bela praia, desbravar trilhas e serras em bus-ca de cachoeiras, tomar um bom banho de rio ou, simplesmente, dar aquele mergulho na piscina, pois é tempo de sol, calor e céu azul.

Justamente nesta época do ano, as pessoas passam a realizar mais ativi-dades ao ar livre, fi cando mais tempo expostas aos raios solares que o de cos-tume, o que pode ser muito perigoso. É preciso fi car atento aos malefícios que toda essa fartura de calor, sol e céu azul pode causar è pele.

No verão, a incidência de raios ul-travioleta - UV -, sobre Terra é maior do que nas demais estações do ano. Sem as devidas precauções, a exposição pro-longada ao sol pode ser danosa, vindo

a provocar irritações, manchas da pele, dermatites ou até mesmo graves quei-maduras e câncer de pele.

A revista Aracaju News conversou com o médico dermatologista, Emerson Ferreira, que falou sobre os efeitos noci-vos da exposição prolongada ao sol, deu dicas de como proteger devidamente a pele, e aproveitar a estação mais quente do ano sem esquentar a cabeça.

Raios o quê?

“A radiação ultravioleta é crucial não só para a sintetização da vitamina D pelo organismo humano, mas tam-bém por outros aspectos fi siológicos. No entanto, quem se expõe exagera-damente ao sol, sem se proteger, pode sofrer queimaduras solares, que estão relacionadas a uma série de doenças, que podem variar entre agudas ou crô-nicas”, explica o médico.

Existem três tipos de raios solares: UVA, UVB e UVC, todos nocivos à saúde, daí a necessidade de se usar pro-tetor solar. Os raios UVC são os mais perigosos e nocivos à pele humana, mas são fi ltrados pela camada de ozô-nio antes de entrarem em contato com a superfície da Terra.

Os raios UVA estão presentes na maior parte do espectro de radiação so-lar que atinge a superfície do planeta. Intensos durante o ano inteiro, a expo-sição prolongada pode causar manchas, envelhecimento cutâneo pela alteração das fi bras de colágeno e elastina, foto alergia e, em longo prazo, provocar ru-gas, fl acidez e câncer de pele devido ao efeito acumulativo.

Mais intensos que os UVA, os raios UVB são parcialmente absorvi-dos pela camada de ozônio, atingindo superficialmente a pele. No verão, fi-cam mais intensos em regiões de gran-


des altitudes e mais próximas à linha do Equador, como no Brasil. “Quem se sujeita demasiadamente aos raios UVB pode sofrer com vermelhidão, queimaduras e desenvolver câncer de pele”, alerta o dermatologista.

Proteção comprometida

Única proteção natural contra a luz do sol, a camada de ozônio filtra os raios UV, porque o ozônio absorve parte das irradiações do espectro solar.

O grande problema é que esse escu-do está sendo lentamente destruído de-vido à ação do homem, apresentando, hoje, um buraco do tamanho da Amé-rica do Norte.

Um rombo de proporções con-tinentais, que mede 24,1 milhões de quilômetros quadrados, segun-do dados divulgados recentemente pela National Aeronautics and Spa-ce Administration - Nasa -, agência do Governo dos Estados Unidos da América responsável pela pesquisa e pelo desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração e monito-ramento espacial.

Malefícios

A exposição pode provocar o surgimento de manchas, eritemas da pele, mudanças de pigmentação, al-terações imunológicas e neoplasias, além de uma série de alterações na estrutura da derme e da epiderme, além de outros problemas. Os raios UV também podem prejudicar a

visão, causando queimaduras nos olhos - fotoqueratite.

Da mesma forma, a exposição gra-dativa é nociva à pele, que, ao longo do tempo, vai perdendo o brilho e a elas-ticidade, passando a apresentar flaci-dez, rugas, e até mesmo câncer de pele - principalmente para aqueles que têm predisposição genética para o desen-volvimento de câncer.

“A maior parte dos casos de cân-cer de pele em seres humanos deve-se à superexposição aos raios UVB. Essa doença se espalha lentamente, mas se diagnosticada a tempo, pode ser tratada. O índice de tratamentos bem sucedidos é considerável”, reve-la Emerson Ferreira.

Proteja-se

Os danos provocados pela radia-ção ultravioleta podem ser suaviza-dos ou evitados com o uso de roupas apropriadas, de bloqueadores quími-cos - filtro solar e protetor labial -,

físicos - sombreiro, guarda-sol, visei-ra -, e alteração de determinados há-bitos. É extremamente aconselhável evitar a exposição durante os horários do dia em que o sol está mais quente - das 11 às 16h.

O ideal é beber bastante água, evitar alimentos pesados e gorduro-sos, dando preferência a sucos, fru-tas, cereais e carne branca. Também é preciso ter cuidado com o uso de medicamentos, pois há remédios que são fotossensibilizantes - que reagem à luz solar.

“Há uma série de medicamentos comumente utilizados pela popula-ção, que podem desencadear reações de fototoxicidade ou de fotoalergia. Quem estiver fazendo tratamento contínuo com algum remédio, deve ter atenção, pois certas substâncias, em contacto com o sol, podem desen-cadear uma gama de imprevisíveis re-ações, como alergias e lesões de pele semelhantes a queimaduras solares - às vezes até mais intensas”, adverte o dermatologista.

O uso de bloqueadores é impres-cindível. Há uma vasta gama de op-ções disponível no mercado. Um filtro com fator de proteção solar de número 30 já é o suficiente, quando bem aplicado e administrado. O re-comendável é que se passe o produto 20 minutos antes da exposição, para que a pele tenha tempo hábil de ab-sorvê-lo, repetindo o procedimento a cada duas horas, ou após o mergulho no mar ou na piscina, depois que o corpo secar.


Pra começo de conversa

A Música Brasileira, em seus diver-sos estilos, em todas as épocas,

tem o gênero feminino como grande tema e assunto. Mulher, amor e sexo (não necessariamente nessa ordem) es-tão fortemente presentes em nossa cons-trução histórica e cultural, refl etindo-se em comportamentos, linguagens, repre-

SANTAS E PUTAS NA

que teremos aqui uma amostra de como se pensa e de como se vê o ser feminino em nosso cancioneiro.

Para tanto, muitos são os focos de abordagem sobre o ser feminino em diversos discursos da Música Popular Brasileira; seria impossível catalogar todos os casos de canções que traçam perfi s femininos presentes até hoje nos mais variados estilos, tais como valsa,

Professor de Língua Portuguesa do Instituto Federal de Sergipe. Possui Graduação em Letras Vernáculas; Especialização em Língua Portuguesa e em Ciências da Educação; Mestrado em Ciências da Educação; Mestrado em Letras - bolsa capes (em curso). Professor efetivo do Instituto Federal de Sergipe. Experiência na área de Letras, atuando principalmente nos seguintes temas: língua portuguesa, produção de texto, linguística, arte e educação. Membro do grupo de pesquisa: Educação Profi ssional e Tecnológica - Linhas de pesquisa em que atua: Linguagens, Educação e Novas Tecnologias.[E [email protected]]

Gilvan da Costa Santana

sentações, crenças, identidades e postu-ras. Nessa perspectiva, as canções de MPB nos soam como processos sociais que não se limitam ao espaço/tempo na produção de concepções e de signifi cados que tradu-zem corpos, gestos, atitudes, (des)valores, (des)prazeres e desejos humanos. Sem dú-vida, a música popular é elemento cultural dentre os mais expressivos e de alcance da massa a partir do século XX. Daí por


bolero, samba-canção, bossa-nova, ro-mântico, sertanejo, forró, pagode, funk, arrocha etc. Temos, portanto, a Mulher como tema constante nas letras da mú-sica em discursos que ora a exaltam ora a agridem. Trata-se de visões só-cio-histórico-culturais que estabelecem estereótipos de mulheres como: santas, submissas, culpadas, rebeldes, putas etc. Surge daí a bipolaridade em termos de visão sobre o ser feminino: santa X peca-dora; ingênua X dissimulada; obediente X rebelde. Ressaltemos o fato de que as can-ções, como manifestação artística popular, apenas reiteram ou contestam discursos patriarcalistas machistas presentes duran-te muito tempo na história do Brasil (será que é coisa do passado tal postura?).

Alguns perfi s femininos nas letras da MPB:

1 Santinhas / princesi-nhas (musas)

Tu és, divina e graciosa

Estátua majestosa do amor

Por Deus esculturada

E formada com ardor

Da alma da mais linda fl or

De mais ativo olor

Que na vida é preferida pelo beija-fl or

(Rosa - Pixinguinha e Otávio de Souza

– 1937)

Temos aí o típico caso da mulher vis-ta sob um paradigma de matizes medie-vais, com marcas profundas da herança do Trovadorismo com repercussões di-retas no estilo nomeado de Romantismo, do séc. XIX. Trata-se da visão idealizada, mitifi cada sobre a mulher. Nesse prisma, a mulher é santifi cada, endeusada, musa inatingível do eu lírico masculino. Essas canções apresentam um forte lirismo. Ainda aparece esse tipo de mulher nas músicas de hoje?

Ainda são feitas canções que busquem exaltá-la e tratá-la como um ser sublime?

2 Escravas (rainhas?) do lar / submissas

Quero uma mulher

Que saiba lavar e cozinhar

E de manhã cedo

Me acorde na hora de trabalhar

Só existe uma

E sem ela eu não vivo em paz

Emília, Emília, Emília

Não posso mais

( Emília - Wílson Batista e Haroldo

Lobo-1941)

Ai meu Deus que saudade da Amélia

Aquilo sim que era mulher

As vezes passava fome ao meu lado

E achava bonito não ter o que comer

Por Gilvan da Costa Santana

MÚSICA BRASILEIRARita Lee | Foto: Duranbah

Pixinguinha | Foto: Catraca Livre


E quando me via contrariado dizia

Meu fi lho o que se há de fazer

Amélia não tinha a menor vaidade

Amélia que era a mulher de verdade

( Ai que saudades de Amélia-Ataulfo Alves

e Mário Lago-1942 )

Possivelmente, a maioria das pessoas, ao saberem o ano em que as canções aqui destacadas foram compostas, considerarão tratar-se de obras datadas. Mas será que as “Emí-lias” e “Amélias” não mais existem em nossa hodierna sociedade? Seria o mesmo que desconhecer que as mu-lheres, mesmo as que trabalham fora de casa, em grande número, ainda se obrigam às atividades domésticas de servir parceiros, filhos e agregados, a despeito do que invocou, a partir da década de sessenta, o movimento feminista, contra a visão que trata a mulher como submissa e escrava (rai-nha?) do lar. Até hoje, os afazeres do-mésticos continuam a ser fortemente considerados atributos das mulheres, acumulando dupla ou tripla jornada fe-minina no lar e no trabalho.

3 Demonizadas / culpa-das - surra e pancadaria

Lá vem ela chorando

O que é que ela quer?

Pancada não é

Já dei

(...)

Carinho eu tenho demais

Pra vender e pra dar

Pancada também não há de faltar

Dinheiro, isto não

Eu não dou à mulher

(É pancada-Alvarenga e Benedito Lacer-

da-1932, samba enredo da portela )

Eu lá no morro só de fato, só respeito o meu mulato

Porque ele é mesmo bamba, e é bom no samba

Qualquer parada, ele topa com vontade

É respeitado, quer no morro ou na cidade

E eu gosto dele, porque é um mulato de qualidade

(bis)

Vivo feliz, no meu canto sossegada (bis)

Tenho amô, tenho carinho, oi!

Tenho tudo e até pancada! (bis)

(Mulato de qualidade – André Filho-

1932, sucesso de Cármen Miranda)

Em todas as épocas e estilos artís-tico-culturais se tem a mulher como grande tema. Inserida nesse contexto, a mulher se mostra resignada, subservien-te, culpada e merecedora da punição à qual se submete, como sendo algo nor-mal e, até, natural para os padrões, so-bretudo das primeiras décadas do século XX. Os exemplos acima demonstram o espancamento como lírico, “pancada de amor não dói”. Tal expressão ainda se escuta em nossos tempos, apesar de hoje ser condenada dada a difusão das ideias feministas e das conquistas das delegacias, da lei Maria da Penha etc. basta lembrar toda a polêmica gerada no início dos anos 2000, quando o bonde do tigrão apregoava que “um tapinha não dói”. O caso foi parar em tribunais, considerando estar incitando a violência contra as mulheres. Mesmo que parte delas mostrasse estar bem à vontade com danças de garrafas (“desce mais,

desce mais um pouquinho, desce deva-garinho”), tapinhas, grunhidos de ca-chorras (só as cachorras uh uh uh uh uh !) e coreografi as ginecológicas do funk, axé e congêneres. Isso não quer dizer que esse perfi l de mulher – como é vista e como se vê - esteja extinto em nossos dias. Ao contrário, ainda se percebe agressão física e verbal como forma de mostrar a superioridade mas-culina contra a “perversão ou rebeldia” feminina e, muitas vezes, a aceitação tácita por parte das mulheres.

4 Desgraçadas pelo amor / entregues à paixão

Porém, com perfeita paciência

Volto a te buscar

Hei de encontrar

Bebendo com outras mulheres

Rolando um dadinho

Jogando bilhar

E neste dia então

Carmen Miranda | Foto: Catraca Livre


Vai dar na primeira edição

Cena de sangue num bar

Da avenida são joão

(Ronda-Paulo Vanzolini-1953)

Volta

Volta pra estragar a minha vida

Eu gosto de você, não tem saída

E pra sofrer eu sofro com você aqui

Mas volta

E beija a minha boca que se rende

Se gruda nesse corpo que te entende

E faz de mim o que você quiser

(uma fi cha no arquivo- Mauro Motta e

Carlos Colla - 1999, sucesso de Joanna)

Nesse âmbito, o perfi l feminino so-fre, desabafa, acusa, ameaça, assume uma posição de profundo sofrimento, amargor, revolta e autocomiseração. Apesar de o eu lírico dessas canções de amor trágico e derrotista terem au-toria quase sempre masculina (o que nos lembra as cantigas de amigo me-dievais), muitas vezes coincide com as próprias desventuras das mulheres que as interpretam. Isso nos é mostrado pela biografi a das rainhas do rádio, como Dalva de Oliveira, Nora Ney, Isauri-nha Garcia, Linda e Dircinha Batista. O termo lirismo vem de lira, instrumen-to musical utilizado pelos gregos para acompanhar suas canções. Do ponto de vista formal, até hoje associamos o líri-co a um texto que se associa à musicali-dade. Porém não necessariamente a uma musicalidade advinda de um instru-mento, mas à musicalidade inserida na construção do texto poético. Assim, as composições aqui em foco certamente

demonstram aspectos de um lirismo em seus diversos matizes: o saudosismo, a evasão lírica, a paixão avassaladora. Nesse sentido, a canção de viés român-tico, em seus diversos desdobramentos: samba-canção, bolero, brega, sertanejo etc traz o amor que parte de um lirismo ameno e chega até um lirismo exacer-bado marcado pelo amor sofrido, derro-tista e, até, trágico. A verdadeira dor de corno e corna.

5 Rebeldes / feministas

Voar livre

Com todos os meus defeitos

Pra que eu possa libertar

Os meus direitos

E não cobrar dessa vida

Nem rumos e nem decisões!

Hoje eu preciso

E vou mudar

Dividir no tempo

E somar no vento

Todas as coisas

Que um dia

sonhei conquistar

(Mudanças-Sérgio Sá e Vanusa-1979)

Intencional ou não intencional-mente, o perfil de mulher com ca-racterísticas dessas duas canções de décadas diferentes transcritas acima repercute o que se chamou de “on-das do feminismo”, resultando no progresso educativo das mulheres: acesso ao ensino superior, ao direito a voto, ao direito à sexualidade e à igualdade (?) ante os homens no mer-cado de trabalho e na vida social.

Ilustração: Gopixpic


arte; liberalidade ou depravação. Isso se constata facilmente ao se discutirem a atuação de mulheres em fenômenos da cultura de massa e midia, tais como axé-music, pagode baiano, funk carioca etc. Ressalte-se a forte presença, ainda hoje, do texto lírico, que prioriza a realidade subjetiva, sentimental, a dor de corno (e corna). Esse hibridismo representa valo-res sócio-histórico-culturais por meio de convicções, arrojos, protestos, contradi-ções, lamentos e/ou recuos.

Minha força não é bruta

Não sou freira

Nem sou puta...

Porque nem toda feiticeira é corcunda

Nem toda brasileira é bunda

Meu peito não é de silicone

Sou mais macho que muito homem...

Fama de porra louca, tudo bem!

Minha mãe é Maria Ninguém

Não sou atriz, modelo, dançarina

Meu buraco é mais em cima

( Rita Lee e Zélia. Duncan-2000 – suces-

so de Maria Rita)

Não queremos afi rmar com isso que não houve letras de música com tom femi-nista ou libertador antes dos anos 60, mas foram casos isolados, sem a força propulsora dos anos 70/80. Eis a rea-ção da mulher a décadas de opressão e machismo. Não obstante, não estamos afi rmando que a nova mulher que ganha voz e corpo pós Simone de Beauvoir tenha eliminado ou reduzido de forma efetiva os outros perfi s aqui discrimi-nados de mulheres na MPB, conquanto estejamos em novos tempos.

6 Liberadas ou putas

Não adianta de qualquer forma eu esculacho

Fama de putona só porque como seu macho

Se prepara mona que a gente ta na pista

Sem neurose

Seu pittbull é Lassie, tu é rosa ou margarida?

Tu tem marra de Sansão mas tu é Dalila.

(Esculacho - Tati Quebra Barraco-2001)

Eu gosto de homens e de mulheres

E você o que prefere?


Eu gosto de homens e de mulheres



(homens e mulheres-Ana Carolina-2007)

Após os anos 90, houve a certeza de que os discursos feministas já fa-zem parte da sociedade civil. Talvez isso justifique a possibilidade de le-tras tão catárticas na música popular mais atual. Não se pode negar que se trata de novas posturas consolidadas a partir das contribuições de Divas

como Chiquinha Gonzaga, Aracy Cor-tes, Aracy de Almeida, Maysa, Nora Ney, Vanusa dentre tantas outras fi-guras de vanguarda e transgressão, pois já traziam em sua postura .prá-ticas feministas refletidas na Arte que produziram. Obviamente, a liberdade do ser feminino de expor sentimentos, ideias e opiniões ficou “facilitada” a partir de toda uma contextualização sócio-histórica nacional, pós-dita-duras e censuras, além de uma nova configuração sobre o papel da mulher em culturas ocidentais. Em contrapar-tida, ainda persistem questionamentos e ambiguidades no sentido de classifi car tal perfi l feminino ora como postura de mulheres liberadas, autônomas e pós-modernas ora como postura de mulhe-res vulgares, depravadas e putas.

Se não é o fi m, é uma pausa grande nessa

conversa

Uma grande marca dos dias de hoje é a convivência nem sempre tranquila de estilos e visões sobre o ser feminino em óticas mais conservadoras (músicas ro-mânticas) ou mais progressistas (funk). No que diz respeito às conquistas do movimento feminista refletidas no cancioneiro popular, temos, inclu-sive, o fato de não ser mais, como em décadas passadas, algo comum e aprovado socialmente nas letras de música o homem agredir, surrar a mulher, como já nostramos. Indubi-tavelmente, nem tudo está bem defi ni-do em nosso modo de ver arte ou não

Zélia Duncan | Foto: Catraca Livre


COLUNA LEGAL

CONSUMIDOR Você sabia que a legislação bra-sileira prevê a possibilidade do

consumidor se arrepender da aquisição de um produto ou serviço, independente de defeito, quando ocorrer uma transa-ção fora do âmbito do estabelecimento ou loja, fisicamente compreendido?

Nesta senda, é primordial que as empresas ou qualquer tipo de fornece-dor, avaliem com substancial cuidado, quando resolverem colocar à dispo-sição do público em geral produtos ou serviços, seja através da internet, telefone, correios e/ou vendas por ca-tálogo. Alguns serviços ensejam maior cautela, vez que os procedimentos po-dem trazer prejuízos imediatos e consi-deráveis aos consumidores.

Ocorre que o artigo 49 do Códi-go de Defesa do Consumidor estabe-lece o prazo de até 7 (sete) dias, para o consumidor exercer seu direito de arrependimento, ou seja, o direito de devolução ou rejeição ao produto ou serviço contratado fora do âmbito fí-sico da loja ou estabelecimento – inde-pendente de motivação!

Este arrependimento possui fun-damento na preocupação do legislador quanto a propaganda enganosa, na me-dida em que nem sempre o apresentado nas diversas formas de mídia se reflete exatamente no produto ou serviço, quan-do recebido. Possui a característica de contrapeso para reequilibrar as relações de consumo.

Importante destacar, também, que a contagem do prazo, obviamente, tal qual definido em Lei, se inicia quando do efe-tivo recebimento do produto e/ou serviço.

“ARREPENDIDO”

(Elson Queiroz é advogado)Referências Bibliográficas: Brasil. Lei 8078 de 11 de setembro de 1990 – Código de Defesa do Consumidor. Superior Tribunal de Justiça – Endereço eletrônico – www.stj.gov.br

É relevante destacar que não é exi-gível a constatação de qualquer defeito no bem ou serviço adquirido, bastando o consumidor simplesmente não “ficar satisfeito” com a aquisição.

A lógica jurídica de proteção ao con-sumidor é inteligível porque, infelizmen-te, algumas empresas vendem “gato por lebre”. Isso mesmo, existem casos con-cretos em que a imagem do produto na in-ternet ou no catálogo, nem sempre corres-ponde à realidade fática e visível, gerando, indubitavelmente, frustração ao consumi-dor, mesmo quando não há a intenção do fornecedor em fingir ou levar a erro.

Nas vendas efetuadas por telefone, há maior risco na concepção e enten-dimento daquilo que efetivamente está sendo oferecido ou contratado. Fato!

Ademais, a devolução do produto deve ser as expensas do fornecedor. Isto porque não é razoável, por exem-plo, que um fogão adquirido via inter-net, não aceita pelo consumidor (seja qual for o motivo), seja devolvida à loja com o custo de transporte suporta-do pelo cliente.

Mais ainda, os pagamentos já efe-tuados pelo consumidor, inerentes aos produtos ou serviços devolvidos por desistência, devem ser reembolsados, corrigidos monetariamente.

Para minimizar efeitos negativos, os fornecedores cônscios desta probabilidade de arrependimento, devem se abordar de todas as cautelas, apresentar produtos com clareza, respeitando os direitos básicos do consumidor, inscritos no artigo 6º do mesmo Código de Defesa do Consumidor, com destaque para a questão da indução de compra desnecessária e indevida.

É importante que os fornecedo-res tenham particular cautela na venda pelos canais “fora de loja/estabeleci-mento”, justamente para evitar contra-tempos e prejuízos empresariais. Não apenas quanto aos aspectos financeiros da atividade, mas, mormente quanto à imagem do seu produto ou serviço.

Por Elson Queiroz

TEM DIREITOS


PET

Cuide do seu pet senãopet senãoo bicho pega!Com a chegada do verão, animais de estimação exigem maior atenção dos donos

É verão, estação mais quente do ano e época de intenso calor em Ara-

caju. Justamente por isso, os donos de cães e gatos devem tomar cuidados es-peciais com seus bichinhos, para que eles não sofram os efeitos nocivos do calor excessivo, nem desenvolvam ou contraiam doenças e parasitas que, nes-ta época do ano, podem acometer os pets com mais facilidade.

Evite passeios nos horários mais quentes do dia. Os cães sentem mais calor que as pessoas

Por Bruno Carneiro

Não importa a raça ou o porte do seu animal, nem se ele é cão ou gato, pois ambas as espécies são extrema-mente sensíveis a alterações climá-ticas, e sentem tanto calor quanto os seus donos.

A revista Aracaju News conversou com médica veterinária Bárbara Andra-de, da Clínica Bibi Dog, do Conjunto Augusto Franco, sobre os cuidados ne-

cessários para que os pets atravessem o verão com saúde e disposição.

Cuidados com o calor

Segundo a médica veterinária, man-ter sempre a tigela do animal com água

Foto: Pixabay


fresca é essencial. O ideal é que se tro-que a água deles pelo menos duas ou três vezes ao dia. Quanto mais fria a água, melhor.

“Nos dias mais quentes, aconse-lho colocar algumas pedras de gelo na água dos bichinhos, isso alivia muito o calor deles, principalmente dos ga-tos, que são mais sensíveis ao calor. Seus pulmões são bem mais delica-dos, e eles podem apresentar quadros de hiperventilação e pressão baixa devido à hipertermia, podendo sofrer convulsões, vômitos e desmaios”, alerta a veterinária.

Ela também orienta os donos a le-var seus cães para passear nos horários do dia em que o calor é menos intenso, como nas primeiras horas da manhã - no máximo até 10h -, no final da tarde - das 16h30min em diante -, e à noite.

“Antes de passear, é preciso verifi-car se o chão não está muito quente para o animal. Para isso, basta pisar com o pé descalço no asfalto e na calçada. Se estiver suportável para o dono, então também está para o cão”, diz Bárbara.

Outro cuidado importante é não dei-xar os animais diretamente expostos ao sol, sem que tenham uma sombra para se abrigar. A casinha dos pets também não deve ficar desprotegida.

Cuidados com o pelo

Animais com pelagem mais densa e comprida podem e devem ser tosados. A quantidade e variedade de pet shops espalhados pela cidade não para de crescer, atendendo a todos os gostos e

bolsos. No caso dos felinos, é preciso ter bastante cuidado, pois se trata de um animal muito delicado.

“A cabeça e a cauda não devem ser tosadas, apenas o dorso, e se o gato não for acostumado com pet shops, ou não tiver um temperamento tranquilo, a tosa é desaconselhável. Pode ser muito des-gastante, e levar o animal a ter um mal súbito e morrer do coração devido ao stress, o que eu já vi acontecer”, pon-dera Bárbara.

A veterinária ressalta que, por fa-zerem sua própria higiene corporal, os gatos se lambem muito. Ela destaca que o ideal é que os donos escovem seus gatos pelo menos uma vez ao dia, pois no calor a queda de pelos é bem maior. Assim, o gato engolirá menos pelos ao se lamber.

“Quanto maior o porte do animal, mais calor ele vai sentir. Cães e gatos de pelo longo podem, inclusive, sofrer quedas de pressão e desmaios se es-tiver muito quente. Brincar, correr ou fazer exercícios com eles nos horários de maior calor pode ser fatal”, avisa a médica.

Parasitas

O clima quente favorece a prolifera-ção de pulgas, carrapatos, moscas e mos-quitos, que são os maiores transmissores de doenças para os animais de estimação. É prudente evitar passear por lugares onde há uma grande circulação de cães e gatos de rua - como parques e terrenos baldios, por exemplo -, pois podem estar infestados por pulgas e carrapatos.

Prevenir é de suma importância. É preciso tratar não só os bichinhos, mas também o ambiente onde eles vivem, pois é no chão que os parasitas se re-produzem. Eles descem do animal e vão ao solo para colocar seus ovos, que quando eclodem liberam as larvas, que sobem pelas paredes em busca de um novo hospedeiro.

Manter o animal sempre vermi-fugado também é primordial. Existe uma vasta gama de medicamentos es-pecíficos que auxiliam no combate a essa pragas, lembrando que é impres-cindível que sejam receitados pelo médico veterinário que acompanha o animal.

Insetos

Com relação a moscas e mosquitos, é preciso que se tenha muito cuidado. O desconforto provocado pelas pica-das do inseto não é o único proble-ma. Existem diversas doenças que são transmitidas aos nossos pets por esses pequenos malfeitores.

Mosquitos transmitem Leishma-niose e dirofilariose, conhecida como doença do verme do coração - donos de cães em Aracaju devem ficar aten-tos, pois em áreas litorâneas é maior a incidência desta doença. É prudente consultar um veterinário sobre as for-mas de proteger seu companheiro de quatro patas destas e de outras enfer-midades.

Bernes e bicheiras são causadas por larvas depositadas por moscas em feridas e lesões expostas no


•Sintomas da leishmaniose tegumentar: surge uma pequena elevação avermelhada na pele que vai aumentando até se tornar uma ferida que pode estar recoberta por crosta ou secreção purulenta.

Há também a possibilidade de sua manifestação se dar através de lesões inflamatórias no nariz ou na boca.

•Sintomas da leishmaniose visceral: ocorre febre irregular, anemia, indisposição, palidez da pele e mucosas, perda de peso e inchaço abdominal, devido ao aumento dofígado e do baço.

DOENÇAS CAUSADAS POR CARRAPATO

•Babesiose canina: Transmitida pelo protozoário babesia canis, encontrado no carrapato:Infecção dos glóbulos vermelhos, destruindo-os e levando a uma anemia grave.É transmitida por várias espécies de carrapatos. Sintomas - perda de apetite, apatia, febre, anemia, icteríciae diarreia.

•Erliquiose caninaCausada pela bactéria erlichia canis, encontrada no carrapato:Parasita os glóbulos brancos do sangue, e os leva à destruição. É uma doença de difícil diagnóstico e tratamento. - Sintomas - febre, perda de apetite e peso, manchas

na pele, fraqueza muscular e em estados avançados, sangramentos nasais e vômitos.

DOENÇAS CAUSADAS POR MOSQUITOS

•Sintomas da dirofilariose Tosse, falta de ar, emagrecimento, cor escura da língua, intolerância ao exercício e, quando a insuficiência cardíaca já se instalou, pode ocorrer falência do fígado e dos rins, podendo surgir aumento de volume abdominal e líquido nos pulmões. A tosse geralmente é crónica.

•Existem dois tipos de Leishmaniose: tegumentar e visceral

animal. Como as moscas também se reproduzem com mais facilidade no verão, é bom evitar a proliferação de insetos. Para isso, basta manter o am-biente dos pets sempre bem limpo.

Doenças

Gatos também estão sujeitos a do-enças transmitidas por parasitas, no entanto, como dificilmente são leva-dos para passear na rua, basta cuidar do ambiente do bichinho para evitar o contágio de doenças transmitidas por pulgas e carrapatos. Já o cão, que co-mumente é levado à rua para passeios, o risco é bem maior.

“Nessa época do ano, há uma gran-de incidência de pulgas, cujas mordidas, além de causar dermatites aos pets, po-dem transmitir Dipilidiose aos cães, es-pecificamente, que é um tipo de vermi-nose causada pelo cestóide Dipylidium caninum. Doenças do carrapato também acontecem com mais frequência, pois o parasita se reproduz com mais eficiên-cia no calor”, diz a veterinária.

Entre as doenças transmitidas pelo carrapato, as mais graves e comuns são a babesiose canina, e a erliquio-se canina. “Ambas as doenças podem levar à morte, mas as duas têm cura se os sintomas forem identificados a tempo. Quanto mais cedo começar o tratamento, maior a chance de recu-peração e redução de sequelas no ani-mal”, conta.

Gatos se lambem muito. No verão, o ideal é escová-los pelo menos uma vez ao diaFoto: B92


Em pleno 2015

e a eleição de

2014 em Sergipe

segue indefinida.

Candidaturas sob

judice mantém o

suspense do pleito

POLÍTICA

Faltando pouco tempo para a diploma-ção e a posse dos eleitos em 2014,

alguns candidatos ainda aguardam julga-mento da justiça eleitoral. De acordo com levantamento publicado pelo Jornal Folha de São Paulo, dos candidatos as eleições este ano, a justiça eleitoral impediu 90 re-gistros até o final do segundo turno.

Em Sergipe, dois candidatos ainda aguardam o julgamento na justiça, o que deve ocorrer ainda este ano. Os candidatos a deputado federal, André Moura (PSC), e estadual, Manoel Messias Santos, o Sukita (ex-PSB) disputaram o pleito sob judice e seriam eleitos com suas votações, não ti-vessem pendengas com a Justiça Eleitoral.

Sukita obteve 33 mil votos e André, 71 mil. Durante a apuração dos votos, no último dia 5 de outubro, existia uma certa apreensão dos candidatos e elei-tores, justamente pelos votos deles não terem sido divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SE). Mas as urnas eletrônicas computaram normal-mente a votação, enquanto os recursos todos não fossem julgados.

CASO SUKITA

Manoel Sukita Santos, ex-prefei-to de Capela, teve a sua prisão decreta pela Justiça Federal juntamente com a

GANHA, MAS NÃO LEVA!

Por César Machado

Ex-prefeito de Capela teve grande votaçãoFoto: Reprodução

André ainda não sabe se vai para BrasíliaFoto: ASCOM | PSC

NACIONAL


esposa Silvany Yanina Mamlak e os ex-secretários José Edivaldo dos Santos e Clara Miranir Santos, ainda antes das eleições, no dia 3 de junho.

Eles foram acusados de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Após to-dos terem as prisões relaxadas pela justiça, o ex-prefeito – que já tinha ficado em reclu-são por 40 dias em Aracaju - voltou a ser preso no dia 9 de julho, acusado do desvio de R$ 3 milhões das verbas da Educação de Capela, e encaminhado a Superinten-dência da Polícia Federal em Sergipe.

Neste momento, Sukita teria assi-nado uma carta-renúncia protocolada pelo seu então partido, o PSB, junto ao TRE. Candidato e partido teriam fei-to um acordo para que ele renunciasse caso voltasse a ser preso, para preservar a imagem da legenda.

No entanto, Sukita alegou que aquela carta não era legítima, por não condizer com o seu desejo oficial de concorrer à eleição. Apesar de o exame grafológico mostrar que, de fato, a assinatura era ver-dadeira, ele entrou com recurso no Tribu-nal e acabou concorrendo normalmente.

Até o fechamento desta edição, o ex-prefeito não foi encontrado para falar sobre a sua situação. A Revista Aracaju News deixa o espaço aberto para que o ex-prefeito ou sua assessoria jurídica possam se pronunciar, através do [email protected].

CASO ANDRÉ MOURA

Deputado federal e candidato a reelei-ção, André Moura também teve sua can-didatura impugnada pela Justiça Eleitoral

por improbidade administrativa, referente a gestão dele no município de Pirambu.

De acordo com o processo, André teria usado indevidamente celulares da Prefei-tura, gerando despesas para os cofres pú-blicos em mais de R$ 40 mil, e de ter feito compras de R$ 58 mil em frango e R$ 12,5 mil de gás de cozinha entre 2005 e 2007.

André negou as acusações e atribuiu o ato ao ex –prefeito Juarez Batista, também condenado. Na mesma senten-ça, também foi acusada a ex-deputada estadual Lila Moura – mãe de André – também foi acusada.

O candidato tentou usar do cargo de deputado federal para que o julgamento fosse levado ao Tribunal Superior Eleito-ral (TSE), mas o recurso foi negado, já que os problemas com a justiça se deram antes da sua diplomação. Ou seja, o Tribunal de Justiça de Sergipe tem competência para julgar os problemas ocorridos ainda na gestão de Pirambu.

O advogado de defesa do deputado, Rafael Resende, preferiu não falar so-bre o assunto. Por telefone, o assessor de comunicação do parlamentar, Marce-lo Gomes, afirma que apenas aguarda a tramitação técnica e interna do TSE.

SUSPENSE MAIOR

E essa análise por parte da justi-ça eleitoral pode mexer com outras candidaturas. Dependendo dos trâ-mites judiciais, dois candidatos elei-tos podem perder as vagas. O depu-tado estadual Francisco Gualberto (PT) permanece eleito, assim como o deputado federal Mendonça Prado

(DEM). Até a diplomação, tudo per-manece inalterado.

Logo após as eleições, o governador reeleito Jackson Barreto (PMDB) bus-cou diálogo com Sukita, que, expulso do PSB, decidiu se filiar ao partido de Jackson. Nesta novela que é a política sergipana, a dica é não perder as cenas do próximo capítulo.

No último capítulo, antes do fecha-mento desta edição, os casos dos dois polí-ticos sergipanos foram julgados no mesmo dia 11 de dezembro no TSE. Sukita teve novamente o registro negado, por quatro votos a dois, e promete levar a questão ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Já André Moura, por cinco votos a um, conseguiu manter a liminar que suspendia a decisão do Tribunal de Jus-tiça de Sergipe. Com isso, o candidato mantém a candidatura e pode ser diplo-mado no dia 18 de dezembro, deixando Mendonça Prado na primeira suplência.

Mas é bom lembrar que o mérito do processo de André ainda não foi julga-do, e ele está amparado por uma liminar do STJ, podendo ainda perder a vaga na Câmara Federal.

EM ALTA

PRÉ-CAJU 2015

Depois de ser ofi cialmente

cancelado e substituido por outra

festa, outras denúncias mostraram

que os organizadores não deixaram

de realizar a maior prévia

carnavalesca do Brasil apenas pela

falta de recursos públicos. A Justiça

Federal condenou a organizadora

ASBT a devolver R$ 4 milhões, em

recursos do Ministério do Turismo,

aos cofres públicos.

SEGURANÇA NAS PRAIAS

É urgente um plano de

segurança integrado para o litoral

aracajuano e de praias próximas. O

verão promete ser bastante quente

e movimentado nestes locais, que

carecem de maior cuidado. Olho das

autoridades principalmente nos

particulares que ainda rodam com

veículos motorizados nas areias ou

que, sem habilitação, conduzem

veículos aquáticos nos rios e no

mar. Com mais gente se banhando,

mais riscos de tragédias.

ÁGUA

Enquanto o Sudeste se lamenta

pela seca de 2014, o sergipano não

tem do que reclamar. O período

chuvoso deste ano se prolongou até

demais e garantiu o abastecimento

de água normal por bastante tempo.

É bom que os nossos governantes

aprendam a lição do pessoal “de lá”

e não fi quem mal acostumados com

essa abundância de água disponível.

É hora de prevenir e cuidar melhor

deste bem tão precioso.

CICLISTAS

Tristeza de uns, alegria de

outros. A literal saída do Pré-

Caju do caminho deu aos ciclistas

e “bicicleteiros” de Aracaju a

possibilidade de se locomover por

toda a extensão da Avenida Beira

EM BAIXA

Mar, durante todo o verão. Em

anos anteriores, a ciclovia daquela

região fi cava atravancada por até

3 meses, jogando o pessoal de

bicicleta no meio dos carros.

ESPORTE SERGIPANO

O saldo de 2014 é totalmente

positivo para o esporte sergipano.

Seja com Duda no vôlei de praia

feminino, Confi ança e Diego Costa no

futebol masculino, seja com os bons

resultados nos Jogos Universitários

Brasileiros, Sergipe mostrou que é

uma terra em que os talentos brotam

naturalmente. Imagine se o Estado

promovesse uma melhor estrutura

para os seus atletas...

GOVERNO DE SERGIPE

Pegou muito mal a “estratégia”

do Governo de Sergipe de “fatiar”

em duas vezes o pagamento de

servidores públicos estaduais logo

após as eleições. Qualquer tipo de

explicação dada não vai conseguir

justifi car esse erro grave de

planejamento orçamentário. O

governador Jackson Barreto, PMDB,

precisa aproveitar da popularidade

de quem foi eleito no 1o turno para

pôr a casa em ordem.

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revista aracaju news - edição 001 - janeiro/2015

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