revista À esquerda

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Com o lançamento da revista – antes mesmo de seu surgimento como organização – , os agrupamentos políticos que formaram a Insurgência buscavam uma ferramenta de construção e de trabalho político, através da qual se torna possível explicitar aos movimentos e ativistas com quem militamos as bases programáticas e estratégicas que possibilitaram a unificação.

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Page 1: Revista À Esquerda

À esquerda!Vladimir Maiakovski

Em frente, marche! Basta de falar!O tempo dos oradores já passou.Hoje tem a palavrao camarada Mauser!Não há outra lei senão a da natureza.Somente Adão e Eva estão com a verdade.Abaixo as leis, abaixo as cadeias!

Fustiguemos a carroça da história.À esquerda, à esquerda, à esquerda!Em frente, à conquista dos Oceanos!Tendes canhões em vossos navios de aço.Já esquecestes como os fazer falar?que a coroa abra uma goela quadrangular,que o leão britânico rujaque importa?A comuna está em marchae manterá a vitória!À esquerda, à esquerda, à esquerda!

Aqui é a sombra e a morte, mas lá longe,do outro lado das montanhas,o sol se levantou sobre um mundo novo.Lá, além das planícies,o solo estremece sob os passos inumeráveisde homens impávidos e livres.Camaradas, nós somos um rochedo de granito.Os bandidos da Entente se arremessam contra ele.Mas nada abaterá a Rússia Soviética.À esquerda, à esquerda, à esquerda!Eles não puderam furar os olhos atilados da águiaque olha e compreende as lições do passado.

Avante, pois, meu povo, e, já que o pegaste,estrangula teu carrasco!A trombeta dos bravos já soou o alarme.Nossos estandartes aos milhares avermelham o céu.Só a rota dos traidores é que conduz à direita.À esquerda, à esquerda, à esquerda!

Page 2: Revista À Esquerda

sumário

Apresentação 03Editorial 04

Uma crise de longa duração 08

Reordenamento dos de cima e reorganização dos de baixo

PSOL na encruzilhada: é preciso defender o projeto original

PSOL: ou vai ou racha 64

12

18

22

52

38

42

A revolução no centro da estratégia

Século XX: da coerência estratégica à desarticulação das lutas

Em defesa do ecossocialismo 36

Contribuição sobre as lutas estratégicas

Reorganização da classe e seus instrumentos

Os bons fundamentos de uma organização revolucionária

militante nos dias atuais

48

60

Expediente:Essa publicação é de responsabilidade da Comissão de Ligação CSOL-Enlace, cujos membros são: Alvaro Neiva, Ana Carvalhaes, Bernardo Pilotto, Camila Valadão, Eduardo d’Albergaria, Fernando Silva, João Machado, José Correa, Junia Gouveia, Leandro Dias, Liliana Maiques, Veraci Alimandro.

apresentação

O

“Cantamos porque chove sobre o sulcoe somos militantes desta vidae porque não podemos nem queremosdeixar que a canção se torne cinza

“Aqui é a sombra e a morte, mas lá longe,do outro lado das montanhas

o sol se levantou sobre um mundo novo.Lá, além das planícies,

o solo estremece sob os passos inumeráveisde homens impávidos e livres.

Page 3: Revista À Esquerda

Q

Um levante popular sacode o Brasil

EDITORIAL

Page 4: Revista À Esquerda

Situação Internacional

Page 5: Revista À Esquerda

A

Por joão machado*

uma crise de longa duração

situação internacional

* Economista, professor da PUC SP e membro da Coordenação Nacional do Enlace

8

Ferocidade contra o custo da mão-de-obra

Page 6: Revista À Esquerda

Atacar a fundo os dogmas do Capital

“... para dinamizar o

capitalismo europeu, pretende-se aproximar o custo da mão de obra nos países mais fracos tecnologicamente da Europa do custo de

mão de obra dos trabalhadores mais

explorados do mundo.

“Romper com capitalismo é a alternativa realista

“ Há outra questão que coloca toda a possibilidade de saída burguesa da crise numa luz

ainda mais desfavorável: vivemos uma crise mais lenta e, por enquanto, menos visível do que a

crise econômica mundial, mas mais profunda:

a crise ambiental.

Page 7: Revista À Esquerda

O

Por ana carvalhaes*

Reordenamento dos de cima e reorganização dos de baixo

situação internacional

* Jornalista e integrante da Coordenação do Coletivo Socialismo e Liberdade

Crise do neoliberalismo

Page 8: Revista À Esquerda

Etapa de reordenamento

Reorganização dos de baixo

Page 9: Revista À Esquerda

estratégia, programa e sujeito social

A

Page 10: Revista À Esquerda

É

A reconstrução em tempos hostis

* Jornalista e membro do Coletivo Socialismo e Liberdade

Por FERNANDO SILVA*

A revolução no centro da estratégia

estratégia, programa e sujeito

Mas o tempo urge

Page 11: Revista À Esquerda

Os dilemas na superação da estratégia demo-crático-popular

“... o programa não se resolve

um programa de bandeiras exclusivamente socialistas ou máximas. E nem se resolve com uma fórmula pronta.

Os programas não são imutáveis

Page 12: Revista À Esquerda

P

Revolução, crise revolucionária e necessidade da estratégia

Por josé correa*

Século XX: da coerênciaestratégica à desarticulação das lutas

estratégia, programa e sujeito

A revolução leninista na política

Page 13: Revista À Esquerda

Hipóteses estratégicas no século XX

O acordo sobre o sujeito revolucionário

Globalização neoliberal: novo período histórico do capitalismo

“Novas questões emergem:

o papel dos estudantes e da juventude, a discussão da

democracia socialista, a luta pela libertação das mulheres e o feminismo, a luta anti-racista, as mobilizações de gays e lésbicas, a crítica do

consumismo, o debate ambiental e do movimento ecologista. Mas o debate permanece, no sentido

estratégico, essencialmente referenciado pela experiência

russa de 1917 e pelas guerras de guerrilha.

Page 14: Revista À Esquerda

PARTE II

As mudanças em curso e a perda da coerência com o

passado

Mudanças na morfologia do capitalismo

Mudanças na relação entre a sociedade e a biosfera: a crise ecológica

“A impossibilidade do

crescimento econômico ilimitado questiona também o imaginário socialista. Não se pode mais imaginar um

futuro onde prioridades

e escolhas não terão que ser feitas, isto é imaginar o

desaparecimento da política.

Page 15: Revista À Esquerda

Mudanças na estrutura da classe

outsourcings

Mudanças na racionalidade do capitalismo

Mudanças no sistema internacional

Page 16: Revista À Esquerda

Mudanças nos sistemas políticosUma primeira conclusão

Interpretar para trans-formar

Um programa de superação do

desenvolvimentismo

Um programa de superação do capitalismo

PARTE III

Reconstruindo os laços de um projeto de poder socialista

“Um programa revolucionário

é inócuo sem o respaldo das maiorias nacionais,

embora os sujeitos sociais com potencialidades anti-

sistêmicas se tornam conservadores na ausência

de um programa de transformação social.

Page 17: Revista À Esquerda

Enraizamento social e presença estratégica

(Re)conquistar a inde-pendência de classe

geração política

Expressar a radicalidade

interesses gerais e universais

Algumas diretrizes organizativas

“E a revolução é a

democratização radical da política no âmbito de toda

a sociedade, o processo pelo qual as maiorias se tornam

ativas na esfera política.

Redes e partidos; mas que partidos?

Uma recomposição do conjunto do movimento socialista

Hegemonia e construção de uma nova narrativa comum

O papel central da juventude

A tradição da conciliação de classes

Page 18: Revista À Esquerda

O espaço para uma alternativa ao lulismo

Repensar o desenvolvimento

Lutas e atores estratégicos para uma alternativa revolucionária

A integração sul-americana como imperativo

“E A política pode e deve ser

internacionalista de maneira concreta, na solidariedade

nas lutas, na troca de experiências, na constituição

de projetos políticos e iniciativas comuns entres os revolucionários de diferentes

países.

As condições políticas atuais, no Brasil e na maior parte da América Latina, não permitem colocar a questão de uma mudança revolucionária do poder na ordem do dia. Os regimes políticos estabeleci-dos na região parecem estáveis (à exceção da Ve-nezuela, em que a direita explora a situação criada pela morte de Chávez). Além disso, a existência de correntes democráticas progressistas dá ao sistema capitalista alternativas diante de cenários de radi-calização política. E, no Brasil, o país-chave na região, a hegemonia

burguesa exercida mediante o condomínio político

legitimidade sólida. Mas o marco de crise de civili-zação repercute também no continente e em nosso país. Envolve a crise estrutural do capitalismo glo-bal, as questões ambiental, energética, alimentar etc, e a mobilização internacional da juventude. E quatro anos após a crise de 2008, o início da desa-celeração da China prenuncia anos difíceis para as economias da América Latina e do Brasil. Um parti-do político de esquerda precisa, para mover-se com

um caminho pelo qual ambiciona conquistar o po-der e impulsionar a mudança social. A América Latina foi a única região do mundo

onde, depois de 1999, movimentos políticos de corte progressista chegaram ao governo, tomando iniciativas democratizadoras e redistributivas. Esta tendência retoma não apenas as experiências po-pulistas, mas também aquela vivida pelo Chile sob Allende – interrompida pelo golpe de 1973, então a resposta padrão dos EUA a avanços progressistas na região. No ciclo atual, assistimos o mesmo con-tra os governos Chávez e Evo, mas agora eles foram derrotados pela mobilização popular e pelo alinha-mento da maioria das Forças Armadas com os go-vernos eleitos, além de contarem com o “guarda--chuva” ambíguo do governo brasileiro. Nos casos da Argentina e do Equador, políticos “rosas” como Kirchner e Correa chegaram ao governo depois de profundas crises de governos neoliberais. Globalmente, a difusão de regimes liberais e

a redução dos golpes militares pode ser asso-ciada às condições do neoliberalismo mundia-lizado e à ausência de alternativas ao capita-lismo dotadas de credibilidade popular; mas a institucionalidade burguesa estendeu muito sua capilaridade. As instituições e processos do estado burguês não podem simplesmente ser ignoradas; grande parte da luta por direitos passa por disputá-las.

Na Europa e EUA, por outro lado, a ausência de alternativas reais disputando processos eleitorais retira legitimidade dos sistemas políticos, como

único país onde se acumula uma alternativa crível às políticas de austeridade, a Grécia, temos um par-tido político que se projeta estrategicamente como alternativa de governo pela participação eleitoral, o Syriza. As revoluções democráticas no mundo árabe, poderosas insurreições populares urbanas, também deram lugar a regimes parlamentares, com a esquerda e os movimentos populares conti-nuando a disputar políticas com os governos elei-tos através da continuidade da mobilização social.Ao que tudo isso parece apontar é que um movi-

mento revolucionário que busque o poder tem que se equilibrar entre dois pólos, atuando dentro do sistema político e fora dele, dentro das instituições do Estado e contra elas, procurando ultrapassá-las,

-tadoras são, em nosso continente, por demais evi-dentes para não se transformarem em um proble-ma chave da estratégia revolucionária. A estratégia não pode restringir-se a participar, mas participar do Estado para desbordá-lo pela reapropriação da atividade política diretamente pelas massas. Um governo popular deve estar antes de tudo na rua, se quiser ajudar a criar condições de desenvolver mudanças estruturais.Neste sentido, um partido revolucionário amplo

deve ser a expressão política de um movimen-to igualmente político mais estendido, capaz de irradiar-se pelos diferentes setores e criar legitimi-dade para esta reapropriação, dialogando perma-nentemente com os movimentos sociais, dos mais moderados aos mais radicais, com a juventude e a intelectualidade crítica. Mas um processo político deste tipo só pode ser constituído a quente, a partir de uma série de experiências “formadoras”, anco-rados em movimentos fortes e independentes.O problema-chave na atual conjuntura, no caso

do Brasil, é desenvolver uma política consistente de construção e disputa do PSOL para que este tipo de partido seja capaz de ser a expressão dos lutadores sociais, sem abrir mão da intervenção no terrento

ainda maior se observarmos que a liderança ma-joritária do PSOL ainda não fez um ajuste de con-tas com a sua experiência petista e move-se com o

anacronismo que as condições do presente e do fu-turo atropelará de maneira implacável.

Uma hipótese estratégica para o Brasil

Page 19: Revista À Esquerda

Socialismo

Democrático

Ecológico.

* Membro da coordenação do setorial Ecossocialista do PSOL

Por beto banwart*

em defesa do ecossocialismo

estratégia, programa e sujeito

Libertário.

Page 20: Revista À Esquerda

O

* Militante da Setorial de Política sobre Drogas do PSOL

Sobre opressões e a pauta libertáriaPor juliana caetano*

estratégia, programa e sujeito

Opressão e medo

Page 21: Revista À Esquerda

Daquilo que não podemos abrir mão

“ As opressões se

alimentam do medo, que, disseminado pelos

gestores do sistema permanentemente, se traduz em medo da classe trabalhadora, a classe perigosa, a mais interessada na

transformação radical do sistema.

Um convite à Revolução

“ O capitalismo precisa

ter a quem culpar pelas mazelas da sociedade e investe em convencer a sociedade de que agora o mal é a droga, logo o

Page 22: Revista À Esquerda

N

reorganização da classe e seus instrumentosPor jorge luis martins*

estratégia, programa e sujeito

* Advogado e membro do Coletivo Socialismo e Liberdade

Relação da luta política com a luta econômica

“carreira”

Page 23: Revista À Esquerda

Independência dos partidos e politização da classe

“ A posição que a central e os

sindicatos devem buscar pôr em prática é a de que o/a

militante socialista, no trabalho sindical, deve assumir com a mais profunda dedicação,

todas as demandas concretas de cada categoria, mas o faz

tais reivindicações àquelas do conjunto dos trabalhadores e

trabalhadoras

Page 24: Revista À Esquerda

organização

Page 25: Revista À Esquerda

E Um diálogo com o espontaneísmo e o sentimento anti-partido

Por bid teixeira*

* Professor e membro da coordenação nacional do Enlace

0s bons fundamentos de uma organização revolucionária

organização

A construção do partido é tarefa permanente

Page 26: Revista À Esquerda

A organização e a parcela ativa da classe

De volta ao centralismo e uma cultura de

“No interior de uma corrente

política democrática, as divergências que aparecem

são divergências táticas: a partir de um objetivo

estratégico comum, qual é o melhor caminho para

alcançá-lo?

Page 27: Revista À Esquerda

A Conceitos iniciais para o debate

* Jornalista e membro do Coletivo Socialismo e Liberdade

Por FERNANDO SILVA*

os desafios de uma Organização militante nos dias atuais

organização

O marxismo revolucionário é para a ação

Ganhar a juventude para a ideia de organização

Page 28: Revista À Esquerda

A busca por uma relação correta entre parti-do e movimento

“... o respeito à autonomia

de base da organização na intervenção concreta na

disputa do movimento são condições indispensáveis para uma saudável e democrática concepção de organização

“ Mandatos subordinados à organização e não acima dela

O critério da generosidade

Page 29: Revista À Esquerda

A relação da organização com a Internacional

A concepção geral que rege o processo de aproxi-mação e busca de formação de uma nova organiza-ção marxista revolucionária é o internacionalismo militante. É a compreensão de que a luta anticapi-talista e pela revolução é internacional, que a cons-trução de outro modelo de sociedade e civilização não é compatível com a manutenção do capitalis-mo como sistema dominante no planeta.

caráter internacional da revolução socialista, de que a classe trabalhadora e os oprimidos não têm fronteiras, nossa luta é para que a consciência de classe não se resuma a uma consciência de “clas-se nacional”. E isto se materializa naturalmente na busca de uma organização internacional dos trabalhadores e do engajamento dos marxistas nesta tarefa. Neste marco se coloca o debate sobre qual seria

o estatuto correto na relação com a IV Interna-cional no caso de que a atual aproximação entre CSOL e Enlace resulte em uma nova organização. Estrategicamente a busca é para que a nova or-

-tegral. Mas embora as duas correntes tenham re-lações com a IV na condição de observadores o

mais concreta no terreno nacional, e com ritmos de conhecimento e entendimento mais lentos em relação ao que seria a evolução no atual status de observador, até porque há outros agrupamentos

-ção que não tem relações com a IV Internacional. Hipótese para o debate: um estágio, uma transi-

ção de nova organização ainda como observadora

--

lizam para se reunir. Este cenário, para o caso desta

buscar vencer o debate para que a nova organiza-

Algumas propostas para a unificação

deliberativos

Uma organização democrática

discussão, elaboração e deliberação, pressupõe elegibilidade de todos os responsáveis para cargos dirigentes, tarefas. Pressupõe células de base, direções regionais, setoriais, e dire-ção nacional. Pressupõe a busca de recuperar espaços regulares de de-bate, instrumentos de comunicação externa e interna. Pressupõe uma política permanen-

te, militante e obrigatória de forma-ção. Pressupõe que todas as decisões são coletivas e democráticas – por consenso ou por maioria. Pressu-põe a construção de uma cultura de que nenhum ou nenhuma militante fala por si só, fala pela organização, pois ele expressa posições coletivas.

de chefes, cúpulas e personalidades que pairam acima das suas próprias

Sem espaços deliberativos reais e es-paços de debates e formulação regu-

hoje convencer muitos companheiros e companheiras a se organizar. Fica quase impossível concorrer com as redes sociais, onde é mais fácil obter informações, postar posições, articu-lar iniciativas e dar a falsa sensação de que não é tão necessário assim reunir--se, organizar-se. Para além das reuniões regulares

regulares (reuniões, plenárias, semi-nários) na organização (mensais ou bimensais) de debates temáticos e/ou a formação.

A busca da centralização é externa

Esta visão sempre foi muito polêmica na esquerda. Mas a centralização no nosso entender tem a ver com a coerência da organização expressar posições unitárias seja nas suas campanhas nacionais, nas posições conjunturais, nas posições no partido e disputas eleitorais, nas frentes de intervenção e setoriais. Mas desde que

organização. Nem se pode exigir centra-lização de posições não debatidas e nem se deve aceitar que militantes defendam políticas em nome da organização, sem

Instrumentos de formação e comunicação

Estabelecer instrumentos de comuni-cação regular – site, revista mais teóri-ca, jornal mais conjuntural; tabelecer um tipo de Instituto ou centro de es-tudos e escola de formação da organização. No caso da Internet e redes sociais. Es-

regular de divulgação das posições da organização, debates, artigos, notícias. Estabelecer uma equipe de militantes responsável pela atuação e divulgação das posições e iniciativas nas redes so-ciais (facebook, twiiter etc).

A relação com o espaço para as repre-sentações de gênero e opressões na orga-nização não tem nada ver com qualquer tipo de populismo ou mesmo uma visão de incorporar sensibilidades diferentes. A questão central é que uma organização revolucionária e de trabalhadores e tra-balhadores garante no seu interior a re-presentação dos setores mais explorados e oprimidos da classe. A ideia e concepção

-ais dos acúmulos de lutas das opressões e composição de classe no país coloca-se em termos práticos o debate da paridade

(tema que foi consensual na reunião da comissão), avançar no debate de garantia de representação das demais opressões

não de forma desenvolvida na comissão, a questão de estender a paridade nas de-legações que representam a organização, como por exemplo, nas eleições de dele-gados/as para conferências internas.

Funcionamento, critérios e mecanismos democráticos

Estabelecer que só podem se reconhe-cidos como militantes da organização os que se reúnem regularmente em alguma

frente de massa ou frente concreta de atuação, cotizem regularmente, participe dos espaços regulares e obrigatórios de debate e formação da organização, divul-gue as posições da organização através dos seus instrumentos regulares.Uma organização marxista revolucio-

nária garante o direito de opinião e tendência na vida interna regular da or-ganização, como expressão de posições militantes e não como posições que de antemão devem ser encaradas como inimigas da organização. Outros meca-nismos práticos a serem adotados são a lista nacional para socializar informa-ções e posições, boletins internos regu-

até a conferência nacional regular).

Page 30: Revista À Esquerda

partido socialismo e liberdade (PSOL)

Page 31: Revista À Esquerda

* Jornalista e membro da Coordenação do Coletivo Socialismo e Liberdade

Por Alvaro neiva*

partido na encruzilhada:É PRECISO DEFENDER O PROJETO ORIGINAL

pSOL

Page 32: Revista À Esquerda

Necessidade de superar a experiência petista

Momento decisivo

“ Temos que trabalhar para valorizar o que tem nos

um processo de adaptação do PSOL à ordem,

transformando-o numa opção à esquerda do bloco

governista

Page 33: Revista À Esquerda

E

* Cientista Social, Especialista em Políticas Públicas, militante do Enlace e da Cia Revolucionária Triângulo Rosa

Por eduardo d’albergaria*

psol: ou vai ou racha

pSOL

A burocracia partidária no caminho

Page 34: Revista À Esquerda

Por que cantamos

Mario Benedetti

Page 35: Revista À Esquerda

À esquerda!Vladimir Maiakovski

Em frente, marche! Basta de falar!O tempo dos oradores já passou.Hoje tem a palavrao camarada Mauser!Não há outra lei senão a da natureza.Somente Adão e Eva estão com a verdade.Abaixo as leis, abaixo as cadeias!

Fustiguemos a carroça da história.À esquerda, à esquerda, à esquerda!Em frente, à conquista dos Oceanos!Tendes canhões em vossos navios de aço.Já esquecestes como os fazer falar?que a coroa abra uma goela quadrangular,que o leão britânico rujaque importa?A comuna está em marchae manterá a vitória!À esquerda, à esquerda, à esquerda!

Aqui é a sombra e a morte, mas lá longe,do outro lado das montanhas,o sol se levantou sobre um mundo novo.Lá, além das planícies,o solo estremece sob os passos inumeráveisde homens impávidos e livres.Camaradas, nós somos um rochedo de granito.Os bandidos da Entente se arremessam contra ele.Mas nada abaterá a Rússia Soviética.À esquerda, à esquerda, à esquerda!Eles não puderam furar os olhos atilados da águiaque olha e compreende as lições do passado.

Avante, pois, meu povo, e, já que o pegaste,estrangula teu carrasco!A trombeta dos bravos já soou o alarme.Nossos estandartes aos milhares avermelham o céu.Só a rota dos traidores é que conduz à direita.À esquerda, à esquerda, à esquerda!