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Macro latam mensal Cenário Macro | 5 de junho de 2020 A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. Os investidores não devem considerar este relatório como fator único ao tomarem suas decisões de investimento. Economia global Depois da queda ............................................................................................................. 3 Dados recentes indicam que uma recuperação já começou em diversas economias, à medida que governos flexibilizam restrições à mobilidade e riscos de novas ondas da pandemia seguem contidos. Mantivemos nossas expectativas de crescimento do PIB para 2020 em 2,0% na China e -8,0% na Europa, embora neste último caso perspectivas de coordenação fiscal tendam a reduzir riscos negativos. Nos Estados Unidos, revisamos nossa projeção para -5,0% (de -3,3%) em 2020, mas já há sinais de recuperação da atividade. Brasil Sinais iniciais de estabilização ...................................................................................... 7 Uma retomada econômica gradual teve início em maio, mas os riscos de uma piora do surto de coronavírus permanecem. Mantivemos nossas projeções de crescimento do PIB em -4,5% e 3,5% em 2020 e 2021, respectivamente. Revisamos nossas expectativas de inflação em 2020 para 1,8% abaixo do piso da meta de inflação e para 2,8% em 2021, incorporando preços menores de energia elétrica este ano. Também mantivemos nossa expectativa que o Copom realize um novo corte de 0,75 p.p. na taxa Selic em sua próxima reunião, levando-a para o nível final de 2,25% a.a. em 2020 (3,0% a.a. em 2021). América Latina Nossas projeções ........................................................................................................... 11 Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior PIB ( %) -3,8 -3,2 5,8 5,9 PIB (%) -6,4 -6,1 3,8 3,7 Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior PIB (%) -4,5 -4,5 3,5 3,5 PIB (%) -8,5 -8,1 4,3 4,0 BRL / USD (dez) 5,75 5,75 4,50 4,50 MXN / USD (dez) 22,00 22,50 21,50 21,50 Taxa de Juros (dez,%) 2,25 2,25 3,00 3,00 Taxa de Juros (dez,%) 4,00 4,00 4,00 4,00 IPCA (%) 1,8 2,0 2,8 3,0 IPC (%) 2,9 2,9 3,3 3,3 Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior PIB (%) -9,1 -8,3 4,0 3,1 PIB (%) -4,5 -3,7 4,7 4,7 ARS / USD (dez) 88,0 88,0 130,0 130,0 CLP / USD (dez) 800 830 770 800 BADLAR - (dez, %) 24,0 24,0 24,0 24,0 Taxa de Juros (dez,%) 0,50 0,50 1,00 1,00 Taxa de referência (dez) 30,0 30,0 30,0 30,0 IPC (%) 2,6 2,8 2,9 2,9 IPC (%) 40,0 40,0 50,0 50,0 Colômbia Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior PIB (%) -4,7 -4,7 4,2 4,2 PIB (%) -6,6 -3,7 4,6 4,8 COP / USD (dez) 3800 4150 3700 3950 PEN / USD (dez) 3,40 3,40 3,40 3,40 Taxa de Juros (dez,%) 2,00 2,00 2,00 2,00 Taxa de Juros (dez,%) 0,25 0,25 0,75 0,75 IPC (%) 2,5 2,5 3,0 3,0 IPC (%) 1,2 1,4 2,1 1,7 2020 2021 2020 2021 2021 2020 Brasil México Revisão de Cenário Mundo América Latina e Caribe 2021 2020 2020 Peru 2020 2021 2020 2021 2021 Argentina Chile 2020 2021 Clique e confira nossas análises nos podcasts Itaú Views: Macro e Research. & Itaú Morning Call Pesquisa macroeconômica Itaú Mario Mesquita Economista-Chefe [email protected]

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  • Macro latam mensal Cenário Macro | 5 de junho de 2020

    A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. Os investidores não devem considerar este relatório como fator único ao tomarem suas decisões de investimento.

    Economia global

    Depois da queda ............................................................................................................. 3 Dados recentes indicam que uma recuperação já começou em diversas economias, à medida que governos

    flexibilizam restrições à mobilidade e riscos de novas ondas da pandemia seguem contidos. Mantivemos

    nossas expectativas de crescimento do PIB para 2020 em 2,0% na China e -8,0% na Europa, embora neste

    último caso perspectivas de coordenação fiscal tendam a reduzir riscos negativos. Nos Estados Unidos,

    revisamos nossa projeção para -5,0% (de -3,3%) em 2020, mas já há sinais de recuperação da atividade.

    Brasil

    Sinais iniciais de estabilização ...................................................................................... 7 Uma retomada econômica gradual teve início em maio, mas os riscos de uma piora do surto de coronavírus

    permanecem. Mantivemos nossas projeções de crescimento do PIB em -4,5% e 3,5% em 2020 e 2021,

    respectivamente. Revisamos nossas expectativas de inflação em 2020 para 1,8% – abaixo do piso da meta de

    inflação – e para 2,8% em 2021, incorporando preços menores de energia elétrica este ano. Também mantivemos

    nossa expectativa que o Copom realize um novo corte de 0,75 p.p. na taxa Selic em sua próxima reunião, levando-a

    para o nível final de 2,25% a.a. em 2020 (3,0% a.a. em 2021).

    América Latina

    Nossas projeções ........................................................................................................... 11

    Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior

    PIB ( %) -3,8 -3,2 5,8 5,9 PIB (%) -6,4 -6,1 3,8 3,7

    Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior

    PIB (%) -4,5 -4,5 3,5 3,5 PIB (%) -8,5 -8,1 4,3 4,0

    BRL / USD (dez) 5,75 5,75 4,50 4,50 MXN / USD (dez) 22,00 22,50 21,50 21,50

    Taxa de Juros (dez,%) 2,25 2,25 3,00 3,00 Taxa de Juros (dez,%) 4,00 4,00 4,00 4,00

    IPCA (%) 1,8 2,0 2,8 3,0 IPC (%) 2,9 2,9 3,3 3,3

    Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior

    PIB (%) -9,1 -8,3 4,0 3,1 PIB (%) -4,5 -3,7 4,7 4,7

    ARS / USD (dez) 88,0 88,0 130,0 130,0 CLP / USD (dez) 800 830 770 800

    BADLAR - (dez, %) 24,0 24,0 24,0 24,0 Taxa de Juros (dez,%) 0,50 0,50 1,00 1,00

    Taxa de referência (dez) 30,0 30,0 30,0 30,0 IPC (%) 2,6 2,8 2,9 2,9

    IPC (%) 40,0 40,0 50,0 50,0

    Colômbia

    Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior

    PIB (%) -4,7 -4,7 4,2 4,2 PIB (%) -6,6 -3,7 4,6 4,8

    COP / USD (dez) 3800 4150 3700 3950 PEN / USD (dez) 3,40 3,40 3,40 3,40

    Taxa de Juros (dez,%) 2,00 2,00 2,00 2,00 Taxa de Juros (dez,%) 0,25 0,25 0,75 0,75

    IPC (%) 2,5 2,5 3,0 3,0 IPC (%) 1,2 1,4 2,1 1,7

    2020 2021 2020 2021

    2021 2020

    Brasil México

    Revisão de Cenário

    Mundo América Latina e Caribe

    2021 2020

    2020

    Peru2020 2021

    2020 2021 2021

    Argentina Chile

    2020 2021

    Clique e confira nossas análises nos podcasts

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    Pesquisa macroeconômica – Itaú

    Mario Mesquita Economista-Chefe [email protected]

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  • 2

    macro latam mensal | 5 de junho de 2020

    A recuperação global se inicia

    À medida que a pandemia começa a mostrar sinais mais consistentes de desaceleração nos países desenvolvidos,

    dados preliminares de maio indicam que essas economias estão começando a se recuperar. Os governos seguem

    diminuindo gradualmente as medidas de distanciamento social, sempre cautelosos com os riscos de ondas adicionais

    da doença – que parecem estar contidos, por ora –, enquanto fortes estímulos monetários e fiscais feitos em meio à

    crise seguem reforçando o movimento de normalização. Certamente, a recessão será profunda, mas o pior parece ter

    ficado para trás – desde que a pandemia seja contida.

    Na China, uma recuperação em V em alguns setores importantes reforça nossa expectativa de crescimento de 2,0%

    do PIB para 2020 e 7,5% em 2021, além de sustentar os preços das commodities nos mercados globais. Nos EUA,

    revisamos nossa projeção de crescimento do PIB para -5,0% em 2020 (de -3,3% no cenário anterior) e para 4,0% em

    2021 (de 4,5%), devido ao recuo da atividade econômica maior do que o esperado nos últimos meses e perspectivas

    de uma normalização mais branda até o final do ano. No entanto, a economia já mostrou sinais de recuperação em

    maio, e será apoiada por amplos pacotes de estímulos das autoridades. Na Europa, a reabertura levou a uma

    melhora significativa da mobilidade, ainda maior nos últimos dias, à medida que os riscos de uma segunda onda

    parecem cada vez menores. Mantemos nossa projeção de queda de 8,0% do PIB em 2020 e aumento de 5,0% em

    2021, mas uma perspectiva de melhor coordenação fiscal, após a proposta da Alemanha e França para um fundo de

    recuperação, tende a reduzir os riscos negativos.

    O número de casos de COVID-19 segue aumentando na América Latina, embora uma maior taxa de testagem seja

    parcialmente responsável por isso. Devido a dados econômicos mais fracos do que o previsto, revisamos nossa

    projeção de crescimento do PIB da região em 2020 de -6,1% para -6,4%, mas agora esperamos um crescimento

    ligeiramente maior em 2021, de 3,8%, comparado com 3,7% anteriormente. O amplo hiato do produto e os preços de

    petróleo ainda baixos devem manter a inflação reduzida em quase todos os países, permitindo mais estímulos

    monetários no México, Brasil e Colômbia, enquanto Peru e Chile devem manter as taxas próximas de zero por algum

    tempo.

    No Brasil, enquanto um alívio gradual das medidas de distanciamento social pode auxiliar, em tese, na recuperação

    econômica (que parece ter começado em maio), os riscos de uma piora do surto de coronavírus permanecem.

    Mantemos nossas projeções de PIB para 2020 e 2021 em -4,5% e 3,5%, respectivamente. Revisamos nossas

    expectativas de inflação em 2020 para 1,8% – abaixo do piso da meta de inflação – e para 2,8% em 2021,

    incorporando preços menores de energia elétrica neste ano. É importante ressaltar que o Conselho Monetário

    Nacional estabelecerá a meta de inflação para 2023 até o final do mês, e esperamos que esta seja de 3,25% ou até

    mesmo 3,00%. Por fim, mantivemos nossa previsão de taxa Selic chegando a um novo valor mínimo de 2,25% para

    2020 e 3,0% para 2021. Acreditamos que, por se tratar de um território inexplorado, o Banco Central deve atuar com

    cautela para evitar o risco de flexibilização monetária excessiva, o que poderia afetar preços de ativos de forma que

    restrinja as condições financeiras, tornando-se contraproducente.

    Cordialmente,

    Mario Mesquita e equipe de macroeconomia

  • 3

    macro latam mensal | 5 de junho de 2020

    Economia global

    Depois da queda

    China passa por uma recuperação em forma

    de V no mercado imobiliário residencial e no

    investimento em infraestrutura, dando

    sustentação a preços de commodities

    Há evidências de normalização adicional da

    atividade com melhoras no setor de serviços. O

    índice que acompanha as compras de insumos (PMI) na

    indústria de transformação permaneceu acima de 50

    pelo terceiro mês consecutivo em maio, e o crescimento

    da produção industrial voltou para território positivo,

    sustentando a recuperação em forma de V. O setor de

    serviços ainda está um pouco atrás, mas continua

    avançando. Medidas de tráfego aos finais de semana

    mostram normalização das atividades de lazer.

    A recuperação em forma de V no segmento

    imobiliário residencial e nos investimentos em

    infraestrutura deve dar suporte à economia chinesa

    e aos preços de commodities. As autoridades

    chinesas reforçaram as medidas de apoio fiscal e

    monetário destinadas a conter o impacto do vírus e de

    choques externos. Em particular, a emissão de títulos

    por governos locais para financiar projetos de

    infraestrutura aumentou, e alguns governos locais

    diminuíram as restrições à propriedade. Desta maneira,

    os investimentos em infraestrutura e no setor imobiliário

    tiveram forte recuperação, impulsionando a atividade e

    preços de commodities.

    Nossas projeções para o crescimento do PIB da

    China permanecem em 2,0% para 2020 e 7,5% para

    2021.

    Recuperação em V no setor imobiliário e em

    infraestrutura

    Fonte: Haver, Itaú

    EUA: Previsão de crescimento revisada para

    baixo, mas uma recuperação, apoiada por

    estímulos, já teve início

    Revisamos a projeção para o crescimento do PIB

    dos EUA em 2020 de -3,3% para -5,0% e de 4,5%

    para 4,0% em 2021. Parte da mudança se deve à

    piora da estimativa para o 2T20 (de -30,9% para -

    38,5% na variação trimestral anualizada com ajuste

    sazonal). Também esperamos agora uma

    normalização mais gradual no 2S20, principalmente

    devido à menor desaceleração da destruição de

    empregos. A taxa de desemprego provavelmente

    -40%

    -35%

    -30%

    -25%

    -20%

    -15%

    -10%

    -5%

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    30%

    35%

    2016 2017 2018 2019 2020

    Investimento em infraestruturaInvestimento no

    setor imobiliário

    Var. anual

    A China passa por uma recuperação em forma de V no mercado imobiliário residencial e nos investimentos

    em infraestrutura, dando sustentação a preços de commodities.

    EUA: Reduzimos a previsão para o crescimento do PIB em 2020 de -3,3% para -5,0%, mas acreditamos que

    uma recuperação já começou, impulsionada por estímulos monetários e fiscais.

    Europa: A reabertura com transmissão do vírus bem contida e progresso no projeto de coordenação fiscal

    (com o fundo de recuperação) devem melhorar a perspectiva desfavorável para a economia da região.

    Uma vez que os riscos de uma segunda onda de contágio pelo coronavírus ainda não se concretizaram, as

    preocupações migraram para questões políticas nos EUA e geopolíticas.

    América Latina: Reabertura gradual em um ambiente arriscado.

  • 4

    macro latam mensal | 5 de junho de 2020

    atingirá 19,6% em junho e então cairá gradualmente

    até chegar a 9,1% no final do ano (acima dos 7% que

    esperávamos anteriormente).

    No entanto, teve início uma recuperação em maio,

    que será apoiada por fortes estímulos

    governamentais. Nosso índice de monitoramento

    diário mostra que a economia dos EUA começou a se

    recuperar em maio, à medida que as regras de

    isolamento foram parcialmente flexibilizadas na

    maioria dos estados e a mobilidade começou a se

    normalizar. Apesar da queda acentuada de gastos

    pessoais em abril (-13,6% na comparação mensal)

    devido ao isolamento, a renda pessoal aumentou em

    10,5%, sustentada por robustas medidas de estímulo

    fiscal, o que levou a taxa de poupança a um recorde

    (33% da renda disponível em abril, ante 8,2% em

    fevereiro). Isso sugere demanda reprimida que

    provavelmente contribuirá para a retomada do

    crescimento no 2S20.

    Europa: Normalização da atividade com vírus

    contido e união fiscal mais forte

    A reabertura na Europa se iniciou com um sólido

    aumento da mobilidade, uma vez que os riscos de

    uma segunda onda de contaminação parecem

    contidos. Os países começaram a reabrir entre o final

    de abril e meados de maio, levando à retomada da

    mobilidade, que tem se acelerado nos últimos dias, pois

    o risco de uma segunda onda parece bastante baixo,

    com número de casos da doença, óbitos e taxas de

    transmissão aparentemente contidos, de acordo com as

    publicações mais recentes.

    A recessão será profunda, mas o pior já passou. A

    Europa impôs um isolamento mais restritivo e

    prolongado, que deve provocar uma queda de 18% no

    PIB do 1S20. Entretanto, acreditamos que a atividade

    chegou ao nível mínimo em abril e começou a se

    normalizar em maio, com base tanto em nosso índice

    de monitoramento diário e também em indicadores de

    confiança como o PMI, que subiram em maio após

    atingirem níveis mínimos em abril.

    Um fundo de recuperação seria um passo

    importante para a união fiscal. A Zona do Euro é por

    vezes vista como uma zona econômica comum

    incompleta, dado que existe uma união monetária clara,

    através do Banco Central Europeu, mas não uma única

    autoridade fiscal (uma autoridade orçamentária

    europeia). Isso começou a mudar quando Alemanha e

    França apresentaram a proposta de um fundo de

    recuperação que financiaria EUR 500 bilhões em novos

    estímulos gerando déficits no orçamento europeu, e não

    nos orçamentos nacionais — o que representaria um

    grande avanço em direção à verdadeira união fiscal.

    Esse objetivo foi reforçado pela Comissão Europeia,

    que apresentou proposta semelhante. Embora ainda

    seja necessária a aprovação de líderes europeus, o

    apoio da Alemanha representa um grande passo em

    direção a mais integração e uma estrutura mais

    eficiente para as políticas governamentais.

    Entretanto, a curto prazo, a política monetária

    continua sendo a principal ferramenta de apoio

    econômico. Após uma série de novas medidas de

    estímulo desde março, o BCE aumentou as compras de

    ativos no âmbito do programa emergencial da pandemia

    (PEPP) em EUR 600 bilhões, com compras até pelo

    menos junho de 2021.

    Mantivemos nossas previsões para o crescimento

    do PIB da Zona do Euro inalteradas em -8,0% em

    2020 e 5,0% em 2021. No entanto, ajustamos a

    previsão para a taxa de câmbio no final do ano de

    1,10 para 1,15 dólar por euro, considerando que a

    melhora da perspectiva para a coordenação fiscal

    reduz os riscos de um desempenho pior.

    Como os riscos de uma segunda onda de

    contágio não se concretizaram ainda, as

    preocupações migraram para questões

    políticas nos EUA e geopolíticas

    Os países desenvolvidos estão reabrindo suas

    economias com risco aparentemente contido de

    haver ondas adicionais de contágio pelo

    coronavírus. O risco desses novos surtos parece

    limitado em muitas regiões, uma vez que a taxa de

    transmissão (R0) permaneceu abaixo de 1, mesmo com

    a reabertura e o aumento da mobilidade (ver gráfico; o

    R0 da França é uma exceção, devido a um ajuste

    pontual na série que acompanha o número de casos,

    mas já está diminuindo na margem). A contenção atual

    provavelmente se deve a mudanças de comportamento,

    como menor uso de transporte público, uso de

    máscaras, distanciamento social e a restrição contínua

    a eventos de enorme disseminação (eventos esportivos,

    cinemas, teatros, cerimônias religiosas).

  • 5

    macro latam mensal | 5 de junho de 2020

    Após início da reabertura das economias, taxa de

    contágio está perto de 1 nos EUA e abaixo de 1 na

    Europa

    Fonte: JHU, Itaú

    A posição da China em relação a Hong Kong e

    Taiwan pode representar riscos, mas, por

    enquanto, dificilmente ameaça um acordo

    comercial com os EUA. O Congresso Nacional do

    Povo propôs uma Lei de Segurança Nacional que daria

    a Pequim mais poder sobre as instituições de Hong

    Kong. Após essa mudança, o Departamento de Estado

    dos EUA deixou de considerar Hong Kong autônomo

    da China e, assim, desencadeou a revisão do status

    especial de Hong Kong, concedido pela legislação

    americana. Esse status especial inclui tratamento

    diferenciado em termos de comércio, vistos e outros

    assuntos econômicos. O presidente Donald Trump

    anunciou o fim do "tratamento preferencial de Hong

    Kong como um território separado para fins

    alfandegários e de viagens", e disse que os termos

    futuros do relacionamento estão sendo analisados,

    focando em vistos, acesso a tecnologias e empresas

    chinesas listadas nos EUA. A nosso ver, as tensões

    entre EUA e China seguirão contidas, já que os dois

    lados não vão agravar a questão em torno de tarifas.

    Sobre Taiwan, o primeiro-ministro chinês Li Keqiang

    usou a palavra "pacífico" ao se referir ao desejo de

    Pequim de reunificação com Taiwan, ilha reivindicada

    pelos chineses.

    Os protestos nos EUA criam incertezas adicionais

    para as eleições. Manifestações por todo o país desde

    o final de maio, bem como as preocupações com o

    crescimento econômico e a recuperação de empregos

    até novembro, aumentaram a incerteza em torno das

    próximas eleições. Até agora, Joe Biden lidera

    pesquisas em nível nacional e em alguns estados

    decisivos para o resultado da votação.

    América Latina: Reabertura gradual em

    ambiente arriscado

    Na América Latina, o número de novos casos de

    COVID-19 ainda está subindo, embora a maior taxa

    de testagem seja parcialmente responsável pelo

    aumento. A retomada das atividades está sendo

    adiada, mas uma flexibilização gradual das medidas

    de distanciamento social está ocorrendo. Em alguns

    países, existe o risco de uma reabertura prematura da

    economia forçar um segundo período de lockdown.

    Diante dos dados de atividade abaixo do

    esperado, revisamos a previsão para o PIB da

    região em 2020 de -6,1% para -6,4%. Alguma

    normalização da atividade é provável a partir do 2S20,

    consistente com a experiência dos países que já

    flexibilizaram medidas de distanciamento social.

    Esperamos um crescimento acima do potencial de

    3,8% no próximo ano (ligeiramente acima da projeção

    de 3,7% no cenário anterior). Uma rápida recuperação

    da economia chinesa ajudaria os preços de

    commodities e deve contribuir para o crescimento

    econômico na América Latina.

    O considerável hiato do produto e os preços ainda

    baixos do petróleo provavelmente manterão a

    inflação controlada em quase todos os países da

    região, permitindo flexibilização adicional da

    política monetária no México, Brasil e Colômbia,

    enquanto os bancos centrais do Peru e Chile

    manterão as taxas básicas de juros próximas de

    zero por um período prolongado, e podem

    anunciar em breve uma flexibilização adicional

    com medidas quantitativas. No Brasil, esperamos

    um corte adicional na taxa Selic de 0,75 p.p. para

    2,25%. Na Colômbia e no México, os bancos centrais

    adotaram um tom mais cauteloso devido às

    preocupações com os efeitos dos juros menores sobre

    os fluxos de capital e as taxas de câmbio. Ainda que

    cortes concentrados no início do ciclo pareçam

    improváveis nesses dois países, é provável que

    ocorram movimentos adicionais nos juros. No fim do

    ano, esperamos a taxa básica de juros em 4,0% no

    México (5,5% atualmente) e 2,0% na Colômbia

    (2,75% atualmente).

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    br)

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    br)

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    Suíc

    a (2

    7-a

    br)

    Na abertura da economiaAtual

    Nível compatível com estabilização

  • 6

    macro latam mensal | 5 de junho de 2020

    A melhora das condições financeiras globais levou à

    forte valorização das moedas de países da América

    Latina em relação ao dólar recentemente. Ainda

    assim, incertezas remanescentes (direção da política

    doméstica no México; sobrevivência da estrutura da

    política fiscal no Brasil; protestos e reformas no Chile;

    preservação do grau de investimento na Colômbia)

    provavelmente terão impacto negativo sobre as taxas de

    câmbio antes do final do ano, revertendo pelo menos

    parte dos ganhos recentes. Cortes de juros (além do

    que já está implícito nas curvas de juros) também

    pressionariam algumas moedas.

    Projeções: Economia global

    Economia mundial

    Crescimento do PIB Mundial - % 3,6 3,5 3,3 3,7 3,7 1,8 -3,8 5,8

    EUA - % 2,5 2,9 1,6 2,4 2,9 2,3 -5,0 4,0

    Zona do Euro - % 1,4 2,0 1,9 2,7 1,9 1,2 -8,0 5,0

    Japão - % 0,0 1,3 0,5 2,2 0,3 0,8 -4,0 2,2

    China - % 7,4 7,0 6,8 6,9 6,6 6,1 2,0 7,5

    Taxas de juros e moedas

    Fed funds - % 0,1 0,3 0,7 1,4 2,4 1,6 0,1 0,1

    USD/EUR - final de período 1,21 1,09 1,05 1,20 1,15 1,12 1,15 1,15

    YEN/USD - final de período 119,8 120,4 117,0 112,7 109,7 108,6 108,0 108,0

    Índice DXY* 90,3 98,7 102,2 92,1 96,2 96,4 95,8 95,8

    Fonte: FMI, Bloomberg, Itaú

    20182017 201920162015

    * O DXY é um índice para o valor internacional do dólar americano, que mede seu desempenho em relação a uma cesta de moedas incluindo:

    euro, iene, libra, dólar canadense, franco suíço e coroa sueca.

    2014 2020P 2021P

  • 7

    macro latam mensal | 5 de junho de 2020

    Brasil

    Sinais iniciais de estabilização

    Coronavírus: sinais incipientes de estabilização

    Incertezas sobre a estabilização do surto de

    coronavírus permanecem. Há sinais um pouco mais

    claros de recuo do número de óbitos por habitante na

    região Norte. Mas, para uma melhora mais duradoura

    do quadro geral, é necessário que haja um recuo

    expressivo também nas regiões mais populosas do

    Brasil (Nordeste e Sudeste). Acreditamos que o pico

    de óbitos deve ocorrer no meio de junho, permitindo

    uma abertura gradual da economia. Para isso, será

    importante monitorar a evolução das taxas de

    contágio.

    A capacidade hospitalar também é um indicador

    importante para realizar a flexibilização das

    medidas de isolamento social com maior margem

    de segurança. A adição de novos leitos de UTI no

    município de São Paulo somada a um cronograma de

    reabertura gradual reduz as chances de colapso no

    sistema de saúde que, por sua vez, impediria um

    retorno das atividades.

    Ritmo de mortes por coronavírus (novos óbitos

    por 100 mil habitantes, média de 7 dias)

    Fonte: Ministério da Saúde, Itaú

    0,00

    0,20

    0,40

    0,60

    0,80

    1,00

    1,20

    1,40

    26-mar 9-abr 23-abr 7-mai 21-mai 4-jun

    BrasilSudesteNordeste

    NorteSulCentro-oeste

    Há sinais incipientes de estabilização da propagação do vírus, embora incertezas permaneçam. A queda do

    número de novos casos/óbitos deve ser lenta e a reabertura da economia gradual. O início da flexibilização

    das medidas de distanciamento social em certos estados favorece, em tese, a retomada da atividade

    econômica, mas também aumenta o risco de agravamento da pandemia.

    Mantivemos nossas projeções de crescimento do PIB em -4,5% este ano e 3,5% em 2021. Dados

    preliminares indicam que a atividade econômica pode ter atingido seu piso em abril.

    Esperamos déficits primários de 10,2% do PIB em 2020 e de 2,2% do PIB em 2021. O déficit do ano que

    vem contempla elevação de gastos sociais, parcialmente compensada por aumentos de tributos.

    Projetamos a taxa de câmbio em R$ 5,75 por dólar em 2020 e R$ 4,50 por dólar em 2021. Esperamos a

    continuidade do ajuste na conta corrente.

    Revisamos nossa projeção de IPCA de 2,0% para 1,8% neste ano e de 3,0% para 2,8% em 2021. O cenário

    para a inflação segue benigno, e a inflação baixa deste ano deve se propagar adiante. Esperamos que o

    Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleça a meta de inflação de 2023 em 3,25% ou 3,00%,

    reafirmando seu compromisso com a convergência da inflação para níveis mais compatíveis com aqueles

    observados em outros países emergentes.

    Mantivemos nossa projeção para a taxa Selic em 2,25% a.a. em 2020 e 3,0% a.a. em 2021.

  • 8

    macro latam mensal | 5 de junho de 2020

    Taxa de utilização de UTIs de hospitais

    municipais em São Paulo (capital) caiu com a

    adição de novos leitos

    Fonte: Prefeitura de São Paulo

    Projeções inalteradas para o PIB; propagação

    do vírus é o principal risco de baixa

    O PIB do 1T20 contraiu 1,5% ante o 4T19 com

    ajuste sazonal, resultado em linha com as

    expectativas (mercado: -1,5%; Itaú: -1,4%). Os

    detalhes do resultado indicam que alguns setores são

    mais resilientes às medidas de distanciamento social,

    como serviços de atividades imobiliárias, financeiros,

    da administração pública, assim como as indústrias de

    eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana e a

    produção agrícola. Outros setores foram

    significativamente afetados, como a indústria de

    transformação, construção, serviços de transporte,

    outros serviços (que inclui serviços prestados a

    famílias, como restaurantes e hotéis). A tabela abaixo

    está ordenada colocando em primeiro lugar os setores

    que sofreram mais no 1T20.

    Para o 2T20, esperamos contração do PIB de 10,6%

    ante o 1T20 com ajuste sazonal (não anualizada),

    influenciada pelas medidas de distanciamento

    social que têm vigorado durante a maior parte do

    trimestre devido à pandemia de COVID-19. No

    entanto, dados preliminares indicam que a atividade

    econômica atingiu o piso em abril. Indicadores como

    consumo de energia elétrica industrial, utilização de

    capacidade da indústria de transformação e

    construção, a retomada de produção de algumas

    montadoras de veículos, assim como o nosso indicador

    diário de atividade, mostra leve crescimento da

    atividade em maio ante abril. A reabertura gradual das

    atividades econômicas ao longo de junho deve fazer

    com que a recuperação continue neste mês, levando a

    um carrego estatístico positivo para o PIB do 3T20,

    para o qual esperamos crescimento do PIB de 8,5%

    (não anualizado).

    Heterogeneidade setorial durante o início da crise

    Fonte: IBGE, Itaú

    Mantivemos nossas projeções de crescimento do

    PIB em -4,5% este ano e 3,5% em 2021. Os principais

    riscos negativos para esse cenário advêm da evolução

    e propagação do vírus, que podem inviabilizar uma

    reabertura gradual e ordenada das atividades

    econômicas ao longo de junho e do terceiro trimestre.

    Vale notar que, mesmo com a retomada da

    economia no segundo semestre deste ano e no ano

    que vem, o PIB no final de 2021 ainda estará abaixo

    do nível pré-vírus.

    Riscos fiscais elevados

    Esperamos déficits primários de 10,2% (R$ 735

    bilhões) em 2020 e de 2,2% (R$ 175 bilhões) em

    2021. A dívida bruta deve alcançar 92% do PIB em

    2020 e 88% do PIB em 2021, ante 76% do PIB em

    2019 (ver gráfico). No caso de piora fiscal adicional, a

    retomada da economia ficaria ainda mais prejudicada,

    e a manutenção da taxa de juros próxima às mínimas

    históricas pode ser inviabilizada.

    20%

    25%

    30%

    35%

    40%

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    50%

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    31

    -jul

    Taxa de ocupação (dir.)Leitos de UTI (unid.)Pacientes internados

    1T20 PesoVariação

    trimestral*

    PIB 100,0% -1,5%

    SERVIÇOS 63,3% -1,6%

    Outros Serviços 15,1% -4,6%

    Transporte, armazenagem e correio 3,7% -2,4%

    Serviços de informação 2,9% -1,9%

    Comércio 11,7% -0,8%

    APU, educação pública e saúde pública 15,4% -0,5%

    Interm. financeira e seguros 5,9% -0,1%

    Atividades imobiliárias 8,5% 0,4%

    INDÚSTRIA 17,9% -1,4%

    Extrativa Mineral 2,6% -3,2%

    Construção 3,2% -2,4%

    Transformação 9,4% -1,4%

    Luz e gás, água, esgoto e limpeza urbana 2,7% -0,1%

    AGROPECUÁRIA 4,4% 0,6%

    *Com ajuste sazonal

  • 9

    macro latam mensal | 5 de junho de 2020

    Para 2020, o impacto fiscal das medidas de

    combate aos efeitos do coronavírus deve alcançar

    7,2% do PIB (R$ 525 bilhões). O principal gasto do

    pacote, com custo de 2,8% do PIB (R$ 205 bilhões), é

    o auxílio emergencial de R$ 600 por mês para

    trabalhadores informais, que esperamos que seja

    estendido por três meses adicionais, mas com valores

    decrescentes (R$ 600 em julho, R$ 400 em agosto e

    R$ 200 em setembro).

    Para 2021, esperamos um aumento de gastos

    sociais da ordem de 0,9% do PIB (R$ 67 bilhões),

    financiado parcialmente por um aumento da carga

    tributária de 0,2% do PIB (R$ 20 bilhões). O

    aumento de gastos sociais deve servir para elevar o

    benefício médio do Programa Bolsa Família de R$

    200 para R$ 600 mensais (sem expansão estrutural

    do número de beneficiários). Do lado dos tributos, o

    aumento deve focar a tributação de lucros de setores

    específicos e de alta renda.

    Forte alta na dívida pública, e maiores riscos

    fiscais

    Fonte: Banco Central, Itaú

    Overshooting do câmbio no curto prazo; ajuste

    forte nas contas externas

    Mantivemos a previsão para a taxa de câmbio em

    R$ 5,75 por dólar em 2020 e R$ 4,50 por dólar em

    2021. O risco fiscal ainda elevado, a contração

    acentuada da atividade econômica e o cenário de

    juros baixos devem seguir limitando o fluxo de capitais

    para o Brasil ao longo deste ano e impedindo uma

    apreciação mais intensa da moeda. Para o ano que

    vem, à medida que o choque externo se dissipa e a

    economia brasileira retoma o crescimento, há espaço

    para apreciação da moeda em direção a um patamar

    mais consistente com os fundamentos da economia

    brasileira.

    Há riscos nas duas direções. Por um lado, caso haja

    uma deterioração fiscal significativa que resulte numa

    saída mais forte de capitais (com eventual fuga de

    capitais de brasileiros), o overshooting da moeda deve

    ser mais intenso. Por outro lado, o ambiente global,

    marcado pela busca por retorno financeiro, pode atuar

    no sentido de apreciar ativos brasileiros, acelerando a

    convergência para valores compatíveis com

    fundamentos da economia brasileira (que acreditamos

    ser em torno de R$ 4,25 por dólar).

    Os dados mais recentes confirmam que o câmbio

    nos patamares atuais, somado aos efeitos da

    pandemia e à consequente forte contração da

    atividade econômica, já promove um ajuste

    intenso nas contas externas. Nos últimos dois

    meses, houve recuo expressivo nos déficits de

    viagens internacionais e de lucros e dividendos, bem

    como uma melhora na balança comercial, com queda

    nas importações maior do que a das exportações.

    Esperamos déficit em conta corrente de US$ 2 bilhões

    em 2020 e superávit de US$ 5 bilhões em 2021.

    Cenário de inflação baixa se propaga para

    2021

    Revisamos a estimativa de inflação neste ano de

    2,0% para 1,8%, abaixo do piso da meta. Parte do

    reajuste decorre da decisão da Aneel de manter o

    patamar de bandeira verde nas contas de energia

    elétrica ao longo do ano. Nossa projeção contempla

    deflação no segundo trimestre do ano, o que deve

    levar o acumulado dos seis primeiros meses de 2020

    para próximo de zero. Consideramos que, ao longo do

    segundo semestre, haverá retomada gradual da

    atividade econômica e correção adicional do preço de

    combustíveis. Nesse sentido, vale também destacar o

    efeito potencialmente altista da taxa de câmbio mais

    depreciada, que já manifesta seus efeitos nos índices

    de preço no atacado, embora o repasse de preços ao

    consumidor esteja perto de zero no curto prazo.

    Acreditamos, contudo, que o balanço de riscos, neste

    momento, permanece indicando algum viés de baixa

    para a nossa projeção.

    Revisamos nossa projeção para 2021 de 3,0% para

    2,8%. Não há sinal de pressão inflacionária

    significativa ao longo do horizonte relevante para a

    política monetária. Diversos fatores contribuem para a

    50%

    55%

    60%

    65%

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    21

    Dívida Bruta do Governo Geral

    % do PIB

  • 10

    macro latam mensal | 5 de junho de 2020

    continuidade da dinâmica benigna da inflação. Inércia

    favorável, expectativas ancoradas e elevada

    capacidade ociosa da economia seguem exercendo

    pressões baixistas, em especial nas medidas de

    núcleo. Tendo em vista a magnitude do hiato do

    produto e o tempo necessário para seu fechamento,

    não vemos, no momento, risco significativo de inflação

    de demanda ao longo do próximo ano.

    Por fim, o CMN determinará a meta de inflação

    para o ano de 2023 no dia 25 de junho. Acreditamos

    que a meta possa ser reduzida para 3,25% ou até

    3,00%, nível mais compatível com o observado em

    outras economias emergentes, dando continuidade ao

    movimento de redução das metas de inflação que

    ocorreu nos últimos anos. Entendemos que a

    ancoragem de expectativas é peça fundamental em

    um regime de metas de inflação, e a atual dinâmica da

    inflação brasileira possibilita redução adicional na

    trajetória da meta três anos à frente.

    Política monetária: testando novas mínimas

    Mantivemos a nossa projeção para a taxa Selic em

    2,25% a.a. para o final de 2020 e em 3,0% a.a. para

    dezembro de 2021. Acreditamos que o Copom irá

    realizar um novo corte de 75 p.b. na próxima reunião.

    Posteriormente, a autoridade monetária deve

    interromper o ajuste a fim de monitorar seus efeitos,

    ainda que não se possa descartar que volte a realizar

    novas reduções na taxa Selic, com cautela, antes do fim

    do ano.

    A propósito, com espaço fiscal limitado, a política

    monetária passou a ser a principal ferramenta para

    estimular a economia. Expectativas bem ancoradas e

    o elevado grau de ociosidade da economia indicam um

    cenário prospectivo de inflação abaixo da meta no

    horizonte relevante de política monetária. Nesse

    ambiente, considerando uma redução do risco externo e

    expectativa de propagação menos intensa do vírus,

    parece razoável que a autoridade monetária opte por

    manter a taxa básica em patamar extraordinariamente

    estimulativo por algum tempo, mesmo com certo risco

    fiscal.

    A capacidade de continuar testando novas mínimas

    para a taxa de juros depende dos seus impactos

    sobre a taxa de câmbio e, consequentemente, sobre

    as expectativas de inflação e estabilidade financeira.

    Por ora, os sinais de repasse da depreciação cambial

    aos preços internos têm sido limitados. No entanto, por

    se tratar de um território desconhecido, acreditamos que

    o Banco Central deve atuar com cautela para evitar o

    risco de flexibilização monetária excessiva, o que

    poderia afetar preços de ativos de forma que restrinja as

    condições financeiras, tornando-se contraproducente.

    Projeções: Brasil

    Atividade EconômicaE

    c Crescimento real do PIB - % Real GDP growth - %0,5 -3,5 -3,3 1,3 1,3 1,1 -4,5 3,5

    PIB nominal - BRL bi Nominal GDP - BRL bn5.779 5.996 6.269 6583,3 6.889 7.257 7.234 7.777

    PIB nominal - USD bi Nominal GDP - USD bn2.455 1.800 1.798 2062,6 1.884 1.839 1.351 1.533

    População (milhões de hab.) Population (millions)201,7 203,5 205,2 206,8 208,5 210,1 211,8 213,3

    PIB per capita - USD Per Capita GDP - USD 12.169 8.847 8.764 9974 9.038 8.751 6.378 7.187

    Taxa Nacional de Desemprego - média anual (*) 6,8 8,5 11,5 12,7 12,3 11,9 14,6 13,9

    Taxa Nacional de Desemprego - fim do ano (*) 7,1 9,6 12,6 12,4 12,2 11,6 14,0 13,7

    InflaçãoI

    n IPCA - % IPCA - %6,4 10,7 6,3 2,9 3,7 4,3 1,8 2,8

    IGP–M - % IGP–M - %3,7 10,5 7,2 -0,5 7,5 7,3 4,6 4,0

    Taxa de JurosI

    n Selic - final do ano - % Selic - eop - %11,75 14,25 13,75 7,00 6,50 4,50 2,25 3,00

    Balanço de PagamentosB

    a BRL / USD - final de período BRL / USD - Dec2,66 3,96 3,26 3,31 3,88 4,03 5,75 4,50

    Balança comercial - USD bi Trade Balance - USD bn-4 20 48 67 58 47 60 75

    Conta corrente - % PIB Current Account - % GDP-4,1 -3,0 -1,3 -0,7 -2,2 -2,8 -0,1 0,3

    Investimento direto no país - % PIB Foreign Direct Investment - % GDP3,6 3,6 4,1 3,3 4,1 4,3 4,4 4,6

    Reservas internacionais - USD bi International Reserves - USD bn374 369 372 382 387 367 332 332

    Finanças PúblicasP

    u Resultado primário - % do PIB Primary Balance - % GDP-0,6 -1,9 -2,5 -1,7 -1,6 -0,9 -10,2 -2,2

    Resultado nominal - % do PIB Nominal Balance - % GDP-6,0 -10,2 -9,0 -7,8 -7,1 -5,9 -14,9 -5,6

    Dívida bruta - % PIB 56,3 65,5 69,9 73,7 76,5 75,8 91,7 89,3

    Dívida pública líquida - % do PIB Net Public Debt - % GDP 33,1 36,0 46,2 51,4 53,6 55,7 63,8 69,1

    Fonte: IBGE, FGV, BCB e Itaú

    2014

    (*) Taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua

    2017 2021P2018 2019 2020P2015 2016

  • 11

    macro latam mensal | 5 de junho de 2020

    Nossas projeções: América Latina

    Argentina:

    México:

    Atividade Econômica

    Crescimento real do PIB - % -2,5 2,7 -2,1 2,7 -2,5 -2,2 -9,1 4,0

    PIB nominal - USD bi 563,9 642,4 556,8 642,0 520,0 448,8 387,4 401,2

    População (milhões hab.) 42,7 43,1 43,6 44,0 44,5 44,9 45,4 45,8

    PIB per capita - USD 13.215 14.894 12.506 14.458 11.665 9.987 8,615 8,994

    Taxa de desemprego - média anual 7,3 6,5 8,5 8,3 9,2 9,8 12,0 11,5

    Inflação

    IPC - % (*) 38,0 26,9 41,0 24,8 47,6 53,8 40,0 50,0

    Taxa de Juros

    Taxa BADLAR - final do ano - % 20,38 27,25 19,88 23,25 49,50 39,40 24,00 24,00

    Taxa de política monetária - final do ano - % - - 24,75 28,75 59,25 55,00 30,00 30,00

    Balanço de Pagamentos

    ARS / USD - final de período 8,55 13,01 15,85 18,77 37,81 59,90 88,00 130,00

    Balança comercial - USD bi 3,1 -3,0 2,0 -8,5 -3,7 16,0 17,5 15,5

    Conta corrente - % PIB -1,6 -2,7 -2,7 -4,9 -5,2 -0,8 0,6 0,2

    Investimento estrangeiro direto - % PIB 0,9 1,8 0,6 1,8 2,3 1,4 0,4 0,5

    Reservas internacionais - USD bi 31,4 25,6 38,8 55,1 65,8 44,8 40,0 40,0

    Finanças Públicas

    Resultado primário - % do PIB (**) -3,4 -4,0 -4,2 -3,8 -2,6 -0,4 -4,8 -2,5

    Resultado nominal - % do PIB (**) -2,4 -3,9 -5,8 -5,9 -5,2 -3,8 -6,1 -3,0

    Dívida pública bruta - % PIB 47,4 55,5 55,6 59,0 89,4 93,0 109,3 108,8

    Dívida pública líquida - % PIB (***) 22,0 25,4 27,6 31,5 56,7 57,3 69,7 70,50,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0 0

    Fonte: Banco Central, INDEC e Itaú

    (*) Inflação nacional desde 2017.

    (**) Desde de 2016, exclui as transferências de lucros do banco central

    (***) Exclui as reservas do banco central e previdência social

    20152014 2021P2020P2019201820172016

    Atividade Econômica

    Crescimento real do PIB - % 2,8 3,3 2,6 2,1 2,2 -0,3 -8,5 4,3

    PIB nominal - USD bi 1.313 1.172 1.078 1.162 1.222 1.265 1.050 1.134

    População (milhões de hab.) 120,0 121,0 122,0 124,0 125,0 126,0 127,0 128,0

    PIB per capita - USD 10.965 9.682 8.815 9.409 9.794 10.044 8.262 8.843

    Taxa de desemprego - média anual 4,8 4,4 3,9 3,4 3,3 3,5 5,5 4,3

    Inflação

    IPC - % 4,1 2,1 3,4 6,8 4,8 2,8 2,9 3,3

    Taxa de Juros

    Taxa de política monetária - final do ano - % 3,00 3,25 5,75 7,25 8,25 7,25 4,00 4,00

    Balanço de Pagamentos

    MXN / USD - final de período 14,8 17,2 20,7 19,7 19,7 18,9 22,0 21,5

    Balança comercial - USD bi -3,1 -14,7 -13,1 -11,0 -13,6 5,4 15,0 7,0

    Conta corrente - % PIB -1,9 -2,6 -2,3 -1,8 -1,9 -0,2 0,2 0,1

    Investimento estrangeiro direto - % PIB 2,3 3,0 3,6 2,8 3,2 2,3 1,5 1,9

    Reservas internacionais - USD bi 193,0 176,4 176,5 172,8 175,0 180,8 186,0 187,0

    Finanças Públicas

    Resultado nominal - % do PIB -3,1 -3,4 -2,5 -1,1 -2,1 -1,6 -4,1 -3,5

    Dívida pública líquida - % do PIB 39,7 43,9 48,2 46,0 46,0 45,5 56,1 54,30,0% 0,0%

    Fonte: FMI, Bloomberg, INEGI, Banxico, Haver e Itaú

    2021P2020P201820172016 2019P20152014

  • 12

    macro latam mensal | 5 de junho de 2020

    Chile:

    Peru:

    Atividade Econômica

    Crescimento real do PIB - % 1,8 2,3 1,7 1,2 3,9 1,1 -4,5 4,7

    PIB nominal - USD bi 257 239 255 279 298 278 241 269

    População (milhões de hab.) 17,8 18,0 18,2 18,4 18,8 19,1 19,5 19,7

    PIB per capita - USD 14.465 13.283 14.018 15.143 15.888 14.525 12.399 13.667

    Taxa de desemprego - média anual 6,5 6,3 6,7 7,0 7,4 7,2 9,0 8,3

    Inflação

    IPC - % 4,6 4,4 2,7 2,3 2,6 3,0 2,6 2,9

    Taxa de Juros

    Taxa de política monetária - final do ano - % 3,00 3,50 3,50 2,50 2,75 1,75 0,50 1,00

    Balanço de Pagamentos

    CLP / USD - final de período 606 709 670 615 694 753 800 770

    Balança comercial - USD bi 6,5 3,4 4,9 7,4 4,7 4,2 11,2 8,2

    Conta corrente - % PIB -2,0 -2,4 -2,0 -2,3 -3,6 -3,9 0,0 -1,4

    Investimento estrangeiro direto - % PIB 9,2 8,7 4,8 2,2 2,5 4,3 2,4 2,7

    Reservas internacionais - USD bi 40,4 38,6 40,5 39,0 39,9 40,6 35,0 35,0

    Finanças Públicas

    Resultado nominal - % do PIB -1,6 -2,1 -2,7 -2,8 -1,6 -2,8 -8,1 -4,0

    Dívida pública líquida - % do PIB -4,3 -3,4 0,9 4,4 5,7 7,9 18,1 20,30,0% 0,0% 0,0% 0,0%

    Fonte: FMI, Bloomberg, BCCh, INE, Haver e Itaú

    201820172016 2021P2020P201920152014

    Atividade Econômica

    Crescimento real do PIB - % 2,4 3,3 4,0 2,5 4,0 2,2 -6,6 4,6

    PIB nominal - USD bi 202 191 195 214 225 231 215 229

    População (milhões de hab.) 31,0 31,0 31,0 32,0 32,0 33,0 33,0 33,0

    PIB per capita - USD 6.568 6.142 6.183 6.735 7.041 7.102 6.529 6.918

    Taxa de desemprego - média anual 5,9 6,5 6,7 6,9 6,6 6,6 8,5 7,5

    Inflação

    IPC - % 3,2 4,4 3,2 1,4 2,2 1,9 1,2 2,1

    Taxa de Juros

    Taxa de política monetária - final de período - % 3,50 3,75 4,25 3,25 2,75 2,25 0,25 0,75

    Balanço de Pagamentos

    PEN / USD - final de período 2,98 3,41 3,36 3,24 3,37 3,31 3,40 3,40

    Balança comercial - USD bi -1,5 -2,9 2,0 6,7 7,2 6,6 6,8 6,5

    Conta corrente - % PIB -4,5 -5,0 -2,6 -1,3 -1,7 -1,5 -1,3 -1,5

    Investimento estrangeiro direto - % PIB 1,9 4,3 3,5 3,2 2,9 3,9 2,0 2,1

    Reservas internacionais - USD bi 62,4 61,5 61,7 63,7 60,3 68,4 70,0 71,0

    Finanças Públicas

    Resultado nominal do SPNF - % do PIB -0,2 -1,9 -2,3 -3,0 -2,3 -1,6 -9,0 -2,5

    Dívida bruta do SPNF - % PIB 19,9 23,3 23,9 24,9 25,8 26,8 35,3 33,70,0% 0,0% 0,0%

    Fonte: IMF, INEI, BCRP, Itaú

    2014 2020P 2021P2015 2016 2017 2018 2019P

  • 13

    macro latam mensal | 5 de junho de 2020

    Colômbia:

    Pesquisa macroeconômica – Itaú

    Mario Mesquita – Economista-Chefe

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    Atividade Econômica

    Crescimento real do PIB - % 4,5 3,0 2,1 1,4 2,5 3,3 -4,7 4,2

    PIB nominal - USD bi 381 294 282 311 333 324 274 301

    População (milhões de hab.) 47,7 48,2 48,7 49,3 49,8 50,4 50,9 51,4

    PIB per capita - USD 7.997 6.098 5.791 6.308 6.692 6.421 5.387 5.860

    Taxa de desemprego - média anual 9,1 8,9 9,2 9,4 9,7 10,5 16,0 14,0

    Inflação

    IPC - % 3,7 6,8 5,8 4,1 3,2 3,8 2,5 3,0

    Taxa de Juros

    Taxa de política monetária - final do ano - % 4,50 5,75 7,50 4,75 4,25 4,25 2,00 2,00

    Balanço de Pagamentos

    COP / USD - final de período 2.377 3.175 3002 2.932 3.254 3.287 3.800 3.700

    Balança comercial - USD bi -6,2 -15,6 -11,1 -6,1 -7,1 -10,8 -7,5 -9,3

    Conta corrente - % PIB -5,2 -6,3 -4,3 -3,3 -3,9 -4,3 -3,3 -3,7

    Investimento estrangeiro direto - % PIB 4,2 4,0 4,9 4,4 3,5 4,5 3,5 3,7

    Reservas internacionais - USD bi 47,3 46,7 46,7 47,6 48,4 53,2 54,2 55,0

    Finanças Públicas

    Resultado nominal do gov. central - % do PIB -2,4 -3,0 -4,0 -3,6 -3,1 -2,5 -6,1 -4,5

    Dívida pública bruta do gov. central - % do PIB 39,9 44,6 45,6 46,4 49,4 50,2 62,5 65,70,0% 0,0% 0,0%

    Fonte: FMI, Bloomberg, Dane, Banrep, Haver e Itaú

    2020P 2021P2015 2016 2017 2018 20192014

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