revisão de obrigações fmu.pdf
TRANSCRIPT
Conceito de obrigação Escopo legal
Obrigação pode ser definida como a possibilidade de um sujeito obter de outro, de forma coa?va se necessário, o cumprimento de uma prestação. As obrigações estão reguladas no Código Civil, nos ar?gos 233 à 420
Fontes das obrigações
As fontes das obrigações se dividem em: A) atos jurídicos com obje?vo de criar obrigações que podem ser atos jurídicos em sen?do estrito, negócios jurídicos contratuais ou não e; B) a lei que gera obrigações em decorrência da responsabilidade civil e de outras e variadas causas, tais como relações jurídicas tributárias, de família, dentre outras
Fontes das obrigações
resp civil lei outras obrigações Fontes Atos jurídicos S.S atos com obje?vo de criar obrigações Negócios jurídicos
Conteúdo das Obrigações
As obrigações possuem um conteúdo dúplice que se divide em: Débito -‐ Dever de prestar Responsabilidade – Vínculo patrimonial entre o dever e o patrimônio do obrigado. O Conteúdo das obrigações determina o seu objeto
Objeto das obrigações Quanto ao débito
Quanto ao débito, a obrigação pode ser de coisa ou de fato, conforme envolva a entrega/res?tuição de um bem ou uma conduta posi?va ou nega?va do obrigado (fazer ou não fazer). As obrigações da coisa podem ser: de res?tuir (ar?gos 238/242 do CCB) ou dar. A obrigação de dar se subdivide em dar coisa certa (ar?gos 233/237 -‐ infungível) ou coisa incerta (243/246 -‐fungível) as obrigações de fazer (ar?gos 247/249) se dividem em obrigação de fim (resultado) ou de meio. As obrigações de não fazer consistem em uma omissão ou tolerância (ar?gos 250/251).
Objeto das obrigações quanto à responsabilidade
No que tange a responsabilidade as obrigações podem ser simples (quando há um só devedor) ou plurimas. As plurimas de dividem em solidárias ( ar?gos 264/285) quando a totaidade da dívida pode ser exigida de qualquer dos devedores, em caso de solidariedade passiva, ou a totalidade do crédito pode ser paga a qualquer dos credores, no caso de solidariedade a?va. A responsabilidade subsidiária ocorre quando o patrimônio de um codevedor só pode ser a?ngido após o esgotamento do patrimônio do devedor principal. (exemplo: benefcio de ordem no contrato de fiança, ar?go 827/828).
Conteúdo e objeto das obrigações coisa dar coisa certa débito coisa incerta res?tuir fazer resultado fato meio não fazer Cont simples responsabilidade solidária plurima subsidiária
Modificações subje?vas das obrigações
Os fatos jurídicos podem ser: A) Cons?tu?vos de relações jurídicas e direitos; B) Ex?n?vos de relações jurídicas e direitos; C) Modifica?vos de relações jurídicas e direitos. São exemplos de fatos cons?tu?vos o usucapião e algumas modalidades de contratos. São exemplos de fatos ex?n?vos, o pagamento e a decadência e outras formas de ex?nção das obrigações.
Tipologia das funções modificação subje?va
Modificação subje?va se dá pela subs?tuição dos sujeitos sem a modificação significa?va do objeto. É o ?po mais comum de fato jurídico.
O exemplo clássico é a aquisição derivada de direitos.
Trata-‐se, sempre, de sucessão.
Tipologia da Sucessão
Por causa da morte
Entre vivos
Universal herança Sucessão empresarial
Singular legado Transmissão de bens, direitos ou deveres
Conseqüências da sucessão Uma vez que a sucessão não se trata de cons?tuição de novos direitos mas apenas de modificação subje?va de direitos existentes todos os ônus e bônus das relações sucedidas são transmi?dos.
Na sucessão de todo o patrimônio (universal) os a?vos e passivos são transmi?dos. Na sucessão singular todas as obrigações atreladas a coisa sucedida são transmi?das (obrigações propter-‐rem)
Aquisição x cons?tuição
Não de deve confundir a aquisição de direitos por um sujeito (ligação de certo sujeito a um direito) com a cons?tuição de direitos.
A aquisição de direitos pode se dar por via de fatos jurídicos cons?tu?vos (criação de um direito novo) ou pela sucessão (modificação subje?va de um direito já existente)
Sucessão de dívidas Assunção de Dívida
O direito brasileiro não contempla a sucessão exclusiva de dívidas. Salvo pela assunção de dívida tal como regulada nos ar?gos 299 à 302 do CCB que é uma sucessão singular entre vivos.
Na sucessão universal o que há é a transmissão do dinheiro subtraído da dívida.
Na sucessão universal se há só dívidas não temos patrimônio a suceder.
Cessão de crédito
A cessão de crédito é a sucessão singular do polo a?vo de uma obrigação e está regulada nos ar?gos 286 à 298 do CCB.
Ex?nção das obrigações
As obrigações se ex?nguem, preferencialmente, pelo cumprimento (pagamento na terminologia do CCB), ou por outras formas dis?ntas do pagamento mais consideradas hábeis para a ex?nção das obrigações (dação, novação, confusão, compensação – ar?gos 356/388 do CCB).
Aspecto subje?vo do cumprimento A obrigação deve ser adimplida pelo próprio devedor. Pode, ainda, ser cumprida por terceiros juridicamente indiferentes ou juridicamente interessados. Os terceiros interessados são aqueles que possuem uma relação jurídica dependente da relação obrigacional que venham a adimplir em lugar do devedor. São aqueles que pagam com direito à sub-‐rogação e estão elencados nos ar?gos 346/347 do CCB. Os terceiros indiferentes não são partes em relações deste ?po, por isso, os terceiros interessados que pagam se sub-‐rogam nos direitos do credor originário e os indiferentes não.
Objeto do pagamento, forma e quitação.
A obrigação deve ser cumprida nos prazos, forma e lugar em que foi convencionado. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da contratada. O credor é obrigado a dar quitação regular, se isso não ocorre o devedor, para se exonerar deve fazer o pagamento por consignação (334/345 CCB).
Dação, novação, compensação e confusão
Dação em pagamento: Ocorre quando o devedor aceita, como pagamento, a entrega de bem dis?nto do convencionado (356/359 CCB); Novação: Ocorre quando se contrai uma nova obrigação como forma de ex?nção de outra (360/367 CCB); Compensação: Ocorre quando credor e devedor o são reciprocamente por obrigações líquidas certas e vencidas, neste caso os créditos se ex?nguem até o seu limite ( 368/380 CCB); Confusão: Ocorre quando, pela sucessão, credor e devedor passam a ser a mesma pessoa.
Remissão e Remição
Remissão deriva do verbo remi?r que significa perdoar. É forma de ex?nção das obrigações prevista nos ar?gos 385/388 do CCB; Remição deriva do verbo remir que significa pagar.
Descumprimento da obrigação
• Descumprimento pode ser absoluto ou rela?vo. O descumprimento absoluto importa em perdas e danos ou em execução de cláusula penal.
• O Descumprimento rela?vo pode se verificar pela demora no cumprimento (mora) ou pelo defeito.
A diferença entre o descumprimento rela?vo ou absoluto deve ser verificada caso a caso levando-‐se em conta a u?lidade da prestação tardia ou defeituosa.
Cláusula penal
A cláusula penal funciona como fixação antecipada de perdas e danos em caso de inadimplência do obrigado. Ela pode consis?r em multa moratória (para o caso de descumprimento rela?vo) ou em multa compensatória (para o descumprimento absoluto). Os dois ?pos de cláusula penal não podem ser cobrados em uma mesma obrigação. A cláusula penal não se confunde, e por isso pode ser cumulada, com a multa prevista no ar?go 461 prágrafo 4 do CPC (execução por coação)
Arras (417/420 do CCB)
Arras consistem na entrega de dinheiro ou outro bem móvel com o intuito de A) garan?r a execução de contrato posterior (confirmatórias) ou; B) Pré tarifar perdas e danos em caso de direito de arrependimento expresso no contrato (penitenciais). Quando as arras são confirmatórias a parte recalcitrante pode exigir: A)Perda ou devolução em dobro das arras; B) Realização do contrato; C) Perdas e danos adicionais. No caso das arras penitenciais se aplica, apenas a letra “a” .