reunidas dezembro/2005 ano 10 nº 43 as rotas da … abrati 43 - baixa.pdf · de 60 ônibus novos...

60
R E V I S T A R E V I S T A DEZEMBRO/2005 ANO 10 Nº 43 REUNIDAS AS ROTAS DA QUALIDADE Itapemirim opera com mais 100 ônibus novos Rápido D´Oeste, 65 anos de bons serviços A Viação Águia Branca muda o visual AS ROTAS DA QUALIDADE

Upload: phamquynh

Post on 08-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

R E V I S T AR E V I S T A

DEZEMBRO/2005 ANO 10 Nº 43

REUNIDAS

AS ROTAS

DA QUALIDADE

Itapemirimopera com mais

100 ônibus novos

Rápido D´Oeste,65 anos de

bons serviços

A ViaçãoÁguia Branca

muda o visual

AS ROTAS

DA QUALIDADE

MARCOPOLO

MARCOPOLO

4 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

umárioS

28A Itapemirim investiu

cerca de R$ 50milhões

no seu programa anual

de renovação de frota. Cem

novos veículos estão entrando

em operação nos serviços

Climm e Golden para reforçar

o atendimento à demanda

da alta temporada.

44O ônibus Ideale foi uma das atrações apresentadas pela Marcopolo na

Bus World, importante feira bienal realizada em Kortrijk, Bélgica.

Foto

s: D

ivu

lgaç

ãoLEIA MAIS:

Cartas ..................................... 6

Carta do Presidente ................ 7

Bagageiro ............................... 8

Rápido D´Oeste .................... 22

Center Bus em Brasília ......... 42

Outro bom ano da Scania ..... 56

Opinião ................................ 58

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 5

Em Brasília, na noite de 7 de dezembro, a Diretoria da

ABRATI recebeu cerca de 300 convidados para um

coquetel, seguido do tradicional jantar de confraternização.

Durante o dia, além de reunião da Diretoria com os

associados, houve três palestras.

Além de mudar totalmente o visual de sua frota,

a Águia Branca investe na compra

de 60 ônibus novos com chassis 0-500 MBB.

16

A Reunidas, de Caçador,

Santa Catarina, promove

mais uma renovação

em sua frota. Há 55 anos

ela tem estado presente

nas estradas brasileiras,

além de ser uma das

principais empresas que

interligam o

Brasil e a

Argentina.

40Chega ao mercado o

terceiro integrante da

família de rodoviários da

Induscar, o Giro 3200.

32

Edi

Pere

ira/

Hor

us P

hoto

10

6 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

A Revista ABRATI é uma publicação da

Associação Brasileira das Empresas

de Transporte Terrestre

de Passageiros

Editor Responsável

Ciro Marcos Rosa

Produção, edição e editoração

eletrônica

Plá Comunicação – Brasília

Editor Executivo

Nélio Lima

Impressão

Gráfica e Editora Athalaia

Fotos da capa

Visare e Divulgação

Esta revista pode ser acessada via

internet: http://www.abrati.org.br

Associação Brasileira das

Empresas de Transporte Terrestre

de Passageiros

artasC

Presidente

Sérgio Augusto de Almeida Braga

Vice-Presidente

Renan Chieppe

Diretor Administrativo-Financeiro

Cláudio Nelson C. Rodrigues de Abreu

Diretores

Abrão Abdo Izacc, Carlos Alberto de

O. Medeiros, Francisco Tude de Melo

Neto, José Augusto Pinheiro, José

Eduardo de Carvalho Chaves, José

Paulo Garcia Pedriali, Letícia Sampaio

Pineschi, Paulo Alencar Porto Lima,

Ronaldo César Fassarella, Sandoval

Caramori,Telmo Joaquim Nunes e

Washington Peixoto Coura.

Superintendente

José Luiz Santolin

Secretário-Geral

Carlos Augusto Faria Féres

Assessoria da Presidência

Ciro Marcos Rosa

SAS Quadra 6 - Bloco J - Lote 3

Edifício Camilo Cola, 5o andar

CEP 70070-916

Brasília - Distrito Federal

Telefone: (061) 3322-2004

Fax: (061) 3322-2058/3322-2022

E-mail: [email protected]

Internet: http://www.abrati.org.br

Sampaio Foi com grande alegria que pude

conhecer melhor a história da Viação

Sampaio, uma excelente empresa, pela

qualidade de seus serviços e pelo bom

gosto de seus carros, e da qual minha

família e eu temos a satisfação de ser

usuários.

Leandro Machado de Castro

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP

Bus do BrasilMeu nome é Carlos Gustavo, sou

presidente da ABB (Acervo Bus do

Brasil) e recebo a revista. Sugiro

matéria completa da Viação Itapemirim,

e também que nas revistas venham

pôsteres de ônibus das empresas.

Carlos Gustavo Pereira Gomes

Rua: P nº 1014 casa 1 Fragoso

MAGÉ – RJ

ElogiosMeu caro Presidente Sérgio:

Que beleza a revista ABRATI nº 42.

Isto sim representa um veículo que

divulga as empresas que operam no

sistema de transporte rodoviário. O

conteúdo é sólido e mostra como são

as nossas empresas. A Revista ABRATI

como está agora será, sem dúvida, um

grande ícone para o segmento que o

ilustre Presidente dirige. Receba os

cumprimentos da Marcopolo, FABUS e

Simefre e estenda nossos respeitos e

admiração a toda sua equipe.

José A. Martins

Vice-Presidente Corporativo

MARCOPOLO S/A

ChileEscrevo para felicitá-los pela sua

Associação e por sua excelente Revista

ABRATI, cujo conteúdo é de grande

agrado para os admiradores de ônibus,

especialmente pela grande quantidade

e qualidade das fotos, o que inclusive

permite superar as diferenças entre os

idiomas português e espanhol.

André Valdebenito Contreras

Cerro Colorado n10374

La Florida

SANTIAGO DO CHILE

Costa RicaSou colecionador de fotos e mate-

riais de ônibus e gosto muito dos ônibus

do Brasil. Na verdade, na Costa Rica

85% dos ônibus são de montadoras e

encarroçadoras do Brasil. Recebi corre-

tamente as edições anteriores.

César Mora Siles

Lista de Correos Suc. Santa Ana

Centro Santa Ana

SAN JOSÉ – COSTA RICA

DiscriminaçãoÉ discriminatório taxar um trans-

porte que transporta 94% da população

com tantos impostos, enquanto outros

meios têm privilégios. É necessário o

poder público rever esses conceitos.

Achei muito interessante o ponto de

vista apresentado por Sérgio Augusto

de Almeida Braga na edição nº 42.

Romário M. de Oliveira

Rua Valdomiro Raimundo, 590

Arthur Catald

27115-230 – BARRA DO PIRAÍ – RJ

EndereçosDiogo Viana Braga

Rua Gregório Marcolino Rosa,

119 – Parque Esplanada

289055–410

CAMPOS DOS GOITACAZES – RJ

Salomão Souza Lima

Rua Gumercindo Bessa,

218 – Santo Antônio

49060–280 – ARACAJU – SE

Cristóvão Santos da Rocha

Av . Getúlio Vargas, 165 – Centro

57100–000 – RIO LARGO – AL

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 7

arta do PresidenteC

Sérgio Augusto de Almeida Braga

Presidente da ABRATI

Temos aexpectativaotimista de que,no Ano Novo quese inicia, veremosencaminhadasem brevealgumas dassoluções para osproblemas dosetor, commaioresinvestimentos emnossas estradas,aumento dafiscalização, esegurançajurídica paranossos negócios.

Júli

o F

ern

and

es

No momento em que se encerra mais um ano de atividades é hora de fazer uma

reflexão sobre o setor de transporte rodoviário de passageiros. Trata-se de

uma área que já há algum tempo convive com inúmeras dificuldades oriundas, em

boa parte, da falta de diretrizes e políticas que priorizem ações públicas, considerando

a importância da atividade para o desenvolvimento do país.

O péssimo estado das rodovias pode elevar em até 30% o custo de cada viagem

de ônibus, aumentando o tempo gasto nos percursos e sujeitando os veículos à ação

de marginais que se aproveitam das baixas velocidades em alguns trechos para

praticar assaltos aos passageiros.

O aumento da clandestinidade, com todos os males que acarreta, traz incontáveis

prejuízos às empresas regulares, não só por tirar delas cerca de 30% do mercado,

mas também, principalmente, pelo elevado número de acidentes em que se envolvem,

causando danos irreparáveis para a imagem da atividade regular.

Também elevado é o prejuízo para os cofres públicos, já que as empresas

clandestinas não pagam impostos, não registram seus empregados, não oferecem

nenhum tipo de treinamento aos seus motoristas e nenhum benefício social. Essas

vantagens competitivas resultam em passagens a preços inferiores, mas sem qualquer

garantia aos seus usuários no que se refere à prestação do serviço adequado, que

deveria se caracterizar pela pontualidade, regularidade, continuidade, segurança,

generalidade e cortesia.

A isonomia de tratamento tributário com o transporte aéreo é também uma luta

permanente. O transporte aéreo, utilizado pela elite e por uma minoria, haja vista

que o transporte rodoviário é responsável por 95% das viagens das pessoas, está

isento do ICMS, que em alguns estados chega a 18%. Enquanto isso as viagens de

ônibus são taxadas por esse tributo, o que eleva o preço final das passagens na

mesma proporção da alíquota cobrada. Trata-se de uma injustiça fiscal que precisa

ser corrigida e estamos lutando por isso.

Visando buscar soluções para estes e outros problemas que trazem conseqüências

danosas para as empresas legalmente constituídas, a Diretoria da ABRATI

diuturnamente se faz presente junto às autoridades brasileiras que, por determinação

legal, regulam o setor.

Temos a expectativa otimista de que, no Ano Novo que se inicia, veremos

encaminhadas em breve algumas das soluções para os problemas citados, com

maiores investimentos em nossas estradas, aumento da fiscalização, e segurança

jurídica para nossos negócios.

O setor e seus desafios permanentes

8 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

B A G A G E I R O

Produzindo mais de 100 veículos mensais, a fábrica

da Volkswagen Caminhões e Ônibus em Puebla,

no México, comemorou um ano de atividades.

Segunda linha de montagem da marca (a primeira

fora do Brasil), a fábrica fica a 125 quilômetros

da Cidade do México, onde também estão

sediadas as ope-

rações locais de

automóveis da

VW. “Em breve

chegaremos ao caminhão

número 1.000 produzido em

Puebla. Em 2006, esperamos

dobrar nossa produção”, diz

Roberto Cortes, CEO da Volks-

wagen Caminhões e Ônibus.

COMEMORAÇÃO

VOLKSWAGEN, UM ANO NO MÉXICO

“Vá de ônibus, não perca aspaisagens deste país tão lindo.

O avião é rápido, mas nospriva da natureza.”

Sugestão de um leitor de Igarassu, PE

A Mercedes-Benz ampliou sua

oferta de remanufaturados,

incluindo, a partir de agora,

motores eletrônicos e câm-

bios, tudo com a mesma

garantia dos produtos de linha:

12 meses, sem limite de quilo-

metragem. O comprador pode

dar motores ou câmbios usados

como parte do pagamento.

MOTORES ELETRÕNICOS

REMANUFATURADOS COM GARANTIA

INFORMAÇÃO

NAS RUAS, A BIBLIOTECAMÓVEL ITAPEMIRIM

Depois de 12 etapas regionais e da final nacional, compe-

tição promovida pela Scania apontou o melhor motorista

de caminhão do Brasil. Na foto, o vencedor, Marcos Anto-

nio Simioni, catarinense, 35 anos, recebe taça das mãos

de Christopher Podgorski, diretor geral de Vendas e Serviços

da Scania. O prêmio de Simioni será uma viagem à

Alemanha e à Suécia no próximo ano.

ANTT

A AGÊNCIA APROVA SEU CÓDIGO DE ÉTICA

A Agência Nacional de Transportes Terrestres acolheu

proposição apresentada pela Comissão de Ética e aprovou o

Código de Ética a ser observado no âmbito de sua atuação.

O texto está no site da ANTT.

Foto

s: D

ivu

lgaç

ão

A Biblioteca Móvel Itapemirim já está

circulando pelo Brasil. Instalada em um ônibus adaptado,

tem o objetivo de promover a formação de leitores e a

disseminação de informação junto aos moradores dos

centros urbanos, periferias, zonas rurais e localidades

desprovidas de serviços de biblioteca. Serão 27 bibliotecas

móveis, uma para cada estado e para o Distrito Federal.

O Grupo Itapemirim é o patrocinador da iniciativa.

A estrutura de suas empresas, que atuam principalmente

no transporte rodoviário de passageiros e de cargas,

assegura manutenção e logística ao projeto.

SCANIA ESCOLHE O MELHOR DO BRASIL

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 9

Ônibus antigos, miniaturas, réplicas e maquetes de

veículos de transporte rodoviário foram expostos no

BusBrasil Fest, realizado em São Paulo. A iniciativa

teve o apoio da Transfretur, Fresp, Expresso

Redenção e Editora IBTOM. Veículos fabricados nas

décadas de 50 a 70 atraíram grande número de

visitantes.

EXPOSIÇÃO

ÔNIBUS ANTIGOS ATRAEM VISITAÇÃO

A Volkswagen passou a

oferecer aos frotistas de

ônibus e caminhões uma

solução de segurança,

telemetria, rastreamento e

monitoramento de veículos

em tempo real. Deno-

minada Volksnet, estará

disponível a partir de 1º de

janeiro para os caminhões

e ônibus com motorização

eletrônica da marca.

SEGURANÇA

VOLKSNET FAZO RASTREAMENTODA FROTA

MERCEDES-BENZ

CAMINHÕES COM EURO IIIOs caminhões 710 (leve) e

L1620 (semipesado) da

Mercedes-Benz passarão a

ser produzidos, em 2006,

com motores que atendem

aos novos limites da legisla-

ção Proconve 5 (Euro III).

Com isso, o fabricante pre-

tende oferecer mais vanta-

gens operacionais para

frotistas e autônomos,

mantendo os dois modelos

na sua atual posição de

liderança do mercado.

A Marcopolo participa do Projeto Escola de Fábrica, do

Ministério da Educação, mantendo em suas instalações

de Caxias do Sul a Escola de Formação Profissional

Marcopolo. Ali é oferecido o curso de operador

eletromecânico. Assim preparados, os jovens ganham

condição de entrar no mercado de trabalho. A própria

encarroçadora costuma absorver parte dessa

mão-de-obra. “O projeto garante aos jovens de baixa

renda o acesso ao conhecimento técnico”, lembra Valter

Gomes Pinto, diretor corporativo da Marcopolo.

RESPONSABILIDADE SOCIAL

MARCOPOLO ADERE AO PROJETO ESCOLA

O novo diretor-geral do Denatran – Departamento Nacional de

Trânsito –, Alfredo Peres da Silva, tomou posse no dia 29 de

novembro, em solenidade presidida pelo Ministro das Cidades,

Márcio Fortes (foto). Peres era o diretor executivo da NTC,

associação que reúne as empresas de carga, e tem larga

experiência na área. Foi também conselheiro do Contran,

representando os transportadores de carga e de passageiros.

POSSE

NOVO DIRETOR-GERAL DO DENATRAN

A brasileiraUnipac, do GrupoJacto, tornou-se

fornecedoramundial da Volvo.Fabricará dutos

para o sistema deentrada de ar das

cabines doscaminhões

pesados da marcavendidos em todo

o mundo.

10 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

José Alexandre Resende manifestou

sua confiança em que, no primeiro

semestre de 2006, serão solucionados

os dois principais problemas que afetam

o transporte rodoviário de passageiros.

Problemas esses que ele chamou de

“os dois grandes gargalos” do setor: o

modelo de remuneração da atividade e

a questão dos contratos de permissão,

com a recuperação dos direitos de

proprrogação e isonomia com outros

setores do transporte, como o aéreo e

o ferroviário.

“Há um ambiente muito promissor

no sentido de se resolver estas questões

e acredito que a solução virá muito em

breve”, assegurou Resende. Informou

que a versão final das propostas da

Resende prevê o fim dos“dois grandes gargalos”

Na última reunião do ano dos associados com a Diretoria, no dia 7 de dezembro, o Diretor-Geral da

ANTT, José Alexandre Resende, tratou dos contratos de permissão e da estrutura de remuneração.

ANTT sobre o assunto já está nas mãos

da Ministra Dilma Roussef, da Casa

Civil, e do Ministro Alfredo Nascimento,

dos Transportes. Considerou positivo

Grande número de associados acompanhou as palestras e participou dos debates.

José Alexandre Resende prevê que 2006 será um ano mais tranqüilo para o setor.

alestrasP

Patrocínio

Fot

os:

Júli

o Fe

rnan

des que as propostas sejam resultado de

consenso entre a Agência e o setor,

alcançado durante as negociações.

Sobre a estrutura de remuneração

e a recomposição periódica das tarifas,

José Alexandre Resende observou que

há consenso no sentido de se criar um

instrumento, “nos mesmos moldes das

outras concessões”, que seja mais

adequado que a simples planilha

tarifária. Antecipou que é pensamento

da Agência transferir a data-base dos

reajustes tarifários para 1º de dezembro

de cada ano, instituindo-se um sistema

de revisões em períodos de três ou

quatro anos, o que permitiria corrigir

eventuais desvios de cálculos. José

Alexandre Resende prognosticou para

2006 um ano bastante mais tranqüilo

para o setor no que se refere à estrutura

de remuneração dos serviços.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 11

Também em debate as rodovias e a segurança

Na última reunião do ano também

proferiram palestras o Diretor do

Departamento de Polícia Rodoviária

Federal, Hélio Derene, e o Secretário

de Política Nacional de Transportes,

José Augusto Valente, que representou

o Ministro dos Transportes, Alfredo

Nascimento.

Derene destacou o trabalho de

fiscalização do transporte rodoviário

interestadual e internacional de

Na reunião realizada na parte da manhã entre os

associados e a Diretoria, o Presidente Sérgio Augusto

de Almeida Braga falou sobre as tratativas que vêm sendo

realizadas com autoridades do Governo Federal no sentido

de dar solução a questões

que envolvem o regramen-

to jurídico para os contra-

tos de permissão, assunto

que envolve a ANTT, o

Ministério dos Transportes

e a Casa Civil da Presidên-

cia da República, bem

como um novo modelo para a remuneração tarifária

das empresas. Outras comunicações relacionadas ao

transporte de passageiros foram feitas pela Diretoria

da ABRATI, suscitando debates e sugestões dos

associados para linhas de ação a serem adotadas.

Associados e Diretoria analisam problemas

passageiros realizado pela

PRF, por delegação da ANTT.

“Nossa preocupação básica é

a segurança”, disse. Destacou

a contratação de 550 novos

policiais rodoviários, forma-

lizada no início de dezembro,

e anunciou outras 1.000

contratações para 2006. Citou

que nos dois últimos anos

foram criadas e preenchidas

2.800 vagas.

José Augusto Valente expli-

cou os problemas que impe-

diram o Governo de colocar em

licitação, em 2005, os 3.100

quilômetros de rodovias cuja

entrega à iniciativa privada, sob

concessão, havia sido definida

no ano passado. Informou que

os processos continuam sendo

examinados pelo Tribunal de

Contas da União, que analisa

a viabilidade econômica das privatiza-

ções e os critérios estabelecidos pelo

DNIT nas licitações. Valente tem

esperança de que, concluído o exame

do assunto pelo TCU, no primeiro

semestre de 2006, será possível

proceder ao lançamento dos editais. O

secretário tratou também da situação

da malha rodoviária federal e fez um

balanço da atuação do DNIT em relação

ao assunto.

À mesa, na reunião com os associados,

da esquerda para a direita: Carlos Augusto

de Faria Féres, Carlos Átila, José Luiz

Santolin, Sérgio Augusto de Almeida Braga,

Renan Chieppe, José Augusto Pinheiro e

Cláudio Nelson de Abreu.

Sérgio Augusto Braga fez um

balanço da atuação da ABRATI.

José Augusto Valente: privatizações devem sair em 2006.

Hélio Derene: preocupação básica é a segurança.

Co-patrocínio

Apoio

12 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

Na noite do dia 7, cerca de 300 convidados foram recebidos

pela Diretoria da ABRATI para um coquetel, seguido de jantar de

confraternização, um evento já tradicional que reúne empresários,

executivos de empresas de ônibus, montadoras de veículos,

encarroçadoras de ônibus, fornecedores, parlamentares e

autoridades dos diversos órgãos do Governo Federal que tratam do

transporte rodoviário de passageiros.

O Presidente Sérgio Augusto de Almeida Braga agradeceu a

presença de todos e o apoio recebido durante o ano, e registrou a

colaboração recebida das empresas Marcedes-Benz do Brasil, que

patrocinou o evento, Cia. Brasileira de Petróleo Ipiranga, co-

patrocinadora, e FABUS, a associação das encarroçadoras de ônibus,

que apoiou a realização do encontro.

Coquetel e jantar no encerramento do ano

O tradicional coquetel, seguido de jantar, reuniu grande número de empresários, executivos, parlamentares e autoridades do Governo.

Camilo Cola Neto, Camilo Cola Filho, Constantinos Valtas

(Mercedes-Benz) e Ronaldo Fassarella.

onfraternizaçãoC

Patrocínio

Fot

os:

Júli

o Fe

rnan

des

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 13

Acima: Georgenor Cavalcanti Pinto, Fredo Ebling Júnior,

Daniele Vilar, Carlos Augusto Féres e Denilson Olivato.

Abaixo: Cláudio Flor, Marco de Lucca (gerente da Denso),

Abílio Gontijo Júnior e Wilson Pereira (Scania).

Sérgio Augusto Braga, José Airton da Silva, Gregório

Rabelo, Francisco de Oliveira e Carlos Alberto Medeiros.

José Augusto Valente, Renan Chieppe, José Alexandre

Resende, Sérgio Augusto Braga, Francisco de Oliveira,

Deputado Eliseu Resende, Hélio Derene, Jose Antônio

Schmitt e Gregório Rabelo.

Co-patrocínio Apoio

Letícia Sampaio, Gabriela Villela, Lúcio Gontijo, Aldo Soares, Selvino

Caramori, Lycurgo Caramori, Jocimar Moreira e Christina Villela.

14 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

onfraternizaçãoC

Vivaldo Mazon, Roger Mansur, Roger Filho,

Francisco Tude e Bruno Tude.

Joel Rodrigues e os Deputados Federais Deley, Paulo Feijó,

Pedro Correa, Mário Negromonte e Vadinho Baião.

Heinz Kumm Júnior,

Claúdio Nelson de Abreu,

Telmo Joaquim Nunes

e Carlos Átila.

Marcelo Liboni (Mercedes-Benz), Constantinos Valtas (Mercedes-Benz), Dimas José da

Silva, Paulo Cesar da Silva (Gerente da Ipiranga) e José Eduardo Chaves.

Décio Freitas e Paulo Porto.

Wando Borges, José Alexandre Resende e José Luiz Santolin.

Patrocínio ApoioCo-patrocínio

Otto Fleck, Marcos Oliveira Neves, Pedro

Teixeira e Dorival Caramori.

ANÚNCIO SCANIA

16 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

rotaF

Viação Águia Brancade visual novo

Os 750 ônibus das frotas da Viação Águia Branca e da Viação Salutaris, ambas do

Grupo Águia Branca, passaram a ostentar novas cores e nova logomarca.

A programação visual é assinada pelo designer Hans Donner.

Com o novo visual, a Águia Branca mantém o mesmo designatraente que a acompanhou nos últimos 23 anos.

16 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

Foto

s: D

ivu

lgaç

ão

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 17

As frotas da Viação Águia Branca e

da Salutaris ganharam nova cor

dominante: o azul, em substituição ao

prata que caracterizou os carros da

Águia Branca nos últimos 23 anos, e

cujo projeto também havia sido criado

por Hans Donner.

As formas foram modernizadas e

se tornaram mais arrojadas, tendo

como elemento principal o formato de

asa. O diretor geral da Águia Branca e

da Salutaris, Renan Chieppe, explica que

o objetivo foi inovar e tornar os carros

ainda mais atraentes, ao mesmo tempo

mantendo a identidade da marca por

meio do logotipo, que não teve

alterações significativas.

Chieppe conta que Hans Donner

ofereceu duas opções para a introdução

de uma nova cor: o azul e o vermelho.

Optou-se pelo azul por

estar associado à cor do céu e,

portanto, à paisagem, além de trans-

mitir a sensação de serenidade. A

utilização da asa como elemento

figurativo deve-se ao fato de ser um

ícone das atividades rodoviárias e estar

diretamente associado ao nome da

empresa, Águia Branca.

Enquanto cuida da ampliação da

frota e da nova imagem, a Águia Branca

continua empenhada em manter o mais

alto padrão de qualidade nos seus

serviços, tradicionalmente presentes no

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 17

18 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

rotaF

Lembrando a cor do céu, o azul substitui o prata que caracterizou os carros da Águia Branca nos últimos 23 anos.

Ícone do transporte rodoviário, a figura da asa remete ao nome da empresa: Águia Branca.

Espírito Santo, em Minas Gerais, Bahia,

São Paulo e Rio de Janeiro.

Há quase uma década e meia a

companhia vem desenvolvendo e

aperfeiçoando uma série de programas

voltados à qualidade total, nos quais o

treinamento e a reciclagem de diretores,

gerentes e demais funcionários, de alto

a baixo da estrutura organizacional,

cumprem papel de grande importância.

Todo o seu pessoal conhece e pratica

os cinco sensos (5S). A Águia Branca

está certificada há cinco anos pela ISO

9001, além de ter conquistado várias

premiações e reconhecimento à

qualidade de seus serviços.

Além da prestar serviços de

qualidade no segmento de

transporte rodoviário de pas-

sageiros, a Unidade Passa-

geiros do Grupo Águia Branca

– um conglomerado que reúne

16 empresas – opera nos seg-

mentos municipal e urbano, por

intermédio da Transportes

Urbanos Águia Branca – TUAB.

A TUAB está baseada em

Ipatinga, Minas Gerais, e

mantém garagem no município

mineiro de Timóteo. É uma das

empresas do Grupo Águia

Branca que receberam a cer-

tificação ISO 9002.

Operaçãono segmentourbano

Foto

s: D

ivu

lgaç

ão

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 19

TREINAMENTO

Para elevar continuamente o padrão

de eficiência e qualidade dos serviços,

o Grupo Águia Branca investe não

somente em tecnologia, mas também

dá ênfase ao treinamento e qualificação

do seu pessoal. Periodicamente, realiza

pesquisas de clima organizacional para

aferir o aproveitamento prático dos

treinamentos.

Estes são definidos a partir da

realidade da empresa e do nível de

preparação alcançado pelos diversos

setores. Entre eles estão os de

relacionamento interpessoal, liderança,

administração do tempo, visão do

negócio e atendimento ao cliente, e os

especificamente voltados ao motorista,

como direção defensiva, direção

econômica e legislação de trânsito.

Os númerosde 2004

PASSAGEIROS X KM 1.555.185.112

PASSAGEIROS TRANSPORTADOS 11.385.216

QUILOMETRAGEM PERCORRIDA 63.302.662

FROTA (ÔNIBUS) 622

IDADE MÉDIA DA FROTA (ANOS) 5

A nova imagem guarda coerência com a tradicional política de operar uma frota sempre atualizada.

20 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

rotaF

A companhia também desenvolve

um sistema de incentivo e estímulo ao

trabalho de seus profissionais, para o

que instituiu o Prêmio de Qualidade Total

VAB, nas categorias operacional,

administrativa, comercial e manu-

tenção. São premiados anualmente os

melhores trabalhos em que foram

aplicados, no dia-a-dia da empresa,

instrumentos e conceitos de qualidade

total. O objetivo é prestigiar e re-

conhecer o talento profissional dos

funcionários e suas equipes, incen-

tivando o desenvolvimento da qualidade

em todas as áreas de atuação do Grupo.

SULBA

Além das linhas operadas pela

Viação Águia Branca, o Grupo Águia

Branca também está presente no Estado

da Bahia com a Sulba Companhia Sul

Baiana de Transportes. É uma das mais

antigas empresas de ônibus do país,

tendo sido fundada em 1932. Foi

adquirida do governo do Estado da Bahia

em um processo de privatização

concluído seis anos atrás. Ao vencer a

licitação, a Águia Branca conquistou o

direito de explorar linhas que ligam o

sul e o extremo sul da Bahia a Salvador.

Tradicionalmente, a Águia Branca

dá sempre muita atenção à sua frota,

tanto no aspecto de conservação e

manutenção, como no que se refere à

idade e atualização tecnológica dos

ônibus utilizados. E não poderia ser de

outra maneira, pois o foco é o conforto

e a segurança dos usuários.

A idade média dos ônibus operados

atualmente é de cinco anos. Agora

mesmo, a Águia Branca acaba de

concluir um novo investimento, com a

aquisição de 60 novos ônibus, todos

com chassis O-500 MBB.

Atenta aos diversos níveis de

necessidades e exigências do público

Poltronas ergométricas e multirreguláveis tornam as viagens mais agradáveis.

Kit para serviço de água e café.

Novos investimentos na frotausuário, a empresa procura oferecer

novos e diferenciados serviços, seja em

termos de configuração dos ônibus, seja

em termos de atendimento dentro e fora

do veículo. Boa parte das linhas,

especialmente aquelas com extensão

igual ou maior que 500 quilômetros, são

operadas por ônibus equipados com ar

condicionado, apoio para os pés, som,

vídeo, serviço de bordo e poltronas

multirreguláveis. A Águia Branca

também dispõe de salas VIP em vários

dos terminais de maior movimento.

Nelas, os passageiros contam com ar

refrigerado, café, água, jornais e revistas

e serviço de informações.

PASSAGEIROS X KM 362.201.961

PASSAGEIROS TRANSPORTADOS 406.521

QUILOMETRAGEM PERCORRIDA 13.246.995

FROTA (ÔNIBUS) 155

IDADE MÉDIA DA FROTA (ANOS) 6

Nº DE MOTORISTAS 273

Viação Salutaris e Turismo – 2004

Foto

s: D

ivu

lgaç

ão

ANÚNCIO CAIO

22 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

mpresaE

Aos 65 anos, com os olhos no futuro

As linhas da Rápido D’Oeste, em-

presa fundada em 13 de agosto de

1940, servem a 29 cidades, num raio

de 250 quilômetros em torno de

Ribeirão Preto. Entre os principais

centros urbanos atendidos estão São

José do Rio Preto, Olímpia, Bebedouro,

Barretos, Jaboticabal, Matão, Porto

Ferreira, Casa Branca, São João da Boa

Vista e Poços de Caldas.

Uma das mais conhecidas e tradicionais empresas do Estado de São Paulo, a Rápido D’Oeste

completou 65 anos de existência em agosto. Mais do que nunca, é sinônimo de bons serviços para

milhares de usuários de transporte urbano, suburbano e rodoviário de passageiros.

A companhia foi fundada pela

família Benelli e adquirida em 1985

pelo advogado José Roberto Felicio, que

se mudou de São Paulo com a família

para Ribeirão Preto. Com o apoio da

esposa Neida Iasbek Felicio e dos filhos

José Roberto, Thiago, Roque e Chris-

tiane, tornou-se um dos maiores

empresários do setor. Faleceu em 27

de maio de 2004, e os negócios

passaram a ser conduzidos por Neida

Iasbek Felício e os quatro filhos, que

desde cedo desempenharam funções na

Rápido D´Oeste, seguindo o lema

repetido pela mãe: “Nenhum de nós é

tão bom como todos nós juntos”.

Hoje, como faz há 65 anos, a

companhia se orgulha de olhar à frente

sem nunca esquecer os valores e prin-

cípios éticos e morais de uma empresa

Foto

s: E

di P

erei

ra/H

orus

Pho

to

22 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 23

familiar. Conquistou respeito e adquiriu vas-

ta experiência na prestação de serviços

de qualidade para mais de 297 mil passa-

geiros por mês no setor rodoviário e para

mais de 1 milhão no setor urbano.

FIDELIDADE

Atualmente, a Rápido D´Oeste

emprega 520 colaboradores. Em seu

quadro de funcionários estão vários

portadores de deficiência, além de

considerável contingente de empre-

gados com muitos anos de empresa.

Cerca de 120 deles trabalham ali há

mais de dez anos, e há casos como o

do funcionário Antônio André, que foi

admitido em 1973.

Além do compromisso de manter a

fidelidade em relação aos colabora-

dores, a empresa preserva zelosamente

a memória das próprias origens e faz

do respeito ao passado a motivação

para buscar novos objetivos.

A preocupação com a qualidade se

insere nessa busca. No momento, de-

pois de ter implantado o BGM – moder-

no sistema informatizado que integra

todos os departamentos da empresa,

confronta dados e agiliza todas as ope-

rações –, a Rápido D´Oeste está

trabalhando na implementação de um

ambicioso projeto para a qualidade

total. Começou pelo Programa 5S e

agora põe em prática uma seqüência

de ações voltadas à próxima obtenção

da certificação ISO 9000.

Nos muitos anos em que esteve à frente da Rápido

D´Oeste e de muitos outros empreendimentos empre-

sariais, até morrer em 2004, José Roberto Felicio ensinou,

com seu próprio exemplo, valores e bons costumes a todos

os que tiveram o privilégio de privar com ele. Sempre

envolvido na prática social, apoiou instituições carentes e

ajudou os mais necessitados.

Tendo nascido em Mococa-SP, em 1944, já aos dez

anos de idade teve seus primeiros contatos com uma

empresa de ônibus. Era a Danúbio Azul, fundada por seu

pai em 1954. Foi trabalhando na Danúbio Azul que se formou

advogado em 1968 e casou-se, no ano seguinte, com Neida

Iasbek Felicio. De 1974 a 1977 foi 1º Secretário do Sindicato

das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de

São Paulo. Figurou também entre os fundadores do Sindicato

das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Ribeirão

Preto e Região, que presidiu de 1991 a 1995.

Foi sócio-proprietário das empresas Danúbio Azul

Transportes (São Paulo-SP), Auto Viação Leblon Transportes

Uma vida dedicada ao transportee Turismo (Rio de Janeiro-RJ),

Viação Santos Turismo (Guarulhos-

SP), ABC Transportes e Turismo

(Taubaté-SP) e Viação Transvida

(Guarulhos-SP).

Ao falecer, em 2004, deixou as

empresas ABC Transportes Coletivos

Vale do Paraíba (Taubaté-SP),

Rápido D’Oeste (Ribeirão Preto-SP),

Empresa de Ônibus Vila Galvão (Guarulhos-SP), Cisne

Branco Transportes e Turismo (São Luis do Maranhão) e

Viação Transdutra (Arujá-SP).

Recebeu várias homenagens, entre elas a medalha e o

diploma comemorativos dos 125 anos da Câmara Municipal

de Ribeirão Preto. Postumamente, foi-lhe atribuída a

Medalha do Mérito do Transporte Urbano Brasileiro 2005.

E, em Ribeirão Preto, a administração municipal inaugurou

recentemente, em tocante homenagem, a Escola Municipal

de Educação Infantil Dr. José Roberto Felício.

Dotados do máximo conforto, os ônibus da Rápido D´Oeste estão presentes em 29 das mais importantes cidades do Sudeste do País.

José Roberto Felicio

24 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

mpresaE

Cidades atendidasBarretos, Bebedouro, Caconde, Casa Branca, Colina, Cravinhos,

Descalvado, Itobi, Jaboticabal, Matão, Monte Azul Paulista, Olímpia,

Pitangueiras, Poços de Caldas, Porto Ferreira, Ribeirão Preto, São José do

Rio Pardo, São José do Rio Preto, São João da Boa Vista, São Simão,

Sertãozinho, Severínia, Santa Cruz das Palmeiras, Santa Rita do Passa

Quatro, Santa Rosa de Viterbo, Tambaú, Tapiratiba, Taquaritinga, Vargem

Grande do Sul.

Dois aspectos que merecem dedi-

cação contínua na Rápido D´Oeste são

a manutenção e a limpeza dos veículos.

Os ônibus recebem acompanhamento

informatizado individual, o que possi-

bilita identificar a situação e vida útil

de cada peça ou componente. O sis-

tema é mais preventivo que corretivo:

são criteriosamente observadas todas

as especificações e recomendações de

cada fabricante.

A eficiência da manutenção é faci-

litada pela política de constante

renovação da frota, cuja idade média

atual é de 3,6 anos.

Outra prática que contribui para o

sucesso da operação é o fato de que

todos os profissionais são perfeitamen-

te capacitados para suas funções. Eles

estão sempre passando por cursos de

reciclagem. A empresa investe parcela

considerável de recursos em trei-

namento e capacitação.

FROTA

Em 2003, além das compras

normais anuais, a Rápido D’Oeste

renovou mais da metade da sua frota

urbana, adquirindo 50 ônibus zero

quilômetro. Os ônibus urbanos utilizados

dão uma idéia da modernidade da

empresa: todos têm design moderno e

são equipados com motores eletrônicos,

que reduzem ao mínimo as emissões

de poluentes. Ou seja, são ônibus

ecologicamente corretos. Além disso,

são dotados de câmbio automático,

radiocomunicadores (interligam a

empresa, a Polícia Militar e o veículo

no itinerário), piso antiderrapante,

lixeiras, poltronas almofadadas e

sistema de segurança Anjo da Guarda

(impede o veículo de trafegar com a

porta aberta e reduz automaticamente

a velocidade em caso de chuva). O

usuário ainda conta com as vantagens

do uso de cartão magnético, que agiliza

os serviços.

Manutenção preventiva, frota sempre em dia

O acompanhamento informatizado individual de todos os ônibus permite manter a frota em perfeito estado de funcionamento.

Foto

s: E

di P

erei

ra/H

orus

Pho

to

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 25

Quilometragem rodada por mês

Urbano........................586.577

Suburbano................... 173.193

Rodoviário..................... 341.158

Passageiros transportados

Urbano................... .....1.523.934

Suburbano.......................137.117

Rodoviário........................95.918

Quantidade de veículos

Frota urbana................ ...97

Frota suburbana...............33

Frota rodoviária............... 52

Na área do transporte de cargas, a Rápido D´Oeste atende a 29 cidades do

interior de São Paulo, atingindo todas aquelas servidas por suas linhas de ônibus

num raio de 250 quilômetros da sede. Entre elas, São José do Rio Preto, Olímpia,

Bebedouro, Barretos, Jaboticabal, Matão, Porto Ferreira, Casa Branca, São João da

Boa Vista e Poços de Caldas.

A operação é feita com a coleta e a entrega das cargas e encomendas, que podem

ser desde um pequeno documento até grandes cargas de medicamentos, materiais de

informática, autopeças etc. Em Ribeirão Preto, a entrega e coleta são feitas por

caminhões e furgões da própria empresa; nas demais cidades, o serviço é terceirizado.

Já os ônibus rodoviários são novos,

equipados com ar condicionado ecoló-

gico, toaletes, poltronas estofadas

reclináveis, geladeira, TV, vídeo e

motores eletrônicos. Tudo isso asse-

gura que a companhia opere sempre de

acordo com as normas de preservação

do meio ambiente. Mas não só isso, já

que os veículos oferecem todo o

conforto e segurança de que uma viagem

necessita.

Também importantes são as gara-

gens e pontos de apoio. A empresa dis-

põe de quatro garagens, sendo duas em

Ribeirão Preto, uma em Cravinhos e

uma em Casa Branca, cidades do

interior de São Paulo.

No ano passado, a companhia

também comprou, destinados ao

serviço suburbano, sete novos ônibus

com gerenciamento eletrônico. Segundo

o diretor Roque Felício Netto, essas

aquisições e a política de constante

renovação da frota fazem parte da

filosofia operacional da Rápido D´Oeste.

“Nosso objetivo é cada vez mais

oferecer veículos modernos e seguros,

para que nossos clientes se beneficiem

de viagens sempre confortáveis e

tranqüilas”, explica.

CARGAS

Limpeza, outro ponto alto da Rápido D´Oeste.

Os números da Rápido D´Oeste

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 25

26 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

IPIRANGA

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 27

IPIRANGA

28 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

rotaF

Itapemirim incorpora100 novos ônibus

A empresa investe cerca de R$ 50 milhões no seu programa anual de renovação de frota, e os novos

veículos estão entrando em operação em dezembro para atender à demanda da alta temporada.

O serviço de semi-leito especial ganha

o reforço de uma nova frota.Fo

tos:

Div

ulg

ação

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 29

As garagens da Itapemirim em todo

o País receberam mais um lote de

ônibus zero quilômetro, correspondentes

à cota anual de renovação da empresa.

Desta vez, os veículos estão sendo

destinados à operação de dois serviços:

Climm (convencional, com ar condi-

cionado) e Golden (semileito especial).

Os chassis são todos Mercedes-

Benz e as carroçarias foram produzidas

pela Marcopolo (48 unidades do modelo

GV 1200) e pela Busscar (52 unidades

do modelo VistaBuss HI). Dos 100

veículos novos, 74 irão operar o serviço

Climm; os outros 26 destinam-se ao

serviço semileito especial.

“Nossa preocupação é oferecer aos

usuários sempre o melhor tratamento

e o máximo conforto, qualquer que seja

o serviço escolhido por eles”, explica

Andréa Cola, diretora comercial da

Itapemirim.

Ela informa que a utilização dos

veículos mais modernos e tecnologi-

camente avançados é completada na

configuração do salão de passageiros,

em que se busca oferecer o máximo

em espaço, conforto e ambiente

agradável, com o uso de tecidos e cores

suaves.

Os novos ônibus da Itapemirim

Climm – convencional com ar condicionado

Golden – semi-leito – especial

ChassiMercedes-Benz

Carroçaria

Marcopolo: 48

Busscar: 52

Serviço

Climm: 74

Golden: 26

Serviços

O Climm, serviço convencional: oferece ar condicionado e ônibus sempre novos.

Com o grande volume de compras anuais de novos ônibus, a Itapemirim mantém a tradicional baixa idade média de sua frota.

ANÚNCIO IRIZAR

ANÚNCIO IRIZAR

32 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

mpresaE

32 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

55 anos nas estradasdo Brasil e da Argentina

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 33REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 33

NNNNNo período qo período qo período qo período qo período que vue vue vue vue vai de dezembrai de dezembrai de dezembrai de dezembrai de dezembro deso deso deso deso desttttte ano a abre ano a abre ano a abre ano a abre ano a abril de 2006, de til de 2006, de til de 2006, de til de 2006, de til de 2006, de temememememporporporporporadaadaadaadaada

turísturísturísturísturística, mais uma vtica, mais uma vtica, mais uma vtica, mais uma vtica, mais uma vez milharez milharez milharez milharez milhares de tures de tures de tures de tures de turisisisisistttttas aras aras aras aras argggggentinos esentinos esentinos esentinos esentinos estttttarão tarão tarão tarão tarão tomandoomandoomandoomandoomando

contcontcontcontcontatatatatato diro diro diro diro direeeeettttto com a eo com a eo com a eo com a eo com a exxxxxcelência dos sercelência dos sercelência dos sercelência dos sercelência dos serviços prviços prviços prviços prviços presesesesestttttados por vados por vados por vados por vados por várárárárárias dasias dasias dasias dasias das

emememememprprprprpresas bresas bresas bresas bresas brasileirasileirasileirasileirasileiras de tras de tras de tras de tras de transporansporansporansporansporttttte re re re re rodoodoodoodoodoviárviárviárviárviário de passagio de passagio de passagio de passagio de passageireireireireiros. Pos. Pos. Pos. Pos. Porororororém, nadaém, nadaém, nadaém, nadaém, nada

disso serdisso serdisso serdisso serdisso será noá noá noá noá novidade parvidade parvidade parvidade parvidade para os passaga os passaga os passaga os passaga os passageireireireireiros qos qos qos qos que se serue se serue se serue se serue se servvvvvem dos ônibus daem dos ônibus daem dos ônibus daem dos ônibus daem dos ônibus da

RRRRReunidas, uma emeunidas, uma emeunidas, uma emeunidas, uma emeunidas, uma emprprprprpresa qesa qesa qesa qesa que acaba de comemorue acaba de comemorue acaba de comemorue acaba de comemorue acaba de comemorar 55 anos de ear 55 anos de ear 55 anos de ear 55 anos de ear 55 anos de exisxisxisxisxistência.tência.tência.tência.tência.

Esse é eEsse é eEsse é eEsse é eEsse é exxxxxatatatatatamentamentamentamentamente o te o te o te o te o tememememempo em qpo em qpo em qpo em qpo em que ela tue ela tue ela tue ela tue ela tem esem esem esem esem estttttado prado prado prado prado presentesentesentesentesente nas ese nas ese nas ese nas ese nas estrtrtrtrtradasadasadasadasadas

do Sul do Brasil e, um pouco menos, nas da Argentina.do Sul do Brasil e, um pouco menos, nas da Argentina.do Sul do Brasil e, um pouco menos, nas da Argentina.do Sul do Brasil e, um pouco menos, nas da Argentina.do Sul do Brasil e, um pouco menos, nas da Argentina.

Div

ulg

ação

34 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

mpresaE

34 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

Aqualidade dos serviços da Reunidas

é elogiada e conhecida tanto do

lado de cá como do lado de lá da

fronteira entre o Brasil e a Argentina.

Graças a uma política de desen-

volvimento e crescimento rigoro-

samente planejados, a empresa se

tornou cada vez mais uma referência

no setor de transporte rodoviário de

passageiros.

E esse é um processo contínuo, que

nunca se interrompe. Os habituais

turistas argentinos, com toda certeza,

ao embarcarem nos ônibus da Reunidas,

irão encontrar serviços ainda melhores

do que os que receberam um ano atrás.

Isso acontece porque a companhia está

sempre se reinventando, autoavaliando,

corrigindo falhas e pensando à frente.

É o que o diretor presidente da empresa,

Sandoval Caramori, chama de processo

de readministração, e que tem sido, em

todos esses anos, a alavanca a impul-

sionar de maneira firme e segura o seu

crescimento e fortalecimento.

Um dos segredos para esse perma-

nente estado de efervescência criativa

é o ambiente participativo, descentra-

lizado, que estimula a criatividade de

todo o universo da empresa, nos seus

diversos níveis administrativos e opera-

cionais. Independentemente da função

e do grau de responsabilidade de cada

um, a opinião dos colaboradores é

valorizada na justa medida e cuidado-

samente analisada do ponto de vista

daquilo que pode agregar ao conjunto

das atividades. Com isso, estabeleceu-

se um clima construtivo, de entusiasmo

e de troca franca de informações em

todos os níveis, o que gera eficiência e

otimismo, fatores que acabam conta-

giando os próprios usuários dos

serviços.

Formação e informação constituem

dois dos pilares nos quais a Reunidas

se apóia para manter um quadro de

colaboradores bem treinado e compe-

tente. Cursos de preparação e recicla-

gem abrangendo todos os escalões

funcionais são ministrados de forma

rotineira, com excelente nível de

aproveitamento, comprovado mediante

avaliações periódicas e, principalmente,

pelo desempenho da companhia no

mercado. A preocupação em elevar

continuamente o nível da mão-de-obra

se estende ao aspecto individual dos

colaboradores, que são estimulados a

buscar o crescimento pessoal, com

Referência de qualidade desde os anos 40

Colaboradores participam do workshop anual, o mais importante encontro na empresa.

Durante workshop anual, o vice-presidente Selvino Caramori Filho, o presidente Sandoval

Caramori, o campeão do rali Paris-Dakar, Klever Kolberg e o diretor financeiro Rui

Caramori. Kolberg fez palestra sobre sua experiência em competições.

Foto

s: D

ivu

lgaç

ão

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 3535REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

evidentes benefícios inclusive para sua

trajetória no organograma da empresa.

É política já assentada que a formação

de cada um, ou a freqüência a cursos,

juntamente com exigências específicas,

funciona como critério para possíveis

promoções. Condições pessoais de

liderança e facilidade de trabalhar em

equipe também são fatores fun-

damentais. “Acredito que cada um dos

nossos três mil colaboradores sabe que,

se estiver bem preparado, terá boas

chances de ser promovido ao surgir uma

oportunidade”, explica o vice-presidente

Selvino Caramori Filho.

O segundo grau completo é exigido

para o desempenho de muitas funções.

A empresa custeia até 50% da mensa-

lidade escolar dos que estudam, além

de criar facilidades para estimular os

que não concluíram o curso. Uma escola

de 1º grau funciona internamente. E a

Reunidas vai buscar nas escolas e

universidades possíveis futuros esta-

giários que, dependendo do aprovei-

tamento que possam ter, são contra-

tados de imediato ou incluídos em

cadastro para futura contratação.

MANUTENÇÃO

Também no que se refere às ativida-

des de preparação e manutenção da fro-

ta de ônibus, a operadora prioriza o

conhecimento e a preparação do seu

pessoal. O advento de novas tecno-

logias, inclusive com a disseminação

dos conceitos de eletrônica embarcada,

aproximou ainda mais a empresa das

montadoras e dos cursos voltados aos

mecânicos e motoristas, que elas

rotineiramente realizam. Graças a esses

cursos e ao trabalho desenvolvido pelo

centro de treinamento da própria Reuni-

das, o pessoal das oficinas está sempre

familiarizado com os novos avanços e

equipamentos, o que contribui de

maneira decisiva para que cada ônibus

funcione impecavelmente, trazendo

como resultado níveis ainda mais

elevados de satisfação dos clientes.

No que diz respeito aos motoristas,

os cuidados são ainda maiores. Direção

defensiva, direção econômica, recicla-

gem de capacitação, primeiros socor-

ros, relações humanas e relações com

o cliente são algumas das matérias

ministradas no centro e voltadas

especificamente a esses profissionais.

Além dos cursos, e como extensão

deles, é feito um acompanhamento

minucioso e permanente do trabalho de

cada motorista, para se avaliar na

prática a eficiência do aprendizado.

Também são realizadas reavaliações

periódicas que eventualmente podem

indicar a necessidade de reforço de

determinados conceitos. Tudo isso

funciona em benefício dos passageiros

e da própria estabilidade do motorista

na empresa, além de contribuir para

índices de acidentes mais baixos.

O diretor-presidente da Reunidas, Sandoval Caramori.

O Grupo Reunidas incentiva a formação dos seus colaboradores, proporcionando-lhes,

além disso, cursos de treinamento, aperfeiçoamento e reciclagem.

36 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 200536

mpresaE

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

Uma empresa sempre ligada aodesenvolvimento de Santa Catarina

RENOVAÇÃO

A Reunidas mantém um programa

permanente de renovação de sua frota.

Os objetivos principais são dois: dispor

de ônibus sempre novos nos quais os

usuários sintam prazer em viajar e

agregar tecnologias cada vez mais

avançadas, promovendo a contínua

diminuição dos níveis de emissões de

gases dos motores, além da economia

de combustível e da redução do tempo

parado.

Com mais uma renovação promo-

vida em 2005, os ônibus da Reunidas

ganharam nova pintura, que apresenta

temas relacionados à família. Também

a pintura da Real foi mudada, inspiran-

do-se em temas relacionados à

preservação do meio ambiente. Na área

de cargas, os veículos foram pintados

em prata e o novo símbolo, em azul.

Foram incorporados ônibus de três

diferentes modelos, todos com 42

lugares e equipados com ar condicio-

nado. Os chassis são da marca

Mercedes-Benz, nos modelos 0500 RSD

(executivo), 0500 R (médio) e 0500 M

(curto). As carroçarias são Marcopolo.

656

8

60

70%

30%

60%

40%

14.280.086

Passageiros

Frota de ônibus

Idade média da frota (anos)

Ônibus alugados – temporada

Chassis Mercedes-Benz

Chassis Scania

Carroçarias Marcopolo

Carroçarias Busscar

Passageiros transportados

em 2004

O crescimento e forta-

lecimento da Reunidas

teve como espinha dorsal

a linha entre duas cidades

de Santa Catarina: Caça-

dor e Lages. Fazendo

essa ligação duas vezes

por semana, a partir de

1949, com sua recém-

criada Empresa de Ônibus

Caramori, Selvino Cara-

mori testou e viu aprovadas

suas teorias sobre como prestar

serviços de transporte de qualidade. Em

novembro de 1950, percebendo o

potencial de desenvolvimento da região,

fundiu a Empresa Caramori com a

Empresa Vitória, de Orlando Petrolli, de

Lages. Daí surgiu a Reunidas, que logo

estabeleceu a ligação do oeste cata-

rinense com a capital, Florianópolis. Em

muitos lugares, na década de 50, ou

não havia estradas nem pontes, ou era

tudo muito precário. Muitas vezes a

empresa entrava com a mão-de-obra e

os equipamentos, e conseguia com

madeireiros da região a madeira para

fazer as pontes.

As décadas de 60 e 70 foram

cruciais para a expansão das atividades.

Incorporaram-se algumas empresas,

entre elas a União da Serra (1970), pos-

sibilitando a ligação do oeste e do

planalto ao litoral de Santa Catarina e

ao sudoeste do Paraná. Depois vieram

as ligações para São Paulo. Outra com-

pra importante foi a da Real Transporte

e Turismo, de Passo Fundo, no Rio Gran-

de do Sul, e cujo nome foi preservado.

Opera linhas do Rio Grande do Sul para

São Paulo, abrange toda a região gaúcha

da fronteira e mantém três linhas de

Santo Ângelo para a cidade

baiana de Barreiras – um

percurso de 3.200 quilô-

metros e 72 horas de via-

gem. Outras linhas che-

gam a Palmas, no Tocan-

tins, e Vila Rica, em Mato

Grosso. Hoje, o raio de

ação do grupo foi aumen-

tado para quatro cidades da

Argentina: Posadas, Resis-

tencia, Corrientes e Córdoba.

A criação da Reunidas Transporta-

dora Rodoviária de Cargas S.A., hoje

uma das maiores empresa no ramo de

transportes de encomendas do Sul do

Brasil, data de 1978.

Selvino Caramori esteve à frente do

grupo até sua morte, em 1989. Seu

filho mais velho, Sandoval Caramori,

Primeira jardineira da Reunidas.

Selvino Caramori

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 3737REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

O Grupo Reunidas apóia ações voltadas à comunidade nos campos

social, esportivo, educativo e cultural, por intermédio de universidades e

instituições afins, como seminários, campanhas de saúde, semanas de

arte, educação infantil, entre outras que envolvem diversos públicos.

Patrocina, por exemplo, os Jogos Abertos para Deficientes em Santa

Catarina, faz investimentos culturais em vídeos, filmes, livros, peças de

teatro e exposições, além de palestras sobre educação de crianças para

o trânsito.

Em relação ao público interno, promove programas como o Programa

Família, para integração das famílias dos colaboradores mediante o

desenvolvimento de atividades informativas, culturais e artísticas, com

a “Oficina de Artes”. O pessoal dos escritórios e da área de manutenção

conta com um programa de ginástica laboral, que contribui para diminuir

o estresse físico e mental, além da prevenir doenças por esforço

repetitivo.

Além disso, profissionais com tempo integral na empresa fazem

atendimento psicossocial ao colaborador e sua família.

assumiu a direção a partir daí, inician-

do-se a gestão da segunda geração,

liderada ainda por Selvino Caramori Filho

(Diretor Vice-presidente) e Rui Caramori

(Diretor Financeiro).

A década de 90 foi marcada pela

exploração de linhas internacionais para

a Argentina. Também foi adquirida

(1990) a empresa São Luiz, que liga a

cidade de Caxias do Sul (RS) ao planalto

catarinense. A compra da Real Trans-

porte e Turismo ocorreu em 1994.

Em 2000, criou-se a Reunidas Turis-

mo S. A., que opera no setor de viagens

especiais e atende a todo o território

nacional e países do Cone Sul.

A matriz do grupo está em Caçador

e há 37 filiais (várias delas dotadas de

salas VIP), além de 1.100 pontos de

venda e atendimento. Todas as agências

estão interligadas on line; os serviços

de venda de passagens são informatiza-

dos. Os veículos da transportadora são

rastreados via satélite e dispõem de 42

garagens e pontos de apoio.

Responsabilidade social corporativa

No plebiscito de 2005, a Reunidas Cargas foi a responsável pela distribuição

de todas as urnas eletrônicas, nos mais longínquos rincões de Santa Catarina.

De acordo com o contrato firmado com o TRE, a empresa se obrigou a fazer

a entrega das urnas dentro do prazo de cinco horas e recolhê-las em duas

horas. As exigências foram cumpridas com pleno êxito pela transportadora,

tanto assim que Santa Catarina foi o segundo estado a concluir a contagem

dos votos em todo o país.

Eficiência agiliza o plebiscito

Os números da Reunidas Cargas

Caminhões 214

Caminhões terceirizados (ano) 300

Veículos auxiliares 72

Carga transportada em 2005 (kg) 107.789.043

Foto

s: D

ivu

lgaç

ão

38 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

mpresaE

A Reunidas conta com linhas que

atendem a cerca de 2.100 localidades

nos estados de São Paulo, Santa Catarina,

Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso,

Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,

Distrito Federal, Goiás, Tocantins e Bahia.

Linhas internacionais ligam o Brasil

(Florianópolis e litoral de Santa Catarina)

à Argentina (Eldorado, Posadas, Cor-

rientes, Resistencia, Reconquista, San

Francisco e Córdoba). Também é feito

fretamento turístico para todo o Brasil e

para países do Mercosul. Esse serviço é

operado pelas duas empresas do grupo,

a Reunidas S.A. Transportes Coletivos e

a Real Transporte e Turismo S. A.

Para atender aos seus clientes e

ao conjunto das operações, a empresa

dispõe de um sofisticado sistema de

interligação on line que combina

satélites, linhas terrestres e internet,

além de um parque de informática de

última geração que assegura rapidez e

segurança em todas as transações no

país. No âmbito desse sistema, man-

Presença e eficiência em 2.100 localidades brasileiras

tém uma central de atendimento 24

horas, com número 0800 exclusivo

para pontos de venda que ainda não

tenham o sistema on line.

Estão sendo desenvolvidos projetos

específicos para incremento da atuação

na área de turismo, por intermédio da

Reunidas Turismo S. A., com ênfase

nas viagens especiais não só em todo

o território nacional como também em

países do Cone Sul. Novos veículos

foram adquiridos especialmente para

essa finalidade.

A Real Transporte e Turismo S. A.,

outra empresa que integra o grupo,

também teve sua frota remodelada e

passou a exibir em seus veículos ima-

gens de animais com a frase “Preserve

a Natureza “.

Como conseqüência das suas ações

voltadas à qualidade e eficiência dos

serviços, nos últimos seis anos a

Reunidas recebeu, consecutivamente,

no segmento de transportes, o prêmio

Top of Mind. O prêmio tem por objetivo

revelar as marcas mais lembradas

pelos consumidores catarinenses em

diversos segmentos. Anualmente, mi-

lhares de catarinenses têm apontado o

nome da Reunidas ao responder à per-

gunta: “Qual a marca que lhe vem à

cabeça quando se fala em transporte?”.

Ações efetivas de preservação do meio ambienteO Grupo Reunidas promove ações voltadas à

preservação e defesa do meio ambiente, entre elas a

coleta seletiva de lixo. Sob a coordenação do engenheiro

de segurança da empresa, o projeto busca estimular os

colaboradores a uma participação efetiva no processo de

educação ambiental, destinando o lixo de forma adequada

e arrecadando fundos para investimentos em benefício

do próprio colaborador, além, é claro, de realizar um proce-

dimento ecologicamente correto.

A companhia também participa, desde 1999, do

Projeto Economizar, realizado pelo Sindicato das

Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de

Santa Catarina. Trata-se de uma articulação entre os

setores público e privado com os objetivos de economizar

combustível, reduzir o consumo de óleo diesel e diminuir

a dependência externa de petróleo, combater a emissão

de fumaça negra e favorecer o uso de produtos de boa

qualidade.

A frota da Real também recebeu novos ônibus e nova programação visual.

Div

ulg

ação

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 39

40 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

ançamentosL

Novo micro e novorodoviário Induscar

Dois novos modelos (um

ônibus rodoviário e um

micro que admite várias

configurações) estão

chegando ao mercado. São

os mais recentes

lançamentos da Induscar,

encarroçadora da marca

CAIO, com fábrica em

Botucatu, no Estado de São

Paulo. Os novos produtos

tornam ainda mais

completa a linha da CAIO

para transporte de

passageiros. O novo rodoviário é o Giro 3200,

terceira versão da bem-sucedida

linha com que a Induscar vem aumen-

tando sua participação no mercado nos

últimos quatro anos.

Tendo ingressado no setor com o

Giro 3400, de 3,40 m de altura, a encar-

roçadora lançou ainda o Giro 3600 (3,60

m de altura). O novo Giro 3200 tem

3,20 m de altura e está proposto como

solução econômica para o transporte

de curtas e médias distâncias, bem

como para fretamento. É uma carroçaria

leve, com espaço interno amplo e

confortável. A exemplo de outros

produtos da encarroçadora, pode ser

montada sobre chassis de alta e de

baixa potência, com aplicações em

motor dianteiro e traseiro.

O segundo lançamento é o micro

Foz Induscar, que está sendo produzido

nas versões urbano, turismo, executivo

e escolar. Possui a maior largura interna

do mercado no segmento de micros:

2,30 m. O modelo executivo reproduz

as características dos rodoviários da

empresa, incluindo bagageiros laterais

e tipo baú na traseira, divisória moderna

etc. Na versão turismo destacam-se o

bagageiro traseiro, o porta-pacotes tipo

bandeja e o anteparo padrão rodoviário.

O fabricante recomenda esse veículo

como a solução ideal para fretamentos

e viagens de curtas e médias distâncias.

Todas as versões, inclusive a urbana e

a escolar, têm design moderno e

oferecem amplo espaço no salão, o que

resulta em agilidade e praticidade.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 41

Os eventos de lançamento dos dois novos veículos

vêm atraindo muitos interessados. Na festa realizada

em São Paulo, estiveram presentes mais de 300

clientes e empresários. Em Belo Horizonte, mais de

250 pessoas. Outras cidades se preparam para receber

os lançamentos nos próximos dois meses. Versão turismo: operação dentro da cidade e também na estrada.

Versão urbana (ou escolar) com uma porta.

Versão executiva do Foz Induscar: espaço interno aumenta o conforto.

Micro Foz Induscar na versão para transporte urbano.

O novo rodoviário Giro 3200 foi concebido

como solução econômica para operar em

curtas e médias distâncias, além de fretamento.

Um detalhe importante, que acompanha a

tendência mundial, é o seu baixo peso.

Foto

s: D

ivu

lgaç

ão

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 41

42 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

Denominada Center Bus, ou Centro

Especializado em Ônibus, a

estrutura reúne uma equipe de gerentes

e vendedores, além de contar com um

assessor ao frotista. Todos foram espe-

cialmente treinados pela DaimlerChrysler

do Brasil para atuar com exclusividade

nos negócios de ônibus.

A principal função do assessor ao

frotista é manter os clientes atualizados

sobre toda a linha de produtos e sobre

a tecnologia disponível nos ônibus

Mercedes-Benz. Ele também presta

atendimento de Pós-Venda e apóia os

Estrutura exclusiva paranegócios de ônibus

Uma área exclusiva perfeitamente estruturada para prestar atendimento a clientes de ônibus foi

inaugurada no dia 5 de dezembro pela Brasília Motors, concessionário Mercedes-Benz em Brasília,

clientes no monitoramento de sua frota

e no treinamento de seus motoristas e

dos mecânicos de suas oficinas.

A partir de agora, a revenda também

dispõe de uma oficina volante, montada

sobre van Sprinter e equipada com

ferramentas e instrumental adequados

para o atendimento a pedidos de

emergência dos frotistas de ônibus.

De acordo com Rogério Vilela,

gerente de Vendas da Brasília Motors,

com o Center Bus o concessionário

ganha excelência na assistência a

ônibus, já que o atendimento às

necessidades dos frotistas é feito com

maior rapidez.

PRÉ-REQUISITOS

Segundo o empresário José Augusto

Pinheiro, a implantação do Center Bus

em Brasília teve o significado de mais

um desafio enfrentado e vencido pela

Brasília Motors. Classificada já há

vários anos entre os melhores conces-

sionários Mercedes-Benz do país, a

revenda, que faz parte do Grupo Real

Expresso, presidido por Pinheiro, teve

de atender a uma série de pré-requisitos

nibusÔ

José Augusto Pinheiro, do Grupo Real: a Brasília Motors vence novo desafio.

Fot

os:

Júli

o Fe

rnan

des

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 43

exigidos pela DaimlerChrysler, entre eles

a formação de vendedores exclusivos,

cujo trabalho é fazer prospecção e

fidelização de mercado. Ou seja, eles

têm como objetivo conquistar novos

clientes e assegurar a presença de

veículos da marca Mercedes-Benz nas

frotas do Distrito Federal. São profis-

sionais que atuam, ainda, como agentes

facilitadores no contato com órgãos

gestores, agentes financeiros e empre-

sas encarroçadoras de ônibus.

José Augusto Pinheiro explica que

todas as exigências foram atendidas em

tempo recorde. A tarefa foi facilitada

pelo excelente nível de preparação do

pessoal da revenda, inclusive na área

de ônibus, em que o concessionário se

destaca há muitos anos.

A diretora de Marketing e Desenvol-

vimento da Rede de Concessionários

Mercedes-Benz, Tânia Silvestri, que

comanda a implantação do projeto,

informou que o ano 2005 está sendo

fechado com unidades Center Bus

instaladas em 23 concessionários da

marca. Todos eles estão localizados em

estados com forte representatividade

nas vendas de ônibus. A inauguração

do primeiro Center Bus ocorreu em abril,

em Minas Gerais.

A adoção do novo conceito teve

origem na avaliação, feita pela mon-

tadora, das necessidades específicas

dos frotistas de ônibus. Não foi difícil

constatar que o perfil desses frotistas

é reconhecidamente diferente do perfil

dos frotistas de caminhão. Embora o

fabricante e o concessionário sejam os

mesmos, concluiu-se que esse tipo de

cliente precisa receber tratamento

diferenciado. Por sua vez, a montadora

e o concessionário devem acompanhar,

em suas diversas fases, o ciclo de vida

dos ônibus vendidos a esses frotistas.

“A fidelidade do cliente é o principal

objetivo”, explica Tânia Silvestri. Gilson Mansur, Marcos Paraíso, José Augusto Pinheiro e sua esposa, Conceição Pinheiro.

Arnaldo Teixeira, gerente nacional de Vendas de Ônibus da DaimlerChrysler, o empresário

José Augusto Pinheiro e sua esposa, Conceição Pinheiro.

Na solenidade de inauguração do Center Bus, Gilson Mansur,

diretor de Vendas de Veículos Comerciais da DaimlerChrysler,

e José Augusto Pinheiro, presidente do Grupo Real Expresso.

44 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

O mundo do ônibusO mundo do ônibusO mundo do ônibusO mundo do ônibusO mundo do ônibusem Kortrijk

eiraF

Super high-decker Jonckheere SHD 140-430XE/480XE: o melhor lançamento da Bus World.44 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

Foto

s: D

ivu

lgaç

ão

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 45

Cláudio Nelson

C. Rodrigues de Abreu

Diretor da Viação

Santa Cruz e da ABRATI

De Kortrijk, Bélgica

De 21 a 26 de outubro, mais de 20

países, entre eles o Brasil, mos-

traram em Kortrijk, na Bélgica, seus

produtos voltados ao transporte rodoviário

e urbano de passageiros, principalmente

ônibus e chassis. O cenário, mais uma

vez, foi a Bus World, tradicional exposição

bienal realizada em anos ímpares. Em

uma área de mais de 41.000 m2, 314

expositores, sendo 48 fabricantes de

chassis e/ou carroçarias, receberam um

público superior a 25.000 pessoas,

provenientes de mais de 107 países.

O Brasil foi representado pela Marco-

polo, que levou à feira produtos da sua

unidade portuguesa, e pela Dini Têxtil,

fabricante de tecidos para poltronas de

ônibus.

Neste ano não houve muitos lan-

çamentos, talvez pelo enorme custo que

eles exigem. De qualquer forma, os

visitantes puderam apreciar um verdadeiro

show de eletrônica embarcada; muitos

itens até agora disponíveis como opcionais

transformaram-se em equipamentos de

série. Estão nesse caso as altas

tecnologias EBS-Electronic Braking System,

BA-Braking Assist, ASR-Acceleration Skid

Control, ESP-Electronic Stability Program,

ACC-Adaptive Cruise Control, LGS-Lane

Guard System e Proximity Control.

Ficou nítida, também, a preocupação

de muitos fabricantes de motores em

demonstrar que já estão perfeitamente

preparados para quando entrar em vigor

a norma Euro IV, que fixa níveis de

emissão de poluentes mais baixos a partir

de 1º de outubro de 2006. Vários deles

destacaram o fato de terem conseguido

manter o peso do motor Euro IV na

comparação com o motor Euro III.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 45

46 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

O novo Travego, com faróis e lanternas traseiras

reestilizados, atraiu as atenções para o estande da

Mercedes-Benz. O modelo anterior desse rodoviário

havia sido lançado em 1999. Foram mostrados dois

ônibus: um do modelo 15 RHD e outro do modelo

M, 16 RHD. Além deles, um Citaro LE low-entry e

um minibus Sprinter 6 toneladas.

A linha Travego passou a ser fabricada na

Turquia, ao lado do Tourismo. O Tourino continua a

ser fabricado em Portugal, pela Salvador Caetano.

Destaque-se que no novo Travego aumentou o

espaço para o motorista, facilitando inclusive o ajuste

de sua poltrona. Também melhorou a disposição

dos instrumentos no painel, que ficou mais

ergonômico. Na frente, os degraus passaram a ser

mais largos, melhorando o acesso dos passageiros.

Um detalhe importante é que os novos ônibus estão

300 kg mais leves, com vistas inclusive à economia

Novo Travego, uma das novidades da Mercedes-Benzde combustível. A preocupação em reduzir o peso é um exemplo

interessante que poderia ser seguido mundialmente.

Todos os modelos da Mercedes-Benz estavam equipados com motores

Euro IV, utilizando o que a montadora denomina de BlueTec Diesel, um

sistema baseado na tecnologia SCR-Selective Catalytic Reduction, que

necessita de aditivo para atender aos níveis de emissão.

Na foto superior, o Midibus Tourino. Acima, o rodoviário Tourismo RHD, fabricado na Turquia.

eiraF

Foto

s: D

ivu

lgaç

ão

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 47

SETRA mostra oComfortClass 400

A SETRA, controlada da Mercedes-

Benz, apresentou sete veículos: dois

TopClass 400 (sendo um double-decker

com a opção de vidro no teto na parte

central, no sentido longitudinal), dois

ComfortClass 400, dois MultiClass

400 e um MultiClass 300. Os TopClass

são próprios para o turismo sofis-

ticado; os ComfortClass são utilizados em turismo e/ou linhas;

e os MultiClass (série 400 ou 300) são próprios para linhas

suburbanas ou metropolitanas. A novidade foi o lançamento

dos novos MultiClass 400, com comprimentos de 12,20 m e

14,05 m (este, com três eixos). Serão oferecidas ainda versões

com 10,80 m e 14,98 m.

Toda a linha Setra tem motores Mercedes-Benz Euro IV,

BlueTec Diesel, que utiliza a tecnologia SCR-Selective Catalytic

Reduction. O tanque para o aditivo AdBlue tem 44 litros.

Faróis e lanternas reestilizados tornaram ainda mais atraente o visual do Travego.

Além do diesel, o reabastecimento

do ônibus MultiClass 400, da Setra,

necessita do aditivo AdBlue. Pelo menos

por enquanto, alguns motores Euro IV

exigem o uso de aditivo para poderem

atender aos limites de emissão exigíveis a

partir de outubro de 2006.

Ressalte-se a atenção dada ao conforto do motorista: no caso

dos MultiClass 400, por exemplo, o cockpit foi redesenhado,

como também o painel, onde fica localizado o joystick da

caixa de câmbio automática.

Inequivocamente, os Setra continuam com sua perso-

nalidade própria. Impressiona o cuidado no acabamento, nos

detalhes etc. Os mais antigos diriam que os Setra são os

Rolls-Royce dos ônibus; os mais modernos poderiam dizer que

são os Maybach, automóveis que são o luxo do luxo.

O Setra TopClass 400 double-decker: com acabamento primoroso e próprio para turismo.

48 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

Motor Scania EuroIV dispensa aditivo

Entre as montadoras, a Scania foi a que

teve o estande mais completo da feira.

Apresentou três ônibus rodoviários: um K-420,

com carroçaria Irizar PB; um K-380, com

carroçaria Irizar Century; e um K-310, com

carroçaria Irizar Intercentury. Mostrou também

um chassi de ônibus rodoviário K-420 EB 6x2,

com o terceiro eixo direcional e freios a disco,

e um ônibus suburbano K-310 OmniLink, low-

entry. Apresentou ainda um motor.

A montadora foi a que melhor se comunicou

com o público, graças a um show, que se repetia

a intervalos regulares, combinado com um filmeSuburbano OmniLink K-310, low-entry, novidade da Scania.

O Irizar PB foi mostrado já rodando com o motor Euro IV desenvolvido pela Scania.

eiraF

Foto

s: D

ivu

lgaç

ão

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 49

Rodoviário Scania K-380 com carroçaria Irizar Century.

No OmniLink K-310, low-entry, o motor Euro IV não requer utilização de aditivo.

Na foto abaixo, o chassi Scania K-420 EB 6x2 com terceiro eixo direcional.

cujo protagonista (o motorista) aparecia

na platéia e interagia com uma partner

ali sentada, passando ambos a discorrer

sobre as qualidades dos chassis Scania,

incluindo sua dirigibilidade, considerada

um “prêmio” para o motorista.

Com o slogan just add Diesel, a

Scania destacou a grande vantagem

competitiva dos seus motores da

geração Euro IV (exigidos na Europa a

partir de 1º/10/2006), que não

precisam de aditivo (genericamente

chamado de AdBlue) para atingir o nível

adequado de emissão.

Por meio da tecnologia EGR-Exhaust

Gas Recirculation, a Scania conseguiu,

sem ter de recorrer ao aditivo, atingir

os níveis de emissão de poluentes para

atender à norma Euro IV. E foi além, já

que atende também à Euro V, que

estará sendo exigida na Europa a partir

de 1º/10/2009).

Desta forma, o EGR também não

torna necessário um tanque extra para

o aditivo ao diesel, o que, no mínimo,

simplifica a operação de reabas-

tecimento. Para que se tenha uma idéia

da importância dessa tecnologia, basta

lembrar que somente a MAN, até agora,

conseguiu fabricar motores Euro IV que

não precisam de aditivo.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 49

50 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

Motivo de satisfação para os

brasileiros, para os quais foi um “ponto

de apoio” amigo dentro da Bus World,

a Marcopolo lançou o rodoviário top de

linha Viaggio III modelo 370 (com 12,80

m de comprimento e 3,70 m de altura),

montado sobre chassi Volvo B12R. O

ônibus incorporou uma série de

melhoramentos em relação ao modelo

anterior, inclusive um novo conjunto

óptico (que o aproxima do modelo

brasileiro) e novas lanternas traseiras.

Detalhe importante, a estrutura é de

aço inoxidável, que, além de assegurar

vida útil maior, tem menor peso.

Existem ainda as versões do Viaggio

modelos 350 e 330.

Foi lançada também a carroçaria do

suburbano Ideale, montado sobre chassi

Scania K-114, com 12,25 m de com-

primento e 3,17 m de altura (medida

sem ar condicionado). Haverá ainda uma

versão com 8,80 m de comprimento e

3,20 m de altura, a ser montada sobre

chassi midibus ou equivalente. O Ideale

será igualmente lançado no Brasil.

Além desses, a Marcopolo apre-

sentou o urbano Viale low-floor com

12,00 m de comprimento e 3,02 m de

A Marcopolo aumenta suas opções para a Europa

Produzida pela Marcopolo em Portugal, a linha

rodoviária Viaggio recebeu vários melhoramentos.

eiraF

Novas lanternas traseiras, uma das novidades apresentadas no Viaggio III.

Foto

s: D

ivu

lgaç

ão

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 51

altura, montado sobre chassi MAN 18.220

HOCL e direção do lado direito, para

concorrer no mercado inglês. Também foi

exposto um microônibus Sênior com 7,69

m de comprimento e 3,00 m de altura,

montado sobre chassi Iveco 65C17.

A Marcopolo espera alcançar em 2005

uma produção total de 16.500 carroçarias,

ou mais 3,5% do que em 2004. Cerca de

9.000 unidades deverão ser comercializadas

no Brasil. Na planta de Portugal, a

expectativa é de produzir 250 carroçarias

este ano, ou mais 30% em relação a 2004.

A joint-venture com a Iveco na CBC

chinesa chegou ao fim, mas a encar-

roçadora brasileira está perto de formar uma

parceria com a Russian Buses, que reúne

as marcas Liaz, Paz, Kavz e Golaz. Segundo

o último dado disponível, a Russian Buses

produziu 3.517 ônibus no primeiro trimestre

de 2005.

Em data ainda não divulgada, o Ideale será lançado também no mercado brasileiro.

O urbano Viale passou a ser low-floor: mais praticidade e conforto para o usuário.

O presidente da Marcopolo, Paulo Bellini (à esquerda), e o vice-presidente, José

Antonio Martins (centro), concederam entrevista coletiva à imprensa internacional.

52 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

VDL impressionacom high-decker

A VDL apresentou o que conside-

ramos o melhor lançamento da feira: o

super high-decker Jonckheere SHD 140-

430XE/480XE, ônibus com 13,97 m de

comprimento e 3,82 m de altura. A

largura segue o padrão europeu, de 2,55

m. Totalmente novo, o ônibus impressiona

pela leveza das linhas. A frente e a traseira

poderiam ser definidas como clean.

Com janelas amplas e uma visão

panorâmica à frente, graças às

generosas dimensões do pára-brisa, o

salão de passageiros proporciona uma

agradável sensação de espaço. Luzes

de leitura individuais com leds oferecem

iluminação perfeita, tipo luz do dia.

No caso do veículo exibido, a

carroçaria foi montada sobre chassi DAF

6x2 (a DAF Ônibus foi incorporada há

anos pelo VDL Groep), com motor DAF

de 483 hp. Existe a possibilidade de

equipá-lo com motores Volvo de 380 e

420 hp (caso em que a denominação

do ônibus é SHV 134-380/420) ou com

motores Scania também de 380 e 420

hp (nesse caso a denominação passa a

ser SHS 134-380/420). Existirão

versões de dois eixos também.

O SHD estará disponível para o

mercado em 2006, quando a Jonckheere

vai completar 125 anos de fundação.

Em 1998, a empresa passou a pertencer

ao VDL Groep.

Além da Jonckheere, a Unidade de

Negócios Ônibus Rodoviários e Urbanos

do VDL Groep detém as tradicionais

marcas Berkhof e Bova. Ela apresentou

no seu estande vários veículos, entre

eles um Bova modelo Futura FHD 14-

340XE Magnum, dotado de poltronas-

cama do tipo beliche. Além dos ônibus

prontos, foi mostrado o chassi SB-200

Euro IV para midibus.

Pouco conhecido no Brasil, o VDL

Groep tem sede em Eindhoven, na Holan-

da. Opera nada menos que 67 subsi-

diárias, em 16 países; emprega mais de

5.200 pessoas e, no primeiro semestre

deste ano, obteve receita consolidada de

586 milhões de euros (mais 20,6% sobre

2004) e um lucro líquido de 25,8 milhões

de euros (mais 22,3% sobre 2004).

O Bova Futura HD 14-340XE Magnum: visual famoso.

Super high-decker Jonckheere SHD 140-430XE/480XE: o melhor lançamento da feira.

Salão de passageiros do Futura HD Magnum: poltronas-cama do tipo beliche.

eiraF

Foto

s: D

ivu

lgaç

ão

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 53

Hispano apresenta oDivo Touring renovado

O ônibus rodoviário Divo Touring, da Hispano, com

12,00 m de comprimento e 3,50 m de altura, foi

reestilizado. Sua frente tornou-se clean e o conjunto óptico

é inovador. Ao apresentá-lo, a encarroçadora destacou o

baixo coeficiente aerodinâmico do ônibus (CX: 0.349),

fator de economia de combustível, redução de ruído e

melhor estabilidade nas rodovias.

A presença da Hispano na Bus World era cercada de

expectativa por parte dos profissionais do meio, por ser a

primeira vez que ela aparecia numa exposição internacional

após a aliança – vista inicialmente como estratégica –

firmada com o grupo indiano Tata, quinto maior do mundo

na fabricação de veículos comerciais médios e pesados.

Considerada a maior fabricante de carroçarias de ônibus

rodoviários e urbanos da Europa e do Norte da África, a

A Noge reapresentou o que mais parece ser um ônibus-

conceito, muito bem acabado, com design muito arrojado,

o Titanium. Tem 12,80 m de comprimento e 3,70 m de

altura, e foi lançado na FIAA, em Madrid, no ano passado.

Destaca-se a grade central na dianteira, tipo “radiador de

Alfa-Romeo”, que chama muito a atenção. Na traseira, a

tampa do motor abre-se como duas portas, verticalmente,

possibilitando acesso total ao compartimento do motor.

Hispano exporta cerca de 50% da sua produção para 60

países. De certa forma, a parceria com a Tata surpreendeu

o mercado, mostrando que esse grupo – com receita de

US$ 17,8 bilhões em 2004 – pretende estar preparado

para enfrentar concorrentes como a Volvo, por exemplo,

na Índia. A Tata adquiriu 21% da Hispano e tem opção

para adquirir mais 79%.

Sem dúvida, isso pode ser uma enorme vantagem, em termos de

praticidade e ganho de tempo. Mas pode ser um problema também:

como não há pára-choque, qualquer pequena colisão na traseira

implicará a necessidade de trocar uma ou até as duas portas, o que

encarece a manutenção.

A Noge mostrou ainda a carroçaria Touring, com 12,00 m de

comprimento e 3,70 m de altura, e que nos pareceu mais bonita

por ter uma frente mais discreta.

A Noge insiste com o criativo e arrojado Titanium

O Divo Touring: baixo coeficiente aerodinâmico.

O design moderno e ousado do Titanium: vantagens e desvantagens. O modelo Touring, também da Noge.

54 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

A TEMSA, maior fabricante turco de

ônibus e midibus rodoviários, controlada

pela Sambac1 Holding (receita de US$

8,6 bilhões em 2004, com lucro líquido

de US$ 540 milhões), apresentou um

estande muito bem montado, com

extensa variedade de produtos. Dentre

eles, os high deckers top de linha Diamond

14, com 13,97 m de comprimento e 3,89

m de altura; o Safari HD 13 (lan-

çamento, com 12,80 m de comprimento

e 3,61 m de altura); o Tourmalin 13

(lançamento, com 12,80 m de com-

primento e 3,05 m de altura) e o

midibus Opalin 9 (8,39 m de com-

primento e 2,30 m de largura).

A Beulas, encarroçadora espanhola

de pequeno porte (200 unidades por

ano), mas com produtos muito bem

acabados, quase que artesanalmente,

apresentou o rodoviário Cygnus, seu top

de linha, e o midibus Midi-Star.

Outra empresa espanhola, a Ayats,

que completa 100 anos de fundação

em 2005, mostrou três ônibus: um

double-decker e um high-decker, ambos

rodoviários, e um double-decker sem

teto, especial para sight-seeing.

Já a Van Hool, tradicional empresa

belga, mostrou enorme variedade de

produtos: oito ônibus rodoviários e três

urbanos, todos incorporando os mais

recentes avanços da tecnologia embar-

cada, mas sem modificações drásticas

na construção e no design. O argumento

(que parece típico de quem está seguro

de sua participação no mercado) é que

isso somente contribui para a depre-

ciação visual da frota.

SUCCESSOR

A Volvo mostrou dois ônibus

rodoviários modelo 9700 e dois urbanos

Modelos paratodos os gostos

No estande da encarroçadora portuguesa Salvador Caetano o destaque foi a

carroçaria rodoviária Winner sobre chassi Volvo B-12B, com motor de 420 hp,

nas cores da empresa inglesa National Express, razão pela qual a direção

estava do lado direito e a porta, larga, do lado esquerdo. O comprimento é de

12,58 m e a altura, de 3,70 m. Um detalhe era o WC bastante amplo.

Interessante a apresentação do Winner justamente nas cores da National

Express, empresa que acabou de assumir o controle acionário do Grupo Alsa.

O Grupo Alsa opera uma frota com cerca de 1.400 ônibus na Espanha, em

Portugal e no Marrocos (tem veículos também no Chile e na China, porém

essas operações não entraram no negócio, continuando sob o controle dos

fundadores e controladores, a família Cosmen). O Grupo Alsa tem 3.100

empregados e em 2004 obteve uma receita de 318,5 milhões de euros, ou

cerca de 219 milhões de libras. O Grupo National Express opera no Reino

Unido e nos Estados Unidos. Sua frota é de 9.300 ônibus; o grupo tem 43.000

empregados (incluídos aqueles das ferrovias que opera na Inglaterra). Em 2004,

obteve uma receita consolidada de 2,56 bilhões de libras (equivalentes a 3,75

bilhões de euros). A compra da Alsa custou 262 milhões de libras (equivalentes

a 381 milhões de euros) ao Grupo National Express e envolveu troca de ações

também (a família Cosmen passará a deter 9,9% do capital do grupo). O

interesse do Grupo National Express na Alsa, além de ganhar escala, pode

estar também num melhor posicionamento para disputar a privatização das

operações ferroviárias da Espanha, que deve começar em dois anos. No paralelo,

dentro da Bus World havia pessoas que lembravam ser a Alsa um grande

cliente da Mercedes-Benz/Setra. Agora, com a mudança de controle, especula-

se se isso poderá facilitar a entrada da Mercedez-Benz/Setra na National Express

ou, ao contrário, se a Volvo e a Scania (com forte presença na empresa inglesa)

passarão a integrar a frota da Alsa.

Winner vai rodar no Reino UnidoO Winner: direção do lado direito e entrada pelo lado esquerdo.

eiraF

Foto

s: D

ivu

lgaç

ão

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 55

Starliner SHD, da Neoplan: design arrojado, mas o teto de vidro fumê na frente é questionável.

modelo 8700, low-entry (um deles

articulado), além do Successor, modelo

9900, para 2006, com salão em

anfiteatro. Para atender à norma Euro

IV, a Volvo adotou a tecnologia SCR –

Selective Catalytic Reduction –, que

utiliza o AdBlue. Os tanques do AdBlue

podem ser de 40 e 60 litros. No caso

de um ônibus com consumo médio de

2,5 a 3,3 km/litro de diesel e um tanque

de 40 litros do AdBlue, o reabas-

tecimento com o aditivo será entre

2.500 e 3.000 km.

A Xiamen King Long, fundada em

1988, apresentou-se como uma das

maiores fabricantes de ônibus rodo-

viários e urbanos da China em 2004.

Produz de midibuses a double-deckers.

Chama a atenção dos profissionais do

meio a enorme semelhança de vários

dos seus ônibus com a frente (mais

especificamente, o conjunto óptico) e

a traseira dos Irizar PB e Century. No

portfólio da empresa aparece também

um double-decker (não estava na feira)

muito semelhante ao double-decker

TopClass da Setra. No primeiro semestre

de 2005, a King Long fabricou 3.477

veículos, entre ônibus médios e pesados

(de um total de 17.050). Via preço,

poderá vir a se tornar um competidor

na Europa.

ÔNIBUS DO ANO

Empresa polonesa, originariamente

uma filial da Neoplan, a Solaris é hoje

totalmente independente. Na Bus World,

mostrou sua linha de ônibus urbanos

Urbino, Trollino (um trólebus) e Urbino

Low-Entry. Produz também um rodo-

viário de 12,00 m ou 13,00 m de

comprimento denominado Vacanza.

A Sunsundegui apresentou a car-

roçaria Sideral 2000, sobre chassi

Volvo B12B, com 12,80 m de com-

primento e 3,60 m de altura.

Dois modelos foram exibidos pela

encarroçadora espanhola UNVI: um

midibus rodoviário Cimo II MD sobre

chassi M-Benz Atego 1523 (por conta

do motor dianteiro, para que o piso do

salão de passageiros ficasse plano foi

necessário colocar muitos degraus para

o acesso) e um midibus urbano, low-

entry, modelo Urbis 2.4, sobre chassi

MAN, modelo 12.220 HOCL.

A MAN e a Neoplan apresentaram

grande variedade de rodoviários e

urbanos, dos mais simples aos mais

luxuosos, como o high decker Neoplan

Starliner SHD, Coach of The Year, com

design arrojado, acabamento interno

primoroso e muita eletrônica embar-

cada. Questionável, a nosso ver, o teto

de vidro fumê na dianteira, sobre o

motorista, dada a enorme probabilidade

de os raios solares incomodarem

bastante, apesar do ar condicionado. O

ônibus tem 12,99 m de comprimento,

3,96 m de altura e terceiro eixo

direcional. O motor é um MAN Euro III

de 480 hp, e a caixa de câmbio,

automática.

Como se sabe, a Irisbus é hoje um

grupo 100% controlado pela Iveco.

Incorporou fabricantes importantes de

ônibus, como a Renault (a divisão

caminhões da Renault foi adquirida pela

Volvo), Ikarus e Heuliez. Em 2004,

suas vendas foram de 8.262 unidades,

entre chassis e ônibus integrais, com

receita de 1,217 bilhão de euros. No

seu estande, estavam, entre outros, o

rodoviário top de linha Evadys e o midibus

rodoviário Midys.

Cygnus mantém o acabamento artesanal.

O high-decker Diamond 14, da TEMSA.

O Successor: no mercado em 2006.

56 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

ontadoraM

Scania festeja outro anode bons resultados

Os números mostram que, em

comparação com o excepcional

desempenho de 2004, a Scania

alcançou em 2005 resultados um pouco

mais modestos, principalmente em

função da retração de 15% registrada

no conjunto do mercado interno de

caminhões. Mesmo assim, o balanço

final foi impressionante, notadamente

no segmento de ônibus.

O lançamento do modelo K 310,

ocorrido logo em janeiro, ajudou a

potencializar as vendas, acredita

Holgersson. “Com ele disponibilizamos

para o empresário brasileiro o veículo

ideal para curtas e médias distâncias,

com o maior torque do mercado nacional

para esta aplicação.”

Em almoço que marcou a despedida do executivo Hans-Christer Holgersson da presidência

da Scania Latin America, em São Bernardo do Campo, a montadora apresentou um balanço

de seu excelente desempenho no período de janeiro a outubro de 2005.

O executivo acha que a realização

de mais uma bem-sucedida campanha

de marketing de relacionamento da

Scania no Brasil também pesou

bastante. “Recuperamos clientes que

não compravam há muito tempo e con-

quistamos novos compradores”,

explica.

Assinala, ainda, que todos os

grandes operadores do transporte rodo-

viário de passageiros do país realizaram

suas compras anuais com a Scania em

2005. Como resultado, até outubro, as

vendas estavam quase 60% acima do

desempenho da montadora no período

equivalente de 2004, com mais de 800

unidades comercializadas. Enquanto

isso, o crescimento do mercado

nacional havia sido de 24% até então.

Os bons resultados continuaram nos

três últimos meses do ano, fazendo que

a empresa se aproximasse rapidamente

de seu melhor resultado em vendas de

ônibus dos últimos cinco anos no Brasil,

com quase 1.000 unidades anuais.

CAMINHÕES

No segmento de caminhões, os

resultados consolidados até outubro

mostraram que o mercado total absorveu

pouco menos de 18 mil unidades. No

mercado geral houve, portanto, uma

redução aproximada de 3 mil unidades

em comparação com o mesmo período

de 2004. Mesmo nesse cenário, a

Scania defendeu bem a sua posição no

mercado e ainda conseguiu

crescer um pouco, atingindo

24,5% de participação. E,

com isso, manteve-se na

liderança do acumulado.

Na avaliação de Hans-

Christer Holgersson, o presi-

dente que se despede, “se o

mercado brasileiro de cami-

nhões pesados deu uma

diminuída no ritmo, influen-

ciado pela queda observada no

agronegócio, isso não tira o

brilho de um ano inteiro de

trabalho”.

Ele nota que a Scania teve

crescimento de volumes nasHans-Chryster Holgersson vai para a Suécia. Michel de Lambert assume a Scania Latin America.

Foto

s: D

ivu

lgaç

ão

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 57

vendas de caminhões em vários países

da América Latina. Na Argentina, foram

52% a mais que em 2004, no acumu-

lado de janeiro a outubro. Isso, em

números, quer dizer que as vendas

saltaram de 776 para 1.180 cami-

nhões.

No Chile, foram 77% a mais,

totalizando 486 caminhões no mesmo

período frente a 274 do ano passado.

E no Peru, partindo dos 39 caminhões

vendidos de janeiro a outubro de 2004,

a Scania chegou a 125 em igual período

deste ano, crescendo 220%.

BOM TRABALHO

Dessa forma, Holgersson era um

executivo satisfeito ao conversar com

os jornalistas em seus últimos dias na

presidência da Scania Latin America.

“Mesmo com as crises políticas,

tivemos um ano muito bom e eu, parti-

cularmente, sinto a sensação do tra-

balho bem feito.” Deixando o cargo no

fim de dezembro, ele volta à Suécia para

assumir a vice-presidência mundial de

Vendas e Serviços da companhia.

Foram quatro anos como presi-

dente, que, somados aos períodos em

que esteve à frente da Scania na

Argentina e quando integrou, na década

de 80, o departamento financeiro da

Scania no Brasil, totalizam onze anos.

Como presidente, ele enfrentou um de

seus maiores desafios, em 2002,

quando determinou um reajuste de 25%

nos preços da montadora, considerado

imprescindível para a recuperação da

rentabilidade. Em conseqüência, as

vendas caíram e a empresa perdeu a

liderança em caminhões pesados, só

recuperada dois anos depois.

Holgersson acha que a transição

para Lambert está sendo feita com

sucesso: “Encerro meu ciclo como

presidente da Scania para a América

Latina e deixo o lugar para meu colega

Michel de Lambert, que assume a partir

de janeiro de 2006. Tenho a certeza de

que ele levará adiante as conquistas da

empresa nesses últimos anos”.

Michel de Lambert é engenheiro e

nasceu na França. Como seu ante-

cessor, foi contratado para ocupar a

presidência da Scania no Brasil e na

América Latina. Ele vem da Bombar-

dier, onde trabalhou no projeto da linha

ferroviária entre Paris e Londres.

Ao assumir a vice-presidência

mundial de Vendas e Serviços da

Scania, Hans-Christer Holgersson vai

atuar, junto com todas as unidades

comerciais da Scania, nos mais de 100

mercados da companhia, o que inclui,

logicamente, a área que passou a

conhecer melhor, a América Latina.

Em São Paulo, Hans-Christer

Holgersson foi homenageado com

o prêmio Autodata 2005 – Tributo

Especial, na cerimônia de entrega

dos prêmios Autodata – Os

Melhores do Setor Automotivo

2005. A Scania também recebeu

o prêmio Melhor Veículo Ônibus,

com o produto K 310, lançado

em janeiro deste ano. O gerente

de Vendas Ônibus, Wilson Perei-

ra, recebeu o prêmio.

Na homenagem a Hans-

Christer Holgersson, os editores

da Autodata ressaltaram a contri-

buição do presidente da Scania

Latin America na análise do

cenário econômico brasileiro,

tendo ele contribuído com os

jornalistas para a realização de

matérias mais aprofundadas

sobre o setor automotivo. O

prêmio também foi entregue a

Holgersson como reconhecimento

pela sua gestão à frente da

Scania.

Hans-ChrysterHolgersson éhomenageado

58 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

piniãoO

58 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005

Ohomem está sempre procurando

novos horizontes, novas oportu-

nidades em lugares onde possa se

adaptar, construir riqueza e provocar o

desenvolvimento.

Essa movimentação é fundamental

para a saúde de uma sociedade e nossa

Constituição reconhece e garante esse

direito. Dessa forma o transporte, que

promove essa movimentação, é um

serviço essencial.

Mais de 90% da população brasi-

leira viajam de ônibus. E, embora o

modal rodoviário não tenha obtido a

Ronaldo Fassarella

Superintendente da Viação Itapemirim

Júl

io F

erna

ndes

O papel social do transporterodoviário de passageiros

merecida atenção do setor público, os

empresários do setor superam as

dificuldades com criatividade e conse-

guem alcançar e manter a eficiência.

Oferecem serviços de qualidade

reconhecida pela fidelidade de seus

passageiros, até mesmo em tempos de

promoções efetuadas pelo setor aéreo.

Sem subsídios, sem benefícios

fiscais, sem regras claras que sus-

tentem e mantenham os investimentos

no setor, sem contar com uma apre-

sentação de planejamento de cons-

trução e manutenção de rodovias consis-

tente e em curto prazo, o setor rodoviá-

rio continua fiel a sua tradição cum-

prindo seu papel dentro dos padrões da

legislação e surpreendendo positivamen-

te as expectativas de seus usuários.

Os brasileiros, ao abastecerem seus

veículos, pagam a CIDE – Contribuição

de Intervenção sobre o Domínio

Econômico – imposto que já arrecadou

cerca de R$ 5,7 bilhões de reais e

que teria 80% dessa arrecadação

destinados à manutenção e reforma das

rodovias brasileiras. No entanto, esse

repasse não foi efetuado.

Com certeza os empresários do

setor trabalham com responsabilidade

e priorizam a qualidade do serviço que

executam. Com certeza estão cum-

prindo todas as obrigações, mesmo não

tendo do poder concedente qualquer tipo

de incentivo para os investimentos tão

necessários para o setor.

A precariedade das estradas, a

circulação de ônibus clandestinos, a

ausência de uma política séria de

segurança pública são fatores que

prejudicam e desgastam a imagem do

setor. E a responsabilidade recai sempre

sobre as empresas regulares, que

investem em treinamento para os seus

funcionários e na manutenção adequada

e rigorosa de suas frotas.

As dificuldades não são poucas.

Mas não iremos nos entregar ao

desânimo ou ao protesto pelo protesto.

Mais do que nunca estamos arrega-

çando as mangas e vamos trabalhar,

como sempre, da melhor forma possível

para continuar oferecendo um serviço

com a excelência a que os nossos

usuários já se habituaram.

Temos um compromisso ali, no

próximo horário, em alguma rodoviária.

Sempre há um passageiro para ser

levado ao seu destino, em busca de

melhores condições de vida, de encontro

familiar e amigo, de sorte, de merecido

descanso e lazer.

Há muitas décadas levamos e

trazemos essas pessoas, integramos

as culturas do nosso país e fomen-

tamos desenvolvimento ao movimentar

livremente a mão-de-obra, e assim

viabilizamos mecanismos de descon-

centração de renda, contribuindo para

o equilíbrio social.

Continuaremos lutando para que o

Estado reconheça que construímos um

dos melhores sistemas de transporte

rodoviário do mundo e finalmente nos

ofereça a mesma contrapartida propor-

cionada aos outros setores da economia.

Enquanto isso, vamos continuar

contribuindo e respeitando o direito de

ir e vir – em boas viagens – da população

brasileira.

O direito de ir e virfaz parte da históriada humanidade.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 59

ANÚNCIO MERCEDEZ BENZ