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R E V I S T AR E V I S T A
DEZEMBRO/2005 ANO 10 Nº 43
REUNIDAS
AS ROTAS
DA QUALIDADE
Itapemirimopera com mais
100 ônibus novos
Rápido D´Oeste,65 anos de
bons serviços
A ViaçãoÁguia Branca
muda o visual
AS ROTAS
DA QUALIDADE
4 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
umárioS
28A Itapemirim investiu
cerca de R$ 50milhões
no seu programa anual
de renovação de frota. Cem
novos veículos estão entrando
em operação nos serviços
Climm e Golden para reforçar
o atendimento à demanda
da alta temporada.
44O ônibus Ideale foi uma das atrações apresentadas pela Marcopolo na
Bus World, importante feira bienal realizada em Kortrijk, Bélgica.
Foto
s: D
ivu
lgaç
ãoLEIA MAIS:
Cartas ..................................... 6
Carta do Presidente ................ 7
Bagageiro ............................... 8
Rápido D´Oeste .................... 22
Center Bus em Brasília ......... 42
Outro bom ano da Scania ..... 56
Opinião ................................ 58
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 5
Em Brasília, na noite de 7 de dezembro, a Diretoria da
ABRATI recebeu cerca de 300 convidados para um
coquetel, seguido do tradicional jantar de confraternização.
Durante o dia, além de reunião da Diretoria com os
associados, houve três palestras.
Além de mudar totalmente o visual de sua frota,
a Águia Branca investe na compra
de 60 ônibus novos com chassis 0-500 MBB.
16
A Reunidas, de Caçador,
Santa Catarina, promove
mais uma renovação
em sua frota. Há 55 anos
ela tem estado presente
nas estradas brasileiras,
além de ser uma das
principais empresas que
interligam o
Brasil e a
Argentina.
40Chega ao mercado o
terceiro integrante da
família de rodoviários da
Induscar, o Giro 3200.
32
Edi
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Hor
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hoto
10
6 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
A Revista ABRATI é uma publicação da
Associação Brasileira das Empresas
de Transporte Terrestre
de Passageiros
Editor Responsável
Ciro Marcos Rosa
Produção, edição e editoração
eletrônica
Plá Comunicação – Brasília
Editor Executivo
Nélio Lima
Impressão
Gráfica e Editora Athalaia
Fotos da capa
Visare e Divulgação
Esta revista pode ser acessada via
internet: http://www.abrati.org.br
Associação Brasileira das
Empresas de Transporte Terrestre
de Passageiros
artasC
Presidente
Sérgio Augusto de Almeida Braga
Vice-Presidente
Renan Chieppe
Diretor Administrativo-Financeiro
Cláudio Nelson C. Rodrigues de Abreu
Diretores
Abrão Abdo Izacc, Carlos Alberto de
O. Medeiros, Francisco Tude de Melo
Neto, José Augusto Pinheiro, José
Eduardo de Carvalho Chaves, José
Paulo Garcia Pedriali, Letícia Sampaio
Pineschi, Paulo Alencar Porto Lima,
Ronaldo César Fassarella, Sandoval
Caramori,Telmo Joaquim Nunes e
Washington Peixoto Coura.
Superintendente
José Luiz Santolin
Secretário-Geral
Carlos Augusto Faria Féres
Assessoria da Presidência
Ciro Marcos Rosa
SAS Quadra 6 - Bloco J - Lote 3
Edifício Camilo Cola, 5o andar
CEP 70070-916
Brasília - Distrito Federal
Telefone: (061) 3322-2004
Fax: (061) 3322-2058/3322-2022
E-mail: [email protected]
Internet: http://www.abrati.org.br
Sampaio Foi com grande alegria que pude
conhecer melhor a história da Viação
Sampaio, uma excelente empresa, pela
qualidade de seus serviços e pelo bom
gosto de seus carros, e da qual minha
família e eu temos a satisfação de ser
usuários.
Leandro Machado de Castro
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP
Bus do BrasilMeu nome é Carlos Gustavo, sou
presidente da ABB (Acervo Bus do
Brasil) e recebo a revista. Sugiro
matéria completa da Viação Itapemirim,
e também que nas revistas venham
pôsteres de ônibus das empresas.
Carlos Gustavo Pereira Gomes
Rua: P nº 1014 casa 1 Fragoso
MAGÉ – RJ
ElogiosMeu caro Presidente Sérgio:
Que beleza a revista ABRATI nº 42.
Isto sim representa um veículo que
divulga as empresas que operam no
sistema de transporte rodoviário. O
conteúdo é sólido e mostra como são
as nossas empresas. A Revista ABRATI
como está agora será, sem dúvida, um
grande ícone para o segmento que o
ilustre Presidente dirige. Receba os
cumprimentos da Marcopolo, FABUS e
Simefre e estenda nossos respeitos e
admiração a toda sua equipe.
José A. Martins
Vice-Presidente Corporativo
MARCOPOLO S/A
ChileEscrevo para felicitá-los pela sua
Associação e por sua excelente Revista
ABRATI, cujo conteúdo é de grande
agrado para os admiradores de ônibus,
especialmente pela grande quantidade
e qualidade das fotos, o que inclusive
permite superar as diferenças entre os
idiomas português e espanhol.
André Valdebenito Contreras
Cerro Colorado n10374
La Florida
SANTIAGO DO CHILE
Costa RicaSou colecionador de fotos e mate-
riais de ônibus e gosto muito dos ônibus
do Brasil. Na verdade, na Costa Rica
85% dos ônibus são de montadoras e
encarroçadoras do Brasil. Recebi corre-
tamente as edições anteriores.
César Mora Siles
Lista de Correos Suc. Santa Ana
Centro Santa Ana
SAN JOSÉ – COSTA RICA
DiscriminaçãoÉ discriminatório taxar um trans-
porte que transporta 94% da população
com tantos impostos, enquanto outros
meios têm privilégios. É necessário o
poder público rever esses conceitos.
Achei muito interessante o ponto de
vista apresentado por Sérgio Augusto
de Almeida Braga na edição nº 42.
Romário M. de Oliveira
Rua Valdomiro Raimundo, 590
Arthur Catald
27115-230 – BARRA DO PIRAÍ – RJ
EndereçosDiogo Viana Braga
Rua Gregório Marcolino Rosa,
119 – Parque Esplanada
289055–410
CAMPOS DOS GOITACAZES – RJ
Salomão Souza Lima
Rua Gumercindo Bessa,
218 – Santo Antônio
49060–280 – ARACAJU – SE
Cristóvão Santos da Rocha
Av . Getúlio Vargas, 165 – Centro
57100–000 – RIO LARGO – AL
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 7
arta do PresidenteC
Sérgio Augusto de Almeida Braga
Presidente da ABRATI
Temos aexpectativaotimista de que,no Ano Novo quese inicia, veremosencaminhadasem brevealgumas dassoluções para osproblemas dosetor, commaioresinvestimentos emnossas estradas,aumento dafiscalização, esegurançajurídica paranossos negócios.
Júli
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No momento em que se encerra mais um ano de atividades é hora de fazer uma
reflexão sobre o setor de transporte rodoviário de passageiros. Trata-se de
uma área que já há algum tempo convive com inúmeras dificuldades oriundas, em
boa parte, da falta de diretrizes e políticas que priorizem ações públicas, considerando
a importância da atividade para o desenvolvimento do país.
O péssimo estado das rodovias pode elevar em até 30% o custo de cada viagem
de ônibus, aumentando o tempo gasto nos percursos e sujeitando os veículos à ação
de marginais que se aproveitam das baixas velocidades em alguns trechos para
praticar assaltos aos passageiros.
O aumento da clandestinidade, com todos os males que acarreta, traz incontáveis
prejuízos às empresas regulares, não só por tirar delas cerca de 30% do mercado,
mas também, principalmente, pelo elevado número de acidentes em que se envolvem,
causando danos irreparáveis para a imagem da atividade regular.
Também elevado é o prejuízo para os cofres públicos, já que as empresas
clandestinas não pagam impostos, não registram seus empregados, não oferecem
nenhum tipo de treinamento aos seus motoristas e nenhum benefício social. Essas
vantagens competitivas resultam em passagens a preços inferiores, mas sem qualquer
garantia aos seus usuários no que se refere à prestação do serviço adequado, que
deveria se caracterizar pela pontualidade, regularidade, continuidade, segurança,
generalidade e cortesia.
A isonomia de tratamento tributário com o transporte aéreo é também uma luta
permanente. O transporte aéreo, utilizado pela elite e por uma minoria, haja vista
que o transporte rodoviário é responsável por 95% das viagens das pessoas, está
isento do ICMS, que em alguns estados chega a 18%. Enquanto isso as viagens de
ônibus são taxadas por esse tributo, o que eleva o preço final das passagens na
mesma proporção da alíquota cobrada. Trata-se de uma injustiça fiscal que precisa
ser corrigida e estamos lutando por isso.
Visando buscar soluções para estes e outros problemas que trazem conseqüências
danosas para as empresas legalmente constituídas, a Diretoria da ABRATI
diuturnamente se faz presente junto às autoridades brasileiras que, por determinação
legal, regulam o setor.
Temos a expectativa otimista de que, no Ano Novo que se inicia, veremos
encaminhadas em breve algumas das soluções para os problemas citados, com
maiores investimentos em nossas estradas, aumento da fiscalização, e segurança
jurídica para nossos negócios.
O setor e seus desafios permanentes
8 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
B A G A G E I R O
Produzindo mais de 100 veículos mensais, a fábrica
da Volkswagen Caminhões e Ônibus em Puebla,
no México, comemorou um ano de atividades.
Segunda linha de montagem da marca (a primeira
fora do Brasil), a fábrica fica a 125 quilômetros
da Cidade do México, onde também estão
sediadas as ope-
rações locais de
automóveis da
VW. “Em breve
chegaremos ao caminhão
número 1.000 produzido em
Puebla. Em 2006, esperamos
dobrar nossa produção”, diz
Roberto Cortes, CEO da Volks-
wagen Caminhões e Ônibus.
COMEMORAÇÃO
VOLKSWAGEN, UM ANO NO MÉXICO
“Vá de ônibus, não perca aspaisagens deste país tão lindo.
O avião é rápido, mas nospriva da natureza.”
Sugestão de um leitor de Igarassu, PE
A Mercedes-Benz ampliou sua
oferta de remanufaturados,
incluindo, a partir de agora,
motores eletrônicos e câm-
bios, tudo com a mesma
garantia dos produtos de linha:
12 meses, sem limite de quilo-
metragem. O comprador pode
dar motores ou câmbios usados
como parte do pagamento.
MOTORES ELETRÕNICOS
REMANUFATURADOS COM GARANTIA
INFORMAÇÃO
NAS RUAS, A BIBLIOTECAMÓVEL ITAPEMIRIM
Depois de 12 etapas regionais e da final nacional, compe-
tição promovida pela Scania apontou o melhor motorista
de caminhão do Brasil. Na foto, o vencedor, Marcos Anto-
nio Simioni, catarinense, 35 anos, recebe taça das mãos
de Christopher Podgorski, diretor geral de Vendas e Serviços
da Scania. O prêmio de Simioni será uma viagem à
Alemanha e à Suécia no próximo ano.
ANTT
A AGÊNCIA APROVA SEU CÓDIGO DE ÉTICA
A Agência Nacional de Transportes Terrestres acolheu
proposição apresentada pela Comissão de Ética e aprovou o
Código de Ética a ser observado no âmbito de sua atuação.
O texto está no site da ANTT.
Foto
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ão
A Biblioteca Móvel Itapemirim já está
circulando pelo Brasil. Instalada em um ônibus adaptado,
tem o objetivo de promover a formação de leitores e a
disseminação de informação junto aos moradores dos
centros urbanos, periferias, zonas rurais e localidades
desprovidas de serviços de biblioteca. Serão 27 bibliotecas
móveis, uma para cada estado e para o Distrito Federal.
O Grupo Itapemirim é o patrocinador da iniciativa.
A estrutura de suas empresas, que atuam principalmente
no transporte rodoviário de passageiros e de cargas,
assegura manutenção e logística ao projeto.
SCANIA ESCOLHE O MELHOR DO BRASIL
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 9
Ônibus antigos, miniaturas, réplicas e maquetes de
veículos de transporte rodoviário foram expostos no
BusBrasil Fest, realizado em São Paulo. A iniciativa
teve o apoio da Transfretur, Fresp, Expresso
Redenção e Editora IBTOM. Veículos fabricados nas
décadas de 50 a 70 atraíram grande número de
visitantes.
EXPOSIÇÃO
ÔNIBUS ANTIGOS ATRAEM VISITAÇÃO
A Volkswagen passou a
oferecer aos frotistas de
ônibus e caminhões uma
solução de segurança,
telemetria, rastreamento e
monitoramento de veículos
em tempo real. Deno-
minada Volksnet, estará
disponível a partir de 1º de
janeiro para os caminhões
e ônibus com motorização
eletrônica da marca.
SEGURANÇA
VOLKSNET FAZO RASTREAMENTODA FROTA
MERCEDES-BENZ
CAMINHÕES COM EURO IIIOs caminhões 710 (leve) e
L1620 (semipesado) da
Mercedes-Benz passarão a
ser produzidos, em 2006,
com motores que atendem
aos novos limites da legisla-
ção Proconve 5 (Euro III).
Com isso, o fabricante pre-
tende oferecer mais vanta-
gens operacionais para
frotistas e autônomos,
mantendo os dois modelos
na sua atual posição de
liderança do mercado.
A Marcopolo participa do Projeto Escola de Fábrica, do
Ministério da Educação, mantendo em suas instalações
de Caxias do Sul a Escola de Formação Profissional
Marcopolo. Ali é oferecido o curso de operador
eletromecânico. Assim preparados, os jovens ganham
condição de entrar no mercado de trabalho. A própria
encarroçadora costuma absorver parte dessa
mão-de-obra. “O projeto garante aos jovens de baixa
renda o acesso ao conhecimento técnico”, lembra Valter
Gomes Pinto, diretor corporativo da Marcopolo.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
MARCOPOLO ADERE AO PROJETO ESCOLA
O novo diretor-geral do Denatran – Departamento Nacional de
Trânsito –, Alfredo Peres da Silva, tomou posse no dia 29 de
novembro, em solenidade presidida pelo Ministro das Cidades,
Márcio Fortes (foto). Peres era o diretor executivo da NTC,
associação que reúne as empresas de carga, e tem larga
experiência na área. Foi também conselheiro do Contran,
representando os transportadores de carga e de passageiros.
POSSE
NOVO DIRETOR-GERAL DO DENATRAN
A brasileiraUnipac, do GrupoJacto, tornou-se
fornecedoramundial da Volvo.Fabricará dutos
para o sistema deentrada de ar das
cabines doscaminhões
pesados da marcavendidos em todo
o mundo.
10 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
José Alexandre Resende manifestou
sua confiança em que, no primeiro
semestre de 2006, serão solucionados
os dois principais problemas que afetam
o transporte rodoviário de passageiros.
Problemas esses que ele chamou de
“os dois grandes gargalos” do setor: o
modelo de remuneração da atividade e
a questão dos contratos de permissão,
com a recuperação dos direitos de
proprrogação e isonomia com outros
setores do transporte, como o aéreo e
o ferroviário.
“Há um ambiente muito promissor
no sentido de se resolver estas questões
e acredito que a solução virá muito em
breve”, assegurou Resende. Informou
que a versão final das propostas da
Resende prevê o fim dos“dois grandes gargalos”
Na última reunião do ano dos associados com a Diretoria, no dia 7 de dezembro, o Diretor-Geral da
ANTT, José Alexandre Resende, tratou dos contratos de permissão e da estrutura de remuneração.
ANTT sobre o assunto já está nas mãos
da Ministra Dilma Roussef, da Casa
Civil, e do Ministro Alfredo Nascimento,
dos Transportes. Considerou positivo
Grande número de associados acompanhou as palestras e participou dos debates.
José Alexandre Resende prevê que 2006 será um ano mais tranqüilo para o setor.
alestrasP
Patrocínio
Fot
os:
Júli
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rnan
des que as propostas sejam resultado de
consenso entre a Agência e o setor,
alcançado durante as negociações.
Sobre a estrutura de remuneração
e a recomposição periódica das tarifas,
José Alexandre Resende observou que
há consenso no sentido de se criar um
instrumento, “nos mesmos moldes das
outras concessões”, que seja mais
adequado que a simples planilha
tarifária. Antecipou que é pensamento
da Agência transferir a data-base dos
reajustes tarifários para 1º de dezembro
de cada ano, instituindo-se um sistema
de revisões em períodos de três ou
quatro anos, o que permitiria corrigir
eventuais desvios de cálculos. José
Alexandre Resende prognosticou para
2006 um ano bastante mais tranqüilo
para o setor no que se refere à estrutura
de remuneração dos serviços.
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 11
Também em debate as rodovias e a segurança
Na última reunião do ano também
proferiram palestras o Diretor do
Departamento de Polícia Rodoviária
Federal, Hélio Derene, e o Secretário
de Política Nacional de Transportes,
José Augusto Valente, que representou
o Ministro dos Transportes, Alfredo
Nascimento.
Derene destacou o trabalho de
fiscalização do transporte rodoviário
interestadual e internacional de
Na reunião realizada na parte da manhã entre os
associados e a Diretoria, o Presidente Sérgio Augusto
de Almeida Braga falou sobre as tratativas que vêm sendo
realizadas com autoridades do Governo Federal no sentido
de dar solução a questões
que envolvem o regramen-
to jurídico para os contra-
tos de permissão, assunto
que envolve a ANTT, o
Ministério dos Transportes
e a Casa Civil da Presidên-
cia da República, bem
como um novo modelo para a remuneração tarifária
das empresas. Outras comunicações relacionadas ao
transporte de passageiros foram feitas pela Diretoria
da ABRATI, suscitando debates e sugestões dos
associados para linhas de ação a serem adotadas.
Associados e Diretoria analisam problemas
passageiros realizado pela
PRF, por delegação da ANTT.
“Nossa preocupação básica é
a segurança”, disse. Destacou
a contratação de 550 novos
policiais rodoviários, forma-
lizada no início de dezembro,
e anunciou outras 1.000
contratações para 2006. Citou
que nos dois últimos anos
foram criadas e preenchidas
2.800 vagas.
José Augusto Valente expli-
cou os problemas que impe-
diram o Governo de colocar em
licitação, em 2005, os 3.100
quilômetros de rodovias cuja
entrega à iniciativa privada, sob
concessão, havia sido definida
no ano passado. Informou que
os processos continuam sendo
examinados pelo Tribunal de
Contas da União, que analisa
a viabilidade econômica das privatiza-
ções e os critérios estabelecidos pelo
DNIT nas licitações. Valente tem
esperança de que, concluído o exame
do assunto pelo TCU, no primeiro
semestre de 2006, será possível
proceder ao lançamento dos editais. O
secretário tratou também da situação
da malha rodoviária federal e fez um
balanço da atuação do DNIT em relação
ao assunto.
À mesa, na reunião com os associados,
da esquerda para a direita: Carlos Augusto
de Faria Féres, Carlos Átila, José Luiz
Santolin, Sérgio Augusto de Almeida Braga,
Renan Chieppe, José Augusto Pinheiro e
Cláudio Nelson de Abreu.
Sérgio Augusto Braga fez um
balanço da atuação da ABRATI.
José Augusto Valente: privatizações devem sair em 2006.
Hélio Derene: preocupação básica é a segurança.
Co-patrocínio
Apoio
12 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
Na noite do dia 7, cerca de 300 convidados foram recebidos
pela Diretoria da ABRATI para um coquetel, seguido de jantar de
confraternização, um evento já tradicional que reúne empresários,
executivos de empresas de ônibus, montadoras de veículos,
encarroçadoras de ônibus, fornecedores, parlamentares e
autoridades dos diversos órgãos do Governo Federal que tratam do
transporte rodoviário de passageiros.
O Presidente Sérgio Augusto de Almeida Braga agradeceu a
presença de todos e o apoio recebido durante o ano, e registrou a
colaboração recebida das empresas Marcedes-Benz do Brasil, que
patrocinou o evento, Cia. Brasileira de Petróleo Ipiranga, co-
patrocinadora, e FABUS, a associação das encarroçadoras de ônibus,
que apoiou a realização do encontro.
Coquetel e jantar no encerramento do ano
O tradicional coquetel, seguido de jantar, reuniu grande número de empresários, executivos, parlamentares e autoridades do Governo.
Camilo Cola Neto, Camilo Cola Filho, Constantinos Valtas
(Mercedes-Benz) e Ronaldo Fassarella.
onfraternizaçãoC
Patrocínio
Fot
os:
Júli
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des
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 13
Acima: Georgenor Cavalcanti Pinto, Fredo Ebling Júnior,
Daniele Vilar, Carlos Augusto Féres e Denilson Olivato.
Abaixo: Cláudio Flor, Marco de Lucca (gerente da Denso),
Abílio Gontijo Júnior e Wilson Pereira (Scania).
Sérgio Augusto Braga, José Airton da Silva, Gregório
Rabelo, Francisco de Oliveira e Carlos Alberto Medeiros.
José Augusto Valente, Renan Chieppe, José Alexandre
Resende, Sérgio Augusto Braga, Francisco de Oliveira,
Deputado Eliseu Resende, Hélio Derene, Jose Antônio
Schmitt e Gregório Rabelo.
Co-patrocínio Apoio
Letícia Sampaio, Gabriela Villela, Lúcio Gontijo, Aldo Soares, Selvino
Caramori, Lycurgo Caramori, Jocimar Moreira e Christina Villela.
14 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
onfraternizaçãoC
Vivaldo Mazon, Roger Mansur, Roger Filho,
Francisco Tude e Bruno Tude.
Joel Rodrigues e os Deputados Federais Deley, Paulo Feijó,
Pedro Correa, Mário Negromonte e Vadinho Baião.
Heinz Kumm Júnior,
Claúdio Nelson de Abreu,
Telmo Joaquim Nunes
e Carlos Átila.
Marcelo Liboni (Mercedes-Benz), Constantinos Valtas (Mercedes-Benz), Dimas José da
Silva, Paulo Cesar da Silva (Gerente da Ipiranga) e José Eduardo Chaves.
Décio Freitas e Paulo Porto.
Wando Borges, José Alexandre Resende e José Luiz Santolin.
Patrocínio ApoioCo-patrocínio
Otto Fleck, Marcos Oliveira Neves, Pedro
Teixeira e Dorival Caramori.
16 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
rotaF
Viação Águia Brancade visual novo
Os 750 ônibus das frotas da Viação Águia Branca e da Viação Salutaris, ambas do
Grupo Águia Branca, passaram a ostentar novas cores e nova logomarca.
A programação visual é assinada pelo designer Hans Donner.
Com o novo visual, a Águia Branca mantém o mesmo designatraente que a acompanhou nos últimos 23 anos.
16 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
Foto
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ivu
lgaç
ão
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 17
As frotas da Viação Águia Branca e
da Salutaris ganharam nova cor
dominante: o azul, em substituição ao
prata que caracterizou os carros da
Águia Branca nos últimos 23 anos, e
cujo projeto também havia sido criado
por Hans Donner.
As formas foram modernizadas e
se tornaram mais arrojadas, tendo
como elemento principal o formato de
asa. O diretor geral da Águia Branca e
da Salutaris, Renan Chieppe, explica que
o objetivo foi inovar e tornar os carros
ainda mais atraentes, ao mesmo tempo
mantendo a identidade da marca por
meio do logotipo, que não teve
alterações significativas.
Chieppe conta que Hans Donner
ofereceu duas opções para a introdução
de uma nova cor: o azul e o vermelho.
Optou-se pelo azul por
estar associado à cor do céu e,
portanto, à paisagem, além de trans-
mitir a sensação de serenidade. A
utilização da asa como elemento
figurativo deve-se ao fato de ser um
ícone das atividades rodoviárias e estar
diretamente associado ao nome da
empresa, Águia Branca.
Enquanto cuida da ampliação da
frota e da nova imagem, a Águia Branca
continua empenhada em manter o mais
alto padrão de qualidade nos seus
serviços, tradicionalmente presentes no
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 17
18 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
rotaF
Lembrando a cor do céu, o azul substitui o prata que caracterizou os carros da Águia Branca nos últimos 23 anos.
Ícone do transporte rodoviário, a figura da asa remete ao nome da empresa: Águia Branca.
Espírito Santo, em Minas Gerais, Bahia,
São Paulo e Rio de Janeiro.
Há quase uma década e meia a
companhia vem desenvolvendo e
aperfeiçoando uma série de programas
voltados à qualidade total, nos quais o
treinamento e a reciclagem de diretores,
gerentes e demais funcionários, de alto
a baixo da estrutura organizacional,
cumprem papel de grande importância.
Todo o seu pessoal conhece e pratica
os cinco sensos (5S). A Águia Branca
está certificada há cinco anos pela ISO
9001, além de ter conquistado várias
premiações e reconhecimento à
qualidade de seus serviços.
Além da prestar serviços de
qualidade no segmento de
transporte rodoviário de pas-
sageiros, a Unidade Passa-
geiros do Grupo Águia Branca
– um conglomerado que reúne
16 empresas – opera nos seg-
mentos municipal e urbano, por
intermédio da Transportes
Urbanos Águia Branca – TUAB.
A TUAB está baseada em
Ipatinga, Minas Gerais, e
mantém garagem no município
mineiro de Timóteo. É uma das
empresas do Grupo Águia
Branca que receberam a cer-
tificação ISO 9002.
Operaçãono segmentourbano
Foto
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lgaç
ão
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 19
TREINAMENTO
Para elevar continuamente o padrão
de eficiência e qualidade dos serviços,
o Grupo Águia Branca investe não
somente em tecnologia, mas também
dá ênfase ao treinamento e qualificação
do seu pessoal. Periodicamente, realiza
pesquisas de clima organizacional para
aferir o aproveitamento prático dos
treinamentos.
Estes são definidos a partir da
realidade da empresa e do nível de
preparação alcançado pelos diversos
setores. Entre eles estão os de
relacionamento interpessoal, liderança,
administração do tempo, visão do
negócio e atendimento ao cliente, e os
especificamente voltados ao motorista,
como direção defensiva, direção
econômica e legislação de trânsito.
Os númerosde 2004
PASSAGEIROS X KM 1.555.185.112
PASSAGEIROS TRANSPORTADOS 11.385.216
QUILOMETRAGEM PERCORRIDA 63.302.662
FROTA (ÔNIBUS) 622
IDADE MÉDIA DA FROTA (ANOS) 5
A nova imagem guarda coerência com a tradicional política de operar uma frota sempre atualizada.
20 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
rotaF
A companhia também desenvolve
um sistema de incentivo e estímulo ao
trabalho de seus profissionais, para o
que instituiu o Prêmio de Qualidade Total
VAB, nas categorias operacional,
administrativa, comercial e manu-
tenção. São premiados anualmente os
melhores trabalhos em que foram
aplicados, no dia-a-dia da empresa,
instrumentos e conceitos de qualidade
total. O objetivo é prestigiar e re-
conhecer o talento profissional dos
funcionários e suas equipes, incen-
tivando o desenvolvimento da qualidade
em todas as áreas de atuação do Grupo.
SULBA
Além das linhas operadas pela
Viação Águia Branca, o Grupo Águia
Branca também está presente no Estado
da Bahia com a Sulba Companhia Sul
Baiana de Transportes. É uma das mais
antigas empresas de ônibus do país,
tendo sido fundada em 1932. Foi
adquirida do governo do Estado da Bahia
em um processo de privatização
concluído seis anos atrás. Ao vencer a
licitação, a Águia Branca conquistou o
direito de explorar linhas que ligam o
sul e o extremo sul da Bahia a Salvador.
Tradicionalmente, a Águia Branca
dá sempre muita atenção à sua frota,
tanto no aspecto de conservação e
manutenção, como no que se refere à
idade e atualização tecnológica dos
ônibus utilizados. E não poderia ser de
outra maneira, pois o foco é o conforto
e a segurança dos usuários.
A idade média dos ônibus operados
atualmente é de cinco anos. Agora
mesmo, a Águia Branca acaba de
concluir um novo investimento, com a
aquisição de 60 novos ônibus, todos
com chassis O-500 MBB.
Atenta aos diversos níveis de
necessidades e exigências do público
Poltronas ergométricas e multirreguláveis tornam as viagens mais agradáveis.
Kit para serviço de água e café.
Novos investimentos na frotausuário, a empresa procura oferecer
novos e diferenciados serviços, seja em
termos de configuração dos ônibus, seja
em termos de atendimento dentro e fora
do veículo. Boa parte das linhas,
especialmente aquelas com extensão
igual ou maior que 500 quilômetros, são
operadas por ônibus equipados com ar
condicionado, apoio para os pés, som,
vídeo, serviço de bordo e poltronas
multirreguláveis. A Águia Branca
também dispõe de salas VIP em vários
dos terminais de maior movimento.
Nelas, os passageiros contam com ar
refrigerado, café, água, jornais e revistas
e serviço de informações.
PASSAGEIROS X KM 362.201.961
PASSAGEIROS TRANSPORTADOS 406.521
QUILOMETRAGEM PERCORRIDA 13.246.995
FROTA (ÔNIBUS) 155
IDADE MÉDIA DA FROTA (ANOS) 6
Nº DE MOTORISTAS 273
Viação Salutaris e Turismo – 2004
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mpresaE
Aos 65 anos, com os olhos no futuro
As linhas da Rápido D’Oeste, em-
presa fundada em 13 de agosto de
1940, servem a 29 cidades, num raio
de 250 quilômetros em torno de
Ribeirão Preto. Entre os principais
centros urbanos atendidos estão São
José do Rio Preto, Olímpia, Bebedouro,
Barretos, Jaboticabal, Matão, Porto
Ferreira, Casa Branca, São João da Boa
Vista e Poços de Caldas.
Uma das mais conhecidas e tradicionais empresas do Estado de São Paulo, a Rápido D’Oeste
completou 65 anos de existência em agosto. Mais do que nunca, é sinônimo de bons serviços para
milhares de usuários de transporte urbano, suburbano e rodoviário de passageiros.
A companhia foi fundada pela
família Benelli e adquirida em 1985
pelo advogado José Roberto Felicio, que
se mudou de São Paulo com a família
para Ribeirão Preto. Com o apoio da
esposa Neida Iasbek Felicio e dos filhos
José Roberto, Thiago, Roque e Chris-
tiane, tornou-se um dos maiores
empresários do setor. Faleceu em 27
de maio de 2004, e os negócios
passaram a ser conduzidos por Neida
Iasbek Felício e os quatro filhos, que
desde cedo desempenharam funções na
Rápido D´Oeste, seguindo o lema
repetido pela mãe: “Nenhum de nós é
tão bom como todos nós juntos”.
Hoje, como faz há 65 anos, a
companhia se orgulha de olhar à frente
sem nunca esquecer os valores e prin-
cípios éticos e morais de uma empresa
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22 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 23
familiar. Conquistou respeito e adquiriu vas-
ta experiência na prestação de serviços
de qualidade para mais de 297 mil passa-
geiros por mês no setor rodoviário e para
mais de 1 milhão no setor urbano.
FIDELIDADE
Atualmente, a Rápido D´Oeste
emprega 520 colaboradores. Em seu
quadro de funcionários estão vários
portadores de deficiência, além de
considerável contingente de empre-
gados com muitos anos de empresa.
Cerca de 120 deles trabalham ali há
mais de dez anos, e há casos como o
do funcionário Antônio André, que foi
admitido em 1973.
Além do compromisso de manter a
fidelidade em relação aos colabora-
dores, a empresa preserva zelosamente
a memória das próprias origens e faz
do respeito ao passado a motivação
para buscar novos objetivos.
A preocupação com a qualidade se
insere nessa busca. No momento, de-
pois de ter implantado o BGM – moder-
no sistema informatizado que integra
todos os departamentos da empresa,
confronta dados e agiliza todas as ope-
rações –, a Rápido D´Oeste está
trabalhando na implementação de um
ambicioso projeto para a qualidade
total. Começou pelo Programa 5S e
agora põe em prática uma seqüência
de ações voltadas à próxima obtenção
da certificação ISO 9000.
Nos muitos anos em que esteve à frente da Rápido
D´Oeste e de muitos outros empreendimentos empre-
sariais, até morrer em 2004, José Roberto Felicio ensinou,
com seu próprio exemplo, valores e bons costumes a todos
os que tiveram o privilégio de privar com ele. Sempre
envolvido na prática social, apoiou instituições carentes e
ajudou os mais necessitados.
Tendo nascido em Mococa-SP, em 1944, já aos dez
anos de idade teve seus primeiros contatos com uma
empresa de ônibus. Era a Danúbio Azul, fundada por seu
pai em 1954. Foi trabalhando na Danúbio Azul que se formou
advogado em 1968 e casou-se, no ano seguinte, com Neida
Iasbek Felicio. De 1974 a 1977 foi 1º Secretário do Sindicato
das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de
São Paulo. Figurou também entre os fundadores do Sindicato
das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Ribeirão
Preto e Região, que presidiu de 1991 a 1995.
Foi sócio-proprietário das empresas Danúbio Azul
Transportes (São Paulo-SP), Auto Viação Leblon Transportes
Uma vida dedicada ao transportee Turismo (Rio de Janeiro-RJ),
Viação Santos Turismo (Guarulhos-
SP), ABC Transportes e Turismo
(Taubaté-SP) e Viação Transvida
(Guarulhos-SP).
Ao falecer, em 2004, deixou as
empresas ABC Transportes Coletivos
Vale do Paraíba (Taubaté-SP),
Rápido D’Oeste (Ribeirão Preto-SP),
Empresa de Ônibus Vila Galvão (Guarulhos-SP), Cisne
Branco Transportes e Turismo (São Luis do Maranhão) e
Viação Transdutra (Arujá-SP).
Recebeu várias homenagens, entre elas a medalha e o
diploma comemorativos dos 125 anos da Câmara Municipal
de Ribeirão Preto. Postumamente, foi-lhe atribuída a
Medalha do Mérito do Transporte Urbano Brasileiro 2005.
E, em Ribeirão Preto, a administração municipal inaugurou
recentemente, em tocante homenagem, a Escola Municipal
de Educação Infantil Dr. José Roberto Felício.
Dotados do máximo conforto, os ônibus da Rápido D´Oeste estão presentes em 29 das mais importantes cidades do Sudeste do País.
José Roberto Felicio
24 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
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Cidades atendidasBarretos, Bebedouro, Caconde, Casa Branca, Colina, Cravinhos,
Descalvado, Itobi, Jaboticabal, Matão, Monte Azul Paulista, Olímpia,
Pitangueiras, Poços de Caldas, Porto Ferreira, Ribeirão Preto, São José do
Rio Pardo, São José do Rio Preto, São João da Boa Vista, São Simão,
Sertãozinho, Severínia, Santa Cruz das Palmeiras, Santa Rita do Passa
Quatro, Santa Rosa de Viterbo, Tambaú, Tapiratiba, Taquaritinga, Vargem
Grande do Sul.
Dois aspectos que merecem dedi-
cação contínua na Rápido D´Oeste são
a manutenção e a limpeza dos veículos.
Os ônibus recebem acompanhamento
informatizado individual, o que possi-
bilita identificar a situação e vida útil
de cada peça ou componente. O sis-
tema é mais preventivo que corretivo:
são criteriosamente observadas todas
as especificações e recomendações de
cada fabricante.
A eficiência da manutenção é faci-
litada pela política de constante
renovação da frota, cuja idade média
atual é de 3,6 anos.
Outra prática que contribui para o
sucesso da operação é o fato de que
todos os profissionais são perfeitamen-
te capacitados para suas funções. Eles
estão sempre passando por cursos de
reciclagem. A empresa investe parcela
considerável de recursos em trei-
namento e capacitação.
FROTA
Em 2003, além das compras
normais anuais, a Rápido D’Oeste
renovou mais da metade da sua frota
urbana, adquirindo 50 ônibus zero
quilômetro. Os ônibus urbanos utilizados
dão uma idéia da modernidade da
empresa: todos têm design moderno e
são equipados com motores eletrônicos,
que reduzem ao mínimo as emissões
de poluentes. Ou seja, são ônibus
ecologicamente corretos. Além disso,
são dotados de câmbio automático,
radiocomunicadores (interligam a
empresa, a Polícia Militar e o veículo
no itinerário), piso antiderrapante,
lixeiras, poltronas almofadadas e
sistema de segurança Anjo da Guarda
(impede o veículo de trafegar com a
porta aberta e reduz automaticamente
a velocidade em caso de chuva). O
usuário ainda conta com as vantagens
do uso de cartão magnético, que agiliza
os serviços.
Manutenção preventiva, frota sempre em dia
O acompanhamento informatizado individual de todos os ônibus permite manter a frota em perfeito estado de funcionamento.
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Quilometragem rodada por mês
Urbano........................586.577
Suburbano................... 173.193
Rodoviário..................... 341.158
Passageiros transportados
Urbano................... .....1.523.934
Suburbano.......................137.117
Rodoviário........................95.918
Quantidade de veículos
Frota urbana................ ...97
Frota suburbana...............33
Frota rodoviária............... 52
Na área do transporte de cargas, a Rápido D´Oeste atende a 29 cidades do
interior de São Paulo, atingindo todas aquelas servidas por suas linhas de ônibus
num raio de 250 quilômetros da sede. Entre elas, São José do Rio Preto, Olímpia,
Bebedouro, Barretos, Jaboticabal, Matão, Porto Ferreira, Casa Branca, São João da
Boa Vista e Poços de Caldas.
A operação é feita com a coleta e a entrega das cargas e encomendas, que podem
ser desde um pequeno documento até grandes cargas de medicamentos, materiais de
informática, autopeças etc. Em Ribeirão Preto, a entrega e coleta são feitas por
caminhões e furgões da própria empresa; nas demais cidades, o serviço é terceirizado.
Já os ônibus rodoviários são novos,
equipados com ar condicionado ecoló-
gico, toaletes, poltronas estofadas
reclináveis, geladeira, TV, vídeo e
motores eletrônicos. Tudo isso asse-
gura que a companhia opere sempre de
acordo com as normas de preservação
do meio ambiente. Mas não só isso, já
que os veículos oferecem todo o
conforto e segurança de que uma viagem
necessita.
Também importantes são as gara-
gens e pontos de apoio. A empresa dis-
põe de quatro garagens, sendo duas em
Ribeirão Preto, uma em Cravinhos e
uma em Casa Branca, cidades do
interior de São Paulo.
No ano passado, a companhia
também comprou, destinados ao
serviço suburbano, sete novos ônibus
com gerenciamento eletrônico. Segundo
o diretor Roque Felício Netto, essas
aquisições e a política de constante
renovação da frota fazem parte da
filosofia operacional da Rápido D´Oeste.
“Nosso objetivo é cada vez mais
oferecer veículos modernos e seguros,
para que nossos clientes se beneficiem
de viagens sempre confortáveis e
tranqüilas”, explica.
CARGAS
Limpeza, outro ponto alto da Rápido D´Oeste.
Os números da Rápido D´Oeste
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 25
28 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
rotaF
Itapemirim incorpora100 novos ônibus
A empresa investe cerca de R$ 50 milhões no seu programa anual de renovação de frota, e os novos
veículos estão entrando em operação em dezembro para atender à demanda da alta temporada.
O serviço de semi-leito especial ganha
o reforço de uma nova frota.Fo
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ação
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 29
As garagens da Itapemirim em todo
o País receberam mais um lote de
ônibus zero quilômetro, correspondentes
à cota anual de renovação da empresa.
Desta vez, os veículos estão sendo
destinados à operação de dois serviços:
Climm (convencional, com ar condi-
cionado) e Golden (semileito especial).
Os chassis são todos Mercedes-
Benz e as carroçarias foram produzidas
pela Marcopolo (48 unidades do modelo
GV 1200) e pela Busscar (52 unidades
do modelo VistaBuss HI). Dos 100
veículos novos, 74 irão operar o serviço
Climm; os outros 26 destinam-se ao
serviço semileito especial.
“Nossa preocupação é oferecer aos
usuários sempre o melhor tratamento
e o máximo conforto, qualquer que seja
o serviço escolhido por eles”, explica
Andréa Cola, diretora comercial da
Itapemirim.
Ela informa que a utilização dos
veículos mais modernos e tecnologi-
camente avançados é completada na
configuração do salão de passageiros,
em que se busca oferecer o máximo
em espaço, conforto e ambiente
agradável, com o uso de tecidos e cores
suaves.
Os novos ônibus da Itapemirim
Climm – convencional com ar condicionado
Golden – semi-leito – especial
ChassiMercedes-Benz
Carroçaria
Marcopolo: 48
Busscar: 52
Serviço
Climm: 74
Golden: 26
Serviços
O Climm, serviço convencional: oferece ar condicionado e ônibus sempre novos.
Com o grande volume de compras anuais de novos ônibus, a Itapemirim mantém a tradicional baixa idade média de sua frota.
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mpresaE
32 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
55 anos nas estradasdo Brasil e da Argentina
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 33REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 33
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34 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
mpresaE
34 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
Aqualidade dos serviços da Reunidas
é elogiada e conhecida tanto do
lado de cá como do lado de lá da
fronteira entre o Brasil e a Argentina.
Graças a uma política de desen-
volvimento e crescimento rigoro-
samente planejados, a empresa se
tornou cada vez mais uma referência
no setor de transporte rodoviário de
passageiros.
E esse é um processo contínuo, que
nunca se interrompe. Os habituais
turistas argentinos, com toda certeza,
ao embarcarem nos ônibus da Reunidas,
irão encontrar serviços ainda melhores
do que os que receberam um ano atrás.
Isso acontece porque a companhia está
sempre se reinventando, autoavaliando,
corrigindo falhas e pensando à frente.
É o que o diretor presidente da empresa,
Sandoval Caramori, chama de processo
de readministração, e que tem sido, em
todos esses anos, a alavanca a impul-
sionar de maneira firme e segura o seu
crescimento e fortalecimento.
Um dos segredos para esse perma-
nente estado de efervescência criativa
é o ambiente participativo, descentra-
lizado, que estimula a criatividade de
todo o universo da empresa, nos seus
diversos níveis administrativos e opera-
cionais. Independentemente da função
e do grau de responsabilidade de cada
um, a opinião dos colaboradores é
valorizada na justa medida e cuidado-
samente analisada do ponto de vista
daquilo que pode agregar ao conjunto
das atividades. Com isso, estabeleceu-
se um clima construtivo, de entusiasmo
e de troca franca de informações em
todos os níveis, o que gera eficiência e
otimismo, fatores que acabam conta-
giando os próprios usuários dos
serviços.
Formação e informação constituem
dois dos pilares nos quais a Reunidas
se apóia para manter um quadro de
colaboradores bem treinado e compe-
tente. Cursos de preparação e recicla-
gem abrangendo todos os escalões
funcionais são ministrados de forma
rotineira, com excelente nível de
aproveitamento, comprovado mediante
avaliações periódicas e, principalmente,
pelo desempenho da companhia no
mercado. A preocupação em elevar
continuamente o nível da mão-de-obra
se estende ao aspecto individual dos
colaboradores, que são estimulados a
buscar o crescimento pessoal, com
Referência de qualidade desde os anos 40
Colaboradores participam do workshop anual, o mais importante encontro na empresa.
Durante workshop anual, o vice-presidente Selvino Caramori Filho, o presidente Sandoval
Caramori, o campeão do rali Paris-Dakar, Klever Kolberg e o diretor financeiro Rui
Caramori. Kolberg fez palestra sobre sua experiência em competições.
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REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 3535REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
evidentes benefícios inclusive para sua
trajetória no organograma da empresa.
É política já assentada que a formação
de cada um, ou a freqüência a cursos,
juntamente com exigências específicas,
funciona como critério para possíveis
promoções. Condições pessoais de
liderança e facilidade de trabalhar em
equipe também são fatores fun-
damentais. “Acredito que cada um dos
nossos três mil colaboradores sabe que,
se estiver bem preparado, terá boas
chances de ser promovido ao surgir uma
oportunidade”, explica o vice-presidente
Selvino Caramori Filho.
O segundo grau completo é exigido
para o desempenho de muitas funções.
A empresa custeia até 50% da mensa-
lidade escolar dos que estudam, além
de criar facilidades para estimular os
que não concluíram o curso. Uma escola
de 1º grau funciona internamente. E a
Reunidas vai buscar nas escolas e
universidades possíveis futuros esta-
giários que, dependendo do aprovei-
tamento que possam ter, são contra-
tados de imediato ou incluídos em
cadastro para futura contratação.
MANUTENÇÃO
Também no que se refere às ativida-
des de preparação e manutenção da fro-
ta de ônibus, a operadora prioriza o
conhecimento e a preparação do seu
pessoal. O advento de novas tecno-
logias, inclusive com a disseminação
dos conceitos de eletrônica embarcada,
aproximou ainda mais a empresa das
montadoras e dos cursos voltados aos
mecânicos e motoristas, que elas
rotineiramente realizam. Graças a esses
cursos e ao trabalho desenvolvido pelo
centro de treinamento da própria Reuni-
das, o pessoal das oficinas está sempre
familiarizado com os novos avanços e
equipamentos, o que contribui de
maneira decisiva para que cada ônibus
funcione impecavelmente, trazendo
como resultado níveis ainda mais
elevados de satisfação dos clientes.
No que diz respeito aos motoristas,
os cuidados são ainda maiores. Direção
defensiva, direção econômica, recicla-
gem de capacitação, primeiros socor-
ros, relações humanas e relações com
o cliente são algumas das matérias
ministradas no centro e voltadas
especificamente a esses profissionais.
Além dos cursos, e como extensão
deles, é feito um acompanhamento
minucioso e permanente do trabalho de
cada motorista, para se avaliar na
prática a eficiência do aprendizado.
Também são realizadas reavaliações
periódicas que eventualmente podem
indicar a necessidade de reforço de
determinados conceitos. Tudo isso
funciona em benefício dos passageiros
e da própria estabilidade do motorista
na empresa, além de contribuir para
índices de acidentes mais baixos.
O diretor-presidente da Reunidas, Sandoval Caramori.
O Grupo Reunidas incentiva a formação dos seus colaboradores, proporcionando-lhes,
além disso, cursos de treinamento, aperfeiçoamento e reciclagem.
36 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 200536
mpresaE
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
Uma empresa sempre ligada aodesenvolvimento de Santa Catarina
RENOVAÇÃO
A Reunidas mantém um programa
permanente de renovação de sua frota.
Os objetivos principais são dois: dispor
de ônibus sempre novos nos quais os
usuários sintam prazer em viajar e
agregar tecnologias cada vez mais
avançadas, promovendo a contínua
diminuição dos níveis de emissões de
gases dos motores, além da economia
de combustível e da redução do tempo
parado.
Com mais uma renovação promo-
vida em 2005, os ônibus da Reunidas
ganharam nova pintura, que apresenta
temas relacionados à família. Também
a pintura da Real foi mudada, inspiran-
do-se em temas relacionados à
preservação do meio ambiente. Na área
de cargas, os veículos foram pintados
em prata e o novo símbolo, em azul.
Foram incorporados ônibus de três
diferentes modelos, todos com 42
lugares e equipados com ar condicio-
nado. Os chassis são da marca
Mercedes-Benz, nos modelos 0500 RSD
(executivo), 0500 R (médio) e 0500 M
(curto). As carroçarias são Marcopolo.
656
8
60
70%
30%
60%
40%
14.280.086
Passageiros
Frota de ônibus
Idade média da frota (anos)
Ônibus alugados – temporada
Chassis Mercedes-Benz
Chassis Scania
Carroçarias Marcopolo
Carroçarias Busscar
Passageiros transportados
em 2004
O crescimento e forta-
lecimento da Reunidas
teve como espinha dorsal
a linha entre duas cidades
de Santa Catarina: Caça-
dor e Lages. Fazendo
essa ligação duas vezes
por semana, a partir de
1949, com sua recém-
criada Empresa de Ônibus
Caramori, Selvino Cara-
mori testou e viu aprovadas
suas teorias sobre como prestar
serviços de transporte de qualidade. Em
novembro de 1950, percebendo o
potencial de desenvolvimento da região,
fundiu a Empresa Caramori com a
Empresa Vitória, de Orlando Petrolli, de
Lages. Daí surgiu a Reunidas, que logo
estabeleceu a ligação do oeste cata-
rinense com a capital, Florianópolis. Em
muitos lugares, na década de 50, ou
não havia estradas nem pontes, ou era
tudo muito precário. Muitas vezes a
empresa entrava com a mão-de-obra e
os equipamentos, e conseguia com
madeireiros da região a madeira para
fazer as pontes.
As décadas de 60 e 70 foram
cruciais para a expansão das atividades.
Incorporaram-se algumas empresas,
entre elas a União da Serra (1970), pos-
sibilitando a ligação do oeste e do
planalto ao litoral de Santa Catarina e
ao sudoeste do Paraná. Depois vieram
as ligações para São Paulo. Outra com-
pra importante foi a da Real Transporte
e Turismo, de Passo Fundo, no Rio Gran-
de do Sul, e cujo nome foi preservado.
Opera linhas do Rio Grande do Sul para
São Paulo, abrange toda a região gaúcha
da fronteira e mantém três linhas de
Santo Ângelo para a cidade
baiana de Barreiras – um
percurso de 3.200 quilô-
metros e 72 horas de via-
gem. Outras linhas che-
gam a Palmas, no Tocan-
tins, e Vila Rica, em Mato
Grosso. Hoje, o raio de
ação do grupo foi aumen-
tado para quatro cidades da
Argentina: Posadas, Resis-
tencia, Corrientes e Córdoba.
A criação da Reunidas Transporta-
dora Rodoviária de Cargas S.A., hoje
uma das maiores empresa no ramo de
transportes de encomendas do Sul do
Brasil, data de 1978.
Selvino Caramori esteve à frente do
grupo até sua morte, em 1989. Seu
filho mais velho, Sandoval Caramori,
Primeira jardineira da Reunidas.
Selvino Caramori
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 3737REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
O Grupo Reunidas apóia ações voltadas à comunidade nos campos
social, esportivo, educativo e cultural, por intermédio de universidades e
instituições afins, como seminários, campanhas de saúde, semanas de
arte, educação infantil, entre outras que envolvem diversos públicos.
Patrocina, por exemplo, os Jogos Abertos para Deficientes em Santa
Catarina, faz investimentos culturais em vídeos, filmes, livros, peças de
teatro e exposições, além de palestras sobre educação de crianças para
o trânsito.
Em relação ao público interno, promove programas como o Programa
Família, para integração das famílias dos colaboradores mediante o
desenvolvimento de atividades informativas, culturais e artísticas, com
a “Oficina de Artes”. O pessoal dos escritórios e da área de manutenção
conta com um programa de ginástica laboral, que contribui para diminuir
o estresse físico e mental, além da prevenir doenças por esforço
repetitivo.
Além disso, profissionais com tempo integral na empresa fazem
atendimento psicossocial ao colaborador e sua família.
assumiu a direção a partir daí, inician-
do-se a gestão da segunda geração,
liderada ainda por Selvino Caramori Filho
(Diretor Vice-presidente) e Rui Caramori
(Diretor Financeiro).
A década de 90 foi marcada pela
exploração de linhas internacionais para
a Argentina. Também foi adquirida
(1990) a empresa São Luiz, que liga a
cidade de Caxias do Sul (RS) ao planalto
catarinense. A compra da Real Trans-
porte e Turismo ocorreu em 1994.
Em 2000, criou-se a Reunidas Turis-
mo S. A., que opera no setor de viagens
especiais e atende a todo o território
nacional e países do Cone Sul.
A matriz do grupo está em Caçador
e há 37 filiais (várias delas dotadas de
salas VIP), além de 1.100 pontos de
venda e atendimento. Todas as agências
estão interligadas on line; os serviços
de venda de passagens são informatiza-
dos. Os veículos da transportadora são
rastreados via satélite e dispõem de 42
garagens e pontos de apoio.
Responsabilidade social corporativa
No plebiscito de 2005, a Reunidas Cargas foi a responsável pela distribuição
de todas as urnas eletrônicas, nos mais longínquos rincões de Santa Catarina.
De acordo com o contrato firmado com o TRE, a empresa se obrigou a fazer
a entrega das urnas dentro do prazo de cinco horas e recolhê-las em duas
horas. As exigências foram cumpridas com pleno êxito pela transportadora,
tanto assim que Santa Catarina foi o segundo estado a concluir a contagem
dos votos em todo o país.
Eficiência agiliza o plebiscito
Os números da Reunidas Cargas
Caminhões 214
Caminhões terceirizados (ano) 300
Veículos auxiliares 72
Carga transportada em 2005 (kg) 107.789.043
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38 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
mpresaE
A Reunidas conta com linhas que
atendem a cerca de 2.100 localidades
nos estados de São Paulo, Santa Catarina,
Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,
Distrito Federal, Goiás, Tocantins e Bahia.
Linhas internacionais ligam o Brasil
(Florianópolis e litoral de Santa Catarina)
à Argentina (Eldorado, Posadas, Cor-
rientes, Resistencia, Reconquista, San
Francisco e Córdoba). Também é feito
fretamento turístico para todo o Brasil e
para países do Mercosul. Esse serviço é
operado pelas duas empresas do grupo,
a Reunidas S.A. Transportes Coletivos e
a Real Transporte e Turismo S. A.
Para atender aos seus clientes e
ao conjunto das operações, a empresa
dispõe de um sofisticado sistema de
interligação on line que combina
satélites, linhas terrestres e internet,
além de um parque de informática de
última geração que assegura rapidez e
segurança em todas as transações no
país. No âmbito desse sistema, man-
Presença e eficiência em 2.100 localidades brasileiras
tém uma central de atendimento 24
horas, com número 0800 exclusivo
para pontos de venda que ainda não
tenham o sistema on line.
Estão sendo desenvolvidos projetos
específicos para incremento da atuação
na área de turismo, por intermédio da
Reunidas Turismo S. A., com ênfase
nas viagens especiais não só em todo
o território nacional como também em
países do Cone Sul. Novos veículos
foram adquiridos especialmente para
essa finalidade.
A Real Transporte e Turismo S. A.,
outra empresa que integra o grupo,
também teve sua frota remodelada e
passou a exibir em seus veículos ima-
gens de animais com a frase “Preserve
a Natureza “.
Como conseqüência das suas ações
voltadas à qualidade e eficiência dos
serviços, nos últimos seis anos a
Reunidas recebeu, consecutivamente,
no segmento de transportes, o prêmio
Top of Mind. O prêmio tem por objetivo
revelar as marcas mais lembradas
pelos consumidores catarinenses em
diversos segmentos. Anualmente, mi-
lhares de catarinenses têm apontado o
nome da Reunidas ao responder à per-
gunta: “Qual a marca que lhe vem à
cabeça quando se fala em transporte?”.
Ações efetivas de preservação do meio ambienteO Grupo Reunidas promove ações voltadas à
preservação e defesa do meio ambiente, entre elas a
coleta seletiva de lixo. Sob a coordenação do engenheiro
de segurança da empresa, o projeto busca estimular os
colaboradores a uma participação efetiva no processo de
educação ambiental, destinando o lixo de forma adequada
e arrecadando fundos para investimentos em benefício
do próprio colaborador, além, é claro, de realizar um proce-
dimento ecologicamente correto.
A companhia também participa, desde 1999, do
Projeto Economizar, realizado pelo Sindicato das
Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de
Santa Catarina. Trata-se de uma articulação entre os
setores público e privado com os objetivos de economizar
combustível, reduzir o consumo de óleo diesel e diminuir
a dependência externa de petróleo, combater a emissão
de fumaça negra e favorecer o uso de produtos de boa
qualidade.
A frota da Real também recebeu novos ônibus e nova programação visual.
Div
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ação
40 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
ançamentosL
Novo micro e novorodoviário Induscar
Dois novos modelos (um
ônibus rodoviário e um
micro que admite várias
configurações) estão
chegando ao mercado. São
os mais recentes
lançamentos da Induscar,
encarroçadora da marca
CAIO, com fábrica em
Botucatu, no Estado de São
Paulo. Os novos produtos
tornam ainda mais
completa a linha da CAIO
para transporte de
passageiros. O novo rodoviário é o Giro 3200,
terceira versão da bem-sucedida
linha com que a Induscar vem aumen-
tando sua participação no mercado nos
últimos quatro anos.
Tendo ingressado no setor com o
Giro 3400, de 3,40 m de altura, a encar-
roçadora lançou ainda o Giro 3600 (3,60
m de altura). O novo Giro 3200 tem
3,20 m de altura e está proposto como
solução econômica para o transporte
de curtas e médias distâncias, bem
como para fretamento. É uma carroçaria
leve, com espaço interno amplo e
confortável. A exemplo de outros
produtos da encarroçadora, pode ser
montada sobre chassis de alta e de
baixa potência, com aplicações em
motor dianteiro e traseiro.
O segundo lançamento é o micro
Foz Induscar, que está sendo produzido
nas versões urbano, turismo, executivo
e escolar. Possui a maior largura interna
do mercado no segmento de micros:
2,30 m. O modelo executivo reproduz
as características dos rodoviários da
empresa, incluindo bagageiros laterais
e tipo baú na traseira, divisória moderna
etc. Na versão turismo destacam-se o
bagageiro traseiro, o porta-pacotes tipo
bandeja e o anteparo padrão rodoviário.
O fabricante recomenda esse veículo
como a solução ideal para fretamentos
e viagens de curtas e médias distâncias.
Todas as versões, inclusive a urbana e
a escolar, têm design moderno e
oferecem amplo espaço no salão, o que
resulta em agilidade e praticidade.
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 41
Os eventos de lançamento dos dois novos veículos
vêm atraindo muitos interessados. Na festa realizada
em São Paulo, estiveram presentes mais de 300
clientes e empresários. Em Belo Horizonte, mais de
250 pessoas. Outras cidades se preparam para receber
os lançamentos nos próximos dois meses. Versão turismo: operação dentro da cidade e também na estrada.
Versão urbana (ou escolar) com uma porta.
Versão executiva do Foz Induscar: espaço interno aumenta o conforto.
Micro Foz Induscar na versão para transporte urbano.
O novo rodoviário Giro 3200 foi concebido
como solução econômica para operar em
curtas e médias distâncias, além de fretamento.
Um detalhe importante, que acompanha a
tendência mundial, é o seu baixo peso.
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42 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
Denominada Center Bus, ou Centro
Especializado em Ônibus, a
estrutura reúne uma equipe de gerentes
e vendedores, além de contar com um
assessor ao frotista. Todos foram espe-
cialmente treinados pela DaimlerChrysler
do Brasil para atuar com exclusividade
nos negócios de ônibus.
A principal função do assessor ao
frotista é manter os clientes atualizados
sobre toda a linha de produtos e sobre
a tecnologia disponível nos ônibus
Mercedes-Benz. Ele também presta
atendimento de Pós-Venda e apóia os
Estrutura exclusiva paranegócios de ônibus
Uma área exclusiva perfeitamente estruturada para prestar atendimento a clientes de ônibus foi
inaugurada no dia 5 de dezembro pela Brasília Motors, concessionário Mercedes-Benz em Brasília,
clientes no monitoramento de sua frota
e no treinamento de seus motoristas e
dos mecânicos de suas oficinas.
A partir de agora, a revenda também
dispõe de uma oficina volante, montada
sobre van Sprinter e equipada com
ferramentas e instrumental adequados
para o atendimento a pedidos de
emergência dos frotistas de ônibus.
De acordo com Rogério Vilela,
gerente de Vendas da Brasília Motors,
com o Center Bus o concessionário
ganha excelência na assistência a
ônibus, já que o atendimento às
necessidades dos frotistas é feito com
maior rapidez.
PRÉ-REQUISITOS
Segundo o empresário José Augusto
Pinheiro, a implantação do Center Bus
em Brasília teve o significado de mais
um desafio enfrentado e vencido pela
Brasília Motors. Classificada já há
vários anos entre os melhores conces-
sionários Mercedes-Benz do país, a
revenda, que faz parte do Grupo Real
Expresso, presidido por Pinheiro, teve
de atender a uma série de pré-requisitos
nibusÔ
José Augusto Pinheiro, do Grupo Real: a Brasília Motors vence novo desafio.
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des
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 43
exigidos pela DaimlerChrysler, entre eles
a formação de vendedores exclusivos,
cujo trabalho é fazer prospecção e
fidelização de mercado. Ou seja, eles
têm como objetivo conquistar novos
clientes e assegurar a presença de
veículos da marca Mercedes-Benz nas
frotas do Distrito Federal. São profis-
sionais que atuam, ainda, como agentes
facilitadores no contato com órgãos
gestores, agentes financeiros e empre-
sas encarroçadoras de ônibus.
José Augusto Pinheiro explica que
todas as exigências foram atendidas em
tempo recorde. A tarefa foi facilitada
pelo excelente nível de preparação do
pessoal da revenda, inclusive na área
de ônibus, em que o concessionário se
destaca há muitos anos.
A diretora de Marketing e Desenvol-
vimento da Rede de Concessionários
Mercedes-Benz, Tânia Silvestri, que
comanda a implantação do projeto,
informou que o ano 2005 está sendo
fechado com unidades Center Bus
instaladas em 23 concessionários da
marca. Todos eles estão localizados em
estados com forte representatividade
nas vendas de ônibus. A inauguração
do primeiro Center Bus ocorreu em abril,
em Minas Gerais.
A adoção do novo conceito teve
origem na avaliação, feita pela mon-
tadora, das necessidades específicas
dos frotistas de ônibus. Não foi difícil
constatar que o perfil desses frotistas
é reconhecidamente diferente do perfil
dos frotistas de caminhão. Embora o
fabricante e o concessionário sejam os
mesmos, concluiu-se que esse tipo de
cliente precisa receber tratamento
diferenciado. Por sua vez, a montadora
e o concessionário devem acompanhar,
em suas diversas fases, o ciclo de vida
dos ônibus vendidos a esses frotistas.
“A fidelidade do cliente é o principal
objetivo”, explica Tânia Silvestri. Gilson Mansur, Marcos Paraíso, José Augusto Pinheiro e sua esposa, Conceição Pinheiro.
Arnaldo Teixeira, gerente nacional de Vendas de Ônibus da DaimlerChrysler, o empresário
José Augusto Pinheiro e sua esposa, Conceição Pinheiro.
Na solenidade de inauguração do Center Bus, Gilson Mansur,
diretor de Vendas de Veículos Comerciais da DaimlerChrysler,
e José Augusto Pinheiro, presidente do Grupo Real Expresso.
44 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
O mundo do ônibusO mundo do ônibusO mundo do ônibusO mundo do ônibusO mundo do ônibusem Kortrijk
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Super high-decker Jonckheere SHD 140-430XE/480XE: o melhor lançamento da Bus World.44 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
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Cláudio Nelson
C. Rodrigues de Abreu
Diretor da Viação
Santa Cruz e da ABRATI
De Kortrijk, Bélgica
De 21 a 26 de outubro, mais de 20
países, entre eles o Brasil, mos-
traram em Kortrijk, na Bélgica, seus
produtos voltados ao transporte rodoviário
e urbano de passageiros, principalmente
ônibus e chassis. O cenário, mais uma
vez, foi a Bus World, tradicional exposição
bienal realizada em anos ímpares. Em
uma área de mais de 41.000 m2, 314
expositores, sendo 48 fabricantes de
chassis e/ou carroçarias, receberam um
público superior a 25.000 pessoas,
provenientes de mais de 107 países.
O Brasil foi representado pela Marco-
polo, que levou à feira produtos da sua
unidade portuguesa, e pela Dini Têxtil,
fabricante de tecidos para poltronas de
ônibus.
Neste ano não houve muitos lan-
çamentos, talvez pelo enorme custo que
eles exigem. De qualquer forma, os
visitantes puderam apreciar um verdadeiro
show de eletrônica embarcada; muitos
itens até agora disponíveis como opcionais
transformaram-se em equipamentos de
série. Estão nesse caso as altas
tecnologias EBS-Electronic Braking System,
BA-Braking Assist, ASR-Acceleration Skid
Control, ESP-Electronic Stability Program,
ACC-Adaptive Cruise Control, LGS-Lane
Guard System e Proximity Control.
Ficou nítida, também, a preocupação
de muitos fabricantes de motores em
demonstrar que já estão perfeitamente
preparados para quando entrar em vigor
a norma Euro IV, que fixa níveis de
emissão de poluentes mais baixos a partir
de 1º de outubro de 2006. Vários deles
destacaram o fato de terem conseguido
manter o peso do motor Euro IV na
comparação com o motor Euro III.
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46 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
O novo Travego, com faróis e lanternas traseiras
reestilizados, atraiu as atenções para o estande da
Mercedes-Benz. O modelo anterior desse rodoviário
havia sido lançado em 1999. Foram mostrados dois
ônibus: um do modelo 15 RHD e outro do modelo
M, 16 RHD. Além deles, um Citaro LE low-entry e
um minibus Sprinter 6 toneladas.
A linha Travego passou a ser fabricada na
Turquia, ao lado do Tourismo. O Tourino continua a
ser fabricado em Portugal, pela Salvador Caetano.
Destaque-se que no novo Travego aumentou o
espaço para o motorista, facilitando inclusive o ajuste
de sua poltrona. Também melhorou a disposição
dos instrumentos no painel, que ficou mais
ergonômico. Na frente, os degraus passaram a ser
mais largos, melhorando o acesso dos passageiros.
Um detalhe importante é que os novos ônibus estão
300 kg mais leves, com vistas inclusive à economia
Novo Travego, uma das novidades da Mercedes-Benzde combustível. A preocupação em reduzir o peso é um exemplo
interessante que poderia ser seguido mundialmente.
Todos os modelos da Mercedes-Benz estavam equipados com motores
Euro IV, utilizando o que a montadora denomina de BlueTec Diesel, um
sistema baseado na tecnologia SCR-Selective Catalytic Reduction, que
necessita de aditivo para atender aos níveis de emissão.
Na foto superior, o Midibus Tourino. Acima, o rodoviário Tourismo RHD, fabricado na Turquia.
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SETRA mostra oComfortClass 400
A SETRA, controlada da Mercedes-
Benz, apresentou sete veículos: dois
TopClass 400 (sendo um double-decker
com a opção de vidro no teto na parte
central, no sentido longitudinal), dois
ComfortClass 400, dois MultiClass
400 e um MultiClass 300. Os TopClass
são próprios para o turismo sofis-
ticado; os ComfortClass são utilizados em turismo e/ou linhas;
e os MultiClass (série 400 ou 300) são próprios para linhas
suburbanas ou metropolitanas. A novidade foi o lançamento
dos novos MultiClass 400, com comprimentos de 12,20 m e
14,05 m (este, com três eixos). Serão oferecidas ainda versões
com 10,80 m e 14,98 m.
Toda a linha Setra tem motores Mercedes-Benz Euro IV,
BlueTec Diesel, que utiliza a tecnologia SCR-Selective Catalytic
Reduction. O tanque para o aditivo AdBlue tem 44 litros.
Faróis e lanternas reestilizados tornaram ainda mais atraente o visual do Travego.
Além do diesel, o reabastecimento
do ônibus MultiClass 400, da Setra,
necessita do aditivo AdBlue. Pelo menos
por enquanto, alguns motores Euro IV
exigem o uso de aditivo para poderem
atender aos limites de emissão exigíveis a
partir de outubro de 2006.
Ressalte-se a atenção dada ao conforto do motorista: no caso
dos MultiClass 400, por exemplo, o cockpit foi redesenhado,
como também o painel, onde fica localizado o joystick da
caixa de câmbio automática.
Inequivocamente, os Setra continuam com sua perso-
nalidade própria. Impressiona o cuidado no acabamento, nos
detalhes etc. Os mais antigos diriam que os Setra são os
Rolls-Royce dos ônibus; os mais modernos poderiam dizer que
são os Maybach, automóveis que são o luxo do luxo.
O Setra TopClass 400 double-decker: com acabamento primoroso e próprio para turismo.
48 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
Motor Scania EuroIV dispensa aditivo
Entre as montadoras, a Scania foi a que
teve o estande mais completo da feira.
Apresentou três ônibus rodoviários: um K-420,
com carroçaria Irizar PB; um K-380, com
carroçaria Irizar Century; e um K-310, com
carroçaria Irizar Intercentury. Mostrou também
um chassi de ônibus rodoviário K-420 EB 6x2,
com o terceiro eixo direcional e freios a disco,
e um ônibus suburbano K-310 OmniLink, low-
entry. Apresentou ainda um motor.
A montadora foi a que melhor se comunicou
com o público, graças a um show, que se repetia
a intervalos regulares, combinado com um filmeSuburbano OmniLink K-310, low-entry, novidade da Scania.
O Irizar PB foi mostrado já rodando com o motor Euro IV desenvolvido pela Scania.
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Rodoviário Scania K-380 com carroçaria Irizar Century.
No OmniLink K-310, low-entry, o motor Euro IV não requer utilização de aditivo.
Na foto abaixo, o chassi Scania K-420 EB 6x2 com terceiro eixo direcional.
cujo protagonista (o motorista) aparecia
na platéia e interagia com uma partner
ali sentada, passando ambos a discorrer
sobre as qualidades dos chassis Scania,
incluindo sua dirigibilidade, considerada
um “prêmio” para o motorista.
Com o slogan just add Diesel, a
Scania destacou a grande vantagem
competitiva dos seus motores da
geração Euro IV (exigidos na Europa a
partir de 1º/10/2006), que não
precisam de aditivo (genericamente
chamado de AdBlue) para atingir o nível
adequado de emissão.
Por meio da tecnologia EGR-Exhaust
Gas Recirculation, a Scania conseguiu,
sem ter de recorrer ao aditivo, atingir
os níveis de emissão de poluentes para
atender à norma Euro IV. E foi além, já
que atende também à Euro V, que
estará sendo exigida na Europa a partir
de 1º/10/2009).
Desta forma, o EGR também não
torna necessário um tanque extra para
o aditivo ao diesel, o que, no mínimo,
simplifica a operação de reabas-
tecimento. Para que se tenha uma idéia
da importância dessa tecnologia, basta
lembrar que somente a MAN, até agora,
conseguiu fabricar motores Euro IV que
não precisam de aditivo.
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 49
50 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
Motivo de satisfação para os
brasileiros, para os quais foi um “ponto
de apoio” amigo dentro da Bus World,
a Marcopolo lançou o rodoviário top de
linha Viaggio III modelo 370 (com 12,80
m de comprimento e 3,70 m de altura),
montado sobre chassi Volvo B12R. O
ônibus incorporou uma série de
melhoramentos em relação ao modelo
anterior, inclusive um novo conjunto
óptico (que o aproxima do modelo
brasileiro) e novas lanternas traseiras.
Detalhe importante, a estrutura é de
aço inoxidável, que, além de assegurar
vida útil maior, tem menor peso.
Existem ainda as versões do Viaggio
modelos 350 e 330.
Foi lançada também a carroçaria do
suburbano Ideale, montado sobre chassi
Scania K-114, com 12,25 m de com-
primento e 3,17 m de altura (medida
sem ar condicionado). Haverá ainda uma
versão com 8,80 m de comprimento e
3,20 m de altura, a ser montada sobre
chassi midibus ou equivalente. O Ideale
será igualmente lançado no Brasil.
Além desses, a Marcopolo apre-
sentou o urbano Viale low-floor com
12,00 m de comprimento e 3,02 m de
A Marcopolo aumenta suas opções para a Europa
Produzida pela Marcopolo em Portugal, a linha
rodoviária Viaggio recebeu vários melhoramentos.
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Novas lanternas traseiras, uma das novidades apresentadas no Viaggio III.
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altura, montado sobre chassi MAN 18.220
HOCL e direção do lado direito, para
concorrer no mercado inglês. Também foi
exposto um microônibus Sênior com 7,69
m de comprimento e 3,00 m de altura,
montado sobre chassi Iveco 65C17.
A Marcopolo espera alcançar em 2005
uma produção total de 16.500 carroçarias,
ou mais 3,5% do que em 2004. Cerca de
9.000 unidades deverão ser comercializadas
no Brasil. Na planta de Portugal, a
expectativa é de produzir 250 carroçarias
este ano, ou mais 30% em relação a 2004.
A joint-venture com a Iveco na CBC
chinesa chegou ao fim, mas a encar-
roçadora brasileira está perto de formar uma
parceria com a Russian Buses, que reúne
as marcas Liaz, Paz, Kavz e Golaz. Segundo
o último dado disponível, a Russian Buses
produziu 3.517 ônibus no primeiro trimestre
de 2005.
Em data ainda não divulgada, o Ideale será lançado também no mercado brasileiro.
O urbano Viale passou a ser low-floor: mais praticidade e conforto para o usuário.
O presidente da Marcopolo, Paulo Bellini (à esquerda), e o vice-presidente, José
Antonio Martins (centro), concederam entrevista coletiva à imprensa internacional.
52 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
VDL impressionacom high-decker
A VDL apresentou o que conside-
ramos o melhor lançamento da feira: o
super high-decker Jonckheere SHD 140-
430XE/480XE, ônibus com 13,97 m de
comprimento e 3,82 m de altura. A
largura segue o padrão europeu, de 2,55
m. Totalmente novo, o ônibus impressiona
pela leveza das linhas. A frente e a traseira
poderiam ser definidas como clean.
Com janelas amplas e uma visão
panorâmica à frente, graças às
generosas dimensões do pára-brisa, o
salão de passageiros proporciona uma
agradável sensação de espaço. Luzes
de leitura individuais com leds oferecem
iluminação perfeita, tipo luz do dia.
No caso do veículo exibido, a
carroçaria foi montada sobre chassi DAF
6x2 (a DAF Ônibus foi incorporada há
anos pelo VDL Groep), com motor DAF
de 483 hp. Existe a possibilidade de
equipá-lo com motores Volvo de 380 e
420 hp (caso em que a denominação
do ônibus é SHV 134-380/420) ou com
motores Scania também de 380 e 420
hp (nesse caso a denominação passa a
ser SHS 134-380/420). Existirão
versões de dois eixos também.
O SHD estará disponível para o
mercado em 2006, quando a Jonckheere
vai completar 125 anos de fundação.
Em 1998, a empresa passou a pertencer
ao VDL Groep.
Além da Jonckheere, a Unidade de
Negócios Ônibus Rodoviários e Urbanos
do VDL Groep detém as tradicionais
marcas Berkhof e Bova. Ela apresentou
no seu estande vários veículos, entre
eles um Bova modelo Futura FHD 14-
340XE Magnum, dotado de poltronas-
cama do tipo beliche. Além dos ônibus
prontos, foi mostrado o chassi SB-200
Euro IV para midibus.
Pouco conhecido no Brasil, o VDL
Groep tem sede em Eindhoven, na Holan-
da. Opera nada menos que 67 subsi-
diárias, em 16 países; emprega mais de
5.200 pessoas e, no primeiro semestre
deste ano, obteve receita consolidada de
586 milhões de euros (mais 20,6% sobre
2004) e um lucro líquido de 25,8 milhões
de euros (mais 22,3% sobre 2004).
O Bova Futura HD 14-340XE Magnum: visual famoso.
Super high-decker Jonckheere SHD 140-430XE/480XE: o melhor lançamento da feira.
Salão de passageiros do Futura HD Magnum: poltronas-cama do tipo beliche.
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REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 53
Hispano apresenta oDivo Touring renovado
O ônibus rodoviário Divo Touring, da Hispano, com
12,00 m de comprimento e 3,50 m de altura, foi
reestilizado. Sua frente tornou-se clean e o conjunto óptico
é inovador. Ao apresentá-lo, a encarroçadora destacou o
baixo coeficiente aerodinâmico do ônibus (CX: 0.349),
fator de economia de combustível, redução de ruído e
melhor estabilidade nas rodovias.
A presença da Hispano na Bus World era cercada de
expectativa por parte dos profissionais do meio, por ser a
primeira vez que ela aparecia numa exposição internacional
após a aliança – vista inicialmente como estratégica –
firmada com o grupo indiano Tata, quinto maior do mundo
na fabricação de veículos comerciais médios e pesados.
Considerada a maior fabricante de carroçarias de ônibus
rodoviários e urbanos da Europa e do Norte da África, a
A Noge reapresentou o que mais parece ser um ônibus-
conceito, muito bem acabado, com design muito arrojado,
o Titanium. Tem 12,80 m de comprimento e 3,70 m de
altura, e foi lançado na FIAA, em Madrid, no ano passado.
Destaca-se a grade central na dianteira, tipo “radiador de
Alfa-Romeo”, que chama muito a atenção. Na traseira, a
tampa do motor abre-se como duas portas, verticalmente,
possibilitando acesso total ao compartimento do motor.
Hispano exporta cerca de 50% da sua produção para 60
países. De certa forma, a parceria com a Tata surpreendeu
o mercado, mostrando que esse grupo – com receita de
US$ 17,8 bilhões em 2004 – pretende estar preparado
para enfrentar concorrentes como a Volvo, por exemplo,
na Índia. A Tata adquiriu 21% da Hispano e tem opção
para adquirir mais 79%.
Sem dúvida, isso pode ser uma enorme vantagem, em termos de
praticidade e ganho de tempo. Mas pode ser um problema também:
como não há pára-choque, qualquer pequena colisão na traseira
implicará a necessidade de trocar uma ou até as duas portas, o que
encarece a manutenção.
A Noge mostrou ainda a carroçaria Touring, com 12,00 m de
comprimento e 3,70 m de altura, e que nos pareceu mais bonita
por ter uma frente mais discreta.
A Noge insiste com o criativo e arrojado Titanium
O Divo Touring: baixo coeficiente aerodinâmico.
O design moderno e ousado do Titanium: vantagens e desvantagens. O modelo Touring, também da Noge.
54 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
A TEMSA, maior fabricante turco de
ônibus e midibus rodoviários, controlada
pela Sambac1 Holding (receita de US$
8,6 bilhões em 2004, com lucro líquido
de US$ 540 milhões), apresentou um
estande muito bem montado, com
extensa variedade de produtos. Dentre
eles, os high deckers top de linha Diamond
14, com 13,97 m de comprimento e 3,89
m de altura; o Safari HD 13 (lan-
çamento, com 12,80 m de comprimento
e 3,61 m de altura); o Tourmalin 13
(lançamento, com 12,80 m de com-
primento e 3,05 m de altura) e o
midibus Opalin 9 (8,39 m de com-
primento e 2,30 m de largura).
A Beulas, encarroçadora espanhola
de pequeno porte (200 unidades por
ano), mas com produtos muito bem
acabados, quase que artesanalmente,
apresentou o rodoviário Cygnus, seu top
de linha, e o midibus Midi-Star.
Outra empresa espanhola, a Ayats,
que completa 100 anos de fundação
em 2005, mostrou três ônibus: um
double-decker e um high-decker, ambos
rodoviários, e um double-decker sem
teto, especial para sight-seeing.
Já a Van Hool, tradicional empresa
belga, mostrou enorme variedade de
produtos: oito ônibus rodoviários e três
urbanos, todos incorporando os mais
recentes avanços da tecnologia embar-
cada, mas sem modificações drásticas
na construção e no design. O argumento
(que parece típico de quem está seguro
de sua participação no mercado) é que
isso somente contribui para a depre-
ciação visual da frota.
SUCCESSOR
A Volvo mostrou dois ônibus
rodoviários modelo 9700 e dois urbanos
Modelos paratodos os gostos
No estande da encarroçadora portuguesa Salvador Caetano o destaque foi a
carroçaria rodoviária Winner sobre chassi Volvo B-12B, com motor de 420 hp,
nas cores da empresa inglesa National Express, razão pela qual a direção
estava do lado direito e a porta, larga, do lado esquerdo. O comprimento é de
12,58 m e a altura, de 3,70 m. Um detalhe era o WC bastante amplo.
Interessante a apresentação do Winner justamente nas cores da National
Express, empresa que acabou de assumir o controle acionário do Grupo Alsa.
O Grupo Alsa opera uma frota com cerca de 1.400 ônibus na Espanha, em
Portugal e no Marrocos (tem veículos também no Chile e na China, porém
essas operações não entraram no negócio, continuando sob o controle dos
fundadores e controladores, a família Cosmen). O Grupo Alsa tem 3.100
empregados e em 2004 obteve uma receita de 318,5 milhões de euros, ou
cerca de 219 milhões de libras. O Grupo National Express opera no Reino
Unido e nos Estados Unidos. Sua frota é de 9.300 ônibus; o grupo tem 43.000
empregados (incluídos aqueles das ferrovias que opera na Inglaterra). Em 2004,
obteve uma receita consolidada de 2,56 bilhões de libras (equivalentes a 3,75
bilhões de euros). A compra da Alsa custou 262 milhões de libras (equivalentes
a 381 milhões de euros) ao Grupo National Express e envolveu troca de ações
também (a família Cosmen passará a deter 9,9% do capital do grupo). O
interesse do Grupo National Express na Alsa, além de ganhar escala, pode
estar também num melhor posicionamento para disputar a privatização das
operações ferroviárias da Espanha, que deve começar em dois anos. No paralelo,
dentro da Bus World havia pessoas que lembravam ser a Alsa um grande
cliente da Mercedes-Benz/Setra. Agora, com a mudança de controle, especula-
se se isso poderá facilitar a entrada da Mercedez-Benz/Setra na National Express
ou, ao contrário, se a Volvo e a Scania (com forte presença na empresa inglesa)
passarão a integrar a frota da Alsa.
Winner vai rodar no Reino UnidoO Winner: direção do lado direito e entrada pelo lado esquerdo.
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REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 55
Starliner SHD, da Neoplan: design arrojado, mas o teto de vidro fumê na frente é questionável.
modelo 8700, low-entry (um deles
articulado), além do Successor, modelo
9900, para 2006, com salão em
anfiteatro. Para atender à norma Euro
IV, a Volvo adotou a tecnologia SCR –
Selective Catalytic Reduction –, que
utiliza o AdBlue. Os tanques do AdBlue
podem ser de 40 e 60 litros. No caso
de um ônibus com consumo médio de
2,5 a 3,3 km/litro de diesel e um tanque
de 40 litros do AdBlue, o reabas-
tecimento com o aditivo será entre
2.500 e 3.000 km.
A Xiamen King Long, fundada em
1988, apresentou-se como uma das
maiores fabricantes de ônibus rodo-
viários e urbanos da China em 2004.
Produz de midibuses a double-deckers.
Chama a atenção dos profissionais do
meio a enorme semelhança de vários
dos seus ônibus com a frente (mais
especificamente, o conjunto óptico) e
a traseira dos Irizar PB e Century. No
portfólio da empresa aparece também
um double-decker (não estava na feira)
muito semelhante ao double-decker
TopClass da Setra. No primeiro semestre
de 2005, a King Long fabricou 3.477
veículos, entre ônibus médios e pesados
(de um total de 17.050). Via preço,
poderá vir a se tornar um competidor
na Europa.
ÔNIBUS DO ANO
Empresa polonesa, originariamente
uma filial da Neoplan, a Solaris é hoje
totalmente independente. Na Bus World,
mostrou sua linha de ônibus urbanos
Urbino, Trollino (um trólebus) e Urbino
Low-Entry. Produz também um rodo-
viário de 12,00 m ou 13,00 m de
comprimento denominado Vacanza.
A Sunsundegui apresentou a car-
roçaria Sideral 2000, sobre chassi
Volvo B12B, com 12,80 m de com-
primento e 3,60 m de altura.
Dois modelos foram exibidos pela
encarroçadora espanhola UNVI: um
midibus rodoviário Cimo II MD sobre
chassi M-Benz Atego 1523 (por conta
do motor dianteiro, para que o piso do
salão de passageiros ficasse plano foi
necessário colocar muitos degraus para
o acesso) e um midibus urbano, low-
entry, modelo Urbis 2.4, sobre chassi
MAN, modelo 12.220 HOCL.
A MAN e a Neoplan apresentaram
grande variedade de rodoviários e
urbanos, dos mais simples aos mais
luxuosos, como o high decker Neoplan
Starliner SHD, Coach of The Year, com
design arrojado, acabamento interno
primoroso e muita eletrônica embar-
cada. Questionável, a nosso ver, o teto
de vidro fumê na dianteira, sobre o
motorista, dada a enorme probabilidade
de os raios solares incomodarem
bastante, apesar do ar condicionado. O
ônibus tem 12,99 m de comprimento,
3,96 m de altura e terceiro eixo
direcional. O motor é um MAN Euro III
de 480 hp, e a caixa de câmbio,
automática.
Como se sabe, a Irisbus é hoje um
grupo 100% controlado pela Iveco.
Incorporou fabricantes importantes de
ônibus, como a Renault (a divisão
caminhões da Renault foi adquirida pela
Volvo), Ikarus e Heuliez. Em 2004,
suas vendas foram de 8.262 unidades,
entre chassis e ônibus integrais, com
receita de 1,217 bilhão de euros. No
seu estande, estavam, entre outros, o
rodoviário top de linha Evadys e o midibus
rodoviário Midys.
Cygnus mantém o acabamento artesanal.
O high-decker Diamond 14, da TEMSA.
O Successor: no mercado em 2006.
56 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
ontadoraM
Scania festeja outro anode bons resultados
Os números mostram que, em
comparação com o excepcional
desempenho de 2004, a Scania
alcançou em 2005 resultados um pouco
mais modestos, principalmente em
função da retração de 15% registrada
no conjunto do mercado interno de
caminhões. Mesmo assim, o balanço
final foi impressionante, notadamente
no segmento de ônibus.
O lançamento do modelo K 310,
ocorrido logo em janeiro, ajudou a
potencializar as vendas, acredita
Holgersson. “Com ele disponibilizamos
para o empresário brasileiro o veículo
ideal para curtas e médias distâncias,
com o maior torque do mercado nacional
para esta aplicação.”
Em almoço que marcou a despedida do executivo Hans-Christer Holgersson da presidência
da Scania Latin America, em São Bernardo do Campo, a montadora apresentou um balanço
de seu excelente desempenho no período de janeiro a outubro de 2005.
O executivo acha que a realização
de mais uma bem-sucedida campanha
de marketing de relacionamento da
Scania no Brasil também pesou
bastante. “Recuperamos clientes que
não compravam há muito tempo e con-
quistamos novos compradores”,
explica.
Assinala, ainda, que todos os
grandes operadores do transporte rodo-
viário de passageiros do país realizaram
suas compras anuais com a Scania em
2005. Como resultado, até outubro, as
vendas estavam quase 60% acima do
desempenho da montadora no período
equivalente de 2004, com mais de 800
unidades comercializadas. Enquanto
isso, o crescimento do mercado
nacional havia sido de 24% até então.
Os bons resultados continuaram nos
três últimos meses do ano, fazendo que
a empresa se aproximasse rapidamente
de seu melhor resultado em vendas de
ônibus dos últimos cinco anos no Brasil,
com quase 1.000 unidades anuais.
CAMINHÕES
No segmento de caminhões, os
resultados consolidados até outubro
mostraram que o mercado total absorveu
pouco menos de 18 mil unidades. No
mercado geral houve, portanto, uma
redução aproximada de 3 mil unidades
em comparação com o mesmo período
de 2004. Mesmo nesse cenário, a
Scania defendeu bem a sua posição no
mercado e ainda conseguiu
crescer um pouco, atingindo
24,5% de participação. E,
com isso, manteve-se na
liderança do acumulado.
Na avaliação de Hans-
Christer Holgersson, o presi-
dente que se despede, “se o
mercado brasileiro de cami-
nhões pesados deu uma
diminuída no ritmo, influen-
ciado pela queda observada no
agronegócio, isso não tira o
brilho de um ano inteiro de
trabalho”.
Ele nota que a Scania teve
crescimento de volumes nasHans-Chryster Holgersson vai para a Suécia. Michel de Lambert assume a Scania Latin America.
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REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005 57
vendas de caminhões em vários países
da América Latina. Na Argentina, foram
52% a mais que em 2004, no acumu-
lado de janeiro a outubro. Isso, em
números, quer dizer que as vendas
saltaram de 776 para 1.180 cami-
nhões.
No Chile, foram 77% a mais,
totalizando 486 caminhões no mesmo
período frente a 274 do ano passado.
E no Peru, partindo dos 39 caminhões
vendidos de janeiro a outubro de 2004,
a Scania chegou a 125 em igual período
deste ano, crescendo 220%.
BOM TRABALHO
Dessa forma, Holgersson era um
executivo satisfeito ao conversar com
os jornalistas em seus últimos dias na
presidência da Scania Latin America.
“Mesmo com as crises políticas,
tivemos um ano muito bom e eu, parti-
cularmente, sinto a sensação do tra-
balho bem feito.” Deixando o cargo no
fim de dezembro, ele volta à Suécia para
assumir a vice-presidência mundial de
Vendas e Serviços da companhia.
Foram quatro anos como presi-
dente, que, somados aos períodos em
que esteve à frente da Scania na
Argentina e quando integrou, na década
de 80, o departamento financeiro da
Scania no Brasil, totalizam onze anos.
Como presidente, ele enfrentou um de
seus maiores desafios, em 2002,
quando determinou um reajuste de 25%
nos preços da montadora, considerado
imprescindível para a recuperação da
rentabilidade. Em conseqüência, as
vendas caíram e a empresa perdeu a
liderança em caminhões pesados, só
recuperada dois anos depois.
Holgersson acha que a transição
para Lambert está sendo feita com
sucesso: “Encerro meu ciclo como
presidente da Scania para a América
Latina e deixo o lugar para meu colega
Michel de Lambert, que assume a partir
de janeiro de 2006. Tenho a certeza de
que ele levará adiante as conquistas da
empresa nesses últimos anos”.
Michel de Lambert é engenheiro e
nasceu na França. Como seu ante-
cessor, foi contratado para ocupar a
presidência da Scania no Brasil e na
América Latina. Ele vem da Bombar-
dier, onde trabalhou no projeto da linha
ferroviária entre Paris e Londres.
Ao assumir a vice-presidência
mundial de Vendas e Serviços da
Scania, Hans-Christer Holgersson vai
atuar, junto com todas as unidades
comerciais da Scania, nos mais de 100
mercados da companhia, o que inclui,
logicamente, a área que passou a
conhecer melhor, a América Latina.
Em São Paulo, Hans-Christer
Holgersson foi homenageado com
o prêmio Autodata 2005 – Tributo
Especial, na cerimônia de entrega
dos prêmios Autodata – Os
Melhores do Setor Automotivo
2005. A Scania também recebeu
o prêmio Melhor Veículo Ônibus,
com o produto K 310, lançado
em janeiro deste ano. O gerente
de Vendas Ônibus, Wilson Perei-
ra, recebeu o prêmio.
Na homenagem a Hans-
Christer Holgersson, os editores
da Autodata ressaltaram a contri-
buição do presidente da Scania
Latin America na análise do
cenário econômico brasileiro,
tendo ele contribuído com os
jornalistas para a realização de
matérias mais aprofundadas
sobre o setor automotivo. O
prêmio também foi entregue a
Holgersson como reconhecimento
pela sua gestão à frente da
Scania.
Hans-ChrysterHolgersson éhomenageado
58 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
piniãoO
58 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2005
Ohomem está sempre procurando
novos horizontes, novas oportu-
nidades em lugares onde possa se
adaptar, construir riqueza e provocar o
desenvolvimento.
Essa movimentação é fundamental
para a saúde de uma sociedade e nossa
Constituição reconhece e garante esse
direito. Dessa forma o transporte, que
promove essa movimentação, é um
serviço essencial.
Mais de 90% da população brasi-
leira viajam de ônibus. E, embora o
modal rodoviário não tenha obtido a
Ronaldo Fassarella
Superintendente da Viação Itapemirim
Júl
io F
erna
ndes
O papel social do transporterodoviário de passageiros
merecida atenção do setor público, os
empresários do setor superam as
dificuldades com criatividade e conse-
guem alcançar e manter a eficiência.
Oferecem serviços de qualidade
reconhecida pela fidelidade de seus
passageiros, até mesmo em tempos de
promoções efetuadas pelo setor aéreo.
Sem subsídios, sem benefícios
fiscais, sem regras claras que sus-
tentem e mantenham os investimentos
no setor, sem contar com uma apre-
sentação de planejamento de cons-
trução e manutenção de rodovias consis-
tente e em curto prazo, o setor rodoviá-
rio continua fiel a sua tradição cum-
prindo seu papel dentro dos padrões da
legislação e surpreendendo positivamen-
te as expectativas de seus usuários.
Os brasileiros, ao abastecerem seus
veículos, pagam a CIDE – Contribuição
de Intervenção sobre o Domínio
Econômico – imposto que já arrecadou
cerca de R$ 5,7 bilhões de reais e
que teria 80% dessa arrecadação
destinados à manutenção e reforma das
rodovias brasileiras. No entanto, esse
repasse não foi efetuado.
Com certeza os empresários do
setor trabalham com responsabilidade
e priorizam a qualidade do serviço que
executam. Com certeza estão cum-
prindo todas as obrigações, mesmo não
tendo do poder concedente qualquer tipo
de incentivo para os investimentos tão
necessários para o setor.
A precariedade das estradas, a
circulação de ônibus clandestinos, a
ausência de uma política séria de
segurança pública são fatores que
prejudicam e desgastam a imagem do
setor. E a responsabilidade recai sempre
sobre as empresas regulares, que
investem em treinamento para os seus
funcionários e na manutenção adequada
e rigorosa de suas frotas.
As dificuldades não são poucas.
Mas não iremos nos entregar ao
desânimo ou ao protesto pelo protesto.
Mais do que nunca estamos arrega-
çando as mangas e vamos trabalhar,
como sempre, da melhor forma possível
para continuar oferecendo um serviço
com a excelência a que os nossos
usuários já se habituaram.
Temos um compromisso ali, no
próximo horário, em alguma rodoviária.
Sempre há um passageiro para ser
levado ao seu destino, em busca de
melhores condições de vida, de encontro
familiar e amigo, de sorte, de merecido
descanso e lazer.
Há muitas décadas levamos e
trazemos essas pessoas, integramos
as culturas do nosso país e fomen-
tamos desenvolvimento ao movimentar
livremente a mão-de-obra, e assim
viabilizamos mecanismos de descon-
centração de renda, contribuindo para
o equilíbrio social.
Continuaremos lutando para que o
Estado reconheça que construímos um
dos melhores sistemas de transporte
rodoviário do mundo e finalmente nos
ofereça a mesma contrapartida propor-
cionada aos outros setores da economia.
Enquanto isso, vamos continuar
contribuindo e respeitando o direito de
ir e vir – em boas viagens – da população
brasileira.
O direito de ir e virfaz parte da históriada humanidade.