retrocesso³s aprovação do plano de lutas e a eleição da nova dire-ção para o período...

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www.bancariosbahia.org.br bancariosbahia bancariosbahia Filiado à O BANCÁRIO O único jornal diário dos movimentos sociais no país ENCONTRO ESTADUAL DOS BANCOS PÚBLICOS DIA 17 DE JUNHO, ÀS 9h, NO SINDICATO Edição Diária 7227 | Salvador, quarta-feira, 07.06.2017 Presidente Augusto Vasconcelos RETROCESSO Ação da Caixa julgada hoje Sábado tem Forró dos Bancários Página 2 Página 4 A terceirização e as reformas neoliberais do governo Temer, que mudam o sistema de pensões e aposentadoria e alteram a legislação trabalhista, colocam em risco as Direitos violados. Temer exagera relações de trabalho, os direitos e as normas da OIT. Se antes o Brasil era exemplo de políticas públicas e redução das desigualdades, agora é só retrocesso. Página 3 Trabalhadores não aceitam o projeto neoliberal. Contra o retrocesso, tem greve geral no dia 30 Reação para barrar as reformas do governo MILENA AUREA - A CIDADE

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Page 1: RETROCESSO³s aprovação do plano de lutas e a eleição da nova dire-ção para o período 2017-2021. O tema do Congresso é Democracia, Resistência e a Luta. Um ato político será

www.bancariosbahia.org.br bancariosbahia bancariosbahia

Filiado à

O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país

ENCONTRO ESTADUAL DOS BANCOS PÚBLICOSDIA 17 DE JUNHO, ÀS 9h, NO SINDICATO

Edição Diária 7227 | Salvador, quarta-feira, 07.06.2017 Presidente Augusto Vasconcelos

RETROCESSO

Ação da Caixa julgada hoje

Sábado tem Forró dos Bancários

Página 2

Página 4

A terceirização e as reformas neoliberais do governo Temer, que mudam o sistema de pensões e aposentadoria e alteram a legislação trabalhista, colocam em risco as

Direitos violados.Temer exagera

relações de trabalho, os direitos e as normas da OIT. Se antes o Brasil era exemplo de políticas públicas e redução das desigualdades, agora é só retrocesso. Página 3

Trabalhadores não aceitam o projeto neoliberal. Contra o retrocesso, tem greve geral no dia 30

Reação para barrar as reformas do governo

Milena aurea - a cidade

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o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quarta-feira, 07.06.20172 CAIxA

A luta na Justiça é pela retomada das contratações AnA BeATRIz [email protected]

Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

O BANCÁRIO

TRT começa a julgar ação

Informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de Imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CeP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - [email protected] responsável: Rogaciano Medeiros - Reg. MTe 879 DRT-BA. Chefe de Reportagem: Rose lima - Reg. MTe 4645 DRT-BA. Repórteres: Ana Beatriz leal - Reg. MTe 4590 DRT-BA e Rafael Barreto. Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Salete Maso. Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

HOJE, a Segunda Turma do Tri-bunal Regional do Trabalho da 10ª Região julga a ACP (Ação Civil Pública), impetrada pelo Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal e no Tocan-tins, contra o congelamento de contratações dos aprovados no concurso público da Caixa, re-alizado em 2014.

O banco descumpriu a cláu-sula 50 do Acordo Coletivo de Trabalho 2014|2015, que previa a contratação de 2 mil empre-gados, o que elevaria o quadro para 103 mil trabalhadores. No entanto, a instituição seguiu o

caminho inverso. O número de bancários teve

queda brusca, através dos PAAs (Planos de Apoio à Aposenta-doria) e PDVE (Plano de De-missão Voluntária Extraordiná-rio). Quase 10 mil funcionários deixaram a Caixa, ampliando a

sobrecarga de trabalho. Desde 2014, a empresa, além

de desrespeitar o acordo, man-tém a postura intransigente. Em negociação, negou diversas vezes a possibilidade de con-tratações, apesar da solidez do banco público.

BahiaAlém de manifestações e di-

versas ações de enfrentamento e cobrança, inclusive na mesa de negociação, o Sindicato dos Bancários da Bahia briga na Justiça pelo cumprimento do Acordo Coletivo.

O Itaú só faz lucrarENTRE os meses de janeiro e março deste ano, o Itaú foi lí-der do segmento de cartões de crédito no Brasil, com 28,9 milhões de clientes. A empresa registrou, em relação ao mesmo período de 2016, um aumento de 7,9% em transações envol-vendo o produto, um montante total de R$ 65,1 bilhões.

No segmento de cartões de débito, que inclui apenas clien-tes correntistas – 25,6 milhões de contas –, o Itaú também vai bem. O valor transacionado al-cançou a marca R$ 23,8 bilhões.

Mesmo com as taxas de lu-cratividade chegando a picos recordes, a direção da organiza-ção financeira cortou 1.652 pos-tos de trabalho, em 12 meses completados em março.

Sindicato paralisa o Bradesco. SegurançaO SINDICATO dos Bancários da Bahia está atento às unida-des bancárias por todo o Estado que tentam infringir as normas federais e abrir mesmo sem vi-gilantes, em greve há 14 dias.

Ontem, a diretoria da enti-dade esteve no Bradesco, anti-go Banebão, no Comércio, para

paralisar as atividades, caso a direção do banco desrespeitasse a segurança dos bancários.

A manifestação ocorreu e deu frutos. Em seguida, a su-perintendência da empresa se comprometeu em não abrir a unidade sem segurança. Pres-são que dá certo.

Congresso da CTBNO fim de semana, aconte-ce o 4º Congresso Estadual da CTB (Central dos Traba-lhadores e Trabalhadoras do Brasil), no Hotel Sol Bahia, Patamares, Salvador.

Os debates começam às 9h de sexta-feira, com a aprova-ção do regimento interno e leitura do documento base para o congresso nacional, e finalizam às 18h do sábado, após aprovação do plano de lutas e a eleição da nova dire-ção para o período 2017-2021.

O tema do Congresso é Democracia, Resistência e a Luta. Um ato político será transmitido ao vivo pela Fanpage da Central, às 18h de sexta.

Sindicato tem feito um forte enfrentamento contra a postura da Caixa, que se nega a cumprir o acordo e contratar os concursados

Sindicato protesta contra desrespeito do Bradesco, sempre intransigente

Manoel porto - arquivo

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o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, quarta-feira, 07.06.2017 3RETROCESSO

Medidas fazem Brasil retroceder e destroçam direitos dos trabalhadoresRAFAel BARReTO [email protected]

Reformas violam as normas da OIT

O gOvERNO neoliberal de Michel Temer descumpre diversas normas internacio-nais da OIT (Organização Internacional do Trabalho), vinculada à ONU. Mas, a mídia aliada não divulga uma linha sobre o as-sunto. Por isso, os movimentos sociais vão à Genebra protestar contra os desrespeitos.

Ao total, são normas presentes em 13 convenções da Organização das Nações Unidas que podem ser infringidas com as reformas de Temer. Com a aprovação da lei das terceirizações e da PEC que congelou os investimentos públicos por 20 anos no país, a Convenção 102 e Recomendação 202 já foram atingidas.

Já a reforma trabalhista, que fere direitos de todos os trabalhadores, inclusive rurais e gestantes, ataca, de uma só vez, oito con-venções reguladas pelo órgão internacional. Para completar, a reforma da Previdência e a lei sobre regularização fundiária rejeitam regras previstas nas leis gerais. Sinal de que está tudo errado.

O documento das centrais sindicais será entregue, em quatro línguas, na segunda--feira, durante a Conferência Internacio-nal do Trabalho, na Suíça. A manifestação ocorre no mesmo dia, na Place des Nations. Quase 90%

querem eleições diretas no paísÉ O SOm que vem das ruas. De acordo com nova pesquisa Vox Populi, 89% dos brasi-leiros desejam eleições diretas para a presi-dência da República para substituir Michel Temer, flagrado em obstrução da Justiça.

Os dados referentes a maio expõem ain-da que o governo do peemedebista já é considerado ruim/péssimo por 75%, per-centual maior do que os 65% da última sondagem, em abril.

Só 3% afirmam que a gestão é boa/óti-ma. No Nordeste, Temer tem a maior rejei-ção, 83%, e, por gênero, as mulheres são as que mais rejeitam o neoliberal conservador (77% contra 73% dos homens).

Os índices evidenciam, com clareza, que o povo brasileiro reivindica a retomada da democracia através do voto. Os direitos dos trabalhadores precisam ser respeitados.

entreguismo afeta a indústria farmacêutica mAIS uma clara evidência da postura neoliberal xiita do go-verno Temer. É o entreguismo do governo Temer, que quer vender o país. Uma das conse-

quências do golpe é privatizar geral. O Ministério da Saúde deixou de comprar remédios a R$ 0,17 da Fiocruz, que é do governo, para pagar R$ 5,19 nos

mesmos medicamentos para uma empresa privada, a Blau Farmacêutica.

O ministro da Saúde, Ricar-do Barros, deixou de comprar

os remédios Alfaepoetina e Ri-bavirina da Fiocruz no segundo semestre de 2016, mesmo com o contrato em vigor, para abrir pregão, em dezembro, e con-tratar a empresa Blau por R$ 109.598.164,20, com o custo uni-tário dos medicamentos 30 vezes mais caro (2.000%) do que o va-lor produzido pela Fiocruz.

A Fundação Oswaldo Cruz começou a produzir, este ano, a matéria-prima para a produção da substância, em uma planta industrial que recebeu um in-vestimento de R$ 478 milhões do governo Dilma, para baratear o custo das medicações em 40%.

Brasil vive um cenário de direitos destruídos

A desaprovação do governo Temer é inegável

Ministério da Saúde desconsidera Fiocruz e compra medicamentos 2.000% mais caros em outro laboratório

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o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quarta-feira, 07.06.20174

SAQUE

FORRó DOS BANCáRIOS

Serão mais de 10 horas de músicano Alto do Andu ReDAçã[email protected]

Arraiá promete

OS BANCáRIOS têm uma boa prévia do São João e podem cur-tir um forró pra lá de animado, sábado, a partir das 20h, na Vila Eco - Alto do Andu. A estrutura é de primeira e com espaço para receber mais de 6 mil bancários e acompanhantes.

As atrações do Forró dos

Bancários são de peso. Adel-mario Coelho, Danniel Vieira, Xote de Anjo, X10 e Colher de Pau vão colocar a galera para dançar até o sol raiar, no do-mingo. E não vai ter descanso. Nos intervalos tem ainda um trio pé de serra. São cerca de 10 horas de música.

O arrasta pé promete ser o maior e melhor dos últimos anos, com transmissão ao vivo de tudo pelo Facebook do Sindicato. Ban-cários sindicalizados têm entrada garantida. Basta apresentar a car-teirinha de associado na entrada ou o contracheque.

estrutura de primeira

O Forró dos Bancários conta-rá com serviço médico com am-bulância, seguranças qualifica-dos, 36 banheiros climatizados femininos e 44 masculinos, lim-peza durante toda a festa, briga-distas e estacionamento privado para mais de 400 carros.

O espaço terá ainda uma pra-ça de alimentação, montada es-pecialmente para o evento, com Food Truck, Food Bike e barra-quinhas típicas com bebidas e comidas para atender aos mais variados gostos.

Se ligue na direção

Os bancários que pensam em tomar um bom licor ou uma cerveja gelada na festa de-vem se ligar na condução.

Álcool e direção não combi-nam. Uma boa pedida é pegar um Uber ou táxi e aproveitar cada minuto do arrasta pé.

Outra opção é juntar um grupo e fazer uma carona soli-dária. Segurança em primeiro lugar. Sempre.

Sorteio no aplicativo

O Sindicato está com uma promoção imperdível. Hoje, acontece o sorteio de cinco pares de convites para o Forró dos Bancários.

Para concorrer, basta baixar o aplicativo do Sin-dicato, disponível para An-droid e IOS, e cruzar os de-dos. Corre que o sorteio já está perto.

Ação SolidáriaUm grupo de bancários

voluntários promove uma bonita ação solidária para ajudar instituições carentes, como o Lar Vida, que abri-ga 120 pessoas, entre crian-ças e adultos, e está em con-dições precárias.

A ajuda faz grande di-ferença. Cada bancário e acompanhante que for ao Forró deve levar 1 kg de ali-mento não perecível. A en-trega acontece na entrada.

Forró conta com cinco atrações e um trio pé

de serra. Sindicato preparou uma

excelente estrutura

Manoel porto - arquivo

NA mESmA Saiu pela culatra mais um tiro do juiz Sér-gio Moro para tentar incriminar Lula. Agora foi o empresário Emílio Odebrecht, que de forma categórica afirmou nunca ter tratado de valores nas reuniões que teve com o ex-presidente. Desarmou a força tarefa da Lava Jato. Resumindo, o Ministé-rio Público e Moro continuam sem provas.

BEm LEmBRADO Às vezes, vale a pena recordar tristes episódios para não deixar que a sociedade esqueça o caráter, ou melhor, o mau caratismo de certas personalidades da vida política brasileira. Por exemplo, na conversa gravada pela PF, o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) confessa para Joesley Friboi que entrou com ação no TSE contra a chapa Dilma-Temer apenas “para encher o saco”. O fato foi lembra-do ontem pela presidenta deposta Dilma Rousseff.

NÃO OFENDE Entre as 82 perguntas que a Polícia Federal enviou ao presidente Temer, sobre a delação de Joesley Fri-boi, tem uma que merece destaque. "Vossa Excelência tem por hábito receber empresários em horários noturnos sem prévio registro em agenda oficial?". Perguntar não ofende.

mAIS SOFRÊNCIA Em artigo publicado no New York Ti-mes, o cientista político Paulo Sérgio Pinheiro, que trabalha para as Nações Unidas na Síria, diz que o sofrimento brasilei-ro não acaba logo. "Sejam quais forem as soluções encontra-das em curto ou longo prazo, a política no Brasil continuará sofrendo instabilidade até que os eleitores consigam expul-sar a liderança política quebrada do país, tanto no Executivo como no Legislativo, e recuperar algum controle de sua de-mocracia".

QUE TRISTEZA "A direita brincou de aprendiz de feiti-ceiro às custas do povo brasileiro". A opinião é do economis-ta, ex-ministro e um dos fundadores do PSDB, Luiz Carlos Bresser Pereira. "Cassado ou não Temer, o país continuará em crise econômica, política e moral. A coalizão de classes financeiro-rentista continuará dominante, o regime liberal de política econômica continuará em vigor, e o Brasil continuará a ficar para trás. Uma tristeza".