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Projeto de Iniciação Científica - Edital 04/2016 PLANO DE TRABALHO DO ESTUDANTE RETRATOS DE MULHERES NEGRAS: dominação, visibilidade e poder feminino no imaginário brasileiro dos séculos XIX e XX Alex Flemming, 1999 Curso de Artes Visuais - Instituto de Artes Universidade Federal de Uberlândia Setembro de 2016

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Projeto de Iniciação Científica - Edital 04/2016

PLANO DE TRABALHO DO ESTUDANTE

RETRATOS DE MULHERES NEGRAS: dominação, visibilidade e poder feminino no

imaginário brasileiro dos séculos XIX e XX

Alex Flemming, 1999

Curso de Artes Visuais - Instituto de Artes

Universidade Federal de Uberlândia

Setembro de 2016

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APRESENTAÇÃO:

As representações visuais (pinturas, fotografias, desenhos, etc) nunca são neutras, mas sim sempre carregadas de sentidos e proposições. Culturalmente construídas, as

imagens carregam e expressam uma série de valores, relativos ao momento histórico que as conformaram. Neste contexto, as representações visuais das mulheres negras no Brasil são altamente sintomáticas dos valores, preconceitos e possibilidades de nossa sociedade,

sendo os modos pelos quais estas mulheres negras foram vistas e retratadas – ou seja: os modos pelos quais foi construída sua imagem – tema de extrema relevância no contexto

atual, permitindo-nos reconstruir uma trajetória que vem da escravidão do século XIX até os dias atuais, quando inúmeros movimentos organizados, tanto em defesa da cultura de origem africana no Brasil, quanto em defesa das mulheres de modo geral, tentam repensar

e reconstruir a visibilidade, a voz e o “lugar de fala” desta figura tantas vezes oprimida. Neste sentido se busca operar um deslocamento positivo: as mulheres negras, hoje,

querem ser as construtoras e tutoras da própria imagem, e não apenas objeto do olhar e de uma construção alheia (e frequentemente manipuladora e opressiva).

É neste contexto que o exame dos retratos das mulheres negras no Brasil nos

permitirá não apenas entender os processos pelos quais se consolidaram os estereótipos negativos quanto a estas (como apenas a da mulher que trabalha no âmbito doméstico, ou

como mero objeto hipersexualizado1), mas também acompanhar e potencializar a desconstrução e superação destes estereótipos, desconstrução esta que já vem sendo realizada na sociedade brasileira, apesar das resistências encontradas, e que tem na

projeção da imagem das mulheres negras um de seus principais campos de batalha.

Albert Eckout? Retrato da Princesa Nzinga? Pintura do séc. XVII

É revelador, neste contexto, que uma pintura como esta acima, que mostra uma

mulher negra de olhar altivo, apoiada em uma espada, seja até hoje pouco pesquisada e conhecida. De possível autoria do artista holandês Albert Eckout, que morou em Recife

1 O termo hipersexualização tem sido amplamente util izado em discussões de Sexualidade e Gênero, principalmente no que concerne a direitos humanos. Segundo Boily e Bouchard (2005): “A hipersexualização é pois um fenômeno que consiste em atribuir caráter sexual a um comportamento ou a

um produto que o não seja”. Na presente escrita o termo é util izado para caracterizar um comportamento da sociedade para com a mulher negra, principalmente no que diz respeito a seu retrato social.

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na segunda metade do século XVII, ela retrata possivelmente a famosa princesa Nzinga,

aliada dos holandeses, que liderou e venceu em Angola importantes batalhas contra os portugueses. A raridade de representações visuais como esta, contudo, é certamente um

tema para ser analisado, na medida em que, de outro lado, proliferaram aos milhares as imagens que reafirmam um lugar submisso para esta mulher negra, como por exemplo, a fotografia do século XIX na qual uma menina branca monta em uma criada negra,

utilizando-a como brinquedo. Imagem que recentemente circulou pelas mídias sociais no âmbito das discussões sobre a ainda atual exploração das mulheres negras no contexto

dos trabalhos domésticos.

Alberto Henschel, 1870

Histórico pelo qual, na contemporaneidade, têm sido variados os esforços, embora

nem sempre bem sucedidos, em se construir uma outra imaginária em torno das mulheres negras. Visando contribuir com esta discussão e com estes esforços é que propomos, aqui, realizar um levantamento iconográfico extensivo dos retratos de mulheres negras no

Brasil entre os séculos XIX e XX, em diferentes suportes (desenho, pintura, gravura, fotografia, etc.), visando, por meio desse levantamento, constituir um Banco de Imagens

Comentadas, que contextualize historicamente, culturalmente e socialmente estas imagens, percebendo as tipologias existentes neste âmbito. Banco de Imagens que certamente servirá a outras pesquisas e discussões, e também como material de apoio

didático e propositivo no âmbito desta reconstrução do imaginário em torno da mulher negra no país.

OBJETIVOS

Geral:

Criar um Banco de Imagens de representações visuais (retratos) de mulheres negras no

Brasil entre os séculos XIX e XX, que possa servir de base para usos didáticos e como fonte de pesquisa.

Objetivos Específicos:

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- Levantar extensivamente, em arquivos históricos, bibliotecas, periódicos e na internet,

“retratos” de mulheres negras realizados no Brasil entre os séculos XIX e XX. - Levantar fontes bibliográficas específicas sobre as imagens, relacionando estas fontes

às imagens em questão. - Analisar e comentar individualmente as imagens levantadas, contextualizando historicamente, culturalmente e socialmente a produção e circulação destas imagens.

- Determinar a existência das diferentes tipologias de retratos de mulheres negras no período proposto.

- Relacionar as imagens levantadas a outros documentos e objetos culturais (musicas, ditos populares, textos literários, etc.), visando a melhor contextualização das mesmas. - Realizar uma análise geral do conjunto das imagens levantadas, através da elaboração

de um texto que possa servir de guia para a consulta ao Banco de Imagens comentadas. - Estabelecer os melhores meios e processos pelos quais o Banco de Imagens comentadas

realizado possa ser consultado por outros interessados e pela comunidade acadêmica e extra-acadêmica.

JUSTIFICATIVA

A presente pesquisa de Iniciação Científica é necessária e pertinente ao momento histórico e social em que vivemos, pois no Brasil, apesar de alguns avanços conquistados nas últimas décadas, ainda há muito que fazer no campo da visibilidade e direito das

mulheres negras. O recorte temporal proposto (séculos XIX e XX) permite uma produtiva análise comparativa, na medida em que trata do período escravocrata (com seus

consequentes estereótipos, como da mulher negra como escrava) mas, também, das transformações operadas no século XX quanto às estas representações, em diferentes e variados contextos. É preciso assim perceber as tipologias e estereótipos em torno desta

representação (quitandeira, mãe preta, objeto sexual, etc.) para que se possam superá-los. Superação para a qual a presente pesquisa pretende contribuir.

O Banco de Imagens Comentadas que será formado através desta pesquisa se constituirá como um acervo imagético e bibliográfico útil de várias maneiras, tanto como fonte de pesquisa quanto como material de apoio didático, entre outros possíveis usos,

tanto pela comunidade acadêmica quanto extra-acadêmica, tratando de um tema essencial: a marca racial que exprime física e simbolicamente a distância entre as camadas

sociais, sendo a figura feminina negra ainda a mais discriminada e inferiorizada dentro da cultura brasileira, com as afrodescendentes sendo de modo geral, ainda hoje, objetificadas2 por um ponto de vista masculino e branco.

Os inúmeros discursos de gênero existentes no campo das Artes referem-se essencialmente a obras de artistas brancas, ou que retratam mulheres brancas, e a crítica

que permeia esses discursos destina-se em geral a um público feminino igualmente branco, sendo poucos os estudo e escritas no campo das artes visuais que tratem da mulher negra, existindo assim um enorme acervo de imagens e questões que permanece

desconhecido e incompreendido. A pesquisa aqui proposta facilitará este acesso e potencializará esta discussão, contribuindo para uma maior e efetiva igualdade de gênero,

na medida em que, apesar da existência de uma extensa bibliografia que discute gênero,

2 A objetificação, termo cunhado no início dos anos 70, consiste em analisar um indivíduo a nível de objeto, sem considerar seu emocional ou psicológico. A objetificação da mulher, na mídia, pode ser

encontrada “em propagandas que só focam no atributo sexual ou físico, sem outro tipo de apelo emocional” (LOURENÇO et al., 2014, p.5).

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raça e outros assuntos referentes às minorias, quando se trata da atenção sobre a imagem

da mulher negra há uma imensa lacuna a ser preenchida. No contexto atual, de “desestereotipização” e desconstrução de conceitos, é de suma importância a pesquisa

aqui proposta.

METODOLOGIA

Para se alcançar os objetivos propostos será primeiramente realizado um

levantamento extensivo, em arquivos históricos, bibliotecas, periódicos e na internet, de “retratos” de mulheres negras realizados no Brasil entre os séculos XIX e XX, em diversos suportes (desenhos, gravuras, pinturas, fotografias, etc.) e de bibliografias que

possam elucidar as significações destas imagens. Após isto se procederá a uma análise e a um comentário individual das imagens levantadas, contextualizando-as historicamente,

culturalmente e socialmente a produção e circulação destas. Direcionaremos nossas buscas para obras que retratem as mulheres negras no

Brasil nos diversos contextos sociais nos quais estão inseridas, alcançando o maior

número de fontes bibliográficas e imagéticas possíveis, buscando uma mescla de artistas, regiões, épocas e contextos que representem a maior diversidade possível da figura

feminina negra, relacionando estas a outras vertentes culturais, como a literatura, a música e os ditos populares - sendo, entretanto as representações imagéticas, os “retratos de mulheres negras”, o foco de nossa pesquisa. Poderemos determinar assim a existência das

diferentes tipologias de retratos de mulheres negras no período proposto, melhor contextualizando e compreendendo os significados e usos destas tipologias.

Realizaremos, por fim, uma análise geral do conjunto das imagens levantadas, elaborando um texto que servirá de guia para a consulta ao Banco de Imagens realizado, estabelecendo os melhores meios e processos pelos quais este Banco de Imagens possa

ser disponibilizado e consultado por outros interessados, sejam da comunidade acadêmica ou extra-acadêmica, servindo de fonte para novas reflexões, falas, escritas, pesquisas e

afins. Disponibilidade que visa facilitar o acesso à compreensão da construção da imagem das mulheres negras no Brasil.

CRONOGRAMA:

2017

2018

Atividade /

Período Execução

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Jan

Fev

Lev

an

tam

ento

Imagens x

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Fontes Bibliográficas

Específicas

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x

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x

Análise e Comentários

Individuais

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Mo

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ag

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s

Início da Montagem

x

x

x

Análise Geral do

Conjunto Imagético

x

x

Determinação das

Categorias

x

x

Elaboração do “Texto

Guia”

x

Finalização da

Montagem

x

x

Redação dos Resultados

x

x

REFERÊNCIAS

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Anexo: Pré-levantamento para Banco de Imagens

Carlos Julião, desenho aquarelado, século XVIII e Jean Baptiste Debret: As Vênus Negras do Rio de

Janeiro

José Christiano Júnior: Escrava Vendedora de Frutas, c. 1865, albúmen e cartão de visita / Museu

Histórico Nacional (Rio de Janeiro, RJ) e Marc Ferrez: Quitandeiras, Rio de Janeiro, RJ, c. 1875. Acervo Instituto Moreira Salles

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João Ferreira Villela Artur Gomes Leal com a ama-de-leite Mônica. (1860) e Eugen Keller e sua

babá, Pernambuco, século XIX

Alberto Henschel, Bahia, séc.XIX e Rótulo de cachaça, Minas Gerais, século XX

Vicente Caruso: retrato de negra (Preta-Velha?) e

Estátua da Mãe Preta, Três Rios, RJ

In http://www.tresrios.rj.gov.br/monumentos-de-tres-rios/

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Glauco Rodrigues. Década de 1970?, e Walter Firmo: Rio de Janeiro, 1980, Cibachrome,

30,7 x 46,7 cm (37,0 x 48,5 cm)

Luiz Braga: Rosa no Arraial, 1990 e Adriana Varejão: O Filho Bastardo, 1992

Walter Firmo: Petrópolis, 1993, Cibachrome, 31,0 x 46,5 cm (37,0 x 49,5 cm)