resumos xi jornadas pedagógicas do técnico - 2016
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ENSINO 2025
XI JORNADAS PEDAGÓGICAS
jornadaspedagogicas.tecnico.ulisboa.pt
15 E 16 MARÇO 2016SALÃO NOBRE
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Índice
3 Organização
4 Boas vindas
5 Programa
10 Comunicações Orais Convidadas
16 Comunicações Orais
44 Lista de Participantes
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Organização
Raquel Aires Barros Presidente do Conselho Pedagógico
António Rodrigues Vice-Presidente do Conselho Pedagógico
João Pires Ribeiro Vice-Presidente Estudante do Conselho Pedagógico
Ana Moura Santos Comissão Executiva do Conselho Pedagógico
André Malcata Comissão Executiva do Conselho Pedagógico
Filipe Soares Comissão Executiva do Conselho Pedagógico
Luis Castro Vice-Presidente para os Assuntos de Pessoal
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Boas vindas
O Conselho Pedagógico saúda todos os participantes das XI Jornadas
Pedagógicas do Técnico. É um forum único, no qual se pretende reunir
docentes, não-docentes e estudantes para partilharem experiências e
diferentes pontos de vista que contribuam para moldar o futuro do En-
sino Superior.
Como será o Ensino em 2025? Como serão as aulas em 2025?
Qual o caminho a seguir para que sejam fornecidos aos nossos estudan-
tes a educação e ferramentas de conhecimento adequadas para melho-
rar, mudar e moldar a sociedade por meio da ciência, tecnologia e em-
preendedorismo?
A maior flexibilização dos currículos, a promoção do empreendedoris-
mo, a utilização de novas metodologias e ferramentas pedagógicas, o
desenvolvimento de conteúdos digitais e plataformas de e-learning, se-
rão sem dúvida temas quentes que pretendemos debater.
Participem e contribuam ativamente através de apresentações orais e
discussão ativa dos temas propostos, e contribuam para moldar o futu-
ro do Ensino Superior.
A Comissão Organizadora
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Programa
TERÇA-FEIRA, 15 DE MARÇO
09H00/09H30 Registo de participantes
09H30/09H30 Sessão de abertura
António Cruz Serra Reitor da Universidade de Lisboa
Arlindo Oliveira Presidente do Instituto Superior Técnico
Raquel Aires Barros Presidente do Conselho Pedagógico
Rodrigo do Ó Barbosa Presidente da Associação de Estudantes do Técnico
10H00/11H00 Empreendorismo e o Ensino - I� Moderador: Guilherme Farinha, BEST-Lisboa
Cristina Fonseca, Talkdesk Pedro Janela, Wygroup I� Tornar-se Empreendedor
11H00/11H30 Pausa para café
11H30/11H50 Empreendorismo e o Ensino - I�I� Sofia Martins, Magnomics I� Failure is not option
12H00/12H45 Mesa Redonda Moderador: Luis Caldas de Oliveira, IST
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13H00/14H30 Almoço
14H30/15H50 Comunicações Orais Moderador: Carla Patrocínio, IST
João Pedro Boavida, I�ST I� 2025? Que tal começar em 2016?
Teresa Lemos, I�ST I� Vale a pena ir às aulas?
Luís Manuel Carvalho, Jéssica Sofia Barbeito, Ana Margarida Assunção Alho, FMV I� Humor no Ensino Universitário: Imprudência ou Competência Pedagógica?
Carolina Ferreira, Carla Boura Costa, I�ST I� Presente e Futuro das Necessidades Educativas Especiais no Técnico Lisboa
15H50/16H10 Pausa para café
16H10/17H30 Comunicações Orais
Júlia Oliveira, I�ST I� Pós-Graduação - Viagem no tempo
João Pires Ribeiro, I�ST I� Quality Management in Education
José Armando Silva, I�ST I� Contributo para o uso da etimologia como ferramenta pedagógica
José Figueiredo, I�ST I� Práticas de engenharia e adequação do ensino
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QUARTA-FEIRA, 16 DE MARÇO
09h30/11h00 Ensino Superior 2025 - I� Moderador: João Pires Ribeiro, IST
Lex Lemmens, Eindhoven University of Technology I� Engineers for the future: a major bachelor reform at Eindhoven University of Technology
Luís Oliveira e Silva, I�ST I� A (random) walk on the future of higher education in Portugal
11H00/11H30 Pausa para café
11H30/12H50 Comunicações Orais
Daniel Gonçalves, Joaquim Jorge, Sandra Gama, I�ST I� Game Over? New Approaches to Teaching Engineering Courses
Ana Carvalho, Ana Póvoa, I�ST I� Metodologia de análise de estudo de caso em sala de aula e sua avaliação
Ana Moura Santos, Joana Viana, I�ST I� Questões pedagógicas na integração de cursos MOOC no ensino presencial
João Pedro Pêgo, Ana Mouraz, U.Porto I� Observação Interinstitucional de Pares U.Porto/Escolas Secundárias
12h50/14h30 Almoço
14h30/15h00 Ensino Superior 2025 - I�I� Luís Tinoca, I�nstituto de Educação I� O Ensino Superior em 2025: desafios e oportunidades
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15H00/15H45 Comunicações Orais
Susana Carvalhosa, I�SCTE I� IULCOME - uma inovação no ensino superior
José Manuel Marques, I�ST I� Organização de Congressos Internacionais em Portugal: uma “mais-valia” de âmbito... Pedagógico?
I�sabel Gonçalves, Gonçalo Alves Moura, Rita Wahl, I�ST I� GATu: 13 anos de práticas com resultados
15h45/16h05 Pausa para café
16H05/17H00 Comunicações Orais
Nuno Mamede, I�ST I� A Importância dos Delegados na LEIC-Tagus
Joana Marques, I�E I� O desenvolvimento profissional de professores do ensino superior na Universidade Nova de Lisboa (UNL) - Necessidades de formação
I�sabel Gonçalves, Sofia Sá, I�ST I� GATu: Novas tendências na Formação de Docentes
17h00/17h30 Ensino Superior 2025 - I�I�I�
Pedro Lourtie, I�ST I� Tendências, desafios, estratégias e futuro
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17H30 Sessão de Encerramento João Pires Ribeiro, Vice-Presidente Estudante do Conselho Pedagógico, IST
Jorge Morgado, Vice-Presidente do Técnico para os Assuntos Académicos, IST
Raquel Aires Barros, Presidente do Conselho Pedagógico, IST
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Comunicações Orais Convidadas
Tornar-se Empreendedor
Pedro Janela
CEO WYgroup, Partner eggNEST
Começar uma empresa, um negócio, uma startup é uma decisão de
vida. Pois uma vez tomada conduz e coloca-nos em um trajeto de vida,
de que com algum sucesso, dificilmente se pode sair. Onde podemos
saber mais sobre como empreender, como podemos potenciar este pas-
so, onde podemos aprender, que características são cruciais para em-
preender nos dias de hoje.
A apresentação realizará também uma análise ao mundo do trabalho,
ao que hoje faz efetivamente diferença e o que são as necessidades úl-
timas da sociedade de amanhã. Onde empreender e o que precisamos
efetivamente que seja construído, imaginado, desenvolvido. Os diver-
sos mercados mundiais o poder da tecnologia e o crescimento exponen-
cial da mesma que caminhos ou que portas nos abrem.
Iremos também perceber os passos que foram dados na criação do WY-
group, onde hoje em conjunto com a eggNEST colaboram mais de 300
pessoas, o que fez a diferença e o que se fez mal ou bem. E quais são as
vantagens de empreender a partir de Portugal. Quais a nossas vantagens
competitivas. Será também apresentado o plano de desenvolvimento do
WYgroup que espera ter 500 colaboradores nos próximos 4 Anos.
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Failure is not option
Sofia Martins
Magnomics
The presentation briefly focus on the initial steps of Magnomics SA,
ranging from the original idea, to investment rising or technological
challenges faced in the past 1.5 years. The importance of previous train-
ing, multidisciplinary skills and teamwork will be highlighted. Resil-
ience, the ability to fast change and adapt are key aspects in turning
failures into potential successes.
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Engineers for the future: a major bachelor reform at Eindhoven University of Technology
Lex Lemmens
Eindhoven University of Technology
Over the last ten to fifteen years worldwide significant thoughts have
been given to the future of university education and specifically to the
future of engineering education. There are five main drivers for this dis-
cussion: challenges to the engineering profession, a foreseen shorta-
ge of engineers, a paradigm shift from ‘instruction’ to ‘learning’, radical
changes in the way youngsters learn and new ways in which education
can be facilitated (blended learning).
In 2011 Eindhoven University of Technology (TU/e) decided to reflect
on these developments with respect to the own bachelor programs.
At the same time TU/e decided it was high time to address some pro-
blems identified. From 1994 to 2010 the freshmen intake for the TU/e
was more or less constant at around 1000 per year while the student in-
take in all technical programs in the Netherlands together in that period
increased by almost 30%. Student dropout was on average 32%. The
percentage of students that, after successful finalizing the first year,
finished the bachelor within four years was about 40% while at other
universities this yield was close to 70%. Based on the analysis of the
engineers of the future and the awareness that the situation at the uni-
versity was socially no longer acceptable TU/e has gone through a major
reform of its bachelor education.
After going through the first cycle of three years the results show that
the reform was successful with respect to most of the intended points.
Challenges left will be addressed in the years to come.
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A (random) walk on the future of higher education in Portugal
Luís Oliveira e Silva
Instituto Superior Técnico
How should we shape learning and teaching in higher education when
all the information, the best contents, and the best professors are avai-
lable online?
What will be unique of (portuguese) institutions in this landscape?
What will be the role of the faculty members in the learning/teaching
processes of the future? These are some of the overarching questions
that will determine the future of higher education.
In my talk I will address some of these questions, framed by examples
from initiatives promoted by universities worldwide, but focusing on
the perspective of a faculty member in a portuguese institution of hi-
gher education.
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O Ensino Superior em 2025: desafios e oportunidades
Luis Tinoca
Instituto de Educação
A explosão do elearning e a emergência de novos ambientes de aprendi-
zagem em contextos digitais contribuiu decisivamente para o repensar
da atual cultura de aprendizagem. Esta nova cultura de aprendizagem,
discutida por Garrisson & Anderson (2003), McConnell (2006), Pereira et
al. (2009), e Anderson e Dron (2011), caracteriza-se por ser fundamen-
talmente colaborativa, enfatizando a importância de perspetivas múlti-
plas e atribuindo ao aprendente um lugar central no processo de apren-
dizagem.
Desta forma, a emergência destes novos ambientes tem também tido
implicações ao nível das novas teorias de aprendizagem que têm sido
desenvolvidas neste século, e que Redecker (2009) apelidou de apren-
dizagem 2.0, e nas quais incluiu o conectivismo (Siemens, 2005), as co-
munidades de aprendizagem (Wenger, 2002), as comunidades de in-
quérito (Garrison e Anderson, 2003) e a “produsage” (Bruns, 2007). No
entanto, embora todas elas sejam reflexo desta nova cultura tecnoló-
gica, o que mais sobressai da sua análise é a valorização do papel do
aprendente como centro da aprendizagem, e de uma aprendizagem ali-
cerçada em processos sociais (Mota, 2009).
Assim, são apresentados e discutidos alguns dos desafios levantados
por este enquadramento para a planificação e avaliação da formação.
Em particular, são discutidas algumas das recomendações relativas a
estruturação de programas de formação, assentes no triângulo conteú-
dos, modelo pedagógico e fatores organizacionais (Watkinson e Tinoca,
2010); e por outro, ao surgimento de uma nova cultura de avaliação (Ti-
noca, Oliveira e Pereira, 2014), adaptada a estes novos contextos híbri-
dos e assente em quatro dimensões: autenticidade, consistência, trans-
parência e praticabilidade.
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Tendências, desafios, estratégias e futuro
Pedro Lourtie
Instituto Superior Técnico
Detetam-se tendências: o desenvolvimento das bases de conhecimen-
to, a disponibilidade de meios de comunicação e a oferta de ensino on-
line; a rápida evolução do conhecimento, o aumento do número de ocu-
pações ao longo da vida e a exigência de capacidade de adaptação; o
aumento da taxa de frequência do ensino superior, as restrições ao fi-
nanciamento público e os constrangimentos orçamentais.
Identificam-se desafios: compatibilizar a disponibilidade de conheci-
mento com o papel de certificação das instituições de ensino superior;
incorporar o conhecimento adquirido fora de muros no dia-a-dia da ins-
tituição; assegurar que a formação adquirida é relevante para a vida fu-
tura dos diplomados; organizar a formação para se adaptar a perfis de
aprendizagem e motivações.
Estratégias pedagógicas para enfrentar as tendências e os desafios:
percursos de aprendizagem ao longo da vida; adequação dos ritmos ao
aprendente; inversão do eixo das aulas; rentabilização dos recursos dis-
poníveis; organização da formação em função das motivações; desenvol-
vimento de competências de aprendizagem e de gestão de informação;
Mesmo que tenha de se estar preparado para ser surpreendido pelo futuro.
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Comunicações Orais
2025? Que tal começar em 2016?
João Pedro Boavida
Instituto Superior Técnico
Para chegarmos a 2025, é importante olhar para as dificuldades que en-
frentamos nas aulas em 2016.
É tentador (até mesmo muito confortável) pensar que o contexto será
tão diferente em 2025 que nem fará então muito sentido falar em au-
las, quanto mais as de 2016. A mentalidade atual, dizem-nos, está tão
ultrapassada que nem vale a pena aprender com os erros do passado.
A educação em que vale a pena apostar é irrepetível e transformadora, e
só pode vingar em condições muito especiais. Muitas soluções frequen-
temente propostas não só não resolvem nada, mas mais não fazem do
que encorajar-nos a ser completamente genéricos, em vez da experiên-
cia única que podíamos e devíamos proporcionar.
Nesta comunicação vou falar de micro-problemas, soluções que não re-
solvem nada, e ideias diferentes. Vou dar exemplos de problemas com
que lidamos nas aulas de 2016, no IST, que nos impedem diretamente
de fazer justiça a esses ideias, e cuja discussão e solução são pré-con-
dição para chegarmos com sucesso a 2025. Vou indicar por que penso
que algumas pseudo-soluções não ajudam. E vou lançar para o ar várias
ideias propositadamente incompletas e pouco polidas, que se afastam
das propostas populares dos últimos anos, que penso corresponderem
melhor à missão em que todos acreditamos e nas quais dificilmente po-
demos ser imitados ou substituídos.
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Vale a pena ir às aulas?
Teresa Lemos
Instituto Superior Técnico
Apresentam-se os resultados da relação entre os resultados da avaliação
e a assiduidade às aulas na uc de Gestão no a 13-14. Foram analisados os
resultados de 1573 alunos e respetiva comparência às aulas práticas.
Cerca de 49% dos alunos (771) vai a todas as aulas práticas, no extremo
oposto sem nenhuma comparência a aulas práticas os 29,5% (464) dos
alunos, dos quais 154 tem nota inferior a 9,5 valores na média dos tes-
tes da uc, mas destes alunos de assiduidade zero 203 não comparece-
ram, ou não completaram a avaliação.
Comparecer a menos de 50% das aulas não altera significativamente
os resultados. No entanto à medida que a percentagem de assiduidade
cresce a melhoria dos resultados globais é evidente.
A principal conclusão é que parece ‘valer a pena’ ir às aulas práticas…
em contraste com o que acontece com a comparência às aulas teóricas
onde a assiduidade decresce rapidamente principalmente depois de 6-7
semanas de aulas.
O modelo seguido para as aulas práticas parece resultar, no entanto
para as aulas teóricas tem que se refletir sobre a razoabilidade de se
manter este modelo onde há um evidente desperdício de recursos: tem-
po e esforço dos docentes, ocupação de salas etc. A utilização de novas
tecnologias, com recurso a audiovisuais pode ser uma solução para se
transmitirem os conhecimentos teóricos.
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O modelo tradicional de aulas com aulas teóricas e práticas está desa-
justado face ao perfil dos alunos habituados à utilização intensiva da
tecnologia digital. As universidades têm que rapidamente se adaptar
às novas necessidades e fazer uma reflexão profunda sobre as novas
metodologias e tecnologias disponíveis com a inclusão de elementos
multimédia para complementar os materiais disponibilizados, tendo
em atenção que não se trata de substituir as aulas presenciais mas sim
de as complementar.
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Humor no Ensino Universitário: I�mprudência ou Competência Pedagógica?
Luís Manuel Carvalho, Jéssica Sofia Barbeiro,
Ana Margarida Assunção Alho
Faculdade de Medicina Veterinária
A utilização de humor no ensino é uma prática frequente, havendo inclu-
sive profissionais que o usam repetidamente. Por outro lado, há quem o
conteste, alegando o desvio da atenção do conteúdo e a retirada da efi-
cácia à comunicação. O acto de aprender, instruir e formar implica rigor,
disciplina e exigência, contudo, não deve inviabilizar a presença de hu-
mor, entusiasmo e boa disposição na sala de aula (Aragão e Pina, 2014).
Um bom fluxo de Informação – Humor – Informação tem o poder de redu-
zir a tensão na sala de aula, incitando o diálogo e aumentando a absorção
de conhecimento. Muitos alunos confessam que as aulas mais marcantes
são aquelas em que os oradores revelaram pequenas histórias/peripécias
pessoais, que os ajudaram a memorizar mais facilmente certos assuntos.
A importância do humor nas práticas pedagógicas tem inclusive evidên-
cias a nível científico: facilita a retenção de nova informação, aumenta o
envolvimento e participação da plateia, acelera o processo de aprendiza-
gem, melhora a resolução de problemas, entre outros.
Os estudantes aprendem mais com docentes que utilizam humor nas
práticas pedagógicas, sendo considerado uma das oito competências-
-chave que o Professor deve deter para criar ambientes educacionais
eficazes (Aragão e Pina, 2014). Contudo, a sua utilização deve ser cor-
recta e eficaz, de modo a evitar a sua banalização, perdendo o seu pen-
dor crítico e de aprofundamento das matérias (Justo, 2006). A teoria do
processamento do humor instrutivo pretende explicar como este pode
facilitar a aprendizagem, sendo de destacar a análise do humor apro-
priado (relacionado, não-relacionado, auto-depreciativo e involuntário/
20
não planeado) e humor não apropriado (ofensivo, depreciativo envol-
vendo os alunos e outro) (Wanzer et al., 2010; Aragão e Pina, 2014).
Os autores, com base na utilização de humor apropriado, enunciam a
sua experiência no ensino de Parasitologia em Medicina Veterinária, so-
correndo-se de exemplos estratégicos ao nível do ensino teórico e prá-
tico, que maximizam a eficácia na transmissão de conteúdos, motivam
os alunos para uma melhor aquisição de conhecimentos e promovem
a sua maior interacção com o docente na sala de aula. É importante
ressalvar que o próprio docente constitui-se também como um modelo
para os seus alunos no que respeita a aquisição e transmissão de apti-
dões idênticas para os seus futuros trabalhos e apresentações, pelo que
deve haver o máximo de profissionalismo na utilização desta compe-
tência pedagógica.
21
Presente e Futuro das Necessidades Educativas Especiais no Técnico Lisboa
Carolina Ferreira, Carla Boura Costa
Instituto Superior Técnico
Numa primeira parte será relatado o regulamento e procedimentos
existentes para as Necessidades Especiais nos campi da Alameda e Ta-
guspark. Na segunda parte, com base num caso de estudo iremos refle-
tir sobre a universidade inclusa para 2025.
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Pós-Graduação - Viagem no tempo
Júlia Oliveira
Instituto Superior Técnico
Esta reflexão propõe uma viagem no tempo no âmbito do ensino pós-
-graduado no Núcleo de Pós- Graduação e Formação Contínua (NPGFC)
do Instituto Superior Técnico, através de uma análise aos seus princi-
pais indicadores. Em particular, desde que assumi funções no NPGFC,
tem havido uma necessidade de adaptação e melhoria contínua dos
serviços. Salienta-se, designadamente, a transição para Bolonha, o foco
gradual na internacionalização do Ensino Superior, as constantes alte-
rações da legislação do Ensino Superior, a mudança frequente dos sis-
temas de informação e a fusão da Universidade Técnica de Lisboa com
a Universidade de Lisboa.
Nesta comunicação analiso o impacto destas alterações nos serviços de
apoio à pós-graduação do IST e a evolução que resultou destas mudanças.
Os vários indicadores mostram o crescimento contínuo do número de
estudantes de pós-graduação, o significativo aumento do número de
diplomados, envolvendo uma crescente participação de outras Escolas,
nacionais e estrangeiras, e, em simultâneo, o aumento da complexida-
de na tramitação dos processos. Partindo desta análise, apresento ain-
da a minha perspectiva para a evolução dos meios administrativos de
apoio à pós-graduação no IST.
23
Quality Management in Education
João Pires Ribeiro
Instituto Superior Técnico
O Instituto Superior Técnico conta com um sistema de garantia da Qua-
lidade das Unidades Curriculares (QUC) implementado, na sua versão
atual, em 2007. Desde então poucas alterações têm sido feitas no que
diz respeito à forma de aquisição de informação.
As Instituições de Ensino Superior (IES) portuguesas sentem, cada vez
mais, uma forte pressão de mercado, sendo necessária uma maior pre-
ocupação com a qualidade de ensino e na forma como a sociedade toma
noção do Ensino Superior. (C. Patrocinio & M. Pile, 2008 )
Existem pelo exterior diferentes realidades que obrigaram as IES desses
países a tomarem consciência da necessidade de um sistema de garan-
tia da qualidade eficaz antes da mudança de paradigma nacional. Uma
pressão exercida, cada vez mais e de forma mais significativa, não só
pelos estudantes mas também pelos empregadores.
A experiência adquirida pelos anos em que foi aplicada a cultura de qua-
lidade através dum sistema transparente, responsável e promotor de
consequências é um pilar importantíssimo na melhoria da Qualidade de
Ensino no Técnico. Uma das dificuldades sentidas pelas IES na aplica-
ção deste tipo de sistema é conseguir a participação ativa e responsá-
vel dos estudantes. Uma forma de contornar esse obstáculo é encarar
a elevada capacidade de contribuição dos estudantes para a melhoria
da qualidade, desde que tenham as ferramentas certas, os objetivos da
sua participação claros e recebam um feedback da sua participação (Hé-
nard, 2012).
24
As taxas de resposta, no Técnico, aos inquéritos dos estudantes ron-
dam os 90%. Por ser uma participação pouco comum nas restantes con-
géneres, nacionais e internacionais, este dado apresenta-se como um
motivo de orgulho e gratificação para a Instituição.
25
Contributo para o uso da etimologia como ferramenta pedagógica
José Armando Silva
Instituto Superior Técnico
A etimologia é a parte da gramática que estuda a origem das palavras,
estando deste modo também associada à denominação de conceitos
científicos, assim como à designação de técnicas; por isso, pode ser efi-
caz o seu uso como ferramenta para facilitar a transmissão de conteú-
dos nestas áreas, desde que seja adequadamente empregue. Uma si-
tuação em que pode ser contraproducente a sua inserção como auxi-
liar pedagógico corresponde à escolha de palavras com étimos que atu-
almente estão fora de contexto, como por exemplo, os resultantes de
uma propriedade que foi mal interpretada na altura da cunhagem do
termo. Considerando estes fatores, temos utilizado vários exemplos de
étimos em diversas unidades curriculares, tanto em atividades labora-
toriais, como no âmbito teórico, em áreas distintas da Química, e em
alguns casos associados com outras Ciências, com algum destaque nas
biológicas. Como nota adicional é de salientar que não se tem dado ên-
fase à pronúncia rigorosa dos étimos no idioma original, assim como à
sua apresentação em alfabetos distintos do nosso, para não se perder
eficácia no processo de transmissão de conhecimentos, dado que um
excesso de informação desviaria a exposição dos objetivos pretendidos.
26
O étimo pode advir de uma caraterística (como seja uma cor), identificar
o objeto de estudo (como acontece com o prefixo de algumas ciências),
etc. Em alguns casos, étimos diferentes (consequência da sua origem
provir de fontes diversificadas) podem estar relacionados, mas se forem
bem enquadrados, é possível tornar mais inteligíveis tópicos aparente-
mente distintos. Por outro lado, a génese e a evolução do significado
dos termos podem ter dinâmicas particulares, as quais podem ser asso-
ciadas com desenvolvimentos científicos e tecnológicos (como é o caso
de algumas técnicas que se expandiram para domínios mais vastos dos
abordados na altura em que foi cunhada a palavra).
O uso da etimologia como ferramenta pedagógica tem eficácia por ser
uma metodologia inesperada em ambientes científicos e tecnológicos,
e desde que seja empregue de uma maneira clara facilita a construção
de mnemónicas, o que favorece a memorização; e, pode ainda auxiliar
na perceção conceptual. Adicionalmente, embora a etimologia esteja
associada à área das Humanidades, a sua aplicação em outros domí-
nios, induz a noção de interdisciplinaridade, cujo poder dinamizador do
progresso científico e tecnológico é reconhecido nos nossos dias.
27
Práticas de engenharia e adequação do ensino
José Figueiredo
Instituto Superior Técnico
A consciencialização de que a prática da engenharia se tem transforma-
do de um modo muito acentuado levar-nos-ia por consequência a ter de
repensar o sistema de ensino de engenharia. Diria mesmo que a causa
da necessária mudança tem outras componentes, como a evolução tec-
nológica, a evolução de ferramentas colaborativas, as práticas de comu-
nicação, as velocidades a que se consegue processar e transmitir infor-
mação. Porém, por mais que os paradigmas se alterem e rompam com
as práticas vigentes, o ensino parece manter-se como um pilar, sólido,
perene, mas insustentável.
28
Game Over? New Approaches to Teaching Engineering Courses
Daniel Gonçalves, Joaquim Jorge, Sandra Gama
Instituto Superior Técnico
A Gamificação consiste na aplicação de elementos de jogo (achieve-
ments, badges, pontos de experiência, etc.) a contextos que não são,
em si mesmo, um jogo. É uma área nova que tem sido aplicada aos mais
diversos domínios como a saúde e o desporto. Mais do que a simples
atribuição de pontos com base em tarefas realizadas pelos alunos (o
que costuma ser chamado “pontificação”), a gamificação pretende alte-
rar a forma de abordar os problemas pela aplicação holística dos vários
elementos de jogo.
No IST, a disciplina de Produção de Conteúdos Multimédia do MEIC foi
gamificada em cinco anos sucessivos. Isto passou pela alteração do pa-
radigma tradicional de ensino e avaliação, substituídos por uma maior
participação em diferido, online, por parte dos alunos, e por avaliação
verdadeiramente contínua, com pequenas tarefas a intervalos regulares
ao longo do semestre. Os dados recolhidos revelam que a experiência
se mostrou positiva, com um aumento significativo do envolvimento
e participação de alunos e professores, tendo sido um fator motivador
conducente a uma melhor aprendizagem por parte dos primeiros.
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O uso de técnicas de aprendizagem automática permitiu-nos, ainda,
identificar quatro grandes grupos de alunos, de acordo com o seu perfil
de aprendizagem e participação: Achievers, que tentam obter o máxi-
mo em todas as componentes; Regular, que gerem parcimoniosamen-
te a sua participação; Half-Hearted que participam menos regularmen-
te e os Underachievers, que fazem o mínimo necessário para passar.
Conseguimos, também, identificar com alguma certeza, logo no início
do semestre, a que grupo um determinado aluno poderá pertencer. Isto
abre as portas para o estudo continuado da adaptação da experiência de
ensino-aprendizagem para diversos perfis de alunos. Apresentaremos,
pois, a forma em que a gamificação foi aplicada, e as lições aprendidas
ao longo dos últimos anos.
30
Metodologia de análise de estudo de caso em sala de aula e sua avaliação
Ana Carvalho, Ana Póvoa
Instituto Superior Técnico
A aprendizagem através da análise de estudo de casos é uma metodo-
logia pedagógica reconhecida como muito importante. A inclusão desta
abordagem em aula permite confrontar os estudantes com casos reais
de empresas, que abordam temáticas analisadas nos conteúdos teóri-
cos da unidade curricular, estimulando a capacidade de compreensão e
interpretação de problemas reais e fortalecendo a capacidade dos es-
tudantes relacionarem a aprendizagem adquirida na unidade curricular
com problemas concretos.
Na presente contribuição, pretende-se apresentar uma nova metodo-
logia de análise de estudo de caso, que poderá ser realizada em aulas
práticas de 1 hora e meia a 2 horas. Nesta metodologia os alunos são
expostos ao estudo de um caso na própria aula, devendo em aula proce-
der à sua análise sendo avaliados, através de apresentação oral, que se
realiza no final da referida aula.
Esta metodologia tem sido aplicada em várias unidades curriculares
como por exemplo, Gestão de Operações, Gestão de Cadeias de Abaste-
cimento e Gestão Logística e de Operações. O feedback dos alunos tem
sido muito positivo, tendo estes apresentando como pontos mais posi-
tivos, a aprendizagem associada a uma boa gestão de tempo e o acom-
panhamento da componente teórica ao longo do semestre.
Esta contribuição detalhará a metodologia utilizada na análise de estudo de
casos, apresentará o modo de avaliação associado e terminará identifican-
do os pontos positivos para os estudantes da aplicação desta metodologia.
31
Questões pedagógicas na integração de cursos MOOC no ensino presencial
Ana Moura Santos, Joana Viana
Instituto Superior Técnico
Em contexto educativo é grande a expectativa sobre o impacto das tec-
nologias digitais nos processos de ensino e de aprendizagem, com im-
plicações diretas no papel do professor, nas escolhas dos conteúdos e
nas modalidades de avaliação a adotar nesse âmbito. É neste contexto
que surgem os Massive Open Online Course (MOOC), uma oferta for-
mativa vista como forte oportunidade de democratização no acesso ao
conhecimento e que têm vindo a gerar um interesse considerável no en-
sino superior a nível mundial.
No Técnico tem-se feito algum investimento neste domínio, desde o
ano 2013, com particular ênfase para (i) a análise das práticas tidas em
instituições de ensino superior de referência um pouco por todo o mun-
do, que culminou na partilha de experiências no âmbito de um encon-
tro organizado em maio de 2013 e decorrente disso; (ii) foi nomeado um
grupo de trabalho que, em setembro desse ano, apresentou uma pro-
posta sobre as linhas de ação estratégica a seguir para o desenvolvi-
mento de cursos MOOC na Escola. A partir daí, formou-se uma equi-
pa que iniciou uma (iii) reflexão, tanto do ponto de vista pedagógico,
como do ponto de vista técnico, sobre os procedimentos envolvidos na
conceção e desenvolvimento de um MOOC, definindo princípios gerais
e orientadores (2014), que foram posteriormente estruturados sob a
forma de (iv) guiões de apoio à produção de cursos MOOC no Técnico
(2015), que integram recomendações e linhas de ação ao nível do: dese-
nho geral do curso, desenho detalhado de cada tópico de aprendizagem
e desenho dos conteúdos com especial atenção para o formato de vídeo.
Após o desenvolvimento dos guiões, iniciou-se neste último ano, com
uma equipa mais alargada, (v) o desenvolvimento de conteúdos para
32
dois cursos MOOC, estando previsto o desenvolvimento de, pelo menos,
mais dois cursos nos próximos meses.
Na presente comunicação propomos discutir algumas das questões
emergentes a propósito da mobilização dos cursos MOOC Técnico no
âmbito do ensino presencial dos cursos de 1º e 2º ciclos: que estratégias
podem ser desenvolvidas pelos docentes na modalidade de ensino pre-
sencial com o objetivo de capitalizar os conteúdos desenvolvidos nos
cursos MOOC? Adotar a metodologia flipped classroom é uma oportuni-
dade para melhorar a qualidade do ensino? Em que medida a frequên-
cia dos cursos MOOC por parte dos estudantes do ensino presencial do
Técnico pode ser valorizada e creditada?
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Observação I�nterinstitucional de Pares U.Porto/Escolas Secundárias
João Pedro Pêgo, Ana Mouraz
Universidade do Porto
A observação de aulas em parceria interinstitucional entre a U.Porto e
as Escolas Secundárias da região é uma ação de formação interinstitu-
cional, voluntária e de confidencialidade garantida. A observação de au-
las baseada no conceito de amigo crítico (observação de pares) é comum
em muitas universidades e decorre, regularmente, na U.Porto, desde
2009. Recorre à confiança do docente observado perante os seus pares
para obter uma observação da sua prática pedagógica e aumentar a sua
sensibilidade pedagógica, tanto na posição de observado como na de
observador. O modelo proposto destaca-se pela interinstitucionalida-
de e verticalidade resultante da interação de observadores/observados
de diferentes Unidades Orgânicas (UO) da U.Porto e de Escolas Secun-
dárias da região, de disciplinas afins. Este programa de observação de
aulas é dirigido, no lado da U.Porto, aos docentes das unidades curricu-
lares dos primeiros dois anos de curso e, do lado das Escolas Secundá-
rias, aos docentes de disciplinas do 11º e 12º ano (anos em que existem
provas nacionais), de áreas disciplinares afins.
Na presente comunicação é apresentado o projeto piloto UP Inter ParES
que estreou no primeiro semestre do ano letivo 2015/16. Serão apresen-
tados os principais resultados da análise ANOVA realizada aos guiões
de observação, bem como as respostas de expressão livre que os partici-
pantes apresentaram, terminando com a comparação que foi feita entre
o ambiente em sala de aula no ensino superior e no ensino secundário
do ponto de vista dos docentes participantes.
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I�ULCOME - uma inovação no ensino superior
Susana Carvalhosa
Instituto Universitário de Lisboa
A IULCOME (leia-se YOU WELCOME) é uma atividade do ISCTE-IUL, de
acordo com os objetivos do Plano Estratégico 2014-17 e Plano Anual de
Atividades, para desenvolver a qualidade e a inovação no ensino (Eixo
1) - criar condições para aumentar o sucesso escolar e fomentar a quali-
dade e inovação nas práticas pedagógicas.
Esta atividade enquadra-se nas Normas para a Garantia da Qualidade
na Área Europeia de Ensino Superior (ESG, 2015), especificamente:
1.3 Aprendizagem, ensino e avaliação, centrada no estudante
1.4 Admissão do estudante, progressão, reconhecimento e certificação
1.5 Docentes
1.6 Recursos de aprendizagem e apoio ao estudante.
Com a visão de “Educar, hoje, cidadãos competentes, empreendedores
e inovadores, para o séc. XXI!”, a IULCOME realizasse na semana que
antecede o início do período de aulas e destina-se a facilitar a transição
e a integração no ensino superior, dos novos estudantes do 1º ciclo.
Os objetivos dividem-se em dois tipos: relacionados com os estudantes
do 1º ano e relacionados com a instituição.
Para os estudantes:
• Promover a integração dos novos estudantes e facilitar a transição
para o ensino superior
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• Apresentar aos novos estudantes os diferentes espaços físicos e servi-
ços disponíveis no ISCTE-IUL
• Aquisição e desenvolvimento de competências de empreendedorismo,
criatividade, trabalho em equipa, comunicação, consciência social e cultural
• Aumentar as expectativas de desempenho académico.
Para o ISCTE-IUL:
• Promover atividades pedagógicas e extra-curriculares
• Fomentar a preparação pedagógica dos docentes.
A IULCOME é organizada com a participação de toda a comunidade ISC-
TE-IUL (estudantes, docentes, pessoal não docente, alumni) e a socie-
dade (organizações públicas e privadas).
Foram identificados 5 problemas e ao longo do evento, os estudantes
são desafiados a propor soluções - Desenvolvimento Social, Portugal no
Mundo, Sustentabilidade e Ambiente, Aldeia Global e Quotidiano Uni-
versitário. Os novos estudantes são agrupados em equipas multidisci-
plinares (de diferentes licenciaturas) e são acompanhados por mento-
res - estudantes. As equipas têm a orientação de tutores - docentes, no
desenvolvimento da proposta.
A relevância da IULCOME foi reconhecida, ao ser considerada uma boa
prática na área do sucesso académico no ensino superior. Devido a esta
deliberação de 2015, foi financiada pelo Ministério da Educação e Ciên-
cia e apresentada a outras instituições de ensino superior, numa pers-
petiva de partilha e disseminação.
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Organização de Congressos I�nternacionais em Portugal: uma “mais-valia” de âmbito... Pedagógico?
José Manuel Marques
Instituto Superior Técnico
Pretende-se nesta Comunicação Oral realçar o papel que a organização
de Congressos Internacionais em Portugal tem no desenvolvimento das
competências pedagógicas dos Docentes, Investigadores e Alunos, com
particular ênfase para os Alunos de Mestrado, Doutoramento e Pós-
-Doutoramento. A organização de Congressos Internacionais em Portu-
gal, para além de i) promover a internacionalização do Instituto Superior
Técnico (IST), ii) dos Departamentos do IST, iii) e dos Centros de I&D do
IST, contribui para fomentar a Cooperação Internacional entre colegas
do IST e de Universidades e Instituições Nacionais / Internacionais, ao
nível do Ensino / Formação.
É prática comum a organização de Congressos Internacionais estar as-
sociada ao impulsionamento de “Workshops”, “Short Courses” e “Ple-
nary Lectures”, em áreas temáticas de ponta, e conduzidas por peritos
Nacionais / Internacionais, fonte importante para o desenvolvimento
futuro do Ensino / Formação no IST ao nível das diversas Unidades Cur-
riculares (UCs) nas mais diversas Áreas Disciplinares, bem como poten-
ciar criação de novas UCs no âmbito dos Mestrados e Programas Dou-
torais do IST.
Organizar com sucesso um Congresso Internacional em Portugal é a ma-
neira perfeita para reforçar a posição do IST num “elevado cenário” a ní-
vel mundial, no domínio do Ensino, Formação e Investigação.
Mediante a participação num Congresso Internacional organizado em
Portugal, os Alunos de Mestrado, Doutoramento e Pós-Doutoramento
nacionais têm uma oportunidade única de reforçarem o seu reconheci-
mento nacional e/ou internacional, nomeadamente:
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i) Aumentando a visibilidade e reconhecimento do Departamento / Ins-
tituto / Universidade e/ou Unidade de I&D a que pertencem e onde de-
senvolvem a sua actividade;
ii) Melhorando a reputação da sua área de especialização;
iii) Ganhando o reconhecimento dos seus colegas de profissão.
Os benefícios para a Comunidade Académica Nacional (Docentes / In-
vestigadores / Alunos) incluem:
a) Maximização da participação de Delegados Nacionais (incluindo Alu-
nos), devido ao baixo custo de participação em comparação com Con-
gressos a ter lugar em outros Países.
b) Desenvolvimento de “networking”;
c) “Update” da informação sobre o estado-da-arte em determinada
Área Disciplinar.
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GATu: 13 anos de práticas com resultados
I�sabel Gonçalves, Gonçalo Alves Moura, Rita Wahl
Instituto Superior Técnico
Há 13 anos a promover a integração e o sucesso académico dos estudan-
tes, na transição do Ensino Secundário para o Ensino Superior, o GATu
(Gabinete de Apoio ao Tutorado do IST) continua a contribuir para a me-
lhoria das práticas educativas, bem como a considerar-se um agente
facilitador para a transmissão do conhecimento e das ferramentas ade-
quadas para a melhoria do ensino e aprendizagem, junto de professores
e de estudantes.
Vão ser apresentados os objetivos do GATu e os resultados das diferen-
tes estratégias desenvolvidas para promover o sucesso académico dos
alunos, destacando-se o Programa de Tutorado (PT), o Sistema de Iden-
tificação de Alunos de Baixo Rendimento Académico (BRAC) e os acom-
panhamentos feitos a alunos na sequência da identificação do BRAC.
Relativamente ao PT, serão destacadas boas práticas de Tutoria, que se
apoiem nas novas tecnologias para estabelecer contacto com os alunos e
facilitar a integração dos mesmos no Ensino Superior. Esta análise terá
em conta 19 cursos (Mestrado Integrado e de Licenciatura Bolonha), as-
sim como os respetivos 143 Tutores. O BRAC é um sistema que permite a
identificação precoce de alunos de baixo rendimento académico e uma in-
tervenção individualizada e atempada com este perfil de alunos. O BRAC
é um ótimo exemplo de como a tecnologia pode ser usada na construção
medidas preventivas e remediativas do baixo rendimento académico.
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A análise mais detalhada deste sistema, terá por base um universo de
403 alunos atendidos, desde de 2011, dos quais 67 resultaram em acom-
panhamentos individualizados e longitudinais. O aumento considerável
de alunos em regime de acompanhamento individualizado permite fun-
damentar a importância desta prática de apoio, assim como o papel e o
impacto desta metodologia de acompanhamento de alunos ao longo do
percurso académico.
40
A I�mportância dos Delegados na LEI�C-Tagus
Nuno Mamede
Instituto Superior Técnico
Apresenta-se uma situação em que o trabalho dos delegados proporcio-
nou uma melhoria no aproveitamento escolar dos estudantes da Licen-
ciatura em Engenharia Informática e de Computadores.
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O desenvolvimento profissional de professores do ensino superior na Universidade Nova de Lisboa (UNL) - Necessidades de formação
Joana Marques
Instituto de Educação
Este é um tempo por excelência de reflexão sobre o Ensino Superior e
são diversas as razões para o fazermos.
Esta comunicação abordará uma questão que consideramos fundamen-
tal, que vem sendo discutida há mais de uma década, mas que não tem
merecido o lugar de destaque que julgamos caber-lhe nem na investi-
gação nem na própria prática das Instituições de Ensino Superior (IES).
Referimo-nos ao desenvolvimento profissional de professores (DPP) e
à sua estreita relação com a melhoria da qualidade do ensino que é o
tema do nosso estudo de doutoramento – O desenvolvimento profissio-
nal de professores do ensino superior pela UNL.
As rápidas mudanças sociais, políticas, culturais na nossa sociedade
reclamam mudanças no ensino superior a diferentes níveis, nomeada-
mente nos papéis e competências que professores e IES são chamados
a desempenhar de modo a acompanharem a necessária mudança para
um paradigma centrado na aquisição de aprendizagens e no desenvol-
vimento de competências significativas por parte dos estudantes, bem
como a melhor conhecerem os estudantes e a sua heterogeneidade (Co-
municado de Lovaina, 2009; Comunicado de Budapeste-Viena, 2010).
Em nossa opinião, o DPP do Ensino Superior poderá constituir uma das
formas de ajudar os docentes e as IES a dar resposta a estas mudanças.
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Com base nestes pressupostos, o nosso estudo tem como objetivos:
- Identificar necessidades de formação emergentes dos docentes que
participam nas ações de formação pedagógica promovidas pela UNL;
- Compreender como os docentes e as unidades orgânicas percecionam
o papel da formação pedagógica na superação dessas necessidades;
- Identificar mudanças nas conceções dos docentes no que respeita ao
ensino e à aprendizagem, ao docente e ao estudante e auscultar os do-
centes quanto à origem das mesmas;
- Caracterizar o papel de uma infraestrutura de assessoria educacional
no acompanhamento dos docentes durante e após a formação.
Nesta comunicação iremos centrar-nos na resposta ao nosso primeiro
objetivo - identificar necessidades de formação pedagógica declaradas
pelos professores que participaram em ações de formação pedagógica
promovidas pela UNL no período 2011-2015. Para tal, com recurso à téc-
nica da análise de conteúdo, analisámos as suas respostas ao questio-
nário de diagnóstico de expectativas aplicado antes do início da mesma.
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GATu: Novas tendências na Formação de Docentes
I�sabel Gonçalves, Sofia Sá
Instituto Superior Técnico
As novas tecnologias, a multiplicidade de estímulos, os conteúdos
multimédia e a (sobre)atividade constante farão dos estudantes 2025
aprendizes ávidos de novas metodologias de ensino e de novas formas
de apreensão dos conteúdos lecionados. Esta avidez pelo novo e pela
rapidez na aquisição de conhecimentos poderá não se fazer acompa-
nhar pela promoção das competências de relacionamento interpessoal
que caracterizam os relacionamentos significativos e reais que ocorrem
na sala de aula mais tradicional.
O active learning, o enfoque nas boas práticas pedagógicas, a utilização
de métodos informáticos em sala e o apostar no desenvolvimento de
estratégias de comunicação eficaz, autorregulação emocional e relacio-
namentos interpessoais significativos constituem, consequentemente,
as áreas de atuação da formação do GATu para docentes, com o intuito
de auxiliar o corpo docente do IST a melhor preparar-se para os desafios
atuais e futuros.
Serão apresentados dados das formações ministradas nos últimos
anos, bem como partilhadas experiências relacionadas com esta ativi-
dade pedagógica, integrando a mesma nas tradicionais atividades de
tutoria promovidas pelo GATu na Escola.
44
Lista de Participantes
Ana Carvalho [email protected]
Ana Margarida Pignateli Vasconcelos de Assunção Alho [email protected]
Ana Moura Santos [email protected]
Ana Mouraz [email protected]
Ana Póvoa [email protected]
Ana Torres [email protected]
Carla Boura Costa [email protected]
Carolina de Abreu e Magalhães Ferreira [email protected]
Cristina Fonseca [email protected]
Daniel Gonçalves [email protected]
Gonçalo Alves Moura [email protected]
I�sabel Cristina Nunes Mota da Silva Gonçalves [email protected]
Jessica Sofia Gonçalves Barbeito [email protected]
Joana Marques [email protected]
Joana Viana [email protected]
João Pedro Boavida [email protected]
João Pedro Pêgo [email protected]
João Pires Ribeiro [email protected]
Joaquim A. Jorge [email protected]
José Armando Luísa da Silva [email protected]
José Figueiredo [email protected]
José Manuel Marques [email protected]
Júlia da Conceição Pacífico de Oliveira [email protected]
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Lex Lemmens [email protected]
Luís Manuel Madeira de Carvalho [email protected]
Luis Oliveira e Silva [email protected]
Luis Tinoca [email protected]
Marta Graça marta.graç[email protected]
Nuno Mamede [email protected]
Pedro Janela [email protected]
Pedro Lourtie [email protected]
Rita de Cassia Wahl de Almeida [email protected]
Sandra Gama [email protected]
Sofia de Sá Moutinho Pereira [email protected]
Sofia Martins [email protected]
Susana Carvalhosa [email protected]
Teresa Lemos [email protected]