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MULTIDIMENSÃO E TERRITÓRIOS DE RISCO (Resumos) III Congresso Internacional I Simpósio Ibero-Americano VIII Encontro Nacional de Riscos Guimarães 2014

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MULTIDIMENSÃO

E TERRITÓRIOS DE RISCO

(Resumos)

III Congresso Internacional I Simpósio Ibero-Americano

VIII Encontro Nacional de Riscos

Guimarães

2014

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Título: Multidimensão e Territórios de Risco (Resumos)

Editor: ©RISCOS – Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança Coordenador Editorial: Luciano Lourenço Composição: Sandra Oliveira e Fernando Félix ISBN: 978-989-96253-4-1

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NOTA DE ABERTURA

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

5 | Nota de abertura

Este terceiro Congresso Internacional de Riscos ficará marcado, de forma indelével, pela

personalidade algo controversa e pela figura carismática do Prof. Doutor António de Sousa

Pedrosa, fundador da RISCOS seu associado n.º 3, por ele ter levada para a Uberlândia (Minas

Gerais-Brasil), onde leccionava na UFU - Universidade Federal de Uberlândia, a realização

deste Congresso, inicialmente previsto para 20 a 23 de novembro de 2013.

Infelizmente, uma terrível doença, que se agudizou na fase crucial da organização do

Congresso, impediu-o de dar o seu contributo à Comissão Organizadora, tendo esta decidido

adiar a essa realização, na expectativa de rápida melhoria do Prof. Pedrosa, mas que, por

tardar, acabou mesmo por levar ao cancelamento do evento.

Face a esta situação e muito lamentando todos os contratempos e transtornos ocasionados

aos muitos palestrantes nele inscritos, ouvimos o Prof. Pedrosa e foi decidido trazer para

Portugal a realização deste III Congresso, admitindo que entretanto ele recuperaria a sua

saúde e poderia organizar o próximo.

De facto, tudo levava a crer que assim sucederia, pois disponibilizou-se a proferir uma

conferência e a participar ativamente nas diferentes sessões temáticas, onde,

individualmente e em coautoria, se preparava para apresentar oito comunicações.

Depois, quando menos se esperava, em plenas férias de verão, chegou-nos a terrível notícia

do seu falecimento, razão pela qual, no espaço prevista para a sua conferência, lhe será feita

uma homenagem, mencionando não só o seu papel enquanto Geógrafo, mas também o seu

papel enquanto fundador da RISCOS e da revista Territorium.

E, por falar na revista, também o seu Diretor, Prof. Doutor Fernando Rebelo, outro associado

fundador da RISCOS e que deveria presidir ao lançamento do número 21, relativo a 2014, bem

como proferir uma conferência no Congresso, por ter sido alvo de uma intervenção cirúrgica

delicada, encontra-se em convalescença, pelo que também não nos poderá dar o seu avisado

contributo, participando no Congresso, escrevia no passado dia 1 de outubro, quando redigi

esta nota. Mal poderia imaginar que, dias depois, mais precisamente no dia 9, ele viria a

falecer. Num curto espaço de tempo, a RISCOS perdeu dois dos seus associados fundadores e

duas das suas pedras basilares, razão pela qual lhes estava reservada importante atividade em

termos deste Congresso e que obrigou a acertos de programa de última hora.

Depois destes prolegómenos pouco auspiciosos para a RISCOS, é agora tempo de, em nome da

Comissão Organizadora do Congresso, lhes dar as boas vindas à cidade de Guimarães, cujo

Centro Histórico é desde 2001 Património Mundial da Humanidade, bem como à sua

Universidade e ao III Congresso Internacional de Riscos, que decorre em simultâneo com o I

Simpósio Ibero-Americano de Riscos, um novo ponto de encontro criado especificamente para

permitir estreitar e reforçar as ligações que, entretanto, foram sendo estabelecidas entre

investigadores dos diferentes países pertencentes a estas duas comunidades, bem como com o

Encontro Nacional de Riscos, particularmente vocacionado para tratar de casos portugueses.

Esta importante reunião científica foi, uma vez mais, organizada pela RISCOS, desta vez em

estreita colaboração com o Departamento de Geografia da Universidade do Minho e conta

com a participação de 189 comunicações, sendo 133 orais e 56 em forma de poster.

O elevado número de trabalhos apresentados é, por si só, sinal de que esta reunião científica

se justifica e faz sentido, começando a transformar-se no “ponto de encontro” onde se

cruzam especialistas dos vários saberes, com diferentes sensibilidades resultantes das suas

vivências individuais, não só para apresentar os resultados da sua investigação, mas também

para discutir problemas e procurar encontrar soluções para mitigar as manifestações dos

diferentes tipos de riscos.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

6 | Welcome note

Todavia, se esta numerosa participação é elucidativa, também tem o inconveniente de nos

obrigar a reduzir o tempo disponível para as apresentações. No entanto, a sua maior

divulgação foi prevista e está assegurada, quer através da publicação digital dos resumos

alargados, quer através da disponibilização destes no website da RISCOS, o que lhe confere o

acesso a partir de qualquer parte do mundo.

Além disso, é ainda possível submeter à revista Territorium versões mais alargadas dos

trabalhos apresentados, depois de transformados em artigo científico, o que lhes permitirá

outro tipo de divulgação. Acresce que os tempos livres constantes do programa podem

também ser aproveitados, pois constituem a mais excelente oportunidade para troca de

opiniões e esclarecimento de dúvidas que, porventura, tenham sido suscitadas pelas

apresentações.

Estamos certos de que esta iniciativa contribuirá para uma frutuosa troca de ideias e de

conhecimentos no âmbito das “Ciências Cindínicas”, bem como para a sua aplicação nos

múltiplos e variados cenários desde a análise de riscos à gestão de catástrofes.

Por fim, sairão reforçados os contactos institucionais entre diversos organismos da

comunidade internacional, em particular da lusófona e ibero-americana, as mais

representativas, mas também da francófona, que aumentou consideravelmente em relação ao

anterior Congresso, a par do fortalecimento dos laços pessoais entre investigadores e

operacionais que se preocupam com a nossa segurança, individual e coletiva.

Coimbra, 15 de outubro de 2014

Luciano Lourenço

Presidente da Comissão Organizadora

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ORGANIZAÇÃO

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

9 | Organização

Adélia Nunes

Universidade de Coimbra, Portugal

Aline Meiguins de Lima

Universidade do Estado do Pará, Brasil

Ana Cristina Meira da Silva e Castro

Instituto Superior de Engenharia do Porto, Portugal

Ana Monteiro

Universidade do Porto, Portugal

António Batista Vieira

Universidade do Minho, Portugal

António Bento Gonçalves

Universidade do Minho, Portugal

António Duarte Amaro

Escola Superior de Saúde, Alcoitão, Portugal

António Manuel Lopes

Universidade de Lisboa, Portugal

António Sousa Pedrosa

Universidade Federal da Uberlândia, Brasil

Carla Juscélia Oliveira Souza

Univ. Federal de São João del Rei, Brasil

Carmen Diego Gonçalves

Universidade de Lisboa, Portugal

Carmen Ferreira

Universidade do Porto, Portugal

David N. Petley

Universidade de Durham, Reino Unido

Fantina Tedim

Universidade do Porto, Portugal

Fernando Rebelo

Universidade de Coimbra, Portugal

Francisco Costa

Universidade do Minho, Portugal

Comissão Científica

Comissão Científica

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

10 | Organization

Francisco Díaz-Fierros

Universidade de Santiago de Compostela, Espanha

Guillermo Julio

Universidade do Chile

Humberto Varum

Universidade de Aveiro, Portugal

Isabel Margarida Antunes

Instituto Politécnico de Castelo Branco, Portugal

Jorge Olcina Cantos

Universidade de Alicante, Espanha

José António Vega

Centro de Investigación Forestal de Lourizán, Espanha

Jurandyr Sanches Ross

Universidade de São Paulo, Brasil

Luciano Lourenço

Universidade de Coimbra, Portugal

Lúcio Cunha

Universidade de Coimbra, Portugal

Luiz Antonio Oliveira

Universidade Frederal da Uberlândia, Brasil

Margarida Queirós

Universidade de Lisboa, Portugal

Maria José Roxo

Universidade Nova de Lisboa, Portugal

Mário Talaia

Universidade de Aveiro, Portugal

Miguel Tato Diogo

Universidade Fernando Pessoa, Portugal

Norma Valencio

Universidade Federal de São Carlos, Brasil

Paula Remoaldo

Universidade do Minho, Portugal

Pilar Paneque Salgado

Universidad Pablo Olavide – Sevilha, Espanha

Ricardo Alvarez

Universidade Atlântica Florida, EUA

Romeu Vicente

Universidade de Aveiro, Portugal

Samuel do Carmo Lima

Universidade Frederal da Uberlândia, Brasil

Twan Brinkhof

Union of Dutch Waterboards – Holand, Países Baixos

Victor Quintanilla

Universidade de Santiago do Chile, Chile

Xavier Ubeda Cartañà

Universidade de Barcelona, Espanha

Yvette Veyret

Université de Paris X, França

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

11 | Organização

Prof. Doutor Luciano Lourenço Universidade de Coimbra, RISCOS, CEGOT (Presidente)

Prof. Doutor António Bento Gonçalves Universidade do Minho, RISCOS, CEGOT (Coordenador)

Prof. Doutor António Vieira Universidade do Minho, RISCOS, CEGOT (Coordenador)

Prof. Doutora Adélia Nunes Universidade de Coimbra, RISCOS, CEGOT

Prof. Doutor António Duarte Amaro Escola Superior de Saúde de Alcoitão, RISCOS

Prof. Doutor Francisco Costa Universidade do Minho, RISCOS, CEGOT

Doutora Sandra Oliveira NICIF, Universidade de Coimbra, RISCOS

Dr.ª Flora Ferreira Leite FCT, Universidade do Minho, RISCOS, CEGOT

Dr. Fernando Félix NICIF, Universidade de Coimbra, RISCOS

Dr.ª Sofia Fernandes NICIF, Universidade de Coimbra

Dr.ª Sofia Bernardino NICIF, Universidade de Coimbra

GeoPlanUM, Universidade do Minho

Secretariado

PROGRAMASecretar

iado

Comissão Organizadora

Comissão Organizadora

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PROGRAMA

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

14 | Programme

5 de novembro de 2014

08:30 Abertura do secretariado. Distribuição de documentação

09:00 Sessão de Abertura

09:30 Conferência de Abertura: Riscos climáticos no Brasil,

pelo Prof. Doutor João Lima Sant’Anna Neto, Coordenador da Área de Geografia - Capes

e Professor Titular do Departamento de GeografiaUNESP/Presidente Prudente

10:30 Lançamento da Revista Territorium

10:45 Intervalo

11:15 Sessões Paralelas:

Painel 1- Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco

Painel 2- Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos

Painel 4- Aplicação do planeamento/planejamento e ordenamento do território à

gestão de riscos

Painel 5- Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil

13:00 Almoço

14:30 Conferência: Risco, Perigo e Crise. A trilogia base na definição dum modelo

conceptual-operacional

pelo Prof. Doutor Luciano Lourenço, Departamento de Geografia e CEGOT,

Universidade de Coimbra

15:00 Mesa redonda “DFCI – o último ano de atividades”

16:30 Intervalo

16:45 Sessões Paralelas:

Painel 1- Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco

Painel 2- Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos

Painel 3.2- Riscos climáticos e hidrológicos

Painel 4- Aplicação do planeamento/planejamento e ordenamento do território à

gestão de riscos

18:45 Fim dos trabalhos do 1.º dia

20:30 Jantar do Congresso (Restaurante Paraxut, Praça de Santiago)

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de Novembro de 2014

15 | Programa

6 de novembro de 2014

09:00 Sessões Paralelas:

Painel 3.1- Riscos geológicos e geomorfológicos

Painel 3.2- Riscos climáticos e hidrológicos

Painel 3.3- Riscos ambientais e saúde

Painel 3.4- Riscos tecnológicos e desenvolvimento

10:45 Intervalo

11:00 Posters

11:30 Sessões Paralelas:

Painel 3.1- Riscos geológicos e geomorfológicos

Painel 3.2- Riscos climáticos e hidrológicos

Painel 3.3 -Riscos ambientais e saúde

Painel 4- Aplicação do planeamento/planejamento e ordenamento do território à

gestão de riscos

13:15 Almoço

14:30 Homenagem: Homenagem aos Profs. António Pedrosa e Fernando Rebelo

15:00 Sessões Paralelas:

Painel 3.2- Riscos climáticos e hidrológicos

Painel 3.3- Riscos ambientais e saúde

Painel 3.5- Riscos sociais no contexto de crise global

Painel 3.6- Riscos dendrocaustológicos (incêndio florestal)

16:45 Intervalo

17:00 Sessões Paralelas:

Painel 3.2- Riscos climáticos e hidrológicos

Painel 3.5- Riscos sociais no contexto de crise global

Painel 3.6- Riscos dendrocaustológicos (incêndio florestal)

Painel 5- Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil

18:30 Encerramento

19:00 Verde de Honra (Paço dos Duques)

7 de novembro de 2014

08:45 Viagem de estudo: Manifestação de Riscos no NW de Portugal

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CONFERÊNCIAS

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

19 | Conferências

BIOGRAFIA

Licenciado e Bacharel em Geografia (1980), é Mestre (1990) e Doutor (1995) em Geografia Física

pela Universidade de São Paulo. É Livre Docente (2001) e Professor Titular (2008) pela Universidsade

Estadual Paulista, onde leciona no Departamento de Geografia nos cursos de graduação e pós-

graduação. Realizou estágios de pós doutorado na Universidade de Rovira e Virgili e na Universidade

de Barcelona na Espanha, na Universidade do Porto, em Portugal e na Université Rennes2, na

França. Foi presidente da Associação Brasileira de Climatologia e editor da Revista Brasileira de

Climatologia. È membro do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas e secretário da Associação

nacional de Pós-graduação em Geografia (ANPEGE). Foi coordenador da área de Geografia na Capes,

Ministério da Educação. Tem como objeto de pesquisa a variabilidade e as mudanças climáticas e

seus impactos socioespaciais, notadamente em áreas urbanas tropicais. Publicou cerca de 120

artigos em periódicos e capítulos de livros, além de uma dezena de livros (autoria e co-autoria),

entre eles “O Pantanal” (1995), “Variabilidade e Mudanças Climáticas” (2000), “Os Climas das

Cidades Brasileiras” (2001), “Public policy, mitigation and adaptation to climate change in South

America” (2009), “Uma Geografia em Movimento” (2010) e, “Climatologia Urbana e Regional”

(2013). É membro do conselho editorial de diversas revistas científicas, nacionais e internacionais.

Orientou mais de 30 teses e dissertações. Atualmente é coordenador do Grupo de Pesquisa GAIA e

coordena projetos de pesquisa em climatologia geográfica.

João Lima Sant’Anna Neto

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

20 | Conferences

RISCOS CLIMÁTICOS NO BRASIL

João Lima Sant’Anna Neto

Departamento de Geografia, Grupo de Pesquisa GAIA, FCT/UNESP Presidente Prudente.

[email protected]

RESUMO

Este artigo discute a natureza dos eventos climáticos extremos e suas dimensões sociais. A

complexidade do conceito de risco permite que este seja abordado por diferentes matizes

analíticos, como as concepções que privilegiam a abordagem sobre a natureza violenta dos

fenômenos naturais, a identificação do grau de vulnerabilidade dos grupos sociais, e a

percepção do perigo iminente por parte dos indivíduos. A produção do espaço, notadamente

nos países emergentes, como é o caso do Brasil, segue a lógica da reprodução capitalista,

geradora de espaços segregados. Longe de se produzir uma prática que respeite e se adapte

às condições ambientais, as contradições inerentes a este processo resultam em impactos aos

quais determinados grupos sociais são altamente sensíveis, tornando estas desigualdades

ainda mais agudas. Nesta perspectiva, tem-se que admitir que o risco climático possa ser

também, interpretado como uma construção social. É por esta matriz analítica que este

artigo aborda o problema dos riscos climáticos no Brasil, à partir da confluência entre a

dinâmica da natureza e as diferenciações socioespaciais, mediadas pela produção desigual do

espaço geográfico. A ocorrência dos tipos de eventos e desastres climáticos é bastante

variada, porém, é possível distinguir dois grandes grupos. De um lado, estão os territórios que

são afetados por processos de elevada magnitude, contra os quais, mesmo no atual estágio de

desenvolvimento tecnológico, pouco há a fazer, a não ser, buscar medidas de prevenção para

minimizar seus impactos. São espaços localizadas em áreas em que o nível do mar está

subindo, ou aqueles afetados por ciclones tropicais. Por outro lado, a maior parte do

território são afetados por fenômenos climáticos de natureza sazonal ou interanual, de

magnitude menor que propiciam medidas mitigatórias de adaptação e interferência humana

na resolução ou na minimização de seus impactos. É o caso das áreas afetadas pelas

enchentes, inundações, secas, ondas de calor ou de frio. Nestas, a vulnerabilidade em que se

encontra grande parte de seus moradores é que agrava o impacto dos eventos extremos,

portanto, a natureza do evento é essencialmente social e econômica. Como as áreas urbanas

localizadas em países de economia periférica não apresentam infraestrutura adequada e o

poder público não tem o controle do uso do solo, a integridade do sistema fica comprometida,

daí o termo - territórios enfermos, pois se trata de espaços doentes do ponto de vista do

desequilíbrio entre o ambiente e as práticas sociais. A perspectiva utópica de transformá-los

em territórios saudáveis passa, em primeiro lugar, pela ação do estado, como planejador,

organizador e gestor do espaço urbano, em associação com o poder local e com a participação

das sociedade civil, no processo de reordenamento do território. Os territórios saudáveis não

estarão isentos de sofrerem impactos climáticos extremos, porém, as ações mitigatórias, os

sistemas de proteção e a prevenção, ou seja, a prevalecença do meio técnico-científico-

informacional deverão ser eficientes como políticas de bem estar. O desafio está em

combinar o interesse, a vontade e a capacidade dos agentes e atores sociais em transformar

os territórios em ambientes de bem estar e qualidade vida a todos os seus habitantes, ou

seja, se trata de uma questão que só se resolve politicamente.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

21 | Conferências

BIOGRAFIA

Bacharel em Geografia (1978), Licenciado em Geografia (1979) e Doutorado em Geografia Física (1997) pela

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é Professor Associado com Agregação no Departamento de

Geografia dessa Faculdade.

Atualmente desempenha funções de Diretor do Departamento e do Curso de Geografia, de Membro do

Conselho Científico, de Coordenador do Grupo 1-Natureza e dinâmicas ambientais, do Centro de Estudos de

Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) e de Diretor do Núcleo de Investigação Científica de

Incêndios Florestais (NICIF), da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Fundador e Presidente da Direção da RISCOS – Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança, é

Coordenador do Conselho de Redação da sua revista Territorium e Diretor dos Cadernos de Geografia, bem

como de Folha Viva, um periódico trimestral, com 62 números publicados.

Coordena a equipa de investigação portuguesa do projeto internacional PREFER—Space-based Information

Support for Prevention and REcovery of forest Fires Emergency in the mediteRranean area (FP7-SPACE-2012-1)

e, anteriormente, coordenou outras equipas de investigação portuguesas em mais cinco projetos internacionais.

Há mais de 20 anos que é Coordenador Nacional do PROSEPE - Projeto de Sensibilização e Educação da

População Escolar e, além deste, coordenou mais 15 projetos de cariz nacional, dos quais se destaca um

desenvolvido através da RISCOS, denominado CP-REFER–As ignições de incêndios florestais com origem em

linhas de caminho-de-ferro, e desenvolvido no âmbito do Forest Focus C-Studies.

De entre os diversos cargos que desempenhou, salientam-se alguns dos mais relacionados com riscos,

designadamente Diretor-Geral da Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais (2004 a 2006), Membro da

Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais (2005), Membro da Comissão de Acompanhamento do

Ministério da Administração Interna para implementação das medidas contidas no Livro Branco sobre os

Incêndios Florestais do Verão de 2003 (Dezembro de 2003 a Julho de 2004), Membro da Comissão de

Acompanhamento do Ministério da Administração Interna para implementação da nova legislação do sector

dos bombeiros (2001), Conselheiro Superior de Bombeiros (1997 a 2000) e Presidente da Direção da Escola

Nacional de Bombeiros (1997 a 2002).

Mais de 300 títulos publicados, entre livros, capítulos de livros, artigos em revistas científicas nacionais e

internacionais, atas de congressos em Portugal e no estrangeiro, relatórios técnicos, livros-guia de viagens de

estudo, edições pedagógicas e de divulgação, dão bem conta da sua vasta produção científica e que não é

impeditiva do exercício de outras funções, como sejam as de avaliador de projetos científicos internacionais,

de consultor científico de uma dúzia de revistas, a maior parte delas internacionais, de coordenador de mais

de meia centena de publicações e de membro de quinze associações científicas, nacionais e internacionais.

Luciano Fernandes Lourenço

Luciano Fernandes Lourenço

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

22 | Conferences

RISCO, PERIGO E CRISE.

A TRILOGIA BASE NA DEFINIÇÃO DUM MODELO CONCEPTUAL-OPERACIONAL

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

As análises de risco só se justificam porque, quando eles se manifestam, acarretam

consequências que podem causar danos mais ou menos avultados. Daqui decorre que, por um

lado, podem ou não manifestar-se, o que leva a que o risco seja potencial, o que permite

distingui-lo do perigo, por este ser real. Por outro lado, as consequências que resultam de

cada manifestação, ou seja das crises, podem ser hierarquizadas em função dos danos

causados, o que permite considerar crises com diferentes magnitudes.

Neste contexto, o modelo que se apresenta tem como ponto de partida a manifestação do

risco, que, assim, corresponde à situação de perigo, o que faz situar o risco a montante, como

probabilidade de ocorrência de qualquer manifestação, do mesmo modo que a crise,

propriamente dita e desencadeada na sequência dessa manifestação, se situará a jusante.

Deste modo, o modelo que se apresenta, além de enquadrar e hierarquizar diferentes

conceitos, alguns dos quais umas vezes são usados como sinónimos e, noutras circunstâncias,

com significados pouco claros, procura também ter em conta a sua aplicação operacional,

traduzida quer em termos de prevenção, quando aplicado ao riscos, quer em termos de

resposta às situações de urgência que decorrem das crises.

Palavras-chave: Teoria do risco, conceptualização, socialização, observação, reação.

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‘IN MEMORIAM’

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

25 | ‘In Memoriam’

António Pedrosa (1958-2014)

Francisco da Silva Costa

Departamento de Geografia e CEGOT, Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho

[email protected]

António Sousa Pedrosa nasceu a 9 Maio de 1958 em Perosinho, uma freguesia do concelho de

Vila Nova de Gaia. Em 1977, entrou no curso de Geografia da Faculdade de Letras da

Universidade do Porto, onde obteve a licenciatura em Geografia, quatro anos mais tarde, com

o trabalho final intitulado “Bacia hidrográfica do rio Vizela: análise de índices

morfométricos”. Nesta altura são claras as suas aptidões científicas pela geografia física, o

que aliás se confirmou quando, já como assistente estagiário, iniciou os trabalhos sobre as

vertentes da área de S. Miguel-o-Anjo, sob a orientação do Prof. Doutor Fernando Rebelo.

Em 1988, António Pedrosa, prestou provas públicas de Aptidão Pedagógica e Capacidade

Científica em Geografia, ano em que tive o privilégio de o conhecer enquanto professor das

aulas práticas de Geografia Física. Aulas dadas ao sábado de manhã, em que os alunos,

mesmo após algumas noites mal dormidas, compareciam e se empenhavam. Foi durante esse

semestre que aprendemos a trabalhar em cartografia e a entender a importância da análise

de índices morfométricos para o estudo de bacias hidrográficas.

Durante a minha licenciatura, foram várias as visitas de estudos e saídas de campo que nos

abriram os horizontes para a geografia física e, particularmente, para a geomorfologia.

Recordo, com particular nostalgia, a viagem de carro que fizemos até Stará Lesná, na ex-

Checoslováquia, para participarmos no Simpósio “Time, Frequency and Datting in

Geomorphology”, na Academia de Ciências Eslovaca, dois anos após ter terminado o curso.

No ano seguinte (1993), António Pedrosa defendeu a Dissertação de Doutoramento em

Geografia Física, intitulada “Serra do Marão: Estudo de Geomorfologia”, orientada pelo

Professor Fernando Rebelo. Dado que nessa altura vivia em Amarante, foram muitas as idas ao

campo com ele, para observar e aplicar várias técnicas de geomorfologia em muitos locais da

serra do Marão. Ainda me recordo dos dias de frio extremo no Alto de Velão (a 914 metros de

altitude, já no parque natural do Alvão), a observar diversos processos de meteorização,

intensificados pelas temperaturas negativas, ou a fazer medições em blocos de granito na

vertente ocidental e muito declivosa da ribeira de Lagido, bem visível para quem fizer o IP4.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

26 | ‘In Memoriam’

“Serra do Marão: Estudo de Geomorfologia” foi um trabalho inovador, já que engloba de

forma integrada na sua investigação, temas como o periglaciarismo e os processos erosivos

associados à cartografia de Riscos, o que aliás reflete claramente a influência do Professor

Fernando Rebelo na sua orientação.

Um ano depois é integrado no Gabinete de Estudos de Desenvolvimento e Ordenamento do

Território (GEDES) como membro dessa Unidade de Investigação. Na mesma altura, assumiu a

vice-presidência do Conselho Diretivo da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, cargo

que coincidiu com o período em que se iniciou a primeira edição do curso de mestrado em

Geografia “Dinâmicas Espaciais e Ordenamento do Território” (1995-97) e no qual nos

reencontrámos, após o seu convite e insistência para a minha inscrição no mesmo. Foi neste

âmbito que, nessa altura, António Pedrosa me envolveu num protocolo de cooperação entre a

Universidade do Porto e o Russian State Hydrometeorological e que nos permitiu estar dez

dias em Sao Petersburg, em Junho de 1997.

Na sequência da sua orientação, voltámos a trabalhar sobre o tema dos processos

morfogenéticos em Amarante, com particular incidência sobre as cheias e o risco de

inundação na sua área urbana. Fortemente envolvido na orientação de vários alunos do

mestrado em Geografia, António Pedrosa iniciou colaborações com outros cursos, sendo de

destacar a pós-graduação em Estudos Africanos e, de forma mais pontual, com a Faculdade de

Letras da Universidade de Coimbra.

Em 1997, assumiu a coordenação do projeto de pesquisa “Processos erosivos no Norte de

Portugal”, no qual envolveu vários colegas e alunos da pós-graduação, com especial

incidência na análise e quantificação destes processos em áreas graníticas.

Em 2000, tornou-se membro e investigador do Centro Português de Estudos do Sudeste

Asiático, que manteve até 2006 e, um ano mais tarde, vinculou-se à Associação Portuguesa de

Geomorfólogos (APGEOM) e participou nos vários eventos científicos que esta desenvolveu.

Durante o ano de 2001, tornei-me o primeiro aluno a ser orientado por António Pedrosa para a

obtenção do doutoramento em Geografia Física e Estudos Ambientais, pela Universidade do

Minho. Lançou nessa altura o mestrado em Gestão de Riscos Naturais, do qual foi Coordenador

do curso até 2007. Neste período de grande atividade, António Pedrosa participou em várias

iniciativas de I&D das quais destacamos o projeto NOÉ (2004 – 2007), no âmbito do Programa

Interrreg, com a finalidade de estabelecer medidas de proteção para o património cultural

face aos riscos naturais e o projeto RNT “Sistema de prevenção e atuação em situações de

emergência provocadas por riscos naturais e tecnológicos” (2005 – 2008), ambos apoiados pela

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.

É clara, nessa altura, a grande proximidade científica ao tema dos riscos naturais que, aliás, é

demonstrada com mais uma colaboração pedagógica, no quadro do curso de pós-graduação de

“Ensino, Tradução e Terminologia”, onde irá lecionar o seminário “Catástrofes e Riscos

Naturais” durante o segundo semestre de 2004. Em abril desse ano, António Pedrosa

apresentou provas para obtenção de título de Agregado do Departamento de Geografia da

Faculdade de Letras da Universidade do Porto, na disciplina de Geomorfologia, com a lição

síntese intitulada “Deslizamentos e fluxos de detritos: conceitos, tipologias e causas”, tendo

sido aprovado por unanimidade.

Tornou-se membro fundador da RISCOS, Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e

Segurança, sendo seu vice-presidente entre 2004 e 2012. Ocupa um lugar de destaque na

revista “Territorium”, desde o seu primeiro número, tendo passado por cargos como diretor-

adjunto, membro dos conselhos científico e de redação e da comissão editorial, onde, aliás,

publicou vários artigos como autor e co-autor.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

27 | ‘In Memoriam’

Em 2005 foi docente no mestrado em Geografia Física e Estudos Ambientais, onde apresentou

vários seminários sobre riscos naturais e convidou vários especialistas sobre esta temática em

visitas de estudos de enorme interesse.

Foi membro fundador do CEDTUR - Centro de Estudos de Dinâmicas Territoriais e

Desenvolvimento Turístico, do Instituto Superior da Maia (ISMAI), com o qual desenvolveu

várias atividades a partir de 2009. Nesta altura, outros domínios da geografia interessavam ao

António Pedrosa, com especial realce para a paisagem e o património cultural que ambos

abraçámos. Foi nesta sequência que se tornou coordenador do Grupo de Geografia do projeto

Dourointur, desenvolvido pelo Gene.t - Grupo empreendedor de novas estratégias territoriais.

A partir de 2010, António Pedrosa iniciou uma nova etapa da sua vida académica. Mudou-se

para Uberlândia, onde auferiu de uma bolsa como professor visitante, no Instituto de

Geografia da respetiva Universidade Federal (UFU). Tornou-se investigador do Laboratório de

Geomorfologia e Erosão dos Solos (LAGES) e acabou por se instalar, de forma definitiva na

UFU, na condição de professor titular. Neste cargo que ocupou até ao fim da sua vida,

lecionou várias disciplinas de geografia física, associadas à análise da paisagem e à gestão de

riscos naturais, e a desenvolver várias linhas de investigação, destacando-se o projeto onde

esteve mais envolvido “Comunidades vulneráveis e territórios em reconversão no roteiro da

Missão Cruls.”.

Durante este período, António Pedrosa manteve a sua ligação ao Centro de Estudos de

Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT), como investigador, tendo estabelecido

inúmeras atividades com colegas da Universidade do Minho e da Universidade de Coimbra. É

neste contexto que recordo e guardo na minha memória, um dos últimos reencontros, na

Universidade Federal de Manaus, em 2012, onde tivemos a oportunidade de confraternizar

durante o VII Seminário Latino-Americano de Geografia Física.

António Pedrosa foi um geógrafo de “corpo inteiro”, dedicado e sensível às questões atuais da

geografia física e deixa uma obra que, certamente, não só será recordada, mas também se

tonará um incentivo para os estudantes de geografia, quer de Portugal, quer do Brasil.

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“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

29 | ‘In Memoriam’

Fernando Rebelo (1943-2014)

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

O Doutor Fernando Manuel da Silva Rebelo, Professor Catedrático jubilado do Departamento

de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, nasceu em Espinho, a 16 de

Setembro de 1943 e fez os seus estudos primários e secundários no Porto.

Em 8 de Fevereiro de 1966, licenciou-se em Geografia pela Faculdade de Letras da

Universidade de Coimbra, com 17 valores, após a defesa de uma Dissertação intitulada

“Vertentes do Rio Dueça”, que, no ano seguinte, veio a ser publicada no Boletim do Centro de

Estudos Geográficos de Coimbra.

Após uma breve passagem pelo ensino secundário particular, em Leiria, nos anos lectivos de

1964/65 e de 1965/66, começou a sua carreira docente universitária no dia 1 de Junho de

1966, como Assistente Eventual da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, carreira

logo interrompida pela prestação do serviço militar obrigatório (de 12 de Setembro de 1966 a

30 de Novembro de 1969). Nessa época (anos letivos de 1967/68 e 1968/69), voltou a

desempenhar funções no ensino secundário particular, em Lisboa.

Doutorou-se em Geografia Física pela Universidade de Coimbra, em 24 e 25 de Julho de 1975,

com a classificação de “Aprovado com distinção e louvor”, por unanimidade dos membros do

júri, na sequência da defesa da Dissertação intitulada Serras de Valongo- Estudo de

Geomorfologia (publicada pela FLUC, como Suplemento da Biblos) e de um Projeto de

Investigação intitulado “Os Processos Erosivos Actuais no Litoral Norte e Centro de Portugal”.

Professor Auxiliar, além do quadro, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra desde

28 de Novembro de 1975, prestou provas públicas para Professor Extraordinário da mesma

Faculdade nos dias 6 e 7 de Novembro de 1978 e, sendo provado, veio a tomar posse do lugar

no dia 1 de Fevereiro de 1979. Extinta a categoria de Professor Extraordinário (Lei 19/80, de

16 de Julho), passou a Professor Catedrático, em 4 de Março de 1982.

Entre 1 de Outubro de 1986 e 24 de Setembro de 1996 foi Vice-Reitor da Universidade de

Coimbra. Foi eleito Reitor da mesma Universidade no dia 6 de Maio de 1998, cargo em que foi

investido a 24 de Junho de 1998. Reeleito no dia 20 de Maio de 2002, tomou posse no dia 24

de Junho seguinte, tendo renunciado ao cargo no dia 13 de Novembro do mesmo ano.

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

30 | ‘In Memoriam’

Regressa à docência no Departamento de Geografia, atividade que, aliás, nunca deixou de

exercer enquanto desempenhou funções reitorais e que manteve até à sua jubilação, em 16

de setembro do ano passado, um dia em que muitos de nós o acompanhámos e que culminou

com o lançamento de um livro em sua homenagem sobre Riscos Naturais, Antrópicos e Mistos,

uma temática que o apaixonou nos últimos de vida e em que, apesar de jubilado, continuava

a trabalhar. Neste livro tivemos o ensejo de publicar a listagem das muitas obras de sua

autoria que, dado o seu elevado número, não cabe aqui referir.

Como é sabido, a sua área de especialidade era a Geografia Física e, em particular, a

Geomorfologia, ciência a que muitos contributos deu, particularmente em termos de

Geomorfologia Dinâmica, através de brilhantes lições e de numerosos trabalhos publicados.

Todavia, não se confinou a ela, pois também era um conceituado e reconhecido mestre

noutras áreas da Geografia Física, como a Climatologia ou os Riscos Naturais, tendo até feito

algumas incursões em temas de Geografia Humana e Regional.

A sua vasta atividade pedagógica, exercida ao longo dos 45 anos em que permaneceu no

Departamento, traduziu-se na lecionação de 26 diferentes disciplinas e seminários, além da

colaboração em diferentes cursos de outras universidades e, durante 40 anos, lecionou Etnografia

e/ou Geografia de Portugal no Curso Anual de Língua e Cultura Portuguesa para Estrangeiros, no

âmbito das quais realizou inúmeras viagens de estudo, especialmente na região Centro.

As suas metódicas exposições, muito organizadas e didáticas, cativaram todos aqueles que

tivemos o privilégio de o ter como professor nos primeiros anos das nossas licenciaturas.

Depois, nos anos seguintes, a atitude do mestre era diferente, incentivando-nos a iniciar a

investigação científica aplicada a temas concretos, que acompanhava e orientava de perto.

Foram muitas as gerações de alunos, com idades e culturas bem diferenciadas, que durante

todos estes anos foram marcadas por este vulto da geografia portuguesa, associado a uma

personalidade de trato fácil e grande disponibilidade, a que se aliava o carácter afável do

grande pedagogo que foi o Doutor Fernando Rebelo.

Viajante incansável, realizou numerosas viagens de estudo por todo o território português,

incluindo todas as ilhas dos Açores e da Madeira, bem como por praticamente toda a Europa e

por muitos outros países de África, Ásia e América: do Norte, Central e do Sul.

Todavia, nunca guardou para si as aprendizagens feitas nestas viagens, sempre realizadas com

uma perspetiva geográfica, uma vez que, depois, aproveitava algumas das aulas para partilhar

com os seus estudantes as experiências vividas e, através da imagem, os seus slides eram

famosos, e que ultimamente passou a substituir por não menos cuidadas apresentações, com

excelentes imagens em powerpoint, através das quais dava a conhecer outras paragens, com

contextos geográficos diferentes, tendo mesmo dado à estampa algumas delas e de que é

exemplo o livro Viagens pelo Brasil. Impressões de um Geógrafo, Memórias de um Reitor,

publicado em 2006.

Não irei alongar-me nas referências aos muitos livros e artigos científicos que publicou, mas

não posso deixar de mencionar dois deles: Percurso de um Reitor da Universidade de Coimbra

(1998-2002) e Reflexões sobre a Vida Universitária (2004), pois neles deixou relatada a sua

muito marcante experiência reitoral, por ter correspondido a um período que não foi nada

fácil, na história da vida universitária coimbrã.

Outra das suas obras, porventura a mais conhecida, é, sem dúvida, a dos Riscos Naturais e

Acção Antrópica, com duas edições, uma em 2001 e, outra, dois anos mais tarde, em 2003, e

que constitui referência obrigatória em qualquer trabalho que verse sobre ciências cindínicas.

Aliás, as suas preocupações em aplicar a geografia ao território, manifestaram-se cedo,

começando logo no seu primeiro projeto de investigação científica, já mencionado, e que

dedicou ao estudo dos Processos Erosivos Actuais no Litoral Norte e Centro de Portugal.

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“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

31 | ‘In Memoriam’

Depois disso, a necessidade de divulgar os resultados dos trabalhos de investigação que ia

realizando, levaram-no a fundar em 1994, juntamente com outros geógrafos, a conhecida e

prestigiada revista Territorium, de que sempre foi Diretor, e que começou por ser uma revista

de Geografia Física Aplicada ao Ordenamento do Território e à Gestão de Riscos Naturais, e

dez anos depois, a partir de 2004, passou a ser a revista da Associação Portuguesa de Riscos,

Prevenção e Segurança, associação de que também foi seu sócio fundador, mantendo-se como

uma conceituada revista, agora especializada em Riscos, aliás uma das poucas existentes no

mundo sobre esta temática.

Condensar em meia dúzia de páginas os traços da personalidade e da vasta obra de Fernando

Rebelo não é fácil. Foram dezenas as reuniões científicas que organizou e perde-se a conta

daquelas em que participou, bem como das conferências que proferiu em Portugal e no

estrangeiro. Orientou 15 teses de doutoramento e mais de 20 teses de mestrado ou de

aptidão pedagógica e capacidade científica. Participou em diversos projetos de investigação

científica e em atividades administrativas de vária índole.

Esta sua intensa vida académica, de professor e cientista, foi reconhecida de várias formas,

designadamente através da atribuição da qualidade de Sócio Honorário por muitas instituições

e organismos, bem como foi merecedor de diversos prémios, homenagens e distinções, de que

apenas refiro duas:

A Grã Cruz da Ordem Estadual Renascença do Piauí, que recebeu no Brasil e

A Grã Cruz da Ordem de Mayo al Mérito, que lhe foi atribuída na Argentina.

Fernando Rebelo, ao deixar-nos prematuramente, quando ainda muito tinha para dar à Geografia,

à Universidade de Coimbra e à RISCOS, leva com ele a referência de uma geração de geógrafos

que, se calhar, também se extinguirá com ele, a dos chamados geógrafos “completos”, por, como

os mestres que o antecederam, ter trabalhado tanto em Geografia Física como em Geografia

Humana, e dos quais também deixou testemunho numa obra que intitulou: A Geografia Física de

Portugal na vida e obra de quatro professores universitários – Amorim Girão, Orlando Ribeiro,

Fernandes Martins, Pereira de Oliveira (publicada em 2008), quatro ilustres geógrafos portugueses,

três deles eminentes professores e mestres, no sentido vernáculo do termo, da Universidade de

Coimbra e, no caso do Doutor Orlando Ribeiro, também com passagem pela Universidade de

Coimbra antes de ingressar na Universidade de Lisboa.

Ora, com o desaparecimento do decano da Geografia de Coimbra, a 9 de outubro de 2014, a

geografia portuguesa ficou muito mais pobre, do mesmo modo que a Universidade de

Coimbra, que ajudou a promover e a divulgar pelos quatro cantos do mundo e que serviu com

muita dedicação, pois perdeu um dos seus Reitores e um dos seus mais brilhantes professores.

A RISCOS ficou sem o seu Presidente da Assembleia Geral e sem o Diretor da sua revista

Territorium, cargos que sempre manteve desde a fundação da Associação Portuguesa de

Riscos, Prevenção e Segurança.

Lembramos pois, com saudade, o professor e o cientista, mas também o colega e o amigo

que, tantas vezes e com tantos de nós, colaborou em trabalhos académicos, de ensino e de

investigação, uma obra que perdurará no tempo e que não deixará de ser uma referência para

qualquer estudioso da temática dos Riscos e das suas manifestações.

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MESA REDONDA

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

35 | Mesa redonda

BIOGRAFIA

Jornalista (Carteira Profissional n.º 684).

É redactor na secção Sociedade no “Jornal de Notícias”, cujo corpo redactorial integra desde

Março de 1988. Iniciou a actividade profissional em “O Primeiro de Janeiro”, em 1981, tendo

colaborado em vários órgãos de comunicação social, nomeadamente “O Jornal”, “O Jornal

Ilustrado”, “Sábado” (1.ª série), Rádio Activa e Rádio Nova. Desde 1985, tem dedicado

especial atenção aos temas do Ambiente – da conservação da natureza às alterações

climáticas, dos resíduos e dos recursos hídricos à energia, da floresta e incêndios florestais à

conservação do solo e desertificação, da educação ambiental à erosão costeira.

É presidente da Direcção do Sindicato dos Jornalistas desde 2000, tendo sido vice-presidente

desde 1993. É membro da Comissão de Classificação de Publicações no âmbito da Entidade

Reguladora para a Comunicação Social e foi membro da Comissão de Apelo da Comissão da

Carteira Profissional de Jornalista. Em sucessivos mandatos, foi membro dos conselhos de

redacção de “O Primeiro de Janeiro” e do “Jornal de Notícias”.

Foi membro da Assembleia Municipal do Porto (1999-2002).

Alfredo Maia (moderador)

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

36 | Round table

BIOGRAFIA

É vice-presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Entre

setembro de 2012 e julho de 2014 exerceu o cargo de diretor do Departamento de Gestão e

Produção Florestal, nesse mesmo Instituto.

Possui a licenciatura em Engenharia Florestal pelo Instituto Superior de Agronomia e é mestre

em Planeamento Regional e Urbano pela Universidade Técnica de Lisboa.

Foi diretor nacional para a Gestão Florestal, na Autoridade Florestal Nacional (2008 a 2012) e

presidente do Conselho Nacional de Reflorestação (2004 a 2005). Desempenhou ainda o cargo

de diretor de serviços de Defesa da Floresta contra Incêndios em 2007 e 2008. Foi responsável

pelo desenvolvimento das orientações nacionais para a recuperação das áreas ardidas em

2003 e 2004 e pela coordenação das comissões regionais de reflorestação e dos projetos

executados no seu âmbito.

Como técnico florestal tem trabalhado nas áreas do ordenamento do território, planeamento

e projetos florestais, defesa da floresta contra incêndios e gestão e produção florestal, tendo

publicado diversos artigos e capítulos em livros e revistas. Chefiou ou integrou diversas

missões oficiais de representação nacional no estrangeiro.

João Pinho (ICNF)

João Pinho (ICNF)

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

37 | Mesa redonda

BIOGRAFIA

É Diretor Nacional de Bombeiros, na Autoridade Nacional de Proteção Civil.

É atualmente doutorando em Engenharia de Segurança ao Incêndio na Universidade de

Coimbra, sendo licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico, pós-graduado

em Proteção Contra Incêndios em Edifícios e Mestre em Segurança aos Incêndios Urbanos pelo

DEC/Universidade de Coimbra e pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

Foi bombeiro voluntário durante 18 anos. Desempenhou as funções de Inspetor Regional

Adjunto, Inspetor Regional de Bombeiros do Centro e Inspetor Superior Adjunto, no SNB e de

Vice-presidente do Serviço Nacional de Proteção Civil e do Serviço Nacional de Bombeiros e

Proteção Civil. Foi Vogal do Conselho Diretivo do INEM.

Lecionou em diversas Licenciaturas, Pós-graduações e Mestrados na área da Segurança Contra

Incêndios e Proteção Civil em geral.

José Pedro Lopes (ANPC)

(ANPC)(ANPC)

José Pedro Lopes (ANPC)

(ANPC)(ANPC)

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

38 | Round table

BIOGRAFIA

Coronel. Diretor do Serviço da Proteção da Natureza e Ambiente da Guarda Nacional

Republicana, desde janeiro de 2012. Exerceu as funções de Inspetor Adjunto da Inspeção da

Guarda Nacional Republicana entre 2011 e 2012 e de Comandante da Unidade Nacional de

Trânsito entre 2009 e 2011. Ingressou na Guarda Fiscal em março de 1980 e foi integrado na

Guarda Nacional Republicana em 1993.

Tem formação militar através do curso de Oficiais Milicianos (1985), do curso de Promoção a

Capitão (1990) e do curso de Promoção a Oficial Superior (2000). Tem também uma

licenciatura em Ciências Sociais, pela Universidade Aberta, concluída em 2009.

Jorge Oliveira (GNR-SEPNA)

Jorge Oliveira (GNR-SEPNA)

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“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

39 | Mesa redonda

BIOGRAFIA

Tenente-Coronel. Comandante do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR,

desde setembro de 2011. Exerceu as funções de Chefe da Secção de Recursos Logísticos e

Financeiros do Comando Territorial de Viseu, entre 2010 e 2011. Foi 2.º Comandante do GIPS

entre 2007 e 2010 e Comandante da 1.ª Companhia do GIPS entre 2004 e 2005. Entre 1996 e

2006, exerceu as funções de Comandante em diversos Destacamentos Territoriais, entre os

quais Lousã (2001-2006) e Covilhã (2001-2002), e no Sub-Destacamento Fiscal de Olhão (1996-

1998). Entre 1998 e 2001 foi instrutor/formador na Escola da GNR, no Grupo de Instrução de

Aveiro.

Tem formação militar através da licenciatura em Ciências Militares – Ramo Guarda Nacional

Republicana (1996), do curso de Promoção a Capitão (2001) e do curso de Promoção a Oficial

Superior (2007). Tem também uma pós-graduação (2007) e um mestrado (2009) em Direito e

Segurança, pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. Em 2012, participou

em diversos programas de formação da União Europeia, relacionados com a gestão de

operações de socorro e com o Mecanismo Comunitário de Proteção Civil.

Albino Tavares (GNR-GIPS)

Comunicações oraisAlbino

Tavares (GNR-GIPS)

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COMUNICAÇÕES ORAIS

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Painel 1 Teoria, modelos conceptuais

e comunicação do risco

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

45 | Painel 1 – Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco

DA COMUNICAÇÃO À CULTURA DE RISCO: DESAFIOS PARA NOVAS ABORDAGENS

Cintia Okamura

CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo

[email protected], [email protected]

Jacques Lolive

Laboratório PACTE CNRS - França

[email protected]

RESUMO

Em geral, a comunicação envolvendo especialistas, poder público, população e a mídia é

problemática devido à dificuldade de entendimento das questões técnicas pelo público em

geral e, por outro lado, devido à dificuldade dos técnicos levarem em conta o universo

material e cultural da população. Tal quadro resulta, muitas vezes, na adoção de concepções

pré-concebidas e incertas, gerando conflito entre os atores envolvidos, principalmente nos

casos que envolvem emergência e risco ambiental. Esse contexto mostra a necessidade de

procedimentos e de instrumentos que contemplem a definição de estratégias de intervenção,

de gestão da informação e de mobilização da população em diversas situações. Desta forma,

o presente trabalho propõe apresentar a experiência que está sendo desenvolvida em São

Paulo, cujo contexto urbano é caracterizado pela coexistencia de diferentes tipos de riscos e

cujas instituições responsáveis pela regulação de riscos sanitários e ambientais, como a

CETESB, se defrontam com novos desafios para apresentar de forma ponderada à sociedade

situações ou contextos que a ameaçam. Assim, propõe apresentar metodologias pertinentes

para analisar, revelar e valorizar a experiência da população exposta a fim de contribuir com

o desenvolvimento de uma cultura de risco. Entendemos por “cultura de risco” uma

concepção ampla da comunicação de riscos que associa o conhecimento técnico e científico e

o conhecimento da população. Esta “cultura de risco” valoriza as práticas de prevenção,

precaução e vigilância que se baseiam na experiência da população exposta.

Palavras-chave: cultura de risco, experiência da população, participação, métodos

qualitativos, gestão de riscos.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

46 | Panel 1 – Theory, conceptual models and communication of risk

COMUNICAÇÃO DE RISCOS E JORNALISMO:

CONSIDERAÇÕES SOBRE ESTA RELAÇÃO A PARTIR DAS MUDANÇAS DO CLIMA

Eloisa Beling Loose

Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento,

Universidade Federal do Paraná (Brasil).

Bolsista CAPES - proc. nº 99999.003712/2014-01

[email protected]

RESUMO

A proposta deste trabalho é discutir a relação existente entre a atividade jornalística e seu

papel no âmbito da comunicação de riscos, tendo em vista seu alcance e potencial para

disseminar e promover ações de enfrentamento. Além de uma discussão teórica, calcada em

revisão de literatura sobre o tema, o artigo evidencia a forma como o jornal Gazeta do Povo,

impresso de maior circulação no estado do Paraná, Brasil, trata dos riscos climáticos durante

as divulgações do 1º Relatório Brasileiro de Mudanças Climáticas e do 5º Relatório do Painel

Intergovernamental de Mudanças Climáticas, ocorridas no segundo semestre de 2013. Para

tanto, realiza-se um mapeamento das notícias que articulem - de forma explícita ou implícita

- os riscos atrelados às alterações do clima no período já mencionado e uma análise de seus

enquadramentos, com o fim de verificar de que modo este jornalismo tem retratado o

assunto e, consequentemente, participado na comunicação dos riscos climáticos. A partir

disso, reflete-se sobre a função do jornalismo nos momentos de prevenir, minimizar e se

adaptar aos riscos decorrentes das mudanças do clima.

Palavras-chave: comunicação de risco, jornalismo, mudanças climáticas.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

47 | Painel 1 – Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco

RISK COMMUNICATION AT UNIVERSITY CAMPUS

Angela Santos

Centre for Geographical Studies, Institute of Geography and Spatial Planning

Universidade de Lisboa, Portugal

[email protected]

Margarida Queirós

Centre for Geographical Studies, Institute of Geography and Spatial Planning

Universidade de Lisboa, Portugal

[email protected]

ABSTRACT

Although seismic activity in Portugal is quite low, the country has had several earthquakes

that caused severe damage and fatalities. The authors’ concern about earthquakes led to

investigate the safety conditions at the Faculdade de Letras of the Universidade de Lisboa

building (FLUL). Since Emergency Plans (EP) were unknown, and safety traps were found, the

authors elaborated one. Then, a pilot Evacuation Exercise (EE) was conducted to a small

number of faculty members in order to test the EP, with the aim to understand human

behavior during an evacuation. After the EE participants answered a questionnaire, the

research was complemented by an indoor inspection. The most significant results revealed

that FLUL was very well equipped with emergency signs and equipment (conferring to

Portuguese Law), participants were not aware of them and “undereducated” about safety

measures, there was an insufficient internalization of “being at risk” through the

preparedness of the participants during the EE.

The aim of this paper is to report a more elaborated experience conducted at FLUL, on May

2014, on risk perception, with a 20% users’ sample. Mental maps and spatial awareness in a

hypothetical earthquake were the source of the research. Preliminary results show that risk

concept (to common people) is much richer than that of the experts and reflects concerns

that are usually omitted from assessment or management risk authorities. Also, more

effective ways of communicating the risk should be attempted.

Keywords: Natural hazards, mental maps, human behavior, public buildings, emergency

equipment.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

48 | Panel 1 – Theory, conceptual models and communication of risk

RISCO AMBIENTAL E VULNERABILIDADE:

DISCUSSÃO CONCEITUAL A PARTIR DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO

EM BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS/BRASIL

Carla Juscélia de Oliveira Souza

Departamento de Geociências, Curso de Geografia

Universidade Federal de São João del-Rei/MG, Brasil

[email protected]

RESUMO

Este compreende análise qualitativa de três trabalhos de conclusão de curso (TCC), na área

da Geografia, e tem o objetivo de verificar como os termos “risco ambiental e

vulnerabilidade” são concebidos. A escolha desses trabalhos se deve aos seus conteúdos:

Saberes de geografia física no cotidiano da escola, Concepção de risco socioambiental entre

alunos do ensino médio e Percepção ambiental da população da vila Bacuraus. Para a análise

consideraram-se os conceitos perigo e risco. Dois trabalhos abordaram “risco ambiental” de

forma direta e a noção de risco se refere à combinação da presença humana próxima a canais

de drenagem e/ou encostas, associação de sujeitos com localização. A ideia de

vulnerabilidade é a da exposição geográfica do alvo ao perigo. O terceiro trabalho não tem

foco no risco ambiental, mas quando aborda conteúdos de geografia física, na escola, revela

as condições da dinâmica fluvial e a existência de áreas de risco no entorno escolar. A análise

mostrou, também, os interesses de graduandos pela discussão da temática “riscos

ambientais” na perspectiva geográfica, no contexto de estudo de caso e da escola. Nesta, os

conteúdos presentes na temática mostraram possibilidades para o ensino de conceitos e fatos

referentes aos riscos ambientais. A análise desses trabalhos mostrou, também, a necessidade

de mais leituras e fundamentação teórica sobre Risco por parte dos seus autores.

Palavras-chave: Risco, Escola e Geografia

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

49 | Painel 1 – Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco

LEVANTAMENTO DA CONCEPÇÃO DE RISCO AMBIENTAL E ÁREAS DE RISCO

NA ESCOLA BÁSICA EM SÃO JOÃO DEL REI – BRASIL:

RESULTADO PRELIMINAR

André Barbosa Ribeiro Ferreira

Departamento de Geografia, Universidade Federal de São João del Rei/MG, Brasil

[email protected]

Larissa Trindade Tarôco

Departamento de Geografia, Universidade Federal de São João del Rei/MG, Brasil

[email protected]

Carla Juscélia de Oliveira Souza

Departamento de Geociências, Curso de Geografia

Universidade Federal de São João del-Rei/MG, Brasil

[email protected]

RESUMO

Os desastres naturais ocorrem em todo mundo com grande frequência, devido à combinação

de diversos fatores naturais e à intensificação e ação antrópica. Diante disso, surgiu o

interesse por investigar a maneira como o tema vem sendo discutido nas escolas, na disciplina

de Geografia, em duas escolas públicas de São João del-Rei, Minas Gerais/Brasil, nível

fundamental e médio. Por meio de um projeto piloto, no âmbito de pesquisa de iniciação

científica em andamento, objetiva-se efetuar um diagnóstico, sobre o conhecimento e a

concepção de risco ambiental e área de risco presentes entre os alunos, além de investigar

como o assunto é trabalhado pelos professores da disciplina de Geografia. O levantamento e

diagnóstico serão feitos através da coleta de informações por meio de questionários a serem

respondidos pelos alunos e professores, e, também pela observação em sala de aula durante a

discussão do assunto. As bases teóricas que fundamentam a pesquisa encontram-se no

contexto da Geografia e da Psicologia, referentes à noção de representação, percepção e de

“Riscos”. A fase atual da pesquisa compreende leituras, contato com os sujeitos das escolas e

compreensão dos conceitos riscos, vulnerabilidade e perigo. Os resultados finais estão

previstos para dezembro de 2014. A partir deles, espera-se propor atividades e ações com

intuito de alertar, orientar e educar a população escolar para os riscos ambientais.

Palavras-Chave: Concepção, Risco Ambiental, Educação Geográfica.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

50 | Panel 1 – Theory, conceptual models and communication of risk

EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA E RISCOS SOCIOAMBIENTAIS:

EXPERIÊNCIAS EM ATIVIDADES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Carla Juscélia de Oliveira Souza

Departamento de Geociências, Curso de Geografia

Universidade Federal de São João del-Rei/MG, Brasil

[email protected]

RESUMO

O tema riscos socioambientais no ensino de geografia possibilita analisar e interpretar a

espacialidade e a dinâmica de fenômenos sociais e naturais que podem levar à geração do

Risco. O entendimento da noção de risco, do contexto geográfico (social, econômico e

político) e dos fenômenos possibilita discussões que promovam atitudes e ações individuais

e/ou coletivas de prevenção, quando necessárias. Apesar desse fato, são poucas as discussões

na educação geográfica para a construção de conceitos e de educação para a prevenção de

desastres. Portanto, este trabalho retoma experiências vivenciadas em atividades de extensão

com crianças e jovens da educação básica, de Belo Horizonte e de São João del-Rei, entre

2004 e 2014, a partir das quais almeja discutir algumas possibilidades de trabalho com o

referido tema na educação. Os projetos iniciais não tinham o Risco como foco, apesar de

abordarem a interação fenômenos naturais, paisagem e sociedade. A partir de 2009, a ideia

de fenômenos naturais, desastres e risco socioambiental ganhou destaque entre os projetos.

Mais de 350 pessoas participaram diretamente das atividades, entre alunos, professores e

graduandos. As vivências e experiências consideradas positivas e educativas promoveram

produção de maquetes, modelos em argila e discussões sobre áreas de risco socioambiental no

espaço de vivência. O tema risco e desastres desperta sempre interesse entre as crianças e

jovens. Isso é um aspecto importante a ser aproveitado.

Palavras-chave: Educação geográfica, Extensão, Riscos socioambientais.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

51 | Painel 1 – Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco

IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO DO RISCO

EM DESTINOS TURÍSTICOS COM PERIGOSIDADE NATURAL ELEVADA:

O CASO DA ILHA DA MADEIRA

Daniel Márcio F. Neves

Instituto de Investigação Interdisciplinar da Universidade de Coimbra

[email protected]

José Luís Zêzere

Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa

[email protected]

RESUMO

Considerando que a vulnerabilidade no turismo é um facto incontornável, e que os turistas

costumam observar e privilegiar os destinos que evidenciam medidas e ações viradas para a

sua segurança e bem-estar, torna-se relevante comunicar riscos e medidas de autoproteção

adequadas às características físicas dos territórios, bem como às atividades turísticas

desenvolvidas.

A ocorrência de fenómenos naturais com efeitos catastróficos nos últimos anos, em destinos

turísticos como a Ilha da Madeira, tem contribuído para uma mudança de paradigma ao nível

do conhecimento sobre os riscos em áreas turísticas, assistindo-se à adoção de políticas

abertas e transparentes em alguns destinos turísticos, a fim de melhorar a imagem, reputação

e confiança dos mercados. Contudo, verifica-se que a grande dificuldade reside na forma de

comunicar o risco - informação útil sobre situações de risco para que o turista se sinta

protegido e ao mesmo tempo seja protagonista da sua própria segurança, o que por vezes leva

à omissão dos riscos, por preconceitos relacionados com o alarmismo e impactos negativos

para a imagem do destino turístico.

Neste contexto, os locais na Ilha da Madeira normalmente procurados pelos turistas para

obtenção de informações e/ou orientações (ex. Postos de Turismo), bem como os

colaboradores ligados ao sector do turismo e hotelaria, devem estar habilitados e munidos de

informações sobre possíveis riscos e lugares críticos (pontos que carecem de atenção

redobrada no domínio da segurança por parte dos turistas), bem como ao nível da divulgação

de comportamentos e medidas de autoproteção a adotar. Adicionalmente, a organização de

campanhas direcionadas para consciencialização da população criará condições favoráveis

para a implementação de estratégias de comunicação e gestão de situações de risco.

Palavras-chave: Comunicação do Risco, Segurança, Autoproteção, Destino Turístico, Imagem.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

52 | Panel 1 – Theory, conceptual models and communication of risk

PERCEPÇÃO DE RISCO AOS EVENTOS ATMOSFÉRICOS EM MAPUTO, MOÇAMBIQUE

Lucí Hidalgo Nunes

Departamento de Geografia, Universidade Estadual de Campinas, Brasil

[email protected]

RESUMO

A percepção climática, em especial quanto aos riscos, foi avaliada em Maputo, por meio de

144 entrevistas conduzidas em novembro de 2009 e outubro de 2012, constando questões para

caracterizar a pessoa (idade, escolaridade, gênero etc.) e perguntas abertas sobre tempo e

clima, de forma a aferir conhecimentos, percepções, preferências e fontes de informação. Os

resultados revelaram que muitas pessoas usam o conhecimento empírico, as vezes associando

com informações provenientes da mídia, e que muitos temas acontecidos em locais remotos

mas veiculados incessantemente são entendidos como influentes nos fatos atmosféricos

vividos por eles. Os entrevistados entendem que Maputo apresenta grande variabilidade das

condições atmosféricas e a maioria acredita estar havendo sinais de mudanças climáticas

(mais calor e maior irregularidade sazonal). Muitos foram críticos com a atuação do poder

público, mas vários lembram que a população também teria culpa no advento de

calamidades. Os fenômenos mais citados como passíveis de engendrar transtornos foram as

cheias, o que condiz com a realidade climática. Vários entrevistados afirmaram já ter passado

por situações de risco, tendo sido a mais citada a cheia associada à passagem de um ciclone

tropical no ano 2000. As pessoas gostam dos lugares onde vivem e acreditam que o poder

público é ineficaz no gerenciamento de condições calamitosas. Não houve grandes diferenças

entre as respostas de acordo com gênero, idade e grau de escolaridade.

Palavras-chave: percepção de risco, tempo, clima, questionários, Maputo.

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53 | Painel 1 – Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco

SEQUÍAS Y MEDIOS DE COMUNICACIÓN.

CONSTRUCCIÓN DE DISCURSOS SOBRE RIESGOS HÍDRICOS

EN ANDALUCÍA

Pilar Paneque

Departamento de Geografía, Historia y Filosofía,

Facultad de Humanidades de la Universidad Pablo de Olavide, de Sevilla

[email protected]

Jesús Vargas Molina

Laboratorio de Geografía, Universidad Pablo de Olavide, de Sevilla

[email protected]

RESUMEN

Cada episodio de sequía lleva aparejado un debate entre distintos actores sociales que queda

reflejado en los medios de comunicación, a través de los que se intentan legitimar distintas

visiones, valores y propuestas de gestión de estos riesgos hídricos. Con el objetivo de avanzar

en el análisis del grado de adaptación institucional a las sequías y, en particular, del

aprendizaje acumulado tras los últimos episodios vividos en Andalucía y los importantes

cambios normativos y de planificación hidrológica acaecidos desde el año 2000 en el contexto

europeo, en este trabajo centramos la atención en los discursos y contenidos recogidos en la

prensa escrita. Con la finalidad de profundizar en el mejor conocimiento de las resistencias

que puedan existir a nuevos modelos de gestión así como de la participación de actores y la

identificación de temas clave en el debate, se realiza un análisis discursivo y de contenidos

de medios de comunicación de Andalucía en los años hidrológicos 2004-2005 y 2011-2012, a

través de la aplicación del software Atlas.ti.

Palabras clave: Andalucía, Discursos, Medios de comunicación, Riesgos hídricos, Sequías.

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54 | Panel 1 – Theory, conceptual models and communication of risk

CLASSIFICAÇÃO DE PRECIPITAÇÕES ASSOCIADAS A ALUVIÕES

NA REGIÃO DO FUNCHAL, ILHA DA MADEIRA,

COM RECURSO A CADEIAS DE MARKOV

Ana Ramalheira

Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura e Georrecursos (DECivil), I.S.T.

[email protected]

Maria Manuela Portela

Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura e Georrecursos (DECivil), I.S.T

[email protected]

António Betâmio de Almeida

Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura e Georrecursos (DECivil), I.S.T

[email protected]

RESUMO

A análise de eventos extremos de precipitação, designadamente na Ilha da Madeira, indicia

que a excepcionalidade da precipitação, quando exclusivamente considerada per se, possa

não explicar a gravidade das consequências de alguns daqueles eventos. Com efeito,

precipitações intensas com magnitudes próximas podem ter consequências distintas

(inclusivamente, gerando ou não aluviões), presumivelmente em função das precipitações que

as antecedem.

Com o objectivo de averiguar a possibilidade de desenvolver critérios de dimensionamento

que reconheçam situações de risco, descreve-se a abordagem desenvolvida para caracterizar

fenómenos extraordinários de precipitação, a qual faz intervir precipitações acumuladas em

diferentes períodos sub-diários, ao longo de uma janela temporal com a duração de 4 dias, de

acordo com limiares de excepcionalidade pré-estabelecidos. Para o efeito, recorreu-se à

metodologia associada às cadeias de Markov, de acordo com a qual se pode admitir a hipótese

de as ocorrências de dias secos ou chuvosos serem condicionalmente dependentes da

sequência antecedentes daqueles dias.

A abordagem foi aplicada à classificação de precipitações associadas a aluviões históricas na

região do Funchal, tendo por base as precipitações horárias registadas no posto udográfico do

Funchal, no período entre 1 de Outubro de 1980 e 06 de Julho de 2010, obtida no âmbito de

SRES (2010a,b). Os períodos de acumulação da precipitação, para caracterização quanto à sua

excepcionalidade, variaram entre 1 e 96 h.

Palavras-chave: Aluviões, Cadeias de Markov, Funchal, Precipitações extraordinárias.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

55 | Painel 1 – Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco

A EDUCAÇÃO PARA OS RISCOS

E A PROMOÇÃO DE UMA CULTURA DE SEGURANÇA NAS ESCOLAS

Maria Clara Gomes Inácio

Agrupamento de escolas de Aguiar da Beira

[email protected]

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

Os portugueses das últimas décadas são um povo avesso à autoridade, disciplina e

organização, o que, consequentemente, também o transforma num povo sem grande cultura

de segurança. Todavia, algumas recomendações internacionais, como o Quadro de Ação de

Hyogo – 2005-2015, incitam a que este processo se inicie nos “bancos da escola”, confiando

assim a esta Instituição a mudança de atitudes e mentalidades que, indubitavelmente, devem

contribuir para o desenvolvimento e incorporação de uma verdadeira cultura de segurança.

Partindo deste pressuposto, pretende-se avaliar até que ponto, e de que modo, a Escola está

a cumprir essa missão.

Fundamentado no discurso oficial espelhado na produção legislativa que, de forma directa ou

indirecta, sustenta a sua implementação nas práticas quotidianas dos 2.º e 3.º ciclos, bem

como, com recurso a inquéritos e entrevistas, pretende-se neste estudo, caracterizar o modo

como esta temática está a ser implementada na Escola, para daí inferir a existência de um

conjunto de boas práticas e/ou de constrangimentos.

Constata-se, quase no final do período de vigência do Quadro de Ação de Hyogo, que várias

iniciativas foram tomadas (apesar de algumas delas já terem sido revogadas), umas no âmbito

dos currículos disciplinares e outras no formato de atividades extracurriculares.

Independentemente da estratégia preconizada, os professores têm de estar minimamente

sensibilizados para tal, dado que a falta de formação foi uma constatação incontornável,

tanto no inquérito aplicado como nos discursos dos vários entrevistados.

É, pois, premente que os Centros de Formação valorizem esta área, desenvolvendo programas

eficazes de comunicação/informação sobre a temática do risco, nomeadamente, contendo

medidas básicas de autoprotecção, para serem devidamente replicadas ao público-alvo - os alunos.

Palavras-chave: cultura de segurança, escolas, alunos, professores, educação.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

56 | Panel 1 – Theory, conceptual models and communication of risk

EXPANSÃO URBANA, OCUPAÇÕES DE BAIXA RENDA E RISCOS AMBIENTAIS,

NA CIDADE DE BOA VISTA, RR/ BRASIL

Miguel Cerqueira dos Santos

UNEB e Pós-Doutorando em Geografia pela UFRR

[email protected]

Artur Rosa Filho

Departamento de Geografia da Universidade Federal de Roraima

[email protected]

RESUMO

O processo de urbanização de Boa Vista passou por vários estágios. No primeiro momento, as

ocupações aconteceram de modo espontâneo, a partir do desenvolvimento das atividades

primárias, motivadas pelo potencial encontrado às margens do Rio Branco. Durante a década

de 1940, foi criado o Território do Rio Branco, possibilitando que esta cidade fosse a sua

capital. Inspirada no modelo radial-concêntrico, Boa Vista começou a se configurar por meio

de uma multiplicidade de funções. O sítio urbano de Boa Vista é predominantemente marcado

pela presença dos igarapés, os quais demandam sérios cuidados no tocante à ocupação

humana. Na Zona Leste da cidade, predominam os bairros mais estruturados, enquanto que a

Zona Oeste constitui uma das poucas opções de acesso à moradia das populações de baixa

renda. O objetivo do trabalho é investigar os principais riscos ambientais que permeiam as

populações em análise. No tocante aos percursos metodológicos, à pesquisa será respaldada

em autores clássicos e contemporâneos que discutem a temática. Os trabalhos de campo

estão sendo realizados com a aplicação de entrevistas e questionários, de modo a promover a

relação entre os problemas levantados e o equacionamento dos mesmos. O tratamento dos

dados acontece com o apoio do SIG, com a utilização de Softwares como SPSS e ArcGIS. Como

resultado final, está sendo produzido o artigo que poderá servir de subsídios para a

elaboração de políticas públicas voltadas para a redução de desigualdades sociais.

Palavras-chave: Expansão urbana, ocupações de baixa renda e riscos ambientais.

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Painel 2 Geotecnologias aplicadas à

análise e gestão de riscos

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

59 | Painel 2 – Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos

POTENTIAL FOR THE APPLICATION OF A GRAVITY SENSING TECHNOLOGY FOR

THE IMPROVEMENT OF THE ASSESSMENT OF SEISMIC HAZARDS

Arthur L. S. Valencio

State University of Campinas, Brazil

[email protected]

Charles H.-T. Wang

SUPA Department of Physics, University of Aberdeen, UK

[email protected]

ABSTRACT

The present work summarizes the recent progress about applications of gravity sensing

techniques towards the monitoring of earthquakes. Earthquakes of great magnitude are

natural hazards that cause great concern to socio-political environment due to the high

potential of damage, destruction and losses of the whole system of objects and system of

actions (Santos, 1998) of the affected communities, beyond implying direct risk to the

physical integrity of people. It means that such hazards might propitiate disasters. Taking this

into account, this study compares different technologies in gravity sensing applied to

earthquake monitoring. The two adopted variables for the referred comparison are the

degree of reliability and precision of the information generated through this technique about

the hazard. The adopted procedures were literature review and documental research, which

allowed the identification of interfaces between the fields of gravity sensing and seismology.

It was part of such analysis the description of a scientific advancement that proposes to

innovate techniques in gravity sensing, which is currently under development by the Quantum

Gravity and Gauge Group of the University of Aberdeen. It is discussed if such advancement

has practical conditions of being incorporated into the framework of technologies used in

support to the activity of the technical community the field of seismology.

Keywords: Earthquakes, co-seismic gravity sensing, gravity-sensing technologies.

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

60 | Panel 2 – Geo-technologies applied to the analysis and management of risks

O MAPA DE ESTADO AMBIENTAL EM ESCALA REGIONAL

COMO SUBSÍDIO AO PLANEJAMENTO AMBIENTAL:

O CASO DE TRÊS REGIÕES COSTEIRAS DO LITORAL BRASILEIRO

Raul Reis Amorim

Departamento de Geografia de Campos (GRC), Universidade Federal Fluminense (UFF), Brasil

[email protected]

Maria Crizalda Ferreira Santos

Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais (DCAA)

Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Brasil

[email protected]

RESUMO

O mapeamento do Estado Ambiental representa um documento cartográfico de síntese que

representa as diferentes categorias de Estado Ambiental, a intensidade dos efeitos e

consequências da ações ambientais. Tendo o exposto, o objetivo deste trabalho é a

construção do Mapa de Estado Ambiental para três regiões litorâneas do território brasileiro:

A primeira, a Região Norte Fluminense situa-se na região Sudeste do Brasil, no Estado do Rio

de Janeiro, e as outras duas regiões, situam-se na Região Nordeste do Brasil, no Estado da

Bahia: a Região Costa do Descobrimento e a Região Costa do Cacau. Para atender o objetivo

proposto foi necessário a elaboração do mapa de Geossistemas, conforme os preceitos da

Geografia Russa-Soviética, no qual se delimitou as unidades de paisagem natural conforme a

concepção teórica de Sochava (1977, 1878) apontada na obra de Rodriguez, Silva e Cavalcanti

(2004), além do Mapa de Uso e Ocupação das Terras, que possibilitará identificar as principais

transformações nos Geossistemas em estudo. Também foi necessário inventariar, e

posteriormente espacializar em ambas as áreas principais problemas ambientais que

pudessem ser representados na escala 1:250.000. Para determinar o Estado Ambiental de

ambas as áreas, construiu-se uma matriz, no qual, para cada Geossistema e cada Sistema

Antrópico delimitado, buscou-se medir o efeito e consequências das ações ambientais. Para

determinar o Estado Ambiental é necessário fazer o somatório, no qual a partir do total,

pode-se chegar as quatro categorias de Estado Ambiental: satisfatório, moderadamente

satisfatório, insatisfatório, e esgotado. Para ambas as regiões mapeadas, predominam o

Estado Ambiental insatisfatório e esgotado, pois mesmo com Geossistemas e Sistemas

Antrópicos diferentes, nas três áreas apresentam ocupação secular. O que verificou-se é que

o Mapa de estado Ambiental é uma ferramenta importante para a análise dos riscos

ambientais no que refere-se principalmente as mudanças nos fluxos de matéria e energia nos

diferentes Geossistemas (na escala em análise, as Unidades de Paisagem Natural) levando a

tais sistemas a transformações na sua estrutura. Outros riscos a serem diagnosticados,

referem-se aos Sistemas Antrópicos, uma vez que mudanças no uso e ocupação das terras

ocasionam pressões para a própria população, alterando assim o Estado Ambiental das

Unidades de Paisagem que os circunda.

Palavras-chave: Geossistemas, Sistemas Antrópicos, Estado Ambiental.

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61 | Painel 2 – Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos

UM MODELO ESPACIAL BASEADO EM MÉTODO DE CLASSIFICAÇÃO FUZZY

APLICADO AO MAPEAMENTO DE RISCO À EROSÃO

Marcos César Ferreira

Instituto de Geociências, UNICAMP, Brasil

[email protected]

Danilo Trovó Garófalo

Doutorando, Instituto de Geociências, UNICAMP, Brasil

[email protected]

Cassiano Messias

Doutorando, Instituto de Geociências, UNICAMP, Brasil

[email protected]

Marta Marujo Ferreira

Instituto de Ciências da Natureza, UNIFAL-MG, Brasil

[email protected]

RESUMO

Objetivo deste artigo é apresentar um modelo de decisão espacial baseado em classificação

fuzzy, regressão logística e técnicas de SIG, aplicado ao mapeamento de risco à erosão. A

base de dados espaciais da pesquisa foi composta pelos seguintes mapas: índice de vegetação

NDVI (1), declividade do terreno calculada a partir de dados ASTER-GDEM2 (2), densidade de

lineamentos estruturais (3), densidade de estradas (4) e um mapa de 729 pontos de ravinas

mapeados na área de estudo (5), obtido por análise visual de imagens Google Earth e

trabalhos de campo. Os valores dos mapas 1 a 4 foram classificados em 10 classes utilizando-

se o método do Quantil. O total de ravinas que ocorreram em cada uma destas classes foi

calculado utilizando-se operação overlay entre cada um dos mapas 1 a 4 e o mapa 5. Foram

calculados os valores de odd ratios (OR), que indicam a chance em favor de um evento de

ravina em relação a chances contrárias a este evento, em cada classe dos mapas. Os

diagramas dos valores de OR por classe foram estimados por meio de regressão logística e, em

seguida, convertidos em valores fuzzy utilizando-se funções de afinidade específicas. O risco

à erosão em cada pixel foi estimado utilizando-se a soma ponderada das seguintes variáveis

ambientais fuzzificadas: índice de vegetação, declividade, densidade de estradas e densidade

de lineamentos estruturais. Os pesos utilizados nesta soma referem-se aos valores de R2

obtidos entre o mapa de ravinas e os mapas das variáveis ambientais

Palavras-chave: mapas fuzzy, risco à erosão, SIG, ravinas, mapa de risco

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

62 | Panel 2 – Geo-technologies applied to the analysis and management of risks

ASSESSMENT OF SAND DUNES MOVEMENTS RATE IN ATLANTIC SAHARA DESERT

USING MULTI-TEMPORAL LANDSAT IMAGERY AND GIS TECHNIQUE

Ali Aydda

Department of Geology, Faculty of Sciences of the University of Cadi Ayyad. Marrakesh, Morocco

[email protected]

Ahmed Algouti

Department of Geology, Faculty of Sciences of the University of Cadi Ayyad. Marrakesh, Morocco

[email protected]

ABSTRACT

Sand encroachment is one of the most common and serious environmental problems in

Atlantic Sahara desert (SW of Morocco) by which all fields, cultivation areas, national road,

and cities, are threatened. In this area, the massive aeolian erosion due to the extreme

aridity is a major factor responsible for sand dunes dynamics. A monthly and annual

monitoring of the sand dunes dynamics was necessary to assess the rate of sand dune

movement to fight it.

In our study area, the sand dune dynamic was performed at a single-dune scale and was based

on coupling of GPS measurements and aerial photos. The field evidence is a necessary

component in studying single-dunes movements but alone lacks the capability to evaluate the

sand dune movement rate for large areas and for longer time periods. In addition, the

assessment of sand dunes movement rate by manual tracing on digital aerial photos is an

intensive work. The recent studies have been shown that the use of remote sensing data is

best way to overcome this problem.

Here, we present a technique based on analysis of multi-temporal Landsat satellites images

for analysis the rate of sand dunes movement. The methodology adopted was mostly based on

automated extraction of dunes shape from Landsat imagery. After extraction, vectorisation of

data was necessary to export this data in GIS platform to assess the movement rate.

Keywords: Sahara Atlantic, sand dunes movement, Landsat imagery, automated extraction,

GIS.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

63 | Painel 2 – Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos

VULNERABILIDADE URBANA A DESLIZAMENTOS DE TERRA EM SÃO PAULO

Letícia Palazzi Perez

Escola Politécnica da USP, Brasil

[email protected]

José Rodolfo Scarati Martins

Escola Politécnica da USP, Brasil

[email protected]

Magda Adelaide Lombardo

Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP, Rio Claro, Brasil

[email protected]

RESUMO

O município de São Paulo é o maior do Brasil, possui 1.500 km² de área, com praticamente

80% do solo impermeabilizado, e população de aproximadamente 12 milhões de habitantes

(IBGE, 2011). A urbanização desordenada e a ocupação irregular de topos de morro e outras

áreas de necessária preservação, tornam comuns as ocorrências de deslizamentos de terra,

principalmente nas áreas mais carentes da cidade.

Com base na análise de dados pluviométricos de 23 postos da rede telemétrica de

pluviômetros de superfície do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), foram

selecionados 7 eventos extremos de chuva em São Paulo. Para estas datas, foram coletadas as

ocorrências de deslizamentos de terra, mapeadas pela Defesa Civil da Cidade de São Paulo.

Levando em consideração que deslizamentos de terra são eventos hidrológicos, relacionados à

precipitação, e que a vulnerabilidade a deslizamentos ser georreferenciada, este trabalho

apresenta o uso de ferramentas de engenharia e geotecnologias, para mensurar a

vulnerabilidade urbana a deslizamentos de terra em mesobacias hidrográficas em São Paulo.

Como resultado são apresentados mapas de vulnerabilidade urbana a deslizamentos, para

chuvas de 2, 5 e 10 anos de período de retorno, além da distribuição espacial destas

ocorrências, associada a localização de favelas e assentamentos irregulares, bem como a

distribuição espacial da vulnerabilidade, associada ao Plano de Habitação de Interesse Social

de São Paulo.

Palavras-chave: vulnerabilidade urbana, geoprocessamento, deslizamento de terra.

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

64 | Panel 2 – Geo-technologies applied to the analysis and management of risks

EVALUACIÓN DEL RIESGO DE INUNDACIONES MEDIANTE TECNOLOGÍA

DE GEO-PROCESAMIENTO RASTER Y VECTORIAL

María Isabel Andrade

Centro de Investigaciones Geográficas (CIG). IdIHCS. Facultad de Humanidades y Ciencias de

Educación. Universidad Nacional de La Plata (UNLP). Argentina

[email protected]

David Schomwandt

Centro de Investigaciones Geográficas (CIG). IdIHCS. Facultad de Humanidades y Ciencias de

Educación. Universidad Nacional de La Plata (UNLP). Argentina

[email protected]

Nora Lucioni

Centro de Investigaciones Geográficas (CIG). IdIHCS. Facultad de Humanidades y Ciencias de

Educación. Universidad Nacional de La Plata (UNLP). Argentina

[email protected]

RESUMEN

El trabajo pretende exponer los resultados obtenidos mediante una propuesta metodológica

basada en las nuevas tecnologías de geo-procesamiento, la metodología comprende técnicas

de teledetección y análisis multitemporal de tipo raster y vectorial. Los resultados bajo el

análisis multivariado, fueron interpretados de acuerdo a la perspectiva de la Teoría Social del

Riesgo.

El área de investigación es parte del escenario de extrema fragilidad de la llanura pampeana,

gran parte de la misma ha sido sometida históricamente a eventos hidrológicos extremos,

tanto de déficit como de excedentes hídricos.

Se ha logrado definir, caracterizar y evaluar las relaciones entre los procesos naturales y

sociales que derivan de los procesos de anegabilidad. Como principal resultado fueron la

obtención de criterios para la evaluación de riesgo de inundación en el Gran La Plata, Región

Pampeana, Argentina.

Parte de las conclusiones arribadas consideran que las modificaciones al medio natural se han

llevado a cabo bajo un inadecuado plan de ordenamiento territorial. El manejo inadecuado

del ambiente se pone en evidencia en la salud de la población, en su calidad de vida, en los

costos económicos para el mantenimiento de la cantidad y la calidad del agua para consumo y

para la producción, en los costos sanitarios, económicos y sociales de la población involucrada

y del Estado para hacer frente a las consecuencias de las emergencias hídricas.

Palabras clave: riesgo hídrico, vulnerabilidad, incertidumbre, SIG, sensores remotos

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

65 | Painel 2 – Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos

FIRE HAZARD AND SUSCEPTIBILITY TO DESERTIFICATION:

A TERRITORIAL APPROACH IN NE PORTUGAL

Tomás de Figueiredo

CIMO – Mountain Research Centre, Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Bragança, Portugal

[email protected]

Felícia Fonseca

CIMO – Mountain Research Centre, Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Bragança, Portugal

[email protected]

Helena Pinheiro

CIMO – Mountain Research Centre, Câmara Municipal de Bragança, Portugal

[email protected]

ABSTRACT

Recent assessments showed that desertification susceptibility, increased in Continental

Portugal when comparing 1960-1990 with 2000-2010 aridity index means. In NE Portugal, the

border of the susceptible belt was moved west during the mentioned time span. Besides

climatic drivers, desertification is coupled with soil degradation and wildfires are a direct

cause for accelerating both processes. Soil degradation is evident n the regionally widespread

burnt areas.

A map-based approach, at territorial scale, allowed a quantitative insight on fire hazard

relations with soil degradation and desertification in NE Portugal and this work aims at

discussing the main outcomes of the research.

The data bases treated with GIS tools included desertification susceptibility fire hazard and

land cover published maps, and the soil degradation map developed by the authors.

About 2/3 of the territory presents high and very fire hazard, and about half of this falls in

high desertification susceptibility areas, while only about 1/6 of the area with low and very

low fire hazard (1/4 of territory) falls in the same desertification susceptibility classes.

About 3/4 of the area where high and very fire hazard prevails, soils depict severe or worse

degradation status. Furthermore, about 40% of those are scrublands, which represent a high

fuel stock with negligible social control.

The negative picture drawn asks for territorial measures focused on land use planning and

land management practices towards soil protection, a key resource in the recovery of

degraded areas.

Keywords: Desertification susceptibility, soil degradation, fire hazard, NE Portugal

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

66 | Panel 2 – Geo-technologies applied to the analysis and management of risks

USO DE SENSORES REMOTOS COM DIFERENTES RESOLUÇÕES

ESPECTRAIS PARA A CARACTERIZAÇÃO DO USO E OCUPAÇÃO

DAS TERRAS DE ÁREAS COM RISCO À INUNDAÇAO DOS MUNICÍPIOS

DE ITALVA E CARDOSO MOREIRA,RIO DE JANEIRO, BRASIL

Claudio Henrique Reis

Departamento de Geografia de Campos (GRC), Universidade Federal Fluminense (UFF), Brasil

[email protected]

Raul Reis Amorim

Departamento de Geografia de Campos (GRC), Universidade Federal Fluminense (UFF), Brasil

[email protected]

RESUMO

O mapeamento do uso e ocupação das terras das áreas sujeitas à inundações de bacias

hidrográficas é importante para que o poder público e a sociedade civil tenham conhecimento

de que porção da população, empreendimentos agrícolas, urbanos e industriais estão sujeitos

à inundações nos períodos de precipitação extrema, na área de estudo, e/ou a montante da

bacia hidrográfica. Tendo o exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia de

diferentes sensores remotos no mapeamento do uso e ocupação das terras dos municípios de

Cardoso Moreira e Italva, situados no baixo curso da Bacia Hidrográfica do Rio Muriaé, Rio de

Janeiro (Brasil). Justifica-se a escolha da área de estudo, pois a mesma é sujeita a inundações

periódicas que geralmente ocorrem entre os meses de novembro e março, período de maior

incidência de chuvas na Bacia Hidrográfica. Para atender ao objetivo proposto, foi necessário

atender seguir os seguintes pocedimentos: 1) Delimitação da área de estudo e das áreas

sujeitas à inundação, 2) Seleção dos sensores remotos utilizados para o mapeamento de uso e

ocupação das terras nas diferentes escalas: no mapeamento da área total dos municípios,

utilizou-se o sensor Deimos, que apresenta resolução expectral de 22x22m por pixel, e para o

mapeamento das áreas urbanas e áreas sujeitas à inundaçao, adotou-se o sensor RapidEye,

com resolução espectral de 5x5m por pixel, 3) Processamento das Imagens para classificação

da imagem pelo método bhattacharya, e posterior vetorização das classes para gerar o mapa

de uso e ocupação das terras. Como resultado, verificou-se que o municipio de Cardoso

Moreira apresenta maior área inundável, cerca de 23% da área total do município são áreas

sujeitas à inundações. Cerca de 50% das áreas sujeitas à inundação do município de Cardoso

Moreira correspondem ao uso de Pastagens. A área urbana de Cardoso Moreira nos episódios

de inundação, são atingidas em 80%. Além da área urbana, 78% das áreas de culturas e 40%

das áreas de mata ciliar estão nas áreas inundáveis. No município de Italva, o tipo de uso que

mais sofre com as inundações são as áreas de pastagens (44%) e seguida das áreas de Mata

Ciliar (33%) do total de áreas inundáveis. No que refere-se a a área urbana de Italva, 53% de

sua área são inundáveis.

Palavras-chave: Inundações, uso e ocupação das terras, sensoriamento remoto.

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“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

67 | Painel 2 – Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos

AS GEOTECNOLOGIAS NA MODELAÇÃO DO COMPORTAMENTO

DE INCÊNDIOS FLORESTAIS – APLICAÇÃO DO FARSITE

Maria Rosado

Instituto Politécnico de Castelo Branco, Escola Superior Agrária

[email protected]

José Massano

Instituto Politécnico de Castelo Branco, Escola Superior Agrária

[email protected]

RESUMO

Neste trabalho analisou-se a modelação do comportamento de incêndios florestais recorrendo

à aplicação FARSITE.

Esta simula a progressão de um fogo e calcula a área ardida, dados importantes no apoio à

decisão tática e operacional em ações de combate.

Utiliza parâmetros de situações reais de incêndio florestal e compara-os com os obtidos

através dos modelos associados ao software.

Os cenários trabalhados e analisados têm por base aspetos relacionados com a eficiência da

combustão, tipo de combustível presente, parâmetros meteorológicos, morfologia do terreno

e área percorrida pelo fogo.

São igualmente determinados parâmetros como a energia libertada, a velocidade da

combustão e a emissão de CO2.

Dos resultados obtidos torna-se possível definir, de forma expedita, estratégias a aplicar no

terreno, tais como, a definição de locais para a colocação de máquinas de rasto ou a criação

de barreiras à evolução do incêndio.

Também no apoio aos trabalhos de planeamento e prevenção se revela bastante importante,

permitindo a definição antecipada de pormenores operacionais e técnicos.

Os dados resultantes da aplicação do FARSITE na modelação do comportamento de um

incêndio florestal, possibilitam assim a criação de uma fonte de informação técnica

relevante, quer para efeitos de estudo de possíveis situações futuras de incêndio, quer para a

constituição de um histórico de ocorrências.

Palavras-chave: Incêndios florestais, comportamento do fogo, FARSITE.

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

68 | Panel 2 – Geo-technologies applied to the analysis and management of risks

GEOTECNOLOGIAS APLICADAS AO MONITORAMENTO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS

NA REGIÃO DA REDEC-I 7 DO ESTADO DE SÃO PAULO – BRASIL

Evandro Antônio Cavarsan

Coordenadoria de Defesa Civil de Cabrália Paulista

[email protected]

Eymar Silva Sampaio Lopes

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

[email protected]

Lourenço Magnoni Júnior

Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza

[email protected]

RESUMO

A utilização de sistemas computacionais aplicados a questões do meio ambiente pode ser

complexa e requer muitas variáveis a serem modeladas. Na literatura existem diversos

modelos ambientais para as mais diversas aplicações como incêndios, enchentes,

deslizamentos, entre outras. O desenvolvimento de geotecnologias com monitoramento em

tempo-real de dados ambientais permite acompanhar as mudanças climáticas com potencial

de deflagrar desastres. Neste contexto o Centro Integrado de Alerta de Desastres Naturais

(CIADEN) instalado na Escola Técnica Astor de Mattos Carvalho de Cabrália Paulista – SP vem

desenvolvendo aplicações fazendo uso da plataforma TerraMA2 do Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais (INPE). O objetivo deste trabalho é apresentar o monitoramento efetuado

através de análises e alertas a incêndios florestais realizado na região de atuação da Regional

da Defesa Civil do Estado de São Paulo Região Administrativa de Bauru (REDEC-I 7) através do

CIADEN, onde concentram-se importantes empresas na área de reflorestamento e silvicultura

como a DURATEX, SUZANO e LWARCEL. O sistema de monitoramento desenvolvido utiliza

dados hidrometeorológicos coletados pelo INPE através dos sensores dos satélites GOES, NOAA

e METEOSAT, variáveis como umidade relativa do ar, precipitação acumulada, temperatura,

velocidade e direção do vento e focos de queimadas. A área monitorada compreende os

talhões de Eucalipto e Pinus sp. que estão localizados dentro dos 39 municípios que integram

a REDEC-I 7. As análises de risco de incêndios são realizadas sobre as condições

hidrometeorológicas dentro e num raio no entorno dos talhões. Sobre condições de baixa

umidade, número de dias sem chuva, intensidade de vento, altura do dossel, presença de

focos de queimadas nas faixas de distância de 5 à 10 km são os principais parâmetros para

produzir alertas em quatro níveis, isto é, observação, atenção, alerta e alerta máximo. O

sistema encontra-se em fase de implantação, mas os primeiros resultados já demonstram

promissores para os agentes de combate a incêndios florestais na região.

Palavras-chave: Geotecnologias, Monitoramento, Incêndios Florestais, CIADEN, TerraMA2

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

69 | Painel 2 – Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos

LA INTERACCIÓN ENTRE ATMÓSFERA INSALUBRE Y POBLACIÓN URBANA:

UNA APROXIMACIÓN DESDE LA GEOVISUALIZACIÓN DIGITAL

PARA EL ANÁLISIS Y GESTIÓN DE RIESGOS

María Jesús Vidal Domínguez

Departamento de Geografía, Facultad de Filosofía

y Letras, Universidad Autónoma de Madrid

[email protected]

Antonio Moreno Jiménez

Departamento de Geografía, Facultad de Filosofía

y Letras, Universidad Autónoma de Madrid

[email protected]

Ana Mellado San Gabino

Departamento de Geografía, Facultad de Filosofía

y Letras, Universidad Autónoma de Madrid

[email protected]

Rosa Cañada Torrecilla

Departamento de Geografía, Facultad de Filosofía

y Letras, Universidad Autónoma de Madrid

[email protected]

RESUMEN

La atmósfera es uno de los principales componentes del ambiente urbano, pero su interacción con la

población resulta elusiva, por ser poco visible. Ello contribuye a una baja conciencia social sobre las

amenazas que supone el aire, a menudo degradado, de la ciudad, excepto cuando los medios de

comunicación publican algún suceso o peligro grave y saltan las alarmas de los organismos

supervisores. La relación calidad del aire - población es además compleja y cambiante, porque

depende de la variabilidad de los estados atmosféricos y de la intensa movilidad espacial de los

individuos. La necesidad de desvelar estas interacciónes y hacerlas más perceptibles se justifica por

tres tipos de razones. En primer lugar, para concienciar e informar a la ciudadanía de los peligros de

una atmófera insalubre, y particularmente a los grupos de población más vulnerables. Segundo, por

la existencia de una normativa europea, que regula la emisión de los contaminates y los grados de

peligrosidad. Y por último, para ayudar en la formación de decisiones, tanto desde la planificación

urbana, como desde las actuaciones públicas y privadas que inciden o se ven afectadas por la

calidad del áire.

Con esas preocupaciones en mente, y en línea con recientes propuestas sobre las nuevas utilidades

de las geotecnologías en los procesos de decisiones espaciales y de participación pública, esta

contribución persigue hacer más perceptible esa interacción entre sociedad y atmósfera urbana a

través de la geovisualización digital. A tal fin el trabajo se estructurará en dos partes. En la primera

se selecciona y prepara la geoinformación relevante, en particular la contaminación estimada de

PM10, O3 y NO2 y la distribución de la población, en algunas grandes metrópolis españolas (Madrid y

Barcelona). Luego, el foco recae en desvelar los patrones de densidad de población y de excesiva

polución y sus coincidencias mutuas. Para ello se diseña y elabora, mediante el concurso de

geotecnologías avanzadas, SIG, una variedad de productos de información visual (mapas e imágenes

3D, así como vuelos o animaciones) orientados a públicos diversos, que permitan apreciar mejor la

potencial interacción espacial entre población (grupos vulnerables) y polución.

La meta última estriba en facilitar, mediante productos cartográficos innovadores, la aprehensión

de la relación sociedad-ambiente, y así impulsar el empoderamiento social y el perfeccionamiento

de las tareas de análisis y gestión de riesgos urbanos.

Palabras clave: geovisualización, contaminación atmosférica, población urbana, riesgos socio-

ambientales, sistemas de información geográfica, ciudades españolas.

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

70 | Panel 2 – Geo-technologies applied to the analysis and management of risks

MAPEAMENTO DE SUSCEPTIBILIDADE À EROSÃO EM

ZONA DE AMORTECIMENTO DE ÁREAS PROTEGIDAS BRASILEIRAS,

UTILIZANDO TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO

Taiana Evangelista dos Reis

Mestranda em Geografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

[email protected]

Vivian Castilho da Costa

Departamento de Geografia Física, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

[email protected]

Marta Foeppel Ribeiro

Departamento de Geografia Física, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

[email protected]

RESUMO

Conservar as últimas florestas tropicais é preocupação mundial, e como forma de proteção

legal no Brasil, são criadas Unidades de Conservação da Natureza (UC), dedicadas à

preservação e manutenção da biodiversidade e recursos naturais. O entorno das áreas de

proteção integral (Parques) brasileiras, denominadas de zona de amortecimento (ZA),

também são locais amparados pela lei e as atividades nelas devem ser restritas, a fim de não

gerar impacto sobre a UC. O Parque Estadual do Ibitipoca (PEI) está localizado no Estado de

Minas Gerais e possui uma ZA de 100,41 km². O presente trabalho, portanto, visa estudar e

mapear a susceptibilidade à erosão na ZA do PEI proporcionada pelos tipos de solo, níveis de

declividade e o uso e ocupação da terra, utilizando para tal, técnicas de geoprocessamento

por análise multicritério em ArcGIS. Os resultados permitiram apontar as áreas mais

impactadas, decorrentes de explorações inadequadas no uso da terra e em áreas de solos e

declividade não compatíveis com a proteção dos recursos naturais existentes, facilitando o

risco a ocorrência de degradação, de movimentos de massa e de erosão acelerada. Tais

resultados em SIG, aliados às propostas de manejo adequado e de recuperação das áreas

degradadas, auxiliarão os gestores da UC no controle dos locais mais impactados pela erosão,

evitando o uso desordenado e o avanço das áreas rurais e urbanas na ZA e no interior da área

protegida.

Palavras-chave: Zona de amortecimento, Parque Estadual de Ibitipoca, Geoprocessamento,

Suceptibilidade a erosão.

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Painel 3 Territórios de risco

(previsão, prevenção, consequências e reabilitação)

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Painel 3.1 Riscos geológicos e geomorfológicos

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

75 | Painel 3.1 – Riscos geológicos e geomorfológicos

MODELAÇÃO E ANÁLISE DE PERDAS ASSOCIADAS AO RISCO SÍSMICO

Luis Sá

Autoridade Nacional de Proteção Civil

[email protected]

Patrícia Pires

Autoridade Nacional de Proteção Civil

[email protected]

Paulo Henriques

Câmara Municipal de Lisboa

[email protected]

Maria João Telhado

Câmara Municipal de Lisboa

joã[email protected]

RESUMO

Portugal possui um elevado risco sísmico tendo em conta as vulnerabilidades associadas à

ocupação humana bem como o histórico de eventos sísmicos registados. Face à inevitabilidade

da ocorrência de sismos, a abordagem da questão sísmica num contexto Nacional deve

assentar na análise dos seus aspetos fundamentais, e que refletem necessariamente os fatores

que contribuem para a existência de um risco "real" de desastre para a sociedade. É

inestimável a existência e a manutenção de um simulador de danos resultantes de um sismo

com a capacidade de visualização de um cenário, com indicação de danos potenciais, cuja

tipologia possui incerteza difícil de determinar empiricamente. O simulador e as aplicações

dos dados georeferenciados por ele produzidos servem como referencial de suporte ao

planeamento e preparação da resposta a uma emergência sísmica, consistindo numa

simulação matemática composta por modelos de cálculo de danos virtualmente susceptíveis

de serem produzidos por qualquer cenário sísmico. Presentemente existem somente duas

regiões do país abrangidas por tais ferramentas, Lisboa e o Algarve, persistindo uma lacuna no

que respeita ao restante território. Assim, numa tentativa para colmatar este facto, a ANPC e

o Município de Lisboa, unindo esforços e conhecimento técnico, desenvolveram um protótipo

de simulador cuja metodologia é aplicável ao continente português de forma transversal, pelo

que será possível num futuro próximo apresentar um protótipo de Simulador Nacional de Risco

Sísmico.

Palavras-chave: Modelação, Risco Sísmico, Consequências

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

76 | Panel 3.1 – Geological and geomorphologic risks

IDENTIFICATION DES ZONES SOUMISES À LA DÉGRADATION DU SOL

DANS LE BASSIN VERSANT DE N’FIS (MAROC)

Adama Amaya

Département de Géologie, Faculté des Sciences, Université Cadi Ayyad, Marrakech, Maroc.

[email protected]

Abdellah Algouti

Département de Géologie, Faculté des Sciences, Université Cadi Ayyad, Marrakech, Maroc.

[email protected]

Ahmed Algouti

Département de Géologie, Faculté des Sciences, Université Cadi Ayyad, Marrakech, Maroc.

[email protected]

Nadia El Aaggad

Département de Géologie, Faculté des Sciences, Université Cadi Ayyad, Marrakech, Maroc.

[email protected]

RESUMÉ

Au travers de cette communication, nous nous intéressons à la dégradation du sol, problème

majeur que subissent les bassins versant du Maroc en général, et en particulier le bassin de

N’fis, du fait de son climat semi-aride, sa géomorphologie et les phénomènes anthropiques.

L’objet de ce travail est la spatialisation de la dégradation du sol dans le dit bassin. Plusieurs

méthodes peuvent être adoptées, notamment le suivi de la dynamique de l’occupation du

sol décrite par le couvert végétal, car un sol bien couvert par la végétation ralentit

l'écoulement des eaux tandis qu'un sol nu est plus exposé à l'érosion.

Ce dernier est envisageable par une classification supervisée, sous ENVI, sur des thèmes

collectés sur le terrain. La méthodologie adoptée dans ce travail consiste à créer des cartes

d’occupation du sol, de différentes années. Après la classification et la validation de ces

cartes, la technique de détection de changement est invitée pour déterminer les zones

sensibles à la dégradation. Ceci permet aux décideurs d’envisager un meilleur plan pour la

prévention de risque.

Les résultats seront présentés dans cette communication.

Mots-clés: Risque, sol, végétation.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

77 | Painel 3.1 – Riscos geológicos e geomorfológicos

ÁREAS DE RISCO DE DESLIZAMENTO DE ENCOSTAS NO BRASIL:

UM ESTUDO SOBRE AS FAVELAS EM CAMPOS DO JORDÃO-SP

Artur Rosa Filho

Departamento de Geografia da Universidade Federal de Roraima, Brasil

[email protected]

RESUMO

Nas últimas décadas do século XX e no início do século XXI , os deslizamentos de encostas têm

aumentado consideravelmente, principalmente nos países subdesenvolvidos, bem como, nos

países classificados como em desenvolvimento. A construção de habitações em encostas

acentuadas alteram a paisagem urbana, agravando os movimentos gravitacionais de massa.

Conhecida por muitos como a “Suíça brasileira”, Campos do Jordão-SP, possui cerca de 47.000

habitantes (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica-2010). Encontramos na cidade, além

de belos bairros residenciais, onde são construídos palacetes pelas elites, o seu lado triste,

onde reina a miséria, a fome e o desemprego. São suas favelas, que quase nunca são vistas

pelos turistas durante o famoso Festival de Inverno.

Campos do Jordão, possui várias favelas em situação de risco considerado alto: Britador,

Santo Antônio, Vila Albertina, Monte Carlo e Cachoeirinha. Entende-se que essas favelas

configuram-se sob a lógica da urbanização, como áreas de segregação socioespacial,

representativas das periferias das cidades brasileiras.

Esta investigação é um recorte da Tese de Doutorado onde procurou-se verificar através de

uma abordagem perceptiva como os moradores dessas áreas de risco percebem o perigo e o

próprio risco de, a qualquer momento, perderem suas casas e até suas vidas.

Esse estudo partiu do pressuposto de que as pessoas ao morarem em áreas de risco, ficam

vulneráveis aos deslizamentos e colocam-se à mercê do acaso e nem a experiência adquirida

com os deslizamentos anteriores, as livram da exposição e das tragédias que um novo

deslizamento pode provocar.

Palavras-chave: favelas, áreas de risco, deslizamentos de encostas.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

78 | Panel 3.1 – Geological and geomorphologic risks

DESAFIOS COLOCADOS À CARTOGRAFIA DAS ÁREAS DE SUSCEPTIBILIDADE DE

RAVINAMENTO A PARTIR DE ESTUDOS NO CENTRO DE PORTUGAL

Bruno Martins

Departamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Raphael Costa Cristovam da Rocha

Departamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

Os ravinamentos são formas de erosão resultantes de processos geomorfológicos que podem

contribuir para a perda de solo. De per si, nem sempre afetam áreas de interesse económico.

No entanto, mesmo que a perda de solo e de produtividade de um campo agrícola por

ravinamento, no seu conjunto, seja considerada de menor importância, os efeitos

secundários, podem traduzir-se em grandes prejuízos. A importância da cartografia deste tipo

de processo geomorfológico, que pode ser entendido como risco geomorfológico, é

proporcional à dificuldade de execução. A multiplicidade de factores que o influência e a sua

arduidade de os representar espacialmente coloca desafios, que a partir de exemplos no

Norte e Centro de Portugal, merecem ser discutidos e analisados.

Palavras-chave: Ravinamentos, riscos geomorfológicos, cartografia, Norte-Centro de

Portugal.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

79 | Painel 3.1 – Riscos geológicos e geomorfológicos

O PAPEL DA VULNERABILIDADE SÍSMICA NA MITIGAÇÃO

DO RISCO SÍSMICO DE NÚCLEOS URBANOS ANTIGOS

Romeu Vicente

Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Aveiro

[email protected]

Tiago M. Ferreira

Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Aveiro

[email protected]

Rui A. Maio

Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Aveiro

[email protected]

RESUMO

Por definição o risco sísmico encontra-se associado ao potencial inerente a um evento

sísmico, de despoletar uma situação de emergência, catástrofe ou crise, em determinada

população ou região. Neste sentido, enquanto que a exposição a um determinado risco ao

nível do cidadão é gerida individualmente, a nível governamental esta gestão compreende

responsabilidades políticas, económicas e sociais. Todavia, na grande maioria dos casos, as

estratégias de sensibilização e mitigação do risco sísmico surgem apenas na sequência de um

evento de impacto significativo nas sociedades. Dada a necessidade de canalizar esforços no

sentido de contrariar esta tendência, a mitigação do risco é aqui abordada através da

avaliação da vulnerabilidade sísmica de núcleos urbanos antigos, as zonas potencialmente

mais vulneráveis das nossas cidades. Foi aplicada uma metodologia simplificada que

possibilitou posteriormente a estimativa de cenários de dano e de perdas económicas e

humanas. No tratamento dos resultados foi utilizada uma ferramenta SIG que se revelou

altamente eficaz no mapeamento da vulnerabilidade sísmica e cenários de dano à escala

urbana. Através do mapeamento destes resultados poderão ser elaborados planos estratégicos

de reabilitação do edificado urbano, assim como planos de emergência e evacuação em caso

de ocorrência sísmica.

Palavras-chave: risco sísmico, vulnerabilidade sísmica, índice de vulnerabilidade, núcleos

urbanos antigos, cenários de dano, estimativa de perdas

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

80 | Panel 3.1 – Geological and geomorphologic risks

O PROCESSO DE OCUPAÇÃO, RISCOS E DEGRADAÇÃO AMBIENTAL

DAS ENCOSTAS DO MUNICÍPIO DE ILHÉUS:

SUBSÍDIOS PARA SEU PLANEJAMENTO URBANO E AMBIENTAL

Fabiano dos Santos Nunes

Universidade Estadual de Santa Cruz, Brasil

[email protected]

Ednice de Oliveira Fontes

Universidade Estadual de Santa Cruz, Brasil

[email protected]

Ana Maria Souza Santos Moreau

Universidade Estadual de Santa Cruz, Brasil

[email protected]

Joandre Neres de Jesus

Universidade Estadual de Santa Cruz, Brasil

[email protected]

RESUMO

O perfil geomorfológico da cidade, apresenta muitas áreas de encostas escarpadas,

constituídas de um espesso manto argiloso, suscetível aos processos erosivos. A ocupação

dessas encostas em Ilhéus, ocasionam um grande problema no contexto sócioeconômico, pois

o uso e ocupação destes territórios sucede-se de forma irregular, fora dos padrões de

segurança que garantam a apropriação pelo homem, sem que haja riscos físicos e sociais ,

podendo levar até a perda de vidas humanas. Neste trabalho o tema pesquisado é de

fundamental importância, pois objetiva-se identificar as áreas e os fatores que concorrem

para que hajam movimentos de massa nas encostas da cidade. Para tal, após consistente

revisão bibliográfica, foram buscadas informações em órgãos públicos e efetuada a pesquisa

de campo, em encostas das áreas norte e sul da cidade, para assim obter-se resultados mais

abrangentes com um melhor distribuição espacial. Os lugares visitados foram fotografados e

geoferenciados. A análise e interpretação dos dados foi feita através de enfoques qualitativos

e quantitativos, e o mapeamento com uso do software ArcGis 10.1. Por fim, revelou-se as

condições precárias nas áreas de encostas com sérios riscos e registros de ocorrência de

movimentos de massa ao longo dos últimos 13 anos. Entende-se a necessidade urgente por

parte das autoridades competentes de soluções para as questões básicas de infra – estrutura

e planejamento urbano das encostas da área urbana de Ilhéus – Bahia..

Palavras-chave: Movimentos de Massa, Erosão, Ocupação Urbana.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

81 | Painel 3.1 – Riscos geológicos e geomorfológicos

RISCOS ASSOCIADOS A PROCESSOS GEOMORFOLÓGICOS

NA SERRA DO MAR PAULISTA

Marcelo da Silva Gigliotti

Faculdade de Geografia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Brasil

[email protected]

Estéfano Seneme Gobbi

Faculdade de Geografia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Brasil

[email protected]

Pedro Henrique de Mello Bacci

Comissão Permanente de Licitação, Companhia Docas do Estado de São Paulo, Brasil

[email protected]

RESUMO

As encostas da Serra do Mar do estado de São Paulo (SP), Brasil, apresentam uma alta

complexidade na estruturação do relevo devido às inúmeras variáveis e intensidade para a

área verificadas. Possuem declividades superiores a 30%, grande variação altimétrica,

podendo chegar a desníveis de 1200 metros em poucos quilômetros e elevado índice

pluviométrico (por vezes superiores a 3000 mm anuais), tornando a Serra do Mar um sistema

de intensa dinâmica de processos de formação de relevo, como deslizamentos e rolamento de

blocos.

Alinhado a complexidade dos agentes geomorfológicos, existe a ação antrópica atuante nas

encostas da Serra do Mar, que acarretam em riscos e problemas de ocupação destas áreas

devido à intensificação da erosão. A partir do entendimento da interação dos sistemas

naturais e antrópicos, este trabalho apresenta a gênese e o funcionamento dos processos

geomorfológicos e como estes podem se transformar em riscos para a população.

Entretando as dinâmicas de morfogênese ocorrem de maneira diferenciada na porção

setentrional e na área centro-meridional do litoral paulista, fato facilmente compreendido ao

analisar a mudança no lineamento do Planlato Atlântico e na gênese das praias paulistas. Na

região da juzante da bacia do Rio Ribeira de Iguape há o recuo das escarpas da Serra do Mar,

entretanto os riscos estão associados, devido à baixa declividade, a ocorrencia de eventos de

inundação.

Palavras-chave: Mapeamento de Riscos, Planície Costeira, Serra do Mar, Deslizamentos,

Erosão

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82 | Panel 3.1 – Geological and geomorphologic risks

CARTOGRAPHIE DES MOUVEMENTS DE VERSANT DANS LE BASSIN VERSANT

DE L’OUED DADES (HAUT ATLAS CENTRAL, MAROC)

Nadia El Aaggad

Université Cadi Ayad, Faculté des sciences Semlalia, département de géologie

[email protected]

Ahmed Algouti

Université Cadi Ayad, Faculté des sciences Semlalia, département de géologie

[email protected]

Abdellah Algouti

Université Cadi Ayad, Faculté des sciences Semlalia, département de géologie

[email protected]

Adama Amaya

Université Cadi Ayad, Faculté des sciences Semlalia, département de géologie

[email protected]

RESUMÉ

Le bassin versant de Boumalne-Dades se localise sur le versant sud du Haut Atlas central

Marocain, entre les latitudes Nord 32°00’et 30°54’ et les longitudes Ouest 5°23’ et 6°44’, au

Nord-est de la ville d’Ouarzazat. Il couvre une superficie de 6796 km2 et présente un relief

très accidenté avec des altitudes qui varient entre 1600m et 3000m. La partie amont de ce

bassin est affecté par une importante morphogenèse. Les mouvements de terrain présentent

une variété remarquable dans le secteur d’étude et jouent un rôle prépondérant dans

l’évolution du versant. Les missions de terrain, les études géologique et géomorphologique

détaillées, une enquête auprès des populations locales et des analyses sédimentologiques

nous ont permis de faire une typologie des mouvements de terrain et de dégager les facteurs

de leur développement et de leur localisation.

Les principaux types de phénomènes affectant le bassin sont :

- les chutes de blocs et les éboulements, en particulier dans les terrains calcaires fracturés du

Jurassique,

- les basculements de terrain, fréquents dans les conglomérats et cailloutis du Mio-Mliocène ,

ou encore dans les anciennes terrasses du Quaternaire,

- le ravinement des terrains, observé couramment le long de la route R704, entre la ville de

Boumalne et la commune rurale de Tilmi,

- L’érosion des berges, phénomène peu fréquent.

La cartographie régionale de ces mouvements permet une appréciation globale de la

susceptibilité du bassin de Dades aux instabilités des terrains. Il s’agit d’un document

d’information et de sensibilisation sur les risques de mouvements de terrain de cette région.

Mots-clés: Boumalne-Dades, mouvements de terrain, cartographie, Maroc.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

83 | Painel 3.1 – Riscos geológicos e geomorfológicos

RISCOS E VULNERABILIDADES NA COMPARTIMENTAÇÃO GEOMORFOLÓGICA

DA SUB-BACIA DO RIO GAVIÃOZINHO, BAHIA, BRASIL

Rafael Carvalho Santos

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, Brasil

[email protected]

RESUMO

A relação sociedade-natureza quando realizada de forma inadequada pode ocasionar uma

série de riscos e vulnerabilidades não apenas para a sociedade, como também para a

natureza. Neste sentido, este trabalho tem o objetivo de caracterizar os aspectos

geomorfológicos da Sub-bacia do Rio Gaviãozinho e identificar os possíveis riscos e

vulnerabilidades ambientais desencadeados/intensificados pelo uso e ocupação do solo de

forma inadequada. Para tanto, realizou-se um levantamento bibliográfico e documental,

assim como pesquisa de campo, posteriormente os dados coletados foram analisados e

sistematizados. A compartimentação geomorfológica da Sub-Bacia do Rio Gaviãozinho é

composta por duas unidades: o Planalto dos Geraizinhos e o Piemonte Oriental do Planalto de

Vitória da Conquista. Devido à ocorrência de chuvas torrenciais e a degradação da vegetação

natural, associados ao substrato geológico e ao desnível topográfico desta área, são

oferecidas condições propicias a atuação do intemperismo químico e de processos erosivos,

principalmente, no contato com outras unidades geomorfológicas que ocorre de maneira

abrupta. Assim, devido às transformações ambientais geradas pelos diversos usos econômicos

a área de estudo se encontra fortemente vulnerável a ocorrência de movimentos de massa e

outros impactos negativos.

Palavras-chave: Relevo, Uso do solo, Degradação ambiental.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

84 | Panel 3.1 – Geological and geomorphologic risks

SUIVI DU RISQUE DE DÉGRADATION DES SOLS PAR TÉLÉDÉTECTION:

APPLICATION AU BASSIN VERSANT D'OUED FERGOUG

DANS LES MONTS DES BÉNI-CHOUGRANE EN ALGÉRIE

Zahira Souidi

Faculté des SNV, Laboratoire LRSBG, Université de Mascara

[email protected]

Abderrahmane Hamimed

Laboratoire LRSBG, Université de Mascara

[email protected]

Frédéric Donze

Laboratoire 3S, Université Joseph Fourier (UJF)

[email protected]

RESUMÉ

En Algérie du Nord, le phénomène d'érosion hydrique présente la forme de dégradation

physique des sols la plus importante affectant les reliefs, la production du sol et la stabilité

des versants. Pour suivre la progression de ce phénomène insidieux et pour évaluer les

résultats des actions de lutte, les outils spatiaux, tels que la télédétection et les systèmes

d'informations géographiques (SIG), semble être privilégiés, car ils permettent d'élaborer des

cartes précises sur la progression de la dégradation à partir des indicateurs écologiques qui

mettent en évidence les transformations du milieu. Ces indicateurs sont très corrélés aux

paramètres radiométriques de surface, tels que l'albédo, l'indice de végétation (NDVI) et la

température de surface.

L'objectif de cette étude est de développer une méthodologie pour la cartographie du risque

de dégradation par utilisation combinée de l'information acquise par les capteurs satellitaires

et des variables dérivées du modèle numérique de terrain (MNT). Le site pilote retenu est un

écosystème montagneux très vulnérable à l'érosion hydrique, situé dans les monts des Béni-

chougrane (nord-ouest de l'Algérie). La méthodologie présentée consiste à développer un

indice quantitatif de dégradation des sols en fonction de deux paramètres : la fraction

d'évaporation (EF), qui discrimine l'état hydrique de surface, et l'indice de végétation

standarisé (NDVIs) qui reflète l'activité chlorophylienne des surfaces.

La synthèse de l'ensemble des informations dans un SIG, ainsi que leurs confrontations avec

les données géomorphologiques, ont permis de dresser des cartes de sensibilité à l'érosion

hydrique selon cinq degrés souvent corrélé à la densité de végétation. Il ressort que les zones

en état dégradé et très dégradé couvrent 29% de la superficie du bassin versant contre 43%

des terres à couvert végétal dense ou très dense. Le reste (28%) étant en état critique.

Mots-clés: Erosion hydrique, SIG, Télédétection, Algérie.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

85 | Painel 3.1 – Riscos geológicos e geomorfológicos

CONSTRUCCIÓN DE ESCENARIOS SOCIALES DE RIESGO

POR FENÓMENOS VOLCÁNICOS EN COLOMBIA

Yolanda Hernández Peña

Facultad del Medio Ambiente, Universidad Distrital Francisco José de Caldas

[email protected]

Germán Vargas Cuervo

Departamento de Geografía, Universidad Nacional de Colombia

[email protected]

RESUMEN

En Colombia, la historia de la gestión del riesgo se inició en 1986 con el evento volcánico del

Ruiz que destruyó la población de Armero y ocasinó la muerte de cerca de 25.000 habitantes.

A partir de este evento y otros como el Galeras en 1993 y el Hulia en 1994, se ha avanzado en

la construcción de mecanismos tecnicos para logar una mejor gestión del riesgo. Progresos

notables se han visto en los modelos de zonificación de la amenaza y monitoreo con alertas

tempranas por procesos volcánicos, pero aún existe un gran vacío en la gestión social del

riespo enfocado al manejo de las comunidades expuestas.

Este estudio, realizado en el marco de una investigación Doctoral con la Universidad Nacional de

Colombia, a través de trabajos realizados con las comunidades locales indigenas y habitantes de

zonas de influencia de fenómenos volcánicos, (Galeras, Machin, Huila y Ruiz), se ha orientado a

obtener lineamientos sociales sobre factores de aprendizaje de su medio de vida y percepciones

e imaginarios referente a la amenaza para mejorar la gestión del riesgo.

La investigación realizada se fundamentó en una metodología mixta entre lo tecnico y lo

social, con el uso de tecnologías de sensores remotos para la espacialización de la amenaza

respecto a los centros poblados y sus actividades socio económicas, y estudios etnográficos,

bajo los postulados del constructivismo.

Los resultados evidencian distintas construcciones culturales y procesos históricos alrededor

de los fenómenos volcánicos, lo cual se constituye en importantes elementos para la

generación de procesos resilientes y de gestión del riesgo.

Palabras clave: Volcanes, Colombia, Resiliencia, Gestión, Riesgo

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

86 | Panel 3.1 – Geological and geomorphologic risks

OS FLUXOS DE ESCOAMENTO SUB-SUPERFICIAIS

E SUA RELAÇÃO COM OS PROCESSOS DE VOÇORACAMENTO:

UM PROCESSO DINÂMICO DE CAPTURAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS.

Kátia Gisele de Oliveira Pereira

Curso de Geografia/RISCOS

[email protected]

António de Sousa Pedrosa

Instituto de Geografia da UFU, CEGOT, RISCOS

[email protected]

RESUMO

A origem paleogeográfica da área de pesquisa conta com a ocorrência dos derrames vulcânicos que

deram origem aos basaltos da Formação Serra Geral, rocha encontrada na base dos principais cursos

d'água da região. Esse processo gerou abatimento regional com a capacidade de deposição dos

arenitos do Grupo Bauru. O local foi de ambiente de deposição, no período neocretácico,

preenchido por sequência arenosa siliciclástica em clima semiárido, nas bordas Norte e Nordeste da

bacia do Paraná, com sedimentos provenientes de alterações e erosão de rochas paleozóicas e pré-

cambrianas de área fonte das bordas da bacia. O Grupo Bauru, na área de pesquisa é representado

nesta área por: i) arenitos da Formação Marília que foi gerada em sistemas de leques aluviais

marginais, ii) a Formação Adamantina que está relacionada com sistemas fluviais de rios

anastomosados e planícies com lagoas efêmeras nas porções centro e nordeste da bacia, ii) a

Formação Uberaba, restrita ao extremo nordeste da bacia do Paraná, com contribuição de material

vulcânico piroclástico. A área de pesquisa corresponde às bacias dos ribeirões Douradinho, Panga e

Estiva, afluentes do rio Tijuco (MG), localizada no Oeste do Triângulo Mineiro no contato da

chapada com o relevo dissecado do rio Tijuco (MG). Essa área é classificada como de relevo

medianamente dissecado em que os topos são nivelados entre 620 e 930 metros, englobando

vertentes convexas e suaves, com declives compreendidos entre os 3º e os 15º. Nessas vertentes são

encontradas as rupturas sustentadas por lateritas, pelos arenitos conglomeráticos e níveis de

material mais argiloso, onde ocorre o afloramento do lençol freático, originando áreas

hidromórficas de média vertente e formando as nascentes e as veredas, que se relacionam

diretamente com afloramento do lençol freático sustentado por essas rupturas. Nas cabeceiras dos

principais cursos de água ocorrem a captura de drenagem por recuo das cabeceiras, com captura do

fluxo sub-superficial. Neste compartimento são encontrados intensos voçorocamentos alinhados com

as rupturas nas vertentes e também, com o rebaixamento do nível de base. Os fatores que estão na

base da gênese deste processo são diversos: i) forte concentração da precipitação no período

chuvoso (outubro-março) desta região: ii) ocupação humana pouco ordenada associada ao forte

desmatamento que se verificou pós década de setenta do século passado, iii) a alta susceptibilidade

dos solos, iv) a importância dos fluxos sub-superficiais, v) a tectónica ativa pode ter levado a

rearranjos morfológicos e, consequentemente a alterações nos fluxos de drenagem sub-superficiais,

com consequências na dinâmica dos voçorocamentos. Este último aspecto pode ter levado que a

forte dinâmica sub-superficial associada às voçorocas tenha contribuido para a explicação de

capturas recentes no sistema de rede de drenagem. O objetivo deste trabalho, é mostrar, com

exemplos concretos, a dinâmica de erosão acelerada associada às voçorocas e sua importância para

explicar a dinâmica de evolução de algumas formas de relevo e das redes de drenagem superficiais.

Palavras-chave: Fluxo de água sub-superficial, descontinuidade litológicas, voçorocas, Bacia Bauru.

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Painel 3.2 Riscos climáticos e hidrológicos

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89 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

IMPACTOS DE EVENTOS PLUVIAIS EXTREMOS NO ESTADO DO PARANÁ- BRASIL

Lindberg Nascimento Júnior

Grupo de Pesquisa GAIA, UNESP, Presidente Prudente, Brasil

[email protected]

João Lima Sant’Anna Neto

Departamento de Geografia, Grupo de Pesquisa GAIA, UNESP, Presidente Prudente, Brasil

[email protected]

RESUMO

A vulnerabilidade da população às chuvas nas regiões de transição climática (entre a região

tropical e a zona temperada) somam-se o contexto de climas bastante dinâmicos com baixa

previsibilidade, e a estrutura dos sistemas socioespaciais. Desta forma, períodos de chuvas

adversas e extremas se destacam como elemento deflagrador de impactos e desastres com

diferentes intensidades e muitas consequencias. Nessa perspectiva, este trabalho apresenta e

analisa a espacialização dos desastres ocasionados pelas chuvas, e notificados pela defesa

civil no Estado do Paraná - Brasil. O intuito é regionalizar a ocorrência destes eventos,

tratados como risco climático, e entendê-los como um atributo na análise geográfica do

clima, e da vulnerabilidade socioespacial. Utilizou-se de séries históricas pluviométricas e

informações sobre os desastres notificados por município. Os resultados apresentam que os

eventos relacionados às chuvas intensas se destacam para os municípios com áreas urbanas

populosas, gerando problemas de enchentes e inundações, com perdas materiais

(principalmente residências danificadas e/ou destruídas) e de vida.

Palavras-chave: Precipitação, Vulnerabilidade, Estado do Paraná.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

90 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks

RISCOS ASSOCIADOS ÀS CHUVAS INTENSAS

EM INDAIATUBA, SÃO PAULO, BRASIL

Marina Sória Castellano

Doutoranda, Departamento de Geografia, Universidade Estadual de Campinas,Brasil

[email protected]

Lucí Hidalgo Nunes

Departamento de Geografia, Universidade Estadual de Campinas,Brasil

[email protected]

RESUMO

Indaiatuba, cidade brasileira, faz parte da Região Metropolitana de Campinas, área que

detêm grande parte da renda nacional, mas com alto grau de segregação sócioespacial. O

objetivo é levantar dias em que ocorreram chuvas extremas na cidade e observar os impactos

mais frequentes de 1970 a 2010. Foram levantados dados diários de 11 postos pluviométricos

da Região e os dias em que ocorreram os eventos foram identificados pela técnica dos

quantis. O levantamento de impactos foi feito na Fundação Pró-Memória, com consulta a

jornais. A análise mostra que os casos de alagamento de imóveis, vias e desabamento foram

os que tiveram registros em todos os períodos. Os casos de alagamento de imóveis estiveram,

em todas as décadas, entre os 3 tipos de impactos mais recorrentes e os casos de mortes

foram registrados apenas na década 3. De maneira geral, houve tendência de aumento nos

tipos de impactos (de 8 para 32 da primeira para a última décadas) e na quantidade de

registros (de 38 para 733), fato relacionado à vulnerabilidade da população e à falta de

planejamento urbano.

Palavras-chave: evento extremo, impactos, Indaiatuba, Brasil

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

91 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

INVESTIGATION OF THE TRENDS IN RAINFALL DATA

IN SLOVAKIA, PORTUGAL AND LIBYA

Martina Zeleňáková

Department of Environmental Engineering,

Faculty of Civil Engineering of the Technical University of Košice

[email protected]

Pavol Purcz

Department of Mathematics, Faculty of Civil Engineering of the Technical University of Košice

[email protected]

Maria Manuela Portela

Department of Civil Engineering, Architecture and Geo Resources, Technical University of Lisbon

[email protected]

Helena Hlavatá

Slovak Hydrometeorological Institute

[email protected]

Ibrahim Gargar

Department of Environmental Engineering,

Faculty of Civil Engineering of the Technical University of Košice

ABSTRACT

One of the goals of the hydrological risk assessment is to reduce the impacts of droughts and

floods. The objective of study is to investigate rainfall trends in climatic stations in Slovakia,

Portugal and Libya. Annual and monthly precipitation trends were detected by the Mann-

Kendall non-parametric statistical test. The annual rainfall series at the Portuguese and

Libyan climatic stations show downwards trends (decreasing rainfall) while the series at the

Slovak climatic stations show upwards trends (increasing rainfall). In Slovakia the monthly

rainfall is increasing, except for the months of November and August with decreasing rainfall.

The results are in accordance with the IPCC forecasts. They also indicate that the variability

of extreme rainfall and the climate uncertainty are greater in recent times.

Keywords: precipitation, trend, Mann-Kendall, climatic change.

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

92 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks

AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE EVENTOS DE CHUVAS EXTREMAS

NA CIDADE DE JOÃO PESSOA – PB

Francisco de Assis Salviano de Sousa

Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande

[email protected]

Valmir Rocha

Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande

[email protected]

Carmem Terezinha Becker

Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba

[email protected]

RESUMO

Os desastres naturais mais comuns no Brasil são as secas, os deslizamentos, os desabamentos

e as inundações. Os três últimos são consequências em parte dos eventos extremos de chuvas.

Os deslizamentos quando ocorrem em áreas urbanas no período das chuvas causam danos

materiais e mortes. Não por acaso, são consequências também da ineficiência do sistema de

drenagem e da remoção indiscriminada da cobertura vegetal. Essas ações combinadas com as

chuvas aumentam a saturação de água no solo, reduz sua resistência e provoca sua ruptura.

Os desmoronamentos são devidos ao mau uso do solo, má distribuição de renda, falta de

moradia digna e má qualidade da educação pública. As inundações são geralmente

acumulações de lâminas de água que podem invadir o interior das edificações e causar

transtornos para a mobilidade urbana de pedestres e veículos. Esses eventos dependem de

medidas estruturais, mas não prescindem da boa educação dos habitantes urbanos e de

medidas não estruturais. O objetivo deste trabalho foi utilizar as precipitações máximas

diárias entre o período de 1912 a 2013 e metodologia estatística para avaliar os riscos de

eventos de chuvas extremas na cidade de João Pessoa – PB. Como resultados se verificaram

tendências positivas no número de dias com chuvas e nas magnitudes das precipitações

máximas diárias. O ajuste dos eventos extremos de chuvas à função distribuição de

probabilidade de Gumbel possibilitou as estimativas dos riscos para uma específica magnitude

de chuva.

Palavras-chave: Eventos extremos, precipitação máxima, deslizamentos, desabamentos e

inundações

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

93 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

EXTREME CLIMATIC PERIODS IN EASTERN SLOVAKIA LOWLANDS

Vlasta Ondrejka Harbuľáková

Department of Environmental Engineering,

Faculty of Civil Engineering of the Technical University of Košice

[email protected]

Martina Zeleňáková

Department of Environmental Engineering,

Faculty of Civil Engineering of the Technical University of Košice

[email protected]

Pavol Purcz

Department of Mathematics, Faculty of Civil Engineering of the Technical University of Košice

[email protected]

Maria Manuela Portela

Department of Civil Engineering, Architecture and Geo Resources, Technical University of Lisbon

[email protected]

Helena Hlavatá

Slovak Hydrometeorological Institute

[email protected]

Michaela Stračarová

Department of Environmental Engineering,

Faculty of Civil Engineering of the Technical University of Košice

[email protected]

ABSTRACT

The climate-induced natural disasters and occurrence of extraordinary weather events caused

serious problems in many countries of the world. An analysis of interrelations among

atmospheric circulation indices, air pressure, and precipitation totals in Slovakia also shows

the great importance of changing atmospheric circulation on climate in Central Europe,

mainly in the areas with complex topography. Changes in precipitation and temperature lead

to changes in runoff and water availability. IPCC states that runoff is projected with high

confidence to increase by 10 to 40% by mid-century at higher latitudes and decrease by 10 to

30% over some dry regions at mid-latitudes due to decrease in rainfall and higher rates of

evapotranspiration. The objective of this paper is to analyse variability of long-term

precipitation data series over the last 30 years for precipitation stations in Slovakia lowlands

situated in the east of the country. Statistics of precipitation extremes, extraordinary

summer rainfall event, and occurrence of wet and dry periods in different zones of special

altitudinal profile in approximately 110 metres above the see level are presented in this

work.

Keywords: dry period, wet period, hydrological extremes.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

94 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks

QUANDO NÃO SE APRENDE COM A CATÁSTROFE:

A NEGLIGÊNCIA COM AS ESTRATÉGIAS DE RESILIÊNCIA URBANA

NUMA CIDADE AFETADA POR DESASTRE NATURAL

Emerson de Oliveira Muniz

Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), Brasil

[email protected]

Franciele de Oliveira Pimentel

Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Brasil

[email protected]

RESUMO

Com base na paisagem como categoria espacial de análise, o presente artigo faz uma

interpretação geográfica do desastre deflagrado por inundação na cidade de Areal no

contexto da maior catástrofe socioambiental da história brasileira, que se processou na região

Serrana do estado do Rio de Janeiro no dia 12 de janeiro de 2011. O trabalho expõe como as

dinâmicas físicas e sociais interagiram e geraram/amplificaram o desastre natural na

localidade. A partir do mapeamento da área atingida pela inundação e do desastre natural

ocorrido, de seus fatores geradores aos seus impactos, o trabalho discute a recuperação da

cidade sem a devida consideração de medidas de resiliência urbana que possam aumentar o

nível de preparo da comunidade local caso ocorra no futuro uma repetição daquela

conjuntura estabelecida em janeiro de 2011. Numa contemporaneidade na qual as estatísticas

apontam o incremento dos desastres naturais em todo o mundo, sobretudo em nações

emergentes como o Brasil, o trabalho busca contribuir no debate acadêmico sobre as ações de

prevenção, preparo e resposta em comunidades ameaçadas por inundação.

Palavras-chave: Inundação. Desastre natural. Resiliência urbana.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

95 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

MEDIDAS PREVENTIVAS NA GESTÃO INTEGRADA

DO RISCO DE INUNDAÇÃO EM PORTUGAL:

O PLANEAMENTO PARTICIPATIVO E O PAPEL DAS COMUNIDADES LOCAIS

Francisco da Silva Costa

Departamento de Geografia e CEGOT, Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho

[email protected]

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Carmen Ferreira

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade do Porto

[email protected]

Maria Gouveia

Doutoranda, Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

Em várias regiões do globo verifica-se anualmente a repetição de catástrofes naturais

associadas a inundações e aos seus mais diversos prejuízos. A falta de políticas que promovam

a gestão integrada de inundações em Portugal é uma realidade, sendo que o investimento de

recursos financeiros é essencialmente concentrado na resolução das crises em detrimento de

medidas técnico-administrativas de prevenção e preparação para as emergências. A

prevenção passa por tomar as medidas necessárias e indispensáveis para limitar a ocorrência

ou reduzir os efeitos negativos de uma crise. Neste contexto, destaca-se o planeamento

participativo já que implica todos os interessados no desenvolvimento de políticas de gestão

do risco de inundação e permite aos habitantes das regiões vulneráveis escolher o nível de

risco que estão prontos para assumir. O papel das comunidades locais no processo de gestão

de risco de inundação torna-se assim vital: esta é a principal interessada na preparação

contra este tipo de eventos hidrológicos.

Com esta comunicação, pretende-se contribuir para a discussão dos modelos de gestão do

risco de inundações em Portugal, salientando a importância do planeamento participativo

como ferramenta para a prevenção e enfrentamento de cenários de catástrofe. Com base na

experiência de Portugal, vamos aprofundar o debate sobre bases metodológicas de trabalho,

bem como a sua integração em políticas comuns de proteção civil da União Europeia.

Palavras-chave: Prevenção, Gestão integrada, Proteção civil.

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96 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks

NOVAS MEDIDAS ESTRUTURAIS PARA DIMINUIÇÃO

DO RISCO HIDROLÓGICO NO FUNCHAL

António Betâmio de Almeida

Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura e Georrecursos (DECivil), I.S.T

[email protected]

Sérgio Lopes

Gabinete de Estudos e Serviços de Hidráulica/Direção Regional de Infraestruturas e Equipamentos

[email protected]

RESUMO

A área do Funchal é ocupada maioritariamente por três bacias hidrográficas, alongadas no

sentido norte-sul: as ribeiras de São João, de Santa Luzia e de João Gomes, todas com

elevado grau de perigosidade natural às cheias, desencadeadas por episódios de precipitação

intensa e de curta duração. O risco hidrológico é elevado na medida em que o sector inferior

das bacias coincide com o centro urbano, por onde os seus cursos de água principais correm

até ao mar. Nestas bacias a cheia é um fenómeno complexo, em que, ao escoamento de água

se junta uma mistura de detritos variados, desde partículas, até blocos rochosos de grandes

dimensões, daí a designação local de aluvião.

Depois do evento catastrófico de 20 Fevereiro de 2010 e no âmbito do estudo de avaliação do

risco de aluvião, que lhe sucedeu , foram equacionadas várias medidas estruturais de redução

do risco. Para controlar o transporte de material sólido no troço intermédio dos cursos de

água principais, a montante das áreas urbanizadas, propôs-se a implementação de estruturas

transversais ao leito das ribeiras de retenção de sólidos, prevendo-se desta maneira, a

redução do transporte de carga de fundo a jusante, com a consequente minimização da ação

hidráulica erosiva nos troços urbanos regularizados. Por seu lado, para o troço terminal das

ribeiras, as soluções alcançadas foram balizadas pelo objetivo de promover o transporte do

caudal sólido.

Na comunicação apresentam-se as características gerais das estruturas.

Palavras-chave: ribeiras do Funchal, aluvião, soluções hidráulicas estruturais.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

97 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

AVALIAÇÃO DA DEGRADAÇÃO HIDROMORFOLÓGICA DE CANAIS

COMO SUBSÍDIO À GESTÃO DO RISCO DE INUNDAÇÕES URBANAS:

BACIA DOS RIOS GUAXINDIBA/ALCÂNTARA (RIO DE JANEIRO, BRASIL)

Fernando Souza Damasco

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal Fluminense (UFF, Brasil)

[email protected]

Sandra Baptista da Cunha

Programa de Pós-graduação em Geografia, Universidade Federal Fluminense (UFF, Brasil)

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

[email protected]

RESUMO

A necessidade de estabelecer parâmetros na gestão de inundações urbanas tem norteado os

estudos nessa temática. A geomorfologia fluvial antrópica pode auxiliar no sentido de

identificar pontos críticos de concentração do fluxo, relacionando-os aos ajustes nos canais

pela ação antrópica e aos quadros de degradação hidromorfológica dos canais. Esse trabalho

se propõe a relacionar a degradação dos canais à ocorrência de inundações (flashfloods) na

bacia dos rios Guaxindiba/Alcântara (Rio de Janeiro, Brasil). A mensuração da degradação dos

canais por ação antrópica abrangeu as estruturas do leito (desenvolvimento do canal e curso

longitudinal), das margens (seções transversais), e da planície aluvial (uso da terra e faixa

ciliar). A avaliação foi visual e consistiu na análise de trechos de 250 metros a jusante e a

montante de 7 pontes. Os dados colhidos foram quantificados e transformados em índices,

que classificam os estágios de degradação em crítico, avançado, intermediário, inicial e

natural. Como resultado, concluiu-se que a bacia encontra-se em um estágio avançado de

degradação hidromorfológica, marcada pela alteração brusca dos traçados dos canais fluviais,

das estruturas do leito, das margens, da faixa ciliar e de impermeabilização da planície

adjacente. O resultado da análise hidromorfológica, comparado aos dados de enchentes da

Defesa Civil Municipal, sugerem que as áreas onde os canais estão mais degradados estejam

também mais suscetíveis à ocorrência de inundações.

Palavras-chave: Inundações urbanas, degradação ambiental, ajustes nos canais,

geomorfologia fluvial antrópica.

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98 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks

FONTES DE ABASTECIMENTO POR ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

NO MUNICÍPIO DE BARRAS/PIAUÍ - BRASIL

Francisca Cardoso da Silva Lima

Centro de Ciências Humanas e Letras, Universidade Estadual do Piauí – Brasil

[email protected]

RESUMO

O Polígono das Secas apresenta um regime pluviométrico marcado por extrema irregularidade

de chuvas, no tempo e no espaço. Nesse cenário, a escassez de água constitui um forte

entrave ao desenvolvimento socioeconômico e, até mesmo, à subsistência da população. A

ocorrência cíclica das secas e seus efeitos catastróficos são por demais conhecidos e

remontam aos primórdios da história do Brasil. A pesquisa tem como objetivo conhecer a

oferta hídrica subterrânea do município de Barras Piauí, analisando a qualidade das fontes:

poço tubular, poço escavado e fonte natural. Realizou-se o cadastramento das fontes de

abastecimento por água subterrânea, com uso do GPS, e obtenção das informações passíveis

de ser coletadas através de visita técnica. A análise dos dados permitiu as seguintes

conclusões: em termos de domínio hidrogeológico, predominam as rochas da Bacia

Sedimentar do Parnaíba, que possuem porosidade primária, condições de armazenamento e

fornecimento de água, em termos de qualidade das águas subterrâneas, cerca de 88% dos

poços apresentam água doce, 11% são salobras e 1% são salgadas, todos os poços necessitam

de manutenção periódica para assegurar seu funcionamento, principalmente, em tempos de

estiagens prolongadas.

Palavras-chave: Estiagem, Águas subterrâneas, Subsistência.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

99 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

ANALYSE DU RISQUE ALIMENTAIRE AU NIVEAU DE L’INDUSTRIE

AGROALIMENTAIRE DE LA VILLE D’ORAN DE L’OUEST ALGERIEN

Chafika Hebbar

Institut de Maintenance et de Sécurité Industrielle /Université d’Oran, Algérie

[email protected]

Dounia Merzoug

Laboratoire Réseau de Surveillance Environnementale/Université d’Oran, Algérie

[email protected]

Sid Ahmed Kerfouf

Faculté des Sciences de la Nature et de la Vie/Université Djillali Liabès, Algérie

[email protected]

Zitouni Boutiba

Laboratoire Réseau de Surveillance Environnementale/Université d’Oran Algérie

[email protected]

RESUMÉ

Le risque résulte de deux éléments: environnement dangereux pour la santé et population

soumise au risque. Pour caractériser un environnement dangereux pour la santé, il faut

identifier la toxicité des éléments environnementaux.

Pour caractériser la population, il faut l’identifier, préciser l’intensité et la durée

d’exposition au risque à un milieu pour un groupe d’individus et relever les états de mortalité

associés. Le risque alimentaire peut entrer dans les risques majeurs pour l’homme.

Les aliments sont vecteurs de deux types de dangers compromettant leur sécurité: les

dangers biologiques incluant les bactéries et les dangers chimiques incluant les contaminants

chimiques de l’environnement et les résidus de végétaux.

Le but de l’analyse de risque alimentaire est de déterminer si une substance donnée peut

poser un problème de santé publique, de caractériser les individus les plus à risques et les

moyens efficaces pour des mesures de sécurité sanitaire. L’analyse du risque alimentaire est

réalisée par la méthode HAZOP qui oriente le choix d’équipements, de conception et de

méthodes d’installation qui apporteront la sécurité des personnes travaillant dans l’usine, de

l’environnement et du public. Les aliments contiennent diverses substances (pesticides) qui,

lorsqu’elles sont fortement ingérées peuvent avoir des effets néfastes sur la santé.

L’étude des moyens d’actions fait appel aux compétences de médecins, toxicologues,

biologistes et épidémiologistes.

Mots-clés: aliment, consommateur, risque alimentaire, Oran, Algérie.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

100 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks

ANALYSIS OF FLOODS IN 2010 IN THE EASTERN SLOVAKIA

Martina Zeleňáková

Department of Environmental Engineering

Faculty of Civil Engineering of the Technical University of Košice

[email protected]

Maria Manuela Portela

Department of Civil Engineering, Architecture and Geo Resources, Technical University of Lisbon

[email protected]

Lenka Gaňová

Department of Environmental Engineering

Faculty of Civil Engineering of the Technical University of Košice

[email protected]

ABSTRACT

The main cause of flood events that has occurred during May and early June 2010 in the

Slovak republic and culminated in a historic flood situation was not only day of rich and

intense rainfall, but high saturation of basins affected by the previous rainy season. The flood

situation in May and June 2010 at river basins of the eastern Slovakia has brought great

damage to property, such as landslides, damaged houses, gardens, cottages, damaged

highways and local roads, bridges, cemeteries, flooded buildings, wells and mosquito strikes

after floods. The paper is focused on the analysis of the flood situation in the spring of 2010

at the eastern Slovakia.

Keywords: floods, damages, eastern Slovakia.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

101 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO PARA A GESTÃO DO RISCO DE INUNDAÇÃO

Maria José Roxo

e-GEO Centro de Geografia e Planeamento Regional, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Universidade Nova de Lisboa

[email protected]

Carlos Pereira da Silva

e-GEO Centro de Geografia e Planeamento Regional, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Universidade Nova de Lisboa

[email protected]

Pedro Dias

e-GEO Centro de Geografia e Planeamento Regional, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Universidade Nova de Lisboa

[email protected]

RESUMO

A Directiva Europeia 2007/60/CE relativa à avaliação e gestão dos riscos de inundação foi

transporta para o país através do Decreto-Lei nº 115 de 22 de Outubro de 2010. Estabelece

que para cada região hidrográfica ou em cada unidade de gestão que venha a ser definida,

será avaliado o risco de inundação e as respectivas medidas de mitigação. No artigo 9.º -

Planos de Gestão dos Riscos de Inundação - Ponto 3, refere que os planos de gestão dos riscos

de inundações devem ter em conta aspectos relevantes como, a) Os custos e os benefícios,

das ações a implementar, entre outras. O projecto Flood-CBA financiado pela União Europeia

(Janeiro de 2013 a Dezembro de 2014), que envolve seis países (Alemanha, Espanha, Grécia,

Portugal, Reino Unido e Roménia), pretende contribuir para a implementação da metodologia

de Análise de Custo-Benefício (ACB), na gestão do risco de inundação. Assim, está em fase de

finalização uma Plataforma de Conhecimento (www.floodcba.eu) cujo objectivo é facilitar a

recolha e troca de informação entre os agentes sociais (autoridades responsáveis, serviços

técnicos e comunidade científica) e oferecer uma visão global dos modelos actuais e boas

práticas, bem como consolidar metodologias e melhorar a compatibilidade dos resultados da

aplicação da ACB. Os resultados já obtidos, através de inquéritos a stakeholders, permitem

concluir da pertinência desta plataforma, devido à falta de experiência na aplicação da ACB

no contexto da gestão de risco de inundação a nível nacional.

Palavras-chave: Risco de Inundação, Avaliação, Custo-Benefício, Gestão Colaborativa.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

102 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks

FLASH FLOODS IN ARID REGIONS:

CONCEPT AND EXPLAINING ELEMENTS ON THEIR OCCURRENCE

Mosbah BenSaid

Science Research Center of Arid Regions of

Algeria/ CRSTRA

[email protected]

Nora Bouchahm

Science Research Center of Arid Regions of

Algeria/ CRSTRA

[email protected]

Fantina Tedim

Faculty of Arts, University of Porto/ CEGOT

[email protected]

Ali Hachemi

Science Research Center of Arid Regions of

Algeria/ CRSTRA

[email protected]

Amine Hafnaoui

Science Research Center of Arid Regions of

Algeria/ CRSTRA

[email protected]

Madi Mouhamed Said

Science Research Center of Arid Regions of

Algeria/ CRSTRA

[email protected]

Abderahmane Noui

Science Research Center of Arid Regions of

Algeria/ CRSTRA

[email protected]

ABSTRACT

Floods rank highly among natural disasters in terms of the number of people affected and the

number of fatalities. In several countries all over the world, governments are paying

increasing attention to research on flash floods. Flash floods are not specific to humid

regions but also reach the arid regions such as China, Saudi Arabia, Morocco and Algeria.

Most of the Algerian territory is classified as arid lands. The country has known several floods

that caused significant human and material damages. Severe flooding has been reported

namely those of Adrar (October 2004 and January 2009), Ghardaia (October 2008) and Bechar

(October 2008).

Considering as case-studies the mentioned events, this paper discusses the conceptualization

of flash floods in arid regions using a disaster risk reduction approach. The relation between

the characteristics (e.g., duration, magnitude, speed, precipitation values) of the physical

process and the morphology and land use of the watershed is analysed. Predicting the

occurrence of flash floods and mitigate the impact is a fundamental issue that deserves to be

discussed by the scientific and political communities in order to develop measures to

decrease the impacts of flash flood events even in a context of uncertainty related with land

use and climate changes.

Keywords: Flash floods, arid regions, disaster risk reduction, Algeria.

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103 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

SUSCEPTIBILIDADE DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO VEZ AO RISCO DE CHEIA

Maria Augusta Fernandéz Moreno

CITTA/FEUP/FCTUC

[email protected]

Glória Gonçalves

CEG - Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa

Doutoranda da Universidade Aberta

[email protected]

RESUMO

A determinação dos usos sustentados do território depende, entre outros fatores, do risco

associado aos vários perigos que nele ocorrem, como é o cas das inundações, os quais podem

implicar perdas de pessoas e bens. As inundações afetam as áreas rurais e perímetros urbanos

da bacia hidrográfica do rio Vez (BHRVez), localizada na região hidrográfica do Lima, com um

historial de ocorrências de inundações que se estende pelo menos por um século. Contudo, se

a BHRVez gerida de forma sustentável evitar-se-á custos elevados, sejam de proteção ou de

recuperação.

Numa fase inicial da determinação do risco de inundação é necessário conhecer as principais

variáveis que condicionam a ocorrência deste tipo de fenómenos extremes a partir da relação

entre a precipitação e o relevo considerando os ritmos sazonais e extremos, e a sua relação

com o escoamento. Utilizam-se os dados de precipitação e caudal da série 1960-1990 das

estações de Casal Soeiro, Cabreiro e Pontilhão de Celeiros, disponibilizados pelo Sistema

Nacional de Informações de Recursos Hídricos, e dados morfométricos, geológicos e do uso do

solo.

Assim também, verificamos a possibilidade de testemunho para os vários eventos ocorridos

durante os séculos XX e XXI, tendo por base a informação disponível em documentos escritos,

seja jornais e censos que permite caracterizar a dinâmica sociodemográfica e as perdas

ocorridas durante os eventos de maior magnitude.

A modelização do risco de cheia é trabalhada segundo as propostas metodológicas de Reis

“Avaliação da suscetibilidade” e Fernández “Unidades Territoriais de Risco”. A analise baseia-

se na identificação das áreas inundáveis e da resiliência/vulnerabilidade das populações e das

unidades territoriais.

O modelo resultante será ajustado através da modificação progressiva das funções influentes

que representam as condições da bacia hidrográfica.

Palavras-chave: Precipitação, escoamento, cheias, risco, vulnerabilidade.

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104 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks

ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO ENQUANTO FATOR DESENCADEANTE DE INUNDAÇÕES

URBANAS: UM ESTUDO DE CASO DA CIDADE DE PATOS DE MINAS – MG/BRASIL.

Camilla Silva Magalhães

Instituto de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia

[email protected]

António de Sousa Pedrosa

Instituto de Geografia da UFU, CEGOT, RISCOS

[email protected]

RESUMO

O crescimento rápido das cidades é uma das marcas do processo de urbanização que

caracteriza final o séc. XX e início do XXI. Ao ocupar as áreas próximas aos cursos de água, o

homem impermeabiliza e modifica o processo de escoamento superficial, dando origem a

vários problemas ambientais. A ocorrência de eventos extremos de chuva com forte

intensidade e alta concentração temporal gera um aumento do escoamento superficial, que

eleva os caudais acima da capacidade das redes de drenagem, provocando inundações no

espaço urbano. A cidade de Patos de Minas-MG, inicia um rápido crescimento em meados do

século XX, denotando falta de planejamento na sua expansão. Assim, quase todos os anos

acontecem enchentes na sua área urbana. Neste contexto, considerando a precipitação como

principal fator desencadeante na probabilidade de ocorrência de inundações urbanas, o

presente trabalho tem como objetivo fazer uma análise estatística dos dados pluviométricos

da cidade de Patos de Minas, correlacionando-os com as inundações que aí se registam.

Analisar-se-á os dados diários da estação pluviométrica da Fazenda Experimental de

Sertãozinho (2006–2010) e, as reportagens que abordem a ocorrência de inundações na cidade

neste mesmo intervalo de tempo. Desta forma, será possível a correlação entre os dados,

identificando os principais pontos de inundações e fatores de suscetibilidade e, determinando

qual a influência efetiva de eventos chuvosos intensos no desencadear das inundações

urbanas.

Palavras-chave: Precipitações Intensas, Inundações Urbanas, Fatores de Riscos.

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105 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

CARACTERIZAÇÃO E MEDIDAS MITIGADORAS DAS INUNDAÇÕES

EM VILAMOURA, ALGARVE

Rui Lança

Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve

[email protected]

Vera Rocheta

Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve

[email protected]

Fernando Martins

Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve

[email protected]

Helena Fernandez

Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve

[email protected]

Celestina Pedras

Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve

[email protected]

RESUMO

A Universidade do Algarve realizou um estudo para a Inframoura, E.M. relativo à delimitação

das áreas inundáveis causadas por extravasamento da Ribeira do Vale Tesnado, que atravessa

a zona poente de Vilamoura, e procura de soluções integradas que visem a diminuição da

probabilidade e magnitude das inundações.

O estudo em causa divide-se em quatro etapas: i) estudo hidrológico da bacia hidrográfica a

montante, com vista à determinação de caudais de cheia, ii) estudo hidrodinâmico, no qual se

efetua a modelação numérica do escoamento na zona com risco potencial significativo,

considerando o efeito das diversas estruturas hidráulicas existentes, iii) identificação dos

níveis atingidos pela inundação associada a períodos de retorno de 10 e 100 anos e

mapeamento das áreas inundáveis, iv) análise de resultados e identificação de soluções

integradas com vista à minimização da frequência e magnitude das inundações. Foi dada

particular atenção à aferição do modelo utilizado, através da comparação dos níveis de cheia

observados a 8 de novembro de 2012 (através de testemunhos locais, marcas de cheia,

fotografias e vídeos) com os níveis de cheia obtidos pela modelação numérica.

Com vista a minimizar a probabilidade e magnitude das inundações, pretende-se apresentar

uma síntese das etapas que constituíram o estudo, dando particular incidência ao trabalho de

aferição do modelo numérico e às soluções propostas,

Palavras-chave: Cheias, modelação hidrológica, modelação hidrodinâmica.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

106 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks

SISTEMAS DE AVISO METEOROLÓGICO –

ESTUDO COMPARATIVO DE AVISOS EMITIDOS,

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS REGISTADAS E REGISTO DE OCORRÊNCIAS

Ricardo Gomes

Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM

[email protected]

Válter Ferreira

Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM

[email protected]

Rafael Brites

Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM

[email protected]

RESUMO

O Sistema de Avisos Meteorológicos (SAM) assegurado pelo Instituto Português do Mar e da

Atmosfera procede ao aviso da população, em geral, e, em particular, dos organismos e

entidades com responsabilidade em matéria de segurança e proteção civil, para a

possibilidade de ocorrência de situações meteorológicas adversas como vento forte,

precipitação intensa, queda de neve, frio ou calor extremo, nevoeiro persistente e agitação

marítima. Complementarmente, na sequência de cada situação de Aviso Meteorológico existe

um conjunto de recomendações e medidas de autoproteção difundidas junto da população

pelas entidades de Proteção Civil (SRPC, RAM-IP).

Este sistema baseia-se em previsões meteorológicas e a sua fiabilidade é de extrema

importância por permitir adequar as estratégias e procedimentos associados à prevenção e

socorro bem como informar a população sobre cuidados a ter.

Com o objetivo de optimizar a utilização do SAM, procedeu-se a uma análise comparativa

entre o registo de Avisos Meteorológicos de nível Vermelho emitidos diariamente entre 2011 e

2013, as condições meteorológicas verificadas e o registo de ocorrências no CROS/SRPC,IP-

RAM. Analisou-se a quantidade e tipologia de ocorrências em dias normais e em dias de Aviso

vermelho e comparou-se o número de dias com aviso emitido com o número de dias com

condições reais que justificariam essa emissão.

Palavras-chave: Sistema de Avisos Meteorológicos, Registo de Ocorrências, Proteção Civil

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

107 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

MARINE STORMS AND COASTAL RISK

ALONG THE GULF OF BISCAY AREA: WINTER 2014

Domingo F. Rasilla

Departamento de Geografía, Urbanismo y OT, Universidad de Cantabria

[email protected]

Carolina Garmendia

Departamento de Geografía, Urbanismo y OT, Universidad de Cantabria

[email protected]

Juan Carlos García Codron

Departamento de Geografía, Urbanismo y OT, Universidad de Cantabria

[email protected]

Victoria Rivas

Departamento de Geografía, Urbanismo y OT, Universidad de Cantabria

[email protected]

RESUMEN

Coastal storms are one of the most remarkable natural risk affecting coastal areas, and

climate change might enhanced the intensity and frequency of those extreme events. The

Gulf of Biscay area show evidences of historical episodes of storminess which remarkable

consequences upon natural environment and human activities. The use of coastal spaces has

increased during the last decades worldwide, and the Northern coast of the Iberian Peninsula

has followed the same trend, increasing the amount of elements at risk.

An outstanding episode of coastal storminess was suffered by the northern coast of the

Iberian Peninsula experienced during the January-February period of 2014. Impacts on the

coastal environment were spread: deep beach erosion, flooding of urban promenades and

damages in public infrastructures and private properties. Only the total cost of cleaning and

repairing the damaged infrastructures and coastal equipment has been estimated by the

Spanish authorities in more than 40 million euros.

A comprehensive analysis of oceanographic and meteorological data has been carried out to

characterize the event and to place it in relation with the recent climate evolution of the

Gulf of Biscay area. Besides, we relate the magnitude of the storms with the main features of

the shoreline and the presence of vulnerable elements in order to explain the spatial pattern

of economic losses along the northern coast of the Iberian Peninsula.

Palabras clave: marine storms, coastal risk, Gulf of Biscay.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

108 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks

DESIGUALDADE NO CAMPO E O RISCO CLIMÁTICO

EM ÁREAS DE PRODUÇÃO DA SOJA NO SUL DO BRASIL

Vinicius Carmello

Grupo de Pesquisa GAIA, UNESP/FCT - Presidente Prudente, São Paulo, Brasil

[email protected]

Miriam Rodrigues Silvestre

Grupo de Pesquisa GAIA, UNESP/FCT - Presidente Prudente, São Paulo, Brasil

[email protected]

João Lima Sant’Anna Neto

Departamento de Geografia, Grupo de Pesquisa GAIA

UNESP/FCT - Presidente Prudente, São Paulo, Brasil

[email protected]

RESUMO

Esta pesquisa parte da relação entre o clima e a agricultura em uma região de transição

climática no sul do Brasil referente a vertente paranaense da bacia do rio Paranapanema,

com cerca de 55 mil km². Os dados analisados referem-se aos de produtivida da soja (kg/ha)

em 132 municipios, e aos de precipitação (mm) de 89 postos pluviométricos, referente a 10

safras agrícolas. Estes dados foram tratados com técnicas estatisticas convencionais com o

uso dos programas Excel, Minitab e Xlstat. Os resultados mostraram tendências de aumento e

variações anuais, tanto dos dados de produtividade de soja, quanto de precipitação. Essa

relação está associada ao padrão tecnológico, às formas de manejo e ao perfil agrícola dos

municípios. Isso permite uma análise geográfica do território, demonstrando que os diferentes

níveis de vulnerabilidade encontrados nos municípios, relacionam-se com estruturas agrárias

distintas, refletindo o risco social no campo.

Palavras-chave: chuva, soja, variabilidade, território, risco.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

109 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS:

ESTUDO DE CASO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO INDAIÁ –

UBATUBA – SP - BRASIL

Débora Olivato

Secretaria Estadual de Educação – SP, Brasil

[email protected]

Humberto Gallo Junior

Instituto Florestal – SMA/SP, Brasil

[email protected]

Magda Adelaide Lombardo

Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP, Rio Claro, Brasil

[email protected]

RESUMO

No gerenciamento de riscos a desastres naturais, como em qualquer outro processo

democrático de planejamento e implantação de políticas públicas, deve-se ter a participação

social como elemento chave para garantir a legitimidade e a governabilidade. No Brasil há

muito que se caminhar para alcançar uma gestão participativa de riscos ambientais. A fim de

verificar as potencialidades e fragilidades deste processo realizou-se um estudo de caso nos

05 bairros da bacia hidrográfica do rio Indaiá - Ubatuba, São Paulo – Brasil, tendo com base

teórica a obra de Del Rio e Oliveira (1996). Conforme o mapeamento técnico existente (SÃO

PAULO, 2006), esta bacia possui extensas áreas com riscos de inundações, escorregamentos

de terra, bem como de erosão costeira (SOUZA e LUNA, 2009). Foi efetuado no presente

trabalho o mapeamento da percepção ambiental e de riscos de 209 residentes (10% das

residências), desenvolvendo-se uma metodologia de espacialização homogênea dos dados na

área desta bacia hidrográfica. Realizou-se a correlação entre as áreas de riscos identificadas

nos mapeamentos técnicos e aquelas percebidas pela população. As informações levantadas

evidenciam a falta de gestão participativa de riscos e suas consequencias, oferecendo

subsidios para um programa preventivo junto às comunidades locais, em especial nos setores

de comunicação, educação e implantação de infra-estrutura para evitar riscos potencializados

pelos eventos extremos do tempo.

Palavras-chave: participação social, gestão participativa dos riscos, mapeamento da

percepção de riscos, bacia hidrográfica.

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

110 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks

APLICAÇÃO DE TÉCNICA MULTIVARIADA À RAZÃO DE MISTURA DO AR

EM MINAS GERAIS/BRASIL

Edicarlos Pereira de Sousa

Universidade Federal de Campina Grande – CTRN/UACA

[email protected]

Célia Campos Braga

Universidade Federal de Campina Grande – CTRN/UACA

[email protected]

Jonathan Castro Amanajás

Universidade Federal de Campina Grande – CTRN/UACA

[email protected]

Milena Pereira Dantas

Universidade Federal de Campina Grande – CTRN/UACA

[email protected]

RESUMO

O clima é definido como sendo uma resposta natural aos fenômenos oceânico-atmosféricos

atuantes ao longo do tempo numa determinada região, estando relacionado à orografia, à

distribuição continental e oceânica e à posição latitudinal. Nas ciências atmosféricas, a

climatologia investiga as causas e as relações físicas existentes entre os diferentes fenômenos

climáticos na superfície da Terra. A razão de mistura é uma variável meteorológica que

representa a quantidade de vapor d’água por unidade de massa do ar seco. Neste contexto, o

objetivo deste estudo foi determinar padrões espaço-temporal da razão de mistura através da

técnica fatorial de componentes principais (ACP) para o estado de Minas Gerais. Foram

obtidos dois fatores que explicaram 97,86% da variância total dos dados. O primeiro fator que

explicou 49,94% dos dados teve correlações superiores a 0,75 no período outubro-março.

Nessa época, a maior concentração de umidade é proveniente da atuação de sistemas frontais

e deslocamento de ondas de leste que atuam a região leste e oeste de Minas. O segundo fator

explicou 47,92% com correlações (acima de 0,75) de maio a agosto. As maiores contribuições

espaciais deste fator são verificadas nas regiões nordeste e oeste, possivelmente relacionadas

ao sistema ZCAS. A ACP evidenciou que as chuvas abundantes no verão e parte do outono

foram ocasionadas pelas ZCAS, frentes, dentre outros, enquanto que no inverno os sistemas

atuam com menor intensidade, provocando chuvas fracas.

Palavras-chave: razão de mistura, ACP, sistemas meteorológicos

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

111 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

SECA: RISCOS E ABORDAGENS

Josefa Eliane Santana de Siqueira Pinto

Universidade Federal de Sergipe - Núcleo de Pós Graduação em Geografia

Programa de Pós Graduação em Recursos Hídricos – UFS, Brasil

[email protected]

RESUMO

O fenômeno da seca vem sendo estudado pela sua classificação, considerando seus riscos e

efeitos. De fato, é consenso que a seca ocorre quando a chuva é irregular e insuficiente para

manter condições mínimas de sobrevivência no campo, com reflexos no abastecimento

urbano. O objetivo desta pesquisa remete a uma reflexão teórica e metodológica para o trato

científico da seca. Têm-se a seca permanente, a seca sazonal, a seca contingente e a seca

invisível. Esses conceitos consideram a sazonalidade de ocorrência. Classificação melhor e

mais adequada considera seus efeitos sobre a agricultura, a pecuária e reservatórios. Assim

têm – se três tipos característicos. Considerada seca total, quando as chuvas acontecem bem

abaixo da média e não há possibilidade de atender nenhuma dessas necessidades. Chuvas

abaixo da média, mas com distribuição regular ao longo do ano permitem a colheita de uma

safra e atendem algumas espécies de pasto, contudo impedem os reservatórios de

armazenarem água, dificultando a dessedentação animal, causam ou podem causar prejuízos

no abastecimento de águas urbanas. Um terceiro tipo de seca a se discutir oferece maiores

riscos para a agricultura. Chove abaixo da média e estas chuvas se concentram em um curto

período de tempo, não favorecendo, outrossim, a pecuária e pastos, ainda que permitam a

reserva de águas pluviais para a utilização de período de estiagem. Por fim, deve-se ater ao

fato de que os riscos da ocorrência da seca devem ser avaliados no contexto de seus

impactos: urbanos, agrários, hidrológicos, biogeográficos, sociológicos.

Palavras-chave: seca, riscos, abordagens teóricas.

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

112 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks

PLANIFICACIÓN HIDROLÓGICA EN ESPAÑA Y VULNERABILIDAD

FRENTE AL RIESGO DE SEQUÍA

Jesús Vargas Molina

Departamento de Geografía, Historia y Filosofía. Universidad Pablo de Olavide de Sevilla

[email protected]

RESUMEN

La vulnerabilidad frente a los riesgos naturales representa la expresión del desequilibrio entre

las dinámicas naturales de un territorio y la sociedad que se asienta sobre él. A diferencia de

otros eventos naturales peligrosos donde dichos desequilibrios se expresan como episodios

puntuales a los que se asocia gran capacidad de destrucción, la sequía se presenta como un

fenómeno de aparición lenta originado por la combinación de una serie de condiciones

climáticas y socio-económicas con consecuencias territoriales, económicas y sociales

especialmente difíciles de determinar en el espacio y el tiempo. Conocer las condiciones que

vuelven a las poblaciones vulnerables debe ser el principio de cualquier proceso de gestión

que busque garantizar la seguridad. Aunque en esa línea se están orientando importantes

investigaciones sobre otros riesgos naturales aún quedan importantes retos que afrontar en lo

que a sequías se refiere. En este sentido y debido al origen inducido de este tipo de riesgos,

en el que las propias intervenciones humanas relegan en muchas ocasiones a un segundo

plano a las condiciones climáticas originarias, se pretende en este trabajo presentar aquellos

aspectos de la política y gestión hidrológica en España que contribuyen a aumentar la

vulnerabilidad de las poblaciones al riesgo de sequía.

Palabras clave: planificación hidrológica, sequía, vulnerabilidad

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“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

113 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

A DESERTIFICAÇÃO EM SERGIPE,

COMO TERRITÓRIO DE RISCO PASSÍVEL DE REABILITAÇÃO

Alberlene Ribeiro de Oliveira

Doutoranda, Núcleo de Pós- Graduação em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe-UFS, Brasil

[email protected]

Josefa Eliane Santana de Siqueira Pinto

Universidade Federal de Sergipe - Núcleo de Pós Graduação em Geografia

Programa de Pós Graduação em Recursos Hídricos – UFS, Brasil

[email protected]

RESUMO

A desertificação é um processo dinâmico que está associado à origem natural (climática,

geológica, vegetacional, hidrológica) e antrópica a partir das atividades que estão sendo

desenvolvidas ao longo dos anos, se constituindo em território de risco. A pecuária, por meio

do pisoteio dos animais e a agricultura, pelo uso inadequado do solo, ambos podem

desencadear o processo de desertificação. O risco surge em diferentes escalas nos territórios

e podem ser afetados de modos distintos, com capacidades e respostas desiguais perante

problemas semelhantes. Desse modo, o presente trabalho tem como objetivo avaliar os

indicadores ambientais e socioeconômicos que se associam aos processos de desertificação,

com risco de degradação, no Alto Sertão de Sergipe, no intuito de prevenir ou sugerir ações

de reabilitação. A abordagem é de forma interdisciplinar, dialogando com os olhares da

Geografia e entre diferentes campos do conhecimento como a biogeografia, a pedologia, a

geologia e a geomorfologia. As alterações na periodicidade da sazonalidade climática e a

intensa exploração dos recursos naturais, desmatamento indiscriminado e agropecuária

extensiva, vêm ultrapassando o limite de utilização destes recursos, promovendo a

degradação física, química e biológica do solo.

Palavras-chave: Riscos, Vulnerabilidade, Degradação, Derivações antropogênicas, Clima.

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

114 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks

A SECA NO MUNICÍPIO DE PÃO DE AÇÚCAR – ALAGOAS, BRASIL:

RISCOS E ADAPTAÇÕES

Ramon Santos Carvalho

Universidade Federal de Sergipe - Programa de Pós Graduação em Recursos Hídricos – UFS, Brasil

[email protected]

Josefa Eliane Santana de Siqueira Pinto

Universidade Federal de Sergipe - Núcleo de Pós Graduação em Geografia

Programa de Pós Graduação em Recursos Hídricos – UFS, Brasil

[email protected]

RESUMO

A Seca no Nordeste é resultado da combinação de fatores da natureza, na ordem climática em

combinação com a sociedade. Impactos, riscos e adaptações são questões envolventes de um

fenômeno que deve ser observado integrado, visto que provoca transtornos sociais. O trabalho

foi desenvolvido na perspectiva reflexivo-descritiva e tem como procedimentos

metodológicos: pesquisa documental, levantamentos bibliográficos e trabalho de campo.

Questões de ordem política e de ordem sociológica se fazem, quando há constatação de que

os riscos afetam sobremaneira a população de menor poder aquisitivo. O município de Pão de

Açúcar situa-se no sertão semiárido alagoano, as margens da bacia do rio São Francisco, de

grande abrangência nacional. Tal localização tem pouco proveito das águas fluviais,

suscitando políticas de contenção, como: Açudes, Barragens Subterrâneas, Cisternas de

Placas, Cisternas de Calçadão, Poços Artesianos, Barragens e Caminhões Pipa. Fato agravante

relativo aos riscos provocados pela seca diz respeito à incidência de casos de diarreia

associados possivelmente a falta de controle dessas políticas. Confirma-se então mais uma

relação de risco com a seca, além das relações tradicionalmente reconhecidas referentes a

agricultura e a pecuária, setor mais significativo da economia sertaneja. Há que se ponderar

aspectos culturais locais: causas ou consequências dos riscos do fenômeno da seca.

Palavras-chave: seca, riscos, adaptações, políticas.

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“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

115 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

LA RESILIENCE DES VILLES SAHÉLIENNES FACE AU CHANGEMENT CLIMATIQUE:

ETUDE DU CAS DE LA VILLE DE NOUAKCHOTT (MAURITANIE)

Zeineddine Nouaceur

UMR IDEES, Université de Rouen, France

[email protected]

RESUMÉ

La ville africaine a toujours constitué un lieu de refuge pour les populations rurales dont le

système de production a été anéanti par les sécheresses climatiques récurrentes observées

dans cette région très vulnérable. Cet exode massif s’est traduit par une occupation forcée et

illégale de l’espace urbain (bidonvilles, Kébbé, quartiers spontanés, zones non loties…)

profitant toujours d’un vide juridique apporté par les statuts des terres colonisées (droits

coutumiers des Terres à Nouakchott, Dakar et Djibouti). Ces protubérances se sont souvent

développées sur des milieux naturels fragiles et peu propices à la colonisation urbaine (lits

majeurs d’oueds, zones inondables, anciennes carrières…) augmentant ainsi la vulnérabilité

de ces zones de vies. Confrontées à une nouvelle donne liée au changement climatique qui

touche l’ensemble de notre planète (augmentation des températures et un retour des pluies,

mais avec plus d’intensité et une arrivée tardive de la mousson), les villes sahéliennes se

trouvent aujourd’hui dans des situations de crise du faite d’une plus grande vulnérabilité au

risque d’inondation.

Nouakchott, la capitale mauritanienne qui a été édifiée sur un site fragile est exposée

aujourd’hui à cette nouvelle problématique liée à l’excès d’eau (risque accru d’inondation

pluviale, par battance de la nappe subaffleurante et par une submersion). Les quartiers

spontanés et les nouveaux lotissements situés dans les zones les plus fragiles de la ville

(sebkha et zones inondables de la partie ouest de la ville) sont aujourd’hui les zones les plus

touchées.

L’analyse de cette nouvelle problématique sahélienne à travers l’étude du cas de Nouakchott

vise à montrer cette nouvelle tendance qui touche les plus grandes villes de l’Afrique

sahélienne. Elle permet aussi d’évoquer les moyens de lutte pour faire face aux conséquences

de ces importantes modifications climatiques.

Mots-clés: Sahel, Villes africaines, Nouakchott, Vulnérabilité, inondation

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Painel 3.3 Riscos ambientais e saúde

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

119 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde

DETERMINAÇÃO DOS ÓTIMOS TÉRMICOS EM RELAÇÃO À MORTALIDADE ANUAL:

ANÁLISE DE PORTO, COIMBRA E LISBOA

Jorge Marques

Instituto Português do Mar e da Atmosfera

[email protected]

Sílvia Antunes

Instituto Português do Mar e da Atmosfera

[email protected]

Baltazar Nunes

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge

[email protected]

Susana das Neves Pereira da Silva

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge

[email protected]

Liliana do Carmo Cerdeira Antunes

Instituto Português do Mar e da Atmosfera

[email protected]

Carlos Dias

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge

[email protected]

RESUMO

A análise da variação da mortalidade com as temperaturas máxima e mínima revela um

número de óbitos mais elevado para a ocorrência de valores extremos em ambas as

temperaturas. O resultado verifica-se tanto para temperaturas mínimas muito baixas como

muito elevadas, bem como para temperaturas máximas muito baixas e muito elevadas, em

todos os distritos.

A análise conjunta (2003 a 2012) entre a variabilidade da temperatura do ar e do número de

óbitos evidencia um intervalo de temperaturas ótimas ou de conforto para a saúde pública

definido pelos valores do número de óbitos mais baixos. No caso do Porto, para a temperatura

mínima o intervalo de temperatura com valores mais baixos do número de óbitos é

ligeiramente inferior (15 a 16 ºC) ao de Coimbra (15 a 17 ºC) e Lisboa (16 a 19 ºC). No caso da

temperatura máxima, Coimbra mostra um intervalo com valores mais elevados (25 a 31 ºC),

do que o Porto (21 a 27 ºC) e Lisboa (24 a 28 ºC).

Palavras-chave: Temperatura do ar, mortalidade, ótimos térmicos.

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

120 | Panel 3.3 – Environmental risks and health

VARIAÇÃO TÉRMICA E A MORTALIDADE POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES

NA CIDADE DE LIMEIRA/SP.

Aline Pascoalino

Universidade Estadual Paulista, Campus de Rio Claro

[email protected]

Sandra Elisa Contri Pitton

Departamento de Geografia, Universidade Estadual Paulista, Campus de Rio Claro

[email protected]

RESUMO

O estudo verificou a relação entre a variação térmica no período de frio e a distribuição

temporal e espacial da mortalidade por doenças cardiovasculares na cidade de Limeira/SP.

Para tal, foram observadas as temperaturas máximas e mínimas absolutas diárias no intervalo

2000/2010 e a mortalidade por doenças cardiovasculares em período equivalente. Os dados

climáticos foram disponibilizados pela UNICAMP/Limeira e os da mortalidade coletados

diretamente nos livros de registros de óbitos. Considerou-se registros com pelo menos uma

causa de morte por doença do grupo cardiovascular, o equivalente a 5.387 registros. A

abordagem temporal centrou-se nos dias do período de frio com temperaturas mais extremas

para o contexto climático da área de estudo, uma cidade de clima tropical. Analisou-se os

dias com temperaturas inferiores às faixas térmicas do percentil 5 e 10 dos dados e seus

respectivos óbitos, dias com maior mortalidade no período e a variação térmica dos dias

anteriores. Os endereços dos óbitos foram georreferenciados e espacializados em mapas de

densidade de Kernel, avaliados juntamente com as características socioambientais da cidade.

Constatou-se maior média de óbitos diários na faixa térmica mais extrema e maior ocorrência

em dias de amplitude térmica acentuada. A mortalidade foi maior para o grupo masculino e

faixas etárias superiores aos 65 anos, com maior intensidade de ocorrência nos bairros de

ocupação mais antiga da cidade.

Palavras-chave: riscos climáticos, variação térmica, mortalidade, doenças cardiovasculares

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

121 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde

AMBIENTE TÉRMICO DE SALA DE AULA PODE CONDICIONAR

O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E AVALIAÇÃO DE ALUNOS

Mário Talaia

Departamento de Física, CIDTFF, Universidade de Aveiro

[email protected]

Marta Silva

Departamento de Educação, Universidade de Aveiro

[email protected]

RESUMO

É aceite que a problemática do aquecimento global tem relevância no ensino e

aprendizagem.

Segundo Fanger, o conforto térmico envolve variáveis físicas ou ambientais (temperatura do

ar, temperatura média radiante, humidade relativa do ar e velocidade relativa do ar) e

também variáveis subjetivas ou pessoais (atividade desempenhada pela pessoa e o vestuário

usado pela pessoa).

Wyon no seu estudo mostrou que o conforto térmico influencia o ensino e aprendizagem dos

alunos. Em cerca de 300 alunos registou uma diminuição dos resultados de avaliação de 3,5%

por cada ºC de aumento de temperatura interior da sala de aula.

Neste trabalho são usados índices térmicos (IC e ITH) e uma escala de sensação térmica de

cores, onde os alunos aquando da realização de questões problema no final de aulas

selecionavam a zona de conforto/desconforto.

Os resultados obtidos mostram que a avaliação registada pelos alunos é condicionada pelo

ambiente térmico. No Inverno e no Verão, como seria esperado, quando a sensação térmica

se situa entre o valor de -0.5 e +0.5 os resultados são muito positivos. Quando os valores da

sensação térmica divergem da zona de conforto registam-se resultados negativos, abaixo de

50% numa escala de 0% a 100%.

A análise dos resultados obtidos mostra que este método é uma ferramenta importante para

avaliar de risco quando as condições térmicas do interior da sala divergem da zona de

conforto, afectando o processo de ensino e aprendizagem de alunos.

Palavras-chave: Ensino e aprendizagem, sensação térmica, avaliação e índices térmicos.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

122 | Panel 3.3 – Environmental risks and health

AVALIAÇÃO DE RISCOS DE FADIGA E DE PRODUTIVIDADE

EM AMBIENTE TÉRMICO FRIO: CASO DE UMA INDUSTRIA DE PEIXE

Isabel Tavares

DEGEI, Universidade de Aveiro

[email protected]

Mário Talaia

Departamento de Física, CIDTFF, Universidade de Aveiro

[email protected]

Leonor Teixeira

DEGEI-IEETA, Universidade de Aveiro

[email protected]

RESUMO

A relação dos trabalhadores com o seu ambiente de trabalho torna-se cada vez mais

importante neste tempo globalizado de constantes mudanças e de competitividade. O

aumento da competitividade, a diminuição dos acidentes de trabalho e a baixa do absentismo

por doenças profissionais são objectivos que devem ser tidos em conta pelas empresas.

A ergonomia tem um vasto campo de atuação, desde o conforto / desconforto físico, aos

processos mentais até aos processos ambientais. A Ergonomia também é importante, na

definição de tarefas, para que estas sejam eficazes e tenham em conta as necessidades

humanas. Estas necessidades podem ser pausas para descanso, turnos e outros fatores, e têm

como objectivo satisfazer as necessidades dos utilizadores.

Neste trabalho é avaliado como um ambiente térmico frio numa secção de embalamento pode

condicionar a operacionalidade do trabalhador.

Foram considerados 20 pontos de observação num espaço de cerca de 8m×19m. Registaram-se

valores da temperatura e humidade relativa do ar, mediu-se a sensação térmica real do

trabalhador e aplicaram-se aos dados dois índices térmicos, o ITH e EsConTer, para conhecer

o padrão de sensação térmico da secção.

Os resultados obtidos mostram que o padrão de sensação térmica depende do tipo de

embalamento que influencia a sensação térmica dos trabalhadores.

Palavras-chave: Ambiente térmico frio, sensação térmica, índice EsConTer, índice ITH.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

123 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde

HIDRELÉTRICAS E RISCOS A SAÚDE:

O CASO DE NOVA PONTE EM MINAS GERAIS- BRASIL.

Joana D’Arc Vieira Couto Astolphi

Mestranda do Programa de Pós-graduação em Geografia da

Universidade Federal de Uberlândia

[email protected]

Vicente de Paulo da Silva

Instituto de Geografia,Universidade Federal de Uberlândia

[email protected]

RESUMO

Neste trabalho, em desenvolvimento no programa de Pós Graduação em Geografia da

Universidade Federal de Uberlândia–Brasil, pretende-se compreender as relações existentes

entre os grandes projetos de investimentos, na forma específica de hidrelétricas, associado

aos riscos a saúde, especialmente os riscos voltados para o aparecimento de novas doenças.

Projetos de envergadura, indubitavelmente têm promovido profundas transformações no

território, no caso dos empreendimentos hidrelétricos, o deslocamento compulsório poderá

influenciar no processo saúde-doença de moradores submetidos às ações de

desterritorialização. Para a construção da hidrelétrica, a cidade de Nova Ponte, no estado de

Minas Gerais, foi completamente inundada e sua população reassentada na cidade nova, a 3

km de distância da antiga sede. O estudo tem como objetivo geral identificar e analisar a

incidência de determinadas doenças junto à população atingida comparar com período

anterior à execução da obra, com os registros mais frequentes para o período posterior. A

metodologia é composta pelas etapas: levantamento de dados secundários nos sistemas de

informação oficiais, seleção da amostra dos sujeitos de pesquisa baseado em critérios pré-

definidos, realização das entrevistas com aplicação de questionário, tratamento dos dados e

redação do estudo. Os resultados esperados relacionam ao uso do território, a partir das

hidrelétricas, os riscos a saúde, e a mudança no processo saúde doença da população

atingida.

Palavras-chave: Hidrelétricas, Riscos, Saúde, Nova Ponte.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

124 | Panel 3.3 – Environmental risks and health

ANÁLISE DE RISCO SOCIAL E TECNOLÓGICO EM GRÁFICA

DE PEQUENO PORTE EM LONDRINA/PR/BRASIL

Camila Santos Doubek Lopes

Departamento de Geografia, CCE da Universidade Estadual de Londrina

[email protected]

Mirian Vizintin Fernandes Barros

Departamento de Geografia, CCE da Universidade Estadual de Londrina

[email protected]

RESUMO

A indústria gráfica brasileira tem se desenvolvido intensamente, hoje representando 2,95% do

PIB do Brasil, gerando 221 mil empregos, sendo que em 2012 teve R$37.4 bi em produção

industrial. Junto aos bons resultados de ordem econômica, chama a atenção o impacto deste

setor no meio ambiente e nas condições de trabalho dos funcionários das gráficas,

principalmente nas de pequeno e médio porte. As gráficas são sistemas de produção que

possuem grandes potenciais de acidentes que podem causar danos ao meio ambiente e à

saúde ocupacional. A análise de riscos, tema tratado neste trabalho, compreende o

diagnóstico do meio físico e as interações humanas em determinado local, a avaliação,

gerenciamento e comunicação de riscos. Este trabalho realizou a identificação de situações

de risco no processo offset em uma gráfica de pequeno porte na cidade de Londrina, Paraná.

Os focos de diagnóstico foram: exposição dos trabalhadores aos perigos de produtos químicos

e descarte de resíduos líquidos e sólidos. Para estabelecer a ideal forma de proteção dos

funcionários e descarte dos produtos analisados e suas embalagens, foram averiguadas as

Fichas de Segurança de Produtos Químicos - FISPQ (quando existentes), e consultada a

legislação ambiental vigente. Ao final, as análises mostraram que a conduta da gráfica não

esta em conformidade às leis e às FISPQs analisadas, expondo os funcionários e o meio

ambiente a grandes riscos, tornando-os extremamente vulneráveis.

Palavras-chave: riscos, vulnerabilidade, indústria gráfica, meio-ambiente.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

125 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde

O IMPACTO DE TEMPERATURAS EXTREMAS NA MORTALIDADE E MORBIDADE –

UM ESTUDO NA ILHA DA MADEIRA

Ricardo Gomes

Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM

[email protected]

Rafael Brites

Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM

[email protected]

RESUMO

A relação entre ondas de calor e efeitos fisiológicos associados a temperaturas extremas, que

se refletem quer num acréscimo de mortalidade, quer no aumento de admissões hospitalares,

tem sido demonstrada em diversos estudos realizados em Portugal Continental.

Se, relativamente a Portugal Continental existem diversos estudo relacionados com esta

temática, aplicados a diferentes contextos geográficos e temporais, o mesmo não sucede

relativamente à Ilha da Madeira, uma lacuna que se pretendeu colmatar.

Utilizando dados relativos a Temperatura e Humidade Relativa do Ar, recolhidos na Estação

Meteorológica do Observatório Meteorológico do Funchal, identificaram-se dias e períodos de

calor particularmente intenso, com base em índices de conforto térmico – Heat Index, Índice

Diaz e Índice Ondas e procedeu-se à comparação com o registo diário de óbitos (INE) e o

registo diário de admissões no serviço de urgência do Hospital Dr. Nélio Mendonça (Funchal).

Compararam-se os valores de óbitos e admissões de urgência registados nos períodos de calor

intenso com os valores médios para o mesmo período, entre 2002 e 2013, de forma a

identificar variações dos fenómenos da mortalidade e morbidade, particularmente em

determinados grupos etários (65 ou mais anos) e relacionados com determinadas patologias

(respiratórias e circulatórias). Adicionalmente, discute-se a adequação e aplicabilidade destes

índices aos condicionalismos e especificidades biofísicas da Região Autónoma da Madeira.

Palavras-chave: Índice Ondas, Heat Index, Índice Diaz, Mortalidade, Morbidade.

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

126 | Panel 3.3 – Environmental risks and health

RISCO DE AGUDIZAÇÃO DE DOENÇA RESPIRATÓRIA SUSCITADA POR FRENTE FRIA

Mário Talaia

Departamento de Física, CIDTFF, Universidade de Aveiro

[email protected]

Denise Pina

Departamento de Física, Universidade de Aveiro

[email protected]

RESUMO

A saúde das populações é influenciada não só pelas alterações climáticas mas também pela

forma como o habitat circundante afecta as variáveis atmosféricas como a temperatura do ar,

humidade relativa do ar, entre outras.

Neste trabalho estamos particularmente interessados em investigar como a entrada de frentes

frias no continente podem suscitar a agudização de surtos de índole respiratória e que

condições de ambiente térmico são propicias a uma melhoria do estado de saúde.

São também apresentados e investigados os tipos de circulação atmosférica que mais

condicionam o agravamento de acorrências hospitalares de índole respiratória.

É avaliada a diferença entre ambiente térmico interior e ambiente térmico exterior e que

estratégias são usadas para a melhoria de um ambiente térmico interior, onde pacientes

estão em recuperação e, sempre que possível, é investigado o risco da mudança de um

ambiente térmico.

Foi possível concluir que os resultados obtidos permitem conhecer melhor que factores

condicionam os pacientes que sofrem de asma e que estratégias de intervenção devem ser

tomadas.

O estudo mostra ainda que é importante o conhecimento dos factores de risco, mas é

essencial o paciente saber e compreender que ambientes lhe proporciona a melhor qualidade

de vida.

Os resultados obtidos mostram de forma inequívoca que a passagem de uma frente fria

suscita a agudização da asma e o aumento do número de acorrências ao serviço de urgência

hospitalar.

Palavras-chave: ar húmido, saúde pública, tipos de circulação atmosférica, doenças

respiratórias.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

127 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde

LA CIUDAD COMO ESPACIO DE RIESGO AMBIENTAL:

ESTIMACIÓN DE LA CONTAMINACIÓN DEL AIRE Y DE LA

POBLACIÓN EXPUESTA EN METRÓPOLIS ESPAÑOLAS

Rosa Cañada Torrecilla

Departamento de Geografía, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad Autónoma de Madrid

[email protected]

Antonio Moreno Jiménez

Departamento de Geografía, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad Autónoma de Madrid

[email protected]

Pedro Martínez Suárez

Departamento de Geografía, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad Autónoma de Madrid

pedro.martí[email protected]

María Jesús Vidal Domínguez

Departamento de Geografía, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad Autónoma de Madrid

[email protected]

RESUMEN

La ciudad es un espacio de riesgo medioambiental. Al ser un importante centro de actividad

comercial e industrial, atrae gran cantidad de población, produciendo una reducción de la calidad

del aire y quedando la población expuesta a diversos contaminantes peligrosos para la salud de las

personas y el medio ambiente. Los contaminantes más peligrosos son las PM10, el O3 y el NO2 y

numerosos informes de la Organización Mundial de la Salud muestran la relación entre la exposición

prolongada a estos contaminantes y el riesgo de desarrollar enfermedades cardiovasculares,

respiratorias y cáncer de pulmón. Incluso excesivas concentraciones atmosféricas de ozono pueden

provocar daños en los materiales y en la vegetación.

Estas consideraciones han guiado esta investigación, la cual se estructurará en dos partes. En la

primera se estudiarán los niveles de concentración atmosférica de estos contaminantes de algunas

ciudades españolas con mayor población. Para ello se utilizarán los SIG y las técnicas de

interpolación espacial más adecuadas. Se partirá de una información de tipo puntual, suministrada

por las estaciones de medición de la calidad del aire, y se estimará la contaminación en todo el

espacio urbano. Con ello se podrá constatar qué zonas de la ciudad superan los umbrales

establecidos por la legislación europea y por la WHO, y cuáles presentan mejor calidad del aire.

En la segunda parte se cuantificará y se valorará comparativamente la magnitud del espacio urbano

y de la cifra de población potencialmente expuesta a niveles elevados de contaminación de PM10,

O3 y NO2 de dichas ciudades. Para ello se habrá de repartir la población de las secciones censales

por píxeles de igual tamaño que el de los mapas de contaminación y después se estimará la

superficie y la población expuesta a concentraciones excesivas de cada contaminante.

El objetivo será comprobar que no todos los contaminantes tienen el mismo patrón espacial y que

no todas las ciudades superan en idéntica cuantía los límites normativos. El análisis comparativo de

la exposición a contaminantes desvelará la existencia de desigualdades ambientales, que tendrán

que ser tenidas en cuenta por los agentes y decisores urbanos en la formulación de políticas

ambientalmente más saludables.

Palabras clave: contaminación urbana, interpolación espacial, exposición, población, SIG.

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

128 | Panel 3.3 – Environmental risks and health

VULNERABILIDADE AOS RISCOS SÓCIO AMBIENTAIS

NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO - BRASIL.

Magda Adelaide Lombardo

Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP, Rio Claro, Brasil

[email protected]

Bruna Luiza Pereira de Jesus

USP- Universidade de São Paulo, Brasil

[email protected]

Amanda Lombardo Fruehauf

UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos, Brasil

[email protected]

RESUMO

No últimos 50 anos o Brasil vivenciou um processo de urbanização, caracterizado por

mudanças econômicas e sociais e intenso fluxo migratório em direção aos principais centros

urbanos, notadamente em São Paulo. A ocupação desordenada do território resultou na

compactação e impermeabilização do solo, com obstrução de cursos d´água, eliminação da

vegetação, como também a ausência de planejamento urbano com precária infraestrutura e

serviço, interferindo na qualidade de vida da população e na degradação dos recursos

ambientais. A ocupação das áreas de riscos associada a vulnerabilidade social cria na Região

Metropolitana de São Paulo situações propensas às tragédias, principalmente no verão, onde

as chuvas intensas e concentradas são mais frequentes, assim como os totais pluviométricos

atuais estão em elevação. As situações de riscos aumentam ao longo dos anos em decorrência

da impermeabilização do solo, aumento da intensidade de chuva, o que possibilita a expansão

de áreas de alagamentos e movimentos de massa. Quanto a temperatura, é cada vez mais

frequente as ocorrência de ondas de calor em São Paulo, indicando a maior temperatura

máxima anual e da frequência de ocorrência de dias e noites quentes. A formação da Ilha de

Calor Urbana é frequente e os extremos de temperatura entre o centro e a periferia já

ultrapassam 140 C, principalmente no Outono/Inverno. A ilha de calor está associado a

concentração de material particulado e gases poluentes que afetam diretamente a saúde dos

habitantes, interferindo também no aumento da mortalidade. É necessário intervenções

concretas no território urbano, coordenadas no âmbito metropolitano de São Paulo,

destacando-se a cooperação e a coordenação entre os agentes modeladores. A adaptação aos

impactos as alterações climáticas pode se beneficiar da execução da erradicação da pobreza,

geração de renda, proteção do meio ambiente, aumento da capacidade adaptativa e criação

de recursos materiais e tecnológicos.

Palavras-chave: vulnerabilidade, riscos socio ambiental e metropole.

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“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

129 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde

ESTUDO DO CONFORTO TÉRMICO EM CONTEXTO INDÚSTRIAL:

CASO DE INDÚSTRIA VIDREIRA

Mariana Morgado

DEGEI, Universidade de Aveiro

[email protected]

Mário Talaia

Departamento de Física, CIDTFF, Universidade de Aveiro

[email protected]

Leonor Teixeira

DEGEI-IEETA, Universidade de Aveiro

[email protected]

RESUMO

O estudo do conforto térmico é crucial para a criação de ambientes confortáveis, seguros e

mais produtivos. Num contexto industrial, o estudo do conforto térmico tem como objetivo

proporcionar uma relação positiva na interação dos colaborados com o seu ambiente laboral,

necessária para uma boa performance.

O presente trabalho descreve um estudo de ambiente térmico no contexto de uma empresa

da indústria vidreira, tendo como principal objetivo perceber a dinâmica do ambiente térmico

e identificar as zonas mais suscetíveis a ambientes de stress térmico quente. Foram

registados valores de temperatura do ar e humidade relativa do ar em diversos pontos de

observação no interior e exterior. Após a recolha dos dados, aplicaram-se dois índices

térmicos, o ITH e o EsConTer, os quais, a partir de algoritmos desenvolvidos em Matlab

geraram gráficos de cores que permitiram identificar as regiões de trabalho mais críticas.

Adicionalmente foram recolhidos e analisados dados sobre as sensações térmicas dos

trabalhadores que ocupavam postos de trabalho nas regiões mais críticas. Assim, para a

recolha da sensação térmica dos trabalhadores, foi utilizada uma escala de cores associada ao

índice térmico EsConTer, que tem como base a escala sétima de ASHRAE. O índice EsConTer

foi então aplicado de forma a perceber a relação ambiente térmico-sensação térmica, o qual

mostrou ser um bom preditor da sensação térmica humana, a partir do conhecimento de

valores associados ao ambiente térmico.

Palavras-chave: Ambiente térmico, Stress Térmico, Sensação Térmica, Conforto Térmico,

ITH, Índice EsConTer

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

130 | Panel 3.3 – Environmental risks and health

MAPEAMENTO DA PROBABILIDADE DE CONTAMINAÇÃO EM ARSÉNIO

NUMA ÁREA MINEIRA ABANDONADA (CENTRO DE PORTUGAL),

USANDO A KRIGAGEM DA INDICATRIZ

Margarida Antunes

Instituto Politécnico de Castelo Branco, CIGAR, Portugal

[email protected]

Teresa Albuquerque

Instituto Politécnico de Castelo Branco, CIGAR, Portugal

[email protected]

RESUMO

As atividades mineiras modificam o ambiente envolvente, com elevados teores de arsénio nas

águas, sendo tóxico em pequenas quantidades. As explorações mineiras na região de Segura

(Centro de Portugal) estão abandonadas com os seus rejeitados expostos ao longo dos últimos

50 anos. Dezasseis amostras de água foram recolhidas em outubro e em dezembro de 1996,

estando uma localizada fora da influência das atividades mineiras, e representando o valor de

fundo. Para a avaliação do risco de contaminação em As nas águas, foi utilizada uma

metodologia geoestatística não paramétrica denominada krigagem da indicatriz, selecionando

dois valores de corte. Para o primeiro, foi considerado o 3º quartil (KI1=0,05 mg/L-valor de

referência) obtido para o teor de As nas águas. Este parâmetro é dependente das

características geológicas e hidrológicas, bem como das atividades antrópicas, e representa a

vulnerabilidade específica. Para o segundo valor de corte, foi considerado o teor de fundo ou

background para o As (KI2=0,004 mg/L), coincidente com o 1º quartil, e representando a

vulnerabilidade intrínseca. Os mapas de iso-probabilidades mostram fortes anomalias

associadas às atividades mineiras. Junto da povoação de Segura, a probabilidade do teor em

As nas águas exceder o valor de referência é elevada embora menor do que a probabilidade

em ultrapassar o valor de fundo. As anomalias de As encontradas nas águas revelam uma

elevada probabilidade de se encontrarem contaminadas não devendo ser utilizadas para

consumo humano.

Palavras-chave: minas de sulfuretos, água, arsénio, krigagem da indicatriz

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

131 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde

NITRATOS NOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS –

PERSPETIVA SOBRE A ATUALIDADE, TENDÊNCIAS, IMPLICAÇÕES PARA

A SAÚDE AMBIENTAL E ABORDAGENS DE REDUÇÃO DE RISCOS

Rui Araújo

Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto

[email protected]

Ana Meira Castro

Departamento de Matemática do Instituto Superior de Engenharia do Porto

[email protected]

António Fiúza

Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto

[email protected]

RESUMO

As práticas agrícolas contemporâneas encontram-se entre as principais fontes antropogénicas

de nitrato. Concentrações elevadas de nitratos nos solos e lençóis de água provocam efeitos

prejudiciais na saúde humana e criam desequilíbrios substantivos em diversos ecossistemas.

De entre diversas abordagens de prevenção e controlo de poluição, as tecnologias de

remediação apresentam uma relevância crescente, das quais se destaca as barreiras reativas

permeáveis. O presente trabalho visa, no contexto das alterações introduzidas pelo

crescimento sistemático das concentrações de nitrato em diversos ecossistemas, aquilatar os

méritos e limitações relativas das barreiras reativas permeáveis e perspetivar possíveis vias

de melhoria do desempenho. Para este efeito, foi conduzida uma pesquisa sistemática em

diversas bases-de-dados segundo quatro etapas para identificar literatura relevante. É

possível concluir que as barreiras reativas permeáveis constituem-se atualmente como uma

tecnologia eficaz de desnitrificação, contudo não foram constatadas evidências da utilização

de nanotecnologias para potenciar o desempenho nestes processos de desnitrificação.

Palavras-chave: Nitratos, Barreira reativa permeável, saúde ambiental, prevenção e controlo

da poluição, nanotecnologia.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

132 | Panel 3.3 – Environmental risks and health

SAÚDE E RISCO AMBIENTAL:

O CASO DOS USUÁRIOS DE FOGÃO A LENHA

NO ESTADO DO CEARÁ, REGIÃO NORDESTE DO BRASIL

Ricardo Luis Teles de Carvalho

Doctoral Programme in Civil Engineering, Aalborg University, Copenaghen, Denmark

[email protected]

Adeildo Cabral da Silva

Departamento de Construção Civil,

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Fortaleza, Brasil

[email protected]

Magda Adelaide Lombardo

Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP, Rio Claro, Brasil

[email protected]

RESUMO

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estudos ambientais e epidemiológicos em

comunidades expostas a fumaça proveniente da queima de biomassa em ambientes internos,

indicaram relação consistente entre a exposição e aumento de doenças respiratórias e,

conseguentemente baixa qualidade de vida da população exposta. A reduzida eficiência dos

fogões tradicionais de cozinha se constitui um problema ambiental para famílias de baixa

renda do Ceará. A pesquisa objetivou uma análise relacionada ao uso dos novos

(ecoeficientes) e tradicionais fogões em três municípios do Estado (Limoeiro do Norte,

Euzébio e Maranguape) em habitações predominantemente rurais. Numa primeira amostra,

em uma comunidade com 75 famílias abrangidas pelo projeto, foi realizada aplicação de

questionários e medições de conforto ambiental no local. Concluiu-se que 13% do consumo de

energia diz respeito ao gás butano e 87% está relacionado ao uso de lenha, sendo que 20% das

famílias sentem desconforto provocado pela fumaça e aumento da temperatura interior

causado pelos fogões melhorados. No interior de uma habitação, onde se utiliza o fogão

(ecoeficiente), a concentração máxima de CO2 foi 922 ppm e a temperatura média do ar

28ºC, com baixos valores de umidade relativa média do ar, de 28%. O trabalho de

monitoramento do conforto ambiental nos três municípios foi finalizado, e os dados serão

objeto do trabalho completo.

Palavras-chave: biomassa, impacto ambiental, saúde pública.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

133 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde

MEDICINA DE CATÁSTROFE: DE FUKUSHIMA PARA O MUNDO

Rita Marques da Silva

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected]

Paulo Campos

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected], [email protected]

Ana Mafalda Reis

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected]

Romero Bandeira

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected]

RESUMO

Várias catástrofes foram desencadeadas ao longo da História Natural, evoluindo o mundo até

ao ponto como o conhecemos hoje. O aumento da intervenção humana na industrialização de

sociedades com ação direta no equilíbrio de ecossistemas provoca fenómenos que aumentam

a probabilidade de novas catástrofes, num âmbito tecnológico e industrial, colocando

diferentes desafios à Medicina.

A Medicina de Catástrofe é uma medicina de massas, que necessita ter como base uma série

de planos de atuação, com uma rede integrada em Socorros Polivalentes com cuidados

médicos de urgência, recurso à tecnologia como a telemedicina, onde tem de haver

obrigatoriamente coordenação e liderança, desafiando constantemente a capacidade de

resposta programada para a sua gestão, para que não impere o improviso no meio do caos.

Pelas suas características inéditas, consequências além do expectável e dimensão mundial, é

abordada a catástrofe que ocorreu a 11 de Março de 2011 em Fukushima, Japão. Através da

revisão de artigos e livros da especialidade revê-se conceitos básicos, analisa-se a evolução

dos acontecimentos, explora-se protocolos de atuação médica em socorro a multivítimas e

discute-se estudos das consequências a curto, médio e longo prazo dos efeitos radiológicos,

saúde pública, problemas sociais e psicológicos, não só para as populações atingidas mas

também para os interventores. Igualmente procurar-se-á abordar os problemas éticos

internacionais, que colocaram em causa a continuidade da Energia Nuclear no Japão.

Numa perspetiva de preparar cada vez mais os profissionais de saúde para este tipo de

fenómenos, a análise do tema “Medicina de Catástrofe: De Fukushima para o Mundo”, serve

como ponto de partida e exemplo, para minimizar as taxas de morbilidade e mortalidade

quando o mundo se voltar a deparar com um cenário idêntico no futuro.

Palavras-chave: tsunami, energia nuclear, socorro a multivítimas, telemedicina, saúde

pública

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

134 | Panel 3.3 – Environmental risks and health

CATÁSTROFE DE 20 DE FEVEREIRO DE 2010 NA ILHA DA MADEIRA.

O IMPACTO NOS INTERVENTORES DE SAÚDE NO SERVIÇO DE URGÊNCIA

DO HOSPITAL DR. NÉLIO MENDONÇA

Isa João Baptista da Silva

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected]

Paulo Campos

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected] / [email protected]

Ana Mafalda Reis

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected]

Romero Bandeira

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected]

RESUMO

A impossibilidade de reproduzir em meio experimental uma situação de catástrofe faz com que a

Medicina de Catástrofe viva de história que importa analisar cuidadosamente por forma a perceber

erros e encontrar soluções que possam modelar futuras respostas dos prestadores de socorro.

São objectivos deste trabalho caracterizar e analisar a perceção dos interventores de saúde

do serviço de urgência do Hospital Dr. Nélio Mendonça relativamente às suas competências na

gestão e implementação de uma resposta numa situação de catástrofe e perceber as

implicações do aluvião ocorrido na ilha da Madeira a 20 de Fevereiro de 2010 na adoção de

novas estratégias formativas bem como, determinar o nível de importância atribuída a este

nível de prevenção.

O estudo enquadra-se numa metodologia quantitativa, do tipo descritivo e analítico. A

técnica utilizada para a colheita de dados foi o questionário. A amostra foi constituída por 45

interventores de saúde em desempenho de funções, no serviço de urgência do Hospital Dr.

Nélio Mendonça, no dia 20 de Fevereiro de 2010.

Como principais conclusões, considerou-se que, a maioria dos interventores sente-se

preparado para intervir face a uma situação de catástrofe. Consideraram que os planos de

formação e exercícios/simulacros são muito importantes e benéficos, uma vez que aumentam

o seu nível de preparação para intervenções futuras. No entanto, salientam que são

insuficientes, sendo necessário um crescente investimento em estratégias formativas na área

da Medicina de Catástrofe.

Palavras-chave: medicina, formação, catástrofe, urgência, interventores de saúde

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Painel 3.4 Riscos tecnológicos e desenvolvimento

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

137 | Painel 3.4 – Riscos tecnológicos e desenvolvimento

RISCOS TERRITORIAIS NA IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS

AGROINDUSTRIAIS CANAVIEIROS

Eduardo Rozetti de Carvalho

Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Uberlândia – UFU (MG), Brasil

[email protected]

Vicente de Paulo da Silva

Instituto de Geografia,Universidade Federal de Uberlândia (MG), Brasil

[email protected]

RESUMO

O espaço rural brasileiro passa por modificações, motivadas pelo desenvolvimento, que

ultrapassam os limites territoriais, sociais e ambientais, gerando diferentes riscos as suas

estruturas de representação por meio de conflitualidades: de um lado o capital e do outro os

atingidos. Pensando nesses fatores, apresentamos como objetivo principal desse artigo a

busca de compreender como ocorre a formação do agronegócio canavieiro, destacando os

riscos que se seguem. Dá-se especial atenção à perspectiva dos efeitos gerados no processo

do setor na contemporaneidade. Metodologicamente esse artigo está sustentado em debates

e revisões bibliográficas a cerca da temática, bem como direcionamentos reflexivos das

territorialidades (re)criadas atendendo e/ou resistindo a esse agronegócio. Como resultados

parciais tem-se o entendimento de que o capital é responsável por gerar efeitos que

ultrapassam aspectos apenas ligados ao trabalho, mas transformam fatores como os modos de

vida, a segurança/soberania alimentar e ambiental. Ligado a isso, destaca-se a categoria

território como válida para compreender esses processos, pois a ele são englobadas as

relações de poder e de territorialidades distintas. Por fim, apresentam-se também reflexões

sobre a relação do capital canavieiro, modelando o território, e os riscos, em especial o

social, o ambiental e o econômico, que se tornam presentes quando da implantação desses

grandes empreendimentos.

Palavras-chave: Empreendimentos Sucroalcooleiros, Território, Riscos, Canavieiro.

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

138 | Panel 3.4 – Technological risks and development

RISCOS TECNOLÓGICOS:

MODELAÇÃO E AVALIAÇÃO DAS CONSEQUÊNCIAS

DE UM ACIDENTE NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CLORO

Henrique Costa

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

[email protected]

Manuel Trelles

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

[email protected]

António Gomes

CEGOT – Faculdade de Letras da Universidade do Porto

[email protected]

RESUMO

No dia 30 de Julho de 2009 ocorreu um acidente na EN13, Vila Nova de Cerveira, com um

camião que transportava 21 ton. de cloro (CL2, n.º ONU 1017). Apesar de não ter ocorrido

fuga da substância transportada, no presente trabalho avalia-se as potenciais consequências

para a população e ambiente, caso a fuga de cloro tivesse ocorrido.

A modelação da dispersão da nuvem de cloro efetuou-se no software ALOHA (EPA&NOAA,

2007). Esta modelação foi exportada para o ArcMap, onde se calculou a População Presente

potencialmente afetada (INE, 2011), através do método “Areal Weighting” (Chakraborty,

1996, Margai, 2001). Assim, avaliaram-se os efeitos toxicológicos na população (Evans, 2005,

Winder, 2001), no ambiente e nas infraestruturas.

Palavras-chave: Riscos Tecnológicos, SIG, Cloro, Matérias Perigosas;

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“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

139 | Painel 3.4 – Riscos tecnológicos e desenvolvimento

OS RISCOS CLIMÁTICOS E A MERCANTILIZAÇÃO DA NATUREZA

NA ERA DO AQUECIMENTO GLOBAL

Paulo Cesar Zangalli Junior

Doutorando em Geografia, Departamento de Geografia, Grupo de Pesquisa GAIA,

FCT/UNESP Presidente Prudente.

[email protected]

João Lima Sant’Anna Neto

Departamento de Geografia, Grupo de Pesquisa GAIA, UNESP, Presidente Prudente, Brasil

[email protected]

RESUMO

O debate científico sobre as mudanças climáticas globais remete a pensar a forma como a

mídia constrói e divulga um discurso catastrofista, com forte impacto no modo em como a

população percebe os riscos. Por meio de um levantamento de dados científicos e midiático

(análise de periódicos e revistas brasileiras e estrangeiras), a ciência, alicerçada em um

paradigma aquecimentista antrópico, tem investigado as mudanças climáticas em escala

global, e a mídia tem atuado como um sujeito legimitador de agendas públicas. A população

percebe os riscos das mudanças climáticas em um tom alarmista o que restringe o debate e

facilita a mercantilização do clima. Nesse sentido, as necessidades se invertem. Não se

discute a prevenção, mas as formas de mitigação, adaptação no intuito de reduzir os

prejuízos contra danos possíveis. O risco de que esses danos ocorram, ou a percepção destes,

se torna uma potencialidade real e, a necessidade de se precaver da “fúria” da natureza se

materializa na comercialização de apólices de seguros. Por ano, as apólices movimentam em

torno de 1bilhão de dólares em países como os EUA. A ideia deste trabalho é debater a

percepção do risco climático relacionado ao Aquecimento Global contrapondo-as à

comercialização da natureza no mercado de Seguros, sabendo-se que este é um dos setores

do ramo que cresce a ritmos consideráveis mundo. Trata-se de reflexões teóricas a cerca de

um tema de abrangencia global que precisa ser discutido em suas mais variadas escalas e

possibilidades.

Palavras-chave: Mudança Climática, Risco, Percepção, Seguros.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

140 | Panel 3.4 – Technological risks and development

LIXO MARINHO DE ORIGEM INDUSTRIAL E AS SUAS ABORDAGENS DE RISCO

Plínio Martins Falcão

Departamento de Geografia, Instituto Federal da Bahia – IFBA

Grupo de Pesquisa Terra&Mar – CNPq / IFBA – Campus Salvador

[email protected]

RESUMO

O século XXI é marcado por diversas transformações no planeta, tendo a questão ambiental se

tornado mais evidente no que tange as mudanças naturais e antropogênicas, suscitando maior

atenção e novos debates acerca do que ocorre e ainda pode ser feito para atenuar os efeitos

das degradações. O estudo dos riscos está na pauta das discussões acerca das transformações

no planeta e suas dinâmicas sociais e ambientais. O lixo marinho, seus riscos e efeitos

englobam a realidade de todos os continentes, com efeitos que podem ser visíveis além do

oceano, a exemplo dos sistemas naturais costeiros, como praias, manguezais, recifes de

coral, costões rochosos e áreas estuarinas. Dentre as categorias dos resíduos marinhos está a

do microlixo, ou seja, os resíduos com dimensões inferiores a 10 mm. Dentre esses estão os

pellets de plástico, que são resinas poliméricas usadas como matéria prima para a indústria

de plásticos. Estudos sobre a presença desse material em praias vêm sendo realizados desde a

década de 1970. Este trabalho tem como objetivo apresentar as principais abordagens

levantadas e analisadas pela comunidade científica acerca dos pellets e identificar os riscos

da presença e dispersão desse material no ambiente costeiro. A metodologia utilizada foi o

levantamento bibliográfico, elaboração de um banco de dados e trabalhos de campo. Dentre

os principais resultados encontra-se que os pellets podem ser agrupados em três níveis de

análise: química, física e biológica, representando desde problemas relacionados a transporte

de elementos químicos a graves interferências no meio biótico.

Palavras-chave: Poluição Marinha e Costeira, Microlixo, Riscos, Praias.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

141 | Painel 3.4 – Riscos tecnológicos e desenvolvimento

ANÁLISE DA VULNERABILIDADE AOS ACIDENTES TECNOLÓGICOS NO

ENTORNO DO DISTRITO INDUSTRIAL DE PAULÍNIA, SÃO PAULO – SP

Rafael Alexandre Ferreira Luiz

Departamento de Saúde Ambiental, Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo

[email protected]

Adelaide Cássia Nardocci

Departamento de Saúde Ambiental, Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo

[email protected]

RESUMO

Instalações industriais representam uma das maiores fontes de riscos tecnológicos para a

sociedade e o meio ambiente, por isso, o entendimento e gerenciamento destas adquirem

grande importância para a garantia dos níveis de segurança. A compreensão da relação entre

a vulnerabilidade e o risco permite a contextualização deste último, o que faz com que

estudos que privilegiem tal associação se tornem essenciais. Avaliar as vulnerabilidades

existentes nestas áreas é de suma importância, pois os resultados podem ser úteis para a

formulação de propostas e melhorias no gerenciamento dos riscos. Neste contexto, o objetivo

deste trabalho foi a aplicação do modelo conceitual de mapeamento da vulnerabilidade

proposto pelo método ARAMIS (Accidental Risk Assessment Methodology for Industries in the

Context of the Seveso II Directive), a fim de avaliar a vulnerabilidade da área de entorno do

distrito industrial do município de Paulínia no estado de São Paulo, Brasil. Verificou-se assim,

a aplicabilidade deste modelo ao contexto brasileiro, bem como a identificação dos alvos

sensíveis à ocorrência de grandes acidentes e, sobretudo, sua aplicabilidade como

instrumento de ordenamento territorial. Devido às características existentes nas áreas de

entorno das plantas industriais nas grandes cidades brasileiras e, devido à gravidade e

extensão dos danos que possíveis acidentes podem causar à saúde humana, a problemática da

vulnerabilidade aos acidentes tecnológicos pode e deve ser encarada como um assunto

pertinente da Saúde Pública capaz de contribuir em muito na gestão dos riscos associados e

no ordenamento territorial de tais atividades.

Palavras-chave: Vulnerabilidade, Acidentes Tecnológicos, Ordenamento Territorial.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

142 | Panel 3.4 – Technological risks and development

CONSTRUÇÃO DE HIDRELÉTRICAS E RISCOS SOCIAIS:

O CASO DO RIO ARAGUARI – MG, BRASIL

Vicente de Paulo da Silva

Instituto de Geografia,Universidade Federal de Uberlândia (MG), Brasil

[email protected]

RESUMO

O objetivo deste trabalho é apresentar a realidade do rio Araguari, no estado de Minas Gerais,

Brasil, no que tange à opção brasileira pela construção de hidrelétrica e, consequentemente,

os riscos sociais a que os moradores são submetidos. O Araguari, com extensão de,

aproximadamente, 470 quilômetros, da nascente à foz, tem sido palco de nossas

investigações no Programa de Pós Graduação em Geografia, do Instituto de Geografia, da

Universidade Federal de Uberlândia. Tais pesquisas, contaram sempre com apoio da Fundação

de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais – FAPEMIG, e tem revelado o significado da

construção de hidrelétrica para as pessoas que vivem em locais escolhidos para esse fim. Ao

longo do rio são quatro UHEs (Nova Ponte, Miranda, Amador Aguiar 1 e Amador Aguiar 2) e

duas PCHs (Pai joaquim e Macacos) construídas, principalmente, a partir de meados dos anos

de 1980. Os deslocamentos compulsórios tem sido a forma de maior agressão a modos de vida

e diferentes culturas decorrentes dessas obras. Nossas investigações se voltam para os riscos

sociais decorrentes dessa opção, quando discutimos os efeitos sociais e espaciais provocados

pelas barragens. Os riscos estão, principalmente, associados ao aparecimento de novas

doenças, perdas de rituais simbólicos, acentuação de processos de desterritorialização em

função dessa forma de apropriação dos territórios.

Palavras-chave: Territórios, Hidrelétricas, Riscos Sociais, deslocamentos compulsórios, Rio

Araguari.

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Painel 3.5 Riscos sociais no contexto de crise global

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

145 | Painel 3.5 – Riscos sociais no contexto de crise global

DESASTRES NO BRASIL: UMA ANÁLISE SOCIO-ESPACIAL DA VULNERABILIDADE

INSTITUCIONAL ATRAVÉS DA EVOLUÇÃO DA DECRETAÇÃO MUNICIPAL DE

SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA E DE ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA

Norma Valencio

Programa de Pós Graduação em Sociologia,Universidade Federal de São Carlos

Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental, Universidade de São Paulo

[email protected]

RESUMO

Em termos sociológicos, desastre é um acontecimento social trágico que tanto resulta quanto

se desdobra em processos socioambientais e sociopolíticos deletérios que apresentam

diferentes recortes espaciais e temporais. Um dos aspectos relevantes no debate das Ciências

Sociais no tema dos desastres diz respeito aos acentuados riscos que subjazem à adoção

institucional de uma lógica tecnocrática na gestão pública das emergências. Tal lógica,

forjada numa racionalidade burocrática e autoritária, obstrui uma atuação técnico-

operacional compatível às demandas protetivas micro e macrossociais civis, do que resulta a

impossibilidade de contenção dos processos de esgarçamento do tecido socioambiental. Desta

deterioração da capacidade institucional para dialogar com a sociedade civil decorre o

aumento da ocorrência dos desastres. Esse estudo focaliza tal problemática desde o caso do

Brasil, no qual os desastres se dão a conhecer, dentre outros, através da evolução do ato

administrativo de decretação municipal de situação de emergência (SE) e de estado de

calamidade pública (ECP), reconhecidos por portaria da Secretaria Nacional de Defesa Civil do

Ministério da Integração Nacional (SEDEC/MI). O foco nas SEs e ECPs do período 2004-2013

permitiu identificar aspectos temporais e espaciais relevantes em torno desse tipo de crise na

esfera social e, assim, subsidiou a análise sociológica da vulnerabilidade institucional oriunda

da adesão e persistência desse approach tecnicista na estrutura institucional de Sistema

Nacional de (Proteção) e Defesa Civil (SINPDEC). Apoio: CNPq.

Palavras-chave: Sociologia dos Desastres, Defesa Civil, Brasil.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

146 | Panel 3.5 – Social risks in the context of the global crisis

RISCOS SOCIAIS, CURRÍCULO DA EJA E POTENCIALIDADES DOS

JOVENS DE PRAIA DO FORTE, BAHIA/BRASIL

Maria Gonçalves Conceição Santos

Mestrado em Educação de Jovens e Adultos da Universidade do Estado da Bahia

Pesquisadora do Grupo Recôncavo

[email protected]

Tula Ornellas Farias Santos

Mestranda em Educação de Jovens e Adultos da Universidade do Estado da Bahia Departamento de

Ciências Humanas - Salvador

[email protected]

Marcia Regina Barbosa

Universidade Federal de Pernambuco, Brasil

Pós-Doutoranda em Educação na Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

O entendimento da educação de jovens em situação de risco social perpassa pela

contextuliazação da Educação de Jovens e Adultos – EJA, no tempo e no espaço. Esta

modalidade de ensino surgiu como função reparadora de uma dívida social que o país tem

com os jovens e adultos, decorrente do analfabetismo, da baixa qualificação profissional, do

desperdício de experiências, da pobreza urbana e rural, da desestruturação do seio familiar,

entre outros. O estudo lança luz sobre o currículo da educação de jovens e adultos e sua

possibilidade em contribuir para minimizar os riscos sociais, tomando-se como base a

comunidade, localizada no município de Mata de São João, Bahia. A busca de caminhos para

entender de que forma os saberes e fazeres dos jovens podem ser inseridos no curriculo da

EJA, constitui um dos objetivos desta pesquisa. O trabalho está pautado na leitura de autores

que discutem a questão dos riscos sociais, do currículo da EJA e do mundo do trabalho. A

contextualização da área investigada e dos sujeitos da pesquisa, por meio da observação “in

loco”e do diálogo com os jovens e adultos da área em estudo, constitui o caminho

metodológico. O artigo está organizado em três pontos básicos: riscos e vulnerabilidades

sociais, outros saberes e fazeres de jovens em situação de riscos sociais e a inserção das

experiências dos jovens no currículo da EJA.

Palavras-chave: Risco Social, Currículo da EJA e Potencialidades.

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“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

147 | Painel 3.5 – Riscos sociais no contexto de crise global

ENTRE A POEIRA E A LAMA:

REPERCUSSÕES DOS DESASTRES NA VIDA COTIDIANA

DE GRUPOS VULNERABILIZADOS

Norma Valencio

Programa de Pós Graduação em Sociologia,Universidade Federal de São Carlos

Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental, Universidade de São Paulo

[email protected]

RESUMO

No debate sociológico no tema dos desastres, ganha crescente destaque a discussão acerca

das insuficiências e dos equívocos de atuação institucional nas emergências. Em todo o globo,

se multiplicam os casos em que a atuação de resposta e as estratégias recuperativas

oficialmente deflagradas têm ficado muito aquém das demandas sociais locais, senão mesmo,

chegam a aviltar, intensa e extensamente, os grupos sociais que já padecem

multidimensionalmente nos desastres. Este estudo focaliza a referida problemática desde o

contexto brasileiro recente de desastres relacionados às chuvas e às secas prolongadas.

Descreve-se a analisa-se, por um lado, a construção dos dispositivos (conforme a perspectiva

foucaultiana) que culmina na fragilização do processo de territorialização de determinados

grupos sociais, como segmentos empobrecidos no meio urbano e no meio rural e povos

tradicionais, dentre outros. Por outro, apresenta-se a síntese dos resultados de pesquisa de

campo, de base qualitativa, a qual se debruçou sobre dez diferentes casos de grupos sociais

que, já estando historicamente em desvantagem social, foram centralmente prejudicados

numa circunstância de desastre. Tais grupos viram recrudescer a sua vulnerabilização

estrutural e deterioração da vida cotidiana diante a violência imbricada no conteúdo

material, social, espacial e simbólico da atuação do ente público. Apoio: FAPESP.

Palavras-chave: Sociologia dos Desastres, Defesa Civil, Brasil.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

148 | Panel 3.5 – Social risks in the context of the global crisis

POR ENTRE BRASAS E FUMAÇAS:

UMA ABORDAGEM GEOGRÁFICA

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Norma Valencio

Programa de Pós Graduação em Sociologia,Universidade Federal de São Carlos

Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental, Universidade de São Paulo

[email protected]

Rosemeire Scopinho

Departamento de Psicologia e NUESTRA, Universidade Federal de São Carlos

[email protected]

RESUMO

Trata-se de uma abordagem geográfica de um projeto de investigação que resultou da

aproximação de pesquisadores provenientes de três Núcleos distintos, inseridos em

universidades brasileiras e portuguesas, e pertencentes a três áreas científicas diferentes

(geografia, sociologia e psicologia social) que, na região serrana do Açor (Portugal),

procuraram caracterizar, em termos sociais, as consequências deixadas pelos incêndios

florestais na vida dos aldeões.

A abordagem geográfica que se apresenta visa, sobretudo, dar relevância à contextualização

e ao enquadramento do problema nessa área de conhecimento para, depois, permitir iniciar

a pesquisa de campo e a análise em áreas afins – no caso, tanto da sociologia como da

psicologia social – cujos resultados serão apresentados em comunicação separada.

Assim, indicam-se os grandes incêndios que afetaram a serra do Açor e explicitam-se os

critérios que levaram à escolha das áreas-amostra onde foi desenvolvido o estudo e que

correspondem a oito localidades pertencentes aos municípios de Arganil, Góis e Oliveira do

Hospital, todos elas afetadas, direta ou indiretamente, por incêndios florestais, umas há mais

tempo e outras mais recentemente. Em comum, apresentam a característica de todos esses

incêndios permanecerem bem gravados na memória social das comunidades, que é guardada

pelos moradores idosos, os quais constituem a população dominante destas aldeias.

Palavras-chave: Serra do Açor, incêndios florestais, memória social, idosos.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

149 | Painel 3.5 – Riscos sociais no contexto de crise global

POR ENTRE BRASAS E FUMAÇAS:

A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM SOCIOLÓGICA DA MEMÓRIA

SOCIAL DE IDOSOS PARA A COMPREENSÃO DE DESASTRES

RELACIONADOS AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS EM PORTUGAL

Norma Valencio

Programa de Pós Graduação em Sociologia,Universidade Federal de São Carlos

Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental, Universidade de São Paulo

[email protected]

Rosemeire Scopinho

Departamento de Psicologia e NUESTRA, Universidade Federal de São Carlos

[email protected]

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

A compreensão mais aprofundada da trama social implicada num desastre é conditio sine qua

non para o aperfeiçoamento das políticas públicas voltadas para a atuação em emergências.

Sem que a complexidade do meio social seja devidamente conhecida e considerada, o meio

técnico-operacional esbarra em dificuldades para assistir adequadamente aos grupos

vulnerabilizados em circunstâncias ambientais críticas que podem, eventualmente, evoluir

para catástrofes. Para auxiliar nessa tarefa de descortinamento da dinâmica social num

contexto de emergência, a colaboração da sociologia é fundamental. De um lado, os métodos

próprios desta disciplina favorecem a identificação e a análise das características dos sujeitos

em interação e sua situacionalidade. De outro, propõem e ajustam, para cada contexto social

específico, um esquema classificatório que organiza o sentido integrado dos elementos

materiais e simbólicos que, sendo componentes das rotinas da vida cotidiana, foram

perturbados naquele acontecimento trágico. Tendo isso em conta, esse estudo apresenta as

contribuições do recorte sociológico, através do uso do método da memória social de idosos,

para o entendimento da vivência comunitária de desastres relacionados a incêndios florestais

em oito aldeias do distrito de Coimbra, em Portugal.

Palavras-chave: Sociologia dos Desastres, Defesa Civil, Brasil.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

150 | Panel 3.5 – Social risks in the context of the global crisis

DIAGNÓSTICO DE RISCO DOS IMÓVEIS TOMBADOS EM BAURU/ SP/ BRASIL

Sérgio Ricardo Losnak

Departamento de Arquitetura, FAAC da Universidade Estatual Paulista de Bauru

[email protected]

Camila Santos Doubek Lopes

Departamento de Geociências, CCE da Universidade Estadual de Londrina

[email protected]

RESUMO

No Brasil, as políticas públicas de proteção ao patrimônio cultural estão relacionadas aos

mecanismo de tombamento. No caso da cidade de Bauru, o tombamento está associado a

ações do executivo e do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural (CODEPAC). Foi observado

empiricamente que essas ações não atingem os objetivos de preservação cultural,

arquitetônica e histórica. Assim, este estudo diagnosticou a existência de risco da integridade

física que venha ocasionar a descaracterização do bem tombado, bem como, os riscos

provocados pelas resignificações e usos desassociados daqueles relativos aos da sua origem.

Para tanto, foi realizada pesquisa bibliográfica exploratória e documental descritiva. Os

resultados mostraram que 74,5% dos imóveis tombados estão ocupados, mas o uso não esta

associado a conservação, sendo que os sem ocupação, apresentam risco à integridade física e

de perda das características originais. Concluiu-se que: (i) o tombamento, quando cerceado

de outros mecanismos proporciona grandes riscos a integridade fisica do bem e a paisagem

urbana, (ii) a ocupação dos imóveis tombados não está associada à sua conservação, (iii) a

situação de fragilidade do bem, associada a novos sentidos simbólicos atribuidos, provoca

determinado risco na manutenção da identidade originária e, (iv) o município carece de ações

complementares às de tombamento, que miniminizem os riscos ao Patrimônio Histórico

Cultural.

Palavras-chave: riscos, vulnerabilidade, tombamento, patrimônio cultural.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

151 | Painel 3.5 – Riscos sociais no contexto de crise global

RISCOS SOCIAIS E AS MOTIVAÇÕES DOS

TERRITÓRIOS INTENCIONALMENTE DE RISCO:

PERCEPÇÕES SOBRE O RIO DE JANEIRO E O DISTRITO FEDERAL

Érica Ferrer

Departamento de Geografia, Universidade de Brasília - UnB

[email protected]

RESUMO

A criminalidade e a insegurança são uma grande preocupação sentida nas cidades. Tal medo

tem sido manipulado por empresas de segurança pública, lançamentos imobiliários e

programas de governo para gerar lucro e votos. No entanto, tal insegurança coletiva deve ser

trazida para o meio científico para que sejam estudados quais fatores causam o aumento do

índice de homicídios, por exemplo. A falta de infraestrutura neste estudo se mostra como um

causador desse aumento, porém o governo tem esse conhecimento e, em muitos casos, não o

aplica. Assim, o conceito do território intencionalmente de risco visa propor uma reflexão

acerca desse descaso governamental em certas áreas e o grande investimento em

infraestrutura em outras regiões. Ainda, aborda as motivações que podem levar o governo a

não direcionar políticas públicas em determinados territórios com risco social. Neste estudo

são utilizados três bairros da cidade do Rio de Janeiro e três regiões administrativas do

Distrito Federal.

Palavras-chave: território intencionalmente de risco, criminalidade, infraestrutura

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

152 | Panel 3.5 – Social risks in the context of the global crisis

POPULAÇÕES RURAIS E OS RISCOS FRENTE À EXPANSÃO DO TURISMO:

VERTENTES SOCIOAMBIENTAIS E RESSIGNIFICAÇÕES

DA RELAÇÃO ESPAÇO-NATUREZA

Germana Lima de Almeida

Universidade Regional do Cariri - URCA

[email protected]

Lea Carvalho Rodrigues

Universidade Federal do Ceará-UFC

[email protected]

RESUMO

Guaramiranga é um município serrano de 4.070 habitantes (IBGE, 2010), situado há 110 km da

capital do estado do Ceará, Brasil. Sua história econômica esteve fortemente ligada à

agricultura desde o século XIX até o final da década de 1980, quando envolvia ainda 92% de

sua população nesta atividade. A partir dos anos 1990 políticas públicas incentivaram a

atividade turística local, sob a prerrogativa de ser uma alternativa econômica eficiente na

geração de divisas para esta população e sob o argumento de ser ecologicamente sustentável,

adequando-a aos novos preceitos de preservação ambiental. Após 24 anos de inserção desta

atividade e diante das constatações empíricas, este artigo propõe, em primeiro lugar,

desmitificar a retórica de sustentabilidade ecológica da atividade turística local, elencando

Diegues (1997), Dias (2003) e Mowforth e Munt (2008). Em seguida, contrapor os reais

benefícios econômicos e estruturais desta atividade frente aos impactos sócio-culturais

gerados em populações tradicionais, conforme observam Rodrigues e Alencar (2011), Ribeiro e

Barros (1994) e Marin (2009). A partir desta localidade, finalmente, refletir sobre as

contradições do crescimento da atividade turística nos países da América Latina, incidindo

diretamente na degradação de espaços naturais bem como na segregação de suas populações

tradicionais que, presumivelmente, deveriam ser as populações e ecossistemas

primordialmente beneficiados pela inserção econômica do turismo.

Palavras-chave: Turismo, populações rurais, Guaramiranga (Ceará, Brasil)

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

153 | Painel 3.5 – Riscos sociais no contexto de crise global

A SOCIEDADE DE RISCOS E OS DESASTRES SOCIONATURAIS:

A CRIAÇÃO DA “REDE” DE EFEITOS AMBIENTAIS COLATERAIS

Maria Galleno de Souza Oliveira

Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara-UNESP/SP

[email protected]

RESUMO

O risco é inerente à moderna sociedade reflexiva e sempre estive presente nas sociedades,

sendo por isso estudado pelas diversas áreas do conhecimento científicos, entre elas as

sociologia. Entretanto, nos últimos trinta anos há um tipo de risco que adquiriu uma maior

visibilidade no território brasileiro, que são os riscos socionaturais, principalmente aqueles

relacionados aos desastres naturais associados às secas, as inundações e aos deslizamentos. O

impacto desses desastres, principalmente nos meios urbanos, causaram prejuízos econômicos,

problemas sociais e ambientais ao estado brasileiro e demonstraram serem consequências da

debilidade estatal, do deficit social, cultural e econômico, e também da incapacidade de

prevenção e respostas eficazes para evitá-los ou pelo menos minimizá-los. O objetivo do

estudo é analisar o referencial teórico-conceitual de risco, as categorias, os impactos sociais

e as medidas adotadas pelos poderes públicos brasileiro nas ações voltadas para diminuir o

risco socionatural. O método adotado para o presente estudo é o hipotético-dedutivo.

Palavras-chave: cidade, pobreza, infraestrutura, impacto, meio ambiente

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

154 | Panel 3.5 – Social risks in the context of the global crisis

O IMPACTO SOCIAL DO BIOTERRORISMO

Gisélia Braga

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected]

Paulo Campos

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected] / [email protected]

Ana Mafalda Reis

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected]

Romero Bandeira

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected]

RESUMO

Após os ataques terroristas de 11 de Setembro, os EUA sofreram uma vaga de incidentes

bioterroristas associados a esporos de Carbúnculo. Estes actos tiveram repercussões notáveis

na Europa. Embora não tenha sido identificado nenhum ataque bioterrorista dirigido à

Europa, os países decidiram encontrar rapidamente meios para enfrentar este novo tipo de

ameaça (Silva e Pires, 2009).

Portugal, não ficou indiferente a esta situação e em 2002 publicou a Lei de Combate ao

Terrorismo, actualizada em 2003 pela Lei nº 52/2003 de 22 de Agosto. Salvaguardando,os

casos de Bioterrorismo.

Segundo o CDC, Bioterrorismo é a libertação deliberada de vírus, bactérias ou outros

microorganismos (agentes), utilizados para causar doença ou morte em pessoas, animais ou

plantas. Já há muitos anos que são utilizadas armas biológicas, desde a utilização de

cadáveres com Peste para atingir os inimigos, até aos dias de hoje que poderão ser utilizados

agentes geneticamente modificados.

Os agentes utilizados como armas biológicas são seleccionados tendo em conta as suas

características. Um ataque bioterrorista afecta a sociedade tanto a nível social como

psicológico e económico e prolonga-se no tempo. Será necessário tomar medidas para

diminuir esse impacto e causar as menores alterações possíveis tanto a nível de profissionais

de saúde como no funcionamento das instituições e mesmo do país.

Palavras-chave: Bioterrorismo, Doença, Stress.

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Painel 3.6 Riscos dendrocaustológicos

(incêndios florestais)

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

157 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)

VARIAÇÃO ESPACIAL DAS PRINCIPAIS CAUSAS DOS

INCÊNDIOS FLORESTAIS EM PORTUGAL (2001-2012)

Adélia Nunes

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Ana Meira Castro

Instituto Superior de Engenharia do Porto, Instituto Politécnico do Porto

[email protected]

Sofia Fernandes

NICIF, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

O conhecimento das causas dos incêndios florestais, e dos respetivos fatores de ignição, é

indispensável para a eficaz implementação de medidas que visem a prevenção da sua

ocorrência. Na bacia do Mediterrâneo as causas que estão na origem dos incêndios florestais

são maioritariamente humanas, ficando a dever-se a causas naturais uma ínfima parte das

ignições. Por sua vez, as causas dos incêndios, além de diferirem de país para país, são

também espacialmente distintas dentro do mesmo país, pois a sua incidência espacial

depende de um conjunto específico de fatores regionais, associados não só às componentes

ambientais, onde se incluem as condições climático-meteorológicas, o relevo, as

caraterísticas dos combustíveis, entre outras, mas também às atitudes e aos comportamentos

humanos.

Com o presente trabalho pretende-se (i) analisar, à escala do município, a distribuição

espacial das principais causas que estão na origem das ignições, no período compreendido

entre 2001 e 2012, tendo por base os incêndios florestais investigados e cuja causa foi

apurada, dando particular ênfase às causas negligentes (e dentro destas às denominadas de

queimadas, que se relacionam com a queima pelo fogo de combustíveis agrícolas e florestais)

e às causas intencionais (onde se integra o incendiarismo), (ii) detetar inter-relações entre

variáveis biofísicas, socioeconómicas e a incidência de determinado tipo de causa de ignição.

Palavras-chave: Causas de incêndio florestal, Causas negligentes, Causas intencionais,

Caraterísticas físico-humanas, Territórios municipais.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

158 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)

AGRICULTURA TRADICIONAL DE CORTE E QUEIMA

NO BIOMA DE MATA ATLÂNTICA (RJ) – BRASIL

Ana Valéria Freire Allemão Bertolino

Departamento de Geografia/FFP - Universidade do Estado do Rio de Janeiro -

[email protected]

Isabel Linhares Pereira Soares

Departamento de Geografia/FFP - Universidade do Estado do Rio de Janeiro

[email protected]

Lúcio José Sobral Cunha

Departamento de Geografia, Universidade de Coimbra, Portugal

[email protected]

RESUMO

A agricultura tradicional de corte e queima é responsável pela subsistência de 250 a 500

milhões de pessoas ao redor do mundo, a maior parte delas nos trópicos. O objetivo do

trabalho é analisar o potencial matricial da água do solo e a erosão em solos com diferentes

manejos: sem cobertura (SC) e sistema de pousio/queima (PO).

O estudo foi realizado em São Pedro da Serra, distrito de Nova Friburgo/Rio de Janeiro -

Brasil. O monitoramento da sucção do solo foi realizado por intermédio de blocos de matriz

granular (GMS`s), nas profundidades de 15 e 30 cm, instalados em cada sistema. A erosão foi

mensurada em cada evento de chuva utilizando-se parcelas de erosão de 20 m2 e a

pluviosidade foi obtida pela precipitação diária (24h), coletada por pluviômetros e por uma

estação automatizada MAWS. Os resultados demonstram que o sistema sem cobertura possui

valores de potenciais matriciais superiores ao sistema de pousio/queima durante grande parte

do período, se mantendo próximo à saturação, demonstrando uma dificuldade de percolação

da água dentro da matriz do solo. Já o sistema de pousio/queima possui variações constantes

de potenciais matriciais em todo o período analisado, demonstrando uma drenagem eficiente

quando comparado ao sistema sem cobertura, mesmo nos períodos de concentração de

chuvas. Comprovou-se que o manejo de pousio/queima apresenta uma resposta mais eficiente

na recarga e drenagem da água no solo em relação ao sistema sem cobertura, apresentando

baixas taxas de erosão ao longo do período monitorado.

Palavras-chave: pousio, queimada, comportamento hidrológico, erosão

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

159 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)

RISCOS DENDROCAUSTOLÓGICOS:

PREVISÃO, PREVENÇÃO E CONSEQUÊNCIAS

NO ESTADO DE RORAIMA, AMAZÔNIA, BRASIL

Antônio Carlos Ribeiro Araújo Júnior

Departamento de Geografia, Instituto de Geociências da Universidade Federal de Roraima

Especialista em Educação para a Gestão Ambiental (NUMA/UFPA)

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais (PRONAT/UFRR)

[email protected]

RESUMO

Os riscos ambientais estão cada vez mais presentes no existir do ser humano, ou talvez

estejam de forma mais acintosa mostrando suas consequências sobre a sociedade, a qual é

impactada por fenômenos nocivos como inundações, deslizamentos, incêndios, etc. No

entanto, esclareça-se que os riscos ambientais e suas derivações, os desastres ambientais, só

o são e existem como se vê devido à presença e ação humana sobre a natureza. Assim, busca-

se entender como os incêndios florestais ocorridos no estado de Roraima expõem seus

habitantes a riscos chamados dendrocaustológicos, bem como analisar de que forma os

trabalhos de previsão e prevenção acontecem, tendo como método a teoria dos sistemas,

adotando-se como metodologia pesquisas bibliográficas e documentais, focando nos

elementos (i) pluviometria, (ii) vegetação, (iii) seca e estiagem e (iv) defesa civil. De posse

de dados pluviométricos e da tipologia biogeográfica do estado tem-se como premissa que o

conhecimento sobre este risco é sabido, mas não há ostensividade nas ações, as quais são

aparentemente emergenciais.

Palavras-chave: Pluviometria, vegetação, seca e estiagem, defesa civil

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

160 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)

ENXURRADAS VIOLENTAS APÓS INCÊNDIOS FLORESTAIS.

O EXEMPLO DE PRAIAS E PISCINAS FLUVIAIS DA BACIA DO RIO ALVA (PORTUGAL)

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Adélia Nunes

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Joana Gonçalves

NICIF, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

A bacia hidrográfica do rio Alva, à semelhança de vastas áreas do território continental

português, tem sido afetada por grandes incêndios florestais, nestas últimas décadas. A

passagem de fogo e a consequente incineração do coberto vegetal desencadeia alterações

muito significativas na camada edáfica superficial, no ciclo hidrológico e nos processos

erosivos que atuam ao nível da vertente.

Com efeito, as relações entre o fogo e as respostas hidrológica e erosiva são mediadas pela

vegetação, pelas propriedades do solo e pelas condições climático-meteorológicas de uma

determinada área. Apesar dos processos hidrológicos e erosivos que atuam ao nível do solo

atingirem, em regra, o seu pico durante o primeiro ano após um incêndio, a “janela de

perturbação” (window of disturbance) induzida pelo fogo pode perdurar, muito para além do

fenómeno em si e, em termos hidrogeomorfológicos, desencadear processos com

consequências catastróficas, também para além da área afetada pelo próprio incêndio.

Com o presente trabalho pretendem-se analisar na bacia do rio Alva alguns eventos severos

ocorridos na sequência de incêndios, cujas implicações, tanto ao nível da resposta hidrológica

como erosiva, não se limitaram à área percorrida pelas chamas, mas afetaram áreas muito

para além dos limites dos incêndios.

Em termos metodológicos, partiu-se de alguns estudos anteriormente realizados (Lourenço,

1988, 2006 e 2007) para, agora, se analisarem comparativamente com outras situações

análogas, registadas mais recentemente, com destaque para todas aquelas que afetaram

praias e piscinas fluviais.

Palavras-chave: erosão após incêndios florestais, processos erosivos, precipitação intensa,

praias e piscinas fluviais, rio Alva.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

161 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)

LA ORDENACIÓN DEL TERRITORIO COMO FACTOR CONDICIONANTE

EN LA CATÁSTROFE DE VALPARAÍSO.

CASO VALPARAÍSO, CHILE CENTRAL

Luis Correa Jiménez

Corporación Nacional Forestal. Región de Valparaíso - Chile

[email protected]

Miguel Castillo Soto

Laboratorio de Incendios Forestales. Universidad de Chile

[email protected]

RESUMEN

Habiéndose cerrado el fatídico balance del Incendio Forestal que afectó a la ciudad de

Valparaíso (Chile Central) en el mes de abril de 2014, las cifras oficiales indican que se

destruyeron aproximadamente 2.900 casas, fallecieron 15 personas, y fueron afectadas 965

hectáreas (937 de vegetación y 28 de superficie urbanizada), las lecciones aprendidas que nos

dejó esta calamidad son muchas.

El artículo describe la dinámica de la ocupación territorial en la zona de interfaz de

Valparaíso (Patrimonio de la Humanidad desde 2003), analiza las variables ambientales y las

histórico-culturales, que han incidido en el actual patrón espacial de ocupación del territorio

en dicha ciudad, presenta las causas (legales, administrativas y políticas) del deficiente

ordenamiento territorial en la interfaz de la ciudad y demuestra que la ausencia de

planificación territorial fue un factor decisivo en el grave daño producido por este incendio.

Palabras clave: Incendio forestal, Interfaz, Valparaíso

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

162 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)

GESTIÓN INSTITUCIONAL DE RIESGOS Y ACTUACIONES FRENTE

A DESASTRES OCASIONADOS POR INCENDIOS DE INTERFAZ

Miguel Castillo Soto

Laboratorio de Incendios Forestales. Universidad de Chile

[email protected]

RESUMEN

En Chile, el problema de los incendios forestales se ha visto reflejado en los últimos años a

una leve alza en el número promedio de eventos por año. Sin embargo el aspecto más

preocupante ha sido el violento aumento de la severidad del fuego y las extremas condiciones

de peligro que se presentan en muchas áreas del país. Lo anterior tiene múltiples

explicaciones, desde aspectos meteorológicos, vegetacionales, de manejo de bosques, de

legislación y pautas de ordenación del territorio, hasta la conducta irresponsable de personas

que ocasionan incendios, y enormes debilidades que presenta el sistema legal de sanciones,

que no promueve pautas estrictas para castigar a los responsables. Lo anterior, desde el

punto de vista de la condición de Riesgo, permite identificar zonas particularmente sensibles

al problema de los incendios y la posibilidad de la ocurrencia de graves desastres en zonas

densamente pobladas que conviven con la interfaz de bosques. En este artículo se describe

este problema, ilustrando aquellos aspectos que debiesen formar una adecuada planificación

y gestión del territorio frente a la ocurrencia y propagación del fuego.

Palabras clave: gestión del riesgo, peligro de incendios, interfaz urbano-forestal, causas de

incendios, planificación territorial

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

163 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)

INCIDÊNCIA REGIONAL E TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO

DOS INCÊNDIOS EM PORTUGAL (1980-2013)

Adélia Nunes

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

António Bento-Gonçalves

Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho

[email protected]

António Vieira

Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho

[email protected]

Ana Meira Castro

Departamento de Matemática do Instituto Superior de Engenharia do Porto

[email protected]

RESUMO

Em pouco mais de três décadas (1980-2013) registaram-se, em Portugal continental, cerca de

745 mil ignições e uma área ardida que ronda 3,7 milhões de hectares. Todavia, quando se

analisa a distribuição espacial dos incêndios verifica-se que há distritos especialmente

suscetíveis à sua deflagração e outros mais favoráveis à propagação das chamas. A dicotomia

Norte/Centro vs Sul de Portugal, tanto no número de ignições como na área ardida, é

igualmente bem conhecida.

Com o presente trabalho pretende-se analisar a distribuição espacial e detetar tendências de

evolução temporal, no período de 1980-2013, tanto na densidade de ignições, como na

percentagem de áreas ardidas a nível regional, e, ainda, definir o grau de similaridade

existente entre os distritos que compõem Portugal continental, no que se refere à incidência

de incêndios florestais.

Os resultados referentes à densidade de ignições são perentórios quanto ao seu acréscimo

pois, em todas as unidades territoriais, a correlação – baseada quer no coeficiente de Pearson

quer no coeficiente de Spearman, de acordo com a análise - revela-se estatisticamente

significativa. No que se refere às percentagens de superfície média incinerada, os resultados

são mais díspares. Com tendências positivas (p-value <0,05) sobressaem todos os distritos da

região Norte, enquanto os de Beja e Évora manifestam a mesma tendência, apenas se

aplicado o coeficiente de Spearman. Com tendência inversa, isto é, de decréscimo, apenas se

destaca Coimbra. Nos restantes distritos as tendências observadas não revelam significado

estatístico.

Palavras-chave: Tendências na densidade de ignições, Tendências na % de área ardida,

Coeficientes de correlação de Pearson e Spearman, Distritos de Portugal

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

164 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)

EFEITOS DO FOGO NO SOLO NA SEQUÊNCIA DE UMA QUEIMA EXPERIMENTAL:

RESULTADOS PRELIMINARES

António Bento-Gonçalves

Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho

[email protected]

António Vieira

Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho

[email protected]

Ana Meira Castro

Departamento de Matemática do Instituto Superior de Engenharia do Porto

[email protected]

Célia Fonte

Gabinete Técnico Florestal/ Câmara Municipal de Santo Tirso

[email protected]

Paulo Bessa

Gabinete Técnico Florestal/ Câmara Municipal de Penafiel

[email protected]

Artur Borges

Gabinete Técnico Florestal/ Câmara Municipal de Felgueiras

[email protected]

RESUMO

Os impactes dos incêndios florestais são múltiplos (económicos, humanos, paisagísticos,

sociais e ambientais - nas árvores, na vegetação arbustiva, subarbustiva e herbácea, no solo,

nos organismos do solo, nas aves e mamíferos, no ar, na água, ... - ) e complexos (diretos,

indiretos, cumulativos, imediatos, subsequentes, ...), dependendo, segundo Macedo e

Sardinha (1993), de fatores tão variados como a grandeza, a intensidade, a época, a duração

e a frequência dos incêndios, as dimensões e composição dos povoamentos, volume,

concentração, distribuição e características do combustível, natureza e características do

solo, ..., sendo que um dos impactes mais significativos, no nosso país, se verifica nos solos

(propriedades físicas e químicas, consequências hidrológicas e erosivas, hidrofobicidade, ...).

Com esta comunicação pretende-se apresentar e discutir a queima experimental realizada em

maio de 2014 em Santo Tirso, num eucaliptal e em matos, com o objetivo de reduzir o

combustível sob diferentes técnicas de condução do fogo, a qual resultou de uma cooperação

entre a Universidade do Minho e a Camara Municipal de Santo Tirso e que visa estudar dos

efeitos deste tipo de fogo no solo, bem como apresentar e discutir os primeiros resultados da

referida queima.

Palavras-chave: Queima experimental, solo, eucaliptos

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

165 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)

TRAGEDIA DE UN INCENDIO ANUNCIADO:

EL CASO DE VALPARAÍSO, CHILE CENTRAL

Miguel Castillo Soto

Laboratorio de Incendios Forestales. Universidad de Chile.

[email protected]

Luis Correa Jiménez

Corporación Nacional Forestal. Región de Valparaíso - Chile

[email protected]

RESUMEN

Cumpliéndose todo pronóstico de riesgo y peligro de incendios forestales, en el mes de abril

de 2014 se produjo un grave y devastador incendio de interfaz, que incluso obligó al Gobierno

de Chile a decretar el status de Estado de Catástrofe, para de esa manera activar los

mecanismos de atención de emergencias y el apoyo en presupuesto necesario para poder

mitigar las graves consecuencias del incendio. El balance final dejó como resultado 2.800

casas destruidas, 16 muertos, casi 1.000 hectáreas quemadas y enormes daños ambientales,

todo producto de un descontrolado incendio de interfaz cuyo origen fue en zonas rurales. Este

artículo describe y explica los acontecimientos y factores que promovieron el

desencadenamiento de esta tragedia a la población civil. En la sección final del análisis se

exponen las pautas técnicas que condicionan el nivel de riesgo en estas áreas y cómo debería

enfrentarse el problema frente a potenciales incendios en el futuro.

Palabras clave: incendios forestales, interfaz urbano-forestal, protección civil, riesgo de

incendios, propagación del fuego

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

166 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)

MODIFICAÇÃO DAS PROPRIEDADES HIDRÁULICAS DOS SOLOS

DA SERRA ALGARVIA DEVIDO AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS

Rui Lança

Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve

[email protected]

Vera Rocheta

Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve

[email protected]

Fernando Martins

Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve

[email protected]

Helena Fernandez

Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve

[email protected]

Elisa Silva

Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve

[email protected]

Celestina Pedras

Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve

[email protected]

RESUMO

O calor dos incêndios florestais produz um sistema composto por solo extremamente seco

coberto por cinza, que quando exposto a precipitações intensas pode dar origem a inundações

extremas. Para caracterizar a modificação das propriedades físicas do solo devido ao

incêndio, foram realizados ensaios com um infiltrómetro de anel. As variáveis medidas foram

a condutividade hidráulica quase saturada, Kf, e a sorvidade, S.

Foram recolhidas 4 amostras não remexidas de solo característico da serra algarvia (solo

esquelético derivado de xisto), com 0,50x0,50x0,15 m. Sobre 3 amostras foram colocadas

diferentes quantidades de material combustível, conduzindo a diferentes tempos de

exposição ao calor, diferentes temperaturas máximas e diferentes quantidades de cinza.

Posteriormente, foram realizados ensaios com um infiltrómetro de anel na amostra de

referência não ardida e nas 3 amostras afetadas pelo incêndio simulado em laboratório. Os

resultados mostram diferentes valores de Kf, S e consequentemente diferentes valores de

repelência à água.

Os resultados permitem caracterizar a repelência à água em solos ardidos extremamente

secos da serra algarvia e dão indicação sobre os valores de Kf e S a utilizar em modelos de

precipitação/escoamento superficial para solos afetados por incêndios florestais com

diferentes graus de severidade.

Palavras-chave: condutividade hidráulica, sorvidade, incêndio, solos ardidos.

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Painel 4 Aplicação do planeamento/

planejamento e ordenamento do território à gestão de riscos

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

169 | Painel 4 – Aplicação do planeamento/planejamento do território à gestão de riscos

DESASTRES NATURAIS E GESTÃO DE RISCO NO BRASIL:

CARACTERÍSTICAS E CONTRIBUTOS PARA O ORDENAMENTO TERRITORIAL

Aline Pascoalino

Universidade Estadual Paulista – UNESP, Campus Rio Claro, Brasil

[email protected]

Lutiane Queiroz de Almeida

Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, Brasil

[email protected]

RESUMO

A diversidade climática do território brasileiro e do mosaico paisagístico, bem como a

distribuição e constituição, geralmente não planejada, do tecido urbano e do fenômeno de

urbanização refletem nos efeitos dos tipos de eventos que possam vir a tornar-se desastres e

na intensidade que estes recaem sobre a sociedade. As chuvas das regiões Sul e Sudeste do

país, assim como as secas da região Nordeste, tem se constituído eventos que atingem a

população em maior intensidade de danos econômicos, sociais e psicológicos. O objetivo da

pesquisa foi realizar uma organização de dados referentes aos desastres naturais que

ocorreram no território brasileiro neste início do século XXI, enfatizando-se as características

desses fenômenos e a gestão perante a probabilidade de ocorrência e os episódios

desastrosos. Para tal foram consideradas as bases de dados disponíveis para o território

brasileiro, através do EM-DAT, do Observatório Nacional do Clima e Saúde, do Sistema

Integrado de Informações sobre Desastres - S2ID (Secretaria Nacional de Defesa Civil), bem

como de notícias veiculadas nos meios de comunicação mais recentes. A sistematização dos

dados permitiu verificar as diferenciações regionais no que tange à distribuição dos

fenômenos desastrosos destacando-se a tipologia do desastre e suas conseqüências.

Constatou-se ainda as áreas de maior prioridade no direcionamento de investimentos públicos

e a destinação orçamentária no processo de atuação do poder público pré e pós evento.

Palavras-chave: desastres, gestão ambiental, gestão da crise, vulnerabilidade, mitigação.

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

170 | Panel 4 – Application of spatial planning to risk management

INSERCIÓN DE LA GESTIÓN DE RIESGOS EN LA

PLANIFICACIÓN TERRITORIAL DEL MUNICIPIO MANEIRO.

ESTADO NUEVA ESPARTA.VENEZUELA.

María Gabriela Camargo Mora

Instituto de Geografía y Conservación de los Recursos Naturales,

Facultad de Ciencias Forestales de la Universidad de Los Andes, Venezuela

[email protected]

Beatriz Ávila Guerra

Alcaldía de Maneiro. Estado Nueva Esparta. Venezuela / Dirección de Desarrollo Urbano

[email protected]

RESUMEN

Se parte de la premisa que la planificación territorial u ordenación del territorio se convierte

en el principal instrumento de la Gestión del Riesgo en todos los diferentes niveles

territoriales, pero tiene especial relevancia en los niveles locales (municipios y ciudades),

donde se materializa y se puede intervenir realmente el riesgo, mediante la planificación de

acciones o actuaciones y de la aprobación de normativas legales e instrumentos para el

control de la ocupación, además permite orientar inversiones articuladas y priorizadas según

su contexto particular de amenazas y riesgos

Se presenta el Plan de Desarrollo Urbano Local de Pampatar – Los Robles (PDUL), como

estudio de caso, donde se inserta la Gestión de Riesgo en la planificación urbanística. Este

instrumento persigue transformar la intención en acción, visualiza los impactos y

consecuencias de los acontecimientos en el futuro e permite influir en ellos mediante

acciones persiguiendo generar cambios en el territorio. Se logra una visión global e

intersectorial, donde se identifican tendencias y oportunidades, anticipa dificultades, trata

de minimizar el grado de incertidumbre para el logro de los objetivos y para orientar los

recursos requeridos en las acciones interinstitucional. Mediante la Zonificación del Uso del

Suelo, aprobada como norma legal, se convierte en el instrumento para el control de la

ocupación del territorio y para prevenir y mitigar el riesgo urbano.

Palabras clave: Territorio, Amenazas, Vulnerabilidad, Riesgo, Ordenación,

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

171 | Painel 4 – Aplicação do planeamento/planejamento do território à gestão de riscos

A GESTÃO DOS RISCOS TECNOLÓGICOS COM EXTERNALIDADE NO ENTORNO:

UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP / BR

Edson Aparecida de Araujo Querido Oliveira

Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA da UNITAU

[email protected]

Delanney Vidal Di Maio Junior

Instituto de Aeronáutica e Espaço - IAE/DCTA

Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional pela UNITAU

[email protected]

Luiz Antonio Perrone Ferreira de Brito

Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Desenvolvimento Regional da UNITAU

[email protected]

RESUMO

A presença dos riscos nas sociedades contemporâneas, dominadas pela incerteza e pela

insegurança em razão da constante possibilidade de ocorrência de desastres ambientais e

tecnológicos, cujos efeitos não são totalmente previsíveis, conduziu a importantes alterações

nas principais instâncias responsáveis pelo desenvolvimento - ciência, tecnologia e política.

Um dos desafios para atingir o almejado desenvolvimento regional sustentável diz respeito à

adequada governança desses riscos. O presente artigo parte da análise crítica do estudo de

caso do entorno de uma instalação industrial de engarrafamento e distribuição de Gás

Liquefeito de Petróleo - GLP, no município de São José dos Campos - SP, e infere sobre a ação

de diversos atores sociais envolvidos na gestão municipal do ambiente construído, tendo como

eixo estruturante o equacionamento dos Riscos Tecnológicos. Para atingir o objetivo proposto

diagnosticaram-se os principais riscos tecnológicos decorrentes das atividades da indústria de

petróleo e gás desenvolvidos no município, com auxílio da realização de pesquisa de campo

tipo exploratória, identificou-se a percepção de risco de atores sociais envolvidos, tipificou-se

a relação entre esses atores, identificou-se o modelo de Gestão dos Riscos Tecnológicos

existentes, e propõem-se caminhos para melhoria do quadro identificado, com o efetivo

engajamento das comunidades locais no processo decisório do desenvolvimento almejado e

definição dos riscos aceitáveis.

Palavras-chave: Gestão. Risco Tecnológico. Percepção de Risco. Tomada de Decisão.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

172 | Panel 4 – Application of spatial planning to risk management

MAPEAMENTO DE RISCOS NAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DE CARAGUATATUBA-SP

Estéfano Seneme Gobbi

Faculdade de Geografia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Brasil

[email protected]

Francisco Sérgio Bernardes Ladeira

Universidade Estadual de Campinas, Brasil

[email protected]

Marcelo da Silva Gigliotti

Universidade Estadual de Campinas, Brasil

[email protected]

RESUMO

O intenso intemperismo verificado nas escarpas da Serra do Mar promove um grande

desenvolvimento de material pedogenético que, associado a elevadas declividades e

precipitações temporalmente concentradas são os principais fatores que desencadeiam

movimentos de massa e depósitos gravitacionais na Planície Costeira de Caraguatatuba-SP.

Esses movimentos de massa orientam-se preferencialmente pelos canais de drenagem, que

também concentram os maiores riscos no que concerne a corridas de lama, rolamento de

blocos e inundações, assim como verificados em eventos periodicos em toda a área.

Movimentos de massa são processos inerentes à Serra do Mar e fazem parte da dinâmica

natural das faixas litorâneas próximas ao Planalto Atlântico. As zonas de contato entre a

Planície Costeira e as escarpas da Serra do Mar são áreas de suscetibilidade maior a esses

desastres naturais, de maneira que sua ocupação deveria ser restringida, evitando assim a

maior vulnerabilidade socioeconômica. Entretanto, historicamente é na faixa litorânea que se

concentra um grande contingente populacional e se desenvolve grande parte das atividades

econômicas.

Em atividades de campo foram verificadas as áreas de contato entre a Planície Sedimentar e

a Serra do Mar que, somadas aos dados altimétricos e às coletas de material pedológico por

meio de tradagens embasaram o delimitação das áreas de maior suscetibilidade a riscos

associados a depósitos de movimentos de massa e inundações em ambiente SIG.

Palavras-chave: Mapeamento de Riscos, Planície Costeira, Escorregamento de Massa.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

173 | Painel 4 – Aplicação do planeamento/planejamento do território à gestão de riscos

GRANDES PROJETOS DE INVESTIMENTOS HIDRELÉTRICOS (GPIH)

E RISCOS TERRITORIAIS: O RIO ARAGUARI(MG) – BRASIL

Hudson Rodrigues Lima

Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia (MG), Brasil

[email protected]

Vicente de Paulo da Silva

Instituto de Geografia,Universidade Federal de Uberlândia (MG), Brasil

[email protected]

RESUMO

O rio Araguari, localizado no estado de Minas Gerais, é o 6o rio com maior capacidade de

geração de energia elétrica do Brasil. Nele localizam-se duas Pequenas Centrais Hidrelétricas

e quatro Usinas Hidrelétricas. Trata-se de um rio com grandes áreas apropriadas por

empreendimentos, impondo aos territórios intensas transformações. Ainda não há uma

sistematização de investigações em torno dos riscos que a construção das barragens trouxe e

traz às populações atingidas e afetadas. É preciso identificar quais são as medidas efetivas de

segurança e prevenção de tragédias à vida humana e toda espécie de vida nos espaços

apropriados por hidrelétricas. O ponto de partida do trabalho é uma pesquisa de mestrado

finalizada no início do ano de 2013, no Instituto de Geografia da Universidade Federal de

Uberlândia (MG), Brasil. A pesquisa Professor Doutor Vicente de Paulo da Silva. Identificou-se

grande insatisfação das pessoas em relação à atuação do poder público e do empreendedor na

área de entorno dos reservatórios. Isso nos moveu a propor nova investigação para apurar

essas insatisfações à luz dos perigos porque passam as pessoas e ambientes. Este trabalho é

preliminar e a intenção é a de poder trocar ideias e auxiliar na trajetória metodológica com o

grupo de investigadores que estejam trabalhando com riscos a fim de identificarmos

necessidades de gestão dos riscos a que estão expostas as pessoas e ambientes em território

intensamente utilizado para a geração de energia elétrica.

Palavras-chave: Riscos em hidrelétricas, Energia Elétrica, Grandes Projetos de Investimentos

Hidrelétricos.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

174 | Panel 4 – Application of spatial planning to risk management

DINAMICA SISTÊMICA DA PAISAGEM E RELAÇÃO DE USO E OCUPAÇÃO DAS TERRAS

NO LITORAL DO ESTADO DE SÃO PAULO E LITORAL NORTE FLUMINENSE

NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO/BRASIL

Regina Célia Oliveira

Departamento de Geografia, Instituto de Geociências

Universidade Estadual de Campinas/São Paulo/Brasil

[email protected]

RESUMO

A paisagem pode ser definida como um conjunto inter-relacionado de formações naturais e

antroponaturais. O zoneamento ambiental segundo a perspectiva da Geoecologia da Paisagem

possibilita verificar quais as funções das paisagens e como se dá a sua dinâmica de evolução.

A realização do estudo de Zoneamento Geoambiental proposta através de uma abordagem

sistêmica, para as regiões costeiras definidas neste trabalho, nas áreas de ocorrência do

litoral do Estado de São Paulo e litoral norte fluminense do Estado do Rio de Janeiro

mostraram-se importantes ao considerar as seguintes questões: Primeiro, por serem áreas que

apresentam características de funcionamento físico complexo ao considerar os diversos

fatores que regem a organização das formas e processos em ambiente costeiro, Segundo, por

serem áreas de povoamento secular, ou seja, sofrem a pressão da ação antrópica a mais de

cinco séculos. Terceiro, porque estas regiões apresentam atividades econômicas significativas

para a economia de seus Estados, sendo que, as recentes transformações no uso da terra

sejam pelo desenvolvimento de atividades agropecuárias, seja pela expansão urbana e/ou

pela extração de recursos minerais ocasionam uma grande pressão ao meio ambiente.

Analisando como tem se dado esse processo de ocupação e quais as fragilidades ambientais

das áreas em estudo é possível contribuir para a organização de medidas de prevenção ao uso

desse espaço, de forma a minimizar acidentes que possam trazer danos ambientais.

Palavras-chave: dinâmica das paisagens, geomorfologia, planejamento ambiental, ação

antrópica.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

175 | Painel 4 – Aplicação do planeamento/planejamento do território à gestão de riscos

O NOVO PROGRAMA DE AÇÃO NACIONAL

DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO EM PORTUGAL

Maria José Roxo

e-GEO Centro de Geografia e Planeamento Regional, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Universidade Nova de Lisboa

[email protected]

RESUMO

Portugal adotou em 17 de junho de 1999, o seu Programa de Ação Nacional de Combate à

Desertificação (PANCD), que constituía uma obrigatoriedade, enquanto país signatário da

Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (CNUCD), desde 26 de dezembro

de 1996. No entanto, em função da obrigação de adequação do PANCD à Estratégia Decenal

2008/2018 da Convenção de Combate à Desertificação (adotada na 8ª Conferência das Partes

(COP 8 – Setembro 2007), foi necessário proceder à revisão do anterior programa.

Na elaboração do novo PNACD teve-se em conta as actuais orientações estratégicas e os

instrumentos de gestão territorial que enquadram ou que são aplicáveis às diferentes escalas

(nacional, regional e local).

Em virtude das questões relacionadas com o fenómeno da desertificação serem no geral

transversais e com múltiplas implicações no ordenamento do território, considera-se que o

PNACD deve ser encarado como um instrumento de planeamento estratégico de maneira a

minimizar riscos como os de erosão de solos, perda de biodiversidade, salinização, entre

outros.

Pretende-se apresentar os objectivos do novo programa, bem como a identificação dos

possíveis benefícios ambientais e territoriais da sua implementação. Importa demonstrar, a

necessidade de haver uma maior consciencialização por parte dos actores com

responsabilidade no território, sobre os efeitos deste grave fenómeno ambiental.

Palavras-chave: Desertificação, Planeamento, Ordenamento do Território, Riscos Ambientais

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

176 | Panel 4 – Application of spatial planning to risk management

ASPECTOS METODOLÓGICOS PARA PLANO MUNICIPAL

DE REDUÇÃO DE RISCOS DE DESLIZAMENTOS DO MUNICÍPIO DE SANTOS, SP

Kátia Canil

Universidade Federal do ABC , Santo André, Brasil

[email protected]

Eduardo Soares de Macedo

Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil

[email protected]

Fabrício Araujo Mirandola

Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil

[email protected]

Alessandra Cristina Corsi

Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil

[email protected]

Marcelo Fischer Gramani

Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil

[email protected]

RESUMO

As ocupações em encostas estão sujeitas a acidentes de movimentos gravitacionais de massa

cujo potencial destrutivo depende de características físicas e dinâmicas, tais como o volume

de material mobilizado, raio de alcance desse material e velocidade relativa do movimento.

As áreas de risco com maior grau de vulnerabilidade de ocorrência de acidentes no município

de Santos, são aquelas onde a ocupação se dá de forma precária, em terrenos de muito alta a

alta suscetibilidade natural a processos de movimentos de massa. A Baixada Santista limitada

pela Serra do Mar, e pelo Oceano, comporta um complexo de planícies costeiras, morros

insulados e mangues. As diferentes litologias e as respectivas estruturas dos Morros de Santos

representam fatores condicionantes dos movimentos gravitacionais de massa. No ano de 2012

foram mapeadas 22 áreas de risco do município e de acordo com a avaliação registrada, os

escorregamentos estão relacionados na maioria dos casos aos processos de instabilização, em

cortes/aterros, seguido dos processos de instabilização de encostas naturais (quedas e

rolamento de blocos rochosos). Para cada uma das áreas foram propostas medidas de

intervenção e respectivos custos para recuperação. Esses dados fazem parte do Plano

Municipal de Redução de Riscos. Os fatores essenciais levados em conta na análise de risco

são: a) probabilidade ou possibilidade de escorregamentos e inundação, b) vulnerabilidade em

relação às formas de uso e ocupação, e c) potencial de dano.

Palavras-chave: Plano Municipal de Redução de Riscos, Santos, Deslizamentos.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

177 | Painel 4 – Aplicação do planeamento/planejamento do território à gestão de riscos

AVALIAÇÃO DO RISCO NO MUNICÍPIO DE BENGUELA, ANGOLA

Wladimir Borges Estevão

Ministério da Educação, Benguela, Angola

[email protected]

Alexandre Oliveira Tavares

Centro de Estudos Sociais e Departamento de Ciências da Terra, Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

Os riscos materializam processos ou acções, naturais ou tecnológicos, que adquirem

relevância sócio-económica e que têm expressão territorial, os quais condicionam as políticas

públicas e a qualidade de vida dos cidadãos.

Com este trabalho identificam-se os processos perigosos, de origem natural e tecnológica que

afectam a população do município de Benguela, Angola, Faz-se de seguida uma avaliação do

grau de risco para alguns dos processos, utilizando a probabilidade e gravidade dos impactos

associados.

Para o efeito foi realizado trabalho de reconhecimento de campo e de inquirição aos

responsáveis pela gestão do risco em instituições públicas de âmbito provincial e municipal.

Foi ainda elaborada uma base de dados a partir de conteúdos bibliográficos.

Foram identificados 15 processos principais de perigo, de origem natural tecnológica e de

saúde pública, com impacto e danos materiais e humanos no município de Benguela.

Na análise do grau de risco utilizaram-se a matriz harmonizada utilizada pela ANPC (ANPC,

2009) e a matriz das três variáveis (Standards Australia, 2004).

Como base na classificação do grau de risco evidenciaram-se os galgamentos costeiros, a seca

e abaixamento dos níveis de águas, epidemias, os acidentes ou incêndios com material

eléctrico, os incêndios em resíduos ou edifícios habitacionais e os acidentes rodoviários.

Apresentam ainda graus elevados as cheias e inundações, as tempestades e trovoadas com

chuvas intensas, a instabilidade de taludes e arribas.

Palavras-chave: Riscos naturais, riscos tecnológicos, grau de risco, Benguela, Angola.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

178 | Panel 4 – Application of spatial planning to risk management

ORDENAMENTO TERRITORIAL E GESTÃO DE RISCOS

NA REGIÃO DO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO – BRASIL

Humberto Gallo Junior

Instituto Florestal – SMA/SP, Brasil

[email protected]

Débora Olivato

Secretaria Estadual de Educação – SP, Brasil

[email protected]

RESUMO

A região do Litoral Norte de São Paulo está situada no domínio da Mata Atlântica e possui

cerca de 80 % de sua área protegida por Parques Estaduais criados na década de 1970. O

Zoneamento Ecológico-Econômico do Litoral Norte, publicado em 2005, define as diretrizes de

uso e ocupação do solo. O mapeamento de áreas de risco efetuado em 2006 pelo Instituto

Geológico de São Paulo identificou diversas áreas em situação risco a escorregamentos, queda

de blocos e inundações. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi fazer uma correlação

entre os instrumentos de ordenamento territorial e a gestão de riscos na região. Foi efetuada

a análise dos marcos legais vigentes e sua correlação com a estrutura de gestão de riscos e

dinâmica de ocupação, com estudo de caso na bacia hidrográfica do Rio Indaiá, município de

Ubatuba – Brasil - SP. Verificou-se que embora o tema dos riscos ambientais seja importante

para a região, ele não é priorizado na gestão territorial. A implantação pelo poder público de

conjunto habitacional e creche em área de risco na bacia estudada evidencia este problema.

A criação dos Parques Estaduais foi fundamental para a conservação de áreas frágeis na

escarpa da Serra do Mar. Porém, com a implantação de diversos empreendimentos previstos

para a região, espera-se o aumento da população com tendência à ampliação da ocupação de

áreas de risco. Os municípios envolvidos não estão estruturados para suportar esta demanada,

o que contribui para o agravamento da questão.

Palavras-chave: ordenamento teritorial, gestão de riscos, Litoral Norte de São Paulo.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

179 | Painel 4 – Aplicação do planeamento/planejamento do território à gestão de riscos

MAPEAMENTO DA FRAGILIDADE DO MEIO FÍSICO

COM BASE EM ANALISE MULTICRITÉRIO EM SIG

Marta Foeppel Ribeiro

Departamento de Geografia Física, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

[email protected]

Vivian Castilho da Costa

Departamento de Geografia Física, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

[email protected]

RESUMO

O aumento da população urbana mundial vem provocando crescentes pressões sobre a

vegetação. A criação de áreas protegidas representa uma estratégia adotada para a

preservação de remanescentes de vegetação e para a manutenção da biodiversidade e do

equilíbrio ambiental. Na vertente leste do Maciço da Pedra Branca, localizado na Zona Oeste

do município do Rio de Janeiro (RJ, Brasil), situa-se a parte mais preservada de uma das

maiores florestas de Mata Atlântica em área urbana no mundo, inserida no Parque Estadual da

Pedra Branca (PEPB). Nas duas últimas décadas, a área do entorno imediato do parque vem

sofrendo progressivo desmatamento para dar lugar a novas áreas construídas. Uma das

consequências desse processo é a ocorrência de movimentos de massa. Este artigo tem como

objetivo avaliar as condições de fragilidade do meio físico do recorte espacial como parte da

metodologia de identificação de áreas com alto risco de ocorrência de movimentos de massa.

O estudo utilizou o Geoprocessamento em análise multicritério para a geração do mapa do

Fator de Fragilidade do Meio Físico, com base em mapeamentos temáticos diversos. Como

forma de validar a confiabilidade do mapa, foi feita a sobreposição deste ao mapa de

cicatrizes erosivas e ao mapa de distribuição dos pontos de acúmulo de materiais removidos

por movimentos de massa. O mapa do Fator de Fragilidade do Meio Físico foi considerado

satisfatório e disponibilizado aos gestores do parque, contribuindo para a implementação do

plano de manejo do PEPB.

Palavras-chave: Análise multicritério. Parque Estadual da Pedra Branca. Fragilidade do Meio

Físico. Geoprocessamento.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

180 | Panel 4 – Application of spatial planning to risk management

A FORMALIDADE E O RISCO:

UMA RELAÇÃO TÊNUE ENTRE FORMAS DE OCUPAÇÃO

EM SALVADOR – BAHIA, BRASIL

Plínio Martins Falcão

Departamento de Geografia, Instituto Federal da Bahia – IFBA

Grupo de Pesquisa Terra&Mar – CNPq / IFBA – Campus Salvador

[email protected]

RESUMO

Mais uma vez cresce o Brasil urbano, com a maior parte da sua população de mais de 200

milhões de pessoas, suas metrópoles cada vez mais crescentes, cidades médias se expandindo

e as questões de ocupação sempre presentes. Salvador, com seus quase 3 milhões de

habitantes, passa pela grande transformação e dinâmica do crescimento, mas ainda segue

tímida no que tange à minimização dos riscos aos quais se submetem, cotidianamente,

pessoas que vivem em áreas nas quais, teoricamente, não se deveria ocupar, a exemplo de

encostas, morros, áreas de terrenos instáveis. Todavia, um fato observado nos últimos tempos

leva a crer que nesta cidade onde tantos processos espaciais e sociais se interralacionam, é

possível notar certa paridade entre aquilo que é dito formal e informal pelo planejamento.

Sabe-se que a capital baiana integra a lista de uma das cidades mais excêntricas no que tange

às formas de ocupação, bem como os riscos associados a estas, o que é fundamentalmente

influenciado pela sua própria topografia. Este trabalho teve como objetivo apresentar um

panorama do risco na lógica da construção formal em Salvador, identificando áreas e

construções suscetíveis, que inexplicavelmente passaram por alguma instância do

planejamento urbano, permitindo o uso de áreas suscetíveis ou sem adequação para ocupar

de modo mais seguro. A metodologia utilizada consistiu em levantamento bibliográfico, uso

de cartografias, imagens e trabalhos de campo, o que permitiu, dentre os resultados, uma

sistematização e coletânea por meio do recorte imagético e a abordagem geomorfológica de

áreas de instabilidade de encostas.

Palavras-chave: Ocupação formal, Risco, Encostas, Salvador.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

181 | Painel 4 – Aplicação do planeamento/planejamento do território à gestão de riscos

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO FACE ÀS DINÂMICAS CLIMÁTICAS:

COMPARAÇÕES ENTRE O PROJETO ORLA BRASILEIRO

E O PROGRAMA BUYOUT ESTADUNIDENSE.

Rômulo Lima Silva de Góis

Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas,

Bolsista da CAPES nº 1471-13-9

[email protected]

João Vitor Gobis Verges

Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas,

Bolsista da CAPES nº 9719-13-0

[email protected]

Braulio José Carvalhal Luna

Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

[email protected]

RESUMO

Este trabalho propõe uma discussão crítica sobre a importância do Ordenamento do Território

para o ambiente costeiro e sua relação direta com os riscos ocasionados pelas dinâmicas

climáticas a partir de uma análise comparativa entre o Plano Buyout dos Estados Unidos e o

Projeto Orla brasileiro. A metodologia utilizada compreende a análise e revisão de

levantamento de dados bibliográficos sobre dinâmicas climáticas, ordenamento do território,

erosão marítima e planos de gestão de costa. Fez-se, ainda, pesquisa legislativa e uma análise

comparativa de instrumentos dos planos mencionados. Atinge como principal resultado a

conclusão de que a congregação do Projeto Orla brasileiro com o programa Buyout

estadunidense traria maior efetividade à gestão do litoral face às dinâmicas climáticas, pois

quando a implantação de política pública preventiva não se apresenta mais como promotora

de adaptação possível ao aumento do nível do mar e da erosão marítima, a mesma deve

considerar soluções mais coercivas por parte do Estado e, frente a estas problemáticas, o

Programa Buyout apresenta maior robustez e eficácia no funcionamento adotado.

Palavras-chave: Riscos, Planejamento Costeiro, Erosão Marítima, Políticas Públicas.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

182 | Panel 4 – Application of spatial planning to risk management

REABILITAÇÃO DO CENTRO HISTÓRICO DE V. N. DE GAIA –

UM PROJECTO DE PROTEÇÃO CIVIL

Salvador Almeida

Comandante Bombeiros Sapadores e Proteção Civil de Vila Nova de Gaia

[email protected]

RESUMO

O Centro Histórico Antigo de Vila Nova de Gaia é um verdadeiro documento vivo das

condições de vida e das técnicas de construção de gerações ancestrais representativo de

valores culturais, nomeadamente históricos, arquitetónicos, urbanísticas ou simplesmente

afetivos que, por constituírem uma memória coletiva, não se podem perder por incúria ou

desleixo.

É necessário chamar a atenção para as questões higio-sanitárias (abastecimento de água,

saneamento de águas residuais, resíduos sólidos urbanos), qualidade de vida (ruído, poluição

atmosférica), condições de habitabilidade, parques e zonas de lazer, turismo e segurança

contra risco de incêndio que uma área deste tipo suscita, bem como salientar procedimentos

a adotar para promover uma prevenção e proteção mais eficazes na defesa do nosso

Património Histórico e Cultural, numa conjugação da arquitetura e da engenharia tendo como

base a organização social das suas gentes.

Assim, este trabalho responde a um desejo de contribuir para a preservação do Centro

Histórico, tanto contra o risco de incêndio, como face às inundações ancestrais a que está

sujeito, ou às manifestações geomorfológicas importantes, atendendo à morfologia da área

em causa e à intervenção que todos os dias este território sofre. A resposta constitui o

presente Projeto de Protecção Civil, com propostas de medidas preventivas, mitigadoras, com

Planos de Prevenção e Atuação, salientando-se os Projeto Industrigaia, Plano 3P, Plano de

Intervenção dos Bombeiros, Plano de Atuação em Cheias e Inundações, na certeza de que é

uma tarefa de todos e para todos, sem esquecer as urgências ambientais.

Palavras-chave: Centro Histórico, Riscos, Prevenção, Planos e Reabilitação.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

183 | Painel 4 – Aplicação do planeamento/planejamento do território à gestão de riscos

CONTAMINAÇÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS –

AVALIAÇÃO DE VULNERABILIDADE EM

UMA BACIA HIDROGRÁFICA TRANSFRONTEIRIÇA IBÉRICA

Teresa Albuquerque

Instituto Politécnico de Castelo Branco, CIGAR, Portugal

[email protected]

Margarida Antunes

Instituto Politécnico de Castelo Branco, CIGAR, Portugal

[email protected]

Fátima Seco

Instituto Politécnico de Castelo Branco, Portugal

[email protected]

RESUMO

A identificação de fontes de contaminação de água subterrânea e consequente controlo e

monitorização são ferramentas de base na gestão dos riscos ambientais no espaço

transfronteiriço. A bacia hidrográfica do rio Águeda é uma bacia transfronteiriça, partilhada

entre Portugal e Espanha, com diversas fontes potenciais de contaminantes, sendo destacadas

as atividades mineiras, agrícolas e humanas. Na avaliação da vulnerabilidade das águas

subterrâneas na bacia hidrográfica do rio Águeda foram selecionadas setenta e cinco amostras

de água subterrânea. Todas as amostras de água estão georreferenciadas e foram recolhidas

ao longo de uma malha regular, no mês de junho de 2012. Em cada ponto de água foram

determinados os parâmetros: temperatura, pH, condutividade elétrica, potencial redox,

oxigénio dissolvido, bem como, os teores de: cloretos, sulfatos, nitratos, fosfatos inorgânicos,

B, Ba, Ca, K, Mg, Mn, Na e Sr. Para cada parâmetro obtido foram elaborados mapas de

distribuição espacial geoquímica utilizando a krigagem gaussiana, permitindo identificar zonas

de potencial vulnerabilidade na área da bacia. Na avaliação da vulnerabilidade das águas

subterrâneas, na bacia hidrográfica do rio Águeda foi calculado o índice Drastic, tendo sido

obtidas zonas de vulnerabilidade moderada a elevada. Com a sobreposição dos mapas de

distribuição espacial e de vulnerabilidade é possível a identificação de clusters para

vulnerabilidade / contaminação.

Palavras-chave: água subterrânea, geoestatística, krigagem Gaussiana, mapas geoquímicos,

índice Drastic.

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184 | Panel 4 – Application of spatial planning to risk management

DESENVOLVIMENTO DE UM WEBSIG SOBRE INVESTIGAÇÕES

APLICADAS A INCÊNDIOS FLORESTAIS

Nuno Simões

Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve

[email protected]

Helena Fernandez

Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve

[email protected]

Fernando Martins

Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve

[email protected]

RESUMO

Após o incêndio florestal de Tavira – São Brás de Alportel, que ocorreu a 18 Julho de 2012,

têm sido desenvolvidas várias investigações cientificas neste caso de estudo. Por forma a

estudar este incêndio, foram utilizadas ferramentas computacionais de Deteção Remota, de

Sistemas de Informação Geográfica, de Bases de dados, entre outras. A monitorização do

coberto vegetal e a descrição da erosão hídrica pós incêndio foram exemplos aplicados neste

caso de estudo, tendo sido publicados a nível nacional e internacionalmente.

No presente trabalho será apresentada uma fase preliminar de um WebSIG que irá conter os

dados já pulicados referentes a este caso de estudo. Posteriormente, este WebSIG será

ampliado a nível nacional, de modo a conter os resultados das diversas investigações

realizadas na temática de incêndios florestais e os seus efeitos nos solos. Ainda, se

pretenderá disponibilizar este WebSIG a potenciais utilizadores, tais como à comunidade

científica e à sociedade em geral.

Na conceção deste sistema serão utilizados softwares de código aberto e livre: o MapServer

como servidor de mapas, o PostgresSQL/PostGIS como sistema de base de dados não espaciais

e espaciais, o QGIS como software SIG, como servidor o Web Apache, e como linguagem de

marcação utilizou-se a linguagem html editada num notepad++.

Palavras-chave: WebSIG, Incêndios Florestais, Efeitos nos Solos.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

185 | Painel 4 – Aplicação do planeamento/planejamento do território à gestão de riscos

A GESTÃO DE RISCO NO TERRITÓRIO,

O CONTRIBUTO DOS PLANOS REGIONAIS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Teresa Cravo da Fonseca

Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa

[email protected]

Eduarda Marques da Costa

Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa

[email protected]

José Luís Zêzere

Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa

[email protected]

RESUMO

Os processos de ordenamento e planeamento do território em Portugal têm-se feito

acompanhar por mudanças significativas ao longo das últimas décadas, quer nas suas

orientações quer no modelo de governação das intervenções estruturais, marcados pela

introdução de diversificados instrumentos de orientação internacional, europeia e nacional.

A gestão do risco, seja ele de génese natural ou antrópica, tem-se configurado como um

domínio de crescente integração na gestão do território. Adicionalmente, os temas e

desígnios ligados à proteção do solo e dos recursos naturais permitiram ao longo das décadas

passadas a implementação de medidas preventivas, diminuindo a susceptibilidade a

determinados perigos bem como a vulnerabilidade dos seus territórios e populações.

Neste princípio é importante reconhecer o caminho que Portugal tem feito na abordagem e

integração do risco nas políticas de ordenamento e gestão do território, nomeadamente à

escala regional.

Para o efeito é preciso compreender a dimensão das políticas e instrumentos dando

enquadramento às questões da prevenção e gestão do risco. Neste sentido, a presente

comunicação, constitui um pequeno ensaio metodológico no sentido de demonstrar o

desenvolvimento de abordagens integradoras entre instrumentos e objetivos, passando este

nível de análise pelo apuramento da integração do risco no ordenamento do território através

dos instrumentos de escala regional, onde se delineiam as estratégias locais com real impacto

no território.

Por esta via pretende-se potenciar a compreensão da integração do vector risco na gestão do

território em Portugal.

Palavras-chave: Risco, Planeamento, Portugal.

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Painel 5 Análise e Prevenção de Riscos nas

Organizações de Defesa/Proteção Civil

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

189 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil

A IMPORTÂNCIA E O CONTRIBUTO DAS UNIDADES LOCAIS DE PROTEÇÃO CIVIL

PARA O PROCESSO DE PLANEAMENTO E GESTÃO DA EMERGÊNCIA.

O CASO DE ESTUDO DO MUNICÍPIO DE CÂMARA DE LOBOS (ILHA DA MADEIRA)

Ricardo Gomes

Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM

[email protected]

Uriel Abreu

Câmara Municipal de Câmara de Lobos

[email protected]

RESUMO

A coexistência entre o meio biofísico e a intervenção antrópica determina a existência de

uma relação dinâmica, cujo equilíbrio depende da adoção de políticas sectoriais ajustadas ao

ordenamento do território e ao planeamento e gestão da emergência.

Neste contexto, as Unidades Locais de Proteção Civil (ULPC) afiguram-se como uma estrutura,

à escala da freguesia, de otimização da operacionalidade associada ao mecanismo de

prevenção e resposta, sobretudo no acompanhamento das ações e procedimentos referentes

ao processo de planeamento e gestão da emergência.

No concelho de Câmara de Lobos (ilha da Madeira), a manifestação de processos de

perigosidade com potencial destrutivo apresenta, predominantemente, uma distribuição

espácio-temporal circunscrita à “bacia de risco” do Curral das Freiras (freguesia), devido à

existência de um conjunto de constrangimentos associados ao quadro geográfico,

particularmente a diversidade de fatores biofísicos desencadeantes (morfologia, declives,

etc.) e distúrbios antrópicos que potenciam o agravamento da magnitude e,

consequentemente, da severidade dos fenómenos, promovendo a intensificação do grau de

vulnerabilidade e exposição da população.

Considerando estes pressupostos, pretende-se fomentar a discussão do papel, potencialidades

e vantagens das ULPC, no âmbito das políticas regionais e estratégias locais no domínio da

segurança e proteção civil, e procede-se à justificação da pertinência de implementação de

uma ULPC na freguesia do Curral das Freiras.

Palavras-chave: Unidades Locais de Proteção Civil, Planeamento e Gestão da Emergência,

Segurança e Proteção, Fatores de Risco, Câmara de Lobos.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

190 | Panel 5 – Analysis and Prevention of Risks in Civil Protection/Defense Organizations

FENÓMENO ICEBERGUE:

VÍTIMAS PSICOLÓGICAS DAS CATÁSTROFES NATURAIS

(UM ESTUDO COM ADOLESCENTES NA RAM)

Cândida Jardim

Secretaria Regional de Educação e Recursos Humanos – Serviço de Psicologia

[email protected]

Ricardo Gomes

Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM

[email protected]

Uriel Abreu

Câmara Municipal de Câmara de Lobos

[email protected]

RESUMO

Na Madeira, a ocorrência cíclica de processos de perigosidade, de génese natural, motivou

nos últimos anos maior sensibilização e consciencialização para a problemática do Risco, bem

como a adoção de medidas estruturais de mitigação e/ou gestão dos processos de

perigosidade.

Numa situação de desastre natural, as vítimas, além das consequências físicas, estão também

sujeitas a efeitos psicológicos, particularmente as crianças e jovens, um grupo especialmente

vulnerável. Esta dicotomia entre sintomas físicos e consequências psicológicas remete para o

chamado “fenómeno icebergue ”, já que as vítimas com sequelas físicas são apenas uma

fração, a mais visível, do número total de vítimas a necessitar de cuidados, sendo por vezes

menosprezadas as sequelas psicológicas, menos visíveis.

Considerando estes pressupostos, procedeu-se ao estudo dos efeitos psicológicos, na

população jovem da Madeira, provocados pela manifestação e exposição a processos de

perigosidade. Para compreender esses efeitos, aplicou-se a Posttraumatic Stress Disorder –

Checklist, Civilian Version e um questionário de percepção de risco, a alunos do Ensino

Secundário.

Os resultados permitiram avaliar o grau de trauma associado à exposição aos desastres

naturais e perceber a perceção que esta população tem dos mesmos. Compreender estas

variáveis permite definir estratégias de coping e de aumento da resiliência de cada jovem,

prevenindo reincidências ou novos casos de respostas stressantes a estes eventos.

Palavras-chave: Desastres Naturais, Trauma, Fenómeno Icebergue, Posttraumatic Stress

Disorder, Estratégias de Coping.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

191 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil

PERCEÇÃO DE RISCO E CONFIANÇA INSTITUCIONAL

ENTRE CRIANÇAS E JOVENS DO ENSINO BÁSICO NA RAM

Ricardo Gomes

Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM

[email protected]

Rafael Brites

Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM

[email protected]

RESUMO

A perceção que os indivíduos têm dos riscos a que estão expostos influencia os seus

comportamentos e, consequentemente, repercute-se na sua vulnerabilidade. Na RAM, os

últimos anos ficaram marcados por um conjunto de eventos naturais extremos com

consequências gravosas, às quais as crianças e jovens são um grupo particularmente

vulnerável. Por outro lado, são um público preferencial da educação e sensibilização sobre

riscos naturais e comportamentos de autoproteção.

Para definir estratégias e medidas de educação e sensibilização, nomeadamente promovidas

pelo SRPC, IP-RAM, e para posteriormente avaliar o impacto das medidas implementadas,

torna-se necessário conhecer a perceção que as crianças e jovens da RAM têm dos riscos

naturais a que estão expostos, sobre a sua segurança e confiança nas instituições que a

promovem, bem como comportamentos de autoproteção a adotar.

Assim, foi concebido e implementado um questionário sobre perceção de risco, confiança

institucional e comportamentos de autoproteção, cujo público-alvo foram os 15 mil alunos de

2º e 3º Ciclo da RAM, tendo-se recolhido cerca de 10 mil questionários. Os resultados deste

estudo permitiram traçar um perfil de aluno e correlacionar as respostas com diferentes

variáveis, nomeadamente a idade, condição socioeconómica, o contexto geográfico e a

experiência pessoal – ter estado diretamente exposto a um evento tendo sofrido algum tipo

de perda.

Palavras-chave: Perceção de risco, Confiança institucional, Cultura de Segurança

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

192 | Panel 5 – Analysis and Prevention of Risks in Civil Protection/Defense Organizations

OS IMPACTOS PLUVIAIS E VEICULAÇÃO NO JORNAL O PANTANEIRO

NA CIDADE DE AQUIDAUANA/MS/BRASIL

Flávio Cabreira dos Santos

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Câmpus de Aquidauana

[email protected]

Vicentina Socorro da Anunciação

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Câmpus de Aquidauana

[email protected]

RESUMO

A abordagem homem/natureza na ciência geográfica tem configurado temática em estudos

diversos, sendo que, entre esses, os de repercussão por meio de eventos climáticos extremos

tem obtido seu destaque. A precipitação no ambiente urbano tem causado momentos

avassaladores e prejuízos à população, mormente as residentes em áreas de risco ou sujeitas

a inundações, devido à configuração antrópica e a ineficácia de planejamento, tal fato é

ocasionado pela impermeabilização do solo e construções irregulares em local de área de

risco. A cidade de Aquidauana tem sofrido com tal ato no decorrer de sua história, já que a

mesma está localizada na planície pantaneira, e o convívio com o ritmo das águas tornou-se

rotineiro a população local. A área citadina evolui-se entre os interflúvios dos córregos João

Dias e Guanandy, e tais locais, também ocasiona a população residente nesses, nos períodos

sazonais sujeitos a índices elevados de precipitação, flagelo, mesmo que de forma menos

expressiva quando comparado às inundações do Rio Aquidauana. Utilizando-se da imprensa

local, os impactos causados pelos índices elevados de precipitação, na área urbana, foram

identificados, em um recorte temporal, compreendendo os anos de 1965 a 2011. A

metodologia aplicada é o Sistema Clima Urbano (Monteiro, 1976), no subsistema

hidrodinâmico, que envolve todo o processo da relação entre os impactos meteóricos e a área

urbana. Os primeiros resultados apresentaram sensacionalismo jornalístico ao expor os

eventos precipitativos na área urbana. Por fim, a análise revelou como a imprensa retrata de

forma controversa a magnitude de episódios climáticos extremos, ao perpassar o

planejamento eficaz e a aplicação de ações mitigadoras à população visando reverter o

processo.

Palavras-chave: cidade, clima, inundação, imprensa.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

193 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil

A PRODUÇÃO DESIGUAL DO ESPAÇO COMO GERADORA DE

TEMPERATURAS EXTREMAS EM CIDADES MÉDIAS TROPICAIS:

O EXEMPLO DE SÃO CARLOS/SP BRASIL

Camila Riboli Rampazzo

Grupo de Pesquisa GAIA, FCT/UNESP Presidente Prudente

[email protected]

João Lima Sant'Anna Neto

Departamento de Geografia, Grupo de Pesquisa GAIA, FCT/UNESP Presidente Prudente

[email protected]

RESUMO

Em relação aos problemas ambientais urbanos, principalmente associados ao clima, se busca

aprofundar o referencial para identificar a gênese dos processos que desencadeiam a

distribuição desigual de calor, tendo como ponto de partida a dinâmica de produção desigual

dos espaços como geradora de temperaturas extremas nas cidades. Desta forma, o presente

estudo objetiva analisar a dinâmica de produção do espaço de São Carlos/SP (uma cidade

média tropical de altitude) para identificar processos que permitam considerar que o

elemento natural clima também é um agente que pode reforçar ou atenuar as desigualdades.

Para isso, além de uma análise eminentemente geográfica, o trabalho identifica a ocorrência

e distribuição espacial das diferenças de temperatura em espaços com distintos padrões de

ocupação/edificação, vegetação e o espaço rural próximo. Os resultados mostram diferenças

de até 6°C refletindo a relação entre a produção desigual do espaço na geração de

temperaturas extremas.

Palavras-chave: produção do espaço, cidades médias, temperatura extrema, clima urbano.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

194 | Panel 5 – Analysis and Prevention of Risks in Civil Protection/Defense Organizations

LA EVALUACIÓN DE RIESGOS PARTICIPATIVA EN EL PLANEAMIENTO LOCAL

PARA LA REDUCCIÓN DEL RIESGO DE DESASTRE

Sebastián Martín Pérez

Cátedra de Reducción del Riesgo de Desastre. Universidad de La Laguna

[email protected]

Pedro Dorta Antequera

Departamento de Geografía, Facultad de Geografía de la Universidad de La Laguna

[email protected]

Jaime Díaz Pacheco

Cátedra de Reducción de Riesgos de Desastres. Universidad de La Laguna

[email protected]

Abel López Díez

Departamento de Geografía, Facultad de Geografía de la Universidad de La Laguna

[email protected]

RESUMEN

Las Islas Canarias es una de las regiones ultraperiféricas de la Unión Europea cuya economía

se basa principalmente en el turismo, actividad muy sensible a los desastres. La sociedad y la

economía se ha visto afectada en los últimos años por una serie de peligros como las

erupciones volcánicas, las inundaciones, tormentas tropicales, olas de calor, tormentas de

polvo del desierto del Sahara, incendios forestales y varios accidentes de los denominados

tecnológicos. Con el fin de evaluar los riesgos producidos por estos peligros, establecer

medidas de prevención y coordinar las acciones de emergencia, la Comunidad Autónoma de

Canarias cuenta con un plan de seguridad y de emergencias regional. No obstante, el éxito de

este plan regional está fuertemente ligado a la coordinación de los planes de emergencias

elaborados por cada una de las entidades locales (municipios ) que están más en contacto con

la población local y que son capaces de llevar a cabo un proceso de evaluación de riesgos

participativo. A pesar de que los planes y estrategias internacionales, nacionales y regionales

para la reducción del riesgo señalan por lo general la necesidad de la evaluación del riesgo a

escala local, aún existen importantes lagunas sobre cómo desarrollar este tipo de evaluación

de riesgos. Para suplir este vacío, se implementó una metodología para desarrollar la

evaluación de riesgos local participativa, aplicada a la ciudad de Santa Cruz de Tenerife

(220.000 habitantes). Este trabajo muestra las ventajas de aplicación de este método

participativo para la evaluación de riesgos y sus implicaciones en el planeamiento local para

la reducción del riesgo de desastre.

Palabras clave: Evaluación de Riesgos Local, Participación, Reducción del Riesgo, Plan de

Emergencias, Canarias.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

195 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil

O TERRAMOTO NO HAITI (12 DE JANEIRO DE 2010).

ANÁLISE NA PERSPETIVA DA MEDICINA DE CATÁSTROFE:

DO IMPACTO À ATUALIDADE

Adriana Araújo

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected]

Paulo Campos

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected] / [email protected]

Ana Mafalda Reis

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected]

Romero Bandeira

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected]

RESUMO

A Medicina de Catástrofe é uma especialidade ou competência que preza pela sua atualidade,

já que a ação humana avoluma a complexidade das condicionantes associadas aos fenómenos

naturais, influenciando tanto a sua ocorrência como o seu poder destrutivo.

O terramoto de 12 de Janeiro de 2010 no Haiti assolou aquele que era já classificado como o

país menos desenvolvido do hemisfério ocidental, tendo ocorrido num contexto de excecional

vulnerabilidade. Por todas as suas particularidades, esta megacatástrofe suscitou inúmeros

desafios novos aos interventores, tornando-se um inestimável exemplo para extrapolar

ensinamentos e criar melhores planos de atuação. A abordagem do desastre é realizada na

perspetiva da Medicina de Catástrofe através da revisão de bibliografia de referência na área,

artigos científicos, relatórios e comunicados de imprensa, incluindo uma discussão da

intervenção humanitária de França e Portugal, baseada em entrevistas a intervenientes,

nomeadamente ao Coronel e Médico-chefe da Força de Intervenção Aeromóvel Francesa

Michel Orcel, e ao Comandante Elísio Oliveira e Dr. José Cunha da Cruz, ambos pertencentes

ao Destacamento Português de Ação Humanitária.

Esta dissertação deverá servir como alerta para a importância da Medicina Preventiva e

Preditiva e da melhoria da preparação dos profissionais de saúde para este tipo de

intervenção, sendo premente fortalecer a capacidade de resposta às catástrofes.

Palavras-chave: medicina de catástrofe, vulnerabilidade, riscos, terramoto, Haiti.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

196 | Panel 5 – Analysis and Prevention of Risks in Civil Protection/Defense Organizations

SEGURANÇA AMBIENTAL E TRILOGIA DE RISCOS:

ESTUDO DE CASO EM JUIZ DE FORA, MG, BRASIL

Geraldo César Rocha

Departamento de Geociências, Universidade Federal de Juiz de Fora, MG, Brasil

[email protected]

RESUMO

O risco ambiental é uma trilogia de riscos naturais, tecnológicos e sociais, sendo a segurança

ambiental o inverso do risco: quanto maior o risco, menor a segurança. Nessa pesquisa foram

mapeados os principais riscos da área urbana de Juiz de Fora, estado de Minas Gerais.

Utilizou-se o sistema de informação geográfica SAGA (UFRJ), com layers de informação para

cada risco avaliado, fazendo-se o cruzamento dessas camadas, com atribuição de notas e

pesos a cada fator. No cartograma de risco a movimentos de massa, por exemplo, foram

trabalhados os layers de geologia, solos, relevo, lineamentos estruturais, vegetação e

ocupação urbana. O risco foi hierarquizado em altíssimo, alto, médio, baixo e baixíssimo. Os

resultados mostram um quadro ambiental preocupante para Juiz de Fora. Com relação ao

risco a movimentos de massa, o centro e bairros próximos concentram níveis mais alarmantes

de risco, a saber, altíssimo e alto risco. Áreas situadas nesses níveis já mostram o problema

ocorrendo a cada verão, com perdas materiais, ambientais e mesmo humanas. Os riscos

tecnológicos também mostram os maiores patamares nas áreas centrais da cidade, com maior

densidade populacional, onde se concentram postos de combustíveis, avenidas e ferrovias de

tráfego intenso. E com relação ao risco de roubos a residências, observou-se que, além da

área central, bairros periféricos onde a exclusão social é mais explícita, mostram altos níveis

de risco.

Palavras-chave: riscos ambientais, riscos naturais, tecnológicos e sociais.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

197 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil

PREVENÇÃO DE RISCOS COM A COMUNIDADE LOCAL NA PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO

DO RIO AQUIDAUANA NA CIDADE DE AQUIDAUANA MS/BRASIL

Vicentina Socorro da Anunciação

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Câmpus Aquidauana.

[email protected]

João Lima Sant’Anna Neto

Departamento de Geografia, Grupo de Pesquisa GAIA, FCT/UNESP Presidente Prudente.

[email protected]

RESUMO

A bacia do rio Aquidauana abrange uma área de aproximadamente 21.373,85 Km2 envolvendo

16 municípios no Estado de Mato Grosso do Sul-Brasil. O espaço delimitado pode ser

considerado polo de desenvolvimento, constituindo-se em importante segmento do poder

público e gestão ambiental e de recursos hídricos numa unidade de planejamento. Destaca-se

no contexto nacional e no Estado de Mato Grosso do Sul por apresentar três importantes

unidades fisiográficas: o Planalto Maracaju-Campo Grande, a Depressão Pantaneira e a

Planície do Pantanal Sul-Mato-Grossense, abrangendo parte dos biomas Cerrado e Pantanal.

Pode-se inferir que nos últimos 40 anos, tais municípios vêm passando por um processo de

transformação inerente ao modo de produção capitalista a nível mundial, redefinindo a

produção e a função do espaço local. Nesta particularidade, vai sedimentando na região o

agronegócio, a pecuária e a atividade turística, reorganizando-se na perspectiva de

competitividade da regionalização do espaço mundial frente ao processo de globalização, o

que gradativamente tem contribuído para o avanço da vulnerabilidade ambiental, e a maior

repercussão socioespacial dos eventos, sobretudo os decorrentes do extremo climático se

processa no espaço urbano da cidade de Aquidauana. Faz-se necessário compreender como se

dá a relação da sociedade com os aspectos que compõem seu nicho, relacionando as práticas

na produção do espaço na cidade de Aquidauana, a geografia, a escola e práxis

sociambientais.

Palavras chave: Risco, Espaço, Repercussões, Sociedade.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

198 | Panel 5 – Analysis and Prevention of Risks in Civil Protection/Defense Organizations

RESPONSABILIDADE DOS CIENTISTAS NA

COMUNICAÇÃO DO RISCO EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA.

O CASO DA SENTENÇA DE L’AQUILA

António Betâmio de Almeida

CEHIDRO, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa

[email protected]

RESUMO

A problemática da responsabilidade ética dos especialistas na comunicação de riscos públicos

e no apoio a decisões em situação de emergência abrange diversas situações associadas a

potenciais catástrofes naturais (cheias, ciclones, deslizamentos, secas…) ou a acidentes

tecnológicos (poluição, rotura de barragem…). A sentença e o processo de L´Aquila (Itália)

suscitam a reflexão sobre questões pertinentes e relevantes neste domínio.

Em 2012, sete cientistas italianos foram condenados a pesadas penas de prisão por terem sido

considerados responsáveis pela morte de 27 pessoas no sismo que ocorreu na cidade italiana

de L´Aquila, em 6 de Abril de 2009. A acusação considerou que a comunicação ao público

relativa ao risco sísmico, alguns dias antes do sismo, foi incompleta, imprecisa e contraditória

tendo contribuído decisivamente para modificar a percepção de perigo das vítimas e para

alterar os respectivos procedimentos de protecção.

Os problemas levantados pelo processo de L´Aquila não dizem só respeito à comunicação do

risco sísmico mas, também, à gestão de crises associadas a outros tipos de riscos públicos que

envolvam uma elevada incerteza na respectiva previsão e dificuldades na definição de

medidas de emergência eficazes, preventivas ou de protecção. Esta questão reveste-se de

particular interesse para a comunidade científica nacional e para as organizações de

protecção civil atendendo a que partes significativas do território nacional possuem um

elevado risco sísmico existindo importantes meios urbanos com construções muito antigas ou

históricas que são particularmente vulneráveis à acção de sismos intensos.

O facto de a sentença ter existido e a grande publicidade a nível internacional em torno da

mesma terão efeitos no relacionamento e na confiança entre cientistas e autoridades,

nomeadamente no apoio a serviços de protecção civil.

O presente artigo tem os seguintes objectivos principais:

- Apresentar em que consistiu o designado processo de L´Aquila.

- Proceder a uma análise sumária do processo do ponto de vista do respectivo impacto na

relação entre cientistas, a protecção civil e o público, em situações de crise (ameaça de

catástrofe natural).

- Identificar problemas relevantes que são merecedores de reflexão ponderada e

motivadores de eventuais mudanças em procedimentos a seguir na comunicação do risco.

Palavras-chave: Comunicação, Responsabilidade, Risco.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

199 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil

IMPORTÂNCIA DA MEDICINA LEGAL EM SITUAÇÃO DE CATÁSTROFE -

A QUEDA DA PONTE HINTZE RIBEIRO

Sara Gandra

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected]

Paulo Campos

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected] / [email protected]

Ana Mafalda Reis

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected]

Romero Bandeira

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

[email protected]

RESUMO

Às 21 horas e 10 minutos do dia 4 de Março de 2001, domingo, numa noite de Inverno precedida e

antecedida por tantas outras igualmente chuvosas, a parte central do tabuleiro da ponte Hintze

Ribeiro caiu, arrastando um autocarro de passageiros e dois automóveis para as águas do Rio Douro.

Uma excursão às amendoeiras em flor, em Trás-os-Montes, terminou em tragédia, à porta de

casa.Grande parte das vítimas da derrocada da ponte que ligava Entre-os-Rios a Castelo de Paiva

residia na freguesia de Raiva.

São 17 000 os habitantes do concelho com pouco mais de 100 Km quadrados e nove freguesias, 6 das

quais ribeirinhas. Como processo de ruptura e desarmonia entre o ambiente natural e o sistema

social, a catástrofe é um acontecimento súbito e quase sempre imprevisível. De carácter natural ou

fruto da inventiva humana é responsável por provocar inúmeras vítimas bem como danos materiais

avultados. Tem a capacidade de abalar gravemente o indivíduo como ser holístico, bem como a vida

das populações e o tecido social e económico da zona onde surge.

A análise do domínio de acção das forças de socorro e segurança permite ressalvar a importância do

contacto entre as equipas intervenientes e a articulação e funcionamento das diversas entidades

para que os recursos disponíveis possam ser optimizados, por forma a prestar socorro célere e

eficaz. Através da reconstituição da queda da Ponte Hintze Ribeiro e consequente socorro foi

possível reflectir e analisar uma situação real e estabelecer um paralelismo entre o ocorrido e as

medidas tomadas, bem como recursos humanos e técnicos utilizados numa situação de tal

envergadura. A Medicina de Catástrofe, como teia situacional que é, articula-se em pleno com a

Medicina Legal, sendo que esta é a aplicação do conhecimento científico e biomédico às questões

do direito. Através dos capítulos em que a Medicina Legal desenvolve a sua actuação se prova a

necessidade de uma equipa multidisciplinar, especialista e experiente. Assim devem estabelecer-se

acções de planeamento, prevenção e exercício, com base no levantamento de vulnerabilidades e no

estabelecimento de mapas de risco, de forma a exercitar e testar equipas, instituições e organismos

intervenientes, à luz do que se tem feito a nível internacional.

Palavras-chave: Catástrofe, Medicina de Catástrofe, Medicina Legal, socorro a Multivítimas.

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POSTERS

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Painel 1 Teoria, modelos conceptuais

e comunicação do risco

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

205 | Painel 1 – Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco

A HEMEROGRAFIA COMO MEIO DE LEVANTAMENTO DE DADOS SOBRE DESASTRES:

ESTUDO DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DO JORDÃO – BRASIL NO PERÍODO 2001-2013

Bruno Zucherato

Departamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

Bolsista da CAPES proc. nº BEX 9537/13-9

[email protected]

Maria Isabel Castreghini de Freitas

Departamento de Planejamento Territorial e Geoprocessamento (DEPLAN)/Instituto de Geociências e

Ciências Exatas (IGCE) – Universidade Estadual Paulista (UNESP) – Campus Rio Claro - Brasil

[email protected]

RESUMO

A análise e gestão do risco, exige um conhecimento geográfico e histórico de seu objecto de

estudo. Assim a pesquisa hemerografica, ou seja a consulta a jornais e publicações periódicas

da imprensa, apresentam uma importante ferramenta para determinar à quais ocorrências de

desastres aquela localidade está sujeita em um período histórico. É importante salientar que

nem todas as ocorrências de desastres são noticiadas, mas considera-se que, aquelas com

maior importância são veiculadas pelos meios de comunicação. Com base nesse propósito, o

estudo apresentado, buscou uma análise com base na referida técnica para as noticias de

desastres no município de Campos do Jordão – SP (Brasil). Foram verificados, no sitio web do

jornal “Campos do Jordão & Cia.” de circulação semanal, durante o período de 1 de Janeiro

de 2001 até 31 de Dezembro de 2013, as notícias veiculadas sobre a ocorrência de desastres.

Dessa maneira foram registadas as noticias de ocorrência de desastres e criado um banco de

dados, onde foi possível registar o mês da noticia, o ano, e ainda classificar com a Codificação

de Desastre Ameaças e Riscos (CODAR) o evento ocorrido. Os resultados do período analisado

mostraram um total de 56 notícias, sendo o maior número de ocorrências no ano de 2011 (7

notícias), com relação aos meses do ano, as notícias se concentraram principalmente no mês

de Maio (9 noticias) e o principal desastre registado foi a ocorrência da geada (25 notícias).

Palavras-chave: Hemerografia, Campos do Jordão, Notícias de Desastre, Banco de dados.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

206 | Panel 1 – Theory, conceptual models and communication of risk

A MÍDIA EM FOCO:

EXEMPLOS DE DESINFORMAÇÃO CLIMÁTICA

Lucí Hidalgo Nunes

Departamento de Geografia, Universidade Estadual de Campinas, Brasil

[email protected]

Cleusa Aparecida Gonçalves Pereira Zamparoni

Departamento de Geografia, Universidade Federal de Mato Grosso, Brasil

[email protected]

RESUMO

A mídia desempenha relevante função na formação de opinião pública sobre os mais

diferentes temas, como política, economia e ciência, o que reforça seu papel central na

sociedade democrática, não obstante, nem sempre a informação é repassada de forma

adequada. Tal fato é particularmente relevante no caso de informações de caráter climático,

estratégicas para uma série de condutas que norteiam ações específicas no território e que

apresentam enorme potencial para prevenir acidentes e perdas econômicas e/ ou de vidas

humanas. Ocorre que entre sua origem e seu receptor a informação, intermediada pela mídia,

pode sofrer distorções, simplificações, inconsistências e erros, comprometendo seu uso

adequado e até gerando sentimento de desconfiança. Com base nesse aspecto, foram

avaliadas diversas notícias disseminadas de forma bastante equivocada sobre fenômenos

atmosféricos, veiculados em diferentes mídias e em distintos períodos. Em geral as notícias

foram confusas, contraditórias, erradas, simplistas, alarmistas e sensacionalistas, podendo ter

induzido a mal entendidos ou mesmo descrença e desinteresse pela temática. Com isso, a

mídia falhou em sua importante função social tanto como elemento-chave na tomada de

medidas preventivas ou soluções mais eficientes para minorar as consequências de futuros

episódios, como em sua função educativa, mais desinformando do que propriamente

informando o leitor.

Palavras-chave: mídia, sensacionalismo, clima

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Painel 2 Geotecnologias aplicadas à

análise e gestão de riscos

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

209 | Painel 2 – Geotecnologias aplicadas à análise e gestão dos riscos

CARTOGRAFIA MUNICIPAL DE RISCO COM RECURSO AO MODEL BUILDER

José Manuel Rocha

Departamento de Geografia, Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho

[email protected]

RESUMO

A cartografia municipal de risco, mais concretamente a cartografia de risco de incêndio é um

método de identificação, caracterização e avaliação da ocorrência de risco

dendrocaustológico. Contudo, a utilização da cartografia de risco permite uma articulação

crucial para o planeamento de emergência, uma vez indica os locais potenciais de

perigosidade e de risco de incêndio contribuindo assim para uma prevenção e vigilância

antecipada dos locais mais susceptíveis.

A utilização dos SIG torna-se numa ferramenta potencializadora para compreender,

quantificar, validar e prever a localização das entidades e o seu comportamento, tornando-

se, por isso, instrumentos fundamental para o desenvolvimento de uma visão integradora do

território como um todo, de forma a facilitar a intervenção em áreas menores (Costa, 2010).

Assim sendo, com o recurso ao software ArcGIS 10.1 e com base no Plano Municipal de Defesa

da Floresta Contra Incêndios elaborou-se um Model Builder para a Cartografia de Risco com o

intuito de facilitar o processo de produção cartográfico.

Palavras-chave: (Cartografia, PDMFCI, Model Builder;).

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

210 | Panel 2 – Geo-technologies applied to the analysis and management of risks

SIMULAÇÃO DE CHEIA SEGUIDA DE INUNDAÇÃO NA CIDADE DE MIRANDELA

Maria Gouveia

Doutoranda, Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Carmen Ferreira

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade do Porto

[email protected]

Francisco da Silva Costa

Departamento de Geografia e CEGOT, Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho

[email protected]

RESUMO

Sabendo-se que a ocorrência de inundações na cidade de Mirandela é um fator condicionante

para a vida dos cidadãos que aí residem, trabalham ou se deslocam para a visitar, pensou-se

ser importante simular uma cheia, seguida da inundação das áreas adjacentes ao rio Tua e

contabilizar os danos e prejuízos que poderão vir a ocorrer em edifícios e infraestruturas aí

existentes.

A ocorrência de cheias no rio Tua, e as consequentes inundações na cidade de Mirandela, são

conhecidas pelo menos desde o século XV, altura dos primeiros relatos sobre a manifestação

destes fenómenos. Mais recentemente, alguns deles podem ser lidos em jornais locais e

regionais (Notícias de Mirandela, Mensageiro de Bragança, Jornal do Nordeste, Jornal Terra

Quente), publicados nos anos de 1959, 1960, 1966, 2001, 2009 e 2012.

As ferramentas de Sistemas de Informação Geográfica, ao permitirem a elaboração de

animações em 3D, viabilizam a simulação da ocorrência de uma cheia e consequente

inundação ao longo das margens do rio Tua, podendo efetuar-se a avaliação das

consequências que dela poderão advir e perceber-se quais as medidas mitigadoras que

deverão ser implementadas para reduzir os seus efeitos nefastos.

Deste modo, pretende contribuir-se para um melhor conhecimento do risco de inundação na

cidade de Mirandela, de modo a proteger mais eficazmente pessoas, animais e bens

patrimoniais.

Palavras-chave: Mirandela, cheia, inundação, simulação.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

211 | Painel 2 – Geotecnologias aplicadas à análise e gestão dos riscos

USO DE SENSORES REMOTOS COMO FERRAMENTA PARA MAPEAMENTO

DE ÁREAS QUEIMADAS POR INCÊNDIOS FLORESTAIS.

O EXEMPLO DO MUNICÍPIO DE OLIVEIRA DO HOSPITAL NO ANO DE 2013

Raphael Costa Cristovam da Rocha

Departamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Gil Rito Gonçalves

Departamento de Matemática, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

Os incêndios florestais constituem, por todo o mundo, um problema extremamente

importante para a degradação do ecossistema global. Há anos que Portugal vem sendo

castigado por sucessivos incêndios florestais. O uso dos sensores remotos dos satélites nas

últimas décadas têm se tornado uma das ferramentas de grande importância nos estudos de

incêndios florestais, uma vez que proporciona uma visão abrangente do território em análise,

não se privando somente a um local. Desta forma, esta ferramenta é uma mais valia para

localização, mitigação, delimitação e prevenção dos incêndios florestais. O objetivo deste

estudo é a utilização dos sensores remotos como ferramenta chave para o mapeamento das

zonas ardidas em 2013, no município de Oliveira do Hospital, região centro de Portugal.

Foram cartografadas áreas incendiadas a partir de imagens de satélite LANDSAT 8,

classificação supervisionada e do índice Normalized Burnt Ratio (NBR). Dessa forma,

pretendeu-se demonstrar uma forma alternativa de mapeamento das áreas ardidas além da

tradicional inventariação de campo por GPS.

Palavras-chave: Sensores remotos, Landsat 8, NBR, Incêndios florestais

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

212 | Panel 2 – Geo-technologies applied to the analysis and management of risks

UTILIZAÇÃO DA DETECÇÃO REMOTA NA CONSTRUÇÃO DE MAPAS DE USO E

OCUPAÇÃO DO SOLO E DELIMITAÇÃO DE ÁREAS INCENDIADAS

Raphael Costa Cristovam da Rocha

Departamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Bruno Martins

Departamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

António de Sousa Pedrosa

Instituto de Geografia da UFU, CEGOT, RISCOS*

[email protected]

RESUMO

Portugal tem sido fustigado por violentos incêndios florestais que originam em muitos casos

processos erosivos mais ou menos severos, que se relacionam com as características

geomorfologicas da área afectada e com fatores hidro-climatológicos. Técnicas de detecção

remota proporcionam uma forma alternativa de detectar a variabilidade espacial e temporal

dos efeitos dos incêndios florestais, com menor custo e tempo, em comparação com os

inventários de campo tradicionais. Para responder a este desafio, foram cartografadas áreas

incendiadas a partir de imagens de satélite LANDSAT 8 (bandas 7, 5 e 4) e do índice

Normalized Burnt Ratio (NBR). A principal vantagem desta metodologia relaciona-se com os

baixos custos que acarreta e ainda com o elevado grau de precisão da cartografia produzida.

Procuraremos ainda demonstrar a importância da cartografia das áreas incendiadas para o

desenvolvimento de cartas de riscos geomorfológicos através de exemplos no Norte-Centro de

Portugal.

Palavras-chave: Detecção remota, LANDSAT 8, incêndios florestais, riscos geomorfológicos,

Norte-Centro de Portugal.

*Este trabalho foi iniciado em 2014 com a participação do Professor António Pedrosa. Foi com grande pesar que em Agosto tivemos conhecimento do seu falecimento. Serve este trabalho de sentida homenagem.

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Painel 3 Territórios de risco

(previsão, prevenção, consequências e reabilitação)

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Painel 3.1 Riscos geológicos e geomorfológicos

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

217 | Painel 3.1 – Riscos geológicos e geomorfológicos

AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO DOS PROCESSOS EROSIVOS

NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DE ÁGUA DE GATO –

CONCELHO DE SÃO DOMINGOS, CABO VERDE

Filipe Gomes Sanches

Universidade de Cabo Verde

[email protected]

Ineida Romi Tavares Varela de Carvalho

Doutoranda em Geografia, Universidade de Cabo Verde

[email protected]

António Vieira

Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho.

[email protected]

RESUMO

Trata-se de um trabalho de pesquisa realizada na Sub-Bacia Hidrográfica de Água de Gato-

Concelho de São Domingos, onde teve como objectivo diagnosticar e avaliar os processos

erosivos nessa sub-bacia hidrográfica. Para melhor entendimento da dinâmica dos processos

erosivos na área de estudo foi feita uma análise em função das características geoambientais

da área e posteriormente a identificação e avaliação dos processos superficiais que ocorrem

nessa Sub-Bacia. Os procedimentos metodológicos adoptados traduziram em fases e etapas: 1ª

fase consistiu em levantamentos documentais bibliográficos, 2ª fase constitui o trabalho em

campo, subdivide-se em duas etapas: 1ª etapa decorreu durante o período seco, 2ª etapa

ocorreu no período húmido, ambas as fases tiveram como objectivo levantamento de dados

ambientais e identificação de formas de degradação de solo. 3ª fase metodológica consistiu

sobretudo na análise do solo no laboratório e confecção de mapas, todos os mapas foram

produzidos em ambiente ArcGis 9.3. As análises dos solos colectados no campo

compreenderam: textura e matéria orgânica, Os resultados do estudo apontaram que a

deflagração dos processos erosivos na área de estudo não ocorre unicamente pelo processo

natural, ou seja, erosão geológica/natural, mas também pelas práticas tradicionais de uso e

manejo do solo que é feita nessa área, onde em muitos casos se dá sobre as encostas de

declives acentuados, com ausência de práticas de conservação de solo. E a partir de

observação directa no terreno identificou-se vários aspectos de degradação de solos associada

à prática agrícola.

Palavras-chave: Sub-bacia hidrográfica de Água de Gato, Diagnóstico, Processos erosivos,

Solo, Encostas.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

218 | Panel 3.1 – Geological and geomorphologic risks

MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO DA ÁREA URBANA DE ILHÉUS, BAHIA

Hogana Sibilla Soares Póvoas

Bolsista do PET Solos, Universidade Estadual de Santa Cruz

[email protected]

Ednice de Oliveira Fontes

Universidade Estadual de Santa Cruz

[email protected]

Ana Maria Souza Santos Moreau

Universidade Estadual de Santa Cruz, Brasil

[email protected]

RESUMO

Nas áreas urbanas, a modificação da natureza pela sociedade se torna intensamente

perceptível. Pois, devido à grande densidade populacional, essas áreas são fortemente

alteradas e necessitam de um planejamento adequado para que possam recuperar ou manter

o equilíbrio de suas funções (naturais e sociais) visando a mitigação dos riscos

geomorfológicos a elas associados. Os estudos geomorfológicos dão importante subsídio para a

compreensão da dinâmica da paisagem e contribuem no entendimento da forma de

apropriação do espaço pela sociedade. Devido à grande densidade populacional, nas áreas

urbanas a modificação da natureza é intensa, tornando-se fundamental a análise das

características físico-ambientais do território para fins de planejamento. Neste contexto, a

presente pesquisa objetivou o mapeamento geomorfológico da cidade de Ilhéus, na escala de

1:10.000, visando caracterizar as principais formas de relevo, bem como sua origem,

processos e riscos. Foram gerados com a utilização do ArcGis 10.0®, o Modelo Digital de

Elevação do Terreno (MDT) contendoas cotas de altitude e o MDT em 3D, o Mapa de

Declividade, com as classes propostas por Lepschet al. (1991), o Mapa dos Modelados do

Relevo e o mapa de riscos. A elaboração deste mapeamento auxiliará futuras pesquisas

científicas, além de subsidiar o planejamento urbano-ambiental na identificação de áreas de

risco a enchentes e escorregamentos, identificação e controle de processos erosivos, projetos

de conservação e manejo de solo, entre outros.

Palavras-chave: Cartografia geomorfológica, Planejamento urbano-ambiental,Sul da Bahia.

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Painel 3.2 Riscos climáticos e hidrológicos

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“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

221 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

THE ROLE OF PHYSICAL ENVIRONMENT IN THE GENESIS AND

AMPLIFICATION OF FLOODS IN NADOR (NORTHEAST MOROCCO)

Abdelkader Sbaï

Laboratory of Geomatics, Heritage and Development, University Mohammed Premier Oujda, Morocco

[email protected]

Jose Eduardo Rodríguez Juan

Laboratory of Geomatics, Heritage and Development, University Mohammed Premier Oujda, Morocco

[email protected]

Abderrahmane El Harradji

DYMADER Laboratory (Arid Environments Processes and Regional Development)

University Mohammed Premier, Oujda, Morocco

[email protected]

ABSTRACT

Northeast Morocco has experienced significant socio-economic changes, which induces main

developments of urban areas and a very important rural exodus. The processes of urban

growth are sometimes poorly controlled and grow on vulnerable areas. Nador is located on

the foothills of Gourougou where contribute major drainage arteries from the mountains. In

this city the phenomenon of flood is frequently, many exceptional rainfall events and critical

flow rates were recorded. The main rivers that come from this massive are the main factor of

flood especially in low and near Nador lagoon where the water can't find passages to reach on

the lagoon. Environmental risks disproportionate in relation to the weather get follow,

particularly in the suburbs close to the raised areas where rainfall may reach critical

thresholds. The purpose of this study is the identification and mapping areas at risk of flood

in Nador. The combination of different information layers on land use, drainage network,

topography, lithology/geology and road network through remote sensing and GIS tools allow

us to have indicators on the degree of vulnerability and draw a map of flood risk. The

objective is to know their causes, to help early warning and to inform of the extent of flood

in urban areas that are threatened by this phenomenon.

Keywords: Flood risk, hazard, urban areas, remote sensing and GIS, urban management,

northeast Morocco.

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

222 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks

APLICAÇÃO DO SISTEMA HIDRALERTA NA AVALIAÇÃO DO RISCO

ASSOCIADO AO GALGAMENTO NO PORTO DA PRAIA DA VITÓRIA

Conceição Juana Fortes1

[email protected],

Pedro Poseiro1

[email protected]

Maria Teresa Reis1

[email protected]

Rui Capitão1

rcapitão @lnec.pt

Rui de Almeida Reis1

[email protected]

Liliana Pinheiro1

[email protected]

João Craveiro1

[email protected]

João Alfredo Santos2

[email protected]

José Carlos Ferreira3

[email protected]

Susana Silva3

[email protected]

André Sabino3

[email protected]

Armanda Rodrigues3

[email protected]

Paulo Raposeiro3

[email protected]

Carlos Silva3

[email protected]

Anabela Simões4

[email protected]

Eduardo Brito de Azevedo4

[email protected]

Francisco Vieira4

[email protected]

Maria Conceição Rodrigues5

[email protected]

1LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Lisboa 2ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

3Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia 4Universidade dos Açores, LAMTEC e Centro de Estudos do Clima, Meteorologia e Mudanças Globais

5Azorina – Sociedade de Gestão Ambiental e Conservação da Natureza, SA

RESUMO

O sistema HIDRALERTA é um sistema de previsão, alerta e avaliação do risco associado ao

galgamento e inundação em zonas costeiras e portuárias, tendo como ideia-base a utilização de

medições/previsões da agitação marítima nessas zonas, para calcular os efeitos dos galgamentos e

inundações. O sistema permite: a avaliação, em tempo real, de situações de emergência e a

consequente emissão de alertas às entidades competentes, e a avaliação do risco, produzindo-se

mapas de risco para apoio ao processo de tomada de decisão. Trata-se de um sistema modular que

está a ser desenvolvido em linguagem Python e implementado numa plataforma WebGIS.

As componentes do sistema consistem nos seguintes módulos: a) agitação marítima — determinação das

características da agitação marítima ao largo e em áreas costeiras e portuárias, b) galgamentos e

inundação — avaliação dos galgamentos e inundação em zonas costeiras e infraestruturas portuárias, c)

sistema de alerta — análise, em tempo real, das situações de emergência e envio automático de

mensagens de alerta para as autoridades responsáveis, d) avaliação do risco — análise de séries temporais

longas e elaboração de mapas de risco para apoio à gestão costeira e portuária.

Nesta comunicação descreve-se o sistema HIDRALERTA, e em particular, as metodologias e

ferramentas desenvolvidas até ao presente no seu módulo de avaliação do risco. São apresentados

vários casos da aplicação do sistema na avaliação do risco em zonas portuárias (Praia da Vitória,

Sines e Ponta Delgada) e em zonas costeiras (Costa da Caparica) que ilustram as potencialidades do

sistema.

Palavras-chave: HIDRALERTA, Agitação marítima, Galgamento, Inundação, Risco

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

223 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

DETERMINAÇÃO DE FREQUÊNCIAS DE EVENTOS EXTREMOS

DE CHUVA NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL

Célia Campos Braga

Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande

[email protected]

Bernardo Barbosa da Silva

Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande

[email protected]

Francisco das Chagas Nascimento Araújo

Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande

[email protected]

Francisco de Assis Salviano de Sousa

Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande

[email protected]

Milena Pereira Dantas

Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande

[email protected]

RESUMO

A seca é um dos fenômenos climáticos que mais causa danos à agricultura de uma

determinada região, provocando sérios impactos sociais, econômicos e ambientais. A região

Nordeste do Brasil (NEB), apesar de chover consideravelmente, a parte semiárida, é

periodicamente afetada pela ocorrência de secas, com perdas parciais a totais na

agropecuária, além de comprometer o abastecimento de água devido, principalmente, à

irregularidade da estação chuvosa, com predominância de chuvas intensas e de curta

duração. Neste contexto, o presente trabalho visa analisar eventos extremos de seca e chuva

em distintas regiões do nordeste do Brasil. Utilizou-se o Índice de Precipitação Normalizada

(SPI) em diferentes escalas de tempo para séries climatológicas de 1980 a 2011 no estado no

Maranhão, em regiões homogêneas de SPI previamente identificadas. A análise de frequência

na escala semestral mostrou que nas décadas de 1980, 1990 foram as que apresentaram

maiores frequências de eventos secos chuvosos. Por exemplo, na região norte as maiores

secas ocorreram nos anos 80, ou seja, de fevereiro de 81 a março de 84, totalizando 23 meses

de seca. Já na década de 90 o período de seca começou em janeiro de 91 até setembro de 93

num total de 33 meses. Já os meses mais chuvosos ocorrem de janeiro de 85 a junho de 86

(18 meses) e de fevereiro 89 a maio de 90 (16 meses). Nas demais regiões observaram-se

algumas coincidências e algumas divergências no tocante aos períodos ocasionado

possivelmente pela posição geográfica e atuação de sistemas geradores de chuva na região.

Palavras-chave: Índice de Precipitação Normalizada, Chuva, eventos extremos e regiões

homogêneas

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

224 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks

ANÁLISE COMPARATIVA DO ALBEDO DA SUPERFÍCIE MEDIDO SOBRE

A CULTURA DE BANANA E ESTIMADO ATRAVÉS DE IMAGENS MODIS/Terra

Célia Campos Braga

Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande

[email protected]

Geissa Samira Lima Nascimento

Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande

[email protected]

Ramon Campos Braga

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais-INPE, Cachoeira Paulista-SP

[email protected]

Bernardo Barbosa da Silva

Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande

[email protected]

Milena Pereira Dantas

Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande

[email protected]

RESUMO

O presente estudo visa analisar a variabilidade espacial e temporal do albedo da superfície,

assim como encontrar uma relação entre valores do albedo medidos e os obtidos por meio do

produto de refletância MODIS/MYD09GA do satélite Terra, para 21 dias de imagens os meses

de setembro, outubro e novembro para o ano 2005. Os dados foram medidos em torre micro

meteorologia instalada numa cultura irrigada de banana na fazenda experimental Frutacor

localizada nas proximidades da cidade de Quixeré-CE-Brasil. Além da área de cultura de

banana o albedo foi estimado também na área de vegetação nativa. O processamento das

imagens MODIS foi feito com o software ERDAS IMAGINE. Os mapas da variabilidade espacial

do albedo da superfície mostraram que para os meses de setembro e outubro o albedo

praticamente não variou, pois seus valores oscilaram entre 10 e 25% em toda a cena. Em

novembro os valores aumentaram, predominando albedos da ordem de 20 e 25%. Em geral

para este período de estudo, nas áreas irrigadas foram encontrados os menores valores de

albedo, quando comparado com a vegetação nativa. A aplicação da técnica estatística dos

mínimos quadrados ao conjunto de dados medido na torre e estimado pelo satélite

MODIS/Terra apresentaram bons resultados. Ou seja, a calibração proposta apresentou

coeficiente de determinação r2 igual a 0.70 (r= 0,84) com erro médio percentual de 16,6%

respectivamente.

Palavras-chave: Palavra Chave: MODIS/Terra, albedo, pomar de banana.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

225 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

ANÁLISE DE MAPEAMENTOS DE ÁREAS DE RISCOS HIDROLÓGICOS

EM CUIABÁ/MT/BRASIL

Cleusa Aparecida Gonçalves Pereira Zamparoni

Departamento de Geografia, Universidade Federal de Mato Grosso, Brasil

[email protected]

RESUMO

Os desastres naturais resultam da combinação entre as características físicas do lugar, que

refletem suas suscetibilidades e fragilidades associadas à capacidade de resposta e

recuperação da sociedade expressas por sua vulnerabilidade e resiliência. O presente estudo

analisa o mapa de áreas de riscos hidrológicos em Cuiabá/MT, no âmbito de distintos

processos históricos, expressos pela combinação de antigas desigualdades socioambientais

com novas formas adquiridas nas últimas décadas do século XX. Em Cuiabá, a ocupação

desordenada e a fragilidade de políticas públicas de preservação da rede hídrica, de

investimentos em saneamento básico e coleta de lixo provocam aumento significativo de

inundações e enchentes em bairros situados às margens do rio Cuiabá. O entupimento das

calhas dos 24 córregos, que cortam a capital e deságuam nos rios Cuiabá e Coxipó, contribui

para potencializar esta situação estrutural. O mapeamento de áreas de risco de Cuiabá

mostra que as ocorrênciadas dos desastres naturais de origem hidrológicas estão concentradas

em áreas que ficam localizadas às margens do rio Cuiabá. Nestes locais, a ocupação

desordenada de Áreas de Proteção Permanentes (APP´s) potencializa riscos ligados às

enchentes e inundações na capital matogrossense. Estudos sobre o problema são necessários e

urgentes, pois auxiliam a proposição e execução de ações preventivas em detrimentos das

curativas, como medida de resiliência e enfrentamento deste problema socioambiental e

político.

Palavras-chave: risco, resiliência, enchentes, suscetibilidade, vulnerabilidade.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

226 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks

CARACTERIZAÇÃO DO TEMPORAL DO DIA 19 DE JANEIRO DE 2013,

PORTUGAL CONTINENTAL

Cristian Camilo Fernández Lopera

Mestrado em Dinâmicas Sociais, Riscos Naturais e Tecnológicos

Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

No dia 19 de Janeiro de 2013 registou-se em Portugal continental um fenômeno de ventos

intensos, precipitação forte e ondulação marítima forte no litoral Oeste. Ás 06UTC a

depressão desceu de 996 hPa para 968.2 hPa e centrou-se no litoral junto a Viana do Castelo,

a descida excepcional da pressão designou-se como ciclogénese explosiva. Os valores máximos

da velocidade do vento foram: Porto 116.3 km/h, Coimbra 102.6 km/h e Lisboa 104.4 km/h.

Os valores de precipitação foram Cabril: 68 mm, Vila Real: 40 mm, Penhas Douradas 44 mm.

Com um total de 8.205registos, a distribuição espacial das ocorrências foi: Porto 741

ocorrências, Coimbra 682 ocorrências, Santarém 736, Lisboa 1.994 (24% do total) e Setúbal

com 691, Viana do Castelo 183, Braga 291, Vila Real 89, Bragança 45, Aveiro 486, Viseu 512,

Guarda 59, Castelo Branco 323, Leiria 533, Portalegre 279, Évora 237, Beja 120 e Faro 204.

Os danos foram causados pela queda de árvores sobre linhas de eletricidade, destelhamentos

e queda de chaminés, destruição de estufas e automóveis. O serviço de eletricidade foi o

mais afetado seguido do abastecimento de água, as telecomunicações e as estradas. Em

média, o tempo de interrupção da eletricidade foi de 24 horas, contudo, passados cinco dias

das ocorrências alguns locais dos concelhos de Pombal, Montemor-o-Velho e Coimbra tinham

carência de eletricidade e cortes regulares nas telecomunicações e no abastecimento de

água.

Palavras-chave: temporal, perdas e danos, Portugal continental.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

227 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

EXTREMO CLIMÁTICO NO BAIXO CURSO DO RIO AQUIDAUANA-MS-BRASIL:

AMEAÇAS, VULNERABILIDADE E RISCOS SOCIOAMBIENTAIS

Elvira Fátima de Lima Fernandes

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Câmpus Aquidauana.

[email protected]

Vicentina Socorro da Anunciação

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Câmpus de Aquidauana.

[email protected]

Flávio Cabreira dos Santos

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Câmpus de Aquidauana.

[email protected]

RESUMO

O processo de uso e ocupação do espaço nas cidades está inerente aos episódios de

inundações urbanas, aspecto perceptível no contexto urbano de Anastácio e Aquidauana

situadas no baixo curso do rio Aquidauana. Toda variabilidade dos índices de precipitação

sobre tudo a distribuição temporal e intensidade, reflete no aumento da vazão das águas na

bacia hidrográfica do rio Aquidauana, resultando na elevação da descarga do canal,

revertendo a cota normal de 2,96 m para cota superior a 8,00 m, ocorrendo o extravasamento

do leito normal para a faixa de inundação da enchente. Este trabalho buscou a espacializar a

área de “Risco” na várzea do rio na malha urbana, entre os anos de 1976 a 2013, perpassando

pelo nível de detalhamento da vulnerabilidade que a população está exposta. O estudo

pautou-se em autores que tratam da temática sobre desastres ambientais e riscos,

levantamento de dados do Sistema de Monitoramento Hidrológico da ANA, levantamento in

loco sobre os aspectos histórico e socioeconômico dos moradores na área. Os resultados

apontam que a cidade de Aquidauana sob impactos de eventos climáticos extremos apresenta

intenso grau de vulnerabilidade, pois 40% das residências encontram-se em situação de risco

alto (R3) e risco médio (R2). O aumento nos casos de inundação nas duas cidades está

relacionado ao processo de ocupação da várzea do rio Aquidauana e eventos climáticos

extremos, repercutindo em transtornos vivenciados pela população.

Palavras-chave: Vulnerabilidade, Risco, Precipitações, Rio Aquidauana, Repercussões

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“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

228 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks

APLICAÇÃO DO PROCESSO DE ANÁLISE HIERÁRQUICA (AHP) NA AVALIAÇÃO

DAS CONSEQUÊNCIAS DE GALGAMENTO EM ZONAS PORTUÁRIAS –

CASO DE PONTA DELGADA, AÇORES

Joana Rodrigues

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

[email protected]

Pedro Poseiro

Laboratório Nacional de Engenharia Civil

[email protected]

Maria Teresa Reis

Laboratório Nacional de Engenharia Civil

[email protected]

Conceição Juana Fortes

Laboratório Nacional de Engenharia Civil

[email protected]

Francisco Taveira Pinto

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

[email protected]

RESUMO

Nos dias de hoje torna-se extremamente importante garantir a previsão e avaliação do risco

de galgamento das estruturas marítimas, uma vez que a este fenómeno se vêm associadas

graves consequências que implicam, além de perdas de bens materiais, também a perda de

vidas humanas. A aplicação de uma metodologia de previsão e avaliação do risco de

galgamento é essencial para a emissão de alertas e para um planeamento adequado de

intervenções por parte das entidades competentes no que diz respeito à identificação de

situações perigosas.

No presente trabalho descreve-se a aplicação de uma metodologia de avaliação do risco de

galgamento em zonas costeiras e portuárias ao porto de Ponta Delgada, Açores, dando-se

especial ênfase à avaliação das consequências da ocorrência de galgamentos não admissíveis,

baseada numa análise multicritério (Processo de Análise Hierárquica, AHP).

A avaliação do risco de galgamento inclui a avaliação da probabilidade de ocorrência de

galgamentos acima de um certo limiar predefinido, através da utilização da ferramenta

neuronal NN_Overtopping2, assim como a avaliação das consequências dessas ocorrências,

através da aplicação de um procedimento simplista de classificação das consequências em

termos de graus e de outra metodologia baseada numa análise multicritério, através do

Processo de Análise Hierárquica (AHP).

Os resultados da aplicação desta metodologia da avaliação do risco apresentam-se sob a

forma de mapas de risco. Estes mapas são importantes para o planeamento de operações,

adopção de medidas mitigadoras e de urgência, bem como para futuras intervenções no porto

de Ponta Delgada.

Palavras-chave: Risco, Galgamento, Inundação, Portos, Estruturas marítimas.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

229 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

A SECA COMO FATOR DE RISCO AMBIENTAL NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

Maria F.J.L. Ramalho

Departamento de Geografia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

[email protected]

António J. T. Guerra

Departamento de Geografia, Universidade Federal do Rio de Janeiro

[email protected]

RESUMO

As áreas de clima quente e seco como a do Semiárido Brasileiro são vulneráveis às estiagens

prolongadas e ao consequente impacto ambiental, com reflexo mais grave para o homem do

campo. A maior seca dos últimos trinta anos, como foi noticiado em 2013, causou relevante

repercussão nos reservatórios de água, a exemplo do histórico Açude de Poços, localizado no

município de Teixeira, no estado da Paraíba. Esse Açude, que ao longo de muitos anos resistiu

a outros eventos de seca, foi exaurido, ficando temporariamente sem funcionalidade com a

perda da água.

Este trabalho apresenta algumas considerações sobre o ambiente de impacto da seca onde se

insere o referido Açude - um reservatório de água entre outros do Semiárido afetado pela

estiagem. O objetivo da pesquisa nessa área-teste é analisar a convivência do homem com a

dinâmica natural, tendo em vista a imprevisibilidade do evento e o risco ambiental. Neste

sentido, com base no método empírico e utilizando dados bibliográficos, cartográficos, de

campo e de laboratório, atenta-se para os fatores de vulnerabilidade e potencialidade da

região, considerando a sazonalidade climática que caracteriza o Semiárido.

Palavras-chave: Semiárido Brasileiro, Sazonalidade Climática, Risco Ambiental.

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230 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks

AVALIAÇÃO DO RISCO DE GALGAMENTOS E INUNDAÇÃO:

INTEGRAÇÃO DE UM MÉTODO EXPEDITO DE INUNDAÇÃO

NO SISTEMA HIDRALERTA.

Pedro Poseiro

Laboratório Nacional de Engenharia Civil

[email protected]

Conceição Juana Fortes

Laboratório Nacional de Engenharia Civil

[email protected]

Maria Teresa Reis

Laboratório Nacional de Engenharia Civil

[email protected]

RESUMO

O HIDRALERTA é um sistema de previsão, alerta e avaliação do risco associado aos

galgamentos e inundação em zonas portuárias, tendo como ideia-base a utilização de

medições/previsões da agitação marítima nessas zonas, para calcular o galgamento e a

inundação nessas zonas. A avaliação do risco associado a estes fenómenos é efetuada através

da definição de limiares para os caudais galgados ou para as cotas de inundação não

admissíveis, e pelo produto do grau da probabilidade de ocorrência de valores desses caudais

pelo grau das consequências desses acontecimentos.

No sistema, o cálculo dos caudais médios galgados sobre uma estrutura é efetuado com

recurso a ferramentas neuronais (NN_Overtopping2) e/ou ferramentas empíricas, que são

métodos expeditos mas que não fornecem indicação sobre a distribuição espacial desse

caudal na zona atrás da estrutura.

Nesse sentido, nesta comunicação, é apresentada a integração do modelo TELEMAC no

sistema HIDRALERTA com o intuito de modelar o galgamento e a inundação na sua distribuição

espacial. Essa integração é efetuada pelo acoplamento entre TELEMAC e o NN_Overtopping2.

Uma vez conhecidas as áreas inundáveis e juntamente com a metodologia já desenvolvida

para obter o mapa de consequências através da aplicação do Processo de Análise Hierárquica

(AHP), é possível obter o mapa de risco, tendo em conta simultaneamente as áreas mais

facilmente galgadas/inundadas e o peso das atividades que se desenvolvem em cada uma

dessas áreas.

O caso de estudo localiza-se no porto e baia da Praia da Vitória, Ilha Terceira, Açores.

Palavras-chave: HIDRALERTA, Agitação marítima, Galgamento, Inundação, Risco.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

231 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos

OCORRÊNCIA DE EVENTOS EXTREMOS DE PRECIPITAÇÃO

EM CAMPINA GRANDE – PARAÍBA, BRASIL

Raimundo Mainar de Medeiros

Doutorando em Meteorologia –Universidade Federal de Campina Grande

[email protected]

Edicarlos Pereira de Sousa

Doutorando em Meteorologia – Universidade Federal de Campina Grande

[email protected]

Manoel Francisco Gomes Filho

Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Campina Grande

[email protected]

RESUMO

Os eventos extremos de precipitação, como as chuvas fortes e as secas prolongadas, têm sido

a causa de vários desastres naturais que provocam mortes e prejuízos para economia de uma

localidade. Procurou-se analisar a variabilidade das ocorrências de eventos extremos de

precipitação em Campina Grande - PB. Dados diários de precipitação pluviométrica que

compreende os anos de 1970 – 2010 foram fornecidos pela Agência Executiva de Gestão das

Águas do Estado da Paraíba (AESA). As análises dos dados de precipitação de cada ano foram

realizadas com a utilização do aplicativo Excel. Os eventos extremos analisados foram os de

maior intensidade de precipitação diária para cada ano de estudo. Os resultados mostraram

que houve mudança no comportamento das ocorrências de precipitação a partir do início da

década de 70 na área de estudo. Ocorreu intensificação na precipitação máxima anual

apresentando maior número de eventos com valores de precipitação superior a 80 mm. Não

houve relação direta entre a intensificação na precipitação e ocorrências com eventos de

ENOS. Porém, alguns anos apresentaram influência desses eventos. Eventos extremos de

precipitação foram mais evidentes entre os meses da estação chuvosa com 88% das

ocorrências e apenas 12% foram observados na estação seca.

Palavras-chave: ENOS, análise e variabilidade climáticas.

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Painel 3.3 Riscos ambientais e saúde

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

235 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde

ÁGUAS RESIDUAIS, LAMAS, COMPOSTO – SEUS EFEITOS NA SAÚDE HUMANA

Carla Caroça

Departamento de Geologia, CeGul, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Bolseira da Fundação Ciência e Tecnologia

[email protected]

RESUMO

As águas residuais e as lamas são produtos inevitáveis das Estações de Tratamento de Águas

Residuais (ETARs), provenientes de actividades antropogénicas, municipais, agrícolas e

industriais. O composto é um produto de valorização da lama através do processo de

compostagem (degradação da matéria orgânica na presença de oxigénio efectuada por

microorganismos: bactérias, fungos e vírus). A água residual apresenta-se sob a forma de

uma suspensão muito diluída de materiais diversos (incluindo microorganismos), com turbidez

acentuada, cor e cheiro característico. As lamas resultam essencialmente da acumulação de

produtos sólidos decantáveis, nos quais se encontram matéria mineral inerte, matéria

orgânica fermentável (formada por restos de plantas e de outros seres vivos ou

completamente decompostos e microorganismos (bactérias, vírus e parasitas). Estudos

revelam que por contacto, inalação e/ou ingestão destes resíduos provocam graves doenças,

tais como: tuberculose, alergias, gastroenterites, hepatites, cancros, deformações do feto,

problemas neurológicos,…, até mesmo a morte. A gestão dos resíduos associados ao ciclo

urbano da água deve ser feita respeitando os estudos multidisciplinares, de forma «a prevenir

ou a reduzir a produção de resíduos, o seu carácter nocivo e os impactes adversos

decorrentes da sua produção e gestão, bem como a diminuição dos impactes associados à

utilização dos recursos, de forma a melhorar a eficiência da sua utilização e a protecção do

ambiente e da saúde humana» (artigo 2º, Alteração ao DL nº178/2006, de 5 de Setembro, do

DL nº73/2011, de 17 de Junho).

Palavras-chave: água residual, lama, composto, saúde

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

236 | Panel 3.3 – Environmental risks and health

IMPACTES DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS

EM ESCOMBREIRAS DE CARVÃO ABANDONADAS

Carmen Ferreira

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade do Porto

[email protected]

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Francisco da Silva Costa

Departamento de Geografia e CEGOT, Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho

[email protected]

Maria Gouveia

Doutoranda, Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

A indústria mineira tem apreciáveis impactes ambientais. No caso das minas de carvão, os

resíduos resultantes da exploração – as escombreiras, podem originar contaminação de solos,

águas superficiais e aquíferos, constituindo um ponto importante de discussão na agenda

política das questões ambientais. Após o abandono da atividade mineira, as escombreiras vão-

se recobrindo de solo e de vegetação arbustiva e arbórea, que encobre os resíduos de carvão

que as constituem.

Analisam-se e comparam-se as situações ocorridas nas escombreiras das minas de S. Pedro da

Cova (Gondomar) e da mina da Bezerra (Porto de Mós), esta última integrada na área do

Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC). Estas escombreiras foram

encontradas em combustão lenta, após terem ocorrido incêndios florestais na área onde se

localizam. Da combustão lenta das escórias de carvão resultou o abatimento das

escombreiras, fumos, emissões de monóxido de carbono e anidridos sulfurosos e um cheiro

intenso a enxofre que se dispersou pelas localidades em questão, provocando mal-estar na

população. Referem-se as medidas de mitigação utilizadas na escombreira da Bezerra para

acabar com a combustão lenta e diminuir os impactes ambientais dessa situação. Em

contrapartida, as escombreiras de S. Pedro da Cova, apesar dos documentos legais que

impõem a adoção de medidas para superação do seu passivo ambiental, pouco ou nada se fez

até então.

Palavras-chave: Incêndios florestais, escombreiras de carvão, combustão lenta, degradação

ambiental.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

237 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde

AVALIAÇÃO DE CRITÉRIOS EPIDEMIOLÓGICOS

NA POPULAÇÃO PORTUGUESA

Cristina S.Pereira

CHUC-Centro Hospitalar Universitário de Coimbra

[email protected]

Carla G. Soares

IDEALMED-Unidade Hospitalar de Coimbra

[email protected]

J.V. Silva Pereira

Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração (ISCIA)

[email protected]

RESUMO

O sistema de vigilância epidemiológica tem por atribuiçãooferecer apoio laboratorial aos

diversos sistemas implementados por esse organismo. Este se dá pelo acompanhamento

sistemático de marcadores epidemiológicos de microrganismos e parasitas e mensuração de

marcadores biológicos que permitam detectar a contaminação humana por produtos químicos

existentes no ambiente. Toda a tecnologia é utilizada nos laboratórios públicos e privados do

sistema nacional de saúde,os quais executam exames para diagnóstico em situações especiais.

Assim este trabalho visa descrever as responsabilidades dos laboratórios integrados à

vigilância epidemiológica, sua importância na determinação de perigos para a saúde pública e

relacioná-los com a morbilidade, mortalidade ,estrutura demográfica e situação

socioeconómica da população.

Em termos metodológicos foram utilizadas revisões bibliográficas dos critérios de avaliação do

sistema epidemiológico em Portugal extraídas de publicações: periódicas, jornais, revistas

bem como de bases de dados nacionais e internacionais. Foram considerados nesta

metodologia todos os objectivos, obedecendo a diferentes versões aplicáveis, a todos os

casos e a todas as situações nacionais e regionais, adequados ao nosso sistema de saúde e

realizado a análise da informação obtida. Outra abordagem foi à avaliação da utilidade de

um sistema de vigilância.

Deste modo na avaliação epidemiológica foram identificados 8 atributos. Entre eles foram

considerados: sensibilidade, especificidade, representatividade, oportunidade e valor

preditivo positivo. Por outro lado, simplicidade, flexibilidade e aceitabilidade foram

considerados passíveis de avaliação subjectiva, o que torna difícil sua quantificação.

Palavras chave: Vigilância epidemiológica,Tecnologia laboratorial, Saúde pública.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

238 | Panel 3.3 – Environmental risks and health

PROPRIEDADES DO SOLO EM ÁREAS ARDIDAS VS. NÃO ARDIDAS

NO PARQUE NATURAL DE MONTESINHO, NORDESTE DE PORTUGAL

Felícia Fonseca

CIMO - Centro de Investigação de Montanha, Instituto Politécnico de Bragança (IPB)

[email protected]

Tomás de Figueiredo

CIMO - Centro de Investigação de Montanha, Instituto Politécnico de Bragança (IPB)

[email protected]

Micaela Leite

Engenheira do Ambiente

[email protected]

RESUMO

Os fogos de origem antropogénica em áreas de matos com a finalidade de obter melhores

pastagens para os animais, é uma prática relativamente comum na região de Trás-os-Montes,

Nordeste de Portugal. A extensão e duração dos efeitos do fogo nas propriedades do solo

dependem principalmente do comportamento do fogo e das condições climáticas

subsequentes à sua ocorrência. A fim de avaliar o efeito deste tipo de incêndios em

propriedades físicas e químicas do solo, 6 meses após a ocorrência do fogo, selecionaram-se

áreas ardidas e áreas não ardidas, em zonas adjacentes com condições edafo-climáticas e

vegetação idênticas, no Parque Natural de Montesinho, Nordeste de Portugal. As amostras de

vegetação arbustiva e herbácea bem como de horizonte orgânico foram colhidas numa área

de 0,49 m2 por cada ponto de amostragem (16 no total) e as amostras de solo nas

profundidades 0-5, 5-10, 10-15, 15-20 e 20-30 cm. A fim de reduzir o efeito da variabilidade

na comparação das áreas ardidas e não ardidas recorreu-se ao cálculo de índices de

enriquecimento (IE) através da razão: IE = valor da propriedade obtido na área ardida / valor

da propriedade obtido na área não ardida. Sempre que os IE são superiores à unidade significa

que ocorreu um enriquecimento da propriedade em análise na área ardida. Os resultados

mostram que o teor de elementos grosseiros, a porosidade e a permeabilidade diminuem após

fogo, a densidade aparente sofre um ligeiro aumento nas áreas ardidas, as classes de textura

mantêm-se inalteráveis. No que respeita às propriedades químicas, o teor de matéria

orgânica, o alumínio de troca e a capacidade de troca catiónica efetiva registaram aumentos

após fogo, verificando-se o contrário com o fósforo, as bases de troca, o grau de saturação de

bases e a condutividade elétrica. As condições climáticas após o fogo e o grau de severidade

do fogo explicam em parte as mudanças registadas nas propriedades do solo.

Palavras-chave: Vegetação arbustiva, fogo, propriedades do solo, Nordeste de Portugal.

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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

239 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde

MONITORING VEGETATION COVER EVOLUTION IN A SEMI ARID REGION

USING REMOTE SENSING AND GIS TOOLS (ZEKKARA, MOROCCO)

Jose Eduardo Rodríguez Juan

Laboratory of Geomatics, Heritage and Development

University Mohammed Premier Oujda (Morocco)

[email protected]

Abdelkader Sbaï

Laboratory of Geomatics, Heritage and Development

University Mohammed Premier Oujda (Morocco)

[email protected]

Abderrahmane El Harradji

Laboratory of Geomatics, Heritage and Development

University Mohammed Premier Oujda (Morocco)

[email protected]

ABSTRACT

Vegetation cover is one of the most important factors in soil protection against erosion and

degradation processes. Semi-arid climatic conditions in addition to human activities have

accelerated vegetation cover loss, land degradation and soil erosion processes in this area.

The vegetation density is a key indicator in environment change where ecosystems are being

severely degraded or at risk of being degraded. This study has analyzed the evolution of

vegetation cover in the Zekkara mountains situated in the northeast Morocco, using

multitemporal data of satellites through remote sensing. A methodology based on the

comparison between satellite images was adopted to establish a vegetation cover change

map. For this method, Landsat 5 TM and Landsat 7 ETM+ mosaic images acquired over the

region to calculate normalized difference vegetation index (NDVI) for different dates. The

comparative analysis of resulting maps remains a helpful document for decision makers to

take the preventive measures at least to decrease vegetation cover loss.

Keywords: vegetation cover changes, semi-arid, satellite images, NDVI, degradation.

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Guimarães, 5-7 of November of 2014

240 | Panel 3.3 – Environmental risks and health

EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO UM INSTRUMENTO PARA A PERCEPÇÃO

DE RISCOS E PREVENÇÃO DE DESASTRES NATURAIS BIOLÓGICOS

EM VIAGENS PARA A PRÁTICA DESPORTIVA

Joilma Nogueira do Espírito Santo

Universidade Federal Fluminense

[email protected]

Benedito Carlos Cordeiro

Universidade Federal Fluminense

[email protected]

Alcinéa Rodrigues Athanázio

Universidade Federal Fluminense

[email protected]

RESUMO

Introdução: nos últimos anos houve um aumento de casos de desastres no mundo. Ao levantar

o histórico de grandes ações voltadas para a percepção de riscos, é possível perceber que elas

só acontecem após a ocorrência de um grande desastre. Diante desta problemática, faz-se

necessário pensar na necessidade de Educação Permanente (EP) como um instrumento para a

percepção de riscos e prevenção de desastres naturais biológicos. Objetivos: apontar e relatar

a percepção que os professores de Educação Física (EF) do Instituto Federal Fluminense (IFF)

possuem sobre desastres naturais biológicos, Identificar e descrever os riscos de desastres

naturais biológicos encontrados em viagens para a prática desportiva, Implementar por meio

de Educação a Distância (EAD) a EP em desastres naturais biológicos para os professores de EF

do IFF, com base nos riscos encontrados em viagens para a prática desportiva. Método: a

pesquisa terá uma abordagem qualitativa do tipo pesquisa de campo, o tipo de estudo será o

descritivo e exploratório e será utilizado como técnica de coleta de dados a pesquisa

bibliográfica e a entrevista semiestruturada que será realizada com os professores de EF do

IFF, no ano de 2014, no Brasil. Resultado: Esta pesquisa almeja contribuir para o

enriquecimento da proposta de Educação Permanente em Saúde visando capacitar os

professores de EF para a percepção de riscos e prevenção de desastres naturais biológicos

relacionados às viagens para a prática desportiva.

Palavras-chave: desastres naturais, educação continuada, educação em desastres,

professores.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

241 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde

ELETROMAGNETIC FIELDS AND ENVIROMENTAL NOISE:

HUMAN HEALTH IMPACTS IN SERZEDELO, GUIMARÃES (PORTUGAL)

Juliana Araújo Alves

PhD Student at the Department of Geography, University of Minho

[email protected]

Lígia Maria Marques de Oliveira Torres Silva

School of Engineering, University of Minho

[email protected]

Paula Cristina Almeida Cadima Remoaldo

Institute of Social Sciences, University of Minho

[email protected]

ABSTRACT

The present paper investigates the risks that arise from exposure to noise from powerpoles

and powerlines in Serzedelo, in the municipality of Guimarães, in Portugal. The concept of

the adopted risk is comprised of the invisible risks from the impact of the exposure to noise

from powerpoles and powerlines. In this sense, it is a risk nature built and is comprised of a

system of risk that is inserted into a spatio-temporal context, and therefore, is liable to

suffer interference from other processes. This research focused on four guiding questions:

Can powerlines cause noise? Do powerlines cause discomfort? Do powerlines cause discomfort

due to noise? And can powerlines effect human health? Two groups were the basis of the

study: people that were exposed to electromagnetic waves and people that were not. The

research pointed to the harmful influence of the presence of powerlines and high-voltage

masts in residential areas and the damage to the cells in the human body. This type of

environmental noise, which has the spectral content of a low frequency, typically tonal noise

and a very high speed of propagation, is a complex source to explain in terms of the health

profiles of the human population living in Serzedelo, located in an area that is densely

occupied by high voltage powerlines and powerpoles.

Keywords: environmental noise, low frequency noise, electromagnetic fields, human health,

poles and powerlines.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

242 | Panel 3.3 – Environmental risks and health

CONFORTO TÉRMICO NA CONSTRUÇÃO DE AMBIENTES DE SAÚDE E SEGURANÇA:

REVISÃO DA LITERATURA

Mariana Morgado

DEGEI, Universidade de Aveiro

[email protected]

Leonor Teixeira

DEGEI – IEETA, Universidade de Aveiro

[email protected]

Mário Talaia

Departamento de Física, CIDTFF, Universidade de Aveiro

[email protected]

RESUMO

A sociedade atual fortemente afetada pela globalização é caracterizada pela crescente

preocupação com as gerações vindouras, nomeadamente no que diz respeito às questões

ambientais. Neste sentido, a comunidade científica, profissionais de várias áreas e diversos

grupos ambientalistas têm lutado para o desenvolvimento e criação de condições mais green

que contribuam para a sustentabilidade do planeta terra.

O estudo de maximização do conforto térmico de espaços, associado à necessidade de

redução de consumos energéticos, tem sido alvo de linhas de investigação nos mais variados

contextos, com o intuito de desenvolver soluções arquitetónicas que garantam a segurança, o

conforto e a saúde dos indivíduos. Para além disto, este tipo de estudos, geralmente

associados à ergonomia e saúde ocupacional, são fulcrais para que as pessoas que habitam um

determinado espaço se sintam bem e estejam providas de todas as condições de saúde e

segurança, tendo como base a compreensão das reações dos indivíduos, bem como a sua

adaptação às diferentes condições ambientais que circundam um determinado espaço

ocupacional.

Assim, pretende-se com este trabalho dar a conhecer o que tem sido desenvolvido ao nível do

estudo do conforto térmico em espaços fechados e não fechados, mostrando como é que os

indivíduos reagem e interagem termicamente com o ambiente que os rodeia, seja em

condições de conforto ou stress térmico.

Palavras-chave: Ambiente térmico, Conforto Térmico, Stress Térmico, Índices Térmicos

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

243 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde

A FORMAÇÃO DE CIDADÃOS ATRAVÉS DO USO E INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS:

RISCOS CONDICIONADOS PELA TEMPERATURA DO PONTO DE ORVALHO

Mário Talaia

Departamento de Física, CIDTFF, Universidade de Aveiro

[email protected]

Carla Vigário

Departamento de Educação, Universidade de Aveiro

[email protected]

RESUMO

A problemática das alterações climáticas orienta e justifica a implementação no ensino de

metodologias de ensino e aprendizagem inovadoras.

Um dos maiores desafios que a sociedade actual tem colocado aos educadores é o

desenvolvimento de competências nos alunos, futuros formadores.

Neste trabalho apresenta-se uma inovadora metodologia de ensino, onde os alunos

desenvolvem competências na interpretação do ar húmido partindo de imagens da formação

de uma gota de orvalho. O estudo começa usando algumas palavras acerca do fenómeno físico

(o aluno deve excluir e/ou acrescentar palavras), depois com as palavras seleccionadas, cada

aluno, constrói um mapa conceptual e responde a uma questão problema (neste caso, a

formação de orvalho).

Competências são desenvolvidas e cada aluno constrói o seu conhecimento numa base de

contexto real, numa dinâmica CTS-A e numa perspectiva de Ensino Por Pesquisa.

Posteriormente o aluno repete a fase inicial do estudo e corrige, adapta, apresenta,

interpreta através de imagens a formação de orvalho e a importância da temperatura do

ponto de orvalho.

A metodologia adoptada é avaliada, tendo por base os resultados obtidos pelos alunos –

eventuais futuros formadores.

Os resultados obtidos são reveladores da eficácia desta inovadora metodologia, e é esperado

que os alunos se tornem cidadãos que, mais tarde, possam interpretar fenómenos físicos

quando é envolvido ar húmido, como por exemplo o que suscita risco de incêndio florestal, de

saúde pública na presença de frente quente e frente fria.

Palavras-chave: Cidadania, ar húmido, protecção civil, fenómenos extremos, saúde publica.

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Painel 3.4 Riscos tecnológicos e desenvolvimento

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

247 | Painel 3.4 – Riscos tecnológicos e desenvolvimento

INOVAÇÃO NA GESTÃO PÚBLICA DOS RISCOS TECNOLÓGICOS

ORIUNDOS DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS NO BRASIL:

UM OLHAR A PARTIR DAS PRÁTICAS PARTICIPATIVAS

Delanney Vidal Di Maio Junior

Instituto de Aeronáutica e Espaço - IAE/DCTA

Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional pela UNITAU

[email protected]

Marilsa de Sá Rodrigues Tadeucci

Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Desenvolvimento Regional da UNITAU

[email protected]

Edson Aparecida de Araujo Querido Oliveira

Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA da UNITAU

[email protected]

RESUMO

Este artigo tem por objetivo apresentar exemplos de inovação na gestão dos riscos

tecnológicos. A partir da revisão teórica dos conceitos de perigo, risco, risco tecnológico,

inovação na gestão pública, participação cidadã e governança local, apoiado no método

bibliográfico e documental, contextualiza a Legislação que regula as atividades da indústria

de Petróleo e Gás no Brasil. Os temas abordados estão sistematizados para favorecer a

discussão sobre a limitação da Ciência para isoladamente equacionar problemas complexos

como o proposto, além de tipificar como inovação a participação cidadã das comunidades

potencialmente atingidas por estes riscos, que fortalece a governança local.

Palavras-chave: Gestão, Gestão Pública, Inovação, Risco Tecnológico.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

248 | Painel 3.4 – Technological risks and development

GUIAS METODOLÓGICOS: ELABORAÇÃO DO FATOR AMBIENTAL

ANÁLISE DE RISCOS EM ESTUDOS DE IMPACTE AMBIENTAL

Margarida Correia Marques

Unidade de Ambiente, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real

[email protected]

Cristina Sá

Unidade de Ambiente, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real

[email protected]

Sara Capela

UVW, Centro de Modelação de Sistemas Ambientais, Lda., Gafanha da Nazaré, Unidade de Ambiente,

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

[email protected]

Cristina Russo

Agência Portuguesa do Ambiente I.P. - Lisboa

[email protected]

RESUMO

Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) é encarada como um crucial instrumento de gestão

ambiental de apoio à decisão, no entanto, ainda ostenta uma relevância e complexidade no

seu processo (como sendo a não consideração dos riscos ambientais no seu procedimento) que

encaminha inevitavelmente a uma recorrente necessidade de aperfeiçoamento dos

procedimentos e elementos que a compõem. Deste modo, e perante a atual carência de uma

abordagem e apreciação mais expedita dos riscos ambientais, impôs-se a necessidade de

facultar, sob a forma de guias metodológicos setoriais, indicações, orientações e métodos de

aplicação que possibilitem reconhecer e definir a profundidade e a importância de uma

abordagem mais específica e homogénea da análise de riscos ambientais, passando a ser

parte integrante e fulcral de Estudos de Impacte Ambiental (EIA), bem como, de outros

documentos inerentes ao processo de AIA. O guia metodológico de apoio à elaboração da

análise de riscos ambientais em EIA de propostas de projetos 1) do setor das Pedreiras ou 2)

dos sectores industriais da Transformação e da Produção de Eletricidade de origem térmica,

convertem-se numa mais-valia no abreviar da subjetividade inerente ao processo de

elaboração, contribuindo ainda para a diminuição do tempo de análise e nos prazos a

cumprir. Desta forma amplia-se a qualidade dos EIA, tornando-os mais consistentes, mais

absolutos e mais rigorosos, limitando-lhes o tempo, o esforço e os encargos inerentes à sua

elaboração.

Palavras-chave: Análise de Riscos Ambientais, Estudo de Impacte Ambiental, Pedreiras,

Indústria do Sector da Transformação, Indústria do Sector da produção de Eletricidade de

origem térmica

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“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

249 | Painel 3.4 – Riscos tecnológicos e desenvolvimento

CONTROLE SOCIAL, GESTÃO SOCIAL E GOVERNANÇA LOCAL DOS RISCOS

TECNOLÓGICOS A PARTIR DA PARTICIPAÇÃO CIDADÃ

Quésia Postigo Kamimura

Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Desenvolvimento Regional da UNITAU

[email protected]

Edson Aparecida de Araujo Querido Oliveira

Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA da UNITAU

[email protected]

Delanney Vidal Di Maio Junior

Instituto de Aeronáutica e Espaço - IAE/DCTA

Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional pela UNITAU

[email protected]

RESUMO

Este artigo tem por objetivo evidenciar a desejável governança local dos riscos tecnológicos

consolidando-se a partir da participação cidadã das comunidades potencialmente atingidas.

Introduz-se o Estado Democrático de Direito, a prática participativa direta nas gestões

democráticas, o denominado “fenômeno da Democracia Participativa”. Apresenta-se uma

revisão teórica dos conceitos de controle social e gestão social, reafirma-se a presença dos

riscos tecnológicos tendo por base a tese da sociedade global do risco, proposta por Ulrich

Beck, apoiado no método da pesquisa bibliográfica exploratória, discute-se a governança

destes riscos sob a égide da participação cidadã e finalmente conclui-se que o

empoderamento das comunidades local se dá pelo exercício pleno da cidadania.

Palavras-chave: Gestão, Gestão Social, Governança Local, Risco Tecnológico.

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Painel 3.5 Riscos sociais no contexto de crise global

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

253 | Painel 3.5 – Riscos sociais no contexto de crise global

A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO:

RISCOS ÀS COMUNIDADES DIRETAMENTE ATINGIDAS EM CABROBÓ (PE)/BRASIL

André Tomé de Assis

Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais

[email protected]

Maria Aparecida dos Santos Tubaldini

Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais

[email protected]

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

A transposição do rio São Francisco é uma obra sob a responsabilidade do Ministério da

Integração do Brasil, que pretende diminuir os problemas da seca na região nordeste do país,

retirando água da bacia do rio São Francisco e a transportando por canais artificiais. A obra

tem sua previsão de inauguração para 2015, durante a realização das obras populações rurais

diversas, como indígenas, quilombolas e pequenos produtores familiares tiveram suas terras

cortadas pelas obras e reclamam das alterações causadas em seus espaços de vivência e do

risco de não terem acesso a água devido a especulação em torno da compra das terras por

pessoas de fora do lugar e a expectativa da implementação de empreendimentos agrícolas de

grande porte, além do receio de que uma grande obra de transposição possa fragilizar o rio

São Francisco. Baseando-se em outras transposições no mundo, na fenomenologia como

método e na perspectiva do lugar, é possivel inserir que esta obra de transposição carece de

dialógo entre a comunidade atingida e sua equipe gestora.

Palavras-chave: Transposição, Rio São Francisco, Lugar.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

254 | Panel 3.5 – Social risks in the context of the global crisis

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E RISCOS NATURAIS:

PROBLEMAS SOCIAIS RELACIONADOS À DESERTIFICAÇÃO

NO MUNICÍPIO DE CABACEIRAS-PB

Braulio José Carvalhal Luna

Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

[email protected]

Rômulo Lima Silva de Góis

Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Bolsista da CAPES nº 1471-13-9

[email protected]

João Vitor Gobis Verges

Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Bolsista da CAPES nº 9719-13-0

[email protected]

RESUMO

Existem inúmeros indícios de que a mudança climática a nível mundial se apresenta de forma

acelerada, fato que tem despertado o interesse da comunidade científica. Associada a essas

mudanças, e potencializado pelas ações antrópicas, acrescenta-se o constante aumento da

perda da qualidade produtiva dos solos pelo processo de desertificação. Exemplo desse

processo ocorre no Município de Cabaceiras-PB-Brasil, o que resulta em migração da

população rural para os grandes centros urbanos. Neste processo, a pesquisa objetivou

identificar os prolemas sociais da população agrícola, e como suas práticas tradicionais

agravam o processo de desertificação. Nesse contexto o trabalho tendo por base a pesquisa

bibliográfica e dados secundários, visa traçar parâmetros de discursão entre a desertificação

e os efeitos sob a população economicamente vulnerável. Observou-se que as queimadas

ainda constituem um processo no manejo dos recursos por parte dos agricultores, a

monocultura e a consequente perda da biodiversidade restringem a utilização do solo para

apenas um período do ano, tornando vulnerável nos demais períodos. A característica peculiar

do ambiente com uma variação pluviométrica anual irregular é o fator agravante, e novas

técnicas e alternativas ao uso do solo devem ser implementadas. Políticas públicas locais, que

possam designar partes territoriais através do ordenamento, visando entre outros fatores a

organização e distribuição do espaço é outro fator que deve ser implantado.

Palavras-chave: Desertificação, Mudanças Climáticas, Riscos Sociais.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

255 | Painel 3.5 – Riscos sociais no contexto de crise global

A POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA (PNMC-BRASIL) COMO FATOR

DE AGRAVAMENTO DE RISCOS SOCIAIS EM ASSENTAMENTOS RURAIS DE REFORMA

AGRÁRIA: O CASO DO PONTAL DO PARANAPANEMA-SP

João Vitor Gobis Verges

Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Bolsista da CAPES nº 9719-130

[email protected]

Braulio José Carvalhal Luna

Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

[email protected]

Rômulo Lima Silva de Góis

Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Bolsista da CAPES nº 1471-139

[email protected]

RESUMO

A partir do ano de 2009 se estabelece no Brasil a Política Nacional sobre Mudança do Clima

(PNMC). As diretivas gerais desta política designaram mecanismos territoriais de mitigação

das ações dos Gases de Efeito Estufa (GEE), sendo uma das normativas o plantio de cana-de-

açúcar em larga escala, visando a produção de etanol combustível. Neste contexto, este

trabalho evidencia como as diretivas gerais da PNMC se territorializaram na região do Pontal

do Paranapanema-SP-Brasil, ampliando os riscos de vulnerabilidade social dos assentamentos

rurais de reforma agrária. Para isso, realizou-se revisões bibliográficas e busca de dados

primários e secundários sobre o impacto da PNMC no Pontal. Desse modo, observou-se que a

partir de 2009 houve um aumento da produção de cana-de-açúcar na região baseado no

“lobby” sucroalcooleiro, fato que fortaleceu a atividade monocultora e impactou

negativamente os cultivos biológicos de alguns assentamentos, diminuindo a capacidade de

participação destas populações em políticas agrícolas e concatenando a diminuição da renda,

da produção e das condições de vida do campesinato. Este contexto forçou muitos dos

assentados a se deslocarem para outras atividades econômicas, trabalhando em condições de

precariedade nas usinas de açúcar e álcool ou em subempregos nas sedes urbanas dos

municípios.

Palavras-chave: Políticas Públicas, Alterações climáticas, Espaço agrário, Campesinato.

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Painel 3.6 Riscos dendrocaustológicos

(incêndios florestais)

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

259 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)

ANÁLISE DE VULNERABILIDADE A INCÊNDIOS FLORESTAIS

NA REGIÃO DO MINHO, PORTUGAL

António Bento-Gonçalves

Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho

[email protected]

António Vieira

Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho

[email protected]

Adélia Nunes

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Sandra Oliveira

NICIF, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Fernando Félix

NICIF, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

A análise da vulnerabilidade é uma componente fundamental da avaliação de risco de

incêndios, representando, em sentido lato, o potencial de perda de uma determinada área.

No âmbito do projeto Europeu PREFER, está a ser desenvolvido um modelo de análise de

vulnerabilidade para apoio à prevenção de incêndios na Europa Mediterrânea. A região do

Minho, pela pelas suas caraterísticas específicas e pela elevada incidência de incêndios

florestais, é uma das áreas de estudo do projeto.

A abordagem conceptual da vulnerabilidade engloba três componentes: exposição,

sensibilidade e capacidade de antecipação e resposta. Cada uma destas componentes foi,

primeiro, analisada individualmente, através da agregação de variáveis estatísticas,

cartográficas ou obtidas de imagens de satélite. Para além disso, foi também desenvolvido um

mapa de valor económico dos elementos expostos, baseado em custos de recuperação de

cobertura do solo e no preço dos alojamentos. O mapa de vulnerabilidade, resultante da

integração e ponderação das diferentes componentes, mostra variações espaciais expressivas

na região, indicando a necessidade de implementar medidas diversificadas para uma

prevenção de incêndios mais eficaz.

Palavras-chave: exposição, sensibilidade, valor económico, vulnerabilidade.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

260 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)

OPERAÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIOS NA INTERFACE URBANO FLORESTAL

Emanuel Sardo Fidalgo

Corpo de Bombeiros Voluntários de Baião

[email protected]

RESUMO

A problemática dos incêndios na interface urbano florestal (IUF) é transversal ao território

nacional, tendo como denominador comum a promiscuídade entre solo classificado como

urbano e florestal, ainda que apresente diferentes tipologias.

Na plena manifestação de um incêndio florestal num território caracterizado pela IUF, surgem

problemas ao nível da gestão da emergência, em virtude da multiplicidade de solicitações aos

meios de combate, com danos potenciais acrescidos uma vez que não se deparam apenas com

o fogo na floresta, mas também o seu avanço sobre infraestruturas, muitas delas habitações.

Deste modo, pretende-se caracterizar o tipo de abordagem dos meios de socorro nos

incêndios na IUF, nomeadamente Bombeiros. Actualmente, a intervenção num incêndio na

interface urbano florestal (IUF) é idêntica à que se implementa num incêndio florestal.

Importa por isso dotar os Bombeiros de conhecimento para que facilmente identifiquem

situações de IUF e consigam deste modo distinguir a elevada perigosidade que é intrinseca a

estes incêndios.

Assim, pretende-se identificar se à escala nacional os aspectos relacionados com o

planeamento (implementação de planos de prevenção e acção) e o modo de operação dos

meios de combate que condicionam o grau de protecção das populações. Será assim possível

avaliar o grau de sucesso das operações de combate pela sua eficiência, e não apenas pela

sua eficácia. É necessária uma metodologia de acção viável e adaptada à realidade nacional a

ser implementada pelos agentes de protecção civil, municípios e sociedade em geral

contribuindo para o conhecimento do perigo a que estão expostos e formando comunidades

mais resilientes.

Palavras-chave: Risco, interface urbano florestal (IUF), planeamento, combate.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

261 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)

MODELAÇÃO ESPACIAL DA SINUOSIDADE RODOVIÁRIA PARA

APOIO À DECISÃO NO ATAQUE INICIAL AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS.

ENSAIO METODOLÓGICO NA SERRA DA LOUSÃ

Fernando Félix

NICIF, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

Partindo da premissa que os incêndios florestais, apesar dos esforços para evitar o seu início,

continuarão a ocorrer em quantidade considerável, devem ser adotadas medidas que visem

não só dificultar a sua propagação, mas também que potenciem, por meio do combate, a sua

rápida extinção.

O combate aos incêndios florestais implica a deslocação de meios até ao ponto de ignição. A

história diz-nos que inicialmente os meios de combate eram puxados pelo homem, depois por

cavalos e, hoje, são-no por motores potentes, a maior parte deles destinados a circular por

estradas.

Ora, as estradas podem ser vistas numa dupla perspetiva. Por um lado “Roads are a

predominant feature across many forested landscapes and play a significant role in

influencing wildfire ignition and cessation” (G. NARAYANARAJ et al., 2012) e, por outra parte,

“The protection of the forest demands speed in putting out fires and speed in these days of

motor vehicles means roads” (C. J. BUCK, 1936). Pesando ambos os lados, a presença de

estradas pode contribuir para um aumento do risco de ignição de um incendio, mas a sua

presença também determina que a possibilidade de estes progredirem para grandes incêndios

florestais seja imensuravelmente menor (C. J. BUCK, 1936).

A dimensão da área ardida resultante de uma ignição está associada tanto às condições

climáticas, como às condicionantes geográficas em que ocorre, pelo que se torna crucial

proceder à modelação espacial dessas condições e condicionantes, não só para identificar

áreas criticas de risco elevado, mas também para planear os tempos de intervenção, onde o

destacamento de meios terrestres de combate para locais estratégicos de pré-posicionamento

é fundamental para uma resposta atempada. Com efeito, nas áreas de montanha o trajeto

define-se como sinuoso – traduzindo o somatório dos elementos geométricos que compõem as

estradas, curvas e retas, face à distância em linha reta. As curvas são, de facto, o fator que

mais limitações impõe à manutenção de uma velocidade de emergência, que se quer veloz,

uma vez que elas aumentam significativamente a distância entre os agentes de combate e o

ponto de ignição, que tendencialmente não se encontram próximos, contribuindo para que

este incêndio nascente evolua, progredindo pelas vertentes declivosas e vales encaixados

aumentado consideravelmente a área ardida antes da chegada dos meios de combate,

dificultandoassim as operações de primeira intervenção.

Palavras-chave: Incêndios florestais, ataque inicial, locais estratégicos de pré-

posicionamento, sinuosidade rodoviária.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

262 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)

TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO REGIONAL DOS GRANDES INCÊNDIOS

FLORESTAIS (≥100 HA) EM PORTUGAL CONTINENTAL,

NAS ÚLTIMAS TRÊS DÉCADAS

Flora Ferreira Leite

Bolseira FCT, CEGOT, Universidade do Minho

[email protected]

António Bento Gonçalves

Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho

[email protected]

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Adélia Nunes

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

António Vieira

Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho

[email protected]

RESUMO

Temos assistido, ao longo dos últimos anos, a uma nova realidade em Portugal, no que

respeita aos grandes incêndios florestais (≥100 ha).

Na última década registaram-se os incêndios florestais de maior dimensão no território

português (Ferreira-Leite et al., no prelo), apesar de não se ter registado a maior

percentagem de grandes incêndios florestais (0,7%), mas verificou-se - maior área ardida

(79%), o que significa que, em média, na última década, cada grande- incêndio- florestal

queimou mais do que os das décadas anteriores (672 ha). Isto resultou, por um lado, da

redução do número de grandes incêndios florestais ao longo dos anos e, por outro, do

aumento da área individual –percorrida pelos “grandes incêndios”.

Quando se analisa a distribuição espacial destes incêndios verifica-se que há distritos

especialmente suscetíveis à sua ocorrência e desenvolvimento. É neste sentido que nos

propomos analisar as tendências de evolução temporal, no período de 1980-2010, aplicando

para o efeito, os coeficientes de correlação de Pearson (rp) e de Spearman (rs) para duas

variáveis, número de ignições e área ardida.

Palavras-chave: Portugal, grandes incêndios florestais, tendências, evolução temporal.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

263 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)

MEDIDAS MITIGADORAS DE EMERGÊNCIA,

PARA PROTEÇÃO E FERTILIZAÇÃO DOS SOLOS RECENTEMENTE ARDIDOS,

APLICANDO RESÍDUOS TÊXTEIS BIODEGRADÁVEIS

José Salgado

Núcleo de Investigação em Geografia e Planeamento, Universidade do Minho

[email protected]

António Bento-Gonçalves

Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho

[email protected]

António Vieira

Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho

[email protected]

RESUMO

Atualmente, no Mediterrâneo, verificam-se mudanças no regime de fogo, as quais podem

intensificar as alterações das propriedades físicas e químicas dos solos.

Em termos físicos os "novos" regimes de fogo podem originar a modificação dos processos

geomorfológicos, fomentando uma maior desagregação dos materiais e consequentemente

aumentando a erosão da camada superior dos solos, onde se localizam, na maioria dos solos

portugueses, os únicos nutrientes existentes (Ferreira-Leite et al., 2011, Mataix-Solera et al.,

2011, Shakesby, 2011). É por isso necessário o desenvolvimento e implementação de medidas

que promovam a redução destes impactes, as quais deverão integrar as estratégias de defesa

e recuperação da floresta e do solo (Robichaud et al, 2008, Robichaud, 2009, Ferreira, et al.,

2010, Bento-Gonçalves et al., 2012).

As empresas do Ave(NW de Portugal) enviam anualmente para os aterros sanitários milhares

de toneladas de resíduos, o que, implicando elevados custos económicos, aumenta a sua

debilidade competitiva. Segundo Silva (2009) é possível através de um processo de

compostagem produzir um composto protetor e fertilizante para os solos, baseado em

resíduos têxteis biodegradáveis. Tejada et al., (2003) testou, em campos de milho, um

composto semelhante, preparado com resíduos de algodão, obtendo resultados positivos.

Além da mais-valia para os solos, este permitirá, em simultâneo, reduzir o custo de produção

de empresas do Vale do Ave.

Assim, pretendemos estudar a eficácia destas medidas inovadoras, as suas vantagens e

eventuais impactes negativos que a sua aplicação poderá ter nos solos e na redução da erosão

física. Para tal, iremos testar, à escala da parcela, medidas mitigadoras e inovadoras de

emergência, para proteção dos solos recentemente ardidos, aplicando para o efeito resíduos

têxteis biodegradáveis (industriais) em composto com palha ou caruma.

Palavras-chave: Incêndios florestais, erosão, resíduos industriais, compostagem, mitigação.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

264 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)

EL PAPEL DE LOS INCENDIOS EN LA CONFIGURACIÓN DEL PAISAJE VEGETAL

DE LA CORDILLERA CANTÁBRICA Y PIRINEO ORIENTAL.

PRIMEROS RESULTADOS DE UN ESTUDIO COMPARADO

Juan Carlos García Codron

Depto de Geografía, Urbanismo y Ordenación del Territorio, Universidad de Cantabria

[email protected]

Maria Barrachina1, Virginia Carracedo2, Carmen Ceballos2, Raquel Cunill1,

Concepción Diego2, Ignacio García Amorena1, Carolina Garmendia2, David Molina1,

Jordi Nadal1, Joan Nunes1, Albert Pèlachs1, Aaron Pérez1, Ramon Pérez-Obiol2,

Leonor de la Puente Fernández1, Domingo Rasilla2, Joan Maria Roure1,

Joan Manuel Soriano1, Maria Victoria Rivas2, Iago Vázquez2

1sub-grupo GRAMP-FOC, Depto de Geografía, Universitat Autónoma de Barcelona 2sub-grupo FUEMONT, Depto de Geografía, Urbanismo y Ordenación del Territorio,

Universidad de Cantabria

RESUMEN

Los paisajes de la Cordillera Cantábrica y del Pirineo Oriental son el resultado de un complejo

de interacciones ancestrales entre la sociedad rural y el medio natural en los cuales el fuego

ha desempeñado un papel esencial. La combinación de fuentes de información ambiental

(procedentes de testigos sedimentarios extraídos de turberas) con fuentes de información

histórica (documentales escritas y gráficas) recurriendo tanto a técnicas analíticas (carbones

sedimentarios, palinología, macrorrestos vegetales y análisis de metales pesados para los

últimos 7000 años) como a la documentación contenida en los archivos (desde la Edad Media),

hemeroteca (a partir del siglo XIX) y en bases históricas de datos de incendios (de mediados

del siglo XIX hacia adelante) son la base de esta investigación comparada.

En esta comunicación se presentan los primeros resultados obtenidos en el marco del

proyecto interdisciplinar “Geografía histórica de los incendios y su causalidad en la Montaña

Cantábrica y Pirineo. Estudio comparado a partir de fuentes paleoambientales y

documentales”. La información obtenida, que gracias a su resolución permite analizar etapas

de particular interés cultural como el Neolítico, el Bronce/Hierro, la Romanización o los

diferentes periodos de la Edad Media o Moderna, prueba que los incendios asociados a las

prácticas agrarias han sido una constante desde la prehistoria y permite demostrar su relación

con la evolución del paisaje y de la cubierta vegetal de ambas regiones.

Palabras clave: incendio, montaña, paisaje, fuentes paleoambientales, fuentes

documentales.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

265 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)

A ATIVIDADE CINEGÉTICA E OS INCÊNDIOS FLORESTAIS

Ricardo Manuel da Costa Rodrigues

Departamento de Geografia, Universidade do Minho

[email protected]

António Bento-Gonçalves

Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho

[email protected]

RESUMO

O homem sempre foi, por natureza, um caçador nato. O ato de caçar terá sido, em tempos

ancestrais, uma das atividades fundamentais da nossa espécie, consistindo na simples captura

de exemplares da fauna bravia, tendo em vista, fundamentalmente, a alimentação, o

vestuário e a defesa do grupo. Atualmente a caça passou encarada como um desporto e não

como necessidade.

Após a queda do regime, com a revolução de 25 de Abril de 1974, terminaram as coutadas e

instaurou-se no nosso país o regime livre. Em 1986, entra em vigor a lei n.º 30/86 e voltamos

a um regime misto, terrenos de caça condicionados e terrenos livres, e pela primeira vez se

torna obrigatório efetuar um exame para a obtenção de carta de caçador. Estas alterações

legislativas conduzem a revoltas levadas a cabo pelos caçadores.

A atividade cinegética, desporto praticado ao ar livre e principalmente em espaços silvestres,

pode ser geradora de inúmeros conflitos e tem sido apontada, especialmente no distrito de

Braga, como responsável pela ocorrência de incêndios florestais. Com efeito, na Codificação e

definição das categorias das causas dos Incêndios Florestais a caça aparece quer nas causas

relacionadas com o uso do fogo (causa 126 - penetração em áreas de caça) quer nas

Estruturais (31 - conflitos de caça).

Assim, com esta comunicação pretende-se apresentar e discutir a relação entre a caça e os

incêndios florestais, nas suas múltiplas vertentes, no distrito de Braga.

Palavras-chave: Caça, incêndios florestais.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

266 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)

TEOR DE MATÉRIA ORGÂNICA EM SOLOS ARDIDOS E NÃO ARDIDOS,

NA SERRA DA PENHA (GUIMARÃES)

Rúben Torres

Departamento de Geografia, Instituto de Ciências Socias da Universidade do Minho

[email protected]

José Manuel Rocha

Departamento de Geografia, Instituto de Ciências Socias da Universidade do Minho

[email protected]

RESUMO

O estudo dos diferentes tipos e horizontes do solo é importante para compreender os efeitos

do fogo sobre o solo, efeitos esses, que provocam alterações químicas e físicas nas

propriedades dos mesmos com especial incidência para o horizonte A.

Assim, além das alterações químicas e físicas dos solos é também importante compreender as

consequências da intensidade e severidade dos mesmos, o impacto das cinzas nos solos e as

possíveis consequências hidrológicas e erosivas após o fogo.

O caso de estudo vai incidir na Serra da Penha, portanto intentámos à caracterização desta, a

qual sustenta-se numa concepção da geologia (litologia), do clima tendo por base dados

médios mensais da temperatura e precipitação e do relevo que é elaborada com base na

hipsometria, exposição e declive do local de estudo.

Através das amostras de solo, pretende-se conhecer os efeitos dos fogos florestais na Penha,

as alterações que provocam no solo, tentando compreender como o ecossistema local se

desenvolve posteriormente ao ser afectado pelo fogo e assim perceber o teor de matéria

orgânica presente no mesmo.

Palavras-chave: solo, fogo, incêndio florestal, matéria orgânica, Serra da Penha.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

267 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)

ANÁLISE DE 30 ANOS DE CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS COM VISTA À CRIAÇÃO

DE UM MODELO EXPLICATIVO DA DIMENSÃO DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS

Sofia Bernardino

NICIF, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

Ao longo dos últimos quarenta anos, tem-se vindo a observar em Portugal Continental um

aumento significativo do número de incêndios florestais, bem como da dimensão das

áreas ardidas. Apesar desse progressivo aumento, década após década, verifica-se, no

entanto, que existem diferenças anuais significativas, particularmente com uns anos a

apresentarem valores muito elevados de ocorrências e de áreas ardidas, em detrimento

de outros, com valores bastante mais reduzidos. Tais diferenças vão ser igualmente

significativas em termos mensais.

Apesar da génese dos incêndios florestais ser, na sua esmagadora maioria, devida a causas de

natureza antrópica, pois “o desenvolvimento espontâneo do fogo, embora possível, é raro”

(F. REBELO, 2003:15), são as condições meteorológicas, aliadas à topografia e aos

combustíveis, que adquirem maior influência no comportamento dos incêndios, mormente nas

regiões de clima mediterrâneo, como é o caso da generalidade do território continental,

acabando por determinar as características dos incêndios florestais e estando na origem de

tais diferenças anuais.

Neste seguimento, pretende-se perceber e justificar a origem destas diferenças, através de

uma análise de variáveis meteorológicas determinantes para a ocorrência e propagação dos

incêndios florestais, designadamente os valores da precipitação, temperatura e humidade

relativa do ar, bem como de eventos extremos, tais como secas ou ondas de calor e, ainda, a

influência da NAO (North Atlantic Oscillantion), com o principal objetivo de criar um modelo

explicativo da dimensão das áreas ardidas, aplicável ao planeamento e gestão do dispositivo

de combate aos incêndios florestais.

O estudo recai sobre a área territorial correspondente ao distrito de Coimbra e o período de

análise de dados compreende uma série de 30 anos, de 1981 a 2010.

A metodologia utilizada baseia-se na aplicação de métodos estatísticos, nomeadamente

com vista ao estabelecimento de correlações, simples e múltiplas, análise de variância e

análise de tendências.

Palavras-chave: Incêndios florestais, variáveis meteorológicas, eventos extremos, modelo

explicativo da dimensão das áreas ardidas, distrito de Coimbra.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

268 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)

OCORRÊNCIAS DE INCÊNDIOS FLORESTAIS

EM PORTUGAL CONTINENTAL FORA DO PERÍODO CRÍTICO:

CAUSAS, EVOLUÇÃO TEMPORAL E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL

Sofia Fernandes

NICIF, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Luciano Lourenço

Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

Em vastas regiões do globo perdem-se diariamente, durante a época estival, vários hectares

de floresta e mato, devido a incêndios florestais, que se apresentam como um verdadeiro

flagelo, pois, além de destruírem o ambiente físico, colocam em risco pessoas e bens,

designadamente habitações, razão pela qual constituem, muitas vezes nesta estação do ano,

o principal tema de abertura dos meios de comunicação social (nacionais e internacionais).

Ora, Portugal tem sido um dos países do sul da Europa que mais sofre com os incêndios

florestais, apesar de possuir uma legislação que define um período crítico, onde prevalecem

medidas especiais de prevenção contra incêndios florestais, fixado de 1 julho a 30 setembro,

pelo art.º 3.º do Dec.-Lei n.º 156/2004, de 30 de junho, podendo este período ser antecipado

ou retardado mediante portaria do Governo.

Embora sejam mais frequentes durante este período crítico e, em particular, no Verão, os

incêndios florestais podem ocorrer em qualquer época do ano, desde que se reúnam

condições favoráveis, pelo que, muitas vezes, alguns dos que ocorrem fora do período crítico

não deixam de ser importantes e preocupantes.

Por isso, o presente estudo pretende refletir sobre os incêndios florestais que, entre 1981 e 2012,

ocorreram de Outubro a Junho, procurando-se investigar, para melhor conhecer e mais facilmente

prevenir, os que ocorrem num período em que o assunto é pouco debatido, procedendo-se à

análise tanto das causas desses incêndios, como das condições sinópticas em que ocorreram, e

ainda ao modo como evoluíram e como se distribuíram nos territórios do continente.

Palavras-chave: incêndios florestais fora do período crítico, causalidade, climatologia.

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Painel 4 Aplicação do planeamento/

planejamento e ordenamento do território à gestão de riscos

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

271 | Painel 4 –Aplicação do planeamento/ planejamento e ordenamento do território à gestão de riscos

AVALIAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS NO APOIO AO PLANEAMENTO

E GESTÃO FLORESTAL: RECUPERAÇÃO DA ÁREA ARDIDA

NO BALDIO DE MOIMENTA - CABECEIRAS DE BASTO

Ana Leite

Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, Instituto Politécnico de Viana do Castelo

[email protected]

RESUMO

A presente comunicação centra-se num estudo de planeamento e gestão sustentável dos

espaços florestais. Numa primeira fase, a investigação assume um carácter crítico acerca das

problemáticas inerentes às alterações climáticas, suas consequências e enquadramento

legislativo associado, numa segunda fase, inclui a realização de um Plano de Gestão Florestal

numa área reconhecida como terreno baldio (131,44 ha), localizado em Moimenta –

Cabeceiras de Basto e com o histórico resumido a inúmeros incêndios.

Assim estudou-se a perigosidade da área acerca da ocorrência de incêndios, movimentação de

vertentes e erosão hídrica, constituindo ferramentas de trabalho, os sistemas de informação

geográfica. A análise das cartas finais de risco de incêndio, movimentação de vertentes e

erosão hídrica permitiram tirar conclusões acerca da perigosidade da área e, assim, justificar

as medidas aplicadas no PGF.

Os resultados indicam que se verifica uma falha na gestão sustentável da floresta, tratando-se

de uma negligência do Estado. Tal afirmação comprova-se no estudo, pois na área em estudo

foram implementadas medidas que promovem atividades lúdicas, rentáveis para o Estado e

que a salvaguardam de fenómenos naturais nefastos.

Em suma, considera-se que seria imprescindível que o Estado criasse um programa

qualitativo de ordenamento do território e um planeamento florestal capaz de promover

atividades integradas no uso múltiplo da floresta, desenvolvendo ainda uma

consciencialização ambiental.

Palavras-chave: Alterações Climáticas, Ação Antrópica, Fenómenos Naturais, Planos

Organizacionais, Ordenamento do Território.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

272 | Panel 4 –Application of spatial planning to risk management

ANÁLISE DE SUSCEPTIBILIDADES E O ORDENAMENTO

DO TERRITÓRIO À ESCALA MUNICIPAL –

APLICAÇÃO AOS CONCELHOS DE ARRUDA DOS VINHOS E VILA FRANCA DE XIRA

Inês Bruno

Instituto Superior de Educação e Ciências

[email protected]

Henrique Vicêncio

Instituto Superior de Educação e Ciências

[email protected]

RESUMO

Cada vez com maior frequência se ouve relatar a ocorrência de fenómenos perigosos que

provocam danos sociais e económicos. Em parte, tal facto deve-se ao acréscimo da frequência

e da intensidade de alguns fenómenos naturais extremos, nomeadamente cheias rápidas,

secas e incêndios florestais. Conjugado com esta realidade, o aumento da exposição das

populações a estes fenómenos revela a importância do ordenamento do território na gestão

da interação homem/espaço natural através da organização espacial das atividades humanas.

Apresenta-se uma metodologia que, em função dos riscos e das suscetibilidades presentes

numa área geográfica, permite identificar a melhor localização para a ocupação humana do

território tendo em vista a segurança de pessoas, bens e ambiente. Após a sua aplicação aos

concelhos de Arruda dos Vinhos e Vila Franca de Xira, verifica-se a existência de 1.722 e de

34.407 edifícios localizados em áreas com restrições na ocupação do solo. Por outro lado, a

superfície sujeita a interdições ou condicionalismos nestes concelhos representa cerca de 47%

e 93% respetivamente.

Palavras-chave: Ordenamento do Território, Suscetibilidades, Riscos.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

273 | Painel 4 –Aplicação do planeamento/ planejamento e ordenamento do território à gestão de riscos

ANÁLISE DE RISCOS E A INSTALAÇÃO DE UMA ZONA EMPRESARIAL

NO INTERIOR DE PORTUGAL

Margarida Correia Marques

Unidade de Ambiente, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real

[email protected]

Cristina Sá

Unidade de Ambiente, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real

[email protected]

Cristiana Rodrigues

Unidade de Ambiente, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real

[email protected]

Ana Margarida Mascarenhas

Unidade de Ambiente, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real

[email protected]

RESUMO

Os riscos afiguram-se como uma área de progressiva dinâmica pela crescente

consciencialização da sua presença e dos seus efeitos por parte da sociedade e,

concomitantemente, com a sentida necessidade de dar combate, simultaneamente, quer aos

fatores naturais, quer aos fatores relacionados à técnica e à organização, no sentido de se

prosseguir uma gestão sustentada do território. O enquadramento geográfico de

estabelecimentos industriais pode definir a vulnerabilidade do meio aos riscos tecnológicos e

o grau de desenvolvimento que o seu estudo terá de atingir, no que diz respeito à avaliação

quantitativa de riscos. Durante a construção, exploração e desativação de um

estabelecimento industrial podem ocorrer acidentes graves com consequências profundas ao

nível do ambiente, da população e do património local, surgindo assim a necessidade de

realizar uma avaliação do risco potencial. Neste contexto e no âmbito de um Projeto Regional

de Desenvolvimento Integrado em que está prevista a instalação de uma zona empresarial

onde irá ser construída uma metalomecânica e uma agro-indústria, pretendeu-se inventariar

as manifestações dos processos perigosos, descrevê-los e compreendê-los no seu

funcionamento. Adicionalmente objetivou-se a construção de modelos que permitam analisar,

avaliar e gerir os riscos presentes no território que abrange os concelhos de Moimenta da

Beira, Sernancelhe, Vila Nova de Paiva, Tarouca, Castro Daire, Satão e Aguiar da Beira.

Palavras-chave: Análise de Riscos Ambientais, Zona Empresarial, Metalomecânica, Agro-

indústria

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Painel 5 Análise e Prevenção de Riscos nas

Organizações de Defesa/Proteção Civil

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“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

277 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil

RISCOS NATURAIS E TECNOLÓGICOS NO CONCELHO DE MIRANDA DO CORVO

Cláudio Pereira

XLGEO – Sistemas de Informação e Geociências, Lda

[email protected]

Alexandre Oliveira Tavares

Centro de Estudos Sociais e Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

As estratégias de gestão do risco vêm consolidando o espaço de intervenção municipal. Este

enquadramento fundamenta a abordagem aos riscos naturais e tecnológicos no município de

Miranda do Corvo.

Do ponto de vista metodológico a comunicação está organizada em dois grupos temáticos. O

primeiro consistiu no levantamento e caracterização dos processos naturais e tecnológicos de

perigo no município. Para suportar esta análise fez-se o levantamento de quatro bases de

dados distintas, dos Bombeiros de Miranda do Corvo, do CDOS Coimbra, da AFN e da ANSR.

Ulteriormente fez-se o levantamento de campo com identificação dos locais, num total de

2242 ocorrências.

Os resultados salientaram os incêndios florestais e os acidentes rodoviários, como os

processos que apresentam maior número de ocorrências, seguidos das quedas de árvores,

inundações, incêndios urbanos, os movimentos de massa e dos acidentes tecnológicos.

Foi elaborada uma cartografia municipal inédita de ocorrências, com a espacialização dos

processos perigosos no concelho, e as zonas de maior incidência.

O segundo foco de análise consistiu na caracterização do grau de risco, aplicando duas

metodologias de avaliação do risco: a junção da metodologia usada pela ANPC com a da

Universidade de Western Sydney designada de OHS, e a utilizada pela FEMA e designada de

OEM.

Os resultados obtidos pelas metodologias fizeram realçar a importância dos riscos associados

aos incêndios florestais e acidentes rodoviários em Miranda do Corvo.

Mostra-se assim a importância de uma avaliação multirrisco à escala municipal, assim como

de se estabelecerem acções ou planos específicos ou especiais de emergência.

Palavras-chave: Miranda do Corvo, Ocorrências, Análise do Risco, Riscos Naturais, Riscos

Tecnológicos.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

278 | Panel 5 – Analysis and Prevention of Risks in Civil Protection/Defense Organizations

O RISCO DE STRESS DURANTE OS TURNOS NA POLÍCIA MUNICIPAL

Iolanda Braga Pereira

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal

[email protected]

Cristina Queirós

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal

[email protected]

António Leitão da Silva

Polícia Municipal do Porto, Portugal

[email protected]

RESUMO

A European Agency for Safety and Health at Work, definiu em como prioridades na segurança

e saúde ocupacional os riscos psicossociais e o stress no trabalho. A atividade policial é

considerada stressante, tendo consequências para a saúde e bem-estar psicológico dos

polícias (Lucas et al., 2012, Rakhase, 2014, Solana et al., 2013), nomeadamente a

agressividade, pois sob stress os indivíduos avaliam as situações como ameaça (Griffin &

Bernard, 2003, Neely & Cleveland, 2012, Queirós et al, 2013). Para melhor se compreender o

stress no trabalho, efetuam-se recolhas de dados diárias (Adams et al., 2014, Oerlemans &

Bakker, 2014). Este estudo identificou os níveis de stress ao longo de duas semanas,

comparando início e fim do turno num grupo de 80 polícias e 31 fiscais da Policia Municipal do

Porto (86% homens, média idade= 45,6 anos) num total de 70 participantes e 540 registos.

Através de um código individual responderam a 4 questões sobre sintomas físicos e

psicológicos de stress (tensão muscular, cansaço físico ou dores no corpo, dificuldade em

raciocinar, irritação, stress ou nervosismo) usadas já em bombeiros (Gomes et al., 2012, alfa

= 0.89 e significativamente correlacionadas). Encontraram-se diferenças significativas nas 4

questões, com o fim do turno a ter médias superiores ao longo das duas semanas. Não existem

diferenças em função de variáveis individuais nem ao longo dos dias, sugerindo um estado de

stress crónico que pode transformar-se em burnout (Maslach, 2011).

Palavras-chave: Stress, Polícias, Fiscais, Estudos diários, Riscos psicossociais.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

279 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil

PREDITORES DO STRESS EM BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS:

PERSONALIDADE E MOTIVAÇÃO PARA O TRABALHO

José Carlos Rego

Bombeiros Voluntários da Lixa

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

José Campos

Bombeiros Voluntários da Lixa

[email protected]

Sérgio Fonseca

Bombeiros Voluntários de Valongo

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

Rita Madureira

Bombeiros Voluntários de Ermesinde

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

Cristina Queirós

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

RESUMO

O stress relacionado com a atividade dos bombeiros é reconhecido como frequente e

transversal a diferentes países (Malek et al., 2010).Tentando conhecer melhor e prevenir o

stress no trabalho, alguns estudos têm identificado traços de personalidade (Nower et al.,

2004, Roberti, 2004) e a falta de motivação para o trabalho (Coetzee & Villiers, 2010, Padula

et al., 2012) como preditores de stress, bem como algumas características individuais como

idade, sexo, experiência profissional, estado civil ou habilitações literárias (Vanagas et al.,

2004). Neste estudo foram inquiridos 155 bombeiros voluntários da zona do Porto (79%

homens, 45% solteiros, 45% com o 9º ano, média de idade = 33,1 e média de anos de serviço =

12,1 anos) a quem foram aplicados os questionários EADS (Pais-Ribeiro et al., 2004), UWES-9

(Schaufeli et al., 2006) e BSSS (Hoyle et al., 2002). Encontraram-se baixos níveis de stress,

elevada motivação para o trabalho e a presença do traço de personalidade procura de

sensações. Como principal preditor do stress surgiu a personalidade e a tendência para a

ansiedade (a preverem respetivamente 14% e 50% do stress), sugerindo a importância de se

conhecer o perfil individual de personalidade que melhor permita a cada bombeiro enfrentar

o stress (Shantz, 2000), tal como sugerido já desde a década de 70 por alguns autores (Brown

& Stickford, 2007, Lemon & Hermiston, 1977) ou noutras profissões que implicam lidar com

sofrimento humano (Gramstad et al., 2013).

Palavras-chave: Stress, Bombeiros, Preditores, Personalidade, Motivação.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

280 | Panel 5 – Analysis and Prevention of Risks in Civil Protection/Defense Organizations

SATISFAÇÃO NO TRABALHO DOS BOMBEIROS:

A INFLUÊNCIA DAS EMOÇÕES E DO COPING

Natália Vara

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Bragança

[email protected]

Sónia Gonçalves

Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares de Almada, Instituto Piaget

[email protected]

Cristina Queirós

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

RESUMO

Os bombeiros lidam com situações stressantes, vivendo emoções negativas que podem

prejudicar a capacidade de trabalho (Zapf & Hotz, 2006). O stress, a insatisfação com o

trabalho e pobres estratégias de coping podem provocar desconforto emocional, aumentando

o risco de problemas psicológicos e de saúde dos bombeiros (Martins, 2004). Tentou-se, em

505 bombeiros voluntários e profissionais portugueses, compreender a influência das emoções

expressas no trabalho sobre a satisfação e perceber se esta é mediada pelas estratégias de

coping. Foram utilizados os questionários Brief COPE (Carver, 1997), FEWS (Zapf et al., 1999)

e QST (Pais-Ribeiro, 2008). Encontraram-se elevados valores de satisfação profissional,

expressão de emoções positivas e utilização de coping focado no problema. A satisfação é

explicada por 5% das emoções positivas enquanto o coping focado no problema explica apenas

1%, não existindo mediação do coping na influência das emoções na satisfação. Os estudos

alertam para a influência das emoções positivas na satisfação com o trabalho (Côté & Morgan,

2002) e para a o uso de estratégias de coping adequadas para gerir o stress (Millen, 2009).

Poderá ser importante incluir na formação dos bombeiros conteúdos sobre gestão do stress e

regulação das emoções, bem como criar nos corpos de bombeiros equipas de suporte de pares

(ex: modelo CISM) que previnam o trauma, a insatisfação com o trabalho e o stress, num ano

em que os riscos psicossociais no trabalho são valorizados.

Palavras-chave: Stress, Bombeiros, Satisfação no trabalho, emoções, Coping.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

281 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil

STRESS, DEPRESSÃO, ANSIEDADE E MOTIVAÇÃO

PARA O TRABALHO EM BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS

Rita Madureira

Bombeiros Voluntários de Ermesinde

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

Emanuel Santos

Bombeiros Voluntários de Ermesinde

[email protected]

Sérgio Fonseca

Bombeiros Voluntários de Valongo

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

José Carlos Rego

Bombeiros Voluntários da Lixa

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

Cristina Queirós

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

RESUMO

Atualmente a depressão e a ansiedade atingem entre 13% e 29% da população (Michael et al.,

2007, Bromet et al., 2011) enquanto o stress no trabalho afeta 20% dos trabalhadores

(European Foundation for the Improvement of Living and Working Conditions, 2007). Estudos

recentes mostram que os bombeiros estão vulneráveis ao stress no trabalho e trauma (Cook &

Mitchell, 2013), sobretudo se tiverem estado implicados em situações críticas (Graveling &

Crawford, 2010). A motivação para o trabalho correlaciona-se negativamente com o stress,

depressão e ansiedade (Schaufeli et al., 2008), parecendo ser um fator protetor. Num grupo

de 137 bombeiros voluntários da zona do Porto (80% homens, média de idade = 32,6 e de

experiência = 11,8 anos) foram identificados os níveis de stress, ansiedade, depressão e

motivação no trabalho. Foram utilizados os questionários UWES-9 (Schaufeli et al., 2006) e

EADS (Pais-Ribeiro et al., 2004). Encontraram-se elevados valores de motivação para o

trabalho e reduzidos níveis de stress, ansiedade e depressão. A idade tem correlações

positivas com a motivação no trabalho, sendo esta maior nos casados. Os resultados não

revelam valores preocupantes, mas 3% e 8% dos bombeiros apresentam já níveis elevados de

depressão e de stress, sugerindo a necessidade de intervenções precoces que previnam o

aparecimento do stress pós-traumático, de outras doenças ou até do suicídio (Adler-Tapia,

2013, Gist el al., 2011) e promovam a resiliência (Durkin & Bekerian, 2000).

Palavras-chave: Stress, Bombeiros, Depressão, Ansiedade, Motivação.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

282 | Panel 5 – Analysis and Prevention of Risks in Civil Protection/Defense Organizations

TECNOSTRESS, ADIÇÃO AO TRABALHO E BURNOUT EM TAE DO INEM

Rita Madureira

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

Sónia Cunha

Instituto Nacional de Eemergência Médica (INEM)

[email protected]

Nuno Patraquim

Faculdade de Engenharia da Universidade do [email protected]

Mary Sandra Carlotto

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

[email protected]

Cristina Queirós

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

RESUMO

Atualmente as novas tecnologias estão presentes no mundo do trabalho para facilitar as

tarefas. Contudo, podem constituir uma fonte adicional de stress, existindo já investigação

sobre o tecnostress (Ayyagari et al., 2010). Os Tripulantes de Ambulância de Emergência

enfrentam no seu dia-a-dia situações stressantes nas quais recorrem a tecnologia, podendo vir

a desenvolver o quadro clínico de burnout. As características da atividade que desempenham

implicam determinados perfis de personalidade, e alguns poderão tornar-se adictos o trabalho

(Clark et al., 2014). Num grupo de 92 TAE do INEM (70% homens, 47% da zona norte e 21% da

zona centro, média de idade=31,98 e de experiência=5,3 anos) foram identificados os níveis

de tecnostress, adição ao trabalho e burnout. Foram utilizados os questionários RED/TIC

(Carlotto & Camara, 2010), DUWAS (Carlotto & Miralles, 2010) e MBI (Maslach & Jackson,

1997). Encontraram-se no burnout elevados valores de realização profissional, mas também

moderada exaustão emocional e despersonalização, baixo tecnostress e adição ao trabalho

moderada. O tecnostress explica 39,1% da exaustão emocional e 16,9% da despersonalização,

enquanto a adição ao trabalho explica 19,9% da exaustão e 19,8% da despersonalização,

sugerindo a necessidade de se dar atenção ao “dark side” das tecnologias (Salanova et al.,

2013). Os anos de serviço no INEM diminuem a realização profissional e aumentam a adição ao

trabalho, remetendo não só para trabalho excessivo mas também para uma compulsão para o

trabalho que pode transformar-se em workaholism com todos prejuízos que daí advêm

(Schaufeli, Shimazu & Taris, 2009), nomeadamente diminuição do bem-estar do profissional.

Palavras-chave: Stress, TAE, INEM, Tecnologia, Burnout.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

283 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil

MOTIVAÇÃO PARA O TRABALHO E PROCURA DE SENSAÇÕES

EM BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS

Sérgio Fonseca

Bombeiros Voluntários de Valongo

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

José Carlos Rego

Bombeiros Voluntários da Lixa

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

Rita Madureira

Bombeiros Voluntários de Ermesinde

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

Cristina Queirós

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

RESUMO

Os bombeiros caraterizam-se por uma elevada dedicação e motivação para o trabalho

(Moreira, 2012, Rich et al., 2010), bem como por um perfil de personalidade que revela

predisposição para correrem riscos e procura de sensações fortes (Procnik, 2013, Stehman,

2011). Estudos demonstram que a motivação para o trabalho se correlaciona negativamente

com o stress, constituindo um fator protetor deste (Schaufeli et al., 2008). Num grupo de 149

bombeiros voluntários da zona do Porto (79% homens, média de idade = 32,8 e média de anos

de serviço = 11,9 anos) foram identificados os níveis de motivação para o trabalho e de

procura de sensações. Foram utilizados os questionários UWES-9 (Schaufeli et al., 2006) e

BSSS (Hoyle et al., 2002). Encontraram-se elevados valores de motivação para o trabalho e

elevados níveis de procura de sensações em todas as dimensões destas duas escalas. A idade

apresentou correlações positivas com a motivação no trabalho e corelações negativas com a

procura de emoções. A procura de sensações foi ligeiramente mais elevada nos homens e nos

bombeiros não casados e correlaciona-se positivamente com a motivação no trabalho. Os

dados sugerem uma apetência para correr riscos mas também mais dedicação ao trabalho, o

que pode proteger dos efeitos nocivos do stress e prevenir o burnout (Lissek et al., 2005,

Jensen, 2005). São necessários mis estudos que no futuro investiguem perfis de personalidade

que protejam do stress em profissões de risco como os bombeiros.

Palavras-chave: Stress, Bombeiros, Depressão, Ansiedade, Motivação.

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

284 | Panel 5 – Analysis and Prevention of Risks in Civil Protection/Defense Organizations

REALIDADE VIRTUAL E ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAR O STRESS EM BOMBEIROS

Sílvia Quintas

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

Ivo Moreira

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lousada

[email protected]

Cristina Queirós

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

António Marques

Escola Superior de Tecnologia da Saúde, Instituto Politécnico do Porto

[email protected]

Verónica Orvalho

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

[email protected]

RESUMO

A forma de enfrentar o stress é variável (Lazarus, 2006, Shin et al., 2014), sendo fundamental

em atividades como a dos bombeiros, onde se lida com sofrimento e morte (Beaton et al.,

1999, Brough, 2004, Millen, 2009). Contudo, a preparação para estas situações é complexa

pois o treino é difícil durante as operações de socorro. A realidade virtual é uma alternativa

que permite imersão, interação e envolvimento (Riva et al., 2002), sendo benéfica no treino

de competências, sem prejuízo para profissionais nem vítimas pois configura um ambiente de

aprendizagem controlado e protegido mas indutor de stress. Após terem sido inquiridos 182

bombeiros voluntários da zona do Porto (72% homens, média de idade 29,1, média de anos de

serviço 7,8 e média de horas semanais 21,1) a quem foi aplicado o questionário Brief COPE

(Carver et al., 1989). Encontraram-se valores elevados de uso das estratégias de coping

direcionadas para o problema ou para as emoções, sendo útil a possibilidade de treino. Foram

identificados vários programas de realidade virtual (ex: ADMS, CODE ORANGE, etc.) que

podem ser úteis para ajudar a gerir o stress e as emoções negativas dos profissionais (James &

Gilliland, 2001, Mitchell & Everly, 2003) e comprovam que a realidade virtual é vantajosa e

inovadora no treino de competências dos profissionais face a incidentes críticos, fornecendo

oportunidades de prática repetida, com situações invulgares, num ambiente controlado e

seguro.

Palavras-chave: Coping, Stress, Bombeiros, Realidade Virtual, Programas de treino.

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

285 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil

RISCOS NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA:

ANÁLISE DOS RISCOS NATURAIS DE MAIOR INCIDÊNCIA

Tânia Abreu

Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM

[email protected]

Maria José Roxo

e-GEO Departamento de Geografia e Planeamento Regional - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

- Universidade Nova de Lisboa

[email protected]

Luís Neri

Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM

[email protected]

RESUMO

Os riscos naturais estão cada vez mais na ordem do dia e a comunidade científica tem

procurado responder ao desafio de minimizar as consequências da ocorrência de fenómenos

naturais extremos, para bem da sociedade. Os estudos na temática têm, nomeadamente,

aumentado, o que se torna numa mais-valia, pois estes contribuem para um melhor

conhecimento da mesma.

O presente trabalho incide sobre o tema dos riscos naturais na Região Autónoma da Madeira e

teve como objetivo analisar os riscos naturais de maior incidência.

A recolha e análise do histórico de ocorrências permitiu identificar e caracterizar os riscos de

maior incidência e elaborar uma matriz de risco, de modo, a obter o grau de risco para cada

um dos fenómenos em questão. O seu conhecimento permite estabelecer medidas de

prevenção e de autoproteção, tornando-se igualmente, uma ferramenta útil no ordenamento

do território e na gestão de emergência.

Palavras-chave: Riscos naturais, Matriz de Risco, Medidas de prevenção e autoproteção.

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PARTICIPANTES

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

289 | Participantes

Participantes inscritos (até 15 de Outubro de 2014)

Adama Amaya

Adélia Nunes

Adriana Filipa Carvalho Araújo

Albino Tavares

Alexandre Oliveira Tavares

Alfredo Maia

Aline Pascoalino

Ana Cristina Meira S. Castro

Ana Cristina Teixeira Leite

Ana Valéria F. Allemão Bertolino

André Tomé de Assis

Angela Santos

António Amaro

António Bento Gonçalves

Antônio Carlos R. Araújo Júnior

António P. S. Betâmio de Almeida

António Salgado Rosa

António Vieira

Arthur Lopes da Silva Valencio

Artur Rosa Filho

Aydda Ali

Bensaid Mosbah

Braulio José Carvalhal Luna

Bruno Manuel S. C. Martins

Bruno Zucherato

Camila Riboli Rampazzo

Camila Santos Doubek Lopes

Camilla Silva Magalhães

Cândida Velosa Jardim

Carla Juscélia de Oliveira Souza

Carla Graciana Soares

Carla Maria de Paiva C. L. Caroça

Carmen Ceu Goncalves Ferreira

Celestina Maria Gago Pedras

Célia Campos Braga

Cintia Okamura

Claudio Alves Galante Junior

Claudio Henrique Reis

Cláudio João Brás Simões Pereira

Cleusa Aparecida G.P. Zamparoni

Conceição Juana Fortes

Cristian Camilo Fernández Lopera

Cristina Isabel H. da Silva Pereira

Cristina Queirós

Daniel Márcio Fernandes Neves

Débora Olivato

Delanney Vidal Di Maio Junior

Edicarlos Pereira de Sousa

Ednice de Oliveira Fontes

Eduardo Rozetti de Carvalho

Eloisa Beling Loose

Elvira Fátima de Lima Fernandes

Emanuel Sardo Fidalgo

Emerson de Oliveira Muniz

Érica Ferrer

Estéfano Seneme Gobbi

Evandro Antônio Cavarsan

Fabrício Araujo Mirandola

Felícia Maria da Silva Fonseca

Fernando Félix

Fernando Granja Martins

Fernando Souza Damasco

Flávio Cabreira dos Santos

Flora Ferreira Leite

Francisca Cardoso da Silva Lima

Francisco da Silva Costa

Francisco de Assis S. Sousa

Geraldo do César Rocha

Germán Vargas Cuervo

Germana Lima de Almeida

Gisélia Cremilda Santos Braga

Hebbar Chafika

Helena Maria Fernandez

Henrique Manuel N. V. Costa

Hudson Rodrigues Lima

Humberto Gallo Junior

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

290 | Participants

Ineida Romi Tavares V. Carvalho

Inês Ferreira Bruno

Iolanda Braga Pereira

Isa João Baptista Silva

Isabel Margarida H. R. Antunes

Isabel Martins Tavares

Jacques Lolive

Jesús Vargas Molina

Joana D’Arc Vieira Couto Astolphi

João Lima Sant’Anna Neto

João Pinho

João Vitor Gobis Verges

João Victor G. da Silva Pereira

Joilma Nogueira do Espírito Santo

Jorge Manuel Alexandre Marques

Jorge Oliveira

José Carlos Rego

Jose Eduardo Rodríguez Juan

José Manuel Castro Salgado

José Manuel Fernandes Rocha

José Pedro Lopes

José Rafael Abreu Brites

Josefa Eliane S. de Siqueira Pinto

Juan Carlos García Codron

Juliana Araújo Alves

Kátia Gisele de Oliveira Pereira

Lea Carvalho Rodrigues

Lenka Gaňová

Letícia Palazzi Perez

Lindberg Nascimento Júnior

Lucí Hidalgo Nunes

Luciano Lourenço

Luis Alvaro Fazendeiro Sá

Luis Filipe Antunes da Silva

Luis Manuel Guerra Neri

Manuel Antonio Trelles Velasco

Manuel Sérgio Arada da Fonseca

Marcelo da Silva Gigliotti

Marcos César Ferreira

Margarida Maria Correia Marques

Maria Clara Martins A. G. Inácio

Maria da Glória Salgado Gonçalves

Maria Francisca J. L. Ramalho

María Gabriela Camargo Mora

Maria Gonçalves Conceição Santos

Maria Isabel Andrade

Maria J. Galleno de Souza Oliveira

María Jesús Vidal Domínguez

Maria João Ciríaco Rosado

Maria Jose Roxo

Maria Manuel A. Lopes Gouveia

Maria Manuela Portela

María Rosa Cañada Torrecilla

Maria Teresa Durães Albuquerque

Mariana Francisco Morgado

Marina Soria Castellano

Mário Talaia

Marta Andreia Almeida C. Silva

Marta Foeppel Ribeiro

Martina Zeleňáková

Miguel Cerqueira dos Santos

Miguel Eduardo Castillo Soto

Miriam Rodrigues Silvestre

Nadia El Aaggad

Natália Vara

Norma F. Lopes S. Valencio

Nuno André Ramos Simões

Paula Cristina A. C. Remoaldo

Paulo Cesar Zangalli Junior

Pedro Gonçalo Guerra Poseiro

Plínio Martins Falcão

Rafael Alexandre Ferreira Luiz

Rafael Carvalho Santos

Raimundo Mainar de Medeiros

Ramon Campos Braga

Raphael Costa Cristovam da Rocha

Raul Reis Amorim

Regina Célia de Oliveira

Ricardo Fernando Carneiro Gomes

Rita Alexandrina Feijó Madureira

Rita Susana Guimarães M. Silva

Romero Manuel Bandeira Gandra

Romeu da Silva Vicente

Romulo Lima Silva de Gois

Rúben Paulo da Costa Torres

Rui de Almeida Reis

Rui Manuel da Silveira Araújo

Rui Miguel Madeira Lança

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

291 | Participantes

Salvador de Pinho F. Almeida

Sandra Oliveira

Sara Guimarães Bandeira Gandra

Sebastián Martín Pérez

Sérgio da Silva Lopes

Sérgio Ricardo Losnak

Sílvia Quintas

Sofia Bernardino

Sofia Fernandes

Sofia Pires Fernandes

Souidi Zahira

Susana Maria Sousa Gonçalves

Tânia de Abreu

Teresa A. L. Cravo da Fonseca

Tomás de Figueiredo

Valter Filipe Freitas Ferreira

Vicente de Paulo da Silva

Vicentina Socorro da Anunciação

Vinicius Carmello

Yolanda Teresa Hernández Peña

Zeineddine Nouaceur

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ÍNDICE DE AUTORES

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

295 | Índice de autores

A

Abreu

Tânia............................................ 285

Uriel ...................................... 189, 190

Albuquerque

Teresa .................................... 130, 183

Algouti

Abdellah..................................... 76, 82

Ahmed .................................. 62, 76, 82

Almeida

António Betâmio de .................54, 96, 198

Germana Lima de ............................ 152

Lutiane Queiroz de ........................... 169

Salvador ........................................ 182

Alves

Juliana Araújo ................................ 241

Amanajás

Jonathan Castro .............................. 110

Amaya

Adama ....................................... 76, 82

Amorim

Raul Reis .................................... 60, 66

Andrade

María Isabel......................................64

Antunes

Liliana C. Cerdeira ........................... 119

Margarida ................................ 130, 183

Sílvia ............................................ 119

Anunciação

Vicentina S. ....................... 192, 197, 227

Araújo

Adriana ......................................... 195

Francisco das Chagas N. ..................... 223

Rui . ............................................. 131

Araújo Jr

Antônio Carlos R. ............................. 159

Assis

André Tomé de ............................... 253

Astolphi

Joana D’Arc V. C. ............................ 123

Athanázio

Alcinéa Rodrigues ............................ 240

Ávila Guerra

Beatriz.......................................... 170

Aydda

Ali ................................................62

Azevedo

Eduardo Brito ................................. 222

B

Bacci

Pedro Henrique de Mello ......................81

Bandeira

Romero ................ 133, 134, 154, 195, 199

Barbosa

Marcia Regina ................................. 146

Barrachina

Maria ............................................ 264

Barros

Mirian Vizintin F............................... 124

Becker

Carmem Terezinha ............................ 92

BenSaid

Mosbah .......................................... 102

Bento-Gonçalves

António ..........163, 164, 259, 262, 263, 265

Bernardino

Sofia ............................................. 267

Bertolino

Ana Valéria Freire A. ......................... 158

Bessa

Paulo ............................................ 164

Borges

Artur ............................................ 164

Bouchahm

Nora ............................................. 102

Boutiba

Zitouni ........................................... 99

Braga

Célia Campos ..................... 110, 223, 224

Gisélia .......................................... 154

Ramon Campos ................................ 224

Brites

Rafael .............................. 106, 125, 191

Brito

Luiz Antonio P. F. ............................. 171

Bruno

Inês .............................................. 272

C

Camargo Mora

María Gabriela ................................. 170

Campos

José ............................................. 279

Paulo ................... 133, 134, 154, 195, 199

Cañada Torrecilla

Rosa ........................................ 69, 127

Canil

Kátia ............................................ 176

Capela

Sara ............................................. 248

Capitão

Rui 222

Carlotto

Mary Sandra .................................... 282

Carmello

Vinicius ......................................... 108

Caroça

Carla ............................................ 235

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

296 | Authors Index

Carracedo

Virginia .........................................264

Carvalho

Eduardo Rozetti de ...........................137

Ineida Romi T. V. .............................217

Ramon Santos ..................................114

Ricardo L. Teles: ..............................132

Castellano

Marina Sória ..................................... 90

Castillo Soto

Miguel .............................. 161, 162, 165

Castro

Ana Meira .................... 131, 157, 163, 164

Cavarsan

Evandro Antônio ................................ 68

Ceballos

Carmen .........................................264

Cordeiro

Benedito Carlos ...............................240

Correa Jiménez

Luis ....................................... 161, 165

Corsi

Alessandra Cristina ...........................176

Costa

Eduarda Marques da ..........................185

Francisco da Silva ............. 25, 95, 210, 236

Henrique ........................................138

Vivian Castilho da ........................ 70, 179

Craveiro

João .............................................222

Cunha

Lúcio José Sobral .............................158

Sandra Baptista da ............................. 97

Sónia ............................................282

Cunill

Raquel ..........................................264

D

Damasco

Fernando Souza ................................ 97

Dantas

Milena Pereira .................... 110, 223, 224

Di Maio Jr

Delanney Vidal ................... 171, 247, 249

Dias

Carlos ...........................................119

Pedro ............................................101

Díaz Pacheco

Jaime............................................194

Diego

Concepción .....................................264

Donze

Frédéric.......................................... 84

Dorta Antequera

Pedro ............................................194

E

El Aaggad

Nadia ........................................ 76, 82

El Harradji

Abderrahmane .......................... 221, 239

Espírito Santo

Joilma Nogueira do .......................... 240

Estevão

Wladimir Borges .............................. 177

F

Falcão

Plínio Martins ........................... 140, 180

Félix

Fernando ................................. 259, 261

Fernandes

Elvira Fátima L. ............................... 227

Sofia ...................................... 157, 268

Fernandez

Helena .............................. 105, 166, 184

Fernández

Leonor de la Puente ......................... 264

Ferreira

André Barbosa Ribeiro ......................... 49

Carmen .............................. 95, 210, 236

José Carlos .................................... 222

Marcos César .................................... 61

Marta Marujo .................................... 61

Tiago M. .......................................... 79

Válter ........................................... 106

Ferreira Leite

Flora ............................................ 262

Ferrer

Érica ............................................ 151

Fidalgo

Emanuel Sardo ................................ 260

Figueiredo

Tomás de ................................. 65, 238

Filho

Artur Rosa .................................. 56, 77

Manoel Francisco G. ......................... 231

Fiúza

António ......................................... 131

Fonseca

Felícia ..................................... 65, 238

Sérgio ............................... 279, 281, 283

Teresa Cravo da .............................. 185

Fonte

Célia ............................................ 164

Fontes

Ednice de Oliveira ....................... 80, 218

Fortes

Conceição Juana ................. 222, 228, 230

Freitas

Maria Isabel C. ................................ 205

Fruehauf

Amanda Lombardo ........................... 128

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

297 | Índice de autores

G

Gallo Jr

Humberto ................................ 109, 178

Gandra

Sara ............................................. 199

Gaňová

Lenka ........................................... 100

García Amorena

Ignacio .......................................... 264

García Codron

Juan Carlos .............................. 107, 264

Gargar

Ibrahim ...........................................91

Garmendia

Carolina .................................. 107, 264

Garófalo

Danilo Trovó .....................................61

Gigliotti

Marcelo da Silva ......................... 81, 172

Gobbi

Estéfano Seneme ........................ 81, 172

Góis

Rômulo Lima S. ................... 181, 254, 255

Gomes

António ......................................... 138

Ricardo ................ 106, 125, 189, 190, 191

Gonçalves

Gil Rito ......................................... 211

Glória ........................................... 103

Joana ........................................... 160

Sónia ............................................ 280

Gouveia

Maria ................................. 95, 210, 236

Gramani

Marcelo Fischer ............................... 176

Guerra

António J. T. .................................. 229

H

Hachemi

Ali .............................................. 102

Hafnaoui

Amine ........................................... 102

Hamimed

Abderrahmane ..................................84

Harbuľáková

Vlasta Ondrejka.................................93

Hebbar

Chafika ...........................................99

Henriques

Paulo..............................................75

Hernández Peña

Yolanda...........................................85

Hlavatá

Helena ............................................91

I

Inácio

Maria Clara Gomes............................. 55

J

Jardim

Cândida ......................................... 190

Jesus

Bruna Luiza P. ................................. 128

Joandre Neres de .............................. 80

K

Kamimura

Quésia Postigo ................................. 249

Kerfouf

Sid Ahmed ....................................... 99

L

Ladeira

Francisco S. Bernardes ....................... 172

Lança

Rui ....................................... 105, 166

Leite

Ana .............................................. 271

Micaela ......................................... 238

Lima

Francisca Cardoso da Silva ................... 98

Hudson Rodrigues ............................. 173

Lombardo

Magda Adelaide ............. 63, 109, 128, 132

Loose

Eloisa Beling .................................... 46

Lopera

Cristian Camilo F. ............................. 226

Lopes

Camila S. Doubek ...................... 124, 150

Eymar Silva Sampaio .......................... 68

Sérgio ............................................ 96

López Díez

Abel ............................................. 194

Losnak

Sérgio Ricardo ................................. 150

Lourenço

Luciano ... 22, 29, 55, 78, 95, 148, 149, 157,

160, 163, 210, 211, 236, 253, 259, 261,

262, 267, 268

Lucioni

Nora .............................................. 64

Luiz

Rafael Alexandre Ferreira ................... 141

Luna

Braulio José C. ................... 181, 254, 255

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

298 | Authors Index

M

Macedo

Eduardo Soares de ............................176

Madureira

Rita ........................... 279, 281, 282, 283

Magalhães

Camilla Silva ...................................104

Magnoni Jr

Lourenço......................................... 68

Maio

Rui A. ............................................ 79

Marques

António .........................................284

Jorge ............................................119

Margarida Correia ...................... 248, 273

Martín Pérez

Sebastián .......................................194

Martínez Suárez

Pedro ............................................127

Martins

Bruno ....................................... 78, 212

Fernando .......................... 105, 166, 184

José R. Scarati.................................. 63

Mascarenhas

Ana Margarida .................................273

Massano

José .............................................. 67

Medeiros

Raimundo Mainar..............................231

Mellado San Gabino

Ana ............................................... 69

Merzoug

Dounia ........................................... 99

Messias

Cassiano ......................................... 61

Mirandola

Fabrício Araujo ................................176

Molina

David ............................................264

Moreau

Ana Maria S. Santos ...................... 80, 218

Moreira

Ivo ...............................................284

Moreno

Maria Augusta Fernandéz ....................103

Moreno Jiménez

Antonio .................................... 69, 127

Morgado

Mariana .................................. 129, 242

Muniz

Emerson de Oliveira ........................... 94

N

Nadal

Jordi .............................................264

Nardocci

Adelaide Cássia ................................141

Nascimento

Geissa Samira L. ..............................224

Nascimento Jr

Lindberg ......................................... 89

Neri

Luís ............................................. 285

Neto

João Lima Sant’Anna 20, 89, 108, 139, 193,

197

Neves

Daniel Márcio F. ................................ 51

Nouaceur

Zeineddine .................................... 115

Noui

Abderahmane ................................. 102

Nunes

Adélia ................. 157, 160, 163, 259, 262

Baltazar ........................................ 119

Fabiano dos Santos ............................. 80

Joan ............................................ 264

Lucí Hidalgo .......................... 52, 90, 206

O

Olivato

Débora ................................... 109, 178

Oliveira

Alberlene Ribeiro de ......................... 113

Edson Aparecida A. Q. ........... 171, 247, 249

Maria Galleno de Souza ..................... 153

Regina Célia ................................... 174

Sandra .......................................... 259

Orvalho

Verónica ....................................... 284

P

Paneque

Pilar............................................... 53

Pascoalino

Aline ...................................... 120, 169

Patraquim

Nuno ............................................ 282

Pedras

Celestina ................................. 105, 166

Pedrosa

António de Sousa .................. 86, 104, 212

Pèlachs

Albert........................................... 264

Pereira

Cláudio ......................................... 277

Cristina S....................................... 237

Iolanda Braga ................................. 278

J.V. Silva ....................................... 237

Kátia Gisele O. .................................. 86

Perez

Letícia Palazzi .................................. 63

Pérez

Aaron ........................................... 264

Pérez-Obiol

Ramon .......................................... 264

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

299 | Índice de autores

Pimentel

Franciele de Oliveira ..........................94

Pina

Denise .......................................... 126

Pinheiro

Helena ............................................65

Liliana .......................................... 222

Pinto

Francisco Taveira ............................. 228

Josefa Eliane S. Siqueira ........ 111, 113, 114

Pires

Patrícia ...........................................75

Pitton

Sandra E. Contri .............................. 120

Portela

Maria Manuela................... 54, 91, 93, 100

Poseiro

Pedro ............................... 222, 228, 230

Póvoas

Hogana Sibilla S. .............................. 218

Purcz

Pavol ..............................................91

Q

Queirós

Cristina .... 278, 279, 280, 281, 282, 283, 284

Margarida ........................................47

Quintas

Sílvia ............................................ 284

R

Ramalheira

Ana ................................................54

Ramalho

Maria F. J. L. .................................. 229

Rampazzo

Camila Riboli .................................. 193

Raposeiro

Paulo............................................ 222

Rasilla

Domingo .................................. 107, 264

Rego

José Carlos ........................ 279, 281, 283

Reis

Ana Mafalda .......... 133, 134, 154, 195, 199

Claudio Henrique ...............................66

Maria Teresa ...................... 222, 228, 230

Rui de Almeida ................................ 222

Taiana Evangelista dos ........................70

Remoaldo

Paula Cristina A. C. .......................... 241

Ribeiro

Marta Foeppel ............................ 70, 179

Rivas

Victoria ................................... 107, 264

Rocha

Geraldo César ................................. 196

José Manuel ............................. 209, 266

Raphael Costa C. ................... 78, 211, 212

Valmir ............................................ 92

Rocheta

Vera ...................................... 105, 166

Rodrigues

Armanda ........................................ 222

Cristiana ........................................ 273

Joana............................................ 228

Lea Carvalho ................................... 152

Maria Conceição .............................. 222

Ricardo Manuel C. ............................ 265

Rodríguez Juan

Jose Eduardo ........................... 221, 239

Rosado

Maria ............................................. 67

Roure

Joan Maria ..................................... 264

Roxo

Maria José ......................... 101, 175, 285

Russo

Cristina ......................................... 248

S

Cristina .................................. 248, 273

Luis ............................................... 75

Sabino

André ........................................... 222

Said

Madi Mouhamed ............................... 102

Salgado

José ............................................. 263

Sanches

Filipe Gomes ................................... 217

Santos

Angela ........................................... 47

Emanuel ........................................ 281

Flávio Cabreira ......................... 192, 227

João Alfredo ................................... 222

Maria Crizalda Ferreira ....................... 60

Maria Gonçalves C. ........................... 146

Miguel Cerqueira dos .......................... 56

Rafael Carvalho ................................ 83

Tula Ornellas F. ............................... 146

Sbaï

Abdelkader .............................. 221, 239

Schomwandt

David ............................................. 64

Scopinho

Rosemeire ............................... 148, 149

Seco

Fátima .......................................... 183

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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks

“Multidimension and Territories of Risk”

Guimarães, 5-7 of November of 2014

300 | Authors Index

Silva

Adeildo Cabral da .............................132

António Leitão da .............................278

Bernardo Barbosa da .................. 223, 224

Carlos ...........................................222

Carlos Pereira da ..............................101

Elisa .............................................166

Isa João Baptista ..............................134

Lígia Maria Marques O. T. ...................241

Marta ............................................121

Rita Marques da ...............................133

Susana ..........................................222

Susana das Neves P. ..........................119

Vicente de Paulo da ....... 123, 137, 142, 173

Silvestre

Miriam Rodrigues ..............................108

Simões

Anabela .........................................222

Nuno .............................................184

Soares

Carla G. .........................................237

Isabel Linhares P. .............................158

Soriano

Joan Manuel ...................................264

Souidi

Zahira ............................................ 84

Sousa

Edicarlos Pereira de ................... 110, 231

Francisco de Assis Salviano de ......... 92, 223

Souza

Carla Juscélia de Oliveira .......... 48, 49, 50

Stračarová

Michaela ......................................... 93

T

Tadeucci

Marilsa de Sá R. ...............................247

Talaia

Mário ............ 121, 122, 126, 129, 242, 243

Tarôco

Larissa Trindade ................................ 49

Tavares

Alexandre Oliveira ..................... 177, 277

Isabel ............................................122

Tedim

Fantina ..........................................102

Teixeira

Leonor ............................. 122, 129, 242

Telhado

Maria João....................................... 75

Torres

Rúben ...........................................266

Trelles

Manuel ..........................................138

Tubaldini

Maria Aparecida S. ............................253

V

Valencio

Arthur L. S. ...................................... 59

Norma ........................145, 147, 148, 149

Vara

Natália ......................................... 280

Vargas Cuervo

Germán .......................................... 85

Vargas Molina

Jesús ....................................... 53, 112

Vázquez

Iago ............................................. 264

Verges

João Vitor G. ...................... 181, 254, 255

Vicêncio

Henrique ....................................... 272

Vicente

Romeu ............................................ 79

Vidal Domínguez

María Jesús ............................... 69, 127

Vieira

António .......... 163, 164, 217, 259, 262, 263

Francisco ....................................... 222

Vigário

Carla ............................................ 243

W

Wang

Charles H.-T. .................................... 59

Z

Zamparoni

Cleusa Aparecida G. P. ................ 206, 225

Zangalli Jr

Paulo Cesar .................................... 139

Zeleňáková

Martina ................................ 91, 93, 100

Zêzere

José Luís .................................. 51, 185

Zucherato

Bruno ........................................... 205

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ÍNDICE GERAL

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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos

“Multidimensão e Territórios de Risco”

Guimarães, 5-7 de novembro de 2014

303 | Índice Geral – Table of Contents

NOTA DE ABERTURA ....................................................................................... 3

ORGANIZAÇÃO .............................................................................................. 7

PROGRAMA ................................................................................................ 13

CONFERÊNCIAS ............................................................................................ 17

‘IN MEMORIAM’ ............................................................................................ 23

MESA REDONDA ........................................................................................... 33

COMUNICAÇÕES ORAIS ................................................................................... 41

Painel 1- Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco ............................... 43

Painel 2- Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos .............................. 57

Painel 3- Territórios de risco (previsão, prevenção, consequências e reabilitação) ........ 71

Painel 3.1- Riscos geológicos e geomorfológicos ......................................... 73

Painel 3.2- Riscos climáticos e hidrológicos ............................................... 87

Painel 3.3- Riscos ambientais e saúde ................................................... 117

Painel 3.4- Riscos tecnológicos e desenvolvimento .................................... 135

Painel 3.5- Riscos sociais no contexto de crise global ................................. 143

Painel 3.6- Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais) ........................ 155

Painel 4- Aplicação do planeamento/planejamento e ordenamento do território à

gestão de riscos ......................................................................... 167

Painel 5- Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil .... 187

POSTERS ................................................................................................. 201

PARTICIPANTES ......................................................................................... 287

ÍNDICE DE AUTORES .................................................................................... 293

ÍNDICE GERAL ........................................................................................... 301

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