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Conselho de Curso de Graduação em Psicologia Resumos dos Trabalhos desenvolvidos em 2007 Programa Interdisciplinar de Iniciação Científica Anfiteatro Salão de Atos 10 e 11/12/2007

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Page 1: Resumos dos Trabalhos desenvolvidos em 2007 · medicalização passa a ser considerada a cura do mal-estar na contemporaneidade; e, confrontar a idéia do sujeito da psicanálise

Conselho de Curso de Graduação em Psicologia

Resumos dos Trabalhos desenvolvidos em 2007

Programa Interdisciplinar de Iniciação Científica

Anfiteatro Salão de Atos 10 e 11/12/2007

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Resumos dos Projetos do Programa Interdisciplinar de Iniciação Científica – 2007

Faculdade de Ciências e Letras – UNESP – Campus de Assis                                                Página 1 

SUMÁRIO

A PERCEPÇÃO DE ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI SOBRE MEDIDA SÓCIO-EDUCATIVAS CUMPRIDAS NO PROJETO “JOVENS EM AÇÃO” ............................................ 2 

MITO: O ESPELHO DA ALMA. UMA ANÁLISE PSICANALÍTICA DO SENTIMENTO DA ESPERANÇA A PARTIR DA MITOLOGIA GREGA ...................................................................... 3 

A INFLUÊNCIA DA FÉ NO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO DE ENFERMIDADES. ............. 4 

OS ASPECTOS SÓCIO-HITÓRICOS DAS BRINCADEIRAS DE PAPÉIS E AS POSSÍVEIS MEDIAÇÕES ...................................................................................................................................... 5 

ATRIBUIÇÃO DE CAUSALIDADE ÀS MEMÓRIAS DA INFÂNCIA DE IDOSOS .................... 6 

VALORES E GÊNERO EM BRINCADEIRAS DE FAZ-DE-CONTA ............................................ 7 

DE CRIANÇAS PRÉ-ESCOLARES .................................................................................................. 8 

ESTUDO DOS VALORES PRIORIZADOS PELAS ADOLESCENTES GRÁVIDAS ................... 9 

PSICOLOGIA E FILOSOFIA ........................................................................................................... 10 

MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS E O PRECONCEITO: UM ESTUDO COM ALUNOS DA FCL – ASSIS ..................................................................................................................................... 11 

A PERCEPÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS SOBRE A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA FORMAÇÃO DO COMPORTAMENTO CONSUMISTA .............................................................. 12 

DUAS GRADES, DOIS PENSAMENTOS: DIFERENÇA NA FORMAÇÃO DO PSICÓLOGO DE ASSIS E BAURU. ....................................................................................................................... 13 

A ARTE COMO EXPRESSÃO DE SUBJETIVIDADE: ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DAS RELAÇÕES FAMILIARES NA CONSTITUIÇÃO DO INDIVÍDUO A PARTIR DO FILME PINK FLOYD - THE WALL ............................................................................................................ 14 

CARACTERÍSTICAS DA UTILIZAÇÃO DA INTERNET POR ALUNOS DE ENSINO MÉDIO DE ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS ....................................................................................... 15 

PROCESSO CRIATIVO E SAÚDE MENTAL: UMA EXPERIÊNCIA NO CAPS ....................... 16 

ENVELHECIMENTO E SUAS RELAÇÕES COM A TERCEIRA IDADE: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO ............................................................................................................................. 17 

REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES SOBRE O BRINCAR NA PRIMEIRA SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL, APÓS A INTRODUÇÃO DA LEI FEDERAL Nº 11274 ................. 18 

BELA ADORMECIDA E BRANCA DE NEVE: MULHERES CONTEMPORANÊAS?.............. 19 

FANTASIA E IMAGINAÇÃO NA TERCEIRA IDADE ................................................................ 20 

COMPARAÇÃO DAS CONCEPÇÕES SOBRE CURA, FÉ E RELIGIOSIDADE ENTRE OS ALUNOS DA UNESP DE ASSIS – BIOTECNOLOGIA, HISTÓRIA E PSICOLOGIA ............... 21

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Resumos dos Projetos do Programa Interdisciplinar de Iniciação Científica – 2007

Faculdade de Ciências e Letras – UNESP – Campus de Assis                              Grupo 01   Página 2 

PSICANÁLISE E PÓS-MODERNIDADE: CONFRONTAÇÕES DA PRÁTICA PSICANALÍTICA NO CONTEXTO PÓS-MODERNO

JOSÉ EDUARDO ATÍLIO PEREIRA DE SOUZA; TÂNIA REGINA GOIA; VANESSA APARECIDA FAVONI FRAGOZO

Orientador: Hélio Yoshiyuki Hoshina RESUMO: O presente tem como objetivo fazer uma reflexão dentro do contexto pós-moderno, buscando compreender o espaço ocupado pela prática psicanalítica na contemporaneidade. Com isso, visa compreender o deslocamento do discurso psicanalítico para o das neurociências e entender como a medicalização passa a ser considerada a cura do mal-estar na contemporaneidade; e, confrontar a idéia do sujeito da psicanálise com a estrutura da sociedade pós-moderna. Para a realização da pesquisa foi aplicado questionários abertos e fechados. O questionário foi aberto e realizado com profissionais da Unesp (Universidade Estadual Paulista) – Campus Assis, sendo estes selecionados a partir de sua linha de pesquisa. Também foram selecionados alunos do 5º ano do curso de Psicologia desta Universidade. Fora a universidade alguns profissionais foram selecionados a partir de sua linha teórica. Esses dados serão analisados referenciando o que os autores colocam sobre o assunto estudado. Para a pesquisa fechada, foram escolhidos aleatoriamente uma amostra em relação à quantidade de alunos presente na universidade, sendo um total na amostra de 300 alunos. Os dados serão agrupados em gráficos de acordo com o tipo de pergunta e respostas, sendo analisados de acordo com a teoria estudada. Para abordar esta pesquisa foi utilizada o referencial teórico psicanalítico utilizando autores como Bauman, Birman, Roudinesco. Palavras-chave: Psicanálise, pós-modernidade, prática psicanalítica, mal-estar

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Faculdade de Ciências e Letras – UNESP – Campus de Assis  Grupo 02   Página 3 

A PERCEPÇÃO DE ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI SOBRE MEDIDA SÓCIO-EDUCATIVAS CUMPRIDAS NO PROJETO “JOVENS EM

AÇÃO”

ANA CLARA MAGALHÃES CUNHA; CAIO ANDRÊO SILVA; EDGARD CAIRES GAZZOLA ANDRÉ; JULIANA CRISTINA. BESSA; NAYARA FORNAZIERI; TALITA

DO VALE RORIZ SILVA Orientador: Prof. Dr. José Luiz Guimarães RESUMO: O índice cada vez mais alto de adolescentes em conflito com a lei reflete a carência e ineficácia de políticas sociais no atendimento da infância da juventude. Há inúmeros estudos apontando para a forte correlação entre a inexistência e/ou má qualidade dessas políticas e o aumento dos níveis de violência em suas diferentes modalidades, gerando discussões relacionadas aos órgãos de proteção às crianças e adolescentes e sua atuação na garantia dos direitos e cobrança dos deveres. Ao cometimento do ato infracional, aplicam-se as medidas sócio-educativas, que variam de acordo com a gravidade do ato e buscam sempre a reeducação e reintegração social. A presente pesquisa visou analisar a percepção de adolescentes de Assis-SP que cumprem medidas sócio-educativas no Projeto “Jovem em Ação” (organizado pela Fundação “Nosso Lar”, em parceira com a Fundação Casa - FEBEM), quanto à contribuição e eficácia das da atuação do projeto na formação de sua identidade, no suporte para o desenvolvimento, capacitação e ressocialização. Para isso foram realizadas visitas de reconhecimento e familiarização com a instituição e aplicados questionários com os jovens da instituição aos quais se aplicaram as medidas de Prestação de Serviços a Comunidade ou Liberdade Assistida, em incursões que totalizaram 20 visitas. Mesmo que alguns aspectos revelem fatores positivos; as associações estabelecidas entre idade, escolaridade, arrependimento, a medida cumprida e o fato de achar justa ou não a pena estabelecida, indicam pouca mudança na percepção dos jovens, acentuando a necessidade de melhoria na execução das medidas sócio-educativas e das políticas de atendimento diferenciadas a estes sujeitos em construção de identidade, e excluídos da sociedade. Palavras-chave: adolescente, violência, medidas sócio-educativas

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Faculdade de Ciências e Letras – UNESP – Campus de Assis  Grupo 03   Página 4 

MITO: O ESPELHO DA ALMA. UMA ANÁLISE PSICANALÍTICA DO SENTIMENTO DA ESPERANÇA A PARTIR DA MITOLOGIA GREGA

ANDRÉ YAN CÉSAR SILVÉRIO; FRANCIS VINÍCIUS PORTES VIRGÍNIO; HIGOR NAGY FEJES FILHO; LAÍS SARTO ROCHA; MARIANA ZUANAZZI SADEN; PAULINE

DE MORAES GUILHERME Orientadora: Thassia Souza Emidio RESUMO: Pretendemos neste trabalho a partir um olhar e de uma escuta psicanalítica, compreender o sentimento da esperança presente no mito de Orfeu e Eurídice e construir hipóteses sobre a ligação entre o sentimento da esperança e a teoria das pulsões de Freud. O mito trata de uma história da busca constante da satisfação de um desejo e conta todo o caminho percorrido pelo herói. O método adotado para a análise baseia-se na proposta de Mezan (1998, 2002) em que o pesquisador, diante da manifestação artística, procura desconstruir e reorganizar o discurso, de forma que este revele o que do discurso consciente recobre o inconsciente. Esta pesquisa nos trouxe contribuições para o olhar clínico e para a prática em pesquisa científica. Contribuiu também para a reflexão da importância da mitologia na psicanálise e a inter-relação entre os conteúdos conscientes e inconscientes presentes na mitologia. Palavras-chave: Psicanálise, Mitologia, Esperança, Pulsão.

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Faculdade de Ciências e Letras – UNESP – Campus de Assis  Grupo 04   Página 5 

A INFLUÊNCIA DA FÉ NO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO DE

ENFERMIDADES. BEATRIZ DE PAULA LIMA SOUZA; BIANCA MONÇÃO ALVES; CINTHIA CAMALE PIMENTA; DÉBORA CRISTINA GOUVEIA REIS; LETÍCIA ROMANO MENEGAZZO

Orientador: Dr. Cláudio Edward dos Reis RESUMO: A influência da fé na recuperação de enfermidades é um tema de muitas controvérsias diante da ciência, da teologia e da própria subjetividade humana. Baseado nisso, este projeto de pesquisa visa averiguar a influência da fé no processo de cura ou melhora de patologias, bem como os aspectos psicológicos que determinam e envolvem a mesma. Partindo desse princípio, foram utilizadas entrevistas abertas com pessoas que relataram terem sido curadas por mecanismos não reconhecíveis pela ciência (fé). Realizamos junto aos alunos do curso de Psicologia, um levantamento visando obter uma visão acerca do tema. A fé e a auto-sugestão podem caminhar juntas? Poderia o homem viver sem a fé? Os estudos dos aspectos psicológicos da cura pela fé podem revelar um ser humano dependente de algum tipo de crença para o convívio em sociedade e consigo mesmo, na medida em que a fé introduz um processo de auto-sugestão para que o psíquico e o somático permaneçam sãos. Palavras-chave: fé, religiosidade, cura, auto-sugestão, neurociência

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Faculdade de Ciências e Letras – UNESP – Campus de Assis  Grupo 05   Página 6 

OS ASPECTOS SÓCIO-HITÓRICOS DAS BRINCADEIRAS DE PAPÉIS E AS POSSÍVEIS MEDIAÇÕES

ANDRESSA BENINI MENDES; NATHÁLIA CRISTINA DE ANDRADE; VALQUÍRIA

CAMPOS CAMARGO Orientadora: Lucinéia Maria Lazaretti RESUMO: Apoiados na psicologia sócio-histórica, principalmente nos autores Vigotsky, Leontiev, Elkonin e alguns estudiosos brasileiros dessa corrente, nos propomos a compreender a importância das brincadeiras de papéis sociais para as crianças de 04 e 05 anos em idade pré-escolar e como a sociedade capitalista esta refletida nestas brincadeiras, avançando também a necessidade de uma possível mediação. Segundo essa corrente da psicologia, a brincadeira de papéis sociais é baseada no real, assim possui caráter social. Nestes termos, para o desenvolvimento desta pesquisa nossos objetivos foram: estudar os fundamentos da teoria sócio-histórica sobre o tema brincar; observar crianças de 04 a 05 anos em suas brincadeiras nos momentos livres dentro da escola; analisar, a partir do estudo teórico e das observações realizadas, a possibilidade de mediação em crianças dessa faixa etária. Esta pesquisa tem caráter teórico-bibliográfico, com leituras dirigidas apoiados em pesquisadores da psicologia sócio-histórica que direcionam seus estudos sobre a atividade das brincadeiras de papéis sociais. Diante dessa fundamentação prévia, encaminhamo-nos para um estudo etnográfico, com observações participantes em uma instituição de educação infantil pertencente à rede particular de Assis, São Paulo, que atende crianças de 0 a 06 anos. As observações procederam em um mês, sendo 4 horas por semana. Nessas observações, verificamos que as crianças não tinham atividades de brincadeiras dirigidas, então, nos momentos livres, elas corriam, sem sentido, com momentos de situação imaginária isoladas, fragmentadas, sem continuidades. Após essas constatações, apresentamos às crianças, uma atividade dirigida, através de uma história e de uma brincadeira de massinha, mediar a brincadeira, no sentido de tecer algum diálogo sobre a questão dos papéis assumidos em cada personagem moldado na massinha. Assim, pudemos compreender que as brincadeiras de papéis sociais são fundamentais para o desenvolvimento da criança, havendo necessidade de direcioná-las, pois a criança não cria de maneira espontânea as relações sociais e seus valores, e sim aprende isso com o adulto. Palavras-chave: Psicologia Sócio-Histórica. Brincadeiras de papéis sociais. Mediação

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Faculdade de Ciências e Letras – UNESP – Campus de Assis  Grupo 06   Página 7 

ATRIBUIÇÃO DE CAUSALIDADE ÀS MEMÓRIAS DA INFÂNCIA DE IDOSOS

BRUNA ANDRADE ROCHA; ELIZA CRISTINA ARANTES; FERNANDA CONSONI MOSSINI; GABRIELA DIAS DOS SANTOS; PATRÍCIA APARECIDA DE OLIVEIRA

Orientador: Prof. Dr. José Augusto da Silva Pontes Neto RESUMO: Esta pesquisa teve como principal objetivo uma melhor compreensão dos idosos na atual sociedade. Para isto utilizamos a Teoria das Relações Interpessoais proposta por Heider. O tema abordado foi uma memória marcante da infância do idoso entrevistado. Para entendê-los melhor foi preciso que estes atribuíssem causas às lembranças relatadas. A partir de seus relatos e suas atribuições causais foi possível classificá-las quanto ao assunto, às dimensões postuladas na teoria de Weiner, um seguidor de Heider, e por fim se foram atribuídas espontaneamente ou não. Ao fazer esta análise obtivemos como assunto marcante nas infâncias as brincadeiras, por seu teor lúdico e por ser um fator importante para o desenvolvimento do indivíduo, segundo várias teorias psicológicas. Para os porquês dos acontecimentos dos fatos foram classificados, em sua maior parte, como incontroláveis, estáveis e a mesma freqüência foi obtida para o lócus (interno/externo). Já para os porquês de terem sido estas as lembranças foi obtido maior número de causas externas, incontroláveis e estáveis. Ao tentar valorizar o idoso e também entendê-lo, buscamos mais instrumentos para entender a nós mesmos.

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Faculdade de Ciências e Letras – UNESP – Campus de Assis  Grupo 07   Página 8 

VALORES E GÊNERO EM BRINCADEIRAS DE FAZ-DE-CONTA

DE CRIANÇAS PRÉ-ESCOLARES

BÁRBARA CAIRES DE SOUZA; BÁRBARA LOUISE BONADIA; BRUNA ISABELLA RUSSO; ÉRICA FERRARI DO NASCIMENTO; FLÁVIA CRISTINE DO AMARAL

BERTHO; LILIAN THIAGO MONTANHA; PATRÍCIA MARIA SCANDIUZZI Orientador: Prof. Dr. Mário Sérgio Vasconcelos RESUMO: Considerando que vários autores valorizam as funções do brincar no desenvolvimento da criança e a presença de variáveis de gênero nas brincadeiras, decidimos realizar um estudo exploratório e comparativo de gênero no brincar de faz-de-conta entre meninos e meninas de três e seis anos, que freqüentam instituições municipais de Educação Infantil da cidade de Assis. Para isso, selecionamos crianças de duas dessas instituições pertencentes às faixas etárias de 3 anos a 3 anos e 11 meses e de 6 anos a 6 anos e 11 meses. Para isso, realizamos um estudo qualitativo fazendo uso de entrevistas semi-diretivas e observações das crianças brincando nas instituições. Os dados coletados foram organizados em quadros descritivos contendo os tipos de brincadeiras, os brinquedos utilizados, quantidade de participantes, gênero presente, gênero atribuído, conteúdos e local da atividade. Para facilitar a análise dos dados, elegemos, a partir da interpretação desses quadros, categorias que foram organizadas em tabelas e gráficos. A comparação das brincadeiras dos grupos das diferentes idades revelou que: a) as crianças de três anos apresentaram maior índice de brincadeiras mistas; b) as crianças de seis anos apresentam a mesma proporção entre brincadeiras mistas e separadas; c) a maioria das crianças de ambas as idades não assumem e/ou atribuem, na brincadeira, o papel do sexo oposto; d) quando ocorreu a atribuição de gênero ao sexo oposto, isso se deu, com maior freqüência, entre as crianças de três anos; e) para ambas as idades, a maioria das brincadeiras reflete situações vividas pela criança no cotidiano, no entanto, as crianças de 6 anos se prendem mais à brincadeiras do cotidiano imediato e as de 3 anos ao cotidiano distante (situações que se afastam da realidade diária da criança). Palavras-chave: Brincar, Faz-de-conta, Gênero, Educação infantil

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Faculdade de Ciências e Letras – UNESP – Campus de Assis  Grupo 08   Página 9 

ESTUDO DOS VALORES PRIORIZADOS PELAS ADOLESCENTES

GRÁVIDAS

ADRIANA DE ARAÚJO CORAZZA; CAROLINA RAMPAZZO MELOTTE; CELINA SODRÉ RIBEIRO; LARISSA BOTURA FONSECA; LÍGIA ASSUMPÇÃO BRUDER DI

CREDDO; LUANA VALERA BOMBARDA; NATHÁLIA DOS SANTOS LIMA Orientador: Dr. Nélson Pedro da Silva RESUMO: A adolescência é uma fase de moratória e, por isso, os adolescentes vivenciam conflitos que contestam o status quo vigente. Informamos que a adolescência não tem definição precisa. Para a Psicologia, a adolescência representa a perda da infância, ocorrendo a consolidação das condições para o ingresso no universo adulto, que se dá entre 12 e 18 anos de idade (ECA). Assim, o adolescente busca independência de seus pais, maior entrosamento com outros grupos sociais e consigo desenvolvimento sexual, que coincide com a puberdade. Os adolescentes passaram a ser alvos de instituições devido aos efeitos da sua busca de independência, traduzida pelo envolvimento com drogas, suicídios, depredação do patrimônio público, condutas violentas e gravidez precoce, que aumentou entre 1996 a 2006. Além disso, as pesquisas apontaram: sentimento de onipotência; existência de um pensamento mágico; não reflexão sobre as conseqüências da gravidez; busca de afirmação da sua identidade; tentativa de mostrar o quanto elas estavam insatisfeitas por terem sido colocadas num estado de moratória. A despeito disso, indagamos acerca dos valores prezados por tais jovens, uma vez que eles funcionam como elementos formadores do Ideal de Eu, podendo também explicar a ocorrência de tal fenômeno. Amparado, então, na teoria dos valores, entrevistamos adolescentes grávidas. Os resultados mostram que a maioria dos valores priorizados foram privados (cerca de 50%) e ligados à gloria (40%). Julgamos que elas optaram por tais valores, em razão de viverem e terem sido educadas conforme o ideário de uma sociedade neoliberal e globalizada, para o qual é central ter riqueza. Outra análise refere-se ao fato de que participantes acabaram voltando-se para questões individuais e relacionadas ao próprio corpo (afetuosidade, paciência, dedicação ao filho, boa convivência familiar e com o parceiro, a barriga, o aumento dos seios, o aparecimento de estrias, por exemplo). Concluímos que as adolescentes grávidas priorizam fundamentalmente valores privados e ligados à glória. A mudança só ocorre em relação ao tipo de valor escolhido. Palavras-chave: CAPS, Saúde Mental, Processo criativo, Psicologia junguiana.

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Faculdade de Ciências e Letras – UNESP – Campus de Assis  Grupo 09   Página 10 

PSICOLOGIA E FILOSOFIA

ANA ELIDIA TORRES; CAMILA BARBOSA LATENEK; LEANNDRU GUILHERME PIRES REIS SUSSMANN; LETÍCIA DAMASCO SILVEIRA; LUCAS CAETANO VILELA

LEMOS Orientador: Prof. Dr. Hélio Rebello Cardoso Jr. RESUMO: Este trabalho tem por objetivo entender a gênese da moral segundo Freud. O tema se desenvolve na proposta de analisar, principalmente, as teses apresentadas em “TOTEM E TABU” e “O FUTURO DE UMA ILUSÃO”, textos das obras completas de Freud. “Freud considera o tema moral, bem conceituado e definido pela filosofia, por isso sua principal motivação para o estudo deste, era a clínica” numa possível relação entre a moral e a neurose humana. Seu objetivo foi desvendar a origem da consciência moral nos indivíduos e na sociedade. Segundo ele, a moral não é natural, e sim criada a partir da convivência em comunidade, para regular os relacionamentos entre os homens” uma necessidade para a sobrevivência da espécie. Palavras-chave: Moral, valor, civilização; Freud

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Resumos dos Projetos do Programa Interdisciplinar de Iniciação Científica – 2007

Faculdade de Ciências e Letras – UNESP – Campus de Assis  Grupo 10   Página 11 

MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS E O PRECONCEITO: UM ESTUDO

COM ALUNOS DA FCL – ASSIS

DRIELI ALINE TEIXEIRA ROSALINO; JULIANA MEDEIROS SILVA; MARIANA FORTUNATA DONADON; MONIQUE GOLFETO SASAKI; THAÍS TONIELLO LONGHI Orientador: Dr. Eduardo Galhardo RESUMO: O presente trabalho analisa, fundamentalmente, a opinião dos universitários do Campus de Assis sobre questões referentes ao preconceito em relação a deficientes congênitos. A metodologia deste trabalho envolve a analise dos dados obtidos por meio de questionários sumarizados em tabelas e gráficos. Os questionários finais foram aplicados a 545 alunos, ou seja, 32% do total de alunos da Faculdade de Ciências e Letras de Assis. Buscamos verificar as relações entre malformações congênitas e o preconceito evidenciado, vivido, ou criticado pelo estudante, utilizando variáveis: classe socioeconômica, curso, mostrando assim a medida de associação entre as variáveis, sejam elas fracas, moderadas ou fortes. Verificamos a opinião dos estudantes quanto à presença do preconceito para com os deficientes na sociedade, se há meios para tentar resolve-lo, e como isso poderia ser solucionado. Os questionários foram aplicados aos alunos do 1º e 2º anos dos cursos de: Biotecnologia, Ciências Biológicas, História, Letras e Psicologia, e verificamos que não há uma diferença entre as opiniões dos alunos separados por curso, exceto em relação aos alunos do Curso de Ciências Biológicas cujos resultados mostraram uma associação moderada, ou seja, nas questões investigadas sobre o motivo que leva as pessoas a terem preconceito em relação a medida para solucionar esse problema. Uma possível explicação para tal resultado seria um maior interesse e o maior esclarecimento sobre as causas de malformações congênitas. Comparações entre o nível socioeconômico e as questões referentes ao preconceito mostraram-se não significantes para os demais Cursos. Considerando a amostra total analisada, concluímos que a vida acadêmica tanto quanto a classe socioeconômica não apresentam influencia sobre a opinião dos alunos nessas questões referentes ao preconceito. Palavras-chave: malformações congênitas; preconceito, universitários

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Faculdade de Ciências e Letras – UNESP – Campus de Assis  Grupo 11   Página 12 

A PERCEPÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS SOBRE A INFLUÊNCIA DA

MÍDIA NA FORMAÇÃO DO COMPORTAMENTO CONSUMISTA

ALEXANDER MACHADO LEITE DE SIQUEIRA; ALINE MAZZETO MOREIRA; CAROLINE BATISTA VILELA; MARINA COIMBRA CASADEI; PEDRO RODOLFO

MORELLI ; RODRIGO E SILVA BOTTARI Orientador: Prof. Dr. José Luís Guimarães RESUMO: Esta pesquisa teve como objetivo o levantamento de questões acerca das propostas de mídia, enquanto influência para a formação de uma cultura de consumo, e sua relação com a escolha da carreira profissional pretendida por jovens escolares do ensino médio. A pesquisa apoiou-se na hipótese de uma correlação entre a constituição de um potencial de consumo e a possibilidade de satisfazê-lo, a partir da escolha profissional. Participaram da pesquisa 80 jovens do ensino médio, com idades entre 15 e 19 anos, de duas instituições de ensino do município de Assis, sendo uma pública - EE Profº Léo Pizzato - e uma da rede privada - Colégio Santa Maria da Ressurreição - que se disponibilizaram a participar da pesquisa. Esse instrumento, testado previamente, composto por 12 itens, além da caracterização dos participantes quanto ao gênero, idade e condição sócio-econômica, também abordou questões relacionadas aos hábitos de consumo, objetivos dos estudantes em relação às propostas de ensino e carreira profissional. O questionário também permitiu verificar de que maneira adolescentes de diferentes classes sociais teriam acesso aos diversos meios de comunicação e qual o período de tempo comumente dedicado a cada mídia, sendo estas, a televisão, internet, leituras em geral e rádio, entre outros. Pretendeu-se também através dos levantamentos, abordar questões acerca da instrumentalização do conhecimento enquanto ferramenta de mobilidade social e a pragmatização de objetivos pessoais na escolha de uma profissão. Os resultados sugerem que os estudantes do ensino médio tenderiam a orientar suas ações sociais, destacadamente a escolha de uma profissão, com finalidade de satisfazerem suas necessidades de consumo. Além disso, sugerem ainda, em que medida a mídia pode influenciar esse comportamento, havendo uma possível correlação entre o modelo de mídia ao qual o sujeito habitualmente estaria exposto e o perfil de carreira profissional pretendida. Palavras-chave: Mídia – Comportamento – Profissão – Consumo – Estudantes

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Resumos dos Projetos do Programa Interdisciplinar de Iniciação Científica – 2007

Faculdade de Ciências e Letras – UNESP – Campus de Assis  Grupo 12   Página 13 

DUAS GRADES, DOIS PENSAMENTOS: DIFERENÇA NA FORMAÇÃO DO PSICÓLOGO DE ASSIS E BAURU.

AMÁBILE SASS JACOMO; ANDERSON PEREIRA DA SILVA; ANDRÉ DADANOS LOPES DA SILVA; JULIANA LOPEZ LIMA; LAYLA TATIANE CÔCO

Orientador: Prof. Dr. Hélio Rebello Cardoso Jr. RESUMO: O presente projeto defende a hipótese de que a diferença nas grades dos cursos de psicologia de Assis e Bauru, em função de certas orientações gerais quanto à formação acadêmica que nelas vigoram deve agir sobre a maneira dos formandos pensarem a sua prática profissional, tendo em vista, particularmente a idéia de que a influência do meio modifica o indivíduo e o nível em que o ambiente age sobre a estrutura psíquica do mesmo. Visamos demonstrar que, no decorrer dos anos a mentalidade se modifica, de acordo com a diferença das grades, já que o curso de Assis tem um enfoque mais humanista e o de Bauru mais biológico. A aplicação de pesquisas com alunos do primeiro e quinto ano dos respectivos cursos de psicologia das UNESP de Assis e Bauru foi o caminho tomado para comprovação da hipótese. O questionário foi estruturado para buscar maior afinidade com pensamentos mais subjetivos como a psicanálise e mais objetivos como o comportamentalismo, usando frases de autores que postularam idéias para essas vertentes como Freud e Skinner. A psicanálise pode ser considerada mais subjetiva tendo em vista o enfoque no indivíduo e sua construção de estruturas, e as emoções ligadas as suas lembranças dando então sua visão do que é o mundo, o indivíduo é visto então como uma extensão de seu inconsciente e diferenciado dos demais. O comportamentalismo é mais objetivo, pois se foca no comportamento do indivíduo, pautando-se no fato de que o comportamento pode ser modificado já que o indivíduo é passivo em relação às forças do meio, então ele é visto pelos seus atos. Os dados obtidos mais relevantes são a moda em contraposição com a menor freqüência relativa. Observando as modas, pode-se evidenciar o fato de se ter mais modas três em Assis que em Bauru, onde os primeiros anos de Assis e Bauru compartilham o mesmo número de modas três, o quinto ano de Assis tem o dobro e o mesmo ano em Bauru não apresenta nenhuma. Dados que podem ser relevados pela ótica de que os alunos da UNESP de Assis por terem uma formação mais enraizada no campo das ciências humanas levam, de acordo com esse campo de ciências, em consideração muito mais pontos de vista para chegar a uma conclusão, explicando então o caráter “indeterminado” de suas posições em relação aos assuntos tratados. Levando em consideração as menores freqüências relativas, o primeiro ano de Assis não apresenta nenhuma alternativa com freqüência de 0%, já o quinto ano apresenta duas, Bauru tanto no 1º ano quanto no 5º apresenta freqüências de 0% superiores, somando três e seis respectivamente. Uma possível explicação para esses resultados pode ser o caráter mais biológico da grade do curso de Bauru, que proporciona uma formação mais exatista, tendo uma formação mais objetiva, com isso, deixa seus estudantes mais focados e com opiniões menos divergentes. Mesmo este podendo ser considerado um projeto piloto, já traz a tona que sim, pode-se verificar que há uma influência do foco do curso na formação do profissional e pensamento do indivíduo. Podendo este projeto ser estendido, com uma melhor focalização dos assuntos tratados e as peculiaridades na forma de pensar dos envolvidos, tem-se a comprovação do grau de envolvimento do curso com seus cursandos. Levantando também a importância e a responsabilidade que se deve ter ao formar a grade curricular dos cursos superiores, pois a mesma influenciará o pensamento dos formandos e a sua atuação como profissional.

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Resumos dos Projetos do Programa Interdisciplinar de Iniciação Científica – 2007

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A ARTE COMO EXPRESSÃO DE SUBJETIVIDADE: ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DAS RELAÇÕES FAMILIARES NA CONSTITUIÇÃO DO

INDIVÍDUO A PARTIR DO FILME PINK FLOYD - THE WALL

CAROLINA CASTRO PAVÃO; POLIANE APARECIDA SARAIVA; RAFAELA

FERNANDA GEREMIAS; RAQUEL DE OLIVEIRA LUIZ Orientadora: Thassia Souza Emidio RESUMO: Este trabalho pretendeu, por meio de um olhar e de uma escuta psicanalítica, compreender a história de um personagem de um filme e, a partir disto, construir hipóteses sobre o mapeamento de seu mundo individual, estudando a dinâmica das relações familiares e a influência da família, especificamente do casal parental, na constituição do indivíduo. A personagem pertence ao filme The Wall, da banda Pink Floyd. O filme refere-se à história de vida de Roger Waters, baixista da banda e Syd Barret, ex-vocalista e guitarrista. Deste modo, podemos buscar a compreensão de sua história de vida a partir do referencial psicanalítico e da teoria da família. O método adotado para a análise baseia-se na proposta de Mezan (1998, 2002) em que o pesquisador, diante de uma obra de arte, procura desconstruir e reorganizar o discurso, de forma que este revele o que do discurso consciente recobre o inconsciente. Este estudo nos trouxe contribuições para o olhar clínico e para a prática em pesquisa científica. Contribuiu também para a reflexão da importância da família na constituição do sujeito e do papel do casal parental e sua importância no desenvolvimento do indivíduo. Possibilitou-nos a compreensão da dinâmica das relações familiares e estas questões contribuíram com conhecimentos específicos na prática clínica com famílias. Palavras-chave: Psicanálise, Arte, The Wall, Família

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CARACTERÍSTICAS DA UTILIZAÇÃO DA INTERNET POR ALUNOS DE ENSINO MÉDIO DE ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS

ANNE CAROLINE LIMA PEREIRA; LUCIANA ONUMA BORGES; RENAN FAZOLIN

MEDEIROS Orientador: Dr. Eduardo Galhardo RESUMO: A partir do momento que o computador passou a ser utilizado para comunicação e entretenimento devido à expansão da internet, seu uso fez com que o número de usuários aumentasse potencialmente. Esse aumento ocasionou mudanças na vida social dos internautas. Esse estudo visa analisar a relação dos jovens e a internet, pois o uso da Rede Mundial de Computadores entre eles, sempre atraiu uma maior atenção na sociedade, preocupada com os efeitos da exposição de novos conteúdos para um publico que ainda está em fase de formação. Para dar maior consistência a pesquisa, foram coletados dados de 381 alunos de escolas do município de Assis-SP, a partir de um questionário com 16 questões, as quais abordavam assuntos como nível socioeconômico, quantidade de horas dedicadas a internet, local preferencial para acesso, entre outros. O projeto tem como principais objetivos: analisar o uso da internet por alunos de Ensino Médio nas escolas públicas e particulares do município de Assis; comparar o uso da internet, em horas de acesso, ao nível socioeconômico e constatar se há diferenças no uso da internet entre horas e finalidade nas séries do Ensino Médio. Foi constatado, a partir dos resultados, que usuários pertencentes às Classes A e B dedicam mais tempo a internet semanalmente, comparados aos usuários das Classes C e D. Verificamos, ainda, que grande parte dos entrevistados não jogam em rede, e que a comunicação é o principal atrativo que a internet proporciona aos alunos do Ensino Médio, sendo utilizada também para pesquisas escolares. A partir desses resultados, foi observado que os jovens dão mais valor à ”vida virtual”, desprezando as relações da “vida real”, podendo resultar num possível uso patológico da internet, que por sua vez, provavelmente irá gerar problemas psicológicos diversos no indivíduo. Palavras-chave: internet, jovens, patologia

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PROCESSO CRIATIVO E SAÚDE MENTAL: UMA EXPERIÊNCIA NO

CAPS

CARINA HERY MISOBUCHI; CAROLINE CRISTINA AMBRÓSIO; CINTIA

MIYAZAKI; JULIA HORESH BRETTAS; PÂMELA TOSTA SOARES Orientadora: Sofia Dionizio Santos RESUMO: Este trabalho acompanha os avanços da saúde mental, representa a ótica anti-manicomial e acredita, sobretudo, na capacidade dos seres humanos de criar e produzir. A partir da experiência no CAPS “Ruy de Souza Dias”, buscamos compreender como as oficinas podem ser usadas como uma forma de intervenção; e relacionar as técnicas de intervenção observadas ao afloramento da criatividade, sob a perspectiva junguiana. Foram realizadas leituras acerca da teoria junguiana, interpretadas por diferentes autores, principalmente por Nise da Silveira, além de textos produzidos por Jung. Também foram realizadas leituras de textos enfocando a questão da saúde mental, mais detidamente com referência aos “CAPSs”. A pesquisa de campo se sustentou em observações participativas das oficinas, o que resultou na produção de relatórios descritivos que posteriormente serviram como material para discussão. Observamos o funcionamento das oficinas de artes, expressão corporal e áudio-visual, reconhecendo a importância dos CAPSs como alternativa no tratamento da Saúde Mental. A atividade terapêutica das oficinas é relativamente nova dentro do CAPS, sendo necessário perceber que ela esta em processo de desenvolvimento. Pensando na concepção deste novo imaginário a respeito da loucura, consideramos que a teoria junguiana atende às necessidades da saúde mental. Os sujeitos em condição de sofrimento psíquico encontram, através da arte, uma forma mais livre e espontânea de manifestar seus conteúdos psíquicos. Esta forma de expressão possibilita que os conteúdos inconscientes sejam manifestados através dos símbolos, que são dotados de grande significação na teoria junguiana.

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ENVELHECIMENTO E SUAS RELAÇÕES COM A TERCEIRA IDADE: UM

ESTUDO EXPLORATÓRIO

GIOVANNA VITALE LONGHI; MARIANA FERNANDES MOSCHIONI; MARINA VENTURINI DE ARAÚJO

Orientador: Prof. Dr. José Sterza Justo RESUMO: Atualmente, as pesquisas demográficas indicam o envelhecimento da população decorrente do aumento da expectativa de vida e da diminuição da taxa de natalidade. O Brasil tem hoje cerca de 9,3% de população idosa e estimativas atuais do IBGE nos projetam, para o ano de 2025, o 6º lugar no ranking mundial entre os países mais populosos em idosos em todo o mundo, com 15% de indivíduos acima dos 60 anos. Nesse sentido, é necessário que se atente para as condições de vida dessa população em seus aspectos biopsicossociais. Com o propósito de investigar como os idosos vivenciam relacionamentos amorosos e sociais, e como convivem com limitações físicas e demais dificuldades, realizamos uma entrevista semi-aberta com 9 sujeitos acima de 54 anos, participantes da Universidade Aberta à Terceira Idade, da UNESP, campus de Assis. A maioria dos entrevistados afirma que, mesmo apresentando algumas doenças, não se sentem limitados para realizações de tarefas do dia-a-dia. Suas relações sociais, em sua maior parte, estão circunscritas às atividades da UNATI, ao circuito familiar e religioso, além de atividades do núcleo da 3ª idade. Alguns apresentam frustrações relacionadas à viuvez, casamentos mal sucedidos e distanciamento da família, mesmo assim, sentem-se realizados no âmbito familiar e social. Pudemos perceber que a vivência em grupo e a prática de atividades físicas favorecem a sociabilidade e os vínculos, contribuindo para diminuir o sentimento de solidão. As limitações físicas que os teóricos apontam nem sempre são consideradas problemáticas para a grande maioria dos entrevistados, que sentem essa fase da vida como uma possibilidade de vivenciar novas realizações Palavras-chave: senescência, afetividade, terceira idade, velhice, idosos

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REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES SOBRE O BRINCAR NA PRIMEIRA SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL, APÓS A INTRODUÇÃO

DA LEI FEDERAL Nº 11274

BERNADETE APARECIDA MARTINS DOS SANTOS; CARLA JAQUELINE DE SOUZA; FERNANDA SARMENTO DA SILVA; JOSÉ ANTONIO CARUSO DE LUCCA; JULIANE

APARECIDA DA COSTA NG; NATÁLIA FERREIRA CAMARGO; PERI MALESSO LIRA NASCIMENTO

Orientador: Prof. Dr. Mário Sérgio Vasconcelos RESUMO: Estudos de vários autores da psicologia mostram a importância do brincar para o desenvolvimento infantil. Destacam que as brincadeiras contribuem para a construção da inteligência, estrutura afetiva, socialização e formação de valores. Dada essa importância e a recente implementação da Lei Federal 11274, com a qual a criança ingressa no Ensino Fundamental aos 6 anos, definimos como propósito realizar um estudo exploratório visando desvelar: a) como os professores do primeiro ano do ensino fundamental de nove anos reagiram com a implementação da nova Lei; b) como perceberam o brincar nesse novo contexto. Para tanto, realizamos entrevistas semi-diretivas com seis professores de três escolas do ensino público da cidade de Assis. Os dados foram organizados em quadros contento categorias elaboradas a partir dos conteúdos coletados. A análise destes nos permitiu constatar que: a) a maioria dos professores define como positiva a implementação da nova Lei; b) os professores afirmaram que a nova lei foi instituída por motivos políticos e pedagógicos que favorece a alfabetização; c) os argumentos que justificam a implementação da nova Lei são variados; d) tais argumentos valorizam a alfabetização aos seis anos, destacam que a lei induz a uma maior responsabilidade dos pais em exigir da criança a freqüência à escola e afirmam que a criança, próxima de completar 6 anos, já está preparada para a alfabetização; e) os professores são unânimes em valorizar o brincar na formação da criança; f) destacam que o tempo de brincadeira no novo contexto foi diminuído, mas que se justifica pelo fato das crianças estarem adentrando no ensino fundamental. Palavras-chave: Brincar; Desenvolvimento infantil; Lei Federal 11274; Alfabetização; Primeiro ano

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BELA ADORMECIDA E BRANCA DE NEVE: MULHERES CONTEMPORANÊAS?

CAROLINA ANDRÉA CAMPOS PIMENTEL; DOANE SÁBIO SERVIDONE; MARIA

CAMILA DOS SANTOS CAETANO; THIAGO RODRIGUES DE PAULA Orientadora: Ana Karina Barbosa RESUMO: Utilizando dos contos Bela Adormecida e Branca de Neve, na versão dos irmãos Grimm, visamos analisar a partir de uma perspectiva psicanalítica tais contos e os contrapor com alguns dos papéis exercidos pela mulher contemporânea. Haveria semelhanças entre mulheres do século XXI e mulheres tiradas do imaginário popular no século XVII? Embora sejam muitas as mudanças ocorridas em relação às mulheres durantes estes séculos, vislumbramos semelhanças entre estas figurações de feminino, feminino que entendemos aqui como o processo que leva a mulher em direção à sexualidade feminina. Alguns dados provenientes de nossa pesquisa com estudantes de graduação em Psicologia da Universidade Estadual Paulista, campus de Assis-SP, reforçam nossas aproximações entre tais mulheres, para 51,25% dos graduandos, a beleza é a característica principal das princesas; entendemos que nunca se valorizou tanto a beleza, ou melhor, o corpo belo como na contemporaneidade, os atributos corporais não guardam mais uma identidade: são a própria identidade. A imagem de mulher se justapõe com a da beleza, vemos o fascínio do mundo contemporâneo pela estética. Bordieu (1999) acreditava que a dominação masculina, que constitui as mulheres como objetos simbólicos, tem por efeito colocá-las em permanente estado de insegurança corporal, uma dependência simbólica: elas existem primeiro pelo, e para, o olhar dos outros, como objetos receptivos, atraentes, disponíveis.Delas se esperam que sejam femininas, ou seja, sorridentes, simpáticas, atenciosas, submissas, discretas e até mesmo apagadas.O príncipe , implorava aos anões , o caixão de vidro, com Branca de Neve morta: “Então dêem-me o caixão de presente, porque eu não posso viver sem ver Branca de Neve! Eu a respeitarei e amarei como o meu bem mais precioso”. Palavras-chave: Psicanálise e literatura

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FANTASIA E IMAGINAÇÃO NA TERCEIRA IDADE

LÍVIA SPOLADORE; RAQUEL GIGLIO DE OLIVEIRA; TALITHA REGINA

KISHIMOTO Orientadora: Fatima Itsue Watanabe Simões RESUMO: O termo Alemão Phantasie designa a imaginação. Não tanto a faculdade de imaginar no sentido filosófico do termo, como o mundo imaginário, os seus conteúdos, a atividade criadora que o anima. Os termos fantasias, fantasístico não podem deixar de evocar a oposição entre imaginação e realidade (percepção). Se fizermos desta oposição uma referencia principal da psicanálise, seremos levados a definir a fantasia como uma produção puramente ilusória que não resistiria a uma apreensão correta do real. Em formulações sobre os dois princípios do funcionamento mental, Freud opõe ao mundo interior, que tende para satisfação pela ilusão, um mundo exterior que impõe progressivamente ao sujeito, por intermédio do sistema perceptivo, o princípio da realidade. Imaginação, na acepção dada por J. Lacan, este termo é um dos três registros essenciais (o real, o simbólico e o imaginário) do campo psicanalítico. Este registro é caracterizado pela preponderância da relação com a imagem do semelhante. Nosso trabalho tem como objetivo desvendar os “mistérios” da fantasia e imaginação. A faixa etária da terceira idade nos chamou atenção para realizar esse trabalho; pois já são pessoas vividas e experientes que nem sempre realizaram seus sonhos e fantasias. Um verdadeiro desafio foi encarado, pois essa população é muito difícil de ser trabalhada, muitos deles vivem em asilos, esquecidos até mesmo pelos familiares, que muitas vezes os abandonam em situações precárias, fazendo assim com que os mesmos percam a vontade de viver, e esqueçam de seus próprios sonhos. Segundo o referencial da psicanálise, é possível entender um pouco mais sobre a importância da fantasia e imaginação no desenvolvimento do indivíduo. A partir deste, vamos investigar se os idosos possuem fantasias e verificar se é possível estabelecer alguma diferença entre os idosos que residem em asilos e os que não estão privados do convívio familiar e que também estejam inseridos em algum grupo social. Desta forma, pretendemos chegar ao entendimento sobre as fantasias presentes na vida dos idosos, por meio de estudos do modo pelo qual o individuo relaciona-se com estas vivências no momento atual, as recordações do passado e as projeções para o futuro. A fantasia cria uma liberação da satisfação imaginária dos desejos, omitindo a realidade. E é isso o que precisamos nos senhores de idade que tanto buscam viver uma vida de qualidade, mas acabam vivendo dentro de seu próprio mundo fechado. A partir deste estudo, podemos pensar nas seguintes questões: Qual a importância do fantasiar e imaginar para os idosos? Será que os idosos ainda fantasiam? Quais suas expectativas de vida? Quais são seus sonhos? Foram utilizados entrevistas individuais semi-dirigidas para alcançar o objetivo da pesquisa. Palavras-chave: Psicanálise e Arte

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COMPARAÇÃO DAS CONCEPÇÕES SOBRE CURA, FÉ E

RELIGIOSIDADE ENTRE OS ALUNOS DA UNESP DE ASSIS – BIOTECNOLOGIA, HISTÓRIA E PSICOLOGIA

ANDREA CAROLINA BENITES; DAMARIS DE FARIA ARAÚJO; JOSÉ PAULO DINIZ;

LÍVEA GOMES DE MELLO; PEDRO ALEPH NALDI; THAMIRIS FELIPE ROSA Orientador: Dr.Cláudio Edward dos Reis RESUMO: No atual contexto histórico sócio-cultural em que estamos inseridos, ainda presenciamos o impasse entre religião e ciência. Mesmo com a expansão tecnológica e científica, a ciência não conseguiu explorar por completo a influência dos fenômenos religiosos no processo de cura de doenças psíquicas e/ou físicas. O sujeito inserido em ambientes científicos como, por exemplo, a universidade, tendência teoricamente a ter um pensamento mais lógico desvinculado de questões abstratas, como a religião. Dentro desta perspectiva, a presente pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de identificar nos alunos da UNESP de Assis dos 1ºs e 4ºs anos dos cursos de Biotecnologia, História e Psicologia, as concepções de religiosidade, cura e fé, analisando e comparando as variáveis estatisticamente. Por meio dos dados obtidos, foram detectadas divergências entre as variáveis como opções religiosas, freqüência a cultos religiosos, etc. com os cursos e seus respectivos anos, o que resultou a diversas afirmações, dentre essas, o fato dos alunos, mesmo vivenciando o ambiente científico, continuarem a ter suas próprias crenças. Deve ser considerado que esse trabalho é uma pesquisa piloto que não tem caráter conclusivo e que deve ser estudado mais profundamente para conclusões precisas. Palavras-chave: fé, cura, religiosidade, universidade.