resumo_bioquimica[1]

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O vidro em laboratório - Não apresenta porosidade - Evita aderência de sujeira - É inerte a inúmeros reagentes - Não contamina a amostra - Pode ser transparente ou âmbar para soluções fotossensíveis - Estabilidade da forma - Vida útil longa - Pode ser aquecido Vidraria de precisão: possui graduação e não pode ser aquecida. Ex.: pipeta, proveta graduada, bureta, etc. Vidraria de semi-precisão: apresenta somente o volume aproximado: Becker, erlenmeyer Vidraria de não-precisão: não apresenta nenhum tipo de escala: balão de fundo chato, vidro de relógio, etc Tubo de ensaio: usado em reações bioquímicas Estante para tubos de ensaio: suporte de tubos de ensaio Tubo cônico: armazenamento e mistura de material em centrifugação Eppendorf: Armazenamento de materiais Becker: preparo e aquecimento de soluções Erlenmeyer: titulações e aquecimento de liquidos Balão de fundo chato: usado para aquecimento e armazenamento de liquidos Balão de fundo redondo: Aquecimento de liquidos e reações de desprendimento de gases Balão de destilação: Usado em destilações, possui saída lateral para condensação de vapores. Condensador: utilizado para condensar gases ou vapores na destilação Kitassato: usado para filtração à vácuo Funil de bunchner: usado em conjunto com o kitassato nas filtrações a vácuo Balão volumétrico: usado para preparar e diluir soluções Funil de separação: utilizado para separação de liquidos imiscíveis Funil: utilizado para transferência de liquidos e filtrações Proveta: medição de liquidos Bureta: usada para medidas precisas de liquidos Bico de bunsen: utilizado para aquecimento em laboratório Pipeta graduada: Medição e transferência rigorosa de liquidos

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Page 1: resumo_bioquimica[1]

O vidro em laboratório- Não apresenta porosidade- Evita aderência de sujeira- É inerte a inúmeros reagentes- Não contamina a amostra- Pode ser transparente ou âmbar para soluções fotossensíveis- Estabilidade da forma- Vida útil longa- Pode ser aquecido

Vidraria de precisão: possui graduação e não pode ser aquecida. Ex.: pipeta, proveta graduada, bureta, etc.

Vidraria de semi-precisão: apresenta somente o volume aproximado: Becker, erlenmeyer

Vidraria de não-precisão: não apresenta nenhum tipo de escala: balão de fundo chato, vidro de relógio, etc

Tubo de ensaio: usado em reações bioquímicasEstante para tubos de ensaio: suporte de tubos de ensaioTubo cônico: armazenamento e mistura de material em centrifugaçãoEppendorf: Armazenamento de materiaisBecker: preparo e aquecimento de soluçõesErlenmeyer: titulações e aquecimento de liquidosBalão de fundo chato: usado para aquecimento e armazenamento de liquidosBalão de fundo redondo: Aquecimento de liquidos e reações de desprendimento de gasesBalão de destilação: Usado em destilações, possui saída lateral para condensação de vapores.Condensador: utilizado para condensar gases ou vapores na destilaçãoKitassato: usado para filtração à vácuoFunil de bunchner: usado em conjunto com o kitassato nas filtrações a vácuoBalão volumétrico: usado para preparar e diluir soluçõesFunil de separação: utilizado para separação de liquidos imiscíveisFunil: utilizado para transferência de liquidos e filtrações Proveta: medição de liquidosBureta: usada para medidas precisas de liquidosBico de bunsen: utilizado para aquecimento em laboratórioPipeta graduada: Medição e transferência rigorosa de liquidosPipeta volumétrica: medição e transferência de volumes exatosPipeta de Sahli: utilizada nos exames de hemoglobinaFrasco reagente: armazenamento de soluçõesCamara de neubauer: contagem de células e/ou sedimentosCadinho: Aquecimento e fusão de sólidos à altas temperaturasDessecador: Com uma substancia chamada dessecante, é utilizado para guardar substâncias em ambientes com baixo teor de umidade.

Solução é uma mistura homogenea de duas ou mais substancias

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Soluto, é a solução que está dispersa na solução. Ex.: NaClSolvente é a substancia que possibilita a dissolução do soluto. Ex.: H2OÀs vezes torna-se dificil a distinção entre soluto e solvente. Ex.: agua e alcool. O soluto é a substancia em menor quantidade e o solvente é a substancia predominante.

Concentração comum é a quantidade em gramas de soluto existente em 100mL de solução . Ex.: Solução Fisiologica 0,9% (0,9g de NaCl em 100mL de H2O).

Concentração comum = Concentração (c) = massa (m) a unidade é sempre em g/L Volume (L)

A densidade de um material permite relacionar a sua massa com o volume ocupado por ele. A densidade da H2O é 1, portanto as densidades são sempre medidas pela H2O. Para leitura da densidade utilizamos o refratômetro. O densimetro permite determinar a densidade de um liquido, em gramas por centimetro cubico.

Densidade = massa (g) a unidade de medida é sempre g/cm3 Volume (cm3)

Dois átomos diferentes formam uma moléculaÍons com carga positiva são chamados cátions Na+

Íons com carga negativa são chamados ânions Cl-

Os íons opostos se atraem formando uma molécula de NaCl

Massa molar é o valor da massa de um elemento seguido da unidade de grama que corresponde à massa de 1 mol do elemento.H=1g C=12g N=14g O=16g

Calcule 0,4 mol de NaCl1 mol de NaCl -------- 58,5g 0,4mol -------- x

1mol.x = 0,4mol . 58,5X = 0,4 mol . 58,5 = x = 0,4 . 58,5 = x= 23,4g NaCl 1 mol 1

Molaridade ou concentração molar é a quantidade de matéria do soluto (em mol) em razão ao volume da solução (em litros) = mol/L

Quanto maior a concentração de [H+]hidrogênio, mais acido é o pHQuanto maior a concentração de [OH-] Hidroxido, mais base é o pHO pH neutro é igual a 7 onde a concentração de [H+] é igual a concentração de [OH-]

Diluir á acrescentar solvente em um reagente ou amostra para alcançar a concentração desejada.Bioquimica é a ciência que estuda os processos químicos que ocorrem nos organismos vivos.Biofisica á a ciência que aplica as teorias e métodos da física para resolver questões de biologia.

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Os métodos biofísicos para determinação de substancias orgânicas são:- Eletroforese: dosagem de proteína, lipídeos e hemoglobina;- Fotocolorimetria: Determinação de concentração de soluções;- Cromatografia: Separação e identificação de substancias.

Metabolismo é o conjunto de transformações que as substancias químicas sofrem no interior dos organismos vivo. É a soma do anabolismo e do catabolismo.

Anabolismo - O anabolismo ou metabolismo construtivo é o conjunto de reações que implicam a construção de moléculas a partir de outras, acarretando o crescimento, regeneração e manutenção de tecidos e órgãos. Para que uma reação anabólica ocorra, é indispensável a presença de substratos necessários e, principalmente, energia. Alguns exemplos de anabolismo são a síntese de proteínas a partir de aminoácidos dentro do tecido muscular e a formação de estoques de glicogênio através de moléculas de glicose.

Catabolismo - Parte do metabolismo que se refere à assimilação ou processamento da matéria orgânica adquirida pelos seres vivos para fins de obtenção de energia. O que eu como será transformado em energia.

Substancias organicas são aquelas substancias quimicas que possuem na sua estrutura o Carbono (C) e Hidrogenio (H), podendo estar presenta ainda oxigenio, nitrogenio, fosforo, etc. Ex.: Glicose, frutose, colesterol e proteina.

Moleculas organicas naturais são moleculas sintetizadas pelos seres vivos, estudadas pela bioquimica

Moleculas organicas artificiais são substancias que o homem produz, como o plastico.

Substancias inorganicas são as substancias da natureza que não possuem o carbono ligado a hidrogenio. São elas:- Íons: Na+, Cl-, K+

- Sais minerais: NaCl, CaCO3

- Ácidos: H2SO4, HCl- Bases: KOH, NaOH

Carboidratos: Na sua composição quimica são poliidroxialdeidos ou poliidroxicetonas, ou substancias que liberem esses compostos por hidrolise (reação química de quebra de uma molécula devido a água).A sua forma tem a seguinte relação 1:2:1 para C:H:O

Glicose (C6H12O6) Frutose (C6H12O6)

As menores estruturas de carboidratos vão de 3 a 7 atomos de carbono, sendo os mais comuns com 6 atomos (nos monossacarideos).

Na glicose temos duas ligações aldeído C=OH e na frutose 2 ligações cetona C=O

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As funções do carboidrato são:Gerar ATP (Trifosfato de adenosina) que armazena energia proveniente da respiração celular e da fotossíntese, para consumo imediato responsavel por- Produção de energia- Reserva energetica (Glicogenio)- Material de sustentação celular

Existem 3 classes de carboidratos:Monossacarideos: compostos sólidos, sem cor, vristalinos e soluveis em agua. A maior parte dos monossacarideos tem sabor doce. Ex.: Glicose, Frutose (frutas) e galactose (leite).

Oligossacarideos: São os dissacarideos mais comuns na natureza formados pela união de 2 a 10 monossacarideos. A ligação entre sacarideos para formação de um dissacarideo é chamada de ligação glicositica.

Dissacarideo Formados pelos monossacarideos

Fonte

Sacarose Glicose + frutose Cana/beterrabaLactose Glicose + galactose LeiteMaltose Glicose + glicose Cereais

Polissacarideos São polimeros de alto peso molecular, com mais de 10 monossacarideos ligados entre si. Podem ser homopolissacarideos (mais de 10 monossacarideos apenas de glicose, por exemplo) ou heteropolissacarideos (possui 2 ou mais tipos de monossacarideos com mais de 10 ligações entre eles).A digestão dos carboidratos ocorre atraves da hidrolise das ligações glicosilicas (reação química de quebra de uma molécula de glicose pela a água).

DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS

A digestão dos carboidratos ocorre pela hidrolise de ligações glicosilicas (reação química de quebra de uma molécula de glicose pela água). O carboidrato só é absorvido na forma de monossacarídeo, daí a importância da quebra dos polissacarídeos através da mastigação, onde a amilase salivar começa a quebrar os amidos.

No estomago não há nenhum tipo de enzima que quebre os carboidratos, o pH do estomago (8,0) faz com que a amilase salivar para suas funções. Essa etapa é chamada de desnaturação (paralisa a enzima).

No intestino encontramos as enzimas responsáveis pela quebra dos dissacarídeos: sacarase (quebra de sacarídeos glicose +frutose), lactase (glicose+galactose) e a maltase (glicose+glicose).

O dissacarídeos são absorvidos mais rapidamente que os polissacarídeos.Quando nos referimos a absorção de glicose, significa que os monossacarídeos estão

deixando o intestino para o sistema linfático, a fim de essa glicose seja filtrada antes de ser direcionada à corrente sanguínea.

O pico de glicose (tempo de absorção da glicose) ocorre entre 30 a 60 minutos.

METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS

Todos os monossacarídeos absorvidos passam pelo fígado (onde são transformados em glicose). Depois de 1 a 2 horas não existem mais frutose nem galactose no sangue pois os mesmos já se foram metabolizados pelo fígado e transformados em glicose.

A produção de energia é realizada por meio da glicose, dentro das células do organismo, daí a importância da glicose estar presente no sangue a fim de que o mesmo a envie para todas as células do corpo humano.

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Quando aumenta o nível de glicose no sangue, as ilhotas de Langerhans, no pâncreas, também inicia a produção de insulina (hormônio a base de proteína). A insulina tem como função permitir a passagem da glicose do sangue para dentro da célula.

Dentro da célula a glicose sofre a ação de uma enzima, que muda sua estrutura, tornando-se glicose ativada, impedindo que ela volta para a corrente sanguínea, passando a se chamar 6(p).

A 2ª fase da glicose na célula é o piruvato, que pode ser divido em 3 mecanismos:Piruvato anaeróbico: Por falta de O2, aumenta a concentração de lactato, gerando apenas 2

ATP’s. O organismo para gerar mais energia transforma esse lactato em novo piruvato, só que dessa vez, aeróbico.

Piruvato aeróbico: Mecanismo ideal onde o piruvato não vira lactato. Durante a rspiração celular o organismo produz a coenzima A, que oxidada produz H2O, rendendo 38 ATP’s em apenas 1 molécula de glicose.

Excesso de Glicose

À medida que a glicose aumenta, deve-se aumentar também a produção de insulina, o excesso de glicose é armazenado no fígado e nos músculos. Nesses órgãos a glicose é armazenada na forma de glicogênio (polissacarídeo).

O músculo guarda glicogênio para uso próprio se houver necessidade. O fígado devolve glicose para todo o organismo por meio do sangue. A glicose consumida em excesso é armazenada em forma de gordura por todo o organismo. O aumento de insulina é o responsável pelo armazenamento de gordura.

Quando sentimos fome, os níveis de glicose começam a cair (da mesma forma que os níveis de insulina). Quando a glicose e a insulina caem, aumenta o nível de glucagon (hormônio produzido pelas ilhotas α de langerhans do pâncreas). O glucagon estimula a quebra de glicose que retorna ao sangue forçando tambem a produção de insula e consequentemente a redução do próprio glucagon. O glucagon é retirado do glicogênio presente no fígado e não na gordura acumiulada.

Caso não haja alimentação nesse primeiro momento de fome, após algumas horas a fome retorna com maior intensidade, como o glucagon já foi praticamente todo utilizado do glicogênio, é mobilizado então os lipídios (da reserva de gordura) para a geração de energia.

DIABETES MELLITUS

A principal característica do diabetes é a hiperglicemia. Estima-se que 220 milhoes de pessoas no mundo sejam portadores de diabetes. 8% da população brasileira sofre desse mal. O diabetes aparece como a 6ª causa mais frequente de internação hospitalar.

A hiperglicemia pode ser causada por:- Deficiência de insulina ou a ausência dela;- Deficiência da ação insulínica a nível celular (quando mesmo produzida, a insulina não

funciona bem);- Diabetes do tipo I (ou insulino-dependentes) ou diabetes juvenil;- Diabetes do tipo II (ou não insulino-dependentes);- Tipos específicos de doenças pancreáticas, síndromes metabólicas e consumo excessivo de

corticoides;- Diabetes gestacional.

Diabetes do tipo I ou insulino-dependente

Geralmente acomete pessoas com menos de 30 anos. É mais comum em crianças em relação à do tipo II. É mais grave que a diabetes do tipo II. Doença auto-imune (o sistema imune ataca as ilhotas β de Langerhans). A doença é bem mais agressiva que a do tipo II.

Para desenvolver as doenças auto-imunes é necessária uma pré-disposição genética. Antes de a doença aparecer, geralmente ocorre estresse físico e/ou emocional.

Para regular a dosagem de insulina é obrigatória a aplicação da mesma. O tratamento ideal seria com bomba de infusão de insulina que aplicaria o hormônio automaticamente de acordo com a necessidade do organismo.

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Diabetes do tipo II

Tipo de diabetes mais comum, está relacionado com nossa vida moderna (má alimentação, sedentarismo, estresse, sobrepeso) e pré-disposição genética. Geralmente aparece após os 30 anos de idade, se não tratada, haverá necessidade de tratamento com insulina. Embora haja produção de insulina, a mesma não consegue ser bem distribuída no organismo.

Tipos específicos (raros) – doenças que desencadeiam o diabetes:

- Doença do pâncreas (pancreatite), onde o pâncreas ao consegue produzir insulina devido à sua infecção;

- Sindromes metabólicas, quando há dificuldade na absorção da glicose ou na produção de insulina

- Uso excessivo de corticoides – A cortisona estimula a liberação de glicose no sangue. Todo paciente diabético ao ser indicado o uso de corticoide, deve ficar sob constante observação.

SINTOMAS DO DIABETES

Aumento de apetite: como a glicose é necessária para entrar na célula (o que não acontece no diabetes) o organismo entende que não houve alimentação, mandando mensagem para o SNC ingerir glicose.

Sede intensa, aumento no volume de urina, desidratação e sudorese intensa: normalmente não se perde glicose na urina. A reabsorção de glicose acontece durante o limiar renal (limite dos rins absorver glicose no sangue), cujo o índice é de 160 – 180mg/dL de glicose no sangue. Caso o paciente ultrapasse esse limiar, o organismo deixa de reabsorver essa glicose, deixando a mesma na urina. Para formar a urina rica em glicose é necessário mais água, resultando em sede intensa e aumento no volume de urina. O volume de água que o diabético ingere nunca é suficiente, e como o paciente urina muito, ocorre a desidratação. O metabolismo aumenta para tentar resolver a redução da glicemia, ocasionando a sudorese (como o paciente precisa de mais água, é necessário perder ao Maximo a água que tem para poder ingerir mais ainda).

Perda de peso, ocasionada pela perda de lipídios no metabolismo.Cansaço, sonolência, demora de cicatrização, infecções nos pés, pele e aparelho

urogenital: o baixo acumulo de energia gera cansaço e sonolência, a falta de energia também afeta as células que, sem energia, demoram a cicatrizar. As infecções são relacionadas à deficiência do sistema imunológico (imuno-deprimido).

Visão embaçada: o aumento da glicose no sangue lesiona os capilares do olho.

COMPLICAÇÕES TARDIAS DO DIABETES

Quanto maior o controle da doença, menor será a chance de desenvolver complicações tardias. Tais complicações são mais comuns em pessoas que fumam:

- Vista embaçada- Catarata- Retinopatia (Inflamação da retina)- Nefropatia diabética- Neuropatia diabética- Impotência sexual- Aterosclerose (entupimento das artérias)- Falta de suprimento sanguíneo

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DIABETES GESTACIONAL

Consiste em uma alteração do metabolismo que se caracteriza pela ocorrência de hiperglicemia, induzida pela gravidez, portanto quando a gravidez termina, o distúrbio se encerra.

Ocorre em 4% das gestantes, após a 24ª semana de gestação.Os hormônios da gestante podem destruir a insulina, gerando aumento da glicemia. As

mulheres com maior tendência são as obesas e com sobre-peso, e mulheres acima dos 30 anos com antecedentes familiares de portadores de diabetes.

O exame (CURVA GLICEMICA) deve ser realizado entre a 24ª e 28ª semana de gestação.A placenta produz lactogenio placentário, hormônio com tendência a aumentar a glicemia.

Consequências da Diabetes Gestacional (em pacientes que não se cuidam):

- Aborto espontâneo- Morte fetal- Policitemia (aumento de eritrócitos)- Ictericia (aumento da concentração de bilirrubina)- Sindrome de dificuldade respiratória- Hipoglicemia- Neonato acima de 4kg

O maior problema das mães diabéticas é que elas não podem tomar medicação via oral, portanto ela é obrigada a manter dieta a fim de não ocorrer nenhuma consequência grave. O aumento da insulina retarda o desenvolvimento do pulmão do bebe, gerando nele dificuldades respiratórias. O aumento da insulina também provoca ligeiro aumento dos órgãos, aumentando o peso da criança.

Durante a gestação o bebe se acostuma a receber muita glicose e insulina. Ao nascer, a glicose passa a entrar em quantidades menores e a insulina em numero maior, gerando hipoglicemia no mesmo.

EXAMES PARA VERIFICAÇÃO DO DIABETES

- Glicemia Sérica – Independente de horário ou jejum – referencia 70 a 125mg/dL- Glicemia em jejum- Glicemia pós-brandial- Hemoglobina glicada- Prova oral de tolerância à glicose (curva glicêmica)- Automonitoramento da glicemia (glicosimetro)- Pesquisa de glicose na urina (presença da glicose)- Pesquisa de corpos cetônicos na urina- Glicosúria (concentração da glicose presente na urina)

GLICEMIA EM JEJUM

Exame de rotina com jejum entre 8 e 12 horas, jamais ultrapassar 16 horas de jejum. O valor de referencia é de 70 a 99 mg/dL. Estando o resultado entre 100 à 125mg/dL, o paciente deverá repeti-lo num intervalo de 15 dias, caso o resultado do segundo exame apresente valores normais pode ser que na realização do primeiro exame o paciente poderia apresentar algum tipo de infecção (algumas infecções podem aumentar a glicemia no sangue). Se o resultado se repetir (entre 100 e 125 mg/dL), significa que o paciente é intolerante à glicose (ou pré-diabetico), superior a 125mg/dL, o paciente já é considerado diabético.

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DOSAGEM DE GLICOSE (ESPECTOFOTOMETRO)- A fase pré-analitica, ou preparo, é aquele que antecede o exame- A reação é linear até 500mg/dL, acima desse valor deve ser feita diluição da amostra com solução fisiológica;- O valor de referencia geralmente está em 70 a 99mg/dL;- A amostra deverá ser realizada em soro ou plasma fluoretado (tubo com tampa cinza), com jejum de 8 a 12 hrs, jamais ultrapassar 16hrs de jejum;- Nas amostras de sangue com anticoagulante (tampa cinza) a concentração da glicose permanece estavel por até 8 hrs.;- O soro é estavel por até 2 hrs., por esse motivo é comum utilizar soro (tampa vermelha) nas avaliações de urgencia;- No plasma ou soro separados das células, a glicose permanece estável por 3 dias entre 2 e 8oC.

O espectofotometro deve ser ligado com 15 minutos de antecedencia às analises.Tubo “branco” (apenas reagente) é responsavel por “zerar” o espectofotometro.Tubo “padrão” (padrão + reagente) determina o fator Tubo “amostra” ou “desconhecido” (amostra + reagente) é onde é depositada a amostra do paciente (soro ou plasma).Homogeneizar e incubar no banho-maria por 10 minutos à 37oC.

Ler as absorbancias em 505nm, acertando o zero com o branco. A cor é estável por 30 minutos.

Devemos realizar sempre 3 padrões, a fim de encontrar um valor exato e diminuir as diferenças para determinar qual abosrbancia padrão utilizar

O cáulculo para dosagem de glicose é o seguinte

Fator = concentração padrão Absorbancia padrão

Gli = Fator x absorbancia da amostra

Na aula pratica realizada em laboratório utilizamos o kit da maraca Labtest cujo padrão era de 100mg/dL .

No tubo branco foi colocado 2mL de reagente de corNo tubo padrão foi colocado 2mL de reagente de cor + 20µL de padrãoNo tubo amostra foi colocado 2mL de reagente de cor + 20µL de soro

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Após 10 minutos em banho-maria chegou-se às seguintes absorbancias:

Absorbancia Padrão Absorbancia da amostra1 – 0,316 1 – 0,3742 – 0,325 2 – 0,3423 – 0,3414 – 0,324

Média = 0,326

Fator = concentração padrão = 100mg/dL = Fator = 306,75 Absorbancia padrão 0,326

Amostra 1 - Gli = Fator x absorbancia da amostra = 306,75 x 0,374 = 114,72mg/dL

Amostra 2 - Gli = Fator x absorbancia da amostra = 306,75 x 0,342 = 104,91mg/dL

As amostras demonstram que o paciente apresenta intolerancia à glicose.

TUBOS DE COLETA DE SANGUE

Tampa Roxa – Anticoagulante (EDTA), preserva bem as células, muito utilizado em hemograma,

utiliza o sangue total (plasma e elementos figurados (plaquetas, hemácias e leucócitos)).

Tampa Cinza – Anticoagulante (Fluoreto de sódio), impede a degradação da glicose, utiliza a parte

liquida do sangue (plasma)

Tampa Azul – Anticoagulante (Citrato), seqüestra o cálcio do material biológico, utilizado em

coagulograma, utilizando o plasma.

Tampa Verde – Anticoagulante (Heparina), utilizados em exames bioquímicos e testes toxicológicos,

utilizando o plasma.

Ao homogeneizar o tubo com anticoagulante, o sangue jamais se coagulará. Após a separação por

sedimentação, o sangue se separa em elementos figurados(hemácias, leucócitos e plaquetas) e

plasma (parte liquida).

Tampa Vermelha - Para se obter o soro (se refere ao plasma sanguíneo no qual os fatores de

coagulação (como a fibrina) foram removidos naturalmente. O soro sanguíneo é obtido através da

coagulação do sangue. Significa que o soro sanguíneo não possui os fatores de coagulação do sangue

total, que foram consumidos pela coagulação das hemácias. Normalmente utilizados para testes

sorológicos e pesquisa de anticorpos).

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HEMOGLOBINA GLICADA (OU GLICOSILADA)

Mostra como se comportou a glicemia do paciente nos ultimos 3 meses, em casos normais, a tempo médio de vida de um glóbulo vermelho é de cerca 120 dias. Durante este período, a hemoglobina presente dentro dos glóbulos vermelhos fica exposta a certos elementos como a glucose plasmática. Desta forma e dependendo da concentração de glucose plasmática, a glucose vai reagir com a hemoglobina de forma espontânea e não enzimática, formando-se assim a hemoglobina glicada. A técnica utilizada para a dosagem da hemoglobina glicada separa a hemoglobina glicada na hemoglobina normal.

Técnica utilizada: Micromatografia em coluna (Labtest)

Principio: A resina de troca ionica é carregada negativamente. Este exibe afinidade por moleculas de carga positiva. Na realidade o processo consiste na separação das hemoglobinas, filtrando somente a glicada, as demais hemoglobinas ficam retidas na resina.

Reagentes necessarios: - Tampão Hb (pH = 6,7);- Hemolisante;- Colunas para cromatografia

Amostra: Sangue total (EDTA), estavel por 5 dias entre 2 e 8oC.

Interferências: Amostras lipêmica(ricas em triglicerideos) ou ictéricas interferem na dosagem, fornecendo resultados falsamente elevados.

Procedimento 1 – Preparo do hemolosado (ruptura de hemacias da amostra):- colocar em um tubo de ensaio 400µL de hemolisante e adicionar 100µL da amostra;- agitar fortemente por 20 segundos e esperar por 5 minutos;- Se a hemólise for incompleta (a hemólise completa deixa o sangue vermelho translucido),

centrifugar e usar o sobrenadante ( o que fica por cima da solução, a parte menos densa);- Assegure-se que o hemolisado, tampão e as colunas estejam na mesma temperatura;

Procedimento 2 – Preparo da coluna:- A presença de bolhas de ar na resina interfere na drenagem do tampão;- Retirar a tampa superior da coluna, introduzir o bastão fazendo movimentos giratótios

descendentes e ascendentes para ressuspender a resina;- Remover imediatamente a tampa inferior, colocar a coluna em um tubo de ensaio e esperar

que todo o liquido penetre na resina;- A coluna está pronta;- Medir a temperatura do liquido que drenou.

Procedimento 3 – Cromatografia:- Adicionar 50µL do hemolisado sobre a resina, não a suspendendo para não formar bolhas

de ar;- Esperar que todo hemolisado penetre na resina;- Transferir a coluna para um tubo de ensaio limpo e seco, marcado tubo Hb-G.- Colocar 3,5mL de tampão, lentamente, na coluna;- A eluição (separação) termina quando o tampão penetra na resina;- Desprezar a coluna.

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Procedimento 4 – Colorimetria:- Em um tubo de ensaio (marcado Hb-total), pipetar 7mL de água destilada, adicionar 20µL

do hemolisado e misturar;- Determinar, no espectofotometro (que deverá ser zerado com agua destilada), as

absorbancias do tubo Hb-G e Hb-total em 415nm; - A cor é estavel por 4 horas.

A reação linear da Hb Glicada é de até 30% alem dos valores de referencia que é de 5,3 a 8,0%. A Hb-G do diabetico em tratamento deve ser >7%.

A cromatografia deve ser realizada numa temperatura em torno de 22oC , caso a temperatura seja abaixo ou acima dos 22oC, deverá ser utilizado fator de correção de temperatura constante na bula.

O calculo para a Hb-G é:

Hb-G = Abs. Hb-G x 20 Abs. Hb-total

As Absorbâncias encontradas foram : Hb-G = 0,248 Hb-total = 0,560

Aplicando-se a formula:

Hb-G = 0,248 x 20 = Hb-G = 0,443 x 20 = Hb-G = 8,86 0,560

Hb-G = 8,86 x 1,03 (correção da temperatura em lab. Que estava em 21oC)Hb-G = 9,1% ( Hb-G apresenta somente uma casa após a virgula enquanto o valor da glicose é

sempre inteiro)Para fazer a relação porcentagem Hb-G com concentração de glicose (mg/dL), utilizamos a

tabela abaixo

Teremos o seguinte resultado:

Media de glicose = 28,7 x (A1C) – 46,7Media de glicose = 28,7 x 9,1 – 46,7Media de glicose ~= 215mg/dL

Page 12: resumo_bioquimica[1]

GLICEMIA PÓS-BRANDIAL (EXAME DE ROTINA)

Glicemia basal onde a determinação da concentração da glicose é feita após 2 horas de uma refeição que contenha, no mínimo, 50g de carboidratos. Duas horas após essa refeição, a glicemia deve ser de até 120mg/dL.

É necessária 2 coletas no mesmo dia. Inicialmente é realizada glicemia em jejum, após a coleta é informado ao paciente que ele precisa retornar 2 horas após uma refeição, o ideal é que essa refeição seja o almoço, pois a quantidade de carboidratos é maior .

PROVA ORAL DE TOLERANCIA A GLICOSE (CURVA GLICEMICA)

- NUNCA, JAMAIS REALIZAR ESSE TESTE EM DIABETICOS- Utilizado para diagnostico de diabetes tipo II e gestacional;- Nos 3 dias anteriores ao exame, o paciente deve fazer uma dieta que contenha, no mínimo

150g de carboidratos/dia;- Antes da curva glicêmica, deve ser realizada a glicemia em jejum (podendo ser realizada no

aparelho de dextro), se os valores da glicemia em jejum foram inferiores a 120mg/dL, dar continuidade à curva glicêmica, acima desse valor, a curva glicêmica deverá ser suspensa;

- Esse teste consiste em efetuar dosagens glicêmicas em intervalos de tempo, após administração de glicose por via oral;

- As dosagens de glicose a serem administradas são: 75g para adultos; 100g para gestantes; Em crianças, a dosagem é de 1,75g por quilo/peso, até o Maximo de 75 g.

- Geralmente, a quantidade de glicose utilizada é de 2 a 3 dedos de dextrose, acrescentar água e misturar bem;

- O paciente deve beber a mistura em, no Maximo, 5 minutos. Se o paciente vomitar, o exame deverá ser remarcado;

- 30 minutos depois, colher a primeira amostra do paciente, as coletas deverão ser efetuadas a cada 30 minutos até o final da curva (2 horas). A ingestão de água é permitida.

CURVA NORMAL

Mg/dL

160

120

80

30 60 90 120 150 180 Tempo (min.)

Pico de absorção da glicose, 30 a 60 minutos. O individuo normal vai atingir durante o pico de absorção, no Maximo 160mg/dL de glicose. Ao mesmo tempo aumenta o nível de insulina,

Page 13: resumo_bioquimica[1]

impedindo que a glicose ultrapasse 160mg/dL. Após 2 horas, o índice de glicemia está em torno de 120mg/dL e cairão gradativamente.

CURVA ALTA – PRÉ DIABETICO (PROVAVEL INTOLERANCIA À GLICOSE)

mg/dL180

160

120

110

30 60 90 120 150 180 Tempo (min.)

O paciente pré-diabetico ultrapassa 160mg/dL no pico de absorção da glicose. A insulina não acompanha a sobrecarga de glicose. O paciente não conseguiu produzir insulina na mesma velocidade que a glicose, indicando que o pâncreas pode ter dificuldade na produção de insulina.

CURVA DIABETICA (COMO ELA SERIA, CASO EXISTISSE)

mg/dL

200

180

30 60 90 120 150 180 Tempo (min.)

O índice glicêmico do paciente diabético já é alto (200mg/dL), e como o paciente não produz insulina, a curva não reduz, se mantém estável, no mesmo patamar.

CURVA BAIXA (HIPOGLICEMICO)

Mg/dL

160

120

80

Page 14: resumo_bioquimica[1]

70

30 60 90 120 150 180 Tempo (min.)Hipoglicêmicos são pacientes que produzem grande quantidade de insulina, o limite da

glicose normalmente é de 70mg/dL. Ao se alimentar, a insulina aumenta bem mais que a glicose que geralmente não ultrapassa 120mg/dL. Logo após, o índice glicêmico cai para abaixo de 70mg/dL.

Os hipoglicemicos são pacientes que produzem grande quantidade de insulina ou diabéticos (principalmente aqueles que utilizam insulina). A principal característica dos hipoglicemicos é a diminuição da concentração de glicose sérica (valores abaixo de 70mg/dL). Os valores se tornam críticos se inferiores a 60mg/dL.

O intervalo para aparecimento de sintomas em hipoglicemicos é de apenas 10mg/dL abaixo do limite, ou seja, quando a glicose atinge 60mg/dL o hipoglicemico começa a apresentar alguns sintomas, enquanto que no diabético os valores para surgimento de alguns sintomas podem começar a aparecer quando a glicose estiver entre 160 a a80mg/dL.

Os sintomas mais comuns nos hipoglicemicos são: dores de cabeça, sudorese, tremor, sonolência, aumento do apetite, visão embaçada, pele mais fria, formigamento na boca e língua, dificuldade na fala, confusão mental, convulsões, desmaio, coma e evolução para óbito.

PERFIL LIPIDICO (LIPIDOGRAMA)

Lipidios são compostos orgânicos pouco solúveis em água, mas que dissolvem facilmente em solventes orgânicos, são componentes ideais das estruturas biológicas. O colesterol só está presente na gordura de origem animal, cada grama de lipídio apresenta 9Kcal.

FUNÇÕES DOS LIPÍDIOS

- Podem ser utilizados como fonte de energia. A principal fonte de energia é o carboidrato, mas na ausência dele o organismo metaboliza os lipídios a fim de produzir energia;

- Reserva energética (armazenamento da gordura corporal);- Constituinte estrutural da membrana. As membranas de todas as células é constituída por

uma bi-camada de lipídios e proteínas;- Isolante térmico. Pessoas com maior acumulo de gordura sentem menos frio;- Proteção contra choques mecânicos. - Precursores de hormônios como a testosterona e o estrógeno;- Absorção de vitaminas lipossolúveis(vitaminas que precisam de gordura para serem

absorvidas) ADEK.

OS LIPÍDIOS SÃO DIVIDIDOS EM:

Ácidos graxos: ácidos que são produzidos quando as gorduras são quebradas. São altamente solúveis em água, e podem ser usados como energia pelas células. São classificados em monoinsaturados, poliinsaturados, ou saturados;

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Triglicerideos: São as formas de armazenamento energético, constituindo depósitos no tecido adiposo. Quando preciso, é utilizado na formação de energia.

Fosfolipidios: Atuam na formação de bicamadas, que são as estruturas básicas das membranas.

Colesterol: É o precursor dos hormônios esteroides, dos ácidos biliares e da vitamina D.

Lipoproteinas: responsáveis pelo transporte de lipídios no sangue.

DIGESTÃO DOS LIPIDIOS

Ao contrario dos carboidratos, na boca não há quebra de lipídios, somente mastigação.No estomago também não há digestão dos lipídios.No intestino, os lipídios entram em contato com a bile e a lípase pancreática, dando inicio a

sua digestão.A lípase pancreática é uma enzima produzida no pâncreas que tem como função quebrar os

lipídios (geralmente os triglicerídeos), os reduzindo a ácidos graxos + glicerol.Após a quebra desses lipídios, os ácidos graxos se separam entre os que estão ligados com O2

e os que estão sozinhos. Todos os ácidos ligados com o O2 são chamados de polares (solúveis em água), e os demais

são chamados apolares (insolúveis em água) . A bile então reorganiza essa estruturas centralizando as gorduras polares e deixando expostas as gorduras polares, formando uma estrutura que chamamos de Micela, a partir daí a Micela é metabolizada e lançada na circulação linfática.

Os lipídios diferentes são reorganizados em lipídio humano na mucosa intestinal, esse lipídio é lançado no sangue na forma de lipoproteínas (todas as lipoproteínas tem a mesma estrutura da micela), portanto as lipoproteínas são solúveis em água, e têm como função transportar os lipídios.

LIPOPROTEINAS

QM (Quilomicrons)Sua composição é de 98% de lipídios(principalmente triglicerídeos) e 2% de proteína.Tem como função transportar e distribuir pelo organismo a gordura da dieta, principalmente

os triglicerídeos.É a primeira lipoproteína a ser absorvida após a alimentação, num individuo normal

permanece por até 2 horas na circulação sanguínea.O quilomicron é apenas a primeira lipoproteína a ser formada para dar origem às demais,

portanto ela não é diagnosticada no organismo sadio, apenas em indivíduos doentes, cujo soro fica lipemico (turvo).

São sintetizadas na mucosa intestinal.

VLDLPossui a mesma estrutura do QM após passar pelo fígado, mudando principalmente na sua

composição.É um complexo grande. Sintetizado no fígado. Sua composição é de 90% de

lipídios(principalmente triglicerídeos) e 10% de proteinas.

Page 16: resumo_bioquimica[1]

A principal função do VLDL é transportar lipídios para os outros tecidos, principalmente o tecido adiposo.

O VLDL permanece o tempo todo no organismo, mesmo em jejum.Após a distribuição dos lipídios o VLDL (anteriormente Quilomicron) passa a se chamar LDL.LDLÉ formado no plasma pelo catabolismo do VLDL.Sua composição é de 75% de lipídios (Principalmente o COLESTEROL) e 25% de proteínas.Cerca de metade do LDL circulante é absorvido pelo fígado ( a fim de evitar que o mesmo

circule no sangue e se acumule nas artérias) e o restante vai para os tecido extra hepáticos.

HDLÉ um colesterol isolado, independente das demais lipoproteínas, é feito sozinho.É sintetizado no fígado e no intestino, é liberado no plasma.Sua principal função é absorver o HDL liberado dos tecidos extra hepáticos e os levar para o

fígado.

Dispidemias (Niveis anormais de lipoproteínas no sangue)

As Hiperlipemias (Niveis muito acima do normal) podem ser primárias (origem genética) ou secundárias (Diabetes, síndrome nefrótica, hipotiroidismo, dieta, tabagismo e sedentarismo).

As hipolipemias (Niveis muito abaixo do normal) estão relacionadas a má absorção intestinal, hipertiroidismo e/ou fatores alimentares.

HIPERCOLESTEROLEMIA Aumento do colesterol total, principalmente o LDL.Hipercolesterolemia poligênica: é a forma mais comum, o colesterol varia entre 240 e

350mg/dL. Esta associado com a dieta e a genotipagem suscetível.Hipercolesterolemia familiar: é uma desordem autossômica dominante que produz elevações

do colesterol total e do LDL.

ATEROSCLEROSE É uma doença inflamatória, crônica, de origem multifatorial que ocorre em resposta à

agressão endotelial(células que revestem as paredes dos vasos), acometendo a íntima do vaso.A lesão aterosclerótica é caracterizada pelo acumulo de lipídios, proliferação celular e fibrose

na intima do vaso que provocam o estreitamento do lúmen do vaso.Geralmente acumula o LDL.A aterosclerose pode ocasionar doenças como esquemias, tromboses, Infarto agudo do

miocárdio, AVC e insuficiência renal crônica.Os fatores de risca da aterosclerose são:- Tabagismo;- Hipertensão arterial (> 140/90 mmHg);- Hipercolesterolemia (LDL < 160mg/dL);- HDL reduzido (<40mg/dL);- Diabetes melito;- Hipertrigliceridemia (>200mg/dL);- Obesidade;- Sedentarismo; - Idade (>45 anos nos homens e >55 anos nas mulheres);

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- Histórico familiar precoce em parentes de primeiro grau (<45 anos nos homens e <55 anos nas mulheres).

TRIGLICERÍDEOS São sintetizados no fígado e no intestino.Os quilomicrons e VLDL sofrem rápida metabolização pela ação da lípase lipoproteica (LPL).O acumulo de quilomicrons e/ou VLDL resulta em hipertrigliceridemia.

DOSAGEM DE COLESTEROL TOTAL – LIQUIFORM

Método: colorimétrico de ponto finalReagentes: Reagente I (armazenar entre 2oC a 8oC) Padrão – 200mg/dL (Padrão da marca Labtest)Observação: Não utilizar o reagente I, quando sua absorbância, medida contra a água em

500m, for igual ou maior que 0,300 ou quando mostrar-se turvo ou com sinais de contaminação, caso o reagente fique completamente rosa, deverá ser descartado.

Amostra: Soro, estável por 7 dias entre 2 e 8oC , e 6 meses a -20oC.Homogeneizar bem as amostras antes de iniciar a dosagem.Não utilizar amostras fortemente hemolisadasAnticoagulantes como: citrato, EDTA e oxalato, produzem resultados falsamente diminuídos.O jejum deve ser de 12 a 14 horas, abster-se de álcool durante as 72 horas que antecedem a

coleta do sangue, não se deve realizar atividade física nas 24 horas anteriores ao exame.Linearidade: A reação linear é até 500mg/dL

- Homogeneizar o soro, o padrão e o tubo branco, e incubar no banho Maria por 10 minutos numa temperatura de 37oC

- Zerar o aparelho com o tubo branco, determinar as absorbâncias do padrão e da amostra em 500nm.

- A cor é estável por 60 minutos.

Valores de referencia do COLESTEROL TOTAL

Desejável <200Limiar elevado 200-239

Elevado >240

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Cálculos: Fator = concentração padrão Absorbancia padrão

Col = Fator x absorbância da amostraCOLESTEROL (FRAÇÕES) – VLDL+LDL+HDL

Geralmente nos pedidos, vêm solicitado apenas “Colesterol total + frações”, mesmo assim devemos realizar a dosagem de triglicerídeos a fim de que possa ser calculado o valor do LDL.

Nos resultados de Triglicerídeos superiores a 400mg/dL, não realizamos as frações do colesterol, pois o sangue fica muito turvo, impedindo sua leitura no espectofotometro.

TRIGLICERIDEOSO jejum deve ser de 12 a 14 horas, abster-se de álcool durante as 72 horas que antecedem a

coleta do sangue, não se deve realizar atividade física nas 24 horas anteriores ao exame.Amostra: soro ou plasma heparinizado, sem hemólise e separado dentro de 3 horas após a

coleta.Valores de referencia

VLDLPara calcularmos o valor do VLDL, devemos, após realizada a dosagem de triglicerídeos, o

seguinte calculo:

VLDL = Triglicerideos 5

Os valores de referencia do VLDL são:

HDL A concentração de HDL é realizada por meio de teste laboratorialOs valores de referencia são:

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LDLPara chegarmos aos valores do LDL é necessário os resultados do Colesterol total, HDL e

VLDL, onde: LDL = CT – (HDL+VLDL)