resumo revista "o electricista" 30

21
LUZES quando o simples se torna difícil ou até impossível 2 REDES ENERGÉTICAS NACIONAIS REN, uma empresa ao serviço do país 4 ESPAÇO VOLTIMUM.PT um ano de actividade do voltimum Portugal 6 ESPAÇO AMB3E pilhas e acumuladores 8 ESPAÇO QUALIDADE momentos e factores críticos na implementação de sistemas de certificação da qualidade 10 a arte de estar em comunicação! 14 NOTÍCIAS 16 ARTIGO TÉCNICO protocolos de domótica por corrente portadora - domótica PLCbus: novo protocolo bidireccional encriptado 30 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E ENERGIAS RENOVÁVEIS transportes 34 FORMAÇÃO lições de electricidade 38 notas biográficas 40 práticas de electricidade 42 ventilação 46 BIBLIOGRAFIA 48 REPORTAGEM WEIDMÜLLER distingue parceiros em Portugal 50 segunda edição do Escola Electrão 52 produtividade, liderança e competitividade - Aveiro acolheu 4ª edição do PLC 54 ARTIGO TÉCNICO-COMERCIAL PHOENIX CONTACT: relatórios em tempo real dos consumos de energia eléctrica com e sem recurso a uma base de dados SQL 60 FLUKE: novas soluções em multímetros digitais 62 KAISER - Instalação personalizada de luminárias e altifalantes encastrados em betão à vista 64 DEC.MEDIDA: tektronix lança multímetros digitais de precisão de bancada 66 CALENDÁRIO DE FEIRAS E CONFERÊNCIAS 68 DOSSIER cabos e cablagem eléctrica 70 MERCADO TÉCNICO 94 PROJECTO 112 Director Custódio João Pais Dias [email protected] Director Técnico Josué Morais [email protected] Direcção Executiva Coordenador Editorial: Miguel Ferraz T. 225 899 628 [email protected] Director Comercial: Júlio Almeida T. 225 899 626 [email protected] Chefe de Redacção: Helena Paulino [email protected] Design Jorge Brandão Pereira em colaboração com Publindústria, Lda. Webdesign Martino Magalhães [email protected] Assinaturas T. 225 899 620 [email protected] Colaboração Redactorial Custódio Dias, Josué Morais, Ana Vargas, Pedro Lacerda Vale, Maria Manuel Costa, José Cordeiro, André F. Ribeiro de Sá, Jorge Castilho Cabrita, Manuel Teixeira, Paulo Peixoto, Carlos Coutinho, André Moreira, Eduardo Soares, João Nabo Alexandre Chamusca, António Gomes, Sérgio Ramos, Henrique Ribeiro da Silva, Sandra Saldanha, Edgar Bender, Manuel Peneda, Hilário Dias Nogueira, Paulo Monteiro, Ricardo Sá e Silva Miguel Ferraz, Helena Paulino Redacção e Administração Publindústria, Lda. Praça da Corujeira, 38 . Apartado 3825 4300-144 Porto . Portugal T. 225 899 620 . F. 225 899 629 www.publindustria.pt [email protected] Propriedade Publindústria, Lda Empresa Jornalística Registo nº 213163 Impressão e Acabamento Publindústria, Lda. Publicação Periódica Registo nº 124280 ISSN: 1646-4591 INPI Registo nº 359396 Tiragem 7000 Exemplares Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. Protocolos Institucionais STIEN, SIEC, SIESI, AFME, SINDEL, Voltimum, ACIST-AET, CPI Patrocionador Institucional

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Resumo revista "o electricista" 30

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Page 1: Resumo revista "o electricista" 30

LUZESquando o simples se torna difícil ou até impossível 2

REDES ENERGÉTICAS NACIONAISREN, uma empresa ao serviço do país 4

ESPAÇO VOLTIMUM.PTum ano de actividade do voltimum Portugal 6

ESPAÇO AMB3Epilhas e acumuladores 8

ESPAÇO QUALIDADEmomentos e factores críticos na implementação de sistemas de certificação da qualidade 10

a arte de estar em comunicação! 14

NOTÍCIAS 16

ARTIGO TÉCNICOprotocolos de domótica por corrente portadora

- domótica PLCbus: novo protocolo bidireccional encriptado 30

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E ENERGIAS RENOVÁVEIStransportes 34

FORMAÇÃOlições de electricidade 38

notas biográficas 40práticas de electricidade 42

ventilação 46

BIBLIOGRAFIA 48

REPORTAGEMWEIDMÜLLER distingue parceiros em Portugal 50

segunda edição do Escola Electrão 52 produtividade, liderança e competitividade - Aveiro acolheu 4ª edição do PLC 54

ARTIGO TÉCNICO-COMERCIALPHOENIX CONTACT: relatórios em tempo real dos consumos de energia eléctrica

com e sem recurso a uma base de dados SQL 60FLUKE: novas soluções em multímetros digitais 62

KAISER - Instalação personalizada de luminárias e altifalantes encastrados em betão à vista 64DEC.MEDIDA: tektronix lança multímetros digitais de precisão de bancada 66

CALENDÁRIO DE FEIRAS E CONFERÊNCIAS 68

DOSSIERcabos e cablagem eléctrica 70

MERCADO TÉCNICO 94

PROJECTO 112

DirectorCustódio João Pais [email protected]

Director TécnicoJosué Morais

[email protected]

Direcção ExecutivaCoordenador Editorial: Miguel Ferraz

T. 225 899 [email protected]

Director Comercial: Júlio AlmeidaT. 225 899 626

[email protected] de Redacção: Helena Paulino

[email protected]

DesignJorge Brandão Pereira

em colaboração com Publindústria, Lda.

WebdesignMartino Magalhães

[email protected]

AssinaturasT. 225 899 620

[email protected]

Colaboração Redactorial Custódio Dias, Josué Morais,

Ana Vargas, Pedro Lacerda Vale, Maria Manuel Costa, José Cordeiro,

André F. Ribeiro de Sá, Jorge Castilho Cabrita,Manuel Teixeira, Paulo Peixoto,

Carlos Coutinho, André Moreira, Eduardo Soares, João Nabo

Alexandre Chamusca, António Gomes,Sérgio Ramos, Henrique Ribeiro da Silva,

Sandra Saldanha, Edgar Bender,Manuel Peneda, Hilário Dias Nogueira,

Paulo Monteiro, Ricardo Sá e SilvaMiguel Ferraz, Helena Paulino

Redacção e AdministraçãoPublindústria, Lda.

Praça da Corujeira, 38 . Apartado 38254300-144 Porto . Portugal

T. 225 899 620 . F. 225 899 629www.publindustria.pt

[email protected]

PropriedadePublindústria, Lda

Empresa Jornalística Registo nº 213163

Impressão e AcabamentoPublindústria, Lda.

Publicação PeriódicaRegisto nº 124280ISSN: 1646-4591

INPIRegisto nº 359396

Tiragem7000 Exemplares

Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.

Protocolos InstitucionaisSTIEN, SIEC, SIESI, AFME,

SINDEL, Voltimum, ACIST-AET, CPI

Patrocionador Institucional

Page 2: Resumo revista "o electricista" 30

Quando o Decreto-Lei n.º 363/2007, relativo ao Regime Sim-

plificado Aplicável à Microprodução de Energia Eléctrica, foi

publicado parecia que tinha sido encontrada a fórmula má-

gica. Pretende-se que esta actividade constituísse um grande

mercado e, por isso, para facilitar a massificação pretendida, o

procedimento teria de ser simples e eficaz. À época, ao analisar

o referido documento, parecia que a solução adoptada corres-

pondia às exigências do que se pretendia. Um procedimento

de pré-registo simples, passível de ser feito em qualquer ponto

onde se disponha de um computador com acesso à internet, ao

qual se segue uma aceitação provisória, que se torna definitiva

após o pagamento, também ele simplificado, da devida taxa,

dando lugar à instalação dos equipamentos num prazo curto e

passando-se logo à fase final da certificação da exploração. Este

procedimento, que teoricamente parece perfeito, na prática

revelou-se um desastre. A periodicidade da abertura do portal

para o pré-registo parece não ter uma lógica evidente, ou pelo

menos suficientemente bem explicada e justificada; quando

está aberto ele parece não suportar a avalanche de utilizadores

que pretendem efectuar o pré-registo e, finalmente, parece que

quase metade dos que conseguem pré-registar-se, por alguma

razão não evidente, rapidamente desistem da vontade de ser

microprodutores e acabam por não pagar a taxa prevista.

Em face desta realidade parece que tudo está a correr mal e

as empresas que apostaram nesta área de negócio começam

a ver goradas as expectativas que tinham de desenvolvimen-

to e a não ter retorno dos investimentos que fizeram. Como

se chega a esta situação num mercado que se previa de forte

expansão? Será que é mais uma área de negócio condenada à

falência, quando se pretendia a utilização generalizada desses

equipamentos? É urgente fazer uma reflexão objectiva sobre a

situação e as dificuldades que ela apresenta, para que rapida-

mente se possam fazer os ajustes necessários a um bom funcio-

namento do sistema.

Um primeiro aspecto que deverá ser alterado está ligado à não

responsabilização de quem faz o pré-registo, permitindo-se

que possa pagar posteriormente após haver uma avaliação fa-

vorável. A enorme quantidade de casos de pré-registo aprovado

e, posteriormente, não concretizado leva-nos a pensar que, ou

as empresas não estão a informar devidamente os seus clien-

tes relativamente aos encargos financeiros inerentes, fazendo

quando o simples se torna difícil ou até impossível

com que eles desistam quando são confrontados com o valor

total do investimento, ou há empresas que abusivamente usam

clientes “fantasma” com o objectivo de garantir posições de

pré-registo aprovado, para poderem apresentar-se no merca-

do dando garantia prévia de pré-registo. Em qualquer dos ca-

sos estamos perante situações de falta de ética na actividade

profissional, a qual será diminuída se no acto de pré-registo

se obrigar ao pagamento (por exemplo, através de recurso ao

cartão de crédito) da totalidade da taxa associada, a qual será

devolvida na íntegra no caso do pré-registo não ser aceite e não

será devolvida no caso da entidade não concretizar o projecto,

à semelhança do que acontece com outras compras “on-line”

em que se pretende responsabilizar o comprador e evitar casos

que resultem em prejuízo para a entidade que presta o serviço

ou para outros utilizadores.

Associando a incompreensibilidade dos prazos de abertura

do portal de pré-registo com o facto daquele não suportar a

enorme quantidade de utilizadores que pretende aceder-lhe em

simultâneo, a solução parece clara: a metodologia da pré-ins-

crição terá de ser alterada, deixando de basear-se no critério dos

primeiros a conseguir o pré-registo numa janela temporal muito

limitada para passar a estar aberto em permanência. Havendo

uma quota de potência disponível durante um determinado

período, isso implicaria que os pré-registos não contemplados

numa determinada quota, se estiverem em condições de se-

rem aprovados, passariam pela ordem de chegada para a quota

seguinte e assim sucessivamente, sendo o cliente informado de

qual seria o tempo de espera até poder concretizar a instala-

ção e dando-lhe a possibilidade de desistir do pré-registo sem

qualquer penalização se considerar que o prazo é excessivo.

Enfim, haja vontade e a situação conseguirá mudar para algo

mais razoável.

Por ser o último número do ano, toda a equipa da revista

“o electricista” envia aos leitores, colaboradores e clientes, sin-

ceros votos de Boas Festas e de um excelente Ano Novo com

vista para o fim da crise.

Custódio Pais DiasDirector

LUZES

Page 3: Resumo revista "o electricista" 30

ESPAÇO QUALIDADE

Sendo as Auditorias uma ferramenta para a monitorização e verificação da im-plementação eficaz da Política da Qualidade, são também uma parte essencial das actividades de avaliação da conformidade com pressupostos anteriormente definidos pela Gestão.

Em anterior artigo, abordei a “Implementação de um SGQ – Sistemas de Gestão da Qua-lidade – principais dificuldades”. Agora, e numa perspectiva mais dirigida, gostaria de evidenciar a minha opinião sobre alguns exemplos que geralmente se podem traduzir em dificuldades nesta matéria, tanto para as Empresas como para os Auditores.

Exemplos:

Assim:

1. PARA AS EMPRESAS;

› Motivações ligeirasQuando se decide enveredar pela certificação, sem a necessária reflexão, nomeadamente ao nível das mudanças organizacionais, das práticas instaladas, da definição clara de objectivos e se segue simplesmente a tendência dos incentivos financeiros, ou das exi-gências de clientes corre-se o risco de entrar na via do “facilitismo”.

ESPAÇO QUALIDADE

Momentos e factores críticos na implementação de Sistemas de Certificação da Qualidade

por Pedro Lacerda Vale

Tende-se a construir uma estrutura sem conteúdo sustentado, visando apenas obter um certificado ao mais baixo custo, rapida-mente, e muitas vezes sem a afectação dos necessários meios e recursos.

Deve reflectir-se com algum cuidado, de modo a tomar a decisão enquadrada nos objectivos estratégicos da empresa de for-ma a construir um sistema sólido e robusto.

› Excessiva burocraciaGrande parte das entidades que se Certi-ficam, queixam-se que um processo desta natureza implica muita burocracia.

Na realidade não precisa de ser assim, pre-tendem-se sistemas “documentados” e não “sistemas documentais”

É importante perceber que não são as nor-mas em si mesmas que obrigam a criar su-portes documentais muito pesados, só se justificando manter essa estrutura se for útil, por exemplo:› processos especiais (soldadura, formação,

etc.)› planos de inspecção e ensaios para pro-

cedimentos operativos complexos (máqui-nas de controlo numérico, râmulas, etc.)

Pode recorrer-se à aplicação de software de gestão documental, a fim de agilizar a gestão da documentação, ou ter como orientação a NP 4433/2003.

Para as empresas Para os Auditores

Motivações ligeiras

Excessiva burocracia

Mudanças superficiais

Tendência à acomodação

Hierarquias, as responsabilidades, defini-ções e departamentos excessivos ou mal definidos

Falta de empenho efectivo da gestão de topo e das chefias intermédias

Pouco envolvimento os colaboradores

Reduzida utilização de ferramentas da Qualidade e de práticas estatísticas

A ideia da complexidade das Normas

Pouca persistência

A euforia após Auditoria

Decisões da empresa, “faz de conta” para auditor ver

Auditoria encarada como uma “inspecção”, como um “exame”

10

Page 4: Resumo revista "o electricista" 30

revista técnico-profissionalARTIGO TÉCNICO o electricista

30

protocolos de domótica por corrente portadora

Este protocolo de domótica foi desenvolvi-do pela ATS na Holanda em 2002. O nome utilizado inicialmente, na fase de desenvol-vimento, foi Power Line Communication Bus.Posteriormente, aquando da sua produção e comercialização, o nome comercial adoptado foi PLCbus. A comunicação digital encriptada e a bidirecionalidade são as principais carac-terísticas deste protocolo. O PLCbus apre-senta diversas vantagens acrescidas quando comparado com outros protocolos de domó-tica por corrente portadora, nomeadamen-te na fiabilidade e rapidez de execução das ordens executadas. Nos testes comparativos efectuados verificou-se uma rapidez três ve-zes superior relativamente aos sistemas por corrente portadora mais conhecidos como o X10 (protocolo de domótica por corrente portadora mais antigo e conhecido).

No PLCbus as ordens enviadas pela rede eléctrica através da encriptação do sinal permitem a utilização de até um máximo de 64.000 endereços numa mesma instalação. A bidirecionalidade permite o retorno da in-formação acerca do sucesso da execução da ordem. A fiabilidade dos comandos executa-dos é elevada, ou seja, é superior a 99.98 %. A encriptação do sinal permite também

José CordeiroMKTi – Domótica e Iluminação

evitar a passagem de sinais entre edifícios e isolar cada instalação de forma segura. A resistência ao ruído na rede eléctrica é tam-bém superior à do convencional X10.

A opinião generalizada dos utilizadores desta

O Powerline Communication Bus (PLCbus) é um novo proto-colo de domótica que utiliza a rede eléctrica como suporte de comunicação.

{DOMÓTICA PLCBUS: NOVO PROTOCOLO BIDIRECCIONAL ENCRIPTADO}

tecnologia é unânime, no que diz respei-to à fiabilidade e rapidez de execução dos comandos. A bidireccionalidade do sinal permite, como foi referido, saber a todo o momento o estado dos micro módulos ON ou OFF ou % de Dimmer.

Figura 1 . Esquema de Domótica PLCBus.

Page 5: Resumo revista "o electricista" 30

revista técnico-profissionalEFICIÊNCIA ENERGÉTICA E ENERGIAS RENOVÁVEIS o electricista

32

transportes

A figura seguinte ilustra que mais de um terço da energia final é consumida no sector dos transportes.

Figura 1 . Balanço energético de 2006, de energia final em Portugal (fonte: ADENE

- Agência para a Energia, 2009).

1› CONDUÇÃO MAIS EFICIENTEUma condução do tipo “Eco-Driving” – condução ecológica, susten-tável, eficiente, responsável – contribui para uma eficiência energé-tica nos transportes e nos impactos negativos associados, bem como aumento da segurança nas estradas.

› Efectuar a partilha dos veículos, sempre que possível, de e para o trabalho;

› Planear antecipadamente os percursos e escolher percursos des-congestionados;

› Conduzir suave e eficientemente em antecipação, evitando trava-gens e mudanças de velocidade inúteis. A antecipação das condi-

André Fernando Ribeiro de SáEngenheiro Electrotécnico, Gestor de Energia do Grupo Têxtil Riopele

ções de tráfego, ao evitar travagens e acelerações bruscas, propor-ciona cerca de 5 a 10% de economia de combustível. Este tipo de condução, dita defensiva, reduz também o desgaste do motor, dos pneus e dos travões;

› Reduzir a velocidade – a condução a velocidades altas aumenta os consumos específicos de combustível. Como curiosidade a pri-meira limitação de velocidade fora das localidades foi devida ao choque petrolífero de 1973;

› A uma velocidade constante, utilizar a mudança mais alta possível;› Mudar, logo que possível, para a mudança mais alta seguinte, sem-

pre que o tráfego permita;› Desligar o veículo sempre que esteja em filas de espera prolonga-

das, desde que este facto não acarrete situações de insegurança;› Evitar alterar as características aerodinâmicas dos veículos, com

barras ou outros acessórios. A resistência aerodinâmica é a prin-cipal força a vencer a partir dos 60 km/h. Um veículo que leve o porta bagagens montado poderá ter um aumento de consumo de 2% a baixa velocidade, até 20% a 120 km/h. Conduzir com os vidros abertos também modifica a aerodinâmica, originando maio-res consumos;

› Evitar pesos desnecessários quer no porta bagagens, quer no te-jadilho. Além da resistência aerodinâmica, as outras resistências a vencer são ao rolamento e a inércia, ambas dependentes do peso do veículo. Uma sobrecarga pode chegar a produzir não só um aumento do consumo, entre 3 a 5% por cada 100 kg de peso adi-cional, mas também um aumento nos custos com manutenção, nomeadamente nas suspensões, travões e motor;

› Executar os planos de manutenção / revisão de acordo com as recomendações do fabricante;

› Ajustar a pressão dos pneus do veículo, em função da sua carga e

O transporte de matérias-primas, produto acabado e pessoas é indispensável para o normal desenrolar da operação industrial. Existem várias frentes de ganho de eficiência nos transportes: através da tecnologia, da gestão da procura, dos fluxos e dos comportamentos dos condutores. Existem, essencialmente, qua-tro famílias de instrumentos de intervenção sobre o sistema de transportes: preços, regulamentos, informação e usos de solo.

Page 6: Resumo revista "o electricista" 30

revista técnico-profissionalFORMAÇÃO o electricista

38

liçõesLIÇÕES DE ELECTRICIDADE

58.3› PILHAS PRIMÁRIAS

58.3.1› Introdução históricaEm 1936, um arqueólogo austríaco encon-trou um objecto perto de Bagdad, no Iraque, onde era a antiga Mesopotâmia.

Figura 260 . Vaso de barro originário da Mesopo-

tâmia.

O objecto era um vaso de barro e foi data-do como sendo do século I . No seu interior encontrava-se um tubo de cobre e um fio de ferro suspenso perto do tubo de cobre.

Figura 261 . Vaso de barro em corte.

Não se encontrou outra explicação para o vaso que não fosse de se tratar duma pilha eléctrica. O vaso foi encontrado na casa do que parecia ser um mágico e a utilização do vaso como pilha poderia eventualmente ser a de servir para tirar dores, pois os mági-cos funcionavam na época como médicos. É uma hipótese e possivelmente não será fácil vir a saber a verdade. O que é um facto é que dois metais num meio ácido produzem uma diferença de potencial e é este facto que está na origem da pilha eléctrica, como adiante se refere.

No final do século XVIII, o fisiologista ita-liano Luigi Galvani1 fez diversas experiên-cias em rãs dissecadas e entre elas verificou

Jorge Castilho CabritaEngenheiro Electrotécnico (IST)/Professor do Ensino Secundário

Com este artigo dá-se início ao estudo da pilha primária, que constituiu o primeiro gerador eléctrico artificial capaz de for-necer uma corrente contínua de forma continuada. Este tipo de gerador, conhecido simplesmente por pilha, foi concebido pela primeira vez por Volta em 1800. Começamos por uma breve introdução histórica que começa muito antes de Volta.

29º. PARTE Electroquímica (4ª parte) – Pilhas primárias (1ª parte)

que as coxas das rãs se contraíam quando em contacto com um arco constituído por dois metais diferentes. Na época, os conhe-cimentos sobre electricidade restringiam-se à electrostática. Galvani pensou que a causa do fenómeno residia numa forma de “electri-cidade animal”, característica dos seres vivos.

Uma das pessoas que se opuseram a esta in-terpretação foi o Professor de Física da Uni-versidade de Pavia, Alessandro Volta2, para quem só havia uma forma de electricidade e para quem a origem da electricidade estava nos metais (que entram na constituição dos seres vivos) e não nos animais.

Uma experiência que Volta fez foi apertar a

Figura 262 . Imagem de uma das primeiras pilhas de Volta.

Page 7: Resumo revista "o electricista" 30

revista técnico-profissionalFORMAÇÃO - PRÁTICAS DE ELECTRICIDADE o electricista

Sequência de Controlo a Passo Normal - excitação a uma bobina Cada uma das bobinas é ligada sequencialmente.

Sequência de Controlo de Passo Normal - excitação a duas bobinasAs bobinas adjacentes são ligadas simultaneamente. Note que neste caso o campo magnético resultante será multiplicado pela raiz de dois. Logo, o binário do motor aumentará. Outra vantagem deste algoritmo é que a bobina 2 é sempre o inverso da bobina 4, e a bo-bina 3 é sempre o inverso da bobina 1. Assim, é possível controlar o mesmo motor utilizando apenas dois sinais ao invés de quatro.

ficha prática n.º 20{MOTORES PASSO-A-PASSO: PARTE II}

MODOS DE EXCITAÇÃOHá três modos de excitação usualmente usados: passo normal, meio-passo, e micro-passo.

› Passo Normal (Full-Step)Na operação de passo normal, o motor usa o ângulo de passo nor-mal, como por exemplo: um motor de 200 passos/revolução em pas-so normal anda em passos de 1.8 graus, enquanto em operação de meio-passo, opera com passos de 0.9 grau.

Há dois tipos de passo normal:› Única excitação de fase: o motor é operado com só uma fase ener-

gizada de cada vez. Este modo só deve ser usado onde o binário e a velocidade não são importantes, por exemplo, onde o motor é operado a uma velocidade fixa e com condições de carga bem de-finidas. Problemas com ressonância podem impedir operação em baixas velocidades. Este modo requer menos potência do que os demais modos de excitação.

› Excitação dual: é onde o motor é operado com as fases energiza-das duas de cada vez. Este modo proporciona um bom binário e velocidade com poucos problemas de ressonância. Excitação dual disponibiliza aproximadamente 30 a 40 % mais binário do que a excitação única, mas também requer o dobro de potência da fonte.

› Meio-Passo (Half-Step)A excitação de meio-passo é a excitação única e dual alternadas, que resulta em passos com metade do tamanho de um passo normal. Este modo dobra a resolução. O binário do motor varia ao alternar o passo, e isto é compensado pela necessidade de se usar um passo com metade do ângulo normal. Este modo é totalmente livre de pro-blemas de ressonância. Pode operar motores numa grande faixa de velocidades e com quase qualquer carga comummente encontrada.

› Micro-Passo (Micro-Step)No modo de micro-passo, o ângulo de passo natural de um mo-tor pode ser dividido em muitos ângulos menores. Por exemplo, um motor com 1.8 graus tem 200 passos/revolução, com o modo micro-passo em divisor de 10, ele passaria a ter passos de 0.18 graus e 2.000 passos/revolução. Tipicamente, modos de micro-passo va-riam de divisor de 10 a divisor de 256 (51,200 passos/revolução para um motor de passo de 1.8 graus). Os micro-passos são produzidos proporcionando corrente nas duas bobinas, de acordo com o seno e co-seno. Este modo só é usado onde é necessário um movimento “macio” ou uma maior resolução.

Manuel Teixeira e Paulo PeixotoFormadores da ATEC - Academia de Formação

42

Page 8: Resumo revista "o electricista" 30

revista técnico-profissionalFORMAÇÃO o electricista

46Texto cedido por Soler & Palau, Lda.

DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADESNos recintos onde haja piscinas, produz-se uma elevada evapora-ção de água que posteriormente se condensa nas zonas mais frias do recinto.

Consequentemente, é necessário um certo grau de ventilação para se eliminarem as condensações mas, por outro lado, deve contro-lar-se a temperatura do ar introduzido para não arrefecer brusca-mente a massa de ar interior e provocar um efeito de neblina em simultâneo com uma sensação desagradável para os utilizadores.

Neste caso, estando a piscina localizada no interior do próprio gi-násio, é difícil calcular o caudal adequado para a correcta elimina-ção da humidade (caudal que seria relativamente baixo se apenas considerássemos a superfície da piscina, uma vez que são neces-sários caudais da ordem dos 15 m3/h.m2 de superfície da piscina), pelo que, em função do tipo de instalação, se opta pela aplicação do Regulamento de Instalações Térmicas nos Edifícios (Norma Es-panhola ITE 02.2.2, “Qualidade do ar interior e ventilação”) o qual determina que se terão em considerarão os critérios da norma em questão para a ventilação deste tipo de recintos.

Essa norma aplica caudais de ventilação em função, neste caso, da superfície do recinto em causa. Assim, para piscinas o caudal é de 2,5 l/s m2 enquanto que para ginásios é de 4 l/s m2.

Em face do exposto, propõe-se que se façam cálculos com base no valor mais elevado, pelo que o caudal adequado para a ventilação do ginásio será de

Q = 144 x 4 = 576 l/s = 2074 m3/h

{VENTILAÇÃO DE UM GINÁSIO COM PISCINA}

casos de aplicação

O PROBLEMA

DADOS A TER EM CONSIDERAÇÃO

Um ginásio tem, na sua zona central, uma pequena piscina climatizada pelo que, devido à temperatura ambiente, a evaporação da água provoca humidade nas paredes bem como a formação de bolores.

O ginásio tem uma superfície de 144 m2 e 2,5 m de altura, o que dá um volume de 360 m3.A piscina central tem uma superfície de 16 m2.

A SOLUÇÃOUma vez que se trata de uma instalação “mista” (ginásio e piscina), sugere-se a realização de uma instalação de extracção, através de uma conduta para o caudal total a extrair e uma segunda condu-ta para impulsão, mas com um caudal menor e que aspire o ar do exterior e o introduza no interior depois de passar numa bateria de aquecimento, descarregando na zona posterior à piscina. Consegue-se deste modo, para além da ventilação do próprio ginásio, também o controlo da evaporação da piscina criando-se uma suave corrente de ar que conduza o ar húmido até à extracção.

› Referências dos equipamentos escolhidosSistema de extracçãoCVB-240/180 1/3 CV (Monofásica 220 V)Sistema de impulsãoCVB-4/180 – 180 1/5 CV (Monofásica 220 V)

Figura 1 . CVB-CVT

Page 9: Resumo revista "o electricista" 30

calendárioFEIRAS . CONFERÊNCIAS

68

FEIRA TEMÁTICA LOCAL DATA CONTACTO

SEMICON Feira sobre semicondutores: produção Seul 3 a 5 Fevereiro 2010 SEMItécnicas e materiais Coreia do Sul [email protected]

www.semi.org/en/index.htm

E-WORLD Feira e congresso sobre geração Essen 9 a 11 Fevereiro 2010 Messe Essen GmbHENERGY & WATER de energia Alemanha [email protected]

www.messe-essen.de

INTERCLIMA + Feira de climatização Paris 9 a 12 Fevereiro 2010 Reed ExhibitionsELEC HOME França www.reed.fr

MODERNI VYTAPENI Feira Internacional para profissionais Praga 25 a 28 Fevereiro 2010 Terinvest S.R.Ode aquecimento e ar condicionado Rep. Checa [email protected]

www.terinvest.com

SINERCLIMA Feira de climatização e energias Batalha 25 a 28 Fevereiro 2010 ExpoSalãorenováveis Portugal [email protected]

www.exposalao.pt

ENEX2010 Feira internacional de energia Kielce 3 a 5 Março 2010 KielceTradeFairsPolónia [email protected]

www.targikielce.pl

CABEX - CABLE, WIRE Exposição internacional especializada Moscovo 16 a 19 Março 2010 MVKAND ACCESSORIES de cabos, fios, fixação de hardware, Rússia [email protected]

instalação e tecnologias www.mvk.ru/eng

AMPER 2010 Feira internacional de eletrotécnica Praga 13 a 16 Abril 2010 Terinvest Ltd. e eletrónica Rep. Checa [email protected]

www.terinvest.com

HANNOVER MESSE 2010 Feira internacional de tecnologias Hanôver 19 a 23 Abril 2010 Câmara do Comércio e Industria Luso-Alemãindustriais Alemanha [email protected]

www.hf-portugal.com

EXPO ELECTRONICA Exposição de componentes Moscovo 20 a 22 Abril 2010 Crocus Expo 2010 electrónicos e equipamentos de Rússia [email protected]

assemblagem www.primexpo.ru

EWEC 2010 Conferência e exposição europeia de Varsóvia 20 a 23 Abril 2010 EWECenergia eólica Polónia [email protected]

www.ewec2009.info

EXPOCONSTRÓI 2010 Feira de equipamentos e materiais Batalha 21 a 25 Abril 2010 ExpoSalãopara a construção civil Portugal [email protected]

www.exposalao.pt

TEKTÓNICA Feira de construção e obras públicas Lisboa 11 a 15 Maio 2010 FIL - Feira Internacional de LisboaPortugal [email protected]

www.fil.pt

GENERA 2010 Feira internacional de energia e Madrid 19 a 21 Maio 2010 Ifema (Feira de Madrid)meio ambiente Espanha [email protected]

www.ifema.es

AUTOMÁTICA 2010 Feira de automação Munique 8 a 11 Junho 2010 MundiFeirasAlemanha [email protected]

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

70

dossierCABOS E CABLAGEM ELÉCTRICA

REDES ESTRUTURADASAndré Moreira, Departamento de Engenharia Informática do Instituto Superior de Engenharia do Porto

SOLUÇÕES DE CABOS PARA APLICAÇÕES EXIGENTESEduardo Soares e João Nabo, Policabos, S.A.

SISTEMAS ELECTRÓNICOS DE SEGURANÇA: ANÁLISE DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃOAlexandre Chamusca

CABOS DE FIBRA ÓPTICA - O FUTURO DAS TELECOMUNICAÇÕESAntónio Gomes e Sérgio Ramos, Departamento de Engenharia Electrotécnica do Instituto Superior de Engenharia do Porto

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

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redes estruturadas

CABLAGEM ESTRUTURADAO sistema de cablagem deve ser organizado de forma hierárquica em subsistemas de cabla-gem que reflectem a realidade física das instalações. Esta organização designa-se cablagem estruturada. Cada subsistema consiste numa estrela centrada num ponto de distribuição de cabos, designado distribuidor.

O subsistema de backbone de campus é necessário quando a instalação envolve mais do que um edifício, é constituído por um distribuidor de campus (CD – Campus Distributor) e o backbone de campus. O backbone de campus é um conjunto de cabos, dispostos em estrela, que interligam o distribuidor de campus a cada um dos distribuidores de edifício existentes.

André MoreiraProfessor Adjunto do Departamento de Engenharia Informática do ISEP

Cada edifício possui o seu próprio subsiste-ma de backbone de edifício, constituído por um distribuidor de edifício (BD - Building Distributor) e backbone de edifício que in-terliga o distribuidor de edifício a cada um dos distribuidores de piso.

O subsistema de piso forma uma estrela cen-trada no distribuidor de piso (FD – Floor Dis-tributor), contendo na extremidade de cada cabo uma tomada de rede acessível aos utili-zadores finais. Considera-se que a cablagem estruturada termina nestas tomadas.

Se necessário, é possível definir um subsis-tema adicional para uma zona particular de um piso. O subsistema de área de trabalho justifica-se quando um determinado local, afastado do distribuidor de piso, necessita de uma densidade de tomadas de rede su-perior ao normal. Nestes casos, criar no local um subsistema de área de trabalho é uma solução interessante que evita a necessida-de de um elevado número de cabos até ao distribuidor de piso.

A arquitectura óptica centralizada, con-templada nas normas, representa uma al-teração em sentido contrário, eliminando o

O projecto e a instalação de redes de dados em edifícios são activi-dades reguladas por um conjunto de normas dispersas em diversos documentos, publicados por organismos internacionais. Sob o pon-to de vista de normalização, o tema “redes de dados” é abrangente, incluindo aspectos relativos ao fabrico do “hardware”, como por exemplo características eléctricas e mecânicas de cabos e conec-tores. Partes de algumas destas normas têm aplicação efectiva no projecto e instalação de redes. A abordagem presente incide sobre a utilização dos princípios aplicáveis presentes nestas normas, alia-dos a um conjunto de “boas práticas”.

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

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soluções de cabos para aplicações exigentes

CABOS PARA SISTEMAS FOTOVOLTAICOS A crescente necessidade de dar respostas eficazes e duradouras na produção de energia a partir de fontes renováveis impõe um desen-volvimento técnico crescente e assente em parâmetros de qualidade, sendo que dos sistemas fotovoltaicos actuais é expectável um tempo mínimo de durabilidade de 20 anos.

Nos sistemas fotovoltaicos os cabos apresentam-se como um com-ponente fundamental, sendo usados nas interligações entre os mó-dulos dos sistemas e como extensão dos cabos que provêm do local de controlo.

Estes cabos são compostos por fios de cobre estanhados e têm uma bainha externa em TPE (Elastômeros Termoplásticos Especiais, com-

Eduardo Soares, João NaboPolicabos, S.A.

ponente que conjuga a flexibilidade da borracha com a rigidez e per-formance do plástico) ou copolímero reticulado (o que permite uma exposição directa aos UV), tendo como principais características:› Resistência a UV e ozono;› Alta temperatura de Curto-Circuito;› Resistência à abrasão mecânica na instalação;› Flexibilidade Classe 5;› Resistência ao envelhecimento causado pelo calor;› Resistência à hidrólise provocada pela água quente.

A qualidade e segurança destes cabos são garantidas pelos rigorosos e minuciosos testes a que são submetidos, de acordo com as normas TÜV específicas para todos os componentes utilizados em sistemas fotovoltaicos.

CABOS RESISTENTES AO FOGODevem ser instalados cabos resistentes ao fogo em todo o tipo de ins-talações onde se exija um elevado grau de protecção de pessoas, tais como: Hospitais, Escolas, Hotéis, Centros Comerciais, Estádios, Salas de Espectáculos, entre muitos outros. Ou seja, em todos os locais onde o índice de concentração de pessoas e/ou bens se considere elevado.Um cabo ou instalação são considerados resistentes ao fogo, sempre que estejam de acordo com as seguintes normas:

Norma IEC 60331 - FE90 / FE120 / FE180: a nomenclatura FE90, FE120 ou FE180 está associada à norma IEC 60331 que define a re-sistência do isolamento dos cabos ao fogo em carga.

O presente artigo tem como objectivo informar sobre as solu-ções actualmente existentes, abordando três gamas particular-mente actuais: Cabos para aplicação em sistemas Fotovoltaicos; Cabos Resistentes ao Fogo; Cabos para Redes Estruturadas.

Sistema fotovoltaico instalado no edifício sede da Lapp Kabel

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

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sistemas electrónicos de segurança

Existem sempre várias hipóteses de realizar uma instalação técnica de segurança. São sempre possíveis várias soluções para uma mesma aplicação. Tudo depende do objec-tivo da instalação. Uma tecnologia, um sis-tema, um produto, pode ser ideal para uma determinada aplicação e ser completamente despropositado para outra. É importante conhecer as principais tecnologias já dispo-níveis no mercado mundial, para se poder aconselhar, projectar e instalar conveniente-mente, o que de melhor se aplica caso a caso.

Cada fabricante propõe, usando uma deter-minada tecnologia, um sistema e uma linha de produtos que ele considera mais indicada para o seu mercado. No entanto, se por um lado são evidenciadas só vantagens, é óbvio que todos os sistemas também têm as suas desvantagens. É, consoante as aplicações e o grau de integração que elas exigem que é possível encontrar um compromisso satis-fatório entre aquilo que se pretende e aquilo que se propõe. É tudo uma questão de es-cala e de preço.

São 5 os principais meios de comunicações empregues nos sistemas electrónicos de se-gurança:

Alexandre ChamuscaEngenheiro de Sistemas de Segurança

os sinais eléctricos indesejáveis que podem eventualmente existir na mesma rede eléc-trica a par com os sinais desejados.

Podem ser várias as fontes de “ruídos” nas redes eléctricas:› De uma forma geral, a cablagem da rede

eléctrica das casas não é blindada e pode captar alguns tipos de “ruídos”, como se se tratasse de uma antena (interferências electromagnéticas).

› As cablagens podem, por vezes, ser afec-tadas por aparelhos ou sistemas que lhes estejam ligados.Exemplos: Intercomunicadores sem fios, motores eléctricos, luzes fluorescentes ou qualquer outro dispositivo que crie um campo electromagnético suficientemente forte enquanto funciona.

É por isso que os sistemas que usam a rede eléctrica para comunicar possuem filtrosque eliminam os sinais indesejáveis. É tam-bém para evitar interferências com os vários tipos de ruído que, geralmente, estes siste-mas usam baixas velocidades de transferên-cia de dados, pois, caso contrário, os “ruí-dos” poderiam aumentar significativamente a taxa de erros nas comunicações.

{ANÁLISE DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO}

› Rede Eléctrica› Cablagem Coaxial› Cablagem de Baixa Tensão› Rádio Frequência› Infravermelhos

1› REDE ELÉCTRICAO sistema que usa a rede eléctrica para co-municar é, sem dúvida, o que acarreta menor investimento, uma vez que permite instalar os equipamentos em casas já construídas.

O conceito é simples: recorre-se a um pe-queno sinal de potência que existe na rede eléctrica das nossas casas, modula-se esse sinal numa alta frequência e injecta-se de novo na rede eléctrica, através de um mó-dulo emissor. Do outro lado da instalação, está um módulo receptor, sintonizado para sinais modulados de alta frequência, poden-do assim ser programado para responder a um determinado impulso. Isto dá-nos a possibilidade de enviar e receber sinais entre vários aparelhos que estejam simplesmente ligados à rede eléctrica da casa.O problema de se comunicar pela rede eléc-trica é ficar-se sujeito aos “ruídos” que essa rede possa ter. Basicamente, os “ruídos” são

Os diferentes meios de comunicação dos sistemas electrónicos de segurança são fundamentais para adaptar as soluções às condições de instalação do local a proteger. Conhecer o princí-pio de funcionamento de cada um desses meios é fundamental para compreender e avaliar a versatilidade e eficácia de cada sistema de segurança.

Page 14: Resumo revista "o electricista" 30

revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

88

cabos de fibra óptica

1› INTRODUÇÃOAo longo da última década o sector das telecomunicações em Portugal tem sofri-do uma verdadeira revolução e evolução tecnológica, verificada pela promoção da abertura de um mercado concorrencial, pela cada vez maior qualidade dos serviços oferecidos pelos diversos operadores, pela utilização de equipamentos e tecnologias de última geração e, ainda, por uma legisla-ção dinâmica, actual e vanguardista. Assis-timos a um verdadeiro choque tecnológico neste sector. Com efeito, a vulgarização do uso de telemóveis, a recepção e trans-missão de dados a velocidades cada vez maiores, o surgimento de televisão de alta definição (TVAD), em substituição do actual formato PAL, as ofertas de novos serviços como o “Vídeo on Demand” a par da emer-gente Televisão Digital Terrestre (TDT) cons-tituem, seguramente, uma nova revolução nas infra-estruturas de telecomunicações domésticas e profissionais.

Regozijamo-nos por verificar que o sector das telecomunicações tem sido aquele que se encontra em pleno crescimento, com os fabricantes e operadores a lançarem novos produtos e soluções de forma continuada, bem como uma atenta e perspicaz reacção por parte dos legisladores. Assiste-se na indústria das telecomunicações a um movi-mento relacionado com a convergência para

António Gomes e Sérgio RamosInstituto Superior de Engenharia do Porto - Departamento de Engenharia Electrotécnica

comunicações.

2› NOVOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕESA oferta de novos serviços de telecomuni-cações, decorrentes da procura por cada vez maiores larguras de banda, apenas tem sido possível pelos grandes investimentos reali-zados pelos operadores, de forma a dar uma resposta satisfatória às necessidades de operabilidade e de inovação de serviços aos consumidores domésticos e empresariais.

Tem-se assistido a uma estratégia comum por parte dos diversos operadores em for-necer aos seus clientes “pacotes” de serviços de telecomunicações. A oferta desses ser-viços, denominados por “Triple Play”, dis-ponibiliza numa única plataforma: telefone, internet de banda larga, “video on demand”e televisão. Do ponto de vista económico estes serviços disponibilizados pelos opera-dores poderá ser vantajoso na medida em que os clientes, tendencialmente, pagarão menos pelo conjunto de todos os serviços do que pagariam por eles em separado.

Assim, e para que estes serviços possam chegar ao consumidor final, no seu poten-cial máximo de exploração, é necessário criar e dotar as infra-estruturas de teleco-municações que suportem tais serviços.

{O FUTURO DAS TELECOMUNICAÇÕES}

as redes IP (Internet Protocol, ou Protocolo de Internet).

A edição do novo Manual ITED, prevista para o início de 2010, não sendo um Manual de ruptura relativamente à 1.ª edição, é ainda assim, extremamente inovador tanto em conceitos de infra-estrutura como de equi-pamentos e respectivas especificações. A defesa dos interesses dos consumidores de comunicações electrónicas passa por infra-estruturas de telecomunicações modernas, fiáveis e adaptadas aos serviços dos opera-dores públicos.

Há neste novo Manual uma clara preocu-pação em adaptar os edifícios às Redes de Nova Geração de encontro com as Novas Normas Europeias.

Uma das novidades de novo Manual ITED será a da obrigação de instalação de fibra óptica (FO) nos edifícios, proporcionando num futuro próximo a oferta de serviços de nova geração a velocidades cada vez maiores. A fibra óptica constituirá, pois, um pilar basilar na revolução das tecnolo-gias de telecomunicações que entrarão em nossas casas.

O presente artigo visa expor a tecnologia de fibra óptica e potenciar a sua mais que provada utilização nas instalações de tele-

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revista técnico-profissional NOTA DE ABERTURAo electricista

projectoFeiras e Mostras Tecnológicas, que se passa?Ouvimos por vezes dizerem os “mais antigos” que “os tempos de hoje já não são como os de antiga-mente…” Efectivamente, lembro-me muito bem da azáfama e da “confusão” que vivi na minha primeira visita à Endiel (penso que já se designava assim), decorria o ano de 1975. Há “apenas” 34 anos. Re-cordo como novidade, á época muito arrojada, que era nem mais nem menos que um disjuntor equipa-do com pernos/ficha para encaixar nas bases dos fusíveis “Gardy”, substituindo estes por um equipa-mento que não era necessário substituir (ou recar-regar…) bastando o rearme em caso de disparo!

Nesse tempo e noutros mais contemporâneos, bas-tando recuar uma dezena de anos, ainda as feiras tecnológicas fervilhavam de novidades e de gente ávida de as conhecer.

Os tempos porém são outros, e da azáfama que en-tão se vivia, apenas restam alguns, poucos, eventos do género capazes de mobilizar visitantes bastantes para que as feiras não se tornem num rotundo fra-casso técnico-comercial. Verificamos que as gran-des marcas já não marcam presença, e que as no-vidades que agora se conhecem antecipadamente pela internet, não são já suficientemente aliciantes que possam cativar e mobilizar visitantes suficien-tes para garantir interesse pelos eventos.

Talvez esteja na hora de encarar novas ideias, novos conceitos, que possam contribuir para o gradual restabelecimento do interesse perdido por parte do público.

O que pode levar à motivação e à mobilização do público? Porque não optar por “mini-feiras” mais di-rigidas aos interesses regionais e detrimento de um todo nacional?

Relativamente às temáticas também haverá por cer-to algo a fazer, porquanto existem feiras “mistas” que agregam vários sectores do tecido industrial, tor-nando a mostra numa amálgama de produtos, que não formam na maioria das vezes, um todo coerente.

Houve-se falar de crise, como a responsável por esta situação. Porém, em tempo de crise existem sectores que avançam, pela criatividade ou pela oportunidade que a crise também pode gerar.

Se o sector habitacional está em crise, procurem-se novos sectores, novas áreas industrias, novos inte-resses, que o público lá estará para reagir e dizer presente.

Porque não apelar à criatividade, buscando novos conceitos, novas áreas, novos interesses?

ARTIGO TÉCNICOprojecto de postos de transformação: 6ª parte - sistemas de terra e considerações finais 113

REPORTAGEMITED, uma nova realidade! 117

associação KNX aposta em Portugal 119construção sustentável e eficiência energética: embaixada da Áustria

organizou jornada técnica 123 viagem anual do clube do instalador 127

Josué MoraisDirector Técnico

112

ARTIGO TÉCNICO-COMERCIALABB: Controlo de Isolamento em instalações de segurança (emergência) 129

DEC.MEDIDA: medida da resistência de cabos de energia em máquinas de encordamento 131 EPLAN ELECTRIC P8: dados do projecto - cabos e condutores 133

FORMAÇÃO 135

ITEDrequisitos técnicos gerais, segundo o manual de ITED

2º edição de 24 de Novembro de 2009 137

CONSULTÓRIO ELECTROTÉCNICO 141

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revista técnico-profissionalARTIGO TÉCNICO o electricista

113

projecto de postos de transformação

1› INTRODUÇÃOOs níveis de tensão eléctrica presentes num posto de transformação podem representar perigo para quem tem de trabalhar nele. Embora os equipamentos usados nos postos sejam concebidos de forma a impedir que as partes sob tensão estejam directamente acessíveis a quem tem acesso a ele, como consequência de uma avaria esses níveis de tensão podem encontrar-se em partes dos equipamentos que habitualmente não estão sob tensão. Por isso, para evitar que essa situ-ação possa representar perigo, há que prover a instalação de sistemas de protecção, cujo cálculo tem por isso uma grande importância.

2› SISTEMAS DE TERRA DE PROTEC-ÇÃO E SERVIÇOPartindo do conhecimento da corrente má-xima de defeito à terra pode calcular-se a impedância do neutro da MT (ou pode-se solicitar essa informação ao Distribuidor). A impedância é do tipo indutiva pelo que

RN 0 e XN ZN

ZN =3 x Id

3› CIRCUITO DE TERRA DE PROTECÇÃOÀ terra de protecção ligam-se as partes metálicas normalmente não sob tensão, tais como bastidores de quadros, ferragens dos aparelhos de manobra, carcaças de transformadores, malha de equipotencialização do posto com excepção das portas metálicas e componentes metálicos de janelas e grelhas de ventilação.

3.1› Parâmetros característicos dos eléctrodosA resistência dos eléctrodos de terra pode ser representada sob a forma seguinte assim como as tensões de passo (1 m) e contacto:

Rt = x Kr Up = x Id x Kp Uc = x Id x Kc

Onde:Rt – resistência do eléctrodo, em

- resistividade do solo, em .mKr – parâmetro do eléctrodo, ou resistência unitária, em /( .m)Up – tensão de passo, em VId – corrente de defeito à terra, em AKp – tensão unitária de passo, em V/( .m).(A)Uc – tensão de contacto, em VKc – tensão unitária de contacto, V/( .m).(A)

Com este tipo de formulação a resistência do eléctrodo resulta função do parâmetro Kr e da resistividade do solo.

Para os eléctrodos normalizados, existem configurações típicas agrupando malhas, varetas, etc. para as quais são definidos os valores Kr, Kp e Kc.

Henrique Ribeiro da SilvaDep. de Engenharia Electrotécnica (DEE) do

Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP)

{6ª PARTE - SISTEMAS DE TERRA E CONSIDERAÇÕES FINAIS}

Num posto de transformação, tal como em qualquer outra ins-talação eléctrica, a segurança é fundamental; por isso, o dimen-sionamento dos sistemas de terra assume tanta importância como o cálculo de qualquer outro componente.

U

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revista técnico-profissionalREPORTAGEM o electricista

117

ITED, uma nova realidade!

A ATEC – Academia de Formação do Porto realizou em parceria com a revista “o elec-tricista”, um Fórum subordinado ao tema “ITED... uma nova realidade!” Neste evento, vários especialistas da área das ITED – como Paulo Mendes, Luís Peixoto, Rui Ramos, Pau-lo Monteiro – fizeram uma abordagem ana-lítica ao novo manual ITED (2.ª edição), que previsivelmente, será publicado em 2010. Entre as alterações mais relevantes impostas pelo novo manual, foram alvo de discussão a nova rede de cabo coaxial, as fibras ópti-cas e a nova geração de ATIs, consideradas pelos especialistas na área das telecomuni-cações, como as mais controversas da área.

Hans Müller, Administrador Financeiro e Paulo Peixoto, Coordenador da Delegação do Porto abriram o evento, falando sobre aquilo que a ATEC pode oferecer em termos de formação e como academia de forma-ção em si. Relembraram que a ATEC tem-se revelado como um elemento de relevância estratégica para o tecido industrial eléctri-co e electrotécnico, sem descurar, a área da indústria metalúrgica e metalomecâni-ca, em particular para o cluster automóvel, razão pela qual a ATEC entendeu que devia suprimir uma lacuna e dispôr de uma oferta formativa na área do automóvel na Dele-

Helena Paulino

gação Norte. Ambos falaram de uma forma abrangente da formação da ATEC, e das suas vantagens.

NOVO REGIME JURÍDICO DO ITED-ITURPaulo Mendes da Direcção de Fiscalização da ANACOM – Autoridade Nacional de Co-municações abordou o novo regime de ITED – Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios e o ITUR – Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Urba-nizações e Conjunto de Edifícios, segundo o Decreto-Lei n.º 123/2009 de 21 de Maio, que dita a obrigatoriedade da fibra óptica nos edifícios e como vai decorrer o regime transitório. A 2.ª edição do Manual ITED, que será publicado em 2010, terá um alinha-mento com as normas europeias e novas

regras técnicas no contexto das RNG, como a tipificação dos edifícios. Será obrigatória a cablagem em fibra óptica e a instalação da CVM, para além das reservas de espaço para operadores. Também haverá indicações de como deve ser implementada a fibra óptica, informações sobre higiene e segurança no trabalho, classificações ambientais (MICE), sistemas de terra, domótica, e os sistemas de segurança. Além disso ainda aborda como adaptar à fibra óptica os edifícios já construídos, e ainda as regras técnicas que dizem respeito à cablagem, tubagem, pontos de fronteira, ligações de terra e eléctricas e os ensaios obrigatórios.

Relativamente ao ITUR (Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Urbani-zações e Conjunto de Edifícios), Paulo Men-des falou da legislação e regulamentação que diz respeito à 1.ª edição do Manual ITUR. Este manual foi feito a partir do Decreto-Lei n.º 123/2009 de 21 de Maio, que fala sobre a ITUR pública e privada e como funcionam, e ainda sobre o Sistema de Informação Cen-tralizado (SIC). Também aqui haverá uma harmonização com as normas europeias e uma obrigatoriedade de infra-estruturas subterrâneas. Os ITUR públicos são os lotea-mentos e urbanizações e as privadas são os

{ATEC PROMOVE EVENTO DE ABORDAGEM AO NOVO MANUAL}

Cerca de 85 profissionais compareceram ao Fórum “ITED... uma nova realidade!” na ATEC do Porto, no passado dia 29 de Outu-bro, e participaram num debate final onde levantaram questões pertinentes que, na globalidade, enriqueceram a qualidade do evento.

Page 18: Resumo revista "o electricista" 30

revista técnico-profissionalREPORTAGEM o electricista

119

associação KNX aposta em Portugal

Numa época em que a eficiência energética está na vanguarda, a Associação KNX implementou-se em Portugal e apresenta o KNX como sendo o único protocolo aberto standard que torna uma casa mais inteligente e eficiente. A conferência de 3 de No-vembro serviu para apresentar o novo website da KNX Portugal, e quais os objectivos desta associação no nosso país.

Numa conferência denominada “Apresenta-ção da Associação KNX em Portugal”, a KNX apresentou as suas actividades nacionais e internacionais e apresentou o seu websiteportuguês. O evento decorreu no Hotel Olis-sipipo, em Lisboa, e contou com a participa-ção de mais de 150 pessoas e comunicações de Carla Brito da Siemens e Presidente da KNX em Portugal que abriu o encontro, e Heinz Lux, Director da KNX Association em Bruxelas. Ribeiro da Costa da Hager e da Di-recção da KNX Portugal apresentou o novo website, e Carlos Lima da ABB e igualmente da Direcção falou sobre o Concurso Interna-cional. Darren Burford, Managing Director ATL, apresentou algumas empresas estran-geiras inovadoras que ganharam os Prémios KNX devido aos seus projectos inovadores e excelente. Com mais de 100 membros, a As-sociação KNX tem acordos de parceria com mais de 21.000 empresas integradoras em 70 países, mais de 50 universidades técni-cas, e em mais de 100 centros de formação. A Associação KNX também é exigente no que diz respeito ao nível de controlo de qua-lidade e produção, durante todas as fases da vida do produto. Em Portugal, já possui 115

Helena Paulino

ETS3 licenças, 164 parceiros, um centro de treino certificado – a ATEC – Academia de Formação na Quinta do Anjo, e muitos fabri-cantes de KNX activos no mercado.

O grande motor onde assenta o KNX é a As-sociação KNX, criadora e proprietária desta tecnologia, um grupo de empresas líderes em várias áreas da gestão técnica de edi-fícios. Esta é a única norma internacional aprovada em todo o mundo, baseada na es-pecificação EIB, e que foi desenvolvida para todas as aplicações de domótica, abrangen-do desde a iluminação, electrodomésticos, passando pelo som e muito mais. Para os membros da Associação KNX – das quais

fazem parte a Casa das Lâmpadas, ABB, Ha-ger, Morgado & Ca e Siemens – o sistema está livre de cotas e pode ser implementado em qualquer plataforma de processadores. Todos os produtos que tenham o logo KNX estão certificados para garantir compatibili-dade do sistema, conjugação e interopera-bilidade. O KNX é a única norma global para domótica, com uma ferramenta de progra-mação e concepção única e independente do fabricante (ETS), um conjunto completo de meios de ligação suportados (TP, PL, RF e IP), um conjunto completo de modos de configuração suportados (modo fácil e de sistema), entre outros.

KNX, O PROTOCOLO PARA UM CONTROLO INTELIGENTEDepois da apresentação do evento por par-te de Carla Brito da Siemens, Presidente da KNX em Portugal, Heinz Lux, Director da KNX Association International apre-sentou a Associação e da tecnologia que lhes pertence. O uso eficiente de energia, um maior conforto e segurança são cada vez mais relevantes, mas apenas podem ser

{KNX APRESENTA-SE EM PORTUGAL COM NOVO WEBSITE}

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revista técnico-profissionalFORMAÇÃO o electricista

formação{ARTIGO TÉCNICO FORMATIVO Nº. 10}

Hilário Dias Nogueira (Eng.º)com o patrocínio de: IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

Neste número, apresentamos a resolução do exercício colocado na revista anterior. Apresenta-se também novo exercício cuja resolução será incluída na revista 31.

135

RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO 10

Enunciado proposto na revista 29: Qual a secção e protecção que deve ser escolhida para alimentar a potência de 10,35 kVA em cabo monofásico XAV, que será estabelecido em vala sem protecção com-plementar e se destina ao troço da instalação eléctrica de utilização de uso individual, com 60 metros de comprimento.

1º Determinação da corrente de serviço por faseUtilizando a fórmula:

IB =S(VA) =

10350 = 45 A

U0 230

2º Encontrar o Método de Refª e determinar a corrente Segundo as Regras Técnicas (RTIEBT), na Secção 5.2, encontra-se o modo de instalação da canalização escolhida (cabo enterrado sem protecção mecânica), que é classificado como,

Método de Referência D

A tabela a consultar para determinação da corrente admissível, da secção do cabo e correspondente Método a adoptar é a do,

Quadro Q 52-C30.

A corrente admissível da tabela: IZ IB : IZ 45 A

Consultando o quadro, encontramos a corrente admissível,IZ = 48 A. (RTIEBT 523)

A correspondente secção será, S = 2,5 mm2.

3º Verificação da queda de tensão absoluta e percentual (RTIEBT 525)

Utilizando a fórmula simplificada, para circuitos Monofásicos, e sabendo que o comprimento é 60 metros determina-se a queda de tensão, u em volt, e em percentagem ( u%),

u = 2 x x L x IB = 2 x 0,0225 x 60 x 45 = 48,6 VS 2,5

u% = 100 x u = 100 x 48,6 = 21,13%U0 230

Como a queda de tensão se situa acima de 1,5%, a secção da ca-nalização, para aquele comprimento, é inadequada.Então, analisando a correspondente tabela anterior utilizaremos a secção de 35 mm²:

u = 2 x x L x IB = 2 x 0,0225 x 60 x 45 = 3,47 VS 35

u% = 100 x u = 100 x 3,47 = 1,50%U0 230

Nota: se não utilizássemos a fórmula aproximada este valor seria mais baixo

(está 20% acima dos valores reais).

Calculando a protecção, encontramos o valor da corrente estipu-lada (calibre) possível sendo o fusível de In=50 A e que verifica as duas condições das protecções.1ª condição I

B IN IZ , --> 45 A 50 A 208 A (RTIEBT 433.2)

2ª condição I2 1,45 x IZ --> 80 A 321,6 A

4º Canalização eléctrica escolhidaCabo XAV 2x35 mm2

Verificamos que para este comprimento de canalização, a que-da de tensão é realmente preponderante, e na escolha da secção, tanto utilizando o cabo VAV como o XAV, não era relevante para a potência que se pretende alimentar, pois a secção nunca poderia ser diminuída se tivéssemos como objectivo a maior capacidade de transporte do cabo, que é sem sombra de dúvida a do cabo com isolamento em polietileno reticulado (XLPE). Assim, a optar por um cabo VAV a mais valia poderá ser apenas num mais baixo custo da obra.

EXERCÍCIO Nº 11Enunciado: Qual a secção e protecção que deve ser escolhida para alimentar a potência de 20,7 kVA em cabo Trifásico XV, que será estabelecido em vala de terreno muito seco (Cinzas) com protecção complementar e se destina ao troço da instalação eléctrica de utilização de uso individual, com 58 metros de comprimento.

Dadosa Utilizar

Potência Total

Canalização: cabo XAV

P = 10,35 kVA circuito monofásico

60 m enterrado

Page 20: Resumo revista "o electricista" 30

revista técnico-profissionalITED o electricista

CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS SOBRE MATERIAIS CONSTITUINTES DA TUBAGEMOs materiais a serem utilizados como constituintes da Rede de Tuba-gens não devem ter características que se traduzam em comporta-mentos indesejáveis, ou mesmo perigosos, nomeadamente quando sujeitos a combustão. A fim de minimizar os riscos em caso de in-cêndio, só é permitida a utilização de materiais nas redes de tubagem que sejam não propagadores de chama.

Os tubos com diâmetros externos (equivalentes a diâmetros nomi-nais, comerciais), inferiores a 20 mm não são permitidos nas redes de tubagem. Os cabos são instalados numa tubagem que permite a sua protecção, através da acomodação em tubos, calhas ou caminhos de cabos.

Para uma melhor com-preensão do conceito de tubagem, considera-se as seguintes classificações:

137

ficha técnica n.º 8 {REQUISITOS TÉCNICOS GERAIS, SEGUNDO O MANUAL DE ITED

2º EDIÇÃO DE 24 DE NOVEMBRO DE 2009}

Atenção› Não são permitidos tubos com diâmetro exterior inferior a 20 mm;› Na rede colectiva o diâmetro mínimo será de 40 mm;› Não são admitidos Tubos pré-cablados;

Requisitos mínimos nas redes individuais e colectivas:› Com paredes lisas e instalações embebidas

› Material isolante;› Não propagador de chama;› Rígidos ou maleáveis.

› Instalações à vista› Tubos rígidos.

› Zonas ocas, paredes ou tectos› Tubos de interior não liso, vulgo anelado.

CALHASAs calhas são condutas cuja utilização está limitada a instalação à vista (ver quadro seguinte).

Atenção› A dimensão mínima do compartimento de uma calha a utilizar

numa rede colectiva é de 500 mm2.› Admite-se a utilização de calhas metálicas, nas situações físicas

suplementares dos sistemas de cablagem, nomeadamente em al-

Paulo MonteiroFormador da ATEC - Academia de Formação

LOCAL DE INSTALAÇÃO DESCRIÇÃO

Enterrado Abaixo da superfície do solo

Laje Lajes de betão armado, aligeiradas ou madeira

Parede Tijolo, Itong, ou alvenaria

Parede em gaiola Gesso cartonado ou estrutura metálica

Saliente Instalação saliente, ou exterior às paredes ou tectos

Esteira Esteiras plásticas ou metálicas

Courette Ocos de construção, verticais ou horizon-tais

Tecto Lajes de betão armado, aligeiradas ou madeira

Tecto em gaiola Gesso cartonado ou estrutura metálica

Page 21: Resumo revista "o electricista" 30

revista técnico-profissionalCONSULTÓRIO ELECTROTÉCNICO o electricista

consultório electrotécnicoIXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

O “Consultório Electrotécnico” continua a responder às questões sobre Regras Técnicas, ITED e Energias renováveis que nos têm sido colocadas. O e-mail [email protected] está também disponível no sítio www.ixus.pt está ao dispor. Aguardamos as vossas questões. Nesta edição publicamos as questões que nos colocaram entre Agosto e Novembro de 2009.

P1: Tenho uma dúvida em relação aos projectos de ITED ao abrigo do novo Decreto-Lei que é a seguinte: Nos novos projectos de ITED as especialidades de Intrusão e de De-tecção de Incêndio, etc., já têm de ser parte integrante do projecto ITED? Ou seja, temos de ter as peças desenhadas e escritas refe-rentes à intrusão e detecção de incêndio, etc., no projecto ITED, ao contrário do que era feito até agora em que estas faziam parte do projecto eléctrico?R1: Apesar de existir o novo DL123/2009, o novo manual de ITED, só entra em vigor depois de ser aprovado pela comunidade europeia, o que vai levar algum tempo, até Fevereiro ou Março do ano 2010. Até lá deve-se projectar conforme o manual de ITED 1º versão de Julho de 2004.

P2: Efectuamos uns trabalhos para uma junta de freguesia, “ilu-minação do adro da igreja”. Embora seja de caracter particular, pertence á junta de freguesia, que vai ser ligada á rede de ilumi-nação publica. A iluminação que foi colocada são projectores de superficie. A Câmara Municipal éstá a pedir-nos o seguinte:1 - Certificado de cabos e materiais;2 - Termo de responsabilidade e execução;3 - Auto de entrega e recepção da obra;4 - Certificado da Certiel da respectiva instalaçãoR2: A Certiel em princípio não tem nada a ver com essa instalação.Se a potência for inferior a 100 kW não careceria de certificação especial não fora o caso de se tratar de uma instalação de carácter público.Devem consultar a DGGE (DRE da vossa área) e esclarecer o assunto com essa entidade que indicará os trâmites para certificação da instalação.

P3: Numa instalação que não tenha caixa de terra, pode fazer-se uma terra isolada só para a instalação fotovoltáica? Ou pode sem-pre fazer-se uma terra isolada para cada instalação fotovoltaica?R3: A ligação à terra deve ser a mesma da instalação de utilização.Só em casos específicos com distâncias elevadas entre a instalação FV e a instalação de utilização é que se permite uma terra independente.

P4: Tenho uma questão em relação aos condutores de terra que é

a seguinte: Qual deverá ser a secção mínima para os condutores de terra? O Quadro 54A das RTIEBT apresenta as secções mínimas para estes condutores mas a dúvida reside em quando é que se considera que um condutor de terra está protegido contra a corro-são? Por exemplo um condutor H07VV-R 1G25mm2 entubado em tubo VD está protegido contra a corrosão?No caso do condutor de terra estar protegido contra a corrosão a secção mínima do condutor de terra é dada pela secção do condu-tor neutro de entrada da instalação?R4: Normalmente um condutor isolado, não nu portanto, considera-se protegido contra a corrosão. Os condutores e cabos nús quando enter-rados sem qualquer protecção (isolamento ou tubo) consideram-se não protegidos contra a corrosão.A secção mínima dos cabos de terra, quando protegidos contra a corro-são, é de 16 mm2. É o caso do cabo H07VV-R 1G16 mm2 enterrado mes-mo sem qualquer tubo de protecção adicional. Sendo difícil encontrá-lo no mercado (encontra facilmente o H07V-R 1G16, que não é o indicado para enterrar sem tubo de protecção), então pode usar o H07VV-R 1G25, de isolamento verde-amarelo e bainha exterior preta.

P5: Os cabos de tensão estipulada 300/500V podem ser insta-lados à vista no exterior fixos por braçadeiras? Por exemplo no caso particular de um cabo 05VV-U que tem tensão estipulada de 300/500V pode ser instalado nas condições indicadas acima?R5: O cabo H05VV-U desde que protegido contra as acções climatéricas e os efeitos dos raios ultravioletas pode ser instalado no exterior. Nor-malmente deve ser munido de bainha de cor preta para protecção contra os ultravioletas (já existem cabos doutras cores que também resistem).Em Portugal é o cabo mais usado, existindo também o XV (450/750 V) que também é usado.

P6: Tenho uma questão em relação a um projecto que estou a realizar de uma Farmácia que é a seguinte: este tipo de estabeleci-mento insere-se em algum edifício recebendo público?R6: Uma farmácia é um estabelecimento comercial que recebe público. Logo, é um estabelecimento recebendo público.

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