O perfil do produtor de leite e sua expectativa de sucessão na propriedade: umaanálise na Região da Produção do RS.

RESUMO

AUTOR PRINCIPAL:Augusto Riboldi Marcon

E-MAIL:agtmarcon@uol.com.br

TRABALHO VINCULADO À BOLSA DE IC::Probic Fapergs

CO-AUTORES:Cássia Aparecida PasqualVanessa Martil FioraGabriela Cerutti FerreiraAndressa de Oliveira Pedroso

ORIENTADOR:Marco Antonio Montoya

ÁREA:Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Letras e Artes

ÁREA DO CONHECIMENTO DO CNPQ:Economia Regional 6.03.09.01-6

UNIVERSIDADE:Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO:A cadeia láctea gaúcha apresenta-se como grande produtora nacional e seu nível de competitividade a situam entre asmais eficientes do País. Ela responde por pouco mais de 7% do PIB do agronegócio do Rio Grande do Sul, está fortementevinculada ao setor urbano, detém processos produtivos modernos e seu desempenho, dados os fortes encadeamentos como setor urbano, são fundamentais como setor-chave para o desenvolvimento econômico do Estado.A fim de compreender melhor os agentes econômicos que envolvem as atividades do setor, este trabalho, o qual faz partede um projeto maior que estuda a cadeia produtiva do leite na Região da Produção, tem como objetivo caracterizar osprodutores da matéria-prima leite do Corede Produção, buscando identificar o perfil dos produtores de leite e avaliar aexpectativa de sucessão dos filhos na propriedade.

METODOLOGIA:Para estabelecer o perfil do segmento de produtores da cadeia leiteira do Corede Produção foram coletados dados, empesquisa de campo, de uma amostra de 194 produtores de leite. A amostra foi distribuída de acordo com a participaçãorelativa na produção de cada um dos 21 municípios que compõe o Corede Produção.Posteriormente foram definidos dois sistemas de produção: sistema semiconfinado e sistema a pasto. Para cada sistemade produção foram estabelecidos três estratos de produção: de 0 a 100 litros; de 101 a 200 litros e, acima de 201 litros.A aplicação dos questionários aos produtores foi feita no período de março a junho de 2013. Os dados levantados referem-se ao ano de 2012. Os questionários foram aplicados por entrevistadores devidamente treinados e os produtores foramentrevistados em suas propriedades, de modo que o entrevistador pudesse avaliar as respostas dadas.

RESULTADOS E DISCUSSÕES:Pelos resultados identificou-se que o produtor de leite do Corede Produção, para o sistema semiconfinado tem idade médiade 49 anos, escolaridade média de 8 anos de estudo e atua na produção do leite, em média, 18 anos. Já no sistema àpasto, sua idade média é a mesma, no entanto tem uma escolaridade menor (6 anos em média) e está trabalhando naatividade por mais tempo (20 anos). Percebe-se, pelos resultados, que o elevado capital investido, de baixa liquidez,imobiliza o produtor na atividade leiteira, razão por que ele permanece nela por tantos anos.Quanto à origem do produtor do sistema semiconfinado, 71% dos entrevistados são do próprio município e 92% residem naárea rural. No sistema à pasto, esses índices são maiores, 82% e 97% respectivamente.Com relação à participação média da esposa na atividade leiteira, para o sistema semiconfinado, em 35% do total dosentrevistados suas funções ficam na ordenha e 25% é para ordenha, registro de despesas e receitas e administração dapropriedade rural. No sistema à pasto, esse resultado é praticamente igual (35% e 26% respectivamente). A elevadafreqüência do trabalho da esposa na produção de leite contribui para reduzir ainda mais o custo de produção, visto que ocusto de oportunidade dessa mão-de-obra é próximo de zero.Quando questionados sobre a sucessão na gestão da atividade leiteira, para os que trabalham com o sistemasemiconfinado, 39% dos produtores, em média, acreditam que os filhos continuarão com o gado de leite e, 33% acham queos filhos deixarão o meio rural migrando para a cidade. Já no sistema à pasto, 40% apostam que o filhos continuarão com ogado e 23% que deixarão o meio rural.

CONCLUSÃO:Conclui-se pelo perfil levantado dos produtores rurais na atividade leiteira, que os dois sistemas apresentam característicassemelhantes, na idade, escolaridade e tempo na atividade. Com relação às expectativas de sucessão dos filhos napropriedade, pode-se afirmar que o cenário é inserto, em particular, nas propriedade de menos produção

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:FINAMORE, E, B; MONTOYA, M. A. Estrutura produtiva da cadeia láctea gaúcha: perspectiva regional do CoredeNordeste. Passo Fundo ¿ RS: Editora UPF. 2008, p.152.MONTOYA, M. A; FINAMORE, E, B. Característica dos produtores de leite no Rio Grande do Sul: Uma análise a partir doCorede Nordeste. In: Indicadores Econômicos ¿FEE. v. 37, n. 4. Porto Alegre: FEE. p. 213 ¿ 224. 2010.

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