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PLANOS DIRETORES DE CIDADES discutindo sua base doutrinária Paul Dieter Nygaard 

ApresentaçãoDeixa a entender que foi através dessa análise que Nygaard descobriu que todas as

discussões ideológicas em torno dos Planos Diretores se aproximavam de um drama‘Shakesperiano’: Muito barulho por nada

Esta obra parece ser a mais radical crítica aos Planos Diretores e ao mesmo tempo aremoção dos obstáculos que obstruem as possibilidades de sua eficiência.

IntroduçãoAtravés desta, é possível entender que a maneira de como os planos diretores eram feitos

estava ‘’congelada’’ ao longo de 5 ou 6 décadas devido a que era essa a maneira correta pelaqual os especialistas deveriam se orientar para fazer seus estudos e consequentemente osPlanos diretores.

Pode-se dizer que os tradicionais planos diretores eram frustados e mantinham umamesma visão de mundo e ideologia comum, devido a que:

A- Durante a elaboração dos planos não se discutia que tipo de pesquisa deveria ser feita (quetivesse base nos pontos mais importantes da vida de uma cidade); e sim a forma que ela deveriaser feita, a quantidade a ser examinada e seus detalhes.B- Não se discutia o tipo de zoneamento e quais tipo des usos deveriam ser feito para aquela

cidade em si; e sim a forma pela qual seria dividida a cidade, como e em quantas zonas.C- Não se discutia a quantidade e de equipamentos a serem instalados de uma cidade, jacalculando a expansão da cidade e a quantidade de população futura e o bem estar de todos; e simcomo distribuir esses elementos, quanto ficaria no total e as etapas de construção

Eles estavam mais preocupados em aplicar a ‘’receita de bolo’’ naquela cidade que eradesprovida de um diretrizes que norteassem o seu desenvolvimento e crescimento, do querealmente estudar a cidade, suas necessidades, seus hábitos e costumes para a partir daíexecutar um plano diretor que poderia ser mais ou menos complexo que os planos diretorestradicionais, que eram apenas ‘moldes’ a serem executados.

Porém a tudo isso somam-se outros fatores que podem ter contribuído para a execuçãodesses planos diretores, podendo ser entre eles:

-restrita visão municipal (fatores externos não computáveis)-planos orientados por consultores externos, sem a participação daadm municipal e da população-disputas partidárias -desinteresse ou interesse pessoas politicos municipais -estrutura forma ou informal existente e problemas da adm mun.

TEXTO DIVIDIDO EM 2 PARTESATUAÇÃO DO GOVERNO + EVOLUÇÃO DOS PLANOS DIRETORES ECRITICA AOS PLANOS DIRETORES ELABORADOS

PLANOS DIRETORES DE 1914 (02 planos diretores formais + anteprojeto de PD + plano de melhoramento + 02 doc natureza teórica)

2 -Os planos diretores como instrumentos do Estado: notas históricasDesde a época colonial o estado já intervinha no espaço urbano, porém naquela época ele

se baseava no urbanismo europeu, o qual provinha de uma engenharia militar que tinha comopolítica valorizar as praças com a ideia de que ‘seriam espaços de de reunião da vida urbana, decomemorações e de encontros’, porém a ideia por traz dessa frase era que as praças seriam ocentro da cidade com grandes concentrações de atenção e focalização urbanística, um lugarimportante que era rodeado de edifícios principais (Camara, Casa de Gov, Igreja, etc.)

Somente no final do séc. XIX é que surgem as preocupações com o saneamento e a infraestrutura da cidade, e é assim que no inicio do sec. XX são elaborados os primeiros estudos e asprimeiras elaborações de planos diretores, que tinham por objetivo o embelezamento e aexpansão da cidade (foco nas vias).

Durante a década de 30 e 40 os planos diretores começaram a ser focados para osaneamento básico (abastecimento de água), além de focar nas vias. A partir da década de 50 ascidades sofreram um ‘BOOM’ em relação a sua concentração demográfica e sua população

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urbana o que acarretou mais uma vez na adição de mais focos para os planos diretores, eles alemdas preocupações com as vias e circulação e saneamento básico, passaram a se preocupar como uso e ocupação do solo, a distribuição de equip. urbano e as condições de moradia, trabalho evida da população.

Em São Paulo teve grande destaque o Padre Lebret, que através de sua influencia,introduziu técnicas de pesquisa e análises sobre o planejamento urbano, as quais eraminexistente até então e não eram incorporadas a visão dos cientistas oficiais do fenômeno urbano(+ preocupações que eram deixadas de lado)

A partir desses parâmetros, os PD começaram a fortalecer a sua natureza técnico-cientifica com o objetivo de ser o instrumento mais abrangente e completo pelo qual o estadopudesse intervir na cidade a fim de manter o controle sobre o ‘cãos, desordem e anarquia’.

Entre os anos 70 e 80 o PD se constituiu como um elemento essencialmente técnico paraprever e controlar a estruturação e a transformação do espaço da vida urbana, a fim de que osproblemas fossem sanados e que não surgissem novamente num futuro proximo.

O periodo mais rico em produção de PDs e de propostas de planejamento ocorreu naépoca do Serfhau (Serviço Federal de Habitação e Urbanismo)(1964-1974), diga-se que foi operíodo de produção de PD com mais criticas que será analisado.

 3 -Critica aos planos diretores3.1 A leitura restrita (Esta parte trata de uma critica voltada para os problemas e dificuldades que os planosdiretores apresentaram como instrumentos a serem implantados nas cidades, e também por tentar firmar as suas ideiase posicionamentos quando foram planejados)

Criticas Segundo os Autores:Loeb - Classifica os Planos Diretores como inviáveis (não condiziam com a realidade dacomunidade e as necessidades como município, pois continham metas idealísticas), comsetorização extremamente forte (o que entrava em conflito pois deveriam ser planos “integrados” eacabavam dando ênfase aos aspectos físicos e territoriais), com natureza técnica e burocrática(eram fechados a discussões ampliadas - terminologia e linguagem complexa), e alem disso namaios das vezes eram realizados por técnicos que não vivenciávam a realidade local e possuíam

uma visão particular que não se aplicava ao contexto real da cidade.Sendo assim o autor classifica os planos diretores como um amontoado de

recomendações e desenhos enquanto deveriam ser um conjunto de medidas com participaçãopolítica e efetiva da população.

Cintra - Diz que os planos subestimavam a capacidade de investimento dos municípios.

Rattner - Segundo ele, os planos diretores eram realizados e definidos de acordo com “interessespúblicos” ou necessidades coletivas, e que o tratamento “técnico cientifico” criado pelostecnocratas acentuava a pressão política para eliminar discussões sobre valores e objetivossociais.

Rezende - Reforça a ideia de que os planos diretores queriam reduzir o espaço urbano a leis eteorias, na qual os planos diretores progressistas criados por especialistas iriam sanar todas asideias pois o conhecimento cientifico promove o bem estar social. Segundo a autora, oplanejamento via as cidades como construções que poderiam ser arranjadas ou desarranjadasatravés do planejamento sem levar em conta os determinantes politicos, sociais e econômicos(acabavam por ignorar a esta parte mais importante e não cumpriam com o seu real objetivo - ode solucionar os conflitos urbanos)

Ribeiro - Define o PD como uma imagem de como a cidade deverá ser num futuro proximo, emrelação a tamanho, estrutura, equip, etc., que o planejador deve ter em sua mente, para assimpoder fazer previsões para que os investimentos sejam aplicados de maneira correta e que hajam

concepções racionais que orientem esse crescimentoo nos próximos 15 - 20 anos

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Podemos concluir que os planos diretores foram taxados como:- Pretensiosos - grande diversidade de problemas internos  - Despolitizados - valores técnicos e científicos acima dos sociais locais  - Deterministicos - promessa de sanar problemas apenas com a reordenação do esp. fisico  - Autoritários - imposição de ideias, sem participação social  - Desligados da realidade - propostas irrealizáveis- Ineficazes  - não cumpriram com seus objetivos

3.2 A leitura ampla (esta parte trata de uma critica voltada para um sentido mais amplo, o plano diretor évisto aqui como parte integrante de um conjunto de entraves e dificuldades na consecução de ideias e propósitos)

A critica nesta parte está voltada contra o autoritarismo, conservadorismo e a neutralidadeaplicadas nos PDs, no qual se discute a participação política, o direito a cidadania e a democraciana concepção dos planos diretores, pois esses 3 últimos conceitos deveriam ser levados comobase de todo PD, pois eles andam de mãos dadas com o plano diretor, eles o constroem e sãoconstruídos a partir dele.

4 -Comentários gerais sobre doutrinas

4.1 O positivismoA doutrina do Positivismo se impõe no mundo através de grandes filósofos como Comte,

com seu positivismo tradicional, e Durkheim. A doutrina impõe pensamentos e ideologias quelevam a crer que o conhecimento cientifico, mesmo sendo imperfeito, é o mais seguro e fidedignoque os homens possam ter; de que somente ele é verdadeiro e real, independente das condiçõessociais e das formas culturais, sendo intolerante a tudo que não for ciência, pois só ela é capaz denos ajudar a resolver os problemas, se puderem ser equacionados.

O positivismo aplicado ao ESPAÇO URBANO  se da através de que os problemasencontrados em nossas cidades só seriam problemas de verdade se eles fossem equacionadospela ciência; caso contrario, tudo aquilo que não pudesse ser equacionado deveria ser deixado delado pois não merecia atenção. Contudo, todos aqueles sentimento vivenciados pelos integrantes

das cidades (amores, ódios, expectativas, frustrações, interesses, conflitos) que são considerados“motores” das nossas cidades, que provocam a dinâmica e a transformação do espaço urbano,deveriam ser deixados de lado enquanto são os verdadeiros modificadores do espaço urbano.

4.2 O urbanismo modernistaO urbanismo modernista surgiu com o fim da primeira guerra mundial, neste período de

tempo as cidades encontravam-se devastadas pelos bombardeios e populações extremamentedesamparadas, foi assim que surgiu a ideia força com a frase “aurora de um novo tempo”. E nãopodemos deixar de citar um de seus maiores representantes, Le Corbusier.

Porem, o urbanismo modernista foi sucessor de um “pré-urbanismo progressista”,denominado assim pois apresentava intervenções e soluções urbanas apenas pontuais (saúde,

remanejamento de vias, etc.) e ja trazia dentro de sí um sentimento de setorização do espaço,como exemplo podemos citar o Falansterio de Godin (mod. falanstério de fourier - agricola)Foi então entre os anos de 1900-10 que a cidade se tornou um objeto de estudo da

ciência, no qual os cientistas procuravam encontrar uma ordem escondida dentro da desordemaparente urbana, ou seja, a ciência das cidades procurava realocar as coisas em seus lugares.

Surge assim, Le Corbusier, um expoente arquiteto e urbanista que julgava a situação queas cidades estavam enfrentando, para ele toda cidade que fosse incoerente, desordenada e pordemais extensa poderia ser demolida sem remorsos, para assim poder reconstrui-la. Le Corbusierdizia que para construir era indispensável substituir o terreno irregular, para poder gerar assimtraçados regulares que permitissem as construções em série; ele afirmava que o caos da cidadese dava devido ao fato de que a cidade é produzida através de células diferentes, produzidas eagrupadas livremente sem um padrão de de ordenação coletiva - “o urbanismo reclamauniformidade no detalhe e movimento no conjunto” - criando assim a concepção de homem-tipo,família-tipo, padronizando tudo ao seu redor.

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Conclui-se assim que a cidade modernista passa a ser uma composição de zonas, na qualcada unidade deveria ser estudada afim de criar uma dimensão ideal que cumprisse com osconceitos de sol, espaço e vegetação. Porém toda aquela uniformidade que o urbanismo clamavacom a a diversidade que gerava o “caos” nas cidades ia contra as complexidades sociais emateriais dos inúmeros conflitos de interesse no espaço urbano, pois as pessoas possuemsentimentos, agem de forma diferente e possuem objetivos diferentes, não são robôs.

4.3 O padre Lebret e a SAGMACSPode-se afirmar a doutrina do Padre Lebret constituiu a base ideológica dos planos

diretores pois ela teve influencia no Brasil durante 17 anos. Teve fortes influencias na realizaçãode pesquisas urbanas e regionais e na elaboração de planos diretores, que tinham seu focovoltado para a visão humanitária e social dos problemas urbanos e regionais, os quais, segundoLebret, poderiam ser resolvidos através de pesquisas de cunho científico realizadas por técnicosqualificados.

Os princípios e conceitos adotados por Lebret estão presentes na Carta de La Tourette,como a justiça social, a humanização do capitalismo, a importância das pesquisas, a organizaçãoracional do espaço, a força dos equipamentos, etc. E através destes princípios ele pretendiainstaurar uma “economia humana” apoiada nos valores de: justiça, liberdade, consciência social e

amor fraternal, mas para que essa economia tivesse efeito, primeiro deveria haver mudanças nocomportamento politico.A fim de ver uma mudança no cenário das cidades, Lebret propôs uma pesquisa social, a

qual deveria promover intervenções na realidade através de um levantamento científico (o qualdeveria ser realizado através da observação, classificação de situações, constituição de grupos,de terminação de erros o mais exato possível, etc.). E para que não houvesse interferênciahumana nos levantamentos dos dados, o pesquisador deveria submeter-se ao objeto e naçãoimpor-se a ele; deveria converter-se em aluno daqueles que adquiriram seus conhecimentos aforça da experiência.

A pesquisa era baseada em classificações, com notas que representavam o grau denecessidade, considerações e recomendações para cada local.

No brasil a influencia do Padre Lebret se da através das Sagmacs (Sociedade de AnálisesGráficas e Mecanográficas Aplicadas aos Complexos Sociais) a qual realizou pesquisassocioeconômicas com a finalidade de realizar panos diretores (experiência quase inédita no BR.).Este núcleo (15 anos atuando) teve sua intervenção interrompida am 1964 com o Golpe Militar.

A busca persistente pela objetividade na SAGMACS demonstra uma posição cientifica,racional e de exterioridade ao objeto de análise, revela a influencia de Lebret, quem queria evitar juízos pessoais e assumir apenas informações sobre o observado. Com essa finalidade, foirealizado um sistema sofisticado de equações, no qual os técnicos acreditavam que estariamevitando todo julgamento passional e subjetivo, sendo este um saber cientifico julgado pelotécnico.

Tal calculo geraria um “dado numérico” (absoluto ou relativo) que representaria averdadeira realidade das condições de vida de uma aglomeração, e a partir desse dado os

técnicos deveriam proceder as analises e propor as intervenções claras com a realidade.Lebret tinha a clara convicção de que a partir do momento em que fosse comprovado que

aqueles dados estariam corretos e que a melhor solução teria sido planejada e adotada, eleconseguia gerar uma “ação humanizadora” que iria constituir de forma natural a base dasdecisões políticas sem que fossem julgadas, pois eram “verdades objetivas”

“Para ele, a partir do momento que tudo aquilo que tinha sido realizado fosse comprovado,os homens de ação iriam aderir a aqueles planejamentos e os executariam da forma mais sensatae objetiva possível, sem que houvesse de maneira alguma intervenções devido aos interessespessoais, pois o politico seria um homem de boa vontade”

Concluímos assim que as influencias de Lebret que se destacaram foi que: na análisecientifica do espaço urbano sempre será necessário identificar as necessidades humanas,

independente da fase da execução (pesquisa, elaboração de propostas) e ele sempre teve a boavontade e elevar as condições humanas

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4.4 Serfhau (Serviço Federal de Habitação e Urbanização)Instrumento de investigação do Gov Fed no setor habitacional, toma posição como um

ministério de urbanismo, que negado pelo governo, e teve uma boa atuação atendendo osreivindicações feitas pelos profissionais e entidades do planejamento urbano.

Este serviço ficou voltado para o “plano de desenvolvimento local integrado” que nosentido horizontal visiva a compatibilidade de aspectos econômicos, sociais, físicos e institucionaisque visavam o desenvolvimento a nível municipal (entre diferentes setores) e no sentido verticalessa integração significava a relação entre planos locais; microrregionais, regionais enacionais(entre diferentes níveis) - Porém essa “integração” toda era apenas uma ideia, umdesejo que nunca ocorreu na verdade, pois o serfhau privilegiava claramente a pesquisa noenfoque setorial (não inter-setorial) seja nos diagnósticos, seja nas diretrizes. Além de que semprehouve uma ênfase na integração vertical, pois o objetivo era comanda os níveis inferiores(municipios: esfera mais atrasada que seria beneficiada pelo investimento nas superiores) atravésda injeção de recursos e investimentos nas esferas superiores, como uma herança.

Possivelmente as dificuldades operacionais e a ausência de critérios para financiamentoenfrentadas pelo Serfhau deu lugar ao surgimento do PAC(Programa de Açao Concentrada) em1969. O PAC criou 3 tipos de planos diferentes para as diferentes dimensões de municípios; oRelatório Preliminar (pequenos), Plano de Açao Imediata - PAI (médios) e Plano de

Desenvolvimento Local Inegrado - PDLI (grandes), porém o PAC foi um fracasso, pois .O Serfhau possuía uma postura ideológica do centralismo autoritário, expressada pelamáxima racionalidade e cuja eficácia requeria a expulsão da política e discussão, a fim de mantera unidade de ação <Ditadura>

A herança deixada pelo serfhau foi de enorme importância devido a que comandou a nívelnacional a elaboração de planos locais integrados + planejamento local integrado; assumiu eelaborou, e desenvolveu diversas teses pelas quais pautou pela própria atuação; difundiuconhecimentos a um grande numero o de tecnicos; disponibilizou e tornou de forma homogênea odesenvolvimento e a elaboração de planos de desenvolvimento, alem da concessão de de apoiotécnico financeiro a municípios muito diferentes entre si sob o ponto de vista geográfico,financeiro, social, etc. Além de que difundiu e fortaleceu oficialmente o procedimento técnico

cientifico dentro das pesquisas, análises e até mesmo nas propostas, qualificando e consagrandoeste procedimento como o mais correto e mais adequado para assegurar a integração vertical ehorizontal, assim como a elaboração de planos e relatórios do desenvolvimento local;

Para os dirigentes do Serfhau a educação técnica especializada representava a maisimportante e principal condição para a realização de planos locais de qualidade e paraimplantação quanto ao planejamento; a qualificação técnica era a condição indispensável paraque os planos tivessem de acordo com a realidade local e que o Gov Fed era quem saberia dizerse algo está correto ou não independente dos conhecimentos dos técnicos municipais.

4.5 Interações e convergências entre as doutrinasComo o próprio nome ja diz, neste tópico será abordado a relação e influencias que houve

entre o positivismo lógico, o urbanismo modernista, as posições do padre Lebret e os ditames do

Serhau, todos eles tendo como base a ideologia positivista cientificista (a idéia de que os estudose as propostas quando feitas com conhecimento científico, promovem o bem estar e qualidade devida da população)

Pode-se dizer que esta ideologia ganhou tanta força, aceitação e autoridade ao longo dopassar dos anos devido a que a intenção dos aplicadores em afirmar que: Devido a eles taremfazendo uma aprovação cientificamente correta, a população e aos políticos, de que o espaço dasituação atual (deles) era ruim e que todos ali eram infelizes por habitarem naquele espaço, sendoassim, eles propunham uma nova ordem urbana (embasada na Carta de Atenas) que ofereceriaum novo espaço organizado, bem definido, com muita área verde e com muito sol no qual todosseriam felizes.

Seria uma mudança muito brusca, um pulo para o futuro, e de difícil implantação. No

campo do espaço fisico ela se daria através da construção, da arquitetura, da imposição de novasregras, de normas, de padrões, etc; Ja no que tange a população, eles acreditavam que se aspessoas começassem a usar os novos espaços da cidade, eles acabariam por si só mudando osseus hábitos e maneiras de viver, modernizando-se assim e aceitando os novos ideais impostos.

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PLANOS DIRETORES DE CIDADES discutindo sua base doutrinária Paul Dieter Nygaard 

6- As criticas, as teses e os planos diretores.O capitulo 6 é basicamente um resumo e uma análise menos profunda do que foram os

planos diretores de Porto Alegre abordados no capitulo 5.Entende-se que o 1° PDDU fio o plano que abarcou todas as doutrinas previamente

analisadas e devido a isso ele foi um plano determinístico (melhor qualidade de vida devido aoreordenamento fisico), autoritário (impor ideias e concepções de ordem e funcionamento, emrelação ao espaço físico), pretensioso (propunha resolver problemas cada vez mais diversificado),despolitizado (postura cientifica tecnicista com planos a parte ou acima do processo social), eineficaz (não deu conta da crescente dos problemas na cidade) alem de ter propostas desligadasda realidade.

Assim como todos os planos elaborados nesta época os planos de porto alegreapresentavam linguagem “fechada” e restrita pois somente era entendida por estudiosos epessoas que atuavam naquela área, sendo eles restritos a estes cientistas e não elaborados paraleigos terem conhecimento.

Considera-se assim que os planos diretores mais do que uma ajuda para a resolução deproblemas, eles foram um obstáculo nas tentativas de buscar melhores condições de vida noespaço urbano e na tentativa de obter os direitos que a sociedade passou a exigir a partir dosanos 80 e de instrumentar a gestão urbana dos governos locais para enfrentarem e evitarem a

ocorrência e a evolução de conhecidos e graves problemas que surgiram nas cidades. Eles foramINÓCUOS para enfrentar as dificuldades e problemas das cidades e OBSTÁCULOS paraconstruir a cidadania e para obter um uso mais democrático e equitativo dos esp. urb. da cidade.

7- Discussões Complementares(ler)

8- O avanço da cientificidade no planejamento urbano

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