resumo d.tributário

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    Direito Tributrio

    Vide art 150 5 CF:A lei determinar medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acercados impostos que incidam sobre mercadorias e servios.

    Princpio da Solidariedade(pela sociedade)Penal =/= Tributrio(cincia da arrecadao)Reflete no direito das Obrigaes

    No fazer: Premisso da fiscalizao Fazer: Emitir Notas fiscais (o contribuinte) Dar: Pagar

    Tributar:

    tributar (tribuere) se emprega para designar a ao estatal, o derivadocontribuir unir, incorporar, dar, fornecer) volta-se para a ao docontribuinte.Contribuio (com a mesma raiz de tributo) expressa, nalinguagem comum, a cota (em geral, voluntria) que cada um d, para atender auma despesa comum; no se perdeu a a idia de unir parcelas ou cotas. Alis, apalavra cotizao traduz essa mesma idia. Lucien Mehl registra que taisexpresses (contribuio e cotizao mascaram o carter unilateral dostributos e aludem existncia de um consentimento, pelo menos coletivo. ..)

    procurou-se substituir osvocbulos imposto e tributo, tidos por odiosos, pelo

    termo contribuio. ( AMARO P.17)

    Conceito de tributo

    A Lei n. 5.172/66 CTNCdigo Tributrio Nacional.

    Art. 3 Tributo toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valornela se possa exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei ecobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

    a) Tributo uma prestao pecuniria

    Significa dizer que em dinheiro. Prestao em moeda.

    b)

    Tributo uma prestao compulsria

    A compulsoriedade dessa prestao, idia com a qual o Cdigo TributrioNacional buscou evidenciar que o dever jurdico de prestar o tributo imposto

    pela lei,abstrada a vontade das partesque vo ocupar os plos ativo e passivo daobrigao tributria, opondo-se, dessa forma, a compulsoriedade do tributo

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    voluntariedade de outras prestaes pecunirias; A imposio unilateral dasobrigaes, independente da vontade do obrigado.

    c) Tributo uma prestao em moeda ou cujo valor nela se possa exprimirLC 104/2004, tributo no passou a ser, conceitualmente, uma prestao em bens

    imveis, ou seja, o valor do tributo jamais sera legalmente estipulado emunidades imobilirias, simplesmente passou a ser teoricamente possivel aquitao de tributos, cujo valor estabelecido em moeda, mediante a entrega, aofisco de bens imveis.Entrega do bem ? O ente no ficar com o imvel. Vender e ficar com o $$. Logo possivel.

    d) Tributo no sano de ato ilcito

    A natureza no sancionatria de ilicitude, o que afasta da noo de tributo certasprestaes tambm criadas por lei, como as multas por infrao de disposies

    legais, que tm a natureza de sano de ilcitos, e no de tributos. (...) acoatividade do tributo no se confunde com a coatividade da sano, a qualpostula a restaurao da ordem jurdica violada e, portanto, (supe) a precedenteviolao de uma norma, enquanto o adimplemento do dever de contribuir est

    ligado a um dever constitucional de solidariedade.Distingue-se tributo de multa tributria.

    e) Tributo prestao instituida em lei

    Princpio da Legalidade. No h excesso!

    f)

    Tributo cobrado mediante atividade administrativa plenamente

    vinculada

    No d qualquer margem de liberdade ao agente da Administrao tributria noque diz respeito cobrana de tributo. Se o agenda da Administrao tributria,no exerccio de suas funes tyomar conhecimento da ocorrncia de um fatogerador, obrigatoriamente deve fazer o lanamento e cobrar o tributo. Principioda inidsponibilidade do interesse pblico. Nada resta ao agente a no ser exigir otributo, sem possibilidade de, por iniciativa prpria, deixar de faz-lo, sob penbade responsabilidade funcional.

    PRINCIPAIS RELAES DO DIREITO TRIBUTRIO COM OS OUTROS

    RAMOS DO DIREITO

    Arnaldo Borges, Introduo ao Direito Tributrio, RT, 1992

    COM O DIREITO CONSTITUCIONAL

    O Direito Tributrio relaciona-se de forma especial com o Direito Constitucional

    porque cabe a ele as questes prvias, tais como as relativas aos princpiosconstitucionais referentes ao exerccio da competncia tributria. So todas essas

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    questes de natureza eminentemente constitucional, pois dizem respeito aoprprio direito de tributar e aos seus limites. Assim, sem o conhecimento doDireito Constitucional fica o estudo das questes tributrias prejudicado.

    COM O DIREITO ADMINISTRATIVO

    O Direito Administrativo dispe sobre a atuao da administrao pblica quanto fiscalizao e arrecadao dos tributos. o que se convencionou chamar deDireito Administrativo Tributrio.

    Enquanto o Direito Tributrio tem por objeto o tributo, os conceitos e a relaojurdia a ele pertinentes, cabe ao Direito Administrativo a fiscalizao -estatuindo inmeros deveres a cargo dos contribuintes - e a arrecadao dotributo, que correspondem ao exerccio da atividade administrativa praticada porfuncionrios e autoridades designadas pelas leis e pelos regulamentos.

    Assim, compete ao Direito Administrativo o estudo das chamadas obrigaesacessrias, que nada mais so do que deveres administrativos e do lanamentotributrio, que por definio, ato tpico administrativo.

    COM O DIREITO PRIVADO

    Com o Direito Privado, o Direito Tributrio encntra vrios e profundos pontos decontato. Com o Direito Civil, o Direito Tributrio h que dar-se conta da enormeimportncia que ele exerce na dilucidao e mesmo elaborao e adaptao devrios dos conceitos que ele utiliza, tais como os de obrigao, de credor, dedevedor, de crdito, de dbito, capacidade, domiclio e tanto outros relativos aos

    direitos das obrigaes.

    COM O DIREITO COMERCIAL

    Com o Direito Comercial as relaes so diferentes, porque ele nenhumainfluncia teve na formao doutrinria do Direito Tributrio. Apenas, muitosconceitos de Direito Comercial so utilizados pela lei tributria, de modo que imprescindvel o conhecimento do Direito Mercantil para que se possacompreender os efeitos tributrios de sua utilizao, especialmente na definio

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    de contribuintes, de fato gerador e base de clculo dos tributos relativos atividade mercantil.

    Espcies Tributrias

    Art. 149 CF - Compete exclusivamente Unio instituircontribuies sociais, de interveno no domnio econmico ede interesse das categorias profissionais ou econmicas, comoinstrumento de sua atuao nas respectivas reas, observadoo disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuzo doprevisto no Art. 195, 6, relativamente s contribuies a

    que alude o dispositivo.

    A constituio indica quais os impostos os entes devero criar.Art 16 CTN - Imposto o tributo cuja obrigao tem por fato gerador umasituao independente de qualquer atividade estatal especfica, relativa aocontribuinte.

    Vide Constituio:

    Art.153- Compete Unio instituir impostos sobre:

    I- importao de produtos estrangeiros;II- exportao, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;III- renda e proventos de qualquer natureza;IV- produtos industrializados;V- operaes de crdito, cmbio e seguro, ou relativas a ttulos ou valoresmobilirios;VI- propriedade territorial rural;VII- grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

    Art.154- A Unio poder instituir:I - mediante lei complementar, impostos no previstos no artigo anterior,

    desde que sejam no-cumulativos e no tenham fato gerador ou base declculo prprios dos discriminados nesta Constituio;II - na iminncia ou no caso de guerra externa, impostos extraordinrios,compreendidos ou no em sua competncia tributria, os quais serosuprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criao.

    Art.155 - Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostossobre:I- transmisso causa mortis e doao, de quaisquer bens ou direitos;

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    II - operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes deservios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao,ainda que as operaes e as prestaes se iniciem no exterior;III- propriedade de veculos automotores;

    Art. 156- Compete aos Municpios instituir impostos sobre:I- propriedade predial e territorial urbana;II - transmisso inter vivos, a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bensimveis, por natureza ou acesso fsica, e de direitos reais sobre imveis,exceto os de garantia, bem como cesso de direitos a sua aquisio;III - servios de qualquer natureza, no compreendidos no Art. 155, II,definidos em lei complementar;

    ATENO:O imposto DUPLAMENTE DESVINCULADO: Na contraprestao e naaplicao. (Quanto causa e quanto ao destino do valor arrecadado). Quanto causa porque o imposto independe de uma contraprestao estatal especfica equanto destinao, o imposto desvinculado porque est proibida a vinculaode sua receita a rgos, fundos ou despesas (princpio da no afetao). Segundo oSTF, o legislador no pode vincular o valor de imposto, porque isso esvaziaria a

    independncia do Poder Executivo.

    Impostos

    So tributos sempre e obrigatoriamente desvinculados. Alm disso, vedada avinculao de sua arrecadao a despesas especificas.

    Art. 167. So vedados: V - a vinculao de receita de impostos a rgo, fundo oudespesa, ressalvadas a repartio do produto da arrecadao dos impostos a

    que se referem os arts. 158 e 159, a destinao de recursos para as aes eservios pblicos de sade, para manuteno e desenvolvimento do ensino epara realizao de atividades da administrao tributria, como determinado,respectivamente, pelos arts. 198, 2, 212 e 37, XXII, e a prestao degarantias s operaes de crdito por antecipao de receita, previstas no art.165, 8, bem como o disposto no 4 deste artigo;

    Os impostos so tributos em regra, discriminados. Isso significa que a Constituioestabelece, ela propria, as bases economicas sobre as quais podem ser instituidosimpostos.

    Art. 153. Compete Unio instituir impostos sobre:I - importao de produtos estrangeiros;II - exportao, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;

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    III - renda e proventos de qualquer natureza;IV - produtos industrializados;V - operaes de crdito, cmbio e seguro, ou relativas a ttulos ou valoresmobilirios;VI - propriedade territorial rural;VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

    Classificao

    Impostos diretos

    O que so (conceito)

    So os impostos que os governos (federal, estadual e municipal) arrecadam sobreo patrimnio (bens) e renda (salrios, aluguis, rendimentos de aplicaesfinanceiras) dos trabalhadores. So considerados impostos diretos, pois o governoarrecada diretamente dos cidados.

    Principais impostos diretos no Brasil (exemplos):

    - IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Fsica) incide diretamente no salrio dostrabalhadores (desconto na folha de pagamento). Trabalhadores de baixa rendaesto isentos (h um teto mnimo para contribuio). Para aqueles que pagam, opercentual fica entre 15% e 27%, de acordo com faixa salarial. Este imposto

    arrecadado pelo governo federal.

    - IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veculos Automotores) arrecadadoanualmente pelos governos estaduais, ele deve ser pago pelos proprietrios decarros, motos, caminhes e outros tipos de veculos automotores. Varia entre 1% a3% do valor do veculo.

    - IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) arrecadado pelas prefeituras. cobrado anualmente e incide sobre a propriedade de casas, apartamentos,terrenos e salas comerciais. Cada prefeitura tem um sistema de cobrana, onde o

    imposto varia de acordo com a localizao e tamanho do imvel.

    Impostos indiretos

    O que so (conceito)

    So os impostos que incidem sobre os produtos e servios que as pessoasconsomem. So cobrados de produtores e comerciantes, porm acabam atingindoindiretamente os consumidores, pois estes impostos so repassados para ospreos destes produtos e servios.

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    Principais impostos indiretos no Brasil (exemplos):

    - ICMC (Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios)arrecadado pelosgovernos estaduais, este imposto incide sobre a comercializao de produtos eservios. A alquota varia de acordo com o produto e servio comercializado. No

    geral, sobre os produtos de necessidade bsica incidem impostos baixos ou soisentos. J produtos e servios voltados para os consumidores de alta rendapossuem impostos mais elevados.

    - ISS (Imposto sobre Servios) arrecadado pelos governos municipais, incidesobre a prestao de servios no municpio. Exemplos de servios onde ocorre aincidncia do ISS: educao, servios mdicos, servios prestados por profissionaisautnomos (encanadores, eletricistas, pintores, etc.), entre outros.

    - IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) arrecadado pelo governo

    federal, este imposto incide sobre a comercializao de produtos industrializados(aqueles que sofrem transformao, beneficiamento, montagem, renovao eacondicionamento).

    Taxas

    So uma das espcies tributrias integrantes ao Sistema Tributrio Nacional.Esto apenas mencionadas na Constituio, no art. 145 II e 2.

    Art. 145. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios poderoinstituir os seguintes tributos:II - taxas, em razo do exerccio do poder de polcia ou pela utilizao,

    efetiva ou potencial, de servios pblicos especficos e divisveis, prestados aocontribuinte ou postos a sua disposio;

    2 - As taxas no podero ter base de clculo prpria de impostos.

    No Cdito Tributrio Nacional:

    Art. 77 - As taxas cobradas pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal oupelos Municpios, no mbito de suas respectivas atribuies, tm como fato geradoro exerccio regular do poder de polcia, ou a utilizao, efetiva ou potencial, deservio pblico especfico e divisvel, prestado ao contribuinte ou posto suadisposio.Pargrafo nico. A taxa no pode ter base de clculo ou fato gerador idnticos aosque correspondam a imposto, nem ser calculada em funo do capital dasempresas.

    Art. 78 - Considera-se poder de polcia atividade da administrao pblica que,limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prtica de atoou absteno de fato, em razo de interesse pblico concernente segurana, higiene, ordem, aos costumes, disciplina da produo e do mercado, ao exercciode atividades econmicas dependentes de concesso ou autorizao do Poder

    Pblico, tranqilidade pblica ou ao respeito propriedade e aos direitosindividuais ou coletivos.

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    Pargrafo nico. Considera-se regular o exerccio do poder de polcia quandodesempenhado pelo rgo competente nos limites da lei aplicvel, com observnciado processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionria,sem abuso ou desvio de poder.

    Art. 79- Os servios pblicos a que se refere oArt. 77 consideram-se:I - utilizados pelo contribuinte:a) efetivamente, quando por ele usufrudos a qualquer ttulo;b) potencialmente, quando, sendo de utilizao compulsria, sejam postos suadisposio mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;II - especficos, quando possam ser destacados em unidades autnomas deinterveno, de utilidade ou de necessidade pblicas;III - divisveis, quando suscetveis de utilizao, separadamente, por parte de cadaum dos seus usurios.Art. 80- Para efeito de instituio e cobrana deTaxas, consideram-secompreendidas no mbito das atribuies da Unio, dos Estados, do DistritoFederal ou dos Municpios aquelas que, segundo a Constituio Federal, as

    Constituies dos Estados, as Leis Orgnicas do Distrito Federal e dos Municpiose a legislao com elas compatvel, competem a cada uma dessas pessoas de direitopblico.

    Taxas de Poder de Polcia

    O fato gerador o exerccio regular do poder de policiaO CTN define o que poder de polcia.

    Art. 78 - Considera-se poder de polcia atividade da administrao pblica que,limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prtica de atoou absteno de fato, em razo de interesse pblico concernente segurana, higiene, ordem, aos costumes, disciplina da produo e do mercado, ao exercciode atividades econmicas dependentes de concesso ou autorizao do PoderPblico, tranqilidade pblica ou ao respeito propriedade e aos direitosindividuais ou coletivos.

    Este diz respeito chamada polcia administrativa que diferente da polcia dasegurana pblica (policiais militares) e da polcia judiciria (policiais civis). Aatividade de policia administrativa definida como a restrio ou o

    condicionamento ao exerccio da atividaide privadas, visando assegurar o bem-estar da coletividade. Em termos mais prticos, so as atividades de fiscalizaoem geral, exercidas pelos mais diversos rgos e entidades da AdministraoPblica.

    Pargrafo nico. Considera-se regular o exerccio do poder de polcia quandodesempenhado pelo rgo competente nos limites da lei aplicvel, com observnciado processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionria,sem abuso ou desvio de poder.

    Observe que a Constituio exige o exercciodo poder de polcia para legislao

    da instituio da taxa. O supremo Tribunal Federal, reiteradamente, temafirmado que o exerccio do poder de polcia, sem dvida tem que ser efetivo.

    http://www.dji.com.br/codigos/1966_lei_005172_ctn/077a080.htm#Art.%2077http://www.dji.com.br/financeiro_tributario/taxas.htmhttp://www.dji.com.br/financeiro_tributario/taxas.htmhttp://www.dji.com.br/codigos/1966_lei_005172_ctn/077a080.htm#Art.%2077
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    Entretanto, a Corte Maior considera que o simples fato de existir um rgoestruturado que exera permanentemente atividade de fiscalizao possibilita aexigncia da taxa de plicia de todos quantos estejam sujeitos a essa fiscalizao.

    Vale dizer, necessrio que o rgo competente para exercer a atividade depolcia exista, esteja estruturado e em efeitvo funcionamento, mas no corretoafirmar que a taxa s possa ser cobrada como contraprestao direta das pessoasespecficas que tenham sofrido, concretamente, um procedimento de fiscalizao.Em resumo, admite-se a cobrana peridica de todas as pessaos que estejamsujeitas fiscalizao, tenham ou no sido concretamente fiscalizadas.

    Servios Pblicos

    O fato gerador a prestao de servio pblico especfico e divisvel cujautilizao pelo contribuinte pode ser efetiva ou potencial.O CTN procurou estabelecer os conceitos de servio especifico e divisvel, aodispor:

    Os servios pblicos a que se refere oArt. 77 consideram-se:I - utilizados pelo contribuinte:obs.dji:Taxas;a) efetivamente, quando por ele usufrudos a qualquer ttulo;b) potencialmente, quando, sendo de utilizao compulsria, sejampostos sua disposio mediante atividade administrativa emefetivo funcionamento;

    ATENO:

    Taxa de Iluminao Pblica

    Por se tratar de um servio inespecfico, no mensurvel, individvel einsuscetvel de ser referido a determinado contribuinte, devendo ser custeado pormeio de produto da arrecadao dos impostos ferais.Smula 670 O servio de iluminao pblica no pode ser remuneradomediante taxa.

    Taxa de Lixo

    A taxa cobrada exclusivamente em razo dos servios pblicos de coleta, remooe tratamento ou destinao de lixo ou resduos provenientes de imveis no violao artigo 145, ii, da constituio federal.

    http://www.dji.com.br/codigos/1966_lei_005172_ctn/077a080.htm#Art.%2077http://www.dji.com.br/financeiro_tributario/taxas.htmhttp://www.dji.com.br/financeiro_tributario/taxas.htmhttp://www.dji.com.br/codigos/1966_lei_005172_ctn/077a080.htm#Art.%2077
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    II - especficos, quando possam ser destacados em unidadesautnomas de interveno, de utilidade ou de necessidade pblicas;III - divisveis,quando suscetveis de utilizao, separadamente, porparte de cada um dos seus usurios.

    O usurio do servio tem que poder ser individualizado e deve ser possvel algumcritrio para estimar quantitativamente a utilizao do servio por ele

    STF tem ratificado seus julgados segundo a doutrina de Roque Antnio Carazza:Os servios pblicos especficos tambm chamados singulares, so os prestadosutil singuli. Referem-se a uma pessoa ou a um nmero determinado (ou pelomenos, determinvel) de pessoas. So de utilizao individual e mensurvel.

    Em razo ainda da prestao de servio

    a)

    Utilizao efeitva:Quando por ele usufruidos a qualquer titulo.b)

    Potencialmente:Quando, sendo de utilizao compulsria, sejam postos sua disposio, mediante atividade administrativa em efetivofuncionamento.

    Taxa versusTarifa

    TAXA TARIFA

    Direito Tributrio Direito Administrativo

    Obrigao Ex Legi (a partir da lei) Em razo de um contratoadministrativo

    No h direito de rescindir H direito de rescindir (pois decorrede um contrato)

    Regime totalmente de direito pblico Regime de direito pblico (pelocontrato) e particular (pelosconcessionrios)

    H poder de polcia Concessionria no tem poder depolcia somente poder administrativo.

    Pode ser exigido em relao a umservio quantificado de maneira maisflexvel. Estimado. Ex: CustasProcessuais

    Tarifa quantificada de maneira exatafronte ao servio. Ex. M3 de gua.

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    Contribuio de Melhoria

    Art. 145- A Unio, os Estados, o DistritoFederal e os Municpios poderoinstituir os seguintes tributos:III- contribuio de melhoria,decorrente de obras pblicas.

    - todos os entes podem exigir- S pode exigir depois da obra pblica- Limite: Art. 81- CTN: A contribuio de melhoria cobrada pela Unio, pelosEstados, pelo Distrito Federal ou pelos Municpios, no mbito de suas respectivasatribuies, instituda para fazer face ao custo de obras pblicas de que decorravalorizao imobiliria, tendo como limite total a despesa realizada e como limite

    individual o acrscimo de valor que da obra resultar para cada imvelbeneficiado.

    Custo total da obra sobre pena de enriquecimento ilicito sem causa (geral) /Individual: Quantum valorizou seu imvel emf ace de uma obra pblica.

    A competncia para a instituio da contribuio de melhoria comum a todas aspessoas polticas. um tributo de cobrana vinculada a uma atividade estatal especfica: arealizao de uma obra pblica que beneficie imveis determinados ou

    determinveis.A doutrina e o STF somente admitem a cobrana da contrinuio de melhoriaposteriomente realizao da obra pblica ou, pelo menos, de parcela da obrasuficiente para justificar a ocorrncia de acrescimo de valor ao imvel beneficiado.

    Exemplo: Se uma obra de custo R$ 100,000.00 beneficou igualmednte a 10imveis e cada imovel valorizou-se em exatos R$ 7.000,00, o mximo que pode sercobrado de cada proprietario R$ 7.000,00Se a mesma obra tivesse valorizado cada imovel em exatos R$12.000,00 o mximoque poderia ser cobrado de cada proprietrio seria R$ 10.000,00.R$ 10 mil x 10 = 100.000,00 = Valor da obra

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    Pedgio

    Art. 150. CF Sem prejuzo de outras garantias asseguradasao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao DistritoFederal e aos Municpios:

    V - estabelecer limitaes ao trfego de pessoas ou bens, pormeio de tributos interestaduais ou intermunicipais,ressalvada a cobrana de pedgio pela utilizao de viasconservadas pelo Poder Pblico;

    Espcie de taxa de servio pblico.

    Com relao ao pedgio, cobrado nas vias pblicas, a sua natureza tributria

    ficou claramente estabelecida pelo inciso V, do art. 150 da Constituiao Federalde 1988 de sorte que o posicionamento anterior da doutrina e jurisprudncia deveceder nova realidade. Diz o referido texto que vedado `Unio, aos Estados, aoDistrito Federal e aos Municpios estabelecer limitaes ao trfedo de pessoas oubens, por meio de tributos interestatduais ou intermunicipais, ressalvada acobrana de pedgiopela utilizao devias conservadas pelo PoderPblico

    .Portanto, a Carta Poltica de 1988 define, com solar clareza, que pedgio tributo. Do contrrio, a ressalva no teria sentido algum.

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    Princpios Constituicionais Tributrios

    1.1. Princpio da Legalidade

    O princpio da legalidade consiste num dos fundamentos do Estado Democrticode Direito. Notvel conquista da humanidade, na medida em que suprime davontade do detentor do poder a fixao da brigatoriedade das condutas, nopoderia deixar de estar presente no universo tributrio. Neste sentido, aobrigao do cidado transferir parte de seu patrimnio para os cofres do PoderPblico no pode prescindir da edio da lei competente.

    No campo tributrio, este princpio quer significar que ningum obrigado arecolher tributo sem que, anteriormente, haja lei que traga sua definio. Poroutro lado, tal princpio guarda determinao de que vedado s pessoaspolticas criar tributos sem lei anterior que os estabelea, vale dizer, com previso

    de sua hiptese de incidncia, sujeito ativo e passivo, base de clculo e alquota.

    (Aula)

    Principio norma juridica. Regra mandamento, tudo ou nada. J principiopode preponderar sobre as regras. Limitao sobre o poder de tributar, a CF dizque clasula ptrea.

    Tributo no pago in natura e sim em dinheiro.

    No permitido a Unio exigir ou aumentar tributo sem lei. Assim como tambma criao, majorao, reduo ou extino s pode exigir atravs de lei.

    A regra da criao de um tributo atravs de lei ordinria. S pode ser em leicomplementar aquelas que a lei orientar, exemplo: Emprestimos compulsrios,tributo sobre grandes fortunas, tributos residuais.

    A CF no cria tributos, apenas designa a competncia, quem cria a lei.

    OS tributos podem ser majorados, extintos, reduzidos e criados atravs demedida provisria s quando so de lei complementar.

    O contedo do principio da legalidade esta no art. 91 CTN, de rol taxativo deacordo o STF.

    Ex: O fator gerador o veiculo e base de calculo o valor do automvel. Alquota o percentual que vai incidir sobre a base de calculo.

    Fator Gerador = Propriedade

    Vase de calculo = Dinheiro (Valor)

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    Penalidade multa e multa s pode ser criada atravs de lei, a multa materiade fonte formal primria.

    Majorao materia de lei e est no art. 97 do CTN, j a atualizao no materia de lei.

    O poder executivo por ato dele mesmo pode alterar a alquota sobre os impostosexistentes no art. 153 CTN: IOF, IPI, excportao e importao.

    No imposto de importao pode o pdoer executivo alterar a aliquota atraves dedecreto e mdedidas provisorias e ainda pela Portaria do Ministro da Fazenda.

    CID combustiveisDecreto ou medida provisria

    OS ICMS (combustivel) que estadual, pode reduzir e restabelecer ! Atraves de

    ato do secretario da fazenda sem passar por uma lei.Ateno a extrita legalidade

    Mitigaes: CF expecionam a verificao pela da legalidade. Art. 1531. Alteraraliquotas pelo poder executivo ( 0 % a 1000%)

    1.2. Princpio da Anterioridade

    Entende-se por princpio da no-surpresa do contribuinte a adoo de uma

    tcnica que permita o conhecimento antecipado da instituio ou aumento detributos. Assim, o sujeito passivo poderia realizar um planejamento adequado desuas atividades econmicas levando em conta os nus tributrios a seremexperimentados no futuro.

    De acordo com esse princpio, a lei que cria ou majora (aumenta) determinadotributo, ao entrar em vigor, fica com sua eficcia suspensa at o incio do prximoexerccio financeiro, quando, s ento, produzir todos os seus efeitos prprios.

    O princpio da anterioridade reafirma o princpio da segurana jurdica,abrigando a idia de que o contribuinte no deve ser tomado de surpresa pelofisco e, por outro lado, visa possibilidade de preparao do ente tributante paraa correta cobrana do pretenso tributo.

    (Aula)Temos a comum ou anual: Exerccio Financeiro (De 1/1 31/12)Tributo, a lei deve antecer ao tributo financeiro.Ex: Lei 2014 ... Exigncia em 2015

    Nonagesimal: 90 dias para o exerccio financeio.

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    Excees:a)

    Tributo que no segue nenhuma das anterioridades.Virgncia imediata.Ex: Imposto de Exportao e Importao

    Imposto Extraordinrio de Guerra.IOF

    b)

    Somente cumpre a nonagesimalExeceo anualEx: ICMS combustivelCID combustiveisCont. Previdncia Social

    c) Somente cumpre a anualExceo Nonagesimal

    Ex: Imposto de Renda

    1.3. Princpio da Irretroatividade

    A lei tributria s vale em relao a fatos geradores ocorridos depois do incio davigncia da lei que os houver institudo ou aumentados (CF, art. 150, III, a). A

    Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios no podem cobrar tributos emrelao a fatos geradores ocorridos antes do incio da vigncia da lei que oshouver institudo ou aumentados.Um tributo para ser cobrado a lei deve publicar com antecedencia de 1 ano para

    ser cobrado no ano seguinte.

    Admite-se, porm, a retroatividade quando favorece o contribuinte(retroatividade benfica), art. 106, CTN. A lei ser retroativa aplicando-se fato

    gerador passando, quando:

    for expressamente interpretativa, mas a aplicao de penalidade imposta infrao dos dispositivos interpretativos no retroagem;

    se tratar de ato que no esteja definitivamente julgado:o quando esse ato deixar de ser infrao;o quando esse ato deixar de ser tratado;o quando prevista uma penalidade menos severa do que aquela

    prevista na lei vigente;(Aula)

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    No pode piorar a situao do contribuinteAto Juridico perfeitoSempre cresce ou mantm.Cada ano tem uma aliquota aplicavel. Quando aumentar no pode retroagir para

    piorar a situao.Efeito ex tunc;

    Excees (Quando pode retroagir):Art. 106 CTN

    Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretrito:I - em qualquer caso, quando seja expressamenteinterpretativa, excluda a aplicao de penalidade

    infrao dos dispositivos interpretados;II - tratando-se de ato no definitivamente julgado:a) quando deixe de defini-lo como infrao;b) quando deixe de trat-lo como contrrio a qualquerexigncia de ao ou omisso, desde que no tenha sidofraudulento e no tenha implicado em falta depagamento de tributo;c) quando lhe comine penalidade menos severa que aprevista na lei vigente ao tempo da sua prtica.

    Matertia de penalidade / sano / punio / multa a lei tributria pode retroagir,se tiver ativo o processo afim de beneficiar o contribuinte.

    Princpio da Isonomia ou Igualdade Tributria

    A lei, em princpio, no deve dar tratamento desigual a contribuintes que seencontre em situao equivalente (CF, art. 150, II). A Unio, Estados, DistritoFederal e Municpios no poder instituir tratamento tributrio desigual entrecontribuintes que se encontrem na mesma situao.

    Trata-se de outro princpio com raio de ao superior ao universo tributrio.Verdadeiro elemento conformador da ordem jurdica como um todo, fixa apremissa de que todos so iguais perante a lei.

    Pode haver tratamento diferenciado nas Micros EmpresasME, nas Empresas

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    (Aula)CTN - Art. 126- A capacidade tributria passiva independe:

    I - da capacidade civil das pessoas naturais;

    II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privao oulimitao do exerccio de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da

    administrao direta de seus bens ou negcios;III - de estar a pessoa jurdica regularmente constituda, bastando que configure

    uma unidade econmica ou profissional.

    Observa-se se tem renda e mveis.

    no olet PrincpioIndepende da origem, sempre ser tributado. Na ilicitude =

    multa.

    Desdobramentos

    Princpio da Capacidade Contributiva

    Faz parte da isonomia, tambm, tratar os desiguais de modo desigual,devendo, assim, o tributo ser cobrado de acordo com as possibilidades de cada um(CF, art. 145, 1).

    No existe uniformidade quanto ao entendimento acerca da capacidadecontributiva ("capacidade econmica do contribuinte"). Os impostos devero ser

    graduados segundo a medida da possibilidade econmica dos contribuintes depagar tributos.

    Exemplo claro: ICMS Rico e Pobre vai comprar medicao, pagam omemso valor.

    Critrios ou instrumentos da igualdade

    Progressividade: Aumenta a base de calculo, aumenta a alquota.

    IPTU, IPTE, imposto de renda Seletividade (quanto mais essencial , aliquota menor)

    IPIICMS facultativo a seletividade.

    OS impostos sero graduados conforme a capacidade do contrinuinte.

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    1.6. Principio da Uniformidade Geografica

    Art.151- vedado Unio:I - instituir tributo que no seja uniforme em todo o

    territrio nacional ou que implique distino oupreferncia em relao a Estado, ao Distrito Federal oua Municpio, em detrimento de outro, admitida aconcesso de incentivos fiscais destinados a promover oequilbrio do desenvolvimento scio-econmico entre asdiferentes regies do Pas;

    Exceo: Principio da Igualdade

    Art. 3 Constituem objetivos fundamentais da RepblicaFederativa do Brasil:

    I - construir uma sociedade livre, justa e solidria;II - garantir o desenvolvimento nacional;III - erradicar a pobreza e a marginalizao e reduzir

    as desigualdades sociais e regionais;

    1.7.Princpio da Vedao de Efeitos Confiscatrios

    O tributo deve ser razovel, no podendo ser to oneroso que chegue arepresentar um verdadeiro confisco (CF, art. 150, IV). Tributo com efeito deconfisco, um tributo que to oneroso, que retira o bem da posse do sujeitopassivo.

    Trata-se de um princpio de difcil configurao jurdica, a exemplo do princpioda moralidade administrativa. certo, no entanto, sua pretenso de evitar otributo excessivamente oneroso, o tributo utilizado para destruir sua prpriafonte ou para absorver, total ou quase totalmente, a propriedade ou a renda. O

    que resta a ser fixado, aqui residindo a sede das dificuldades, o limite do tolervel,do razovel.