resumo do estatuto da criança e do adolescente

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  • 7/29/2019 Resumo do Estatuto da Criana e do Adolescente

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    LEI N 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.

    Dispe sobre o Estatuto da Criana e doAdolescente e d outras providncias.

    CRIANA at 12anos de idade INCOMPLETOS

    ADOLESCENTE entre 12 e 18anos de idade

    O Estatuto pode ser aplicado EXCEPCIONALMENTE s pessoas entre 18 e 21 anos deidade.

    A criana e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes pessoa humana.

    dever da famlia, da comunidade, da sociedade em geral e do poder pblicoassegurar, com absoluta prioridade, a efetivao dos direitos referentes vida, sade, alimentao, educao, ao esporte, ao lazer, profissionalizao,

    cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar ecomunitria.

    A garantia de prioridade compreende:

    Primazia de receber proteo e socorro em QUAISQUER CIRCUNSTNCIAS;

    PRECEDNCIA de atendimento nos servios pblicos ou de relevncia pblica;

    PREFERNCIA na formulao e na execuo das polticas sociais pblicas;

    Destinao privilegiada de recursos pblicos nas reas relacionadas com aproteo infncia e juventude.

    DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

    DO DIREITO VIDA E SADE

    A criana e o adolescente tm direito a proteo vida e sade, mediante a

    efetivao de POLTICAS SOCIAIS PBLICAS que permitam o nascimento e odesenvolvimento sadio e harmonioso, em condies dignas de existncia.

    http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.069-1990?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.069-1990?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.069-1990?OpenDocument
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    assegurado gestante, atravs do Sistema nico de Sade, o ATENDIMENTO PRE PERINATAL.

    A parturiente ser atendida preferencialmente pelo mesmo mdico que aacompanhou na fase pr-natal.

    Incumbe ao poder pblico propiciar APOIO ALIMENTAR gestante e nutriz quedele necessitem.

    Incumbe ao poder pblico proporcionar ASSISTNCIA PSICOLGICA gestante e me, no perodo pr e ps-natal. Essa assistncia tambm dever ser prestada agestantes ou mes que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoo.

    O poder pblico, as instituies e os empregadores propiciaro condiesadequadas ao ALEITAMENTO MATERNO, inclusive aos filhos de mes submetidas amedida privativa de liberdade.

    Os hospitais e demais estabelecimentos de ateno sade de gestantes, pblicose particulares, so obrigados a manter alojamento conjunto, possibilitando aoneonato a permanncia junto me.

    assegurado ATENDIMENTO INTEGRAL SADE da criana e do adolescente, porintermdio do Sistema nico de Sade, garantido o ACESSO UNIVERSAL EIGUALITRIO s aes e servios para promoo, proteo e recuperao dasade.

    A criana e o adolescente portadores de deficincia recebero ATENDIMENTOESPECIALIZADO. Incumbe ao poder pblico fornecer GRATUITAMENTE queles que necessitarem os

    medicamentos, prteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitao oureabilitao.

    Os estabelecimentos de atendimento sade devero proporcionar condies paraa permanncia em TEMPO INTEGRAL de um dos pais ou responsvel, nos casos deinternao de criana ou adolescente.

    Os casos de SUSPEITA OU CONFIRMAO DE MAUS-TRATOS contra criana ouadolescente sero OBRIGATORIAMENTE COMUNICADOS AO CONSELHO TUTELARda respectiva localidade, sem prejuzo de outras providncias legais.

    As gestantes ou mes que manifestem interesse em entregar seus filhos paraadoo sero obrigatoriamente encaminhadas Justia da Infncia e daJuventude.

    O Sistema nico de Sade promover programas de assistncia mdica eodontolgica para a preveno das enfermidades que ordinariamente afetam a

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    populao infantil, e campanhas de educao sanitria para pais, educadores ealunos.

    obrigatria a vacinao das crianas nos casos recomendados pelas autoridadessanitrias.

    DO DIREITO LIBERDADE, AO RESPEITO E DIGNIDADE

    A criana e o adolescente tm direito liberdade, ao respeito e dignidade comopessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis,humanos e sociais garantidos na Constituio e nas leis.

    DIREITO LIBERDADE:

    o Ir, vir e estar nos logradouros pblicos e espaos comunitrios;o Opinio e expresso;o Crena e culto religioso;o Brincar, praticar esportes e divertir-se;o Participar da vida familiar e comunitria, sem discriminao;o Participar da vida poltica, na forma da lei;o Buscar refgio, auxlio e orientao.

    DIREITO AO RESPEITO:

    o Consiste na inviolabilidade da integridade fsica, psquica e moral da criana e doadolescente, abrangendo a preservao da imagem, da identidade, da autonomia,dos valores, idias e crenas, dos espaos e objetos pessoais.

    DIREITO DIGNIDADE:

    o dever de todos velar pela dignidade da criana e do adolescente, pondo-os asalvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatrio ouconstrangedor.

    DO DIREITO CONVIVNCIA FAMILIAR E COMUNITRIA

    Toda criana ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da suafamlia e, EXCEPCIONALMENTE, em famlia substituta, assegurada a convivnciafamiliar e comunitria, em ambiente livre da presena de pessoas dependentes de

    substncias entorpecentes.

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    Toda criana ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimentofamiliar ou institucional ter sua situao reavaliada, no mximo, a cada 6 meses,devendo a autoridade judiciria competente decidir de forma fundamentada pelapossibilidade de reintegrao familiar OU colocao em famlia substituta.

    A permanncia da criana e do adolescente em programa de acolhimentoinstitucional no se prolongar por mais de 2 anos, salvo comprovada necessidadeque atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade

    judiciria.

    A manuteno ou reintegrao de criana ou adolescente sua famlia terPREFERNCIA em relao a QUALQUER outra providncia.

    Os filhos, havidos ou no da relao do casamento, ou por adoo, tero OSMESMOS DIREITOS E QUALIFICAES, proibidas quaisquer designaesdiscriminatrias relativas filiao.

    O poder familiar ser exercido, em IGUALDADE DE CONDIES, pelo pai e pelame, na forma do que dispuser a legislao civil, assegurado a qualquer deles odireito de, em caso de discordncia, recorrer autoridade judiciria competentepara a soluo da divergncia.

    Aos PAIS incumbe o DEVER DE SUSTENTO, GUARDA E EDUCAO dos filhosmenores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigao de cumprir e fazercumprir as determinaes judiciais.

    A falta ou a carncia de recursos materiais NO constitui motivo suficiente para aperda ou a suspenso do poder familiar.

    Em caso de carncia, no existindo outro motivo que por si s autorize adecretao da medida, a criana ou o adolescente ser mantido em sua famlia deorigem, a qual dever OBRIGATORIAMENTE ser includa em PROGRAMAS OFICIAISDE AUXLIO.

    A perda e a suspenso do poder familiar sero DECRETADAS JUDICIALMENTE,em procedimento contraditrio, nos casos previstos na legislao civil, bem comona hiptese de descumprimento injustificado dos deveres e obrigaes antes

    descritos.

    DA FAMLIA NATURAL

    Famlia natural: a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seusdescendentes.

    Famlia extensa ou ampliada: aquela que se estende para alm da unidade pais e filhosou da unidade do casal, formada por parentes prximos com os quais a criana ouadolescente convive e mantm vnculos de afinidade e afetividade.

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    Os filhos havidos fora do casamento podero ser reconhecidos pelos pais, conjuntaou separadamente, no prprio termo de nascimento, por testamento, medianteescritura ou outro documento pblico, qualquer que seja a origem da filiao.

    O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou suceder-lhe aofalecimento, se deixar descendentes.

    O reconhecimento do estado de filiao direito personalssimo, indisponvel eimprescritvel, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, semqualquer restrio, observado o segredo de Justia.

    DA FAMLIA SUBSTITUTA

    A colocao em famlia substituta ser feita mediante:

    GUARDA

    TUTELAADOO

    Sempre que possvel, a criana ou o adolescente ser previamente ouvido porequipe interprofissional, respeitado seu estgio de desenvolvimento e grau decompreenso sobre as implicaes da medida, e ter sua opinio devidamenteconsiderada.

    Tratando-se de maior de 12 anos de idade, ser necessrio seu CONSENTIMENTO,colhido em audincia.

    Na apreciao do pedido se levar em conta o grau de parentesco e a relao deafinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequnciasdecorrentes da medida.

    Os grupos de irmos sero colocados sob adoo, tutela ou guarda da mesmafamlia substituta, ressalvada a comprovada existncia de risco de abuso ou outrasituao que justifique plenamente a excepcionalidade de soluo diversa,procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo dos vnculos

    fraternais.

    A colocao da criana ou adolescente em famlia substituta ser precedida de suapreparao gradativa e acompanhamento posterior, realizados pela equipeinterprofissional a servio da Justia da Infncia e da Juventude.

    Em se tratando de criana ou adolescente indgena ou proveniente de comunidaderemanescente de quilombo, ainda obrigatrio: que sejam consideradas erespeitadas sua identidade social e cultural, os seus costumes e tradies, bemcomo suas instituies; que a colocao familiar ocorra prioritariamente no seio desua comunidade ou junto a membros da mesma etnia.

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    A colocao em famlia substituta estrangeira constitui medida excepcional,somente admissvel na modalidade de ADOO.

    Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsvel prestar compromisso de bem efielmente desempenhar o encargo.

    DA GUARDA

    A guarda obriga a prestao de assistncia material, moral e educacional criana ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros,inclusive aos pais.

    A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ouincidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoo, exceto no de adoo porestrangeiros.

    Excepcionalmente, se deferir a guarda, fora dos casos de tutela e adoo, paraatender a situaes peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ouresponsvel.

    A guarda confere criana ou adolescente a condio de DEPENDENTE, para todosos fins e efeitos de direito, inclusive previdencirios.

    O deferimento da guarda de criana ou adolescente a terceiros no impede oexerccio do DIREITO DE VISITAS PELOS PAIS, assim como o DEVER DE PRESTARALIMENTOS.

    A guarda poder ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicialfundamentado, ouvido o Ministrio Pblico.

    DA TUTELA

    A tutela ser deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de at 18 (dezoito) anosincompletos.

    O deferimento da tutela pressupe a prvia decretao da perda ou suspensodo poder familiar e implica necessariamente o DEVER DE GUARDA.

    DA ADOO

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    Adotante: quem adota

    Quem pode adotar? Os maiores de 18 (dezoito) anos,independentemente do estado civil.

    Adotando: quem adotado

    Qual a idade mxima do adotando? 18 anos data do pedido,

    salvo se j estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

    O adotante deve ser16 anos mais velho do que o adotando.

    Para adoo conjunta, indispensvel que os adotantes sejam casadoscivilmente OU mantenham unio estvel, comprovada a estabilidade dafamlia.A adoo ser deferida quando apresentar reais vantagens para o adotandoe fundar-se em motivos legtimos.

    A adoo depende do consentimento dos pais ou do representante legal doadotando.O consentimento ser dispensado em relao criana ou adolescente cujospais sejam desconhecidos ou tenham sido destitudos do poder familiar.

    Adotando maior de 12 anos de idade: ser tambm necessrio o seuCONSENTIMENTO.A adoo ser precedida de estgio de convivncia com a criana ouadolescente, pelo prazo que a autoridade judiciria fixar.

    O estgio de convivncia poder ser dispensado se o adotando j estiver soba tutela ou guarda LEGAL do adotante durante tempo suficiente para queseja possvel avaliar a convenincia da constituio do vnculo.

    A simples guarda DE FATO no autoriza, por si s, a dispensa da realizaodo estgio de convivncia.Em caso de adoo por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do Pas,o estgio de convivncia, cumprido no territrio nacional, ser de, nomnimo, 30 dias.

    O estgio de convivncia ser acompanhado pela equipe interprofissional aservio da Justia da Infncia e da Juventude.O vnculo da adoo constitui-se por sentena judicial, que ser inscrita noregistro civil mediante mandado do qual no se fornecer certido.

    Outras regras:

    A adoo medida excepcional e irrevogvel, qual se deve recorrer apenasquando esgotados os recursos de manuteno da criana ou adolescente na famlianatural ou extensa.

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    A adoo atribui a CONDIO DE FILHO ao adotado, com os mesmos direitos edeveres, inclusive sucessrios, desligando-o de qualquer vnculo com pais eparentes, salvo os impedimentos matrimoniais.

    recproco o direito sucessrio entre o adotado, seus descendentes, o adotante,seus ascendentes, descendentes e colaterais at o 4 grau, observada a ordem devocao hereditria.

    Ningum poder ser adotado por seus prprios ascendentes (avs, bisavs) e/ouirmos.

    Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotarconjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas edesde que o estgio de convivncia tenha sido iniciado na constncia do perodode convivncia e que seja comprovada a existncia de vnculos de afinidade eafetividade com aquele no detentor da guarda, que justifiquem aexcepcionalidade da concesso.

    A adoo poder ser deferida ao adotante que, aps inequvoca manifestao devontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentena.

    A inscrio consignar o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de seusascendentes.

    A sentena conferir ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquerdeles, poder determinar a modificao do prenome.

    Caso a modificao de prenome seja requerida pelo adotante, obrigatria aoitiva do adotando.

    A adoo produz seus efeitos a partir do trnsito em julgado da sentenaconstitutiva.

    O adotado tem direito de conhecer sua origem biolgica, bem como de obteracesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuaisincidentes, aps completar 18 (dezoito) anos.

    O acesso ao processo de adoo poder ser tambm deferido ao adotado menor de18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientao e assistncia jurdica epsicolgica.

    A morte dos adotantes no restabelece o poder familiar dos pais naturais. A autoridade judiciria manter, em cada comarca ou foro regional, um registro

    de crianas e adolescentes em condies de serem adotados e outro de pessoasinteressadas na adoo.

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    Sero criados e implementados cadastros estaduais e nacional de crianas eadolescentes em condies de serem adotados e de pessoas ou casais habilitados adoo.

    Haver cadastros distintos para pessoas ou casais residentes fora do Pas, quesomente sero consultados na inexistncia de postulantes nacionais habilitados noscadastros.

    As autoridades estaduais e federais em matria de adoo tero acesso integralaos cadastros, incumbindo-lhes a troca de informaes e a cooperao mtua,para melhoria do sistema.

    Enquanto no localizada pessoa ou casal interessado em sua adoo, a criana ou oadolescente, sempre que possvel e recomendvel, ser colocado sob guarda defamlia cadastrada em programa de acolhimento familiar.

    A alimentao do cadastro e a convocao criteriosa dos postulantes adoosero fiscalizadas pelo Ministrio Pblico.

    Os brasileiros residentes no exterior tero preferncia aos estrangeiros, nos casosde adoo internacional de criana ou adolescente brasileiro.

    A habilitao para adotar de postulante estrangeiro ou domiciliado fora do Brasilter validade mxima de 1 (um) ano, podendo ser renovada.

    vedada a adoo por procurao.DO DIREITO EDUCAO, CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER

    A criana e o adolescente tm direito educao, visando ao plenodesenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exerccio da cidadania equalificao para o trabalho, assegurando-se-lhes:

    o Igualdade de condies para o acesso e permanncia na escola;o Direito de ser respeitado por seus educadores;o Direito de contestar critrios avaliativos, podendo recorrer s instncias

    escolares superiores;o Direito de organizao e participao em entidades estudantis;o Acesso escola pblica e gratuita prxima de sua residncia.

    direito dos pais ou responsveis ter cincia do processo pedaggico, bem comoparticipar da definio das propostas educacionais.

    DEVERdo Estado assegurar criana e ao adolescente:o Ensino fundamental, obrigatrio e gratuito, inclusive para os que a ele no

    tiveram acesso na idade prpria;

    o Progressiva extenso da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino mdio;

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7
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    o Atendimento educacional especializado aos portadores de deficincia,preferencialmente na rede regular de ensino;

    o Atendimento em creche e pr-escola s crianas de zero a cinco anos deidade;

    o Acesso aos nveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criaoartstica, segundo a capacidade de cada um;

    o Oferta de ensino noturno regular, adequado s condies do adolescentetrabalhador;

    o Atendimento no ensino fundamental, atravs de programas suplementaresde material didtico-escolar, transporte, alimentao e assistncia sade.

    O acesso ao ensino obrigatrio e gratuito direito pblico subjetivo. O no oferecimento do ensino obrigatrio pelo poder pblico ou sua oferta

    irregular importa responsabilidade da autoridade competente.

    Compete ao poder pblico recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsvel, pela freqncia escola.

    Os pais ou responsvel tm a obrigao de matricular seus filhos ou pupilos narede regular de ensino a partir dos 6 anos de idade.

    Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicaro ao CONSELHOTUTELAR os casos de:

    MAUS-TRATOS envolvendo seus alunos;

    REITERA O de faltas injustificadas e de evaso escolar,esgotados os recursos escolares;

    Elevados nveis de repetncia.

    O poder pblico estimular pesquisas, experincias e novas propostas relativas acalendrio, seriao, currculo, metodologia, didtica e avaliao, com vistas insero de crianas e adolescentes excludos do ensino fundamental obrigatrio.

    No processo educacional se respeitaro os valores culturais, artsticos e histricosprprios do contexto social da criana e do adolescente, garantindo-se a estes aliberdade da criao e o acesso s fontes de cultura.

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    Os municpios, com apoio dos estados e da Unio, estimularo e facilitaro adestinao de recursos e espaos para programaes culturais, esportivas e delazer voltadas para a infncia e a juventude.

    DO DIREITO PROFISSIONALIZAO E PROTEO NO TRABALHO

    PROIBIDO qualquer trabalho a menores de 14 anos de idade,salvo na condio de APRENDIZ.

    A proteo ao trabalho dos adolescentes regulada por legislao especial. Considera-se aprendizagem a formao tcnico-profissional ministrada segundo as

    diretrizes e bases da legislao de educao em vigor.

    A formao tcnico-profissional obedecer aos seguintes princpios:o Garantia de acesso e freqncia obrigatria ao ensino regular;o Atividade compatvel com o desenvolvimento do adolescente;o Horrio especial para o exerccio das atividades.

    Ao adolescente at 14 anos de idade assegurada BOLSA DE APRENDIZAGEM. Ao adolescente aprendiz, maior de 14 anos, so assegurados os DIREITOS

    TRABALHISTAS E PREVIDENCIRIOS.

    Ao adolescente portador de deficincia assegurado trabalho protegido. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de

    escola tcnica, assistido em entidade governamental ou no-governamental, vedado trabalho:

    o Noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas dodia seguinte;

    o Perigoso, insalubre ou penoso;o Realizado em locais prejudiciais sua formao e ao seu desenvolvimento

    fsico, psquico, moral e social;

    o Realizado em horrios e locais que no permitam a freqncia escola. Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as exigncias

    pedaggicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educandoPREVALECEM sobre o aspecto produtivo.

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    A remunerao que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participaona venda dos produtos de seu trabalho no desfigura o carter educativo.

    O adolescente tem direito profissionalizao e proteo no trabalho,observados os seguintes aspectos, entre outros:

    o Respeito condio peculiar de pessoa em desenvolvimento;o Capacitao profissional adequada ao mercado de trabalho.

    DA PREVENO

    DEVER DE TODOS prevenir a ocorrncia de ameaa ou violao dos direitos dacriana e do adolescente.

    A criana e o adolescente tm DIREITO a informao, cultura, lazer, esportes,diverses, espetculos e produtos e servios que respeitem sua condio peculiarde pessoa em desenvolvimento.

    A inobservncia das normas de preveno importar em RESPONSABILIDADE dapessoa fsica ou jurdica, nos termos desta Lei.

    DA PREVENO ESPECIAL

    Da informao, Cultura, Lazer, Esportes, Diverses e Espetculos

    O poder pblico, atravs do rgo competente, regular as diverses e espetculospblicos, informando sobre a natureza deles, as faixas etrias a que no serecomendem, locais e horrios em que sua apresentao se mostre inadequada.

    Os responsveis pelas diverses e espetculos pblicos devero afixar, em lugarvisvel e de fcil acesso, entrada do local de exibio, informao destacadasobre a natureza do espetculo e a faixa etria especificada no certificado de

    classificao.

    Toda criana ou adolescente ter acesso s diverses e espetculos pblicosclassificados como adequados sua faixa etria.

    As crianas menores de 10 anos somente podero ingressar e permanecer noslocais de apresentao ou exibio quando acompanhadas dos pais ou responsvel.

    As emissoras de rdio e televiso somente exibiro, no horrio recomendado parao pblico infanto juvenil, programas com finalidades educativas, artsticas,

    culturais e informativas.

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    DOS PRODUTOS E SERVIOS

    proibida a venda criana ou ao adolescente de:o Armas, munies e explosivos;o Bebidas alcolicas;o Produtos cujos componentes possam causar dependncia fsica ou

    psquica ainda que por utilizao indevida;

    o Fogos de estampido e de artifcio, exceto aqueles que pelo seu reduzidopotencial sejam incapazes de provocar qualquer dano fsico em caso deutilizao indevida;

    o Revistas e publicaes com contedo pornogrfico ou ofensivo;o Bilhetes lotricos e equivalentes.

    proibida a hospedagem de criana ou adolescente em hotel, motel, penso ouestabelecimento congnere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ouresponsvel.

    DA AUTORIZAO PARA VIAJAR

    Nenhuma criana poder viajar para fora da comarca onde reside,desacompanhada dos pais ou responsvel, sem expressa autorizao judicial.

    Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorizao dispensvel, SE a crianaou adolescente: estiver acompanhado de ambos os pais ou responsvel; ou viajarna companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro atravs dedocumento com firma reconhecida.

    DA POLTICA DE ATENDIMENTO A poltica de atendimento dos direitos da criana e do adolescente far-se- atravs

    de um conjunto articulado de aes governamentais e no-governamentais, daUnio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios.

    So linhas de ao da poltica de atendimento:o Polticas sociais bsicas;o Polticas e programas de assistncia social, em carter supletivo, paraaqueles que deles necessitem;

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    o Servios especiais de preveno e atendimento mdico e psicossocial svtimas de negligncia, maus-tratos, explorao, abuso, crueldade eopresso;

    o Servio de identificao e localizao de pais, responsvel, crianas eadolescentes desaparecidos;

    o Proteo jurdico-social por entidades de defesa dos direitos da criana edo adolescente;o Polticas e programas destinados a prevenir ou abreviar o perodo de

    afastamento do convvio familiar e a garantir o efetivo exerccio dodireito convivncia familiar de crianas e adolescentes;

    o Campanhas de estmulo ao acolhimento sob forma de guarda de crianase adolescentes afastados do convvio familiar e adoo,especificamente inter-racial, de crianas maiores ou de adolescentes,

    com necessidades especficas de sade ou com deficincias e de gruposde irmos.

    So diretrizes da poltica de atendimento:o Municipalizao do atendimento;o Criao de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da

    criana e do adolescente, rgos deliberativos e controladores das aesem todos os nveis, assegurada a participao popular paritria por meiode organizaes representativas, segundo leis federal, estaduais emunicipais;

    DAS ENTIDADES DE ATENDIMENTO

    As entidades de atendimento so responsveis pela manuteno das prpriasunidades, assim como pelo planejamento e execuo de programas de proteo escio-educativos destinados a crianas e adolescentes, em regime de:

    oOrientao e apoio scio-familiar;o Apoio scio-educativo em meio aberto;

    o Colocao familiar;o Ccolhimento institucional;o Liberdade assistida;o Semi-liberdade;o Internao.

    O registro ter validade mxima de 4 anos, cabendo ao Conselho Municipal dosDireitos da Criana e do Adolescente, periodicamente, reavaliar o cabimento de

    sua renovao.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7
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    As entidades que desenvolvam programas de acolhimento familiar ou institucionaldevero adotar os seguintes princpios:

    o Preservao dos vnculos familiares e promoo da reintegrao familiar;o Integrao em famlia substituta, quando esgotados os recursos de

    manuteno na famlia natural ou extensa;

    o Atendimento personalizado e em pequenos grupos;o Desenvolvimento de atividades em regime de co-educao;o No desmembramento de grupos de irmos;o Evitar, sempre que possvel, a transferncia para outras entidades de

    crianas e adolescentes abrigados;

    o Participao na vida da comunidade local;o Preparao gradativa para o desligamento;o Participao de pessoas da comunidade no processo educativo.

    Os dirigentes de entidades que desenvolvem programas de acolhimento familiar ouinstitucional remetero autoridade judiciria, no mximo a cada 6 meses,relatrio circunstanciado acerca da situao de cada criana ou adolescenteacolhido e sua famlia.

    O descumprimento das disposies desta Lei pelo dirigente de entidade quedesenvolva programas de acolhimento familiar ou institucional causa de suadestituio.

    DA FISCALIZAO DAS ENTIDADES

    As entidades governamentais e no-governamentais de atendimento sero fiscalizadaspelo Judicirio, pelo Ministrio Pblico e pelos Conselhos Tutelares.

    Os planos de aplicao e as prestaes de contas sero apresentados ao estado ou aomunicpio, conforme a origem das dotaes oramentrias.

    DAS MEDIDAS DE PROTEO

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
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    As medidas de proteo criana e ao adolescente so aplicveis sempre que os direitosreconhecidos nesta Lei forem ameaados ou violados:

    o Por ao ou omisso da sociedade ou do Estado;o Por falta, omisso ou abuso dos pais ou responsvel;o Em razo de sua conduta.

    DAS MEDIDAS ESPECFICAS DE PROTEO

    As medidas podero ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem comosubstitudas a qualquer tempo.

    Na aplicao das medidas levar-se-o em conta as necessidades pedaggicas,preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vnculos familiares ecomunitrios.

    So tambm princpios que regem a aplicao das medidas:o Condio da criana e do adolescente como SUJEITOS DE DIREITOS: crianas

    e adolescentes so os titulares dos direitos previstos nesta e em outras Leis,bem como na Constituio Federal;

    o Proteo integral e prioritria: a interpretao e aplicao de toda equalquer norma contida nesta Lei deve ser voltada proteo integral eprioritria dos direitos de que crianas e adolescentes so titulares;

    o Responsabilidade primria e solidria do poder pblico: a plena efetivaodos direitos assegurados a crianas e a adolescentes por esta Lei e pelaConstituio Federal de responsabilidade primria e solidria das 3esferas de governo, sem prejuzo da MUNICIPALIZAO DO ATENDIMENTOe da possibilidade da execuo de programas por entidades nogovernamentais;

    o Interesse superior da criana e do adolescente: a interveno deveatender prioritariamente aos interesses e direitos da criana e doadolescente;

    o Privacidade: a promoo dos direitos e proteo da criana e doadolescente deve ser efetuada no respeito pela intimidade, direito imagem e reserva da sua vida privada;

    o Interveno precoce: a interveno das autoridades competentes deve serefetuada logo que a situao de perigo seja conhecida;

    o Interveno mnima: a interveno deve ser exercida exclusivamente pelasautoridades e instituies cuja ao seja indispensvel efetiva promoodos direitos e proteo da criana e do adolescente;

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7
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    o Proporcionalidade e atualidade: a interveno deve ser a necessria eadequada situao de perigo em que a criana ou o adolescente seencontram no momento em que a deciso tomada;

    o Responsabilidade parental: a interveno deve ser efetuada de modo queos pais assumam os seus deveres para com a criana e o adolescente;

    o Prevalncia da famlia: na promoo de direitos e na proteo da criana edo adolescente deve ser dada prevalncia s medidas que os mantenham oureintegrem na sua famlia natural ou extensa ou, se isto no for possvel,que promovam a sua integrao em famlia substituta;

    o Obrigatoriedade da informao: a criana e o adolescente, respeitado seuestgio de desenvolvimento e capacidade de compreenso, seus pais ouresponsvel devem ser informados dos seus direitos, dos motivos quedeterminaram a interveno e da forma como esta se processa;

    o Oitiva obrigatria e participao: a criana e o adolescente, em separadoou na companhia dos pais, de responsvel ou de pessoa por si indicada, bemcomo os seus pais ou responsvel, tm direito a ser ouvidos e a participarnos atos e na definio da medida de promoo dos direitos e de proteo,sendo sua opinio devidamente considerada pela autoridade judiciriacompetente.

    A autoridade competente poder determinar, dentre outras, as seguintes medidas:o Encaminhamento aos pais ou responsvel, mediante termo de

    responsabilidade; (Conselho Tutelar)

    o Orientao, apoio e acompanhamento temporrios; (Conselho Tutelar)o Matrcula e freqncia obrigatrias em estabelecimento oficial de ensino

    fundamental; (Conselho Tutelar)

    o Incluso em programa comunitrio ou oficial de auxlio famlia, criana eao adolescente; (Conselho Tutelar)

    o Requisio de tratamento mdico, psicolgico ou psiquitrico, em regimehospitalar ou ambulatorial; (Conselho Tutelar)

    o Incluso em programa oficial ou comunitrio de auxlio, orientao etratamento a alcolatras e toxicmanos; (Conselho Tutelar)

    o Acolhimento institucional; (Conselho Tutelar)o Incluso em programa de acolhimento familiar;o Colocao em famlia substituta.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
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    O acolhimento institucional e o acolhimento familiar so MEDIDAS PROVISRIAS eEXCEPCIONAIS, utilizveis como forma de transio para reintegrao familiarOU, no sendo esta possvel, para colocao em famlia substituta, no implicandoprivao de liberdade.

    O afastamento da criana ou adolescente do convvio familiar de competnciaexclusiva da autoridade judiciria.

    O acolhimento familiar ou institucional ocorrer no local mais prximo residncia dos pais ou do responsvel.

    DA PRTICA DE ATO INFRACIONAL

    Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenopenal.

    So PENALMENTE INIMPUTVEIS os menores de 18 anos, sujeitos s medidasprevistas nesta Lei.

    Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente data dofato.

    DOS DIREITOS INDIVIDUAIS Nenhum adolescente ser privado de sua liberdade seno em FLAGRANTE DE ATO

    INFRACIONAL ou por ORDEM ESCRITA E FUNDAMENTADA DA AUTORIDADEJUDICIRIA competente.

    O adolescente tem direito identificao dos responsveis pela sua apreenso,devendo ser informado acerca de seus direitos.

    A apreenso de qualquer adolescente e o local onde se encontra recolhido seroincontinenti comunicados autoridade judiciria competente e famlia doapreendido ou pessoa por ele indicada.

    DAS GARANTIAS PROCESSUAIS

    Nenhum adolescente ser privado de sua liberdade sem o devido processo legal. So asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes garantias:

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    o pleno e formal conhecimento da atribuio de ato infracional, mediantecitao ou meio equivalente;

    o igualdade na relao processual, podendo confrontar-se com vtimas etestemunhas e produzir todas as provas necessrias sua defesa;

    o defesa tcnica por advogado;o assistncia judiciria gratuita e integral aos necessitados, na forma da

    lei;

    o direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente;o direito de solicitar a presena de seus pais ou responsvel em qualquer

    fase do procedimento.

    DAS MEDIDAS PERTINENTES AOS PAIS OU RESPONSVEL

    O Poder Pblico pode aplicar as seguintes medidas aos pais ou responsvel:o Encaminhamento a programa oficial ou comunitrio de proteo famlia;

    (Conselho Tutelar)

    o Incluso em programa oficial ou comunitrio de auxlio, orientao etratamento a alcolatras e toxicmanos; (Conselho Tutelar)

    o Encaminhamento a tratamento psicolgico ou psiquitrico; (ConselhoTutelar)

    o Encaminhamento a cursos ou programas de orientao; (Conselho Tutelar)o Obrigao de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqncia e

    aproveitamento escolar; (Conselho Tutelar)

    o Obrigao de encaminhar a criana ou adolescente a tratamentoespecializado; (Conselho Tutelar)

    o Advertncia; (Conselho Tutelar)o Perda da guarda;o Destituio da tutela;o Suspenso ou destituio do poder familiar.

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    Verificada a hiptese de maus tratos, opresso ou abuso sexual impostos pelos pais ouresponsvel, a autoridade judiciria poder determinar, como medida cautelar, oAFASTAMENTO DO AGRESSOR DA MORADIA COMUM.

    Obs.: Da medida cautelar constar, ainda, a FIXAO PROVISRIA DOS ALIMENTOS de

    que necessitem a criana ou o adolescente dependentes do agressor.

    DO ACESSO JUSTIA

    garantido o acesso de toda criana ou adolescente Defensoria Pblica, aoMinistrio Pblico e ao Poder Judicirio, por qualquer de seus rgos.

    A assistncia judiciria gratuita ser prestada aos que dela necessitarem, atravsde defensor pblico ou advogado nomeado.

    As aes judiciais da competncia da Justia da Infncia e da Juventude soisentas de custas e emolumentos, ressalvada a hiptese de litigncia de m-f.

    Os menores de 16s anos sero REPRESENTADOS e os maiores de 16 e menores de21 anos ASSISTIDOS por seus pais, tutores ou curadores.

    A autoridade judiciria dar curador especial criana ou adolescente, sempreque os interesses destes colidirem com os de seus pais ou responsvel.

    DA JUSTIA DA INFNCIA E DA JUVENTUDE

    Os estados e o Distrito Federal podero criar varas especializadas e exclusivas dainfncia e da juventude, cabendo ao Poder Judicirio estabelecer suaproporcionalidade por nmero de habitantes, dot-las de infra-estrutura e disporsobre o atendimento, inclusive em plantes.

    A Justia da Infncia e da Juventude tem a competncia sobre (deve conhecer) oscasos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas cabveis.

    Competncias da Justia da Infncia e da Juventude:o Conhecer de pedidos de guarda e tutela;o Conhecer de aes de destituio do poder familiar, perda ou

    modificao da tutela ou guarda;

    o Suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento;

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    o Conhecer de pedidos baseados em discordncia paterna ou materna,em relao ao exerccio do poder familiar;

    o Conceder a emancipao, nos termos da lei civil, quando faltarem ospais;

    o Designar curador especial em casos de apresentao de queixa ourepresentao, ou de outros procedimentos judiciais ou extrajudiciais

    em que haja interesses de criana ou adolescente;

    o Conhecer de aes de alimentos;o Determinar o cancelamento, a retificao e o suprimento dos registros

    de nascimento e bito.

    DA PERDA E DA SUSPENSO DO PODER FAMILIAR

    O procedimento para a perda ou a suspenso poder familiar ter incio porprovocao do Ministrio Pblico ou de quem tenha legtimo interesse.

    Havendo motivo grave, poder a autoridade judiciria, ouvido o Ministrio Pblico,decretar a suspenso do poder familiar, liminar ou incidentalmente, at ojulgamento definitivo da causa, ficando a criana ou adolescente confiado apessoa idnea, mediante termo de responsabilidade.

    DA DESTITUIO DA TUTELA

    Mesmo procedimento anterior.

    DA COLOCAO EM FAMLIA SUBSTITUTA

    So requisitos para a concesso de pedidos de colocao em famlia substituta:o Qualificao completa do requerente e de seu eventual cnjuge, ou

    companheiro, com expressa anuncia deste;

    o Indicao de eventual parentesco do requerente e de seu cnjuge, oucompanheiro, com a criana ou adolescente, especificando se tem ou noparente vivo;

    oQualificao completa da criana ou adolescente e de seus pais, seconhecidos;

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    o Indicao do cartrio onde foi inscrito nascimento, anexando, se possvel,uma cpia da respectiva certido;

    o Declarao sobre a existncia de bens, direitos ou rendimentos relativos criana ou ao adolescente.

    DA APURAO DE IRREGULARIDADES EM ENTIDADE DE ATENDIMENTO

    O procedimento de apurao de irregularidades em entidade governamental e no-governamental ter incio mediante portaria da autoridade judiciria ourepresentao do Ministrio Pblico ou do Conselho Tutelar, onde conste,necessariamente, resumo dos fatos.

    Havendo motivo grave, poder a autoridade judiciria, ouvido o Ministrio Pblico,decretar liminarmente o afastamento provisrio do dirigente da entidade,mediante deciso fundamentada.

    O dirigente da entidade ser citado para, no prazo de dez dias, oferecer respostaescrita, podendo juntar documentos e indicar as provas a produzir.

    Apresentada ou no a resposta, e sendo necessrio, a autoridade judiciriadesignar audincia de instruo e julgamento, intimando as partes.

    A multa e a advertncia sero impostas ao dirigente da entidade ou programa deatendimento.

    DA APURAO DE INFRAO ADMINISTRATIVA S NORMAS DE PROTEO CRIANA E AO ADOLESCENTE

    O procedimento para imposio de penalidade administrativa por infrao s normas deproteo criana e ao adolescente ter incio por representao do Ministrio Pblico,ou do Conselho Tutelar, ou auto de infrao elaborado por servidor efetivo ou voluntriocredenciado, e assinado por duas testemunhas, se possvel.

    DO MINISTRIO PBLICO

    Compete ao Ministrio Pblico:

    o Promover e acompanhar os procedimentos relativos s infraes atribudas aadolescentes;

    oPromover e acompanhar as aes de alimentos e os procedimentos desuspenso e destituio do poder familiar, nomeao e remoo de tutores,

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    curadores e guardies, bem como oficiar em todos os demais procedimentosda competncia da Justia da Infncia e da Juventude.

    DA PROTEO JUDICIAL DOS INTERESSES INDIVIDUAIS, DIFUSOS E COLETIVOSRegem-se pelas disposies desta Lei as aes de responsabilidade por ofensa aosdireitos assegurados criana e ao adolescente, referentes ao no oferecimento ouoferta irregular:

    o Do ensino obrigatrio;o De atendimento educacional especializado aos portadores de deficincia;o De atendimento em creche e pr-escola s crianas de zero a seis anos de idade;o De ensino noturno regular, adequado s condies do educando;o DDe programas suplementares de oferta de material didtico-escolar, transporte

    e assistncia sade do educando do ensino fundamental;

    o De servio de assistncia social visando proteo famlia, maternidade, infncia e adolescncia, bem como ao amparo s crianas e adolescentes quedele necessitem;

    o De acesso s aes e servios de sade;o De escolarizao e profissionalizao dos adolescentes privados de liberdade;o De aes, servios e programas de orientao, apoio e promoo social de famlias

    e destinados ao pleno exerccio do direito convivncia familiar por crianas eadolescentes.

    INFRAES ADMINISTRATIVAS

    Se o mdico, professor ou responsvel por estabelecimento de ateno sade e deensino fundamental, pr-escola ou creche, DEIXAR DE COMUNICAR AUTORIDADECOMPETENTE os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmaode MAUS-TRATOS CONTRA CRIANA OU ADOLESCENTE:

    MULTA DE 3 A 20 SALRIOS DE REFERNCIA,

    aplicando se o dobro em caso de reincidncia.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
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    Os casos de suspeita ou confirmao de MAUS-TRATOS contra criana ou adolescentesero obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade,sem prejuzo de outras providncias legais.