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{ RESUMO DE PEDAGOGIA PARA CONCURSOS ANALISTAS E ESPECIALISTAS EM EDUCAÇÃO Organizado por: Emmanuela Barros de Almeida [email protected]

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RESUMO DE PEDAGOGIA PARA CONCURSOS

ANALISTAS E ESPECIALISTAS EM EDUCAÇÃOOrganizado por: Emmanuela Barros de [email protected]

“Toda educação varia sempre em função de uma concepção de vida, refletindo, em cada época, a filosofia predominante determinada a seu turno, pela estrutura da sociedade (...).”(Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, 1931.) Tratar dos Fundamentos da Educação é tratar de

concepções de vida e de sociedade; é conhecer e compreender os alicerces do processo educativo. Para tanto, é necessário refletir sobre questões filosóficas, históricas, sociológicas, econômicas, teóricas e pedagógicas da Educação, com vistas à atuação objetiva na realidade educacional. (Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, 1931).

Fundamentos daEducação BrasileiraBrasília-DF,

Educar para quê? Educar quem? Educar para que tipo de sociedade? Educar a partir de quais princípios e valores?

Na história da educação brasileira, podem-se identificar várias concepções, tendo em vista os ideais da formação do homem para a sociedade de cada época. Silva (ibidem) afirma que as principais correntes pedagógicas identificadas no Brasil são: a tradicional, a crítica e a pós-crítica.

A concepção tradicional enfatiza o ensino e a aprendizagem de conteúdos a partir de uma metodologia rigorosamente planejada, com foco na eficiência.

A concepção crítica aborda questões ideológicas, colocando em pauta temas relacionados ao poder, a relações e classes sociais, ao capitalismo, à participação etc., de forma a conscientizar o educando acerca das desigualdades e injustiças sociais.

A partir do desenvolvimento da consciência crítica e participativa, o educando será capaz de emancipar-se, libertar-se das opressões sociais e culturais e atuar no desenvolvimento de uma sociedade justa e igualitária.

A concepção pós-crítica foca temas relacionados a identidade, diferenças, alteridade, subjetividade, cultura, gênero, raça, etnia, multiculturalismo, saber e poder, de forma a acolher a diversidade do mundo contemporâneo, visando respeito, tolerância e convivência pacífica entre as diferentes culturas. A ideia central é a de que por meio da educação o indivíduo acolha e respeite as diferenças, pois “sob a aparente diferença há uma mesma humanidade” (SILVA, 2001, p. 86)

Vejamos como exemplo o Inciso III do art. 1º da Constituição Federal de 1988 que, ao tratar de seus fundamentos essenciais, privilegia a educação, apontando-a como uma das alternativas para a formação da dignidade da pessoa humana. Outro texto jurídico que analisa as finalidades da educação, no Brasil, é a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, mais conhecida como LDB. Em seus primeiros artigos há a seguinte notação: “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, de seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (Lei nº 9.394/96).

As concepções atuais da educação apontam para o desenvolvimento do ser humano como um todo, reafirmando seu papel nas transformações pelas quais vêm passando as sociedades contemporâneas e assumindo um compromisso cada vez maior com a formação para a cidadania.

A proposta dos membros dos países signatários (países que assinaram o relatório) que participaram da Comissão Mundial sobre Educação foi a de enfrentar os desafios para o século XXI e indicar novos objetivos direcionados à educação. A Comissão propôs, mais especificamente, disponibilizar uma nova concepção de maneira ampliada sobre a educação; “devia fazer com que todos pudessem descobrir, reanimar e fortalecer o seu potencial criativo – revelar o tesouro escondido em cada um de nós” (DELORS, op. cit., p.90). Desse modo, a visão de educação ultrapassaria o sentido puramente instrumental e chegaria à sua plenitude ao desenvolver a realização pessoal do indivíduo.

Ao compilarem os resultados das propostas de novos objetivos para a educação, a Comissão compreendeu que a educação deve estar organizada em quatro aprendizagens fundamentais, denominadas os quatro pilares da educação: aprender a conhecer – adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer – agir sobre o meio envolvente; aprender a viver junto – participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; aprender a ser – integrar as três precedentes.

Para fundamentar a distinção entre educar, ensinar, instruir e treinar recorremos ao dicionário FERREIRA (1989) e encontramos as seguintes definições:

a) Educar v.t. e p. Promover a educação de (alguém), ou sua própria educação; instruir (se), educador (o) adj. E sm.

b) Ensinar v.t. 1. Ministrar o ensino de; lecionar. 2. Transmitir conhecimento a; instruir. 3. treinar. 4. Castigar. Int. 5. V. Lecionar

c) Instruir v.t. 1. Transmitir conhecimento a; ensinar. 2. Adestrar, habilitar. 3. Esclarecer, informar. 4. Adquirir Conhecimento.

d) Treinar v.t. 1. Tornar apto para determinada tarefa ou atividade; adestrar. Int. 2. Exercitar-se para jogos desportivos ou para outros fins. [Var.: trenar] treinamento sm.

Em uma concepção de formação “do professor como intelectual crítico, profissional reflexivo, pesquisador e elaborador de conhecimentos, participante qualificado na organização e gestão da escola” (LIBÂNEO, 2003, p. 66), entendemos o papel fundamental da formação continuada desse profissional, com vistas a subsidiar a reflexão sobre sua prática docente. É nessa perspectiva que surgiu a Lei de Diretrizes e Bases – LDB, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, como forma de superar a ruptura entre a formação do professor e a do aluno, focando na adequação de práticas pedagógicas voltadas para a construção de competências e habilidades.

Art. 64: “A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a Educação Básica, será feita em cursos de graduação em Pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional”. Nesse contexto, podemos pensar na função do Educador Comunitário, do Pedagogo Hospitalar, do profissional, que trabalha com a Educação de Jovens e Adultos, a Educação Profissional e Tecnológica, a Educação Corporativa, a Educação para a Terceira Idade e que elabora Planejamentos Educacionais.

No que se refere à educação profissional, esse processo é ainda mais complexo porque exige que se passe de uma realidade dada como conhecida e certa para o desconhecido, para o imprevisível. Pressupõe, portanto, a substituição da concepção de educação referenciada como produto acabado e finito por um processo contínuo, orientado por outros paradigmas.

Nesse contexto, a educação profissional não precisa se colocar contra a abertura mundial da produção e dos intercâmbios, mas deve contribuir para a existência de uma nova forma de mundialização que não esmague o trabalhador, os interesses locais, as minorias, o meio ambiente, em proveito apenas de quem já detém a riqueza, o poder, a influência. Nessa perspectiva, é fundamental que os profissionais dessa área estejam, e portanto sejam, preparados para assumir o importante papel que lhes cabe, cumprindo a sua missão de promotores das mudanças que se fazem necessárias e buscando a sua autorrealização.

Esse novo contexto tecnológico redefine também as características do trabalho. Na era do conhecimento, o trabalhador deve ser um indivíduo criativo, estar preparado para tomar decisões, agir e se adaptar rapidamente às mudanças na sociedade, saber aprender de forma não convencional, evidenciar capacidade para transmitir seus conhecimentos e trabalhar cooperativamente para gerar soluções inovadoras.

Esse cenário organizacional, que desenvolve métodos de treinamento e aperfeiçoamento de pessoas em empresas, com ênfase no desenvolvimento de qualificações isoladas e restritas às salas de aulas, vem sendo complementado ou substituído pelo desenvolvimento e aplicação de programas de educação continuada, com profissionais especializados em Pedagogia Coorporativa, focados nas áreas de negócios das empresas e alinhados aos seus objetivos e estratégias, com a finalidade de prover as organizações dos recursos humanos capacitados para acompanharem o ritmo das mudanças que ocorrem no ambiente da organização.

Recorrendo aos estudos de Libâneo (2006, p. 850-851), que discute a questão da formação do pedagogo ao mencionar a abrangência existente no campo conceitual e prático de sua atuação. Esse autor argumenta, que são reconhecidas variedades de práticas sociais e educativas e, portanto, “é pedagoga toda pessoa que lida com algum tipo de prática educativa relacionada com o mundo dos saberes e modos de ação, não restritos à escola”. Nesse contexto de discussão de atuação do pedagogo, Libâneo afirma que a formação de educadores extrapola a dimensão da educação formal e “pode desdobrar-se em múltiplas especializações profissionais, sendo a docência uma entre elas”.

Inicialmente, faz-se necessário lembrar que existem diversos tipos de leis, com objetivos e formas de produção diferenciadas, as quais são estabelecidas por meio de uma ordem hierárquica e de importância. Assim, uma norma hierarquicamente inferior não deve entrar em conflito com a que lhe é superior. Observe abaixo a hierarquia das leis:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL EMENDAS CONSTITUCIONAIS LEIS COMPLEMENTARES LEIS ORDINÁRIAS LEIS DELEGADAS MEDIDAS PROVISÓRIAS DECRETOS LEGISLATIVOS RESOLUÇÕES Essa relação hierárquica é relativa ao ordenamento jurídico federal.

No entanto, cada estado, o Distrito Federal e os municípios também possuem legislação própria, que deve seguir a mesma ordem (à exceção da medida provisória, por ser privativa do Presidente da República) e sempre estará subordinada à lei máxima do País, a Constituição Federal. No caso dos municípios, suas leis também estarão subordinadas à legislação estadual.

A Constituição Federal

Promulgada em 1988, foi o marco do retorno da democracia política no País. Fruto de um intenso trabalho político, deflagrado com a abertura política e o fim do período do regime militar, trouxe esperança e expectativa para os diversos movimentos sociais, entre eles, os de luta pela democratização da educação e por uma escola de qualidade. Como parte do capítulo III do Título VIII, referente à Ordem Social no Brasil, os artigos 205 ao 214 são dedicados exclusivamente à educação.

O texto constitucional foi resultado de intensos debates, pesquisas e negociações políticas entre diversos grupos sociais, muitos com interesses conflitantes, como os defensores da escola pública e os do ensino privado, os de escolas laicas e os de ensino de caráter confessional e/ou religioso. O resultado foi um texto conciso e preciso em determinados temas e vago e impreciso em outros, deixando por conta da legislação infraconstitucional a resolução dos conflitos pós-constituinte.

ARTIGO ASSUNTO ESPECIFICIDADE

205 Conceituação, princípios e objetivos da educação nacional.

Mantém o texto integral e é sempre mencionado nas leis infraconstitucionais.

206 Trata dos princípios para ministrar o ensino, entendida como educação escolar. Composto de 07 incisos.

Sofreu alteração pela EC 19/1998. O texto original foi repetido e expandido pela LDB.

207 Trata da natureza, função e características das universidades.Possui dois parágrafos.

Foi alterado pela EC 11/1996, que acrescentou os dois parágrafos.

208 Especifica os deveres do Estado para com a educação. É composto de 07 incisos e 03 parágrafos.

Sofreu alteração pela EC 14/1996. Teve seu textoexpandido e explicitado pela LDB.

209 Trata da participação da iniciativa privada na oferta do ensino.Possui 02 incisos.

Mantém o texto integral e é sempre mencionado nas leis infraconstitucionais.

210 Estabelece os princípios para a organização curricular doEnsino Fundamental. Possui 02 parágrafos.

Mantém o texto integral e é sempre mencionado nas leis infraconstitucionais.

211 Define as competências e institui o regime de colaboraçãofederativa dos sistemas de ensino. Possui 04 parágrafos.

Sofreu alteração pela EC 14/1996. Teve seu textoexpandido e explicitado pela LDB.

212 Trata dos fundamentos e mecanismos de financiamento para a manutenção e desenvolvimento do ensino. Possui 05parágrafos.

Sofreu alteração pela EC 14/1996. Teve seu textoexpandido e explicitado pela LDB. Vários de seusparágrafos foram objetos de leis ordinárias.

213 Trata do financiamento público para o ensino privado. Possui02 incisos e 02 parágrafos.

Mantém o texto integral e é sempre mencionado nas leis infraconstitucionais.

214 Estabelece o Plano Nacional de Educação. Foi cumprido com a promulgação da Lei nº 10.172/2001.

Por fim, cabe ressaltar a inserção no texto constitucional, por meio da Emenda Constitucional nº14/1996, do art. 60 do Ato das Disposições Transitórias, que contém orientações para a criação de um fundo especial de manutenção e desenvolvimento do ensino e valorização do magistério. O texto detalhava alguns aspectos do art. 212 da Constituição.

A referida emenda criou o Fundo Nacional para a Manutenção e o Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério – Fundef, instituído pela Lei nº 9.424/1996, com duração até 2006. Previa uma cesta de recursos oriundos de impostos federais, estaduais e municipais para serem aplicados, exclusivamente, na manutenção e no desenvolvimento do Ensino Fundamental e na valorização do magistério. Esse fundo trouxe uma considerável mudança na qualidade do ensino e melhorias nos salários de professores de vários municípios de pequeno porte; entretanto, não contemplou a Educação Infantil e o Ensino Médio.

Para atender a Educação Básica do País, a Emenda Constitucional nº 53, de 2006, que criou o Fundo Nacional para a Manutenção e o Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Magistério – Fundeb, ampliando o atendimento a toda a educação básica, com expectativas de forte impacto na qualidade dessa etapa educacional do País.

Para saber mais sobre o FUNDEB, consulte os sites indicados abaixo:

www.interlegis.gov.br www.senado.gov.br www.mec.gov.br/seb www.fnde.gov.br

LDB: A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996, regulamenta a educação brasileira em todos os níveis e em todas as modalidades de educação e ensino. Nela estão explicitados os princípios e fins da educação; o direito à educação e o dever de educar; a sua organização; os profissionais e os recursos financeiros para a educação.

Carneiro (2000, p. 9) explica que essa Lei foi alicerçada em quatro grandes eixos a fim de conferir à educação brasileira as condições necessárias às mudanças consideradas imprescindíveis:i) descentralização da gestão educacional; ii) democratização e flexibilização do sistema nacional deeducação; iii) garantia de insumos básicos a fim de se oferecer, de fato, uma educação de qualidade;iv) desenvolvimento de um sistema de avaliação, capaz de conferir o adequado acompanhamento dos processos educacionais.

As bases explicitam:• os fins da educação;• os direitos;• o dever e a liberdade de educar. As diretrizes, por sua vez, especificam:• a organização e o funcionamento dos níveis e modalidades de ensino;• os mecanismos de ensino;• as formas de gestão;• os recursos para o ensino;• os profissionais de educação. Carneiro esclarece, ainda, que os grandes eixos da Lei nº 9.394/1996 estão

identificados, entre outras definições, pelas seguintes: i) conceito abrangente de educação; ii) vinculação da educação com o mundo do trabalho e com as diferentes práticas sociais; iii) padrões mínimos de qualidade do ensino; iv) pluralidade de formas de acesso aos diversos níveis de ensino; v) avaliação da qualidade do ensino pelo Poder Público; vi) definição das responsabilidades da União, dos Estados, dos Municípios, das escolas e dos docentes; vii) configuração dos sistemas federal, estaduais e municipais do ensino; viii) mapa conceitual da educação escolar e da educação básica; ix) reconfiguração de toda a base curricular da educação básica.

Pode-se dizer que as principais contribuições da LDB são:

• Inserção da Educação Infantil como primeira etapa da Educação Básica.• Valorização da educação profissional e do Ensino Superior.• Gestão democrática do ensino público.• Oferta de ensino noturno regular.• Garantia do padrão de qualidade.• Incentivo ao desenvolvimento e à veiculação de programas de ensino a distância e de educação continuada.• Instituição da Década da Educação.

Esquematicamente, segundo Cury (2002), pode-se dizer que a LDB está fundada em dois eixos principais: flexibilidade e avaliação.

No que se refere ao eixo da flexibilidade, encontramos a descentralização das competências, expressa na combinação dos artigos: 9º e 16, 10º e 17, 11 e 18. O texto legal também inclui a delegação de competências para escolas e docentes participarem mais ativamente na organização e na condução das ações pedagógicas. Soma-se a isso a autonomia das instituições, a construção da proposta pedagógica da escola, o registro de diplomas, o fim de currículos mínimos, entre outros aspectos. Além disso, a LDB contribuiu para o fortalecimento do fenômeno da “desescolarização”, compreendida como o reconhecimento – por parte dos sistemas de ensino – de práticas educativas desenvolvidas fora do sistema formal.

O PNE – com o amparo legal da Constituição e da LDB – busca materializar os direitos e os deveres educacionais outorgados à sociedade brasileira por esses dois instrumentos legais. Assim, define objetivos, diretrizes e metas a serem cumpridos pelos governos Federal, Estaduais e Municipais nos próximos dez anos.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais e as Diretrizes Curriculares Nacionais, embora diferentes e construídos por processos distintos, são normas juridicamente inferiores à LDB. Sua principal função é cumprir a determinação constitucional presente no artigo 210, que determina a fixação de conteúdos mínimos para o Ensino Fundamental, de maneira a assegurar aos estudantes uma formação básica comum e o respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. São dois instrumentos legais de grande impacto no cotidiano da ação pedagógica das salas de aula brasileiras.

No que tange à integração entre a Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional e Tecnológica, o Decreto nº 5.840, de 13 de julho de 2006, estabelece as seguintes diretrizes:

Art. 1º Fica instituído, no âmbito federal, o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA, conforme as diretrizes estabelecidas neste Decreto.

§ 1º O PROEJA abrangerá os seguintes cursos e programas de educação profissional:

I – formação inicial e continuada de trabalhadores; e II – educação profissional técnica de nível médio. § 2º Os cursos e programas do PROEJA deverão considerar as

características dos jovens e adultos atendidos, e poderão ser articulados: I – ao ensino fundamental ou ao ensino médio, objetivando a elevação do

nível de escolaridade do trabalhador, no caso da formação inicial e continuada de trabalhadores, nos termos do art. 3º, § 2º, do Decreto nº 5.154, de 23 de julho de 2004; e

II – ao ensino médio, de forma integrada ou concomitante, nos termos do art. 4º, § 1º, incisos I e II, do Decreto nº 5.154, de 2004.

§ 3º O PROEJA poderá ser adotado pelas instituições públicas dos sistemas de ensino estaduais e municipais e pelas entidades privadas nacionais de serviço social, aprendizagem e formação profissional vinculadas ao sistema sindical (“Sistema S”), sem prejuízo do disposto no § 4º deste artigo.

O Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE é uma prioridade do Ministério da Educação e tem o objetivo de ampliar qualitativamente a Educação Básica em nosso País.

Isso significa envolver todas as pessoas que têm o propósito de que seja oferecida uma Educação de Qualidade e, desse modo, possibilitar o acesso e a permanência do aluno na escola. A proposta é ampla e democrática, pois propicia à sociedade informações acerca do que ocorre dentro e fora das escolas, sobre as ações que estão sendo desenvolvidas para o alcance dos objetivos propostos.

A criação de um piso salarial nacional dos professores (atualmente, mais de 50% desses profissionais ganham menos de R$ 800,00 por 40 horas de trabalho); ampliação do acesso dos educadores à universidade; instalação de laboratórios de informática em escolas rurais; realização de uma Olimpíada de Língua Portuguesa, como a já existente Olimpíada de Matemática; garantia de acesso à energia elétrica para todas as escolas públicas; melhorias no transporte escolar para os alunos residentes em áreas rurais e qualificação da saúde do estudante são outras ações desenvolvidas dentro do PDE.

Currículo e construção do conhecimento A escola, não é apenas um espaço social emancipatório ou

libertador, mas também é um cenário de socialização da mudança. Sendo um ambiente social, tem um duplo currículo, o explicito e o formal, o oculto e informal. A prática do currículo é geralmente acentuada na vida dos alunos estando associada às mensagens de natureza afetiva e às atitudes e valores. O Currículo educativo representa a composição dos conhecimentos e valores que caracterizam um processo social. Ele é proposto pelo trabalho pedagógico nas escolas.

O Currículo, não é imparcial, é social e culturalmente definido, reflete uma concepção de mundo, de sociedade e de educação, implica relações de poder, sendo o centro da ação educativa. A visão do currículo está associada ao conjunto de atividades intencionalmente desenvolvidas para o processo formativo.

O currículo é um instrumento político que se vincula à ideologia, à estrutura social, à cultura e ao poder. A cultura é o conteúdo da educação, sua essência e sua defesa, e currículo é a opção realizada dentro dessa cultura. As teorias críticas nos informam que a escola tem sido um lugar de subordinação e reprodução da cultura da classe dominante, das elites, da burguesia. Porém, com a pluralidade cultural, aparece o movimento de exigência dos grupos culturais dominados que lutam para ter suas raízes culturais reconhecidas e representadas na cultura nacional, pois por trás das nossas diferenças, há a mesma humanidade.

O PAPEL DOS GESTORES COMO ORIENTADORES:  BARNARD apud FERREIRA, REIS, PEREIRA (2006), desenvolvem a

ideia de que o executivo é o fator mais estratégico da organização. Suas funções são comparáveis às do sistema nervoso, incluindo o cérebro, em relação ao resto do corpo: Ele existe para manter o sistema corpóreo, dirigindo aquelas ações que são necessárias para um melhor ajustamento ao ambiente, mas não se pode dizer que ele existe para administrar o corpo, do qual umas das grandes partes das funções são independentes dele e das quais ele, por sua vez, depende. Cabe ao executivo desempenhar algumas funções essenciais: prover o sistema de comunicação; promover a garantia de esforços essenciais; formular e definir o propósito organizacional.

Para BARNARD apud FERREIRA, REIS, PEREIRA (2006,p.41): O grupo assume um papel muito importante no desempenho de cada

uma das funções, já que o ser humano não atua isoladamente, mas interagindo com os outros, através de relações sociais. Resulta disso a importância dos grupos informais “As organizações informais são encontradas dentro de todas as organizações formais, as últimas sendo essenciais para a ordem e a consciência; as primeiras, para a vitalidade. Constituem fases de reação mútua da cooperação e são mutuamente dependentes.

BARNARD apud FERREIRA, REIS, PEREIRA (2006, p,42) :

“Autoridade é a característica de uma comunicação (ordem) numa organização formal, em virtude da qual ela é aceita por um contribuinte ou membro da organização, como governando a ação com que ele contribui; isto é, dirigindo ou determinando o que ele faz ou o que ele não deve fazer, no que tange a organização.”

A organização geralmente parece criar uma estratégia de consentimento da autoridade como uma forma de defesa do poder dominante, seja por meio de coerção psicológica ou física, pois os subordinados precisam se movimentar e trabalhar conforme a ordem estabelecida. E esta forma de imposição pactual e ao mesmo tempo sutil do processo de autoridade pode ser outro motivador para que nem todas as pessoas na empresa aceitem ou consintam um determinado tipo de chefia e comecem a demonstrar descontentamento e inadaptação com a liderança que se apresenta sobre ela nas suas funções. Algumas lideranças naturais dos chefes também podem melhorar e motivar os funcionários a consentirem sua autonomia e decisão sobre o comportamento deles e até mesmo nos processos informatizados que eles precisam trabalhar na empresa.

FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: ARGYRIS apud FERREIRA, REIS, PEREIRA (2006)  explicam

que o conflito entre os objetivos dos indivíduos e da organização é inevitável. Com o tempo o trabalhador passa por vários estágios, até atingir a maturidade. Entretanto, a estrutura e os processos organizacionais são incoerentes com as aspirações de trabalhadores maduros, que se sentem capacitados a sugerir mudanças e propor inovações para a melhoria do desempenho organizacional, mas nem sempre encontram canais de comunicação abertos às suas propostas.

O amadurecimento do jovem aprendiz na carreira e na vivência empírica dentro das empresas e instituições organizacionais começa a passar por uma mudança no pensamento e no processo psicológico de se repensar nas próprias funções e nas decisões da entidade em que a pessoa, numa etapa mais bem preparada de trabalho, começa a sentir necessidade natural de fazer o ambiente melhorar nos processos administrativos, funcionais e produtivos de trabalho.

McClelland apud FERREIRA, REIS, PEREIRA (2006) dividiu os fatores motivacionais, que levam os indivíduos a se comportarem de maneiras diferentes, em três categorias:

1. Necessidade de realização: relacionada ao desenvolvimento de tarefas e à consecução de desafios, é parcialmente responsável pelo crescimento econômico de um país;

2. Necessidade de poder: diz respeito à vontade de alguém influenciar pessoas e sistemas organizacionais, variando de pessoa a pessoa;

3. Necessidade de afiliação: consiste no conjunto de impulsos que levam a pessoa a pertencer a um grupo e ser aceita.

SUPERVISÃO

A atividade de supervisão de instituições de educação superior e de cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino foi instituída pela Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, e regulamentada pelo Decreto nº 5.773, de 9 de maio de 2006. Seu principal objetivo é zelar pela conformidade entre a oferta da educação superior e a legislação vigente.

As secretarias de Educação Superior, de Educação Profissional e Tecnológica e de Educação a Distância, são os órgãos do Ministério da Educação responsáveis pelas atividades de supervisão relativas, respectivamente, aos cursos de graduação e sequenciais, aos cursos superiores de tecnologia e aos cursos na modalidade de educação a distância. No que se refere à Secretaria de Educação Superior, são realizados dois tipos de ações de supervisão: a ordinária e a especial.

A Supervisão Ordinária é aquela que se origina de denúncias e representações de alunos, pais e professores, bem como de órgãos públicos e da imprensa, envolvendo casos isolados de instituições e cursos com indícios de irregularidades ou deficiências.

Nesses casos, recebida a denúncia ou representação, ela é analisada pela Coordenação-Geral de Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação, que, constatando tratar-se de assunto de sua competência, e com indícios de irregularidades ou deficiências, notifica a instituição para que no prazo de dez dias manifeste-se sobre os fatos. Com a resposta da instituição, a Secretaria de Educação Superior pode adotar um dos seguintes encaminhamentos: concessão de prazo para saneamento de deficiências, visita de verificação in loco, abertura de processo administrativo para aplicação de sanções, ou arquivamento.

Os assuntos de competência do MEC para supervisão da educação superior são relacionados à qualidade e à regularidade do curso, de acordo com a legislação educacional; questões fora desse âmbito, como as relacionadas à cobrança de mensalidades, às relações trabalhistas com funcionários e professores, e às formas de avaliação e aprovação de alunos só serão objeto de supervisão quando houver indícios de que estão afetando a continuidade das atividades acadêmicas, ou de que estão em desacordo com projetos de curso, estatutos e regimentos de instituições aprovados pelo MEC.

Cabe ressaltar que questões relacionadas ao Direito do Consumidor não são de competência do MEC e devem ser encaminhadas aos órgãos competentes. As denúncias e representações podem ser feitas por escrito

Supervisão Especial é aquela iniciada pelo próprio Ministério da Educação, a partir de seus indicadores de regularidade e qualidade da educação superior, e envolvem mais de um curso ou instituição, agrupados de acordo com o critério escolhido para a ação de supervisão. Esses critérios podem incluir resultados insatisfatórios no Enade e no IDD, o histórico de avaliações de cursos pelo Inep, bem como o atendimento de requisitos legais específicos, como por exemplo a porcentagem mínima de mestres e doutores em universidades e centros universitários.

Conheça os processos de Supervisão Especial em andamento: Supervisão Especial Cursos de Graduação Supervisão do Programa Universidade para Todos (ProUni)Supervisão Especial de Composição de Corpo Docente de Universidades e Centros Universitários Palavras-chave: Educação superior, instituições, cursos de

graduação, supervisão, apresentação

LEMBRETES DA LDB:

Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino Da Composição dos Níveis Escolares Art. 21. A educação escolar compõe-se de: I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; II - educação superior.

Art. 36-B.  A educação profissional técnica de nível médio será desenvolvida nas seguintes formas: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

I - articulada com o ensino médio; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) II - subseqüente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino médio.

(Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) Art. 36-C.  A educação profissional técnica de nível médio articulada, prevista no inciso I do

caput do art. 36-B desta Lei, será desenvolvida de forma: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) I - integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental, sendo o curso

planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino, efetuando-se matrícula única para cada aluno; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio ou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada curso, e podendo ocorrer: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as oportunidades educacionais disponíveis; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as oportunidades educacionais disponíveis; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

c) em instituições de ensino distintas, mediante convênios de intercomplementaridade, visando ao planejamento e ao desenvolvimento de projeto pedagógico unificado. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Art. 41.  O conhecimento adquirido na educação profissional e tecnológica, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos.(Redação dada pela Lei nº 11.741, de 2008)

Art. 43. A educação superior tem por finalidade: I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do

pensamento reflexivo; II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a

inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;

III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;

IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;

V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;

VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;

VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.

Educação Corporativa. Educação corporativa pode ser definida como uma

prática coordenada de gestão de pessoas e de gestão do conhecimento tendo como orientação a estratégia de longo prazo de uma organização.

Educação corporativa é mais do que treinamento empresarial ou qualificação de mão-de-obra. Trata-se de articular coerentemente as competências individuais e organizacionais no contexto mais amplo da empresa. Nesse sentido, práticas de educação corporativa estão intrinsecamente relacionadas ao processo de inovação nas empresas e ao aumento da competitividade de seus produtos (bens ou serviços).

Fonte: http://www.educor.desenvolvimento.gov.br/educacao

DESENHO INSTRUCIONAL OU DESIGN INSTRUCIONAL- DI

O QUE É DESENHO INSTRUCIONAL?

É um canal de ligação entre a teoria, que é a base do conhecimento, e a tecnologia, que suporta essa prática, cuja finalidade é a transmissão de novos conhecimentos.

A diferença primordial: A avaliação na eficácia da transmissão dos conteúdos,

faz com que a prática de ensino seja mais conteudista.

O desenhista instrucional precisa ser também um educador, pois o sucesso do curso depende do cuidado com a efetividade do aprendizado, a motivação do aluno e a sua aceitação do conteúdo e novas formas didáticas e metodológicas.